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Portuguese Pages [126] Year 2010
CGDHflL Cursos G €ventos Novo Série n. 5 (D O iv;t Ir.. l \
Cur>iva (s. VI)
Fonte: TALLAFIGO, Manuel Romero, LIÂNEZ, Laureano Rodríguez e GONZÁLEZ, António Sánchez. Arte de Leer Escrituras Antiguas: Paleografia de Lectura. Huelva: Universidad de Huelva Publicaciones, 1995. p. 55.
«J
= NT
Fonte: CONTRERAS, Luis Nunez. Manual de Paleografia: Fundamentos e Historia de Ia Escritura Latina hasta el Siglo VIII. Madri: Cátedra, 1994. p. 44.
Módulo
E a dimensão da forma da letra, do seu corpo principal e de suas hastes superiores e inferiores. Tem muita importância na definição da escrita gótica aragonesa e na de albalaes. Peso
Está em função do maior ou menor contraste entre traços grossos (feitos com o corpo da ponta da pena aberto) e os traços finos (feito com a ponta da pena fechada e pouca pressão sobre o pergaminho ou papel). Uma escrita é considerada tanto mais pesada quanto menor for o contraste entre traços grossos e finos. Ligaduras
São pequenos traços que unem partes de letras próximas. Produz-se quando, depois de executado o traçado de uma letra, o instrumento continua se movendo à direita, em sentido ascendente, descendente ou sobre a linha da escrita, para fazer um traço da letra seguinte.
2.2. Categorias Genéricas da Escrita10 As Categorias Genéricas da Escrita podem estar relacionadas com os Elementos Constitutivos da Escrita ou podem resultar da Finalidade para a qual a escrita é empregada. No primeiro caso, segundo a Morfologia das Letras, temos a Escrita Maiúscula ou Minúscula e, segundo o Ductus, temos a Escrita Assentada., Cursiva ou Semicursiva. Escrita Maiúscula
É aquela cujas letras se inscrevem num sistema bilinear entre duas linhas mais afastadas. Escrita Minúscula
É aquela em que as letras se inscrevem num sistema quadrilinear entre duas linhas intermediárias.
Figura 3
ca=
ce=
ch=
ci= (7
cr=
CU= (V.
Fonte: TERRERO, Ángel Riesco (Ed.) et ai.. Introducàón a Ia Paleografia y Ia Diplomática General. Madri: Síntesis, 2004. p. 141. 24
Este subcapítulo, Categorias Genéricas da Escrita, priorizou a bibliografia: LASALA, Fernando de. Ejercicios de Paleografia Latina: Lâminas, Transcrípciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 125-129, 155158, 206, 212; CONTRERAS, Luis Nunez. Manual de Paleografia: Fundamentos e Historia de Ia Escritura Latina Hasta el Siglo VIII. Madri: Cátedra, 1994. p. 4447; TALLAFIGO, Manuel Romero, LIÂNEZ, Laureano Rodríguez e GONZÁLEZ, António Sánchez. Arte de Leer Escrituras Antiguas: Paleografia de Lectura. Huelva: Universidad de Huelva Publicaciones, 1995. p. 56, 57. 25
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Escrita, Assentada
Figura 5
É aquela em que as letras são executadas com lentidão e sem ligaduras, sendo muito cuidadas e precisas em sua execução.
Carta Fechada (Litterae clausae) do Papa João XXII
Escrita Cursiva
1334, setembro, 8. 19° ano de seu Pontificado. Avignon. Carta Fechada com bola de chumbo dirigida ao Conde Arcambaldo de Petragórica demonstrando sua satisfação por este haver se recuperado de uma enfermidade.
Como produto da rapidez dos traços, a Escrita Cursiva é rica em ligaduras e inclinações, sacrificando a precisão das formas dos signos. Escrita Semicursiva Apresenta um estado intermediário entre a Assentada e a Cursiva. E uma Escrita Mista, integrada por letras de Ductus assentado e Ductus cursivo. Quanto à Finalidade para a qual a escrita é empregada, temos a Escrita Usual, a de Chancelaria, a Libraria e a Canonizada (dentro dos cânones). Escrita Usual (Corrente)
ASV, A.A., Arm. C, 296. Pergamena, 33x48 cm., [s.f.]u
(Folio inteiro) Escrita Gótica de Chancelaria Pontifícia ou Gótica Curial
Li.jLjL^CÍ~^í-^---^4^^-C
•p.,^ — „—..,, u.- n-^l^»^ aj^i-» TÍ^jã .^^•y^^-^ff^i^JSíí *_flK-$Jr~.« ^'JVT-T
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É uma escrita de luxo usada nos códices de pergaminho das mais importantes bibliotecas do mundo dos séculos IV ao XI, substituindo a Escrita Capital Clássica Rústica,, com a qual tenta competir. É, também, uma escrita que será utilizada em encabeçamento de documentos, realce de nomes próprios e em muitas inscrições lapidarias. É minúscula, embora preserve, quanto ao módulo, algumas características da maiúscula, por ser a que abre o sistema pós-clássico. Servirá de inspiração para as letras maiúsculas góticas.
Fonte: Apud MILLARES CARLO, Agustín. Tratado de Paleografia Espanola. Madri: Espasa Calpe, Tomos I, Texto, e II e LU, Lâminas, 1983. p. 31, Tomo LT.
Transcrição: 1 C. Cominivs Pyrrichus et 2 L. Novivs Priscvs et L. Campivs primigenivs fanatici três a pvlvinar Synethaei hic fvervnt cvm Martiale sodale Actiani Anicetiani sinceri saluio Sodali feliciter 54
55
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Figura 18 Fragmento do Evangelho segundo São Mateus (Mt. 27, 35 ss.).
posteriormente. Chegou tarde, encontrando outras tendências mais fortes. Adota marcadamente dimensões de formas minúsculas.
Bibl. Ap. Vat., cod. Claromontanus, Vat. lat. 7223. [s.s], foi. 62 Figura 19
Século V, fs.a., s.m., s.d.]. [s.L] (Fragmento de folio) Escrita Uncial
terofil xs j»benmx
Leis dos Visigodos, Livro III. Biblioteca Vaticana. Vat. Reg. 1024. [s.s.], [s.f.] Século VH ou Vm, [s.a., s.m., s.d.]. [s.L] (Fragmento de folio} Escrita Semiuncial
eiu
Fonte: Cfr. [s.o.]. Códices Latini Antiquiores, I, 53. Apud LASALA, Fernando de. Ejerááos de Paleografia Latina: Lâminas, Transcripciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 47-49.
Fonte: Apud GARCÍA VILLADA, Zacarias. Paleografia Espanola: Precedida de una Introducción sobre Ia Paleografia Latina.. Barcelona: Ed. El Albir, Tomos I, Texto, e H, Facsimiles, 1974. p. 5, Tomo H.
Transcrição:
Transcrição:
[Fl. 62] 1 PLERETUR QUOD 2 DICTUM EST PER 3 PROPHETAM [:] 4 DIUISERUNT 5 Sffil UESTIME[N]6 - TA MEA ET SU7 - PER UESTMEN8 - TUM MEUM
1 2 3 4 5
AD SINISTRIS TRANSEUNTES AU- TEM BLASPHEMA-BANTEUM MO- UENTES CAPITA SUA ET DICENTIS UA, QUI DESTRU- EBAS TEMPLUM
Escrita Semiuncial Apesar do nome, não deriva da Uncial, deriva da mesma origem, ou seja, da crise do Sistema Clássico Romano. Não chega a ser utilizada 56
facultatem eius indubitanter obtineant. Iam uero si predictarum personarum uel uiri uel mulierif secundum prefatum ordmem filii deesse noscuntur contente mulieris hereditatem tunc recte propinquis eius capiendi licitum erit. Si despectum propin-
Escrita Cursiva Comum Nova É a escrita corriqueira da vida cotidiana, das glosas marginais em códices, das atividades de igrejas, cúrias, comércio e correio epistolar. É também a escrita dos documentos em papiro da chancelaria imperial romana tardia, da cone de Ravena e das oficinas das legiões romanas no Egito. 57
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Tem um caráter dinâmico e corrente, cursividade e rapidez no traçado, pujança nas formas e dela vão derivar as Escritas Nacionais ou Pré-carolinas, com exceção da Insular como se verá mais adiante. Figura 20 Gesta Municipalia de Ravena: apertio testamenti. Paris, Bibl. Nat., ms. Lat. 8842. Papiro, [s.d.s.], [s.f.] 552-575 d.c., [s.m., s.d.]. Ravena (Fragmento de/õ/zo) Escrita Cursiva Comum Nova
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3.2. Escritas Nacionais. Pré-carolinas Com a desintegração do Império Romano, surgem as chamadas Escritas Nacionais, assim denominadas não porque tenham sido inventadas pelos povos que as utilizaram, mas porque partiram de um tronco comum, de evolução romana, e apresentaram em cada nação modalidades diferentes. Seu nome, Escritas Nacionais, designa as escritas procedentes dos reinos que foram formados pelos povos bárbaros invasores, povos germânicos que provinham da Escandinávia por ondas migratórias e que formaram os diversos povos bárbaros que, no século H da era cristã, começaram a cercar as fronteiras do Império Romano. A partir do século V, já se encontravam assentados nos territórios e províncias antes pertencentes aos romanos. Nas Escritas Nacionais, não resta praticamente nada das escritas próprias dos povos bárbaros antes de seu contato com o mundo latino. A absorção da cultura romana por esses povos foi muito alta, seja pelo remanescente latino existente nos novos territórios conquistados ou seja por eles se encontrarem já latinizados antes da queda do Império Romano. Em algumas regiões da Espanha e da Itália, por exemplo, adotaram cem por cento de elementos da civilização latina, sendo a escrita um desses elementos.
l Fonte: Cfr. Arndl, W e Tangi, M.. Schrifttafeln zur Erlernung der Lateinischen Palaeographie, Tafel 2, Berlin, 1904. Apud LASALA, Fernando de. Ejerrícios de Paleografia Latina: Lâminas, Transcripciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 65, 66.
Transcrição: petenti officio suscipi iubeatis et testibus 2 praesentibus osteni ut si signacula uel superscribtiones suas recognoscent singuli edicere non morentur tunc demum ipsam cartulam testamenti resignari praecipiatis lin[u]m incidi aperiri et per ordinem recitari faciatis ut intrensicus 6 possit agnosci uoluntas defuncti Melminius Andreas
58
Os anglossaxônios representam uma exceção, já que a ação da cultura romana no Reino Unido, antes do século V, havia sido menos profunda (ou quase nula) e, assim, o latim não conseguiu se impor sobre as línguas celtas aí existentes. O dialeto gaélico na Irlanda e na Escócia e os dialetos bretão e galês no País de Gales, todos de origem celta, sobrevivem até os dias de hoje. A difusão mais abrangente de um campo gráfico latino no Reino Unido ocorreu mais tarde, a partir do século V, através de códices escritos em letra Uncial, levados por missionários que aí chegaram com o intuito de converter ingleses e irlandeses ao cristianismo. Graficamente, todas as assim chamadas escritas nacionais são minúsculas, derivadas da Cursiva Comum Nova do sistema pós-clássico romano. Assim, uma latinidade gráfica romana continuou nos novos reinos que foram surgindo após a queda do Império Romano do Ocidente. 59
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Os Reinos Narinnait A partir do século V, os Visigodos foram ocupando a Península Ibérica; os Francos, a Gália; os Ostrogodos e, depois, os Lombardos, a Itália; os Anglossaxônios, o Reino Unido e diversos grupos germânicos se estabeleceram na Germânia. Assim, nos séculos V e VI, foram surgindo novos Reinos Nacionais: o Visigótico na Península Ibérica; o Franco na Gália sob a dinastia dos Merovíngios; o Lombardo inicialmente no norte da Itália, estendendo-se depois ao sul, no Ducado de Benevento, na região da Campania e o anglossaxônio no Reino Unido.
Figura 21 Apologético dei Abad Sansón Madrid, Bibl. Nacional. Ms.. [s.s.], [s.f] Século IX [s.a., s.m., s.d.]. Toledo-Heterius (Fragmento de folio) Escrita Visigótica Redonda
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Escritas Nacionais São elas: Escrita Visigótica Nos séculos V a VII, foi utilizada com o nome de Visigótica nos reinos visigodos. Nos séculos Vin a XII, passou a ser chamada também de Mozárabe, por ser usada por cristãos que mantinham forte contato com a cultura árabe que havia penetrado na Península no século VIII, sem, contudo, se tornarem muçulmanos e preservando suas crenças e ritos cristãos. E uma escrita de códices e de vários tipos de documentos de monges e eclesiásticos estabelecidos também nas chancelarias reais. Em seu traçado, é minúscula e se subdivide em Visigótica Redonda e Visigótica Cursiva.
Fonte: Apud QUINTANILLA, Blas Casado (Ed.). Lâminas de Ia Cátedra de Paleografia y Diplomática. Madri: UNED, 2007. p. 31.
Transcrição: 1 2 3 4 5 6
Dominus meus et Deus meus diffuso confessus est ore. Ipsum uidelicet Deum in unione persone aserens quem ante non muitos dies pupunxerat miles, cuius et manifestationem futuram in iudicio propheta sic adstruit: uidebunt inquiens in quem transfixerunt; et iterum : m ill die dicetur ei: que sunt plagae iste in médio manuum tuarum et respondebit dicens:
Escrita Visigótica Cursiva. Escrita, Visigótica Redonda Apresenta poucas ligaduras e enlaces entre as letras, é bem cuidada, de ductus mais arredondado e assentado e sem muita cursividade.
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Apresenta grande cursividade, ligaduras e enlaces entre as letras. Considerando os tipos abreviativos, a Carta de Caminha, por exemplo, é um manuscrito rico, entre outros, para se observar as Abreviações em Letras Aglutinadoras de mais Letras, como o per que tem origem na visigótica cursiva. Observem-se as linhas 5 e 6 da figura 22.
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Figura 22 Valerio, Sobano, Galindón, Pedro y Abodimio venden ai monasterio de Sahagún un villar15 con sus propiedades. AHN, Clero, Sahagún, carp. 874, n° 5. [s.s.], [s.f.] 995, [s.m., s.d.]. Sahagún (Fragmento de/o/zo) Escrita Visigótica Cursiva.
frcrita Merovínoia
Desenvolvida na França, do século VI ao século VHI, o seu nome vem do rei Meroveo, fundador da dinastia Merovíngia no século V. É uma escrita com forte influência da Semiuncial e tem um traçado de cursividade muito marcada, com muitas ligaduras. Durante sua última etapa, a partir do século VÊ, a escrita merovíngia lapidou sua cursividade, tornando-se mais clara e se convertendo em uma escrita de códices reais. No seu desenvolvimento, teve grande importância o trabalho unificador das grandes abadias do centro da França, assim como a sua adoção pela chancelaria real. Figura 23
Fonte: Apud QUINTANILLA, Blas Casado (Ed.). Lâminas de Ia Cátedra de Paleografia y Diplomática. Madri: UNED, 2007. p. 42.
Transcrição: 1 Christus. In Dei nomine. Nos nepti Sobani, Ualerius filius loanni, Sobanus et Galindoni et Petrus filius Flacino, 2 Abbodimius, filius Maximi, uobis domno Uizentius abba uel collegio fratrum Sanctorum Facundi et Primitibi in Domino 3 Deo eternam salutem. Ideo placuit nobis iam superius nominatus et accessit uolumtas, promto animo 4 spontanea nostra uoluntate ut uinderemus uobis uillare quem abuimos de nostro abio Sobano in loco predicto 5 in Tascetello per suis terminis: de una parte termino de Mennino; de alia pane per illum lumbbum qui descender ac cobella 6 et per regum de illa fonte subtus Cobella qui descendei ad Spinareto rego maiore et usque in termino de Mennino et ut supra
S. Gregorius Magnus, Regula pastoralis, cap. XXIII. Ivrea, Bibl. Capit., cod. 1. [s.s.], foi. 53 Séculos Vn-Vin, [s.a., s.m., s.d.]. Luxeuil (Fragmento de folio) Escrita Merovíngia do Mosteiro de Luxeuil
l Villar é um pequeno povoado.
62
Fonte: Cfr. Ehrle, F. e Liebaert, P.. Specimina, tav. 19, CLÃ, m, 300. Apud LASALA, Fernando de. Ejerddos de Paleografia Latina: Lâminas, Transcripciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 107-109.
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Figura 24
Transcrição: [Fl. 53] 15 consonam modolationem reddunt. Quia uno qui16 - dem plectro, sed non uno inpulso [sic] feriuntur. Vn17 - dde et doctor quisque, ut in ona [sic] cunctus uirtute ca18 - ritatis aedificet et una doctrina, non una eademque 19 exhortatione tangere corda audientium debet. 20 Explicit líber primus 21 VI
S. Isidorus, Etymologiae, praefationis, lib. III Vercelli, Bibl. Capit., cod. 202. [s.s.], foi. 66 Séculos VHI-IX, [s.a., s.m., s.d.]. Vercelli (Fragmento de folio) Escrita Longobarda
Escritas Italianas
Entre as Escritas Italianas, destacam-se:
Tf
Escrita Longobarda
S7WP
Escrita. Beneventana Escrita Curial Romana
'Dtci -r au-
Escrita Longobarda
É assim chamada por ter relação com os territórios ocupados pelos Longobardos. Também é conhecida como Escrita Antiga Italiana e minúscula da Alta Itália. Não é uma escrita caracterizada por uma forma constante, representa uma tendência t aparece simultaneamente, sob várias formas semelhantes, em diversos centros e localidades da Itália, sofrendo alterações conforme a região em que é usada. É semicursiva e tem um traçado redondo com muitas ligaduras e enlaces de uma letra a outra. Foi utilizada do século VII ao IX. No século IX, no norte da Itália, foi substituída pela minúscula Carolina. Ainda no século VII, apareceu no sul da Itália, onde foi se transformando na minúscula Beneventana sob a influência dos mosteiros beneditinos de Benevento e Montecasmo. Foi utilizada, sobretudo, para documentos administrativos menos solenes e para códices monásticos.
64
Fonte: Cfr. Ehrle F. e Liebaert P.. Specimina, tav. 10, PL, LXXXH, columnas 153-154. Apud LASALA, Fernando de. Ejerddos de Paleografia Latina: Lâminas, Transcripciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 95-97.
Transcrição: [Fl. 66] 1 Prefatio de quattuor sequeuntibus 2 disciplinis de mathema3 4 5 6 7 8
- tica. Mathema- tica latinae dicitur doctri- nalis scientia, quae abstrac- tam considerai quaantitatem. abstracta enim
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Escrita Beneventana
Transcrição:
Tem o seu nome relacionado ao Ducado de Benevento, no sul da Itália e é também chamada de Casinense devido ao mosteiro de Montecasino, principal centro de escrita da região. É uma escrita elegante, mais própria para códices, mas também bastante usada para diversos documentos públicos e particulares. E semicursiva e arredondada.
[Fl. 15]
Seu uso foi longo, do século VII ao XIII, sendo o século XI o período de maior importância. Resistiu às influências da Escrita Carolina que substituiu, no século IX, a Longobarda do norte. Começou a declinar lentamente no século XE, sendo substituída diretamente pela Escrita Gótica no século XTTT. Figura 25 Martyrologium16 Bibl. Ap. Vat., cod. Vat. lat. 4958. [s.s], foi. 15 Ao redor de 1087, [s.m., s.d]. Mosteiro de Montecassino.
1 2 3 4 5 6
neque stare posset, cum iis qui eum in sellula portabant iudici offertur; quorum unus quidem statim negauit, alter uero nomine Eunus cum eodem sene in Domini confessione per - durat; quique iubentur camelis impositis [sic] per totam cir- cumdici urbem et flagris, hinc inde inspectan- te populo laman, usque finem ipsis uerberibus sor-
Escrita Curial Romana Foi utilizada dos séculos VIII ao XI pela Chancelaria Pontifícia em vários tipos de documentos e bulas papais. Recebeu maior influência da Beneventana, mas se modificou tornando-se mais cursiva, com letras maiores, com hastes superiores e inferiores que sobem e descem de forma mais pronunciada. Diferentemente da Beneventana foi influenciada pela Carolina no século XI, tornando-se ainda mais elegante.
(Fragmento de folio) Escrita Beneventana
) ^Hsffr
Fonte: Cfr. Ehrle F. E Liebaen P.. Specimina, tav. 13. Apud LASALA, Fernando de. Ejercicios de Paleografia Latina: Lâminas, Transcnpciones y Comentários. Roma: Pontifícia Università Gregoriana, 2000. p. 103-105.
Martirologio usado no mosteiro de Montecassino, recitado no refeitório. 66
Escrita Insular (também chamada Irlandesa, Saxônia ou Britânica) A Irlanda, cujo contato com o mundo latino era limitado às relações comercias com as províncias da Gália e Bretanha, tomou conhecimento da escrita latina através de códices sacros, escritos especialmente em letra Uncial, a escrita mais utilizada nos códices solenes trazidos por São Patrício que iniciou a cristianização da Irlanda a partir de 431. Outros manuscritos de conteúdo variado, sagrados e profanos, foram levados para as Ilhas por fugitivos galo-romanos que, no século V, saíram de seus países para escapar das invasões francas e das perseguições religiosas. Esses manuscritos, de ordem eclesiástica e laica, eram escritos em letra Uncial e Semiuncial. Em fins do século VI, São Gregório Magno enviou à Inglaterra cerca de quarenta monges que levaram de Roma um grande número de códices escritos em letra Uncial, os quais, certamente, serviram de modelo para várias cópias, permitindo que os ingleses tomassem conhecimento da escrita libraria que era usada em Roma. 67
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Dada a já mencionada superficialidade da ação da cultura romana nas Ilhas, onde o latim não era falado nem escrito comumente, não se difundiu o uso quotidiano da minúscula cursiva. Ao lado do uso lihrario da Uncial permaneceu uma escrita libraria com formas locais que assimilavam, nas ilustrações, influências celtas e anglossaxônias, produzindo um estilo ornamental (plano, bidimensional e abstraio) em que apareciam animais ou a figura humana, mas apenas com finalidade decorativa. Embora em sua origem se tratasse de uma escrita sobretudo para códices religiosos, foi utilizada, também, em diversos tipos de documentos eclesiásticos e administrativos reais, apresentando neles muita cursividade, o que fez com que também fosse chamada de cursiva insular. Na Inglaterra, no século XI, foi substituida pela Carolina. Na Irlanda, perdurou e foi substituida diretamente pela Gótica. Figura 26 Book of Kells17, Dublin, Library of Trinity College. [s.s], [s.f.] Século VII, [s.a., s.m. s.d.]. Mosteiro de Kells, Irlanda (Fragmento de folio) Escrita Insular
c aònc~ uniiífocoT icfoearo
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Transcrição: (Evangelho segundo São Mateus XXVI, 11-16.) 10 11 12 13
ipsius. Tvnc abiit unus de duodecim, ad principes sacerdotum, qui dicitur ludas Scarioth,
14 et ait illis: quid uultis mihi 15 dare, et ego uobis eum tradam? 16 At illi constituerunt ei XXX
3.3. Escrita Carolina Reinos Francos No século V, como já se viu, o Rei Franco Meroveo (448-457) fundou a primeira dinastia dos reis da França, a dinastia Merovíngia. O último Rei Merovíngio, Childerico III, foi deposto por Pepino, o Breve, em meados do século VIII quando teve início a dinastia Carolíngia. Carlos Magno, Carlos I, filho de Pepino, o Breve, sucedeu ao pai em 768, compartilhando o trono com seu irmão Carlomán até 771. Carlos Magno foi coroado, em 800, Imperador do Ocidente pelo Papa Leão III. Formou o Império Romano-Germânico cristão na Europa Ocidental. Tentou a conquista da Aragão (Zaragoza) muçulmana, sendo derrotado em Navarra, quando criou a Marca Hispânica na Península Ibérica. Escrita Carolina No início do século IX, Carlos Magno buscou reviver, na Europa, a unidade do Império Romano e formou o novo Império do Ocidente. No campo gráfico, houve um renascimento intencional da escrita de Roma.
Fonte: Apud ROMÁN BLANCO, Ricardo. Lâminas de Paleografia: Selecionadas, Transcritas e Comentadas. São Paulo: Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras/USP, Partes I, Álbum, Lâminas, e H, Livro, Texto, 1954. Pane I, Lâmina VI, e Parte H, p. 53, 55.
Conjunto de Evangelhos do Mosteiro de Kells. 68
A Escrita Carolina é a escrita nova de um império antigo (o romano) num novo Império (o Carolíngio) que nasceu para devolver à Europa a unidade gráfica que havia perdido com as escritas nacionais, as pré-carolinas. Assim, Carlos Magno tentou uma unidade cultural, também, através da escrita. 69
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A Escrita Carolina, por sua forma, é a minúscula Cursiva Comum do pós-clássico romano chegada à perfeição. Seu módulo e forma são semelhantes às nossas atuais minúsculas de imprensa. Seu ductus é arredondado e assentado, com poucas ligaduras e enlaces entre as letras, apresentando muitas letras soltas, se bem que próximas entre si. E semicursiva. Nota-se contenção e equilíbrio nos arranques e arremates dos traços, com leve pausa da pena ou pluma. O contraste entre o claro escuro das tintas é gradual. Seus textos são em latim como os anteriores das escritas nacionais. As características dessa nova letra, somadas à unificação de extensos territórios e à renovação religiosa cristã através dos ritos litúrgicos, facilitaram sua rápida difusão e aceitação dentro do Império. Fora dele, foi aceita pelo norte da Itália no século IX e pela Inglaterra e Espanha no século XI. Na Espanha, a partir do século XI, foi introduzida, paulatinamente, na Marca Hispânica. Na corte de Alfonso VI, rei de Leão e Castela, já era utilizada por influência francesa. Documentos régios e da Igreja castelhana adotaram essa mudança escriturária. A Igreja castelhana experimentou, também, uma influência francesa na sua liturgia: os ritos mozárabes se misturavam aos gálicos. No fim do século XII e início do XIII, a escrita Carolina começou a receber, em Castela e Aragão, elementos gotizantes por influência das escritas que começavam a surgir nas Universidades e da secularização da cultura.
Figura 27 Concesiones de Privilégios de Roberto, obispo de Mesina, a Riquilda, abadesa dei monasterio de Santa Maria. A.D.M., cajá 9, n° 25-R. Pergamino 200 x 3055+8 mm., [s.f.] 1103, [s.m., s.d.]. [s.l] (Fragmento de folio) Escrita Carolina l
i
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Fonte: AÍN.T.T., Gaveta VII, mç 8, n°5, foi. 1.
Transcrição:
[Fl. 1] 1 2 3 4 5
En nome de Deus Amen Sabham quantos este publico strumento virem oue na Era de Mil e Trezentos e Cinqwoenta e Oyto Anos, onze dias do Mês de Mayo en Sd«cíaren na Chancelaria do muy nobre senhor Don Denis pela graça de Deus Rey de Portugal e do Algarue En presença de mj DomTgu eanes publico e geeral Tabeliom dei Rey nos Reynos sobred/cíos e das
18
Note-se, na segunda linha desse fragmento de folio, o uso da Era Hispânica.
73
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Escrita Gótica de Albalaes
Transcrição:
Na primeira metade do século XIV, surgiu a Escrita Gótica de Albalaes (plural de albala: carta ou cédula real através da qual se concedia uma mercê, uma nomeação, etc.). Foi utilizada, também, para Mandados e Provisões Reais. Ela parte da Gótica de Privilégios e vai se transformando lentamente a partir dessa base. Busca ser mais perfeita ainda, embora seja mais cursiva que a de Privilégios.
1 Sepan quantos esta carta vieren commo ante mi don Sancho por Ia gracia de Dios Rey de Castiella de Leon de Toledo de Gallizia de 2 Seuilla de Cordoua de Murzia de Jahen e dei Algarbe, viene don Johan prior de Ssant Miguel de Scalada e querellosseme 3 que los cogedores de Ia mi yantar e de Ia Reina donna Maria mi muger que Io peyndrauan e lê tomauan todo quanto lê fallaban por Ias yantares 4 ssobredichas e que nunca Ias dieran los priores que fueron ante d[e] el en tiempo dei Rey don Fferrando mio auello nin dei
Figura 29 Carta abierta dei Rey Sancho IV de confirmación de exención de pago de yantar19 ai monasterio de San Miguel de Escalada.
Escrita Gótica Cortesã
A.H.N., Secc. Clero secular y regular. Escalada, carp. 833, n° 8. [s.s], [s.f.]
Apareceu no primeiro quarto do século XV. Apresenta grande cursividade e é considerada o auge da Gótica.
1291, junho, 23. Falência. (Fragmento de Folio) Escrita Gótica de Albalaes CÍ-JHí -i •
^
Sua grande cursividade indica que o domínio de um padrão e estilo bastante difundidos na escrita, junto a despachos administrativos protocolares massivos, leva ao uso de maior cursividade. Os reis católicos a utilizaram de modo plenamente cursivo. Figura 30 Provisión Real dei Rey Juan II de Castilla
Fonte: Apud TERRERO, Angel Riesco (Org.) et ai.. Lâminas y Transcripciones: Para Uso Privado de los Alumnos de Ia Facultad de Filosofia y Letras. Madrid: Facultad de Filosofia y Letras de Ia Universidad Complutense de Madrid, Cátedra de Paleografia y Diplomática, Vol. I, Laminas, e E, Transcripciones, 1993. (mimeo). Vol I, Lâmina n° 60, e vol. II, p. 58.
A.H.N., Secc. Clero, Fondo de Guadalupe, carp. 405, n°. 5, 6. Pergamino, [s.d.s], f. l 1442, febrero, 21. Benavente (Zamora) (Fragmento de Folio) Escrita Gótica Cortesã
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Fonte: BATTELLI, Giorgio. Lezioni di Paleografia. 3.ed. Cidade do Vaticano: Scuola Vaticana di Paleografia e Diplomática, 1949. p. 247.
80
[Fl. 1] 24 Sobre Io que toca a enterramentos y Sepolturas. 25 Primeramente si saven que antes que viniesen christianos a es26 tos reynos tenian por costumbre los yngas y caciques y otros 27 yndios ricos de ellos de enterrar consigo ê sus sepolturas partes 28 de sus tesoros y riquezas como oro plata ropa rica y 29 otras cosas preciosas y esto con gran secreto fiandolo de algun 30 su privado o amigo o de su muger y amiga que mas el queria 31 y de quien mas se fiaba por que no supiesen de los 32 tales tesoros. 81
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Escrita Humanística Cursiva
Anexos*
Derivou da gótica cursiva italiana sofrendo influência da Humanística Libraria ou Redonda. Apresenta traçado oblíquo à linha, as letras se inclinam à direita, o que se nota sobretudo pelas hastes superiores, e são enlaçadas entre si, com separações claras entre palavras. Era usada principalmente em canas e documentos, mas também em livros. Originária da Itália, ela se estendeu pelo resto da Europa, com exceção da Alemanha, dando origem às escritas modernas. A escola caligráfica que a originou e difundiu foi a de Bolonha surgida, por sua vez, no século XII. Foi introduzida no uso tipográfico e ainda hoje as letras que a reproduzem são chamadas de itálicas.
Os exercícios se baseiam em Paleografia de Leitura e Transcrição de Lâminas de Manuscritos Históricos dos séculos XIV ao XIX e nos devidos comentários paleográficos. Representam uma continuidade dos exercícios dados e orientados em sala de aula. A natureza dos mesmos e o fato destes Anexos fornecerem um maior número de manuscritos exigem um tempo hábil maior que aquele coberto por atividades de um curso. E a própria Paleografia para a fixação da leitura, uma correta transcrição, a compreensão do texto, etc. implica em um exercício permanente. /
Figura 35 M. Salomoni Bibl. Ap. Vat., cod. Reg. Lat. 861. [s.s.], foi. 29 Século XV, [s.a., s.m., s.d]. [s.l] (fragmento de Folio) Escrita Humanística Cursiva
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Fonte: BATTELLI, Giorgio. Lezioni di Paleografia. 3.ed. Cidade do Vaticano: Scuola Vaticana di Paleografia e Diplomática, 1949. p. 248.
Transcrição: [Fl. 29] 1 quam suo principi obligasset, sed in decretali nostra mutue po2 - tius obligationes cernuntur, et imperialis sublimitas in3 - decenter obligationum nexibus subigitur. Verisimilius tamen 4 est pacta conventa fuisse post bellum de pacis vel foederum 5 conditionibus; sonat vox pacta inter summos príncipes... 82
As orientações e outras explicações técnicas para a leitura e transcrição dos manuscritos que serão examinados e que utilizam signos fonéticos alfabéticos e silábicos, signos gráficos auxiliares, alguns signos logográficos e determinativos semânticos, etc. pedem que se fixem, também, os Tipos Abreviativos assim como as Normas Técnicas Brasileiras de Transcrição, neste caso, seguindo sua última atualização em 1993. É necessário mencionar que, embora o curso trabalhe com manuscritos dos séculos XIV ao XX, os exemplos que se usarão para indicar os tipos abreviativos não refletem o conjunto vasto e amplo de abreviações, nexus, etc. que os manuscritos desses séculos contemplam. Como forma de exercício, são apresentadas definições do conjunto dos Tipos Abreviativos para preenchimento de exemplos em aula, conforme estes sejam identificados nos documentos que serão apresentados para a Paleografia de Leitura e Transcrição. Esses Tipos Abreviativos estão agrupados em: Signos Gerais de Abreviação ou Signos Abreviativos, Sinais Especiais de Abreviação ou Sinais Especiais Abreviativos, Abreviações em Letras Sobrepostas e Abreviações em Letras Aglutinadoras de mais letras. De fato, estão presentes em grande
O conteúdo destes Anexos é, sobretudo, um guia orientativo de exercícios de aprendizado de Paleografia, incluindo, ainda, uma série de lâminas de manuscritos históricos para a Paleografia de Leitura, Transcrição e Comentários Paleográficos. 83
ANDRADE, Maria Cecília Jurado de. Paleografia.
quantidade nos manuscritos selecionados. A seleção das lâminas de manuscritos para os exercícios, em uma amostra que buscou ser significativa, priorizou rigorosamente uma ligação entre essas lâminas, onde se pudesse observar, em diferentes escritas entre os séculos XIV ao XX, a repetição e evolução de palavras, de tipos de traçados e de algumas abreviaturas essenciais, alterações ortográficas, etc. Signos gráficos auxiliares da escrita, representados intencionalmente pelo escrivão, tais como os de pontuação, acentuação e prosódia e signos determinativos semânticos serão mencionados em aula conforme se desprendam da leitura e transcrição dos textos trabalhados, o mesmo ocorrendo com algumas numerações latinas logográficas, outros logogramas e algumas datações especiais em cronologia de documentos que aparecem em alguns dos manuscritos escolhidos como, por exemplo, o cálculo da era hispânica. Nessa seleção, estão presentes, também, alguns dos chamados Sinais Especiais de origem latina e palavras monogramáticas que devem ser desdobrados na transcrição, como por exemplo, o Scilicet, Etc., Ihesu Christus, etc. Há, ainda, outros Sinais, Símbolos, Siglas, Tipos de Numeração e Datações, Notas, etc. que cobrem o repertório das Abreviaturas em Geral, inclusive a braquigrafia medieval, que, ainda que não apareçam nas lâminas selecionadas, serão abordados em aula. Os Signos Taquigráficos ou Notas Tironianas também serão especificados. A seguir, são apresentados os Tipos Abreviativos, os Modos de Transcrição, os Tipos de Transcrição e algumas Orientações para os Exercícios de Paleografia de Leitura e Transcrição, as Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos e as Lâminas de Manuscritos Históricos dos Séculos XIVao XX com suas transcrições. Nos cursos de Paleografia que ministro, distribuo para os alunos essas lâminas e outras que considero significativas e pertinentes ao desenvolvimento do conteúdo do curso, todas em dimensão de folio A4, onde os manuscritos se apresentam de forma que neles se possam identificar traçados, o conjunto abreviativo, etc., com maior clareza e riqueza de detalhes.
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Tipos Abreviativos Signos Gerais de Abreviação ou Swnos Abreviativos - Abreviação por Suspensão ou Apócope Para aquelas palavras em que, obrigatoriamente, a última letra ou as últimas letras não tenham sido escritas através de signos do alfabeto. - Abreviação por Contração ou Síncope Para aquelas palavras cujas letras intermediárias não tenham sido escritas através de signos do alfabeto. Obrigatoriamente, a primeira e a última letra estão escritas através desses signos. Sinais Especiais de Abreviação ou Sinais Especiais Abreviativos - Sinal Especial Abreviativo por Nasalização Para aquelas palavras em que, obrigatoriamente, as letras m t n não tenham sido escritas através de seus signos do alfabeto e o til não tenha sido grafado através de seu sinal gráfico. - Sinal Especial Abreviativo para vogais (a, e, i, o, u) Para aquelas palavras onde, obrigatoriamente, uma ou mais vogais não tenham sido escritas através de seus signos do alfabeto. Esses Signos e Sinais Especiais Abreviativos são representados e verificados pela presença de uma variedade de linhas e enlaces sobrepostos às palavras que indicam um desses Tipos Abreviativos para a palavra em questão. E o uso de um poniQ no fim de uma palavra, quando designa a presença de um Tipo Abreviativo, pode indicar, também, uma Abreviação por Contração ou apontar uma Abreviação em Letras sobrepostas. Uma observação importante é não confundir linha sobreposta, enquanto traço de signos ou sinais especiais abreviativos, com letra sobreposta. Por exemplo: a palavra aqui pode estar representada como aq e a linha sobreposta ao aq indicar a abreviação da letra u e, ao mesmo tempo, a presença de uma letra i em seu arremate 85
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final. Observe-se, ainda, que variados tipos de traços sobrepostos podem indicar, em muitos casos, a marcação de uma sílaba tónica, não constituindo referência abreviativa e nem um sinal gráfico (acento, etc.) amplamente estabelecido em uso vigente. Abreviações em Letras sobrepostas Para aquelas palavras cuja letra ou letras sobrepostas sejam letra ou letras intermediárias. Para aquelas palavras que, obrigatoriamente, tenham somente a primeira e a última letra escrita, sendo a última sobreposta. Para aquelas palavras que podem ter uma ou mais letras iniciais, sendo a última ou as últimas letras sobrepostas. Abreviações em Letras Avlutinadoras de mais Letras Para aquelas Letras ou Sinais que aglutinam outras letras. Um exemplo conhecido desse Tipo Abreviativo é o uso do signo do alfabeto p cortado diagonalmente em sua haste inferior representando ou aglutinando o per, muito utilizado na Carta de Caminha entre outras abreviações desse tipo, tendo esse per se originado no campo gráfico da escrita visigótica cursiva. Modos de Transcrição A Transcrição pode ser feita de dois modos: 1. Linha por linha do documento, em forma de linha por linha na página em que se transcreve, com numeração dos Fólios entre colchetes, por exemplo:
[F.l] 1
transcreve-se a primeira linha do folio l
2
transcreve-se a segunda linha ao folio l
E assim por diante 25 transcreve-se a vigésima quinta linha ao folio l 86
[F. l v.] l transcreve-se a primeira linha ao folio l verso E assim por diante
[F. 8] 5 transcreve-se a quinta linha ao folio 8. E assim por diante. 2. Linha por linha do documento, de forma corrida na página em que se transcreve, indicando a mudança de linha ao folio por uma barra invertida, seguida do número dessa linha do folio, com a numeração ao folio entre colchetes, por exemplo: [F. 3] transcreve-se a primeira linha do folio 3 \ transcreve-se a segunda linha do folio 3 \ transcreve-se a terceira linha do folio 3 ... \3 transcreve-se a vigésima terceira linha do folio 3 [F. 3 v.] transcreve-se a primeira linha do folio 3 verso... \0 transcreve-se a décima linha do folio 3 verso ... [F. 8] transcrevese a primeira linha do folio 8. E assim por diante. Tipos de Transcrição A transcrição semidiplomática permite algumas intervenções no texto e é a mais condizente com as normas técnicas de transcrição brasileiras vigentes. Ela permite, por exemplo, separar as palavras unidas indevidamente, unir as separadas indevidamente, desdobrar palavras abreviadas em determinados tipos abreviativos, etc. As normas de transcrição vigentes em Portugal e na Espanha seguem também o tipo de transcrição semidiplomático, apresentando, principalmente as espanholas, diferenças com relação às brasileiras.20 Nas normas de transcrição espanholas, para citar apenas dois exemplos, tanto as palavras abreviadas pelos sinais especiais abreviativos por nasalização, quanto as pelos sinais especiais abreviativos para vogais se encaixam nas abreviaturas por contração ou síncope ou naquelas por suspensão ou apócope, sendo em ambos os casos desdobradas, podendo as letras ser grifadas ou não. Nas normas de transcrição portuguesas, citando um exemplo, nos sinais especiais abreviativos por nasalização, quando ambas as letras m t n x apresentam abreviadas no fim das palavras são desdobradas e grifadas.
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Existem, ainda, a transcrição diplomática que mantém o texto conforme o original com todas as suas grafias, signos, etc., a crítica que se baseia em critérios do editor, a crítico-genética que se volta para a génese do texto, utilizando, inclusive, o rascunho do mesmo e, por fim, a transcrição com atualização ortográfica.
Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos21 1. Grafia Quanto à grafia, seguir-se-ão os seguintes critérios: 1.1
Serão separadas as palavras grafadas unidas indevidamente e serão unidas as sílabas ou letras grafadas separadamente, mas de forma indevida. Excetuam-se as uniões dos pronomes proclíticos (madê, selhedê), mesoclíticos e enclíticos às formas verbais de que dependem (meteremselhe, procurase). 1.2 As letras serão grafadas na forma usual, independentemente de seu valor fonético.
Orientação para os Exercícios de Paleografia de Leitura e de Transcrição - Realizar a Paleografia de Leitura mais de uma vez em cada uma das lâminas, pela ordem do documento mais antigo ao menos antigo. - Em cada uma das lâminas, identificar (e escrever) todas as letras do alfabeto, em seus módulos maiúsculos e minúsculos, que aparecem no documento.
1.3 Os caudado escrito com os sinais Jp, V, será transcrito como ss ou s respectivamente.22 U O
- Em cada uma das laminas, reproduzir todas as palavras abreviadas, desdobrando-as, e, ao lado, escrevê-las com seu signo ou sinal abreviativo e/ou outras abreviações, conforme aparecem no documento.
1.4 O R e S maiúsculos, com som rr e ss, serão transcritos R e S maiúsculos, respectivamente. 1.5 As letras ramistas b, v, u, i e j serão mantidas como no manuscrito.
- Transcrevê-las utilizando qualquer um dos dois modos de transcrição antes expostos.
88
1.6 Os números romanos serão reproduzidos de acordo com a forma da época.
21
N.A. Essas Normas Técnicas, que seguem vigentes, foram estipuladas e aprovadas durante o II Encontro Nacional de Normatização Paleográfica e de Ensino de Paleografia, em São Paulo, em setembro de 1993, quando se fez uma reformulação das Normas Técnicas anteriormente elaboradas, em novembro de 1990 na mesma cidade, durante a primeira edição desse Encontro Nacional. Elas tiveram por objetivo fixar diretrizes, critérios e convenções para padronizar as edições paleográficas, com vistas a uma apresentação racional e uniforme das mesmas. Para ver os nomes dos participantes de ambos os Encontros e o texto dessas Normas Técnicas que ora aqui reproduzo (consulta no dia 25 de outubro de 2008), sugiro o site: www.aab.org.br/normtec. htm.
22
N.A. Os sinais mencionados se referem ao signo s do alfabeto quando traçado com a haste inferior que se prolonga de diversas formas (ovalada, reta, oblíqua, etc.). No amplo repertório desse signo s presente nos manuscritos, esse tipo de traço pode ser executado duplamente ou não, indicando o uso de ss ou s no manuscrito e para a transcrição. 89
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1.7 Nos enganos, omissões, repetições e truncamentos que comprometem a compreensão do texto, recomenda-se o uso da palavra latina [sic]23 entre colchetes e grifada. 1.8 1.9 1.10
1.11 1.12
As abreviaturas não correntes deverão ser desenvolvidas com os acréscimos em grifo. As abreviaturas ainda usuais na atualidade, ou de fácil reconhecimento, poderão ser mantidas. Os sinais especiais de origem latina e os símbolos e palavras monogramáticas serão desdobrados, por exemplo, da seguinte forma: /• scilicet24 = a. saber ou convém a saber; &ra = etc.; x = Crismon25, IHR = Christus. Os sinais de restos de taquigrafia e notas tironianas26 serão vertidos para a forma que representam, grifados. O sinal de nasalização ou til, quando com valor de m e n, será mantido.
1.13 Quando a leitura paleográfica de uma palavra for duvidosa, colocar-se-á uma interrogação entre colchetes depois da mêsma: [?]. 1.14 A acentuação será conforme o original. 1.15 A pontuação original será mantida.
2. Convenções Para indicar acidentes no manuscrito original, como escrita ilegível ou danificada, serão utilizadas as seguintes convenções: 2.1
As palavras que se apresentam parcial ou totalmente ilegíveis, mas cujo sentido textual permita a sua reconstituição, serão impressas entre colchetes.
2.2
As palavras ilegíveis para o transcritor serão indicadas com a palavra ilegível entre colchetes e grifada: [ilegível].
2.3
Linhas ou palavras danificadas por corrosão de tinta, umidade, rasgaduras ou corroidas por insetos ou animais serão indicadas, por exemplo, pela expressão corroídas entre colchetes e grifada e com a menção aproximada de seu número: [corroídas + 6 linhas].
2.4
Os elementos textuais interlineares ou marginais autógrafos que completam o escrito serão inseridos no texto entre os sinais < • • • > .
2.5 .Quando não forem autógrafos, serão indicados em nota de rodapé. 2.6
As notas marginais, não inseríveis no texto, serão mantidas em seu lugar ou em sequência ao texto principal com a indicação: à margem direita ou à margem esquerda.
2.7
As notas de mão alheia serão transcritas em rodapé.
1.16 As maiúsculas e minúsculas serão mantidas. 1.17 A ortografia será mantida na íntegra, não se efetuando nenhuma correção gramatical. ' N.A. Sic, em latim, significa: de tal modo; assim; de tal maneira. Neste caso, conforme o original. 1
N.A. Scilicet, em latim, significa: certamente; por certo. O texto das Normas Técnicas recomenda compreender essa palavra latina e esse símbolo como convém a saber ou a saber, representando precisão. O símbolo original de scilicet é um s caudado entre dois pontos. Na transcrição, no lugar do símbolo, se escreverá a palavra scilicet, sem grifá-la.
25
N.A. O símbolo de Crismon é um monograma, cifra como abreviatura, e anagrama de Cristo composto pelas letras P e X.
' N.A. As notas tironianas se referem aos signos taquigráficos que se usaram na Antiguidade e na Idade Média cuja invenção é atribuída a Marco Tulio Tiro, liberto de Cicero e seu secretário. 90
3. Assinaturas 3.1
As assinaturas em raso ou rubricas serão transcritas em grifo.
3.2
Os sinais públicos serão indicados entre colchetes e em grifo: [sinal público].
4. Documentos Mistos 4.1. Os caracteres impressos que aparecem em documentos mistos recentes serão transcritos em tipos diferentes. Incluem-se aqui os formulários, timbres, fichas-padrão, carimbos, siglas, etc. 91
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5. Selos, Estampilhas, etc. 5.1
5.2
Os selos, sinetes, lacres, chancelas, estampilhas, papéis selados e desenhos serão indicados de acordo com a sua natureza entre colchetes e grifado: [estampilha]. Os dizeres impressos e o valor das estampilhas serão transcritos dentro de colchetes e em grifo: [estampilhas, 200 rs.].
6. Referências 6.1 6.2 2.3
Recomenda-se o uso de um sumário, antecedendo cada texto, composto de: datação e resumo de conteúdo. Será sempre indicada a notação ou cota do documento para fins de localização no acervo da Instituição. Sempre se indicará se o documento é original, apógrafo, 2a via, etc.
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7. Apresentação Gráfica 7.1 7.2 7.3
7.4
A transcrição dos documentos poderá ser linha por linha ou de forma corrida. Será respeitada a divisão paragráfica do original. As páginas serão numeradas de acordo com o documento original, indicando-se sempre a mudança de cada uma, entre colchetes e no meio do texto, incluindo-se o verso: [fl.3], [fl. 3v]. Se o original não for numerado, caberá ao transcritor numerar as páginas. Os números acrescentados serão impressos em grifo e entre colchetes: [fLá], [fl. 4 v].
8. Observações 8.1
8.2 92
Toda edição de documentos deverá ser precedida de um texto preliminar em que se especificará o objetivo da publicação, remetendo-a, quanto aos critérios e convenções, para as Normas Técnicas para Transcrição e Edição de Documentos Manuscritos. É recomendável a utilização de índice remissivo.
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Lâmina l 1320, maio, 11. Santarém Instrumento de Tradução de Bula Pontifícia de João XXII Don Dinis ordena ao seu Chanceler, Barão Francisco Dominguiz, Prior de Santa Maria de Alcaceua, que solicite ao Tabelião Geral Domingos Eanes a tradução do latim para o português do Privilégio de João XXII que autoriza a constituição da Nova Ordem da Cavalaria de Jesus Cristo, mandando dizer que é porque alguns leigos e a maioria dos frades da dita Ordem não entendem latim.27 A.N.T.T., Gaveta VII, mç 8, n°5. Pergaminho, [s.d.s.], f.l. (Folio inteiro) l
Escrita Gótica de Privilégios
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
to, segudo ê el parecia, en que era conteúdo, como o dicio Papa fez e ordêou, a Noua Orden da Caualaria de Ihesu Christus Do qual priuilegio, a primeyra linha he tal Johannes episcopus seruus seruorum dei Ad perpetua rei memoriam, E a postrumeyra Chá outrossi he tal nouerit incursur«m Date Avinione ij, Idus Martij Pontificatwj nosfrj anno Tercio. O qual priuilegio assi mostrado scilicet o dicío Chanceler disse porqwe alguus leygos e a moor parte dos freyres da dicía Orden no entêdè latin, per esta razõ el [Rej] [?] mãda e ten por ben, que se torne este priuilegio de latin en lenguagen pêra o entêderem todos melhor, e pêra saberem per hi os dicíos freyres gardar a el, e ao Papa assi como deuê, aqwelas cousas que hi som cowteudas. Porè da perte do dicío senhor Rey mandou a mj dicío Tabeliõ que traladasse o dicío priuilegio de latin en lenguagè e que o tornasse en publica forma e pêra esto, deumj ssa outoridade Do qual priuilegio tornado de latin en nossa lenguagen o Teor, tal, he
Transcrição28 [Fl. 1] 1 En nome de Deus Amen Sabham quantos este publico strumento virem 2 que na Era de Mil e Trezentos e Cinqwoenta e Oyto Anos, onze dias do Mês 3 de Mayo en Sancíaren na Chancelaria do muy nobre senhor Don Denis 4 pela graça de Deus Rey de Portugal e do Algarue En presença de m] Do5 rmgu eanes publico e geeral Tabeliom dei Rey nos Reynos sobredictos e das 6 testemuyas q«e adeante som scritas, o honrrado barõ e sages don frãcisco 7 dominguiz Prior de Sdncía Maria da Alcaceua da dieta vila de Sdncf aren e Chance8 ler do dzcto senhor Rey, mostrou huu priuilegio cõ fyos de seda uermelhos e ama9 relos e cõ bola de chubo uerdadeyra e entregue de Papa Joham xx°ij°, bo10 lado no borrado nè antrellhado nè corruto, nè em nêhua pene de si sospey-
Esse Privilegio corresponde à Bula Ad ea ex Quibus, de 14 de março de 1319, de João XXII, na qual a nova milícia que ela constitui recupera o primitivo nome da extinta Ordo Milititoejesu Christi, representando a continuidade dos Templários em Portugal. Seu predecessor, Clemente V, em 1312, pela Bula Vox in Excelso, havia declarado extinta a Ordem dos Templários. Realizei a transcrição deste manuscrito utilizando as normas técnicas brasileiras de transcrição, ainda que se trate de um documento português, de modo a reforçar para os alunos a compreensão das normas técnicas de transcrição vigentes no Brasil. Adotei o mesmo critério para os demais documentos que aparecem neste conjunto de manuscritos históricos selecionados, incluindo aqueles em castelhano oriundos de Castela, Nova Espanha, Peru e México. Notem-se, neste folio, os
módulos aumentados das letras a e m, ainda que, muitas vezes, com valor de minúsculas. Note-se, ainda, na segunda linha do folio, o uso da era hispânica. O valor de pausa, que aparece neste manuscrito indicado por traço diagonal, traço diagonal e ponto, assim como por ponto ou dois pontos, não definindo uma pontuação exata, foi transcrito utilizando uma vírgula. Esse critério, na pontuação, será adotado nas transcrições que se seguem sempre que o valor de pausa for indicado por qualquer um dos sinais acima mencionados. Muitas vezes, como se verá nesta e em algumas outras transcrições que se seguem, uma letra pode apresentar o módulo aumentado e o valor de maiúscula, embora não seja precedida por nenhum sinal ou ponto, assim como uma letra de módulo minúsculo pode aparecer depois de um ponto ou mesmo abrindo um parágrafo. 95
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ANDRADE, Maria Cecília Jurado de. Paleografia.
Lâmina 2
Lâmina 2
1444, [s.m., s.d.]. Alcobaça Códice com a tradução portuguesa do Costumeiro de Cister por Fr. Nicolau Vieira.
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l^ftttjttt. cê? áè *t A
Descrição das pautas de conduta e atribuições dos frades da Ordem Cisterciense no Mosteiro de Alcobaça, com as permissões e proibições de permanência nos diversos recintos do mosteiro. Lisboa, B.N., Cód. Alcobac. 278, [s.s.], f. 53 (Folio inteiro) Apud NUNES, Eduardo Borges. Álbum de Paleografia Portuguesa: Texto, Lâminas e Transcrições para uso privado dos alunos da Faculdade de Letras e História da Universidade de Lisboa. Lisboa: Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, 2007. (mimeo). Lâm. 48. Escrita Gótica de Privilégios Transcrição
otttòt ti tír cntVtrínt 0,- ctírmttt.yl3t"»'*--' -^pg^*-j?*kf&&+J™ '..-— v/ _ . 7 x- ' 1-^. -—liri• «J. ** /'i-ii *i*r --i. á ,*-r :/S*í O t-o >f* C)»^^ n?! wpiynTJ/«-'* + 'i~ - -
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