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MEMORIA ^ ESP A Cf el r eei/ ^ / ^ ^ / ^
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
NESTOR / BRAUNST
M EM O R IA Y ESPA N TO
O EL REC UERD O D E IN FA N C IA por
N ÉST O R A . BRA U N STEIN
siglo veintiuno editores MÉXICO ARGENTINA ESPAÑ A
^
s iglo x x i e d ito re s , s . a .d e c.v. C E R R O D E L A G U A 2 4 8 , R O M E R O D E T E R R E R O S , 0 4 3 1 0 , M É X I C O , D.F.
s i g l o GUATEMALA
x x i
e d i t o r e s ,
4824, G1425BUP, BUENOS AIRES,
s . a .
ARGENTINA
s iglo xxi d e españa edito res, s . a . M E N É N D E Z
PIDAL
3 BIS. 28036,
MADRID,
ESPAÑA
BF175 2008
Brai i n s te i n , N ésto r A . Aíemoria y espanto O el recuerdo de infancia /
N é sto r A . Brau n ste i n . — M é x i c o : Sig lo X X I , 2008. 288 — ( Psic o lo g ía y p sic o análisis) l SBN - 13: 978-968-23-2738-4 1- Psic o análisis. I . i. I I . Ser.
p r i m e r a e d i c i ó n , 2008 p r i m e r a re i m p re si ó n , 2010 © sig lo x x i e d ito re s, s.a. d e c.v. isb n- 13: 978-968-23-2738-4 ( l e rc c í i o s resei vas c o n r o r n i c a l;i Uv i m p r e s o e n e n c i i ad e ri u i c i ó n cloMiíny,tH/ . 5 d e f c h r e i o , lt)ie 8 r o l . tc D i i ' o , i x tap aU i ra, r)()r»30 ed f í. d e M é x i c o
El primer motor y el hilo conductorzyxwvutsrqponmlkjihgf ( m o tto ) de esta obra es una frase de Julio Cortázar: ''La memoria empieza en el terror. " j ,
CO RTÁ Z A R,
El perseguidor y otros textos. Antología
n,
Bu e n o s aires, C o l i h u e , 1996, p . 14.
A modo de
dedicatoria
T AMARA
5 de febrero de
2000
U n a d e las o b ras excelsas d e la i m ag i n ac i ó n d e l sig lo q u e tiene a p u r o p o r ser el p asad o es el v iaje q u e hac e Ital o C al v i n o p o r Las ciudades invisibles. H ac i a la p ág i n a 2S o 24 d e la e d i c i ó n e n c astellano , el v iaj e r o , M a r c o Po lo , se e n c am i n a hac ia la c i u d ad d e Tám ara, C u a n d o se a p r o x i m a a ella siente q u e to d o c u an to ve r e m i te a la re al i d ad d e las co sas: la h u e l l a d e las z arp as e n la are n a al ti g re q u e p asó p o r ella, la n u b e a la p o s i b i l i d ad d e la llu v ia, e l f r u t o al árb o l q u e l o d i o y a la se m illa q u e e n él se esc o nd e y d e la q u e o tr o árb o l sald rá. Pe ro e n tra e n Tám ara y allí se aso m b ra al v er q u e to d o i n d i c a alg o d i s ti n to y arb i trari o , q u e re q u i e re d e u n a i n te rp re tac i ó n . Las re lac io nes so n in d ire c tas: u n to n e l es la señal d e la tab e rn a, u nas tenaz as la d e l d entista; el o r d e n y la a m p l i t u d d e las casas y jard i n e s re f l e ja la o p u l e n c i a d e sus p ro p i e tari o s , la flacura d e l asno la p o b re z a d e su d u e ñ o ; la so nrisa d e l n i ñ o c o rre s p o n d e al a m o r d e sus p ad res, la eleg anc ia d e la jo v e n al b u e n g u sto d e su p r e te n d i e n te . N a d a es c o m o p arec e: la c i u d ad n o se re c o rre , se lee, p ues e n e lla n ad a hay q u e n o si m b o l i c e o tra co sa, c ad a d e talle h ab rá d e ser tr a d u c i d o p o r q u e d ic e lo q u e se h a d e p ensar. Tras re si d i r u n ti e m p o e n Tám ara el v iaje ro se v a, sin saber a c ie nc ia c ie rta c u ál es la v e rd ad e ra n atu rale z a d e la c i u d a d , lo q u e se esc o nd e b ajo esa av alanc ha d e sig no s... y e n c u e n tra ' D ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Ficdonario de psicoanálisis, M é x i c o , Sig lo X X I , 2001, p p . 68-70.
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TA M A RA
e n to n c e s q u e las nu b es n o so n y a nu b es n i an ti c i p an la llu v ia sino q u e p are c e n d anz antes, las m arc as e n la arena so n esc ritu ras d e u n c alíg raf o b o r r a c h o , las f ru tas so n e m b le m as d e la an ato m í a m asc u l i n a o f e m e nina. N o f altará q u i e n d i g a q u e e l v iajero p re - tam ari n o estaba m e jo r instalad o e n la re al i d ad y n o se c o m p l i c ab a la v id a b u sc an d o sentid o s h e rm é ti c o s , ex trav iánd o se e n d ud o sas i n te rp re tac i o n e s. N o f altará q u i e n a f i r m e q u e al estar e n esa e q u ív o c a c i u d ad se inf iltró e n él u n a i n c l i n ac i ó n hac ia la so sp echa, u n háb ito d e in d ag ar a las co sas sim p les p ara d esc if rarlas c o m o si d e c ri p to g ram as se tratase, u n a i n q u i e t u d , u n s e n ti m i e n to d e i g n o ran c i a, u n a nec esid ad d e aseg urarse ac erc a d e l o q u e p arec e tan n atu r al a lo s hab itantes d e la c i u d a d . Pero será m e jo r n o d e c írse lo al v iajero q u e p asó p o r Tám ara: él re p lic aría q u e su m u n d o es ah o ra i n f i n i ta m e n te m ás ri c o q u e antes, q u e la i n c e rti d u m b r e so b re la sig nif ic ac ió n d e l o q u e ve y o ye le ha llev ad o a ag uz ar o jo s y o íd o s, q u e su tac to rec o g e ah o ra te stim o n io s inso sp ec had o s, v ib rac io n e s su b lim es, su b lim in ale s, m atic es i m p e rc e p ti b l e s, m i c r o to n alid ad e s, sutilez as in so n d ab le s d e l án i m o y d e l h u m o r , insó lito s m e n sajes d e l o i n a u d i b l e . N ie tz sc he y H e i d e g g e r, Kan d i n sk y y Franc is Bac o n , Sc h o e n b e rg y L i g e ti , M u s i l y EH o t, Fre u d y Lac an , Resnais y Greenaw ay , so n alg u n o s d e lo s p ares d e n o m b re s q u e re p re se n tan a Tám ara. N o se p asa i m p u n e m e n te p o r sus o b ras. El su jeto q u e se so m ete a ellas tie n e q u e salir d e sus g o z nes y p asar a v er el m u n d o d e o f rá m an e ra, d e u n a m an e ra o tra. N o se las c o n su m e : se es c o n s u m i d o p o r ellas. Y n o se p u e d e d e c i r l o q u e d i c e n . ¿ Q u i é n p o d rí a " c o n tar" u n a e sc u ltu ra d e Bran c u si , u n a p ág i n a d e Bec kett, u n a seq u enz a d e Berio ? Y n o es p o r q u e tales p r o d u c c i o n e s e n c i e r r e n u n " m i s te ri o " . Es p o r q u e c o n f i n a n c o n lo q u e d e v e r d a d v ale la p e n a exp resar, es d ec ir, c o n lo in e x p re sab le .
1 I N T R O I T O : L O S PA PELES ÍN FIM O S
En
toda elaboración
se consigue
esclarecer
dos de la primera resulta
duce su biografía,
infancia.
Y aun,
el recuerdo
de su vida
biografía
de los
por regla
que él rejiere, aquel con el cual demuestra
recuergeneral,
que el analizado
anintro-
ser el más importante,
dentro de si la llave de los armarios
que oculta
D E LA V ID A
de una
la signifícatixñdad
que justamente
tepone, el primero
1. D E L L I B R O
psicoanalítica
el
secretos
anímica.^
C U Y A S PÁ G I N A S S O N
REC U ERD O S
¿ D e d ó n d e , d esd e c u án d o , c ó m o , se p o n e e n m arc h a la m áq u i n a d e la m e m o ri a? ¿Cuál es la fidelidad, c u ál la au te n ti c i d ad , d e l p r i m e r rec u erd o ? ¿Es alg o q u e e n v e rd ad su c e d ió o es u n m i t o fiindador al q u e ap elam o s re sc atán d o lo , e n f u n c i ó n d e nu estro s intereses p resentes, d e u n p asad o i n c o g n o sc i b l e y o scuro ? ¿ Q u é sig nif ic ac ió n tie ne , q u e se n ti d o p u e d e d ársele, re tro ac ti v am e n te , al m o m e n t o e n q u e c o m i e n za la p e líc u la d e lo s rec u erd o s? ¿ C ó m o e m e rg e ese p r i m e r islo te q u e so bresale e n el o c é an o d e la am nesia i n f an ti l ? ¿ C ó m o p u e d e hab e r t m e p i so d i o q u e sea el p r i m e r o si, p ara c o n tarl o , u n o d e b e d ec ir: "rec u erd o q u e . . . " y, p ara e llo , es nec esario p re s u p o n e r u n *'yo ", u n "su jeto " d e l c u al lo ev o c ad o sería u n " p re d ic ad o " ? ¿ N o es y a ese " y o " e l resu ltad o d e u n re c u e rd o p re v i o y estab lec id o , d e u n ac u e rd o e n tre u n o m ism o y la p r o p i a i m ag e n , ef ec to y a d e la m e m o ri a? ¿ O es p o sib le p ensar q u e p r i m e r o está el re c u e rd o — e m b r i ó n d e l s e r— y l u e g o , c o m o u n a c ic atriz q u e l o i d e d e la m e m o r i a , surg e el p erso naje cap az d e ev o carlo ? En tal caso , c ab ría d e c ir: " M e ac u e rd o , l u e g o ( e rg o , d esp u és) e x isto ." "Yo " so y aq u e l a q u i e n u n a vez le p asó "eso " y, si n o f u e ra p o r "eso " n o sería q u i e n so y; sería o tr o . So y tan só lo u n b l o q u e d e rec u erd o s (y d e ' S. Fr e u d [ 1 9 1 7 ] , " U n r e c u e r d o d e i n f a n c i a e n Poesiay verdad" . Obras completas, Bu e n o s A i r e s , A m o r r o r t u , 1977, v o l . x v i i , p . 143. C f ., infra, p . 50. * Las tr a d u c c i o n e s e stán c o n si g n ad as. En lo s m ás d e lo s caso s f u e r o n c o te jad as c o n lo s o ri g i n al e s y, e n caso n e c e sario , c o rre g i d as , c u a n d o n o se i n d i c a n o m b r e d e l trad u c t o r al c aste llan o , ellas so n o b r a y r e s p o n s a b i l i d a d d e l au to r.
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LO S
PA PELES
Í N FI M O S
o lv id o s) q u e p r e s u m o q u e " m e " p e rte n e c e n . So y la c o n se c u e n c ia d e ciertas in c ie rtas re m in isc e n c ias. ¿ Tengo u n arc h i v o d e m e m o r i a o soy u n arc h iv o d e re c u e rd o s y d esm e m o rias? ¿ N o es e n la m e m o r i a (o e n la f antasía d e " te n e rl a" ) d o n d e resid e m i e n i g m áti c a " i d e n ti d ad " ? Ex p l o r e m o s esta id e a: la m e m o r i a es p re v ia. Es f u n d a d o r a d e l ser. C ad a u n o d e n o so tro s lleg a a ser q u i e n cree ser p o r q u e o rg an i z a lo s d ato s d e su e x p e ri e n c i a p asad a c o n u n m o l d e sin g u lar y sin m aestro s q u e e n s e ñ e n c ó m o re c o rd ar. D i c h o e n c laro : u n o n o "es q u i e n es" p o r q u e "le p asó eso " sino p o r q u e h a re g istrad o y ha e n te n d i d o lo q u e le p asó d e u n a d e te r m i n a d a m an e ra, se le c c io nand o , r e m e n d a n d o y e m p a r c h a n d o hu ellas d e e x p e rie nc ias p erso nales c o n relato s ajeno s. L a m e m o r i a n o sería u n arc h i v o d e d o c u m e n to s sino u n a c o nstru c c ió n e n r i q u e c i d a p o r la i m ag i n ac i ó n . Rec ib a el le c to r u n e je m p l o q u e n o es ftcticio: " D e b o h ab e r te n i d o tres añ o s c u an d o h u b o u n i n c e n d i o e n la v u l c an i z ad o ra d e l v e c i n o . Ese es m i p r i m e r re c u e rd o : la n o c h e , el c alo r, e l h u m o , las sirenas, la asfixia, el o l o r d e l h u l e q u e m ad o , m i p ad re e n v o l v i é n d o m e e n sáb anas h ú m e d as . N o s v i m o s f o rz ad o s a v iv ir e n casa d e m i s ab u elo s p o r d o s se m an as..." C iertas impresiones h a n q u e d a d o grabadas, m ás o m e n o s v i v i d am e n te, c o n m ay o r o m e n o r e x ac ti tu d , e n u n " al m a" i n f a n ti l . L a n i ñ a q u e , p o r c i e rto , y a existía, y a h ab lab a, y a se c o n tab a c o m o " u n o " d e n tr o d e la f am i l i a, ti e n e u n a e x p e ri e n c i a. ¿ La p r i m e r a q u e rec u erd a? D ifíc il es asev erarlo , estab lec er e n lo s ficheros d e la m e m o r i a u n a p rec isa c ro n o l o g í a. En este caso , eso sí, traumática. A l r e d e d o r d e lo s ev ento s d e la c aó ti c a n o c h e d e l i n c e n d i o , la d e l r e m o t o re c u e rd o , e lla o rg an iz a hac ia atrás, e n retro sp ec tiv a, to d a la i n f o rm ac i ó n q u e te n ía d e sí m i s m a y d e la r e d d e relac io nes e n la q u e estaba i n m e rsa. D e esa c o n f u sió n e x trae u n a re p re se n tac i ó n d e q u i é n es ella p ara lo s d e m ás q u e se eng an c h a c o n la i m a g e n d e su ro stro q u e le d ev u elv e el esp ejo y c o n el r e c o n o c i m i e n to d e su n o m b r e p r o p i o y d e su l u g ar e n las red es d e p are nte sc o . El y o i n c i p i e n te ap o rta c o h e re n c i a al c o n ju n to d e su saber, r e ú n e esto s d isp erso s f rag m e n to s. L a n i ñ a ( el n i ñ o ) tie n e , d e ahí e n m ás, u n a l í n e a d e arran q u e p ara u n a n arrac i ó n q u e p o d rá hac er e n p r i m e r a p e rso n a; e l trau m ati s m o d e la n o c h e p au tad a p o r las sirenas d e lo s b o m b e r o s i n a u g u r a u n a c ie rta histo riz ac ió n, u n re l ato d e l c u al e lla es la p ro tag o n i s ta y n o só lo la r e p e ti d o r a d e l o q u e o tro s d i c e n d e ella. La vida es una novela, títu lo d e u n a p e líc u la d e A l a i n Resnais, "la v i d a es u n a n o v e l a" es e l l e m a sub y ac ente a to d o s lo s Bildungsroman
LO S PA PELES
Í N FI M O S
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(no v elas d e f o rm ac i ó n ) c o n las q u e no s i n u n d ó el r o m an ti c i s m o y la trad ic ió n q u e le sig uió . " La v id a es u n a n o v e la" , la nu estra, la suya, la q u e c o n tam o s y q u e c u e n tan lo s p ac ientes, sesió n tras sesió n, e n su p sic o análisis, la q u e se esc rib e e n d iario s, ag end as y au to b io g raf ías. En e l te x to d e esa no v e la hay si e m p re alg ú n m i t o f u n d ad o r, u n a p re h isto ria anc estral, u n re l ato d e l g énesis q u e el su jeto n o p u e d e rec o rd ar p o r q u e le v iene d e lo s lab io s d e o tro s. So b re el m i t o o r i g i n a r i o y so b re las hu ellas d e e x p e rie nc ias i n n o m i n a d a s se lev anta la c ho z a o e l p alac io d e la m e m o r i a e n el q u e al te rn an o scuras cav ernas y salo nes a m e d i a lu z . D e b e hab er, ad e m ás, u n ac o n te c i m i e n to p r i m e r o , basal, q u e sirv a d e anc la p ara c o m e n z ar el re l ato d e las p erip ec ias d e u n a existenc ia y d e u n e x i l i o v i tal i c i o , u n e x i l i o e n el p aís d e la m e m o r i a . zyxwvuts El primer recuerdo. El recuerdo de infancia. Fantasm al, m í ti c o . L l am am o s "p e rip e c ias" a lo s c am b io s re p e n ti n o s , lo s ac o n te c i m i e n to s im p re v isto s y, e n ap arie n c ia, azaro so s, lo s ac c id entes, las d ram áticas m u tac i o n e s q u e se p re se n tan e n la v i d a d e to d o s: las p erip ec ias p are c e n o b ras d e l d e stin o , la c asu alid ad o la f atal i d ad . N o ti e n e n q u e ser, p o r f u e rz a, ac o n te c i m i e n to s e x c e p c io nale s. L a v i d a es u n a no v ela, d i ji m o s; es, tam b ié n , u n a av e n tu ra i m p re v i si b l e . C ad a existenc ia i n c lu y e u n a c an ti d ad v ariab le d e v aiv enes, d e v eric u eto s q u e d esv ían d e l c am i n o , sie m p re sinu o so . Para em p ez ar, la p r i m e r a , la ind esead a, la d e h ab e r n ac i d o , d e sp re n d i é n d o se d e u n c u e r p o f e m e n i n o . Y, l u e g o , to d as las d e m ás, q u e traz an u n a b io g raf ía l l e n a d e m isterio so s p u n to s d e sile nc io y d e i n c o m p re n s i ó n a lo s q u e su p lan tam o s c o n al g u n a clase d e p e g am e n to p ara q u e n o se no s d esco sa, p ara q u e d ar co sid o s, p ara ar m ar y e nc o lar lo s f asc íc u lo s ensam b lad o s d e ese " v o l u m e n " q u e e n tre te je m o s c o n ji ro n e s d e la m e m o r i a . So m o s lo s c o stu rero s y lo s e n c u ad e rn ad o re s d e nuestras v id as. C o n re c u e rd o s no s v e stim o s... o no s d isf raz am o s. Se i m p o n e aq uí la i m ag e n p ro u stian a d e l lib ro .^ Cad a ser h u m a n o es c o m o u n l i b ro en d o n d e están escritas, "g rabad as", las " im p re sio n e s" d e lo v iv id o . U n a p u ra tip o g rafía. U n te x to leg ib le y trad u c i b l e , g eneral m e n te ab ig arrad o y c o nf u so . L o d esc ifram o s c o m o p o d e m o s c o n lo s o jo s m io p e s d e nu estro inte le c to . Flo tam o s e n tre sus je ro g líf ic o s y buscam o s las claves q u e se no s h a n p e rd i d o . In tu i m o s q u e ese l i b ro n o está sellad o d e u n a vez y p ara siem p re; está ab ie rto a inf initas re c o m p o M . Pro u st [ 1913- 1927] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Á la recherche du temps perdu, París, L a Pl é i ad e , G a l l i m a r d , 1969, t. ITT, p p . 877 ss.
12
L O S P A P F. L F. S
Í N FI M O S
sicio nes, a lecturas d iv ersas, a téc nic as ap enas d elib erad as q u e u r d e n el p asad o a p arti r d e las u rg enc ias d e l p resente (tal c o m o suced e — b i e n lo sab e m o s— c o n la histo ria d e las nacio nes, ese c o n ju n to d e m e n tiras q u e esc rib en lo s v enc ed o res, la " m e m o r i a c o lec tiv a" cara a H alb w ac hs) El ti e m p o q u e fluye va d e jan d o u n a estela d e escrituras, charad as a reso lv er, p iezas d e u n ro m p ec ab ez as q u e ad m ite iníinid ad d e so luc io nes. puzzle^ Pero n i H ac e f alta u n " m an u al d e in stru c c io n e s" p ara arm ar elzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR al m ism ísim o O eo rg es Perec se le o c u rrió q u e el ro m p ec ab ez as p u d iese estar c o m p u e sto p o r p artes b land as, m aleables, d úctiles, c o m o lo s re lo jes d e D alí. Sin e m b arg o , así es nu estra m e m o ri a, ese g atu p e ri o hab itad o p o r lo s p re ju ic io s d e nu estra p e rso n alid ad , p o r lo s d eseo s d e q u ienes no s r o d e a r o n e n u n c o m ie n z o , p o r las p resio nes d e n u e stro g r u p o social y p o r las ansied ad es d e n u e stro ti e m p o histó ric o . ¿ Q u i é n e s so m o s, ento nces? A rri e sg u e m o s: so m o s u n a m e m o r i a e n m o v i m i e n t o , h o rad ad a p o r o lv id o s y rep resio nes. U n m o d o d e c o m p o n e r la c h arad a d e nu estro s p re c ario s rec u erd o s y d e p r o p o n e r l a a la m i r a d a d e lo s o tro s q u e te n d rán — s i les i n te re s a— u n a d ifícil m isió n, la d e r e f r e n d a r l a o i m p u g n a r l a . ¿Y las piezas? Re c u e rd o s d e f antasías, f antasías d e re c u e rd o . Proust,"^ q u i e n m ás su p o d e esto , d e c í a q u e c ad a u n o d e b e c u m p l i r c o n el d e b e r d e esc rib ir el l i b r o q u e llev a ad e n tro . Y él ar m ab a su l i b r o c o n m ez clas d e sabo res y o lo res, d e tro p e z o ne s y e n c u e n tro s fug aces, d e retaz o s d e co sas vistas y o íd as, e n u n ap are n te d e s o rd e n te m p o r a l . Pro u st m o stró q u e la m e m o r i a au to b io g ráf ic a n o se c o m p ad e c e c o n el esq u em a d e u n a c ró n i c a d e ac o n te c i m i e n to s sucesiv o s. Está tram ad a c o m o u n a n arrac i ó n d i s c o n ti n u a d o n d e lo s h ilo s q u e lle v an d e u n a p e ri p e c i a a o tr a c arec en d e p re m e d i tac i ó n y c o n c i e rto . Es u n a " m e m o r i a i n v o l u n ta r i a " o , p ara d e c i rl o c o n u n a p al ab ra m ás p rec isa, in c o n sc ie n te . Las c o n e x io n e s d e l r e c u e r d o so n tan insó litas c o m o las lig ad u ras e n tre las aso ciacio nes d e l p ac ie n te p u e sto a h ab l ar e n e l d iv án d e l p sic o analista. Im p e r a e n tre ellas u n o x í m o r o n l ó g i c o y s e m án ti c o , el d e u n l i b re e n c ad e n am i e n to . Fu e e l p r i m e r d e s c u b r i m i e n to d e Fre u d : la memoria es
discontinua.
^ M . H a l b w a c h s [ 1926] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Los marcos sociales de la memoria, tr a d . d e M . Raez a y M . M u j i c a , Bar c e l o n a, A n t h r o p o s , 2004 y [ 1950] La mémoire collecüve, París, A l b í n M i c h e l , 1997. G . Pe re c , La vie mode d'emploi, París, H a c h e tte , 1978. Fasc in an te e i m p r e s c i n d i b l e i l u strac i ó n d e esta m e tá f o r a d e l ro m p e c ab e z as . ( V é ase infra, c ap . 10.) [/ .a vida instrucciones de uso, Bar c e l o n a, A n a g r a m a , 1992. T r a d . d e J. Es c u é ] . ^ M . Pro u s t, A la recherche du temps perdu, París, G a l l i m a r d , L a Pl é i ad e , v o l . i i i , p p . 880 y 890.
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El su jeto está d i v i d i d o , es m ú ltip le ; e n tre sus p artes c o m o e n tre sus rec u e rd o s hay f ro n te ras inestables, sie m p re e n l i ti g i o . A nte s, u n p re c u rso r y a h ab í a p re se n ti d o la i m p o s i b i l i d a d d e la e m p re sa au to b io g ráf ic a. Go ethe,^ e n lo s alb o res d e l r o m a n ti c i s m o , c o m p r e n d í a la d i f i c u l tad e n e l m o m e n t o d e i n i c i ar el re l ato d e su v id a. El p r i n c i p a l d e b e r d e t o d a b i o g r a f í a p a r e c e ser e l d e r e p r e s e n t a r a lo s h o m -
b r e s e n l as c i r c u n s t a n c i a s d e s u é p o c a [ . . . ] P e r o , a t a l fin,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW se requiere algo inasequible,
a s a b e r : q u e e l i n d i v i d u o se c o n o z c a a sí p r o p i o y a s u s i g l o ; a sí p r o p i o
e n c u a n t o se h a y a m a n t e n i d o é l m i s m o e n t o d a s l as c i r c u n s t a n c i a s , y a l s i g l o c o m o a l g o q u e c o n s i g o a r r a s t r a al q u e q u i e r e y al q u e n o q u i e r e , y l o d e t e r m i n a y l o f o r m a . . . ( c u rsiv as m í a s ) .
C o n Fre u d y c o n Pro u st y c o n V i r g i n i a W o o l f y c o n lo s d e m ás au to res q u e i re m o s rev isand o h e m o s c o n f i r m a d o ese "inaseq u ib le": a nad ie le cabe el p ri v i l e g i o d e m antenerse siend o e l m i s m o a l o larg o d e l ti e m p o , n ad ie p o d ría e x p o n e r p l e n am e n te al y o y a sus c irc u nstanc ias. L a m e m o r i a está d esg arrad a p o r lo i m p o s i b l e d e rec o rd ar, p o r lo q u e f u e c o nsc iente y sab id o e n su m o m e n t o p e ro n o p u d o ser asim ilad o p o r e l sujeto y q u e d ó sep arad o d e la u r d i m b r e , d e l te jid o ( te x to ) d e sus ev o cacio nes. Eso q u e n o e m p al m a ( q u e n o " e m b o n a" ) ^ e n el re lato d e la v id a es el " trau m a" ; la m e m o r i a d e p erip ec ias q u e n o c o n c i l l an c o n l o q u e u n o p u d i e r a l l am ar " p r o p i o " . L a m e m o r i a es e g o c é n tri c a y p re te n d e ser au tó n o m a. C u a n d o ad v e rtim o s l o q u e re al m e n te su c ed ió , d i f e re n te d e l o q u e h u b i é ram o s q u e r i d o , lo sentim o s c o m o " aje n o " y, lle g ad o e l m o m e n t o , d i re m o s q u e lo h ab í am o s o lv id ad o . H asta Fre u d , el o l v i d o e ra u n a excusa v álid a, u n a m an if e stac ió n d e in o c e n c ia. Desp u és d e Fre u d u n o tiene q u e ju stif ic arse y d ar exp lic ac io nes p o r lo q u e n o re c u e rd a p ues so sp ec ham o s q u e el o l v i d o tie ne raz o nes y p o r eso p u e d e ser c u lp ab le , q u e la am nesia es la h u e l l a d e u n c o n f l i c to y q u e la m e m o r i a es u n a sirv ienta i n f i e l : m u c h as veces sirv e c o m o c o artad a, c o m o " e n c u b r i m i e n to " d e l o q u e u n o p re f i e re n o saber. C o n fingida sin c e rid ad , d ic e q u ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA guarda l o q u e e n v e rd ad h a inventado,
J. W . v o n G o e th e [ 1 8 1 1 ] , De mi vida. Poesía y verdad, e n Obras completas, M a d r i d , A g u i l a r , 1958, t o m o i i , p . 1459. T r a d . d e R. C an si n o s A ssens. ^ " Em b o n a r " es u n p re c i o s o m e x i c a n i s m o . Se re l ac i o n a ( p ara n u e s tra so rp re sa y p a r a al e g rí a d e l f an tasm a d e G e o rg e s Pe re c ) c o n e l a r m a d o d e ro m p e c ab e z as, d o n d e las p iez as d e b e n " e m b o n a r " sin f o r z a r su arti c u l ac i ó n .
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Blanc ho t^ d estaca la i m p o r ta n c i a d e l o l v i d o c o m o t r o n c o d e l c u al b r o t a n las ram as d e lo s re c u e rd o s. D e l m i s m o m o d o h u b i e r a p o d i d o d e c i r q u e la m e m o r i a es u n a c o l u m n a h u e c a q u e se c o n stru y e e n to rn o d e u n v ac ío c e n tral h e c h o d e o l v i d o y rec haz o : A n t e t o d o o lv id ar: ac o rd arse
de to d o c o m o
p o r o lvid o . H ay u n p u n to
p ro -
f u n d a m e n t e o l v i d a d o d e d o n d e i r r a d i a t o d o r e c u e r d o . T o d o se e x a l t a e n m e m o r i a a p a r t i r d e a l g o q u e se o l v i d a , d e t a l l e í n f i m o ,
fisura
minúscula
donde
c o m p l e t a m e n t e t o d o p asa.
LJn p r e ju i c i o i n tu i ti v o no s c o n v e n c e d e q u e el re c u e rd o p u e d e "estar e n la m e m o r i a " o "p erd erse e n e l o l v i d o " . N ad a m ás falso : el o l v i d o es p arte i n te g ran te , m arc o y n ú c l e o d e l re c u e rd o , raz ó n d e la m e m o r i a . Es c o m o la m u e r te : p e rte n e c e a la v i d a y es su esencia. El af o ri s m o d e Bi c h at ( 1771- 1802) : " La v i d a es el c o n ju n to d e tend enc ias vidaq u e resisten a la m u e r t e " es i l u m i n a d o r . Si al g u n a vez se h ab l ó d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ muerte p ara p o n e r e n d u d a la o p o sic ió n e n tre am bas y su b ray ar su necesaria c o n t i n u i d a d , ah o ra p o d rí am o s h ab lar d e memolvidoy p r o p o n e r la ri g u ro s a an al o g í a e n tre am b as p alab ras c o m p u estas d i c i e n d o : " La m e m o r i a es e l c o n ju n to d e tend enc ias q u e resisten al o l v i d o . " Si hay p u lsio n e s d e v i d a q u e p r e te n d e n c o nserv ar al sujeto al re d e d o r d e u n saber i n d i v i d u a l y c o le c tiv o q u e le p e r m i t e n p ersev erar e n el ser, hay tam b i é n u n a c o n stan te f u e rz a d iso c iativ a q u e a n i m a u n m o v i m i e n t o h ac ia l o i n a n i m a d o , h ac ia la b o r r a d u r a d e to d as las d if e re n c ias, hac ia el o l v i d o ne c e sario q u e trae n las n o c h e s d e l d o r m i r y e l m o r i r . H ay p o d ero sas p u l si o n e s tras e l re c u e rd o y tam b i é n tras su " o b l i te rac i ó n " {oublitération—inventaríamos u n f ran c o n e o l o g i sm o sin f altarle el d eb i d o resp eto a la d io sa Eti m o l o g ía, m e d i o h e r m a n a d e M n e m o s y n e , d io sa d e la m e m o r i a y m a d r e d e las m u sas) . Po r l o d e m ás, ¿ c ó m o p o d rí a subsistir u n re c u e rd o si n o es p o r el o l v i d o q u e él i n te g r a y p o r el o l v i d o q u e hay e n su d e rre d o r? V l a d i m i r N ab ó k o v se p i e r d e e n la i n m e n s i d a d ab ie rta p o r u n m í n i m o re c u e rd o : " ¡ Q i i é p e q u e ñ o es e l c o sm o s ( c ab ría e n el m ar s u p i o d e u n c an g u r o ) , q u é m e z q u i n o e i n si g n i f i c an te e n c o m p arac i ó n c o n la c o n c i e n c i a h u m an a, c o n u n so lo re c u e rd o i n d i v i d u al y su e x p re sió n e n p alabras."^ ^ M . Bl a n c h o t ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA El último hombre, M a d r i d , A r e n a L i b r o s , 2001, p . 94. ^ V . ' N a b ó k o v [ 1 9 4 7 ] , ¡Habla, memoria!, M é x i c o , Ed iv isió n, 1992, p . 25. T r a d . d e A n g é l i k a Sc h e rp , c o r r e g i d a .
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L o " i n ase q u i b l e " q u e G o e th e c o nf esab a d e p e n d e d e la i m p o s i b i l i d a d d e " c o n tar d e veras u n a h i s to ri a" i n d i c ad a p o r D e r r i d a , ' " d e la lu z n e g ra d e la q u e i rrad i a to d o r e c u e r d o d e Bl an c h o t, d e la i m p o s i b i l i d a d d e p o n e r a hab lar a la m e m o r i a , la d e N ab ó ko v y la d e to d o s lo s d e m ás, d e la i n c ap ac i d ad d e l le ng u aje p ara ap re h e n d e r lo re al q u e está e n e l c e n tro d e la m ás í n f i m a e x p e ri e n c i a seg ú n l o d e n u n c i ar a L o r d C h an d o s e n su c arta ap ó c rif a a Ro g e r Ba c o n . " El re lato está c o n d e n ad o al fracaso ; p o r eso , p o r d esaf iante, es te n tad o r. Q u ie n e s se p r e o c u p a n p o r lazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA subjetividad—cosa tal vez n o m u y f re c u e n te e n nuestro s ti e m p o s co nsag rad o s a la objetividad— se e m p e ñ a n e n u n a tarea d e Sísifo , la d e d ar c u e n ta d e sus m e m o ri as p ara sí y p ara lo s o tro s. Es e v id e nte q u e g o z an e n la e m p re sa au to b io g ráf ic a; só lo así se e n ti e n d e q u e se c o nsag ren a lo i m p o s i b l e , estrem ec id o s p o r las e m o c i o n e s d e salir a la caza d e re c u e rd o s, s i n ti e n d o la f ru ic ió n d e av entu rarse e n u n te r r e n o d o n d e só lo ello s p u e d e n p e n e trar, exc itad o s p o r lo s d esaf ío s esp iritu ales d e esco g er las p alab ras al c am b i ar l o q u e d a n a v er y l o q u e o c u l tan c o n la si m p l e su stitu c ió n d e u n ad je tiv o p o r o tro , atraíd o s p o r e l se ñ u e l o d e la m istif ic ac ió n y c ay end o e n él, s u p o n i e n d o — c o sa n o d e m o s tr a d a — q u e es b u e n o c o n o c e r y tran s m i ti r la e x p e ri e n c i a p asad a. Pre te n d i e n d o so b rev iv ir a la c o nsab id a m u e r te d e l y o . G é n e r o p o r d e m ás so sp echo so : "— Pasen y o i g an , se ño ras y se ñ o re s, el ap asio n an te re lato d e c ó m o lleg u é a ser q u i e n so y." Se rá e l te m a d e n u e stro ú ltim o c ap ítu lo . H ay u n a p arad o ja e n e l f u n c i o n a m i e n t o d e la m e m o r i a , e n te n d i d a c o m o c ap ac id ad d e c o nserv ar la c o n c i e n c i a d e alg o q u e f u e y y a n o es b ajo la f o r m a d e u n re c u e rd o , c o m o af i rm ac i ó n d e u n c ie rto saber so b re alg o v i v i d o , v isto u o í d o e n e l p asad o . Se ap re c ia m e jo r c u an d o el e p i so d i o e n c u estió n re su lta d o l o ro s o o v e rg o nz o so . U n o lleg a a r e c o r d ar . . . a p esar d e u n o m i s m o . El re c u e rd o reg resa e sp e c tralm e nte y c o n él la c au d a d e d o l o r y v e rg ü e nz a. Para e v itarlo , la c o n c i e n c i a i n te n ta ap artarse d e este h u é sp e d p o c o ap etec ib le, d e este i n tru s o , y
" N u n c a su p e c o n tar u n a h i s to ri a. Y c o m o a m o m ás q u e n a d a la r e c o r d a c i ó n y l a M e m o r i a — M n e m o s y n e — s i e m p r e h e s e n ti d o esta i n c a p a c i d a d c o m o u n a triste f laq u e z a [ . . . ] ¿ Po r q u é n o re c i b í este d o n ? A p a r t i r d e esta q u e ja, p r o b a b l e m e n t e p ar a p r o t e g e r m e an te ella, u n a so sp ec ha su rg e s i e m p r e e n m i p e n s a m i e n t o : ¿ q u ié n p u e d e M emorias para Paul de d e v eras c o n ta r u n a histo ria? ¿Es p o s i b l e e l n a r r a r ? " J. D e r r i d a ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU M an, Bar c e l o n a, G ed isa, 1989, p p . 17 y 25. T r a d . d e C. G a r d i n i . " H . v o n H o f f m a n s t h a l [ 1 9 0 3 ] , La carta de Lord Chandos, d e j . G arc ía Terrés.
M é x i c o ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZ F C E , 1983. T r a d .
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a v eces, n o si e m p re , c o nsig u e d isf raz arlo y hasta " o l v i d arl o " . El an ti p átic o h ab i tan te d e l esp íritu es c o n d e n ad o al o strac ism o . L a m e m o r i a n o q u i e r e saber d e l r e c u e r d o q u e asusta o esto rb a. C u a n d o p u e d e , si p u e d e , l o ag u an ta. Si n o p u e d e , se hace v íc tim a (¿y c ó m p l i c e ? ) d e sus em b ates. A lg ú n d ía no s e n c o n trare m o s d e f re n te c o n el "g o c e d e l r e c u e r d o d o l o ro s o " . D e to d o s m o d o s u n o sabe y sabe b i e n l o q u e ha d e ste rrad o , u n o p re f i e re " n o m e n ta r la so g a e n casa d e l ah o rc ad o " ( q u e re su lta ser u n o m i s m o ) y escap a c o n ang u stia d e aq u e llo q u e ev o ca el an ti g u o d o lo r. O allí se re f u g i a. Bi e n sab em o s q u e el d isp lac er e v itad o al p re c i o d e la re p re s i ó n reg resa b ajo la f o r m a d e "sínto m as", d e m o n u m e n t o s c o n m e m o r a ti v o s d e la h e ri d a. A sí, m a l o si u n o se ac u e rd a ( p o r q u e su f re ) , m a l o si u n o se o l v i d a ( p o r q u e , d e o tra m an e ra, tam b i é n s u f re ) . L o q u e d u e l e n o es la c o n c i e n c i a; d u e l e n l o real d e l g o l p e y d e las m atad u ras q u e d e jó . D u e l e n , sí, lo s re c u e rd o s, p e ro d e b e m o s rec o n o c e r q u e e n ello s se o c u l ta o tra re al i d ad : la d e l g o c e p e c am i n o so y trasg reso r. H a b e r su f ri d o — y r e c o r d a r l o — es u n m é ri to q u e asp ira a ser re c o m p e n s ad o . El m árti r es u n ac reed o r. Las p alm as ab re n las p u e rtas d e l p araíso .
2.
M EM EN TO .
E L S U JE T O
D E LA
A N UN CIA CIÓ N
Fr e u d e n u n p r i n c i p i o c o n f i ab a— d e m as i ad o , seg ún a m u c h o s no s p ar e c e — e n q u e la re c u p e rac i ó n d e lo s re c u e rd o s o lv id ad o s, el lev antam i e n t o d e la re p re si ó n y la su p e rac ió n d e la am nesia i n f a n ti l , serv irían p ara " c u r a r " al su jeto . Para él, e n ese ti e m p o i n i c i al d e l p sic o análisis, la n e u ro sis ( la histe ria e n p arti c u l ar) sig nif ic ab a q u e e l su jeto "su f ría d e re m i n i sc e n c i as" y el tr atam i e n to analític o e ra u n re c u rso p ara la rep esc a d e lo s re c u e rd o s exp u lsad o s d e la c o n c ie n c ia. Po r eso le p are c í a ne c e sario " r e m e n d a r " la m e m o r i a , crear c o n d i c i o n e s f av o rab les p ara la r e m e m o r a c i ó n y p ara su p erar las resistencias al re c u e rd o . L a m e ta i n i c i al d e l p sic o análisis era "hac er c o nsc iente lo i n c o n s c i e n te " e n e l seno d e la sesió n, b ajo las c o n d i c i o n e s fav o rab les q u e se c rean c u a n d o e l su jeto está " e n tran sf e re n c i a" c o n u n p erso naje d e q u i e n sabe q u e n o p o d rán v e n i rl e n i e n ju i c i am i e n to s n i ind isc re c io ne s. " A h o ra, aq u í, c o n i n i g o , p u ed es atrev erte a re c o rd ar; es m ás, ése es m i d eseo y d esd e él e n u n c i o p ara t i u n i m p e rati v o : ¡H az m e m o r i a ! " Es l o q u e p arec e p r o p o n e r el analista al analiz ante c u an d o l o i n ti m a a d e c i r c u an to
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le v eng a a la m e n te . " M e n te " q u e , e n la an tig ü e d ad , y m u y p arti c u l ar m e n te e n D an te , e ra ap enas u n s i n ó n i m o d e " m e m o ri a" .' ^ N o e n b ald e p ersiste esa re lac ió n e n la l e n g u a i tal i an a d o n d e " o l v i d ar" es dimenticare, desmenuzar dirigimos, si no s atrev iésem o s — ¿ p o r q u é n o ? — a i n v e n tar u n n e o l o g i sm o e n n u e stra p r o p i a l e n g u a. L a am nesia es, antes a u n d e l p o p u l a r i n v e n to d e l A l z h e i m e r, u n rasg o d istin tiv o d e la " d e m e n c i a" . En ti e m p o s re m o to s el h o g ar d e la m e m o r i a era el ó rg an o c o rd i al . Po r eso , c o nserv ar alg o e n ella es " re c o rd ar" ( e n el cor). En i tal i an o , an tó n i m o d e ricordare, es scordare y e l re f l e x i v o scordarsi ( aria d e M o z ar t IK . 505] : Chio mi scordi di ie? ), o sea, d ejar f u e ra d e l c o raz ó n . "¡H az m e m o r i a ! " es, e n latín, u n i m p e rati v o q u e se c o nd e nsa e n u n so lo sig nif ic ante memento. La f o r m a m ás u su al d e esta rec eta es ''memento morí' ( ac u é rd ate d e la m u e r te ) q u e no s re c u e rd a u n a d e las g rand es lec c io nes q u e no s e n s e ñ a M n e m o s y n e , h ija d e Gea y U r a n o , d e l c ielo y d e la ti e rra. U n a le c c ió n q u e te n d e m o s a o lv id ar: la m e m o ri a n o p ro c e d e d esd e el p asad o , c o m o i n g e n u am e n te c reem o s, sino d esd e e l f u tu r o . L o q u e n o se p u e d e o lv id ar es el f u t u r o d esd e e l c u al to d o re c u e rd o to m ará su se n tid o o se d ev elará c o m o p ri v ad o d e él. L a m u e r te , p o r ser sab id a y p re se n tid a, d isu elv e a la m e m o r i a p o r ad e lan tad o y le m arc a su d e sti n o d e o l v i d o . C o m o e l r i c o a su f o r tu n a , n ad ie d eja este m u n d o llev ánd o se sus re c u e rd o s, su e x p e rie n c ia, su ac u m u l ad o saber. En u n re c u e rd o n arrad o la ling üística y tam b ién e l p sico análisis h an d i sti n g u i d o al sujeto del enunciado ( g e n e ralm e n te **yo", d e al g u i e n q u e h ab la e n el p resente y ev o ca u n a e x p e rie n c ia p rev ia) y al sujeto de la enunciación, falsa e i n c o m p l e tam e n te rep resentad o p o r el '*yo " d e l e n u n c i ad o , q u e sabe d e la d i f i c u l tad p ara c irc u n sc rib ir c u alq u ie r rec u e rd o y d e las necesarias falsificacio nes q u e ese re c u e rd o d eb e su f rir p ara ser ap alab rad o y tran s m i ti d o a o tr o e n u n a i rre p e ti b l e e x p e rie nc ia d e d iálo g o . Esta d istinc ió n esencial e n tre enundadoy enunciación iiic\u.yG tam b ién, e ntre u n o y o tro , al sujetó del inconsciente como m é d u la d e l d iscurso , p ues el sujeto , h ab l an d o , n o sabe lo q u e d ic e y d ic e siem p re m ás d e lo q u e él cree. N o m e d e te n d ré e n esto s c o nc ep to s q u e p e rte n e c e n a la ling üística d e l d isc urso . H ay , sin e m b arg o , u n terc er sujeto q u e sí q u isiera ag reg ar a ese p ar d e o p uesto s c o m p l e m e n tari o s, lo s sujeto s d e l H . W e i n r i c h ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Lete, arte e critica delloblio, Bo l o n i a , I I M u l i n o , 1999, p . 9. T r a d . d e F. R i g o tti .
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e n u n c i ad o y d e la e n u n c iac ió n . 1 .o llam aré elzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH sujeto de la anunciación^'' el q u e h ab l a a p arti r d e su m u e rte p re se ntid a, hec ha p resente, an tic ip ad a e n la re lac ió n c o n el f antasm a d e l o tr o al q u e d estina su p alab ra o su esc rito re f e rid o s a ese p asad o "inasemo alienación. Si v e rti m o s este v o c ab lo al e sp año l d e o tr o m o d o , c o m o exteriorización {Erciusserung) p o d re m o s c o i n c i d i r c o n H e g el e n su líne a d e p e n sam i e n to , esp ec ialm ente c u an d o el filósofo d ic e q u e la interio riz ac ió n y la e x te rio riz ac ió n n o so n tan to o p u estas c o m o c o m p l e m e n tari as: el sujeto p r o f u n d i z a e n su v id a i n te r i o r y e n sus p e n sam iento s e n la m e d i d a e n q u e su e x p e ri e n c i a d e l p asad o se exp resa en el d isc u rso y en la esc ritu ra. Esc rib ir la au to b io g raf ía, v iv ir p ara co ntarla,'^ n o es u n m o d o d e m ate rializ ar alg o p re v i am e n te existente c o m o r e c u e r d o sino c o n s tru i r u n a n u e v a su b je tiv id ad p o r m e d i o d e la p alab ra h ab lad a o escrita. N o o tr o es el f u n d a m e n to d e la té c n i c a y d e la p rác tic a d e l p sic o análisis: q u e al g u i e n , p o r el so lo h e c h o d e c o ntar (se), se p ro d u z c a c o m o o tr o d i f e re n te al q u e o c u p ab a su lu g ar, — ¿ m e atrev o a d e c i r l o ? — nace d e l q u e sea d i s ti n to al q u e era. L a\ T d a zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB c u e n to . El ac to d e n arrar e n u n a c ie rta escena d e l re lato , e n u n c i e rto m o m e n t o d e la v id a, hac e n performativamente a la v i d a q u e es c o n tad a. D irig ié nd o se al o tro , qvie h ab rá d e esc u c harla o d e leerla, la v id a n o es ev o cad a: es p r o d u c i d a . So m o s lo q tie (no s) c o n tam o s. Perso najes
^ G.W .F. H e g e l [ 1830] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Ey idclopedia de las áendas filosóficas, M é x i c o , Po r n i a, Sep aii c u ánto s 187, 1971, p . 305. ^ C i t. , p . sin n ú m e r o . Ep í g raf e : " L a v i d a n o es l a q u e u n o v iv ió , si n o la q u e u n o re c u e r d a y c ó m o la r e c u e r d a p ara c o n t a r l a . "
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e n b u sc a d e u n au to r; c u e nto s e n b usca d e o rejas. Relato s v anam e nte h e ro i c o s q u e c o n ju g an y seg reg an " y o " . L a re c u p e rac i ó n d e lo o l v i d ad o , q u e n o d eb e c o n f u n d i r s e c o n ia re c o n s tru c c i ó n ( analític a) d e l o r e p r i m i d o , es d e se nc ad e nad a p o r la v o z d e la m a d r e d i c i e n d o : "aq u í nac iste" y "ésta f u e t u c u n a" . El o b jeto m u d o , q u e vivía a r r u m b a d o en el l i m b o d e u n a m e m o r i a i g n o rad a p o r su d u e ñ o , era u n ente p ri v ad o d e sig nif ic ac ió n, estú p id o e n su re al i d ad d e m ad e ra c o m b u sti b l e , lista p ara hacerse h u m o . Basta c o n la m e r a p e rc e p c i ó n y c o n la u b i c ac i ó n d e l p e q u e ñ o artef ac to e n la n arrati v a f am i l i ar ( m ag d al e n a d e Pro u st,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH retriex)al cue d e lo s n e u ro f i si ó l o g o s) , rati f i c ad a p o r la p al ab ra d e la m ad r e p ara q u e se p ro y ec te la i m a g e n rad io g ráf ic a d e l "hu eso d e la m e m o r i a " , d e l sie m p re iluso r i o p r i m e r re c u e rd o . Br o ta n lo s e l e m e n to s " h i p e rn í ti d o s" {überdeutig) c o n esa c l ari d ad casi al u c i n ato ri a d e la m e m o i i a d estac ad a p o r Fre u d y r e f r e n d a d a p o r nu estro s esc rito res: "el m a m e l u c o c o n florcitas azules" re c i é n estrenad o . D isc u tirán y seg u irán d i s c u ti e n d o lo s d em ás, lo s p arie n te s, lo s am ig o s, c o n el m e m o r i o s o esc rito r ac erc a d e las raz o nes q u e él d a p ara ese s e n ti m i e n to q u e n o v ac ila e n l l am ar " an sie d ad " y " ang u stia" . ¿ "Raz o ne s", "causas", "m o tiv o s"? Se p u e d e n buscar. "Rac io n aliz ac io n e s" , d irían lo s u su ario s d e l v o c ab u l ari o d e l p sico análisis. C u e sti ó n i m p o s i b l e d e zanjar, d iría e l e sc é p tic o , p u es n o se p u e d e d e sc o n o c e r la m ú ltip le d e te rm i n ac i ó n e n el p s i q u i s m o y se arriesg a e l salto a la c aric atu ra c u an d o se p re te n d e , d esd e d e n t r o o d esd e f u era d e l su jeto , i m p o n e r u n a " raz ó n " o u n a " e x p lic ac ió n " . El re c u e rd o tie n e la esto fa d e l su e ñ o , d e la p e sad illa d e d e sp e rtar e n u n m u n d o d e so lad o . Es re ac io a las i n te rp re tac i o n e s. El au to r d e estas líneas p u e d e re c o n o c e r e n su p r o p i a h i sto ri a u n p r i m e r r e c u e r d o sem ejante. H ay , e n él, alg u nas i m p re si o n e s i m p re c i sas d e t i e m p o an te rio r, so m b ras d e re c u e rd o . Pero el m o m e n t o p reciso d e l q u e p arec e arran c ar la m e m o r i a es c o m o si f u e ra " e l m i s m o " q u e e l d e G arc í a M árq u e z . T am b i é n él, a lo s tres añ o s d e e d ad , hab ía sid o d e jad o so lo , e n este caso e n u n p ati o e m b al d o sad o e n ro jo , j u n t o a u n g ris lav ad ero d e ro p a, e n u n a siesta Iti m i n o sa y az u l, y se e n c o n tró e m b a r r a d o d e caca y l l o r a n d o c o n d e se sp e rac ió n p o r q u e n ad i e v enía p ara hacerse c arg o d e l o q u e h ab í a d esc arg ad o sin q u erer, sin p o d e r e v itarlo . ¿ D ó n d e resid e l o trau m átic o d e esto s d o s re c u e rd o s triv iales y c o n f lu e n te s? En la d e m an d a n o ate n d i d a, e n la f alta d e resp uesta d e l O t r o . C ab e resaltar las p alab ras esc larec ed o ras d e G arc ía M árq u e z : " q u e al g u i e n ac u d i e ra a q u i ta r m e lo s p añ ale s" . C o rtáz ar, e n u n a evo -
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c ac ió n d e la m i sm a esto fa, d ic e : " M e h ab í an d e jad o so l o ... y e n to n c e s el g allo c an tó . " N o só lo la v o c ac ió n p o r la e sc ritu ra p u e d e re c o n o c e r ahí su f u e n te , p u ed e q u e to d o s lo s id eales re d e n to re s te ng an ese h u m i l d e o r i g e n . ¿Po r q u é n o , tam b ié n , la nec esid ad d e u n D io s q u e p ro te ja al d esv alid o , la c o n f ian z a e n u n sistema d e relac io nes so ciales justas, la b ú sq u e d a d e resp uestas m ág ic as o c ientíf ic as p ara ev itar e l d esam p aro ? ¿ Po r fidelidad qué n o tam b ié n el a m o r c o n sus p ro m esas, la am istad , la re c íp ro c a d e m o strad a e n la c o nstanc ia p ara ac u d i r e n resp uesta a la d e m an d a, el i n te r c am b i o d e m e rc an c í as y serv icio s, las téc nic as d e c o n tro l c o rp o ral , las d ro g as, e n fin, to d o el esf u erz o h u m a n o p o r atenu ar "el m alestar e n la c u l tu r a " , q u e p u e d e ser leíd o c o m o el i n te n to d e p asar d e u n m u n d o e m b a r r a d o d e caca a u n m u n d o p o r sie m p re p e rd i d o d e m am e l u c o s flamantes c o n inm arc esib les florcitas azules?
Q u e "la m e m o r i a e m p i e c e e n el esp anto ", c o m o d e c í a Ju H o C o rtázar, sig nif ic a el c o m i e n z o d e la e m p re sa d e "\dvir p ara c o n tarl a" , i n cluso d e " c o n tarl a p ara v i v i r" . Se n arra, se b usca el se n tid o , se l l am a a la so l i d ari d ad d e l O t r o . A l g u i e n d e b e lleg ar p ara p o n e r a d istanc ia (Ding), la Co sa o m i n o s a ese n ú c l e o atro z d e l ser, p ara alejar a la Co sazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP e irre p re se n tab le , la m ás p ró x i m a y la m ás ajena, éxtima p u e sto q u e no es íntim a, la Co sa d esenc ad enante d e l p r i m e r y m ás esp anto so g ri to su rg i d o d e l d e sam p aro . Co sa salid a d e las e n trañ as y o b je to d e la m ay o r re p u lsa p o r la i n to l e ran c i a d e l O t r o . L a señal d e esa v e c i n d ad i n to l e rab l e c o n la Co sa es e l g r i to y es el l l an to d esc o nso lad o b ajo u n cielo d e s n u d o ante p erso najes q u e se alejan c re an d o c o n su d istanc ia el esc enario d e l trau m ati s m o . El su jeto ab an d o n ad o e n tre sus exc rem ento s, e x c re m e n to él m i s m o e n raz ó n d e su triste d e re lic c ió n , nac e d e l esp anto y trata d e rec u p erarse i m p o n i é n d o s e id eales d e l i m p i e z a, d e c o n f o r t, d e b ellez a, d e am o r. El p r i m e r re c u e rd o d e G arc ía M árquez , tan falso y e n c u b r i d o r c o m o c u al q u i e r o tr o , p o d rí a f u n c i o n a r c o m o el p ar ad i g m a d e la c o n stitu c ió n d e l sujeto d e lo s i n te rc am b i o s, "d el to m a y d ac a d e lec he y caca". A l d esv alid o N arc iso c o n su y o su c io y m al o l i e n te , c o n d ey ec c io nes p eg ad as a la p i e l q u e i n f i l tr a n su alm a, n ad ie l o r e d i m e . Ti e n e q u e hab er O t r o y e l O t r o n o lleg a. L a a r m o n í a d e l m u n d o h a sid o d esg arrad a. Sin r e m e d i o . Se h a m a r c h i ta d o la p rístina b ellez a d e las florcitas en el m a m e l u c o az u l. ¿Se la p o d rá re c u p e rar c o n frases bo nitas? A caso sí; p e ro será o tra su f rag an c ia. El a m o r q u e u n o p u e d e te n e r p o r sí m i s m o se arraig a, se p re n d e , d e
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c ierto s o b jeto s: e n este caso , la c u n a q u e el anc estro , la ab u ela m ate rn a e n su p ap e l d e g ran O tr o , c o n se rv ó "p ara s i e m p re " y el m a m e l u c o c o n sus florcitas q u e , n o i m p o r t a n d o l o q u e pasase c o n e l c u e rp o ("lo s p reju i c i o s d e h i g i e n e " ) , d e b í a m an te n e rse i n m ac u l ad o ("la c o n trari e d ad e sté ti c a" ) . L a h e ri d a co nsiste e n n o p o d e r reso lv er p o r sí so lo la situac ió n v erg o nz o sa d e l ser i n v ad i d o p o r la caca, e n d e p e n d e r d e o tr o q u e p u e d e , p o r q u e sí, p o r m e r o c ap ri c h o , d esap arec er... o q u e d ar atrap ad o en u n r o p e r o cuy a llav e está e n m ano s d e l O t r o m alé f ic o . El ser está a la d eriv a, a m e r c e d d e c o rrie n te s, n o p o r inv isib les m eno s to rm e n to sas, e n su "c anastilla d e M o isé s" q u e es tan fi'ágil c o m o él m i s m o . V i v i r es d ar c tie nta d e l g ran trau m ati s m o i n i c i al : el d e ser un p r i n c i p i o , c o n lág rim as en l an z ad o a flotar e n el N i l o ap e l an d o , enzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF lo s o jo s, a la sup uesta o m n i p o te n c i a d e l O t r o , d e la h i ja d e l Faraó n, al g u i e n cap az d e salvar al d esc o nso lad o b e b é . L u e g o él p asará d e lo s b arro te s d e su cuna— p risió n al an c h u ro so au n q u e tétric o m u n d o d e lo s añ o s d e so led ad , d e la esp era d e esa c arta q u e n u n c a lle g a p o r q u e u n o n o tie n e q u i é n le escriba, d e lo s ti e m p o s d e l c ó le ra, d e l secuestr^ L a e sc rito ra c u y a v o c ac ió n aso m a es so b o rn ad a ( c o n lib ro s, ¿co n q u é , si no ? ) p o r su p ad re p ara q u e ejerz a el o f i c i o d e b i b l i o te c ari a y la jo v e n se so m ete, g o z an d o , a sus d em and as.^ Só lo una hija o bed iente acepta de sti p ad re encargo s co mo aquél. Yo era la hija desgraciada de u n p ad re desgraciado , y esa co nd ició n te lleva a aceptar gracio samente encargo s y favores que ning itna o tra hija habría estado disptiesta a asumir a cambio de d inero o siquiera de una buena cantid ad de libro s. D e to d o s m o d o s sie m p re es p re f e ri b l e ac c ed er a esa clase d e deseos p ate rn o s q u e a o tro s m ás so lap ad o s y teñid o s p o r rib etes d e d ifícil c o nf esió n."^ ^ Muchas mañanas de d o m in g o ... m i p ad re venía en p ijama a regalarme su cariño o a req uerir el mío , según se viera, y se intro d ucía en m i cama y me abrazaba y mimaba co n intensid ad y d etenim iento excesivos (...) M i padre me besaba de u n m o d o inhabitual, co n la melo sid ad y el amaneramiento de las parejas de enamo rad o s. Y co mo yo quería a m i pad re p o r encima d e todas las cosas y sentía, ad emás, una co mp asió n inmensa p o r su tristeza de ho mbre v iud o , ap rend í a so p o rtar ese sup licio co n bastante destreza.
Sab em o s q u e n o estam o s l e y e n d o e n ese p árraf o u n a c ró n i c a d e h e c h o s reales sino u n a no v e la q u e se l l am azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH La intimidad. M a l p o d ríam o s c o n f u n d i r al y o d e l p erso naje c o n e l y o d e u n a h i sto ri a re al. N o lo s m e z c lam o s p e ro sabem o s q u e am b o s ab rev an e n e l m i s m o río : el f antasm a. N o no s p r e o c u p a la l i te ral i d ad d e la m e m o r i a p o r q u e n o c re e m o s e n ella. Lo s re c u e rd o s, c o m o no s e n s e ñ aro n Fr e u d y Piag et e n su m o m e n t o , so n c o n stru c c io n e s. Esa p resenc ia d e l p ad re ard ie n te d e c ari ñ o e n la c am a d e la p e q u e ñ a o es i n d i c a d o r a d e u n suceso real q u e b i e n p u d i e r a hab e r te n i d o lu g ar, y re i te rad am e n te , e l ab o rad o y e n r i q u e c i d o c o m o u r a n i o p o r la m e m o r i a n u c le ar d e la hija, o es u n
^ N . A m a t , Letra herida, c it., p . 149. ^ La intimidad, c i t., p . 98.
C i t. , p p . 12-13.
PRIA AMAT
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, fentasma i n f an ti l q u e se ab re c am i n o e n la o sc tira send a d e la c re ac i ó n Ipoética, en c u y o caso n o es real; es m ás, es h i p e r r e a l .
V o l v i e n d o a A m a t: la i n te rp o si c i ó n d e la m ad re - b ib lio te c a, e l ám bito n e c ro f íl i c o q u e la r e ú n e y la sep ara d e l p ad re , re su lta p r o v i d e n cial. Para am b o s. L a m u je r se c o n c e d e u n a p r ó r r o g a e n su c a m i n o hacia la e sc ritu ra y to m a e l d esv ío d e la b i b h o te c a. C u i d ará d e lo s libros d e ese p ad re tr a i d o r q u e ac ab ará d e s h e r e d á n d o l a d e sus tesoros y l e g án d o l o s, e n el m o m e n t o d e m o r i r , a su h e r m a n o , q u i e n hará q u e lo s c o d ic iad o s v o l ú m e n e s ac ab e n e n e l g ó d c o c o n v e n to d e Po b let. D e to d o s m o d o s , p ara esta jo v e n q u e v iv e e n las no v elas y q u e recibe d e lo s m é d i c o s lo s d e sp iad ad o s d i ag n ó sd c o s d e n e u raste n ia, d e enc ef alitis, d e e p ile p sia, p ara esta j o v e n q u e re su lta i n c o m p r e n s i ble a q u ie n e s c re e n e n las v i rtu d e s d e l h ab l a, p ara esta p ró f u g a d e l lazo so c ial, n ad a m e jo r q u e u n a b i b l i o te c a e n la q u e se a b u r r e m u y a su g u sto .
2 . UN PUNTO Y APARTE F,N LA PROPIA IMAOEN
¿ Q u ién p u e d e salvarla? ¿ Q u é talism án p u e d e alejar a lo s d e m o n i o s d el e.spanto si f alta la am an te c aric ia d e l o tro , e n c o n c re to , d e la m ad re, p ara i n te r p o n e r el l u b ri c an te d e p alab ras hab lad as, d e arru l l o s y m e lo d ías e n m e d i o d e l d esam p aro ? ¿ Q u é p u e d e p ro te g e r al c ap u l l o i n f an ti l d e l siniestro i n f l u jo d e u n a m e m o r i a d ev astad a tan to p o r e l n o saber so bre la m u e r te d e la m ad re c o m o p o r el sí saber, sí hab e r v isto , l o su c e d id o c o n la e n f e r m a d e m e l an c o l í a q u e se arro ja al v ac ío d e l o tr o l ad o d e l c alle jó n y q u e o f re c e u n e sp e c tác u l o q u e re sp o n d e al e n i g m a d e ia au senc ia m aterna? El so sieg o lleg a, p ara N u r i a A m a t, bajo la f o r m a d e p alab ra im p re sa. D e lib ro s q u e ella, c o m o p erso naje d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Fahrenheit 451, ap re n d e rá d e m e m o r i a , " c o n p u n to s y c o m as". Ella será, p o r l o p r o n to , u n a m u je r d e p ap e l , u n a " m ti je r- l i b ro " . "Pu ed e ser q tie m i m a d r e m ti e rta se hay a tran s f o rm ad o e n u n a b i b l i o te c a v iv a." En La intimidad la esc rito ra, p o c o d i s i m u l ad a c o m o p ro tag o n i sta, relata esa p r i m e r a é p o c a d e sus and anz as. A llí c o n f u n d e i n te n c i o n ad am e n te no v e la y au to b io g raf ía ( tie n e p l e n o d e re c h o a su ficdonario p e rso nal) c u an d o no s h ab l a d e su v i d a te m p ran a, d e la é p o ca e n q u e m am ab a p ap e l i m p re so . El l a n o v e a su m ad re y sti m a d r e n o la ve a ella. Falta e l re f l e jo d e l ro stro i n f an ti l e n la m i r a d a re d e n to ra d e la m ad re y N u r i a trata
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NURIA AMAT
d e re c u p e rarl a sin acab ar d e c re e r e n la v e rd ad d e lo s artif ic io s que f ab ric a: M i mad re es u n arm ario atibo rrad o de palabras inservibles. Me visto co n sus ro pas d efo rmes co mo si estos vestidos esplénd id o s fueran mo rtajas de palabras. Así es co m o voy co nstruy end o m i cuerp o de escrito ra. Me disfrazo de mad re y, gracias a esa ro p a de palabras, co nsigo verla p o r u n instante en el espejo . Es una stterte d e d estello . Un p u nto y aparte en el espejo. La escritura, m i escritura y, finalmente, to d a la escritura, consiste en buscarla.
L a n i ñ a n o se busca a sí m i sm a, b u sc a al O t r o e n lo s esp ejo s y ello s le re v e lan la d o b l e ficción: n i es ella n i es la m u e rta: ' T re n te al espejo so y tantas v eces m i m ad re q u e m e esp anta u n p o c o q u e ella p u ed a ap are c e r d e u n m o m e n t o a o tr o y d e s c u b ri rm e e n el ac to i n m o r a l d e su p lan tar su i m a g e n . " C o n e l re lato d e A m a t rec aem o s, d e nu e v a m aiíe ra, e n la v erg ü enz a d e V i r g i n i a W o o l f . M ás au n , N u r i a A m a t , c o n p alab ras p recisas, esclarec e a la e sc rito ra ing lesa. Es p ate n te la v e rg tie nz a p o rzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR gozar ai susütttir la i m a g e n d e la m a d r e f re n te al esp ejo . La m i r ad a d e l looking-glass es d e sp iad ad a p o r q u e p ro v i e n e d esd e la u l tr a tu m b a , c o m o la d e la lo ca e n la v e n tan a p ri v i l e g i ad a. Q u i e n se m i r a ante e l esp ejo , p artic u larm e n te si es la h i ja d esc o nso lad a d e u n a m ad re d i f u n ta , v e d e l o tro l ad o alg o q u e n i n g u n a o tra m i r a d a p o d rí a av alar: u n e sp e c tác u lo al q u e o tro s o jo s están cieg o s, el d e o tr o ro stro al q u e se b u sc a y q u e , si ap arec iese e n e l esp ac io re al, p ro v o c aría el p án ic o m ás esp anto so . Se h ab rí a c ru z ad o e l lím ite e n tre la v i d a y la m u e rte , e n tre la c o r d u r a y la l o c u ra. El c u l p o so p asatie m p o al q u e se d e d i c a A m a t e n e l d esv án d o n d e se c o n se rv an las p e rte n e n c ias d e la d i f u n ta m ad re es u n su p re m o p e c ad o . El d e su p l an tarl a, el m i s m o j u e g o q u e ac tú an ella y su p ad re e n las m añ an as d e l d o m i n g o . U n "ac to i n m o r a l " . L a i m p o s tu r a ante e l esp ejo , v e rd ad e ro quid pro quo, es o b e d i e n c i a al d eseo d e l p ad re y d e saf ío a la Le y q u e p r o h i b e a la n i ñ a to m ar e l l u g ar d e la m ad re . Se g ú n ella, la c o m p as i ó n hacia e l p ad re \ i u d o está e n la base d e la p ro f an ac i ó n q u e c o m e te e n l o i m ag i n ar i o . Zugzwang, c o e rc i ó n i n e l u d i b l e : hag a l o q u e hag a, estará m a l h e c h o . . . y n o p u e d e n o hac er. Ti e n e q u e re p re se n tar a la m a d r e p e ro n o p ti e d e serlo , h ab rá d e d iv id irse y llev ar
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N . A m a t ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Letra herida. A l f a g u a r a , M a d r i d , 1998, p . 148. md., p . 158.
N U R I A A M A TzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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m í a d o b le v id a d e ñc xió ii. M isterio so s so n lo s c am in o s q u e llev an a la escritura au to b io g ráf ic a. V o lv em o s tam b ié n al te r r o r d e M a r t h a Ro b les q u e se d esc u b re so la y ab an d o n ad a ante u n esp ejo sin d isc re c ió n n i m i s e ri c o rd i a. El o b je to causante es el m i s m o q u e h ab í a esp antad o a Bo rg es e n sus no c he s y ang ustiad o a Pro u st e n stis d esp ertares. Es, o tra vez, el esp ejo . El p ad re h a c o lo c ad o a N u r i a e n el l u g ar d e la m u je r p ara p aliar u n d u e l o q u e n u n c a ac ab ó . La n i ñ a se instala e n e l esp acio q u e se le o frece y o p o n e end eb les resistencias. La lo c a ha c aíd o p o r la v e n tan a. La m ad re se ha e sf u m ad o e n el v ac ío d e jan d o la o b l i g ac i ó n d e v isitarla to d o s lo s d o m i n g o s e n el c e m e n te ri o . N o es u n án g e l q u e v ela so b re sus hijo s h u é rf an o s; m ás b i e n lleg a a ser u n a p e rse g u i d o ra d esp iad ad a, tan to m ás c u an to q u e n o se la p u e d e o d iar. O f i c i a l m e n te es "la reina d e lo s cielo s y d e m is su e ñ o s i m ai l n e rab l e s " p e ro , e n lo s anaq u eles d e la b i b l i o te c a, acecha c o m o "la m ad r e m ás m ^ i g n a y falsa", la ú n i c a causante d e la d eso lac ió n h o g are ñ a, la c u l p ab l e d e la c atástro f e f am i liar y d e l lú g u b re d e so rd e n d e lo s se n ti m i e n to s d e to d o s ello s. N u r i a se nieg a a ab so lv erla p o r su h u i d a. L a n i ñ a sabe sin q u e n ad i e le d ig a. Siente e n sí q u e ella m i s m a es "la m ás to rp e p ro l o n g ac i ó n d e sus p o d rid o s hueso s". N o só lo la i m ag e n re f le jad a e n lo s cristales, tam b i é n su c u e rp o d e n i ñ a re al está ac ec had o p o r la m ad r e y s o m e ti d o a la d e sc o m p o sic ió n . Lo s hueso s n o se re f l e jan e n el esp ejo p e r o la m i r a d a q u e cae so b re él es rad io g ráf ic a. L a X d e lo s ray o s re sp o n d e a la i n c ó g nita d e la d esap aric ió n d e la m ad r e . L a o sam e n ta d e l c e m e n te ri o , v i n i e n d o d esd e e l i n e rte c ristal d e l esp ejo , p asa al o t r o l ad o d e la p i e l v iv a y se i n c ru sta e n el ro stro i n f a n ti l p r o m u l g a n d o u n a i d e n ti d a d d e d estino s. " La m e m o r i a d e su n o existenc ia p ersistiría v iv a e n m í hasta el d ía e n q u e f u e ra a r e u n i r m e c o n ella, b ajo su m i s m a t u m b a . " Po r su n o ex istir la m a d r e es p resenc ia p e rp e tu a, i n o l v i d ab l e clav o h u n d i d o e n la m e m o r i a . N o es el m o m e n t o d e d e sarro llar las teo rías f re u d i an as so b re la id e ntif ic ac ió n c o n el o b je to p e r d i d o e n el d u e l o y e n la m e l an c o l í a n i d e re c o rd ar las tesis actuales, d isc u tib les, d e la lite rata Ju d i t h Bu tl e r y queer theory so bre las c o nsec tienc ias e n la i d e n ti d a d d e las p erso d e lazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA nas q u e n o p u e d e n llo rar la au senc ia d e l o b je to am ad o c u an d o éste es d e l m i s m o sexo . N u r i a es, al fin y al cab o , e n e d ad esco lar, la " ú n i c a m u je r d e la casa". Rec ib e p resio nes " n o rm al i z ad o ras " p ara acep tarse c o m o " u n a " m u je r c o n su d e stin o m arc ad o p o r la ley c o m ú n d e p r o h i b i c i ó n d e l inc esto ; ella d e b e e n c arn ar p re c isam e n te a "esa" m u je r p er-
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miRIA
AMAT
f ec ta y o d i ad a, f u e n te d e sus d esv entu ras. Ti e n e q u e su p lir a la m ad re as u m i e n d o la c o n t i n u i d a d d e su v id a y n e g an d o el p ro c eso d e d uelo * es e m p u ja d a a to m ar e l l u g ar d e la m u e r t a tan to c o n el p ad re e n las m añ an as d e d o m i n g o c o m o e n lo s d o s c e m e n te rio s: el d e Barc elo na y e l d e la b i b l i o te c a. L azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA pére-version le es i m p u e sta. In ap e l ab l e . Si n o el p ad re , ¿ q tiién p o d ría tran s m i ti rl e la ley? En ese sitio de v ac ío , d e d o b l e v ac ío p o r la au senc ia d e la m ad re y p o r la in o p e ran c ia d e l p ad re , se y e rg u e el esp ejo . A m a t g o z a su stitu y end o a la m u e rta, i n c o r p o r a n d o sus o lo res, j u g a n d o a e n g añ ar al c ristal c o n ro p as que la d e f o r m a n . Bo rg es se esp anta al v er su i m ag e n c o m o u n a y tri n a, d i so lv ente d e lo s lím ites d e su i d e n ti d a d ; él p re f i e re fug arse d e la p risió n d e l esp ejo . Ro b les se esp antab a al v er el esp ec tro d e la m ad r e o d iad a y tam b i é n escap a d e él p o r m e d i o d e la esc ritu ra. W o o l f g o z aba al j u g a r ante e l esp ejo el d o b l e p ap e l d e la m ad re y d e l am an te q u e la c o n q u i sta, raz ó n p o r la c u al le asustaba q u e al g u i e i ^ l a d escubriese en su c u l p ab l e y v e rg o n z o so ju e g o b ise x u al: la esc ritu ra le p e rm i ti ó crear u n esp ac io d e f antasía e n el q u e p o d ía e sc o nd e r la c u l p a sin re n u n c i ar al j u e g o . A m a t tie ne m i e d o d e ser d esc u b ierta, n o p o r u n a p resenc ia v iv ie n te sin o p o r u n ag u je ro p e r f o r a d o e n el c e n tro m i s m o d e l esp ejo y d e ser castig ad a p o r so lazarse e n u n a i m p o s tu r a. Q u i e n la acecha y p e rsi g u e , n o m u c h o , " u n p o c o " , e n esos m o m e n to s d e g o c e v e rg o nz ante es la m u e r ta m i s m a q u e p o d rí a d e sc u b ri r su "ju eg o i n m o r a l " . L a e sc ritu ra le p r o c u r a u n esp acio p r o p i o y la sep ara d e l y o id eal, d e esa m a d r e ac ab ad a y m o rtí f e ra q u e la l l am a d esd e lo s c ielo s y q ue, a la v ez , la atrae a lo s só tano s d e la l o c u ra. Ella esc rib e p ara escap ar d e l h o y o e n e l esp ejo y d e l v értig o d e las altu ras d e la v e ntana m an i c o m i al . Es " u n p u n t o y ap arte e n el esp ejo " — i m ar av i l l o s o el p o d e r d e las p alab ras c u a n d o c aen e n m an o s d e q u i e n las trae, p u lc ras, d e la tin to re ría! A m a t usa r o p a q u e n o es la d e ella, u n a " ro p a d e p alab ras" q u e le p e r m i t e ' V e rl a" allí d o n d e se esc o nd e, d o n d e ella, la m ad re , p resenc ia e l p e c am i n o s o e sp e c tác u lo d e la transf ig u rac ió n filial i m p u e sta p o r el p ad r e . N o hay u n a figura m a te r n a c o n la c u al id e n tif ic arse , a la cual q u e re r p arec erse. El i d e al d e l y o , su p le n te d e la m u e r ta, te n d rá q u e ser alc anz ad o , p ara m ay o r g o c e d e l p ad re , e sc rib ie n d o c o m o a él le g usta, " c o m o D i c k e n s" . D am o s e n p ensar q u e la l i te ratu ra esc rita p o r N u r i a A m a t es, básic am e nte , la d e no v elas m arc ad am e n te au to b io g ráf ic as. En ellas la p ro tag o n i s ta o scila c o n stan te m e n te e n tre u n "so y y o " y u n " n o soy y o ; es la o tr a" . Su o b ra o b e d e c e a las leyes d e l g é n e ro . Esc rib e Pau l d e
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M an : " La d istinc ió n e n tre ficción y au to b io g raf ía n o es u n a p o l ari d ad , '*es esto o es l o o t r o ' sino q u e es... inso luble."^^ A m a t d ic e la v e rd ad hac ie nd o c reer q u e u r d e u n a ficción. " Q u i e r o fingir q u e la h isto ria n o es fingida. M e cuesta i m ag i n ar m i e sc ritu ra sin el m o to r d e ese eq u ív o co c o nstante q u e m an te n g o c o n m i g o m ism a/ ' A l final u n o n o sabe quién escribe su p ág ina: si ella, si la m ad r e , si la i m ag e n su rrealista d e la m e l an c ó l i c a q u e c u elg a e n la v e n tan a d e enfi^ente. El esp ejo las hace in te rc am b iab le s. El y o v acila e n tre u n l ad o y el o tr o d e l estrec ho pasaje q u e la sep ara d e l m a n i c o m i o , e n tre u n o y o tr o lad o d e l esp ejo q ue la m i r a c o n ro p as ajenas en e l d esv án q u e g u ard a las re liq u ias d e la d i f tm ta.
D ic e la v e rd ad d e sí m i sm a y la d ic e tan to m ás c l aram e n te c u an d o más cree q u e la o c u lta; es p o r eso q u e n u n c a acaba d e saber m u y b i e n p o r d ó n d e p asa la f ro n te ra e n tre lo q u e h a v iv id o e n c arne p r o p i a y lo q u e h a d i b u ja d o c o n u n a ti n ta q u e es aú n m ^ p r o p i a q u e su sang re arterial. In v e n ta p erso najes q u e av ec es ( e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM La intimidad) h ab l an " y o " y d e sd o b lan c o n stan te m e n te a la n arrad o ra, es d ec ir, so n a la vez ella y esa m ad re h e c h a d e d éb iles reto q u es a su i m ag e n , la i n f a n ti l , la ab and o nad a, d i b u jad a e n l e n g u a ajena, e n el i d i o m a q u e su c o m u n i d a d b arc elo nesa rechaz a, e n c astellano , so b re ho jas d e p ap e l . Ya lo d e c ía en la n o ta d e Babelia: " Po n g o n o m b re s al silenc io . In v e n to rec u erd o s q u e n o te n g o . So y p o eta sin sab erlo ." Sé q u e esto y c o n strti y e n d o u n a ficción c o n lo s m ateriales q u e o f re ce la ficción d e sí m i sm a q u e c o nstru y e A m a t . A c l aro a c u al q u i e r lecto r d e sp re v e n i d o q u e asp iro a la v e r o s i m i l i tu d y n o a la v e r d ad (d e la q u e hac e b u e n ti e m p o m e he o l v i d a d o ) . N u r i a A m a t se ve a sí m i s m a c o m o u n p erso naje d e no v e la y y o esc rib o alg o así c o m o u n a no v e la d e su no v ela (y la d e o tro s escrito res arb i trari am e n te esco g id o s) p ara p o ner a p r u e b a la tesis d e u n a m e m o r i a q u e c o m ie n z a p o r el p av o r. N o m e p e rm i ti ría " ap l i c arl e " el p sic o análisis. Q u i e r o q u e su fina esc ritu ra m e rev ele, p o r el c am i n o d e las letras, o b e d e c i e n d o a sus sig n if ic an tes, la e stru c tu ra d e su f antasm a, esa inv enc ió n q u e se d escuelg a d e l re c u e rd o d e la m u je r su sp e nd id a e n el aire. L a c arne , p arec e d e c irn o s N u r i a A m a t, tiene la c o nsistenc ia rasg ab le y la p r o p i e d a d c o m b u sti b l e d e l p ap e l : " M i i n f an c i a era u n l i b r o ab an d o n ad o c o n sus letras m u e rtas e n itálica. Y m i v i d a era u n l i b r o , y
P. d e M a n , " A u t o b i o g r a p h y as d e f a c e m e n t" , e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO The EJieUrric of Rnmanticism, N u e v a Y o rk , C o l u m b i a U n i v e r s i ty Press, 1984, p . 70.
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NURIA
AMAT
u n a tu m b a y unas letras sag rad as e n itálic a." La v id a d e p ap e l, la v id a e n e l p ap e l , la v id a a trav és d e l p ap e l , hace re l u c i r a la m u e rte . La i d e n ti f i c ac i ó n c o n la m ad re p o r si e m p re ausente p asa p o r las r í g i d a e stante rías d e u n a n e c ró p o lis e n c u ad e rn ad a. Lo s esp acio s d e la v id a y d e la m u e r te , d e la c o r d u r a y d e la l o c u ra, d e l c o m e rc i o y d e l incesto , ti e n e n lím ites im p re c iso s y las p asio nes d e la le c tu ra y d e la escritura c u m p l i rán la m isió n d e re f o rz ar las f ro n te ras y d e e ri g i r ad u anas entre la v i d a p o sib le y la i m p o s i b i l i d ad d e la v id a, N u r i a A m a t se re f ie re n o m e n o s d e c ien veces a "la m a d r e ab and o n ad a" . ¿ A b an d o n ad a p o r q u ié n ? Po d rí a d ecirse q u e n o p o r ella, la peq u e ñ a h u é rf an a, p e ro he m o s d e ac ep tar su p alab ra c o m o v erd ad era. La m a d r e la d e jó ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA s í , p e ro n o es m e n o s c ie rto q u e ella d e jó a la m ad re y ac i e n d o e n u n c e m e n te ri o d e letras enlo sad as: " U n a se p asa la v id a h ac i e n d o l o c o n tr a r i o d e lo q u e su p ad re d esea p ara, u n a vez m u e rto hac er e x a c t a m e i U e l o q u e éste q u e rí a. " ¿ Y q u é q uerífl el Pad re?
P r i m e r o , q u e ac o m o d e su c o l e c c i ó n y d e l i m i te c l aram e n te lo s esp ac io s e n t r e l o c atalán (suy o ) y l o c astellano (d e la h i ja) . N u r i a A m a t es ho y , seg ú n sabem o s, p ro f e so ra d e la Escuela d e Bib lio te c ario s d e Barc e l o n a. Se g u n d o , q u e ría q u e ella esc rib a c o m o D ic ke ns. N u r i a A m a t se reb e l ó , p ro te stó q u e n ad ie esc rib e c o m o D ic ke ns y c rey ó q u e só lo p o d ía salv arse d e l p é rf id o d eseo p ate rn o si esc rib ía n o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM como sino contra D ic kens. Ll e g a a e x p l i c ar la m u e r te d e su p ad re c o m o u n asesinato q u e ella c o m e tió :' ^ Mis textos ilegibles, ind igno s de una hija de Dickens, terminaro n p o r matarlo . Por eso cambió su testamento y me desheredó de sus libros que eran míos [..,] po rque en lugar de escribir co mo Dickens yo escribía co mo la hija de m i padre. El p ad re n o h u b i e r a p o d i d o i m ag i n ar u n m ás fiel c u m p l i m i e n t o d e sus d eseo s. A m a t escap a d e l re alism o y escribe u n a l i te ratu ra in tim ista, c o n f i d e n c i al , au to b io g ráf ic a. N o sab em o s q u é y c u án to s a b í a el p ad re so b re la v e rd ad d e D ic ke ns p e r o A m a t sí l o s a b e : M i p ad re ig no raba que las novelas realistas de Dickens eran calificadas de ese m o d o p o r sti exceso de datos perso nales y auto bio gráfico s. Tal vez m i p ad re temía, en el f o nd o , que yo acabara escribiend o co mo Dickens ( id .) . N . A m a t ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA La intimidad, c it., p . 173.
IRIA AMAT
^
iQ u é m arav illo so ju e g o d e esp ejo s! A l c o n su m ar u n p a r r i c i d i o p u . « ^ e n t e i m a g i n a r i o se hac e la g u ard i an a d e l d e stin o re al d e l p ad re j u n t o a sus d o s h e rm an o s , p riv ad o s lo s tres d e l c o n su e lo m a te r n o c u m p l e n p ara ese p ad re la m isió n salv ad o ra d e c o n d n u a r a la m u e r ta a la vez q u e la m a n d e n e n e n c e rrad a e n lo s m u r o s d e la b ib lio tec a' Pre te n d i e n d o c o n trari arl o , p r e te n d i e n d o llev ar a c ab o u n p arric id io ^ acaba re al i z an d o su p r o p i o d eseo q u e es el d eseo d e l O t r o : esc rib e, c o m o D ic ke n s, no v elas au to b io g ráf ic as y e n se ñ a, c o n ti n u a n d o c o n el enc arg o p ate r n o , lo s arc ano s d e la p ro f esió n a lo s b ib lio te c ario s.
9 V L A D I M I R N A BÓ K O V : ¿ C Ó M O SERÍA EL M U N D O SIN M Í?
1 . FELICID A D ES D E LA MEMORIA INFAN I I L
Q u e n o q u e p a n d u d as: fácil d e b e ser e n c o n trar e je m p lo s q u e n o co nfirmenzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {infirmen, d i c e n lo s e p iste m ó lo g o s d esd e hace u n ti e m p o ) la tesis d e Ju l i o C o rtáz ar, es d ec ir, e n c o n trar p erso nas y esc rito res cuyo s p r i m e r o s re c u e rd o s n o te n g an el c arác te r "esp anto so " d e l g allo d el am anec er. C o n f ie so hab erlo s b u sc ad o c o n g anas, s e n tf ^ u e hallab a el c o n tr a e je m p l o p e r ti n e n te e n V i r g i n i a W o o l f , antes d e d i s ti n g u i r entre e p if an ías y re c u e rd o s, y a d m i to q u e e n c o n tr é u n au to r e n q u i e n el p lac e r d e re c o rd ar n o tiene lím ites y el esp anto i n f an ti l p arec e faltar: V l a d i m i r V l a d i m i r o v i c h N abó ko v .^ (San Pe te rsb u rg o , Rusia, 1899M o n t r e u x , Suiz a, 1977) Su au to b i o g raf ía es, acaso , d esd e u n p u n t o d e v ista e stric tam e n te l i te rari o , la m ás h e rm o s a ja m á s escrita: u n m o d e l o d e f i n i ti v o d e l " g é n e ro " . El c o m i e n z o d e su re lato , e l c ap ítu lo 1, b i e n p u d i e r a titu larse '^Una infancia perfecta en un mundo perfecto^ Bu e n c u i d ad o ti e n e el au to r d e e x h i b i r u n m a p a d e tallad o d e las tres vastas hac iend as d e lo s p ad res e n V y ra d o n d e p asó b u e n a p arte d e su i n f an c i a b u c ó l i c a y la f o to g raf ía d e la i m p re s i o n an te m an si ó n f am i l i ar d e g r an i to ro sa, d e estilo i tal i an i z an te , e n la n o b l e c i u d a d d e San Pe te rsb u rg o . El añ o d e su nac i m i e n to , 1899, no s llev a a c alc u lar c o n f ac ilid ad e l n ú m e r o d e 18 p ara lo s añ o s q u e te n ía c ti an d o estalló la Re v o lu c ió n d e O c tu b r e , c u an d o su m u n d o d e h o l g u r a y p riv ile g io s se d e r r u m b ó . El p r i m e r lu stro d e la i n f an c i a h ab l a d e v acacio nes e n Italia y e n A l e m an i a, d e u n d esfile d e
[ 1 9 6 7 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ¡Habla, memoria! l.ns re f e re n c ias a esta autobiografía rexiisitatr ad u c c i ó n d e A . Sc h e rp ) , p e r o to d as las c itas e stán c o tejad as (y, e n sti caso , l a trad u c c i ó n c o r r e g i d a ) c o n la e d i c i ó n e n i n g l é s: Speak, memory . An autobiography reiñsited, N u e v a Y o r k y T o r o n t o , K n o p f ( Ev e r y m a n ' s L i b r a r y ) , 1999. ^ D e h e c h o , el c ap í tu l o ap are c i ó p o r p r i m e r a v ez e n New Yorkerel 15 d e a b r i l d e 1950 c o n e l títu lo " U n p asad o p e r f e c to " , s u p r i m i d o l u e g o e n el v o l u m e n d e f i n i ti v o . ( "Pref ac i o " , c i t. , p . 10, e n in g lé s, p . 3.) ' V . N ab ó ko v
da s i g u e n la e d i c i ó n e n e s p añ o l ( M é x i c o , Ed iv isió n, 1992,
[ 14 0 ]
VLADIMIR NABOKOV zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ^
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p recep to res q tie lo i n s tru y e ro n e n las d istintas leng u as d e O c c i d e n te , d e su ap re n d iz aje d e la e sc ritu ra antes e n ing lés q u e e n ru so , d e lo s aristo crático s o ríg e n e s alem anes d e la f am i l i a d e su ab u ela p ate rn a, de las riq u ez as d e su m a d r e y d e las no b les c o n d i c i o n e s p atric ias d e su p ad re , h o m b r e i d e al , el p ad re d e H a m l e t re d iv iv o , ser e x c e p c i o n al que vivía m u y p o r e n c i m a d e l resto d e lo s m o rtale s. C o n sig n are m o s en u n p r i n c i p i o l o q u e está m an i f i e sto e n el te x to , sin an ti c i p ar la so rp resa q u e no s ag u ard a al final. El p re s u n to p r i m e r re c u e rd o n ítid o d e N ab ó ko v , aq u e l c o n el c u al siente q u e n ac i ó a la v id a, tiene l u g ar u n d ía d e c tim p le añ o s d e la m a d r e . E n ese m o m e n to , f ec hab le c o n ri g u ro sa e x ac ti tu d , c o nsig u ió aso ciar la id e a q u e y a tenía d e sus 4 año s d e e d ad c o n lo s 27 q u e ella c u m p l í a y c o n lo s 33 d e l p ad re . L a c ri atu ra d i sp o n e hasta lo s o c h o añ o s d e " u n d o n alg o m o n s tr u o s o p ara lo s n ú m e ro s q u e lo h ac ía u n n i ñ o p r o d i g i o en m ate m áti c as" ( p . 139) . C u a n d o la m ad re ctxmp lió 27 año s, d ic e él, am an e c i ó su se n tid o d e l ti e m p o ; ese d ía c o m p r e n d i ó q u e estaba insertad o e n la h i s to r i a. . . h i sto ri a q u e , p ara el p o b r e Jo y c e, era u n a p esad illa d e la q u e q u e rí a d esp ertar; p ara e l m i m a d o N ab ó ko v , u n p lác id o su e ñ o q u e lo p ro te g ía d e la h i sto ri a q u e l u e g o c ae ría so b re él d e m an e r a o m i n o sa. C o n se rv ó d u ran te larg o s añ o s u n p r o f u n d o i n terés e n la e d ad d e lo s p ad res p u es e l d ato le serv ía d e re f e re n c i a p erso nal: " c o m o u n p asajero n e rv i o so q u e p i d e la h o r a p ara v e rif ic ar el f u n c i o n a m i e n to d e u n n u e v o r e l o j " ( p . 23) . Re te n g am o s ese d ato d e l ti e m p o d e lo s c alend ario s y lo s c u m p l e añ o s, e l t i e m p o " o f i c i al " , c o m o "el p r i m e r re sp l an d o r d e u n a c o n c i e n c i a c o m p l e ta" . Sin v ag u ed ad es y sin v ishm rb re s d e la m u e r te . M i e n tras q u e C o rtáz ar e n u n c i a u n a p ro p o sic ió n u niv e rsal q u e l i g a m e m o r i a y esp anto d e las au ro ras, N ab ó ko v f o r m u l a o tra, d e l to d o c o n trari a a la d e l esc rito r arg e n ti n o : Es p o s i b l e q u e
sie n ta u n a af i c i ó n
exc esiv a h ac ia m i s p rinaeias
p e r o t e n g o r a z o n e s p a r a e starl e s a g r a d e c i d o
im p resio nes,
[...] N o hay nad a m ás d u lc e
o
e x t r a ñ o q u e m e d i t a r s o b r e esas p r i m e r a s e m o c i o n e s . P e r t e n e c e n a l a r m o n i o so m u n d o d e u n a i n f a n c i a p e r f e c t a y p o s e e n p o r e l l o u n a f o r m a p l á s t i c a n a t u r a l e n l a m e m o r i a , q u e se d e j a p l a s m a r s i n e s f u e r z o ; es s ó l o a p a r t i r d e
las
' El i n t r o d u c t o r d e la e d i c i ó n e n i n g l é s, Br i a n Bo y d , n o v ac i l a e n d e c i r q ti e el p r i m e r c ap ítti l o " g i r a a l r e d e d o r d e su p r i m e r r e c u e r d o q u e N ab ó k o v c re e q u e d ata d e u n o d e lo s c u m p l e a ñ o s d e su m a d r e " ( p . x v ) .
142
V l . A D T M T R N A BÓ K O V
r e m i n i s c e n c i a s a d o l e s c e n t e s q u e M n e m o s y n e e m p i e z a a p o n e r s e q tv i s q u i l l o s a y g r u ñ o n a ( p . 25) .
N a d a hay e n N ab ó ko v d e lo s h o r r o r e s in au g u rale s d e u n n i ñ o nac i d o e n el e x i l i o , tran s p o rtad o p o r lo s v iento s d e l a h i sto ri a (Bruselas Barc e lo n a, Bu e no s A i re s ) , ro d e ad o p o r la rara atm ó sf e ra d e u n a guer r a ap o c alíp tic a. El j o v e n V l a d i m i r siente q u e "lo s n i ñ o s ruso s d e m i g e n e r a c i ó n " ( ¿ to d o s al ig u al q u e él? ) v i\d ero n u n p e r i o d o resp land ec ie n te , g e n i al , e n d o n d e p o d ían ac o p iar las i m p re si o n e s d e l m u n d o d e m a n e r a p ri\ d leg iad a, c o m o s i e l d e stin o se esfo rz ase e n p re m i ar a eso s c hic o s d án d o le s in c lu so m ás d e lo q u e m e re c í an " e n v ista d e l catac lism o q u e haría añ ic o s e l m u n d o q u e c o n o c í a m o s " ( i d . ) . N o es la m i s m a la o p i n i ó n d e o tr o g r an " e sc rito r" ru so , p erseg u id o p o r u n d e sti n o trág ic o , Lev D av i d o v i c h Bro n s te i n , ju d í o , p leb ey o y ale jad o d e la c ap ital im p erial.' * Su e l e d e c i r s e q u e l a i n f a n c i a es l a é p o c a m á s d i c h o s a d e u n a e x i s t e n c i a .
¿ Es
s i e m p r e as í ? N o . P o c o n u m e r o s o s s o n a q u e l l o s q u e t u v i e r o n u n a n i ñ e z f e l i z . L a i d e al i z ac i ó n d e la i n f a n c i a p r o c e d e d e l a r a n c i a l i t e r a t u r a d e lo s p riv ileg iad o s. U n a i n f an c i a c o m p l e t a m e n t e seg u ra q u e d a b a e n la m e m o r i a c o m o
un
e s p ac i o l u m i n o s o i n u n d a d o d e so l e n lo s a l b o r e s d e l c a m i n o d e l a v i d a [.,. ] L a i n m e n s a m a y o r í a d e l a g e n t e , a p e n a s a r r o j a n u n v i staz o h a c i a atrás, p e r c i b e n p o r e l c o n t r a r i o u n a n i ñ e z s o m b r í a , m a l n u t r i d a , s o m e t i d a . L a \ i d a se e m p e ñ a e n g o l p e a r a l o s d é b i l e s ¿y q tai é n . e s m á s d é b i l q u e lo s n i ñ o s ?
T a m p o c o es esto l o q u e e n c o n tram o s e n o tr o p o e ta in sig n e , tam b i é n ru so , tam b i é n ju d í o , tam b i é n e x i l i ad o , Jo se p h Bro d sky ,^ q tie c o m i e n z a su au to b io g raf ía c o n ta n d o d o s re c u e rd o s d e i n f an c i a q u e n ad a ti e n e n q u e v er c o n el id ílic o estar e n casa sino c o n su inic iac ió n e n el "arte d e l e x trañ am i e n to " d e sí m i s m o al te n e r q u e d ar c u e n ta d e su i d e n ti d a d ante extraíao s: re c itar el c atec ism o m arx i sta o tener q u e d e f i n i rse c o m o ju d í o e n el saló n d e clases: " La v e rd ad e ra h i sto ri a d e la c o n c i e n c i a c o m i e n z a c o n la p r i m e r a m e n t i r a q u e u n o d i c e . " El p asad o d e N ab ó ko v es id ílic o y él es i n f ati g ab l e e n las lo as a esa p e rf e c c i ó n d e la m e m o r i a y d e lo s re c tie rd o s q u e se c o m p l ac e e n señ al ar c o m o rasgo s d istintiv o s d e su m a d r e ( p . 43) y d e su p ad re q u e * L . Tro ts k y ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA M a vie, París, G a l l i m a r d , 1953, p . 17. ^ J. Bro d sk y , Less than one, N u e v a Y o rk , N o o n d a y , Farrar, Strau s G i r o u x , 199.S, p . 7.
VLADIMIR NABÓKOV
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p o d ía re c o rd ar la f e c ha d e l 17 d e ag o sto d e 1883 e n q u e c az ó u n a rara itiárip o sa ( p . 83) , f ec ha q u e el h i jo c o nserv a ( ¿ p ara q u é ? ) e n su atito l^j^^grafía. Po r to d o e llo p u e d e esc rib ir El acto d e rec o rd ar v iv id am e nte vm tro z o d e! p asad o es alg o qvic al p arec er he ejecutad o c o n su m o p lacer d u ran te to d a la v id a, y teng o raz o nes p ara c reer que esta ag ud ez a p ato ló g ic a d e m i f ac u ltad retro sp ectiv a c o nstitu y e u n rasgo hered itario (p - 83) .
La m e m o r i a d e N ab ó ko v es t m santu ario , u n esp ac io sag rad o al q u e se rep lieg a p ara to m ar f u erz a e n lo s m o m e n to s d ifíciles q u e la v id a no le ah o r r ó . El insiste en tratar a lo s añ o s d e i n f an c i a c o m o o b jeto s co nserv ad o s e n estad o p u r o , i n m u n e s a la u su ra, a l a d e g rad ac i ó n , a la f alsif ic ac ió n. Su m e m o r i a es u n frasco d e f o r m o l . Lo s re c u e rd o s d escansan em b alsam ad o s e i n c o r r u p ti b l e s :
Vuelv o a v er ttii saló n d e clases e n V y ra, las rosas azules d e l p ap e l tap iz , la abierta v entana. Su ref lejo llena el esp ejo o v alad o e n c im a d e l so fá d e c tiero d o nd e está sentad o riii tío q u e m i ra c o n m alig na satisfacció n tin l i b ro m altratad o . U n se n tim ie n to d e seg tirid ad , d e bienestar, d e calid ez estiv al se i n f i l tra en m i re c u e rd o . Esa ro b usta re alid ad hace d e l p resente u n esp ectro . La l u m i no sid ad d esb o rd a el esp ejo y se d e rram a. U n ab ejo rro ha e n trad o al c u arto y cho ca c o n tra el c ielo rraso . To d o es c o m o d eb iera ser; n ad a c am b iará jam ás, n u n c a m o rirá nad ie ( p . 85, trad u c c ió n c o m p le tad a y c o rre g i d a,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYX Speak, memory, cit., p . 56) .
Lo s m arav illo so s re c u e rd o s so n clasificad o s y g u ard ad o s e n o r d e n ; hay u n a i n c o e rc i b l e p asió n q u e se rev ela e n la c o l e c c i ó n filatélica d e lo s m ism o s e n u n ál b u m d e la m e m o r i a ; casi tan d o m i n a n t e c o m o la o tra p asió n d e N ab ó ko v : la d e atiap ar, p i n c h ar c o n alf ileres y ro tu l ar m arip o sas. Esa p asió n, h e re d ad a tam b ié n , se m an if ie sta d esd e lo s seis año s d e e d ad y d u r a to d a la v id a. Su av id ez p o r las p o l i l l as y m arip o sas era v i o l e n ta: " El d eseo d e d e sc rib ir u n a nu ev a esp ecie su p lantó p o r c o m p l e to , a lo s o c h o año s, al d e d e sc u b rir u n n u e v o n ú m e r o p r i m o " ( p . 139) , U n ansia tan v e h e m e n te n o p o d í a q u e d ar sin re c o m p e n sa: no s e n te ram o s así d e c ierto s b ic h o s q u e llev an su n o m b r e : e l Cydargus nabokovi ( p . 143) . C o n o r g u l l o in v ita a Nabókov ( p . 73) y la Euphitecia lo s lec to res a q u e v ean sus c o lec c io nes d e le p id ó p te ro s e n el M u se o d e C ienc ias N atu rale s d e N u e v a Yo rk y e n el d e la U n i v e rs i d ad d e
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VLADIM IR NABÓKOV
C o r n e l l . Las rem inisc enc ias se c o n v i e rte n e n m ate ri al l i te rari o y las m arip o sas se c o nse rv an p ara sie m p re , inm ó v iles.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP Retñeved: arrancad as al o l v i d o y a la natu ralez a. C o d if ic ad as {encoded) d e u n a vez p ara la e te r n i d a d . Q u e n ad i e q u i e ra c o n ta m i n a r al e n to m ó l o g o y al m e m o ri o s o co n i m p u re z as sicalíp ticas y c o n sec rec io nes p sic o analític as; d esd e el com i e n z o d e la au to b io g raf ía, él ru g e d e i m p ac i e n c i a: D éjenm e ap untar de txna buena vez qtie rechazo p o r co mp leto el mund o vttlgar, rtúnzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA (shabby ) y med ieval de Freud , co n su chiflad a {cranky ) indagación de símbo lo s sexuales y sus em brio ncito s amargados que espían desde sus mad rigueras la vida sexual de sus padres (p . 21). D e m asiad a v e h e m e n c i a e n la p ro testa. C o m o si q u isie ra p rev enirse d e q u e se le re c u e rd e el ú n i c o su e ñ o q u e d e talla e n su au to b io g raf ía, u n s u e ñ o d o n d e n o se nec esita ser p sic o analista n i ab and o narse al tr a n q u i l o g o c e d e f ab ric ar i n te rp re tac i o n e s "atrev id as" p ara e nte nd e r d e q u é se trata. Se i m p o n e r e p r o d u c i r su i n i m i ta b l e p ro sa, sabo rear c ad a p alab ra. A l p o co tiem p o d escubrí una espectacular p o lilla ind efensa en una esquina d e la v entana d el vestíbulo y m i mad re la mató co n éter. En los año s siguientes usé mucho s agentes letales, p ero el m eno r co ntacto co n esa sustancia inicial ilu m ina p ara mí de inm ed iato el p o rche d el pasado y atrae a esa aturdida belleza (Ihat blundering beauty ). Una vez, ya ad ulto , estaba bajo los efectos d el éter para que me extirpasen el ap énd ice y p ud e v erme a mí mismo , co n la nitid ez d el d ib u jo d e una calco manía, co n traje d e m arinero , fijando {mounting) a una nuev a p o lilla Emp erad o r bajo la guía d e una d ama china que yo sabía que era m i m ad re. To d o estaba allí, d iáfanamente rep ro d ucid o en m i sueño , mientras mis p ro p ias visceras estaban expuestas: el gélido algo d ó n abso rbente empap ad o y ap retad o sobre la lemúrid a cabeza d el insecto ; lo s espasmos cada vez más d ébiles de su cuerp o ; la satisfacto ria crepitació n p ro d uc id a p o r el alfiler que p enetraba en la d ura caparazó n d e su tó rax; la cuid ad o sa inserció n d e la p u nta d el alfiler en la ranura fo rrad a co n co rcho d e la tabla de expo sició n; el ajuste simétrico de las gruesas alas surcadas p o r gruesas venas d ebajo de bandas de p ap el semitransparente hábilmente pegadas (p . 137, traducció n m uy co rreg id a).
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¿Cuál es lazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA blundering beauty atraíd a p o r el éter, i n m o v i l i z ad a, p i n chad a p o r el alfiler, c o n u n g o c e ine f ab le d e q u i e n "la m o n t a " y "la p e ne tra" atrav esand o su c ap araz ó n ? El le c to r d e este s u e ñ o p v ied e, si q u i e re , c o nserv ar su c an d o r nab o ko v iano . N ad a h ab rí a p ara i n te rp re tar si q u i e n n ar r a este su e ñ o n o tiene aso c iac io nes y tam p o c o saltan en q u i e n l o escucha. Lo s o tro s, los p e rv e rti d o s q u e sí so m o s sensibles al h e c h i z o d e las p alab ras d e su g rácil p ro sa, tam p o c o te n d ríam o s nad a q u e ag reg ar. Si m p l e m e n te p ed iríam o s q u e se no s re p i ta e l re lato , p re g u n tarí am o s si el stieño ti e n e alg o q u e v er c o n la h i sto ri a d e l p rec o z am an te d e las m arip o sas, c o n la c o n te n c i ó n d e im p tils^js ag resiv o s, c o n e l d e sp laz am ie n to so b re u n a ino c ente p o l i l l a {marooned moUi) d e u n a l i b i d o ( ¿ lib id o ? [q ué cranky\) q u e n o tie n e — ¡ f al tab a m á s ! — n in g ú n c o n te n i d o sexual. Q u iz á, c o m o lecto res p o b re s en i n g e n u i d a d , no s atrev eríam o s a su g erir q u e Lolita ( 1958) , la no v e la escrita al m i s m o ti e m p o q u e Speak, memory, (19471960) n o salió d e la n ad a. Parece q u e estas d isq u isic io ne s no s h a n llev ad o f u e ra d e l te m a d e la m e m o r i a y d e lo s p r i m e i o s re c u e rd o s. To c a ah o ra reg resar y v er q u e nuestra in c u rsió n p o r el te rre n o o n íri c o n o f u e v ana. Ya estab lec im o s la re lac ió n e n tre la p asió n p o r las m arip o sas y lo s g o ces d e la m e m o ria, u n a m e m o r i a tan c o d i f i c ad a c o m o las m arip o sas e n la p l a n c h a d e e x p o sic ió n. " O b se rv o c o n p lac e r la haz aña su p re m a d e la m e m o r i a , el uso m ag istral q u e hace d e las arm o n í as innatas al g u ard ar e n su r e d i l las to n alid ad e s su sp end id as y errantes d e l p asad o " ( p . 199) . N a d a se h a p e r d i d o . Po r la g rac ia d e u n a m e m o r i a sin tacha, lo s re c u e rd o s h i b e r n a n p l ác i d am e n te y p u e d e n ser e x traíd o s d e l alm ac én y d esc o ng elad o s c ad a v ez q u e so ti re q u e ri d o s p o r la g u l a d e la ev o c ac ió n. El m arav illo so p asad o se re c u p e ra c ad a vez q u e e l g e n i o d e la l ám p ara l o c o nv o c a. En v i d i ab l e situacic>n, e n v e rd ad . Reg resem o s ah o ra al g rato p r i m e r r e c u e r d o re c o n o c i d o d e tal m o d o p o r N ab ó ko v y p o r sus exeg etas: e l d e l p lac e r d e u b ic arse e n ei t i e m p o e n re lac ió n c o n las ed ad es d e lo s p ad res, la p asió n p o r ev o car o rd e n ad am e n te lo s re c u e rd o s te n i e n d o p u n to s d e re f e re nc ia " c o m o q u i e n c o nsu lta nerv io sam ente el f t m c i o n a m i e n t o d e u n re l o j" .
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VLADIM IRzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV N ABÓ KO V
2 . CRONOFOBIA
N ab ó k o v es el ev ang elista d e la no stalg ia. Fre n te a la ro b u sta realid ad d e l p asad o , el p resente es u n esp ec tro y nad a p o d rá c am b iar, nad ie h ab rá d e m o r i r . El ti e m p o n o se ha d i su e l to : las p o m p as d e jab ó n que f asc i n aro n al n i ñ o n o h an estallad o ; to d o está ahí, a la m a n o . M ejo r aú n ; el t i e m p o n o existe Co nfieso que no creo en el tiem p o . Me encanta plegar m i alfo m bra mágica, d espués d e usarla, de mo d o que una p arte d el d iseño qued e encima de la o tra. Dejemo s que los visitantes se tro p iecen. Ye l m o m ento sup remo d el goce de la intem p o ralid ad zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {the highest enjoy ment of tímelessness) so breviene ctiando me p aro entre raras mariposas y las plantas d o nd e se nu tren. Es el éxtasis y, d etrás d el éxtasis, hay algo más, difícil de explicar. Es co mo u n vacío mo mentáneo en el que se p recip ita to d o lo que amo (p . 1 6 0 ) . N ab ó k o v usazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA la memoria contra el tiempo. El esp anto p asc aliano p o r e l sile nc io eterno d e lo s espacios i n f i n i to s e n c u e n tra e n él u n a exacta c o n tr a p a r ti d a e n la ang u stia p o r el tiempo v iv id o , u n a v e r d ad i n te ri o r q u e n o nec esita to m a r e n c u e n ta a las m ag n i tu d e s sid erales. El sufre p o r q u e sabe — p o r d e m ás, d i r í a m o s — q u e la v id a es "só lo u n a brev e r e n d i ja d e lu z e n tre d o s e te rn id ad e s d e o s c u ri d ad " . Eso se lee e n la p r i m e r a frase d e ¡Habla, memoria!, i n m e d i a ta m e n te d e sp u é s d e co nstatar q u e "la c u n a se m ec e so b re u n ab i sm o " . N ab ó ko v n o p u e d e d ejar d e c alc u lar q u e la m u e r te se a p r o x i m a a raz ó n d e u n o s 4500 latid o s c ard iac o s p o r h o r a ( c o ntar, c o n tarl o to d o , " ari tm o m an í a" , seg ú n los c lásic o s d e la p siq u iatría) y siente q u e la e te r n i d ad q u e v ie n e d esp ués d e la m u e r te es te rro ríf ic a. T o d o el b e l l o y d i l atad o l i b r o es u n aleg ato e n c o n tr a d e l ti e m p o . H ab l a d e d o s e te rn id ad e s d e o s c u ri d ad y co nstata — s i g u i e n d o , sin ac o rd arse d e e l l o , a T o l s t o i — q u e hay tam b ién u n " ab ism o p re n atal " . T o d o eso está d i c h o e n las p ri m e ras o c h o líneas d e la au to b io g raf ía. In m e d i atam e n te , sin u n p u n t o y ap arte , se lanz a a d e sc ri b i r el primen'recuerdo del libro, u n re c u e rd o q u e p re f i e re atri b u i r a " o tr o " , al g u i e n q u e n o sería él Sé de u n jo v en cro no fó bico que sintió algo p arecid o al p ánico al ver p o r p rimera vez unas películas caseras to madas pocas semanas antes de sti nacimiento . Veía u n m u n d o p rácticamente ig ual — la misma casa, la misma gente—, y co mp rend ió al instante que él no tenía allí ning tm a existencia y que nadie
V L A D I M I RzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA NABÓKOV zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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lamentaba su ausencia. Vislumbró brevemente a su mad re, que saludaba co n tamaño desde la ventana en u n piso sup erio r; ese gesto extraño lo p erturbó , corno si se tratase d e ur>a misterio sa despedida. Pero más aún lo aterró la visión de una flamante carrio la en el p o rche, co n el aire relam id o y usurp ad o r de un ataúd : estaba vacía, p ero era co mo si, en un o rd en inv ertid o de ios aco ntecimiento s, sus p ro p io s huesos se hubiesen d esintegrad o (p . 19). Éste es el primer recuerdo de Vladimir Nabókov, el p re si d e n te v italic io d e su v id a y d e su o b ra. Este recuerdo fundador es tan precoz que es prenatal.
En su caso , a d i f e re n c i a d e lo s au to res q u e h an sid o hasta ah o ra nuestro s testig o s, n o se p u e d e n i se q u i e re o c u ltar q u e el re c u e rd o h a sid o f ab ric ad o y l u e g o se no s d istrae ac erc a d e su f u e n te : es u n a f antasía e n o rm e m e n te sig nif ic ativ a, p re c isam e nte p o r q u e n o busca hacerse pasar c o m o re p ro d u c c i ó n d e u n ac o n te c i m i e n to re al. Es u n " p r i m e r re c u e rd o " d e alg o q u e n u n c a su c ed ió , inv ero sím il y, p o r eso , v e rd ad e ro , esp anto so , u n a au té n tic a p esad illa. Es el p r i m e r o d e N ab ó ko v , sin d u d a, p o r e l l u g ar q u e o c tip a c o m o p re ám b u l o d e la au to b io g raf ía. Pero , ¿ p o r q u é nu e stra d esc o nf ianz a ante su af i rm ac i ó n d e q u e tal re c u e rd o n o es p r o p i o sino p restad o ? ¿ Q u i é n sería el " jo v e n c ro n o f ó b i c o " sino el m i s m o esc rito r q u e d esc rib e c o n tal l u jo d e d etalles la v iv enc ia í n ti m a d e tm a p e rso n a d e la q u e "ha sabid o "?, ¿ Q u i é n sino él p o d ría ser e l " jo v e n c ro n o f ó b i c o " ? , ¿ Q u ié n c o n o c e " c ro n ó f o b i c o s " y n o m e ro s h o m b re s y m u jeres ac o ng o jad o s p o r la v ejez y la se g u ri d ad d e la m u e rte ? ¿ Q u i é n ha c o n o c i d o g e nte q u e m e re z c a ese e p íte to ? A d m i ta m o s q u e es u n a c o iid ic ió n e x trañ a. A l leer la au to b io g raf ía c o n ate n c ió n v em o s q u e d e b e m o s re c o rre r m u c h o te x to p ara e n te rarn o s d e q u e e l g o c e stxp rem o d e l esc rito r es el d e la intemporalidad y p ara lleg ar, 140 p ág inas d esp u és, a la c o n f e sió n , y a an ti c i p ad a, d e q u e N ab ó ko v n o c re í a e n el ti e m p o y q u e n o p o d ía re c o nc iliarse c o n la id e a d e la tran s i to ri e d ad . C o m o e l j o v e n p o e ta q u e a c o m p a ñ a b a a Fr e u d — se g u ram e n te Rilke— - e n el b rev e y h e rm o s o te x to l l am ad o , ju stam e n te , Verganglichkeit.^ El esp anto c o rtaz arian o resu lta ser, e n la e sc ritu ra d e N ab ó ko v , e l p av o r ante u n a existenc ia p re c ari a q u e p o d ría d iso lv erse e n la n ad a, c o m o el p e r d i d o p araíso i n f a n ti l . En el comienzo era el cadáver, la m ar c h a atrás e n e l ti e m p o lo llev a a e n c o n trar e l p o l v o d e sus hueso s e n u n a c arri o l a q u e aú n n o ha sid o estrenad a, e n u n c o c h e c ito ( f ú n e b re )
S. Fr e u d [ 1 9 1 6 ] , " L a tr a n s i to r i e d a d " , e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIH O. C, c it., v o l . x i v , p p . 309- 312.
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V LA DIM IR NABÓKOV
q u e lo esp era p ara llev árselo m i e n tras la m ad re ensay a u n ad e m án de d e sp e d id a. M e m o r i a y m arip o sas ti e n e n q u e salv arlo d e ese fantasma o r i g i n a r i o q u e p re c e d e y g o b i e r n a a la existenc ia. A ú n n o he m o s d ad o v u e lta la p r i m e r a p ág ina d e la au to b io g raf ía y y a no s e nte ram o s de q u e N ab ó k o v p i q u e te a c o n tra la sev era N atu rale z azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO {pickets naturé) que i m p o n e ese estad o d e co sas: " U n a y o tra vez m i m e n te h a realiz ad o esfu erz o s co lo sales p ara d i s ti n g u i r lo s m ás d éb iles d estello s e n la oscur i d a d i m p e r s o n a l d e am b o s lad o s d e m i v i d a. " Sabe q u e esa o sc u rid ad es p ro v o c ad a n ad a m ás q u e p o r lo s m u r o s d e l ti e m p o ; sabe q u e c o ntra ello s se m a g u l l a n sus p u ñ ito s i m p o te n te s . Busca c o n d esesp erac ió n u n c a m i n o d e escap e, h u i r d e l t i e m p o , y acaba d e sc u b ri e n d o "q ue la p risió n d e l t i e m p o es esf éric a y n o tie n e salid as; to d o l o he in te n tad o , e x c e p to el s u i c i d i o " . A h o r a e n te n d e m o s la f u n c i ó n c o n s o l ad o ra d e l d esf ile d e recuerd o s e n c u b r i d o r e s q u e se ag o l p an e n su m e m o r i a p arl an te ; el álb um e n te r o le sirv e p ara to m a r d i stan c i a d e l asustad o j o v e n c ro n o f ó b i c o q u e n o p u e d e n i c o nf esar q u e es él m i s m o . Y, sin e m b ar g o , el texto , d e m aje stu o sa b ellez a, ahí está. L a m e m o r i a d e N ab ó k o v p i n c h a y clav a so b re p lac as d e c o r c h o a lo s re c u e rd o s q u e v u e l an . L a estrate g ia p ara alejar a la m u e r te es e l l a m i s m a m o r t a l . L a m e m o r i a , la suy a, v iv e p ara a l i m e n ta r a la f an tasía. Es s u b l i m e y p até ti c o l o q ue le o c u r r e al g r a n no v elista, e l c re ad o r d e figuras i n m o r tal e s c o m o A d a , P n i n , Seb astian K n i g h t c o n su h e r m a n o , H u m b e r t H u m b e r t c o n L o l i t a y tan to s o tro s: c ad a v ez q u e re m u e v e a l g u n o d e sus p ro p i o s re c u e rd o s y l o p asa a u n p e rso n aje d e las no v elas q u e escribe, c o m p r u e b a el d esm ay o d e la m e m o r i a c u a n d o se traslad a al p ap e l y al m u n d o d e la ficción. L a v i d a se d e stiñ e al c o n tarl a. En su m e n te el r e c u e r d o p ersiste, p e r o se hac e l án g u i d o y se e n f rí a, p i e r d e su m ag ia y ac ab a p o r q u e d a r m e jo r i m p r e s o e n la n o v e l a q u e e n su m e n te . Las casas d o n d e v iv ió , u n a vez d esc rip tas p o r e l artista, se d e s m o r o n an sin e stré p i to e n la m e m o r i a , c o m o p asaba e n las antig u as p elíc u las m u d as . L e y e n d o e l re l ato d e esta l u c h a e n tre e l h o m b r e q u e g o z a y e l artista, o y e n d o d e l d e sp o jo q u e e l arte p r o d u c e e n la v id a, n o p o d e m o s d e jar d e ev o c ar " El re trato o v al " d e Po e, la h i s to r i a d e l p i n t o r q u e v a p r i v a n d o d e la v i d a a la m o d e l o a m e d i d a q u e e l c u ad ro va g a n a n d o e n lo z an ía, hasta lle g ar al m o m e n t o c u l m i n a n t e , c u an d o la p i n t u r a está ac ab ad a, p e rf e c ta, y ac ab ad a tam b i é n está la m o d e l o , m u e rta. Fresca está aú n la ti n ta d e la p o s tu m a c o l e c c i ó n d e ensayo s d e W . G .
VLADIMIR NABÓKOV zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 149
Sebald (1946-2001).^ El n o tab l e esc rito r ale m án , ati to r d e la g ran n o vela c o n te m p o r á n e a d e la m e m o r i a ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE Austerlitz [ 2001] , c o m i e n z a u n a no ta so bre N ab ó ko v c o n u n a a m p l i a re f e re n c ia al " jo v e n c ro n o f ó b i co " d e l p r i m e r p árraf o d e ¡Habla, memoria! y señala lo s efecto s q u e la antic ip ac ió n d e la m u e r te tie n e e n el q u e m i r a las i m ág e n e s to m ad as antes d e su n ac i m i e n to : él se ha tran s f o rm ad o e n u n esp ec tro q u e , antes a u n d e hab e r n ac i d o , v iv e ya e n m e d i o d e su p r o p i a f am i l i a: esp ectro c o n u n a c arn e p o r v enir. Sin q u e Seb ald ap u n te a l o q u e n o so tro s h e m o s d e d u c i d o , q u e la d e sc rip c ió n d e l re c u e rd o c o rre s p o n d e a u n a f antasía d e l p r o p i o N ab ó ko v , subray a q u e esa p re o c u p ac i ó n p o r la f u g ac i d ad d e la existenc ia está d etrás d e la o b se sió n d e l au to r p o r ap re h e n d e r to d a clase d e p o lillas y m arip o sas. L a n arrati v a c o m p l e ta d e N ab ó ko v está i n f i l trad a, e n o p i n i ó n d e Seb ald , p o r esta im p re sió n d e q u e nuestras ac c io nes terrenales están sie nd o o bserv ad as p o r o tras esp ecies a u n n o clasificad as y cuy o s em isario s asu m e n a rato s u n p ap e l d e inv itad o s e n las c o m ed ias d o n d e p arti c i p am o s c o m o acto res. Po r eso, p ara Seb ald , lo s p erso najes d e l no v elista ru so , m ae stro d e la l e n g ua ing lesa, ti e n e n la c o nsistenc ia d e figuras o níric as y lo s ep iso d io s q ue él n a r r a ti e n e n la te x tu ra d e lo s su e ño s. To d o s c am i n an p i san d o el b o rd e q tie sep ara la v id a d e l m u n d o q u e está m ás allá, a l u d i e n d o al m u n d o d e su i n f an c i a q u e se d esv anec ió sin d ejar hu ellas c o n la Rev o lu c ió n d e O c tu b r e . Seb ald tam b ié n c o nsid era, c o m o no so tro s, q u e, p ese a la p re c isió n d e lo s re c u e rd o s ( o , tal v ez, p re c isam e n te p o r esa e x ac ti tu d ) N ab ó ko v , e n e l f o n d o , se c u esd o na si re al m e n te esa A r cad ia d e su i n f an c i a tu v o al g u n a vez existenc ia re al. El e d é n p e r d i d o es u n p r o d u c t o re tro ac ti v o d e l e x i l i o y d e las d u rez as d e l trab ajo y d e lo s d o l o re s d e l p arto . En n u e stra o p i n i ó n , el p araíso p r i m i g e n i o d e l q u e h ab l a la m e m o r i a d e sus p r i m e r o s añ o s es u n a m ari p o sa q u e q u i e re v o l ar y p o r eso hay q u e p i n c h a r l a c o n alf ileres, m o n t a r l a c o n lo s estiletes d e l estilo . Es d e v ital i m p o r ta n c i a c o nse rv arla m u e rta, c o n la ilusió n d e la v id a, clav ad a e n u n a p l an c h a d e c o rc h o , ap lastad a e n tre las p ág inas d e lo s l i b ro s. Seb ald ( p . 151) l o d ic e así: Nabó ko v sabía, mejo r que la mayo ría de sus colegas escritores, que el deseo de p o ner al tiem p o en suspenso só lo resulta valioso cuand o co nsigue la evocación más exacta de las cosas sepultadas desde hace m u c ho en el o lv id o .
W . G . Se b ald ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Campo Santo, L o n d r e s , P e n g u i n , 2006, p p . 146-155.
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L a c l ari d ad d e sus re c u e rd o s eq u iv ale a la c u id ad o sa m o n tu r a de e s p e c í m e n e s l arg am e n te p e rse g u id o s y l ab o ri o sam e n te cazad o s d uran te i n c o n tab l e s y ard u as ho ras d e re e l ab o rac i ó n d e las líneas que e sc rib ía. El p ro y e c to d e N ab ó ko v es c l aro : i n m o v i l i z ar las alas d e l tiempo q u e v u e la fijando a la m e m o r i a , atrap ad a p o r la m ag i a d e l éter, c o n párrafi3s p u n ti ag u d o s . M atar a la m u e r t a figura d e M o isés, el leg islad o r, e sc u l p i e n d o su i m ag e n p e rf e c ta, " c o n s u m i e n d o el m á r m o l p ara que la estatu a crezca",® y l u e g o asestarle u n g o l p e d e m a r ti l l o e n la ro d illa o r d e n án d o l e :zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA E adesso, parla!, Speak, memory! D i ji m o s al p asar q u e la i m ag e n d e las d o s e te rnid ad e s, u n a anterio r, o tra p o s te ri o r al n ac i m i e n to n o es d e N ab ó ko v sino d e su p ad re liter ar i o : L e ó n To l sto i . C ab e re c o rd ar e n d etalle las p alab ras d e l escrito r l e g e n d ari o q u e ap o rta, c o n su p r i m e r re c u e rd o , u n a c o nf irm ac ió n ad i c i o n al a la tesis d e Ju l i o C o rtáz ar. En sus p ág inas au to b io g ráfic as, escritas a lo s 50 añ o s d e e d ad , leemos'^ Es extraño y terrible pensar que, desde que nací hasta los tres o cuatro años — ép o c a en la que me amamantaro n, me d estetaro n y ap rend í a and ar y a hablar— , no p ued o reco rd ar nada, excep to las dos imp resio nes que acabo de d escribir. ¿Cuánd o emp ecé a existir, a \ávir? ¿Po r qué me agrada representarm e en aquella ép o ca y, en cambio , m e asusta — co m o le sucede a mucha g ente— im ag inarm e el m o m ento en que he de entrar ett ese estado que se llam a la m uerte, ese estado que no d ejará recuerd o s que p ued an expresarse co n palabras? ¿A caso no vivía en esos p rim ero s año s en que ap rend í a ver, a oír, a co mp rend er, a hablar; en los que d o rmía, reía, mamaba y alegraba a m i mad re? Sí; he v iv id o y he v iv id o en u n estado beatífico . ¿A caso no adquirí ento nces to d o lo que aho ra me hace vivir? A similé muchas cosas y muy ráp id am ente. En el resto de m i vida no he asimilad o ni la centésima p arte. La d istancia que hay entre el niño de cinco año s y el qite soy aho ra, equivale a t m paso. En cambio , es imp resio nante la d istancia desde los p rim ero s días de la v id a hasta los cinco año s. Yes to d o u n abismo el que existe entre el embrió n y el recién nacid o . Lo que med ia entre la nada y el embrió n no es u n abismo, sino algo inco ncebible.
Poesie, M i l án , A d e l p h i , 1996. ^ M i c h e l a n g e l o Bu o n a r r o t i ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ^ L . N . T o l s to i [ 1 8 7 8 ] , " Pr i m e r o s r e c u e r d o s " . Obras completas, M a d r i d , A g u i l a r , t o m o I I , p . 1502. T r a d . d e I . y L . A n d r e s c o .
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Se an ti c i p a y se tem e a la e te r n i d ad p o ste rio r a la é p o c a e n q u e es p o sible rec o rd ar, c u an d o la sensac ió n d e u n a su c esió n e n el d e m p o ya n o es p o sib le, p e ro n o se p u e d e siq u ie ia i m ag i n ar aq u e l l o q u e ang ustiaba a N ab ó ko v , el tiempo c o ag u lad o , el ti e m p o v ac ío e i n f i n i t o que p re c e d e al n ac i m i e n to , q u e sep ara a la n ad a d e l e m b ri ó n . Es u n tiempo s u p rai n d i v i d u al , el d e la c allad a g estac ió n e n u n m u n d o d e seres hab lantes q u e , p o c o a p o c o , v an d an d o l u g ar a u n o sc u ro d eseo d el q u e so m o s lo s d esc end ientes, carg ad o s c o m o lo estam o s d e u n a m e m o ri a g e n é tic a, d e u n a m e m o r i a c o lec tiv a y d e u n a h i sto ri a m aterializ ad a e n leng u aje, leyes, in stitu c io n e s, exp ectativ as q u e te n d re m o s que hac er p ro p ias. D e las q u e te n d re m o s q u e ap ro p i arn o s p o r m e d i o d e u n p r o n o m b r e q u e tam b ié n no s es i m p u e s to : "Yo ." N ab ó ko v es activ ista e n u n p i q u e te o c o n tra la natu ralez a. La suya es, e n ú ltim a instanc ia, u n a re b e lió n c o n tra el leng u aje, c o n tra la m o rtaH d ad y c o n tra la ah e n ac i ó n i n d u c i d a p o r la p alab ra: ¿ C ó m o p u e d e h ab e r h ab i d o antes y c ó m o p u e d e v e n i r d e sp u é s u n m u n d o sin m í? ¿ A p are c e rán los p e ri ó d i c o s el d ía sig u iente a m i m u erte? ¿ H ab rá sid o m i \ id a " u n a p asió n inú til"? To lsto i, c o m o an ti c i p am o s, ap o rta tam b ié n su c o n tri b u c i ó n a la tesis d e este l i b r o , la d e l arg e n ti n o q u e az aro sam ente n ac i ó e n Bruselas. O ig am o s su re lato , u n o q u e n o re q u e rirá d e m ay o res co m entario s:^^
N o p u e d o relatar p o r o rd e n m is p ri m e ro s rec uerd o s, ya q u e i g n o r o l o q u e no estoy suced ió p r i m e r o y lo q u e v ino d esp u és. Inc lu so hay alg u no s d e lo s q u ezyxwvutsrqponmlkji seguro si han sido realidades o si los he soñado, y so n lo s sig\iientes. Esto y atad o , q u ie ro l i b e rar las m ano s, p e ro n o p u e d o . G ri to y l l o ro ; m e resu ltan d esagrad ables m is p ro p i o s g rito s; sin e m b arg o , n o p u e d o callar. A l g u i e n se i n c l i n a hacia m í; n o re c u e rd o q u ién es. Esto suced e en la p e n u m b r a . Sé q u e hay d o s p erso nas y q u e m is llanto s les i m p re si o n an ; se i n q u i e tan p o r m í, p e ro n o m e d esatan. G ri to aún m ás d esesp erad am ente. Les p arece q u e es necesario q u e esté atad o ; en c am b io , yo sé q tie n o es así; q u ie ro d e m o strarlo ; y lanz o g rito s p enetrantes, d esag rad ables p ara m í m i sm o , p ero q u e n o p u e d o c o ntener. M e d o y c u e nta d e la inju stic ia y d e la c ru e l d ad , n o d e la g ente q u e, en v e rd ad , se c o m p ad ec e d e m í, sino d e l D estino , y m e qtxejo ante m í m ism o . No sé si sabré nunca qué era esto. Tal vez m e estm d eran f ajand o c u an d o era u n n i ñ o d e p e c h o y b reg ab a p o r sacar las m ano s; o tal vez tuviese m ás d e u n añ o y m e ataban las m ano s p ara q u e n o m e rascara u n p iq u e te . Quizá hay a fundido xfatias impresioL . T o l s to i , c i t., t o m o 2, p . 1501.
152 7ies en un soío recuerdo,
VLADIM IR NABÓKOV como siude ocurrir
en sueños;
perro lo cierto es que ésta fue
lapri-
N o co nservo en m i m em o ria mis gritos, ji^ mis sufrimiento s, sino la co m p lejid ad y la co ntrad icció n de mis impresionase Deseaba tener libertad , cosa que no mo lestaba a nad ie; y, sin embargo , se me ato rmentaba. A u nq u e me co mp ad ecían, me ataban las mano s, a mí, que lo necesitaba to d o y era débil, mientras que ellos eran fuertes" (ctirsivas mías). mera y más fuerte impresión
de mi vida.
El c o m e n tar i o , c o m o an u n c i am o s , será esc u eto : la af irm ac ió n de C o rtáz ar se rati f i c a d e m an e ra in e q u ív o c a e n este c o m i e n z o d e la mem o r i a . Se rí a s u p e rf i n o rep asar la o b r a y la v id a d e L e ó n To lsto i p ara saber c ó m o , e n su re lac ió n c o n la l i te ratu ra, c o n el p o d e r p o lític o , c o n su v id a f a m i l i a r y c o n y u g al, c o n la so c ied ad d e su ti e m p o , c o n la histo ri a to d a d e sus larg o s año s, se ha j u g a d o el f antasm a d e la lib e rtad . Esta p r i m e r a se nsac ió n d e i m p o te n c i a y re b e l i ó n c o n tr a lo s p o d eres d e l d e sti n o se h a c o nse rv ad o c o m o u n a c ic atriz . L a v id a, p lag ad a d e n o b le s em p resas fracasad as, así c o m o la m u e r te e n u n a o scura estació n f e rro v i ari a, e x p re san el d e sv al i m i e n to f re n te a las f u erz as o p reso ras d e lo s d e m ás q u e — c o m o se d i c e e n el re c u e rd o d e i n f a n c i a — n i siq u iera están f alto s d e c o m p re n s i ó n . V i e n d o el c o ntraste e n tre tan su b lim e i m p o te n c i a y tal an h e l o d e l i b e r ta d hasta d a n g anas d e echarse, c o m o A n a K are n i n a, so b re las v ías al p aso d e l tr e n . O , c o m o Bez ú jo v e nzyxwvutsrqponmlkjihgf La guerra y la paz, p o n e r e n j u e g o la p r o p i a v id a y t e r m i n a r am arrad o en la c árc e l tras u n i n te n to d e m atar a N ap o l e ó n , el ti r a n o . Fantasía, su e ñ o o re c u e rd o . A n tic ip ac ió n o re tro ac c i ó n d e la m em o r i a . N ad i e p o d rá n u n c a reso lv er. N ad i e p o d rá tam p o c o d u d a r d e l e sp anto y d e su p ap e l d e b isag ra q u e re ú n e lo s d o s p o stig o s d e la v id a y e l arte d e To l s to i así c o m o d e b isag ra q u e l o enlaz a c o n su d escend i e n te e n la l i te ratu ra, N ab ó ko v .
10 EOLIAS C A N ET T I : EA N A V A JA EN L A L EN G U A '
Parece casi increíble lo mucho que la frase escrita calma y amansa al ser humano. Una frase es siempre u? i otro ( e i n a n d e r e s j en relación a quien la escribe.'^
1. LA LENGUA SENTENCIADA
Lo s d ato s b i o g ráñ c o s i n d i c a n q u e Elias C an e tti [ 1905- 1994] f u e u n escrito r au stríac o d e o r i g e n sef ard í. Era, d i c h o c o n m ay o r ju stez a, u n n an sn ac i o n al d e la l i te ratu ra, el p arad i g m a d e l esc rito r trash u m an te q ue llev a e n sí las salivas d e to d as las leng u as d e Eu r o p a C e n tral y las p lasm a e n esc ritu ra. Fue el au to r d e u n a ú n i c a y c e le b rad a n o v e la esc rita e n al e m án — s u l e n g u a a d o p t i v a — (Auto da fe, 1935) , d e m u c h o s ensayo s y d e u n a atito b io g raf ía e n tres v o lú m e n e s. Esta au to b io g raf ía n o c o m i e n z a d e l m o d o h ab i tu al c o n e l re lato ac erc a d e q u i é n e s f u e r o n sus p ad res o la f e c ha y las c irc u nstanc ias d e l n a c i m i e n to . N a r r a su v id a c o m e n z an d o sin p ró l o g o s n i ad v ertenc ias c o n el re lato d e su absuelta re c u e rd o i n i c i al e inic iátic o . Las p ri m e ras líneas d e La lengua rez an así: M i r e c u e r d o m á s r e m o t o e s t á b a ñ a d o d e r o j o . Sa l g o p o r u n a p u e r t a e n
b raz o s
d e u n a m u c h a c h a , a n t e m í e l s u e l o es r o j o y a l a i z q t i i e r d a d e s c i e n d e u n a esc ale ra i g u a l m e n t e ro ja. Fr e n t e a n o s o tro s , [ . . . ] ap are c e u n h o m b r e
so nriente
q u e v i e n e a m i g a b l e m e n t e h a c i a m í . Se a p r o x i m a m u c h o , se d e t i e n e y m e d i c e : " — ¡ E n s é ñ a m e l a l e n g u a ! " Y o s ac o l a l e n g u a . E l p a l p a e n s u b o l s i l l o s , e x t r a e
' Elias (Canetti n a c i ó e n Bu l g a r i a e n j u l i o d e 1905, m u r i ó e n Z ú ri c h e n 1994. En 1981 o b t u v o e l P r e m i o N o b e l d e L i t e r a t u r a .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHG La lengua, absuelta [ 1 9 7 7 ] {Diegerettete Zunge — Geschichte einer jugend) es e l p r i m e r v o l u m e n d e su au to b i o g raf í a, Barc e l o n a, M u c h n i k Ed i to re s , 1980, trad u c c i ó n d e L . Día?.. Lo s n ú m e r o s d e p ág i n a e n t r e p aré n te si s e n e l te x to c o r r e s p o n d e n a la e d i c i ó n d e b o l s i l l o : A l i a n z a Ed i t o r i a l , M a d r i d , 1983. Las c itas te x tu al e s e stán , e n l o p o si b l e , ab rev iad as, " e d itad as" , c o m o se d i c e ah o ra.
F C E , 1981, p . 7 1 . T r a d . d e ^ E. C a n e tti [ 1 9 7 6 ] , La conciejicia de las palabras, M é x i c o ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR J. d e l So lar.
[ 15 3 ]
1 5 4zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
ELIA S CANETTI
u n a n a v a j a , l a a b r e y a c e r c a n d o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA \A c u c h i l l a j u n t o a m i l e n g t i a , d i c e ; ^ — A h o r a l e c o r t a r e m o s l a l e n g u a . " N o m e a t r e v o a r e t i r a r l a l e n g u a , é l se a c e r c a c ad a v e z m á s h a s t a r o z a r m e c o n l a h o j a . E n e l ú l t i m o m o m e n t o r e t i r a l a n av aja y d i c e ; " — H o y to d av í a n o , m a ñ a n a " . C i e r r a la n av aja y la g u a r d a e n su b o lsillo C ad a m añ an a cruz am o s
l a p t i e r t a y s a l i m o s a l c o r r e t l o r r o j o , se a b r e la
p u e r t a y a p a r e c e e l h o m b r e s o n r i e n t e . S é q t i é es l o ( p i e v a a d e c i r y e s p e r o su o r d e n p a r a m o s t r a r la l e n g u a . Sé q u e m e la c o r ta r á y c ad a v ez te n g o
m ás
m i e d o . A s í c o m i e n z a e l d í a , y l a h i s t o r i a se r e p i t e m u c h a s v e c e s . Guard o
e s t o p a r a m í y es s ó l o
i m i c h o m á s t a r d e c ju e se l o m e n c i o n o
a
m i m a d r e . D e c o l o r r o j o s ó l o r e c u e r d a la p e n s i ó n d e K a r l s b a d , d o n d e h ab í a p a s a d o e l v e r a n o d e 1907
c o n m i p a d r e y c o n m i g o . H a b í a n traíd o p ara m í,
q ti e t e n í a d o s a ñ o s , u n a n i í í e i a d e Bt i l g a r i a , u n a m t i c h a c h a q u e n o lle g ab a a l o s q u i n c e a ñ o s d e e d a d . T o d a s l as m a ñ a n a s s a l í a t e m p r a n o c o n e l n i ñ o
en
b r a z o s [ . . . ] U n a v e z l a v i e r o n e n l a c a l l e c o n u n j o v e n d e s c o n o c i d o ; n o sab e q u é d e c i r d e é l , u n a r e l a c i ó n c a s u a l . T r a s p o c a s s e m a n a s se c o m p r u e b a q t i e e l j o v e n o c u p a l a h a b i t a c i ó n t r e n t e a la n u e s t r a , al o t r o l a d o d e l c o r r e d o r . A v e c e s l a m u c h a c h a c o r r e a sti e n c u e n t r o d u r a n t e l a n o c h e . M i s p a d r e s se s i e n t e n re s p o n s ab l e s p o r ella y la e n v ían i n m e d i a t a m e n t e a Bu l g a r i a . A m b o s , l a m u c h a c h a y e l j o v e n , s a l í a n d e c asa a p r i m e r a h o r a , así d e b i ó t e n e r l u g a r e l p r i m e r e n c u e n t r o , as í d e b i ó c o m e n z a r
t o d o . Ea a m e n a z a d e l
c u c h i l l o su rtió e f e c to ; el n i ñ o g u a r d ó s i l e n c i o d u r a n t e d i e z a ñ o s ( p . 8) .
En C an e tti , el esp anto c o rtaz ari an o se p resenta sin afeites. La amenaz a d e m u tilac ió n es d ire c ta. El a p r e m i o y la e x to rsi ó n están re f re n d ad o s p o r la e x h i b i c i ó n d e l filoso i n s tr u m e n to d e la am p u tac i ó n y su p r o x i m i d a d al ó r g an o co nd enad t:>. El te r r o r e s g ri m i d o c o n tra el n i ñ o c u m p l e c o n su c o m e ti d o . Lo s d ie z añ o s d e m u t i s m o p r u e b a n q u e n o e ra u n a m e r a am enaz a; el n i ñ o , e f e c tiv am e nte , p e rd i ó su le ng u a y só lo la r e c u p e r ó c u an d o p u d o c o n tar la h i sto ri a d e la nav aja a su m ad re , co sa q u e stic ed ió tras p eno sas d esv entu ras y sucesiv o s exilio s. En el p r i m e r o d e ello s, e n In g l ate rra, m tirió r e p e n ti n a m e n te el p ad re , d e 31 año s, p o si b l e m e n te e m p u ja d o al suicid icj p o r la i n f i d e l i d a d d e su esp o sa, o b ajo el i m p ac to d e u n a i n so p o rtab l e tensió n e m o c i o n al c u a n d o Elias c o n tab a siete añ o s d e e d ad . El i n c i d e n te trau m átic o , sob re e l q u e te n d re m o s q u e v o lv er, se c o nv irtió e n u n p arteag tias q u e g o b e r n ó , d e ahí e n m ás, la v id a d e l esc rito r.
El p r i m e r t o m o d e la au to b i o g raf ía se titu lazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK Die gerettete Zunge, la l e n g u a salvada o liberada ( m ás l i te ral , c o m o trad u c c i ó n , q u e ''absuelta'^). El títu lo se p resta a u n e q u ív o c o e n lo s d i f e re n te s i d i o m as eu -
155 ro p eo s p o r q u e " l e n g u a" es tan to el ó rg an o d e la b o c a c o n el c u al se artic u la la p al ab ra c o rno el i d i o m a o d iale c to e n el q u e se hab la. To d o s c o in c id e n e n q u e C an e tti es u n esc rito r cuy a o b ra e m an a d e la i n t r i cad a e n c ru c i jad a ling üística e n la q u e se e n c o n tr ó d esd e su lle g ad a al rn u n d o , sie n d o el i d i o m a d e lo s ju d í o s sefard íes ( el l ad i n o ) su l e n g u a d e o ri g e n . El n ac i m i e n to d e l f u t u r o esc rito r a la q u e sería su l e n g u a d ef initiv a, e l al e m án , " m i seg u nd a le n g tia m a te r n a " — c o m o d esp u és d irá— , se p ro d u jí) p o r la c ru e n ta in te rv e n c ió n d e la p r o p i a m ad r e . La " l e n g u a" d e l título d e l l i b r o es casi sie m p re re l ac i o n ad a p o r lo s crítico s l i te rari o s c o n la m ae stría d e la esc ritu ra d e C an e tti , su d o n d e leng uas, su v ersatilid ad ling ü ístic a, y el e x c e p c i o n al d o m i n i o d e lo s arcano s d e la le n g tia ale m ana. Pe ro el e p iso d io d e la c riad a b ú lg ara ev id enc ia q u e la le n g u a am e naz ad a — salv ad a, l i b e rad a o ab su elta p o r la e s c r i tu r a — es la q u e está e n la b o c a, c erc ad a p o r lo s d ientes.
Lo s d o s sentid o s d e la p al ab ra l e n g u a p e r m i t e n e n te n d e r d e d o s m aneras, las d o s leg ítim as, el n o m b r e d e la p r i m e r a p arte d e la au to b io g raf ía. L a seg u nd a p arte llev a u n título n o m e n o s l l am ati v o : eszyxwvutsrqponml La antorcha al oído. Q ti e el relato c o m i e n c e p o r la am e naz a so b re lazyxwvutsrqponmlkjih Zu7ige, am enaz a av alad a p o r u n a c u c h i l l a j u n t o al h ú m e d o ap é n d i c e , i n d i c a q u e la sig nif ic ac ió n o rg án ic a y el e p iso d io trau m átic o p re s i d e n al c o n j u n t o d e la n arrac i ó n y ap o y an la tesis n u c le ar d e n u e stro ensay o : la h isto ria d e lo s c o m ienz o s d e la m e m o r i a i n i c i a c o n el m i e d o y c o n la v iv enc ia d e l d e sam p aro . En este caso p artic u lar,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO .9 ^/ 5 c arac terístic as no s i m p o r t a n , una, el m arc o d e l re c u e rd o n o f o r m a p arte d e l m i s m o y tiene q u e ser el O t r o (la m ad re ) q u i e n d é las p rec isio nes te m p o ral e s y esp aciales ( Karlsb ad , v e rano d e 1907) ; dos, el r e c u e r d o es e n c u b r i d o r d e o tr a escena, u n a escena d e l u ju r i a q u e e l n i ñ o n o d e b ía rev elar si q u e rí a c o nserv ar su le ng u a; tres, e n ese p r i m e r re c u e rd o se c o nstata el d e sp l az am i e n to so b re u n e l e m e n to v isual al e ato ri o c o m o es el c o l o r ( am ari l l o p ara Fre u d , g ris p ara Co rtáz ar, ro jo p ara C an e tti , az u l p ara G arc ía M á r q u e z ) ; cuatro, la n i ti d e z d e las i m ág e n e s es d estacable p o r su d e f in ic ió n — y p o r eso m i s m o so sp echo sa d e f alsif ic ac ió n retro ac t i v a — p ara u n n i ñ o q u e está inic iánd o se e n lo s secreto s d e l le ng tiaje ; cinco, la escena p o n e d e m an i f i e sto la situació n d e a b a n d o n o o d esp ro te c c ió n d e l n i ñ o p o r au senc ia d e q u ienes h u b i e r a n p o d i d o a h o r r a r l e la ang u stia y, seis, hay e le m e n to s q u e e n c u b re n e l h o r r o r y e d u l c o r a n el r e c u e r d o : el p o te n c i al v e rd u g o es " u n h o m b r e so n ri e n te q u e v ie n e am i g ab l e m e n te hac ia m í" . Re c al q u e m o s u n a 5^/ ?¿¿wa c arac terístic a. Es i n au d i ta, e n el re l ato d e
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ELIA S CANETTI
C an e tti , — c o n re lac ió n a las d e m ás n arrac i o n e s d e "re c u e rd o s d e inf a n c i a " — la re ite rac ió n d e la escena q u e suced e "cad a m a ñ a n a " y q^^ es e l m o d o h ab i tu al d e c o m e n z ar e l d ía. H ay u n c o ntraste e n tre la son^ risa d e l to r tu r a d o r y el p av o r si e m p re e n a u m e n to d e l n i ñ o q u e sabe q u e la i n ap e l ab l e sentenc ia te rm i n ará p o r c u m p l i rs e . Es c u rio so que C an e tti n o relate u n estad o d e exp ec tativ a ang u stiad a p o r esa co nstante p ró rro g a d e la e je c u c i ó n "— zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA H oy no, mañana.'' A la lu z d e la o bra y d e la v i d a e n te ra d e l escrito r, tal c o m o es re c o g i d a e n las bio g rafías y a la lu z d e su m an e ra d e h ab lar d e o b ra y v id a e n la au to b io g raf ía, u n o p u e d e p re g u n tarse si cad a d esp ertar, c ad a au ro ra, d e C an e tti no c o m e n z ab a c o n la frase o m i n o s a: "— ^A ho ra le c o rtare m o s la leng u a", seg u id a d e : " — H o y to d av ía n o , m a ñ a n a . " Sie m p re se tu v o e n c u enta la a f i n i d a d d e la o b ra d e C an e tti c o n la d e Franz Kaf ka y el escrito r au stro - b ú lg aro se o c u p ó d e rec alc ar ese p arentesc o , n u n c a m ás p atente q u e e n su ú n i c a no v ela. Auto da fe. ¿ N o es el re lato d e l n i ñ o , sentenc i ad o sin p ro c eso a u n a c o n d e n a i n c l e m e n te , sie m p re re no v ad a, u n p a r a d i g m a d e l i te ratu ra k af k i an a q u e sig ue las hu ellas d e " En la co lo n i a p e n ite n c iaria" ? ¿ H ab rá g o c e, g o c e au té n ü c o , e n la esp era d e u n a am e naz a q u e n o se c u m p l e " ah o ra" p e r o q u e sie m p re se d i f i e re , en u n a so b rev iv enc ia p e rp e tu a, sab ie nd o q u e la m u e r te h ab rá d e lleg ar, p e r o "ho y , to d av ía, no "? L a c o n f e si ó n d e ese g o c e m a ti n a l p ro v ie n e d e l p r o p i o au to r: "Po r ú ltim o —^y es el m ás o bsesiv o d e m is tem as— , la m u e r te , q u e n o p u e d o ac ep tar au n q u e ja m á s la p i e r d o d e v ista, q u e h ab ré d e p e rse g u ir hasta sus m ás re c ó n d i tas g u arid as p ara d e stru i r su falso b r i l l o y f asc inac ió n."^ Te n e rl a si e m p re cerca, a la \'ista. D e esta ag o n ía i m ag i n ari a, d e este " m u e r o p o r q u e n o m u e r o " , d e esta m an i áü c a p e rse c u c i ó n d e la p arc a ( c o m o si n o fuese ella, la m u e r te , la f asc inante p e rs e g u i d o ra) , C an e tti p re te n d e d istanciarse, c o m o C o rtáz ar, c o m o casi to d o s nu estro s au to res, e sc rib ie n d o d e m o d o c o m p u l s i v o . " U n h o m b r e c o m o y o [ . . . ] e x p lo taría o ac ab aría d e si n te g rán d o se d e al g u n a o tra f o r m a si n o se calmara e sc rib ie n d o u n d iario ""^ (las cursiv as so n d e E. C ) . L a esc ritu ra, c o nfiesa, n o es v o l u n tari a; es u n a p ro f i l ax i s d e la l o c u ra. Lo s lib ro s, d i b u ja n d o d esd e la p o r ta d a su n o m b r e y su r e n o m b r e , f u n c i o n a n c o m o chavetas, esos p e q u e ñ o s acceso rio s q u e se c o lo c an e n las p u ntas d e lo s ejes p ara q u e las ru e d as g i r e n y n o se esc ap en. Si p erd iese la chav eta, si le faltase la ^ E. C a n e u i [ 1 9 7 6 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA La conciencia de las palabras, c i t., p . 9 1 . " C i t. , p . 7 1 .
EL IA SzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA CA NETTI
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p o sib ilid ad d e g o b e rn ar el d e s e q u i l i b ri o d e l esp íritu p o r la m ag i a d e la c o m p o si c i ó n c u id ad a, p u l c ra, d e las letras, h ab rí a q u e e n c e rrarl o . O p c i ó n d e fierro: o la e sc ritu ra o la m u e r te ( la l o c u r a ) . La l e n g ti a h a q u e d ad o h i p o te c ad a p o r la am enaz a q u e p e n d e so b re ella. La h i sto ri a, só lo c o m p re n s i b l e d esp u és ( zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM nacht rág lich) p o r p arte d e u n n i ñ o q u e e n ese m o m e n t o n o p u e d e e n te n d e r q u é suced e e n tre el jo v e n so n ri e n te y la c ri ad i ta b ú lg ara, ac ab ará p o r d ev elar su trasf o n d o sexual. L a p resenc ia d e la ley es m anif ie sta: p o r q u e hay trasg resió n es q u e n o se p u e d e hab lar y q u e la l e n g u a p u e d e ser e x ti rp ad a. M ás p alm ari o aú n resu lta el i m p e r i o d e esa ley c u an d o se ejec u ta la sentenc ia y l ajo v e n c i ta es env iad a d e reg reso a su p aís, n o p o r alg o q u e se re f i e ra al c h i q u i l l o ; n o , él su p o callar, sino p o r q u e lo s p ad res d e C an e tti "se sienten resp o nsab les p o r ella". ¿ Q u é v eía el n i ñ o y n o d e b í a c o ntar? ¿ Q u é esc u c hab a d e l e n c u e n n^o e n tre lo s d o s jó v e n e s? ¿ C ó m o se u b ic ab a él ante el e sp e c tác u lo d e la p areja d e am antes? ¿Cuál era su g o ce c o m o testig o d e esa "escena o rig inaria" ? N ad a e n e l re c u e rd o p arec e ang u stiante e x c e p to la afirm ac ió n "Sé q u e m e la c o rtará y c ad a vez te n g o m ás m i e d o " . Es la le n g u a (¿la leng u a? ) d esahu c iad a d e l p o e ta e n c iernes la q u e te n d rá q u e lib erarse p o r la esc ritu ra. El ac o n te c i m i e n to c e n tral e n su m e m o r i a , el c o raz ó n p al p i tan te d e la v i d a d e C an e tti , n o es, sin e m b arg o , este ang u stio so p r i m e r rec u erd o sino la i n e x p l i c ab l e m u e r te d e su p ad re , seg ún ad e lantam o s, c u an d o él c u e n ta c o n siete añ o s d e e d ad . L a re lac ió n e n tre ese suceso y el siniestro j o v e n d e la nav aja so n ri e i i te no s p arec e e v id e n te y q u e re m o s d e m o s trarl o . Só l o q u e ah o ra las p alab ras d e c u ri o s i d ad p r o v i e n e n d e l n i ñ o y q u i e n tie n e la l e n g u a p resa d etrás d e lab io s c e rrad o s o m e n ti ro so s es la m a d r e . H ay q tie c o n o c e r lo s antec ed entes. L a m ad re " e n f e r m ó " al añ o d e l traslad o d e la f am i l i a d e Bu l g ari a a In g l ate rra ( 1912) y c o m o "el aire n o le p r o b a b a " f u e a curarse e n u n sanato rio atistriac o d o n d e d escub rió q u e n o q u e rí a q u ed arse e n In g l ate rra, se e m o c i o n ó al d e sc u b ri r lo s d ram as d e Stri n d b e rg y d isf ru tó d e la c o m p añ í a d e u n m é d i c o q u e se e n a m o r ó d e ella al p u n t o d e p e d i rl e q u e se casase c o n él y n o v o l viese c o n su f am i l i a. Ella, sin c o rre s p o n d e r a ese a m o r — a l m e n o s ella así l o aseg u ra— , p e d ía a su m a r i d o p ró rro g as p ara q u ed arse p o r rnás tiempo e n e l sanato rio hasta q u e e l esp o so la in tim ó , m e d i an te u n tel e g ram a, p ara v o lv er a la casa. T an to e n sus cartas c o m o a su reg reso la m u je r te n ía i n f o r m a d o al m a r i d o d e su m e jo rí a y tam b i é n — n o b l e z a
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Fl . I A S
C A N ET T I
o b l i g a — d e sus d ev aneo s c o n el m é d i c o . C u an d o , p o r b u , v o lv ió , el pad re d e C an e td la s o m e d ó a u n to r tu r a d o r i n te r r o g a to r i o n o c t u r n o d el q u e salie ro n am b o s enf ad ad o s y sin hab larse: " . . . c o n c ad a resp uesta d e ella i b a n c re c i e n d o sus celo s: él se e m p e ñ ó e n q u e ella se había h e c h o c u l p ab l e , n o le c rey ó y d i o p o r falsas to d as sus resp uestas" (p zyxwvutsrqponm 7 7 ) . En la m a ñ a n a sig u iente el p ad re estuv o j u g a n d o c o n lo s niño s; f u e e n to n c e s c u a n d o d i jo alg u nas frases in trasc e n d e n te s. Para C anetti n u n c a h u b o p alab ras q u e m e jo r se g rab asen e n la m e m o r i a : eran las p o streras q u e o y ó d e su p ad re . T e r m i n a d o el ju e g o , el se ñ o r d e la casa b ajó a d esay unar, c o g ió el p erié^d ico q u e an u n c i ab a el c o m i e n z o d e u n a g u e r r a m ás e n lo s Balcanes e, instantes d esp u és, v ac ía d esp lo m ad o e n e l p iso c o n su m ti je r au l l an d o a su l ad o e n la c re e nc ia d e q ue estaba fingiendo p ara castig arla m i e n tras le e x ig ía q u e le d ijese alg o . H o ras m ás tard e la m ad re i n c re p ab a c o n f u ri a al p e q u e ñ o Elias p o r estar j u g a n d o m i e n tras el p ad re estaba m u e r to : " C o n lo s g rito s d e ella p e n e tr ó e n m í la m u e rte d e m i p ad re y y a n o m e a b a n d o n ó jam ás*' ( p . 72) . C o m i e n z a e n to n c e s u n j u e g o q u e C an e tti n o se atrev e a i n te rp re tar y no so tro s sí. A c o te m o s q u e C an e tti ( c o m o N ab ó k o v y, en c ierto m o d o , Bo rg es) f u e d u ran te to d a su v i d a u n e n e m i g o d e c i d i d o d e l p sic o análisis y m u y e n p arti c u l ar d e las af i rm ac i o n e s f re u d ian as so bre el c o m p l e jo d e E d i p o . C o m o b u e n d isc íp u lo d e K ar l Ki au s, C an e tti n o d ejab a d e asaetar c o n sarcasmo s al p e n s am i e n to y a la o b ra d e Fre u d así c o m o a la p re te n si ó n d e l p sic o análisis d e ser u n tratam i e n to p ara el s u f r i m i e n to p síq u ic o . H ab l áb am o s d e l ju e g o e n tab l ad o e n tre el n i ñ o y su m ad re , u n j u e g o q u e c o nsistía e n el i n te r r o g a to r i o p o l i c i al so b re la m u e r te d e l p ad re y esp o so , u n j u e g o d e arran c ar c o nf esio nes e f ím e ras q u e ac end rab an las d u d as hasta extraer u n a n u e v a c o n f e si ó n . Esas inq u isic io ne s {goce—si n o h u b ie se n g o z ad o ¿ p o r q u é las e ran u n a au té n ti c a to r tu r azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA re p e ti rían ? ) p ara am b o s y re n o v ab an la escena d e la alc o b a d u ran te la ú ltim a n o c h e d e l p ad re , c o n e l h i jo to i n a n d o sti lu g ar. Es ev id ente q u e lo s d o s se r e g o d e ar o n d u ran te v eintitrés añ o s e n el ác id o ju e g o d e las m e d ias v erd ad es y las c o m p le tas m e n ti ras hasta q u e , c u an d o Elias te-
So b re la c o n f lic tív a re lac ió n d e C a n e t d c o n Fr e u d , n u e v a v e rsió n d e l p ad re , c o n su l tar el s e g u n d o t o m o d e sus m e m o r i a s :zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB La antorcha al oído. Historia de una vida (1921]931), Bar c e l o n a, M u c h n i k , 1982, p p . 125- 128: " M e d ab a p e r f e c ta c u e n ta d e q u e nec esitab a (a Fr e u d ) c o m o ad v e rsario . Pe ro n a d i e h u b i e r a p o d i d o c o n v e n c e r m e e n to n c e s d e q u e ta m b i é n m e se rv ía c o m o u n a esp ec ie d e m o d e l o . "
;^UAS CA N ETTIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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ji í ay a tre i n l a año s, d esp u és d e la p u b lic ac ió n d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPO Auto da fe ( q u e e n tu -zyxwvutsrqpon K Í a s n i ó a la m a d r e ) , ella p r o d u j o u n a h i sto ri a q u e C an e tti e stim ó q u e , lésta sí, era d e f in itiv a, " u n a ú ltim a v ersió n d e la m u e r te d e m i p ad re e n íia q u e to d av ía c re o " ( p . 78) . C ab e ap rec iar estas p alab ras e n su ju s to v alo r: n o la c o nsid e ra u n a v ersió n verdadera sino tan so lo t i n o b je to d e creencia d e l q u e n o está c o n v e n c i d o p o r q u e es te m p o r a l ( "to d av ía") e inestable. A n te s hab ía r e ñ e n d a d o , e n "p alab ras q u e m e p e n e tr a r o n c o m o si las h u b i e r a p r o n u n c i a d o m i p r o p i o p ad re , c o m o u n p e l i g ro so secreto q u e h ab ía q u e p reserv ar", la v ersió n d e q u e el p ad re m u ri ó aq uella triste m añ an a p o r el d isg u sto d e saber q u e h ab í a c o m e n z ad o u na g u e rra y q u e e n ella m o ri ría m u c h a g ente. C an e tti b u sc a u n a exp licació n c o n so lad o ra p e ro , casi c o n f e sán d o se l o a sí m i s i n o , re c o n o 710 podía re c o n o c e r razc)n ab so lu ta ce q u e n o q u i e re e n c o n trarl a: "Yo zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE p ara su m ti e r te , y p ara m í lo m e jo r era q u e n o se enc o ntrase n i n g u n a " (p . 74, cursiv as d e E. C ) . A n te sus p re g u n tas, las p ri m e ras resp uestas d e la m ad re so n las d e q ue "él n o p o d ría e n te n d e r" y l u e g o o tras q u e re v e lan " ' m i r a m i e n to s' p ara c o n m i ju v e n tu d " , has v ersio nes se su c ed en v se c o n trad i c e n ; cad a u n a p ro b ab a la m e n ti r a an te ri o r; M i m a d r e s i e m p r e s o n r e í a c u a n d o d e r e p e n t e m e d e c í a ' A s í te l o c o n t é to n c e s p o r q u e e ras d e m a s i a d o j o v e n . N o l o h u b i e r a s c c ^ m p r e n d i d o " . Y o esa s o n r i s a
en-
tem ía
V\ah, la sonrisa del cortalenguasl], d i s t i n t a d e l a s u y a q u e y o a m a b a . . .
El l a s a b í a q u e m e d e s t r o z a b a d i c i é n d o m e a l g o n u e v o s o b r e l a m u e r t e d e m i p a d r e . E r a c r u e l y l o h a c í a a p r o p ó s i t o , d e s q u i t á n d o s e así d e l o s c e l o s c o n y o l e h a c í a l a v i d a i m p o s i b l e . [ . . . ] L l e v o t o d a s las v e r s i o n e s d e e s te r e l a t o m i recuerflo ,
que en
nada he retenido con mayor fidelidad. Q u i z á s p u e d a e s c r i b i r l a s t o d a s
a l g ú n d í a . L l e n a r í a n t m l i b r o , u n l i b r o í n t e g r o , a u n q t x e p o r a h o r a s o n o t r a s las h u e l l a s q u e s i g o " ( l a f r a s e e n t r e c o r c h e t e s y las c u r s i v a s s o n m í a s ) .
C an e tti m an tu v o su l e n g u a an u d ad a d u ran te d iez añ o s antes d e c o nf esar a la m ad re el e p iso d io i n f an ti l . L a m ad re f u e m ás p ersistente y so ltó su ú ltim o re lato al h i jo , n o ne c e sariam e nte e l v e rd ad e ro , v eintitrés añ o s d esp u és d e la m isterio sa m u e r te d e l p ad re . D u r a n te to d o s esos año s, el n i ñ o , el ad o lesc ente, e l jo v e n esc rito r, sucesiv am ente, p r o s i g u i e r o n c o n el m i s m o i m p l ac ab l e i n te r r o g a to r i o i n i c i ad o e n aq u e lla f atíd ic a m añ an a d e 1912. Se rep etía la escena d e la in d ag ac ió n d e l p ad re q u e , az uz ad o p o r lo s celo s, rec haz ab a las resp uestas q u e re c i b ía y e x ig ía u n a c o n f e si ó n sab iend o q u e , d e to d o s m o d o s, n o se
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EIJA S CANETTI
tranq u iliz aría c o n ella y au m e n tarí an tan to su ang u stia c o m o su sadism o p o l i c i al . D o sto iev ski e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA La mansa, Sc hnitz ler, S. Z w e ig y, p o r cierto Str i n d b e r g , h a n e x p l o r ad o lo s rec o v ec o s d e la p asió n d e lo s celo s. En este caso , C an e tti , e n el l u g ar d e H a m l e t h i jo . Co m o p ara mí no había nad a más im p o rtante que la muerte de m i padre viví creyend o p o r etapas. Finalmente me qued é co n la última versión de mi m ad re, me instalé c u ella y to d o lo que sucedía a m i alred ed o r giraba en to rno a ella, incluso lo que leía y lo que pensaba. En el centro de cada u no de los m und o s en que me enco ntraba estaba la mtierte d e m i p ad re. Cuand o unos año s despttés me enteraba de algtma no v ed ad , el m u nd o anterio r se d errumbaba en to rno de mí co mo u n d ec o rad o ..." (p . 76). C an e tti , tan o f u sc ad o p o r las tesis f re u d ian as so b re el Ed i p o , tan re ac io a ac ep tarlas, tan e s c é p ti c am e n te krau sian o , es, tras la m u erte d e l p ad re , f e ro z m e n te p o sesiv o c o n M ati l d e A r d i t i , la m ad re v iud a d isp u esta a to d o p o r su h i jo y b astante p o c o d esc o nso lad a.
2 . ESCRIBIR(:) EI. DESEO D E LA MADRE C an e td p o n e e n ev id enc ia ese c o m p l e jo , m ás d e H a m l e t q u e d e Ed ip o , e n el q u e p re te n d e r e d i m i r sus p ro p ias culp as atrib uy énd o las al d eseo d e la m a d r e . . . q u e n o p o r n ad a está e n el asu nto . Se ap acig ua so lam ente c o n la v ersió n d e 1935. C o nv ie ne re c o rd ar el c o n te x to d e la ú l ü m a " c o nf e sió n" . Para la m ad re , "la l i te ratu ra u niv ersal, q u e d o m i nab a, lleg ó a c o n stitu ir el au té ntic o sentid o d e la v id a". Sin em b arg o , M ati l d e A r d i d se o p o n ía a la v o l u n tad d e l p ad re q u e, ju sto c u an d o el n i ñ o lleg ó a esos fatíd ico s siete año s, c o m e n z ó a d arle lib ro s ( e n ing lés) a Elias y a c o m e n tar c o n él p o r las no c hes lo q u e h ab ía leíd o . "Teng o u n re c u e rd o im p resio i^ ante d e esto s m o m e n to s " — c o m e n ta el escrito r. La expo sició n d e la m ad re a las lecttiras d e l h ijo ("fue la é p o c a q u e m eno s m e ha g u stad o d e m i m ad re " ) tu v o lu g ar p rec isam ente antes d e q ue ella se traslad ara al sanato rio e n A u stria p ara sti tratam i e n to , allí d o n d e el m é d i c o le e n se ñ ó a am ar a Stri n d b e rg . N o ab u n d are m o s aq u í e n el te m a d e lo s celo s e n Stri n d b e rg {El hijo de la sirvienta) n i d e su d ram a Padre. Q u e el lecto r, si q u ie re , a ello s se re m i ta b u sc and o las pistas d e la pensión d e M ati l d e C an e tti. Re c o rd e m o s tan só lo unas p alabras d e Elias C an e td q u e se leen tam b ié n e n La lengua absuelta:
ELIAS CA NETTIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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ge afianzaro n los celos que me to rturaro n to d a la vida y la fuerza co n que me estremeciero n ento nces me marcó para siempre. Se co nv irtiero n en m i verdadera pasió n, una pasión cjue no atend ía argumento s n i razo namiento s de ningún tip o (p . 151). Lo s p ad res d e C an e tti h ab l ab an e n tre sí e n al e m án . Se h ab ían co no c id o e n V i e n a d o n d e e ran asid uo s c o n c u rre n te s al te atro d e la c i u d ad y p ro h i b í an al p e q u e ñ o Elias ap re n d e r ese i d i o m a ; era su l e n g u a secreta. C u a n d o m tirió Jac q u es C an e tti , la m ad re d e Elias se e m p e ñ ó en f am i l i ari z ar ( q u e n o es l o m i s m o q u e e n s e ñ ar) , a fuerz as y e n p o c o s d ías, la l e n g u a q u e hasta e n to n c e s estaba p r o h i b i d a p ara e l n i ñ o . Su e m p e c i n am i e n to , p o r d e c ir l o m e n o s, f u e f ero z : c o n exig enc ias d esm ed id as, b u rl án d o se d e lo s m e n o re s erro res, in ju rián d o lo p o r ser u n " i d i o ta" y, l o m ás d o l o ro so q u e p o d í a inc ru starse e n la m e m o r i a d e l hijo , d e sp u é s d e u n a e q u iv o c ac ió n , la frase " — T u p ad re sab ía al e m án , ¿qué d iría t u p ad re si te v iese?" El p e q u e ñ o c u e n ta: Yo vivía aterro riz ad o p o r sus burlas. Ento nces suced ió algo que no acierto a co mp rend er. Empece a prestar una end iablad a atenció n [ ...] mientras ella n i siquiera se daba cuenta de que, p o r lo p reo cup ad o que estaba, casi n i co mía. Ella enco ntraba ped agó gico el terro r en que yo vivía [ ...] Rep etía a m enu d o la frase d el "id io ta que traje al m u n d o " que tan p ro fund am ente me hería. Re su ltad o : C an e tti ap re n d i ó así el ale m án , la l e n g u a c o n d e n ad a q u e ac ab ab a d e ser absuelta. C o n sig u ió c o m u n ic arse c o n la m a d r e en el m i s m o i d i o m a secreto q u e antes h ab ía sid o e l d e su p ad re y lo g ró p o r fin q u e ella l o c o ro nase: " — ¡ T ú sí q u e eres m i h i j o ! " L u e g o C an e tti ag reg a, c o m o si quisiese an u l ar c u al q u i e r reserv a acerca d e l e d i p i s m o q u e c o n tan to ard o r d eneg ab a: M ucho más tard e supe que no era sólo p o r mí que me enseñó alemán entre suplicio s y burlas. Ella misma tenía una p ro fund a necesid ad de hablar alemán co nmig o pues era el id io m a de su intim id ad [... 1 Era éste el id io m a co nfid encial de su m atrim o nio .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Se sentía perdida sin él y trató de colocarme en su lugar tan pronto como pudo [ ...] Así me o bligó en po quísimo tiem p o a lo g rar algo que
superaba la resistencia no rm al d e cualquier niño y su éxito ha fijado la naturaleza p ro f u nd a de m i alemán: fue una tardía lengua materna, inculcad a a base de auténtico s sufrimiento s. Pero no to d o fue d o lo r, pues siguió inmed iatamente u n p erio d o de felicid ad que terminó p o r u nirm e ind iso lublemente
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FT . I A S CA N E T T I
a esa l e n g u a [ ... ] / .« zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ierigiia de nuestro amorzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA — ¡ y qué gran amorl— sería el alemán (p . 9 1 , cursiv as m í as) .
Las letras d e las p alab ras alem anas e n tr a n c o n la sang re d e la leng u a. En s e ñ ar y ap re n d e r e n u n c l i m a d e te r r o r es tam b i é n f u ente de u n g o c e am arg o q u e se d eja leer e n c ad a lín e a d e l te x to : la naturalez a p r o f u n d a d e la l e n g u a d e C an e tti d e b e buscarse en el d o l o r c o n que e l n i ñ o , f u ri o s o e i m p o te n te , h u r g a e n lo s d i c c i o n ari o s y se ad entra en el l a b e r i n to d e las p alab ras d e l O t r o , d e l m u e r t o , p ara c o m p ar ti r a la m ad re c o n su f antasm a o m n i p re s e n te . ("La c o n c i e n c i a d e la m uerte d e m i p ad re p e n e tr ó e n m í p ara ya n u n c a ab an d o n arm e . " ) A sí nos ad e n tram o s e n la ú ltim a c o n f e si ó n d e la m ad re : Elias C an e tti v enía de p u b l i c ar, y a e n lo s añ o s p ard o s, 1935, e n V i e n a, antes d e la Anschíuss, su n o v e l a Auto da je, u n re l ato estrem ec ed o r, o b ra m aestra d e la literatu ra e n al e m án . En tre no so tro s h u b o largas y d ifíciles batallas y estuv o a p u n to d e rep u d iarm e d e m an e ra d e f in itiv a. Pero aho ra hab ía c o m p r e n d i d o , así lo d i jo , m i lu c ha p o r alcanz ar m i l i b e rtad [ . . . ] El l i b ro , q u e ella hab ía leíd o , era c arne d e su carne, d i jo , se re c o n o c í a en m í, siem p re hab ía v isto a las p erso nas tal y c o m o yo las d esc rib ía, exac tam ente así le h u b i e ra g u stad o esc rib ir a ella. N o era suficiente q u e m e p i d i e ra p e rd ó n , q u ería h tim illarse ante m í, yo era d o b l e m e n te su hijo , h ab ía lleg ad o a ser lo q u e ella más h u b i e ra d esead o q u e y o f u e ra [ ...] La id ea d e q u e se i n c l i n ara ante mí a causa d e la no v ela [ . . . ] m e resultab a inso p o rtable [ . . . ] C u an d o la volví a v er d eb ió p e rc i b i r m i c o nf u sió n, m i v erg üenz a y d e c e p c i ó n , y [ . . . ] se d e jó llev ar hasta c o n tarm e to d a la v e rd ad so bre la m u erte d e m i p ad re . A p esar d e sus p rim e ras v ersio nes, y o siem p re hab ía i n tu i d o esta ú ltim a, au n q u e siem p re traté d e r e p r i m i r l a . . . ( p p . 77-78).
L a v ictcxria d e Elias es d e f i n i ti v a: la m ad r e le reg alab a alg o d e lib ertad . ¿ C ó m o l o g ró esta haz aña? A c o p l án d o se a la l e n g u a y al d eseo d e ella. L a m a d r e tu v o q u e p ag ar u n p re c i o : la ad m isió n d e u n a c u lp a q u e ap lac ab a p ara sie m p re las d u d as d e l h i jo . ¿Se aq u ie ta Elias p o rq tie ah o ra sabe la v e rd ad o p o r q u e la m ad r e se h a h u m i l l a d o , se ha m u ti l a d o , so l tan d o su l e n g u a y c o n f e san d o e l secreto ? ¿ Se tran q u i l i z a p o r q u e p u e d e a m o r ti g u a r el tr au m ati s m o i n c u rab l e d e la m u e r te d e l p ad re o p o r q u e ha c o n se g u id o , p o r la v ía d e la e sc ritu ra y d e l re c o no c i m i e n to d e su ser c o m o au to r, te n e r u n n o m b r e q u e él m i s m o se ha h e c h o salie n d o d e la ald ea b ú lg ara y d e la b ar ab ú n d a d e las leng uas
^lASzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA CA NETTIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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©n las q u e h ab ía c rec id o ? La esc ritu ra d e C an e tti , así l o c o nf iesa, es gllisiolítica, t m a v ac u na c o n tra l a l o c u ra. Llev a las hu ellas p av o ro sas d e l2¿ g u e rra ím t o r n o a lo s lib ro s, d e la m ad re c o n tra el h i jo , d e l esp o so c o ntra la esp o sa, q u e só lo p u e d e acab ar e n el sac rif ic io . El c o m b ate titánico d e lo s esp o so s; d e Teresa c o n tra Ki e n , d e K i e n c o n tra Teresa, es u n a c o n ti e n d a d esesp erad a e n t o r n o d e lo s l i b ro s q u e acaba e n e l Auto da fe, la g r a n h o g u e ra d e d o n d e la n o v e la re c ib e su títu lo . A caso a n ad i e se le escap a q u e C an e tti su p o d esd e e l p r i n c i p i o , al ig ual q u e sti p ad re , la v e rd ad d e lo q u e su c e d ió e n e l b al n e ari o . N o es p o co o ír d e c i r a u n a n ti f i e u d i a n o m i l i ta n te q u e a esa v e rd ad " sie m p re ü-até d e r e p r i m i r l a " . N o es ap re m i an te p ara él q u e la m ad re le d i g a "to d a la v e rd ad " ; l o i m p o r ta n te es q u e ella se hay a r e n d i d o y h u m i l l a d o . El jti e g o sád ic o e n tram b o s ha p e r d i d o se ntid o (y se d esp laz a a la relac ió n c o n su esp o sa, q u e lo llev a, d e n u e v o , a id e ntif ic arse c o n el d ram a p e rso n al d e To lsto i; Veza es u n a m u je r p o sesiv a cuy o s rasg o s ap arec en, d i si m u l ad o s, e n la siniestra Teresa d e la n o v e l a) . El esp ec tro d e su p ad re , c o m o e l d e l p ad re d e H a m l e t v ag ab u n d e an d o so b re las m u rallas d e l c astillo d e Elsin o re , p u e d e re c u p e rar la p az g racias a la v eng anz a efectiv a, au n q u e sim b ó lic a, d e l h i jo . En tre el re c u e rd o m ás r e m o to , el d e Karlsb ad , a lo s d o s añ o s d e ed ad , y el re c tte rd o m ás c lav ad o , el q u e es i m p o s i b l e d e d istanc iar c o m o p asad o , e l d e M anc hester, a lo s siete año s, hay u n a c o rre sp o n d e nc ia y u n a af i n i d ad q tie lo s hac e v ec ino s. ¿ Q u é se d i c e n esos m i e m bro s d e la p areja q u e c o p u l a n ante él c o n sus leng u as i n c o m p r e n s i bles? ¿ Cuál es el m i ste ri o d e l sexo , ese m i ste ri o q u e C an e tti n o p u d o a d m i ti r hasta ti n a e d ad r i d i c u l a p o r q u e la m ad re c o n ti n u ab a n e g an d o q u e lo s n i ñ o s nac ían d esp u és q u e lo s p ad res h ac ían l o m i s m o q u e el g allo c o n la g allina? ¿ Po r q u é le c o rtarían la l e n g u a si h ab lab a d e l o q u e b i e n sab ía q u e p asaba e n tre e l j o v e n y la c ri ad a b ú lg ara, d e l laz o e n tre M a ti l d e y Jacq ues, sus p ad res, d e l o q u e h ab í a su c e d id o e n el b al n e ari o d e Re ic h e n b ac h — eso q u e la m ad re n u n c a re c o n o c i ó p l e n am e n te ? ¿ Q u é su c ed ió aq u e lla n o c h e e n el d o r m i t o r i o d e lo s p ad res d etrás d e u n a p u e rta c e rrad a a cal y c anto c o n tr a to d a c u rio sid ad ? ¿ Po r q u é m o ri ría e l p ad re si es q u e u n o p o n e e n d u d a l a b l an c a i d e a d e q u e c ay ó f u l m i n a d o p o r no tic ias q u e ley ó ese d ía e n e l p e rió d ic o ? ¿ Po r q u é to d o s c u anto s c o n o c e n al jo v e n Elias p ad e c e n p o r la to r tu r a d e sus celo s co m p ulsiv o s? ¿ C ó m o se fijó la am enaz a re c u rre n te d e l p r i m e r re c u e rd o , d e m o d o i m p l ac ab l e , e n este n i ñ o d e letras a q u i e n lo s g enitales n u n c a le i m p o r t a r o n p o r q u e n u n c a f u e r o n re c o n o c i d o s
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KLIAS CANETTI
c o m o f o r m a n d o p arte d e su an ato m í a o la d e l o tro ? El n o p o d ía igno rar q u e era d u e ñ o d e i n ti m i d ad e s inc o nf esab les q u e p o d ían llev ar a la m u tilac ió n — y n o só lo d e la l e n g u a: "sé q u e m e la c o rtará" . ¿Cuál es la nav aja q u e c o n d e n a a su l e n g u a (¿la leng u a? ) a ser m u ti l a d a cad a día p e r o " h o y n o , m añ an a" ? Q u i e r o p rec isar m is id eas al resp ec to : es p o c o v ero sím il (co mo si e m p re su c ed e c o n la m e m o r i a d e la i n f an c i a) q u e el n i ñ o d e dos añ o s hay a re g istrad o c o n e x ac ti tu d u n d iálo g o tan c o m p l e jo c o m o el q u e se r e p r o d u c e e n el te x to d e su re c u e rd o . El p r i m e r c o m p o n e n te p o d rí a ser au té n ti c am e n te m n é m i c o (si es q u e el ad v e rb io y el adjetiv o n o e n tr a n e n c o n trad i c c i ó n , ac e p tan d o el o x í m o r o n ) : el co lo r ro jo , la escalera, la p areja d e am antes, el c o ntraste e n tre la so nrisa y la am enaz a, la te m i d a nav aja. El se g u n d o e l e m e n to , q u e d a c o herenc ia y e n m arc a al p r i m e r o , p ro v i e n e d e l re lato d e la m ad r e , " r o jo " rem ite a Karlsb ad , 1907; h u b o u n a m u c h ac h a b ú lg ara q u e f u e d esp ed id a p o r u n a m o r ilíc ito . El terc er e l e m e n to es la m an e ra e n q u e este "recuerd o " , q u e es u n f an tasm a ( " u nió n d e co sas vistas y o íd as", d e c ía Fre u d ) , se i n te g ra c o n lo q u e e l n i ñ o sab ía sin p o d e r saber, e l ad u l te ri o d e la m a d r e , re v e l ad o r d e l c arác te r sexu al d e l re c u e rd o r e m o to . D e m o d o q u e e l p r i m e r r e c u e r d o es el re su ltad o d e u n a c o n stru c c i ó n d o bleaprés-coup. El e p i so d i o d e la navaja m e n te a p o s te ri o ri , d o b l e m e n tezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA q u e lle g ó p ara q u ed arse e n su l e n g u a, la d u d o sa p alab ra d e la m ad re y la m u e r te d e l p ad re d ise ñ an lo s tres p o stig o s d e la v e n tan a p o r la cual Elias C an e tti m irará el m u n d o . R e to r n a n d o a lo s i n te rro g an te s: ¿ Pu e d e la l e n g u a — Z u n g e , e n sus d o s ac e p c i o n e s — lleg ar a ser falo ? ¿ C ó m o lleg a C an e tti , d e la ig n o ran c ia i m p u e s ta d e l al e m án , i d i o m a í n ti m o d e l ro m an c e e n tre sus p ad res, v e d ad o p ara e l h i jo , al l u g ar d e l p o e ta y ensay ista q u e re c ib e su Pre m io N o b e l p o r el d o m i n i o d e la l e n g u a p ro h i b i d a? A d e m ás, h ab rá q u e c o n sid e rar la c u l p a y lo s m e d i o s p uesto s e n acc ió n p ara salvarse d e sus d entellad as q u e r e m ti e r d e n . L o m e jo r p ara el n i ñ o , re c o n o c e el esc rito r ad u l to , era q u e n o se e nc o ntrase raz ó n al g u n a p ara la m u e r te d e l p ad re ( p . 74) y, sin e m b arg o , p o d ría escrib i r u n l i b r o e n te ro c o n las sucesivas exp lic ac io nes q u e re sp o nd ían a su inc esante i n d ag ac i ó n . ¿ Q u é sintió al v er a su p ad re te n d i d o en el
^ En esta a r g u m e n t a c i ó n h e r e s u m i d o e le m e n tc js d e u n d i ál o g o f e c u n d o c o n D a n i e l K o r e n , q u i e n h a a p o r t a d o l o e se nc ial. D e jo c o n s tan c i a d e m i a g r a d e c i m i e n to al am i g o y c o lab o rad o r.
ELIAS CANKTTIzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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piso , estirad o , m u y c eic a d e la c him enea? En el re lato , p arec iera q u e nad a; m i n u to s d esp u és estaba j u g a n d o c o n u n am i g o . Sin e m b arg o , no p o d e m o s r e n u n c i ar a n u e stro m é to d o d e análisis i n te r te x tu al . A sí, leemo s e n o tr o l i b r o d e C anetti^ El t e r r o r q u ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA un m t i e r t o y a c i e n t e p r o d u c e e n e l á n i m o d e q u i e n l o m i r a
es
s u s t i t u i d o p o r u n a s a t i s f a c c i ó n : e l o b s e r v a d o r n o es e l m u e r t o . H u b i e r a p o d i d o s e r l o . P o r o q u i e n y a c e es e l o t r o . [ . . . ] Es ta s e n s a c i ó n es l a q u e ráp id am eru e;
lo q ue
al c o m i e n z o
e r a t e r r o r se i m p r e g n a I t i e g o d e
p rev alec e s ati s f ac -
c i ó n . [ - . . ] Es te h e c h o es t a n t e r r i b l e y d i r e c t o q u e l o e n c u b r i m o s c o n t o d o s l o s m e d i o s d i s p o n i b l e s , A l m a r g e n d e q u e n o s d é o n o v e r g ü e n z a , es d e c i s i v o p a r a l a v a l o r a c i ó n d e l se r h u m a n o . P e r o e s t o n o a l t e r a p a r a n a d a e l h e c h o m i s m o . L a s i t u a c i ó n d e l a s o b r e v i v e n c i a es l a s i ttx ac i ó n c e n t r a l d e l p o d e r .
Eo s d o s re c u e rd o s, el m ás r e m o to y el d e m ay o r i m p ac to , se c o n ju g an y g u ar d an e n tre sí u n a secreta arm o n í a. Ptie d o su p o n e r q u e la v id a y la o b ra d e C an e tti d e ri v an d e la c o n d e n a ejerc id a so b re su leng tia, esa c o n d e n a q u e hac e q u e la m e d i o c re trad u c c ió n al esp año l d e sti au to b io g raf ía teng a el g ran m é rito d e p resentar la p al ab ra gerettete c o m o absuelta. Su c tiestio nab le " l i b e rac i ó n " se tram i ta p o r el tru c o d e u n e n c l ati stram i e n to e n el d eseo d e m an i f i e sto d e la m ad re y en la realiz ac ió n a p o rf ía d e l d eseo ajeno . M e arriesg o a p o stu l ar q u e el " re c u e rd o m ás r e m o t o " d e Elias C an e tti, c o n f i r m a t o r i o d e la tesis d e C o rtáz ar, se e n ti e n d e a p arti r d e l e q u ív o c o e n tre lo s d o s sentid o s o ac ep c io nes d e l v o c ab lo " l e n g u a" . El p r i i n e r re c u e rd o , c o n s tru i d o re tro ac ti v am e n te a p arti r d e l se g u nd o , es la clav e y f u n c i o n a e n e l i m ag i n ari o d e l escrito r, ese i m ag i n ar i o q u e él q u isie ra hac e rno s c o m p artir, seg iin la ag u d a in tu ic ió n d e M a r th a Ro b les, c o m o u n o rác u l o . Será esc rito r, esc rib irá e n ale m án , g u ard ará su l e n g u a m a te r n a ( el l a d i n o ) , g u ard ará su l e n g u a sin d e c ir m u c h as co sas q u e h a lle g ad o a c o m p re n d e r, g u ard ará su h ab l a y se e x p re sará p o r escritc:» , trasp o n i e n d o sus fantasm as e n letias d e l alf ab eto . La sentenc ia se hará sentencio sa. Ll e n ará d e m o d o i n c o e rc i b l e m iles d e p ág inas d e d iario s q u e lo am ansan y l o salv an d e la e x p lo sió n . G o z ará d e la e sc ritu ra q u e p o n e a d istanc ia al esp anto y le p e r m i te e n c e rrar la l e n g u a e n su b o te l l a d e d ientes. Salv ad a d e la nav aja.
' E. C a n e tti , La conciencia de las palabras, c it., p p . 36- 37.
11 G EO R G ES PEREC N O T I E N E R EC U ER D O S D E IN FA N C IA ^
1 . HISTO RIA D EL HUERFANO Q UE ERA HIJO D E SUS PALABRAS
C re o c o n v e n i e n te , antes d e i n te r n a r n o s e n lo s rec o v ec o s d e l p rim e r r e c u e r d o d e G eo rg es Perec y sus eco s c o rtaz ariano s, p r o p o n e r al l e c to r q u e m e ac o m p añ e e n u n a p re se n tac i ó n b io g ráf ic a y literaria d e l esc rito r. G eo rg es Perec es u n no v elista fi-ancés d e l e c tu ra d ifícil y e x i g e n te p ara el m ás esf o rz ad o d e lo s ad ep to s a la l i te ratu ra. Era h i jo d e ju d í o s p íjlac o s e m i g rad o s, q u e vivió ap enas 46 añ o s (París, 1936- 1982) ; e n ese b rev e lap so alc an z ó a esc rib ir alg u no s d e lo s libro s m ás c reativ o s d e la l i te ratu ra f ranc esa d e p o sg u e rra ( o , q u i ta n d o sup e rf i n as restric c io nes tem p o ro esp ac iales, d e la l i te ratu ra u niv ersal de to d o s lo s ti e m p o s ) . Perec p e rd i ó al p ad re e n el f re n te d e b atalla en 1940 y sti m a d r e , arrestad a e n 1942, f u e d e p o r ta d a a u n c am p o d e la m u e r te n u n c a i d e n ti f i c ad o . A m b o s se e s f u m aro n sin q u e él p ud iese v er sus c u e rp o s n i p rac tic ar ri to s f u n e rari o s . Esa te m p r a n a e inad v ertid a " d e sap ari c i ó n " q u e d ó g rab ad a c o m o el ac o n te c i m i e n to c ru c i al d e su v i d a y d e su o b ra. En 1956, e n u n c e m e n te ri o m i l i tar, e l ad o lescente b u sc ó y e n c o n tr ó q u e u n a d e las tantas c ru c es te n ía i n sc ri to el n o m b r e d e l p ad re ; sintió e n ese m o m e n t o las ganas d e d ecir algo , de pensar algo , u n balanceo co nfuso e n t r e una emoció n ind efinid a en el límite d el balbuceo y una apatía que bo rd eaba lo d eliberad o y , p o r d ebajo de to d o ello , una suerte de secreta serenid ad ligada a la fijación en el espacio y a la escritura p intad a e n l a c r u z d e e s ta muerte que dejaba así de ser abstracta.^ ^ E n la r e d a c c i ó n d e este c ap í tu l o se h a n u sad o , a d e m á s d e lo s te x to s d e Perec q u e se c i ta n , d ato s to m a d o s d e las rev istaszyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA L'Arc, iiú iii. 76, 1979 y M agazine Littéraire, n i i m . 193, d e m a r z o d e 1983 y n ú m . 316, d i c i e m b r e d e 1993, d e d i c ad as a Perec . T a m b i é n se c o n s u l tó l a e x te n sa y r e c o m e n d a b l e b i o g raf í a d e D . Be llo s, Georges Perec. A Ufe in tuord, Bo s to n , D a v i d R. G o d i n e , 1993. ^ G . Pe re c [ 1 9 7 5 ] , W ou le so'uvenir d'enfance, París, D e n o é l , G a l l i m a r d , L ' i m a g i n a i r e ( 2 9 3 ) , 2 0 0 1 , p . 59.
[ i661
EO RG ESzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA PEREC
167
Si había u n a cruz c o n su n o m b re — p o d e m o s no so tro s co njettirar— - el >adre o lv id ad o "d eb ió hab er \^vid o ". En esa tie rra tu m b al estaba clav ad a fía raíz m u e rta d e l n e rv i o d e u n d iente q u e el f u tu ro escrito r n u n c a tu v o . El h u é rf an o q u e d ó al c u i d ad o d e p arientes d e la m ad re e n e l sur d e Francia hasta q u e v o lv ió a París c u an d o la g u e r r a h u b o te r m i n a d o . En los año s q u e si g u i e ro n , añ o s d e so led ad sin b rú ju la, to m ó alg u n o s cursos u niv ersitario s, trab ajó c o m o b i b l i o te c ari o y se "g anab a la v i d a " (¿?) esc rib iend o c ru c ig ram as p ara d istinto s p e rió d ic o s. El é x ito l i te rari o só lo lleg ó p o c o antes d e su m v ierte p r e m a tu r a p o r c án c e r d e p u l m ó n , au nq u e h ab ía sid o re c o n o c i d o y p r e m i a d o c o m o u n no v elista i n n o v ad o r d esd e la ap aric ió n d e su p r i m e r relato :zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONML Las cosas [19615]. La p re o c u p ac i ó n p o r d e f in irse a sí m i s m o a p arti r d e esos b o rro so s o ríg e ne s y p o r d ev elar lo s m isterio s d e su p ro c e d e n c i a y d e su n o m b r e inv ad e y se i n f i l tra en to d as las hneas y hasla en las e ntre line as d e su extensa o b ra. Perec, a q u i e n la H i s to ri a h ab ía p ri v ad o d e re c u e rd o s y raíc es, era, ló g ic a y p arad ó ji c am e n te , u n o bseso d e la m e m o r i a , u n ap asio nad o d etec tiv e d e to d as las b riz nas d e u n p asad o q u e n o p o d ía d ejar escap ar. Viv ía atr i b u l ad o p o r u n a re c o rd ac i ó n m i n u c i o sa q u e c u ltiv ab a, q u e le esto rb ab a y q u e , en u n p r i n c i p i o , h u b i e r a q u e r i d o p e rd e r p ara instalarse e n u n h i p n ó ti c o p resente, lejo s d e to d o p ro y ec to , lejo s d e l m u n d o d e lo s d e m ás, c o m o el p ro tag o n i sta d e su seg u nd a no v ela, Un hombre que duerme [ 1967] La p ar ti c u l ar i d ad d e esa no v ela, seg m ento p o c o d i s i m u l ad o d e l re lato d e sus añ o s ju v e n i l e s, es q u e está escrita e n seg u nd a p erso na. En c o n tram o s e n ella frases rev elad o ras e n las q u e el au to r se d ic e: " N o te has m ti c r to . N o te has v u e l to l o c o . . . D eja d e hab lar c o m o u n h o m b r e q u e s u e ñ a. " En su au to b i o g raf ía " p r o p i am e n te d i c h a " ( ¿ ? ) , W o el recueido de infancia [ 1975] , o b ra c e n tral e n su p ro d u c c i ó n q u e será c o m e n tad a e n la se g u nd a p arte d e este c ap ítu lo , d ic e d e sí l o b astante p ara c o m p r e n d e r q u e el hombre que duerme y q u e hab la c o m o si estuv iera so ñ an d o , h ab í a sid o él m i s m o . C u a n d o to ca esa é p o c a d e su v id a, c o m o n a r r a d o r d e su p r o p i a exp eri e n c i a y n o y a c o m o p ro tag o n i sta d e u n a no v ela, re c u rre , e n vez d e la seg u nd a p erso na, a c o nju g ac io nes im p erso nales. V i v e sin p e r m i ti r s e sentir, es u n so nám b u lo .^
^ G . Perec ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Un homme qui dort [ 1 9 6 7 ] , París, D e n o é l , Fo l i o ( 2197) . En e s p añ o l , Un hombre que duerme, Barc e l o n a, A n a g r a m a , 1990. T r a d . d e E. Ru ssek. L a c i ta es d e p p . 136- 137. G . Pe re c , W o eí recuerdo de infancia, c i t., p . 98.
168zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA OEORGES No
había n i c o m ienz o
ni Hn. N o
hab ía
tam p o c o
p asad o
y d u rante
mucho
t i e m p o n i s i q u i e r a h a b í a p o r v e n i r ; s i m p l e m e n t e se d u r a b a . Se e s t a b a a h í . Eso s u c e d í a e n u n l u g a r q u e e s tab a l e jo s, p e r o n a d i e h u b i e r a p o d i d o d e c i r c o h e x a c t i t u d l e j o s d e q u é . D e t i e m p o e n t i e m p o se c a m b i a b a d e l u g a r , se i b a u n o a o t r a p e n s i ó n o a o t r a r a m i l i a . L a s c o sas y l o s l u g a r e s n o t e n í a n n o m b r e - la g e n t e n o t e n í a r o s t r o s [ . . . ] T o d o l o q u e u n o s ab e es q u e e so
d uró
b as tan te
t i e m p o y q u e d e s p u é s , t m d í a , esc:» se d e t u v o .
A l i g u al q u e Ehas C an e tti, seg ú n y a v im o s, p iensa q u e se hub iera v u e l to l o c o si n o esc rib ía sti d i ari o . A l i g u al q u e tanto s o tro s: Co rtázar N ab ó ko v o KajEka (¿y Jo y ce?), b u sc a atrap ar la m e m o r i a y la esgrime p ara alejarse d e l o re al i n to l e rab l e , p ara salvarse d e l esp anto d e lo s gallo s au ró rale s q u e se lle v aro n a sus p ad res al p aís sin r e to r n o . A lg u na vez p i n tó c o n p alab ras su au to rre trato d ic iend o :^ L a e sc ritu ra m e
re s g u ard a. A v a n z o b ajo
el am p aro
d e m i s p alab ras, d e mis
f rase s, d e m i s p á r r a f o s h á b i l m e n t e e n t r e t e j i d o s , d e m i s c a p í t u l o s
asttttam e n te
p r o g r a m a d o s . N o m e f a l t a e l i n g e n i o . ¿ N e c e s i t o av m e s ta r p r o t e g i d o ? ¿ Y si e l e s c u d o se t r a n s f o r m a s e e n c a d e n a s ?
Esta c o n f e si ó n d e l v alo r " p ro f ilác tic o " d e su e sc ritu ra se lee e n med i o d e u n " a u to r r e tr a to " l i te rari o ; el te x to e n c u estió n llev a p o r título u n a c h arad a q u e no s atrev em o s a trad u c i r c o m o "lo s ñato s d e l au to " zyxwvutsrqponm {gnoti te auton) . Se " c o no c e a sí m i s m o " i n t e r p o n i e n d o u n a m u r a l l a d e sarcasm o s, d u d a n d o in c e san te m e n te so b re la l e g i ti m i d a d d e su p ro y ec to . C o m o re b u sc ad o lab o rato rista d e la leng u a, hac e m alab arism o s c o n el le n g u aje q u e l o ju e g a. Esc rib e "p alab ras c ru z ad as". El ser a m o r f o d e la i n f an c i a y la ad o lesc enc ia, el h o m b r e q u e d uerm e , se af ana e n la c arre ra d e la v i d a tratan d o d e e l u d i r a lo s fantasmas d e lo s anc estro s d esap arec id o s y, a la v ez, tratan d o d e o b jetiv arlo s, atisb a n d o e n f o to g raf ías, p r e g u n ta n d o a lo s f am iliare s, re c o n stru y e n d o p ac i e n te m e n te el p re s u n to " re c u e rd o d e i n f an c i a" q u e será el título d e su au to b io g raf ía. Perec \ive d e sl o m án d o se tras t m p asad o q u e se le escap a, q u e le ha sid o arre b atad o , al q u e q u isiera enlaz ar y enjau lar e n u n a estric ta c o raz a d e letras m e tálic as q u e , e n su d u re z a y c erraz ó n, n o c e d an al az ar o al c ap ri c h o . A r g u y e q u e nad a p u e d e d e c i r au n q u e n o sabe si te n d ría alg o p ara d ec ir, si n o d ic e l o q u e p u d i e r a d ec ir
^ G . Pe re c , "Les g n o c c h i s d e l ' a u t o m n e " , e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF Je suis né, París, Se u i l , 1990, p . 73.
G EO R G ESzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA PER EC 169
p o rq u e lo q u e d iría es i n e f ab l e . L o i m p o s i b l e d e exp resar es el p o l v o finísimo d e la c o n g o ja q u e se filtra e n su esc ritu ra. ¿ D e q u é hab laría? ¿ Q u ié n p o d rí a " c o n tar" u n ag ujero ? ¿ Q u é p o d rí a hablarse d e ese oñgcn i n c o m p re n s i b l e p ara u n n i ñ o a q u i e n la H i s to ri a ( c o n H ) ha p riv ad o d e u n a h isto ria ( c o n m inú sc u las) y l o ha sacad o d e su cauce? La d esp erso naliz ac iéjn d e su esc ritu ra re f le ja la d e su ser. Sabe q u e c u anto p u d i e r a d ec ir es inai^ie, i n c o l o r o , el sig no d e u n a an u l ac i ó n d ef initiv a. Po r eso escribe f o r z a n d o a las p alab ras, c i r c u n d a n d o a la H isto ria, g i r a n d o al re d e d o r d e ella, d i b u ja n d o ríg i d am e n te sus líneas c o m o si las p alab ras estuv iesen ro d ead as p o r lo s elec triz ad o s alam b res d e p úas d e u n c am p o d e c o n c e n trac i ó n . Es, c o m o lo s p risio n e ro s, u n n ú m e ro sin sustancia. "Si esto es u n h o m b r e . " N o p u e d e c o nso larse co n bellas i m ág e n e s n i i n te r r o g a n d o a sus lap sus n i c o nc entrarse en d etalles n i m i o s c o m o el larg o d e las ro p as d e su p ad re n i b uscar e n sus frases, "hallánd o las, c i e rtam e n te , las c ó m o d as reso nanc ias d e l Ed i p o y la c astrac ió n" . V iv e y esc rib e p ara to m ar d istanc ia d e lo s fantasm as quile lo aco san.^
zyxwvutsrq
N unca enco ntraré, machacand o mis palabras, o tra cosa que el reflejo final de una p alabra que falta a la escritura, el escánd alo de su silencio y de m i silencio. [ ...] Escribo : escribo p o rq ue llegamo s a vivir ju nto s, p o rque yo era u no entre ello s, so mbra en el m ed io de sus sombras, cuerp o cercano a sus cuerp o s. Escribo p o rque ello s han d ejad o en mí alguna marca ind eleble y su huella es la escritura: en la escritura su recuerd o muere. La escritura es el recuerd o de su m uerte y la afirmació n de m i vid a. En to d o instante c o nstatam o s q u e la p al ab ra esc rita p o r Perec es, e n su i n te g r i d a d , ad e m ás d e u n i n tri g an te te s ti m o n i o l i te rari o , el trab ajo d e l d u e l o p o r la m u e r te d e sus p ad res q u e e l naz ifasc ism o le arre b ató . N o es tan to q u e le f al taran lo s p ad res; le p asó alg o m ás te r r i b l e , le f a l ta r o n sus m u e rte s. In v o c a al esp íritu d e lo s p ad res d esv anecid o s a la vez q u e lo s aho g a e n ti n ta. L o m i s m o p asa c o n su ju d e i d a d : n o es p ara él la señal d e u n a p e rte n e n c i a sino o tra f o r m a d e l silenc io y d e l vacíen. L a ú n i c a c ertez a q u e alcanz a es la d e hab e r sid o m arc ad o c o m o j u d í o y, d e ese m o d o , c o n d e n ad o a v iv ir e n el e x i l i o , e x trañ o p ara sí m i s m o , d i f e re n te , n o só lo d e lo s o tro s, sino tam b i é n d e lo s m i e m b r o s d e "su p r o p i o p u e b l o " , c u y o le ng u aje , m e m o r i a y trad ic io n e s n o p u e -
G . Pe re c , "Les l i e u x d ' u n e ru se " ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC Penser/classer, París, H a c h e tte , 1985, p . 63.
170zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
GEORGES
PEREC •
d e c o m p a r d i p o r q u e n o le h a n sid o tran sm itid as au n q u e n o p ued e d e jar d e interro g arse:^
l o q u e m e h a c e e l se r j u d í o zyxwvutsrqponml
N o s é c o n p r e c i s i ó n q u é es se r j u d í o y t a m p o c o {ce que fa me fait
d'étre juij).
Es, si se q u i e r e , u n a e v i d e n c i a , p e r o u n a e v i d e n c i a
m e d i o c r e , u n a m a r c a , p e r o u n a m a r c a q u e n o m e v i n c u l a c o n n a d a p rec iso o c o nc reto lo,
[ . . . ] Se r í a m á s b i e n u n a au se n c i a, u n a p r e g u n t a , t m
c u e stio nam ie n-
u n a p u e s t a e n s t i s p e n s o , u n a i n c | u i e t u d : u n a c e r t i d u m b r e i n q u i e t a d e trás
d e l a c u a l se p e r f i l a o t r a c e r t i d u m b r e , a b s t r a c t a , haber
sid o d e sig n ad o
p e s ad a, i n s o p o r t a b l e : la d e
c o m o j u d í o y, e n ta n to q u e j u d í o , v íc tim a, y d e
d eber
la v i d a ta n s ó l o al az ar y al e x i l i o . M i s a b u e l o s o m i s p a d r e s h u b i e r a n p o d i d o e m i g r a r a l a A r g e n t i n a , a l o s Es t a d o s U n i d o s , a
Pale stin a...
M e jo r p o d rí am o s d e c i r q u e élzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA — c o i u o C an e tti y a d iíe re iic ia d e Kafk a — n o h a q u e r i d o saber n ad a d e esa i d e n ti d a d o f re c i d a y rechaz ad a. O c o nstatar q u e p u d o to m arl a e n serio al p ro y e c tar esc rib ir y filmar la h i sto ri a d e Ellis Isl an d , el l u g ar d e c o n c e n trac i ó n d e lo s inm ig rante s q u e lle g ab an a N u e v a Y o rk ( d iec iséis m i l l o n e s d e p erso nas e n tre 1892 y 1924) o , c o n to tal d e se nf ad o , b u rlarse d e su ju d a i s m o e n u n o d e los m ás h i m i n o s o s c o m ie n z o s d e " au to b io g raf ía p o te n c i al " ja m á s d ad o s a la i m p re n ta. ^ N a c í e l 25 d e d i c i e m b r e d e 0000. Se g ú n d i c e n , m i p a d r e e ra c a r p i n t e r o . Po c o d e s p u é s d e m i n a c i m i e n t o , lo s g e n tile s d e j a r o n d e serlo y d e b i m o s ref u g iarn o s e n E g i p t o . Fu e así c o m o s u p e q u e e r a j u d í o y es e n esas d r a m á t i c a s c o n d i c i o n e s c o m o se e n t i e n d e e l o r i g e n d e m i Uste d e s y a sab en lo q u e v i n o
firme
d e c i s i ó n d e nc j s e g u i r s i é n d o l o .
d esp ués...
Esc rib e p ara p o b l ar c o n g arab ato s u n a nad a, u n p u r o ag u je ro , u n a casa sin v entanas o u nas v entanas sin casa. C u m p l e c o n u n a m isió n traz an d o sig no s e n e l p ap e l q u e le p e riu itirían, al final, enc o ntrarse c o n las clav es d e u n a v i d a q u e le h a sid o ro b ad a. Perec p ersig u e a Perec y trata d e a m a r r a r l o c o n u n a g raf o m an í a sig nad a p o r la c o m p u lsió n. Fu n d a ( e n 1967, c o n R a y m o n d Q u e n e a u y Eran^o is Le Ly o n n ai s) el O u l i p o ( zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA O u v roir de liitérature potentiel) , u n taller d e escrito res q u e p rete n d e l o g rar la c re ac i ó n l i te rari a p cjr c am i n o s c o n trari o s a lo s trad ic io ^ G . Pe re c , " Ré c i ts d ' El l i s Is l a n d " , e n Je suis né, c i t., París, Se u i l , 1990, p p . 99- 100. ^ G . Pe re c [X^IO], Je suis né, c i t., p . 10.
GEORGES FFREC
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nales d e l l i b e rti n aje artístic o d e l sig lo v e in te en d o n d e , e n p r i n c i p i o , cad a esc rito r es so b erano y tiene e l d e re c h o d e hac e r l o q u e le v eng a en g anas. Lo s o u l i p i an o s d e c i d e n o b e d e c e r a las c o nstric c io nes d e leyes i n c l e m e n te s q u e ello s m ism o s se i m p o n e n ; so n trab ajad o res e n ^nQ. fátrica {ouvroir), o b rero s q u e c u m p l e n c o n m an d am i e n to s q tie rebasan lo s o rd i n ari o s d e l leng u aje, lo s d e l v o c ab u l ari o y d e la sintaxis, e sf o rz ad o sjo rnale ro s q u e v an in c lu so c o ti tra las p re te nsio ne s d e transm i d r u n sentido itie d ian te la esc ritu ra, c o n su i n e l u d i b l e so b rec arg a d e i m ag i n ari o . Ex p o n d r é u no s p o c o s e je m p lo s d e esas c o nstric c io nes au to im p u estas q u e hac en a la esc ritu ra i m p a r d e Perec: esc rib ir frases e n d o n d e n i n g u n a letra pase p o r arri b a o p o r d eb ajo d e las líneas rectas y p aralelas d e l re n g ló n : p ro h i b i d as las letras i , j , p , q , 1, d , f, g , h , b , y^ t, p r o h i b i d o s lo s ac ento s (se p u e d e esc rib ir 'un asno p e ro n o 'una muía); ejercitarse e n la p al i n d ro m ía ( c o m o j u a n Fillo y , ese o u l i p i a n o p a m p e r o ) ; c o m p o n e r p o em as q u e te n g an o n c e v erso s d e o n c e letras cad a u n o , sie n d o esas letras las d iez m ás f re c u e nte s d e la l e n g u a f ran cesa (E S A R T 1 N U L O ) m ás u n a letra ad i c i o n al ; so m eter a leyes m ate m átic as y a ec u ac io nes la su c esió n d e las p alab ras y las frases. I n finitas so n las f ó rm u las p ro p u estas p ara esto s o p resiv o s " l i p o g ram as " su rg id o s d e l O u l i p o . El l e m a q u e las g u ía p ai e c e ser sartre ano : só lo entre lo s m u r o s d e la c árc el (d e las p alab ras) p u e d e existir la l i b e r tad d el artista p ara la inv enc ió n. Es e v id e nte el p arentesc o e n tre este p r o g ram a y esto s trabajo s f o rz ad o s c o n lo s d e la m ú sic a d o d e c af ó n i c a q u e d ejó su i m p r o n t a e n el arte d e l sig lo v e in te .
zyxwvuts
En su extensa no v ela. La vie mode d'ernploi,*^ p iez a m aestra d e la l i te ratu ra o u l i p i an a, Perec e sc u d riñ a a sus p erso najes tib ic ánd o lo s e n el esp ac io d e l e d i f i c i o d o n d e h ab i tan y d e l l i b r o q u e lo s d esc rib e o rd e n a n d o la su c esió n d e lo s ep iso d io s e n u n " b i- c u ad rad o l ati n o o rto g o n al d e o r d e n 10" ( ah o rre m o s la f arrag o sa e x p l i c ac i ó n ) . Lo s salto s d e u n a p arte d e l e d i f i c i o a o tra (d e u n c ap ítu lo al sig u iente) se h ac e n si g u i e n d o lo s m o v i m i e n to s d e l c ab allo d e l ju e g o d e ajed rez e n u n tab l e r o d e d iez c u ad rad o s p o r l ad o , sin q u e e l tre b e jo p ase d o s v eces p o r el m i s m o cscaqtie. Po d ría p red ec irse q u e el re su ltad o sería u n l i b r o i l e g i b l e , u n a o b ra h e rm é ti c a só lo accesible a chiflad cjs cap aces d e so m eterse al c ap ric ho so re g l am e n to i n stau rad o p o r el no v elista. N a d a d e eso : el arte d e l esc rito r p r o d u c e u n j u e g o f asc inante d e espejo s q u e atrap a al le c to r e n u n a l ab o r o b sesio nante c o m o la d e arm ar La vie mode d'emploi, c it. ^ G . Perec ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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OKOROES
PEREC
el ro m p ec ab ez as q u e es la v id a y c u l m i n a e n u n ñ n al sensacio nal p ro tag o n i z ad o p o r la l e tra W , la e x tran je ra p o r exc elenc ia,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUT su letra. En e l te x to están d isem inad as citas, n o esp ec iíic ad as c o m o tales, d e una m u l t i t u d d e au to res: Bo rg es, Ste n d h al , C alv in o , Fr e u d , Le iris, el p ro p i o Perec, N ab ó ko v , Kaf ka, G arc ía M árq u e z , V e rn e , Pro u st, Rabelais, T h o m a s M a n n , M e l v i l l e , Jo y c e, A g ath a C h ristie , U n i k a Z u r n , entre o tro s. La vida... es un compendio de la literatura universal. N o hace falta u n m a n u a l d e i n stru c c i o n e s p ara in te rn arse e n el l ab e ri n to p o rq u e el l i b r o m i s m o es el m a n u a l . La vie: mode d'emploi es, ad e m ás, u n i x w e n tari o d e i n v e n tari o s que r e ú n e e n sus 600 p ág inas a m ás d e c i e n (107) c atitiv antes histo rias y an ti c i p a o tras c i e n to o c h e n ta n o escritas cuy o s arg u m e n to s c ab en en u n a o d o s líne as p o r el estilo d e "48. El h i jo d e la d am a d e l p e rri to q u e p re f irió la p o rn o g raf í a al sac e rd o c io " o "179. El v ie jo p i n to r q ue h i z o c ab er to d a la casa e n su tela". El c o n ju n to d e no v elas se c o nf ig u ra c o m o u n ro m p ec ab ez as c u y o te m a es e l arte d e a r m a r ro m p ec ab ezas se g ú n u n a o rg an iz ac ió n ri g u ro s a d e lo q u e p arec e al e ato ri o . N ad a allí es g r a tu i to , e m p e z an d o p o r el títu lo : La vida manual del usuario y p o r e l e p íg raf e , to m a d o d e Ju l i o V erne:"^ " Abre bien los ojos, mira. " A lg ú n m alp e nsad o ^ ' ha esc rito q u e las 500 p iez as d e l ro m p ec ab ez as d e la g r a n n o v e l a i n te g r a n u n a s o m b rí a h i sto ri a d e v eng anz a, realiz ad a c o n e l a r m a d e lo s ro m p ec ab ez as, c o n tra su p sic o analista, JeanBap tiste Po ntalis.' ^ Ese análisis d e Perec te r m i n ó e n j u n i o d e 1975, d ías d e sp u é s d e la p u b l i c ac i ó n d e su auto bio g ráfica: W o el recuerdo de infancia, q u e será n u e stro o b je to y n u e stra h e r r a m i e n ta e n el sig u iente ap artad o . Es e l m o m e n t o d e re c o rd ar q u e la p e rse c u c i ó n d e sus fantasmas inc o nsc ie nte s se h i z o n o só lo m e d i an te lo s trab ajo s f o rz ad o s d e la esc r i tu r a sino tam b i é n r e c ti r r i e n d o al p sic o análisis. Pasó sucesiv am ente p o r lo s d iv anes d e Fran^o ise D o l to ( 1949) c u an d o era ad o lesc ente.
L a f rase p are c e iio Lener n a d a d e e sp e c ial. Está t o m a d a d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU A'liguel Strogojf que, c o m o se r e c o r d a r á , se h ac í a p asar p o r c i e g o . C l . Bu r g e l i n , " A u t o p o r t r a i t d ' u n e am e " , M agazine Littéraire ( 316) , 1993, p p . 50-52C ab e r e c o r d a r q u e Po n tal i s, d i sc í p u l o d e Lac an , e ra y a f am o s o c u a n d o Perec l o v i sitó p o r h a b e r e sc rito ( c o n Je an L a p l a n c h e ) u n Vocabulaire de la psy chanaly se ( París, PU F, 1968) q u e h a s i d o t r a d u c i d o a to d o s lo s i d i o m a s o c c i d e n tal e s y sig u e s i e n d o c o n si d e rad o e se nc ial p a r a l a ilu strac ió n d e lo s p sic o analistas. To d as las p alab ras d e la e sp e c i al i d ad e stán c l a r a m e n te d e f i n i d as e h i sto ri ad as e n é l. Perec , este m a n i á ti c o d e l l e n g u aje , te n í a raz o n e s d e c o n s o n a n c i a e s p i r i tu a l al b u sc ar el a u x i l i o d e u n " c o le g a" , J.-B. Po ntalis.
G EO RG ES
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PERFC
d e M i c h e l d e M ' l J z a n (1956-195? ) e n s u s añ o s d e j u v e n t u d y d e Jeangg^p^jste Po ntalis ( 1971- 1975) , c u an d o era u n esc rito r l au re ad o . M ás interesante aú n — f asc in an te e n v e r d a d — es seg u ir las m ú Uip les v iñetas chuicas q u e e l p r o p i o Po ntalis h a d e jad o d e l caso d e Perec atri b u y énd o le d if e re n te s se u d ó n i m o s ( Pierre, Pi e rre G ., Pau l, Si m ó n , e tc .) . Hasta d o n d e sabem o s, n o h a y antec ed entes d e u n p sic o analista qtxe haya p re se n tad o e l caso d e u n p ac iente c é l e b re c o n d ato s q u e p e r m i d esen d e sc u b rir f ác i l m e n te su i d e n ti d ad y s u i n t i m i d a d . D i s ti n to , p o r c ierto , e s e l caso d e lo s p ac ientes, c o m o lo s d e Fr e u d , q u e se h i c i e r o n c éleb res p o r lo s histo riales d e l analista ( e l h o m b r e d e lo s lo b o s, el d e las ratas, Ju an i to , D o r a ) . Lo s c o m e n tari o s d e Po ntalis to m a n u n sabo r esp ecial c u an d o se l e e n sab ie nd o q u ié n e s e l p ac ie n te , e s e q u e d ic e : "N o p u e d o te n e r re c u e rd o s d e i n f an c i a p o r q u e m u y te m p ran am e n te f u i h u é rf an o " , a lo q u e e l p sic o analista c o r o n a c o n u n co mentario :^'^ Lo s p ad re s
[ d e " Si m ó n " ]
muriero n
e n sus p r i m e r o s a ñ o s : d e p o r t a d o s , d e s -
a p a r e c i d o s . V e e n e s ta d o b l e d e s a p a r i c i ó n l a c a u s a d e s u " a m n e s i a i n f a n t i l " . V o l v e rá a m e n u d o s o b re eso . D i c h o d e o t r o m o d o , lo s p a d r e s h a n a r r a s t r a d o a la m u e r t e al n i ñ o v i v o . N o le q u e d a m á s q u e s o b r e v i v i r . Y l o q ti e s o b r e v i e n e
en
las s e s i o n e s es u n a e x t r a o r d i n a r i a m á q u i n a d e p r o d u c i r s u e ñ o s ( n o d e s o ñ a r ) , d e j u g a r c o n p al ab ras ( m á s q i te d e jarl as j u g a r ) , d e r e g i s tr a r la v i d a c o t i d i a n a ( c o n l a c o n d i c i ó n d e q u e q u e d e f i j a ) . Se h a b í a c o n s t i t u i d o u n s i s t e m a c e r r a d o — clausura y sep arac ió n— ,
u n a su e rte d e c a m p o
d e c o nc entrac ió n
m ental
d o n d e l as h a z a ñ a s i n t e l e c t u a l e s , u n a d i s c r e t a e i r ó n i c a m e g a l o m a n í a ,
habrían
t o m a d o e l l u g a r , p o r i n v e r s i ó n d e l as se v i c i as c o r p o r a l e s y d e l a m i s e r i a f í s i c a . Si s t e m a d e l q u e y o d e b í a s e r t e s t i g o , g u a r d i á n y g a r a n t e . M u y d o t a d o , i n t e l i g e n te , i n g e n i e r o b r i l l a n te e i n v e n ti v o , d e u n h u m o r u n p o c o sarc ástic o ,
no
p a r e c í a e s p e r a r n a d a d e m í , s al v o u n r e f u e r z o d e s u " b a r r e r a p r o t e c t o r a " [ . . . ] H a b í a e n é l u n c o r t e e v i d e n t e e n t r e las r e p r e s e n t a c i o n e s d e p a l a b r a s y l as r e p r e s e n t a c i o n e s d e c o sas, e n t r e u n a a c t i v i d a d m e n t a l s i n t r e g u a y u n a v i d a p s í q t i i c a n o p r o d u c t i v a , c o m o e n c a p s t t l a d a . S u p r o p i a p s i q u i s , a l i g t t a l q u e stt m ad re , h ab ía d e jad o d e al i m e n tarl o .
N o d ejam o s d e p re g u n tarn o s p o r lo q u e h u b i e r a sid o d e Perec si hu b iese te n i d o eso q u e su p sic o analista e n te n d í a c o m o u n a "v id a p síq u i c a p ro d u c ti v a" . J.-B. Po n tal i s [ 1 9 7 7 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA Entre el sueño y el dolor, Bu e n o s A i re s , Su d am e ri c an a, 1978, p p . 260- 263. T r a d . ( e n c o m i a b l e ) d e C. A i r a .
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GEOROKS PEREC
El te m a q u e es eje d e la o b ra d e Perec es el n u e stro : la m e m o r i a . La luya estaba d o m i n a d a p o r el h o r r o r al o l v i d o y era casi f u ne siana. Só ld i él p o d í a o c u rrírse l e la id ea d e e sc rib ir u n a "Te ntativ a d e inv e ntario i e to d o s lo s al i m e n to s y b eb id as q u e he i n g u r g i ta d o e n el añ o 1974" / c o n c re tar o tras i n te n to n as d e c lasif ic ac ió n d e la m i s m a c alaña. Sus haz añas d e h i p e rm n e s i a l l e g aro n a ser leg end arias. En o tr o te x to r e f e r i d o a Perec, Po ntalis c o m e n ta las características d e su m e m o ri a: ' ^ Pierre G. (callo su no m bie menos p o r discreción que po rque el x'ínculo intenso y tenaz que nos unió en u n tiemp o sólo se p ud o establecer e n el secreto compartid o ) tenía una irnnensa memo ria dispuesta a recoger — o , más precisamente, a g rabar— to d o tipo de infirmacio nes; número s de teléfo no , e l no mbre de un personaje secundario en u n a película de clase B, el de t i n caballo ganador de una carrera en Lo ngchamp , el de un ministro d el gabinete, la dirección de t m restaiirante de Yonne d o nd e ser%aan i x n o s puerro s a la \inagreta que justificaban el ro d eo , el ntimero de código de u n libro consultado eu la Biblio teca Nacional, el emplazamiento exacto de t m a estatua e n una plaza d el distrito 18. . . banco inagotable de datos en desorden, co mputad o ra builo na sin mo d o de empleo , Pécuchet privado de .su Bo tivard, así era la memo ria de Pierre. Salía a \4sitar y a explorar lugares, empecinad o en aprehenderlos co mo u n alguacil de Justicia o co mo un fotógrafo al acecho. [...] Estos inventarios maníacos, relevamientos interminables que debían incluir todos los detalles, hacían nacer en mí una sensación punzante de ausencia. [...] En su memo ria había sólo reliquias, ning tma persona. Pero, curio samente, el agujero se abría en m í . N unca me había sentido tan atrozmente aband o nad o : olvidado, lanzado hacia un espacio que parecía ser al mismo tiempo desolado e inflexiblemente cuad riculad o . La mad re de Pierre había d esaparecid o en una cámara d e gas. Debajo de todas las habitacio nes vacías que no term inaba de llenar, estaba aquella cámara. Debajo de to d o s los no mbres, los sin no m b re. Debajo de todas las reliquias, una mad re p erd id a sin d ejar el m eno r rastro . U n día —¿cuánd o fue? — Pierre y yo lo gramo s enco ntrar palabras que no eran restos, palabras que p o r m ilag ro se d irig iero n a su d estinatario d esco no cid o . El p sico analista su p o e n c o n trar el m o d o d e hac er atid ib les las inv o c ac io nes a la m ad re d esap arec id a y d esc u b rir el secreto o c tü to d etrás J.-B. Po n tal i s [ 1 9 8 6 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA El amar a los comienzos, Barc e l o n a, G e d isa, 1988, p p . 158-160, t r a d . d e S. A b r e u .
GEORGES PEREC
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y o tro , ella y y o ; la u n i ó n c o n ella es m ític a; se alcanz a d e sp u é s d e u n l ab o ri o so re lato q u e h a c o m enz ad o p o r la c o n c i e n c i a d e l d i v o rc i o e n tre elzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFED selfy el o tro . L a h i sto ri a perso n al es si e m p re la d e u n a " c o n c ie n c ia d e sd ic h ad a" al m o d o lieg eliano , sep arad a y á la recherche d e sí, o b sti n ad a e n re c u p e rar u n g o c e que n u n c a f u e , u n g o c e d e l ser an te ri o r al le ng u aje . ¿H ay o tras? Po r eso i m p o r t a n la d iso c iac ió n y la c o n f l u e n c i a e n tre este recuerd o i n i c i al d e la f e l i c i d ad ( p e rd i d a) j u n t o a la m ad re y e l o tr o re c u e rd o , e l tr a u m a d e la in ic iac ió n e n el le ng tiaje , e l m o m e n t o inic iátic o d e su existenc ia, u n m o m e n t o m arc ad o , al i g u al q u e el p r i m e r o , p o r múltip les sig no s d e i n c e r t i d u m b r e . El p r i m e r re c u e rd o era triv ial, c o m ú n a m u c h as au to b io g raf ías, m ás p r ó x i m o a la ep if anía, p o r q u e es u n m o m e n t o u b i c ad o f u e ra d e la n arrac i ó n , u n instante y n o u n a secuencia, u n a se n sac ió n y n o u n e p i so d i o ; e l se g u n d o es e x c e p c i o n al , u n a verd ad e ra jo y a e n la l i te ratu ra d e l " g é n e ro " . L o rev isarem o s c o n m eno s m i n u c i a d e la q u e m e re c e . Biffures, p r i m e r a p arte d e La regle du jeu, c o m i e n z a c o n u n brev e c ap ítu lo ti tu l ad o ^\. .reusemeri,^ {RJ, 3-6) q u e p u e d e trad u c irse c o n c ie rta l i b e r tad c o m o ".. . l i z m e n te " . L a e sc ritu ra d e Le i ri s es tan af o rtu n ad a q u e este c o rto e p iso d io d e b e r á ser u n seg m ento i n f al tab l e , tan i rre m p l az ab l e c o m o e l c o m i e n z o d e las Confesiones d e Ro usseau, e n c u al q u i e r an to l o g ía d e au to b io g raf ías. C o n g usto re p ro d u c i ríam o s las c u atro p ág inas p e r o — c o n c i s i ó n o b l i g a — h e m o s d e o p tar p o r m o strar ap enas su esq u eleto n arrati v o . El p re s u n to ac o n te c i m i e n to suced e e n
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M ICHEL LEIRISzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
algún lu g ar i m p re c i so d e la casa d o n d e el n i ñ o vive y ju e g a. D e re p e n te se le cae u n so l d ad i to sin q u e p u e d a p rec isar si d e p l o m o , lata o c artó n p i n ta d o , sin q u e sep a si era n u e v o o v iejo , n i c u ál era sti c o lo r, sin q u e sep a siq u ie ra q u é era u n so ld ad o , m u c h o antes d e lleg ar a ser el o rg u l l o so p r o p i e ta r i o d e u n a c o l e c c i ó n d e ello s. L o esencial n o era q ue fuese u n so l d ad i to sino q u e era u n ju g u e te q u e le p e rte n e c í a, algo p r o p i o q u e se h ab ía escap ad o d e sus to rp es m anitas c o r r i e n d o el riesgo d e ro m p e rse e n la c aíd a. El p e q u e ñ o M i c h e l se p re c i p i ta c o n ang ustia so bre su o b je to tan p re c i ad o , lo rec o g e, lo ac aric ia, l o m i r a y c o m p r u e b a q u e nad a le p asó . Ju b i l o sam e n te e x c lam azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV '\. .reusementr ¡liz m e nte !" . ¡A y! Para su d esg racia, n o está so lo . En ese c u arto " m al d e f i n i d o " hay al g u i e n m ay o r — m a d r e , h e r m a n o o h e r m a n a — q u e lo c o rrig e : "Se d ic e heureusement ( f e l i z m e n te ) . " La aleg ría se d esv anece y se ve tro c ad a p o r u n e x trañ o d esaso sieg o . L o q u e e l c re í a q u e era u n a in te rje c c ió n p u r a es ah o ra lig ad a c o n e l c o n ju n to d e l leng u aje: hay lo "f eliz " (heureux) y hay e l ad v e rb io " f e l i z m e n te " {heureusement). El n i ñ o n o p u e d e y ya n u n c a p o d rá m an e jar las p alabras c o n l i b e rtad : ellas le so n ajenas y están reg id as p o r u n a ley a la q u e y a se h a n so m e ti d o lo s m ay o ies. Su v o l u n tad le es e x p ro p i ad a p o r q u e el leng u aje está socializado (cvusivas d e Le i ri s ) . N o es el d u e ñ o d e las p alab ras; p o r el c o n trari o , d e b e o b ed ec erlas y so n ellas las q u e lo g o b i e r n a n : So b r e e l s u e l o d e l c o m e d o r o d e l a e s t a n c i a , e l s o l d a d o , d e p l o m o o d e c art ó n p i e d r a , a c a b a d e c ae r. Y o e x c l a m é " ¡ . . . L i z m e n t e ! " M e c o r r i g i e r o n . Y, p o r t m i n s t a n t e , q u e d é c o n f u n d i d o , p r e s a d e u n c i e r t o v é r t i g o . P u e s esa
p alab ra
m a l p r o n u n c i a d a , d e l a q u e l l e g o a d e s c u b r i r q u e n o es e n r e a l i d a d l o q u e y o h a b í a c r e í d o h asta e n t o n c e s , m e l an z ó a l a c o n d i c i ó n d e s e n ti r
o sc u ram ente
— g r a c i a s a u n a s u e r t e d e d e s v i a c i ó n , d e d e s f a s e , q u e d e t a l m o d o se i m p r i m i ó e n m i p e n s a m i e n t o — e n q u e e l le n g tiaje a r ti c u l a d o , te ji d o a r a c n o i d e d e m i s r e l a c i o n e s c o n l o s d e m á s , m e r e b a s a , e m p u j a n d o d e s d e t o d a s p a r t e s su s m i s t e r i o s a s a n t e n a szyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {Rf, 6).
L a d o c tr i n a lac aniana d e l g o ce d ic e q u e e l sujeto d e b e re n u n c i ar al g o c e i n i c i al , g o c e d e l c u e rp o sin el leng u aje {hors-langage), e n el q u e está s u m e rg i d o p ara filtrarlo p o r m e d i o d e lo s ap arato s d e l le ng u aje q u e n o le p e rte n e c e n , q u e so n d e l O t r o . L a l e n g u a ( m ate rn a) es la ley q u e exp u lsa el g o c e d e l c u e r p o y q u e hace p asar to d a f u tu r a satisf ac c ió n p o r sus d esf ilad ero s f o n é tic o s, se m ántic o s, g ram atic ales y sintác tic o s. Po r esa v i o l e n ta intro m isió n d e l O t r o "el g o c e está p r o h i -
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M ICHEL LEIRIS
b i d o p ara e l q u e h ab l a c o m o ta l " ( Lac an ) y só lo hay g o c e e n relació n c o n reg las q u e l o re stri n g e n y l o c analiz an. El g o c e d eja d e vivirse c o m o ti b i o so l q u e se re f rac ta e n las p artíc u las d e p o l v o sin n o m b re y p asa a ser g o c e d e l leng u aje f u e r a d e l c u e rp o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONM (hors-corps), ap alabrad o , o b e d i e n te a u n a leg islac ió n i n f l e x i b l e . Q u e sep am o s, nv m c a se ha o f re c i d o u n e je m p l o d e esa c o ac c i ó n q u e sea m ás ilu strativ o q u e esta v iíieta d e la i n f an c i a d e l p e q u e ñ o M i c h e l rec read a i m ag i n ari am e n te p o r el e sc rito r m a d u r o . H e m o s re se ñ ad o lo s d o s p r i m e r o s re c u e rd o s d e Le i ri s y señalad o .reusement) es el q u e ab re la au to b io g raf ía y e l o tro , 165 que u no p ág inas m ás ad e lan te , es se ñ alad o p o r él c o m o el m ás p r i m i ti v o y exó tic o . En u n a o rd e n ac i ó n c ro n o l ó g i c a ti n o d e lo s d o s te n d ría q u e ser an te ri o r. Q u i e r o e x p o n e r m is reserv as, arg ü ir q u e , e n la p ersp ectiv a d e la ló g ic a, lo s d o s so n sim u ltáne o s, p o stig o s am b o s d e u n a m ism a v e n tan a. El jú b i l o d e estar j u n t o a la m ad re m i r a n d o m ara\d llad o el suave v u e l o d e las p artíc u las d e p o l v o b ajo la lu z d e l so l, re c u e rd o d e u n a b i e n av e n tu ran z a an te ri o r al leng u aje, tiene u n a p re m i sa q u e es la e x p u l si ó n d e l p araíso m a t e r n o y la ac e p tac ió n d e q u e "la v id a está e n o tra p arte " . L a p resenc ia só lo es tal so bre u n teló n d e ausencia. El o b je to só lo se p u e d e re- p resentar a p a r ti r d e la ausencia, d e la exp eri e n c i a d e su f alta. L a " re - p re se n tac i ó n " i m p l i c a el ap arato e n te ro d e l le n g u aje c o n e l e stab le c im ie n to d e la d i f e re n c i a e n tre lo s sig nific antes y ese ap arato socializado, el m o l i n e te d e p alabras q u e , a d i f e re n c i a d e lo s ap arato s d e l c u e rp o , n o es e n d ó g e n o , n o es " m e n t a l " o "c ereb ral", sino e n la m e d i d a e n q u e el sistem a d e la le n g u a ( d e l O t r o ) ha sid o i m p r e s o e n e l su jeto . En ese sistem a está f u e ra d e la ley, es criminal, d e c i r ''lizmente'\l caso de Le ir is es n ít ido y mu e s t r a qt ie , al i g u al qu e p ar a el n i e t i t o de Fr e u d c o n la b o b i n a qu e era su p e q u e ñ o so ld ad o , te n e r y n o tener, ap arec er y d esap arec er d e l esp ejo , fort y da, so n co rre lativ o s: lo q u e v ale n o es u n a d e las d o s p o sic io nes sino la relac ió n e n tre lo s d o s f o n e m as: oooy a. Po r eso so steng o q u e esta e x p e rie n c ia d e Le i ri s es p arad ig m átic a d e l trau m ati s m o q u e su p o n e para lodo sujeto la e n trad a e n el le n g u aje : la p resenc ia d e l o b je to p r i m e r o , la m ad re , se i n stau ra a p a r ti r d e su p é rd id a i rre m i s i b l e . Forty da, estar y n o estar en el c a m p o v isu al d e l o tro , ap arec er d e l an te y d esap arec er d etrás d e lo s telo nes d e u n a c o rti n a, so n lo s e nc u ad re s d e la v id a d e to d o s, esa v id a q u e tran sc u rre e n el te atro d e la m i r a d a ajena. Para ser v isto y re c o no c i d o hay q u e h ab l ar la " le n g u a m a t e r n a " y e n ella n o se p u e d e d e c ir ... lizmente. L a i n f e l i c i d a d está p r o g r am ad a. Malheureusement,
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Cabe esp ec u lar so bre la m e d i d a e n q u e este m í n i m o e p i so d i o d e l niño e x p u lsad o d e la so b e ran ía so b re las p alab ras se p u d o transf o rliiar e n e l i m p u l s o r d e u n a l u c h a sin c u arte l l i b rad a p o r M i c h e l Le i ri s c o n la l e n g u a francesa a p arti r d e ese d ía i n f au sto . ¿ So n ésas las "reg las d el ju e g o " , "las reg las d e l y o " (j>u/ ;V) ? Ju g u e m o s ac e p tán d o las, arriesg u em o s la e x p o sic ió n d e nu estras v id as c o m o lo s d o s p arti c i p an te s d e la c o r r i d a d e to ro s e n su e n f r e n ta m i e n to d e sp iad ad o . C o c e m o s e n el ejerc ic io d e la p alab ra q u e re g u l a y a m o r ti g u a e l g o c e. ¿Es eso la lite ratu ra, u n a tau ro m aq u i a, t m ju e g o d e v id a y m u e rte ? ¿ Po d rán — t o r o o t o r e r o — v enc er a la m u e rte ? N o ; la l u c h a, p o r te n e r q u e v iv ir e n e l leng u aje, está p e rd i d a d e e n trad a. Po r eso só lo tie n e se n tid o , a la v id a, p o n e rl a e n j u e g o . Esc rib irla p ara v iv ir o p ara hacerse la ihisió n h e r o i ca d e e n f re n tar a la m u e r te y n o m o r i r e n el i n te n to , ¿ no es hac e r d e la v id a le tra m u e rta?
3. E S C R I T U R A A U T O B I O G R Á FI C A Y PS I C O A N Á L I S I S
Le iris, j u n t o c o n Geo rg es Perec, H e r m a n n Br o c h , Sam u e l Be c ke tt y n o m u c h o s m ás, p e rte ne c e al g r u p o d e lo s r e n o m b r a d o s esc rito res d e au to b io g raf ías q u e h a n p asad o p o r la p r u e b a d e u n p sic o análisis p e rso n al . Ya h e m o s d ad o las fechas d e sus f rag m e n to s d e análisis y el n o m b r e d e Bo re l , su analista, u n o d e lo s p r i m e r o s f re u d i an o s e n Fran cia, analista tam b i é n d e G eo rg es Bataille y d e o tro s artistas c o n o c i d o s. H ay , p o r l o d e m ás, p rac tic antes d e l p sic o análisis q u e h a n i n c u rs i o n ad o e n el g é n e r o au to b io g ráf ic o : el p r o p i o Si g m u n d Fr e u d n o d e jó d e esc rib ir u n a " Pre se n tac ió n au to b i o g ráf i c a" au n q u e , c o m o sab em o s, el v e rd ad e ro re lato d e su e x p e ri e n c i a v ital d e b e buscarse m ás e n lo s p ro to c o l o s f u n d ad o re s d e l p sic o análisis, es d ec ir, e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU La ijiterpretadón de los sueños y e n la Psicopatología de la vida cotidiana q u e e n ese ensay o d e c irc u nstanc ias q u e esc rib ió a p e d i d o d e terc ero s c u an d o c u m p l i ó setenta año s. T h e o d o r Reik,*^ Jac q u es N assiF y, e n f o r m a n o v e lad a, Serg e A rid ré,^ p re se ntan e je m p lo s d e au to b io g raf ía p sic o analític a y d e las estrateg ias q tte p u e d e n ad o p tar lo s av ezad o s e x p l o rad o re s d e l
*^ T h . Re i k ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA The search xmthin, N u e v a Y o rk , G ro v e Press, 1956. ^ J. N assif , En face. Confessions d'un psy chanaly ste, París, A u b i e r , 2 0 0 1 . ^ S. André, FlaCy se g u i d o d e " L a e sc riU ira e m p i e z a d o n d e el p sic o an álisis t e r m i n a " . M é x i c o , Sig lo zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA X X I , 2000. T r a d . d e T Fr a n c é s y N. A . Br a u n s te i n .
200zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M ICHFL LEIRIS
i n c o n sc i e n te p ara zafarse d e las tram p as d e l narc isism o q u e h an sido tr a d i c i o n a l m e n te la " m al d i c i ó n " d e u n g é n e r o c o n d e n ad o al ego c^titri s m o . C u a n d o el p sic o analista ( o , lo q u e es casi lo m i s m o , el analizad o ) esc rib e su au to b io g raf ía se hac e u n d e b e r d e tran s m i ti i l o q ue el análisis le e n s e ñ ó y se i m p o n e e l u d i r la au to c o m p l ac e n c i a, el exhib ic i o n i s m o , la b ú sq u e d a e n el le c to r d e u n c ó m p l i c e o d e u n b e nig no ju e z , la p re te n si ó n d e ratif ic ar u n a p ro b l e m áti c a " i d e n t i d a d " alcanz ad a d e u n a v ez y p ara sie m p re , la c n d e n ac i ó n sistem átic a y d o c u m e n tad a d e lo s d ato s q u e m ás o c u l tan a la v id a d e lo q u e la m u e s tran . H em o s d i c h o ya q u e e l p sic o análisis, p asen p o r ella o n o lo s esc rito res d e auto b io g raf ías, d i v i d e e n d o s a la h i sto ri a d e ese p ro b l e m áti c o g é n e r o que c ab alg a e n tre la no v ela y la h isto ria. A p a r ti r d e Fre u d hay q u e to m ar e n c u e n ta al i n c o n sc i e n te y n ad ie p u e d e ad u c i r e n su f av o r la "sincerid a d " y la tran sp are n c i a c o n resp ec to a sí m i s m o e n el m o m e n t o d e pasar a la e sc ritu ra " c o n f i d e n c i al " , esa q u e ap ela a la " f e " y la "c o nf ianz a" re c í p ro c a d e l esc rito r y el lec to r. El p ad re y la m ad re q u e p u e d e p intar u n e sc rito r n o so n lo s m ism o s d e sp u é s d e la e n tro n i z ac i ó n d e l Ed ip o c o m o c u n a d e la su b je tiv id ad . El " re c u e rd o d e i n f an c i a" h a p e rd i d o e n e n c an to s y h a g an ad o e n o s c u ri d ad d esp u és d e hab erse rec o no c id o la v alid ez u n iv e rsal d e lo s " re c u e rd o s e n c u b ri d o re s" . L a te o ría d e l n arc isism o y e l d e s c u b ri m i e n to d e l c arác te r esp ec tac u lar d e l estad io d e l esp ejo c o n la c o n sig u ie n te al i e n ac i ó n d e l sujeto e n u n " y o " q u e lo re p re se n ta allí d o n d e n i es n i está, h a n p ro b l e m ati z ad o al stijeto d e l e n u n c i a d o q u e , d esd e san A g u stín y Ro usseau, v e nía c o n f o rtán d o se c o n la e n g añ o s a p r i m e r a p e rso n a d e l sin g u lar: n o cabe y a c o nf o rtarse c o n la ilu sió n d e la tran sp are n c ia d e u n o p ara c o nsig o m i s m o . El i n c o n sc i e n te es "el d isc u rso d e l O t r o " q u e se m an if ie sta e n la escena au to b i o g ráf i c a c u an d o e l rec ep to r, o b je to d e la transf e re nc ia, es p arte c o n sti tu ti v a d e l d isc u rso q u e se le d i ri g e ; p o r eso el le c to r p asa a fo rm a r p arte d e la au to b io g raf ía. L a c o n si g n a d e l p sic o analista a su p ac ie n te , la "reg la f u n d a m e n ta l " , la ley, es, a p a r ti r d e Fr e u d , la c o n trari a a la q u e g u ía el re l ato trad ic io n a l d e u n a v id a: " D i g a to d o lo q u e se le p ase p o r la cabez a, au n q u e le p arez c a d esag rad ab le, triv ial, i n c o h e re n te o i m p e r t i n e n t e . " C u an d o se c u m p l e c o n esa reg la f l o re c e n las eq u iv o c ac io nes, lo s su e ño s, la d u d a y la d e sc o nf ianz a resp ec to d e l p r o p i o d ec ir, la ap aric ió n i n o p i n a d a d e re c u e rd o s q u e se c re í an p e rd i d o s , el r e t o r n o f an tasm al d e p erso nas o b jetív ad as y d e o b jeto s p e rso nif ic ad o s, la re an i m ac i ó n d e antig u o s an h e lo s y te m o re s, la c o n m o c i ó n y el d e r r u m b e d e certez as q u e se te-
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nían p o r i n am o v i b l e s. "Yo c re í a q u e . . . p e ro ah o ra c o m p r e n d o q u e . . . " N o se c o n stru y e la h i sto ri a d e la v id a; m ás b i e n se la d esc o nstru y e y " to d o lo só lid o se d esv anece e n el aire".'^ M ás G o e th e y m ás H e g e l aú n: el esp íritu m e íisto f é lic o d e la n e g ac i ó n ejerce sus efecto s d iso lv entes so bre el al m a b e lla q u e d esc o no c e su p artic ip ac ió n e n las d esv enturas d e las q u e se q u eja. N o ; n o p o d ría ser ig u al la au to b io g raf ía d e n ad ie d esp u és d e l d e s c u b ri m i e n to f r e u d i a n o . El g o c e, d esd e ento nc es, n o se e n c ti e n tra e n o c u ltarse ante u n o m i s m o y ante lo s d e m ás e n u n e n g añ o c o n so l ad o r sino en d esenm asc arar al i m p o s to r q u e h ab la d i c i e n d o "y o ' y e n f o rz ar lo s c am in o s p ara q u e el d eseo , in c o n sc ie n te , se c o n v i e rta e n el c am i n o d e acceso al g o ce q u e u n o p e rd i ó c u an d o le p r o h i b i e r o n q u e d ig a " . . . l i z m e n te " y le i m p u s i e r o n las d u ras leyes d el b i e n d ec ir. " La esc ritu ra e m p ie z a d o n d e e l p sic o análisis te r m i n a " , seg ú n d e c í a Serg e A n d ré ( c i t. ) . A c ab ad o el análisis, d esc o lo c ad o d e l esp ejism o d e l y o , la c o nsig na es p asar a la esc ritu ra d e l l i b r o q u e el su jeto , c ad a u n o , llev a ad e n tro ( Pro u st) , ése q u e h ab í a sid o f alsif ic ad o p o r las d e m an d as d e ad e c u ac i ó n al re g l am e n to n u n c a p r o m u l g a d o p e ro si e m p re v ig e n te d e las c o nv enienc ias y las d e m ap d as d e l O t r o . U n a au to b io g raf ía q u e d eje c o nstanc ia d e las batallas d e l Yo c o m o esclav o d e tres sev ero s am o s: e l El l o p u l s i o n al , el Su p e ry ó d e sp ó tic o e n el i n t e r i o r y la re al i d ad e x te ri o r q u e i m p o n e l i m i tac i o n e s. U n a au to b io g raf ía, c u an d o es v eraz , e x o rc iz a lo s fantasm as d e la au to n o m í a. Es u n a g esta d e las av entu ras y tro p ie z o s p o r lo s c am i n o s d e la l i b e rtad . A so c i ac i ó n l i b re es la p arte q u e to c a al esc rito r y p re su p o n e u n a c o n trap arti d a, la ate n c i ó n l i b r e m e n te flotante d e l lec to r. Sem ejante e sc ritu ra d e se nc ad e na e n q u i e n lee u n a m e m o r i a d i sti n ta, n o la d e l e n c ad e n am i e n to d e las frases, sino la d e inc alc u lab les salto s, a v eces d e c ie nto s d e p ág inas, e n la sec u enc ia d e l re lato , l i g an d o , p o r ejem p l o , lo s p reciso s rec u erd o s d e la p r i m e r a e d ad d e Perec c o n la afirm ac i ó n i n i c i al d e q u e n o tiene re c u e rd o s d e i n f an c i a, m o s tran d o la p r o f u n d a so l i d ari d ad e n tre lo s d o s p ri m e ro s re c u e rd o s ( b e ati tu d e n c o n tac to c o n la m ad re y trau m ati s m o d e ser c o r r e g i d o p o r el uso d e u n a p alab ra) d e Le iris, a n u d a n d o la c o l e c c i ó n d e las m e m o ri as "p erf ec tas" d e N ab ó ko v c o n la c o l e c c i ó n d e sus p recio sas p o lillas y m a r i p o sas y e l su e ñ o e n q u e la m a d r e le e n se ñ a a n arc o tiz ar a lo s insecto s, u n i e n d o e l esp anto ante v ario s esp ejo s d e Bo rg es c o n e l c o n ju n to d e su l i te r a tu r a q u e fracasa c u an d o se i m p o n e r e u n i r a "Bo rg es y y o " .
M anifiesto comunista. ^ K a r l M a r x y Fe d e ri c o Eng e ls [ 1 8 4 8 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFE
202zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
M ICHEL
LEIRIS
1 D e sp u é s d e Fr e u d hay u n a n u e v a p rác d c a d e la e sc rin ira d e la auto b i o g raf í a. . . y tam b i é n u n a nu e v a p rác tic a d e la l e c tu ra q u e p o n e d ^ m an i f i e sto lo s tó p ic o s d e l g é n e r o y q u e p e r m i te el so bresalto d icho 86 d e la i n te rp re tac i ó n q u e v a a c o n trap e l o d e l c o n te n i d o m an if ie sto . Tal v ez d e b a d e c i r q u e , p o r q u e se lee d i s ti n to ( d esp u és d e h ab e r nac id o el p sic o analista) , el esc rito r se ve i n c i tad o a esc rib ir e n c o n tra d e sí m i s m o y d e sus i n c l i n ac i tm e s " e sp o n tán e as" . N o se p u e d e escrib ir la v i d a sin q u e la so g a d e la so sp echa d e l O t r o , el lec to r, se ap rie te so bre el c u e l l o d e l au to r. D e b e m o s ag reg ar, tras estas c o nsid e rac io ne s so b re el c am b i o d el " g é n e r o " au to b i o g ráf i c o pí>r la i rru p c i ó n d e l ftreudismo, q u e Leiris no fíae n u n c a u n ap asio nad o d e l p sic o análisis y q u e sie m p re tu v o retic encias ante el d isc u rso p sic o analític o y el uso d e su v o c ab u l ari o . En algún m o m e n t o , e n su d i ari o , e n 1929 (28 d e o c tu b r e ) , escrib e e n g rand es letras P ISC O A N A L ISIS y se ap re su ra a ac larar q u e es u n lap sus y n o u n j u e g o d e p alab ras. M u c h o s añ o s d esp u és, e n 1946 (10 d e m arz o ) ac lara q u e esa p alab ra, c o n las letras trasto cad as, ap u n ta a lo s p eces y a la p esca e n las ag uas rev ueltas d e l in c o n sc ie n te . N o v ac ila e n af irm ar — n o só lo a i n s i n u a r — q u e "se v i o f o rz ad o , p o r su estad o d e m iseria i n te ri o r, a p ad e c e r u n a c u ra p sic o ló g ic a, a p esar d e su rep txg nanc ia p o r to d o aq u e l l o q u e p r e te n d a sanar o tro s m ales q u e lo s d e l c u e rp o " zyxwvutsrqponmlkj {AHy 39) . Es c o n v e n i e n te relatar aq u í las c o n d i c i o n e s d ram átic as en q u e d e c i d i ó i n i c i ar e l análisis en^el m i s m o d iv án e n el q u e se hab ía an al i z ad o Bataille y q u e , seg ú n el p r o p i o Bataille, le h ab í a p e r m i ti d o e sc rib ir La historia del ojo, o b je to d e la ad m i rac i ó n d e Le iris. En 1929, e n u n estad o ab so lu to d e e b ri e d ad y d e sp u é s d e u n e p i so d i o d e i m p o te n c i a c o n u n a b ai l ari n a n e g ra n o rte am e ri c an a, Le i ri s ate rriz a e n lo d e u n a m i g o a las 5 d e la m a ñ a n a y le p i d e u n a nav aja c o n la in te n c ió n "m ás o m e n o s s i m u l ad a" d e castrarse. El am i g o elu d ió la d e m an d a d i c i e n d o q u e la ú n i c a rasu rad o ra q u e te n ía era au to m áti c a. D esp u és d e ese e p i so d i o Le i ri s d e b ió a d m i ti r q u e e n su c o n d i c i ó n m e n tal hab ía alg o m u y e n f e r m o y se d e c i d i ó e nto nc e s a i n i c i ar u n tratam i e n to p sic o an alític o . Estaba f rac asand o e n to d o y d e stru y é nd o se , se ang usü ab a p o r n o p o d e r e n tre g ar a t i e m p o sus artíc u lo s p erio d ístic o s y se v eía a sí m i s m o m ás c o m o u n p ay aso q u e c o m o u n ac to r trág ic o . L o d ev astaba u n "atro z s e n ti m i e n to d e i m p o te n c i a — t a n t o g e n i tal c o m o i n t e l e c t u a l — " d e la q u e sig ue s u f ri e n d o c u an d o escrib e L'áge d'homme ( c it., p . 196) . R e c u rrí a al p sic o análisis p ara "lib erarse d e sus q u im érico s te m o re s al c astig o " sin e n te n d e r, al p arec er, q u e se p ro c u rab a él
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m i sm o la sanc ió n d e la q u e q u e ría escap ar. Parece re c lam ar el c asü g o c u an d o esc rib e D e u n m o d o g e n e r a l , s a d i s m o , m a s o q u i s m o , e tc . , n o s o n p a r a m í " v i c i o s " s i n o tan só l o m e d i o s p a r a al c an z ar u n a r e a l i d a d m á s i n te n s a . E n e l a m o r , t o d o
me
p are c e d e m a s i a d o g r a t u i t o , d e m a s i a d o a n o d i n o , d e m a s i a d o c are n te d e g rav ed ad ; sería n e c e s ari o q u e i n t e r v e n g a n la s a n c i ó n d e l r e c h a z o so c ial, l a san g re o
l a m u e r t e p a r a q u e e l j u e g o v a l g a r e a l m e n t e l a p e n azyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ (AH, 197) .
L a c u ra es "alg o q u e p ad e c í d e e n trad a d u r a n te u n añ o c o n f o rtunas d iv ersas". A l p r i n c i p i o f tie " u n c u c h i l l o e n la llag a". Eco s d e la f aena tau ri n a, c i e rtam e n te . Es Bo re l , su analista, q u i e n le su g iere q u e hag a u n l arg o v iaje d e e x p l o rac i ó n e tn o g ráf ic a y p ara eso Le i ri s ap ro v echa t m a o f e rta d e e x i l i o " p o r raz o nes c ie n tíf ic as" q u e le p e r m i t e p o r u n t i e m p o p acificarse c o n la c astid ad y el ay u n o se n ti m e n tal ( i d . , 199). A l reg resar d e sus tristes tró p ic o s se le h a q u i ta d o la id e a d e l v iaje c o m o m e d i o d e ev asió n y "se so m ete a la te rap é u tic a n ad a m ás q u e o tras d o s veces, u n a d e ellas p o r b rev e lap so ". D e sc u b re así q tte, a trav és d e m anif estac io nes v ariables, sig ue sie nd o sie m p re i d é n ti c o a sí m i s m o y q u e to d o c o n d u c e , hag a l o q u e hag a, a u n a " m in ú sc u la co nste lac ió n d e cosas q u e u n o ti e n d e a r e p r o d u c i r u n a c an ti d ad i l i m i tad a d e v eces b ajo f o rm as d iv ersas" ( i d . , 200) . En 1934 (2 d e j u l i o ) an o ta e n su d i ar i o e l m o ti v o p r i n c i p a l d e su h o s ti l i d ad c o n tr a el p sic o análisis: h ab e rle q u i tad o to d o s lo s rec u rso s m ito ló g ic o s, estar sie nd o c astig ad o p o r le v antar el v elo d e Isis.
Priv ar a M i c h e l Le i ri s d e l artef ac to m i to l ó g i c o n o es p o c a co sa; él, e tn ó l o g o d e sí m i s m o , c o m o l o llam ó Po ntalis, n o p o d ría r e n u n c i a r a sus m i to s i n d i v i d u al e s sin q u ejarse: su g o c e es m an i f i e sto c u an d o p u e d e estetiz ar sus relato s y lo s re c u e rd o s q u e se d e jan e m b e lle c e r a g o lp es d e p l u m a so n p ara él lo s p re f e ri d o s. D e sc u b re e n sí m i s m o la te n d e n c i a d e su m e m o r i a a re te n e r " e n la su m a p ro d i g i o s a d e las co sas q u e m e h an p asad o , so lam ente aq uellas rev estid as d e m í a f o r m a tal c o m o p ara d ar f u n d a m e n t o a u n a m i to l o g í a"zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP {fij, 304) . En v e rd ad , el re su l tad o d e l p sic o análisis es la p r i m e r a v ersió n, p i c tó ri c a d e m i to s {Lucrecia, Judith y Holofernes) d e lo q u e h ab rí a d e d e se m b o c ar e n L'áge d'homme y, d esp u és, e n La regle du jeu sin o lv id ar q u e su p r i m e r f r a g m e n to d e análisis estuv o p re c e d i d o p o r la no v e la Aurore d e l p al i n d ró m i c o Siriel. Si to d o n e u ró ti c o se o rg an i z a u n " m i t o i n d i v i d u a l " ( Lac an ) , e l p sico análisis, c u ra d e la neu ro sis, i m p l i c a, nec esariam en-
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te, u n a d e sniitiíic ac ió n. El p ro c eso , lle v ad o a c ab o sin anestesia, p ued e ser m u y d o l o ro s o . Le i ri s lo hac e en el d iv án y lo c o n ti n ú a e n sus libros^ i n v e n tán d o se u n a m e m o r i a . L a e sc ritu ra le irisiana d e sp u é s d e " s ti f ri r" el p sico análisis, c o nv ertid a e n p o e sía, i m p l i c a u n a transac c ió n e n tre e l i m p u l s o a d e c ir lo que a u n o le v ie ne e n g anas y la c o n sid e i ac ió n hac ia las exig enc ias d e la " re g la d e l j u e g o " ( au to b i o g ráf i c o ) f o rz ad a p o r el O tr o . A sí, m o s t r a n d o q ti e p o r el e je rc i c i o d e la p o e s í a u n o p l an te a al o t r o c o m o t m i g u a l , r e g r e s o a l a v e r d a d q u e p r i m e r o h a b í a d e s c u b i e r t o : c t i a n d o s ttp e q u e tino n o d ic e
. . .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA lizmé- nte s i n o felizmente, a p r e n d í q u e e l l e n g u a j e t i e n e d o s c aras,
t m a d i r i g i d a h a c i a a d e r U r o y la o t r a h a c i a h i e r a , y c u a n d o — d e s c u b r i e n d o el a l t r u i s m o d e s p u é s d e d e d i c a r d o s o tr e s v o l ú m e n e s a m i p r o p i a p e r s o n a - — l l e g o a a ñ r r n a r q tte u n p o e t a n o p u e d e d esirUeresarse d e la su e rte d e su p r ó ji m o , co ncibo
e l a r g u m e n t o q u e l o j u s t i f i c a a p a r t i r d e e s ta d o b l e n a t u r a l e z a [ d e l
l e n g u a j e ] , c o m o si l o e s e n c i a l y a h u b i e r a e s t a d o i n c l u i d o e n m i a n t i g t i a e x p e r i e n c i a . A s í m e h a l l o d e r e g r e s o e n m i p u n t o d e p a r t i d a {Bf,
712).
El d e s c u b r i m i e n to d e la p r i m e r a v iv enc ia d e relac ió n c o n la p alab ra, aq u e l l a e n la q u e es c o r r e g i d o p o r u n ad u l to , es q u e el uso d e l le n g u aje su p o n e la transf e re nc ia, q u e "el e m iso r rec ib e d e l re c e p to r su p r o p i o m ensaje e n f o r m a i n v e r ti d a " ( Lac an ) . Po r esta p rec isa raz ó n y c o m o nec esaria c o nsec u enc ia, ja m á s se trata d e " ap lic ar" i n te rp re tac io nes d e asp ecto p sic o analític o a lo s texto s e n lo q u e se e q u iv ale n n o m b r e d e au to r, n a r r a d o r y p erso naje q u e d ic e "y o ". EnzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVU La vida de Henri Brulard d e H e n r i Bey le, alias Ste n d h al , n o e n c o n tram o s el c o m p l e jo d e Ed i p o d e Fr e u d sino q u e , p o r e l c o n trari o , es e n el p sico analista d o n d e e n c o n tram o s la c o m p re n s i ó n te ó ric a y u n iv e rsal d e lo q u e y a estaba m an i f i e sto d e m an e ra c o n c re ta e n el te x to d e Ste nd hal. Fre u d n o p ti e d e p sic o analiz ar a Ste n d h al ; tie ne q u e l i m i tarse a escuc h arl o y p e r m i t i r q u e él se escuche a sí m i s m o e n el e n c ad e n am i e n to d e su d isc u rso . Ste n d h al n o es el p re c u rso r d e Fr e u d sino q u e Fre u d es la nec esaria d e se m b o c ad u ra d e Ste n d h al . . . y d e m u c h o s o tro s, antes y d e sp u é s q u e él. Le i ri s es u n re su ltad o d e l trab ajo d e l p sico análisis, sí, p e r o n o l o es m e n o s d e las c o nc e p c io ne s y d e las p rác tic as (escritu ra au to m áti c a, estétic a o n i r o i d e , etc.) d e lo s surrealistas a c u y o m o x d m ie nto p e rte n e c i ó d u r a n te m u c h o s añ o s y c u y a i m p r o n t a llev ó a lo l arg o d e su v i d a e nte ra. En la p r i m e r a d e las au to b io g raf ías d e Le i ri s {AH, 1939) el te m a
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d o m i n a n te es el d e lo s av atares d e su sex u alid ad y d e sus fantasm as activ ad o s p o r el c o n tac to c o n d istintas m u jeres q u e sig u e n el d o b l e m o d e l o d e la fidelidad a to d a p ru e b a, la Lu c re c i a d e C ran ac h el v ie jo , y la traic ió n c astrad o ra d e u n a m u je r q u e c o m i e n z a p o r p ro stitu irse seg ún el m o d e l o d e la Ju d i th , d e l m i s m o C ran ac h . V o lv e re m o s so b re el te m a c u an d o l o c o m p are m o s c o n Bro c h . En la se g u n d a au to b i o g rafíazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {RJ, 1948-1976), la q u e e m p ie z a c o n el m al h ad ad o ...reusement!, la h isto ria está c e n trad a e n u n n o - re c u e rd o insó lito , e n sus d ev aneo s c o n el re c u e rd o q u e h u b i e r a q u e r i d o te n e r y n o tie ne , el d e l m o m e n t o d e ser i n v ad i d o p o r la c íjn c i e n c i a d e la m u e r te . T am b i é n v o lv e re m o s. Po d e m o s d e c ir q u e , d e las d o s au to b io g raf ías f o rm ale s, la p r i m e r a {AH) es freudiana tan to p o r el c o n te n i d o c o m o p o r el m é to d o m i e n tras q u e la se g u n d a {RJ), sig u ie n d o lo s m ism o s p arám e tro s, es lacaniana. Po c o se ha h ab l ad o so bre el e x trañ o d esfasaje e n tre las d o s au to b io g raf ías d e Le i ri s p o rq u e se h a p r e f e r i d o v er a am b o s texto s c o m o si f u esen u n o la c o n ti n u ac i ó n d e l o tro . Lo s c rític o s l i te rari o s h a n r e h u i d o c o n si d e rar el c ai ác te r au to c rític o q u e tiene Biffures (escrita e n tre 1942 y 1946) c o n resp ec to a L'áge d^homme ( c o m e n z ad a e n d i c i e m b re d e 1930 y ac ab ad a e n n o v i e m b re d e 1935) . L a te nsió n au to c rític a se m u e stra c o n c l ari d ad c u an d o se lee el p re f ac io tau ró f ilo in se rtad o d iez añ o s d e sp u é s n o c o m o u n a c o n f i rm ac i ó n sino c o m o u n a i m p u g n ac i ó n , u n a p al i n o d i a, d e l l i b r o al q u e d ic e p ro l o g ar. En ese se n tid o . La regle du jeu, cuyas p ri m e ras p ág inas so n las d e Biffures, {.. .reusement.^ re f u ta el p ro y e c to d e la p r i m e r a au to b io g raf ía y sus asp irac io nes a la c r e d u l i d a d d e l lec to r- testig o . L'áge d'homme es u n te x to g o b e r n ad o p o r las ihisio ne s m e siánic as d e " v e rd ad " , " au te n ti c i d ad " , " si n c e ri d ad " , " m i rad a sin c o m p l ac e n c i a arro jad a so bre m í m i s m o " , " n e g ac i ó n d e u n a n o v e l a" y o tras exp resio nes te n d ie n te s a d esarm ar p o r ad e l an tad o a la c rític a. L a re c tif ic ac ió n es c lara e n el p ró l o g o esc rito a c o n trap e l o L o q u e y o d e s c o n o c í a es q u e e n l a b as e d e t o d a i n t r o s p e c c i ó n y a c e e l g u s t o d e c o n t e m p l a r s e y q u e e n e l f o n d o d e t o d a c o n f e s i ó n e s t á e l d e s e o d e ser a b s u e l to . M i r a r m e sin c o m p l a c e n c i a e ra d e to d o s m o d o s m i r a r m e , m a n t e n e r
mis
o j o s fijos e n m í e n l u g a r d e m o v e r l o s m á s a l l á p a r a s u p e r a r m e h a c i a a l g o
que
fu ese h u m a n o e n u n se n tid o m ás a m p l i o . D e s n u d a r m e an te lo s o tro s
p ero
h a c i é n d o l o e n u n e s c r i t o q u e y o d e s e a b a q u e e s tu v i e s e b i e n r e d a c t a d o y b i e n c o n s tr u i d o , e m o c i o n a n te y ric o e n d e sc u b ri m i e n to s, e ra i n te n ta r sed u c irlo s,
l i m i t a r — d e t o d o s m o d o s — e l e s c á n d a l o a l d a r l e u n a f o r m a e s t é t i c azyxwvutsrqponmlkjih {AH, 13, e n De la littérature
considerée
comme une
tauromachie).
206zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA
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LEIRIS '
Biffures y e l su b sig u ie n te c o n j u n t o q u e ac ab ó p o r Po r t o d o esto zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA c o n s ti tu i r La regle du jeu c o n sti tu y e el e je m p l o p arad i g m áti c o de u n a au to b i o g raf í a l ac an i an a d isp u e sta a c o n s u m i r hasta lo s último s esp ejism o s d e l y o , m i e n tras q u e L'áge d'homme es el i m p re sc i n d i b l e cup re c u rs o r (fí~eud iano ) d e esa o b r a c i c l ó p e a, a v eces f arrag o sa — zyxwvutsrqponmlkjihgfedc c h o sea e n h o n o r d e la v e r d a d — q tie d esv eló a Le i ri s d u r a n te cuar e n ta añ o s . Po r su p u e sto , Le i ri s n o q u i e re ser c o n si d e rad o c o m o l ac an i an o o c o m o f r e u d i a n o si n o , n i m ás n i m e n o s, c í jm o leirisiano c o m o a r q u e ó l o g o d e la m e m o r i a , e tn ó l o g o , o r n i tó l o g o y etim ó lo g o d e esa e x ó ti c a t r i b u d e re c u e rd o s d e sb an d ad o s q u e es él m i s m o . Su d eseo es e l d e ' ju s ti h c ar su e x i ste n c i a" p o r m e d i o d e la lite ratu ra e n su s e n ti d o m ás e stric to y e stre c h o : r e n u n c i a n d o a ser u n p o eta, u n h é r o e m i to l ó g i c o o u n i m a g i n a ti v o no v e lista; él se c o n f o r m a co n h ab e r l l e g ad o a ser " e l a u to r d e h o n e sto s ensay o s au to b io g ráf ic o s q u e p o d rí an lle g ar a ser u n a d e f e nsa y u n a ilu strac ió n d e ese g é n e ro l i te r a r i o " . Re c o n o c e q u e e l p ro y e c to q u e l o a n i m a es p o c o exc itante y e q u iv ale a u n a c o n f e s i ó n d e la d e r r o t a p e r o se ju s ti f i c a aleg and o q u e la p al ab ra ú ltim a d e to d a m o r a l p ro f e s i o n al es la d e ''hacer lo que sólo yo estoy en condiciones de hacer" (RJ, 763, cursiv as d e Le iris) y — ¿ p o r q u é n o ? — hay q u e c o n f e sarl o , n ad i e se ría tan susp icaz c o m o p ara d i s c u ti r q u e él y só lo él estab a e n c o n d i c i o n e s d e e sc rib ir su au to b i o g raf í a. Só l o cabe la p r e g u n ta : ¿ D e q u é m o d o ella c o n ti n ú a al p sic o análisis q u e se d i o p o r te r m i n a d o ?
4 . PRESENCIA D E LA M UERTE EN EL EMPEÑO LITERA RIO D E LEIRIS ¡C u ántas estrateg ias d if e re n te s h a i n te n ta d o M i c h e l Le iris p ara distrae r y b u r l a r a la m u e r te , su e n e m i g a i rre c o n c i l i ab l e , la d e él y d e casi to d o s, q u e e n este au to r e n c o n tr ó a su a d m i r a d o r m ás r e n d i d o y al g u e r r i l l e r o m ás c o m b ati v o ! In te n tare m o s enlistarlas: esc rib ir la v id a p asad a p ara p reserv arla, r e an i m ar lo s re c u e rd o s y aferrarse a ello s, neg arse al d esg aste d e l o l v i d o , i d o l atrar a la m e m o r i a i n f a n ti l fijánd o l a y e m b e l l e c i é n d o l a c o n la m ag i a d e l r i t m o , d e sarm ar las tram p as d e l le n g u aje e n la e v o c ac ió n q u e asp ira a resu c itar ev ento s so terrad o s, e m b al sam ar las e m o c i o n e s, d ar a la i m p r e n t a to m o s y m ás to m o s d e au to b io g raf ías ficticias y au té ntic as, v iv ir e x p o n i é n d o s e c o m o c u ad ro e n u n a g ale ría, c o m o to r e r o e n u n a c o r r i d a, e sc rib ie n d o su c u e n to hasta lle g ar al e x tre m o d e p r e f e r i r la in v e n c ió n l i te rari a a su f rir u n a
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v id a ato rm e n tad a p o r la i m p o te n c i a y atraíd a e n to d o m o m e n t o p o r la i n m i n e n c i a d e l su ic id io . La m u e r te es p ara to d o s u n ac o n te c i m i e n to p o r v enir, e l p r o to ti p o d e aq u e l l o d e lo q u e n o se p o d ría te n e r m e m o r i a . N ac e m o s sin saber d e ella, e n tram o s e n el leng u aje,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ...lizmente, hasta q tie u n d ía, necesariam ente p o sterio r, el saber d e ella p e n e tra e n no so tro s. D esd e e l d esc arnad o f u tu r o — d o n d e tiene su r e s i d e n c i a— lleg a hasta e l ser q ue se siente v iv o la n o ti c i a d e q u e la m u e r te está e sp e rand o y q u e , tard e o te m p r a n o , ac ab ará p o r alc anz arlo y p o n d rá u n té rm i n o a la c o nc ie nc ia y a las d e v o lu c io ne s im ag in arias d e lo s esp ejo s. H ay u n c o n o c i m i e n to q u e es trau m átic o , inac e p tab le , i n c o n c i l i a b l e c o n el y o y q u e no s ac o m p añ a e n to d o s nu estro s c am in o s m u n d an al e s. El saber d el fin n o tiene fin. C o n tr a ese saber, m ás q u e c o n tra la m u e r te m i s m a — q u e es i n v u l n e r a b l e — , la h u m a n i d a d h a e r i g i d o to d a clase d e v allas: relig io nes, téc nic as, m e d ic in as, p o lític as d e re g u lac ió n so cial, am o res, im ág e n e s d e la p o ste ri d ad , g e n e alo g ías y d esc end enc ias ( c lásic o s tó p ico s d e l árb o l + el h i jo + el l i b r o ) , sistemas filosóficos, c o n c e p c io n e s d e la e te r n i d ad , em p lasto s i n f i n i to s q u e se ap l i c an so bre u n a llag a q u e jam ás c ic atriz a y n o d eja d e stip u rar. L a m ay o ría se hac e u n m ap a d e ru ta e n la v id a d i s i m u l a n d o e l p u e r to d e d e stin o o c o n so l án d o se c o n la id ea d e q u e la m u e r te só lo les suced e a lo s d e m ás. El i n c o n sc i e n te f r e u d i a n o — q u e p ara Lac an es u n o d e lo s n o m b re s d e D i o s — la d esc o n o c e y d e sm ie n te . M u c h o s hay q u e sie nte n su o sc u ra atrac c ió n , la ev ad en y la c o nv o c an, le r i n d e n c u l to , la c o tejan y ac ab an n o p o cas veces p o r ad elantar la cita q u e ti e n e n c o n traíd a p ara v erle d e u n a b u e na v ez el ro stro . Im ag i n ar l a es p o sib le , v iv irla, n o , o , p o r lo m e n o s, n o cabe p asar p o r ella y g u ard ar m e m o r i a d e la e x p e ri e n c i a. El l o n o o b sta p ara q u e p araíso s e i n f i e rn o s , Láz aro s, alm as i n m o rtal e s y revenants d e to d o ti p o p u e b l e n e l p aisaje m e n tal d e lo s hab lantes. A l g u n o s g o z an c o n v e rl a d e cerca, to c arla, e n c o n trar e l p u n t o tan g e n c ial d e u n e nc u e n tr o c o n ella y ap artarse d esp u és d e l instante c ru c i al p ara m i r a r l a d esd e la d istanc ia si n ti e n d o q u e h a n escap ad o , q u e la h a n b u r l a d o . El o rg asm o c o m o " p e q u e ñ a m u e r t e " re ite rab le (casi) a v o l u n ta d es u n p álid o sim u lac ro . L a g u e rra y la tau r o m aq u i a so n ju e g o s m ás serio s, a n ó n i m a la p r i m e r a , lle n a d e luces la seg u nd a. N o es casual q u e sea la fiesta d e to ro s, figurada p o r e l r u e d o d o n d e c o n v e rg e n e l e ro ti sm o y la m u e r te , la q u e f asc inó al tan ato f ó b i c o e n am o rad o d e la p arc a q u e se l l am ó M i c h e l Le i ri s. El e sc rito r ac u m u l a, i n te r r o g a y c o le c c io n a o rd e n ad am e n te sus re-
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c u e rd o s a u n sin p re o c u p arse p o r la c ro n o l o g ía. C o m o íilatelista ante u n ál b u m e n el q u e hay u n esp ac io p ara cad a ti m b r e , se desespera c u a n d o d e sc u b re q u e le f alta u n a p iez a esencial, la m ás v alio sa, p ara c o m p l e tar la h o ja d e su i n f an c i a: la t o m a d e c o n c ie n c ia d e su m o rtalid ad . N o p u e d e "p o seerse e n to ta l i d a d " p o r q u e hay u n a lag u na, la de esa am ne sia q u e lo o b sesio na e n e l m e r o c e n tro d e su m e m o r i a y q u ^ d aría c ti al q u i e r co sa p o r c o l m ar; El a c o n t e c i m i e n t o
c a p i t a l q u e s i e m p r e m e f u e i m p o s i b l e r e c u p e r a r ( t a l v ez
p o r e l s i m p l e m o t i v o d e q ti e b i e n p u d o n o te n e r j a m á s lu g ar, tal v ez p o r q u e n i s i q u i e r a e x i ste l a p o s i b i l i d a d d e s e m e ja n te d e s c u b r i m i e n t o e n t a n t o q u e u n o n o e s t á a l p i e d e l p a r e d ó n , t a l v e z p o r q u e é l s ó l o es a c c e s i b l e p o r p as o s su c esiv o s y d e m a n e r a s u b r e p t i c i a a m e d i d a q u e e l p l a z o l l e g a a s u t é r m i n o )
es,
c o n c e rte z a, e l q u e h u b i e s e s i d o p a r a m í la t o m a d e c o n c i e n c i a d e la m u e r te , o, c o n m ay o r e x ac ti tu d , el h e c h o
d e q u e m i p r o p i a v id a — e sta v id a q u e no
p u e d o c r e e r q u e e s t é s o m e t i d a a l as m i s m a s l e y e s q u e l a d e l o s d e m á s — n o
p o d r í a d e j a r d e i n t e r r u m p i r s e d e g o l p e , e n u n a p l a s t a m i e n t o r a d i c a lzyxwvutsrqponmlkjihgfedc {Rf, 3043 0 5 , c f t a m b i é n AH,
28).
Le i ri s v iv e u n a l u c h a a m u e r te c o n tr a la m u e r te y p iensa q u e, si p u d i e r a re c u p e rar e l re c u e rd o d e ese m o m e n t o , alg o f u n d am e n tal c am b i arí a e n él. En e l lu g ar d e ese ag u je ro d e su m e m o r i a p ro d u c e u n re c ti e rd o e n c u b ri d o r, i n si g n i f i c an te e n sí p e ro d e p asm o sa belleza, ac erc a d e l i n te n so m i e d o q u e sintió u n a n o c h e (¿a lo s c u atro año s?) e n q u e c am i n ab a j u n t o a su p ad re p o r u n c am i n o d esierto e n V iro flay , l u g ar d e las v acacio nes. L a " m u y b an al an é c d o ta"zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQP (Rf, 311) es la d e h ab e r esc u c had o el r u i d o d e lo s élitro s d e u n insec to , u n r u i d o lejano q u e l o asusta, q u e l o hac e ev o car al rey d e lo s aliso s. ¿ Q u i é n n o d eja d e escuchar, e n este p u n t o , la e stre m e c e d o ra b alad a d e G o e th e c o n m ú si c a d e Sc h u b e rt (y d e Lo e w e ) q u e Le iris o m i te e n su relato ?: El padre se estremece, galopa raudamente, sostiene al niño que gimotea, llega angustiado al castillo: en sus brazos el niño estaba muerto, q u e llev a a Le iris a
i n te r r o g a r al p ad re so b re la n atu rale z a d e l r u i d o y a esc u c har d e éste u n a resp u esta q u e au m e n ta su te r r o r : "Es u n c o c he (voiture) q u e está lejo s, m u y lejo s." Le i ri s d u d a d e la au te n ti c i d ad d e l re c u e rd o p e ro no d eja d e p ensar q u e el p ad re le h ab í a m e n t i d o p ara o c u l tarl e , p ara n o e x p l i c arl e , otra cosa q u e el n i ñ o n o d e b í a c o no c er. In te r p r e ta la frase d e l p ad r e c o m o u n a m e n ti r a p iad o sa p ara o c u ltar alg o d e v eras p av o ro so , u n saber p r o h i b i d o p ara él:
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j4e co nservado siempre vm muy vivid o recuerd o de este m ied o . Recuerd o Ijjjpi^eciso, p ued e que fantasioso, en cuanto al m o d o en que p ud o interv enir ini p ad re. Recuerd o v erd ad ero en cuanto al espanto p ro v o cad o p o r ese susurro lig ero escuchado en la no che y cuyo carácter angustiante descansaba tal vez exclusivamente en el hecho de manifestar el estado de vigilia de algo ínfirno o lejaru), única presencia so no ra en cl silencio en d o nd e to d o d ebía estar d o rm id o o co menzand o a d o rm irse. Temo r de la no che. Temo r de la o scurid ad zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {RJ, 306).
Le iris c o nstata q u e su m e m o r i a d esfallece e n este p u n t o y q u e d e b e su stittiirla p o r m e d i o d e c o nstru c c io ne s, raz o n am i e n to s, c o njetu ras, ru m iac ió n inc ansab le, p ara lle n ar re tro ac ti v am e n tezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTS C^iprés-coup" ) esta lag u n a y se p r e g u n ta p o r c|ué nec esita re l ac i o n ar este re c u e rd o i m p r e ciso d e l p aseo c am p estre c o n la c o n c i e i i c i a d e la m u e r te . C o m p a r a su trab ajo c o n el d e lo s ho land eses d esec and o el Z u y d erz ee y p o stu la q u e e l arte tiene el d eb er d e ap ro p iarse y c o l o n i z ar ciertas p arcelas q tie re p re se n tan u n interés \ ital p ara sustraerse a la co sa sin n o m b re ctry o ñtijo no s am enaz a. Persig ue al re c u e rd o a lo larg o d e v arias p ág inas y c o n c lu y e q u e el " c o c h e " {voiture, d i jo el p ad re , c u an d o esa — 1905 — p e r o p al ab ra ati n n o sig i^iñcaba nec esariam ente au to m ó v ilzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXW q u e se tran s f o rm a, sí, e n au to , c u an d o el esc rito r ev o ca este re c u e rd o n o c t u r n a l c o m o m ú sic a d e Bartó k y c u y o c arác te r d e e n c u b r i d o r n o se le escap a) p o d í a ser e n te n d i d o m e taf ó ri c am e n te , p u es ese " c o c h e " rti e d a in c an sab le m e n te e n su m e m o r i a , e n este r e c u e r d o p o sitiv o o e n p arte m e n ti ro s o y d esv iad o d e to d a p re te n si ó n d e au te n ti c i d ad p o r ser e l re c u e rd o d e u n re c u e rd o : " — ¡ s o rp re n d e n te d o b l e f o n d o ! — así c o m o hay u n te atro d e l te atro " ( i d . , 311) . M e m o r i a f ab ric ad a d e u n a m e m o r i a ausente, f o to c o p i a p o c o c o n f iab le , i n je r to p u esto en e l l u g ar d e la e stam p illa q u e f alta e n el ál b u m . C o c he, au to , e n lo s ti e m p o s e n q u e c i rc u l ab an c ierto s au to m ó v iles e lé c tric o s q tie f ab ric ab an lo s h e r m an o s M o rs . Mors es el título d e l c ap ítu lo c o nsag rad o a este rec u e r d o d ec isiv o , mors q u e se lig a a las m o rsas d e l z o o ló g ic o , al M o rse d e l alf ab e to teleg ráf ic o , a la f atíd ic a mors q u e lleg ará al saber c u an d o e l n i ñ o ap re n d a latín. Po rq u e la m u e r te lo a to r m e n ta Le i ri s n o p u e d e ser d e l to d o u n h o m b r e y n i siq u iera c o nsid e rar q u e tiene u n a existenc ia p ro p i a. T o d o está d e e n trad a d esv alo riz ad o , p u esto q u e h ab rá d e m o r i r : es p o r la c o n c i e n c i a d e la tran si to ri e d ad d e c u an to p u d i e r a hac e r q u e to d o l o q u e se p re se nta ante sus o jo s sea h u e c o e insensato :
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Exento de toa m e m o r i a d e Shakesp eare", y p re te n d e d arles sig nif ic ac ió n c u an d o n o v al o r ati g u ral .
21 H . M i c h a u x [ 1 9 2 7 ] , CEuvres completes, Parí s, G a l l i m a r d , L a Pl é i ad e , 1998, p . 73.
"^"^ M . Y o u rc e n ar, c i t., p . 37.
AUTOBTOG zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA t RAFÍAS Y AUTORRETRATOS
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El filósofo p re f e riría q u e su " o b r a " fuese e n te n d i d a sin re f e re n c i a a la " v id a — zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA bios" . Sabe, y d esd e te m p r a n a e d ad , q u e la i d e n ti d a d es u n m i t o p sic o ló g ic o y u n r e q u e r i m i e n t o d e l Estad o . N o p arti c i p a d e l e n g añ o p r o p i o d e la " e g o g raf ía" . Para d e m o s trarl o — p o r la v ía d e la p a r a d o j a — p ro p o n d ré u n e je m p l o ¡ au to b i o g ráf i c o ! to m a d o d e u n a c o n f e re n c i a d e T h e o d o r W . A dorno:'^"^
Es id entid ad el p rinc ip io según el cual algo es lo m ism o . Así hablamo s de la id entid ad de un ho m bre. Recuerd o claramente que cuand o niño siemp re me cho có el p ensamiento de la id entid ad de u n ho m b re y no me extrañaría que les suceda lo mismo a aquello s de ustedes no c o rro m p id o s todavía p o r la filosofía. Decir de u n ho m bre que es id éntico co nsigo mismo me p areció eno rm em ente extraño mientras tuve una co nciencia sin d efo rm ar; pues d ecir que u na cosa es id éntica a o tra, hace esperar que dos m o m ento s d istinto s sean de algún m o d o id éntico s entre sí. A sí, de la afirmació n de que soy id éntico a mí, paso a la afirmació n de que soy d istinto de mí. A nte este co ncep to de la id entid ad le so breco ge a u no u nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCB shock de d esd o blamiento , el shock de que no es u no sí mismo {selbst) sin más. N o o tr a co sa es lo q tie D e r r i d a llam ó , p o c o t i e m p o d esp u és, la différance. D i f e r e n c i a e n el ser y d if e ric ió n e n el ti e m p o d e c ad a u n o c o nsig o m i s m o . In e l u d i b l e . L a au to b io g raf ía, c o n tr ar i am e n te a su p ro y e c to , só lo p o d rí a esc rib ir la n o c o i n c i d e n c i a y la n o c o n t i n u i d a d d e l autoCS), d e la au to ® a, c o nsig o m i s m o a l o l arg o d e su v i d a. U n o só lo p o d rí a esc rib ir, d e sí, la d if e re n c ia, la d if e ric ió n , la d i f - h e re n c i a, la d if er- ansia. Ja m á s la i d e n ti d a d . El b i ó g raf o d e sí — q u e , las m ás d e las v eces, h a p u b l i c ad o antes v ario s l i b ro s y es re c o n o c i d o c o m o a u t o r ® a — es u n ser q u e m ez c la y c o n f u n d e o b ra y v id a. M u c h o s , i n c l u so tam b i é n el p r o p i o au to r, se e m p e ñ an e n e n c o n trar claves e n la au to b i o g raf ía q u e sirv an c o m o p u e n tes p ara d ar c o n ti n u i d a d y c o h e re n c i a a la v id a y a la o b ra. Ensam b larlas, c o nju g arlas a las d o s, e m p arc h ar. D esd e e l p u n t o d e v ista d e la estric ta filosofía, la intro m isió n d e lo s fantasm as p erso nales d e l au to r am e n az a al é x ito d e su p ro y e c to . L a o b ra d e b e rí a salir i m p o l u t a d e la p r u e b a d e la su b je tiv id ad , escap ar d e las m íseras y triv iales c irc u nstanc ias d e l au to r, v alerse y v iv ir p o r sí m i sm a. Sin e m b arg o , sie m p re ^ ' ^ T. W . A d o r n o [ 1 9 6 2 ] , Terminología filosófica ii, M a d r i d , T a u r u s , 1977, p . 100. T r a d . d e Sá n c h e z O r t i z .
AUTOBIOGRAFÍAS Y AUTORRETRATOS
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sale m a n c h a d a p o r e l azar. L i m p i a r l a d e c o nting e nc ias es u n a misió n i m p o s i b l e , tan to c o m o las reiterad as tentativ as d e " e x p l i c ar" la o b ra p o r las c arac terístic as p sic o ló g ic as o so ciales d e l au to r.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQ Ningún código —psicológico, co— servirá
marxista, psicoanalítico, neurofisiológico, epistem,ológico, estéticomo clave de lectura de la relación entre vida y obra. Tam p o c o
to d o s ello s ju n to s . R e p i ti e n d o i n te rro g ac i o n e s an te rio re s: ¿ C ó m o es q u e G ab ri e l G arc í a M árq u e z p asó d e A rac atac a a Cien- años de soledad? ¿ C ó m o es q u e la c aíd a d e u n c ab allo ( "lo tu m b ó u n r e d o m ó n " — d i c e Bo rg es c o n re f e re n c i a al "Z aratu stra c i m arró n y v e rn ác u l o " q u e era Fu n e s el m e m o r i o s o ) tran sf o rm ó a N ietz sc he d e hú sar p ru s i an o en filólogo y filósofo? ¿ Po r q u é es q u e só lo u n ju d í o y d e h ab l a alem ana, p re c i sam e n te ese}udia d e V i e n a, n o o tro , p o d í a hab e r i n v e n tad o el p sic o análisis? L a p r e g u n ta p o r la re lac ió n e n tre v id a y o b r a subyace v d a in te ré s a la e m p re sa au to b io g ráf ic a. Po r lo d e m ás, la m e m o r i a , la d e to d o s, só lo re c o g e b analid ad es c o m o las d e l c h o q u e c o n tra u n o o v ario s esp ejo s, u n a c u n a, e l c an to d e u n g allo , e n u n a m an si ó n so larieg a o e n u n lú g u b re c u c h i tr i l . Si, c o m o se p re te n d e , la m e m o r i a es el f u n d a m e n t o d e la i d e n ti d ad d e l ser h u m a n o ( Lo c k e : Aíemory makes personal identity) to d o ensay o , to d o p o e m a , to d a no v ela, c o n lle v a ( m e taf o riz a) hu ellas m n é m i c as d e l e sc rib ie n te . U n a tray e c to ria es tran sm i ti d a. Po b re ensay o sería e l q u e inte ntase la i m p o s tu r a d e la d e sap aric ió n d e l a u to ® ( a ) . El ensay o auté n ti c o d a c u e n ta d e u n a re f l e x i ó n ac tu al q u e to m a c o m o m ate ria p r i m a l o q u e antes e l au to r( a) p e n só y esc rib ió . Para q u e u n ensay o sea v e rd ad e ram e n te a n ó n i m o h ab rí a q u e i m ag i n ar la ficción d e u n au to r ( a) q u e nac e e n e l m o m e n t o d e sentarse a e sc rib irlo , sin lec tu ras n i p u b l i c ac i o n e s ante rio re s, sin u n estilo c o n so l i d ad o p o r la d u ra d i s c i p l i n a d e tallar e l c ristal d e la le n g tia. Yo , au to ® d e estas líneas, c o i n c i d o sin reserv as c o n C y n th i a Ozick:^'*
Se espera que los ensayos exp o ng an la po sició n d el escrito rzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSR {the xvriter\s case) ." ^^ N o están d estinad o s a quedarse inmóviles y el tiem p o o el temp le p ued en cambiarlo s. U n cuento es una hipó tesis, una puesta a p rueba (tryout) de la naturaleza hu m ana bajo la v io lencia intrusiv a {impingement) de cierto s materiales p ro p uesto s; ig ual sucede co n el ensayo. Después de la lectura, la mente es o tra. Casi to d o ensayo, co mo to d o cuento , es u n exp erim ento , no u n creC. O z i c k , M etaphor ^M emory . Essays, N u e v a Y o rk , V i n ta g e , 1991, p p . x - x i . ¡ Be n e m é r i t a a m b i g ü e d a d d e l l e n g u aje ! : " . . . e l caso d e l e sc ri to r" .
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AUTOBIOGRAFÍAS V AUTORRETRATOS
d o . O , para dc^cirlo co n mayo r precisió n: un ensayo, co mo u n cuento o una no vela, es una ficció n. Por d eñnició n, una ficción es algo que se fabrica co mo ficticio acerca del ensay o respuesta a una imaginació n exaltad a.zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGF Lo verdaderamente es la pretensión
de que
no ha sido
inventado
— de
modo tal que leer un
ensay o
puede
Este p ró lo go mismo , p o r ejemp lo , pued e ser to mad o co mo un breve ensayo: ¿Se debe creer en él? (cursivas mías). ser más peligroso
que leer un cuento.
Esto lleg a m ás allá d e lo i m a g i n a r i o , r e d u c to trad i c i o n al d e l y o esp ec u lar. L a m ás abstracta d e las p i n tu ras ( M al e v i c h , Kand insky , Ro th ko ) es u n a c o m u n i c ac i ó n d e esp ejo s e n tre el p i n t o r y el esp ectad o r. El artista i n te r r o g a a trav és d e l c u ad ro : " — ¿ Q u é ves c u an d o m e ves?" N o es u n a re lac ió n d e sim etría p u es, b i e n sabem o s, cad a c u ad ro no s d ic e : " — N o m e ves d esd e d o n d e y o te v e o ." Ye s p o r eso q u e f u n c i o n a c o m o u n esp ejo . Es e n nu e stra e x c itad a ate n c i ó n ( tan to c o m o e n n u e stro p asar i n d i f e re n te ) d o n d e la o b ra d e arte se p r o d u c e . A u n c u an d o sea u n a o x i d a d a ru e d a d e b ic ic le ta. En su estátic o y alto b a n q u i l l o d e co c ina, instalad a e n u n m u se o , ella llev a tam b i é n las hu ellas d e l g e n i o d e su au to r; tam b ié n ella f o r m a p arte d e su "auto bio g ráfica". Para n o cuy o s d o s h ab l ar d ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA ''Etanl doririés: I. la chute d' eau 2. le gaz d'éclairagé' e l e m e n to s q u e figuran e n e l títu lo d e su o b r a c u m b r e e n la q u e trab aj ó a esc o nd id as d u r a n te 20 añ o s [ 1946- 1966] r e p r o d u c e n te x tu al m e n te e l p aisaje d e la p laz a q u e IVIarcel D u c h a m p v eía e n c ad a m a ñ a n a d e su n i ñ e z d esd e la v e n tan a d e su casa so b re la c al l e je an d *A rc e n Ru án ( ¡el re c u e rd o d e i n f an c i a! ) , a la vez q u e el artista exp resab a e n clav e su r o m a n c e c o n M aría M arti n s , esp o sa d e l e m b ajad o r b rasile ñ o e n Fran cia.^^ L a au to b io g raf ía es i m p o s i b l e : p o r eso to d o s la i n te n ta n ; p o r eso n ad i e d eja d e p rac tic arla; p o r eso n o se p u e d e esc rib ir u n te x to q u e n o sea au to b io g ráf ic o .
• ' ^^ ' C . T o m k i n s , Duchamp. A Biography . N u e v a Y o rk , H o l t Se C o . , 1996. D e b o a m i a m i g o Jo s é L . G a r c í a C aste l l an o la u b i c a c i ó n p re c isa e i n d u b i t a b l e d e la c a í d a d e ag u a y d e l f a r o l a gas d e l a l u m b r a d o e n p l e n o c e n tr o d e R u á n , e n c o n tr a d i c c i ó n c o n la af i r m ac i ó n d e l b ió g raf o .
14 PRO SO PO PEY A .
M O D O S D E L A A U T O BI O G R A FÍ A
1. CONTRA DICCIÓN EN TRE LAS LETRA S Y LOS ESPEJOS
Jacques D e r r i d a ' h a d e d i c ad o u n m ag n í f i c o ensay o al au to rre trato y las tesis q u e e n él so stiene so n i g u al m e n te v álid as p ara la au to b io g raf ía. C o n u n a d i f e re n c i a q u e n o p o d e m o s o m i ti r ; e l au to rre trato d e al g u i e n q u e "se" p i n ta es u n a i n stan tán e a e n el ti e m p o , m ientras q u e la au to b i o g raf ía es u n re l ato d i ac ró n i c o q u e p re te n d e establecer, au n q u e sea re tro sp e c ti v am e n te , r e u n i e n d o f rag m e n to s d isp erso s, u n a c o n t i n u i d a d t e m p o r a l d e l sujeto q u e "se" escrib e. Q u i e n o b ed ec e al p ro y e c to d e c o n s tr u i r su p r o p i a i m ag e n se c o lo c a ante sí m i s m o e n el p u n t o q u ezyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA nosotros o c u p am o s, no s insta a v e rno s c o n él, e l au to r, cara a cara. So m o s e l p u n t o d o n d e el artista h a c lav ad o sus o jo s, tal c o m o c u a n d o u n o se m i r a e n u n esp ejo . N o so tro s su stitu im o s (y o scurecem o s) al esp ejo . Sea q u e el au to r ( f i r m a n te , m o d e l o , sujeto y o b je to d e l c u ad ro ) b u sq u e la ad m i rac i ó n e n n u e stra m i r a d a {miroir / mirror), sea q u e b u sq u e n u e stro esp anto c o m o a v eces su c ed e, e n c u al q u i e r caso , hay u n a d e m a n d a : " — M í r a m e . C o n f i r m a m i identidad al c o n tr af i r m ar esta i m a g e n q u e te p r o p o n g o . " Q u i e n se to m a c o m o m o d e l o asum e, n e c e sariam e n te , u n a p o stu ra. ¿ Y q u é p o stu ra n o se y e rg u e e n el b o rd e d e la i m p o stu ra? V o l v i e n d o a D e r r i d a y sus id eas so bre e l p i n t o r d e auto rretrato s:'^ No so tro s somos, p o r cierto , la co nd ició n de su vista y de su p ro p ia imagen, p ero sucede también, co mo en "El ho m b re de arena" de H o f f m ann, que no sotros bo rram o s sus ojos co n el fin de remp lazad o s en cl mismo instante: no so tro s somos sus o jo s o el d o ble de sus ojos. Po d e m o s, c o n n u e stra m i r ad a , a r m a r l o o d esb aratarlo .
^ J. D e r r i d a [ 1 9 9 0 ] ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA M emoirs of the blind. The self-portrait and otherruins, C h i c ag o , U n i v . o f C h i c a g o Press, 1993, p p . 60-62. T r a d . d e P. B r a u l t y M . N aas. zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLK 2 C i t. , p . 63.
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El esc rito r ( en u n se n tid o tan a m p l i o c o m o p ara i n c l u i r tam b i é n a lo s m ú sic o s q u e p o n e n g arab ato s e n p e ntag ram as y a lo s m ate m áti c o s q u e tran sc ri b e n ec u ac io nes o d i b u ja n figuras to p o ló g ic as) es sie m p re al g u i e n q u e , al escribir,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA 5 ^ esc rib e y d i ri g e su esc rito a alg ú n c ó m p l i c e leitm ás o m e n o s hip ó c rita q u e sab rá l e e rl o . Es, d esd e el c o m i e n z o , elzyxwvutsrqponmlk motiv d e este ensay o , u n a p esq uisa q u e p ersig u e al p o e ta y al p e n sad o r b u sc an d o sus hu ellas e n lo s ínfimos papeles q u e n a r r a n re c u e rd o s d e i n f an c i a. El g raf ó lo g o — ¿ no es ése, al fin y al c ab o , el o f i c i o q u e hem o s ad o p tad o ? — e n c u e n tra al sujeto e n c u al q u i e r p ap e l i to q u e hay a rasg ad o c o n su p l u m a . Sin r e c u r r i r al c o n c e p to d e proyección, d e l q u e tan to se ab u só , d e b e m o s re c o n o c e r q u e to d o traz o p arti c i p a d e la c u ri o si d ad d e l esp ejo . Ref leja al au to r y lo hace d esap arec er e n la m i r a d a q u e l o m i r a . ¿N o h e m o s r e p e ti d o y a q u e lo s esp ejo s no s d eshab itan? A v eces, c o m o hem o s v isto , el q u e escribe p u e d e sentir rab ia y h o rro r, aso m b ro y f asc inac ió n, f re n te a la i m ag e n q u e e l c ristal le d e v u e lv e. Es h o r a d e tam iz ar nu estras re f le x io n e s ac erc a d e l d e se n c u e n tro , n o si e m p re p e rc i b i d o p o r lo s au to res m ism o s, e n tre la le tra y el esp ejo ab o m inad o . Lan c e m o s u n a m i r a d a so bre e l esc rito r — c u al q u i e r a, y o m i s m o : ¿ c ó m o p o d rí a d ejar d e v e rm e e s c ri b i e n d o ? — i n c l i n a d o so bre la p ág in a e n b l an c o o , co sa m ás f re c u e n te h o y e n d ía, so b re el tec lad o c o n to d o s lo s caracteres alf ab étic o s y u n a p an tal l a l u m i n o s a e n m arc ad a p o r ic o n o s y q u e se e x ti e n d e i n f i n i ta m e n te hac ia ab ajo a m e d i d a q u e ap ri e to teclas q u e d e jan rastro s fáciles d e b o r r a r o re m p l az ar p o r m í o p o r o tro s e n la p an talla. ¿ Q u é ve e l esc rito r e n e l p ap e l o e n el c ristal d e la c o m p u tad o ra? M e jo r su b ray em o s lo que no ve. n i su p r o p i o ro stro n i e l d e o tr a p erso na, l e c to ra o n o , d e esa p ág in a q u e está esc rib iend o . L a e sc ritu ra su p o ne llev ar el c u e rp o d e l esc rito r al esp acio d e u n a p ág i n a— n i v i rtu al n i r e a l — e n el q u e h a d esap arec id o la i m ag e n esp ec u lar. M e j o r d i c h o , d o n d e la i m ag e n c o ti d i an a d e sí h a sid o su stitu id a p o r la sup uesta m i r ad a d e u n l e c to r o esp ec tad o r v o lc ad a, n o so bre el ro stro d e l escrito r, n o , sino so bre t i n l i b r o i m p re s o q u e re p ro d u c i rá e n el f u t u r o lo s traz o s q tte él ah o ra insc rib e e n la p ág ina. To d a e sc ritu ra p ro c e d e d e l p o rv e n i r. (Si n o p ensase q u e al g u i e n v a a leer esto s traz o s Se n o lo s estaría c o m p o n i e n d o . Si una noche de invierno un viajero...) e n ti e n d e así la id ea d e Bo rg es: q tú e n g arrap ate a p rac tic a u n a " ab o l i c ió n d rástic a" d e lo s esp ejo s — t a l c o m o él la v eía m ate rializ ad a e n la c e g u e ra d e sus p ro p i o s o jo s. El au to r, to rp e o g e n i al , q u e se e n tre g a a la tarea d e c o n s tru i r u n te x to , d e b e su stitu ir su p re se nc ia p e rso n al p o r
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na c o m b i n a c i ó n d e sig no s alf ab é d c o s q u e n o se p are c e n n i a él mis1 0 n i a aq u e l l o d e lo q u e hab la. La p alab ra " m anz ana" , e n la p antalla e u n a c o m p u ta d o r a , es m ás m etaf ísic a q u e u n a p i n tad a p o r C é z an n e ; i p al ab ra "z ap ato ", escrita p o r u n i n d u s tri al d e G u an aju ato , es tan l u ti l i z ab l e p ara c am i n ar c o m o esos z ap ato s q u e f u e r o n g astad o s p o r n a c am p e sin a o p o r el p r o p i o V an G o g h — n t m c a lo sab re m o s— y u e se no s p re se n tan c o m o neg ras m anc has aceito sas so b re t m p ed az o e lienz o . L a e sc ri tu ra d e sf ig u ra, r o b a la c ara d e l escrito r, lo exp u lsa d e to d o s zyxwvutsrqponmlkjihgf D s esp ejo s. Es e n e m i g a d e l o esp ec u lar. Re c o rd e m o s q u e lazyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWV prosopoteya, m ás allá d e la in su f ic ie n te d e f in ic ió n d e l DRAE, es la c o nstru c i ó n d e u n ro stro (prosopon = ro stro , peia = poiesis, g e n e rac i ó n , p o e sí a) . Pro so p o p e y a es el tr o p o d e la au to b io g raf ía, p o r e l c u al el n o m b r e le u n o se v u elv e tan i n te l i g i b l e y m e m o r a b l e c o m o u n rostro."^^ Pro•opoclástica (así c o m o iconoclasta es q u i e n d estru y e i m ág e n e s) sería la ísc ritu ra e n g e n e ral , p u es d esc o nstru y e al sem b lante y l o d isu elv e en raz o s, e n b its. FA texto, todo texto, es un espejo que enceguece, que arranca los yjos. Es d e so rb i tan te . L a esc ritu ra, p o r d e f inic ió n, es d escarad a. A l esc rib ir, d e c í am o s, se rasg a u n a p ág ina v i rg e n q u e n o d ev uelv e 11 au to r u n a i m ag e n : él está p ri v ad o , d e ste rrad o d e sí m i s m o , c u and o m i r a u n a h o ja en b l an c o q u e i n c i ta a q u e se escriba o d i b u je allí ( c au say raz ó n, m u c h as v eces, d e an g u stia) . En ese m arc o d e ausencia, p u e d e i n te n tar c o nv o c ar y re stitu ir su ro stro p e r d i d o m e d i an te la m ag ia d e l v e rb o . A v an c e m o s la hip ó tesis d e q u e la le tra escrita p e r m i te re f re n d ar, p o n e r d istanc ia o c o rre g ir, y tam b ié n , d ad o el caso , an u lar, la re l ac i ó n c o n el esp ejo . L a e sc ritu ra "realiz a" l o esp ec u lar c o m o resp u esta a u n a o p c i ó n d isy u ntiv a: o la i m ag e n v isib le d e l c u ad ro o la l e tra esc rita y sin ro stro . O la figura o la le tra: la relig ió n m o saic a sabe d e esto ; la id o latría es e l m ay o r d e lo s p ec ad o s, la e sc ritu ra es v e n e rad a y v e n e rab le . En lo s sig no s alf ab étic o s se b o r r a n lo s ro stro s: d eja d e re c o n o c e rse el sem b lante. Sin e m b arg o , n ad ie i g n o r a q u e es p o sib le " d e sc ri b i r" , " p i n tar c o n p alab ras", d esp ertar l o i m a g i n a r i o p o r m e d i o d e e n c ad e n am i e n to s v erbales, y q u e ésa es u n a d e las f u n c i o n e s esenciales d e la p o esía, la q u e Platean, c o m o si fuese ju d í o , c o n d e n ab a e n La Ftepública, El sem b lante, d esalo jad o p o r la le tra, p u e d e reg resar m e d i a n te la m ú si c a y lo s c o lo res d e las p alab ras. En p r i n c i p i o , e l texto d e b e rí a i n stau rar tm a prosopagnosia, ese c u ad ro c lín ic o n e u ro l ó g i c o
M emorias para Paul de M an, c i t. , p . 37. ^ P. d e M a n [ 1 9 8 3 ] , r e f e r i d o p o r j . D e r r i d a ,zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDC
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c arac teriz ad o p o r la i m p o s i b i l i d ad d e id e n tiñ c ar las caras q u e se v e n , esa d e s c o n e x i ó n e n tre la c ara y e l n o m b r e q u e le c o rre sp o n d e . N o es el caso , seg ú n v erem o s d e i n m e d i a to , d e las au to b io g raf ías q u e i n te n tan " re tratar e n c u e rp o y al m a" al au to r, p lasm ar " e l ne c io p ro y e c to d e p i n tarse " . Po r este c am i n o no s d esliz aríam o s hac ia el ap asio nante te m a d e l d eseo d e l escrito r. Es nec esario q u e no s re f re n e m o s y v o lv am o s azyxwvutsrqponm la memoria, q u e la m e m o r i a d e n u e stro p ro y e c to v u elv a a no so tro s. D e la re l ac i ó n e n tre e l au to r y su figura {prosopon) e n el esp ejo p o d rí am o s d e riv ar u n a tip o lo g ía d e las esc rittiras au to b io g ráf ic as. Primero. H ay au to res q u e tratan sus m e m o ri as d e m o d o d e ev itar el e n c u e n tr o c o n su re p re se n tac i ó n esp ecular. L o l o g ran p o r m e d i o d e lo s sig no s q u e traz an e n la h o ja e n b lan c o ; esc rib en p ara ev ad irse d e sí m i sm o s. So p re te x to d e e x ac ti tu d , re f re n an su m e m o r i a ep isó d ic a y se e sc o n d e n e n la m e m o r i a se m án tic a, su p u estam ente p ú b lic a y c o m p arti d a. Ex p u l san d e sí al m i to , a la m e táf o ra y a la i m ag e n . Se re f u g i an e n la f u n c i ó n re f e re n c i al d e l le ng u aje ; so n atito b ió g raf o s " o b je tiv o s" q u e o f re c e n d ato s y esc rib en " d i ari o s" , "ag end as", " c u ad e rn o s" y "m em o rias".'^ C o m o q u i e n p re p ara su curriculum vitae. ¡ La c arre ra d e la v id a; q u é au to b io g raf ía! Es la prosopagnosia llev ad a al e x tre m o . El au to r q u e d a sin re p re se n tac i ó n , c o n sti m a t m m e r o trám ite b u ro c ráti c o q u e ti e n e v o c ac ió n y d e stin o d e arc h i v o . H ay o tro s q u e p u e d e n , p o r e l c o n tr ar i o , esc rib ir p ara tran s m i ti r c ie rta i m ag e n a u n l e c to r v i rtu al , q u e p u e d e n ro b u ste c e rla si g u i e n d o im p u lso s narcisistas, e m b e l l e c i e n d o su figura e i n v i tan d o al l e c to r a u n r e c o n o c i m i e n to tr a n q u i l o y c o nso lad o r. N o se p resentan tal c o m o so n o c re e n ser, sino d e m o d o m ás o m e n o s id e aliz ad o , m a q u i l l a d o . El y o es u n a su b l i m e m e rc an c í a q u e se eng alana p ara q u e o tr o la ad m i r e . Esto s au to res — caso el m ás c o m ú n d e la au to b i o g r a f í a — se m u e s tran c o m o q u i si e ran ser v isto s y, p ara re f o rz ar su p ro y e c to d e o c u l tar m o s tran d o , i n c u r r e n e n "c o nf esio nes" q u e sim u l an ser sello s d e au te n ti c i d ad . Se re p re se n tan c o m o m o d e l o s a i m i tar p o r q u e c u e n tan sus p ec ad o s y m u e s tran así q u e h a n sab id o escap ar a las tram p as d e l y o . Es el caso d e la f u e n te y o r i g e n d e l " g é n e ro " : Segundo.
^ Es c l caso d e S. Fr e u d e n su " Pre s e n tac i ó n au to b i o g r áf i c a" [ 1 9 2 6 ] , c it., d istan te d e las re v e l ac i o n e s q u e m u e s tra e nzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA La interpretación de los sueños [ 1900] y e n la Psicopatología de la vida cotidiana [ 1901 ] . C o m b i n a d o s , esto s d o s ensay o s se ac e rc an a esa au to b i o g raf í a id e al cuy a i m p o s i b i l i d ad re c o n o c e m o s.
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a d e Ro u sseau , ' q u e p i d e ser re c o n o c i d o , a d m i r a d o , d i sc u l p ad o . El escrito r e x p o n e sus c rí m e n e s d e m o d o d e d esp laz ar la ate n c i ó n d e los ec to res y, v e l ad am e n te , d e acusar a q u ie n e s n o s u p i e ro n e n te n d e rl o y e h i c i e r o n d añ o . Pro f esan, Ro usseau y sus c o n ti n u ad o re s , la e x traña rreenc ia d e q u e existe u n a m e d i d a c o m ú n e n tre el y o au to b io g ráf ic o y a su b je tiv id ad , c o m o si el i n c o n sc i e n te n o existiese. Sie nte n su p ro p i a :ransp are nc ia y p r e te n d e n q u e el le c to r la rati f i q u e e n u n p ac to d e g uales, d e y o a y o zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA {des égaux, d iría, q uiz á, Lac an, des egos). C o n bastante f re c u e n c i a t o m a n el lu g ar d e v íc tim as i n ju stam e n te p erseg uid as 3 m altratad as p o r el d e sti n o y asp iran a tran s m i ti r la c o m p asi ó n q ue ello s m i s m o s se p r o d i g a n . La p ro so p ag no sia, p r o p i a d e to d a esc ritu ra alf ab étic a, se g ú n d i ji m o s , se hace aq u í prosopopiastia. En p alab ras co rri e n te s: c o sm é ti c a, c iru g ía estétic a. Tercero. A d e m ás d e esto s d o s, lo s q u e ev itan y lo s q u e se e n am o ran d e su i m a g e n , se to m ará e n c u e n ta a lo s q u e esc rib en p ara d eshacerla, lo s ab o rre c i b l e s q u e se ab o rre c e n y p ú b l i c am e n te se d e s c o m p o n e n ante n u e stra l e c tu ra. N o no s d an su f o to g raf ía estátic a {still) sino la d e sc ri p c i ó n c i n e m ato g ráf i c a d e su sam siana " m e tam o rf o s i s " d e cad a d ía, d e "lo s av ances d e la c aries" e n " u n h o m b r e q u e d u e r m e " , d e la p o d r e d u m b r e d e sus ó rg an o s y d e su ap arie n c ia física, d e su d iso lu c i ó n "b ajo e l v o lc án " . ( Kaf ka, e n El artista del hambre o e n e l Informe para una academia, Perec , Lo w ry , Sam u e l Bec kett, A ku tag aw a, Th o m as Be r n h a r d . ) En esto s esc rito res enem istad o s c o n su ro stro e n c o n tram o s la prosopoclastia. Sus texto s so n c o n f re c u e n c i a d esafiantes, in to le rab les, ileg ib les. D e ri v am o s así u n a p o sib le tip o lo g ía d e lo s n arrad o re s q u e esc rib en p ág in as m ás o m e n o s au to b io g ráf ic as e n re lac ió n c o n su m e m o r i a y c o n su i m a g e n esp ec u lar: 1] Pro so p ag no sia, e n lo s q u e e v ad e n e nc o ntrarse c o n e l esp ejo y p r e te n d e n ser v isto s o b je ti v am e n te , d esd e afuera; 2] Pro so p o p iastia, e n q u ienes se c o m p l ac e n en p in tarse b ajo las luces m ás f av o rab les y e n ju stif ic arse y, finalmente, 3] Pro so p o c lastia, e n lo s q u e m u e s tran el p av o r f re n te a la p r o p i a i m ag e n . L a p re su n ta e x p o si c i ó n histo rio g ráf ic a e n el p r i m e r caso , la hag io g raf ía ro m án ti c a
Confesiones