Mitos e Lendas
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Centralivros, Lda., 2005

Sob a chancela Livros e Livros Todos os direitos reservados

www.centralivros.pt Ilustrações e design da capa: À&írio Correia para Centralivros, Lda. Revisão: E Baptista Coelho Fotocomposição, impressão e acabamento: GráÊca Europam, Lda. 1." edição: Outubro de 2005

ISBN: 972-791-l5l-X Depósito legal: 232242/0 5 É estritamente proibido, nos termos do Código do Direito de Autor a reprodução parcial ou total desta obra, nomeadamente por meio de fotocópia, sendo que a realização deste acto sem autorização da Editora, incorre em crime punido

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Os Heróis da Pátria Romana ......i................r.o........................... Horácio Coclgs . . . . . . . ' . . . . . . . . . . r . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Múcio Cévola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Clélia g Valéria . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Batalha do Lago Regilo ............. r........ o.. r................................. o

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Marco Atílio Régulo, Entre a História e a Lenda ...............oo.... Ninfas e Outras Lendas Romanas ..............................o................... Ana Pef gn A . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Canente ....... o........ o....................................................... o............... Carna e Jano ............ o.............. o...... o.............................. o............ Pomona e Vertumno .... o.............................................. r............. Juturna e Lara ..... o................... o.................................................. o

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Flora

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A Boa f)eusa .................................... ............... o.......................... o

Diana dos Bosques . o.............. o............... o............... o........ Córico

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Aio Locúcio ......... i..................... o............................. o.............. o.... i

Céculo Cipo

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Entória g Saturno ................................... i..... o........... o................. Valéria Lupgrca e Júlia Luperca ...................... o......... o............ o.. Mate r Matuta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A Chegada de Cíbelg a Româ ..................... o.......... o.......... ó... o..... Amor e Psiqlle . o.................................................... o...................... Outros Mitos g Lendas Romanos o......o.................o.................... Breve Síntese da História de Roma e do Povo Romano................ Roma e o Lácio o........o...o.............................................................. A Monarquia Romana ........ o.......................... ............................. A República Romalla .................... o.. o..................... o.................... Roma e as Guerras Púnicas .............................. r............ o............ As Tensões do Século II a. C..o..................................oo..............o. O Fim da Repúblic&.........r.........................o...................o............ O Século de Augusto .................o.....................o.......................... O Principado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . o

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Camilo .............................. o.................. o.......... o.... r........... o........... FilótiS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i . . . . . . . . . . r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . r . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Marco Cúrcio, o Senhor do Lago .....................o......o................. Os f)écioS

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Virgínia, a Virgem

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Mitos e Lendas da Roma Anriga

dos deuses e dos heróis que se gerou um conceito de História. E o mesmo se terá passado em algumas culturas do Próximo oriente Antigo. Do mesmo modo, foram as cosmogonias que encetaram o percurso para o florescimento da filosofia e da ciência propriamente dita. Ao contrário do mundo helénico, poréÀ, o mundo romano mais antigo tinha uma mitologia rudimentar, reflectindo , l,ilvez,uma fraca e uma cultura pouco dada às questões do espírito. J. Bayet ".p""rl"çáo fr,l* -""-o numa "degradação mítica, (Bayet, 19992:45-56). os antigos deuses itálicos são figuras demasiado vagas, sem qualquer conteúdo mitológico e, em muitos casos, como notaram já vários autores, esvaziados de qualquer tipo de humanidade, não se aproximando sequer do antropomàrfismo, que tão bem caracterrza amitologia grega. Nada nelas é humano: não têm família, não têm aventuras amorosas, não se casam, não entram em conflitos. são apenas elas. se o Zeus grego é um pai, casado com Hera, mas com uma infinidade de amores e aventuras extraconjugais, o Júpiter romano é tão-somente o discreto marido de Juno e nada mais. Tâmbém por isso, quando os mitos começarem a aparecer na literatura dos Romanos e nos autores latinos, fá-lo-ao por influência grega, indo mesmo, muitas vezes, buscar aos textos, motivos e até mitos gregos sugestões e enredos completos para se expressarem. Veja-se o exemplo de Entória. Outras vezes, reconhecendo uma reminiscência cultural ou..rnr. necessidade de filiação, entroncar-se-á uma antiga tradição latina numa outra grega. Assim acontece com as narrativas em torno de Eneias e Rómulo, Fauno e Hércules, caco e Hércules ou Diana e Hipólito. os temas lendários romanos limitam-se a relatos topográfico" "tiológi"o" comuns, que pretendem apenas explicar um velho costume, "um ritual ou um simples nome, ainda que, recorrendo de vez em quando, a etimologias falsas (Poucet, 1992: 281-314). os Romanos são prolíficos, todavia, no campo da lenda histórica. De algum modo, os Romanos parecem não saber exprimir-se pelo mito como os Gregos, substituindo-o por isso por narrativas que encobrem uma realidade factual, social e cultural. Roma criou mesmo o que se poderá designar por uma "mitologia p átrra,,, havendo mesmo quem "o.r.id""" qr" tentou eliminar voluntariamente todos os mitos não pátrios da sua cultura, o que talvez seja, todaüa, um exagero (Bremmer, 1987: 85). Partindo de aco-ntecimentos, por vezes até mesmo da topografia, sugerida por um acidente geográfico, como um lago ou um rochedo, ou por um monumento, como uma estátua, o espírito romano integrou narrativas na sua História oficial e transformou-as em acontecimentos de referência, que se tornaram modelos de comportamento relativamente àpátria. Assim, ã1".,"".."- r-"

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

valores do cidadao, é sobretudo a Cidade, a IJrbe, que está em causa. A sua fundação é, por isso, o começo de tudo, pelo que o mito fundacional, ainda que recorrente e muito comum na Antiguidade, ganha, em Roma, um carácter especial pela sua função de ordenação do universo romano. O traçado do pomoerianz é, consequentemente, uma pequena criação do mundo. Ainda que os deuses romanos não conhecessem uma história atribulada, como a maior parte das diündades gregas, os Romanos tinham um panteão organizado, no período clássico, no qual identificavam muitas das forças religiosas e diünas que os Gregos reconheciam como sagradas. Não se tratando das mesmas divindades, como muitas vezes se diz, havia identificações e associações que eram facilitadas pelo fundo cultural comum de Helenos e Latinos. E o mesmo se diga acerca do elemento etrusco, tão fortemente presente na cultura romana. Esse fundo cultural comum tem sido entendido pelos investigadores como o legado indo-europeu, patente nas línguas usadas por todos eles. Devem-se a G. Dumézil as principais conclusões neste domínio. A sua perspectiva comparatista deu a perceber que as divindades romanas, bem como alguns dos seus mitos, partilhavam temáticas, nomes ou funções com as divindades de outros povos, igualmente tidos como indo-europeus. Residirá também aí a justificação para algumas das assimilações. Uma das ideias básicas desta perspectiva é a organrzaçáo do panteão em torno de três diündades principais, que espelham as funções da organização social indo-europeia. No caso de Roma, trata-se datríade primitiva, J_úpiter- Marte- Quirino, mais tarde substituída pel o agrupamento Júpiter-Minerva-Juno. Nestes se reconheciam as funções sacerdotal, guerreira e produtiva. O panteão romano organizar-se-ia então a partir de concepções basilares, derivadas directamente do contacto com a r,atrtreza, das relações com o outro e das necessidades básicas, como em todas as culturas indo-europeias, inclusivamente a grega. Júpiter é o deus que brilha, o senhor do raio e datempestade, o pai dos deuses; Juno é a rainha do céu, senhora do matrimónio, uma deusa-mãe, sem ser necessariamente uma divindade matriarcal; Minerwa é a senhora da guerra, a ordenadora de conflitos; e o mesmo se diga acerca de Marte, a personificação de uma função essencial no espírito romano; Ceres personifica o mundo agrário e a produção da terra; enquanto Diana é a senhora do bosque e da caça; Plutão é o mundo inferior; Mercúrio protege os mercadores; Vesta encarna o fogo sagrado e o lar; Vulcano é o fogo da terra, o senhor das forjas e dos vulcões; Vénus personifica o amor e o prazer carnal, mas também a guerra e o ciúme;

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Mitos e Lendas da Roma Ântiga

enquanto esta dormia, pétfâ que a criança se amamentasse do leite da deusa e desse modo alcançasse aimortalidade. Flera, porém, acordou com opequeno Hércules a mordiscar-lhe o seio e, imediatamente, afastou-o paralonge de si. Têndo a boca cheia de leite, e ao ver-se empurrada, a criança regurgitou e o leite de Hera espalhou-se pelo firmamento, dando origem àVinLcrctea. Outra tradição contava também que, sendo ainda criança de berço, Heratentou matá-lo. Um dia, tendo deitado os dois filhos nos respectivos berços, Alcmena deixou as crianças e, durante a noite, a deusa introduziu duas enormes serpentes, que se enroscaram nos Pequenos corpos que dormiam. Foi Íficles quem acordou primeiro, desatando a chorar. Hércules, porém, embora sendo uma criança ainda de meses, Pegou nos monstros pelo pescoço e sufocou-os, tal era a força que tinha, logo desde Pequeno. Na verdade, a sua força correspondia a um privilégio que the fora concedido pelos deuses, pelo facto de ser filho de Zeus/Jípiter. Alcmena e Anfitrião acorreram de imediato ao quarto das crianças, e foi quando o dono da casa viu o que Hércules tinha feito e que já não era necessário intervir, que percebeu de imediato que a criança era filha de um deus. Já adulto, Hércules casou-se com Mégara, filha de Creonte, rei de Tebas. O casamento correspondeu a uma recompensa com que o rei decidiu gratificar o herói, por este ter livrado os Têbanos de um tributo a que estavam obrigados. De Mégara, Hércules teve vários filhos e, contavam os Antigos que, um dia, Hera tentou de novo üngar-se, enviando ao herói um ataque de loucura. Cego pela armadilha da deusa, Hércules matou os próprios filhos, pensando que estava a matar os do seu primo e inimigo, Euristeu. Como castigo pelo seu acto, Hera obrigou então Hércules a servir Euristeu, que o obrigou a cumprir uma série de trabalhos, sendo cada um mais difícil que o anterior. Na verdade, Euristeu tentava sempre que o primo Hércules perecesse no decurso de uma dessas tarefas. A competição entre os dois primos remontava mesmo ao nascimento de ambos, üsto que Hera tinha conseguido que a sua filha Ilítia, a deusa dos partos, retardasse o parto de Alcmena, que deu à luz Hércules ao fim de dez meses, enquanto antecipava o da mãe de Euristeu, que assim nasceu de apenas sete meses. Como assinalámos, foi neste contexto que Alcides passou a ser conhecido por Héracles/Hércules. Entre os trabalhos que Hércules se üu obrigado a cumprir, contavam-se os do leão de Némea, da hidra de Lerna, do javali de Erimanto, da corça de Cerineia, dos pássaros do lago Estínfalo, das cavalariças do rei Augias, do touro de Creta, das éguas de Diomedes, do cão Cérbero, do cinto da rainha Hipólita das maçãs de ouro das Hespérides e o dos bois de Gérion, não necessariamente por esta ordem. Mas era precisamente o

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

acabando por esgotar as flechas que tinha para se defender. Os Lígures, contudo, não tinham ainda sido todos eliminados, pelo que Hércules ergueu uma prece ao seu pai Zeus/Júpiten que o ajudou enüando do céu uma chuva de pedras, que inexistiam então na terra, e que o herói usou como armas contra os seus inimigos. Âlguns autores antigos, todaüa, referem que, nestaaventura, Hércules tinha sido acompanhado por alguns amigos peloponésios e, quando regressavam à Grécia e passaram pela Itália, alguns deles preferiram ficar em território itiálico, pois a sua terra natal tinha sido devastada pelas guerras entre cidades gregas. Esses companheiros de Hércules ter-se-iam instalado no espaço que posteriormente os Romanos vieram a conhecer como Capitólio, no Lácio. Contava-se também que, no grupo, _havia alguns troianos, que haviam sido feitos prisioneiros na cidade d" Ílio, no tempo de Laomedonte. Quando estava já em terra itálica, ao chegar a Régio, na Calábria, um dos bois que fora de Gérion fugiu da manada e atravessou a nado o estreito que separa a Península Itálica da Sicflia. Hércules foi atrás do boi, perguntando a todos os que encontrava pelo caminho se o tinham visto. Âo chegar à Sicília, Hércules seguiu o mesmo método. Como Hércules era grego, fazía as suas perguntas na língua dos Gregos. Na Sicflia, contudo, a população apenas entendia o seu próprio dialecto, pelo que não compreendeu aquilo que Hércules lhe perguntava. Quando perceberam do que se tratava, apontaram para o animal e chamaram-lhe uüuLu, pelo que Hércules acabou por chamar Vitúlia a todo o território por onde tinha passado em demanda do animal, aparentemente considerado a raíz do termo "Itália". O boi chegara então ao país dos Úi..tos, na Sicília, onde reinava Iíi.", um filho de Afrodite e do rei Buta. Ii"i"" tentou apoderar-se do animal fugido, mas Flércules, que o seguira, acabou por ver-se obrigado a defrontar o rei dos Éli-os, que o desafiou para um duelo. Os dois heróis apostaram então o que tinham de mais valioso: É"i"" apostou o seu reino, Hércules apostou os seus bois. Ao princípio, o rei indignou-se com a proposta, uma vez que o gado de Hércules lhe parecia de valor muito inferior ao do seu reino. Mas quando o herói lhe disse que se perdesse os seus bois perderia ao mesmo tempo a imortalid"d", Iiri.e ficou convencido e aceitou aproposta. F{ércules, contudo, não falaraaverdade. Os dois combateram, e Hércules venceu, matando li"i"". Tomando assim posse do reino dos Iili*o., Hércules entregou-o ao povo da região, dizendo-lhe que poderia governar-se, até que aparecesse alguém da sua própria descendência e reclamasse o direito à posse daquele território e gentes. E assim aconteceu:

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Ao fim de algum tempo, Caco conseguiu libertar-se e fugiu para junto de Mársias, com quem ocupou a Campânia e atacou a região de Roma. Os autóctones recorreram então precisamente ao auxílio de Hércules, que os ajudou a expulsar os invasores. Mais tarde, Caco ter-se-ia instalado numa gruta, no Aventino. Foi nessa ocasião que aquele ser híbrido avistou os bois de Gérion. Âo ver Flércules, porém, percebeu que seria impossível levar o gado dali sem que o herói se apercebesse disso, pelo que, não podendo roubar toda a manada, como desejava, levou consigo apenas quatro vacas e quatro bois, escondendo-os na sua gruta. Para eütar que os animais deixassem qualquer rasto atrás de si, obrigou-os a caminhar às arrecuas, para dar a impressão errada, a Hércules, de que os animais tinham saído da gruta e não entrado. Quando Hércules acordou, a primeira coisa que fez fotcontar os animais e deu imediatamente pelo roubo, começando a procurar as cabeças que dali haviam sido levadas. O herói procurou por todo o lado mas não encontrou sinal dos bichos, pelo que decidiu ir ao local da gruta de Caco, no Âventino, apesar das pistas, que sugeriam que os bois roubados não estariam ali. Hércules começou por perguntar a Caco, que se havia instalado à porta da gruta, se vira o seu gado. Caco negou. Ainda assim, Hércules desejou revistar o lugar a que o outro chamava casa, mas Caco opôs-se, chamando os seus üzinhos, para que fossem testemunhas de que ele estava a ser ameaçado por um estrangeiro que üera até ao seu território. Âo mesmo tempo, contudo, os bois roubados mugiram, do esconderijo em que Caco os havia colocado, revelando a Hércules a sua presença. Ao perceber que tinha sido descoberto, Caco gritou pela ajuda dos üzinhos, mas Hércules matou-o com a sua clava, libertando o gado prisioneiro. Depois, üsto que a gruta se proporcionava a esconderijo de salteadores e ladrões, como Caco, Hércules destruiu-a, sepultando o ladrão sob as suas ruínas. Outra versão, porém, conta que tinha sido Caca, a irmã do ladrão, a aüsar Hércules dc local onde Caco havia escondido os animais. O resultado da denúncia foi que Hércules e Caco se envolveram num combate corpo a corpo, que o Êlho de Júpiter venceu, graças à maça que usava sempre para lutar. Em consequência disso, Caca teria recebido um culto como recompensa da fidelidade relativamente a Hércules, e em sua honra mantinha-se um fogo perpétuo, tal como acontecia com a deusa Vesta. Segundo outros textos ainda, Caco ter-se-ia fechado na gruta em que morava, amontoando rochas à entrada, para dificultar a vida a Hércules. Mas este, teria subido a colina na qual estava escavada a gruta, arrancou os rochedos que formavam o seu tecto e conseguiu desse modo entrar no esconderijo e eliminar o ser monstruoso.

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

eram a Potüia e a Pinaria. Os seus descendentes ficariam doravante encarregados de celebrar o culto de Hércules. Dizia-se, ainda, que a escolha recaíra sobre estes, porque haüam sido os últimos a chegar ao festim sagrado, tendo os Pinários chegado quando as úsceras haviam já sido consumidas. Para castigar os membros de ambas as famílias, o herói ordenou-lhes que teriam de ser os primeiros a aparecer pela manhã, sempre que se procedesse aos rituais sacrificiais em sua honra. Adveio também daí o costume de privar os membros da família Pinária das entranhas das útimas sacrificiais. Teria sido Evandro, contudo, a erguer aAra lWaxima, junto ao Forum Boarium ou Foro dos Bois, o grande altar dedicado ao herói, onde se procederia aos sacrifícios. Ao mesmo tempo, o herói contemplou os reis presentes com territórios anteriormente dominados por alguns dos seus inimigos. Apartir de então, Hércules encetou amizade e companheirismo com os grandes chefes itálicos, como Fauno e o próprio Evandro. Os Romanos diziam também que Hércules teve alguns filhos em território itálico. Um deles era Palante, herói epónimo do Palanteu ou do Palatino, considerado filho de Hércules e de Lavínia ou do herói e de uma filha de Evandro, chamada Dina. Este Palante teria morrido muito jovem, e o avô tê-lo-ia enterrado na colina que acabou por receber o seu nome. Além de Palante, contava-se também entre os Romanos que o herói tivera um outro filho ali, Latino, cuja mãe era uma rapariga que trouxera consigo do Ocidente, como refém, de nome Palanto, e que fora entregue ao filho de Júpiter pelo próprio pai dela. Por muito tempo, Hércules não tocou na jovem. Durante a viagem pela Itália, contudo, Hércules ter-se-ia enamorado da rapariga e esta acabou por conceber um filho do herói. Por frm, quando estava para deixar a Itália em direcção à Grécia, Hércules deixou arapariga no território itálico, mas teve a preocupação de casar a jovem com Fauno, o rei dos Aborígenes. Nesta tradição, era Palanto, a jovem mãe de Latino, a heroína epónima do Palatino. Teria sido depois Latino a herdar o trono dos Âborígenes. [.Jma outra história conta que, durante a sua estada em Itálía, Hércules se encantou por uma sacerdotisa chamada Reia, que lhe deu um filho de nome Aventino, o epónimo da respectiva colina na cidade. Da sua relação com Aca Larência, falarernos in/ra. Os Romanos narravam, ainda, que, quando chegou altália, vindo da terra do Sol Poente, a Hispânia, depois dos sacrifícios às divindades como era deüdo, o filho de Júpiter e Alcmena fundou uma cidade na costa ocidental do território, precisamente no sítio onde tinha ancorado, à qual deu o seu próprio nome: Flerculano, pequena localidade, vizinha da tristemente célebre Pompeios. Outros mitógrafos antigos referiam também

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

as gentes de contemplar os terríveis olhos, o vulto, o üloso peito do monstro cheio de flechas, e nas fauces os fogos extintos, (em tradução de C. Abranches Guerreiro). O tema dos bois de Gérion pode ainda ser lido em Hesíodo, Teogonia 287-294; Eurípides, Héracled Furioto 423-430; Vergílio, Eneüa VI, 289; Ovídio, tUetamorfodet

IX, lB4-210; Apolodoro,

Bülinteca

II, 5, 10. Sobre a figura

de

Héracles/FIércules em geral, colhemos informações tanto na literatura grega como na latina: Sófocles, ,4d Traquínia.r; Eurípides, Héraclzd Furiodo; Herachàat; Plauto, Anfitrião; Séneca, Hérculu Furiodo; Hérculed no Eta. Todos estes textos foram editados pelas colecções Loeb e ofcd Bellzd fettrat,, em edições bilingues, do original grego ou latino com as traduções inglesa e francesa, respectivamente. Mas, entre os Romanos, a história do nascimento de Hércules foi particularmente apreciada

na versão cómica que dela escreveu Plauto, ern An/itriAo. Desta existe uma tradução portuguesa, feita por C. A. Louro da Fonseca, Lisboa, &lições 70, 1993. O livro I de Tito Lívio teve uma edição portuguesa com introdução, notas e tradução de P. Farmhouse Albert o, Hühírüt àe Roma- Ab Vrbe Conàita Liuro I, Mern Martins, Editorial Inquérito, 19992. A Eneiàa de Vergílio foi traduzida para português por L. M. C. Cerqueira, C. Abranches Guerreiro, e A. Â. T. L. Alves de Sousa, Vergílio, Enei)a, Lisboa, Bertrand Editora, 2003.Defu Traquíniat, de Sófocles, existe a tradução de M. C. Fialho, inserida em Sófocles, Tragy'àia,t, Coimbra, Minerva, 2003, 365-436. De igual modo, a tragédia Od Heraclí?at foi vertida para português por C. R. Cravo Silva: Eurípides, Od Heracli?at, Lisboa, Edições 70,2000. Quanto a estudos sobre a Êgura de Hércules na cultura romana, destacamos J. Bayet, Led origiwd ?e l'Herculc romain, Paris, 1926; J. Carcopino, oles origines plhagoriciennes de l' Hercule romain, in Adpectd tWytti7ued ?e k Rome Paibnne, Parts, 19426, 175-206; C. Jourdain-Annequin, Héraclàd aux Portet ?u Soir, Paris, l9B9; M. A. Levi, Ercolt e Roma, Roma, L997, e respectiva recensão de Â. A. NascimentoinEupbro,tyneSS,200S, SlI-512; R. Pichón,12 leyen?aàeHérculct en Roma. y otrot eúu?iol ?e reliqün roftM.na Madrid, 2001.

Âparentemente, a figura de Hércules tem uma origem grega (não trazemos a esta breve exposição a complexa discussão acerca do passado oriental da fi.gura, com inegáveis reminiscências e comunhões com as figuras de Gilgame§, Baal e Sansão, por exemplo. Referimo-nos sobretudo ao Hércules romano). l\fa5 alguns estudos mais recentes salientam a ideia de o Hércules romano ter uma especificidade anterior às influências gregas, estas trazidas pelos colonizadores da Magna Grécia. o facto de existir um culto ao deus no recinto sagrado de Roma, como acontece com aAratWá^xima, localizadaprecisamente no espaço consagrado da cidade, parece apontar para uma origem não estrangeira do culto, visto que os deuses estrangeiros eram aíproibidos. Entre as características dessa divindade

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Mitos e Lendas da Roma Ântiga

consequência a permuta e o intercâmbio, originando transferências e novos tratamentos de velhos substratos culturais. Âssim aconteceu com o culto dos Dioscuros, Castor e Pólux, os irmãos de Helena de Tróia, muito difundido no mundo romano,

mas de origem helénica; e muito provavelmente com o deus Mercúrio. lVlas o caso mais complexo é precisamente o de Hércules, aindaque saibamos que este herói era conhecido dos Etruscos, pelo menos desde o século vI a. C., sob o nome àe Hercb. Aguns historiadores consideram, contudo, que o seu culto

deverá ter chegado a Roma através dos mercadores do Sul, provenientes da Magna Grécia, culturalmente gregos, portanto, tendo depois sido adoptado pelos Latinos e até mesmo unacio^nalizaào,, a partir do século IV a. c. (Carcopirro, 1942\ 174-17 5; Bayet, 19992: 123) . Havrauma imporranre colónia g.eg" jurrto à Porta Trigemàa, precisamente no local em que se erguera o altar dedicado ao culto de Flércules, a Ara tWa^xima, e o de Júpiter Inuentor.Isso explica a relação entre o local e o culto do herói, feita nos textos mitológicos e constituindo "qrilo que se designa por mito ou lenda topogriífica ou etiologia. Para esses autores foram, portanto, as migrações gregas que possibilitaram a transformação de um herói grego numa diündade romana. Já no tempo de Augusto, nos séculos I a. c. e I d. c., Hércules assumiu definitivamente uma forma autóctone, sendo invocado e cultuado em diversos

santuários, como os de Herculet Cuttot, Hercu/et tWutarum, Herculzt Inuictu,t, Hercu/zd Vi.ctor, Herculzd Aemilianu"t ou Hercul^et Pompeianu,t. Hércules estava por todo o lado, como se comprova pela sua difusão ao nível dos espaços sagrados, mas também na literatura. Note-se como os autores romanos que narrarnas aventuras latinas e itálicas, em geral, de Hércules, ainda que radicadas nas suas tradições gregas, são predominantemente do período augustano:

Tito Lívio, vergílio, l.opeÃio, Ovídio e Dionísio de Halicarnasso. _ como notou já c. Jourdain-Ânnequin, a üagem feita por Hércules, em demanda dos bois de Gérion, constitui, na sua versão romana, um périplo ocircum-mediterrâneo», em que o herói faz literalmente uma viagem de contorno desse mar (c' Jourdain-Annequin, l9B9:252-255). Neste sentido, há que não esquecer que o espaço que rodeia o Mediterrâneo constitui, em traços largos, o mundo então conhecido por estas culturas. Circundar o mar portanto, a "o..".po.rdã, dar a volta ao mundo. Na versão de Diodoro sículo, Hércules ch.g"--..-o "o Egipto, e aí mata o mítico rei Busíris. Por outro lado, a g"og."fi"ão tema dos bois de Gérion é localizada no extremo ocidente do Mediteriâ.r"o, identificado por alguns dos Antigos como um espaço de ocupação fenícia. Do mesmo modo, pode mesmo considerar-se que tanto o Héracles grego como o Hércules romano -l são heróis que viajam por zonas de fronteira e limite, de charneira entre o conhecido e o desconhecido. Como salientou'W. Burkert, um dos temas presentes no mito de Gérion é precisamente o da viagem ao ocidente, o país dos co.rfins e do desconhecido (Burkert, 1977: 2l-z}; Blásquez Martinez, r9B9: 26-27; Jabouille, 1997: 58-59). Isso deverá ser necessariamente relacionado com a problemática da colonização grega e da ocupação de novos espaços, em especial

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52

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Em Diodoro, o tema de Gérion/Caco foi já racionalizado, pois o gigante tricéfalo ou de três corpos passou a ser três guerreiros, filhos do rei da Ibéria, comandantes de três exércitos independentes. O rei da Ibéria é aí apelidado de Crisaor, «o aurífero», assim chamado pelas riquezas que a região tinha. Efectivamente, as primeiras viagens do Oriente à Península Ibérica parecem estar relacionadas com as jazidas metalíferas que aí podiam encontrar-se. Em Diodoro, Hércules submete a Ibéria ao seu poder. Depois de ter atingido o seu objectivo, Hércules passa pela Ibéria, pela

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chega à terra dos Tirrenos, ou Etruscos, e alcança mesmo a Sicília (apesar de alguns referirem que também a viagem de regresso tinha sido feita por África, e que por lá matara muitos monstros). O objectivo desta narrativa, ao ser contada em meio romano, como acontece com o caso de Dionísio de Halicarnasso, por exemplo, parece ser o de conferir um carácter itálico ao herói e justificar, etiologicamente, o êxito do seu culto entre os Romanos. Tal como os textos acerca dos povos primitivos da Itália, que podemos encontrar neste último historiador, bem como em alguns dos outros autores, e que pretendem radicar a cultura romana numa antepassada helénica, também a visão romana de Hércules favorece esse tipo de integração. Para comprovar esta ideia, podemos recordar que alguns dos companheiros de Hércules, na üagem que faziado Ocidente para a Grécia, eram originários do Peloponeso e de Tióia, tendo sido precisamente esses que decidiram ficar e instalar-se em Itália. Esta perspectiva da lenda de Hércules vai, portanto,

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ao encontro das que encontrámos no capítulo precedente. Dionísio de Halicarnasso é o principal transmissor de todas elas. O aproveitamento do Ocidente, de Eritia e Târtesso (a Ibéria ou Hispânia), é usado para que Hércules passe por Itália. Note-se como a demanda do boi tresmalhado conduz a uma questão tão importante quanto a designação do próprio território itálico. Com efeito, ItaloJ é relacionado, em grego, por Dionísio de

Halicarnasso, com o significado :- r,: fam aSS-: I,r-,,- r,ladei:a. \-___- ::;"--^\eS>=

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Sempre desconfiado, e mantendo a sua convicção no que continuava Laocoonte deelãiu sacrificar um touro a Posídon, üsto que os ".fi.-"i Tioianos tinham lapidado o sacerdote do deus dos mares por ele não ter sabido assegurar a protecção da diündade. Nesse momento, contudo, surgiram do -.. duas serpentes monstruosas que fizeram com que todos o" Troi".ros começassem a correr pela praia, em direcção à cidade. Os ofídios dirigiram-se, porém, ao sacerdote de Apolo, bem,como aos seus dois filhos, ainda pequenos, que mantinha junto de si. Â primeira das serpentes enroscou-se nas crianças e às dentadas, devorou-lhes os membros. Depois foram as duas que se atiraram contra o pobre homem, que entretanto se dirigira para os filhos, armado, na vã tentativa de os salvar de tais monstros. Mas também Laocoonte foi apanhado pelo forte abraço das serpentes, que lhe apertaram o pescoço e o esmagaram. Apà.ror"do, o povo troiano entendeu a morte de Laocoonte e dos seus filhos como um sinal diüno e começou a gritar que o que ali acontecera era justificado, pois alguns dos troianos tinham duvidado da intenção sagrada dos aqueus, ao terem deixado ali o ex-voto para os deuses da cidade e porque Laocoonte tinha ferido o cavalo com uma lança. Ao mesmo tempo, os habitantes de Tróia exigiram que o enorme cavalo de madeira fosse introduzido na fortificação e levado ao altar de Palas Atena, para junto de quem haviam fugido as duas serpentes assassinas. Para eles, isso era mais um indício de que a morte do sacerdote constituía um sinal diüno. E, efectivamente, tinham sido os deuses a enviar os dois monstros, mas não todos os deuses, apenas os que estavam do lado dos Aqueus na Guerra de Tióia, em particular, Apolo. Começou então a árdua tarefa de arrastar a enorme estrutura de madeira para dentro da cidade. ÉIouve ainda uma voz que se elevou para avisar os Troianos da desgraça que levavam para dentro da sua própria casa, com aquele presente grego. Thatou-se da princesa Cassandra, filha amaldiçoada de Príamo e ÉIécuba, que, como notámos já, estava condenada por Apolo a tudo conhecer por antecipação, mas igualmente a que ninguém lhe desse ouüdos e às palavras verdadeiras que proferia. Consequentemente, ninguém acreditou em Cassandra. Durante a noite, aproveitando o cansaço a que conduziram as festiüdades, os navios aqueus ancorados na enseada de Ténedo abandonaram o seu esconderijo e avançaram em direcção às praias da tóade. Ao mesmo, tempo, Sínon, o agente aqueu, abriu as portas do bojo da estrutura de madeira do cavalo e libertou os seus companheiros aí alojados. IJma vez Iibertos, os aqueus chacinaram todos os que encontraram pelo caminho, começando pelas sentinelas, abrindo depois os portões da cidade e permi-

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Nlitos e Lendas da Roma Antiga

inimigos que o herói reuniu a família mais próxima e pensou em abandonar Tróia. Segundo Dionísio de Halicarnasso, os aqueus reduziram à escravatura todos os que apanharam dentro da cidade e suas redondezas, e prepararam-se igualmente para aprisionar todos os que se haviam refugiado nas montanhas. Ao mesmo tempo, multiplicaram-se as cenas de carnificina, de humilhação e pânico. Cassandra foi arrastada pelos cabelos para fora do templo de Atena, po. Áj* Locrense, que tentou depois üolá-la. Corebo, um pretendente de Cassandra, tentou ajudaa mas foi trespassado por flechas. Príamo ainda lançou as mãos às armas, numa tentativa desesperada de atacar os aqueus, pela defesa dos seus. Mas, como referimos no capítulo anterior, acabou por se juntar à rainha Hécuba, suas filhas e noras, refugiando-se junto do altar onde estavam os Penates dos Troianos. Em agonia, os velhos reis viram alguns dos filhos serem chacinados à sua frente. Sacrificaram aos deuses, suplicando-lhes por ajuda. Por fim, Neoptólemo, o filho de Aquiles, acabou por matar o rei, enquanto o fogo do sacrifício ardia ainda no altar, decapitando depois o seu corpo inerte. As troianas foram então feitas cativas e algumas delas, como Políxena, sacrificadas pela morte dos aqueus. Quando Neoptólemo, o filho de Aquiles, e os seus homens atingiram a cidadela, Eneias percebeu que era chegada a hora de também ele abandonar o lugar. O herói teve a ceÍteza disso quando uma chama tocou os cabelos do pequeno Ascânio, que começaram a arder. Os pais da criança, porém, conseguiram extingui-la a tempo. Considerando-se um empecilho, o velho Anquises pediu ao filho que seguisse sem ele. Mas Eneias recusou-se a fazê-lo. Como o pai tinha sido atingido pela fúria de Zeus, Eneias teve de pegar nele e pô-lo às suas costas, enquanto agarrava Ascânio por uma mão e nos Penates e no Paládio, símbolos da religiosidade troiana, e futuramente romana, com a outra (primeiro, teria sido o seu pai a pegar-lhes, visto que Eneias se considerava ainda impuro para o fazer). Atrás deles, seguia Creúsa, sua mulher, mãe do seu filho e princesa de Tróia. Valeu a estes habitantes do palácio uma passagem secreta que lhes permitiu frente, guiando os fugitivos, ia Afrodite, a mãe de Eneias. a fuga. À ".r" Entretanto, no meio da confusão e perante a ameaça da perseguição, Eneias perde-se de Creúsa, a quem não voltará a ver com üda. Deixando o pai e o filho a salvo, já fora da fortaleza, Eneias ainda volta à cidade, procurando por Creúsa. Mas o herói já só encontrou o fantasma da mulhec a quem tentou abraçar em vão. O espectro profetiza-lhe então o futuro. Depois, a jovem acabou por ser divinizada e transformada numa ninfa, que passará a acompanhar a deusa Cíbele, habitando a região do Ida.

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74

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

por Creta, Delos, Lacónia, Arcádia, Epiro, e contornando a Sicília. Os deuses preparavam tudo para que Eneias se encaminhasse para a Itália, para cumprir a sua missão. Para isso, mandavam pressiígios que aüsavam sempre os troianos que deüam continuar viagem. Na Trácia, por exemplo, de cada vez que se cortava uma árwore para conseguir lenha e fazer fogo

para celebrar um sacrifício a agradecer aos deuses a sua protecção, jorava sangue dos cepos. Era Polidoro, um dos filhos de Príamo, que ali fora assassinado, e que assim aüsava Eneias de que não deveria ali ficar. Depois, nas Curetes, a peste apoderou-se dos troianos. No mar Jónio, depararam com as Harpíias, Cila e Caríbdis, e Polifemo. Mas, durante a üagem, Eneias encontrou também alguns dos sobreüventes da Guerra de Tióia, como os cunhados, Fleleno e Ândrómaca, e Aqueménides, um aqueu a quem Ulisses haüa abandonado na caverna do ciclope Polifemo. Numa dessas paragens, ao chegarem a Drépano, Anquises morre. Assim foi, até que uma tempestade, provocada pela ira de Juno, que os Romanos identiÊcaram com a deusa Hera, os lança para o Norte de África, aportando em Cartago. Juno sempre estivera ao lado dos Aqueus, pois não esquecera o que Páris lhe flzera ao escolher Afrodite, tida pelos Romanos como Vénus, em detrimento dela e de Atena, agora chamada Minerva. Assistindo, pois, à fuga daquele remanescente de troianos, Juno decide voar até à Eólida, aterrados ventos, e consegue que Éolo, o "", rei, os solte e provoquem a tempestade que cai sobre os fugitivos. Muitos dos sobreviventes perecem então no mar, até que Neptuno, pois era assim que Roma designava o deus dos mares, se apercebe do que se passa à superfície do seu reino e tenta remediar o mal que a irmã, Juno, havia desencadeado. Neptuno consegue acalmar os ventos e enüa uma ninfa dos mares, uma nereida chamada Cimótoe, e um filho seu, titão, a auxiliarem os sobreüventes. Foi com a sua ajuda que chegaram às praias cartaginesas. Dos ünte naüos, haviam restado apenas sete.

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ffi Mitos e Lendas da Roma Antiga

Dido

e Eneias

Tendo chegado às costas norte-africanas, é Vénus quem aparece ao filho, disfarçada de caçadora, e lhe revela o local onde se encontram os sobreviventes troianos, bem como a história da mulher que reina naquelas paragens, Dido, rainha de Cartago Dido, também conhecida como Elissa, era uma princesa tíria, que governava aquela cidade, de origem igualmente fenícia. Dido era filha do rei de Tiro, Muto. Outros chamavam-lhe Belo. Este tinha ainda um filho, chamado Pigmalião. O rei de Tiro casara a sua filha com Siqueu, um príncipe também fenício. Quando Muto morreu, deixou o reino aos filhos, e o povo de Tiro reconheceu Pigmalião como rei. Entretanto, o recém-entronizado irmão de Dido decidiu condenar Siqueu, o marido da irmã, à morte, pois ambicionava apoderar-se dos bens dele. Não o fez, todaüa, de forma explícita, preferindo provocar-lhe a morte casualmente. O crime teria acontecido durante uma caçada, e Pigmalião deixou o cadáver insepulto por bastante tempo. Por sua vez, Dido não teve conhecimento do que acontecera. Mas Siqueu apareceu em sonhos à mulher e denunciou-lhe toda a conspiração que se passava no reino, aconselhando-a, por isso, a fugir. Para a ajudaa Siqueu contou-lhe ainda o segredo do local onde havia escondido grande parte da sua fortuna. Segundo os poetas antigos, Dido manteve sempre um grande amor por Siqueu. Outra tradição contava que Pigmalião casou a irmã com um tio, que era sacerdote de Héracles/Hércules, mas que teve a intenção de se apoderar dos tesouros do tio-cunhado. Como tal, Pigmalião matou o marido da irmã, enquanto esta fugia horrorizada com o que o rei tivera coragem de fazer.

Dido carregou navios com os tesouros do marido e abandonou

a

Fenícia, sendo acompanhada por alguns dos aristocratas de Tiro, descontentes com a chegada de Pigmalião ao poder. Para enganar o irmão, Dido lançou sacos cheios de areia ao mar, gritando que estavam cheios de ouro e que os oferecia à alma do marido defunto. Chegados a Chipre, juntou-se-lhes um sacerdote de Zeus, e os companheiros de Dido raptaram oitenta raparigas consagradas a Afrodite, que transformaram em suas esposas. Os refugiados tírios continuaram então a sua viagem, seguindo ao longo da costa norte-africana. Ao chegarem à região da actual Tunísia, foram recebidos pelas populações locais. Dido pediu-lhes uma porção de terra para que se pudessem também instalar ali. Os autóctones, governados pelo rei Iarbas, anuíram, dizendo que poderiam ocupar tanto território quanto conseguissem conter dentro de

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82

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

No Olimpo, entretanto, Juno tenta convencer Vénus a permitir a união entre Dido e Eneias, propondo que ali se gere um império invencível, formado pela uniáo entre troianos e tírios. Mas Vénus percebe que a artimanha de Juno está no facto de esta tentar que o centro do poder se localize no Norte de África e não em Itália, terra querida da deusa do amor. Mas a promessa de Vénus a Eneias foi que seria a Itália o centro do seu reino. No decurso de uma caçada, Dido e Eneias foram surpreendidos por uma tempestade e abrigaram-se numa gruta. Foi Juno, com o conhecimento de Vénus, quem proporcionou o encontro entre os dois príncipes e, motivados pelapaixão, Dido e Eneias uniram-se, concretizando o seu amor. E nesse momento que intervém Iarbas. Este era o rei norte-africano, filho de Júpiter Á-on e de uma ninfa, que reinava sobre os Getulos e fora ele quem cedera a Dido o território para fundar a cidade de Cartago. Mas Iarbas também se tinha apaixonado por Dido e, ciumento por ter sido preterido pela princesa tíria, acabaria por ür a atacar Cartago mais tarde. Mas, antes disso, solicitou ao seu pai, Júpiter, que interviesse, afastando Eneias do seu caminho. O pai dos deuses acedeu ao pedido do seu filho, não por que este lho tivesse pedido, mas porque conhecia os destinos e o facto de Roma ter de ür a ser fundada por Eneias longe da costa africana, em plena Itália. Eneias constitui-se assim como um herói de missão definida. Através de Mercúrio, Júpiter fez então com que Eneias tomasse conhecimento da sua vontade e o príncipe troiano tomou consciência da sua missão. Obedecendo às ordens de Júpitea o sobrevivente de Tróia abandonou o Norte de África e partiu em direcção à Península Itálica, tentando fazê-lo sem voltar a ver Dido. Mas, ao tomar conhecimento do abandono a que fora votada pelo homem que amava, a rainha procura Eneias e tenta persuadi-lo a renunciar à sua missão e a ficar em África. Mas o príncipe pensa no oráculo de Apolo e em Júpiter e nas palavras que lhe enviara e resiste à tentação que Dido lhe apresenta. A rainha tenta ainda de novo as suas pretensões, desta vez através da irmã, Ana. Mas em vão. Eneias mantém-se firme na sua decisão e parte de Cartago com os troianos, deixando Dido desesperada, chorando nas muralhas da sua cidade. Enganando a irmã, a rainha de Cartago mandou então erguer uma enorme pira fúnebre e, apesar dos rogos de Âna, a quem acusa por ter cedido ao amor pelo príncipe troiano, lançou-se sobre a fogueira, enquanto ardiam também os despojos que Eneias deixara no palácio. Apiedada de Dido, Juno decide intervir e suaüzar a morte que se aüzinhava atroz à pobre rainha. A deusa enüa Íris, sua mensageira, acelerar-lhe o fim .cortando-lhe o cabelo com a dextra... a um tempo se dissipa

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

J. N. Bremmer e N. M. Horsfall, Romttn llytb anà.üIytlaography, Londres, 1987, 12-24; A. Espírito Santo, "Contributo para uma leitura da Enei)a mediante a análise da figura de Eneias,, Cla.,dica-2. Boletim àe Peàagogia e Cttltura, 1990, B7-l2l; M. C.C.-M. S. Pimentel, "Eneias ou o homem em busca de si mesmo,,

Clauica-2. Boletim àe Peàagogia e Cultura, 1990, 123-lB2; C. A. André, oMorte e vida na Enei)a" h W. de Medeiros, C. A. André, V. S. Pereira, A E;neida em contraluz, Coimbra, 1992, 23-75; V. S. Pereira, nSementes de frustração na Eneiàa" in W'. de Medeiros, C. A. André, y S. Pereira, z4 Eneida em contraluz, Coimbra, 1992,77-152; M. H. da Rocha Pereira, fuht?od 0e Hüttíria àa Cubura CLfu.tica II- Cultura Romana, Lisboa, 20023, em especial as pp. 254-327 . Miguel Â.rg"lo Buonarroti celebrizou as Sibilas no tecto da Capela Sistina.

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Como facilmente se percebe, foiaEneàa que seguimos como roteiro principal para as lendas em torno de Eneias em território itálico. A exposição que fizemos acima é essencialmente uma síntese do poema de Vergílio. Este foi escrito durante o principado de Augusto, terminado em l9 a. C., apesar de não revisto. Â publicação desta epopeia passou por diversas vicissitudes (uma síntese das mesmas pode ser lida em Rocha Pereira, 20023: 234, 242, 253-255) . Quando por fim saiu a público, de imediato se percebeu que o seu objectivo principal era o de glorificar Roma e a sua missão ciülizadora, de acordo com a propaganda instituída no

tempo de Augusto (Rocha Pereira, 20023:254). De algum modo, seguindo P. Grimal, podemos considerar mesmo a Enei)a e Vergílio como os agentes do segundo nascimento de Roma, o que faz do poema, no seu conjunto, o segundo grande mito fundacional da cultura romana. A base da composiç áo da Eneàaestá, eüdentemente, nos Poemas Homéricos. O poema latino funciona mesmo como uma síntese da llíaàa com a Oàüaeia, desempenhando Eneias, alternativamente, os papéis que nestas cabem a Aquiles e a Ulisses. Do mesmo modo, ao longo de toda a composição, reencontramos personagens e temas provenientes dessas duas obras maiores da cultura grega, como o do escudo de Aquiles, modelo do de Eneias, sendo aí a Tétis da lln?a a matriz da Vénus daEnei)a; ou o tema da catábase ou descida aos Infernos, e não sendo de esquecer que o próprio Eneias é uma personagem já presente na llhàa. Tâmbém o tratamento do mundo divino segue, de um modo geral, o modelo homérico, ainda que haja diferenças significativas ao nível das concepções religiosas. Por outro lado, a intervenção de diündades como Juno, Vénus e Diana na Eneiàa não anda muito longe do que lemos, especialmente, na lha?a. Não há dúvida de que são os deuses que conduzem a acção. Não podemos ignorar, ainda, a presença de outras influências, designadamente de outros ciclos épicos, da tragédia grega, de Apolónio de Rodes e até mesmo da filosofia de Platão, e também de Cícero (Rocha Pereira, 20023: 259-260, 273-279).

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Mitos e Lendas da Roma Á,ntiga

Assim que soube do que acontecera, Fáustulo contou a Rómulo toda verdade, revelando-lhe a origem nobre dos dois jovens. O irmão de Remo decidiu então intervir e, acompanhado por um grupo de camponeses seus üzinhos, dirigiu-se ao palácio real. Aí, não hesitou, apoderou-se do palácio, matou Amúlio e devolveu o trono ao seu avô e legítimo herdeiro da coroa de Alba Longa, Numitor. Conta Tito Lívio que, quando viu os dois jovens dirigirem-se a ele, depois da execução de Amúlio, Numitor convocou a assembleia e revelou à juventude de Alba Longa tudo o que se tinha ali passado, a atitude criminosa do seu irmão ao usurparJhe o trono, a origem dos seus netos, o seu nascimento e educação, como os tinha reconhecido e por fim como tinham expulsado Amúlio do trono albano. Os jovens entraram então na assembleia e saudaram o avô com o título de rei. Seguindo o seu exemplo, todos os albanos que ali estavam confirmaram o título e o poder de Numitor. De acordo com a tradição que refere a troca dos gémeos por outros, quando regressaram de Gábio ao Palatino, pâra junto daquele que julgavam ser seu pai, Numitor fez com que os dois jovens se envolvessem com os pastores e queixou-se a Amúlio da insolência deles, que devastavam os rebanhos da corte. Âmúlio decidiu então julgá-los em tribunal, tendo Rómulo e Remo sido acompanhados pelos camponeses que os rodeavam e apoiavam nas suas actiüdades. Teria sido com essa força que Numitor contou para derrubar o irmão e reinstalar-se no trono. Como recompensa pela sua ajuda, Numitor ofereceu aos netos um território para que aí fundassem a sua própria cidade. Esse território era precisamente aquele onde Fáustulo os tinha criado e que veio a ser Roma. Rómulo e Remo estavam decididos a fundar a sua cidade no local onde haüam sido encontrados e salvos por Fáustulo. Âinda assim, a conselho do avô, os dois irmãos decidiram consultar os pressiígios, como era costume entre gregos e romanos. Assim, para isso, Rómulo instalou-se no Palatino, enquanto Remo se instalou no Aventino. Onde os pressiágios fossem mais favoráveis, aí se fundaria a cidade. Foi então que Rómulo üu doze abutres, enquanto Remo viu apenas seis. Os deuses tinham-se manifestado daquela forma a favor de Rómulo, que começou então a demarcar os limites da futura cidade de Roma. Estes ficaram conhecidos corno pomnerium. Â demarcação foi feita com o auxílio de dois bois que, atados sob o mesmo jugo, escavaram um sulco no chão, marcando desse modo os limites da Roma quaàrata. Segundo alguns, o aro traçado deverá ter-se circunscrito à área do Palatino; segundo outros deverá ter incluído o Capitólio. Remo, contudo, contrariando todo o comportamento de afectiüdade que até então tivera para com o irmão, manifestou um novo carácter ao

saber da pre f . :: :

por troçar ia r:

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trespassou ess. -: clara intencã: :: afinal oacrc.---. e momentall a::- : Remo. Ào ma:-..Àssim aco::a-:*:

]Ias, de ime-:r-

desespero, c:=j:controlar- se.

Outra tÍc.* ::.

Remo teriarn e: : : * os lados. Durãr-r:

lançara para c

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onde caiu moi:: : i o sítio da sua s.: -

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ser incluído r.: Cláudio, isso :-_ honra de Ren: - irmão de Rór.-. - : Idos de llaio .:

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Romaaca:--: ru krt/,.1{.:. :

Antiguidade r,- -

o nome de P,;'.---: protegia os reba: - ."

As fontes dis:,: Tito Lívto, Der,," ; : * portuguesa de P. ::-

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'ourlelBd o ruoJ e €uorcsler es urgqurel anb a euo11 ep soqu€qer so er.?a1o.rd anb 'sa1e4 oru98 oe ure8eueruoq ure selreJ ãluarulenâr ,tnVto4 ep etuou o .oBJJ"^Jod ,apeprn8rluv€u Yq"p opSepung e tue.1\eJotueruoc anb s€lseJ sV o3o1 seprcaleqe+sa ser8olouo.rc se opun8es ,.C .e gg/ ua ,(2o147 1al IX.e.o) olew ep sepuel€C sep selue s€rp ezuo res.rod noqece €tuog "pepunJ 'oureu eP sau€lN-sop eJuoq ure â+ueuresrca.rd sep?Jqalec opues tmrnluTü es-rue^eureqc selseJ s€tsã 'orcrur ou íorp,r^g opun8ag .e"W .( IIA .e.u) oyry ep sopl sop sa+u€ serp eles ur€^"Jqalêc as enb e ,ã}.rour €ns ? e olnr.ugg âp ogruJr o rue^€coÂa anb se+seJ 'lnrntutr so spur? es-ureJ,rnlqsur ,ourel{ ep EJuorI rrrg 'C 'p 6b oue' ou seuade es-opu€cllrJe^ ,necel.uoc? oeu ossr ,orpnelC .rope.radrur op opo,r.rad o€ gle .e+ueur'^r+JeJg.tumJaouod ou oprnlcur Jes ErJa^ep oeu ou4ue^v eJ.uou o íossrpercuanbesuoc uJe,e nJoutzü oruoc oprc -equoc.recg.rod noqece anb pcol runu rou4uã^V ou opeqndas roJ or,ue6 'soluoJJuoc

sesseu JeJJour -rod rar"reqece otuelr lugqurel ,srodaq .e.rn11ndes ens ep orus o oPupleurssp 'ogel tun ãp enl"+se e epeJoloc urgqurel íoiloLu nrec epuo IoJ IIe e

IBcol ou op€JJâ+ue ro3 .rolsed o 'oJlno o eJluoc run J?}nl 3 rrrsss€nurl.uoc sopurjl srop so enb .relraa ep eu ,eql?leq ap odurec o ered e.re5ue1 "^qel.uel as anb roln+sneg or"rdg-rd o oprJJoru Erre+.soJ.uo{uoc so eluEJnC[ .sop€l so soqrus ura-rerode e soJ.rcJexe uloc'€prcul"JJ elnl elun opelecue ruerJel oll,el{ e olnurgl{ 'sor8esse.rd sop ercuãnbes eu ,anb ezreluoc ogSrpe-rl ?JlnO 'es-J€loJluoc 'er^epol 'nrn.Besuo3 'orplcrns ou .resued e oursâur opuesaqc ,o.radsasap ure noJlua olnurg{ .olreJ ?r{ur1 anb o ;eqac.rad oe ,ol?rperur ep ,s€tr^f «'seqleJnru s?qurru s€ eJqos Jelles uranb e,oJnlnJ ou eJece+uoce rurssv» :serneled salurn8as se opercunuo.rd erral ol..urgu ,oEruJr o Jel'.ü oV .o.,,eu noleru a epedsa ? noqurequesep olntugg .o8ac aluarueeue+ueruoru e err elad op€urruoq .oeSe.r8esuoJ € eJqos or.rgdnlr,r o e,re5ue1 olce o leuge srod 'ourag_ep ãpnlp? E pru nrFea.r olnurgl{ ueco,ro.rd ap og5ue1u,'rrJ1, erunu 'ope.r8esuoc oprs Je+ ep €Jeqece anb oSedse oruseur esse nossedsa"rl 'slodãC 'epeprc ?^ou €p ope.rFes oSedsa op ogselrur1ep Ep ;e5or1 rod no5auro3 'olnurgl{ .rod ure.relseJru?u sesnep so anb ercug,raJa.rd ep râqes

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Mem Martins, Editorial Inquérito, 19992; Énio, Anaü I, 45-62; Propércio III, 9, 50; IV 4,75-80; Dionísio de Halicarnasso,Antigui?a?et RomanuI,T6-90; Plutarco, Rímulo, paatim; Cícero, Acerca àa A?ivinbação l, 20, 40; 48, 107; Estrabão Y, 3, 2; Oúdio, Faúod I, 29, 57, 199; II, 155-144, 267-486; III, l-80, 97, l2B, 167-258,

429-458; IV,23-27, 56-57, 808-862; V,47,71-76, Líl, 451-452, 479;YI, 64,95, 575, 795; Amore.t II, 14, l5; III, 4, 40; Arte àe Amar I, l0l, 151; Horácio, O?ar IY, B, 22; Santo Agostinho, A Cíàúe ?e Deu XVIII, 21. Dos vários estudos dedicados ao mito fundacional de Rómulo e Remos, ou que a ele se referem, citamos os de R. Syme, "Liry and Augustus,, Í{a ruar? Stu?ied in Clrutical Pbilology 64, 1959, 27-87; R. Bloch, Origent ?e Roma, Lisboa, 1966; R. M. Ogilvie, A Commentary on Liry. Bookt l-5, Oxford, 1978, 46-64; J. N. Bremmer, .Romulus, Remus and the Foundation of Rome, za J. N. Bremmer e N. M. Horsfall, RomantVythan?tVyt/tograpby,Londres, l9B7,25-48; A.Grandazzt, [nfon?ationTe Romc,Parrs,l99l; T. P. Wiseman , Rcmu. A Romanty'Iytb, Cambridge, 1995;T. J. Cornell, Tbe Beginningd o/Rome. Italy an? Romrfrom tbe BronzcAge to tbe Punir Wan (c. 1000-264 B.C.), Londres, 1995; K. Galinsky, Augu"ttan Cubure. An Interpretiue Intro?uction, Princeton, 1996; M. Fox, Roman HütoricaltVyt/tt, Tbe Rcgal Perioà in Auguttan Literature, Oxford, 1996; M. H. da Rocha Pereira, futuàod 3e Hüt,;ria àa Cultura Cltíddica II - Cultura Romana, Lisboa, 20023, l5-26; J. Martínez Pinna, "Laficu.t Ruminalü y Ia doble fundación de Roma, in P.-A. Deproost e A. Meurant, eds., InuEar àbrigitnt. Origina ?'une image, Lauvain-la-Neuve, 2004,25-34; P. Fontaine, oDes "ramparts de Romulus" aux murs du Palatin. Du mlhe à l'archéologie" in P.-4. Deproost e A. Meurant, eds., Imaget ?'originea. Origined 7'une imnge, Louvain-la-Neuve, 2004, 35-54. O tema de Reia Sílvia e Marte foi por nós estudado em «Nausícaa em Portugal: tradição clássica no ro-

manceiro transmontano?,,, Brigantia 18, 5 /4, 1998, 27 -4 5. Das obras de arte dedicadas a este mito, destac arros /Warte e Reia Sílpia e Rtímulo e Rcmo, pintados em 1617-1618, por Pedro Paulo Rubens, e que hoje fazernparte da colecção do príncipe do Liechtenstein e da Pinacoteca Capitolina, noPalazzo dei Conservatori, em Roma.

"Rómulo e Remo, constitui o verdadeiro mito fundacional de Roma, sendo uma das poucas narrativas a usufruírem do direito à classificação de omito,, na cultura romana. A história dos dois gémeos reúne elementos universais do quadro das mitologias antigas, talvez de uma raiz comum indo-europeia (Ogilvie, l97B: 35) , como é o caso das crianças expostas, numa cesta ou numa arca, sendo este um topo,t que faz igualmente parte das estruturas de mitos como os de Sargão de Âcad, Moisés, Édip" ou Perseu, todos heróis de renome, ou o do fratricida ou do irmão que se opõe ao irmão, igualmente presente nas narrativas de Caim e Abel, de Jacob e Esaú e de Etéocles e Polinices.

A prova de i -:

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'sePrcequoc oElue g1€ seJnllnc s€p elsrllle srelu €p setu írue^e+rpeJce sunFF oruoc rselueJJa soJ€qJgq ep .Iüerpuecsãp oEu souleruoà so enb Jâcer{uoceJ JazeJe eJ€JãprsuoceJolne oe el enb segSeJeprsuoc selsep orJgl€ruos o g íopotu ranbpnb eC 'eperrdo.rde sretu rueJâpuelue anb oes.re,r ep eqlocse e serolrel snes sop ogSe.raprsuoc € rcxrep oe saoSrpe.rluoc sep eurelqo.rd o reuorcnlos ep eurroJ eurn erluocua eagognnfirluvsep rolne O .eul^Ip opSueanalur epe(asep e erresseceu e ruoc FuorcepunJ olrru o e.r8esuoc enb ,esolnqeJ errglsrq e agd q osseurecrleH

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120

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Mitos e Lendas da Roma Ântiga

Reia Sílüa consideram esse pormenor uma efabulação fantasista e ridícula. Deste modo, o historiador propõe como explicação o facto de Larência, ou Laurência, a mulher do pastor Fáustulo, ter sido prostituta, actiüdade que então se designava pelo nome lupa, qu'e na verdade corresponde à designação latina para "loba". Daí também lupanar,lugar onde se praticava a prostituição. Desconhecendo este pormenor acerca da vida de Larência, alguns autores antigos teriam então inventado a história da loba. Tâmbém Plutarco avança com a mesma explicação, tendo talvez lido a de Dionísio de Halicarnasso ou até mesmo a de Tito Líüo, visto que também este historiador a inclui no relato que faz do mito de Rómulo e Remo.

Mas não podemos esquecer que o elemento animal nesta narrativa corresponde a uma necessidade tópica das estruturas míticas, fazendo, portanto, todo o sentido a sua presença nestes textos. A atitude dos historiadores parece, aliás, também mostrar que até mesmo uma idade mais racionalista não podia abdicar da história de uma loba no mito fundacional. Assim, as explicações dadas por estes autores antigos ficam de algum modo esvaziadas de sentido, mostrando-nos, a necessidade de racionalizar que sentiam ao escrever as histórias Esse das origens. carácter premente verifica-se, por eremplo, na concepção estóica

por outro lado,

e da ideia divina e que contrasta com as fábulas que giram em torno das narrativas de origens (Dionísio de Halicarnasso, Antiguiàoàat Rornana,,t I,77). Por outro lado ainda, há que não esquecer que houve já quern entendesse o tema da loba como uma reminiscência de totemismo na mitologia e religião romanas. É ainda de assinalar que o historiador grego nunca alude à Figueira Ruminal. Como assinalámos, o racionalismo crítico está igualmente presente em Tito Lívio, ao assumir a leitura que relacionava a intervenção da loba no mito com a alegada actividade a que se dedicaria Aca Larência. Mas este historiador latino também põe em causa a paternidade de Marte, ao escrever: .fosse por boa-fé, fosse para enobrecer a sua falta atribuindo-a a um deus, [Reia Sílvia] responsabilizou Marte como o autor daquela paternidade suspeita" (Tito Lívio, De.tàe a Funàação àa Ciàaàe I, 4). Mas, por outro lado, Lívio atribui a estagnação das águas do Tibre, aquando do abandono das crianças, ao acaso providencial, o que nos leva a crer que tem o mesmo tipo de atitude que Dionísio de Halicarnasso ao não eliminar totaimente as intervenções divinas das suas narrações pretensamente historiográficas. À semelhança de outros mitos anteriormente referidos, também aqui surge uma preocupação etiológica para actos, factos, elementos topográficos ou simplesmente objectos. É o .."o da estátua de uma loba, mandada colocar junto à Ficru Rumúmlit, em 295 a. C., por Cneu e Quinto Ogúlnio, tendo a lenda de Rómulo e Remo sido o motivo para essa comemoração. Sabemos que, em 65 a. C., havia outra estátua, igualmente representando uma loba, colocada no Capitólio. Esta é, muito provavelmente, a que se conserva noPalazzo dei Conservatori, em Roma, visto que algumas provas arqueológicas apontam para isso, sendo datada

que Dionísio de Halicarnasso mostra ter de Deus

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de cerca d.e 600 a não são originais :por Pollaiuolo. O= :=

sido uma marca :: dentro deste tipc -: de toda a

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ou até mesmo e : ; deusa romana, pi - t:'Romulart t, Bar-e: - -

primórdios de u:. Ainda dentt-: por que o t'tnri'.-." fenómeno da sã - : reconhecimento - : não nutriam quc.- l. -: não deixa de e-\:, porque se cele b,:-figura de Evani: - :importância da f ,aLemttria, ou Rr"'-., -*. .

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Romanos consi,l=:. instituíra em ho:.:= se contar que, L::. : simplesmente âr - acalmar-se apenà: tasmas dos mo:: : -

seguinte modo:

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água corrente C. - estas favas me re: i.

nove vezes, sei: acreditava, apar: :"

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as mãos, o f)tttr'r+"-:* -

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meusantepassa:-:, ou Palilta, festas : Roma por Rómu.: como feminina. )i=' espinhos, saltâD,t

-:

Relativarne::: L pectivas que se :=-

,ecr8glolg e es-opuecelsep í€crlgrrrel esse arqos oPeSIugeP urgf as enb searlced -srad se sel4,^ ogs 'elrP eluaurer.rdo:d 'epeprc ep opSepury e eluarue^rlelell 'sele eJqos opuelles 'soqurdse

ep e soqlolsâJ ep seJron8oS urerpuece seJolsed so 'elseJ elseN 'eulultueJ oruoc eurlncseru epepur rp eurn oruoc opeluase.rder era olue+ elanby 'opruglI .rod euog

ap og5epun; ep op5e.rouretuoc rue e sel€d oru93 op eJuor{ tue selseJ 'mruPd 1o ,üryuod so epure es-ueJeJelI .ou€ urn sr€ru Jod tuelzeJ enb o '«soPessedalue snaur ísoEIII se sop serrrselueJ ,eJoqure so^-epl» :erzrp e ezuoJq ule e4€q rm1tut$"n7od o o^ou op JecrJrJnd ep slodeq 'sope5ue1 ure.re anb sog.rÊ so urerrequede'e^€lIPeJc€ es urrsse 'seJnure-I so 'elaP sgJle 'oluenbuã rslul EJed Jeqlo tues ísezã^ e^ou

elnurJgJ else e.{ercunuo.rd erprure3 €p eJeqc O '.,sneur soe e oleÊseJ elrr se eJ selse e ered segÍreJ no se^eJ e^e5u€l e eluoJ elun eP âluarJoc enFg

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e opur^ .eptprc e rueJIPe^uI e solnturll snes so llleJeuoPueqe elueurseldurrs selse e ,soiloru Soe seJuot{ Jenbsrcnb ueJ€+seJd es oeu 'oue uln 'anb ,reluoc eS ap olceJ op equra ogSe.rqalac elsap ogSeFIJqo V 'seslnbuv eP eruor{ rue er,Inlqsur so enb 'serêug Jod eurol{ ure soprznPoJ}ur oPrs rueJel ure^eJePrsuoc soueruol{ so enb ã íoJreJe^ad ure soPeJqeleJ 'mlDluarod so uloc oPeuolceleJ lugqulel e^else ollnc elsg 'D?rt lolA io t rllrqoÜ 'ln"tocoY so 'serolJ a elrel 'leur 'oqur^ essecerâJo seql es enb e,recrldlul seuel^J soP o}lnc O 'oI€W eP 6 elP oe ePuodsarroc ânb o '(1aW 'g IIA 'e'a) otew eP sopi sop salue seIP eles rue erqalec es anb e 'oure6 ep ísouorrr sop seu{€ se íseuel\]- so ru€^eco^e enb selsâJ 'mJn'l,)Y (ro 'tnJnlu{[ so r.ugqtrrel g,'çg-gT, 'h006 'euurd zau;trel\['leurrunll €rren8rd eP ercugilodrur e ãJqos !609-909:966I 'uessue1. -slç,og re^ íselseJ s€}se erqos) orPue^g ep e.rn85 eu sepecrper íouned/ed ep eruoq rue selseJ 'm1oc.tadn7 so tu€rqâlec es enbrod es-€crldxe 'opoul otuseur oq 'ecl}g.rd ep ogsualnueru e Jecrldxe aP exlaP opu olrru o 'urrssle epurc seru 'ernb.reuoru elad euedurs ep od4.ranblenb uerJlnu ogu soueurod so enb eluePl^e g 'e8uo1 eqlv aP ourrqÊe1 rer ouroc oluerurcequocer nas oP olueruoru o€ rolrrunN ep opSeurelce €P e oESePnes eP ouetuguâJ o JrnqrJle oe íoPeues oled e ollcJ9xo olad opeurelce eJe .tolo.tadun o enb .rod oezere ecrldxa or^11 olrJ ep o1xãl o'serFololle s€P odruec oP oJlueP ePulv

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182

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ra ponte. Já.:: l:

Em frente ao Poru Sulliciul, em Roma, havia uma estátua muito antiga que representava um homem coxo e àom apenas um dos olhos (Aulo Gélio, Noite.t Átbat IV 5, 1). Os Romanos identificavam-na com a estátua de Horácio Cocles, apesar de se considerar que poderia representar o deus Vulcano, associado ao Hefesto dos Gregos. É possível que a lenda de Horácio Cocles se tenha forjado em associação com esta representação iconográfica, até porque o seu cognome Coclet sigrifica precisamente «cego de um olho,, derivando por certo do termo grego Kyklopl, vocábulo com o significado de .redondo» e, por evolução .semântica, "zarolho, (segundo Plutarco, Horácio Cocles teria uma deformidade congénita). Tito Lfüo confirma a história da estátua. Âssim, mais que um facto histórico, estamos perante uma tradição lãndária camuflada de Histària. A lenda é absolutamente extraordinária, por conferir a sobreüvência a alguém que não só se atira ao rio como ainda por cima vai armado e sobrevive a uma chuva de

flechas. A lenda de Cocles encaixa nas tradições de valorização do cidadao romano, por contraponto às figuras de ilustres soberanos estrangeiros ou tiranos, aquelas precisamente contra as quais Tito Lívio e a tradição historiográfica a que pertence escrevem. Note-se, contudo, como na versão contada por Políbio este mesmo herói morria afogado no rio, como seria esperado, tendo em conta a descrição do acto que leva a cabo. Segundo Ogilvie, a lenda que dá florma à figura de Cocles é muito antiga, como comprova a mitologia comparada. Efectivamente, deverá ter raízes indo-europeias, sendo a lenda de Ódir, da mitologia escandinava, a que mais, se assemelha à desta personagem (ogilü e, r97B:258). Mas, como continua a referir ogilvie, a história de um herói deformado a lançar-se de uma ponte parece encontrar eco nos rituais dosArgei, que referimos a propósito dos mitos em torno de Hércules. Essa festa realizava-se em duas datas: a 16 e 17 de Maio, uma procissão percorria vinte e sete templos por toda a Roma, em memória dos companheiros de Hércules, que se haüam arrependido de ter abandonado a sua pátria e se haüam lançado ao Tibre; a 14 de Maio, eram as vestais que, na presença dafkminica?nlb, asacerdotisa de Júpiten lançavam ao Tibre vinte e sete bonecos

de vime, conhecidos corno argei, talvez como ritual de purificação. Ambas as cerimónias são referidas por Varrão (Acerca ?a Língua LatinaY, 45-44; VII, 44). Apesar de Tito Líüo relacionar esse costume com Numa Pompílio (Dea?e a Fun?ação ?a Ciàaàe I,2l), a lenda de Horácio Cocles e da sua queda ao rio parece relacionar-se com este ritual. 'falvez se trate de uma etiologia complementar, err1. que o ritual ganha forma de facto histórico. Mas a lenda original deverá ser a que se preservou em Políbio, historiador do século II a. C. (Ogilüe, 197& 258). Dionísio de Halicarnasso segue a,proposta sugerida pela estátua que estava em frente ao Pont Sublicuu: o homem foi ferido, sobreüveu e o monumento foi erguido

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oferecesse uma c: estivesse numa s -: --

Depois de air-. e com a continu:=l dentro da cidade. - : pelo facto de o pc,'" : sujeito ao que o . c: : tinha acontecido .: decidiu inten-ir. Primeiro pens: qEe, se não avisass;

.

-€lue+?sseu oP"quede essoJ a s?ueuroJ sePePrJoln€ se essesr^e o?u es íeúE) nr,r oFol s?ur ío8rurrur olueru€dru?c? ou J?Jlaued rue nosued oJrerurJd Jr^*relur nrPrceP a €repr ?run e^e+ 'srâJ ep solrpqls oprs ru"qurl oluenbue oprJãluoc€ "qull Bcunu anb esroc 'er8rxe op?luoru 1?l^er{ seql else anb oc.rec o anb oe olraíns a o.naFue.rlse o8rurrur urn e ope8n(qns .re1se €ruol{ ep o,rod o ap otceS olad opeu8rpur ropJoC orcrlw or?C eruou ap 'orcprled ruaao( urn /ep€plc ep o4uep o3r.r1 ap o1uerue1o.8sa oe asenb no^el anb oc.rec op oeSenurJ.uoc ? ruoc ã 'sã+u€rlrs socsnJle so ?Jluoc e^rsuêJo ep se^r+"1ua1 serun8le ap srodeq

'l"col ou €pr^ ep odrl "ranblenb ap oeSualnueru E opu"lqrqrssodurr

'sâJopeJJE snes so oruoc 'elu€lsuoc ?5€eur€ ep ogSeryrs €runu esse^rlse ep"prc gs ogu enb uroc zeJ ossl 'ua8eqpd ep ep"prunlrodo eurn essacarâJo " as anb'a.rdruas 'eJq.rJ op sue8"reur senp s" J?sse^€Jle ruassepnd sop?plos so enb e.red aluaurlen8r urer,r-ras sagSec.reque sE 'ossrp ruglv 'ogSepdod ep Ercug^r^eJqos e e.red I?rcuasso I"eJêc o e.ra o8r.q o 'eJO 'eurog e"red o8r"r1 ap alrodsue.rl o ura.reanbolq e oporu ep '"^rsuâJo eu urassedrcrged enb seg5ecrequre ouglrJJal nâs op Jr opuepueur 'eJqrJ op suaÊ.reru sq olun( olueruedruece nas o noluoru olsllC ep reJ o 'ossr ?J"d 'ep"prc € ocJãc op oeSualnueur elad olce"rrp anbele o Jrnlrlsqns nrprcâp â ?JluoJ Jqse^ur "ruog âp nqsrsep o?u ?uesJo4 'o.8lurur ra.r or"rdg.rd op ogSerrupe e noeíue.r8 enb ura8?roc ep oruoc ureq 'selcoC orcgJol{ ep €crgJeq ? rleluel ep "resady

€Io ?c orcErw '(egZ,gZil 'er,rp8g Ígg ttG\\T,'errered eqcog) or^Jrl olrJ -rod sepr.ra8ns seJnlrel se rezr^rleler e e8r.rqo

sou 'sr€Lu ze^ erun 'enb o recsnJle rue8r.ro ep oeJes ?"lcoC ourseru 91e a rnlulxuJeH 'nnilo7 seruou so anb ope+ou 9( ro3 'e.rre.rad €qcolI ep .H 'W ereJer ouroC seJose^ur sessep oeslndxa e .rr8r.rrp e salcoC orcgJoH oprs errel ''C 'p II-I olncgs op roperrolsg op ernlrel €lseN '(T,Z ,tll rüyqryH 'ollcgJ) ouuel orJgIJJel o eJqos soru,rnb.re; sop opse ur erun sreru o-opueJeprsuoc 'euesJod ep enbele o e.red selalduoc sreur seg5ela.rd-ra1ur uroc no5ue.te ollcgJ 'e1se .rod eperrdsur oprs €quel 'e1red ura 'ze^le; 'opere odurec op e enlglsa ep so^r1oru so elueuepeu8rsap ,odr3 ep olru o ruoc sepeprurJ€ s?lrnru urel selcoC ep epuãl e enb ,epure ,sotu€JeprsuoC 'ors,ruorcl lue erJgleJo e ecrJglâJ sr€ru 'or r-I tue erueJp sreru :erunlsoc ep solr1se snes so anFas se;o1n€ selsep run epec rue e.rn8g

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184

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

tiva, seria preso pelas sentinelas e acusado de deserção, o que não era de todo o que intentavafazer, apesar da verosimilhança da acusação, dada a situação em que se encontravam e a frequência com que isso acontecia entre os habitantes da cidade. Múcio decidiu então apresentar-se ao Senado e anunciar que pretendia atravessar o Tibre e tentar entrar no acampamento inimigo, mas deixando claro que não o faria para pilhar o inimigo ou concretizar algum tipo de vingança pelas devastações que Porsena e os seus homens vinham a praticar. Em vez disso, informou que as suas intenções eram muito mais nobres. Emboranão o comunicasse aos senadores, o jovem planeava matar o rei inimigo. Gaio Múcio partiu, assim, armado apenas com um punhal. Quando chegou ao acampamento etrusco, os soldados de Porsena aglomeravam-se para receber o soldo. Efectivamente, Múcio haüa chegado no momento em que se faziam os pagamentos e aproveitou a ocasião para se misturar e, desse modo, passar despercebido. Porsena estava sentado no local, presidindo ao chamamento dos seus homens. Mas, ao seu lado, estava o secretário, aquele que efectivamente pagava o soldo. Este homem, contudo, envergava vestes muito semelhantes às do rei, pelo que Múcio ficou confundido, sem saber ao certo qual deles era Porsena. O jovem não tentou, porém, certiÊcar-se, pois receou denunciar-se ao inimigo se o fizesse. Antes, preferiu arriscar, cravando o punhal num dos dois. Para azar dele, o homem mortalmente ferido foi o secretário e não o rei. Aproveitando o espanto provocado pelo homicídio e a arma ensanguentada nas mãos, Múcio abriu caminho por entre a multidão de soldados, ' até onde pôde. Os guardas do rei, contudo, conseguiram parar Múcio, prenderam-no e levaram-no até Porsena. Perante tal situação, praticamente sem saída possível, Gaio Múcio manifestou mais coragem que medo, parecendo mais temível ao inimigo que amedrontado. Gritou, portanto, a Porsena e aos seus homens que era um cidadão romano, ofendido na sua integridade pelo cerco que os etruscos haviam montado à cidade e disposto a morrer pela sua liberdade e dos seus. Afirmou, ainda, que, em Roma, não era o único disposto a agir como ele haüa agido, havendo dentro da cidade muitos mais dispostos a morrer pelos seus valores e ideais. Âssim, em nome da juventude de Roma, Gaio Múcio declarava guerra a Porsena, aüsando-o que deveria manter-se constantemente alerta, pois encontraria um punhal em qualquer lado por onde andasse, inclusivamente dentro do seu palácio. Amedrontado com a ameaça, Porsena irou-se e ordenou que ateassem fogo àvolta de Múcio para que revelasse quem fora o autor da conspiração que o levara a atentar contra a sua üda. Mas Múcio manteve a coragem e,

para demonsrre- - : ardia para os se:: dos Româ.r,r glória I ,,

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O jovem i-c,r:

entanto, emirisse ; sível a ela Perante esiã 1 trIúcio que par: >: de si mesmo qu= : estivesse ao seu ::: informou-o Pors=: marcial sobre e.e jovem patrício ce: Em resposra = : avisou-o de que e: romana disposros ã Gaio Múcio Coric da sua mão direira e por consequênc:â

outorgouaGaiofi

ser conhecido cornc,

É t".rrbém em I-: : a lenda de Múcio C.

Halicarnasso, Án t t;.** De entre os es:-R. M. Ogilü e, Á C,.ft.,,*tVlytbe et Épopée l.ti "-. futu?od 2e Huttíritt t"; 'Wiseman, T. P. Tbi -l! _

'r'002 'sseJd ,(1rs-ra'uu11 telaxg ''woÜ lo rtpfr'1'y oe{a'uEuresrJY[ A I prnln) - il t'?lerylc ornlnc oe o!r91?!H ?e Poenlq 't2u'p\uoY lvg-gg 'eoqsrl 't2007, aepÍ7'y aZdodg '€Jrered el{colI €P 'H 'W !9ggÍ.-gggÍ '966Íísued 'III'il'I 1a .fzgurnq 'C:l9G-ZgG'816I 'PJoJx g'ç1 ryoog'fut77 uo tuo1uauuo7 F"e1,rtSO 'W 'lÍ 19961 'eoqsYI'q\ttoY ag ruaQ'tg'I{colg g

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'U soruecelseP 'soPn}sê so erlue ecl (,'L ?Puv7ut oü ngoEn Q luy'osseu'recr1e11 I

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186

@ Mitos e Lendas da Roma Antiga Os trlOlogc:i etrusca. Â ourc,:i. .

.omo lenda rc: J i:

Esta lenda tem muito de martirológio, pois pertence a uma literatura apologética, otjo objectivo é, obviamenteio dã as qualidades do herói que luta pela liberdade contra a opressão, e que "*.it", não hesita à* d"i*"r-.e sofrer fisicamente por isso. como na história de coclJs, também aqui o herói é o romano ordinário, ainda que patrício, que se voluntariza por todos os seus. A revelação de que existem trezentos jo.rens romanos prontos a morrer pela pátria pretende

Às lendas

taneamente cruel, desumano, bárbaro, próprio de gladiado res, (apu? Rocha Pereira, 20023:34). M. H. da Rocha Pereira propõe que tarveza lenda se tenha gerado, tar como

a anterior, como etiologia para alguma antiga estátua na cidade, que representasse

um jovem com a mão sobre um altar

b.".". (Rocha pereiJa, 2oôú:55-si). "- a atenção para o outros autores, como R. Bloch, chamam pararelismo com a mitologia escandinava, em que existem duas divi.rd"à"., óái, e Tor, que têm apenas um olho e um-braço, respectivamente. vimos já como ogilvie.elácionou a lenda de Horácio Cocles não é impossírel, por i..i qr" a lenda de Múcio cévola se associe à "o*ódir; d,e codes porque .À t.*t"rr" à" ,tema que tinha figuras como as de ódi.r . Tor àomo protagonistas: oOs ".riigo deuses escandi_ navos odin, de um só olho, e Tor, de um só braço, têm talvez os seus paralelos nos dois famosos guerreiros romanos Horácio cocles e Múcio cé..ola, que na luta contra o etrusco Porsena perderam respectivamente um dos olhos e um braço, (Bloch, 1966: s.5).Isto ciã-nos

tema de Cévola é igualmente lendário.".gr-"ito.

para defender

uma satisfação a

a ideia de que o

outros, como ogilüe, consideram que a história de cévola é bem mais complexa que a de cocles e que se d"rr. i". em conta o significado ritualístico da acção de Múcio ao pôr o braço direito sobre o fogo, "o verdadeiro centro do episódio, referindo que se tratava de um castigo dã perjúrio ou de quebra de.juramento, pelo que, a_história original ." ."i..i" situação á"..".,

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,:l

"'rá.l97g: protagonista (Ogilvie,

cujo castigo fora suportado pelo 262; um pa_ ralelo da^história pode ser lido em v"lenJma*i^o, õilo, e Feito,t twemonÍyeü lll, 5' 2). Aforma da história, tal como Tito Lívio no-la aprese nta, d.ataráassim do século III a. c., construída sob inspiração de lendas g."g"., de que a presença do secretário junto de Porsena, enquanto tema heleníú"o] é p.orrl 1o!;tvie, ilza, 262; Rocha Pereira, 20023: 34) . iarvez Heródoto (Hütóriruvr, 1 14) táha servido d_e. modelo e inspiração (ogilvie, rgz}:262). co.r.id.."-os que tarvezo tema de Niso e Euríalo, no que diz respeito ao voluntarismo dos joi".r., encontre aqui também algumas reminiscências. como é usual em Dioírsio de Halicarnasio, neste historiador a narrativa constrói-se com mais oratória e tentativas de racionalização, apesar de próximo da sua fonte.

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da fbrmação r. :"= I-reróica, ma-q üÊ l r: Também a .. :: Roma por Pors;: : Cér'ola, da*. arr: - _. Porsena ficara :ã - : com o obiecri'.: : sentia-se em r.-alt-_-: simplesmente c, r: *-\ sua primeira :=r r: quico na cidait r: r-erdad", segunI: I

mostrar como a aristocracia da Roma republicana era toda corajo.á .rolrr^nt".ios". Sobre esta questão, escreve H. Drexler: .Não se pode i-"gi.r", " nada de mais romano do que estas frases. Este feito é grandioso, espantosã, e contudo simul_

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ntregues c orTl cr :: : : guardas. InsriS.l; j : romar banho. C-= : : raparigas que i:a-. -.de paz, lançolr-s= - agitadas, agarrá I -: :lu\-em de f-lec:as : : e

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188

@ Mitos e Lendas

da Roma Antiga

restantes raparigas foram assim bem sucedidas natravessia, conseguiram chegar à outra margem e foram entregues, pela jovem que a conduzia, às suas famílias de origem, em Roma. Na Antiguidade, havia quem contasse que Clélia se apossara de um cavalo, que montou, com o qual atravessou o Tibre, servindo de guiaatodas as que nadavam, incutindo-lhes coragem e dando apoio. Segundo Plutarco conta n' A Coragem ?at tUulberet, quando as üram, os Romanos não ficaram nada satisfeitos, visto que a sua palavra perante Porsena fora posta em causa. Os Romanos decidiram então devolver as reféns. Foi nesse momento que Târquínio, o rei etrusco, decidiu montar uma cilada aos que voltavam a atravessar o rio e quase conseguiu ficar ele em posse das raparigas. Mas Valéria conseguiu fugir para o acampamento de Porsena, juntamente com três servas, enquanto as outras eram salvas das mãos do rei etrusco, graças à intervenção de um Êlho de Porsena, chamado Arrunte. Por outro lado, assim que soube o que haüa sucedido, Porsena ficou indignado, quer pela traição das jovens romanas, quer pela fraqueza demonstrada pelos seus homens. Porsena pensou de imediato em vingar-se da afronta, criando uma obsessão em torno de Clélia, chegando mesmo ao ponto de se interessar apenas pela jovem que liderara a libertação das reféns, e perdendo todo o interesse pelas outras. Tâl como acontecera em relação a Horácio Cocles e a Gaio Múcio Cévola, também Porsena teve dificuldades em deixar de reconhecer a coragem do feito da jovem, chegando mesmo a considerá-lo superior aos dos seus antecessores. Assim, Porsena fez questão de declarar que consideraria o tratado de paz nulo, caso Clélia não lhe fosse entregue de novo. Em contrapartida, caso ela lhe fosse devolvida, seria restituída incólume ao seu povo, juntamente com alguns dos reféns que ela escolhesse levar consigo. Respeitando as condições do tratado, os Romanos devolveram a Porsena o penhor que lhes fora entregue. O rei de Clúsio fez questão de manter Clélia junto de si, mas, emvez de a castigar pela ousadia da fuga, elogiou-lhe a coragem e a valentia. Depois, decidiu mesmo recompensá-la, informando-a de que estava disposto a devolver a Roma os reféns que ela própria escolhesse, de entre os que haviam ficado sob prisão dos etruscos. Clélia escolheu então os jovens ainda impúberes, ürgens como ela, visto que se identificava com eles e porque considerou que estavam mais sujeitos às humilhações do cativeiro. Os restantes reféns aprovaram a decisão de Clélia, visto que efectivamente os jovens ainda intocados eram os mais vulneráveis de entre todos. Depois, Porsena ofereceu à rapariga um cavalo aparelhado com luxuosos arreios.

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A Comnunta,-..-. i_i" i Paris, 1995, 155;-- i:"j CLí.taica II - Cuku*; i- . Romz, Exeter, 2C)(r \

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dade feminina -. cü::=:=

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190

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Ogilvie, l97B 268). Segundo Dionísio de Halicarnasso, o monumento foi

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destruído pelo fogo antes de 30 a. C. e outra estátua tê-lo'á substituído. Já segundo Plutarco, por e*emplo, os Romanos reconheceram a honestidade de Porsena e quiseram-no como juiz da sua causa, daí que ele tenha intervido neste processo,

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com um carácter razoavelmente diferente daquele que lemos no texto liviano. Tâmbém a introdução da figura de Valéria é original em Plutarco, estando ausente

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de Tito Líüo.

De qualquer modo, os investigadores sistematizam a sua análise, tendo em conta dois estratos diferentes: a história da rapariga que salva as companheiras do cativeiro comum em que se encontram, o que, segundo R. M. Ogilüe e M. H. da Rocha Pereira, poderá ter, uma base histórica, dada a sua plausibilidade (Ogilüe, l97B:267; Rocha Pereira, 20023:35), a que se associa o elemento prodigioso: a travessia do Tibre, eventualmente a cavalo, sob o ataque do inimigo. Na sua essência, a história de Clélia vem na linha das duas anteriores, com a particularidade de agora se tratar de uma mulher como centro da acção heróica. De algum modo, esta narrativa é mesmo uma duplicação das anteriores. A intenção é clara: realçar o heroísmo de todos os romanos, cuja valentia e desejo de lutar pela liberdade se reconhece inclusivamente nas suas mulheres, tal é a cepa deste povo. A própria avaliação de Porsena é o reconhecimento, por parte do inimigo, do valor dos Romanos, o que só aumenta o prestígio de Roma e dos seus. Na história de Clélia ressalta o sentido de devoção à comunidade a que pertence, sendo nesse contexto que o seu heroísrno faz sentido. Como a lenda de Clélia radica no quadro da emergência da República romana, estamos na presença de uma lenda com intenções propagandísticas óbvias: trata-se de exaltar as qualidades das mulheres de Roma num momento em que a liberdade dos Romanos era ameaçada pela monarquia, personificada' na figura do etrusco Porsena. Depois de ter montado cerco à cidade de Roma, sob instigação do rei exilado, Târquínio-o-Soberbo, verificaram-se actos de heroísmo pela parte dos Romanos resistentes, dos quais se destacam os de Horácio Cocles, Múcio Cévola e Clélia. Se os dois primeiros representam fundamentalmente a coragem dos Romanos, que defendem a sua cidade até ao fim ou que tentam eliminar o inimigo no seu próprio território, a terceira introduz a função das romanas num contexto de agonia dapatria, para cuja libertação todos devem

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contribuir. Diz Tito Lívio:

*As honras que à coragem foram prestadas despertaram também nas mulheres o desejo de alcançar as honrarias públicas,. (Tito Livio, Deàe a Funàaçao àa Càa?e II, 15, tradução nossa) Parece-nos eüdente, contudo, que a catalogação da proeza de Clélia se faz à custa de atributos masculinos e viris, como se reconhecem no próprio tipo do monumento: a heroína aparece como um homem, montada a cavalo, pois só os homens montavam a cavalo, e as mulheres que o faziarneram Amazonas, precisa-

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tugqrue+ anb opue(asãp ã 'srãJ so reslndxa ep eJuor{ e op4 uequrl anb elad op"rusersnlug» 'sopessedalu? snes sop solreJ sop "rJgruaur :ele €JluoJ noSuerre orJgl"A ocJew op€ru"r{c ou€tuoJ urn oV xruneJ ern8esuoc 'ol-g^ enb ser8raue se sepol ruoc elequroc o no^âl o ãpnluã^n( e(nc Jrrunss€ " so e souqel so e4ug íoqJeqos-o-oruynb"re; ep oq1g o ãs-nocelsep'socn:la rr+rursu?J+ an8asuoc JoptrJolsrq o elueru -EJ?J oruoc orus{€eJ run ruoc el€qruoc op JopJE o es-eqecJed elau a alua8 -und or^,1 âp og5r.rcsap y 'e8-req1"u oprreJ.ras "rod opu"qec" 'orturllsod 9 olnv eluaru€sol.rng noSuel es oqJeqog-o-oru,rnb-re1 or-rdg-rd g "Jluoc'"ruol{ e.red er.rglr,r e .rrn8asuoJ ep oueunq-eJqos oS.roysa urnu 'o8rturur o ?Jluoc od.roc e odroc ru€Jeleqruoc sela urgqureJ 'saoSe.redo se JeuãpJooc e ru€Jelrrurl es ogu sre"rauaF sor"rdg-rd sO 'oJlno -renblenb anb op opeSru.recue e oluelor,r s.reur IoJ e+eqruoc o anb o^rloru assa "rod tu9qtuel 'noSatuoc erlleleq ? e 'Je+uoc epgd so ugn8uru sreru 'so8turur so oprs ãJlue"rJeJ ru?^?Jluocue es'oqJeqo g -o-orupbJeJ elueruepearuou'soruynb"re; so anb rueJeqnos soueuroJ sopeplos so opuenb anb orrrry olrJ "+uoC 'so+rcrgxe srop sop oluo.r3uor o nep as anb ,oLÉeI o8el op o1rad,g1 rod 'selu€ odural ocnod gle etuog opeururop ur€l anb 'soruynb.re; so ouroc "q 'elJr,rJ+I[ €p selu"lrq"q urgqur"l ure^e1.sa sele eJlue anb olsr,r'se8rurrur se5;o3 se op"J+uecuoc ru€r^eq es epuo ísocsrulg sop orJglrJJel oe ogSca.rrp ura norlcJ€ru orur,rlsod 'sedo.r1 sep elua{ § íorc}qg o1rú ruoc a1uerue+unf 'soIcJi,xe sop oloJluoc o nrrunss? uanb o[ur,r+sod olnv IoJ '€rüol{ tug

'"-nouJor sour+{[ so e soueruor{ so a.r+ua e.r.rans e 'ossaco.rd *"I$?ffI EN 'orcg-I ou íe+sãuâJd ãp E roJ sepEprc s€ssep €uln 'opepl.sul tuequp es anb ua opr8e"r ep sepeprc e sap€pr1€co1 ep ogSexeu" ep ossaco"rd run ru€J€l -ecue 'epeprc ?p ou.ra,ro8 o rueJrrunsse sou€urol{ so anb srodaq "ns

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194

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

à sua família fosse atribuída a glória de eliminá-los, ele esPoreou o cavalo e avançou, empunhando alança contra Târquínio, que se reuniu de novo com os seus homens, para fugir ao ataque do inimigo". (Tito Lívio, Du?e a Funàaçãn ?a Ciàa?e II, 20, tradução nossa) Mas Marco Valério acabou por sucumbir a tanta ansiedade de glória. No meio d,a refrega, e assustadá. "o111 tanta ira, muitos dos soldados deo combate. Posúmio, tentando eütar o pior, deu ordens sejaram "b"rrdo.,J. para que se tratasse como inimigo qualquer homem que mostrasse intenção ã" d"."rt".. Assim, encurralados entre duas ameaças, os soldados de Roma decidiram voltar ao ataque, mais ferozes do que nunca' A batalha continuou, pois, corpo a corpo' Acabou por ser um romano de nome Tito Hermínio a trespassar com a sua espada um dos generais inimigos. Mas o próprio Hermínio foi ferido, acabando por morrer quando o transportavam para o acampamento. A determinada altura, Postúmio reforçasse a infantaria, jáesgotada. o"d.rrou mesmo qrr" , "o-"rra "r...I""i" Ao verem a elite ãa juventude romana combater ao seu lado, enfrentando os mesmo perigos que eles, os infantes ganharam novo ânimo e voltaram a investir com toda a pujança contra o inimigo' Os latinos começaram então a recuar. Os cavaleiros romanos voltaram aos seus cavalos e avançaram, enquanto a infantaria os seguia. Naquele momento, então, Âulo Postúmio implorou aos Dioscuros que os Romanos, prometendo erguer-lhes um templo, caso fosse "jrd"..á^na suaprec". Ao r.,""-o tempo, prometeu prémios aos seus solda" "t".rdido dos, caso estes conseguissem penetrar no acampamento inimigo. castor e Pólux, os Dioscuros, apareceram então a combater ao lado dos romanos, Eram dois jovens, praticamente ainda encabeçando o seu "ré""ito. imberbes, que excediarn em beleza e estatura todos os que participavam,na refrega. O-entusiasmo apoderou-se de todos estes, que, com a ajuda dos dois ãerrses, desbarataram todo o exército e acamPamento inimigo. Tendo ganhado a batalha do lago Regilo, Aulo Postúmio e o seu comandante da calvalaria, Tito Ebúcio, regressaram a Roma em triunfo. Foram, contudo, os Dioscuros quem chegou primeiro à Urbe, anunciando avitória' como tinham euando chegaram à ciãade, apar"ce.rdo lá do mesmo modo a Éostúmio, no campo de batalha, os seus cavalos beberam iágua "par"cido nã fonte de Juturna, a ninfa do lo""l, que alguns tinham como irmã deles. Ao vê-los ali, os Romanos perceberam que aqueles dois jovens com ar de de uma batalha eram os Dioscuros, e decidiuquem acabava d" ""gr"..". --.", po" isso, que o teÃplo que lhes fosse erguido seria precisamente naquele lugar, ao lado do templo de Vesta. E assim aconteceu'

Contava-se a::. -.

r-oltou a ver Cas:: :

Segundo um3 : II, 6), porÊ:encontrara dois t*-- =

Deutet

da ütória sobre F: r = teria sido lancaü,: :

.

.

isso aconteceu, cs a:'

II,

A batalha dc -=-i 19-20; e po:rr:-. -

-Ln titT

ttiàrtàe,' R, n:.:,:

*-

)õ,2-3;eCícero -* ComentárioS::!-:

.',t

Liv!. Bottk,, I -' ]"--:.

-

Jo lago Regilo p r,r; Este episóCr.-

::

-

lma das paredes l- S, -\ pintura data Cc =:: -

Sendo o coni:: :.: =-ementos

inseric;'. i :

nacrónico, que a ::- : -1 mistura de non.: : -

.

À forma co=-: I =, :

r9ó a. C., suseriu -

'

9, 8: 285). De ra--:

-

:

i\-er muito às t. : : : Tarquínio, po: :',- : -

-'.-,.ii),t

III, 15-;5' Cl:

-:= mesmO qUe ne::- - r -- episódio

de R=:-

:

- : s Dioscuros nü : *- r- :,

ecrJguroq elnruJ,oJ € uroc oPJoce eP e^À€lsa ecruc9l essg 'âleq1uoc ou soJncsor(I soP og5uearalur e olSeg êp eqlet€g ep opSr.rcsap ep eued er.reJ 'elueurpur8r.rg e.reduroc es or,ryl

ollJ

âp soJ^II soJreur.rd sop ossed o.r1no

'o1fag

ap orpgsrde oe

unqueu anb oursetu es-

-ereprsuoC '(soldruexe sortno ru€lrc âs ePuo '9BU :9761 'er.tyÊO

lgl-gl'llylreryU)

nelãuêW e srJgd erlue oluo{uoc op opecpcap 9 'olduraxe .rod 'oruynb.re; e olr?le eJlue orluocue O 'oepry ep seleqtuoc ep seg5r.rcseP sP ollnul re^eP ece.red Joperrolsrq olsd epezryln rnbe e^rleJJeu €clucgt B 'olceJ eCI '(986 :816I 'er.r.pSg) «ecrreruoq» ep o1e4de o 'sorlno e a 'arzrg8g 'W 'U € gÍ nl.re8ns "3 'e g6h rua eprrJoco 'oy8a11 o8el op eqleleq e erJeu o1,r.;l oll; ouoc errrroJ V

'GgZ,gZ6t'e$ll89)

a5rxe o urrsse soÊrec e seurou eP eJnlsrur

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'?luoc rue Je^al ep alueuerJesseceu ue1 ecggr8olJolsrq ecrlJc e enb 'ocruçlJceue atnd rcze1 uracered or,r;1 .rod opSr.rcsep eu soprresur solueruele sop solrnlu 'lenlceJ socsnJle a sourlel ísou€tuoJ eJlue oluo{uoc o oPues

IeuesJ€ rrrn ep

'I^x opc?s op €t€p e.rnlurd y 'etrrol{ Lue 'uole^rãsuoC rep ozzeleã op 'rue1rde3 rep €les ep sapa.red s?p etun ocrat$o telurd e.red r1e.rne1 ossetuol .rod oprqlocse o^rloru o roJ orpgslde elsg '89-99'dd se lercedse .oo,e'7OOZ 'sseJd r(1rs.renu6 'relexg''aruoü{o rcpfr1,yag íueurâsl,yf A I rua spprqloc -res ruapod ogSeg o8el op eqpteq € e sorncsor(I soe sercugrêJer !687,-98Z í816I íproJxo '§-I r,yoog 'fury uo

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-

Ce Coríolos, ,r -: : siriados api'c'. =-r: -: o cerco.

No exér.r:: :: Gneu lIárcic. r -:

onteceu. ^\p r: '. : -se à frenre ic = ,:: Coríolos , dtzirna: : seu alcance. O pea. que acabaram p,o: dar a vitória aos :-.-olscos que tinira::Gneu Márcio pas s : Entretanro " - em conflito, pois :: mento na agricu-:"-: tardou em instaie:- n de trigo, que r-er,: :: pensaram então J _: plebe a devol'er .. Entre esses es:: os plebeus har-ia= . Como reacção cc::. importado se ma:: onde se ha'u'ia E-3: ac

-

ogu sneqã1d so oluenbua 'opelrodurr o8r.r1 o opep-ren8 ep"rl es epuo suez€ruJe so uesseqcaS as anb opueuepJo 'ol.l€ esse^rlueru es opegodurr o8u1 op o5e:d o anb mFrxe ou?lorJq) ,sneqald so E4uoc oeSceer ouoC 'ope"r8eg eluow op oESSeceS ep ercugnbes eu ,oppu?Sue urerrreq snaqald so anb sa.repod sop o8runur zoJal íou"lolJo-J otcJgIAJ €..\else sãssã eJ1ug 'opercr.rled oe opr8rxe EI Eq anb sor8ggan.rd so:aa.1o^ep € eqald € JtuorsseJd e.rcd oungodo olueruoru o ErJes alanbe anb og+ua ure.resued sorc,r"4ed so eJJ.ue ap sunâ1y'BrJrrJlg €p ãluãurlercuesse orea enb ,o8r.r1 ap ogSegodtur e JaJJoceJ ep oglue e^el eruog 'ep"plc €u es-J?l€lsur rue nopJ€1 oeu euoJ € e sr€âJec ep eqseJ"c apue-r8 erun € no^el e.rn11ncr"râe eu oluaru -rl.sã^ur ep ee soe as-urequndo snaqeld so srod ,olrlruoc ure "llg 'sorc,upd ,oluelerlug ?^€+sã opSepdod y 'ãtuoJ apue"r8 €run eruog erqos nr€c ou€lorJoC urgqurel es-Jerueqc e nossed orcJgry neuC 'o1ra3 nas op eJuoq tug 'ep"r1rs ep€prc ? Jerpxn€ opur^ urer{url anb socsloa so eJqos .ranb 'so1o,uoC ep ep?prc e eJqos.renb soueuroJ so? BrJg+r € JEp .rod noqece orcJ-ew neug ep ogsrcep B .(urssv .J?nceJ .rod ure.reqece anb 'socslo^ so nolsnss? epeplJ Ep oJ+uep nol€lsur as enb ocrugd O 'ecueJl" nes o? € €Jluocua anb o opn+ opuerpuãcur a oeSeyndod e opueurrzrp ísololJoC ep epepro ? €Jluoc .re5ue.le nrprcep e oueruoJ o+rcJgxê op e+ue.r3 R es-sod orc-rg141 nauC 'eJelelsur es anb o€snJuoc opuelra^o.rdy .naceluoc€ " olsr opn+ opuenb €lâur1ues ep €^€lsã uranb orcJgw €Jg .orcJ-ew neuC âruou ap 'ercyled ura8r"ro ap ura,ro( run er^Erl ,ouellroJ olrcJexâ oN

'ocJec o ure.raduro.r e sou?ruoJ so? socslo^ sop anbele o oglue ru?JElre^oJde soperlrs

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198

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

cedessem às suas exigências. Como alternativa, o conquistador de Coríolos

exigiu que lhe fossem entregues, algemados, os tribunos da plebe, isto é, os magistrados que, em Roma, representavam os plebeus. O povo de Roma revoltou-se então contra Coriolano e só não o linchou porque este foi protegido por uma citação para que comparecesse perante a assembleia da plebe. Por pressão dos plebeus, e para evitar a guerra civil, Coriolano acabou por ser condenado por contumácia e por aspirar à tirania, exigindo alguns que fosse atirado da rocha Târpeia. Outros, contudo, pensaram que isso seria demasiado cruel e, na sequência disso, Coriolano exilou-se no país dos Volscos, precisamente o povo que havia tentado ajudar a cidade de Coríolos. Pelo seu lado, os Volscos receberam-no muito bem, passaram a dispensar-lhe as maiores afabilidades e atenções, ao perceberem que o seu ódio aos Romanos aumentava e eram cadavez mais frequentes as suas queixas e ameaças. Âssim, o chefe dos Volscos acabou por convencer Coriolano a juntar-se, numa investida contra Roma, ao povo que o recebia. Os dois sabiam que a união patrícios-plebeus estava enfraquecida e que, por isso, os patrícios iriam ter dificuldades em convencer os plebeus a pegar em armas p'ara se defenderem contra o ataque estrangeiro. Além disso, as recentes peste e fome tinham enfraquecido a sua juventude. Aquela era, de facto, a sua oportunidade. Assim, Gneu Márcio Coriolano encabeçou o exército volsco e encetou as ocupações das cidades circundantes, já sob domínio romano. Entre elas estava a própria cidade de Coríolos. Por fim, avançou sobre Roma, acabando por estacionar a oito quilómetros da cidade. A partir dali, começou Márcio Coriolano a fazer investidas contra a Urbe. Perante as ameaças, os romanos decidiram enviar embaixadas de paz a Coriolano e aos volscos. Estes, por sua ver, aÊrmaram claramente que a paz só seria restabelecida quando Roma devolvesse todos os territórios que havia subtraído ao povo volsco. Alguns sacerdotes vestiram então os seus trajes religiosos, e foram ao acampamento inimigo na esperança de conseguirem apaz. Mas também as suas súplicas foram em vão. Foi então a vez de as matronas de Roma intervirem. Decidiram as mulheres romanas que deveriam procurar a mãe e a mulher de Coriolano, Vetúria e Volúmnia. As duas mulheres foram convencidas a acompanhar as matronas de Roma ao acampamento do inimigo: Vetúria, já entrada em anos, e Volúmnia com os dois filhos de Coriolano ao colo. "Já que os homens não podiam defender a cidade com suas armas, as mulheres tentariam defendê-la com súplicas e lágrimas" (Tito Lívio, Deàe a Fun?açõo àa Cíàa?e II, 40).

Quando .: - : mais obstinaCc, : da mãe de Cc:: quando soube r Coriolano sen:: - : porém, â cons-:=:

_

.

"Não JJcom um i:-: a infeliciia r: Como tir-es:=

alimenrou ;' \: nossas lror.:r : suas murai:.= _

esPosa e os

:.

*

estaria siia,r* pátria lir-re. .: a tua deson:a : desgraça, nã criançasl Se:= longa r-ida ie > --

Foi então que \pelas palavras da n e desistiu de ataca: Contava-se qu. sobre si próprio. Se ..O exílio é p"nosc que Coriolano fo:-a castigo divino pela Para homenas: truíram um temp.:

A história de C._ II, 33-40; D::.

CDa?e

59; Plutarco,

Cttrr',,.-:

.:

,tutrud .ouülolroC,oc.re1n14 í69 'ors,ruorcl ep o+eler ou operrdsur gre] as Ienb o

'III^-89 íII1\ t?pumaoü

ragoEnfirluv'osseuJecrleH ep ors,ruolq !\b-gg ,lI zeoelc olrJ rue €perreu rue^ ouelorroC ep errglsrq V

og ogSogung p aeta7 ror^I.I

-ueun{ Ü 12,'.rd : seJeqlnu sE s ! ._ enb 9f "'olor :r ePeJlue g[ 'er-::;

Jer.{uedurofP E s":

'seJeqlnw s"p €unuog q oldural urn rrreJ,rn.r1 -suoc soueruog so ,ura8e.roc ep seJerllnur selanbe .rea8eueurorl 'og5re"r1ens eled oul^lp"J€d o8qsec oruoc 'opeprdel 'ep?Jrlal ens €p ercugnbes ?u oiloru €JoJ ou"lor"ro3 anb rrre^€1.uoc 'epure soJ+no *: ritual àa àeur)tt,, i.- r. i na religião romai:.3 i .

-

-

em Roma antes

ü: : -

estoicamente peia :.

\'Ê.: Segundo G, D-.

os magistrados

em Roma, com a

^=-

:

'(u1crod :186I ílrzgtunq) es.ra,r-ecr e'er.rglslH zal es ePuel e ruoc'euro11 ure 'oruoc J€^oJdered solduaxe seroqlau soP run 9 opueC '[z?úng '9 opunFeg 'opd o6o1e 'osor8rlar orc5o eP seíe.r1 snes so ruoc soP4se^ sope-rlsr8eur so JeJJe+ue ep OueuIoJ elunlsoc O Iuoc es-JeuolceleJ gJe^eP 'alrour elad elueuleclolse urep.ren8e anb 'soprcue soP arcess€Iu 6 'sesape8 sop epesaqc eP selue eruo-l{ ule zeJ ecglluod oruns o 'epuel eP euer:trl opSr.rcsap eu 'enb o g 'eueruo.r opr8qa.r eu urnruoc ecr19.rd eJe e epepul^rP P oFF ap og5ecrpeP eu erlsrsuoc otton?e eP lenrJ .eurog ura .reÊn1 run Jellace e e êPePIc €ns € JexIeP € €PIPensJed e.ra 'e8rurrur

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SITOTIü

220

W

Mitos e Lendas da Roma Antiga

outras, toda a espécie de nomes, sem que, no entanto, ninguém pudesse ofender-se. Além disso, ofereciam-se banquetes às mulheres, que se realizavam em cabanas feitas de folhas de figueira. Na mesma festa, as escravas passeavam em liberdade, atirando umas às outras pedras, recordando desse modo a sua participação na luta contra os in',rasores latinos.

Oapratinas (Brern=.: 389-4t7). J. Bayet cha*= . feminina, em que a :: por algum tipo i= : acontecimento, prc": salienta os simbor== -se-ia, talvez, de

',-ú---

ansiavam pela ter:--.: deusa Juno C"pro:-:.;

 lenda de Filótis é narrada por Plutarco, Rómulo29; Camilo 25. O estudo de M. Lejeune, oCaprotina,, Rcuue ?e.t Etu?et f.a.tine,t 45, L967, 194-202, inclui reflexões que poderão ajudar a interpretar a lenda de Filótis. ver ainda G. Dumézil, La religion romaine arcbauJue aeec un appen?ice tur la religinn ?ed Étutqre,t, Paris, 19872; G. Dumézil, Fêted romainet ?;été ,t ?'automne uiui?e?ix quutionr romainea, Paris,1975,271-283; G. Dumézil , Camilltu. A Stu?y ofln?o-EuropeanReligionaaRomanHütory, Berkeley, l9BO,24l-256eJ. N. Bremmer, ..M;rth and Ritual in Âncient Rome: the Nonae Capratinae, in Roman tl.[ytb an? tVytlaog rap by, Londres, 1987, 7 6-88.

junto a uma cdf'- -l- celebração do riru

às outras, com

i :

po::-:

figueira-brarra, e ,i-=

batia nas mulheres : - de pele de bode ra:::: figueira como o bo:= -

Dumézil considerê r. mas cuja percep;ã: .

Macróbio I, 12, -i" Note-se que o ter:-: mulheres na lenda rr com estas ideia,..

A pequena história de Filótis, narrada em Plutarco, autor grego de finais do século I d. C., inícios do II, sugere uma lenda de origem helenística, para servir como etiologia para a explicação da celebração das festas das Nonas Caprotinas ou Capratinas. Note-se como o próprio nome da heroína sugere uma origem grega, apesar de o tratadista indicar uma alternativa: Tutola. Não é de excluir, também, a possibilidade de a lenda do rapto das Sabinas ter influenciado esta

lenda, üsto que Postúmio reclama virgens como garantia de p az, e para celebração de casamentos que a deveriam consolidar. Há que não esquecer, também, que o casamento é uma das mais elementares e antigas forrnas de consolidação da aliança

política. A lenda reflecte-o. Alguns dos autores antigos, entre os quais Plutarco, explicavam este ritual como uma cerimónia em memória da morte de Rómulo, com a qual toda a sociedade româna entrara num processo de desorganização e desordem, em especial no Campo de Marte, o Paltu Caprae, ou «Pântano da Cabra,, onde Rómulo desapareceu e onde mais tarde veio a erguer-se o Circo Flamínio. Tudo teria acontecido nas Nonas de Julho, ou 7 de Julho. Daí que se conhecesse a celebração por Nonas Capratinas. Mas outros consideram que a festa estava também ligada a Juno, que por essa ocasião recebia o epíteto de Juno caprotina. Haverá, contudo, nestadesignação um erro, devido aVarrão, o único que associa a festa a Juno, como demonstra Bremmen que preÊere a primeira titulatura:

Mas a descriçã: : vamente antiga, e i-, taneamente os come: quer que seja, como sÊ

.

aordenar-se,eâseE*:

acontecia também :3 Talvez se encontre a. Assim o entende :: as quais considera de:-, que parte do rituai r elementos, como o r:

:

,

senhoras, e de tanr:

que não esquecer

q

-:

Deusa e os /Víatron.;-;

para Bremmer, a pre!: árvore infértil, não !": brava é um indica:: conseguinte, que a-. )i a Caprotinae) se inse:=

:

onde entra algo de

c:;

eJe I? rlseJ o 'oPq oJlno Jod 'slurce sourlJeJar anb 'ocr1s-er8.ro ap ogle e"rlue ePuo ,Iercos uepJo ep ogSnlossrp ep .oEsJe uI ep srenilJ sou rueJesur as (rout|odttS e aourlo.tdog e.ragerd.ratuuleJg

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340

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Apolodoro

48, 51, 59, 65, 7 5, 122, 143,265,

305

Apolónio de Rodes 96,242,293 Apolo Pítico 212 Apuleio 23,298, 30L-302, 330 Apúlia 28,319

313

330

tWaxima 46, 48,

Arcádia

50,

54,92,259

28, 32, 56, 45, 53, 74, 91, 260, 269,

Arcádios 28,32-33, 36, 39,45,

Arce

Árdea 89, I 70-171,

Argei

159

2OB,

212-215

Busíris

105-

21,292,295, 320 Atanodoro Atena 53, 61, 66, 69-70, 72-74,255 127, 157, 263-264,28A,

Atenienses 280 Atílio Régulo 15, 149,231-234

il5

Atis 18, I 59,292,294-295 Atreu 174 62

Át.io. Tiberinos 293 32

50, 65-66, 78-79, 84-

Auxónia 52,281

Lli+

ll2,124-L25,154,

5, 2gg, 324-528

Aureliano 19,261 Aurora 289-290 Ausónia 52,281 Ausónio 105 Ausónios l0l

19, 259-260 176

Buta

Catulo 2,:9 l-. Céculo 2. 3- - -.

Célio l5; -:: 324

C

Cabiros 3l

Caca

Cácio

Caco

16, 44,51, 90, 111, 243,281 51 14, 57, 43-45, 47, 5l-52, 92

Caieta

88, 99

Caim Ll8, 124

Calábria

Calcíope

Calígula

Calímaco

42

Canas

74, 88.

i:

-

-.-. -

-:; l

. -:

269

Cimbros 5l Cimótoe 7J

155- 156

146, 220, 252, 266, 275,

Elísios I05, 122

319

Canente 24L-242, 245,500, III

Cápeto

:,:

Ceuta 55 Chipre ECt, -': ! Cíbele 18-:9 :

Cilene

34

: :

285, 322-3 _"

Cila

Camilo 15, 200, 2ll-217, 220, 271 Campânia 44,86, 174,229, 514 Campos

César 22,Y a-

Cíclades 29 Ciclopes 99

242

Marte

l-

C-ere 92 C,eres 1b. : S 1i 260, 501 i -c Ceriaha I E C.,erineia '{ [

-233,252,

266,326-327

Camerto 251 Camila 90-91,93,99

C-ampo de 515

-

Centauros 5] i:

Cícero 17, 9i

174

Calírroe 4l Crílpeto l l l Calpúrnio Pisão

C,eninenses

'-;*

Cérbero trl' !-

50

42

Camenas

-85, 88, 95, 96-97,100, 29

237,51S-_::.

Bruto 172-173, 178,200, Burro 302, 328,350

Át"lo

224, 244,

Carmenta :i :Carmentait; - !

Breno 2L3

Arnóbio 244-245 Arrunte 91, 167, 169, 176, 188 Ártemis 49, 63, 263, 265-266 Ascânio 7l-72, 77-78, Bl, 89-90, 94, -104, 106, 109- ll2, 127-l2g Asclépio 266 Asdrúbal 85 Ásia 54, 59, 61, 2gl, 294

Auge

Cápua I o5-- r: Cárdea 'r':: Caríbdis -: CarL,th I r:

Caronte §:

329

Briareu 88 Briseida « Britânia 330 Britânico 327 Brundísio 324

41, 62 Ariadne 263 Arícia 157, 159, 264-266 Aristogíton 177 Arne 143

Augias 40 Augures I55,275-276 Augusto 22, 27 , 54-56,

Dea

Boudica

43, 54, lB2

Atrida

II

Bética 323 Birsa 8l Bitínios 159 Bona

127

Argos

Atenas

Belona 227, 229, 296 Beócia 29

)-: - -:

Bodostares 232

133

Árd"".

48 18, 240, 280, 287-288, 305, 317, 330 Bárcidas 319 Bébio 157 Belo 51, 60,80, I 03, 292, 299-500

Baco

Berenice

288

Cápis i I i

245,

Baal

Aqueu 29, 64, 69-70, 74 Aqueus 63-64, 68-74, 76, 78 Aquiles 63-64, 68, 72, 85, 96, 100, 106,

Arábia

2ll, Avílio B

Aqueménides 74

Ara

44, 46, 54, 92, I I l, I 15-117, L46, 237, 249, 260, 276, 288, 316 134

Âventino

305

Cipião fi,::: -': Cipião Emiliarc : Cipiões fi. :: r :-

Cipo 183, 2: í-Circe 88, 95, : - Circo Flamínic ::

"

Circo Máximo - -r: Cláudia Quinra -'::

Cláudio 22,1,-::

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342

@ Mitos e Lendas da Roma Ântiga

Dárdano 55, 68,73,89,97,

Dauno

ll2

Egesta

David Dea Din lB, 154 Décio Mus 227 -229, 246 f)eífobo 59-60 Dejanira

28, 84 30, 86, 2Ll-212, 297

Delfos Delos 74

Demarato de Corinto 167

Deméter 33, 47, Demófile 86 Demóstenes

Depídios

92, 137

150

273

Destino 59-60,65,71,74, l2B, 161, 224, 227 -228, 233, 238, 247

Deucalião Deusa

,251, 264, 266, 293

29

Branca

,

1,59,263-266

Diana

Tifatina

265 69, 74,ZB, 80-85, 88, 97, 257-259,277 Dicd ater 214

Dido

Dimas

Dina

107

46,92,97

Diodoro Sículo 33,47,50-51, 53, 129,214, 232,289, 309 Diomedes 40, 68, 77, l2B, L30 Díon Cássio 23, 173,2L6,224 Dionísio de Halicarnasso 27-28, 33-37, 47, 50-53, 72, 75-76, 79,89, 95, 97-99, 111-112, 1 18- 120, 123-L24, 129-130, 135-137 , -149 , l58, 164-166, 173-178, 181- LB2, 185-186, l89-190, L95-196, 199-200, 207 , 209, 214, 216, 261, 274, 280, 309, 526 Dioniso 263,280, 287 Dioscuros 50, 63, 66, 9L, 194-196, 25L-252 Diotimo 49 123 I)iscórdia 61, BB

t40-t42, t47

I)irce

Dodona 29-30 f)oenças BB

Domiciano 25,329

Aurea Dorieu 43 Drépano 74 Drusila 527

Domtu

76

264, 273, 291-292, 505

Éneto

269 123

Etéocles

.

-

Enódio 105 Enone 62 Enótria 28 Enótrios 28 Enotro 28 Enquidu 106 Entória 14, 279-281 Eólida 74

_q'l c--:;

, 289

Éolo 74

Eod

289

Epaminondas

Epiro 74,318 Épon" t 89 Epopeu

Equiria

Éqro.

107

122 1B

215,313

Eratóstenes 242

Érice

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42 92

Erimanto

40

É.is 61 Eritia 41, 52 Éritras 86-87 Eritreus

É.r"o Esaú

87

59

lLB, 124

Esculápio 264,266

Esparta 6l-63, Espártaco

68, L07

322 329

Estácio

Estábias

2E9 '

Efialtes Egéria

BB

Estriges -'

Eurítior j Europa r Evandrc : -

Eniálio 149 Érrio 85, 118

Ebúcio 195-194 Édipo 118, 155,284 155-L59,264,266, 306

-

7l-101, I 05, 105, 1 09- I 12, 119, 1 21, 123-

Esporo Espúrio Lárcio 18 I Espúrio Lucrécio 172 Esquilino 56, 76, I22

E

Estáfilo l.i. Esterces :Estínfalo :

-125, 127-128, 217, 237-239, 251, 259,

Eneu

2BB-289

Dexítea l2B, 130 Diana 14, 16, 49, 90-9 l, 96, L49, 156-157

47 , 54, 86

Egeu 29 Egípcios 149 Egipto 50, 67 , 124, 3L9 , 324-325 Egisto 174 Electra 64-65, 174 Elêusis 47 Éli" Capitolina 330 Éli..ro. 42 Elissa 80, 85 Emília 97, l2B, 144, 290, 302 Endímion 159 Eneias 14, 34-35, 47, 53, 59, 62-64, 66-69,

89, 101 106, 147 , 164

23, 529 107, 529

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344

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

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Horácio

Hades

41, L56-137 , 239 Hamadríades 247

Harmódio 177 Harpálice 99 Harpíias 74,243-244 Hebreus 149 Flécuba 59-62, 64-65, Hefesto 182, 256 Hegesandro

Heitor

Hélade

67-68, 70, 72, 74, 109

5

35, 62, 64,69 50,

Mitilene 6l-65,

65,

76

67,91, I 56, 196, 248,

252

Heleno 59,63,74

Hera

14, 39-40, 61, 66, 74, 255, 287-2BB

Heracleia 45, 54 Héracles 32, 36-37, 39-40,48-51, 54,80,

95,

106, 127 -128, 130, 265, 295, 3A5

Heraclito

34 Herculano 25, 46, 54, 329 Hércules 14, 32-35, 56-37,39-55,80, BB, 92,

95,97,99, l4B, 151, 154, 182, 259,265,

2BB-2B9 , 3A5, 509

Hermes 32, 61, 85, 270,284 Hermínio 181, 194

Hersília 134, 158, 145, 147-148,224 Hesíodo 48, 51, 75, 242, 289 Hespéria

l,

2BB -289

47, 54

Himno 279 Hípias I77

Hípio 33

Hipodamia 248 Hipólita 4A,263 Hipólito L4, I57 , 174, 263-264, 266 Hipólito Vírbio 264, 266 Hipónoo 59 Hispânia 22, 41, 46, 52, 3lB, 322 Homero 64,100,242 Hora

Qirini

ÍÊ"1".

147-l4B

Horácia 162-166 Horácio 22, 55, 1 18, 124, 162-166,

179-185, 186-188, 190- 191, 216, 232, 276-277, 309, 326

Júlio-CIar:::-:

Júlio Prócu- -Júlios 11: -a:

Juno l-: ^: 90,92:: 220-')_.

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Íh" u5, l 19 Íl;" 42, 64, 68, zs Ilitia 40,289

Juno Juno Juno Juno

Imátion 128 Í.r"rrbo. 309

-

Capr:::,: Luc::. Rai:::-=

Sorc:-"

Júpiter ^':

Indígetes 227, 230 Ino Leucótea 289

Íris

-

Júnio Bru:r , -Júnio Fila:;-- :

68

39-40 63-65, 67, 265-266, 283-284 Ifis 248 Ilha Tiberina 266-267

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-

63, 82, 92

Arvais lB, 1 52-154

284 3A2'.505,330

Ismena

272

-=

Ifigénia

Ísis

Heródoto 34,65,85, I 59, L64, 177,186,

Hímera

Idomeneu

Irmãos

63 Hérnicos 315 Flerodíade 177

Hilas 106 Hilício 157

Jónatas r :: José 12-r - iJudeia 5r 9 Jugurta :: JúliaLupe::= -:JúlioCésa: --:261, J.i: :--- -

I79 , 180- 185, 186- 1BB, 190-

I Ibéria 36, 41, 51 -52,518 Icário 279-280 Icílio 2M-2A5,207-208 Ida 60-61, 67, 7l-73, 291-292, 294 Idade de Ouro 92,245,279,281,326

Isaac

Hermíone

52, 89 Hespérides 40 Héstia 123, L2B Fligino 65, 75,95, 105, 1t

Cocles

, 216, 276-277

Horácios 161- 165, 180 Hostílio I34,158, 158, L6l-162 Hosto Hostílio 158

59, 62-63, 68, 71, 100, 109

Helânico de

Helena

7

- 191

Júpiter Pa:= *- : Justino :.: ::

174

Ít"". 99 Itália 27-32,

Jur-enai :l

34, 36, 39, 4l-43, 45-47, 52-54, 73-74, 77,82, 86-87, Bg, g L-92,95,97-gB,

Juventa ' :

100, l0g, ll2, 123, 128- l2g, 155, I74, 196, 237, 245, 256, 265-266, 27 L, 28 1, 2Bg, 2gl -

Iuppiter Iuppiter

l12

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Iulii Iulo

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Lacónia

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Jana

Janículo

L57, L67, 180, lB7, 245 90, 145, l4B-149, 166, 227, 229, 241, 243-24 5, 252, 279-281, 305

Jano

^

Javé 149 Jefté 67

L:.ia lr- :r: [.aocoo::a a':- l^aomei]::= j- "l Lápiias -r: láques:-. -:-:: .-,:'

Jesus 326, 328 Jezabel 177

-a Li"cn:;--,

Jano Curiácio Jasão 84

L66

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Jerusalém 22, 522, 329-330

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o^rssrtueu ecrPul

@ Mitos e Lendas da Roma Antiga

346

Lucano Lucarüt

tWegalzntin 18,295

529 19

Lucina IB,256,289 Lucrécia

167, 170-175, 177-178, 208, 314 172,293, 524

Lücrécio Lúcumo 167-168

Lucw Helerni 243-244

Lupercalirt 18, 92, 115,

l2l,

305

Cátulo

279

M

Ma

195, 518-519

Macróbio

95, 152, 221, 239-240, 244, 260 Mãe Manhã, ver ll[ater ll[atuta

Grécia

48, 50

tWagna lUfatur, ver

Cíbele

Maia

1B

Mamúrio Vetúrio 18 Manes 17, ll7, l2l, 162, 225, 227-228, 230

Mânlio 142-145 Marco

Mânlio, Tito

, 213-215, 227 -228, 231

142-143, 213-215 227

Mântua

65, 98, 105

Marcial Márcio

25, 185, 529 154, 168, L97-l9B

Mar

Jónio

28,74

Márcio Coriolano,

Marco António Marica 95

22,320-322

Marte

16, 1B-19, 32, 97,

ll5, Ll5, I 1B-120,

125, l2B, L46, 148, 154, 160, 196, 220,

,229,258, 240, 242, 252, 255-256,266, 275, 306, 315 /l{ater Larum 152-153

^üfatutta 287 -289

tWatralta 19, 289 üIatronalüt lB,22l Mecenas 97, 326 Mediterrâneo Meditrina l9

Medo

50,

75,95, 313, 3lB-320

19

BB, 133, 179, 184,228,264,275

Medusa 4l

Né','io SJ

-

Nicandro

Níobe lS-:

Numa Pc::: 189,

263 63

Mitra

330

Numitór:

Módio Fabídio 306-307, 309 Moisés l lB, I43, 153 316-317, 525

Morfeu 86 Morges 28 Morgetes 28 Morte 22-23, 45, 49, 55, 60, 64, 67-68, 70,

72, 80, 82-86, BB, 90-91, 93, 95-96, 98, 100-101, 104-107, I 10-1r3, Ll7, I 19, 124,

l4l,

145-149,151, 153, 165,167-L69, 172,

176, l7B, 181, 199, 201, 207, 209, 217,

2«,

276

Múcio Cordo Cévola , eer Múcio Cévola

Múcio, Gaio 185-185, lB7-188, 191 Munda 323 Musas 155-156 Muta 252 Mútina 323 Muto B0

Nanis 143 Naxo 263

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Octáric - Ofrineu a.a Olimpo iOlo 5t-r- : Ô.rfal" J Op,tl/.z -:

27 6,

280, 294,299, 303, 305, 520, 522, 327, 529, 33t-332 tWod lWai"orum 77, 175-l7B Múcio 15, lB5-188, 190-191, 216, 276 Múcio Cévola 15, 185-188, 190-191, 2L6,

N

--

Numitór-:

Monte Sagrado L97, 208, 237, 239-240,

220, 224, 228, 232-233, 24 5, 251,

227

Medeia 84,143

Nero 19 -Nen-a : l Nestor ó-:

Mirmídones

22, 34, 85, 323-324, 326

Mársias 43-44 Marsos 3I3

tWeàürütalta

292

Nereidas -:

Métabo 90 Metelos 320 Métis 255 Mezêncio 92-94, 97 , 99-100 Minerva 16, 18, 51, 33, 48, 64-65, 74,

Gneu l98

Mário

ly'Iater

287-2BB

Menécrates de Xanto 76 Menelau 62-63, 65, 69, 136, L95

Minotauro

Mamerco 306,309

Mânlio,

237

-

238,255, 317

260

tWamuralia

:-

IVepturt,t/t,i

Messalina 327 Messapo 104 Messias 328

63, 176,296, 301

Magna

287-2BB

-270

Macedónia 73,

{-

Neoptóle:n -

Mera,

Luperci 284-285 Lutácio

Mélite

Némea i

cão 280 Meras 60 Mercúrio 16, 5L-32, 39, 50, 82-84, 252, 269-

Lttpercalbn 35

Luto BB, 205

Melicertes Ménades

22L, 284-285,

NecessidaC= - 119-1lr- ---

Mégara 40 Melanipe 123 Meléagro 306

Op= 1, -- -:' Orco S Orestes a r r Orleu 99 Orsíloc o a": Ortiaeão - --t i Orto A ':' (Jstra Otão l: - Otreu i Oridio i- -- 1-: '- - : lJ2- l:; --

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348

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Mitos e Lendas da Roma Anriga

Picenos

315

Pico 156,24I-242 Pictu 77 , 79,88, I 06, 155, 176, 2L5,217 ,224 Pigmalião 80,237

Pílades

106 Pilumno L7

Pinaria 46, 54 Pinários 46

Pirítoo

329

Pítia 39 Platão 96, 99, 107, Plauto 48, 520 Plexipo 269

Plutão 16,264 Plutarco 17, 23, 34, 95, 98,

127-150, 135-158, 142, 147-148, L52_153, 155-160, 164, l73, 1Bl- lB2, 1BB-191, Ig5, rgg-201, 214 , 220-221 , 267 , 274 , 280, 283_ -284,288, 3A6, 309, 329 29 Polião 326 Políbio 54-55, lBl- lB2, 252-2SZ Polícrite 143 Polidamas 59



Polidoro 59,74-75 Polifemo 74 Polinices 118 Polites 59, 64 Políxena 59, 64, 67 , 72 Pólux 55, 50, 62-63, 194-196,251 Pomo 6l-62

Pomnerium 16, 116-117, 165, 3L5, 531

Pomona 241-242, 247 -248, 257 Pomonal 247 Pompeia 261 Pompeio 22, 67, 85, 322-324 Pompeios 25, 46, 303, 329

Emília

290

Sublícia 54, L80

Pontífices Popeia

155

Sabina

528 Populifugi"a l4B-149 Porsena 179-180, 185-188, 190-191

Porta Capena I57, I59, L62,293

Porta Thiqemina 50,92 Porta Tiigémina ver Porta Tr"igemina Portunalia 19, 290

Portuno

19,

288,290

Posídon 33, 41, 263

«,

68-70, 79,86,92, LS7,

Ruminal -'-:-. S!- *, :':

Procas 111, Llí, 245,247 Procópio L29 Promátion 129

87, 24A, 301, 317

Proteu 250 Psique 297-303

a

Quimera

BB

Quíncios

285

S

Sabrna-: - --.-l.

-',1

315

Sabinos - ::

:-1{: .-:: -.: Sacra i S:

Srígaris : -*--

Salácia - ^

-tr

t.-

325-324 175, 181, LB7, 189, 200, 267, 509

Publícola

l0r

Sálros

XIII

Ptolemeu

107, 118- L2O,

Rttmüuz 1: -

Sabina ^'--':

293

256,293,309,329

Cn:: l::

Rubicão

Príam,r 59-62, 64, 67-72, 74, 77, 85, 89, 94, 9t, 109,323

Prosérpina

224,

Rua do

Rúrulos

Prometeu 29 , 61, 87 , 194, 264, 299 Propércio 50, 1lB, I25, 142,248-250, 260,

303

Plínio-o-Jovem 330 Plínio-o-Velho 23, 76, 95, 158, 2I4,

Ponte Ponte

Múcio lB5

Prado de

Preneste 195,273-274

Priapo 244,257 Prima ll4, 154, L7l

106

Pisídice 145 Pitiígoras 159,

Postúmio 193-194,2L9-220 Potitia 46, 54

-r

r- . r'l

5alo

Quíncio Cincinato 17

Quinquatri^a

1B

Quintiliano

Quirinalia.

Quirino

160, 529

1B

18, 147-148, 155, 2L3, 227, 229,

275,3A6-5A7 Quirites 163, 204, 228, 276

Quíron

264

R

Sarur:,: " : Sege

-;

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Seia::

Ji',r:r-: Sé:: e::. r'

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Ramnete 104 Ratumena 508-509 Recarano 51

Régio

42

Reia 46, 54, ll3-1

15, l lB- 120, 122-123, 125, I5g, L4g, 154,294 Reia Sílvia 54, 115-115, 118-120, 122-125, L25, LTg Remo 15,27, 34, 54,94, ll3-125, 127, 129-150, 135, 142, l4g, 151- 152, 259, 242

Remoria ,Remuria

Robtgatn

lI7 ll7, l2l,

152

1B

Târpeia l4l-142, l9B Rodes 75,96,242,293

rRocha

Romo

127-l2B

14-15,27, 34, 54,94-95,97-98, ll3-124, 127-150, 153-140, 142, 145_149, 151- L53, 155, 159, 167, 216, 220, 224, 259, 242, 245, 274, 514-315, 331

Rómulo

Rodalia 18, 121

Rotarüt

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Mitos e Lendas da Roma Antiga

Têutões 321 Tüerinalia 19

Tiberino 19, 1 ll, 290, 305, 309 Tibério 22,326-327 Tibre 27 , 53, 43, 45, 54, 89,91, 1 14-115, 120, L27, 151- 152, 157, 180- lB4, lB7-188, 190, zll -212, 240-241, 243, 24 5, 287, 290, 292, 505, 313-314 Ttgillum tororiurn 166 Timandra 45 Tímbrio 69 Timetes 69 Timeu de Tâormina 85

Tíndaro 61, 9L Tique 305 Tírios 80-82

Tiro

U

lin,;--;

Ulisses

62-65, 65, 68-69, 74, 77,81,95-96, 99, 127-128, 130,248

Ú*brios Uni 289

50, 32, 317

Uticenses

V Vacuna

valéria

B1

17

lB7 -19 1, 285-285, 327

Valéria Luperca 283-285

34, 55, 147, 164, 172-173,186, 189, 193-195, 224, 227 , 27 5-276 Valério de Â.rcio 54 Valério, Marco 193-194, 227

80, 123,318

15, 17, 33, 47, 48, 54, 75, 111I 19- 121, 123-124, L29,

-tr2, 1 16- ll7 ,

L35-136, 140-143, 145-147 , t49, 158, 162-167 , 169 , 172-177 , 1B 1- 185, 185- lB7 , 189- 19 t, t95-L96, 198- t99, 246-209, 2Lt,

Valério Máximo L47, 164, 173, 186, 189, 224,275-276 Valério Volésio 172

Varrão

17, 52,

54,ll7,122,

309, 314, 324 76

Vaticano

Tivoli

Tor

Velhice

-%A, 232 , 267 , 27 | , 293,

35A 85

Tofet

Wlabrum

186

Toscânia

Vélia

128

Toxeu 123 Tiácia 73-74 Trajano 23, 35A

Tiitao

Tróade

74

Tróia

69-70,

73,97, 105, 294

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177

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ll2,

199, 239

84, 86, 92, 96,

r25, lB9, 206,209,

296-297, 301, 303 Vénus Cloacina 206,209

Vercingétorix

322 22, 33, 35, 57,47-48, 50, 55, 65-66, 71, 73-75, 78-79, 81, 85-85, BZ-BB, 91,

Vergílio

95-101, t04-106, 108-109, 111-tt2, 119, 125, 129, l5B, 189, 242, 244, 252, 260,

265,270,274,280, 309, 323, 326 Verticoràta 1B

Wrtumnalin

Vertumno

19

19, 247-249

Vespasiano 22-23,329

I 6, I B, 44 , 77 , ll3, 123, l2B, 139 , 149 , L56, 194, 212, 252, 261, 272 Vestais 5L, 54, 123, 155-156, LB2, 2L5, 217 ,

Vesta

B0

Turno 45, 55,85, 89-94,97-98,

10l,

271

100, L04, 109,

Tula 91 Túlia Maior 169,174, L76 Túlia Menor 169, 174, 176-177 Tirlo Hostílio 158, 158, 16l-162

Tunísia

, 87 -BB,

Venília 89, 241, 245 Vénus 16, lB, 74, 26, 80-82,

-85, 86, B9-9 0, 92-94, 97 -98, 105- 104, I 09-111 Troilo 59 Tüberão 233

Tücídides 37,

151

17

215-216, 508

145, IB9

Vénetos

27-28, 30, 32, 47, 50, 52-53, 59-66, 68-79, B1-82, 86, 89, 91,94,97-98, 109-110, Ll2, 119, 123, 127-128, 136, 145, 196,215,252,291,314 Troianos 36, 42, 62-64, 66, 68-74, 76, 78-

152, 182,220-

-221, 224, 244, 248-249, 252, 256, 260,

Vatínio 195 Veios 77 , lB7 , 2ll-215, Velabro 155

214 , 216, 224 , 227

3r5-3t6,326

100-101,

104, 181, 251, 255, 264, 273-274 Tirscino 306 Túsculo 196

26t Vettalia

Vesúvio

\irgíi--:a

1B

23, 47, 529

Vetúria 198-200 Vetúrio Mamúrio

L56

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valério

Tirreno 28, 5l-32, 98, 109- I 10 Tirrenos 3L, 52

Tirro 109 Tito Lívio

Tlrtola 219-220 Tzetzes 129, 285-285

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