Santo Tomás de Aquino: Biografia - tradução e notas de Carlos Ancêde Nougué [1ª edição] 8536104759

"Este livro não se pretende mais que esboço popular de uma grande figura histórica que deveria ser mais popular. Al

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Portuguese Pages 164 [166] Year 2003 (1933)

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Table of contents :
CAPA
FOLHA DE ROSTO
FICHA CATALOGRÁFICA
NOTA PRÉVIA DO TRADUTOR
SUMÁRIO
G. K. CHESTERTON, por Gusavo Corção
CHESTERTON: UMA MISSÃO ÚNICA, por Rosa Clara Elena
SANTO TOMAS DE AQUINO
INTRODUÇÃO
I. DOIS FRADES
II. O ABADE FUGITTVO
III. O BATISMO DE ARISTOTELES
IV. MEDITAÇÃO SOBRE OS MANIQUEUS
V. A VIDA REAL DE SANTO TOMÁS
VI. INTRODUÇÃO AO TOMISMO
VII. A FILOSOFIA PERENE
VIII. A HERANÇA DE SANTO TOMÁS
COLOFÃO
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Santo Tomás de Aquino: Biografia - tradução e notas de Carlos Ancêde Nougué [1ª edição]
 8536104759

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Carlos Ancede Nougue

EDITORA

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Dados Internacionais de Catalogagao na Publica^ao (CIP) _________ (Camara Brasileira do Livro, SP, Brasil)_________ Chesterton, G. K. Santo Tom&s de Aquino : biografia / G. K. Chesterton; tradugao e notas de Carlos Ancede Nougu6. Sao Paulo : LTr, 2003.

Titulo original: St. Thomas Aquinas. ISBN 85-361-0475-9

1. Tomas, de Aquino, Santo, 12257-1274 I. Nougu6, Carlos Ancede. II. Titulo. 03-5064

CDU-270.092 tndice para cat&logo sistem«itico: 1. Santos cristaos : Vida e obra 270.092

(C6d. 2820.2) © T o d o s os d i r e i t o s r e s e r v a d o s

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E DI T OR A LTDA. Rua Apa, 165

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CEP 01201-904 Sao Paulo, SP



Pone (11) 3826-2788 - Fax (11) 3826-9180 Brasil — www.ltr.cotn.br

Outubro, 2003

NOTA PREVIA DO TRADUTOR

O original de que nos utilizamos para esta tradugao e o da l a. edi^ao inglesa (St.Thomas Aquinas), da Colegao "Black Jack Books", mesclando-lhe porem passagens da l a. edigao francesa (Saint Thom as d'A quin), da Librarie Plon, com tradugao Maximilien Vox. Adem ais, nao nos furtam os a u tilizar boas solugoes que Antonio Alvaro Doria, o tradutor portugues desta obra, encontrou para as dificuldades de trasladar tao unico e brilhante estilo a nossa lingua.

SUMARIO

G. K. Chesterton, por Gustavo Corgao — 9 Chesterton: Uma Missao Unica, por Rosa Clara Elena Introdugao — 25 I. Dois trades — 27 II. O abade fugitivo — 51 III. O batismo de Aristoteles — 65 IV. Meditagao sobre os maniqueus — 89 V. A vida real de Santo Tomas — 107 VI. Introdugao ao tomismo — 125 VII. A Filosofia Perene — 137 VIII. A heranga de Santo Tomas — 153

G. K. CHESTERTON* Gustavo Corgdo GRAMAS A VIGILANCIA de Antonio Olinto, na sua "Porta de Livraria" de O Globo, chego ainda a tempo para saudar o centenario de G. K. Chesterton, o incomparavel escritor ingles que mais indelevelmente me marcou a alma nos dias em que andei perdido pelo mundo a procurar uma luz, luz de Joao e Maria, luz de Casa, luz de acolhimento entre as trevas de meu triste exflio. Devo a Chesterton as primeiras grandes alegrias catolicas. No seu grande livro, Ortodoxy, onde esteve mais a vontade para atirar nos bragos da cruz seu jogo de inebriantes paradoxos, entre outras descobertas maravilhosas do cristianismo, ele nos diz aquilo que Cristo de si mesmo nos escondeu: "There was some one thing that was too great for God to show us when He walked upon our earth; and I have sometimes fancied that it was His mirth." Tentemos traduzir estas palavras de ouro com que Chesterton fecha sua obra-prima: "Uma coisa houve que era n'Ele grande demais para nos ser mostrada enquanto Ele andou por este mundo, e eu penso as vezes que foi sua alegria." Ou seu riso. Ou seu jubilo. O termo mirth e aqui intraduzfvel. E ouso dizer que o grande mestre da lingua fechou seu livro-joia sabendo bem que so o podia encerrar com um termo improprio, tratando-se de coisa que esteve sempre presente e todavia escondida na vida de Jesus. Outro notavel ingles deixou-nos, sobre a poesia, uma definigao inesquecfvel: "poetry is emotion recollected in tranquility"; donde nos tiramos uma defini^ao de liturgia: "liturgy is passion recollected in tranquillity", cujo teor paradoxal, proprio do Misterio da Fe, parece ' Artigo safdo em O Globo de 6/6/1974.

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SANTO TOMAS DE AQUINO

mostrar, sob as aparencias do jubilo e da festa, a dor e o Sangue de nossa Reden^ao. Fiel a esse espfrito, Chesterton nao procurou nos seus tao admirados paradoxos fazer acrobacias verbais, e muito menos procurou jogos para agradar os jovens e os imaturos. Pascal, com seu timbre de abismos, nao e mais tragico nem mais serio do que Gilbert Keith Chesterton, em cuja obra, como disse atras, eu tive a felicidade de encontrar o caminho daquilo que Jesus nos escondeu, isto e, das mais puras e vivas alegrias catolicas deste mundo. Com um extraordinario vigor do Dom de Ciencia, que esta na linha da Fe e da Esperan^a, isto e, das virtudes peregrinas, Chesterton viu que o mundo, e mais fortemente os dias deste seculo de corrida atras do vento, esta desconcertado, subvertido, de cabega para baixo, e entao, para poder descobrir melhor seus erros e suas malfcias, punha-se ele mesmo freqiientemente de pernas para o ar. Sua obra de apologia, assim condicionada, fazia fun^ao de revulsivo, de purgativo, e operava inopinadas restaura^des nos desconcertos do mundo. O personagem principal de O poeta e os loucos era agil nessa ginastica, e, em quase todos os contos dessa serie, quern diz loucuras e o sabio, o sisudo, o poeta, o serio; e quern fazia as mais desvairadas loucuras era o homem pausado, equilibrado na representa^ao diplomatica dos desvarios do tempo. Chesterton criou, depois de Edgar Poe e Conan Doyle, o tipo de novela policial em que o genial investigador, longe de ser o esmiugador sagaz e raciocinante, era o Padre Brown, o Padre Vicente O.F.M., seu amado confessor, que tinha os olhos lavados pela Fe e pelo colfrio das lagrimas e assim conseguia, mesmo co ch ilan d o , d esco b rir os m eandros da m alicia m ais pela ingenuidade do que pela sagacidade. Em A Esfera e a Cruz, especie de romance simbolico e apocalfptico, reaparece o personagem obsessivo de C hesterton, em luta im placavel, mas por fim cordialfssima, com o atefsmo desvairado da epoca. Na verdade, porem, nao e o ateu Tornbull o adversario; nao, em A Esfera e a Cruz, o espfrito hediondo que Chesterton detesta, como detesta o Diabo, e o liberalismo que pretende evitar o confronto e a luta entre o Bern e o Mai. O personagem mais repugnante da sucessao de figuras que se levantam contra o Combate e o pacifista, contra o qual C hesterton nao disfarga sua nausea extrem a. Porque Chesterton foi sempre um guerreiro. Em tempo e contratempo combateu o bom combate, e guardou a Fe ate o momento supremo em que o Padre Vicente, depois de ministrar-lhe a extrema-un