O Reno: história, mitos e realidades
 8520005039

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Lucien Febvre

DO AUTOR

Honra e pátria, Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1998. O aparecimento do livro, São Paulo, Hucitec/Unesp, 1992 (com Henry-Jean Martin).

O RenoHistória, mitos e realidades

Michelet e a Renascença, São Paulo, Scritta, s.d. NOVA EDIÇÃO ORGANIZADA E APRESENTADA POR

Peter Schottler

TRADUÇÃO DE

Eliana Aguiar

~

-

CIVILIZAÇÃO BRASILEIRA

Rio de Janeiro

2000

COPYRIGHT©

Librairie Plon, -1997

Sumário TITULO ORIGINAL FRANCÊS

Le. Rhin: Histoire, mythes et réalités. CAPA

Evelyn Grumach PROJETO GRÁFICO

Eve/yn Grumach e João de Souza Leite ADVERTÊNCIA

PREPARAÇÃO DE ORIGINAIS

· Milton Alves EDITORAÇÃO ELETRÓNICA

O RENO

Minion Tipografia Editorial

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

F313r

7

9

APRESENTAÇÃO

Febvre, Luc1en, 1878-1956 O Reno: história, mitos e realidades/ Lucicn Febvre; tradução de Eliana Aguiar; apresentação de Peter Schõrtler. - Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 Tradução de: Le Rhin: hisroire, mythes er réalités Inclui anexos e bibliografia ISBN 85-200-0503-9 L Reno, Rio (Alemanha e França) - História.

1. Título.

99-0854

CDD - 943.4 CDU. 928.243. t

Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia aurorização por escrito. Direitos desta edição adquiridos pela BCD União de Editoras S.A. Av. Rir._ Branco, 99 I 20º andar, 20040-004, Rio de Janeiro, RJ, Brasil Telefone (21) 263-2082. Fax/ Vendas (21) 263-4604 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL

61

PREFÁCIO

63

CAPITULO 1

Os temas do Reno 69 1. O CAMINHO: COMO NASCE UM RIO 71 2. A FRONTEIRA NATURAL 79 3. O RENO ENTRE DUAS RAÇAS 86 CAPITULO li

Três imagens, três fermentos 97 1.

ROMA

2. 3.

OS BÁRBAROS

99

A IGREJA

112 132

CAPITULO Ili

Das cidades às nações 147 1. AS CIDADES DO RENO 149 2. DAS CIDADES AOS PRINCIPES 174 3. PARA UM RENO ENTRE DUAS NAÇÕES 189

Caixa Postal 23.052, Rio de Janeiro, RJ, 20922-970 Impresso no Brasil

2000

CAPITULO IV

Como se faz e se desfaz uma fronteira 207

''

1 1

O RENO .

1.

DO RENO FRONTEIRA DA FRANÇA AO RENO RIO DO IMPÉRIO FRANCÊS

.

· Advertência

209

2. -DO RENO FRONTEIRA DA ALEMANHA AO RENO RIO ALEMÃO 219



CONCLUSÃO UM OLHAR PARA O PASSADO

233

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

23 9

ANEXOS •

249

Mais que um rio, 6 Reno foi sempre um complexo de engrenagens: políticas, econômicas e culturais. Este é o objeto do ensaio histórico de Lucien Febvre que reeditamos aqui, pela primeira vez desde 1935. Escrito durante a ocupação francesa da Renânia, tendo a ascensão do nazismo como pano de fundo, opõe-se às interpretações dominantes na época - o mito do ''Reno alemão'', assim como o da ''fronteira natural''. Diante dos slogans fáceis, especialmente o do mito barresiano de um ''gênio do Reno'' que deveria ser anexado à França, Febvre defende efetivamente a idéia, hoje quase banal, mas iconoclasta na época, de um Reno ''traço de união'' - rio europeu, ligando povos e

l. CONCLUSÃO DA PRIMEIRA EDIÇÃO (19 31 ) 251 Jl. ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A HISTÓRIA ECONÔMICA DO RENO (1953) 255 III. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR ORGANIZADA POR PETER SCHÔTTLER 265 INDICE

277

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1

6

culturas. Essa perspectiva incomum e o contexto histórico explicam, sem dúvida, por que este livro, redigido em 1931 a pedido da Société générale alsacienne de banque (SOGÉNAL), publicado fora do comércio e reestruturado para uma edição pública em 1935, nunca foi reeditado. Só em 1994 apareceu, finalmente, uma tradução alemã. No entanto, esse texto do co-fundador dos Annales merece ser redescoberto, pois representa um exemplo, embora precoce, daquilo que poderia ser wna verdadeira história franco-alemã. A presente edição baseia-se no livro publicado em 1935 por Albert Demangeon e Lucien Febvre, Le Rhi11. Proble1nes ,i'l1istoire et d'économie, do qual reproduzimos as partes redigidas pelo historiador: o prefficio, os capítulos históricos e a última parte da conclusão. Por outro lado, os capítulos consagrados à atualidade econômica do Reno, redigidos por Albert Demangeon, parecendo ultrapassados, não foram publicados. Para maiores inforrnações sobre a gênese do livro,

O RENO

"Os-ecos que suscitou no momento de sua publicação e para uma primeira interpretação historiográfica, remetemos à apresentação. Anexados ao texto de 1935, reeditamos igualmente a conclusão da parte histórica redigida por Febvre para a versão de 1931 e um artigo no qual o historiador volta ao mesmo terna em 1953. Nem a presente edição nem a tradução alemã que a precedeu poderiam existir sem o apoio e a ajuda amigável do filho do historiador, Henri Febvre, a quem eu gostaria de agradecer efusivamente. Da mesma forma, Antoine Gaugler, arquivista da SOGÉNAL, em Estrasburgo, e Bertrand Miller, da Universidade de Lausanne, forneceram-me incontáveis informações. Enfim, Barbara Hahn e Michael Werner releram o texto da introdução e muito me ajudaram com seus conselhos. Agradeço, portanto, a todos.

Apresentação

LUCIEN FEBVRE OU A DESMISTIFICAÇÃO DA HISTÓRIA RENANA

"Se é verdade, para dizer tudo, que a França e a Alemanha inscreveram os traços generosos de sua história nos dois versos de uma mesma folha, como não dar atenção àquilo que

PARIS-BERLIM, FEVEREIRO DE 1997

representa o seu eixo: a região renana?"

PETER SCHOTILER

Lucien Febvre1

"Quem, como historiador, quiser escrever sobre o Reno deve, antes de mais nada, exorcizar fantasmas."

Marc Bloch2

Os rios também têm uma história. Mas o Reno não é Um rio como os outros. Ele tem duas histórias, e talvez mais: uma \llistória alemã e uma história francesa, uma história suíça e uma história holandesa, talvez até mesmo uma história belga e uma história inglesa - em qualquer caso, uma história franco-alemã e uma hi~tória européi_~· E cada uma dessas histórias pode ser contada de diversas rn411e:i.as, Arquivos Lucien Febvre, Dossiê "O Reno", nota sem data; ?s arqui~