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Portuguese Pages [145] Year 1983
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Eca Pioneira de Ciencias
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BIBLIOTECA PIONEIRA DE CIÊNCIAS SOCIAIS EDUCAÇÃO Conselho Diretor: Carlos C. Mascaro
Moysés Brejon Nelson Rosamilha
CIP-Brasil.
Catalogação-na-Publicação
Câmara
Currículo
c986
e
nista
São cias
Brasileira
do Livro, SP
supervisão
/ organizadora
Paulo
sociais
:
rumo
a uma
Arlette
visão
D'Antola.
: Pioneira, 1983. (Biblioteca Pioneira : Educação)
huma-
--
de cien-
Bibliografias.
1. Currículos tola,
Arlete
Ra
2,
Supervisão
escolar
I. D'An-
Me
CDD-375
83-0782
=57Le2 Índices para catálogo
sistemático:
1. Currículos
: Educação
3. Supervisão 4. Supervisão
educacional 371.2 escolar : Educação
2. Escolas
: Supervisão
375
: Educação
371.2 371.2
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43
95).
Supervisão e
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à
APRESENTAÇÃO
ANA MARIA aa
SAUL:
DAS
AUTORAS
Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados em Super ae = Sia
Assessora de projetos nas áreas de Supe rvisão,
ANA
GRACINDA QUELUZ: Mestra pelo Pro grama de Estudos Pós-Graduados em Supervisão e Currículo da PUC/SP. Fun dadora do Centro de Assessoria Técnica e Aperfeiçoamento da Pré-Escola (CA TEP). ARLETTE D'ANTOLA: Professora do Pro grama de Estudos Pós-Graduados em Supervisão e Currículo da PUC/SP; Diretora Gera l do Centro de Educação
HELENA
da PUC/SP; Professora Titular da PUC/SP. MACHADO DE PAULA ALBUQUERQUE.
Aluna do Programa de Es-
tudos Pós-Graduados em Supervisão e Currículo da PUC/SP ; Assessora do Serviço de Administração e Supervisão Educacional da CEN P. MARIA ISABEL SEBENELLO BARROS: Mestra pelo Programa de Estu dos PósGraduados em Supervisão e Currículo da PUC/SP; Professora Assistente da Escola Paulista de Medicina, Departamento de Enfermage m. MARILDA PRADO YAMAMOTO: Aluna do Progtama de Estudos Pós-Graduado s em Supervisão e Currículo da PUC/SP; Professora Titular de Estrutura e
Funcionamento do Ensino na Universid
até. MIRIAM CELÍ PIMENTEL PORTO FORESTI:ade Mestde raTaubpelo Programa de Estudos Pós-Graduados em Supervisã
o e Currículo da PUC/SP; Analista de Recursos
Humanos da Companhia Energética de São Paulo — CESP.
SONIA APARECIDA ROMEU: Aluna do Programa de Estudos Pós-Graduados em Sup ervisão e Currículo da PUC/SP;
YVONNE
Educação do Estado de São Paulo.
Supervisora de Ensino da Secretaria
Super-
KHOURI: Professora do Programa de Estudos Pós-Graduados E les visão e Currículo da PUC/SP; Conselheira do Conselho Regional E e E logia — 6. Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul); Chefe e cipal de Psicologia do Departamento de Saúde Escolar da Prefeitura Mun São Paulo.
|
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Supervisão Currículo — RUMO
A UMA VISÃO HUMANISTA
e
—
Arlette D'Antola Organizadora
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LIVRARIA PIONEIRA São
EDITORA
Paulo
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Este livro foi composto por
GABARITO Arte & Texto S/C Ltda.
Capa de
Jairo Porfírio
Nenhuma parte dest e livro poderá ser
1983
Todos os direitos reservados por
ENIO. MATHEUS
GUAZZELLI
02515 — Praç a Dirceu Telefone: 2660926 — Printed in Braz il
& CIA. LTDA.
de Lima,
São Paulo
313
Se
rege
Impresso no Bras il
Tem
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a
a r Sera PANDA Corre)
ÍNDICE APRESENTAÇÃO CAPÍTULO is
I —
Yvonne
—
Arlette D'Aniola
SAÚDE SKBOUTE?
MENTAL,
ESCOLA
E
EDUCAÇÃO
ISA amo Eau ni a da ss nie as EL
AMENTO CAPÍTULO II — PLANEJ NA COLA DE PERIFERIA URBA
dd
dia epa dare dep es pl TR
od
PARTICIPATIVO E ES— Arlette D'Antola ....
UMA NÓSTICO PARTICIPATIVO: CAPÍTULO III — O DIAG NSAR A SUPERVISÃO EDU ALTERNATIVA PARA REPE Ana Maria Saul ........... CACIONAL BRASILEIRA — HUVIMENTO DE RECURSOS CAPÍTULO IV — DESENVOL IOS PARA UMA PROPOSTA MANOS NA ESCOLA: SUBSÍD bg,
Maria Isabel Sebenello Barros CAPÍTULO V — À SUPERVISÃO —
TADO
—
DE
PAULO:
SÃO
Helena Machado
CAPÍTULO VI — O — Ana Gracinda
O
o SN alia
PRC
..... RA
EDUCACIONAL IDEAL
E
A
NO
25
35
ES-
REALIDADE
a ....... EC Es
de Paula Albuquerque
11
CURRÍCULO CENTRADO NA PESSOA Queluz ...ccrorccrerereenanarrerees
53 65
CURRÍCULO: CAPÍTULO VII — REFLEXÕES EM TORNO DE — Miriam A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE CIÊNCIAS eo Celi Pimentel Porto Foresti ......ccccctrensenecerta CAPÍTULO
VIII
—
CURRÍCULO:
Marilda Prado Yamamoto
TEORIA
e Sonia Aparecida
E
PRÁTICA
Romeu
—
......
95
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APRESENTAÇÃO
O Currículo
Programa da
Pontifícia
de
Estudos
Universidade
Pós-Graduados Católica
de São
em
Supervisão Paulo,
e
ao longo
do seu desenvolvimento, compreendendo trabalhos, propostas e debates — sempre voltados para a realidade brasileira —, resultou na produção de um número de estudos, da mais alta qualidade e importância, versando diretamente essa problemática.
A
idéia
de
publicar
uma
coletânea,
reunindo
os
trabalhos
mais significativos, nasceu de três premissas:
—
A falta de publicações que tratassem dos problemas dentro da realidade
educacional
brasileira,
pois
a quase
totalidade
da bibliogra-
fia existente sobre Supervisão e Currículo é de origem estrangeira. —
Sobretudo, o aproveitamento da experiência, valiosa e fundamental, das AUTORAS que militam ou militaram durante anos em PréEscolas e Escolas de 1.º e 2.º Graus, aliando, assim, um profundo conhecimento da nossa realidade educacional a um saber teórico não menos importante.
—
Finalmente,
as publicações
sobre
Supervisão
e Currículo
raramente
enfocam o tema do ponto de vista humanista, e é por isso que as AUTORAS dessa obra privilegiaram esta abordagem.
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"ea A temática
da
obra
desenvolve
Se
em
oito
capítulos + assi ASsim
organizados: |—
idéias tadas — são apresen Educação e Escola do mental saúde na lo Currícu do ia influênc a sobre “oinais
Saúde Mental,
educando. A relevância do texto prende-se principalmente
e
dificilmente está presente na
hs
Ea de que esta preocupação
boração do Currículo. À AUTORA
enfatiza a importância de
uma integração consciente entre educação e saúde mental no momento de elaboração e desenvolvimento do Currículo. H —
Planejamento Participativo e Escola de Periferia Urbana — à
preocupação central deste capítulo é apresentar uma alternativa capaz de tornar mais eficaz a atuação das escolas carentes. É proposta uma organização inovadora da estrutura escolar através dos princípios do Planejamento Participativo. Com isto a escola
deve
transformar-se
em
núcleo
polivalente
de
atendimento comunitário que, integrada a outras instituições, deverá otimizar a utilização dos recursos comunitários na di-
reção das necessidades
e expectativas
expressas
pela comu-
nidade.
HI —
O Diagnóstico Participativo: uma Alternativa para Repensar a Supervisão Educacional Brasileira — o texto busca um caminho para repensar criticamente a Supervisão Educacional, apresentando o Diagnóstico Participativo, sob a ótica da Supervisão. O processo inclui as etapas “de descrição, análise crítica
e criatividade. Ao final, são gerados os posicionamentos deci-
sivos para definir o que pode ser e como deve ser a Supervisão
Educacional Brasileira.
IV —
Desenvolvimento
de Recursos
para uma Proposta —
Humanos
na Escola:
Subsídios
é destacado, em diferentes definições
de Supervisão, um ponto comum,
que é o papel do supervisor
como “dinamizador” das atividades que propiciam o contínuo
do
aperfeiçoamento
pessoal
envolvido
no
aprendizagem, e oferece subsídios para um
senvolvimento
de
recursos
humanos
para
processo
ensino-
programa
de de-
educadores.
A Supervisão Educacional no Estado de São Paulo: o Ideal €
a Realidade — é realizado um paralelo entre
as expectativas oficiais de desempenho dos Supervisores de Ensino e o que
de fato ocorre na prática. Aponta caminhos que se iniciam na
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problematização cessidade de uma
vI—
dos fatos e se reforçam práxis de Supervisão
Educacional.
O Currículo Centrado na Pessoa — aqui, os princípios da abordagem humanista foram integrados à proposta curricular, fornecendo ao leitor informações para que, através da prática, cada educador e cada escola encontrem um caminho inovador e criativo, para o desenvolvimento
VII —
pela crença da ne-
Reflexões em torno de Currículo:
de suas atividades. a Formação do Professor de
Ciências — são colocadas aqui considerações em torno do currículo da licenciatura, em particular da área de Ciências,
ressaltando que a meta do currículo de licenciatura deve ser a
formação do educador. Este objetivo deve ser assimilado criticamente por professores e alunos em cada uma das atividades propostas pelo currículo.
VII
— Currículo:. Teoria e Prática — a primeira parte deste capítulo apresenta uma correlação entre considerações gerais de teorias
curriculares e o referencial classificatório de Eisner sobre posturas curriculares. A segunda parte mostra, através de pesquisa realizada em uma universidade, a hipótese de que “a prática
diária nem sempre evidencia o grau de consciência que seria desejável
no desempenho
dos
professores
em
relação
as suas
opções filosófico-curriculares”. Espero
que
os especialistas
em
Supervisão
e Currículo e em
Educação em geral possam encontrar nesta obra um ponto de apoio importante para seu desenvolvimento acadêmico e profissional.
Arlette D'Antola
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Saúde Mental, Educação e Escola
Ivonne
Khouri
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serenata poa
O conceito de Saúde assumiu uma configuração 1952, quando
a Organização
das Nações
Unidas
convocou
social desde uma
comis-
são especial com a finalidade de elaborar um indicador de saúde, identificado já com o nível de vida de uma população. O grupo concluiu ser impossível estabelecer esse indicador único e elaborou uma relação de 12 itens, a saber:
1.
assistência
— — — — —
esperança coeficiente coeficiente número de número de
aAUrRUnN
alimentos
Oo
médica
e condições
demográficas
de vida ao nascer de mortalidade geral de mortalidade infantil médicos em relação à população leitos hospitalares em relação à população
e nutrição
educação condições de trabalho mercado de trabalho consumo e economias
transporte habitação,
incluindo
gerais
saneamento 3
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Rai
9. 10. 11. 12.
vestuário recreação segurança social liberdades humanas Uma breve análise destes indicadores permite perceber
que ão
é o médico em si o responsável por um bom nível de saúde, mas, a E dele, também muitas outras variáveis relacionadas à estrutura social, o , de uma so ciedade. íti ômi a e política econômic ,
Considera-se “uma
condição
então
a Saúde,
individual,
referente
que ao
indivíduo
ser
conceituou
Sá
Carlos
seu
no
tor
vivendo não apenas livre de doença, mas em plena eficiência
de
todas as suas atividades físicas e mentais, de tal sorte que não seja somente útil a si mesmo mas sobretudo a seus semelhantes (Marlet, 1978),
como
as
uma
qualidade
dinâmica
de vida resultado
de diversos
fatores
estruturais da sociedade. É dentro desse enfoque integral e dinâmico de Saúde que iremos tecer algumas considerações sobre a saúde mental e suas relações com a educação e a escola. Ele permite recusar as inúmeras conceituações psicologizantes ou psiquiatrizantes do comportamento humano, visões unidimensionais do assunto e vislumbra o homem numa dimensão
total,
afirmando
a dependência
do
comportamento
dos
contextos
só-
ciais. Esta visão globalizante do assunto permite uma reflexão mais pro-
funda sobre a atuação de profissionais que, devido às características de suas atividades, estão relacionados à saúde mental, como é o caso dos
educadores, compromissados com a formação integral do homem. Na nossa sociedade capitalista existem processos psíquicos
considerados ideologicamente como normais, mas que são essencialmente anormais, tanto na sua origem como no seu desenvolvimento,
pois geram alienação.
O processo
de desenvolvimento
da personalida-
de, influenciado pela estrutura sócio-econômica, que enfatiza e prioriza as necessidades de mercado, dá origem a um homem desvinculado
de suas próprias necessidades naturais, do mundo
dos outros homens.
Desse
modo,
as referidas
e, portanto, também
necessidades
de mercado transportam-se para o campo de necessidades do homem. A vida do indivíduo passa a girar não somente em torno dessas suas necessidades, criadas pela estrutura social, mas também em torno da procura de como saciá-las. Suas ansiedades e conflitos cotidianos derivam-se da insatisfação dessas necessidades e do esf orço contínuo e estafante despen dido para satisfazê-las,
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Oieee
que a apr
A disseminação de crenças, valores e comportamentos contribui para a manutenção da estrutura capitalista da sociedade, isto é, por meio de sua ideologia é que essas necessidades, embora ilógicas e supérfluas, se nos apresentam como normais e necessárias. O fato de não conseguir satisfazê-las e a necessidade de postergá-las levam implícita uma outra mensagem relacionada com a incapacidade indivi-
dual: o mito da meritocracia. O homem, então, assume a culpa de não
|
alcançar os ditados da ideologia e, assim, exime a sociedade da responsabilidade que lhe corresponde na alienação dos seus integrantes. Essa postura não crítica conduz ao surgimento de um comportamento estatisticamente normal, mas psicologicamente afetado pela alienação. Algumas afirmações de Cooper (1982) esclarecem melhor tal situação: “Desde
o instante do nascimento
através
de situações
de aprendizado
a maioria
das pessoas
social, na família
progride
e na escola,
até atingir a normalidade social. A maioria das pessoas fica desenvolvimentalmente parada neste estado de normalidade. Algumas sucumbem durante este progresso e regridem ao que chamamos loucura.
Outras,
tado de inércia tica, alienada e sanidade. Cabe oposto, não só
Basaglia
pouquíssimas,
conseguem
deslizar
através
do
es-
ou parada representada pela normalidade estatísprogridem até certo ponto do caminho para a notar que a normalidade está distante, em pólo da loucura, mas também da sanidade mental.”
(1968)
enfatiza o fato de esta pretensa
normalidade -
coincidir com as necessidades da produção. Do nosso ponto de vista, considerando o exposto, a sanidade mental pode ser encarada exatamente como a capacidade de analisar criticamente essa situação alienante e infra-humana, e agir de modo a modificar tais condições, que são geradoras de doença. Será, portanto, mentalmente sadio, o indivíduo capaz de uma inserção consciente, ativa e modificadora das suas próprias condições e das de seu meio social,
através da superação da dominação, o que significa através do exercicio do poder dos dominados. Algumas pesquisas psicológicas sugerem é um dos requisitos essenciais para a sobrevivência em grande parte, dependente da inclusão do sentido conceito. Uma pessoa mentalmente sadia deve ser
que a auto-estima do homem e ela é, de poder ao autocapaz de perceber
em si própria este poder e sua capacidade de influenciar o ambiente.
Este sentido de poder deve, porém, ser baseado na experiência do seu exercício. Qualquer reflexão sobre saúde mental necessita considerar, especialmente, este aspecto de exercício de poder nas relações dominador-dominado.
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tuições
es se apreseÊ ntam nasÉ instiA maneira pela qual essas rel açõ escola, são descritas por da sociedade capitalista, inclusiv e a
Basaglia (1968):
Relação do tipo aristocrático.
poder contratual que um ui poss te clien o que É aquela em onal. Este poder conissi iss prof prof de o nic téc er pod ao trapõe
e no plano de padad oci ipr rec de el nív um e lec tratual estabe papel social do cliente.
se con
sional e péis: papel técnico do profis ão poder do profissional, nte ame siv pas e met sub se Este não responde a um valor ecocor ial soc or val seu que ida na med econômico porá fim a tal or val se des da per A o. tiv efe nômico tipo de relação.
“Relação do tipo mutualista. aumento
Caracteriza-se por um
do poder
arbitrário
do pro-
relação, poderá reafissional. A reciprocidade, neste tipo de de sua casos em que O cliente tome consciência
parecer nos determinada insposição social e de seus direitos face a uma interesses. tituição que deve ter por fim atender aos seus
Relação do tipo institucional. Caracteriza-se por um poder desmesurado do profissional face ao cliente, que se torna uma pessoa sem direitos, à mercê do arbítrio do profissional, situação decorrente da ausência de todo o valor contratual por parte do cliente.
pelo
Para Basaglia o tipo de relação que se estabelece é decidido sistema sócio-econômico. Isto significa que o nível sócio-econô-
mico do cliente intervirá no seu futuro, estabelecendo-se
freqientemen-
te uma acentuada desvantagem para os mais pobres
Os clientes ricos utilizam instituições particulares nas quais recebem todo o apoio, sejam elas clínicas que trabalharão para sua rápida reintegração na sociedade, sejam elas- escolas que possibilitarão a atualização
dos seus potenciais
e os prepararão
para
o exercício
da
dominação. irei O cliente pobre é u ma pe .pessoa sem ao po Ê submetido direitos, ! ad i a instituição, através da interação de profissionais que se tornam delegados da violência inerente ao sistema social, muitas ve, zes de maneira ingênua e inconsciente. 6
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Esse autoritarismo,
tria Democrática” cos, estende-se
analisaram
a todas
Tomemos
que
Basaglia
e os integrantes
profundamente
em
instituições
sociais.
as outras
da “Psiquia-
hospitais
psiquiátri-
especificamente o caso da escola. Ela tem mecanis-
mos opressivos montados no seu próprio âmago, pois trata-se de uma organização que determina certos tipos contraditórios de relações entre as pessoas que a ela pertencem. Se sua razão de ser é educar, ela deveria caracterizar-se
como
um
local onde
se proporcionasse
continua-
mente o enriquecimento da personalidade, como um campo fecundo de relações humanas maduras ou que tendessem ao amadurecimento, onde a passagem da subordinação à autonomia, da dependência à indepen-
dência, da imitação quer
observação
que
à criatividade fosse efetiva. Entretanto, façamos
na
instituição
escolar
em qual-
constata-se
exata-
mente o contrário. À escola é um centro de reações autoritárias e isso é
visível tanto na estrutura administrativa do sistema educacional, como na sua burocracia. Esta garante o trânsito da ideologia dominante na hierarquização, na qual as decisões provêm sempre dos escalões supe-
riores e seguem um percurso descendente, no qual não há a menor participação dos escalões inferiores, impedidos de as discutir ou replicar. Os canais de comunicação, que se dirigem sempre do superior ao subordinado, são rígidos, dificultam e entorpecem o trabalho educativo.
Tal situação institucionaliza o autoritarismo. Cada um dos seus membros é autoritário com seus subordinados e dependentes do. seu superior, exceto o aluno, que deve ser sempre submisso. Enfim, ensina-se a
mediocridade, a dependência e a submissão, ajuda-se o aluno a ser um elemento passivo no sistema social, ajustando-se a ele sem questionamentos ou reflexões. Do ponto de vista dos conceitos de saúde mental discutidos anteriormente, a escola auxilia a formar o enorme contingente de pessoas estatisticamente
normais,
alienadas e passivas,
os elementos
per-
feitos de uma sociedade na qual é necessário manter-se a impressão de
paz social para que a opressão possa ser levada a cabo sem barreiras e com um mínimo de obstáculos para o opressor. Dessa maneira, a escola, que poderia ser uma agência promotora de saúde mental, na medida em que proporcionasse aos seus 1ntegrantes a possibilidade de ultrapassarem a chamada normalidade estatística, torna-se uma delegada da opressão e do autoritarismo vigen-
te, uma barreira para que a sanidade mental seja alcançada.
Cabe aqui ressaltar a importância da instituição escolar na con-
secução desses objetivos, pelo fato de que uma. considerável parcela de população sofre sua influência durante os vários anos em que nela permanece,
oe
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ola em di-
efetivo caminhar da esc m para " Entretanto, não hav erá um as metas, afinal, converge cuj , al nt me e úd sa da ão reção à promoç OS educadores não se sensito uan enq ra, ado ert lib ão as de uma educaç nas transponsabilidades como ativistas bilizarem e aceitarem suas res necessárias. formações que se fazem importân cia, é a modificação das reUma delas, de grande atual. Novas modalidades la co es a am iz er ct ra ca e qu lações autoritárias à comunidade escolar (ine s ore cad edu Os re ent torde relacionamento e dos educadores entre si as) íli fam s sua e nos alu as na cluindo-se aqui os es devem ser focalizad açõ rel erint as Ess . eis nam-se imprescindív Os membros da escola e os tod de ção ipa tic par na idainterdependência e nhecimento de suas necess co têm s soa pes as que se inicia assumindo consideradas € discutidas em
devem ser des e aspirações e que estas educação. er tomada de decisão em qualqu
curricular, entendido
O planejamento
incluindo
portanto
€ situações
os fatores
todos
aqui que,
de forma
ampla,
alguma
forma,
de
homem, de ampliação de seu do o açã ert lib de so ces pro ao m se relaciona ampla colaboração de todos os poder e de sua criatividade, necessita Aos educadores cabe interpretar, integrantes da atividade educacional. etiva da realidade, que se conscol ão taç cap a ess ar niz rga reo e r ica rif cla tivo, transfortituirá na base de um
trabalho
educacional
realista,
efe
tar a condução mador do “status quo” e que poderá facili
de seus par-
. ticipantes em direção à sanidade mental
BIBLIOGRAFIA Franco. L'Instituition en Negation. Ed. Einaud, 1968.
da
A York
poa
A Escola na Sociedade
id
a
e
im
E
“Strategies Community
a
Lisboa,
Livros
Horizonte
Prevention of Mental Disorders”. In: Health. Nova Psychology and Preventive Mental for
the
DO
ai Sai e
de Classes.
es opatologia
do
Vínculo
Professor—AÁluno:
O
Profesor In: Maria Helena Souza Patto. InAgente Socializante” Pi trodução E a! E sicologia Escolar. São Paulo, Editora T. A. Queiroz, 1981. SOSDER jam iquiatria e Amtipsiquiatria. São Paulo, Ed. Perspectiva S.A. FREI RE, Paulo. ExtensãoE ou Comunicação? Rio de Janeiro, Ed. Paz e Terra, 1979.
8
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MARLET,
José Maria e col. Saúde da Comunidade. do
Brasis
Ltda.,
São Paulo, Ed. McGraw-Hill
1978.
Luc. Psichiatria 1980.
Democratica:
Experience
Italienne.
Paris,
METGE,
Jean rabée,
RYAN,
W. “Preventive Service in the Social Context: Power, Pathology vention”. In: Preventive Services in Mental Health Program
Ed.
Sca-
and Pre(Boulder
Western, Interstate Commission for Higher Education), 1967. SONTAG, H.R. e col. Psiquiatria e Desenvolvimento. São Paulo, Editora Brasiliense, 1980.
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Planejamento Participativo e Escola
de Periferia Urbana
Arlette
D' Antola
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um observador menos avisado, as escolas de rede oficial de ensino parecem todas iguais. Nossas autoridades declaram oferecer ensino igual a toda a população; entretanto, uma análise mais acurada A
poderá evidenciar diferenças importantíssimas que transformam cionamento situadas
das escolas de periferia urbana
em zonas centrais. As escolas foram criadas com
num
das escolas
arremedo
fins claramente
o fun-
elitistas, ou
se-
ja, para atender exclusivamente à clientela oriunda da classe dominano número
de
vagas nas escolas foi consideravelmente aumentado numa tentativa atender a toda a demanda do 1.º grau. Se observarmos o crescimento desordenado das metrópoles Brasil, constataremos que existe uma crise ambiental, De um lado, em termos mos as populações do centro que, apesar de privilegiadas
de
te. Com
a industrialização
equipamentos urbanos,
e o crescimento
arcam
o ônus
com
da metrópole,
de um
cinturão
no tede
periférico
incômoda. Por constituído por uma população que lhe é desconhecida e
que vivem de outro lado, temos as populações dos bairros da periferia cia, agremodo dramático, sem nenhum tipo de urbanização ou assistên gados à metrópole. grupos, com cultuHá, portanto, um choque cultural: vários si, tentanras diferentes, sem conhecimento mútuo € intercâmbio entre 13
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para urbano, competindo ferozmente aço esp mo mes num r quena parcela dessa do sobrevive entes à penas para pe ici suf s, cio efí ben : gozar dos
o
e p ulação. Como se comporta à escola nesse poop As declarações
para
hã escola
e oficiais são de qu
todos. Q
ndem apenas à demanda
ate é* q que as vagas do ta ta ns co m ré po s mo ue te bemos que a demanda Sa . da ci he on sc de é real nie pois a demanda pudemos constatar rente. Nós CE apa a and dem à que or mai é e exemreal a siona : fis pro ia ênc viv sa nos de ig muni. tais fatos através e , em um em maio , ola esc uma de ão plo, a inauguraç 1.55 vagas com alunos da heu enc pre que lo, Pau São nde cípios da Gra entado outra escola. Este 13 série de 1.º grau que nunca haviam fregii na escola, vaga
sem
crianças
há
que
demonstrar
s das periferias urbanas não têm evidencia também que as populaçõe até aquele momento, não além
exemplo,
de
eitos, pois, or hábito reivindicar seus dir os. vagas escolares para Seus filh haviam denunciado a falta de nção é a duração dos períoOutro fato que c hama nossa ate tes do Centro. Numa tentativa de dos escolares das escolas distan as escolas das periferias urbanas atender maior número de crianças, a unidade escolar, diminuindo aumentam o número de períodos de cad Logo, quando a criança tem consegientemente a duração dos mesmos. .
Pp
vaga
na escola, O seu
se realiza
atendimento
tempo.
menor
em
s a todos, Com a justificativa de oferecer iguais oportunidade las periféricas, a escola das zonas centrais serviu de modelo às esco ridas. Loignorando totalmente o contexto onde tais escolas estão inse o de corgo, a escola trata as crianças de modo “igual” com a pretensã rigir desigualdades sociais. Ora, não podemos cair na falácia da superestimação da escola como a única capaz de resolver todos os problemas sociais e ocasionar rupturas com as posturas de um determinado tipo de desenvolvimento sócio-econômico (Ab'Saber, D'Antola e ou tros,
1979).
Tratar a todos como
iguais é uma
data, tem se mostrado ineficiente como
estratégia
que, de longa
atestam os altos índices de fra-
cassos e evasão escolar constatados nas zonas de população nomicamente
carente.
dé autor o
e
aram
E
er
que
do fracasso
o E
foi exercer
aprove uma alta. porcentagem
ao invés de resolvido, permanece
ficou iimizado, pon
por problemas
ado
End
pressão
sócio-eco-
escolar, a solução que sobre
o professor, Pê
assim,
de alunos;
o problema,
mascarado.
ndo provocada pelo fracasso, ante o maior
índice
de
evasão
ade de trabalhar para aumentar
é causado
a renda
14
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familiar, falta de vestuário adequado para se apresentar na escola, falta de dinheiro para transporte, choque cultural entre a clientela, etc., as autoridades
não
conseguiram
apresentar
em
seu
balanço
numérico
redução dos índices de evasão. A ação pedagógica propriamente dita das escolas situadas nas periferias urbanas apresenta diversas facetas que mereceriam nossa atenção, dentre as quais destacamos a natureza do conteúdo transmitido e a atuação
dos educadores,
A escola transmite apenas os conteúdos aceitos pela cultura da classe dominante, apresentando-os como verdades incontestáveis, desconhecendo totalmente os valores subjacentes às culturas de origem dos alunos. Quanto
aos
geralmente
educadores,
desconhecem
a
cultura
da clientela que fregiienta a escola das zonas periféricas. Por terem sido formados para transmitir a cultura da classe dominante e por serem,
em
sua maioria,
oriundos
das zonas
centrais
da cidade,
tendem
a desconhecer e rejeitar os valores da clientela residente nas periferias. É, pois, na relação professor-aluno que o choque entre culturas atinge seu ponto culminante.
Os educadores que atuam na periferia das grandes cidades expressam constantemente desagrado em relação a seus alunos, classificando-os como incapazes de apresentar o rendimento esperado pela escola. Sentem-se prejudicados por atuar em ambiente que adjetivam de sujo e distante e, na primeira oportunidade, transferem-se para escolas mais centrais. | Ao agir desse modo, o educador está externando os valores que a sociedade lhe inculcou como certos, e que ele se empenha em transmitir sem, ao menos, questioná-los. Ao: que tudo indica, falta ao educador a necessária consciência crítica para analisar sua atuação,
o que o leva a ser um mero reprodutor da cultura preconizada como a melhor pela classe dominante. Em síntese, a escola transmite valores e costumes de um contexto cultural ao qual os alunos provenientes de classes populares se sentem estranhos (Nidelcof, 1978). É claro que esses problemas são reflexo dos problemas sócio-econômicos de âmbito nacional e, quanto a esses, o papel da Educação é, a curto prazo, apenas complementar. É claro que esses problemas de âmbito nacional que influenciam fortemente educandos e educadores. Apesar disso, a educação poderá assumir a médio e longo prazos o papel ignorância”,
estratégico
de
quebra
do
círculo
vicioso
“pobreza-
15
Scanned with CamScanner
só ao Brasil; muitos outros Estes problemas não são peculiares udando. problema das diferenças culturais, est
países vêm sentindo o re o tema. e realizando experiências sob
Es
têm sido propostas,
mas Algumas soluções para esses proble
educação compensatória”: cuja a da Citamos, dentre elas, a estratégi igualar º desempenho escolar de filosofia teria como objetivo último do, assim, sanar e compensar as todos os grupos. de alunos, pretenden e à educação compensatória é diferenças ambientais. À idéia subjacent olar, estaríamos proporcionando a de que, igualando O desempenho esc defasagem am.
iguais oportunidades biental.
de vida a todos,
a
recuperando
A
sobre Entretanto Carnoy (1976) realizou estudos avaliativos cação como desempenho daas crianças oriundas de programas de “edu -econô-
pensatória”, concluindo que, embora as crianças de nível sócio criandas mico baixo tivessem conseguido igual desempenho escolar ao de em-
e alto, suas oportunidades
ças de nível sócio-econômico médio
suas faprego e aperfeiçoamento profissional não foram além das de mílias.
Devemos reconhecer que os efeitos da educação compensatória, além de serem de curta permanência, não trazem benefícios sigcom Bernstein (1979)
nificativos à vida futura da criança. Concordamos
quando diz que deveríamos parar de pensar em “educação
tória” e, ao invés
disso, considerar mais
temática as condições e os contextos
e de
seriamente
do ambiente
compensamaneira
sis-
educativo.
Na realidade, o que ocorre com as crianças que povoam as de periferia urbana é que tudo aquilo que fazem fora da es-
“zonas
cola deixa de ter um
sentido válido no interior desta. Pouco
a pouco
é criado um fosso entre a criança e a escola, o que significa que Os conteúdos do saber escolar, ao invés de serem “impostos de modo autoritário,
deveriam
ser
extraídos
da
experiência
ambiental
da
criança.
A partir dessa proposta e das idéias de Bernstein, começamos
a refletir sobre a possibilidade de viabilizar uma sua
atuação
nas características
do
ambiente
escola que baseass
cultural
de
sua
clientela
e a primeira barreira que se nos apresentou foi o conhecimento viesado das culturas existentes nas periferias urbanas.
nd
ei
pn
guia a ” culturais e políticas. As medidas o cessidades são expressas ATÉ s de oe cm polít FPS Ea icas; de modo decisões Ê
E
con Ê creto, através da participação da maioria na determinação do conteúdo das decisões políticas sobre
os processos
sociais
(Galli,
1972).
16
Scanned with CamScanner
e
Temos,
portanto,
que, somente através da participação
si
nificativa da população em projetos sociais, teríamos a verdadeira de que viria alterar as relações de dominação
ai As
mudanças
de nossa socie-
políticas de um país podem ocorrer ou atravé
de um projeto oficial, proposto pelo governo, ou através de
exercidas
pelo
povo
sobre
os órgãos
oficiais.
P
pressõ
Ec
ea que preparar a população para, em conhecendo seus direitos, atuar socialmente, seria parte de um processo de mu.
danças
políticas
que,
dificilmente,
poderiam
ser desprezadas
pelos ór-
gãos oficiais, pois significaria ignorar a realidade. Assim
é que
imaginamos
trazer para o âmbito escolar pais
e famílias dos alunos, estimulando-os a participar diretamente do processo educacional oferecido pela escola, com o intuito de ampliar-lhe a função social. A proposta é que a escola deveria atuar conjuntamente com outras instituições escolares na perspectiva de atender às necessidades expressas pela comunidade. Surgiu, então, a idéia de utilizar os princípios mento
participativo,
pois, se o plano
do planeja-
da escola fosse
geral
elaborado
em conjunto por educadores e membros da comunidade, a educação poderia atingir um número maior de pessoas daquela comunidade e, ao mesmo tempo, satisfazer as necessidades da população. O planejamento participativo se constitui num processo político, num propósito coletivo, numa deliberada e amplamente discutida construção do futuro da comunidade, em que participe o maior nú-
mero possível de membros de todas as categorias que constituem a co-
promunidade; significa, portanto, mais do que uma técnica, um Encesso político vinculado à decisão da maioria, Gan ÃO alguns tende-se que os interesses da maioria da população contrairão
interesses de certas minorias, e que estas, dificilmente, abrirão mão
tode seus privilégios. É, portanto, fundamental que essas maiorias
mem consciência de sua situação, força numérica e se organizem, se Es mobilizem, se coordenem e ajam politicamente (Cormely, E
E A idéia de planejamento participativo é muito as E o do e Ill ich modernas teorias de liberação humana de : OE manista de Fromm, pois propõe que o povo não Seja E história e, sim, sujeito da mesma, através de um process
sabilidade sobre
seu próprio
Entretanto,
destino.
o planejamento
alguns riscos, conscientes
ou
ra
participativo pode
inconscientes,
sendo
o mais
OE
ds 8
cine blicos
a possibilidade de manipulação da população pelos órgãos P 17
Scanned with CamScanner
Considerando
que
o planejamento
participativo
é frequentemente
uti-
lizado com populações carentes, o serviço público pode manipular a população,
ou
fazendo-a
crer
que
está
participando
do
processo
cisório, ou deixando intocados os problemas fundamentais, induzindo
essas
populações
a assumir
responsabilidades
de-
ou, ainda, que
são
da
obrigação do poder público. Como exemplo, podemos citar os mutirões de limpeza e construção da casa própria. Para evitar ou minimizar tais riscos, Cornely recomenda que a população participe ativamente, em todas as fases do plano, mesmo
Há, ainda, a necesdurante a execução
das tarefas consideradas técnicas (Cornely, 1977). sidade de avaliação e postura crítica permanente, do plano.
Os aspectos vantajosos do planejamento participativo são inúmeros
que
passamos
a sintetizar:
— já desde a decisão de se elaborar determinado plano, programa ou projeto local, a participação de grande parte da comunidade proporcionará ao mesmo uma imagem popular
favorável,
com
de credibilidade
foros
ante
os
olhos
da população e com legitimidade de coisa desejada, que corresponda às necessidades sentidas da população; — durante as diversas fases, a pesquisa terá a participação de setores da comunidade, técnicos e líderes, trazendo dados mais realistas e elementos qualitativos; evitará, portanto,
que o conhecimento
da comunidade
se baseie apenas
em
dados quantitativos, que retratam apenas parte de sua rea-
lidade, e escamoteiam, muitas vezes, informações qualitativas importantes
para o processo
de mudança
social;
— no seu processo verdadeiramente pedagógico, estimula a comunidade a tomar consciência de seus problemas reais e a desenvolver
sua
criatividade
na busca
de
soluções,
na
verdadeira construção de capacidades; — o produto
desse
processo
participativo
será
um
plano
de
metas mais realistas, mais adaptado à realidade concreta que se quer mudar e ao modelo que se deseja atingir, e mais consentâneo com os meios de que a comunidade pode dispor; — este mesmo processo pedagógico ajuda a agregar novas vontades ao plano e, por isso mesmo, fortalece as forças favoráveis à mudança;
da mesma
forma e pelas mesmas razões,
18
Scanned with CamScanner
ajuda a minar as forças de resistência que sempre se opõem a qualquer plano; o — aprofundando as raízes populares das quais se imbui doplano, amplia e fortalece O foco decisório, incorporan “lhe novos componentes populacionais; ulos intrans— os conflitos existentes não significarão obstác
ação diaponíveis para o plano; ao contrário, através da e da barlógica da discussão € do debate, da negociação ir a canaliganha, dos pactos € coalizões, se poderá garant a visão será semzação positiva dos conflitos de interesses;
das maiorias; pre pluralista com predomínio dos interesses contratados, apro— se é verdade que grande parte dos planos ção são abanvados e decididos por determinada administra de que o apoio donados pela próxima, não é menos verda comunidade e do popular maciço, a decisão da maioria da diminuirá o risco de maior número possível de forças vivas, os próximos vereadescontinuidade; o próximo prefeito, das mesas redondas dores poderão estar sentados em torno
>
e decidido levá-lo onde a comunidade terá discutido o plano idade, devidamenavante; além disso é possível que a comun os administrate organizada, tenha condições de pressionar os riscos de desdores a levar avante os planos, diminuindo o processo de placontinuidade, que tanto têm prejudicado nejamento no Brasil e em outros países; tem, em seu bojo, — esse tipo de pedagogia de participação muitas condições forte conteúdo motivacional; terá, pois,
a implantação de motivar a comunidade a se mobilizar para
u, e a enfrentar das metas do plano, que ela mesma decidi e os sacrifícios que sua execução exigirá intensamente em — doutro lado, o planejamento participado será
do povo todas as suas fases e decidido pela maioria
formação de um um dos elementos importantes para à Kenneth Webb, “feedback” de cidadãos, a que fez menção exigir algo da ação a acompanhar, fiscalizar, assessorar € isso o processo dedo administrador e do legislador; não é mocrático de governo? (Cornely, 1977).
As outro tipo de da uma das a população
diferem de nenhum etapas do planejamento participativo não de atuar em caplanejamento; a diferença está na maneira “há necessidade de etapas. No planejamento participativo técnica que dereceber constantemente uma assessoria
belecidos. sempenha os papéis previamente esta 19
Scanned with CamScanner
(1977),
Segundo
Cornely
Vejamos
a composição
dos
parte
boa
de expe.
insucessos
à falta de habili. ve de se e ad id un de comt riências de desenvolvimento equipe técnica. posiça o da com má ou a nci ciê ufi ins dade, segundo sugere equi pe técnica, Cornely
da
(1977):
té cnica em qualquer trabalho ia or ss se as da l cia ini — o papel nejamento participor tanto, também no pla comunitário e,
-se levantam os problendo qua É dor. a iv at do o pativo, é se ativam suas forças vivas,
unidade, se incentiva a busca de soluções, se estimulam discussões, um tário. Aqui a assessoria terá mas, se anima
a com
se cria um clima comuni mu la a comunidade, papel indutor, enquanto esti be tomar as decisões;
mediante
— a função planejadora,
a qual
a qual caajuda
a equipe
a
es técnicas na elacomunidade a desempenhar as atividad importante. O auboração formal de projetos, é igualmente rá não apenas tor esposa a idéia de que a comunidade deve igualmente
decidir seu futuro, mas
designar
bros para colaborar nas atividades-meio,
mem-
alguns
na elaboração
dos
pedaprojetos. Tal convicção tem fundamento no enfoque gógico do planejamento paíticipativo; — o papel de guia, de orientador, no sentido de ajudar a comunidade a decidir quais, dentre várias alternativas, são as
mais eficazes. Ressalta-se que o termo “guia” ou “orientador” admite diversas gradações, podendo ser mais ativo no início do processo, quando a comunidade estiver menos instrumentada, repassando-se, gradativamente, maior res-
ponsabilidade à própria comunidade;
a função de ajudar a comuni-
— o papel de habilitador com
" dade a se capacitar. À capacitação é encarada
como
o pro-
cesso ativo, mediante o qual a comunidade se autocapacita eo técnico passa a ser mais o viabilizador, o indicador de possibilidades, de instrumentos, de medidas. Lembra-se a
da capacitação para a própria tarefa substan-
dia ap e
fizer emersi
emergir novos
erá política
;
valores,
verbalizar os problemas
na medida
líderes potenciais
e aspirações
cri
paz de dialogar com os dem aisis podepodres;
que
capazes de
de se
ticamente,feio a comunidade se organiza izará rá comoDf R
e poderá agir no sentido de
em
ear
Poli-
tuante na
20
Scanned with CamScanner
— decorrente
dessa
consultor,
linha
de
raciocínio
estará
o papel
de
mediante o qual se assume o papel de perito, de
expert”. Trata-se, geralmente, de área específica, para a qual a comunidade chama um especialista que, após re-
solvido o problema, poderá ser dispensado; —
o papel
de realimentador
se prende
ao fato de que todo
processo necessita ser constantemente avaliado. A medida que se constatarem falhas no mesmo, é vital a participação da equipe técnica no sentido de corrigir essas distorções, atualizar os programas, incorporando-lhes novos elementos e realimentando todo o processo, e — a função catalizadora desempenha junto à assessoria técnica
a
função
importante
de
identificar,
à
comunidade
maior, recursos humanos, institucionais e materiais que preencham
determinadas
necessidades
da
comunidade,
orien-
tando-a para a utilização dos mesmos. Em nossa opinião, a escola possui uma situação privilegiada popara aplicar os princípios do planejamento participativo, porque quadro de de compor a equipe de assessoria técnica com seu próprio pessoal. O
do
ativador
plano
escolar, inicialmente,
ser o Super-
deve
equipe de educavisor Escolar a quem caberá a tarefa de preparar a dores da escola para aceitar a implantação da idéia. As unidades escolares já possuem em seu próprio funcioda linha do namento algumas características facilitadoras à aplicação
planejamento
participativo.
deriam ser vazadas através soria técnica poderia ser Para facilitar a nos conteúdos da tomada
péis
recomendados
por
As atividades
relativas
à comunidade
po-
da Associação de Pais e Mestres e a assesexecutada pelos próprios educadores. participação dos membros da comunidade de decisões, sugerimos que cada um dos pa-
Cornely,
para
compor
a equipe
que
coorde-
dois elemennará a implantação do plano, seja desempenhado por direitos de tos, um técnico e um membro da comunidade, com iguais comunidade em participação. Prevê-se, portanto, a participação da sua implantação todas as fases do plano, desde a sua elaboração até e acompanhamento.
paA primeira tarefa do Supervisor Escolar seria trabalhar da cora que a idéia fosse aceita pelos educadores e pelos membros uma idéia nova munidade. A nosso ver, a melhor estratégia para que
seja aceita é discutila com
curando
envolver
os
as bases, dentro e fora da escola, pro-
participantes,
permitindo
que
participem
das
21
Scanned with CamScanner
decisões do projeto e assumam tarefas para que, vivenciando | o pro.
nte do mesmo. cesso, possam posicionar-se dia de a tarefa que se coloca é a Após a aceitação da idéia, te ser reali. treinamento dos educadores que deverá preferencialmen
de treinamento atuar. O programa “30 a ris atado zado na própria Unidade onde irão atu 0. nd a a a de qualquer trabalho comunitário só é etaPortanto,
a parte
formal
rea
e teórica deve ser
as
dE
er
ita. Sendo assim, te pas mescladas com a ação comunitária propriamen to próprio, en o que cada Unidade Escolar deverá elaborar um proje de acordo com as características pretendemos é que ela se pera inserida. está nto onde i da RG do mome em que à equipe de educadores de uma
em uma organização Unidade Escolar aceita a idéia de transformá-la que a escola amplie comunitária, a tendência deve ser no sentido de s instituições. seu raio de ação, integrando suas atividades às de outra Para facilitar tal integração
a atuação
é fundamental
Supervisor
do
Escolar que pode iniciar esse processo através da integração
dades
escolares
tuições como:
da comunidade
e, posteriormente,
entre
entre uni-
insti-
outras
igrejas, postos de saúde, clubes, bibliotecas, eto.
ia
É princípio fundamental que o planejamento participativo deve ser vivenciado integradamente em todas as etapas por técnicos e membros da Comunidade. Entretanto, como este tipo de plano desti-
na-se
geralmente
a populações
carentes,
que
não
possuem
hábito
de
participar, é fundamental que a escola assuma a tarefa de estimular e treinar os pais para que adquiram desembaraço e confiança para atuar espontaneamente. Estes devem sentir que tanto a escola como as demais instituições da comunidade existem para prestar serviços à sua população.
Ao Supervisor Escolar caberá garantir nas equipes em que atua a participação efetiva da população. Talvez fosse interessante iniciar através de um diagnóstico dos problemas de cada unidade escolar e ir ampliando até atingir a problemática externa ao ambiente escolar. Seria ainda interessante estabelecer os limites da escola no sentido de poder satisfazer as necessidades e expectativas de sua clientela. Sempre que a escola careça de condições para resolver problemas da população, deve solicitar cooperação de outras instituições.
Considerando
que os professores
tendem
geralmente a uma
atitude de acomodação, o Supervisor Escolar deveria demonstrar co mo utilizar de maneira flexível a legislação e as recomendações oficiais, estimulando, assim, a criatividade para que a escola, através de
seu currículo, possa atender aos reclamos da comunidade. 22
Scanned with CamScanner
Quando
pais e educadores
da e integradamente
já estiverem
ani
das atividades da escola, deve-se buscar a RT
ER
atuação conjunta,
mação de outras instituições para uma res em
participando
Caberia ao Supervisor Escolar animar as Unidades Escolaque atua, auxiliando na descoberta de caminhos que levem à
solução dos problemas da Comunidade, fomentando a integração de instituições e especialistas envolvendo-os no processo de melhoria da Comunidade. Cremos, pois, que a escola pode ser transformada em um or-
ganismo facilitador da participação comunitária significativa. Em pri-
meiro lugar porque o poder público faz aí constantes investimentos e, em segundo lugar, porque a natureza de suas atividades pode abrir um
espaço
ciência
para
que
a desenvolver
chegue
a Comunidade
cons-
uma
crítica.
BIBLIOGRAFIA
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BERNSTEIN,
B.
“Uma
e Outros.
Crítica
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.
Scanned with CamScanner
O Diagnóstico Participativo: uma
Alternativa para Repensar a Supervisão Educacional Brasileira
Ana
Maria
Saul
AlterAutora sob O título: la pe a ad nt se re e ap onal de * Comunicação originalment nal Brasileira, no IV Encontro Naci isão Educacio nativas para a Superv o ão, Fortaleza, outubr Supervisores de Educaç
Scanned with CamScanner
o As idéias que seguem são res ultantes de minha experiência profissional e acadêmica. Minhas aspira ções quanto à necessidade de supervisão vêm de longa data, da époc a em que lecionei na periferia
urbana. Aliando-as aos acertos e desacerto s de minha ação, enquanto supervisora, e às reflexões, fruto do diálogo que ten ho tido oportuni-
dade de manter com os alunos, na análise dos caminhos e des caminhos da Supervisão e Currículo na educação brasileira, posicionei-me quanto
ao tema
é proposta à discussão. Voltou-se minha atenção, em primeiro lugar, para a diversidade de contextos e necessidades que definem o panorama da Super| visão Educacional Brasileira. a crença básica de que as alternativas para a Su-
Assumindo
particular significado dentro de um pela influenciadas do cultural, sendo a altamente ; ON DSO bra
adquirem
pervisão
Educacional
contexto
sócio-político
e
história da Supervisão e seus atores, em ca .
.“.
leiros,
sm
tive
a
intenção .,2
de is
deliberada
a
a
te
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de
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reflexão
nal, no sentido d
E
ERNINÃS “DARA LEIRA.
óprio
contexto,
ou reconstruam AS Fa
,
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E
aqueles
supervisão a par
ION C A C U D E O Ã S I V R E P U S A
Sn
subsídios
Sottenito
as
poe ore sus possam nas se constituir em pon que reta ou indiretamente, estão envolvi
Socros
a
um
. que, di-
Educacio-
tir do interior s AL-
AL
BRASI-
27 Scanned with CamScanner
ALGUNS
PONTOS
PARTIDA...
a necessidade
de
repensar,
para Os supervi;
presente propõe
que o momento
Considero sores
DE
melhor
própria Supervisão Educacional. A literatura crítica recente
dizendo,
sobre
reconceptualizar*
a
Educacional
e
Supervisão
o contacto com grupos que atuam na área permitem identificar uma tentativa de caminhar
das tradicionais amarras
vamente
mais
cepção
Supervisão
que
se liberte definiti-
da Inspeção.
No
entanto, uma
a uma
rumo
Educacional
global da Supervisão
em sua prática, em maior ou menor grau, um autoritário
calizador,
forte enfoque
e com
na
tom individualista, fis tecnocracia
cumprimentos
horários,
de formulários —
mento
de programas,
pedagógica.
de Supervisão foca-
Assim, ainda são fregiientes as práticas das em
revela,
ainda
Brasileira
per-
elaboração
—,
dos mais diversos -tipos
e preenchi-
aqueles
desde
de controle do aluno e do professor até a elaboração de incrementados
Manuais
de Supervisão. Não raros são os grupos que
têm levantado
a bandeira
da
inovação educacional; esta, porém, tem carregado em seu bojo o estereótipo das alterações metodológicas nos procedimentos de trabalho, o que não traduz mudança substancial no significado da Supervisão Educacional. Precisamos aceitar que não nos debruçamos sobre a nossa realidade e, portanto, nossa percepção é falha. Devemos ter a coragem de reconhecer que aceitamos, na área da Supervisão, desafios não genuinamente
seguência,
nossos,
enquanto
a transposição
de
cultura
uma
brasileira.
Assumimos,
teoria inadequada
em
às nossas
con-
neces-
sidades, teoria esta que, por estar dissociada do processo histórico brasileiro, gerou uma práxis essencialmente tecnicista que pouco contribuiu para a solução dos problemas críticos de nossa Deparamo-nos, portanto, com a indagação:
visão de que Talvez
necessitamos, seja
possível
enquanto divisar
realidade como
educação. qual é a Supei-
brasileira?
ponto
de
partida
algumas
características de uma Supervisão Educacional tipicamente nossa. rece desejável caminhar rumo a uma Supervisão Educacional . Por + “reconceptualizar” conceituais vigentes, na esperança campo de trabalho. +
Pa-
. ... entendo as tarefas de criar e criticar esquemas de vislumbrar um novo sentido para o próprio
28
Scanned with CamScanner
REALISTA,
isto é, capaz de identificar os problemas
realidade educacional com eles;
|
brasileira,
prioritários da
efetivamente
comprometendo-se
CRÍTICA, que seja capaz de analisar a realidade educacional a partir do contexto social mais amplo, repensando a própria educação e, em seu bojo, a Supervisão, com parâmetros emergentes sobretudo da práxis; TRANSFORMADORA, no sentido de que aceite e enfrente o desa-
fio de
reinventar
adequadamente
os
solucionar
a realidade,
procurando
problemas
educacionais
urgente e
prioritários
e
genui-
namente brasileiros; DEMOCRÁTICA, isto é, que a realidade seja reinventada pelo grupo de educadores, numa prática dialogal, com participação ampla das bases, visando a propósitos libertadores legíitmos, identificomum.
cados com o bem
upostos, à Se considerarmos válidos e aceitarmos esses press ão a uma proposta questão que se propõe é: — Como avançar em direç ssando-se em uma de Supervisão que incorpore tais princípios, expre
prática efetiva e coerente?
certa para Não creio que possamos encontrar uma resposta seria desejável. Temos essa questão, nem mesmo uma única resposta que
convir
em
que,
cada
uma
das
regiões
brasileiras
ou
mesmo
em
envolvidos com a Supercada um dos Estados, os respectivos grupos que, sem dúvida, assuvisão encontrarão alternativas para a sua ação principalmente: mirão configuração peculiar, considerando
—
o grau
de compreensão
do contexto
sócio-político
e cultural
brasileiro;
— — — —
—
de educação e Suo compromisso com uma dada concepção pervisão Educacional; de cada um sobre os pressupostos subjacentes à concepção Mg Supervisão; e grupal nos problemas da o grau de engajamento pessoal educação brasileira; ou vários estilos de Supera experiência decorrente de um
À
visão já vividos pelo grupo;
s e/ou conquistados pelos dios graus de liberdade percebido Supervisão, rumo a uma proferentes grupos que atuam nã ática e partici-
posta
realista,
crítica,
transformadora,
democr
pativa; 29
Scanned with CamScanner
—
do sistema o grau de consciência das limitações, quer ao nível social
do sistema
quer
educacional,
amplo;
mais
que compoem OS Brupos — as percepções e atitudes das pessoas dO seu trabalho, aos de Supervisão, em relação a si mesmos, —
—
hierárquicos;
superiores
aos
companheiros,
envol-
dos elementos a natureza de qualificação profissional vidos no processo de Supervisão € € valores. as disposições pessoais para alterar crenças
EM BUSCA DE UM CAMINHO... Diante dos pontos de reflexão até aqui colocados, parece-me
Educaque o ponto de partida para a reconceptualização da Supervisão cional está em um REPENSAR concretizado através da tomada de consciência sobre a natureza da Supervisão propriamente dita, a parnecessida-
das
a dimensão
ela se insere, e sobre
onde
tir do contexto
des específicas de sua atuação. Considero, portanto, essencial um exame do próprio campo de ação da Supervisão, o que implica em refletir sobre O QUE É para, a partir daí, descobrir
DEVE
e COMO
SER
PODE
QUE
O
SER.
Tal idéia lembra um diagnóstico, podemos denominá-la assim; diagnóstico este que, ao invés de ser um momento de paralisação da realidade,
com
frutos
rísticas peculiares
provavelmente
e se constituir em
inconsegiientes,
um
verdadeiro
deve
ter
caracte-
DIAGNÓSTICO
PARTICIPATIVO. Com
isso
queremos
significar
uma
ação
que
conte
com
a
participação de todos os elementos envolvidos no processo de Supervisão: Supervisores que atuam em diferentes níveis da estrutura educacional, professores
de
1.º, 2.º e 3.º graus,
administradores. .., em
to-
dos os níveis, e que tenha como finalidade principal a revisão crítica da sua própria realidade, em termos de Supervisão: necessidades, pressupostos, determinantes, ta, fazendo,
somente
objetivos
então
e ação
e a partir
supervisora
daí, emergir
—
propriamente através
de
diuma
elaboração
criativa — as propostas de intervenção na realidade. O Diagnóstico Participativo, assim como está sendo propos: to, traz a inspiração de uma investigação de caráter antropológico, en-
quanto busca uma compreensão sistemática e profunda de uma realidade na qual agimos e pela qual somos condicionados, cuja meta principal é uma orientação mais clara, redefinição contínua e um maior fortalecimento de nosso compromisso com a realidade. 30
Scanned with CamScanner
Ao empreender um trabalho dessa natureza, o Supervisor assume um duplo papel: 0 de investigador e o de participante do grupo que, realizando tal diagnóstico, saberá gerar e assumir suas próprias decisões. Deve ele mergulhar em sua realidade para compreender suas . relações de uma forma “densa”, completa e complexa, o que significa focalizar a Supervisão no dia-a-dia de sua ação, considerando, porém, toda a trama que a circunda. É necessário para tanto situar-se como participante ativo no grupo com o qual trabalha, no sentido de envolver-se plenamente com o seu cotidiano. A busca constante de um eqgrrilíbrio entre a rotina e a crítica torna-se imprescindível em sua prática. A sua atuação principal, nesse momento, será a de “animar” o grupo, intentando a redefinição e o aprofundamento da visão de sua ação conjunta. Ao assumir o papel de facilitador e estimulador do grupo de trabalho, na busca de uma reflexão crítica sobre a sua própria ação, e poder superá-la, tórna-se necessário ao Supervisor, antes de tudo, despojar-se da imagem de “detentor de soluções”, de “direcionador de em
situações”;
envolve
suma,
estar
a revisar
disposto
próprias
suas
crenças e valores. Ele precisa desposar a crença básica de que o grupo tem potencialidades para encontrar seus próprios caminhos. Espera-se dele um
e, antes de tudo, um
estilo de liderança democrática
es-
tar aberto e disposto a um fazer-conjunto, utilizando suas habilidades
profissional. de relacionamento interpessoal, experiência e qualificação Conforme se depreende das colocações feitas até aqui, não dessa há nem pode haver regras para a realização de um diagnóstico
natureza. É possível, no entanto, identificar alguns tantes no desenrolar desse processo:
e
expressão
momento:
Primeiro
momentos
e descrição
da
impor-
realidade:
ização e « .. Este momento representa, respectivamente, a verbal costico diagnó o Aqui .. articulação de idéias, conceitos e temas. ho... trabal de grupo meça com a análise do material expresso pelo é, ao
o qual
mesmo
tempo,
simbólico
e concreto.
Frequentemente,
| | | |
leitura que se faz das este já revela as “regras" de decodificação ou dos de situações
de
vida
e de
trabalho.
Inclui,
também,
os
conteú
ipantes, em relação ao valor e as opções existenciais dos partic seu conceito de autoridade: seguinte: sua posição na sociedade geral; futuro e suas preocupações seu “modelo de homem"; sua noção de éticas
série
e estéticas
fundamentais”
(Garcia,
1981).
se configurar em uma Concretamente, este momento poderá es dirigidas aos grupos de discussões provocadas por indagaçõ 31
Scanned with CamScanner
Brasileira nos di-
Educacional
interessados em repe nsar a Supervisão
ferentes contextos em que se inserem:
ervisora na realidade edusup o açã sa nos a o sid tem — Como ; brasileira?
cacional
que
—
O
—
Quais
os deter minantes
como pervisão Educac ional tal
—
Quais
são
leira?
origen s
as
— —
supervisora? Qual o “conceito
—
de
prometidos? lutas
Quais
as
sileira,
hoje?
hoje?
Educacional
Brasi-
que
norteia
a nossa
ação
homem » com
o qual
estamos
com-
o conceito de Educação
Qual
da Su-
praticado
a temos
Supervisão
Educacional?
à feição
delinearam
que da
Supervisão
por
entendendo
estamos
refere devemos enfrentar no que se da nossa esco la e da Educação Bra-
q ue
às reais prioridades
exausAs indagações geradoras aqui colocadas, longe de serem ser seletivas ou definitivas, têm caráter sugestivo; poderão, portanto, acrescidas
cionadas,
ou
substituídas
outras
por
consideradas
relevan-
tes para os grupos de discussão. A ordem em que as questões foram aqui apresentadas não significa necessariamente a segiiência dos temas que devem emergir de
cada
um
dos
grupos,
diante
consenso,
em
daquelas
que mais forem significativas, mas estiverem vivas que possam .expressar e descrever a realidade. e
Segundo
momento:
crítica
do
material
em
provocações
cada
grupo
€
expresso:
“Aqui, a intenção é a de trazer ao plano da consciência o material expresso anteriormente. Procurar examinar a distância que algumas vezes existe entre “aquilo que é dito" e “aquilo que é feito”, mostrar alguns obstáculos potenciais e/ou prováveis contradições na situação de trabalho...”
(Garcia,
1981).
Buscando explicitar este momento, novas indagações podem
ser propostas a fim de estimular a discussão,
numa
ótica agora mais
crítica:
32
Scanned with CamScanner
— — —
—
e º papel da Supervisão na realidade educacional rasileira? À serviço de quê e de quem trabalhamos em Supervisão? Por que o trabalho da Supervisão Educacional Brasileira tem se revelado pouco satisfatório quanto à solução dos graves problemas educacionais brasileiros? Temos tido, enquanto supervisores, uma ação coerente com
A!
—
as
nais? Quais tica?
nossas
intenções,
crenças
sido as contradições
têm
e propósitos
e entraves
educacio-
de nossa prá-
Novamente, aqui, as indagações e a ordenação são a título de sugestão, podendo ser alteradas em função do critério de relevância para os grupos de discussão. Os dois momentos, até aqui descritos, na prática se interpenetram, podendo ocorrer simultaneamente. e
Terceiro
momento:
criatividade:
ação são «.. Em essência, significa que a solução e o curso de Imveis... disponí s recurso estabelecidos pela automobilização dos modo um a plica, também, num movimento do grupo em direção de
Este
existência
mais
é o grande
coerente,
ético
e autêntico”
(Garcia,
de reconceptualizar,
momento
1981).
de redefinir
uma incursão Supervisão, porém, com bases mais sólidas, a partir de
a proposta transprofunda na própria realidade, fazendo emergir daí ear o “sonho possíformadora de intervenção. É o momento de delin e críticas, todo um vel”, definindo, a partir das reflexões profundas grupos empenhados campo de trabalho. É a hora em que os diferentes ter voz para dizer: na tarefa de repensar a Supervisão poderão
— o que é Supervisão — o que pode ser? — como deve ser?
Educacional
Brasileira?
que a opção por levar Para finalizar, reitero a idéia de constitui-se em um passo inicial, avante o Diagnóstico Participativo para reconceptualizar a Superviporém valioso e, acredito, decisivo são Educacional. agora abrir espaço para que O desafio está lançado. Cumpre da níveis, com a participação ampla os s todo em ze reti conc se a ação
comunidade
de educadores
o. envolvidos no processo de Supervisã
33
Scanned with CamScanner
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1980.
Scanned with CamScanner
de o t n e m i v l o v n e s e D a n s o n a m u H Recursos
á r a p s o i d í s b u S Escola: uma Proposta
Maria
Isabel
Sebenello
Barros
Scanned with CamScanner
Este trabalho tem por objetivo oferecer alguns subsídios para o planejamento de um programa de aperfeiçoamento de professores a ser coordenado pelo Supervisor Educacional, que atua ao nível da unidade, ou seja, diretamente ligado à instituição escolar. O ser amplo,
mesmo caracteriza-se pela possibilidade que oferece em isto é, pode ser planejado para ser desenvolvido com pro-
cafessores que atuam em qualquer nível de ensino. Apresenta como nele conracterística, também, a aplicabilidade, porque as propostas. materiais sofistidas são econômicas, pois não exigem a utilização de ticados. Caracteriza-se,
pela
finalmente,
sua
flexibilidade,
medida
na
da no decorrer em que é uma proposta “em aberto”, a ser aperfeiçoa já que não é feito para do desenvolvimento das atividades sugeridas, êxito desta proposta está seguir uma ordem rígida, pelo contrário, O especialistas educacioligado às sugestões dos professores e demais nais que dele participem. acaso,
Esta última
característica não
foi incluída
aqui
por
fato de se acreditar que num pelo exatamente aparecer precisou ela de recursos humanos O principal bom programa de aperfeiçoamento a componente é O próprio homem. é que pode-
rão
dar
professores
Neste
caso,
forma
€ significado
€ educadores,
a uma
proposta
em
geral,
apresentada
com
esta
37
area rr
pee
ee P
Scanned with CamScanner
grupo a que pertencem surgirão alternatierspectiva i , e deles ou do os quais se Cc dificuldades com vas Epara um dimensionamento à real das alo ie é onde
dia-a-dia,
defrontam
a
competencia
sua
com
cada em xeque ao se depararem
uca-
Pp
OS complexos
cionais de Hoje.
INICIAIS
CONSIDERAÇÕES O
desenvolviment o
moderno,
ritmo
seu
com
desafio para qualquer sociedade. Quanto mais época,
em
é o investimento
recursos
é um
de
pro-
gi,
ele
à necessi blemas surgem em todas as áreas e se impõe de alternativas para solucioná-los. Uma das alternativas, de nossa
estuante,
humanos
de busca ade características
para
acompa-
nhar o desenvolvimento e fazê-lo processar-se de modo adequado. Desenvolvimento de recursos humanos será entendido aqui como o processo pelo qual se busca aumentar O conhecimento, as ha-
bilidades, enfim, a capacidade geral das pessoas. Nós o vemos como condição necessária para estimular o desenvolvimento de qualquer or-
* ganização.
'
Os programas para o desenvolvimento de recursos humanos, na área da Educação, deverão, em seu planejamento, levar em conta os diferentes setores em que a Educação se insere. Vale dizer que toda caracterização de qualquer problema educacional deve partir do estudo e compreensão da inter-relação existente entre as diferentes áreas de atuação humana. Não é possível equacionar o planejamento educacional, selecionar os meios necessários para a execução das ta-
retas e desempenho de funções, sem referilo'a todo o contexto social
e desdobrá-lo
ao nível
da
instituição
escolar.
O planejamento de um programa de. desenvolvimento de re-
cursos humanos as dp
pode
através
ser feito de várias
da
educação
formal,
formas,
sendo
oferecidas
mais
pela
própria
dir aRgoTO.dava, desemp di Ava noi o nan a funçã penharate determinad dentro ganizaçao
cursos
a que
a
pertence.
dd
pessoal, dirigem-se; na área da
e = amas Baro progr Se
ou constituirá a : equipe que atuará,rá, a iaa escolar. instituição "O que é necessário ressaltar avulta a importância do especialista,
de
comuns or-
da or-
o de treinamentRSA
tui ção, di para o pessoal que consti direta ou
indi ndiretamente,
é junto
à
é que em todos esses programas ma IS precisamente, em nosso ca-
38
Scanned with CamScanner
“A Supervisão é participante ici de Í menteÚ pelos subsistem as psicossocial soa USe nda oo SPV tecnológic Í ira função erará da facilitação de d ç i e desenvolvimento de ume da processo de abalho grupa dentro da organização, de tal modo que o grupo a Ro et e ao mesmo tempo se prepare para se assumir captador das necessidades verdadeiras que inclusive o sistema educacional deve atender” (Atta, 1976). ««€ Es É Supervisão4 Pedagógica é um processo técnico-pedagógico que visa E Fromação e manutenção da unidade da atuação docente com visa realizações dos objetivos educacionais do estabelecimento de ensino, por meio de um serviço planejado que possibilite a efi“ciência e eficácia da ação educativa. Sua finalidade básica é a promoção
da
melhoria
do
sistema
ensino-aprendizagem”
(MEC,
1979). “Supervisão Escolar é o processo que tem por objetivo prestar ajuda técnica no planejamento, desenvolvimento e avaliação das atividades tendo em sempenho
educacionais em nível de sistema ou unidade escolar, vista o resultado das ações pedagógicas; o melhor deé o aprimoramento permanente do pessoal envolvido na
situação ensino-aprendizagem” (Przybylski, 1976).
a eficiên“A Supervisão educacional tem por finalidade garantir sistemas dos âmbito no cia e a eficácia do processo educacional, particular) em seus diferentes educacionais (federa 1, municipal e de ensino e na área empresarial.” níveis, graus e modalidades a profissão de Supervisor Educacio(Projeto-lei que regulamenta nal, 1980).
4
de açõe s, tarefas e atividades desempe“Supervisão é o conjunto à megrupos de indivíduos que visam ou os vídu indi por as nhad tivos ensino em s eus aspectos quantita lhoria da produtividade do ) 1). qualitativos” (S.E.C., 198 e a de um não é uma função específic so, ces pro um é o ási e sup olve e desse larecida coordena, desenv papel. À Supervisão esc , exige um SN
da organização humana plenamente os recursos antes que resulta da escola em tempo, ios nár cio fun dos RA to men 8). ados” (Sergiovani, 197 liz rea ser sam pos R apreciáveis exp a cumpre as suas ra al ion cac Edu ão do “Supervis A ção da realidade, e ei paz de opção, percep , ora inova da, umi ass e, ent sci tunçã flexiva, crítica, con Caracteriza-se como va. ati cri ra, ado ert lib geo decisória, lva, 1981). (Si ão” caç edu à do metida com efetuar pn de so ces pro um é AESA “Supervisão que estão lidando com s soa pes com ho bal através do tra e uma m lação do crescimento imu est de so ces pro é um
39
Scanned with CamScanner
ajudar os professores a se ajudarem a si mesmos. O propósito da
do
é facilitar a aprendizagem
Supervisão
À Supervisão
aluno.
adequada, por conseguinte, preocupa-se em dar atenção adequada a todas as condições que são essenciais ao aprendizado efetivo, através de um ensino também efetivo” (Spears, 1953). “Supervisão” é o nome que se dá a atividades que contribuem um para o aperfeiçoamento da instrução e dos programas em
sistema escolar. Supervisão consiste em todas 3 atividades que conduzem ao aperfeiçoamento da educação, às atividades relanto das cionadas com o moral do professor, com o aperfeiçoame prorelações humanas, com o aperfeiçoamento do desempenho do
fessor e com o desenvolvimento
meio
em
concordam
os conceitos
Todos
do currrículo”
de facilitação e aprimoramento,
a Supervisão
que
eficiência
1977).
(Kimball,
e eficácia,
é um
melhoria
da produtividade, utilização plena dos recursos humanos, órgão de coordenação, acompanhamento e avaliação, enfim, um processo longo e detalhado, um investimento seguro com garantia de excelentes resultados. Com todo processo, a supervisão não pode ser transplantada, sem mais, de uma área para outra. Máxime na educação, setor vasto e complexo senão o mais complexo de todos, importa adequá-la à realidade escolar, através da pesquisa e do planejamento específico da
mess ca
área em que vai atuar.
k
Cabe ao Supervisor programar e dinamizar atividades que em oportuniz a integração da escola com a comunidade. Para isso deve ele elaborar um plano de ação para o desenvolvimento das atividades de Supervisão, em consonância com os objetivos da escola e do diagnóstico da realidade onde ela está inse-
rida. Além planejamento
disso, é a ele que compete do
currículo
da
escola,
coordenar as atividades de
realizadas
com
a
participação
do corpo técnico e docente.
Importa
sobretudo que ele crie condições
para que se efe-
tive a integração dos elementos responsáveis pelo planejamento de ensino da escola. Oportuna e diplomaticamente deve ele adotar e sugerir medidas de caráter preventivo que reduzam e se possível eliminem efeitos que comprometam a eficácia do processo educacional na unidade de ensino. Parte não menos importante de sua atividade é divulgar matéria de interesse, relativa ao campo educacional, estimulando a sua aplicação no campo pedagógico. 40
et!
Scanned with CamScanner
pm
É ainda ciam o contínuo
o Supervisor quem aperfeiçoamento
dinamiz a atividades que propi-
e a atualiza ão do pessoal
envolvido no processo de ensino-aprendizagem, na dia ade esc olar, A ele recorre o corpo docente quan do do Planejamento de ensino, utilização de métodos e técnicas de ensino b mização de recursos didáticos e finalmente quanto ind en liação de processo de ensino-aprendizagem. RO É sua função avaliar, continuamente, a eficiênc ia e eficácia
do processo
de ensino-aprendizagem
tendo
em
aperfeiçoamento. Como ur
RE
l
corolário
vista o seu continuo í
d e su a ação i ã e tão ã importante ? quanto ela, de-
t, continuamente,
a avaliação do seu plano de ação su-
pervisora realizada na unidade de ensino, com vistas ao seu aperfeiçoamento. Pretende, pois, nosso trabalho oferecer alternativas para um programa de desenvolvimento de recursos humanos, a nível escolar,
respondendo
questões
como:
—
o que deve ser desenvolvido?
—
em
—
como
condições
que
isto ocorrerá?
será executado?
—
como será implantado um programa de desenvolvimento de
—
recursos humanos? tipos de avaliação. programa racional, exegiível, calcado modelos de treie experiências, não mero transplante de diferentes realiarial mas passí vel de adequação às
Queremos
sugerir
na pesquisa namento empres dades de cada escola. O programa
de
um
desenvolvimento
de recursos
humanos
diri-
competência do professor, prin da nto ime olv env des ao a, ge-se, em sum decondições que possibilitem o das o açã par pre na el sáv cipal respon m.
de ensino-aprendizage sencadeamento do processo competência. seja Conceituemos, pois, o que Neste
contexto,
ndo de partes inter-
conceito molar, consisti «competência é um empenho posição e papel, sendo que o des relacionadas. Vincula-se à habis, nto a brange capacidades, conhecime bem sucedido de papéis entender e Julgamentos. Podemos, pois, lidades, valores, atitudes
41
Scanned with CamScanner
uma
como
competência
que
e individualizada
pessoal
qualidade
adequação
| nho apresenta seu d esempe alguém demonstra, quando função sumir papéis num a funcional às tarefas, ao as (Sant'Anna, 1979).
específica”
segundo
a autora, ex-
ões e habilidades, que lhe oportunizem desenvolver padr
comportamen-
para
A competência
ensinar, “ainda
antitarefas, o que só pode ser gar das o enh emp des bom no pressa-se er nível onde atue. E, para lqu qua em , sor fes pro do ão caç do pela edu ceber € aprender conhecimentos que o professor se torne capaz de per
referentes
fenômenos tais efetivos, é necessário que ele compreenda os te. quais irá se defrontar constantemen com
ao ensino,
O
dois pontos
os
O
ser analisados.
necessitam
críticos, que
pelo menos
apresenta
ensino-aprendizagem
de
processo
deles
primeiro
issional capaz de tomar é o da necessidade de o professor ser um prof ã0 tomá-las, deverá as suas próprias decisões, e ao mesmo tempo que, racional, criativa e humana, em função das carac fazê-lo de maneira terísticas inerentes ao ato de ensinar.
O segundo
ponto
sor de avaliar, a partir das evidências volvimento
do processo
do profes-
crítico refere-se à necessidade que
de ensino, o ensino
é, os efeitos deste sobre a aprendizagem
o desen-
acumula
durante
que está
ministrando,
alunos
dos
para,
isto
a partir
disto, avaliar a sua própria competência ao ensinar. De acordo, ainda, com o sugerido por Sant'Anna (Sant'Anna, 1979), destacam-se duas principais áreas de competência que integram este processo e que são: a área de interação social e a área cognitiva. A autora refere-se à área de interação social exatamente pelo fato de que, no ensino, a relação professor-aluno é fundamental.
É a partir do estabelecimento
desta relação
que
o professor
deverá
desempenhar o seu principal papel, que é o de criar e manter um cli-
ma psicológico favorável à aquisição e modificação de atitudes dos alunos. Para que este clima seja criado e mantido e para que as atividades previstas possam ocorrer, o professor, para melhorar o seu desempenho, necessita: I —
II —
adquirir conhecimentos relativos ao comportamento humano em geral e os específicos à faixa etária dos seus alunos; desenvolver
as
habilidades
de
em
ao homem,
relacionamento
inter-
pessoal; HI
—
assumir
valores
ao mundo,
relação
à educação
tendo atitudes que demonstrem
e
a sua coe-
42
Scanned with CamScanner
Po
ao dese rência nos julgamentos que fizer m penhar as, m. cabe lhe funções que
ra e a Bora no que mesma o auto Continuando E sugerido pela princi a, itiv cogn uênciadoada AR papel esperade infl Pi eitoessoà r area respprof a diz d s o E do 4o que |
oportunizem
alunos. Para
a aquisição
sa
e o desenvolvimento
db
ssário que isto se torne possível é nece como
cada
dr os relativos à me-
bem domine os conhecimentos da sua área, todologia da mesma. . se tenta
as
SER ialigaçãoda| DIS enç Areter Hpoxdeesta comà aa ver esti mente quando m age AS diz PERS ren -ap e p ensino Dr onhecer a multiplicidade de fapetência do professor, não se pode desc formação pessoal e técnica na rvém inte que e , jogo em tores que estão ar certas do professor
características
que,
de
pela função
exerce, necessita
que
personalidade
para
poder,
apresent
inclusive,
desempenhar
em ões técnicas. O desdobramento funç suas as az efic mais de maneira cada a sua competência, perenfo ser pode que em , clara áreas fundamentais assunto, à compreensão mais pelo am ress inte se de mite, aos que onal e ainda o conhecimento issi prof e dest m era esp prodos papéis que afetam o desempenho do que não, ou os fatores, inter-relacionad o processo ensino-aprendizagem. ando udic prej ou de fessor, favorecendo inferir que um programa -se pode , aqui até Pelo exposto ser planejado e executado, pode s ano hum recursos competência desenvolvimento de O desenvolvimento da
“a
Ao
principal nsionado para à dime tendo como referência o tant Este desenvolvimento, rá abranger OS pode l, socia destes profissionais. o raçã a de inte to para área cognitiva, quan lidades € atitudes conhecimentos, habi professores.
que
levarão
ao
aperfeiçoamen-
l dos to técnico € pessoa
PROPOSTA...
UMA
proposta para O a ss no a s mo ta osos hthuque apres en rsrs mento de e rerecucu oa i iç É nesse sentido fe er ap o para uição um programa mente na instit ta de re o di i nt a e u am at ej an e pl qu o ao pro fissional i manos destinado
: , constituiladas r-relacionad te in e, qu apas jetivos, Conteú Ob pro osta, as et , co ti ós n ag Nesta são: Di a do programa to en am ej an pl rão O oaliação, Av O Supervisor pr € e qu s ia te ég an at rt tr po im do, Es Diagnóstico é orados para Para realizar O instrumentos elab
escolar.
cure
de maneira
“formal”,
através
de
43
Scanned with CamScanner
este fim, ou,
A
informalmente”,
ê
a partir
de
.
conversas
E
informais,
terizar o grupo de profissionais que está sob a sua supervisão. É fundamental que o Supervisor saiba, por exemplo:
/
f
carac.
|
—
quem
são os seus supervisionados?
—
qual a experiência deles na área da Educação? de quanto
—
tempo? por que escolheram
—
quais
—
as suas funções? quais os aspectos nos quais gostariam
as
esta área profissional?
dificuldades
que
encontram
ao
desempenharem
de se aperfeiçoar?
Estas perguntas e outras poderiam fazer parte de um questionário, elaborado pelo Supervisor, a ser respondido por seus supervisionados, o que possibilitaria a caracterização
dos mesmos.
A partir da caracterização feita, o Supervisor poderia estabelecer, como objetivos gerais para o programa a ser desenvolvido, os que
seguem: —
perceber, no desenvolvimento das atividades propostas pelo Programa, a oportunidade que o mesmo oferece para o aperfeiçoamento pessoal e profissional dos participantes; aprofundar o conhecimento de aspectos fundamentais do processo educacional; assumir com responsabilidade diferentes papéis no grupo, tendo em vista o alcance dos seus objetivos, em situações
— —
diversificadas;
—
E
conhecer uma proposta de planejamento de ensino-aprendizagem, que poderá se constituir num instrumento básico
de trabalho para professores e profissionais da Educação. Cabe ao Supervisor especificar os objetivos gerais estabelecidos, detalhando-os, garantindo, desta forma, o atendimento das necessidades e expectativas do seu grupo de supervisionados. A seguir, é importante que o Supervisor escolha o conteúdo
a ser desenvolvido grama. Para
esta
no decorrer etapa
das
sugerimos
atividades os
componentes
do Pro-
temas:
— Características da Sociedade Moderna. -— A Comunidade onde Vivemos.
—
A Educação Hoje.
44
Scanned with CamScanner
—
A
Instituição
Escolar
onde
— O Processo de Eine di — O Papel do Professor neste Processo
— Habilidades Pessoais do Professor t — Habilidades Técnicas do Professor — Metodologia de Ensino. — Planejamento de Ensino, Gas Desenvolvimento
do
Planejamento
de
Ensino
no Avaliação do Planejamento de Ensino. | — Aperfeiçoamento do Planejamento de Ensino. ma ie. Eai podem ser subdivididos em outros, de acordo c al qua ade dos participantes. Esta mesma sugestão se estend e lis E ia básica E ser utilizada, que deve ser apresentada pelo o e enriquecida por todos os el ementos env olvido i s no Pro Em relação às estratégias, escolhemos e apresentaremos logo a seguir algumas delas, lembrando que os critérios de seleção das mesmas deverão estar intimamente relacionados às etapas até aqui enfocadas.
Nome
da
Técnica:
Técnica
do
Cochicho
Objetivo:
dar condições para duas pessoas discutirem rapidamente uma . questão proposta pelo coordenador do grupo.
Número
de participantes:
Grupo:
no máximo, 30 elementos.
Subgrupos: 2 elementos. Desenvolvimento da Técnica:
|
O grupo é dividido em subgrupos de 2 elementos cada um que
vão discutir a questão proposta pelo coordenador. em 2 miCada subgrupo deverá chegar a uma opinião comum são nutos e um dos elementos deverá expor ao grupo a conclu a que chegaram. na Um redator poderá anotar a conclusão de cada subgrupo lousa para que todos tenham uma visão geral das discussões feitas.
45
Scanned with CamScanner
Avaliação da Técnica:
O coordenador do grupo lê as conclusões que Ee
colocadas
na lousa e emite a sua opinião sobre as mesmas. É neste momento que ele pode interferir acrescentando algum comentário sobre a questão discutida. emitam raO coordenador solicita que os € lementos do grupo eito das atividaente as suas opiniões, oralmente, a resp pidam des feitas durante o desenvolvimento
da técnica.
Tempo previsto: 30 minutos.
Nome
da Técnica:
Dirigido
Estudo
em
Grupo
Objetivo: oferecer condições aos alunos para que; em pequenos
grupos,
discutam determinado tema, seguindo um roteiro preestabele- cido e sob a coordenação do Supervisor. Número de participantes: Grupo:
no máximo, 50 elementos.
Subgrupos: 5 a 6 elementos. Desenvolvimento da Técnica:
O grupo é dividido em subgrupos que receberão um roteiro para a orientação do estudo de um tema determinado. Será pedido a cada subgrupo que eleja:
— —
um redator, para anotar as conclusões relativas a cada item do roteiro, às quais o subgrupo pode chegar; um coordenador, para dirigir as discussões, estando atento
para que todos os colegas tenham oportunidade de expor as suas idéias;
— um relator com a função de ler para o grupo as conclusões do seu subgrupo..
-
O Supervisor elabora um roteiro de estudo sobre o tema que
irá ser
desenvolvido,
tendo
o cuidado
de abranger os tópicos
principais do mesmo. O roteiro poderá ser apresentado de duas form as:
46
Scanned with CamScanner
Lia
o
o
único
.
”
.
— próprio para o estudo de temas que pos-
Es
.
sibilitam conclusões diversas e até mesmo divergentes,
pois
no caso, a exposição final é enriquecida pela listagem das idéias convergentes e divergentes levantadas pelos parti,
,
cipantes;
—
O roteiro segiencial — próprio para sequenciar os assuntos que compõem um determinado tema; é utilizado quando o tema em questão não permite uma maior diversificação de alternativas, o que pode tornar monótono o relato das conclusões finais dos subgrupos. Para que haja a seqiiência desejada são elaborados roteiros diferentes que, ao final da apresentação, se complementam.
Aviação
da Técnica:
O coordenador do grupo solicita aos participantes que emitam as suas opiniões sobre as atividades realizadas. Ele pode, ao mesmo tempo, escrever na lousa a síntese das opiniões dadas e enriquecê-las com a sua opinião. Tempo previsto: 1 hora e meia.
Nome
da Técnica:
Dramatização
de situação-problema
Objetivo: psicológico no estupropiciar condições para O envolvimento problemas, a do e levantamento de sugestões para solucionar do grupo no seu nível atitudinal, vivenciados pelos elementos
trabalho.
situação real através de um Possibilitar a sensibilização para a ticipantes uma comunicação tipo de técnica que exige dos par corporal.
Número de participantes: tos. Grupo: no máximo, 30 elemen . Subgrupos: de 5 a 6 elementos Desenvolvimento da Técnica:
para participanador até 30 elementos, eles os de up gr Em . ão aç iz at am rem idea uma dr solicita
elementos
vo luntários
47
Scanned with CamScanner
podem ser divididos em subgrupos. Cada subgrupo fará a dramatização de uma situação-problema, e esta, por sua vez, de acordo com o tema estudado, poderá ser diferente ou a mesma
a ser proposta aos diferentes subgrupos. Os elementos não participantes da dramatização observam os colegas avaliando-os nos aspectos: —
atuação de cada personagem;
—
fidelidade
—
sentimentos, percepções e idéias desencadeadas
à situação e
durante a
representação.
a O coordenador relata a situação-problema a ser apresentadpelos subgrupos e sugere os papéis que cada um irá desempenhar. Os “atores” terão alguns minutos para troca de idéias antes do início da apresentação. Delimita-se o espaço da sala para que os observadores tenham uma boa visão da “cena” representada e, os atores, o espaço suficiente para se movimentarem. Após a apresentação cada ator relatará as suas impressões sobre a técnica realizada e os observadores, um relato rápido das anotações que fizeram. O coordenador procederá, finalmente, à discussão da(s) situação(s) apresentada(s), fazendo um levantamento das alternativas de solução para o problema(s) dramatizado(s). Avaliação da Técnica:
O coordenador solicita que os elementos do grupo emitam rapidamente as suas opiniões, oralmente, a respeito da técnica realizada. Tempo previsto: 1 hora. Para a última
etapa
do planejamento
propomos
a confecção
de 4 instrumentos de avaliação, que devem ser completados de acordo com os aspectos que, na opinião do Supervisor, devam ser incluídos para que o processo de avaliação seja amplo e adequado às atividades que até aqui foram desenvolvidas
sob a sua coordenação.
48
Scanned with CamScanner
Instrumento
n.º
1 Aspectos
TEMAS
que ficaram claros
Aspectos que necessitam de maior aprofundamento
Nº 2 Nº 3
Instrumento
nº
Rel ate o que no
tema
2 você
percebeu
ao desenvolver
as atividades
propostas
nº
49
Scanned with CamScanner
Instrumento
3
nº
ca da tema em desenvolvidas A minminha opinião sobre às atividades foi: Tema
nº 1 asi
PD
df
Tema
n.º 2
Tema
nº 3
Instrumento
raça
nº
ae SE
peer
4
Coloque, por ordem de prioridade, reflexão e revisão das suas atitudes.
a) Perante
você
seus
d) Perante
sua
que
propiciaram
a
mesmo:
b) Perante seu grupo de colegas:
c) Perante
os temas
—
alunos:
atuação
RE
profissional:
o
50
Scanned with CamScanner
CONSIDERAÇÕES P ora
Em
Me se
da
grama
FINAIS É
nos em apresentar, neste trabalho, subsídios pa-
de treinamento que tenha, sobretudo, aplicabilidade.
programa acadêmico e abstrato, mas objetivo e simples, passí-
vel de adaptações e modificaçõ cações, conforme a dinâmica de que o realiza. Re
. Porque cada grupo é uma realidade diferente e tem sua evolução própria, é preciso tratá-lo de forma personalizada, não impor-lhe técnicas ou idéias. Se queremos que os indivíduos desenvolvam suas potencialidades, aperfeiçoem suas habilidades e se preparem melhor para desempenhar suas funções, temos que ouvi-los, deixá-los agir, exercer uma liderança bastante democrática para que eles possam, real-
mente, dar tudo de si, sem medos e preconceitos. Não tem sentido impor um modelo único de treinamento. ao Supervisor orientar o grupo para que possa desen-
Cabe volver
o programa,
modificá-lo,
se assim
outro,
até por
trocá-lo
exi-
girem suas expectativas. Importa que o grupo esteja bem à vontade para que escolha seu próprio caminho. Nossa convicção é de que, quando o grupo está realmente dos recurmotivado e consciente da necessidade do desenvolvimento
e eficiência, atinsos humanos, saberá realizar o treinamento com acerto
gindo os objetivos propostos.
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st
%
Uma
de Super ; .
TI
STATON,
Padrões
2
Scanned with CamScanner
l a n o i c a c u d E o ã s i v r e p u S A
ulo: no Estado de São Pa e d a d i l a e R à e l a e d O I
Scanned with CamScanner
O desempenho dos Supervisores de Ensino do Estado de São Paulo tem sido amplamente discutido em todos os níveis da Secretaria da
prejudicado
supervisores
Alguns
Educação.
pela
argumentam
de ações
avalanche
é
o seu trabalho
que
burocráticas,
estritamente
deles
têm de atenexigida; pelo número excessivo de escolas particulares que pelo próprio der; pela ausência de condições de trabalho provocada
€
Sistema de Ensino e por muitos outros motivos. Tais afirmações
de tentam explicar mas não escondem o fato
por parte dos Supervique não está havendo Supervisão Educacional giram em torno de s questionamento Os grupo. como Ensino, sores de previsto na legislação, no que deveria um discurso, prendendo-se no se chegar ao que
que é, para ser é não no que está acontecendo, no retiradas
poderia
possível
ser.
As
e do
do
indagações
Supervisores
Os
real.
se
respostas
têm
analisa
1974, o que existia como
a
de
Ensino,
legislação
do
em
verifica-se
equivalente aos Supervisores
ideal e não
geral,
que,
não
do
estao
antes
de
de ERES
és Sistema como A no estavam Estes Ensino. Ra os Inspetores de escolas. E ao aa as fiscalizar deviam ; uma exigência clara: q um servidor de quem po erse-ia petor de Ensino correspondia suas funções eram acompa Às existência. a não tionar as funções mas
55
Scanned with CamScanner
o do ultrapassava em benefíci as até vezes, às que, fazer um de e nhadas lar tinha uma prática giiência disso, O Inspetor Escol
ensino.
Conse
como existente. E as aceita mente social e foi uma figura institucional ão só de direito, mas n , porque idas discut suas funções até podiam ser
de fato, estavam explícitas. mudou o nome de 74 114n.º tar men ple Em 1974 É Lei Com «or Inspetor de Ensino Peda : per Oé sem pedir. Em se. ca gógiE co. para Supervisor
Inspetor de Ensino
Eid
dagógico 5 u a ser Supervisor Pe antação da em oo rsdni da impl
administrativa
a reforma
da Secretaria
Lei
n.º 5.692-71,
Em, as E
n
ae
Educação e ê
da
e
e pers , reuniu num só grupo e 7.510-76, que a reestruturou , Supervisores oriundos no si En de as ci ga le De dagógica, nas ásico Delegacias de Ensino , no si En de s ai on gi Re as ori as Inspet
i-
e
é issionaisop com expee Norma 1 Prof o ári und Sec ino Ens de s Del L egaciaj bem o diferentes, não entendendo ãos órg de dos vin as, ers div riências hetecom o novo nome, um grupo que se esperava deles, formaram, ões es-
s por lei algumas rogêneo e para o qual foram estabelecida pecíficas. Em
1979, com a Lei n.º 201, mudam
novamente
funç
de
o nome,
Ensino. Não muda, poSupervisores Pedagógicos para Supervisores de -se dizer, de rém, a situação, que continua nublada como antes. Pode foi o certa forma, que, se hou ver um cargo instituído só por decreto, de Supervisor de Ensino. Está posta formalmente a situação. O Inspetor não existe na legislação, o que existe é o Supervisor. As suas funções são largamente propaladas como necessárias. A Supervisão Educacional visa à melhoria das condições
técnicas,
organizacionais
e humanas,
aperfeiçoamen-
to do currículo, eficiência e eficácia do ensino. É certo que todas estas
finalidades são essenciais para reanimar uma escola na qual alunos en-
tram carentes e saem mais carentes ainda porque
somam
rências a da própria escola que modelo teórico de Supervisão.
propiciou.
quase
nada
lhes
às suas caHá
um
ed 0 or pr dad, Sur, co re Tal
modelo pretende explicitar um modo
de se compreender
vas funções e papéis , exigidos àpelala impl ação ção do” da Rm implanta do modelo modelo dede EsEscola implícito na Lei n.º 5.692-71,
a da educação
sistemática
em
meio
de
desenvolvimento individual, social e ômi compreendida como um sistema soci bela Pad o o Er ação o ial e, pela interaçã e particip
56
Scanned with CamScanner
nos: o odo
a alu nos, paisi , professores, especial istas, os objetivos serão al-
As estruturas pedagógica e administrativa até então existent
precisam, naturalmente,
ser mudadas.
Novas
atitudes e
Ec
Ea educativo têm peida tos do pessoal responsável pelo processo ridos. Os propósitos de renovação precisam ser levados fda cl al EA
oiientições de ensino até as salas de aula. O magistério precisa ter quadas aos novos objetivos. Torna-se fundamental a Supervisão desem-
penhada por supervisores capazes de garantir parâmetros bem definila. dos para o processo ensino-aprendizagem que se realiza na Esco Cada Escola será um sistema social e se constituirá num todo mecanismos internos organizado, a partir de medidas asseguradas por gerais. Exigirá um atendie intrínsecos e não por ações externas € a escola tem as suas necessimento individualizado, uma vez que cad prios, seus estágios de desenvoldades específicas, seus problemas pró a na consecução de seus objetivos dad aju ser a cis pre ola Esc A o. viment ostas, to € não por meio de ações imp através de seu próprio crescimen conjunto de professores e eso orç esf O . des ida ess nec s alheias às sua € à busca da melhor reato men nha mpa aco o a par o pecialistas, voltad trole imepropostos, substituirá o con eles por vos eti obj dos o A lizaçã ada por uma só pessoa. liz rea o isã erv Sup da e didiatista e fiscalizador r à Supervisão criativa € estática cede luga
prescritiva
Supervisão
nâmica. O
Modelo
define a Supervisão como
por invidades desempenhadas ati e s efa tar es, açõ da “o conjunto de que visam à 3) melhoria s duo iví ind de " os titativos € qualita-. divíduos ou grup e m seus aspectos quan no si en do de da 29). rodutivi Faustini, 1981, p. ia ál Am e yd Lo . rd tivos” (Coo
Dá
grande
importância,
papéis da Sudentro das tarefas e nitiriam O comportame
rm técnicas, as quais pe busca caso, é aquela que e st ne e, qu a or is a ção superv através do envolvimen to necessário à s ma e, nt me ta re di . vos, não poa o alcance dos objeti indivíduos. de os up gr ou nção to de indivíduos so. Não é uma fu es oc pr um mo co sta zem A Supervisão é vi te, todos que fa en em nt ue ns eq Co l. pe rmina do pa ido restrito, Escola, nt específica de dete se no a ad er id ns o escolar co desempenhar uma o rã parte da organizaçã de po , ão aç uc Ed cretaria da sistema até o mais amplo, Se ematizada, ter-se-à um st si r fo ão aç ta es atraação supervisora. Se Sistema de Supervisão, um ão ent õe op pr lo de Supervisão. O mode pervisão,
às habi lidades
57
Scanned with CamScanner
a O exercício de sua função par s ola esc das es dad i necess as vés do qual , seriam ducacional, adequado aos alunos de desenvolver um processo edu rutura da Secretaria da Edu est da níveis ntes difere aos transmitidas respos tas adequadas ao atendimento gerar iam dever quais os cação idades. | a nível de Delegai res de e mn nsino seriam, an e E o grupo de Superviso ia
a análise e a cia, os elementos fundamentais par comunicaça
ssixo de flu O a, tiv efe o açã atu sua a m Se sidades. dades e respostas ficará prejudicado. de todos como É evidente que, sem um comprometimento do. Para que isso ss educadores, tal sistema jamais será implanta ser primordial: é preciso uma unidade em torno do objetivo que deverá ita a cada o atendimento ao aluno, e uma descentralização que perm
escola a liberdade de fornecer esse atendimento. Acontece que o Modelo nasceu e teve que funcionar dentro
, há de uma estrutura totalmente centralizadora. Se, na parte estática vislumbres de descentralização — afinal, há dezoito Divisões Regionnais de Ensino e cento e quinze Delegacias de Ensino para atendime to regional e local —, na parte dinâmica, isto cai por terra. A Secretaria da Educação funciona dentro de um contexto maior e, como tal, reflete a centralização existente. As decisões são impostas de cima para baixo e a Supervisão criativa e dinâmica dá lugar ao controle fiscalizador. Uma Escola participativa só pode existir com uma Secretaria
participativa. E isto significa que a ação dos órgãos
que a compõem
tem que ser integrada. Para haver ação integrada é preciso comunicação.
Pela estrutura da Secretaria da Educação contida no Decreto n.º 7.510-76, a comunicação entre os Órgãos
Centrais
será possível a
nível do Conselho de Planejamento o qual é formado
pelo Secretário
da Educação, dirigentes dos diversos órgãos,
Coordenadores
de Ensi-
a troca será estabelecida
e as di-
no, Departamento de Recursos Humanos, Departamento de Assistência ao Escolar, Departamento de Administração e de um Assessor Téc-
nico de Gabinete. Neste Conselho, retrizes gerais do ensino traçadas.
Ocorre que a educação é um processo dinâmico e a solução para os problemas emergenciais que precisam ser resolvidos de imediato não deve restringir o tempo necessário à reflexão crítica e ampla
sobre a realidade educacional existente e a busca de alternativas de solução para nossa Escola onde a complexidade dos problemas se avoluma. Dar maior importância ao imediato é jogar por terra toda a possibilidade de uma integração. | 58
Scanned with CamScanner
Ê quase sempre é isto que acontece. A Escola deve refleti
efletir
uma ação integrada dos órgãos centrais e o trabalho do Supervi
pervisor não
pode ser padronizado. Agora,
de fato, o que existe? Não se pretende dar uma resposta definitiva mas que se reflita sobre alguns dados retirados da ex-
periência em diversos tores de Escola. .
contactos com
Supervisores
de Ensino
e Diré-
Um dos mais significativos foi o obtido através do Seminário
de Estudos sobre Ação Supervisora, desenvolvido, no final de 1981, pela Divisão de Supervisão da Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas. Pretendia-se que os Supervisores de Ensino discutissem e refletissem sobre suas funções. Para aprimorar a educação, é necessário compreendê-la; daí, nesse trabalho, não se discutir apenas a função
educação
também
mas
Supervisor
do
ela envolve:
o que
e tudo
aluno, escola, vida, etc. e que
Percebeu-se, nas discussões, que havia muitos pontos comuns muitas idéias eram aceitas. Entretanto, não havia uma intersec-
ção entre o que se falava e propunha e o que os Supervisores estavam Em
fazendo.
grupo,
fazendo
supervisão
educacional,
deles o fizes-
muitos
embora
como
Supervisores,
os
sentiu-se
momento
nenhum
Ea
nd
sem isoladamente.
As ações pareceram-me constituir dois blocos: um, estático (o
dinâmico
e outro,
proposto)
alguns pontos
lado a lado com
que
caminhavam
de contacto possíveis mas
insuficientes
k
para gerar o Supervisor de Ensino. Ficou
evidente
nítidos,
(o real), bem
que
a Escola
ficou
patente
que
ruim,
está
está
O ensino
a necessidade de ruim, que a aprendizagem está ruim. Ficou explícita práti-
Supervisão - Educacional,
ca de grupo. Não
que
há respostas adequadas
não
ela
existe
come
das es-
para os problemas
colas.
ns Diretores de Supervisor de Ensino é visto por algu decorativa, cuja presença e ação cola como uma figura meramente educativo. É alguém que só a nada estão favorecendo o processo os e professores; é mais um péis, não conhece a escola, os alun O
Eid petor
o professor fugia Disse um: diretor que, antigamente, cobrava serviço, questionava porque este, realmente,
exigia produtividade,
conhecia
seu serviço
e a
RO
Esem pe Tisc
do insai
que Re
ava.
quê? Porque alguém poHoje, é o supervisor que foge do diálogo. Por faz contagem de de vir com perguntas difíceis e importunas: Como se tempo?
O
que
acha
do
sistema
de avaliação?
E o Supervisor,
quando
59
Scanned with CamScanner
não consegue evitar a pergunta, encaminha . ra cada assunto há um especialista
para outro Supervisor. Paassume os supervisão
uém que Para outros diretores, O Supervisor é alg a exercer uma problemas da escola com eles e que poderi
mais voltada
a ação
para
burocráticos. Afirmou
uma
se não
pedagógica,
todos
que
diretora
os
tivesse
tantos
Supervisores
encargos de
ensino
uma verdadeira ação deveriam ajudar a Escola a abrir caminhos para teve vários Suque a sua Supervisora faz. E, ainda, que
educativa,
o
a atual que conhece toda a pervisores, mas que, logicamente, prefere ca contínua e não apenas dá escola, que exerce uma ação pedagógi quando é solicitada, orientações quando surge algum problema ou har Supervisores
entrevistados,
uma ação comprometida com
os
quais
procuram
desempen
a sua visão de educadores, falam com
festam, porém, seu desenentusiasmo da ação que desenvolvem. Mani enfrentam, os quais incluem canto, face aos inúmeros problemas que acional até a falta de comdesde os criados pelo próprio sistema educ fins 'do que para meios. preensão de seu trabalho mais voltado para grupo que ainAcresce a isso o fato de fazerem parte de um dá necessidade de uma da não é homogêneo quanto ao entendimento Supervisor de ensino. ação supervisora e das formas de atuar como o mais alto Torna-se difícil o idealismo. O ocupante do carg cia mas se sente canda carreira do magistério está cheio de experiên . Alguns deles fizesado diante das condições adversas em que atua Modelo de Superviram um concurso, estudaram todas as técnicas do mas não tudo o que são e outras complementares, fazem o que “podem trizes, portarias, esperavam. Todos sentem O freio e os laços das dire se, de um laresoluções, comunicados, redigidos nos gabinetes que, do, são necessários,
Conhecendo
de outro,
limitam
a escola,
sua
e padronizam
realidade
seu
trabalho.
individualizada,
pode-
uar a lei ao riam, como supervisores, aconselhar isto ou aquilo, adeq lei mais caso específico da escola, interpretar e aplicar o espírito da que fazê-la cumprir num estilo frio e impessoal. O que fazem, em geral, é levar a escola a integrar-se nas orientações comuns. Percebem depressa que a teoria da Supervisão que
existe, embora coerente com o modelo de Escola, implícito na Lei n.º esentan5.692-71, não foi gerada na Escola e na nossa realidade, repr ordam do, antes, uma opção num determinado momento histórico. Conc com o modelo teórico quanto ao fato de que a Supervisão não pode ser
apenas fiscalizadora. Mas |
a Escola continua
Está claro que o Grupo
como
dos Supervisores
está.
de Ensino das De-
legacias não é o único responsável pela Escola que aí está. É bem ver 60
Scanned with CamScanner
dade, porém, que seu desempenho como Supervisor de ensino é fundamental. Há um
conjunto de pessoas que deveria ter queumaex açã E de fatos
visora e não a está exercendo. Há uma série Educacion al não justificam o fato maior: a Supervisão
super-E
Naa
rendo e a sua ausência acentua a situação deplorável da educação. Mais. Não julgamos que basta fazer uma abordagem técnica do problema porque a solução não se encontra na falta de competência técnica; ela a contém mas a ultrapassa. Não
temos
soluções
prontas
para
a situação.
Julgamos
que
ela deverá partir do próprio grupo de Supervisores de Ensino. Apenas eles terão condições amplas para reivindicar seu espaço. E para tal julgamos
que
ele
precisa
querer,
precisa
refletir e analisar
a realidade
educacional conturbada, não para justificar o seu não-fazer, mas para enfrentar o seu desafio e acordar para a prática, legítima dona do lugar que ocupa. O seu querer é primordial para o desempenho de uma Supervisão
não
estática
e fiscalizadora,
mas
dinâmica,
criativa,
útil, Ji-
berta, capaz e coerente com as necessidades do aluno. Em suma: uma Supervisão oriunda de uma postura de educador. Quando o Supervisor de Ensino começar, não isoladamente, mas
como
quês:-o
a se indagar,
grupo,
porquê
da
Supervisão
no
seu dia-a-dia,
Educacional;
por
sobre
que
diferentes
fazer
por-
isto? por
que está previsto isto? o que significa isto? por que tem que ser isto? etc.; quando, enfim, começar uma prática de Supervisão Educacional,
aí, sim, terá condições de sair do jogo do abstrato porque terá parâme-
cientros retirados não só de um modelo teórico, princípios filosóficos, as suas tíficos ou legais, mas de sua própria vivência, para discutir e exifunções. Com tais parâmetros poderão questionar, aperfeiçoar
gir as mudanças
para um
melhor trabalho.
que possa paPor mais ilógico que possa ser, por mais difícil
do desempenho dos recer, julgamos que só quando a reflexão em torno consciente do grupo de Supervisores de ensino partir de uma prática poderá se afirmar que exisSupervisão Escolar e não de um vir-a-ser, de São Paulo. tem Supervisores de ensino de fato, no Estado Acreditamos
nisso
porque
temos
como
pressuposto
formular sempre será possível ao grupo de Supervisores
de
que
perguntas, hi-
agir, refletir sobre sua ação, ir póteses teóricas; a partir do concreto, adequada à nossa realidade, enconstruindo uma teoria de Supervisão vel, educador, atuante. quanto se estrutura como grupo responsá ro desta realidade Sim, acreditamos ser possível, mesmo dent s de Supervisão Educaeducacional desoladora e adversa, uma práxi que reflete sobre si cional, ou seja, uma ação consciente, uma ação 61
Scanned with CamScanner
mesma, acredita em si mesma, por isso age e procura aperfeiçoar-se / numa ação resultante da união dialética entre teoria € prática.
O Supervisor de ensino precisa refletir sobre sua ação para não caminhar a esmo, alienado. Mas a reflexão sem ação seria vazia é morrante. ta, inócua e acadêmica, tremendamente frust : é Por enquanto, teoria e realidade concordam num ponto
necessária e inquestionável a Supervisão Educacional para a melhoria e —, do ensino. O problema é que, em cada uma =— teoria e realidad r. a Supervisão ocorre de um jeito. E esta dicotomia tem que acaba
É preciso uma prática resultante da teoria e uma
teoria en-
gajada na prática. A teoria tem que brotar da prática paraa qual deve sempre se voltar a fim de ser testada e viabilizada. A teoria não é dispensada pela prática. Ela valida e clarifica a prática e se constrói através dela. Ao mesmo tempo que se age, procuram-se as razões da ação, , o que leva a novas descobertas; à busca de provas e confirmações en-
fim, deve ser instaurado o método científico, devem
acabar os aprio-
rismos. .
“A práxis, através da qual a consciência se transforma, não é pura ação, mas ação e refletão. Daí, a unidade entre teoria e prática, em que ambas se vão construindo, fazendo-se e refazendo-se num movimento permanente no qual vamos da prática à teoria e desta a uma nova prática.” “A práxis teórica não é outra coisa senão a que realizamos, desde o contexto teórico ao tomar distância da práxis realizada ou realizando-se no contexto concreto, no sentido de clarificá-la. Por isso mesmo é que a práxis teórica só é autêntica na medida em que o movimento dialético entre ela e a subsequente práxis, a ser realizada - no contexto concreto, não seja rompido. Daí que sejam ambas essas formas de práxis momentos indicotomizáveis de um mesmo processo pelo qual conhecemos em termos críticos. Isto significa, em outras palavras, que a reflexão só é verdadeira quando nos remete, como salienta Sartre, ao concreto sobre o qual a exercemos” (Kosik e Sartre, 1982, p. 109).
| existente,
Quando forem
hipóteses testadas
teóricas,
estabelecidas
e enriquecidas
pela
ação,
a partir da prática poder-se-á
ter uma
práxis de Supervisão Educacional no Estado de São Paulo. Nessa si-
tuação,o Grupo de Supervisores de Ensino crescerá porque cada um
dera Sujeito e não objeto de seu trabalho. E os espaços institucionais
existentes serão ocupados e trabalhados em favor de um ensino melhor.
62
Scanned with CamScanner
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Fernando
Car-
63
Scanned with CamScanner
O Currículo
Centrado
na Pessod
Ana
Gracinda Queluz
Scanned with CamScanner
Pretendemos,
neste
capítulo,
abordar. a
educação
humanista
do ponto de vista do currículo, aqui entendido como o conjunto de todas
as
experiências
proporcionadas
pela
escola
ao
educando,
dentro
e fora dela. Não pode jamais dicotomizar homem-mundo uma curricular coerente com a abordagem humanista da Educação
proposta que cen-
tra a sua preocupação no aluno visto como pessoa e portanto com valor próprio, que caminha para ser mais aberto à sua experiência e que, devido
a essa abertura,
consegue
perceber
os estímulos
que
provenham
do organismo e do ambiente, lidando conscientemente com eles de forma a poder, através de sua ação-reflexão, ser o ser da transformação do mundo. | O homem e o mundo estão em contínuo processo relacional porque “o homem não é um ser abstrato, isolado, solto, desligado do mundo,
tampouco
o mundo
é uma .realidade ausente de homens”
(Frei-
re, 1969). Se
considerarmos
o homem
como
ser em
processo,
com
ca-
pacidade para compreender a realidade e a transformar através de sua ação-reflexão, estaremos também aceitando a possibilidade de ajudá-lo através de uma abordagem humanista a desenvolver as suas potencia-
lidades para a ação transformadora. 67
Scanned with CamScanner
no A proposta curricular estaria centrada na pessoa € traria, conjunto
de princípios que a norteiam, os elementos
básicos orientado-
res da realização na prática dessa proposta educacional.
PRINCÍPIOS
CURRICULARES
1.º Princípio Centrar
o currículo
tendido como uma do
seu
aluno,
no
devendo
pessoa, numa
ser en-
este
fase
determinada
biopsicossocial.
desenvolvimento
r todos Centrar o currículo no aluno (pessoa) significa dirigi os equipamentos e os recursos humanos e materiais, selecionar todos
objetivo de mobiliários, proceder à preparação do espaço físico com O com perdar condições ao aluno para perceber-se como pessoa aberta, do cepção livre e inteira de todos os estímulos, sejam provenientes organismo ou do ambiente, vivendo-os, sem sentir-se ameaçado, poden do lidar com eles sem distorcê-los. Para centrar isso é necessário conhecer as características das