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Portuguese Pages [199] Year 2007
História da Escravidão e da Liberdade
no Brasil Meridional Saúdo entusiasticamente o apareci-
nento deste livro, História da escravidão e
la liberdade no Brasil Meridional — Guia bi-
viográfico, elaborado por minha colega,
1 professora Regina Célia Lima Xavier.
im um país com pouca tradição arqui-
ística e bibliográfica, as obras deste
ênero infelizmente são muito escas-
as e, pior, pouco valorizadas nos atuais
arâmetros da produção acadêmica e,
nuitas vezes, pelos próprios pares. Ese é um trabalho generoso, realizado
om a colaboração de muitos estudan-
es, e que beneficiará a todos que estu-
lam e pesquisam, não só a temática da
scravidão, mas
também
a constitui-
ão das sociedades e cultura sulinas.
Compulsando um sem-número de
eriódicos acadêmicos, livros, disserta-
ões, teses e resumos de trabalhos apre-
entados em congressos acadêmicos, a quipe acabou indexando 851 títulos.
les abrangem o período do final do sé-
ulo XIX até a produção publicada em 006. Para cada título foi elaborado um
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A autora, com o guia, pretende responder a pelo menos duas demandas:
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“deve estimular pesquisas inovadoras sobre o tema da escravidão”, já que ele “evidencia as temáticas que foram mais desenvolvidas e aquelas mais carentes
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de estudos; proporciona uma percepção sobre o uso de fontes e formas de abordagens; assinala regiões geográ-
ficas mais favorecidas nas pesquisas e abre a possibilidade de se pensar as sedogs
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Editora Evangraf Rua Waldomiro Schapke, 77 - Porto Alegre, RS
Fone (51) 3336-0422 e 3336-2466 evangraf(aterra.com.br
— Editora da UFRGS + Ramiro Barcelos, 2500 — Porto Alegre, RS — 90035-003 — Fone/fax (51) 3308-5645 s.br * Direção: Jusamara Vieira Souza * Editoração: Paulo Antonio da Silveira .br - www.editora.ufrg editoraQQufrgs e Luciane Delani (coordenadores), Carla M. Luzzatto, Maria da Glória Almeida dos Santos e Rosangela de Mello; suporte editorial: Fernanda Kautzmann, Gabriela Carvalho Pinto, Ivan Vieira e Janaina Hom (bolsista) * Administração: Najára Machado (coordenadora), Angela Bittencourt, José Pereira Brito Filho, Laerte Balbinot Dias e Renita Kliisener; suporte administrativo: Janer Bittencourt * Apoio: Idalina Louzada e Laércio Fontoura.
! creme
melhanças entre os Estados do Sul e suas experiências escravas”. Ainda, “de-
ve instigar estudos de cunho historiográfico”. Acredito que ele efetivamente
irá contribuir nestes dois aspectos. HELEN OSÓRIO Professora adjiinta no Departamento de História da UFRGS
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EDITORA DA UFRGS Diretora Jusamara Vieira Souza
Organizadora
Conselho Editorial Cassilda Golin Costa Cornelia Eckert Eduardo Ernesto Filippi Flávio Anastacio de O. Camargo Iara Conceição Bitencourt Neves
Regina Célia Lima Xavier Pesquisadores
Carine Bajerski Gabrielle Werenicz
José Roberto Iglesias
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Mariana Selister Gomes
Neusa Ribeiro Bianchi
Mônica Karawejczyk
Nalú Farenzena
Sílvia Regina Ferraz Petersen
Ricardo
Jusamara Vieira Souza, presidente
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De Lorenzo
Colaboradores
Cristiane Pinto Bahy Eliete Lúcia Tiburski Fabiana Souza Bumbel Fábio Picon Alt Frederico Bartz Duarte
Lauro Duvoisin Márcio Adriano Camargo Marcus Vinícius Freitas da Rosa
Marisângela Terezinha Martins
Sumário
O dos autores 1º edição: 2007 Direitos reservados desta edição: Universidade Federal do Rio Grande do Sul Capa: Carla M. Luzzatto
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Ilustração da capa: O Rio Grande do Sul em 1852. Aquarelas de Hermann Rudolf Wendroth Revisão e editoração eletrônica: Alexandre Miiller Ribeiro
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Dados populacionais, étnicos e questões raciais... 43 Participação dos escravos em conflitos militares ............iitemsess 84 Trajetórias e experiências cotidianas... 91 Trabalho ESCURO. peseansas cosoLASOA AS GSIEEDANACRA ISS 108 * Movimentos sociais: fugas, quilombos, insurreições e crimes ................ 154 CUT narecamomars sisal serena me eee ii 178 Afro-descendentes no pós-abolição ..............eeeeeereseeeeseess 216 aa PI NA 232
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História da escravidão e da liberdade no bibliográfico / organizado por Regina Célia por Carine Bajerski ...[et al.) ; colaboração [et al.] / Porto Alegre: Editora da UFRGS,
Brasil Meridional: guia Lima Xavier ; pesquisado de Cristiane Pinto Bahy... 2007.
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298 Reflexões historiográficas .............eeeeeeeeeeeeeeeeereeeereestenaes 315 tia; SD 325
1. História. 2. História — Brasil Meridional — Escravidão — Liberdade. 3. Bibliografia especializada. 4. Historiografia brasileira - Administração pública. 5. Projeto de pesquisa. I. Xavier, Regina Célia Lima. II. Bajerski, Carine. III. Werenicz, Gabrielle. IV. Gomes, Mariana Selister. V. Karawejczyk, Mônica. VI. Lorenzo, Ricardo De. VII. Bahy, Cristiane Pinto. VIII. Tiburski, Eliete Lúcia. IX. Bumbel, Fabiana Souza. X. Alt, Fabio Picon. XI, Duarte, Frederico Bartz. XII. Duvoisin, Lauro. XIII. Camargo, Márcio Adriano. XIV. Rosa, Marcus Vinícius Freitas da. XV.
Martins, Marisângela Teresinha. XVI. Título.
CDU CIP-Brasil. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação. (Ana Lucia Wagner —- CRB10/1396)
ISBN 978-85-7025-918-9
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235 Abolição e processo de emancipação ............teeeeererestenes 243 ESSA ocre 274 DR
Introdução de Regina Célia Lima Xavier. Inclui índice. Inclui lista de siglas.
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Índice .......eeeeeereeeeseeeesesmererereeerereereeeeeieriettrteeestertrrsstasites 377 Lista de siglas ............
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Introdução Quando iniciei minhas atividades docentes na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pouco conhecia da produção acadêmica do Brasil Meridional. Como todos os meus trabalhos anteriores referiamse à região de Campinas, São Paulo,! a bibliografia sobre a escravidão mais conhecida, então, referia-se em grande medida a outros centros
importantes de pesquisa sobre essa temática. Na ocasião, alguns amigos na universidade costumavam brincar comigo: “Por que insistir em trabalhar com o tema, se nem houve no Rio Grande do Sul uma escra-
vidão importante?”. Essa provocação, naturalmente, era uma alusão irônica às imagens que foram construídas sobre a formação das sociedades sulinas e que já suscitou muita crítica em relação à invisibilidade da escravidão.? Mas a brincadeira revelava uma questão mais séria: a necessidade de se compreender as condições de formulação de assertivas como esta e a importância de se conhecer melhor a produção acadêmica referente ao Brasil Meridional. A partir dessa perspectiva, formulei um projeto de pesquisa, desenvolvido no departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que tinha dois objetivos fundamentais: primeiro, realizar um levantamento exaustivo das fontes bibliográficas sobre essa temática, organizando um guia para pesquisas futuras, e, segundo, elaborar um texto de análise desta historiografia.
! XAVIER, Regina Célia Lima. 4 conquista da liberdade. Campinas: CMU/Ed. Unicamp, 1996; Religiosidade e escravidão: Mestre Tito, século XIX. Porto Alegre: Ed. UFGRS,
no prelo.
2 OLIVEN, Ruben George. A invisibilidade social e simbólica do negro no Rio Grande
do Sul. In: Negros no sul do Brasil. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996. p. 13-33. LEITE, Ilka Boaventura. Descendentes de africanos em Santa Catarina: invisibilidade histórica e segregação. Textos e Debates, n.01, 42 p., 1991.
3 O projeto intitulou-se Escravidão no Rio Grande do Sul: percepções historiográficas e guia bibliográfico. A segunda parte desse projeto, sobre historiografia, foi desenvolvida, em parte, em duas disciplinas ministradas na graduação. Agradeço
Esse projeto foi desenvolvido com uma ampla participação dos alunos. Alguns tiveram bolsas de iniciação científica (voluntárias ou remuneradas), outros colaboraram de forma mais pontual, dedicando ao nosso
grupo de pesquisa suas raras horas de folga. Com entusiasmo, eles se embrenharam, por horas a fio, nas mais diversas bibliotecas de Porto Alegre e,
aos poucos, fomos “descobrindo” autores e temas pertinentes à produção acadêmica regional. Infelizmente, não pudemos contar com um financiamento que permitisse a visita dos alunos e uma pesquisa mais aprofundada nas bibliotecas dos outros Estados. A maior parte da bibliografia sobre o Paraná foi compulsada a partir das bibliotecas de Porto Alegre ou através da internet. Talvez, devido a esse limite, haja algumas lacunas. Desculpamo-nos, de antemão, com os colegas do Paraná por possíveis ausências. No caso de Santa Catarina, pude fazer uma pesquisa na Biblioteca Central de sua Universidade Federal, que, embora tenha sido por um curtíssimo período, muito complementou o nosso banco de dados. Devo assinalar, ainda, a colaboração de Beatriz Mamigonian e de Rogério Luiz de Souza,
que disponibilizaram seu acervo pessoal, auxiliando no levantamento de artigos acadêmicos, dissertações e teses, além das participações na Associação Nacional de História núcleo de Santa Catarina (ANPUH/SO). No caso do Rio Grande do Sul, infelizmente, também não pudemos visitar as
bibliotecas do interior do Estado. Estes foram alguns dos limites que encontramos no desenvolvimento deste trabalho. O projeto contou com a colaboração de pesquisadores, alunos e professores. Quero agradecer a Helga Piccolo e a Mário Maestri, por me haverem fornecido títulos, de difícil localização, de sua autoria. A
este último, agradeço ainda pelas informações enviadas sobre dissertações defendidas, artigos e livros publicados sobre o tema da escravidão. Helen Osório, Luís Augusto Farinatti e Nikelen Witter também
disponibilizaram alguns de seus artigos. Carlos Lima nos enviou igual-
aos meus alunos pela participação nesses cursos. Esse projeto está incluído dentro dos objetivos de investigação desenvolvida pelo Grupo de Pesquisa, do CNPq, sobre a história dos africanos e seus descendentes no Brasil Meridional. Sobre essa temática, o grupo realiza os Encontros sobre escravidão e liberdade no Brasil Meri-
dional, que são bianuais, tendo o primeiro se realizado em Castro, no Paraná, em
2003; o segundo em Porto Alegre, Rio Grande do Sul em 2005, e o próximo se realizará em Florianópolis, Santa Catarina, em maio de 2007.
mente um de seus livros. Agradeço a Roger A. Kittleson por ter doado livros e artigos inovadores, de sua autoria,
à biblioteca do Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possibilitando a indexação em nosso banco de dados. Agradeço a Sílvia Petersen, que, desde o início, demonstrou grande generosidade e mostrou-se sensível à importância deste trabalho, pesquisando na biblioteca de Júlio Petersen e cedendo-nos alguns títulos raros. Sempre atenta, toda vez que visitava bibliotecas, buscava obras que nos pudessem auxiliar. Beatriz Loner, Rodrigo Weimer, Vinícius P. de Oliveira, Gabriel Berute, Thiago Araújo, Luana Teixeira e Jovani Sherer também indicaram títulos importantes. Essa colaboração enriqueceu
nosso banco de dados, atestando a boa e pródiga acolhida ao nosso
projeto que muito compensou nossas dificuldades. O livro que tenho o prazer de apresentar ao leitor é fruto da pesquisa desenvolvida nesse projeto. É, portanto, resultado de um trabalho coletivo.
Mônica Karawejczyk, Carine Bajerski, Ricardo De Lorenzo, Mariana Se-
lister Gomes e Gabrielle Werenicz tiveram um papel essencial, constituindo o “núcleo duro” e mais importante de nossa equipe, em diferentes momentos. À eles juntaram-se outros alunos como Marcus Vinícius Freitas da
Rosa, Fabiana Souza Bumbel, Frederico Bartz Duarte, Márcio Adriano Camargo, Eliete Lúcia Tiburski, Marizângela Terezinha Martins, Fábio Picon Alt, Lauro Allan Almeida Duvoisin, Gabriel Brush Garcia é Cristia-
ne Bahy, que contribuíram de forma mais pontual. Eles foram, em grande medida, os responsáveis pelo longo trabalho de levantamento e tratamento dos dados. A organização deste guia bibliográfico foi sendo feita à medida que os dados iam sendo compulsados, e a forma que adquiriu foi produto de nossas animadas discussões. Creio que devemos explicar alguns de nossos parâmetros para que o leitor possa melhor consultar este guia. Ele privilegia a produção acadêmica. Não foram, portanto, indexados artigos de jornais ou revistas de grande circulação. Embora essa produção seja relevante, nosso objetivo era mapear os estudos históricos de cunho mais científico. Por essa mesma razão, não foram incluí-
dos os textos jornalísticos ou literários. Evidentemente, essa escolha implicou algumas dificuldades. Afinal, os estudos históricos nem sempre se desenvolveram no interior de instituições “científicas”. No século XIX e mesmo no início do XX, as revistas literárias, muito abundan-
tes no Rio Grande do Sul, por exemplo, foram de grande importância.
Mesmo reconhecendo o lugar privilegiado que ocuparam, juntamente com os almanaques e a imprensa, preferimos não incluí-las no nosso guia que tem como um de seus objetivos centrais proporcionar uma análise da historiografia sobre o tema. Também privilegia-se aqui os textos que versam sobre a história dos africanos e seus descendentes, no período da escravidão e no pós-abolição. Por esse motivo, estão ausentes, em geral, aqueles trabalhos dedicados a períodos mais contemporâneos que tratam, de forma mais abrangente, da história dos negros. Embora reconhecêssemos a importância dos trabalhos antropológicos e/ou sociológicos e a necessidade de se estabelecer um diálogo interdisciplinar, optamos por nos dedicar, principalmente, aos trabalhos históricos pertinentes ao nosso recorte temporal. O presente guia contém artigos publicados em revistas acadêmicas, livros, dissertações de mestrado
e teses de doutorado. Foram in-
Foram pesquisados mais de 500 periódicos acadêmicos, que ultrapassaram os 10.500 volumes, finalizando 576 artigos indexados no nosso Banco de Dados. No total, incluindo livros, dissertações, teses e resumos de trabalhos apresentados em congressos acadêmicos, 851 títulos foram catalo-
gados. Eles abrangem desde o final do século XIX até a produção publicada em 2006. É provável, contudo, que alguns artigos ou livros estejam ausentes, principalmente os mais recentes. Isso se justifica pelo fato de terem saído depois de finalizado o trabalho referente ao levantamento dos dados ou por não termos tido acesso a eles em tempo hábil.
No sul do Brasil, como ficou evidenciado pelos números citados acima, existe uma produção significativa de estudos sobre a escravidão e o período pós-abolição. Embora quantitativamente seja impressionante, ela permanece, em certa medida, desconhecida por muitos pesquisadores. Poderemos elencar algumas hipóteses para explicar esse fato, tais como a dificuldade de acesso a obras que, muitas vezes, ficam restritas ao seu local de produção. Cito, como exemplo, a dificuldade de obter,
corporados, também, os trabalhos apresentados em Congressos e/ou Simpósios que foram publicados nos anais desses eventos. Aquelas apresentações que tiveram apenas seus resumos publicados também foram adicionadas. Os resumos das comunicações, apesar de serem textos curtos, foram somados por possibilitarem ao leitor uma melhor visualização do desenvolvimento dos estudos sobre a história dos africanos e seus descendentes, por permitirem um mapeamento das pes-
suas análises, temas e perspectivas analíticas bastante próximas. É notável também a interlocução que se tem estabelecido, em trabalhos mais
quisas, destacando autores, temas específicos, escolhas de fontes, da periodização, etc.
recentes, com centros onde a historiografia já se encontra mais consolidada, como, por exemplo, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Bahia,
Toda essa produção foi organizada a partir de algumas palavras-chave. Elas procedem a uma abrangente classificação dos temas recorrentes. Têm um papel apenas indicativo e devem guiar o leitor em sua leitura, mas não constituem a única forma de consulta: o leitor sempre poderá
entre outros. Embora isto seja essencial, parece-me necessário incentivar, por outro lado, a leitura da produção existente sobre o Sul, para que se possa, inclusive, formar uma cultura historiográfica imprescindível para a elaboração de trabalhos comparativos ou até mesmo para a elaboração de novos problemas. Neste sentido, o Guia bibliográfico tem gran-
recorrer ao índice dos autores para uma busca mais direcionada.
fora do Rio Grande do Sul, os livros de Dante de Laytano ou, fora de
Santa Catarina, os de Oswaldo Rodrigues Cabral — ambos historiadores tradicionais.
Esses autores, no entanto, apresentam muitas vezes, em
Todos os títulos são acompanhados de seus respectivos resumos.
de relevância, por arrolar as obras, oferecer um resumo delas, descortinar
Eles buscaram, o máximo possível, ser fiéis aos textos e aos objetivos
essa produção para aqueles que não a conhecem. O Guia bibliográfico, dentro desse quadro, pretende responder a pelo menos duas demandas. Primeiro, deve estimular pesquisas inovadoras sobre o tema da escravidão, uma vez que ele evidencia as temáticas que foram mais desenvolvidas e aquelas mais carentes de estudos; proporciona uma percepção sobre o uso de fontes e formas de abordagem; assinala regiões geográficas mais favorecidas nas pesquisas; abre a possibilidade de se pensar as semelhanças entre os Estados do Sul e suas experiên-
dos autores. Em alguns casos, apenas transcrevemos aqueles resumos por eles elaborados, na forma como foram apresentados em dissertações e teses. Em outros casos, para uma melhor adequação a este volume, esses resumos foram sintetizados. Para o caso de artigos e livros,
para os quais não havia resumos prévios, os redigimos buscando informar ao leitor deste guia sobre seus principais propósitos, formas de abordagens, fontes, entre outros elementos. 10
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cias escravistas; por fim, o guia pode ainda explicitar as lacunas existentes e incentivar a renovação e o aprofundamento das pesquisas. Em segundo lugar, deve instigar estudos de cunho historiográfico. *
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No presente guia bibliográfico, foram arroladas algumas referências — do século XIX até 1920 — que marcam o início dos estudos sobre a temática da escravidão na formação das sociedades sulinas. Uma das primeiras e mais importantes obras desse período é o livro Memórias ecônomo-políticas,* escritas entre 1817 e 1823, de Gonçalves Chaves, um dos primeiros textos antiescravistas de que se tem conhecimento no sul do Brasil. Nesse livro, o autor elabora uma crítica à administração colonial portuguesa, analisa a situação da Campanha, escreve sobre a Província de São Pedro (Rio Grande do Sul), analisa o impacto da escra-
vidão na formação da sociedade e os perigos que ela representa para a segurança interna do Estado. Além disso, ressalta a má influência dos africanos na formação religiosa e moral da população brasileira, os limites que o trabalho escravo interpunha ao desenvolvimento econômico, entre outros aspectos. Esse texto foi produzido em um momento em que recrudesciam as pressões para o fim do tráfico transatlântico e se definiam os destinos da colônia. Até hoje, seu livro incita leituras variadas que ora destacam sua influência européia e iluminista ora discutem os argumentos de um autor que, embora se perfilasse ao lado dos antiescravistas, era um dos mais importantes charqueadores de Pelotas. Gonçalves Chaves influenciou muito a forma como a elite letrada consideraria, posteriormente, o papel da escravidão no desenvolvimento social.
No século XIX é preciso, também, destacar a importância do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e suas filiais que se estabeleceram no interior das Províncias brasileiras. O papel que desempenharam tem sido debatido. Lapa,* em seu livro, já destacava o quanto os
4 CHAVES, Gonçalves. Memórias Ecóônomo-políticas sobre a administração pública do Brasil. Porto Alegre: Companhia União de Seguros Gerais, 1978. 5 LAPA, José Roberto do Amaral. 4 História em questão: historiografia brasileira contemporânea. Petrópolis: Vozes, 1976.
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estudos sobre o período imperial tiveram essas instituições em foco, ao tentarem analisar a “evolução do pensamento histórico”. Para ele, embora fosse importante reconhecer o papel desses institutos no processo de institucionalização da História, eles não eram suficientes para explicitar todas as questões pertinentes à construção do pensamento histórico nacional. Para uma melhor compreensão, propunha uma “análise especulativa, ao nível ideológico, da historiografia brasileira”. Levando-se em conta a importante ressalva feita por Lapa e a necessidade de se analisar esses institutos, seus textos, a trajetória de seus
autores e o contexto dessa produção dentro de uma perspectiva muito mais ampla, convidamos o leitor a consultar os artigos publicados nos Institutos Históricos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O
Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro (Rio Grande do Sul), por exemplo, foi fundado em 1860 e publicou, por três anos consecutivos, sua respectiva revista. E um dos textos mais instigantes ali publicado é aquele do Conselheiro Câmara,º que descreve um quadro sobre a formação do Rio Grande do Sul. Ao analisar as condições de vida dos escravos em terras sul-riograndenses, ele pretendia descrever o quanto ali eles eram bem tratados, principalmente se comparados com os escravos nos Estados Unidos, que sofriam com os rigores do clima e com enfermidades periódicas desconhecidas no Rio Grande do Sul e no Brasil. Aqui, as boas
condições de sobrevivência eram ressaltadas. O Conselheiro Câmara foi um leitor ávido das idéias científicas de sua época, debatendo a importância da geografia e do clima tropical para o desenvolvimento das civilizações. Além de ter sido influenciado por vários autores europeus, sofreu uma grande ascendência de Gonçalves Chaves. Desse autor, repete muitas das considerações sobre o caráter e a boa índole de sua população e a potencialidade da geografia (e da agricultura) para o desenvolvimento da Província. Mas, enquanto para Chaves toda forma
de escravidão era má e corrompia a sociedade, para o Conselheiro Càmara, seu impacto não era assim tão negativo, tendo em vista a forma $ CÂMARA, Antônio Manuel Correia da. Statística. Ensaios estatísticos da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro, v. 1,2e3, Ano In. 1:Anolln.1e 2: Ano HI
n.1e2, p. 232-242; 80-87; 215-222; 272-288, 1860/1861/1862. 13
benigna com a qual eram tratados os cativos e a ausência de conflitos na sociedade sul-rio-grandense. A última revista foi publicada em 1863, ano que o Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro se extinguiria. Natural. mente, isso não significou o fim das indagações sobre a história da Província. Em um período marcado por dissidências políticas, as considerações sobre o caráter de seu povo mesclava-se com o tema da revolução Farroupilha. Retomava-se, no final do século, o debate So-
bre o papel das diferentes raças na constituição de nossa nacionalidade. Neste momento, destaca-se a obra de Assis Brasil, a História da República Rio-Grandense escrita em 1882.7 O livro pretende ser uma análise científica, voltada para o estudo da influência da natureza e das diferentes
raças na formação da sociedade. Inscrevendo-se dentro de uma perspectiva republicana e federalista, tinha a Revolução Farroupilha como tema rt pal. Ao analisar a importância dos “povoadores ori ginais da Provincia , destacava os negros e os índios como sendo aqueles de menor relevância para a constituição do povo. Considerava mesmo que o “sangue etíope” havia sido insignificante. A década de 1880, período em que seu livro é publicado, é marcada pelo incremento das idéias de cunho racial entre a elite letrada brasileira, quando a teoria do branqueamento começava a ganhar foros de cientificidade. Talvez isso nos ajude a compreender o contexto no qual se formou a imagem do Sul rio-grandense tal como um “centauro dos pampas”, predominantemente branco. Em uma sociedade que sempre havia supostamente primado pela liberdade, muito se devia à fibra dos seus primeiros povoadores e, nesse quadro, sobressaía-se o peão livre das estâncias, a raça forte e
persistente dos açorianos, etc. Aos africanos restaria um papel mais restrito, inscrito, inclusive, em sua insignificância demográfica. No caso do Rio Grande do Sul, as imagens sobre a escravidão não foram unívocas, embora guardassem uma grande correspondência entre si. No caso de Gonçalves Chaves, em seus escritos da década de 1820,
havia uma condenação explícita da escravidão ao mesmo tempo em que se defendia a abolição do tráfico. Se tais idéias não fomentaram imediatamente um movimento abolicionista no Sul, seriam, por outro lado, li-
7 ASSIS BRASIL, Joaquim Francisco de. História da república rio-grandense. Porto Alegre: Ed. Cia União de Seguros Gerais, 1982.
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das posteriormente com atenção pela elite letrada, preocupada em analisar a formação da sociedade sulina e a potencialidade de seu desenvolvimento. O Conselheiro Câmara, 40 anos depois, seria um de seus leitores mais interessados, embora, ao mesmo tempo, discordasse de Chaves e concor-
dasse com ele. Nele se inspirava para perscrutar o caráter dos habitantes da província e ambos concordavam quanto a sua boa índole. Discordava, no entanto, no tocante à escravidão considerada, apenas, a partir do sentido igualitário e benigno que atribuía a sociedade sul-rio-grandense. No lugar de um escravo temível, inimigo interno produzido por uma nefasta e corruptora instituição, ter-se-ia um escravo bem tratado em uma sociedade sem conflitos. Se os estudos sobre a escravidão estão inseridos neste tipo de representação benigna da sociedade, não seria muito diferente no livro de Assis Brasil, que, na década de 1880, celebrava a contribuição do bran-
co açoriano em detrimento do “sangue etíope”, ademais, “insignificante” na formação racial de um povo tão valoroso. No
final do século XIX, principalmente com o crescimento do movi-
mento abolicionista e republicano, debatia-se a respeito das novas bases sobre as quais se deveria erigir a sociedade na tentativa de superar, principalmente, o passado escravista. Cada vez mais interrogava-se sobre a potencialidade de nosso desenvolvimento tendo em vista a “evolução das civilizações”. A questão racial vai ganhando espaço, sobretudo após a abolição, quando as diferenças sociais deixam de ser definidas, principalmen-
te, pelo estado livre ou escravo dos indivíduos. Este será um dos importantes temas discutidos no I Congresso de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro realizado em 1914. No seu discurso de abertura, Affonso Celso buscava enobrecer a história do Brasil. Afinal,
diria ele, a despeito de Portugal ter “tolerado contra a sua vontade” questões tais como o tráfico de escravos, o governo no Brasil “jamais havia fomentado preconceitos de raça ou de cor”. Com palavras como essas, Affonso Celso reafirmava alguns posicionamentos que já havia tomado em seu livro Porque me ufano de meus país, no qual destacava, entre outros elementos, a capacidade de resignação dos escravos diante de seus senhores. Eram a eles tão dedicados que inexistia preconceito.
8 CELSO, Affonso. Sessão solene de inauguração, em 7 de setembro de 1914. Revis-
ta do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Tomo Especial consagrado ao
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Uma das sessões mais diretamente ligadas ao tema da escravidão é aquela que trata das explorações arqueológicas e etnográficas, na qual há teses sobre a distribuição geográfica de indígenas e de africanos no Brasil. Destaca-se a tese da quarta sessão sobre “As tribos negras importadas: estudo etnográfico, sua distribuição regional no Brasil, os grandes mercados de escravos”, do Dr. Affonso Cláudio, e “Contribuição para o estudo das questões que trata a tese sexta da seção de história das explorações arqueológicas e etnográficas: As tribos negras importadas...”, do Dr. Braz do Amaral.” Uma das primeiras dificuldades de Affonso Cláudio seria definir o conceito de raça. Negando aquelas definições que vinculavam a raça à cor (negra), ao lugar (continente africano), ou à religião, por exemplo,
considerava, por outro lado, tão heterogêneos os comportamentos € caracteres das tribos africanas que lhe era impossível pensar em uma classificação. A única solução, a seu ver, era proceder a uma tipologia que desse conta dos “caracteres essenciais” dos grupos, pensados a partir de suas características individuais ou sociais, sua moral e capacidade
intelectual. Após essa análise dever-se-ia somar na tipologia as características físicas e o comportamento, e averiguar, por comparação com o continente europeu, o seu grau de desenvolvimento. Essa forma de perceber a África e os povos africanos demonstra uma grande curiosidade dos etnógrafos do período, além de uma certa sensibilidade para perceber a diversidade e as diferenças. No entanto, isso não os salvava de um olhar completamente eurocêntrico ao pensar sobre “graus
Primeiro Congresso de História Nacional, Parte I. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional,
1915, p. 84-100; Porque
me ufano de meus país. 7 ed. rev. Rio de Janeiro:
Garnier [1900], 203p.
9 CLÁUDIO, Affonso. As tribos negras importadas: estudo etnográfico e sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional (7-16 de setembro de 1914) do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 2, p. 595 - 660, 1915. AMARAL, Braz. Contribuição para o estudo das questões de que trata a tese sexta da seção de história das explorações arqueológicas e etnográficas: As tribos negras importadas: estudo etnográfico, sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional (7-16 de setembro de 1914) do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 2, p. 661 - 693, 1915.
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de civilização” e, também, discriminatório, ao considerar os africanos dentro dessa escala comparativa como predominantemente inferiores. Após fazer uma explanação sobre os povos na África, o autor iria analisar sua distribuição geográfica no Brasil dividindo o país em duas grandes áreas: o Sul (abrangendo São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul) e o restante — Centro, Norte, Oeste. Ele denunciava
0 privilégio do sul que teve maior afluxo da população negra, movido pelo cultivo do café, do fumo, da busca de metais preciosos e de minerais. E ele buscaria uma explicação “etnográfica”: no norte e no oeste teria havido um maior cruzamento entre o luso e o índio, o que resultaria em um indivíduo mais propenso ao trabalho na lida com o gado no campo ou, na cidade, mais voltado para a cultura de subsistência ou para formas de trabalho cooperativas. Já no Sul, pelo contrário, teria havido uma mescla entre o português e o africano resultando um indivíduo mais apegado ao “amor ao mando”, ao “regime severo das fazendas”, propenso à depredação das lavouras dos vizinhos, à luta política ou social. Ou seja, a explicação para seus comportamentos residia “no sangue”. Com tais assertivas, o autor descrevia
menos a distribui-
ção das “tribos negras” no Brasil do que discorria sobre seu impacto, via miscigenação, na formação de seu “tipo”. Braz do Amaral, propondo-se a responder as mesmas questões postuladas por Affonso Cláudio, seria mais modesto afirmando sua dificul-
dade em discorrer sobre as tribos negras importadas e sua distribuição no Brasil. Ele faz, então, uma escolha. Restringirá sua análise aos africanos que para cá vieram, especialmente para o Rio de Janeiro e para a Bahia. Diferentemente de Affonso Cláudio, vai afirmar que o Norte foi o primeiro local a atrair os africanos devido ao cultivo da cana em locais como Pernambuco. Mas se o Brasil pode ser pensado por suas áreas, o autor vai destacar as tribos negras que vieram, indistintamente, para a Bahia e para o Rio de Janeiro. Ao citá-las, descreve suas características
físicas, intelectuais, suas habilidades, religião, etc. A exemplo de Affonso Cláudio, Braz do Amaral também termina por proceder a uma classificação na qual se destaca a variedade de características de acordo com grupos africanos específicos, tais como docilidade, inteligência, confiabilidade, embora, no geral, continuassem 2 ser “escravos negros bárba-
ros e selvagens”. Essa característica serve ainda para justificar o próprio tráfico transatlântico, já que ele, segundo o autor, salvaria o africano de 17
sua condenação à morte ou da captura resultante de guerras tribais. Embora faça essas considerações, não deixa, por outro lado, de pontuar a ambição dos europeus e seu interesse comercial na África. Dentro desse debate, que busca ponderar os efeitos da escravidão e da abolição para a experiência brasileira, que tenta identificar as etnias africanas para aqui importadas e suas influências regionais, os autores do Sul teriam uma participação muito pequena. Entre os artigos do I Congresso, o único que versa sobre um Estado sulino é aquele de Campos Jr., que participa com um trabalho avulso, na sessão de história geral, com um texto sobre os povoadores no Rio Grande do Sul.!º Preocupado em definir as origens do povo gaúcho, esse autor vai polemizar não no sentido de se perguntar qual o efeito aqui sentido pela presença das etnias africanas, mas, primordialmente, vai debater sobre
seu habitante pretensamente originário: o açoriano e o alentejano, concluindo, surpreendentemente, pela maior importância deste último. Aos africanos e a todo esse debate travado entre autores como Affonso Cláudio e Braz do Amaral, Campos Jr. dedicará uma atenção menor, limitando-se a registrar que, no Rio Grande do Sul, havia “diversas raças
de negros”. Baseado na leitura de inventários, citaria apenas os nomes de algumas etnias e alguns vocábulos destacando os de origem ki-mbunda ou angolez. Enfim, apesar de não ignorar os debates mais gerais sobre as etnias africanas ou as teses raciais, Campos Jr. parece mais inclinado a minimizar essas questões ao priorizar a discussão sobre a origem portuguesa do Rio Grande do Sul. Desta feita, a história dos africanos e de seus descendentes tendia a ser, novamente, encoberta.
Dialogando com esse debate sobre as “tribos africanas”, a heterogeneidade de seus povos e a “mescla das raças” no Brasil, um dos livros mais importantes desse período é, sem dúvida alguma, aquele de Oliveira Vianna.!! Esse autor, embora reclamasse a contribuição dos pensadores racistas europeus, fazia-o para, partindo de seus argumentos, poder demonstrar a
io CAMPOS JÚNIOR, Joaquim Gomes de. Os povoadores do Estado do Rio Grande do Sul. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional (7-16 de setembro de 1914) do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 1, p. 877 - 882, 1915.
H VIANNA, Oliveira. Populações Meridionais do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1920. 812 p.
nossas diferenças em relação a esses últimos. Uma das questões que vai sublinhar, citando inclusive Braz do Amaral, refere-se à diversidade dos
povos africanos. Conforme já havia antes ponderado Affonso Cláudio, Vianna considerava um erro realizar classificações abrangentes a separar brancos e negros. Estimava a importância de se perceber a diversidade que cada grupo encerrava em seu interior. A isso se somavaa capacidade que cada grupo específico tinha de se relacionar de forma positiva com o meio e seus graus de miscigenação. O branqueamento da população brasileira não teria, pois, como resultado imediato, um único sentido na constituição
de um tipo homogêneo. Para Vianna, como havia raças africanas superiores e inferiores, o produto da miscigenação dependeria da qualidade dos elementos originais em mistura. Os africanos e brancos superiores origina* riam os mestiços superiores, tendo em vista que, mesmo levando em conta a desigualdade da mescla, o sangue superior branco tenderia sempre a prevalecer. O contrário aconteceria com os elementos inferiores que, devido a seu atavismo, tenderiam mesmo a desaparecer. A força desta miscigenação com o predomínio do “sangue superior” e com o decréscimo paulatino da população negra, construiria uma nova raça brasileira. A forma como vai relacionar o tipo humano ao meio também será uma das temáticas importantes desenvolvidas em seu livro, especialmente no tocante à colonização do Rio Grande do Sul. Ali, este destacava a coloni-
zação paulista (etnicamente superior) das planícies rio-grandenses e a presença de açorianos (embora de origem plebéia, eram da “mais legítima cepa ariana”). Esses habitantes divergiam em sua formação social, pois, enquanto os primeiros eram povoadores, dedicados ao pastoreio, à grande propriedade, à sociedade patriarcal e escravista, os segundos eram dedica-
dos à agricultura, a pequena propriedade e ao trabalho familiar. No entanto, a força das planícies, o meio geográfico adaptado ao regime pastoril, resolveria essa diferença e construiria uma sociedade que, em seu isolamento e rusticidade política, seria dominada pelo modelo paulista, embora não fosse marcada por grandes hierarquias e conflitos. Oliveira Vianna, por sua vez, seria um interlocutor importante no trabalho de Salis Goulart."? Este, no entanto, vai pensar a geografia não
2 GOULART, Jorge Salis. 4 formação do Rio Grande do Sul. Pelotas: Livraria do Globo, 1927. 296 p.
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nos moldes deterministas de Ratzei (citado por Vianna), mas no possibilismo de um Vidal de La Blache, que o faz analisar a sociedade sul-rio-
grandense segundo a relação do homem com o meio e as influências das forças sociais e raciais sobre os fatos humanos. Nesse quadro, destaca os primeiros povoadores, açorianos e alemães, e o pouco contingente de escravos. Vai descrever um Rio Grande predominantemente branco e estes “elementos superiores” imprimiriam um cunho altamente humano à história local. Os dominadores lusos, por exemplo, nunca haviam tiranizado os escravos. Afinal, devido ao espírito democrático de sua elite e à abundância de alimentos, na sociedade sul-rio-grandense não haveria
diferenças sociais. O escravo e o trabalhador livre pobre, em um ambiente tão amistoso, serviriam espontaneamente, não forçados como os escravos de outras localidades. Esse espírito democrático estabelecido antes mesmo da introdução dos escravos fez com que eles ali fossem melhor tratados que em qualquer outra província brasileira. E não apenas isso. Seu espírito igualitário tornou insustentável a própria escravidão. A abolição seria, pois, o produto desse espírito democrático, somado à superioridade da raça e sua relação pródiga com a geografia — que, ao lhe prover alimentos em abundância, por exemplo, diminuiria a necessidade de coação social, fomentando a harmonia. Enfim, Salis Goulart dialogaria com Vianna nas considerações que faz sobre as raças superiores, seu predomínio no Rio Grande do Sul e sua relação com a formação de uma
cial para se compreender, por exemplo, os caminhos percorridos pela política imigrantista que elegeria o imigrante branco europeu como aquele portador de progresso e civilização. A escravidão na sociedade brasileira passaria a compor um passado a ser superado e a presença africana seria pretensamente consumida pelo processo de branqueamento de nossa população. Não é excessivo lembrar que o maior fluxo imigratório se deu, justamente, entre 1880 e 1920. Em especial no caso do Rio Grande do Sul, foi importante afirmar, por um lado, a insignificância da escravidão e, por
outro, a constituição branca e superior de seu povo. Alguns autores vão pontuar algumas modificações importantes no período imediatamente posterior. O discurso do racismo científico teria sofrido um deslocamento, entre os anos 1920 e 1930, entre raça e cultura. Destaca-se, nesse sentido, a influência da antropologia de Boas
e o impacto das obras de Gilberto Freyre e de sua teoria, na qual a mestiçagem se transformaria em “síntese (de antagonismos em equilíbrio)” e o mulato ícone da democracia racial e social.!! No caso dos textos publicados no Rio Grande do Sul, a recepção ao “culturalismo” se deu em um processo permeado de ambigiiidades. Para melhor acompanharmos os debates, é oportuno referirmo-nos ao Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Ele foi refundado em 1920, publicando de forma regular sua revista trimestral até 1950.! Durante esse período, permaneceria o interesse em se escrever uma história particular do
sociedade pastoril harmônica. Por outros caminhos, estamos novamente
diante de uma imagem que descreve a pouca importância numérica, social e cultural do africano na formação da sociedade sulina que, representada como sendo primordialmente branca e, por isso, superior, é eminentemente democrática. A acolhida por parte da elite letrada brasileira às teorias raciais — nas décadas finais do século XIX e nas primeiras décadas do XX — e a forma como elas informaram as interpretações sobre o passado brasileiro, em geral, e sulino, em particular, deve ser compreendida dentro de um contex-
' Para um maior aprofundamento dessa temática, consulte-se, entre outros: SKID-
MORE, Thomas E. Preto no Branco. Raça e nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1976. SEYFERTH,
Giralda.Construindo a nação:
Hierarquias raciais e o papel do racismo na política de imigração e colonização. In: MAIO, Marcos Chor (org). Raça, Ciência e Sociedade. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/ CCBB, 1996, p. 41-58. AZEVEDO, Célia Marinho Martinho. Onda Negra, Medo Branco. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987; Abolicionismo: Brasil e Estados Unidos.
Uma história comparada (séc. XIX). São Paulo: Annablume, 2003.
to histórico definido. Afinal, essas idéias ao ganharem foro científico, ter-
“* Consulte-se, por exemplo, MARTINEZ-ECHAZÁBAL, Lourdes. O culturalismo
minaram também por travestir-se em uma justificativa dos projetos políticos e ideológicos em questão naquele período. Ao relacionar a diferença entre os povos — a partir do conceito de raça, por exemplo —, instituíram hierarquias raciais que, a seu turno, tendiam a perpetuar as desigualdades sociais. O debate em torno do conceito de raça e da miscigenação é essen-
dos anos 30 no Brasil e na América Latina: deslocamento retórico ou mudança conceitual? In: MAIO, Marcos Chor (org). Raça, Ciência e Sociedade. Rio de Janeiro:
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FIOCRUZ/CCBB, 1996, p.107-124; SKIDMORE, Op. Cit. º Depois disso a revista foi interrompida, vindo a ser publicada apenas em 1975 e, interrompida novamente, voltou a circular em 1982.
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Estado, destacando as qualidades de sua população (e do gaúcho brasileiro) e sua importância como membro participante da história nacional. Esse foi um momento, no entanto, em que se abriu um maior espaço para se pensar as diversidades regionais, condizentes com os anseios federalistas.!é
Nas páginas de sua revista, até a década de 1930, a Revolução Farroupilha concentrava a atenção da maior parte dos artigos. Em muito menor número, publicou-se estudos sobre as populações que haviam povoado o Rio Grande do Sul, com o objetivo de revelar seus usos e costumes. Nesse quadro, os povoadores mais importantes eram, primordialmente, os europeus: portugueses, alemães ou italianos. Em menor grau de interesse ou de importância vinha o indígena que comparecia nos estudos sobre a identidade regional. No entanto, eles e os negros tiveram uma participação menor no debate — travado na revista do Instituto — sobre a formação da identidade sul-rio-grandense. Os negros, por exemplo, seriam objeto de estudos em pouquíssimos artigos, destacando-se a autoria de Dante de Laytano.” Torna-se relevante, portanto, indagarmo-nos sobre essa presença tão restrita na revista. Por outro lado, o Instituto, em 1940, organizaria o II
Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia, no qual se discutiria o tema da raça e da miscigenação. Comemorativo do bicentenário da fundação de Porto Alegre, o III
berto Freyre, que ali apresentou seu trabalho Continente e ilha, que muita influência teria junto à elite intelectual local. Na primeira seção desse congresso, nos trabalhos referentes à etnografia e à antropologia, o tema predominante giraria em torno de uma questão: teria havido superioridade racial dos primeiros povoadores? A responder essa pergunta dedicaram-se três alunos da cadeira de História e Civilização Brasileira da Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo:!º Daisy Brescia, Lindo Faya e Geraldo Brandão.” Uma das primeiras questões por eles enfrentadas dizia respeito ao próprio conceito de raça. Seriam unânimes em negar a idéia de uma “raça pura” e, ao mesmo tempo, em concluir positivamente pela supe*rioridade dos primeiros povoadores — portugueses. Brescia, mesmo negando o “sentido de uma raça ariana” ou de “traços morfológicos”, chegaria a essa conclusão baseada “na capacidade portuguesa de adaptação e eugenia”. Faya, ao definir raça como efeito das diferenças do meio geográfico e social (e não causa a explicar as diferenças culturais), consideraria o branco português como portador de “civilização” e cultura. Brandão, a seu turno, também ressaltaria o conceito de raça
Congresso, patrocinado pela Prefeitura, reuniria intelectuais de dentro
e de fora do Estado.'º Um de seus convidados mais ilustres seria Gil6 RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. 4 institucionalização da formação superior em história: o curso de Geografia e história da UPA/URGS — 1943 a 1950. 2002. 222 f. Dissertação de mestrado — Programa de pós-graduação em História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.
” FIOREZE, Zélia Guareschi. 4 invenção do Rio Grande do Sul. Território e identidade na visão do IHGRS (1920-1937). Passo Fundo: Clio, 2002. Baseio-me nesta análise sobre os primeiros anos da revista no trabalho desta autora que analisa, por sua vez, a produção de 341 títulos publicados no IHGRS de 1920 até 1937. 18 O I Congresso organizado pelo Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul em 1935 celebrou o centenário da Revolução Farroupilha; o II Congresso em 1937 comemorou o II centenário da fundação da cidade de Rio Grande. O III Congresso aconteceu na Faculdade de Direito e contou com a presença do présidente da República, Getúlio Vargas e de várias outras autoridades, atestando o prestígio do IHGRS neste momento.
22
"A história, desde o início do século, vinha passando por um processo de institucionalização. Importante,
neste sentido,
foi a fundação
da Universidade
de São Paulo
(USP) que, em seus primórdios, voltou-se para a formação acadêmica e para a pesquisa. No Rio Grande do Sul, as faculdades de filosofia foram fundadas a partir de meados da década de 1930, mas eram voltadas para o “ensino profissionalizante do magistério”. No Estado, a pesquisa histórica ainda era realizada por autodidatas que atuavam em instituições como o Arquivo Público Estadual, o Museu Júlio de Castilhos ou o Instituto Histórico e Geográfico. Este, por sua vez, permaneceu com sua vocação para a pesquisa e como lugar de prestígio nessa área. Talvez isso explique a reunião de intelectuais ali atuantes com estudantes da USP. RODRIGUES, Op. Cit. *? BRESCIA, Daisy. Houve superioridade racial dos primeiros povoadores? Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, p. 1855-1873, 1940. FAYA, Lindo. A questão da superioridade racial e sua aplicação aos primeiros colonizadores do Brasil. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, p. 1675-1684,
1940.
BRANDÃO, Geraldo. O problema de uma raça. Anais do Terceiro Congresso SulRio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio
Grande do Sul, v. 3, p. 1885-1894, 1940.
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como efeito, revestindo-o de uma grande importância científica, consi-
derando a biologia e a psicologia diferencial. O mais importante, segundo ele, era considerar a superioridade ou inferioridade das raças segundo o papel que haviam representado para o desenvolvimento da civilização. Assim, todos aqueles que não haviam produzido formas culturais complexas eram inferiores. Seguindo tal assertiva, perguntava-se: contribuiu o negro para a civilização? Para concluir: não. Daí seu papel inferior em relação aos brancos, mesmo considerando a diversidade das etnias africanas e de suas formas culturais. Sua convicção em relação à superioridade branca iria levá-lo, por outro lado, e contraditoriamente, a defender a superioridade ariana contra os “reacio-
nários” que defendiam a igualdade das raças. Assim, esses estudantes, bastante atentos à literatura em voga no
período, ao dialogarem com autores tais como Paulo Prado, Oliveira Vianna, Almeida Prado, Pandiá Calógeras, Alfredo Ellis, entre outros,
mantinham-se em uma posição ambígua, ora ponderando a definição de raça segundo parâmetros biológicos, ora segundo sua organização social ou cultural. Em todo o caso, não me parece que, neste evento realizado no Rio Grande do Sul, já se tenha concluído esse deslocamento entre uma conceituação biológica e naturalizada de raça para uma definição cultural nos moldes de Franz Boas ou de Gilberto Freyre. Autores sul-rio-grandenses tais como Souza Docca e Dante de Layta-
no participariam deste debate. Docca,?! ao analisar a “gente rio-granden-
rio-grandense”, tendo o negro ficado à parte no processo de “caldeamento”. Ao citar a presença dos germânicos e dos italianos, não deixará de sublinhar suas contribuições eugênicas. Ou seja, apesar de todo o debate transcorrido desde o século XIX, o negro permanecia representado em sua “insignificância” frente a outros elementos europeus, bran-
cos e superiores.?
Dante de Laytano, que também era o diretor da revista e um dos
organizadores desse evento, ocupa um lugar destacado entre os autores do Rio Grande do Sul desse período. Ele esteve sempre engajado em
estudar a história do lugar, defendendo o interesse em se conhece r a
história regional. Em sua trajetória vai ser responsável pela interlocução com intelectuais importantes tais como Gilberto Freyre — de quem será um dos maiores divulgadores e de quem receberá uma grande in-
fluência —, Herkovits e Bastide — que escreverão textos sobre o Rio
Grande do Sul -, entre outros autores prestigiados no período. Sempre receptivo às imagens que alguns desses autores produziram sobre o Estado, proporia uma rediscussão de sua história. Dedicou-se também, principalmente a partir dos anos 1950, aos estudos sobre o folclore, investigando as “raízes populares”, escrevendo sobre as tradições, lendas, vestuário, religião, entre outros aspectos da cultura sulina.? Sua obra, no entanto, é permeada por algumas ambigiiidades. Ao
descrever o “gaúcho brasileiro”, como nos ensina Nedel,* vai esboçá-
lo como a síntese de vários elementos, oriundos de grupos etnicamente
se”, vai destacar, inicialmente, os índios e os negros. Para melhor estudá-
los, vai proceder a algumas tipologias no sentido de discernir grupos específicos, descritos segundo suas etnias, características físicas e morais, etc. Ou seja, não fugia muito do modelo investigativo utilizado des-
de o início do século em textos como os de Affonso Cláudio ou Braz Amaral. Em relação aos africanos, por exemplo, vai localizar dois grupos que vieram para o Rio Grande do Sul (agoins e bantos), localizando sua procedência na África e suas características. Conclui, em frase muito similar àquela já proferida por um autor como Assis Brasil, que oi insignificante a contribuição do sangue etiópico na formação do tipo sul2 DOCCA, Souza. Gente Sul-Rio-Grandense. Anais do Terceiro Congresso Sul-RioGrandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, p. 643 - 680, 1940. 24
? No referido III Congresso, outros trabalhos foram apresentados sobre a história da escravidão e sobre a abolição. No caso de textos sobre o Rio Grande do Sul, iam no sentido de enaltecer o espírito emancipacionista local, abordando a campanh a abolicionista em associações ou na imprensa. ? Para uma melhor compreensão da trajetória do autor e o contexto de sua produção, consulte-se: NEDEL, Letícia Borges. Paisagens da Província: o regionalismo sulrio-grandense e o Museu Julio de Castilhos nos anos cingiienta. Disserta ção de mestrado apresentada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universi dade Federal do Rio de Janeiro, 1999, 238p.; Um passado novo para uma história em crise: regionalismo e folcloristas no Rio Grande do Sul (1948-1965). Tese de doutorado apresentada na Universidade de Brasília. Instituto de Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em História, Brasília, 2005. 2% Em obras citadas acima.
ao
variados (indígenas americanos, africanos e europeus). Ele inovava ao
perscrutar, em um sentido mais largo, a contribuição de cada um desses grupos para a construção da identidade regional. Mas, por outro lado, não deixava de estabelecer uma hierarquia entre esses elementos, sobressaindo-se o luso-brasileiro, seguido de uma participação, em pequena escala, do índio e, em menor grau ainda, do negro. Em um de seus artigos, chegava a considerar esses últimos os párias da sociedade, vítimas que eram da “luxúria portuguesa” (que “reduzia o pudor das escravas”), “dos castigos de feitores e senhores” e do “ciclo de misérias em que viviam”.? Se o gaúcho era, pois, uma síntese desses grupos, tratava-se de uma síntese formada por elementos desiguais. A obra de Laytano é, portanto, controversa. Se, por um lado, ele elaborava uma crítica referente aos “cronistas”, aos “historiadores de
compêndios oficiais” e a “toda a literatura gaúcha”? por terem negligenciado os estudos sobre o negro, em outros momentos descreveria um quadro não muito diferente, em muitos aspectos, de Seus predecessores. É o caso, por exemplo, da descrição que faz das estâncias, Ali, segundo Laytano, nunca houve a necessidade de um grande número de escravos, pois o trabalho de criação não demandava
muita mão-de-
obra. Ele calculava que meia dúzia de homens já era suficiente para 0 rodeio, a marcação e o tropear. Ali ocorria também um fenômeno inte-
ressante: os hábitos do campo nivelavam as diferenças sociais, daí seu papel democratizador. Cabia ali ao negro, portanto, um “ugar humano”. Dessa forma, Laytano reafirmava a imagem de uma estância democrática tal como, antes, havia feito um autor como Salis Goulart.” Diferente seria o caso da “senzala dos grangeiros e das charqueadas”, porque lá eram submetidos à “barbaria escravagista” (o aj das charqueadas era “violento e selvagem com os pobres negros ). E justamente a charqueada havia marcado o primeiro momento industrial da Pro-
23 LAYTANO, Dante de. Os africanismos no dialeto gaúcho. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 167 - 226, 2º. Tri, Ano XVII 1936. % Idem.
víncia, origem de suas grandes fortunas. Apesar dessa barbár ie descrita nas eharqueadas, elas eram um espaço de ambigiiidade, pois, ao mesmo tempo em que eram “concentrações negras operárias” em momen tos de produ-
ção, eram ainda um “baluarte das casernas”, já que os escravos, em momentos de guerra, eram recrutados para a defesa de seus senhores. Como,
para Laytano, o escravo, na média, era ali melhor tratado que em outras partes do Brasil (era “mais um companheiro que um servo” ), não havia grandes conflitos internos a serem assinalados (tais como revoltas de es-
cravos) e, se inimigo havia, ele estava para além das fronteiras. É muito
curioso esse tipo de assertiva. Afinal, autores como Gonçalves Chaves, no início do século XIX, escreviam sobre o temor causado pelas guerras, tendo em vista o risco do negro predominar na população e organi zar conspi“rações com a intenção de inverter a ordem social (em um processo de haitinização). Para Laytano, no entanto, esse temor pareci a infundado, já
que nas guerras, na conquista das fronteiras meridionais, na defesa das
estâncias, charqueadas e lavouras, o negro no Rio Grande do Sul teria
lutado juntamente com o luso-brasileiro pela consolidação da ordem que, em última instância, o oprimia. Apesar de desenhar uma difere nça dependendo do lugar do escravo na sociedade sul-rio-grandense, ele também reafirmaria que, no extremo sul, o negro havia sido menos oprimido ou oprimido com mais brandura que em outros lugares no Brasil. Ou seja, apesar das críticas que proferiu, terminou por ajudar a cristalizar uma imagem, já erigida no período anterior, que descrevia uma socied ade sem grandes conflitos sociais, com grande espírito democrático e com uma escravidão revestida de aspectos benignos.? É preciso assinalar que, por outro lado, abriu Laytano novas perspectivas para se pensar a contribuição cultural do africano. Ele vai valorizar, por exemplo, a capacidade do negro de manter sua língua e tradição. Embora “inferiores”, puderam contagiar o “habit at geral”, dando nova feição ao vocabulário gaúcho ao introduzir nele palavras de origem banto. Em 1953, defenderia a renovação dos estudo s afro-
brasileiros.” Ele próprio escreveria sobre suas tradições, lendas e par-
ticipação em festas religiosas populares.
7 LAYTANO, Dante de. O negro e o espírito guerreiro nas origens do Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 95-117,
2 Idem.
Ie. Tri, Ano XVII 1937.
2 Como
26
diria, por exemplo,
em
sua aula inaugural na Faculdade de Filosofia da
Universidade do Rio Grande do Sul. NEDEL, Letícia Borges. Paisagens da Provin-
27
Com o incremento dos estudos sobre o folclore e com as investigações sobre as manifestações populares, vislumbrou-se uma mudança de perspectiva. Embora um autor como Laytano continuasse considerando insignificante a presença demográfica do africano, contrapunha a esse quadro sua relevância cultural. Progressivamente, dentro desse panorama culturalista, iniciaria-se uma revisão de antigas imagens tais como a desimportância numérica dos escravos ou a benignidade da escravidão. Nedel cita, por exemplo, obras de Augusto Meyer, de 1960, que, ao criticar Salis Goulart, iriam nesse sentido.*º Nas décadas de 1930 a 1950, a questão racial seria, portanto, ressemantizada, dentro do que Guimarães chamou de uma “revolução ideo-
lógica no Brasil Moderno”, comandada por Gilberto Freyre, quando o passado colonial e a “mestiça cultura luso-brasilera nordestina” torna-
ria-se a alma nacional.*! Embora este espaço aberto para se pensar as
diferenças regionais tivesse o Nordeste como centro, esta perspectiva teve uma influência enorme no Rio Grande do Sul, principalmente na recepção das idéias de Freyre na obra de um autor como Dante de Laytano. Com a presença no Brasil e, particularmente, no Rio Grande do Sul, de intelectuais estrangeiros como M. Herkovits, investigou-se tam-
bém de forma mais sistemática a questão racial e a posição do Brasil, principalmente em relação aos Estados Unidos, como uma democracia racial. Estes estudiosos encontraram aqui solo fértil para suas pesquisas, onde já se tinha uma tradição em negar — como o havia feito, por exemplo, Affonso Celso — o preconceito racial no país. Este tipo de perspectiva seria problematizada na obra de Pierson que justificaria a ausência do preconceito, entre outros aspectos, pela presença da misci-
cia: o regionalismo sul-rio-grandense e o Museu Julio de Castilhos nos anos cingienta. Dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais
da Universidade
Federal
do Rio de Janeiro,
1999,
238p.
Veja também,
LAYTANO, Dante de. Os africanismos no dialeto gaúcho. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 167 - 226, 2º. Tri, Ano XVI 1936. 30 NEDEL, Letícia Borges. 4 recepção da obra de Gilberto Freyre no Rio Grande do Sul. Palestra proferida no CPDOC/FGV em 5 de abril de 2006, manuscrita. 31 GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito de cor e racismo no Brasil. Revista de Antropologia, vol.47, n.01, 2004, p.9-43.
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genação.*? À tensão entre a definição biológica de raça e a noção cultural, principalmente com o paulatino predomínio desta última perspectiva, não negava o caráter conservador com o qual se interpretava, por um lado, o passado brasileiro e, por outro, as suas possibilidades no futuro, pois a imagem da democracia racial pouco contribuiu para a luta política em prol da cidadania e para o combate à discriminação racial. No caso do Rio Grande do Sul, a necessidade de se auto-representar como uma sociedade branca e, portanto, superior, fez com que muito dos trabalhos desse período se caracterizassem, muito mais, por
análises teóricas generalizantes, ideologicamente informadas, do que por trabalhos de base empírica, obscurecendo a necessidade de estudos mais específicos e detalhados sobre a escravidão. Na década de 1960 haveria uma mudança substantiva no teor dos debates. Naquele momento, os intelectuais passariam a se preocupar bastante com questões teóricas abrangentes que incidiam sobre a estrutura e o caráter da sociedade brasileira. Datam desse período teses famosas da chamada escola paulista que agregava estudiosos importantes como Florestan Fernandes, Emília Viotti da Costa, Otávio Ianni,
Celso Furtado, Fernando Henrique Cardoso, entre outros. Muitos desses intelectuais, inspirados em Weber e Marx, buscariam avaliar criticamente o papel da escravidão no desenvolvimento da sociedade brasileira opondo-se, com bastante firmeza, a toda uma produção anterior que defendia a idéia de democracia racial. Aqui a referência obrigatória é Gilberto Freyre em Casa Grande e Senzala, no qual a sociedade bra-
sileira era vista como essencialmente benevolente, na medida em que a relação entre escravos e senhores era pautada pelo paternalismo. Preocupados com a definição de tal democracia, esses autores denunciariam
a violência do sistema (base do domínio senhorial) e a desigualdade da sociedade brasileira. À ênfase não mais seria dada à questão racial (nem biológica nem em sua definição cultural) enquanto mecanismo de reprodução e criação de desigualdades sociais, mesmo porque, em um primeiro momen-
2 GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. Cor, classe e status nos estudos de Pierson, Azevedo e Harris na Bahia 1940-1960. In: MAIO, Marcos Chor (org). Raça, Ciência e Sociedade. Rio de Janeiro: FIOCRUZ/CCBB, 1996, p.143-158.
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havia to, o negro, nessas interpretações, era visto como alguém que
permanecido marginalizado em relação à estrutura de classes. O funcio-
am, namento da escravidão e a transição para o trabalho livre passar as então, a ser vistos a partir de um modelo explicativo que enfatizava te determinantes estruturais na definição das mudanças. Contrariamen
, mais enfatizariam “o campo da cultura ou da a décadas anterioresnão
lusointeração social”, nem a maior capacidade de miscigenação dos ctivas perspe brasileiros ou sua pretensa tolerância racial. Integrada às entende análise do projeto UNESCO, essa geração buscava também da socieder o preconceito no “âmbito das transformações estruturais para ista) (escrav onal dade brasileira”, da passagem da sociedade tradici a sociedade moderna (capitalista).” Henrique Nesse contexto destaca-se, em 1962, a obra de Fernando
Ele Cardoso em seu livro sobre a escravidão no Brasil Meridional.” racia questionou com bastante sobriedade o que chamou da “democ cornão gica ideoló gaúcha”. Segundo sua percepção, essa perspectiva ia respondia às condições reais de existência social na qual a vialênc ntrica era um elemento importante. Denunciava ainda uma visão etnocê de na glorificação do papel senhorial e na presunção da inexistência esta tensões na relação entre negros e brancos. Cardoso, movido por onde s: escravo percepção crítica, questionava-se sobre a experiência dos ponto, e em que atividades trabalharam no Rio Grande do Sul? Neste pros no entanto, ele terminava, a seu turno, repondo várias das imagen o peso jetadas por autores como Laytano, ao considerar, por exemplo, dos escravos nas unidades produtivas. "Ele considerava, por exemplo, que no Rio Grande do Sul sempre XVII, houvera escravos, pelo menos desde a primeira metade do século
ra e embora fossem utilizados em escala reduzida nas áreas de frontei
3 GUIMARÃES,
Antônio Sérgio Alfredo. Preconceito de cor e racismo no Brasil.
UNESCO de relaOp. Cit.; MAIO, Marcos Chor. Abrindo a “caixa-preta”: º projeto s, experiências. ções raciais. IN: SCHWARCZ, Lilia (org). Antropologias, história . 143-168 p. 2004, Belo Horizonte: Ed. UFMG,
Meridional: 3 CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e escravidão no Brasil
Paulo: Difusão Euroo negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. São
na região das Missões. Ele ponderava que houve o emprego dos escravos nas estâncias e nas vilas. Mas acreditava, assim como Laytano, que
seu número tenha sido sempre reduzido, exceção feita para as vilas tais como Rio Grande, Porto Alegre e Rio Pardo (devido a suas posições estratégicas, no setor de serviços urbanos e domésticos). Nas estâncias
o trabalho era desenvolvido principalmente pelos próprios criadores e lavradores, sendo os índios e os gaúchos pobres livres sua mão-de-obra
fundamental. A economia teria se modificado nas primeiras décadas do século XIX, com o desenvolvimento das estâncias e das charqueadas. Foi a indústria do charque, portanto, que tornou regular a utilização do trabalhador escravo (tal como Laytano já havia afirmado). Ele defenderia a idéia que a escravidão no Rio Grande do Sul só se tornaria “importante a partir do desenvolvimento de uma economia mercantil,
datada principalmente a partir do desenvolvimento das charqueadas. Outro tema importante referia-se à relação entre trabalho escravo e trabalho livre para explicar a superação da escravidão. Mesmo que reclamasse pressupostos teóricos bastantes diferentes, Fernando Henrique retomava, neste ponto, vários argumentos do século XIX, presentes na obra de Gonçalves Chaves, baseados, por sua vez, em leituras de
autores como Adan Smith. Eu queria destacar aqui o argumento que se refere ao caráter antieconômico da escravidão. Tratava-se, por definição, segundo Fernando Henrique Cardoso, de uma economia de desperdício e pouco propensa à inovação técnica de produção. A escravidão impedia, ainda, a intensificação do processo de divisão técnica do trabalho e a especialização profissional. Por isso o trabalho escravo tinha menores índices de produtividade se comparado ao trabalho livre. Cardoso, no entanto, soma-
va a essas assertivas uma outra explicação teórica: “as contradições internas do sistema escravista de produção”, a barreira insuperável que impunha ao desenvolvimento da técnica impedia sua própria expansão. Por isso, o sistema escravista estava destinado ao malogro desde
que competia com economias organizadas a partir do trabalho livre. Foi o caso, por exemplo, das charqueadas, que entraram em decadência em função da concorrência com os saladeiros platinos que utilizavam, por sua vez, a mão-de-obra livre. Ao ser assim descrita, a escravi-
dão impunha limites ao processo de racionalização da produção e apre-
péia do Livro, 1962. 339 p. 30
31
sentava-se como um obstáculo fundamental para a formação do capitalismo. O trabalho escravo, ao se constituir em uma barreira para o cálculo econômico e para o aproveitamento adequado das condições de mercado, estava condenada a perecer.
Toda essa geração da escola sociológica paulista, da qual Cardoso era um de seus membros mais influentes, teve o mérito de repensar o
lugar dos oprimidos na história brasileira e sulina, mas terminou, também, analisando o Brasil sob certos parâmetros. Ao sublinhar com tamanha ênfase o ponto de vista estrutural, elegeram a estrutura econômica (percebida em uma esfera macrohistórica) como elemento desen-
cadeador de toda mudança. Todos os outros elementos da realidade histórica deviam, portanto, desprender-se ou se definir a partir dessas condições estruturalmente dadas. O sistema baseava-se na violência e na exploração econômica extrema, e, para se realizar, reificou o escravo, retirando-lhe seu direito à humanidade. A experiência da escravidão só podia, portanto, ser fator de aniquilamento e definidor de sua anomia. Neste ponto, é preciso notar algumas consegiiências desse pensamento, como a de negar aos escravos quaisquer direitos sociais, uma
vez que estavam relegados à definição jurídica de coisa, incapazes de formar famílias ou de agir de forma autônoma. Para escapar a essa violência, restava apenas o suicídio, as revoltas, as fugas e os quilombos. Incapazes de valorizar o trabalho em si, de pouparem, de se adaptarem a relações monetárias e de se integrarem ao mercado consumidor, estavam, pois, fadados à marginalização. Esse tipo de análise operou, ainda, uma ruptura entre o trabalhador livre e o escravo, ao crista-
lizar a imagem do trabalhador livre de se organizar, de reivindicar, de um escravo-coisa, completamente ao pensar o preconceito como um
imigrante como empreendedor, capaz se adequarà lógica do capital contra dominado por sua anomia. Por fim, fenômeno estrutural, negligenciou o
estudo sobre a ideologia, deixou de se referir às relações sociais concretas e historicamente definidas. Construiu-se, assim, uma oposição
essencial entre escravidão e capitalismo que tendeu a desconsiderar as experiências históricas, na medida em que se priorizou o estudo das grandes estruturas, assim percebidas. O trabalho de Fernando Henrique, por sua pesquisa, por sua densidade teórica, teve uma imensa influência nos estudos sobre a sociedade
32
gaúcha e, particularmente, sobre a história dos africanos e seus descendentes em terras sulinas. Ele suscitou também vários debates historiográficos dentro e fora do Rio Grande do Sul e, posteriormente, vários
uutores dedicaram-se a refutar suas interpretações. Cito, a seguir, algumas obras que dialogaram com a de Cardoso, nas décadas posteriores.”
Maestri, em seu livro O escravo no Rio Grande do Sul, de 1984,% afirmava que a tese de Fernando Henrique Cardoso era “a melhor abordagem do escravismo gaúcho”. Criticava, apenas, sua extensão e a ausência de pesquisa em fontes primárias não-impressas. Seu objetivo cera determinar se houvera no Rio Grande do Sul um modo de produção escravista, ou seja, um modo de produção na qual o escravo seria a
mão-de-obra predominante.” Ao pretender definir o lugar do escravo e do escravismo na história gaúcha, centralizaria sua análise nas char-
queadas — não analisando regiões que não haviam sido, segundo suas considerações, tocadas ou influenciadas pelo escravismo, tais como as
Missões e os núcleos de colonização ítalo-germânicas. Da mesma forma, pontuaria a ausência de uma participação importante dos escravos em atividades como as tropeadas, a agricultura de subsistência, a pe-
cuária (chegava a afirmar que ali o escravo era um fator fortuito de produção). Em seu trabalho, na definição de um modo de produção escravista, irá privilegiar as charqueadas tanto para explicar o lugar do
* A crítica à produção da chamada escola sociológica paulista é bastante vasta. Destacam-se, por exemplo, os livros de Sidney Chalhoub e sua crítica à reificação dos escravos efetuada por Cardoso; Silvia Hunold Lara criticaria também as explicações estruturais e generalizantes dos processos históricos, ressaltando a necessidade de se investigar as relações sociais e a ação dos sujeitos. A lista seria grande, tamanha renovação na pesquisa, a nível nacional, sobre o tema. Aqui, no entanto, longe de esquadrinhar este debate, limito-me a citar, de forma pontual, algumas recepções que a obra de Cardoso teve, nas décadas seguintes, no Rio Grande do Sul.
3% MAESTRI FILHO, Mário José. O Escravo no Rio Grande do Sul: a charqueada e a gênese do escravismo gaúcho. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, Porto Alegre, e Editora da Universidade de Caxias do Sul, Caxias do Sul, 1984. 203 p.
” Compreendia como modo de produção escravista aquele em que o fundamental dos bens materiais produzidos pelo trabalho social realizava-se no quadro de uma organização social do trabalho em que se utilizava, como força fundamental de trabalho, o homem
escravizado. Idem, ibidem.
33
escravo como para demonstrar, em última instância, a incompatibilidade do desenvolvimento das charqueadas com a escravidão. O autor vai ressaltar suas atividades sazonais e o quanto o trabalho compulsório era impróprio para uma atividade que exigia uma cooperação comple-
evidenciaria essa relação. Para explicá-la, inicialmente ela traçaria um quadro sobre essa infra-estrutura econômica. Em primeiro lugar, iria afirmar que a escravidão havia sido no Rio Grande do Sul pouco representativa
xa. Só poderia, então, constituir um entrave à produção, colocando a
rentemente de outros locais que tinham sua produção baseada na monocultura e no escravismo. Ali, teria uma forte presença o imigrante e o traba-
charqueada em desvantagem frente ao saladeiro uruguaio. Para confirmar seus argumentos, Maestri se voltará para Gonçalves Chaves, retomando suas afirmações sobre o caráter antieconômico da escravidão, o
não aperfeiçoamento técnico, a incompatibilidade entre trabalho escravo e trabalho livre, entre outros aspectos, denotando também a influên-
cia da interpretação de Cardoso sobre seu trabalho. Os textos de Chaves, inscritos em um debate político próprio de seu tempo, se transformava, aos poucos, em argumentos “empíricos”, em verdades históri-
cas, pois, para Maestri, a charqueada era a chave que permitia compreender o verdadeiro sentido do pensamento de Chaves, este que havia anunciado o advento da revolução industrial na Inglaterra, a hegemonia do trabalho assalariado e as relações capitalistas de produção, um precursor das idéias abolicionistas. Em um último comentário ao trabalho de Maestri, vale ressaltar que, assim como Fernando Henrique Cardoso, criticaria a visão benigna da escravidão e dedicaria um capítulo à resistência dos escravos. Acompanhando o debate em torno de um “modo de produção” que teria vigido no Brasil, vários estudos no Rio Grande do Sul vieram a
privilegiar o tema da resistência escrava enumerando a violência estabelecida na relação senhor-escravo, as revoltas, fugas e aquilombamentos, os crimes perpetrados pelos escravos como resposta aos maus-tratos que recebiam e ao excesso de trabalho. Um outro tema também importante referia-se ao abolicionismo. O livro de Bakos, publicado em 1982,% reconhecia a atenção que os estudiosos estavam dedicando ao “modo de produção brasileiro” e buscava evidenciar na “realidade histórico-social” a relação existente entre uma infraestrutura econômico-social e uma superestrutura político-ideológica. Em seu trabalho, ela pretendia compreender a abolição como um processo que
38 BAKOS, Margaret Marchiori. RS: escravismo e abolição. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. 168 p.
34
numericamente e nunca havia sido fundamental para sua economia, dife-
lhador livre, demonstrandoa superioridade dessa forma de trabalho sobre a escravidão, facilitando, em última instância, uma manumissão relativamente tranquila. Nas últimas décadas do século XIX, haveria, ainda, um
processo de modernização, com o aumento das classes médias e da população em geral, gerando “contradições estruturais relacionadas com a revolução industrial”. A abolição seria resultado dessa constatação experienciada sobre as vantagens do trabalho livre somada ao processo de inserção da economia sulina no quadro do capitalismo internacional. Em segundo lugar, a autora iria analisar o plano político-partidário. Ora, se a escravidão não teve peso econômico, a abolição também não teria um grande impacto social. Seu significado, portanto, só poderia ser buscado na superestrutura político-ideológica. No intuito de investigar, neste contexto, o abolicionismo, vai acompanhar de forma densa e sofisticada os debates parlamentares no Rio Grande do Sul, sempre preocupada em relacioná-los com as discussões de âmbito nacional. Sua ênfase vai recair sobre a atuação partidária (conservadora, liberal e republicana) através da imprensa e a luta
pelo poder na Província. A análise da autora, ao ser pensada a partir desta relação entre infra e superestrutura, relegou a um papel menor a ação escrava. Em sua análise, ao concluir pelo pouco valor econômico e social da escravidão (sem realizar uma análise detalhada), pouco espaço deixou também para a investigação empírica sobre as relações raciais e sociais que podiam estar informando, a seu turno, os próprios debates parlamentares. As décadas seguintes seriam marcadas por trabalhos muito diversificados que se voltaram para rever muitas das assertivas já cristalizadas na historiografia. Merecem destaque os trabalhos recentes que vêm sendo feitos em história econômica que, ao escrutinar os dados referentes à história agrária, têm revisto a importância do trabalho escravo no Rio
Grande do Sul. Uma das primeiras questões levantadas refere-se à concentração do trabalho escravo em regiões específicas e a ênfase nas charqueadas.
35
Zarth,” por exemplo, concordaria que ali a escravidão foi importante, mas criticaria análises que apontavam uma importância menor para à escravidão nas estâncias, sobretudo porque, na sua opinião, considerações como as de Fernando Henrique Cardoso eram insuficientes, pois não investigavam o papel que haviam desempenhado em cada unidade produtiva. Criticaria, ain da, autores como Maestri, que também havia assinalado a pouca importância dos escravos nas atividades pastoris. Para Zarth, mesmo que os escravos estivessem dedicados, no interior das estâncias, à agricultura de subsistência,
isso não diminuiria sua importância, tendo-se em vista que esta era uma atividade que fazia parte de seu sistema produtivo. Zarth faz um levantamento estatístico em várias regiões para concluir que havia uma presença representativa de escravos. Helen Osório, em sua amostra, também pontua que 97% dos estancieiros possuíam escravos e que 74% deles eram dedicados a atividades pecuárias. Ela vai contestar também a idéia, generalizada por viajantes e bibliografia posterior, que a pecuária requeria poucos braços. Em sua opinião, o número de trabalhadores envolvidos nessa atividade era muito
superior do que se supunha e, também, o peso do escravo entre eles. Assim, conclui que as necessidades de mão-de-obra em grandes estâncias, de produção diversificada, era muito superior ao que as fontes tradicionais afirmaram. Nas grandes estâncias, os escravos campeiros, especializados, supriam as necessidades de mão-de-obra permanentes da atividade pecuária. Trabalhavam comandados por um capataz livre e certamente acompanhados de peões livres nos momentos de pico sazonal da atividade pecuária. Vários autores, acrescenta Osório, consideraram a pecuária incompatível com a es-
nas estâncias. Ela reveia que havia tarefas que ocorriam durante todo o ano enquanto outras eram sazonais. Além das tarefas pecuárias, chama a
atenção para a importância de se pensar sobre as agrícolas, pois a soma destas atividades, a sua constância ou acúmulo em determinados períodos é que determinava as necessidades de força de trabalho. Fernando Henrique Cardoso também havia afirmado que a presença escrava era menor ou nula na região da fronteira e nas Missões, no que foi
seguido por Maestri. Zarth se opõe a estas afirmativas porque segundo ele, Cardoso baseou-se no depoimento de Saint-Hilaire, que se refere, por sua
vez, ao início dos anos 1820, quando a região era palco de disputa e conflitos entre brasileiros e caudilhos platinos. Não pode, pois, sua observação ser generalizada para todo o período oitocentista. Não há, segundo Zarth, razão * para supor que a região missioneira não usasse escravos. Suas fontes inclusive apontam para a presença regular de escravos nos estabelecimentos da região. Além da presença nas estâncias, os escravos eram encontrados ainda em atividade nas pequenas indústrias artesanais da região missioneira. Analisando os números importantes de escravos em regiões como Porto Alegre, Jaguarão, Pelotas e Rio Grande, conclui que não eram menos importantes
Zarth'! vai investigar as atividades por eles desenvolvidas (roceiros,
em outras áreas tais como Cruz Alta ou para a zona missioneira e serrana. Daí conclui que, nos municípios pouco urbanizados e sem charqueadas, a escravidão era menos representativa em relação ao conjunto de habitantes, mas isso não diminui sua importância no interior dessas regiões. Um outro aspecto que seria retomado, posteriormente, refere-se à crítica que se fez ao caráter antieconômico da escravidão, que tanto foi retratado por autores como Cardoso.*? Estudos mais recentes reviram a lógica deste tipo de argumentação que descrevia a incompatibilidade entre trabalho escravo e progresso técnico, ao considerar que o
escravo. Helen Osório também se questiona sobre o processo produtivo
escravo não tinha incentivo para trabalhar, ao considerar restrita a divisão de trabalho. Monastério,* citando por sua vez o trabalho de
cravidão, mas as evidências se têm acumulado atestando o contrário. Além de refletir sobre a importância da escravidão nas estâncias,
campeiros e domésticos), refletindo sobre a especificidade do trabalho
37 ARTH, Paulo Afonso. Do arcaico ao moderno: o Rio Grande do Sul agrário do século XIX. Ijuí: Ed. Unijuí, 2002. 320 p. da es“ OSÓRIO, Helen. Estancieiros, lavradores e comerciantes na constituição de Tese . 1737-1822 Pedro, São de Grande Rio América: na sa tremadura portugue p. 315 1999. e, Fluminens Federal ade Universid na doutorado apresentada
“ Op. Cit. 36
* Este ponto foi discutido posteriormente por vários autores. Consulte-se, por exemplo, o interessante artigo de Richard Grahan: Slavery and economic development: Brazil and the United States South in the nineteenth century. Comparative Studies in Society and History. Vol. 23 n.4 (oct.1981), p. 620-655. 3 MONASTERIO, L. M. FHC errou? A economia da escravidão no Brasil Meridional. In: 2º Encontro de Economia Gaúcha, 2004, Porto Alegre. Anais do 2º Encontro de Economia Gaúcha. Porto Alegre: FEE, 2004.
37.
Corsetti,* vai ponderar o quanto as pesquisas demonstraram que paralelamente à escravidão havia inovação tecnológica. Um exemplo disso foi à introdução, em Pelotas, de máquinas a vapor para extrair gordura animal. Em segundo lugar, critica a pretensa falta de incentivo ao trabalho escravo. Afinal, não era incomum, no mundo escravista, combi-
narem-se incentivos positivos — tais como remunerações extras, permissão de trabalho remunerado, etc — com incentivos negativos — tais como as punições físicas. Da mesma forma, a divisão do trabalho foi muito maior do que aquela anteriormente considerada. Citando Gutierrez, ele aponta o trabalho escravo em 10 diferentes tarefas ligadas à produção do charque. Em sua análise, por fim, o que explicaria a decadência das charqueadas seria o próprio mercado. Sua crise, conclui Monastério, foi resultado do sucesso das províncias cafeeiras. E a elevação do preço do trabalho fez com que o charque perdesse competitividade frente ao produto platino. Contrariando os autores que creditaram o declínio do charque ao trabalho escravo, afirma que o problema estava na atividade saladeiril como um todo e não na escravidão. Se no âmbito de uma história econômica e demográfica as teses de Fernando Henrique Cardoso e Mário Maestri seriam contestadas, principalmente, aqui no caso dos autores citados, em relação à história do
cia escrava, surgiram vários outros textos que passariam a valorizar as experiências dos escravos, seu cotidiano, sua religiosidade. Apareceriam
pesquisas sobre a formação da família escrava, sobre a história das crianças, sobre alforrias, sobre a condição de vida dos cativos. Não
mais se privilegiaria o estudo das charqueadas. A escravidão, em outras atividades produtivas e em regiões antes descartadas, começaria, nessas investigações, a mostrar sua potencialidade na construção de uma imagem mais ampla da história dos africanos e seus descendentes no Estado. Sublinha-se, por fim, dentro desse quadro, os trabalhos sobre a escravidão urbana, tais como aquele desenvolvido por Paulo S.
Moreira no livro Os cativos e os homens de bem. Afastando-se de uma perspectiva generalizante, ele vai focar seu trabalho na “prática social dos escravos” buscando compreendê-los em suas relações sociais cotidianas, inclusive, com senhores e o poder público. Nesse quadro, torna-
se relevante a dimensão política do sujeito, seus projetos, suas trajetórias na luta contra a opressão e na busca da liberdade. Mas não se trata de uma abordagem que entende suas ações como resistência extremada à violência do sistema, uma vez que investiga suas “resistências passivas”, suas formas de negociação na tentativa de obter melhores condições de vida. Nesse contexto, vai estudar, principalmente, as alforrias e as asso-
Rio Grande do Sul, outras transformações ocorreriam nos estudos so-
ciações emancipacionistas que tinham como objetivo forrar os cativos.
bre a escravidão.
O trabalho de Moreira é ilustrativo, ainda, da tendência, em trabalhos
Nos anos seguintes, com a expansão da história social, houve um
deslocamento das interrogações sobre as grandes estruturas sociais € econômicas para a dinâmica interna da sociedade, no intuito de reintegrar o papel do homem no processo histórico. Este seria um período de grande diversificação das temáticas, de formas de abordagem, de fontes utilizadas que daria um novo fôlego para os estudos do tema. Todo esse movimento de mudança teve uma grande presença no Rio Grande do Sul. Assim, percebe-se que, ao lado daqueles estudos que continuaram orientados para um debate dentro da perspectiva estrutural, daqueles trabalhos que ao criticar a democracia racial sulina denunciavam a vio-
mais recentes, de se valorizar a pesquisa empírica, estudando uma variedade de fontes primárias, que muito têm enriquecido as perspectivas analíticas sobre a experiência da escravidão no sul do país. A variedade de temas e formas de abordagem, apontada acima, é
tributária da consolidação da pesquisa nas universidades brasileiras e da expansão dos cursos de pós-graduação. Se entre 1970 e 1980, por exemplo, tivemos em nosso banco de dados o registro de nove dissertações e teses, depois elas se expandiriam muito, de 1990 a 2006, temos o registro de sessenta e quatro. Esse crescimento, naturalmente,
lência do escravismo e, nessa perspectiva, escreviam sobre a resistên“ MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Os cativos e os homens de bem: experiências negras no espaço urbano, Porto Alegre 1858-1888. Porto Alegre: EST, 2003. 356 p.
4 CORSETTI, Berenice. Estudo da charqueada escravista gaúcha no século XIX. Dissertação de mestrado apresentada na Universidade Federal Fluminense,
38
1983.
* Estes números são apenas indicativos, tendo em vista que muitas teses foram publicadas posteriormente e registradas como livros.
39
acompanhou a proliferação de artigos publicados em revistas acadêmicas e a participação em congressos. Assim, a história da escravidão e
do pós-abolição reafirmou-se como um dos temas mais renovadores de nossa historiografia. Os números impressionam. Do final do século XIX até 1920 foram registradas 14 referências. Da década de 1930 a 1940, temos 45 títulos. Da década de 1950 a 1970, esse número já pula para 65 e, na década de 1980, já seriam 114. De 1990 até 2006, os números são, pois, de nos deixar estupefatos, por somarem 613 referências.
Esse breve panorama do conhecimento produzido sobre a presença do escravo africano e seus descendentes no Rio Grande do Sul buscou traçar algumas de suas características primordiais, localizando alguns dos debates nos quais os autores estavam inseridos. Evidentemente, tem caráter apenas introdutório, pois muito resta para ser aprofundado: na análise das próprias obras citadas nesta introdução ou o contexto de suas formulações; na relação dessas obras com seus interlocutores, entre outros aspectos. Certamente, é
preciso tecer considerações mais abrangentes sobre toda esta produção arrolada, privilegiando a perspectiva comparativa. Nesse caso, aguardam-se estudos mais sistemáticos que relacionem, por exemplo, a experiência do Rio Grande do Sul com aquela de Santa Catarina e do Paraná. Enfim, longe de esgotar o tema, o breve panorama citado acima tem o intuito de demonstrar a potencialidade e a importância dos estudos historiográficos. Em livro já clássico, de 1976, Lapa” assinalava o quanto o historiador brasileiro era avesso aos estudos teóricos. Quase 20 anos de-
regional, “uma tarefa ainda por realizar”. Os estudos então existentes, segundo sua avaliação, quando não eram apologéticos, limitavam-se a apontar apenas aspectos formais. Quero acreditar que, recentemente, essa situação tenha mudado um pouco. Têm despertado muito interesse as análises sobre os chamados intérpretes do Brasil e vários livros têm sido dedicados à crítica de obras e de autores clássicos de nossa historiografia.No caso específico do Rio Grande do Sul, por exemplo, alguns trabalhos auxiliam o estudo da produção intelectual, tais como os de Almeida, de Rodrigues, Nedel, Guttfreind, Lazzari,*º entre outros. Estas são obras que, em geral, analisam
de forma mais abrangente o contexto da produção sul-rio-grandense, não tendo como objetivo o tema que por ora nos preocupa. Embora o tema da « escravidão seja um dos que mais se renovou na nossa historiografia, os trabalhos dedicados a perscrutar essa produção específica ainda são, em sua grande maioria, pontuais. Em geral, análises críticas comparecem na introdução de teses ou dissertações. Textos mais densos que busquem uma análise sistemática sobre a produção de conhecimento, tendo o tema da escravidão como foco, ainda são relativamente raros. Talvez este Guia
bibliográfico, que tenho o prazer de apresentar a você, leitor, possa auxiliar na mudança desse quadro. Boa consulta! Regina Célia Lima Xavier
pois, ao analisar a produção acadêmica, em 1994, Fico** também chamava a atenção para a necessidade de desenvolvimento de trabalhos teóricos e historiográficos, áreas desprezadas, se se leva em conta o conjunto da produção brasileira por ele analisada. Em relação ao Rio
*º RODRIGUES, Mara Cristina de Matos. 4 institucionalização da formação superior em história: o curso de Geografia e História da UPA/URGS - 1943 a 1950. 2002. 222 f. Dissertação de mestrado — Programa de Pós-Graduação em História do
Grande do Sul, Almeida, em 1986,º não fazia um prognóstico diferen-
Sul, Porto Alegre, 2002. NEDEL, Letícia Borges. Paisagens da Província: o regionalismo sul-rio-grandense e o Museu Julio de Castilhos nos anos cinquenta. Dissertação de mestrado apresentada no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1999, 238p.; Um passado novo para uma história em crise: regionalismo e folcloristas no Rio Grande do Sul (1948-1 965). Tese de doutorado apresentada na Universidade de Brasília. Instituto de Ciências Humanas. Programa de Pós-graduação em História, Brasília, 2005. GUTFREIND,
te. Para ela, os estudos historiográficos ainda eram escassos no espaço
“ Op. Cit. * FICO, Carlos. Alguns impasses da produção historiográfica recente no Brasil. Anos 90,
n. 2, p. 111-126,
1994.
ALMEIDA, Marlene Medaglia (1986). 4 análise crítica da historiografia sul-riograndense: uma tarefa que se impõe. II Simpósio: elementos culturais no Rio Grande do Sul, Museu antropológico do Rio Grande do Sul da secretaria de educação/RS, 1986.
40
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do
leda. A historiografia rio-grandense.
2. ed. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1998.
217 p. LAZZARI, Alexandre. Entre a grande e a pequena pátria: literatos, identi-
dade gaúcha e nacionalidade (1860-1910). Tese de doutorado apresentada no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas, 2004.
41
Dados populacionais, étnicos e questões raciais Este guia bibliográfico contou em seu desenvolvimento com o apoio da pró-reitoria de pesquisa e do Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Para a sua elaboração, recebeu auxílio das agências financiadoras que concederam três bolsas de iniciação científica — PIBIC/CNPq, BIC/PROPESC e PROBIC/FAPERGS.
A implementação do projeto deste livro, premiado pelo concurso “Memória do Trabalho no Brasil”, se realizou com financiamento da Petrobras, por meio do Pronac (MinC). Esta iniciativa faz parte do Programa Memória do Trabalho, uma realização CPDOC/Fundação Getúlio Vargas, com apoio institucional do Ministério do Trabalho e Emprego.
ACRI, Edson. O gaúcho: usos e costumes. Porto Alegre: Grafosul, 1985. 180 p. O livro descreve a cultura gaúcha, dando destaque às populações que formaram o Rio Grande do Sul, à indumentária, ao tradicionalismo, às revoluções e às
guerras, apresentando diversas ilustrações. O negro aparece, brevemente, como importante construtor do Estado, enfatizando sua presença nas charqueadas e . Sua participação nas guerras. Acervo: BSCSH/UFRGS.
DIRETORIA DO ARQUIVO E DA BIBLIOTECA DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. A escravatura em Porto Alegre. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, 1940, p. 203-9.
O artigo, que teve visto de Walter Spalding, descreve, sucintamente, a inserção dos escravos em Porto Alegre ao longo de sua história. A abolição é um tema destacado e a cidade é descrita como centro abolicionista. Tem como fonte as Atas da Câmara Municipal. Acervo: IHGRS.
ALENCAR,
Francisco; BALDIN,
Nelma; CZESNAT,
Ligia. VI — Debate: Li-
vro didático e preconceito racial. Anais do II Encontro de História Estadual Anpuh/SC, 1990, p. 106-42. Trata-se do registro escrito de uma mesa redonda, na qual se discutiu a elaboração de livros didáticos e as formas de lidar com o preconceito racial, apresentada no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo Departamento de História e realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1988. Esse debate busca analisar de forma crítica o conhecimento veiculado pelos livros didáticos e a urgente necessidade de se escrever uma nova história, na qual se recupere a experiência de agentes tais como o índio, a mulher e, principalmente, o negro — antes, frequentemente excluídos. Acervo: ANPUHSC.
ALVES, Antônio Carlos Cardoso. O perfil do negro pós-moderno. Textura, n. 4, p. 97-104, jan./jun. 2001. 43
O artigo analisa diversos processos históricos de discriminação sociorraciais e as formas como os negros vêm adaptando sua cultura, para traçar um perfil do negro pós-moderno. Acervo: BCPUCRS.
AMARAL, Braz. Contribuição para o estudo das questões de que trata a tese sexta da seção de história das explorações arqueológicas e etnográficas: As tribos negras importadas: estudo etnográfico, sua distribuição regional no Brasil, os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (7-16 de setembro de 1914), v. 2, 1915, p. 661-93. O artigo trata da descrição das características morais e físicas das tribos africanas, da distribuição das mesmas no território brasileiro (destacando o nordeste)
e do tráfico transatlântico de escravos. Enfatiza a relação entre negros e brancos e a formação do povo brasileiro. Acervo: BCPUCRS.
AMARAL, Giana Lange do. O negro no contexto social da primeira capital farroupilha. Revista da Universidade Católica de Pelotas, Pelotas, v. 3, n. 2, dez. 1993, p. 71-91. O artigo analisa o negro em Piratini, destacando a sua importância na formação histórica do município, sua origem, atividades exercidas, modo de vida, resistência ao escravismo e participação junto à Revolução Farroupilha. Acervo: BCPUCRS.
AMARAL, Luiz. O colono italiano e a libertação do negro. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e
ANDRADE,
Santino de. Os alemães estão chegando: discursos sobre o imi-
grante alemão em Santa Catarina (1850-1890). Florianópolis: UFSC, 2000. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.
O trabalho analisa os discursos que envolveram a imigração alemã da segunda metade do século XIX no Brasil. Ao deter-se sobre as diversas “falas”, o autor discute os projetos sobre a agricultura, as “soluções” para a escravidão e a buscu de um “novo” país. Nesses discursos tem-se uma visibilidade das preocupa«ões com a substituição da mão-de-obra escrava e a política e a vivência da imigração italiana e, principalmente, alemã. Acervo: BCUFSC. ARAÚJO, Thiago Leitão de. Santa Misericórdia: caridade cristã — instituição escravista. Anais Eletrônicos do II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM. “A pesquisa teve como objeto 397 crianças enjeitadas na Roda dos Expostos de Porto Alegre entre, 1867 a 1875. Fez-se um estudo comparativo com o Rio de
Janeiro, onde após 1871, houve um aumento significativo de crianças “negras” e
'pardas” enjeitadas. Embora não encontrando o mesmo aumento no caso de Porto Alegre, o que mais chamou atenção foi a 'racialização” encontrada na divisão do espaço hospitalar e a discriminação de “negros” e “pardos”. Tendo feito um levantamento dos principais membros da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, concluiu-se que estes correspondem à elite política e econômica da Província; o mesmo sendo verificado para o caso da Bahia e do Rio de Janeiro. Portanto, além da apresentar os resultados parciais da pesquisa, “caridade cristi” é compreendida e relacionada a questões como prestígio, subordinação e controle social”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, 1940, p. 1025-35.
Esse artigo faz parte da IV Sessão: agricultura, indústria e comércio. Teve o parecer de Jorge F. Felizardo. Seu objetivo principal é destacar a importância de imigrantes italianos comparada a outros grupos europeus. Sublinha-se a importância do trabalho livre e a relevância do imigrante italiano na abolição — como substituto ao trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
ASSUMPÇÃO, Euzébio. Um perfil dos trabalhadores escravizados de Osório. In: SCHOLL, Merly et al. Raízes de Osório. Porto Alegre: Est, 2004. p. 59-70. O artigo analisa a participação dos escravos na população de Osório, antiga
Conceição do Arroio, citando dados do censo de 1780 e 1814, concluindo que a
mão-de-obra servil foi de fundamental importância para a sua formação social e
econômica. Ao estudar os inventários, destaca algumas características tais como
nacionalidade, etnia, sexo, preço, profissão e cor.
AMARO, AMARO,
Luiz Carlos. O negro e novo sindicalismo: história e realidade. In: Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: histó-
ria e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 60-72. O artigo apresenta uma análise cronologicamente ordenada da relação do movimento sindical com as questões raciais é com o movimento negro. Acervo: BSCSH/UFRGS. 44
ASSUMPÇÃO,
Euzébio. Idade, sexo, ocupação e nacionalidade dos escravos
charqueadores (1780-1888). Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n.
46, jul./dez. 1990.
1 e 2, p. 29-
45
BARBOSA, Luiz Francisco Corrêa. Igualdade e racismo no Brasil: resenha legislativa. In: ASSUMPÇÃO, Euzébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afrogatichos. Porto Alegre: Editora da Universidade (UFRGS), 1998. p. 125-36.
tando O artigo descreve diversos aspectos dos escravos charqueadores, apresen utilizando tabelas e gráficos a partir de dados sobre nacionalidade, idade e sexo, S. como fonte os inventários da freguesia de Pelotas. Acervo: BCPUCR
O artigo apresenta as leis, sobre a igualdade e o racismo, desde a Constituição do 1891 até as leis atuais, tecendo algumas análises sobre as alterações que sofreram e sobre suas aplicações práticas. Acervo: FBC/UFRGS.
universiAZEVEDO, Celia Maria Marinho de. Cota racial e jargão policial na 222-24, p. 23, n. 11, v. , dade: para onde vamos? Horizontes Antropológicos jan./jun. 2005. ando O artigo posiciona-se contra a política de cotas nas universidades, question Acerraça. de conceito do iação a relação entre militância e ciência e a reapropr vo: Periódicos Capes.
BARCELLOS, Daisy Macedo de. Espaço branco, beleza negra: relações raciais revisitadas. Humanas, v. 22, n. 1 e 2, p. 109-26, 1999.
“O artigo analisa as relações inter-raciais em Porto Alegre, Rio Grande do Sul 4 partir do exame de uma situação de confronto entre negros e brancos pois concurso de beleza ocorrido entre 1984 e 1986. Aborda questões de identidade étnica, regional e nacional através das manifestações publicadas na impre daquele período”. Acervo: BSCSH/UFRGS. vu
de GilAZEVEDO, Thales de. Gaúchos: notas de antropologia social. Palavras berto Freyre. Salvador: Tipografia Naval, 1943. 76 p. O livro descreve a população do Rio Grande do Sul a partir das áreas culturais riodo Estado que são divididas em: subárea gaúcha, subárea colonial e subárea papel O grandense original. Na subárea rio-grandense original o autor destaca predos negros, trazendo algumas estatísticas, enfatizando que nesta área está sente o indo-afro-luzo. Há ainda a exposição dos tipos de moradia dos gaúchos — dos ranchos dos gaúchos brasileiros e uruguaios. Acervo: BCPUCRS.
AZEVEDO,
Thales de. Gaúchos:
BARCELOS,
aà Grande. Província
O artigo descreve os diversos povos e as formas de desenvolvimento econômico que participaram da formação do Rio Grande do Sul. Ao referir-se às charqueadas, cita a participação dos escravos neste processo. Acervo: BCPUCRS
a fisionomia social do Rio Grande do Sul.
Salvador: Progresso, 1958. 146 p. o desO livro trata dos aspectos socioculturais do Rio Grande do Sul, buscand Estado o brasileir caráter O ndo enfatiza crever quem são os gaúchos e sua terra, rioe colonial gaúcha, subárea — do. Apresenta as áreas culturais do mesmo O que destaca autor o grandense original. Na subárea rio-grandense original socos estatísti africano desempenha papel importante, apresenta alguns dados moradias bre os negros. Dedica um capítulo aos italianos no Estado; outro, às viagem dos gaúchos brasileiros e uruguaios. Por fim expõem um relato de uma S. ao Uruguai. Acervo: BCPUCR do InsBALHANA, Altiva Pilatti. Formação da população paranaense. Boletim 1968. 40-51, p. 10, v. se, tituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaen alguns O artigo descreve a formação da população do Paraná, apresentando subcapíum a Apresent escravos. de número o dados demográficos — incluindo mais tulo sobre o negro, no qual destaca a utilização do trabalho escravo nos RGS. GEO/UF Acervo: cos. diversos setores e apresenta alguns dados estatísti 46
Rubens de. Esboço da formação soci al do Rio i G o Rio ç
y 1945. de São Pedro, ' n. 3, p. 13-24,
BARRETO, Adolfo Castro. O povoamento. Anais do Congresso Comemorativo do Bicentenário da Transferência da Sede do Governo da Cidade de Salvador AR para o Rio DE de Janeiro do Instituto Histórico e G eográfico i Brasileiro ilei (1963),
|
| |
|
a artigo descreve os objetivos da Metrópole, as dificuldades e as disputas com os espanhóis referente ao povoamento tardio do sul do Brasil. Os negros aparecem devido a sua introdução pa ra o povoamento e produção econômi Acervo: IHGRS.
?
gre
BARROS, Edy Alvares Cabral de. 4 freguezia de Nossa Senhora das Necessidades e Santo Antônio: 1841 a 1910, sua transição demográfica. Florianópolis: UFSC, 1979. Dissertação (Mestrado em História), Pós-Graduação em História,
||
Universidade Federal de Santa Catarina, 1979. 172 f.
|
O o descreve a evolução demográfica da freguesia, passando de tradicional para uma etapa de transição demográfica, em direção a uma sociedade mo47
derna. A verificação da hipótese é feita através de indicadores de mortalidade, da influência da Igreja na sazonalidade dos casamentos e concepções e de outros fatores demográficos, tais como a idade da mulher ao casar, natalidade, tamanho médio da família e o intervalo entre os filhos. Os indicadores foram gerados com base nos documentos sobre população e registros paroquiais de batizados, casamentos e óbitos. Acervo: BCUFSC.
inventários e testamentos, identifica e demonstra como essas ações permitiram n concessão de liberdade aos cativos. A pesquisa em livros de registros de batismos e óbito pertencentes à Igreja Matriz de Cruz Alta permitiu revelar a existência de batismo, compadrio e apadrinhamento de escravos, bem como os óbitos corridos nessa cidade e em Palmeira das Missões na segunda metade do século XIX. Acervo: BCUPF.
BERTULIO, Dora Lúcia de Lima. Direito e relações raciais: uma introdução
BRANCO, Mirian Adriana. Em Santa Catarina, os afro-descendentes e o condicionamento da cidadania. Anais eletrônicos do II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional. 2005. 1 CD-ROM.
crítica ao racismo. Florianópolis: UFSC, 1989. Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídicas), Universidade Federal de Santa Catarina, 1989. 249 f.
“O objetivo central do trabalho é a introdução da discussão racial no estudo e prática do direito. A autora,
contextualizando
a situação
do negro
no Brasil,
pontua o quanto o Direito e o Estado brasileiros permaneceram impassíveis, sempre considerando a ausência de conflitos raciais. Diante das pressões da população negra, o Estado edita leis anti-racistas, que permanecem sem aplicação prática. Os juristas, doutrinadores ou cientistas políticos não tomam conhecimento do fato. O Direito brasileiro foi considerado como elemento de reprodução e perpetuação do racismo contra os negros. Algumas falas dos membros do poder judiciário, legislativo e executivo ilustram a carga racista do cotidiano das instruções de poder do Estado”. Acervo: BCUFSC.
BORTOLINI, Maria Cátira. A genética e a peritagem racialista. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 262-3, jan./jun. 2005.
“O surgimento de associações negras constituiu um importante veículo de discussão e participação no espaço urbano. Na escalada rumo à cidadania, estas associações serviram para que seus membros continuassem reivindicando benleitorias para os municípios em que se estabeleciam: comemorando datas cívicas; organizando bibliotecas; instruindo-se, e inserindo-se, através da permanente tentativa de superação de discursos que colocavam as suas incapacidades ora sob o peso racial, ora de cunho cultural”. A autora pretende apresentar “os resultados da análise dos procedimentos e práticas implementadas pelos membros do Centro Cívico Cruz e Souza, uma das primeiras associações cívicas fundadas por negros no Estado de Santa Catarina, a fim de perceber os vestígios da luta pela construção da sua cidadania”. Acervo: BSCSH/UFRGS. BRANDÃO, Geraldo. O problema de uma raça. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfi-
O artigo busca demonstrar os usos da genética nas políticas afirmativas, posicionando-se contrário a estes. Acervo: Periódicos Capes.
co do Rio Grande do Sul, v. 3, 1940.
BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. Vestígios do passado: a escravidão no
O artigo, que teve parecer de Manoel Duarte, descreve as noções de raça criticando a teoria do arianismo. Estuda a raça negra revelando aspectos da História da África e das diferenças entre negros e brancos no Brasil. Procura demonstrar a inferioridade do negro. Acervo: IHGRS.
Planalto Médio Gaúcho (1850-1888). Passo Fundo: UPF, 2003. Dissertação (Mestrado em História), Pós-Graduação em História, Universidade de Passo Fundo, 2003.
Nesse estudo a autora analisa a escravidão no Planalto Médio gaúcho no período 1850-1888. Busca analisar a forte presença de cativos e seu valor econômico no contexto sociopolítico e na formação dos municípios de Cruz Alta e Palmei- | ra das Missões, demonstrando que os escravos não estiveram presentes somente na região charqueadora e em Porto Alegre. Através de pesquisa empírica, revela | a existência de movimentos abolicionistas nessa região, comparando-os com os | de outras, as leis elaboradas nesse período, as quais permitiram o encaminhamento de ações de liberdade que culminaram na abolição. Através da análise de |: 48
p. 1885-94.
BRASIL, Assis. História da República Rio-grandense. Porto Alegre: Editora Cia. União de Seguros Gerais, 1982. Nesta obra o autor inicia com uma descrição física da Província. As relações que seus habitantes mantém com o meio são destacadas na formação da índole do Rio-grandense. Este caráter assim constituído, por sua vez, explica, em parte, seu desejo de autonomia e liberdade em relação ao governo central, sua tradição republicana. Todos estes aspectos são fundamentais para que o autor possa analisar a revolução farroupilha, tema principal de seu trabalho. Ao discorrer
49
sobre a formação do rio-grandense cita, sucintamente, a participação dos escravos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Santa Catarina: história, evolução. São Paulo: Cin, Editora Nacional, 1937. 445 p.
BRASILIANO, Rúbio. Terra do gaúcho. Anais do Segundo Congresso Sul-RioGrandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 1, 1937. p. 163-222.
O livro descreve a conquista, a colonização e a evolução de Santa Catarina até a (uerra do Contestado. A escravidão aparece em alguns momentos do texto, quando este apresenta alguns dados demográficos e ao referir-se à economia e to trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
O artigo incluindo étnicos”, formação
versa sobre a história do Rio Grande do Sul, sendo bastante amplo, geografia e povoamento. No capítulo III, denominado “Fundamentos o autor dedica oito páginas (205-12) para tratar da presença negra na do povo gaúcho; apresenta número de escravos e suas procedências.
Acervo: IHGRS.
BRESCIA, Daisy. Houve superioridade racial dos primeiros povoadores? Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, 1940. p. 1855-73. O artigo, o qual teve parecer de Olynto Sanmartin, descreve teoricamente a questão da raça, citando autores brasileiros e estrangeiros, procurando relacionar a raça com fatores econômicos e do meio. Destaca a força colonizadora dos primeiros povoadores. Acervo: IHGRS.
BRUNO, Ernani Silva. História do Brasil, geral e regional. São Paulo: Cultrix, 1967. 234 p.
O livro é composto por sete volumes, divididos conforme as regiões do Brasil. No volume cinco, destinado a São Paulo e ao Sul, há um subcapítulo intitulado “Senhores, colonos e escravos”, que corresponde às páginas 139-149, o qual descreve a formação social do Brasil Meridional, ressaltando que esta é marcada pela escravidão negra e pelas colônias de europeus. Baseia-se em relatos de diversos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. História de Santa Catarina. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1968. 430 p. O livro descreve a história de Santa Catarina desde os seus primeiros donatários no “Brasil Colônia” até o momento contemporâneo da obra — 1967. O negro aparece no subcapítulo “O elemento negro em Santa Catarina”, do capítulo inti“tulado “A segunda metade do século XIX”, no qual o autor apresenta — resumidumente — dados populacionais, etnias negras que foram para Santa Catarina e algumas funções dos escravos. Também, no subcapítulo “O abolicionismo”, do
capítulo “Os últimos vinte anos”, o autor apresenta alguns aspectos da abolição no referido Estado. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Povo e tradição em Santa Catarina. Florianópolis: Edeme, 1971. 133 p. O livro reúne, além de Cabral, Silvio Coelho dos Santos, Luiz Carlos Halfpap, Theobaldo Costa Jamundá, Carlos Humberto Correa. Busca-se compreender a composição populacional de Santa Catarina, o papel desempenhado pelo português, o índio, o negro e demais estrangeiros que ali aportaram, investigando suas contribuições, sua economia e ocupação espacial, seu folclore e literatura. Acervo: BCUFSC.
CABRAL,
Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Desterro: Notícia Histórica
II. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1972. BRUNO,
Ernani Silva. Senhores, colonos e escravos. Notícia bibliográfica e
histórica, n. 180, p. 77-86, jan./mar., 2001. O artigo consiste em uma seleta publicação de parte da obra História do Brasil, geral e regional, de 1967. Descreve a formação social do Brasil Meridional, ressaltando que esta é marcada pela escravidão negra e pelas colônias de europeus. Baseia-se em relatos de diversos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
50
O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Desterro, destacando os produtos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também, o uso da água, as vestimentas, os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das Igrejas e Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, sobre a qual o autor enfatiza que
era composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escravos apresenta dados demográficos e sobre a origem destes, suas funções, suas festas, suas vestes, seus feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondade de muitos senhores, as irmandades de que participavam, as fugas e crimes que cometiam,
Si
|
as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Para tanto, baseia-se nos relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
CALOGERAS, João Pandiá. O povoamento: os fatores étnicos; o tráfico; resul-
|
tados numéricos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro — tomo especial — 4 política exterior do Império 1 — Contribuições para a biografia de Dom Pedro II - parte II — As origens, v. 2, p. 283-332, 1927.
CARVALHO, José Jorge de. Usos e abusos da antropologia em um contexto de tensão racial: o caso das cotas para negros na UnB. Horizontes Antropológicos, v1],n. 23, p. 237-46, jan./jun. 2005.
O artigo descreve o povoamento brasileiro a partir dos fatores étnicos, desta- | cando a miscigenação. Refere-se ao tráfico transatlântico, dando relevância às regiões de procedência dos escravos na África e à crueldade do processo de escravização. Evidencia algumas estatísticas sobre a população negra e a sua | origem. E enfatiza, ainda, a importância do meio geográfico no processo de | civilização do Brasil. Acervo: BCPUCRS.
O artigo analisa a contribuição (positiva e negativa) dos antropólogos no processo de luta contra o racismo, no qual o autor insere a política de cotas nas universidades, tendo sido um dos protagonistas da implementação de cotas na UnB. Acervo: Periódicos Capes.
CÂMARA, Antônio Manuel Correia da. Statística. Ensaios estatísticos da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro, v. 1,2 e 3, ano In. 1; ano In.
CARVALHO, Maria Rosário de. Breves reflexões suscitadas pelo artigo “Política de cotas raciais, os “olhos da sociedade” e os usos da antropologia: o caso
| .
do vestibular da Universidade de Brasília (UnB)”. Horizontes Antropológicos, v. 11,n. 23, p. 264-67, jan./jun. 2005.
1e2;ano ln. 1e 2, p. 232-42; 80-7; 215-22; 272-88, 1860-2. Trata-se da publicação de um manuscrito doado pelo autor e que se encontrava
|
O artigo ressalta a complexidade das identidades étnicas e, assim, a dificuldade de definição das mesmas de uma forma arbitrária como ocorreu na implantação de cotas na UnB. Acervo: Periódicos Capes.
no arquivo do Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro. Foi |
publicado na revista desta instituição, por partes, nos anos de 1860 a 1863. É | um trabalho “estatístico” que discorre sobre aspectos geográficos, geológicos, climáticos e demográficos da dita Província. Além disso, tece considerações | sobre questões militares e de segurança nacional, sobre o desenvolvimento econômico e os habitantes rio-grandenses. Neste último tópico, faz algumas análi- |
CHARÃO, Ricardo. Negros escravos em brancas e protestantes comunidades. Anais do VI Encontro da ANPUH/RS,
ses sobre os escravos. Acervo: IHGRS.
CARNEIRO, José Fernando. O império e a colonização no sul do Brasil. Fundamentos da cultura rio-grandense, 4 série, abril 1960. p. 59-96.
52
2002. 1 CD-ROM.
O artigo tem por objetivo analisar a relação entre escravos e imigrantes, tomando como ponto de partida o primeiro livro de registro da Comunidade Evangé-
CAMPOS JÚNIOR, Joaquim Gomes de. Os povoadores do Estado do Rio Gran- | de do Sul. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional do Instituto Histó- | rico e Geográfico Brasileiro (7 — 16 de setembro de 1914), v. 1, 1915. p. 877-82. | O artigo descreve as diversas etnias africanas e européias que povoaram o Rio Grande do Sul, destacando que os açorianos não são relevantes nesse povoamento. Evidencia as diferenças do gaúcho. Acervo: BCPUCRS.
O artigo descreve a imigração alemã e italiana, destacando as pequenas propriedades como alvo da política governamental, enfatizando que nestas era proibida a escravidão, ressaltando a instrução nas colônias e relacionando-as ao interesse dos portuguenes no Prata, Refere-se, também, às estâncias, destacando que estas não necessitavam grande quantidade de mão-de-obra escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
|
lica dos Três Reis Magos, em Hamburgo Velho, o qual contém os registros fei-
tos entre 1845 e 1886. Acervo: ANPUHRS.
CLÁUDIO, Affonso. As tribos negras importadas: estudo etnográfico e sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (7-16 de setembro de 1914), v. 2, 1915. p. 595-660. O artigo trata da descrição das características morais, físicas, sociais e biológicas das tribos africanas, da distribuição das mesmas no território brasileiro e do tráfico de escravos. Enfatiza a mestiçagem. Acervo: BCPUCRS.
53
COPSTEIN, Raphael. Subsídio ao estudo da escravatura no sul do Estado. Boletim Gaúcho de Geografia, n. 6, p. 21-43, jul. 1977.
CUNHA, Rafael Scheffer. Tráfico interprovincial e comerciante de escravos em Desterro, 1849-1888. Florianópolis: UFSC, 2006. Dissertação (Mestrad o
em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. 157 f.
Analisa um documento intitulado “Entrada e saídas de escravos em geral fugidos e que não respondem por crime algum”, contextualizando o documento e o que nele há escrito. O documento foi escrito na cadeia pública da cidade de Rio Grande, e nele consta o registro de recolhimento de escravos fugidos e presos nesse local. Acervo: IHGRS.
|
CORRÊA, Mariza. Os ciclistas de Brasília. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 268-70, jan./jun. 2005. O artigo destaca a relação intrínseca entre ciência e política presente no debate e na implantação das cotas raciais. Acervo: Periódicos Capes.
COSTA, Dora Isabel Paiva da. O mercado de escravos na Comarca Bananeiras,
,
Analisando o trabalho escravo em Santa Catarina, o autor focaliza a importâneta do tráfico interno, analisando o mercado de escravos em Desterro, na segundn metade do século XIX, em suas faces local € interprovincial, procurando enlcular seu volume e formas de operação e seu impacto na população cativa da cupital catarinense. Investiga ainda a trajetória de um importante comercia nte Manoel Antônio Vitorino de Menezes. Acervo: BCUFSC. D'AZEREDO,
Francisco de Paula. Em trânsito pelo Rio Grande do Sul em
[816 (notas de viagem). Província de São Pedro, n. 21, p. 26-35, 1957.
À
Província da Paraíba: 1860-1888. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 7 79-94, jul./dez. 1990.
“O artigo consiste na transcrição das notas de viagem do Conde de Samodãe s, o qual era oficial do exército português em campanha no Rio da Prata. Apresent a us características físicas dos homens e mulheres, aspectos da paisagem, das casas e da vida — nesse momento cita os negros e suas dificuldades cotidianas. Acervo: BCPUCRS.
O artigo descreve o mercado local de escravo do município de Bananeiras, o À
qual se destacava pelos engenhos de cana-de-açúcar e pela atividade criatória. | À Apresenta tabelas sobre a quantidade do comércio de escravos, sobre suas ida- | des e sexo, e sobre as atividades econômicas dos compradores e vendedores de 4 escravos. Acervo: BCPUCRS.
COSTA, Irani del Nero da; GUTIERREZ, Horacio. Notas sobre casamentos de | escravos em São Paulo e no Paraná (1830). História: Questões & Debates, n. 9, |
p. 313-21, dez. 1984. Analisa dados estatísticos referentes ao casamento de escravos realizados em 1830
O artigo descreve inúmeros aspectos do Rio Grande do Sul (geografia, sociedade, economia, política, religião, guerras, etc.). Há uma pequena referênci a à escravidão, com a descrição da procedência dos africanos vindos para o Estado (nomes das tribos, locais, características). Há também comentários sobre o processo de abolição da escravidão em âmbito nacional e regional e sobre os clubes abolicionistas de diversas cidades gaúchas. Acervo: IHGRS. DOCCA, Emílio Fernandes de Souza. Gente Sul-Rio-Grandense. Anais do Ter-
JÚNIOR, Henrique; LIMA, Maria Batista. Educação e identidade ét- l
nica para os afro-descendentes sergipanos. In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 73-80.
Emílio Fernandes de Souza. História do Rio Grande do Sul. Rio de
Janeiro: Organização Simões, 1954. 454 p.
|
pela Igreja Católica, nos atuais Estados de São Paulo e do Paraná, confrontando estes dados com os matrimônios de casais livres. Acervo: BCPUCRS.
CUNHA
DOCCA,
! |
ceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, 1940. p. 643-80. O artigo descreve a formação do Rio Grande do Sul. Comenta sobre a geografia, início de seu povoamento, sua sociedade e economia, entre outros aspectos. Descreve o negro a partir de suas origens na África, apresentando dados sobre os “agoins” e “bantus”. Acervo: IHGRS.
O artigo analisa, brevemente, a participação dos afro-descendentes na educação ! em Sergipe, destacando a importância da valorização da identidade étnica nos | processos pedagógicos. Acervo: BSCSH/UFRGS. 54
E]
“Este trabalho apresenta uma reflexão de cunho histórico-sociológico acerca da constituição da escravidão colonial. Para tanto, buscou-se inicialmente apontar o elevado grau de aceitação da escravidão no espaço ideológico colonial, confrontando-a com o surgimento de novas idéias pautadas na concepção iluminista de liberdade. Interessa mostrar que os laços de solidariedade e de submissão desempenham um papel decisivo no posicionamento dos indivíduos na sociedade. Examina-se duas escravarias de grande porte em regiões distintas e com trajetórias
DOCCA, Emílio Fernandes de Souza. Gente sul-rio-grandense. In: COUTO SILVA, Morency do; PIRES, Arthur Porto; SCHIDROWITZ, Léo Jeronimo. Rio Grande do Sul — Imagem da terra gaúcha. Porto Alegre: Cosmos, 1942. p. 184-216. O artigo descreve o habitat do povo rio-grandense, as primeiras explorações dessa terra, a sociedade e a “gente”. No capítulo intitulado 4 Gente sul-riograndense, consta um subcapítulo: O elemento negro. Neste, descreve o elemento negro a partir de suas origens na África, apresentando dados sobre “ago-
| |
nemelhantes: Real Fazenda de Santa Cruz (1791) e San Miguel de Tucumán (1768).
ins” e “bantus”. Acervo: IHGRS.
Nessas fazendas pretende-se observar, via padrões demográficos, similitudes e diferenças na constituição social de ambas. Trata-se de duas propriedades marcadus pelo trato religioso jesuíta e que na segunda metade do século XVIII apresentnvam traços de crescimento endógeno”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
DOS ANJOS, José Carlos. O tribunal dos tribunais: onde se julgam aqueles que. | julgam raças. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 232-6, jan./jun. 2005. ! O artigo analisa e questiona a relação de oposição entre ciência e militância | política, estabelecida no debate sobre cotas, argumentando sobre estes dois lu- Í gares de enunciação e sobre suas relações intrínsecas. Ainda, desconstrói as ! criticas, realizadas em outros artigos no mesmo volume da revista, à racializa-
|
ção inerente ao processo de cotas, demonstrando os objetivos desse processo. Acervo: Periódicos Capes.
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ERICKSEN, Nestor. Discurso pronunciado pelo Sr. Nestor Ericksen ao ser recebido no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 84, p. 258-81, 4º trim., dez. 1941. O artigo descreve a história do negro no Rio Grande do Sul, desde suas primeiras entradas, na fase de povoamento, até a abolição. Apresenta alguns dados demográficos sobre o tráfico interno e transatlântico, contrabando e economia (destaca a estância e a charqueada). Ressalta, ainda, a participação do negro na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai. Foi também publicado em brochura pela Livraria do Globo. Acervo: BPERGS.
DREHER, Martin N. O negro na obra de Johann Jakob von Tschudi. Estudos | Leopoldenses, v. 27, n. 121, p. 69-82, jan./fev. 1991. O artigo descreve a obra, seu contexto e o autor Johann Jakob Tschudi, um ] Ministro da Suíça que escreve observações sobre a situação dos imigrantes no ] Brasil. Ao analisar esta obra, destaca dados apresentados sobre o negro, especial- | mente sobre economia, sobre a vida de escravos na fazenda, sobre a educação, | sobre o racismo e sobre os negros nas áreas de imigração e colonização européia. Acervo: BCPUCRS.
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha de história do Rio Grande do Sul (Uma nova visão da formação da terra e do povo gaúcho). 2 ed., Porto Alegre: Martins Livreiro, 1994. 128 p.
O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul desde a ocupação até os movimentos revolucionários do início do século XX. Dedica um capítulo aos negros, no qual destaca a presença da escravidão no Estado desde o início da ocupação, enfatiza as charqueadas, apresenta as origens dos negros, a participação destes na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai, aspectos culturais (como vestes, linguagem e batuques), a resistência à escravidão e a situação atual dos negros. Acervo: BCUNISINOS.
DUARTE, Luiz Fernando Dias. Pungente retrato do universalismo apunhalado. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 255-7, jan./jun. 2005.
O artigo questiona a política de cotas raciais nas universidades, defendendo que esta reduziria a complexa questão das relações étnicas para o plano da “essencialização” racial. Acervo: Periódicos Capes.
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ENGEMANN,
Carlos. Reflexões acerca de alguns elementos constitutivos da
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sociedade escravista no Brasil. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
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56
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Escravos nas estâncias e nos campos: escravidão e trabalho na campanha rio-grandense (1831-1870). VI Congresso Brasileiro de História Econômica,
Conservatória (RJ), ABPHE.
Anais do
VI Con-
57
tornecendo informações a respeito do número de habitantes (incluindo o número de escravos), da organização espacial, da economia e da cultura. Consiste na transcrição de um relatório enviado em 1854 ao Presidente da Província. Acer-
gresso Brasileiro de História Econômica e 7º Conferência Internacional de História de Empresas, 2005. 1 CD-ROM. “Este estudo analisa as principais características da escravidão em Alegrete, o principal município pecuário do Rio Grande do Sul, com ênfase para a análise das transformações ocorridas entre 1851 e 1870, período imediatamente posterior ao final do tráfico atlântico de cativos”.
vo: BCUFRGS.
FERRAZ, João Machado. Os primeiros gaúchos da América Portuguesa. Porto Alegre/Caxias do Sul: 1980. 157 p. Analisa brevemente a presença negra na cidade de Rio Grande, no seu período de formação. Apresenta a transcrição do primeiro livro de batismo desse município, incluindo o registro de batizado dos escravos. Acervo: ULBRA.
FARINATTI, Luis Augusto Ebling. Nos rodeios, nas roças e em tudo o mais: trabalhadores escravos na campanha rio-grandense, (1831-1870). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-
ROM. “O texto busca analisar a presença dos cativos na Campanha Rio-grandense, f localizada na fronteira com as repúblicas platinas, principal zona de criação de gado da província do Rio Grande do Sul. Investiga-se algumas das característi- | cas demográficas da população cativa da região, além de aspectos relacionados | às atividades desempenhadas por aqueles trabalhadores. Nesse último quesito, | malgrado a conhecida visão que desacredita a importância do emprego de cativos na pecuária, o envolvimento direto no costeio do gado foi a principal atividade desenvolvida por aqueles trabalhadores. Nessas e em outras atividades, os escravos eram empregados, em geral, em associação com o trabalho livre nas maiores estâncias, e com o trabalho familiar nas unidades produtivas de menor vulto. As principais fontes empregadas aqui são os inventários post mortem e um censo agrário realizado em 1858”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FAYA, Lindo. A questão da superioridade racial e sua aplicação aos primeiros colonizadores do Brasil. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, 1940. p. 1675-84. O artigo, que teve parecer de Carlos desigualdade. Apoiado em diversos português, destacando sua cultura e de, é destacado por sua capacidade muito posteriormente à colonização,
de Paula Couto, discute o conceito de raça e de autores brasileiros, defende a superioridade do civilização. O índio, apesar de sua inferioridade dominar o ambiente. O negro, introduzido é citado brevemente. Acervo: IHGRS.
| | , | | |
FORTES, Amyr Borges. Compêndio de História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1981. 174 p. O livro, que teve sua primeira edição em 1960, trata de diversos aspectos da história do Rio Grande do Sul, abrangendo desde o Período Colonial até 1979 (na 6º edição ampliada em que foi feita a consulta). No capítulo referente ao Período Imperial há um subcapítulo intitulado 4 abolição da escravatura, no qual o autor destaca a pequena quantidade de escravos e a benevolência da escravidão no Rio Grande do Sul, bem como a precoce abolição no Estado. Acervo: BCPUCRS.
FRANCO NETTO, Fernando. Senhores e escravos no Paraná provincial: os padrões de riqueza em Guarapuava — 1850/1880. Anacleta, Guarapuava, v. 2, n. |, p. 155-69, jan./jun. 2001. A partir do estudo serial de inventários o autor busca caracterizar alguns padrões demográficos da população escrava em Guarapuava na segunda metade do século XIX, região paranaense de produção pecuária. Disponível em: . Acesso em: 15 mar. 2006. FRANCO
NETTO, Fernando. Dinâmica da população escrava numa área de
fronteira nova — Guarapuava (1828/1870). 1 Encontro de Pós-Graduação
em
tuto Histórico e Geográfico do Paraná, v. 1, n. 3, p. 221-44, 1917.
À
História Econômica, Promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica e pelo Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências e Letras da UNESP, setembro 2002.
O artigo descreve a população do Paraná a partir dos dados de cada distrito,
|
Partindo dos primeiros grupos que migraram para Guarapuava no início do
FERNANDES
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JÚNIOR, Antônio Manuel. O Paraná em 1853. Boletim do Insti-
/
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FREITAS, Maria Lezi. Os negros e os novos paradigmas da saúde. In: AMA-
Século XIX, avalia-se a evolução e as características da população escrava naquela localidade assim como sua importância para a implantação e a consolidação da atividade da pecuária/agricultura na região. Desta forma e num primeiro momento, analisam-se alguns estudos importantes e específicos sobre as características da população escrava em dadas regiões do país, considerando-se algumas peculiaridades com relação às razões de masculinidade e à relação crianças/mulheres, que são dois indicadores importantes para capturar-se a dinâmica da escravaria, sobretudo para fins comparativos. Finalmente resgatam-se determinadas características da população escrava em Guarapuava utilizando esses dois indicadores — razão de masculinidade e relação crianças/mulheres, a partir das listas nominativas de habitantes e dos inventários post mortem.” Acervo: NEHD Disponível em: . Acesso em: 17/mar/2006.
RO, Luiz Carlos; MAESTRI
fúcionalismo acadêmico, como
a terapia floral, para os tratamentos de saúde
dos negros. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREYRE, Gilberto. Continente e Ilha. Rio de Janeiro: C.E.B., 1943. 69 p. O artigo trata da relação entre o Brasil e o Rio Grande do Sul, atentando para o pertencimento deste àquele. Ressalta que todo o Brasil foi formado pelos neEros, brancos e índios. Acervo: BCPUCRS,
(MG),
“Pretende-se avaliar algumas características da estrutura de posse de escravos, a partir das listas nominativas de habitantes dos anos de 1828, 1835 e 1840, período esse considerado como de ocupação da região a partir de migração de um contingente populacional integrado por militares e proprietários de escravos com condições de desenvolverem as atividades de pecuária, além de pequenos lavradores e agregados e de uns poucos comerciantes. Com o intuito de avaliar a evolução da posse de cativos, estudou-se as trajetórias de alguns proprietários. A posse média de escravos, por exemplo, demonstra a tendência de aumento na propriedade de cativos à medida que a idade dos proprietários aumentava. O estudo busca relacionar a evolução da propriedade com a hipótese do ciclo de vida para compreender melhor a composição da riqueza em cativos”. Disponível em: . Acesso em: 16 mar. 2006.
Mario José. Afro-brasileiros: história e
O artigo destaca a importância dos paradigmas que não estão relacionados ao
FRANCO NETTO, Fernando. Algumas considerações sobre a estrutura de | posse de cativos e a hipótese do ciclo de vida — Guarapuava — século XIX. V | Congresso Brasileiro de História Econômica, Promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica (ABPHE), Caxambu set. 2003.
FILHO,
realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 81-4.
| | | | |
FRY, Peter. Ossos do ofício. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 271-2, jan./jun. 2005. O artigo questiona o papel dos antropólogos na implantação das cotas raciais na UnB. Acervo: Periódicos Capes.
GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. Cartas de alforrias em Rio Grande. Estu-
dos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 117-36, jul./dez. 1990.
O artigo descreve as alforrias na cidade de Rio Grande, apresentando tabelas com quantidades de escravos e livres nas paróquias de Rio Grande, com o número de alforrias por sexo, idade, estado civil e ano, além das condições das alforrias, as profissões dos escravos alforriados e preços respectivos. Acervo: BCPUCRS.
GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. 4 escravidão urbana na cidade de Rio Grande, Porto Alegre: PUC, 1993. 201 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993. “A pesquisa está baseada em três tipos de documentação: cartas de alforria en-
FRANCO, Sérgio Costa. Esquema sociológico da fronteira. Província de São Pedro, n. 15, p. 46-51, 1951.
O artigo descreve a formação social da fronteira, enfatizando que esta é etnicamente bastante heterogênea — fazendo referência ao negro. Apresenta, ainda, dados sobre as estâncias e sobre a questão militar. Cita, também, a presença do catolicismo entre os escravos. Acervo: BCPUCRS.
60
contradas no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, relativas aos anos de
1874-1879 e 1884-1885. Os relatórios dos Presidentes da Província, que estão no Instituto Histórico e Geográfico de Porto Alegre e os anúncios de jornais Diário de Rio Grande e Echos do Sul, localizados na Biblioteca de Rio Grande, da década de 60 do século XIX. Pretende-se com esse trabalho não só traçar um perfil do escravo rio-grandino nesse período, como também rediscutir algumas teses concernentes à escravidão na cidade”. Acervo: BCPUCRS. 61
GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. O comércio de escravos na cidade de Rio Grande na década de 1860. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 201-7.
O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul em seus múltiplos aspectos: povoamento, economia, política, sociedade, religião e questões militares. No aspecto social destaca o problema das raças, afirmando que o Brasil é mestiço, thus que no Rio Grande do Sul é notável a maioria branca. No aspecto econômi00, cita O trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
O artigo apresenta dados sobre o perfil do escravo ideal para ser comercializado em Rio Grande. Também destaca algumas características do comércio de escravos praticado na cidade, evidenciando o tráfico interprovincial. Acervo: BSCSH/ UFRGS.
|
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GERTZE, Jurema Mazuhy. Infância em perigo: a assistência às crianças abandonadas em Porto Alegre (1837-1880). Porto Alegre: PUC, 1990. 340 f. Disser-
|
]
tação (Mestrado em História), Departamento de História, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1990.
A dissertação trata da assistência às crianças abandonadas em Porto Alegre, destacando a Roda da Santa Casa como o primeiro espaço institucional do Rio Grande do Sul de asilo para crianças. Apresenta o cotidiano dessa assistência institucionali-
1 | |
zada e como se dava o envolvimento dos cidadãos. Acervo: BCPUCRS.
O nrtigo destaca algumas descrições de Saint-Hilaire em sua viagem à Comarca de Curitiba, enfatizando dados demográficos referentes a livres e escravos. Acervo; BCPUCRS.
GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo. Entre o medo de fraudes e o fantasma das raças. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 215-17, jan./jun. 2005.
O artigo busca contrapor alguns argumentos do artigo de Maio e de Santos do mesmo volume da revista, apresentando os aspectos positivos da política de cotas raciais nas universidades. Acervo: Periódicos Capes.
GERTZE, Jurema Mazuhy. Notas para o estudo da mortalidade infantil entre a ! população escrava no Rio Grande do Sul (1850-1872). Estudos Ibero-America- |
nos, v. 16,n. 1 e 2, p. 137-59, jul./dez. 1990.
GUTIÉRREZ, Horácio. Demografia escrava em economias não-exportadoras:
O artigo descreve a mortalidade infantil, a partir dos Registros de Óbitos dos | Escravos sepultados no cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Ale- | gre, demonstrando, através de tabelas, o número de crianças entre o número
|
total de escravos sepultados, sua faixa etária, sexo, cor, origem e causas das
]
Paraná, 1800-1830. Estudos Econômicos, v. 17, n. 3, p. 297-314, 1987.
mortes. Acervo: BCPUCRS.
GOMES, Alfredo. Achegas para a história do tráfico africano no Brasil. Aspectos numéricos. Anais do Quarto Congresso de História Nacional do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (21-28 de abril de 1949), v. 5, 1950. p. 25-78.
| |
O artigo, que teve parecer de Paranhos Antunes, Carvalho Mourão, Luísa da Fon-
|
seca, Manuel Diégues Júnior e Feijó Bittencourt, descreve o tráfico de escravos |
no Brasil, trazendo estatísticas e origens étnicas. Apresenta também dados demo- | gráficos e econômicos das diversas regiões brasileiras. Acervo: BCPUCRS. GOULART Jorge Salis. 4 formação do Rio Grande do Sul. Pelotas: Livraria do
( JRAF, Márcia Elisa de Campos. Uma viagem à comarca de Curitiba em 1820... Anais da XX Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, 2001. p. 209-15.
“Revela-se nos escravos do Paraná um significativo equilíbrio entre os sexos, buixa idade mediana da população, elevada magnitude de crianças escravas, de modo que sua estrutura demográfica assemelha-se muito àquela encontrada na população livre. Tudo indica que a reprodução natural teve peso decisivo na conformação desta estrutura, e num período no qual o tráfico de africanos para o Brasil alcançava proporções inéditas”. Acervo: ECO/UFRGS.
GUTIÉRREZ,
Horácio. Crioulos e africanos no Paraná,
1798 — 1830. Revista
Brasileira de História (SP), v. 8, n. 16, p. 161-88, mar./ago. 1988.
O artigo objetiva demonstrar a importância dos crioulos no Paraná, na área de pecuária e agricultura de subsistência e, também, nos pequenos e grandes plantéis. Apresenta dados sobre o mercado de escravos e sobre a naturalidade dos cativos. Acervo: BCPUCRS.
|
Globo, 1927. 296 p.
62
63
|:
GUTIÉRREZ, Horácio. Senhores e escravos no Paraná, 1800-1830. São Paulo: USP, 1989. Dissertação (Mestrado), Universidade de São Paulo, 1989.
“Estudo da demografia escrava no Paraná a partir de listas nominativas de habitantes. Analisa-se a estrutura de posse de escravos, sua origem, índices de masculinidade, nupcialidade, estrutura etária e o perfil demográfico e econômico dos senhores. Os indicadores encontrados sugerem que a reprodução natural explica o crescimento da população escrava verificada no Paraná nas primeiras déca-
| | | ;
das do século XIX”. Acervo: NEHD. GUTIÉRREZ, Horácio (org.). A Família Escrava no Brasil. População e Fami| lia, v. 1, n. 1, 1998. p. 260. Coletânea de artigos sobre a família escrava no Brasil, com enfoques preferen-. À cialmente demográficos. Textos de Robert W. Slenes, Manolo Florentino e José | R. Góis, AntonioC. J. Sampaio, AndréaJ. Simonato, Rômulo Andrade, Tarcísila R. Botelho, CarlaM. Almeida.
HERSKOVITS, Melville. O extremo sul dos africanismos no Novo Mundo. ! Anais da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Porto Alegre, 1943, By ! 107-28. O artigo descreve a origem dos negros no sul do Brasil, especialmente em Porto Alegre. Apresenta, também, dados demográficos e dados das vidas dos negros, na cidade — especialmente sobre religião. Acervo: BCPUCRS.
HERSKOVITS, Melville. Deuses africanos em Porto Alegre. Província de São. i Pedro, n. 11, p. 63-70, 1948. O artigo descreve aspectos das religiões africanas em Porto Alegre, a partir do. | relato etnográfico do autor, destacando as origens na África e apresentando algumas informações sobre as casas de culto, as entidades e sobre a vida cotidiana | | dos afro-brasileiros. Acervo: BCPUCRS.
dle escravos após a lei de 1850, como uma das razões para a vinda de imigrantes. Acervo: BCPUCRS.
LAGO, Lourdes Stefanello. Origem e evolução da população de Palmas (18401499). Florianópolis: UFSC, 1987. Dissertação (Mestrado Centro de Filosofia e Ciências Humanas), Departamento de História, Universidade Federal de Santa Catarina, 1987.
A dissertação analisa a origem e a evolução da população de Palmas (SC) no período de 1840-1899. Mostra a variação da taxa de mortalidade e a presença da escravidão negra na cidade, concluindo que a tendência de crescimento da população, durante o período analisado, apresenta-se em ascensão para os livres e em declínio para os escravos. Acervo: BCUFSC. é
LAYTANO, Dante de. História da República Rio-Grandense (1835-1 845). Porto Alegre: Livraria do Globo, 1936. 352 p. O livro descreve a Revolução Farroupilha em seus diversos aspectos. Trata, também, da escravidão, trazendo algumas estatísticas e destacando a participaqão militar do negro. Ressalta ainda o caráter abolicionista da República RioGrandense. Acervo: AHRGS.
LAYTANO, Dante de. Como Saint-Hilaire viu o negro no Rio Grande do Sul. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, 1940. p. 15-35. O artigo descreve as percepções de Saint-Hilaire a respeito dos negros quando de sua estada no Rio Grande do Sul. Destacando a presença escrava nas charqueadas. Acervo: IHGRS.
LAYTANO, Dante de. Alguns aspectos da história do negro no Rio Grande do Sul. In: SILVA,
Morency
do Couto; PIRES, Arthur Porto; SCHIDROWITZ,
Léo Jeronimo. Rio Grande do Sul — Imagem da terra gaúcha. Porto Alegre:
HUTTER, Arlinda Rocha; NOGUEIRA, Lucy Maffei. A substituição do braço. escravo pelo braço livre na Província. In: 4 colonização em São Pedro do Rio. Grande do Sul durante o Império (1824-1889). Porto Alegre: Garatuja- -DACSEC, 1973. p. 15-20.
Cosmos, 1942. p. 253-64.
O artigo trata das origens do negro no Rio Grande do Sul, da demografia, dos mercados de escravos, de alguns aspectos culturais - como a moradia, a religião c as tradições. Apresenta algumas ilustrações. Acervo: IHGRS.
O livro inicia tratando da substituição da escravidão pelo trabalho livre, a fim de, descrever a colonização européia do Estado. Destaca a dificuldade de obtenção! 64
65
E EEITE, Ilka Boaventura. Ser “negro”: os sentidos da cor e as impurezas do — Homme, Florianópolis: Departamento de Ciências Sociais, UFSC, 1987.
Edison, LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: CARNEIRO,
] Antologia do negro brasileiro. Porto Alegre: Editora do Globo, 1950. p. 123 o O artigo faz alusão à importância do negro no Rio Grande do Sul, apresentand alguns dados demográficos e destacando a crueldade do trabalho escravo. Acers
Nesse trabalho a autora propõe uma análise sobre os significados de ser negro, * Mende suas representações correspondentes nos discursos oficiais, acadêmicos e à militantes até a elaboração de uma crítica a discriminação. Acervo: BCUFSC.
vo: BCUNISINOS.
LEMOS, Dinah. Porque perdemos medalhas: tem que mexer no Ego. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro et al. Negras histórias do Rio Grande do Sul. Porto
Ir. Io LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: OTÃO, k se do ias conferênc das Primeiro Seminário de Estudos Gaúchos (publicação
nário realizado de 3 de setembro a 4 de outubro). Porto Alegre: Universidad Católica do Rio Grande do Sul, 1959. p. 27-106. á À O texto divide-se em três partes. A primeira consiste no resgate das origens À mr aspecto 0 negros no Rio Grande do Sul. A segunda parte descreve ; os meça presença africana no Brasil, incluindo um breve comentário sobre compra e venda de escravos, aspectos culturais e utilização da mão-de-obra a va nos diversos setores da economia. Na terceira parte, apresenta o aspecto folcl rico, evidenciando a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BCPUCR
LEWGOY, Bernardo. Cotas raciais na UnB: as lições de um equívoco. HoriHontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 221-228, jan./jun. 2005.
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. Estudos Ibero-America
O artigo questiona a política de cotas nas universidades, retomando argumentos do artigo da Maio e Santos do mesmo volume da revista, os quais criticam os usos da antropologia no processo. Acervo: Periódicos Capes.
Alegre: Evangraf/FAPERGS,
O artigo analisa o Ego dos brasileiros, associado à falta de amor próprio do povo, o que estaria relacionado com a forte herança escravista do Brasil e a falta
fle democracia do povo. Acervo: BSCSH/UFRGS.
nos, v. 21,n. 1, p. 119-60, jul. 1995.
O artigo descreve os aspectos demográficos, destacando fontes como as a pondências oficiais, os livros de batismo, o último fecenseamento colonial,
LIMA, Carlos A. M. Além da hierarquia: famílias negras e casamento em duas
à
freguesias do Rio de Janeiro (1765-1844). Afro-Ásia, v. 24, p. 129-64, 2000.
a cu estatísticas de 1940. Descreve, também, aspectos históricos, destacando
tura, o trabalho, o exército e os relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
O autor trabalha com a relação entre não-brancos livres e libertos na sociedade escravista interrogando-se sobre dois temas básicos inter-relacionados: à questão da mestiçagem e os graus e mecanismos de controle dos segmentos dominantes da sociedade. Busca identificar as estratégias explícitas nos casamentos,
e Geil LEÃO, Ermelindo de. Curitiba em 1820. Boletim do Instituto Histórico Hg gráfico do Paraná, v. 1, n. 4, p. 285-97, 1917.
discutir a endogamia entre libertos e negros livres, as alianças matrimoniais, a
exclusão social na base da cor, entre outros aspectos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O artigo descreve Curitiba em 1820, procurando demonstrar o progresso € enfa-: tizando as qualidades dos curitibanos. Apresenta o contingente de escravos qua q do trata da demografia da cidade. Acervo: BCUFRGS.
LECINA,
leiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 47-9.
O artigo analisa, brevemente, as diferenças entre preconceito, discriminação q racismo. Acervo: BSCSH/UFRGS.
66
LIMA, Carlos A. M. Escravos da Senhora do Rosário: irmandades negras na América Portuguesa. In: MOURA, Ana Maria da Silva. Devoção e incorporação: igreja, escravos e índios na América Portuguesa. Curitiba: Ed. Peregrina, 2002. p. 13-267.
J. S. Shankal. Racismo — preconceito e discriminação — é preciso
definir. In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasta
2002. p. 17-21.
Q
O texto se organiza em quatro capítulos. No primeiro, estudam-se concepções a respeito das irmandades negras, formuladas por contemporâneos das mesmas durante os séculos XVII, XVIII e XIX e depois as retidas por historiadores do século XX. Finaliza esse capítulo um breve estudo a respeito de suas dimen67
sões, sua periodização e sua distribuição no espaço. O segundo capítulo sua composição, especialmente em um sentido étnico. O terceiro busca dados da composição da irmandade de Nossa Senhora de Curitiba entre 1820, analisando a rede social que a cercava. O último tem por tema política que se articulou com a experiência das irmandades negras.
aborda. apontar. 1765 el a vida. É
LIMA, Carlos A. M. “Sertanejos” e pessoas republicanas livres de cor em Castro, e Guaratuba (1801-1835). Estudos Afro-Asiáticos, v. 24, n. 2, p. 317-44, 2002.
.,
“As áreas meridionais da América portuguesa conheceram, a partir do final do. século XVIII, um forte processo de atração de libertos e de livres de cor. Dota-. das de contingentes escravos não só pequenos como recentes, as populações d tais áreas continham uma altíssima proporção de não-brancos livres e liberto O autor considera os padrões de assentamento de livres de cor em Castro é Guaratuba (no atual Paraná). Isto é importante para se compreender o modo como um campesinato negro se relacionava com a fronteira agrária. Castro e Guaratuba apresentavam expressivas semelhanças e diferenças: Guaratuba era uma isolada vila litorânea ao passo que Castro — embora também tenha si fundada no fim do século XVIII - constituía local de povoamento mais antigo é: de relação mais intensa com o mercado interno”. Acervo: BSCSH/UFRGS. |
LIMA, Carlos Alberto Medeiros. Sobre as posses de cativos e o mercado de: escravos em Castro (1824-1835): perspectivas a partir da análise de listas nominativas. Disponível em: . Acesso em: 14 mar. 2006.
À
Tratando da escravidão numa região pecuária, o autor busca dialogar com à bibliografia nacional referente à densidade da população escrava e seus meca-: nismos de reprodução. Sugere que o aumento da população escrava em Castro era pautado tanto pelo acesso ao mercado de escravos quanto pela reprodução: endógena. Trabalha com as conseqiiências da proibição do tráfico transatlântico. em 1831 para o abastecimento de regiões periféricas brasileiras.
df
LUNA, Luiz. Escravos no Brasil Meridional e no setentrião. In: LUNA, Luiz. O
negro na luta contra a escravidão. Rio de Janeiro: Leitura S/A, 1967. p. 121-28. Ente livro trata das condições de trabalho dos escravos comparando-as nas difetentes regiões do país, enfatizando que no sul do Brasil a escravidão foi menos violenta. Apresenta, também, alguns dados demográficos. Acervo: BCPUCRS. LUZ, Sergio Ribeiro da. Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha e sua população: 1810-1930. Florianópolis: UFSC, 1994. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 1994.
Trata-se de um trabalho demográfico que analisa a evolução históri co-demográfica da Freguesia da Nossa senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha, situada ao sul de Santa Cntarina. Trata-se de um povoado onde a sobrevivência econômica se baseava na produção de gêneros agrícolas. No texto busca-se, em uma análise quantitativa ncompanhar a evolução da população livre e escrava. Acervo: BCUFSC . MAESTRI FILHO, Mário José. A origem do escravo gaúcho e a capitania do
Rio Grande de São Pedro do Sul (1). Revista do Departamento de Biblioteconomia e História FURG, v. 1,n.1, p. 13-54, jul./dez. 1978.
O artigo apresenta a transcrição e comentário do “listado da Real Fazenda da Villa do Rio Grande do Sul” relativo aos escravos apresentados neste porto no ano de 1802. Acervo: BCPUCRS. MAESTRI FILHO, Mário José. Documentos sobre três meses de tráfico escravista (1803) na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Revista do Departamento de Biblioteconomia e História F URG, v. 1,n. 3, p. 23-36, jul./ dez. 1979. o O artigo consiste na edição do “listado” dos escravos introdu zidos na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul, nos meses de abril, maio e junho * “apresentados nesta escrituração do almoxarifado da Fazend a Real”. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Márcia. Ser negro no Brasil: do ônus ao bônus? Horizontes Antropoloó gicos, v. 11, n. 23, p. 258-61, jan./jun. 2005. É O artigo apresenta questionamentos sobre a problemática da classificação racial no debate sobre cotas raciais nas universidades e o papel das ciências sociais. Destaca a diferença, nem sempre compreendida, no debate, entre a necessidade de inclusão dos negros nas universidades e a forma desta inclusão. Acervo: Periódicos Capes. |
68
MAESTRI FILHO, Mário José. As terras de Moçambique. Revista do Departamento de Biblioteconomia e História FURG, v. 2, n. 1, p. 5-66, jan./jun. 1980. O artigo consiste em uma pequena síntese histórica sobre algumas das populações africanas escravizadas no Brasil sob o nome de “moçam biques”. Acervo: BCPUCRS.
69
MAESTRI FILHO, Mário José. Pampa negro: quilombos no Rio Grande do. Sul. In: REIS, João José; GOMES, Flávio. Liberdade por um fio: história dos, quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 291-331. O artigo destaca a contribuição para o Rio Grande do Sul do trabalhador negro escravizado, apresentando alguns dados econômicos e populacionais. Enfatiza. a resistência destes escravos destacando a formação de quilombos, principal-
Eartigo busca analisar a implantação de cotas raciais na UnB (uma das primei-
Hb Instituições a adotar este sistema) apresentando o papel da ciência e da mili-
fúncia política, citando os debates que se estenderam muito além da comunida-
à He universitária e os usos não-científicos da antropologia neste processo. Acervo) Periódicos Capes.
MARIANTE, Hélio Moro. O Rio Grande do Sul em “aulinhas”. Porto Alegre:
EST, 1993. 141 p.
MAGGIE, Yvonne. Políticas de cotas e o vestibular da UnB ou a marca que cri ! sociedades divididas. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 286-91, ja E jun. 2005. O artigo critica a utilização dos critérios de definição de raça adotados pela UnB na implantação de cotas raciais e o papel dos antropólogos nesse proces O. Acervo: Periódicos Capes. ;
O livro descreve o Rio Grande do Sul a partir da história, da geografia, dos tlnos, costumes e folclore, dos traços biográficos e da Revolução Farroupilha. Na história há um subcapítulo intitulado “A escravidão no Rio Grande do Sul”, no qual o autor destaca o tratamento mais humano dado no Estado + HOM escravos e a abolição. Ainda, quando trata dos usos, costumes e folclore b autor apresenta dados da demografia sul-rio-grandense, onde o negro é tltudo. Acervo: BCPUCRS.
MAIATO, Rosiane; MELLO, Luciana de. Educação e ações afirmativas. I AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: histó ria e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 50-9.
MARTIN, Perey Alvim. A escravatura e a sua abolição no Brasil. Anais do Tervelro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto His-
O artigo analisa alguns dados que contribuíram historicamente para a situação desvantajosa dos negros, especialmente em relação à educação, e apresenta as, características dos projetos que prevêem ações afirmativas para os afro-descens, dentes. Acervo: BSCSH/UFRGS. ]
O artigo apresenta inicialmente uma breve descrição da escravidão no Brasil, mostrando-a como um problema social e político, trazendo alguns dados demográficos, relatos do tráfico transatlântico, das funções dos escravos e de seus comportamentos. Posteriormente centra-se na abolição, descrevendo o movimento abolicionista, as influências externas, e destacando nomes como Rio Branco e Joaquim Nabuco. Teve parecer de Elpidio Paes. Acervo: IHGRS.
fórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, 1940, p. 1203-38.
MAIO, Marcos Chor; SANTOS, Ricardo Ventura. As cotas raciais nos horizon , tes da antropologia: tréplica a dezoito comentaristas. Horizontes Antropológi cos, v. 11, n. 23, p. 292-308, jan./jun. 2005.
)
O artigo busca sistematizar o debate sobre cotas raciais presente neste número, da revista, reafirmando a posição dos autores ao questionarem a forma de se. fazer a identificação de raças e o papel dos antropólogos no caso desta implan-, tação na UnB. Acervo: Periódicos Capes. ,
MAIO, Marcos Chor; SANTOS,
Ricardo Ventura. Política de cotas raciais, os,
“olhos da sociedade” e os usos da antropologia: o caso do vestibular da nivel sidade de Brasília (UnB). Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 181-214,) jan./jun. 2005.
70
MARTINS, Romario. Branco, amarelo e preto. Boletim do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, v. 3, n. 1, p. 35-42, 1925.
O artigo trata do que o autor considera como as três etnias formadoras do povo paranaense, trazendo alguns dados demográficos sobre a origem de brancos, amarelos e pretos. Acervo: BCUFRGS. MELLO, Luciana Garcia de. 4 discriminação racial em números e palavras: um estudo sobre a participação de negros e brancos no mercado de trabalho gaúcho. Porto Alegre: UFRGS, 2005. 236 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia), Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.
a
O trabalho trata da “discriminação racial no mercado de trabalho do Rio Grande; do Sul. Analisa a forma de participação dos indivíduos brancos e negros nessã esfera social, procurando investigar a influência da discriminação racial sobre as desigualdades existentes entre esses dois grupos raciais”. Acervo: BSCSH) UFRGS. MORAES, Carlos Dante de. O povo rio-grandense nas vésperas de 35. Fundas mentos da cultura rio-grandense, 1º série, p. 31-60, mai.1955. O artigo discorre sobre as causas da Revolução Farroupilha, destacando o que seria o descaso do Governo Central para com a Província e o sentimento de liberdade do povo rio-grandense. Cita relatos de viajantes, descreve o povoa: mento e evidencia a resistência escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Va, As respectivas taxas de mortalidade e quantidade de óbitos, por tipo de doença é Inixa etária”.
NUNEZ, Yoel Cordoví. El debate racial en Cuba: líneas regeneracionistas, 1880198. História Unisinos, v. 8, n. 9, p. 263-78, 2004. O artigo busca analisar as linhas de pensamento sobre a questão racial em Cuba, em suas manifestações acadêmicas e no debate político, em um contexto de transformações econômicas, políticas e sociais. Acervo: BCPUCRS.
OSÓRIO, Helen. Fronteira, escravidão e pecuária: Rio Grande do Sul no período colonial. In: Segundas Jornadas de História Regional Comparada, 2005. 1 CD-ROM.
O artigo descreve aspectos da escravidão em Cuba, destacando o tráfico transa;
O) texto procede a uma análise das características demográficas e ocupacionais da população escrava do Rio Grande do Sul. A autora debate com a historiografia brasileira tradicional que julgou a escravidão incompatível com as atividades na pecuária, e demonstra a importância dos escravos campeiros em ambos os lados da fronteira.
ções dos escravos, o tratamento dado a eles e o processo de abolição. Acervo; BCPUCRS. q
OSÓRIO, Helen. Esclavos en la frontera: padrones de la esclavitud africana en
do Sul, n. 125, p. 28-39, 1989.
Rfo Grande del Sur, 1765-1825. Estudios sobre la cultura afro-rioplatense —
ritas, v. 34, n. 132, p. 533-5, dez. 1988.
O artigo descreve brevemente a instituição escravocrata no Brasil, destacando as diferentes funções dos escravos e, assim, as diversas relações entre escravos e senhores. Apresenta, ainda, alguns dados estatísticos referentes à escravidão em Porto Alegre. Acervo: BCPUCRS.
Historia y presente: primera entrega de las Actas del Seminario realizado en la Faculdad de Humanidades y Ciencias de la Educación los dias 8, 9 y 10 octubre de 2003, 2004, p. 7-15. O trabalho aborda algumas características demográficas e estruturais da população escrava do Rio Grande do Sul. Há uma preocupação com o estabelecimento de padrões analíticos para que se possa discutir se a escravidão em áreas de fronteira apresentava formas particulares. Baseada em inventários e censos populacionais, discute padrões de posse de escravos, tamanho de plantéis, entre outros aspectos. A autora pretende possibilitar estudos comparativos, tanto no âmbito da região platina como no conjunto da América Portuguesa.
Catarina: 3º Fase: Florianópolis, IHGSC, v. 1, p. 71-90, 1979.
“Análise da mortalidade entre livres e escravos na antiga capital de Santa Cata; rina, a partir dos registros paroquiais da Igreja de Nossa Senhora do Deste k indica que as principais causas de morte eram as doenças, como a varíola eas
OSÓRIO,
Helen. Campeiros e domadores: escravos da pecuária sulista, séc.
XVIII. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional. 2005. 1 CD-ROM.
Por muito tempo julgou-se que a atividade pecuária fosse incompatível com a escravidão. Por um lado, pela mobilidade e grau de liberdade que concederia ao
da
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escravo; de outro, pelo fato de a criação de gado ser uma atividade de abasteci- | mento das áreas exportadoras que não geraria uma acumulação suficiente para a | aquisição contínua de cativos. No entanto, recentes investigações têm compro- | vado o contrário, tanto para diversas regiões do Brasil quanto para a região do | Rio da Prata. Propõe-se uma discussão sobre as formas concretas e peculiares | da escravidão em zonas fronteiriças, centrada na capitania do Rio Grande. A | principal fonte utilizada são os inventários post mortem, através da qual são | definidos os tipos de unidades produtivas e verificado o uso da mão-de-obra | cativa. Partiremos de uma caracterização demográfica da população escrava da | capitania entre 1765-1825 para, em seguida, analisar os escravos especializados . na pecuária: os campeiros e domadores. Será traçado um perfil demográfico | destes escravos, considerando-se idade, nação, tipos de plantéis em que são. encontrados (grandes ou pequenos, com presença de famílias ou não).
PENA, Eduardo Spiller. Escravos, libertos e imigrantes: fragmentos da transiqão em Curitiba na segunda metade do século XIX. História: Questões & Debates, n. 16, p. 83-103, jun. 1988.
O artigo descreve a experiência cotidiana de alguns escravos, libertos e imigrantes em Curitiba na segunda metade do século XIX, buscando contrapor-se hs construções míticas sobre esses grupos. Acervo: BCPUCRS. PENA, Eduardo Spiller. O jogo da face: astúcia escrava frente aos senhores e à lei na Curitiba Provincial. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999. Ao desvendar o negro na sociedade paranaense, o autor evidencia que a presenqu do escravo no Paraná, ao contrário de diminuta, foi muito expressiva. Assim,
negros escravos e imigrantes europeus são retratados, lado a lado, em suas atividades diárias nas ruas, no trabalho e nas festas. PARDELHAS, Margarida. O povo rio-grandense. Anais do Segundo Congres-. so Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográ fico do Rio Grande do Sul, v. 3, 1937. p. 112-22.
PENA, Sérgio. O triste caso do vestibular da Universidade de Brasília. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 283-5, jan/jun. 2005.
O artigo trata da formação do povo rio-grandense a partir dos elementos indíge na, branco e negro. O índio é apresentado a partir do que seriam suas caracterís
O artigo critica a utilização dos critérios de definição de raça adotados pela UnB na implantação de cotas raciais. Acervo: Periódicos Capes.
ticas inatas; o branco, contrastado com o índio, tem um caráter civilizatório; e
negro, pela sua condição social de escravo. Conclui que todos participaram par a formação do gaúcho, mas ressalta o branco como superior. Acervo: IHGRS..
PIAZZA, Walter Fernando. A escravidão numa área de pastoreio: os “campos” 1
PEDRO, Joana Maria et al. Negro em terra de branco: escravidão e preconceito
em Santa Catarina no século XIX. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 64 p. É O livro trata da história da escravidão em Santa Catarina utilizando os relatórios | dos Presidentes da Província, as posturas municipais e os jornais da época, prin- | cipalmente aqueles de Desterro. Os autores fazem uma análise de sua população, sobre o impacto da imigração, preocupam-se em retratar a vida cotidiana q do negro, o processo de abolição, entre outros aspectos. Acervo: BCUFSC.
em Santa Catarina. Revista do IHGSC, n. 8, p. 227-34, 1988/1989. O artigo procura exaltar o fim da escravidão e demonstrar as consegiiências | terríveis da escravidão para os afro-descendentes. Apresenta alguns aspectos . das teorias racistas e, também, alguns elementos da situação dos negros durant a escravidão em Santa Catarina. Acervo: BC/UNISINOS.
74
de Lages. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 263-74, jul./dez. 1990.
O artigo descreve a escravidão no planalto catarinense que é caracterizada pelo pastoreio. Apresenta, também, tabelas com a quantidade de escravos e, ainda, uspectos da abolição nesse território. Acervo: BCPUCRS. PIAZZA, Walter Fernando. Elementos básicos da história catarinense. In: PIAZZA, Walter Fernando et al. Fundamentos da cultura catarinense. Rio de Janeiro: Laudes, 1970.
O artigo destaca os principais autores de Santa Catarina, cita aspectos demográficos — destacando a presença de índios, negros e brancos, e apresenta a ocupação do território e a evolução política catarinense. Acervo: BCUNISINOS.
PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianópolis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p.
E)
O
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Porto Alegre — meados do século XIX: a bldade negra. Anais da X Reunião Anual da SBPH — Curitiba/PR, p. 41-7, 1991.
livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina, |
a procedência destes, seus aspectos físicos, suas atividades, suas vestimentas, . seus cultos, suas festas, as relações com os senhores — destacando os castigos, |
8 artigo descreve a presença de escravos e forros em Porto Alegre em meados do século XIX, relacionada às transformações ocorridas no período. Apresenta tados demográficos e sobre a origem dos escravos, as funções exercidas por entes c as suas resistências. Acervo: BCPUCRS.
as fugas, os crimes, os quilombos e as afeições — suas doenças e mortes. Descr : à ve, também,
movimentos
políticos, jornais, clubes e homens
abolicionistas,
Destaca, ainda, a contribuição do negro para a cultura popular catarinense. Acer | vo: BSCSH/UFRGS.
PIAZZA,
Walter Fernando. Santa Catarina: história da gente. Florianópolis:
Ed. Lunardelli, 1983. 152 p. O livro trata de forma abrangente a história de Santa Catarina, desde o período colonial até o republicano. Tem um capítulo dedicado à história da escravidã abordando-a no contexto catarinense, o abolicionismo e a contribuição african à sua cultura.
PORTO, Aurélio. Dicionário enciclopédico do Rio Grande do Sul. In: PORTO,
Aurélio. Dicionário Enciclopédico do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editotá Minuano, 1936. p. 76-8.
“
PIAZZA, Walter Fernando. 4 colonização de Santa Catarina. Porto Alegre: Palite/Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, 1982. 311 p. + O livro descreve a colonização de Santa Catarina em diversos aspectos. A escra-. vidão negra é apresentada no contexto populacional, através de dados dernog ficos, da origem dos escravos e da contribuição econômica destes. Acer BCPUCRS.
O dicionário é composto de verbetes, dentre os quais se encontram três referentes aos africanos: “Africano na formação do rio-grandense”, que trata da partivipação dos negros, apresentando alguns dados demográficos; “Africano”, que continua tratando de participação do negro e acrescenta a conclusão de que o negro pouco contribui para a miscigenação; e “Abolicionismo”, que traz poutos aspectos da abolição no Estado. Apresenta algumas tabelas com dados sobre a chegada de negros no Rio Grande do Sul. Acervo: IHGRS. POSSAMAI, Osmar João. Batizados de cativos negros na paróquia de São Domingos das Torres (1825-1843). In: SCHOLL,
Marly et al. Raízes de Osório.
Porto Alegre: Est, 2004. p. 75-9.
po PIAZZA, Walter Fernando. 4 escravidão negra numa província periférica. Florianópolis: Garapuvu, 1999. 144 p. 1
O texto trata dos batizados de negros na Paróquia de São Domingos, trazendo dados sobre essa localidade tais como número de escravos, padrinhos, nação, etc.
Trata-se de um livro bastante abrangente que busca descrever a escravidão em | Santa Catarina, dedicando capítulos ao cálculo de sua população, a relação en- |
PRUNES, Lourenço Mário. O Rio Grande do Sul em Hilaire. Província de São Pedro, n. 20, p. 61-71, 1955.
tre senhores e escravos, o processo abolicionista; investiga sobre o trabalho |
O artigo descreve a viagem de Saint-Hilaire ao Rio Grande do Sul, apresentando as impressões do naturalista sobre a população e os aglomerados humanos, sobre a habitação e o clima e sobre a pecuária e a agricultura. Nesse quadro, evidencia a presença e as funções dos escravos no campo. Acervo: BCPUCRS.
escravo, entre vários outros aspectos analisados sucintamente pelo autor. Acer- | vo: BCUFSC.
1820 através de Saint-
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Século XIX: alemães protestantes no Rio |
Grande do Sul e a escravidão. Anais da VIII Reunião Anual da SBPH — São: À Paulo/SP, p. 103-7, 1989. O artigo descreve a relação das colônias alemãs com a escravidão, citando questões legais e religiosas que proibiam, mas em alguns momentos e em alguns | casos permitiram que houvesse escravos nas colônias. Acervo: BCPUCRS.
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QUEIROZ, Maria Luiza Bertulini. 4 vila do Rio Grande de São Pedro, 17371822. Rio Grande: FURG, 1987.
O livro descreve a Vila do Rio Grande a partir da fundação do “Presídio” e da povoação da localidade. No capítulo destinado ao período entre 1750-1763 há um subcapítulo intitulado “Os escravos e os senhores de escravos”, o qual apren7
senta dados demográficos e evidencia os senhores e seus escravos entre os pri- | meiros povoadores da região. Acervo: BCPUCRS.
NALZANO, Francisco. Raça, racismo e direitos humanos. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 225-7, jan/jun. 2005.
RAMOS, Arthur. A mestiçagem no Brasil: opiniões e estereotipias. Província, À de São Pedro, n. 8, p. 26-34, 1947.
O) artigo posiciona-se contra a política de cotas nas universidades, questionando, brevemente, os argumentos favoráveis à reparação histórica aos negros e defentendo a igualdade de oportunidades individuais. Acervo: Periódicos Capes.
O artigo descreve a opinião de viajantes e de escritores a cerca da questão da raça no. Brasil, evidenciando o preconceito que continham suas obras. Acervo: BCPUCR
NANSONE, Livio. O bebê e a água do banho -— a ação afirmativa continua im-
portante, não obstante os erros da UnB! Horizontes Antropológicos, v. 11,n. 23,
|. 251-4, jan./jun. 2005. RIBAS, Rosangela; GONÇALVES, Elizabeth. O negro nos anúncios: 1840 1870. Veritas, v. 34, n. 131, p. 421-29, set. 1988. O artigo evidencia a importância dos anúncios de jornais como fonte históri para o conhecimento do escravo negro no Rio Grande do Sul. Destaca que 08 anúncios apontam questões como as relações violentas e patriarcais entre ses nhores e escravos, a origem dos escravos e suas funções. Acervo: BCPUCRS.|
O artigo busca analisar os problemas da implementação das cotas raciais na UnB e ressaltar a necessidade dessa ação afirmativa. Destaca a desigualdade racial e social do Brasil e a complexidade das identidades étnicas. Acervo: Periódicos Capes.
SCHUCH, Patrice. Pensando diferença e desigualdade: etnia e classe social numa perspectiva comparativa. Humanas, v. 25, n. 1 e 2, p. 83-113, 2002/2003. RODRIGUEZ,
Paulo Luiz; SILVA, Vera Regina. Cotas: um desafio históric
In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasilei história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 122-7.
O artigo visa a comparar criticamente os conceitos de etnia e classe social, partindo do pressuposto de que estes são categorias analíticas e políticas. Busca compreender porque, atualmente, existe uma maior utilização do conceito etnia
À
O artigo destaca as cotas para a comunidade negra como um subsídio da cidada nia de toda a sociedade brasileira, apresentando sua importância e as lutas diversos movimentos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
em relação ao recorte classe social. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ROSA, Othelo. Formação do Rio Grande do Sul. Fundamentos da cultura rios, grandense, n. 2º série, p. 11-30, 1957.
O artigo descreve o povoamento do Rio Grande do- Sul, evidenciando seu cará-. ter tardio. Destaca a formação do gaúcho com a participação indígena, dos po tugueses, dos açorianos, dos espanhóis, dos negros e ressalta alguns costum como o churrasco. Cita o problema das fronteiras e das guerras. Acervo: BSCS UFRGS.
SCHWARCZ, Lilia Moritz. O retorno do objetivismo ou dos males de ser cienlífico. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 247-50, jan./jun. 2005. O artigo analisa a contribuição da ciência na construção do racismo, demonstrando a relação entre a objetividade pretendida pela ciência do século XIX e a classificação na implantação de cotas na UnB. Acervo: Periódicos Capes. SEGATO, Rita Laura. Em memória de tempos melhores: os antropólogos e a luta pelo direito. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 23, p. 273-82, jan./jun. 2005. O artigo questiona a argumentação, os aspectos metodológicos e factuais e as questões de cunho filosófico do artigo apresentado por Maio e Santos na mesma edição da revista. Acervo: Periódicos Capes.
DE
O artigo descreve a fuga de escravos em Desterro, classificando essas fugas | segundo as idades dos fugitivos, a cor da pele, suas origens e sexo. Apresenta, também, dados demográficos de Santa Catarina. Acervo: BCUNISINOS. 78
SETTE, Mário. A escravidão longe e perto de nós. Província de São Pedro, n. 12, p. 15-27, 1948.
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O autor relaciona, nesse artigo, um presente no qual não se tem mais escravos vivos em uma sociedade sem preconceitos, contrapondo a isso um passado €; cravista do qual descreve aspectos tais como o trabalho escravo, a família escrava, a abolição, o tráfico transatlântico, as etnias que vieram para o Brasil. Acer vo: BCPUCRS.
SILVA, Mozart Linhares da. Eugenia, antropologia criminal e prisões no Rio Grande do Sul. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2005. 117 p.
O livro reúne dois textos. O primeiro, circunscreve dois períodos estruturais na destaque para o Rio Grande do Sul: a advento da antropologia criminal e da
dividido por sua vez em duas partes, história do sistema penitenciário, cor Escola Clássica de Direito Penal e « medicina legal. O autor utiliza dados
entre 1850 e 1930 tais como cor, etnia, faixa etária, tipologia de crimes cometidos, instrução, naturalidade e nacionalidade, profissão, entre outros. O segundo texto analisa as relações entre eugenia, Antropologia Criminal e Direito.
SILVA, Petronilha B. Gonçalves. Histórias de operários negros. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1987. O livro apresenta histórias de três operários negros, os quais descrevem div sos aspectos de seus trabalhos. Destaca, ainda, a formação dos negros para é trabalho, a trajetória do negro de escravo a operário e questões identitárias Acervo: BCPUCRS.
O artigo questiona a historiografia tradicional que enfatiza a participação do Elemento branco no Rio Grande do Sul. Destaca, ainda, a importância da escravidão e da presença do negro no Estado. Acervo: BCPUCRS.
NILVEIRA, Helder Gordim da. A questão negra e a imigração européia nos fstados Unidos como modelos para o branqueamento brasileiro - uma ideologta da americanização em Nabuco e Oliveira Lima. Estudos Ibero-american os 4 28,n.1,p. 111-25, jun. 2002.
O artigo analisa a construção simbólica * “nacional à aproximação que ocorria em tomo Joaquim Nabuco e Oliveira Lima, tória nos Estados Unidos, contribuíram
q
“Nessa dissertação de Mestrado, analiso a formação do discurso médico, em especial, do discurso higienista-eugenista. Pretendo, assim, compreender como, na cultura brasileira, interpenetraram-se, mediante o conhecimento científico, conceitos como raça, meio e doença. Para tanto, analiso mais pormenorizada: mente a institucionalização do poder médico no Rio Grande do Sul, tendo co O principal vetor a produção intelectual vinculada à Faculdade Livre de Medic de Porto Alegre, ao longo das primeiras décadas do século XX”. Publicado em livro com o mesmo título em Passo Fundo, pela Editora da UPF, em 2005, con tando 173 p. Acervo: BCPUCRS.
SILVEIRA, Sandra. Quando deixamos de ser minoria. In: ASSUMPÇÃO, Eutébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afro-gaúchos. Porto Alegre: [Editora da Universidade/UFRGS, 1998. p. 122-4. O artigo analisa, brevemente, o racismo no Brasil e o processo de violênci a que envolveu e envolve os negros. Acervo: FBC/UFRGS.
O artigo descreve as alforrias em Pelotas como forma de libertação dos negros e como convenientes em determinadas situações para os senhores. Apresen ta tabelas com dados demográficos, com preços de escravos e com a idade sexo e origem dos escravos alforriados. Acervo: BCPUCRS. SISSON » Lia Fernandes. História das religiões no Brasil: religião africana Brasil. Veritas, ano XXIII, n. 91, p. 271-87, set. 1978. O artigo descreve sucintamente a história e a cultura dos negros no Brasil e Rio Grande do Sul, apresentando as principais etnias. Apresenta, também, partir da noção de sincretismo, a religião africana no Brasil descrevendo batuque,
seus rituais, instrumentais, oferendas
Acervo: BCPUCRS. 80
de um sentido que associa o interesse relação aos Estados Unidos destacando analisando as questões negra e imigranessa construção. Acervo: BCPUCRS.
1849). Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 309-27, jul./dez. 1990.
Dissertação (Mestrado IFCH), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
»
Helder Gordim da. O escravismo e os negros na história gaúcha:
SIMÃO, Ana Regina Falkembach. As manumisões na cidade de Pelotas (1832-
SILVEIRA, Éder. 4 cura da raça: eugenia e higienismo no discurso médico sul rio-grandense nas primeiras décadas do século XX. Porto Alegre: PUC, 2004 do Sul, 2004. 163 f.
HILVEIRA,
* Henfazendo o branqueamento. Paixão de aprender — Brasil: histórias, identidades... n. 3, p. 74-9, 2001.
no no a o
entre outras características.
81
VECCHIA, Agostinho Mario-Dalla. O escravismo na região Meridional do RS: & e: mentos contextuais e características. História em Revista, v. 3, p. 99-122, nov. 19! 9 O artigo apresenta o contexto histórico gaúcho dos séculos XVIII e XIX, relai depoimentos de descendentes de escravos, e descreve Relatórios Provincial
HIMI :R, Gunter. A República do Senhor Mandela. In: AMARO, Luis Carlos; M ALSTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alefe: EST, 2005. p. 14-33. frtigo analisa a história da África do Sul, destacando a ocupação do território,
apartheid e a luta para extingui-lo, a importância de Nelson Mandela, os proflemas atuais e-as relações com o Brasil. Acervo: BSCSH/UFRGS.
características das populações das freguesias da região Meridional e elementg econômicos e sociais da escravidão em Pelotas. Acervo: BSCSH/UFRGS. |
VEIGA, Albino de Bem. O português do Brasil e a posição de Sílvio Romero 1 “História da Literatura Brasileira”. Província de São Pedro, n. 10, p. 119-23, 194
O artigo descreve a língua portuguesa no Brasil, destacando a influência indíg na, luso e africana, a partir da obra de Sílvio Romero. Acervo: BCPUCRS,
VENTURELLA, Ana Lúcia Torresini. Índios e negros na literatura: a ótic | dc viajantes franceses. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e litera Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 91-102. O artigo analisa os índios no Rio dade racial dos eram criticados
r
como e por que os viajantes franceses descreveram os negrc Grande do Sul. Destaca a crença desses viajantes na superi brancos e apresenta como os castigos sofridos pelos esc em alguns relatos. Acervo: BCPUCRS.
VIANNA, Oliveira. Populações Meridionais do Brasil. Rio de Janeiro: Olympio, 1920. 812 p. O primeiro volume (444 p.) refere-se às populações rurais do Centro-sul (p listas, fluminenses e mineiros), enquanto o segundo volume (368 p.) intitula-s “O campeador rio-grandense”. No segundo volume há o subcapítulo “Orig pastoris da democracia rio-grandense” que se refere ao trabalho escravo formação do povo rio-grandense. Acervo: BCPUCRS.
WEIMER,
Giinter. O Trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Porto Ale
Sagra/Editora da Universidade UFRGS, 1991.
O trabalho faz uma apreciação da mão-de-obra servil na Província de São. e dro, baseado nos censos geográficos disponíveis e em dados estatísticos esporá dicos, para avaliar a participação numérica dos cativos, suas características, U SC
e costumes passíveis de serem vislumbrados através dos censos e dados. Esse dados são comparados com levantamento de 16.662 anúncios de oferta de mão
de-obra encontrados nos jornais.
d |:
82
83
Participação dos escravos em conflitos militares
HENTO, Cláudio Moreira. Africanos negros e descendentes. In: Estranfeiros e descendentes na história militar do Rio Grande do Sul, 1635[N70. Porto Alegre: A nação e Instituto Estadual do livro-DAC-SEC, 1976.
p. 2603-299.
, O livro descreve a cultura gaúcha, destacando as populações que formaram
trutor do Estado, enfatizando sua presença nas charqueadas e pa ticipação nas guerras. Acervo: BSCSH/UFRGS. id
HENTO, Cláudio Moreira.
AMARAL, Giana Lange do. O negro no contexto social da primeira capitê farroupilha. Revista da Universidade Católica de Pelotas, v. 3, n. 2, p. 91-71] dez. 1993.
Í
O artigo analisa o negro em Piratini, destacando a sua importância quanto. formação histórica do município, sua origem, atividades exercidas, modo « vida, resistência ao escravismo e participação junto à Revolução Farroupi
O livro trata da participação militar de diversos povos estrangeiros que vietim para o Rio Grande do Sul. Aterceira parte é dedicada aos negros e seus tlescendentes, destacando a participação destes nas bandeiras, nas disputas fle fronteiras, na Guerra da Cisplatina, na Revolução Farroupilha (a qual o tutor destaca), na Guerra contra Oribe e Rosas e na Guerra do Paragua i. Acervo: BCPUCRS.
n
Acervo: BCPUCRS.
O negro e descendentes na sociedade do Rio Gran-
Me do Sul (1635-1975). Porto Alegre: Grafosul-IEL-DAC-SEC, 1976. 288 p. O livro trata dos negros no Rio Grande do Sul, desde sua entrada através do tráfico transatlântico e interno de escravos até sua representatividade numéric a no ano de 1973. Descreve, também, a abolição, a participação militar dos nepros, suas atividades econômicas, algumas fugas de escravos & algumas persomalidades rio-grandenses negras. Acervo: BCPUCRS. SANDER, Wilson; OSÓRIO, Getúlio Xavier; SANTOS, Júlio Ricardo Queve-
do; DOMINGUES, Celso. A presença do índio e do negro no decênio farroupilha. Estudos Ibero-Americanos, v. 9,n.1e2,p.211-20, jul./dez. 1983.
AMARO,
Luiz Carlos; MAESTRI
FILHO,
Mário José (orgs.). Afro-brasile;
ros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. 143 p.
ug
q
O livro consiste na compilação de artigos de diferentes autores sobre os afrc
O artigo descreve e analisa as variáveis que determinaram a presença do índio e do negro na Revolução Farroupilha e destaca que esses grupos eram segrega dos npesar de terem sido soldados dos exércitos combatentes. Acervo: BCPUCR S.
brasileiros, versando sobre religião, carnaval, racismo, história da Africa, açõe
afirmativas, sindicalismo, educação, saúde, quilombos e comunidades re é nescentes, participação na Revolução Farroupilha e família escrava. Acetia BSCSH/UFRGS.
HRICKSEN, Nestor. Discurso pronunciado pelo Sr. Nestor Ericksen ao ser retebido no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Revista do
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 84, p. 258-81, 4º
trim., dez. 1941. BENTO, Cláudio Moreira. Os lanceiros negros farroupilhas e a abolição. Ii A grande festa dos lanceiros. Recife: Universidade Federal de Pernambuc: 1971. p. 59-62. | Descreve sucintamente a participação escrava na Revolução Farroupilha e fim dado a esses combatentes no tratado da Paz de Poncho Verde. Ace: ú BPERGS.
84
O artigo descreve a história do negro no Rio Grande do Sul, desde suas primeitus entradas na fase de povoamento, até a abolição. Apresenta alguns dados
demográficos sobre o tráfico interno e transatlântico, contrabando e economia
(destaca a estância e a charqueada). Ressalta, ainda, a participação do negro na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai. Foi publicado também em brochura pela Livraria do Globo. Acervo: BPERGS.
8s
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha de história do Rio Grande do Sul (Uma nova visão da formação da terra e do povo gaúcho). Porto Alegre: Martins |
ve, ainda, a luta dos soldados negros que participaram da infantaria (posição inferior) pela liberdade e o destino destes depois da paz. Acervo: ANPUHRS.
Livreiro, 1994. 128 p.
Publicado também:
O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul desde a ocupação até OS | movimentos revolucionários do início do século XX. Dedica um capítulo aos | negros, no qual destaca a presença da escravidão no Estado desde o início da | ocupação, enfatiza as charqueadas, apresenta as origens dos negros, à participaad ção destes na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai, aspectos cultus j rais (como vestes, linguagem e batugues), a resistência à escravidão e a situação | atual dos negros. Acervo: BCUNISINOS.
pública Rio-Grandense: el problema de los esclavos libertos (1836-1845), 2005. BENTANCUR, A. Estudios sobre la cultura afro-rioplatense: Historia y presente. Montevideo: Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. II:
FLORES, Moacyr. O segmento social do negro no período farroupilha. Res; vista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 137, P. " 41-51, 2002. O artigo analisa as contradições entre os ideais da Revolução Farroupilha e escravidão, afirmando que a República Rio-grandense não combateu o racismo Descreve aspectos da vida cotidiana dos escravos nesse período, destacand o tratamento que recebiam, suas condições de saúde, de higiene, de alimentaç questões religiosas. Acervo: BCPUCRS. FLORES, Moacyr. Negros na Revolução Farroupilha: traição em Porongos | farsa em Ponche Verde. Porto Alegre/Caxias do Sul: EST/Correio Riograndens se, 2004. 80 p. O livro analisa a participação dos escravos na Revolução Farroupilha, descr vendo a situação social do negro nesse período, as profissões dos escravos, 8 relações com os senhores, a importância dos infantes e dos lanceiros e os mis rios da convenção de Ponche Verde. Demonstra a contradição entre os ideais da ; Revolução e a escravidão. Acervo: BCPUCRS. GUAZZELLI, César Augusto Barcellos. A República Rio-Grandense e o Pra a questão dos escravos libertos. Anais do VI Encontro Estadual de História ANPUHIRS, 2002. 1 CD-ROM. O artigo analisa a situação dos escravos durante a Revolução
Farroupilha,
enfatizando as questões de fronteira. Nesse sentido, destaca as relações com 6 Estado Oriental que utilizava mão-de-obra livre e discorre sobre as inserções Oda República Rio-Grandense no Prata — destacando o tratado de San Fructu
so firmado com Rivera, no qual libertos foram trocados por cavalos. Descres
86
GUAZZELLI,
C. A. B. Cuestiones frontérizas de la Re-
45-63.
GUAZZELLI, Cesar Augusto Barcellos. Libertos e liberdade: os soldados negros da República Rio-Grandense. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão é liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM. “São poucos os trabalhos sobre a participação dos escravos na Revolução Far, roupilha. Por outro lado, não há referências à importância que os libertos representaram para as relações externas estabelecidas entre os republicanos e seus vizinhos do Rio da Prata, nem o quanto a sua presença perturbou as diplomacias do Império e da Confederação. Contribuir para uma melhor compreensão desses temas é o objetivo desse texto”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
KITTLESON, Roger. The Paraguayan War an Political Culture. Rio Grande do Sul, Brazil, 1865-80. In: KRAAY, Hendrik; WHIGHAM, Thomas L. 1 Die with My Country — Perspectives on the Paraguayan War, 1864-1870. Lincoln and London: University of Nebraska Press, 2004. p. 105-18. O autor analisa os significados políticos da Guerra do Paraguai e as disputas envolvendo discursos como os de Joaquim Nabuco e da elite política sul-riograndense. Destaca-se a importância da propaganda que veiculava possibilidades de inclusão social, contrastando promessas de cidadania com relações de
dependência. Nesse contexto, o autor vai estar preocupado não apenas com as querelas envolvendo as elites, mas vai considerar a importância da participação popular que incluía uma variedade étnica, social e regional de sujeitos. Sublinha a importância das revoltas escravas, das fugas, do aquilombamento nas mudanças ocorridas na estrutura social do século XIX.
KRAAY, Hendrik. “O abrigo da farda”. O Exército brasileiro e os escravos fugidos (1800/1881). Afro-Asia, n. 17, p. 29-56, 1996. O artigo busca analisar como os escravos fugidos utilizavam o exército como estratégia a partir das contradições do Estado brasileiro. Descreve, também, a política do Exército em relação à escravidão, destacando os princípios legais que dirigiam o recrutamento e a escravidão. Acervo: BCPUCRS. 87
LAYTANO, Dante de. História da República Rio-Grandense (1835-1845). Porto | Alegre: Livraria do Globo, 1936. 352 p.
MELLO, Silvio Luzardo de Almeida. O exército e a abolição: o exército e a proclamação da República. Florianópolis: Insular, 2003. 183 p.
O livro descreve a Revolução Farroupilha em seus diversos aspectos. Trata,. também, da escravidão trazendo algumas estatísticas e destacando a participa- | ção militar do negro. Ressalta ainda o caráter abolicionista da República rio-. Grandense. Acervo: AHRGS. :
O livro destaca a importância do exército para da República. Referente à abolição, enfatiza a brasileira como momento favorável para uma travos e descreve a relação do exército com o vo: BCPUCRS.
LAYTANO, Dante de. O negro e o espírito guerreiro nas origens do Rio Grande, do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, P 95-117, 1 trim., ano XVII, 1937. “8 O artigo descreve a formação do Rio Grande do Sul, destacando as guerras nas
origens do Estado. Insere o negro nesse processo, enfatizando sua participação como guerreiro. Apresenta, ainda, alguns dados demográficos. Acervo: BCPUCRS. |
a abolição e para a proclamação Guerra do Paraguai com vitória nova postura em relação aos esmovimento abolicionista. Acer-
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Sobre fronteira e liberdade: representações e práticas dos escravos gaúchos na Guerra do Paraguai (1864/1870). Anos 90, n. 9, p. 119-49, jul. 1998. O artigo expõe e analisa alguns “casos” procurando demonstrar as diversas representações e práticas que envolveram a fronteira e os escravos, destacando que a Guerra do Paraguai é o “caso-limite” do imaginário da fronteira aberta. Acervo: BCPUCRS.
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. Estudos Ibero-Americas nos, v. 21,n. 1, p. 119-60, jul. 1995.
MOTTA, Flávia de Mattos. Pelotas e o quilombo de Manuel Padeiro na conjuntura da Revolução Farroupilha. Revista do Instituto de Filosofia e Ciências
O artigo descreve os aspectos demográficos, destacando fontes como as corress pondências oficiais, os livros de batismo, o último recenseamento colonial, às
Humanas da UFRGS, v. 13, p. 111-5, 1985.
estatísticas de 1940. Descreve, também, aspectos históricos, destacando a c
O artigo descreve a situação de Pelotas na Revolução Farroupilha que se teria excluído dos domínios farroupilhas devido às tensões sociais que preocupavam
tura, o trabalho, o exército e os relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
a cidade como o Quilombo de Manuel Padeiro. Acervo: BCPUCRS.
LEITMAN,
Spencer. Negros farrapos: hipocrisia racista no sul do Brasil. I
DACANAL,
José Hildebrando. 4 Revolução Farroupilha: história e interpreta á
ção. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1985. p. 61-78.
verno imperial quanto ao destino dado aos combatentes negros. Acervo: BSCS UFRGS.
MOTTA, Flávia de Mattos. Sobre a participação escrava na Revolução Farroupilha. História: Ensino & Pesquisa, n. 2, p. 130-34, 1985.
di
H,
MACEDO, Francisco Riopardense de. Emancipação dos escravos. In: Lições. da Revolução Farroupilha. Porto Alegre: Assembléia Legislativa do RS, 1995.1 p. 37-40. 4 O
livro apresenta dez lições da Revolução Farroupilha, entre elas, a emancipa-'
ção dos escravos, na qual o autor destaca que os farroupilhas criticavam o tráfi.
co e deram liberdade à seus cativos ou utilizaram a mão-de-obra escrava em, condições mais humanas. Acervo: BCPUCRS. 88
4
O artigo analisa a participação dos cativos na Revolução Farroupilha, buscando compreender o sentido dessa Revolução para os escravos, bem como o interesse ambíguo dos senhores. Acervo: BCPUCRS. PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. A questão da escravidão na Revolução Farroupilha. Anais da V Reunião Anual da SBPH, p. 225-30, 1986. A autora resgata pelo qual o Barão tes da República haviam servido à nesse conflito.
nesse artigo “um dos itens do Convênio de Ponche Verde de Caxias, em nome do governo imperial, e os representanRio-grandense asseguraram “a liberdade dos escravos que revolução”. O texto vai problematizar o lugar dos escravos
89
SPINELLI, Teniza. Arquivo Histórico, guardião da Carta de Porongos. In: AMAR ! RO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história eu ] realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 138-40. O artigo destaca a documentação referente à participação dos escravos na Re- :; volução Farroupilha e apresenta diversas fontes para o estudo da escravidana | | localizadas no Arquivo Histórico. BSCSH/UFRGS. URBIM, Carlos. Os farrapos. Porto Alegre: Zero Hora, 2001. 192 p. O livro descreve a Revolução Farroupilha mencionando a escravidão ao tratar da economia e da sociedade no contexto da Revolução. Também, refere-se ao. Cita, ainda, a participação como Lanceiros Negros e a situação após o trata o de paz. Acervo: BCPUCRS.
Trajetórias e experiências cotidianas
ALMEIDA, Valéria Regina Zanetti. Calabouço urbano: escravos e libertos em Porto Alegre (1840-1860). Porto Alegre: PUCRS, 1994. 173 f. Dissertação (Mestrado Departamento de História), IFCH, Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul, 1994. “Analisa a participação efetiva e a importância do papel exercido pelo escravo gaúcho como elemento indispensável para a economia e para o funcionamento das cidades escravistas brasileiras, em especial, da capital da província sulina. | Demonstra o cotidiano dos negros, escravos e libertos, em Porto Alegre, nas “ décadas de 1840 a 1860. Percebe a história que era vivenciada por esses grupos marginalizados e descobre um mundo complacente, pessoal, com maneiras singulares de agir, que foi esquecido, soterrado e evitado pelos historiadores tradicionais. Questionando a historiografia brasileira, em especial a gaúcha, que por muito tempo baseou-se no lema da democracia racial, revela a rebeldia e a inconformidade do escravo gaúcho, que traduzia um mundo baseado na opressão e na violência”. Acervo: BCPUCRS.
ALTEZOR, Carlos. Esclavitud urbana y tipologias habitacionales en Montevideo. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 17-28, jul./dez. 1990.
O artigo descreve as habitações dos escravos em Montevideo correlacionadas com o momento histórico, destacando os diversos tipos de alojamento durante a dominação espanhola, os pátios das casas patriarcais durante a época pós-colonial, e as vivendas coletivas para classes baixas na sociedade republicana. Acervo: BCPUCRS.
AMARO,
Luiz Carlos; MAESTRI
FILHO,
Mário José (orgs.). Afro-brasilei-
ros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. 143 p. O livro consiste na compilação de diversos artigos e autores sobre os afro-brasileiros, versando sobre religião, carnaval, racismo, história da África, ações afirmativas, sindicalismo, educação, saúde, quilombos e comunidades remanescentes, participação na Revolução Farroupilha e família escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAK, Joan. Race, respectability and reformist in Porto Alegre, 1908-1913. História: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 65-72, jul. 2003. 90
91
O artigo busca investigar a construção de significados e identidades raciais e, por conseguinte, a interação entre raça e classe segundo noções de respeitabilidade e moralidade. Para tanto, estuda o caso de Porto Alegre nos cinco anos que precederam a Primeira Guerra Mundial. Significados raciais e respeitabilidade eram centrais no jornal O exemplo, analisado pela autora, constituindo uma | preocupação comum entre os trabalhadores. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Trajetórias de afro-descendentes no Brasil: abor- 4 dagens e perspectivas. Anais do VI Encontro Estadual de História - ANPUH/ + RS, 2002. 1 CD-ROM. 4 O trabalho considera e sistematiza as pesquisas recentes que estudam trajetórias | de afro-descendentes. Ressalta que essas pesquisas destacaram pessoas que, ape-. sar do sistema, fizeram escolhas e tomaram atitudes próprias. Portanto, tais trabalhos permitem reavaliar interpretações que enfatizam de forma dicotômical o. cerceamento/condescendência do sistema. Acervo: ANPUHRS.
BARROSO,
Vera Lúcia Maciel. Novas fontes para a História da escravidão |
BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. A escravidão no século XIX na região norte gaúcha: os casos de Cruz Alta e Palmeira das Missões. Anais do VI encontro da ANPUH/RS, 2002. 1 CD-ROM. O artigo tem por objetivo abordar a presença e a importância do negro escravo na região do Planalto Médio Gaúcho. Pretende comprovar o número significativo de batismo de escravos que tinham como padrinhos homens livres, considerando que, na procura do sacramento do batismo, ampliavam os laços entre cativos e livres de apadrinhamento e compadrio. Acervo: ANPUHRS. BOSI, Vanessa Rolim. “O arquivo vivo do passado distante”: trajetórias do pre-
to Aurélio Viríssimo Bittencourt — burocrata, literato e abolicionista. Anais do VII encontro da ANPUH/RS, 2004. 1 CD-ROM.
O trabalho busca analisar a trajetória do “negro” Aurélio Veríssimo de Bittencourt durante o Império e a República, destacando sua atuação como escritor, como homem de confiança de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, na campanha abolicionista, no campo religioso e na comunidade afro-descendente. Acervo: ANPUHRS.
negra no RS/USCPM (1850-1900). Estudos Ibero-Americanos, v. XVI,n. 1e 2,
p. 57-68, jul.-dez. 1990. O artigo trata dos óbitos dos escravos e dos pretos livres e/ou libertos que foram | sepultados no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, de-. monstrando as potencialidades dessa fonte. Apresenta observações contidas | nesses registros referentes aos nomes, às cores, às origens, aos proprietários, às | idades, às ocupações, causa mortis e ao estado civil. Acervo: BCPUCRS.
BECKER, Gisele. Uma história polifônica: mulheres e laços de família em Por | to Alegre (1858-1908). Porto Alegre: PUCRS, 2001. Dissertação (Mestrado em. ) História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001.
A autora aponta diferentes perfis de mulheres em Porto Alegre (RS) ao longo. do período 1858-1908. Narra suas escolhas, comportamentos e atitudes em. face de suas relações familiares. Para tanto, pesquisa fontes diversas, que abran- | gem desde processos de inventário, passando pelos de divórcio, leis eclesiás-| ticas, até a análise de dramas literários: Apolinário Porto Alegre, Hilário Ri-| beiro, Arthur Rocha e Joaquim Alves Torres. O uso de diferentes fontes per- | mite uma narrativa polifônica sobre a mulher que vive na cidade no período, | Acervo: BCPUCRS.
92
CARVALHO, Daniela Vallandro de. Experiências de cativeiro e liberdade nos fins do século XIX (interior do RS). Anais Eletrônicos do II Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM. O trabalho pretende abordar “a(s) experiência(s) de escravidão e liberdade em
fins do século XIX, privilegiando o olhar sobre as relações conflituosas travadas entre senhores, escravos e libertos, bem como sobre as diferentes concepções empregadas por esses atores sociais a noções de liberdade, lealdade, trabalho, violência e justiça. Tendo como eixo central o estudo de um caso individual e usando como fonte primária um processo criminal pretende lançar luz sobre experiências semelhantes compartilhadas por outros indivíduos e exercitar a validade desse tipo de estudo na análise das experiências negras, buscando um Jogo dialético entre individual e coletivo. Busca ainda, seguir pistas de casos individuais como forma de pensar a experiência negra pós- abolição, campo historiográfico bastante fértil, porém pouco conhecido/explorado nos estudos derivados da escravidão”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CASTRO, Carmen Lúcia Santos. Ferro de brasa, tacho de cobre, puxados úmidos: Cotidiano das mulheres escravizadas em Porto Alegre (século XIX). Porto Alegre: PUCRS, 1994. 179 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1994. 93
“A dissertação objetiva apreender parte do cotidiano das mulheres escravizadas e deixar fluir a complexidade das relações sociais que sustentavam as relações escravistas no Brasil. Demonstra que as mulheres africanas cativas, lado a lado | com seus homens e filhos, empreenderam toda sorte de atividades que a escra: vidão exigia e influenciaram sobremaneira a vida naquela sociedade, visto que estavam intimamente relacionadas ao ambiente doméstico, espaço privilegiada-. mente feminino”. Acervo: BCPUCRS. q
frigem africana (1871-1889). Rio de Janeiro: UFF, 2005. 109 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal Fluminense, 2005.
à O trabalho discute o processo de elaboração da legislação de 1871 através dos principais projetos que, ao longo do século XIX, propuseram a liberdade do ventre como uma das medidas mais seguras para o encaminhamento da questão à hervil no país. Na tentativa de entender as implicações dessa legislação para as frianças declaradas livres, assim como para suas famílias, analisa os processos de tutelas oriundos do Juizado de órfãos e Ausentes de Desterro, entre o período
de 1880 a 1889. Com isso, percebe a preferência dos juízes de órfãos de Dester— fo pela tutela dativa e as possíveis implicações dessa escolha para as crianças e tuas famílias que, em algum momento, sofreram com a interferência do poder
ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Cruz e Souza: modernidade, mobilidade e exp
riências africanas em Desterro nas últimas décadas do século XIX. Anais Ele.
Ó-
nicos XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006. 1 CD-ROM.
público em suas vidas.
O trabalho propõe uma releitura da experiência de vida de Cruz e Souza duran o período que marcou o fim da escravidão no Brasil e a instauração da Repúb ca, reinserindo-o no leque de possibilidades de mobilidade social do período. autora aborda alguns aspectos de sua biografia tais como sua participação nas
QERTZE, Jurema Mazuhy. Infância em perigo: a assistência às crianças abandonadas em Porto Alegre (1837-1880). Porto Alegre: PUCRS, 1990. 340 f. Dis-
causas abolicionista e republicana, suas relações familiares, entre outros aspe
tertação (Mestrado em História) Pontifícia Universidade Católica do Rio Gran-
tos. Acervo: ANPUHSC.
te do Sul, 1990.
À dissertação trata da assistência às crianças abandonadas em Porto Alegre, flestacando a roda da Santa Casa como o primeiro espaço institucional do tio Grande do Sul de asilo para crianças. Apresenta o cotidiano dessa assistência institucionalizada e como se dava o envolvimento dos cidadãos. Acervo: BCPUCRS.
FLORES, Moacyr. O segmento social do negro no período farroupilha. R vista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 137, 41-51, 2002. O artigo analisa as contradições entre os ideais da Revolução Farroupilha e a escravidão, afirmando que a República rio-grandense não combateu o racismo, Descreve aspectos da vida cotidiana dos escravos nesse período, destacando 0: tratamento que recebiam, suas condições de saúde, de higiene, de alimentação questões religiosas. Acervo: BCPUCRS.
GERTZE, Jurema Mazuhy. Notas para o estudo da mortalidade infantil entre a população escrava no Rio Grande do Sul (1850-1872). Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 137-59, jul./dez. 1990.
O artigo descreve a mortalidade infantil, a partir dos Registros de liscravos sepultados no cemitério da Santa Casa de Misericórdia de gre, demonstrando, através de tabelas, o número de crianças entre total de escravos sepultados, sua faixa etária, sexo, cor, origem e mortes. Acervo: BCPUCRS.
GARCEZ, Neusa Cidade. A Presença Negra em Erechim. Perspectiva, v. 21,n. 74, p. 81-92, jun. 1997. O artigo descreve a escravidão em Erechim a partir da família de Arlindo e Ju da Silva, fundadores do clube “13 de Maio”. Apresenta, também, um bre
Óbitos dos Porto Aleo número causas das
histórico do município de Erechim, destacando os fatos e as datas considerad
GRAF, Márcia Elisa de Campos. A composição dos “fogos” na vila de Paranaguá: nota prévia. Anais da XI Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa
importantes, bem como aspectos gerais da escravidão no Rio Grande do Sul. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Histórica, p. 191-2, 1992. H
vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de,
94
)
O artigo descreve a presença numérica dos escravos de origem africana e sua imporlúncia com relação aos outros membros do domicílio. Acervo: BCPUCRS.
95
GRAF, Maria Elisa de Campos. Nos bastidores da escravidão: conivência q
O artigo analisa a convivência e o conflito presentes na escravidão através d dois processos-crime, sendo que, em um, os escravos aparecem como vítimas € no outro, como réus. Acervo: BCUNISINOS.
O livro é um interessante estudo sobre as experiências políticas, situando-se na fronteira entre as relações cotidianas de poder e as relações políticas formais. Investiga as mudanças ocorridas em Porto Alegre na segunda metade do século XIX. Em sua análise, tematiza os problemas da imigração, práticas políticas votidianas em Porto Alegre, a emergência do partido republicano e as idéias positivistas, projetos abolicionistas, entre outros temas.
GUIMARÃES, Carlos Magno. O quilombo do Ambrózio: lenda, documentos ] arqueologia. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1e 2, p. 161-74, jul./dez. 1990;
LARA, Silvia Hunold. II Mesa redonda: escravidão negra no Brasil. Anais II Encontro Estadual de História Anpuh/SC, p. 34-48, 1990.
O artigo busca reconstruir a dinâmica social interna da comunidade do Quilombo do Ambrósio e sua inserção na sociedade mineira escravista do século XV' utilizando como fonte uma lenda, dados arqueológicos e documentos oficiais,
O texto faz parte de uma mesa redonda em que também estiveram Ilka Boaventura Leite e Walter Piazza para discutir a escravidão negra no Brasil, em simpó"io organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico é pelo Departamento de História, realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1988. Lara, em seu texto, discute a experiência dos escravos citando documentos nos quais os cativos negociavam seus contratos de compra e venda ou conquistavam suas liberdades. A ênfase recai sobre a importância da análise das relações sociais que envolviam senhores e escravos, como forma também de se rever a tese da coisificação do escravo e evitar generalizações. Acervo: ANPUHSC.
conflito no Paraná do século XIX. Anais da XVII Reunião da Sociedade Bras é leira de Pesquisa Histórica, p. 235-8, 1998.
Acervo: BCPUCRS.
GUTIERREZ, Ester Judite Bendjoya. Barro e sangue: mão-de-obra, arquite U ra e urbanismo em Pelotas (1777 — 1888). Porto Alegre: PUCRS, 1999. 549 Tese (Doutorado em História - FFCH), Pontifícia Universidade Católica do R o Grande do Sul, 1999.
LAUREANO, Marisa Antunes. 4 última vontade: Um estudo sobre os laços de parentesco entre os escravos na capitania do Rio Grande de São Pedro 17671809. Porto Alegre: PUCRS, 2000. Dissertação (Mestrado em História), Ponti-
qual foi moldada e erguida, principalmente, pela mão-de-obra cativa dos africa; nos e seus descendentes. Descreve os interesses dos senhores e a situação dos
fícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2000.
escravos. Acervo: BCPUCRS.
KITTLESON,
Roger;
MAURER,
Jacobina.
German-Brazilian
Mystic.
:
BEATTIE, Peter M. The Human Tradition in Modern Brazil. Wilmington, Delaware: Scholarly Resources Inc., 2004. p. 69-87. q O autor dedica-se a estudar o conflito dos Mucker no século XIX no Rio Grand e do Sul. Através da repressão à Jacobina indaga-se sobre as ansiedades causada S pela população afro-descendente às elites, suas representações em torno da na cessidade da imigração européia, os conflitos em torno da imigração alemã, 2 diversidade religiosa e seus significados sociais e políticos, o lugar da mulher em uma sociedade patriarcal, entre outros aspectos.
KITTLESON, Roger A. The Practice of Politics in Postcolonial Brazil - Porta
Alegre, 1845-1895. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2006. 266 p.
96
À
A dissertação investiga a presença escrava no período colonial do Rio Grande do Sul, através de inventários post mortem, tendo sido possível descobrir os laços de parentesco. Estuda os escravos com famílias e seu cotidiano. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Resistência e punição de escravos em fontes judiciais no Rio Grande do Sul: 1818-1833. Porto Alegre: PUCRS, 1994. 210 f. Disser-
tação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1994.
“Aborda-se o cotidiano de 131 trabalhadores negros escravizados no Rio Grande do Sul e julgados pela junta de justiça ou junta criminal, que funciona em Porto Alegre, no período de Agosto de 1818 a Fevereiro de 1833. Estes são acusados de “crimes” como roubos, lesões corporais, homicídios e fugas de cadeias públicas, nas várias cidades do território sulino. Para consecução do objetivo proposto, busca-se reconstruir a trajetória de vida dos escravos réus”. Acervo: BCPUCRS. 97
LIMA, Solimar Oliveira. “Retrato falado”. O escravo em processos criminais RS: 1818-1833. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 209-219. O artigo descreve as características físicas e alguns dados do cotidiano dos é cravos, a partir dos processos criminais. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Triste pampa: resistência e punição de escravos em fontes judiciárias no RS/1818-1833. Porto Alegre: IEL/Edipurcrs, 1997. 202 p, O livro apresenta a resistência e a punição dos escravos, buscando 'uma abordas gem a partir dos escravos. Descreve, para este fim, a inserção da mão-de-obr
Haperança, em 1884/1885. Participa da chapa Reformadora (socialista) da Liga Operária em 1893. Membro da 1º direção da União Operária Internacional de Pelotas como presidente. Foi orador da direção provisória do Centro Operário |" de Maio, de Pelotas, fundado em agosto de 1898. Nascido escravo, comprou
ua liberdade, e estudou na escola da Biblioteca Pública, assinando-se como Antonio de Oliveira. Aproximou-se de grupos republicanos, depois os seguiu em seu desencanto pela república e na descoberta da ideologia socialista, mas, fesiludido com as pessoas em geral, terminou sua vida reivindicando uma idenlidade étnica como Antonio Baobad, forte árvore de grossas raízes africanas. Presumível irmão de Rodolpho Xavier, foi redator do jornal Alvorada, preceptor dos irmãos Penny. Morreu em 1907, com idade aproximada de 49 anos.
escrava na economia gaúcha, as características físicas e o vestuário dos escra
vos, alguns aspectos da vida privada destes, os crimes cometidos e os castigi recebidos. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Braço forte: trabalho escravo nas fazendas da naç no Piauí (1822 — 1871). Porto Alegre: PUCRS, 2001. Tese (Doutorado), Pon
fícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001. 158 f. O trabalho analisa o trabalho e o cotidiano dos escravos nas Fazendas e propriedades do Império Brasileiro, destacando os fluxos da mão-de-obra, a organizaçã das atividades e os mecanismos de controle e resistência dos trabalhadore cravizados. Acervo: BCPUCRS.
LONER, Beatriz Ana. Antônio: de Oliveira a Baobad. Anais eletrônicos do Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
“A comunicação descreverá a trajetória de Antonio Baobad e de seus amigos, na Pelotas de final do século XIX”. Ex-escravo que .comprou sua liberdade e fo j liderança operária e étnica, fazendo parte do grupo fundador do jornal 4 Alvos rada, sua biografia permite-nos perceber as perspectivas possíveis para o gru negro da região após a abolição. Sendo incomum, sua trajetória explora ao mi ximo as potencialidades abertas com a libertação dos trabalhadores em 1888, ao mesmo tempo em que configura algumas das limitações que enfrentaram, e: E sua tentativa de integração à sociedade branca e capitalista. Segue, abaixo, um, breve resumo de sua biografia, que serve como guia da comunicação, embora mesma seja suficientemente ampla para permitir caracterizar outros integrantes do(s) grupo(s) dos quais Baobad participou. Antonio Baobad (de Oliveira) membro da União e Fraternidade dos Operário; , Chapeleiros de 1886, vice-presidente da mesma em 1887, secretário da Feliz, 98
MACHADO, Cacilda. 4 trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social (São José dos Pinhais — PR, passagem do XVIII para 0 XIX). Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006. 360 f.
O trabalho trata das relações entre escravos e livres, e entre brancos, pardos e negros, na freguesia de São José dos Pinhais, atualmente no Estado do Paraná. O objetivo é de apreender a natureza e a dinâmica dessas relações, a fim de conhecer os mecanismos de produção e reprodução da hierarquia escravista em ambientes com predomínio de pequenas escravarias e com uma grande população de pardos e negros livres.
MAESTRI FILHO, Mário José. A pedagogia do medo: disciplina, aprendizado e trabalho na escravidão brasileira. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Helena. Histórias e memórias da educação no Brasil, séculos XVI-XVIII. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 192-209.
O texto analisa as práticas dos escravizadores considerando-as como uma pedapogia para enquadrar, condicionar e preparar o cativo para a vida de escravo. Aborda questões como a violência física e simbólica e aspectos do cotidiano dos escravos — como a família, as linguagens e a opressão lingiiística, a vida na cidade e a formação para algum ofício. Refere-se, ainda, às heranças desse processo. Acervo: EDU/UFRGS.
MEIRELLES, Ione Teresa Luft. Para que a história do tempo não se perca no vento: o lugar do negro escravo a Mui Leal Aldeia do Divino Espírito Santo da Cruz Alta. Porto Alegre: PUCRS,
2002. Dissertação (Mestrado em História),
Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, 2002.
99
O trabalho de dissertação aborda a presença do negro escravo na região da Mui
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Feiticeiros, Venenos e Batugues: religiosidade negra no espaço urbano (Porto Alegre — século XIX). In: GRIJÓ, Luiz
Leal Aldeia do Divino Espírito Santo da Cruz Alta, narrando 0 período que
abrange desde o povoamento do município até a abolição e os primeiros contratos de trabalho livre; demonstrando assim, a que lugar foram destinados historicamente os cativos e afro-descendentes e quais as relações que se estabeleceram entre os envolvidos, com a intenção de que a história do tempo da escravidão não se perca no vento. Acervo: BCPUCRS.
Alberto; KUHN, Fábio; GUAZZELLI, César Augusto Barcellos; NEUMANN,
Eduardo Santos. Capítulos de História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS Editora, 2004. p. 147-77. O artigo analisa a religiosidade negra a partir do documento sobre a prisão e o Julgamento de um preto liberto considerado feiticeiro. Descreve e analisa o caso específico da documentação, ao mesmo tempo em que se refere a aspectos mais
ili igilância: ibalh neia: o trabalho a vigi MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Da mobilidade gro em Porto Alegre no século XIX. In: D'ANGELO, Ana Lúcia. Histórias de trabalho. Porto Alegre: Unidade Editorial, 1995. p. 155-72. O artigo analisa o trabalho negro em Porto Alegre na segunda metade do E XIX, demonstrando que a regulamentação desse trabalho serviu para garantir à ordem e auxiliar a transformação mais lenta do trabalho escravo para aro Entende que o trabalho não pode ser dissociado de aspectos da vida diária os trabalhadores negros, assim, analisa: a fuga dos escravos, a relação entre escravos e vadios, a relação entre o trabalho e o prazer, os bares e as moradias € esconderijos. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA,
À É
gerais da religiosidade e das experiências sociais de escravos e libertos em Porto Alegre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
| É
OLIVEIRA, Vinícios Pereira de. De Manoel Congo a Manoel de Paula: a traje-
,
Rio dos Sinos, 2005. 240 f.
Usando a trajetória do africano ilegalmente escravizado Manoel Congo como mote narrativo, o trabalho analisa uma série de aspectos da institui ção escravista no Rio Grande do Sul da segunda metade do século XIX. Acervo: BCUNISINOS.
Paulo Roberto Staudt. Boçais e malungos em terras de brancos: |
notícias sobre o último desembarque de escravos no Rio Grande do Sul no
arredores de Santo Antônio da Patrulha (1852). In: BEMFICA, Coralina et al. ]
Anais do Seminário Raizes de Santo Antônio da Patrulha e Caraá. Porto Ale- |
gre: EST, 2000. p. 316-24. O artigo descreve o último desembarque de escravos na região de Santo Antônio da Patrulha, em 1852, ocorrido mesmo após a Lei Euzébio de Queiróz. Des- | taca a situação dos africanos que chegaram após a referida lei, ou seja, ilegalmente, e seus processos de emancipação. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Os cativos e os homens de bem: aa cias negras no espaço urbano, Porto Alegre 1858-1888. Porto Alegre: E 2003. 356 p.
É "À
O livro, originado da tese de Doutorado, analisa a Porto Alegre negra, destacan- ]
do as moradias e esconderijos, as formas de resistência escrava, o processo de ]
emancipação — enfatizando o Partenon Literário, a Sociedade Emancipadora , Rio Branco, a Sociedade Emancipadora Esperança e Caridade e as diversas ; formas de alforria. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Do
a)
OLIVEIRA, Vinicius Pereira de. O estudo de trajetórias escravas como possibilidade historiográfica: o caso do africano Manoel Congo (Rio Grande do Sul/
Brasil, século XIX). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
“Nesse trabalho procura-se, a partir da trajetória individual de Manoel Congo, sugerir a possibilidade da abordagem microanalítica para o estudo de grupos subalternos. Esse africano, reduzido ao cativeiro após a proibição do tráfico internacional de escravos, chega ao Brasil Meridional como carga do último desembarque ilegal registrado na Província do Rio Grande do Sul, em 1852. A descoberta desse fato, anos depois, gerou uma documentação judicial riquíssima em informações sobre mais de dez anos da experiência de Manoel Congo no cativeiro, reveladora de diversos aspectos da instituição escravista no sul do Brasil. Dessa forma, sua trajetória pode ser utilizada como porta de entrada para a sociedade de uma época, fio narrativo que possibilitou abordar uma diversida de de aspectos sobre a vivência escrava, tais como a organização local do tráfico negreiro, a dimensão atlântica do mundo colonial escravista luso-brasileiro, a diversidade dos mecanismos de controle senhorial e das configurações da resistência escrava, bem como a multiplicidade das experiências cativas. Partindo
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tória de um africano ladino em terras meridionais (meados do século XIX). São
Leopoldo: UNISINOS, 2005. Dissertação (Mestrado), Universidade do Vale do
101
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Lugares malditos: a cidade do “outro” no Sul brasileiro (Porto Alegre, passagem do século XIX ao século XX). Revista Bra-
de uma perspectiva que valoriza os escravos enquanto sujeitos de sua própria história, e fazendo uso intensivo de fontes documentais, busca-se articular experiência individual e condicionamentos estruturais, como forma de tentar aproximar-se da complexidade das vivências negras na sociedade escravista”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
sileira de História, v. 19, n. 37, p. 195-216, 1999.
O artigo analisa o vocabulário de estigmatização urbana na cidade de Porto Alegre para designar certos lugares, personagens e práticas sociais, no momento de consolidação da cidadania. Relaciona essa linguagem com a exclusão e a discriminação social.
|
PEDRO, Joana Maria et al. Negro em terra de branco: escravidão e preconceito em Santa Catarina no século XIX. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 64 p. O livro trata da história da escravidão em Santa Catarina utilizando os relatórios dos Presidentes da Província, as posturas municipais e os jornais da época, principalmente aqueles de Desterro. Os autores fazem uma análise de sua população sobre o impacto da imigração, preocupando-se em retratar a vida cotidiana do negro, o processo de abolição, entre outros aspectos. Acervo: BCUFSC.
j á j | |
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Crime, violência e sociabilidades urbanas: as fronteiras da ordem e da desordem no Sul brasileiro no final do séc. XIX. Estudos Ibero-Americanos, v. 30, n. 2, p. 27-37, dez. 2004.
O texto trabalha com as práticas sociais e as representações que dizem respeito ao crime e à violência na sociedade gaúcha no final do século XIX analisando as tênues fronteiras entre os mundos da ordem e da desordem” ,
PENA, Eduardo Spiller. Escravos, libertos e imigrantes: fragmentos da transi- | ção em Curitiba na segunda metade do século XIX. História: Questões & Deba-. tes, n. 16, p. 83-103, jun. 1988.
Lúcia Regina Brito. Fábulas de escravos e libertos no cenário
.
Acervo: BCPUCRS.
k
- Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do
de do Sul, 2001.185 f.
d a
justiça em Porto Alegre — 1870/1888. Porto Alegre: PUCRS, 1995. Dissertação: fe
À (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do: pi
Sul, 1995. 157 f.
A
PETIZ, Silmei de Sant'ana. Buscando a liberdade: As fugas de escravos da ei de São Pedro para o além fronteira (1815 — 1851). Porto Alegre: UFR-
O artigo descreve a experiência cotidiana de alguns escravos, libertos e imi grantes em Curitiba na segunda metade do século XIX, buscando contrapor construções míticas sobre esses grupos. Acervo: BCPUCRS.
PEREIRA,
.
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Estado
do
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iara
A dissertação analisa a resistência à escravidão no Rio Grande do Sul segundo suas particulares, tais como a condição de fronteira. O autor analisa a facilidade das fugas devido à extensão e falta de fiscalização, além do uso de negros como soldados. À partir da análise das fugas, identifica características dos escravos como origem, costumes e condição física Analisa, ainda, a inserção totidliania desses escravos fugidos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
“Essa pesquisa aborda os anos finais do escravismo, 1870 a 1888, no Rio Gran-| de do Sul, através de processos judiciais. A instituição da lei do Ventre Liv visava à transição do escravismo ao trabalho livre. O objeto dessa pesquisa é atuação do negro na sociedade escravista em desagregação. A análise desse g po através dos processos judiciais justifica-se porque aí ficou registrada pa de suas vivências e relacionamento com o todo social. Faziam parte de um un verso em que a construção de mecanismos de controle objetivavam a permanê cia da estrutura agrário-exportadora. Através das medidas de controle imposta podemos refletir sobre as preocupações dos setores dirigentes e quais as verd deiras intenções ao criá-las. Os sujeitos interagiam num universo em que ài
PEZAT, Paulo Ricardo. A conquista da liberdade pelo negro: consenso e contrasenso. Estudos Ibero-Americanos, v. XVI, n. 1-2, p. 231-40, jul./dez. 1990. O artigo descreve a busca da liberdade pelo negro africano Manuel que teria chegado ao Brasil após a Lei Eusébio de Queiróz, bem como sua busca de integração na sociedade brasileira que o levaria a aceitar a e scravidão. idã Acervo: BCPUCRS. Ex
algumas transformações”. Acervo: BCPUCRS.
PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianópolis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p.
forças contrárias se defrontavam no cotidiano de uma sociedade que buscava
102
103
?
a O livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina, seus as, vestiment suas s, atividade suas procedência destes, seus aspectos físicos, cultos, suas festas, as relações com os senhores — destacando os castigos, as fugas, os crimes, os quilombos e as afeições — suas doenças e mortes. Descreve, também, a movimentos políticos, jornais, clubes e homens abolicionistas. Destaca, ainda, contribuição do negro para a cultura popular catarinense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
cravos contra seus senhores, o uso de feitiços para “amansá-los” e, também,
para cometer suicídios. Descreve, ainda, o consumo de químicas como o álcool o tabaco e a maconha, relacionado aos espaços sociais. Procura, ainda, invesii-
gar como essas drogas eram adquiridas. Acervo: BCPUCRS.
SILVA, Róger Costa da. Químicas ardilosas: os venefícios escravos. Histórica, n. 5, p. 255-66, 2001.
mundo da RABUSKE, Arthur S. J. O padre Alonso de Sandoval e sua obra “o
O artigo descreve a utilização de venenos por escravos contra seus senhores e, também, para cometer suicídio. Destaca as relações sociais estabelecidas para a aquisição das drogas e elaboração de feitiços. Acervo: BCPUCRS.
do escravidão negra na América”. Revista do Instituto Histórico e Geográfico
Rio Grande do Sul, n. 125, p. 1-22, 1989.
O artigo descreve a obra e a vida pessoal e profissional do Padre Alonso de | Sandoval, contemporâneo à escravidão, destacando sua importância. Acervo: BCPUCRS. o l SANTOS, Irene. Negro em preto e branco: história fotográfica da populaçã p. negra de Porto Alegre. Porto Alegre: Do Autor, 2005. 181 em O livro é composto de muitos registros fotográficos da História dos negros , território sobre autores diversos de Porto Alegre, acrescidos de comentários | religião, esporte, sociais, e trabalho, educação, beleza, movimentos políticos A cultura, arte e culinária. Acervo: AHRGS.
O livro analisa a imprensa negra de Pelotas (1907-1957), centrando-se no Jornal | A Alvorada. Descreve a militância presente no jornal, que foi fundado por oper: rios negros e teve a participação de sindicalistas, servidores públicos, trabalhado| res autônomos e estudantes, e se propunha a lutar contra a discriminação racial. | Acompanha a trajetória dos fundadores do Jornal estabelecendo o espaço social | DesPelotas. em negra identidade da defesa a em que circulavam e demonstrando taca, ainda, a Frente Negra Pelotense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O livro analisa, a partir da literatura, a instalação do capitalismo no Rio Grande do Sul e a formação do segmento social marginalizado. Dedica um subcapítulo aos negros, no qual o autor destaca o conto O negro Bonifácio como fonte para a análise da exclusão dos negros. Acervo: BCPUCRS.
VECCHIA, Agostinho Maria Dalla. Memórias do cativeiro e transição. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 329-44, jul./dez. 1990.
O artigo busca recuperar a memória da escravidão através de depoimentos orais de filhos e netos de escravos. Destaca aspectos do trabalho escravo e de sua
SILVA, Róger Costa da. Muzungas: consumo € manuseio de químicas por es.
da Uni-. cravos e libertos no Rio Grande do Sul (1828 — 1888). Pelotas: Editora
resistência cotidiana. Acervo: BCPUCRS.
q
O livro, proveniente da dissertação de Mestrado, analisa o manuseio de quími=. cas ardilosas como forma de resistência, destacando o uso de venenos por ess
104
O artigo analisa a pedagogia da elite liberal-moderada, no contexto de Minas Gerais, a qual identificou pardos e liberais, como industriosos e talentosos, opostos à escravidão e ao despotismo e foi ao encontro das demandas sociais dos mesmos, conquistando o consentimento ativo desse auto-reconhecido grupo social, para a direção moderada da Província. Acervo: BCPUCRS.
TORRONTEGUY, Teófilo Otoni Vasconcelos. As origens da pobreza no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto/Inst. Estadual do Livro, 1994. 192 p.
, SANTOS, José Antônio dos. Raiou a Alvorada: intelectuais negros e imprensa Pelotas (1907-1957). Pelotas: UFPel, 2003. 224 p.
versidade Católica, 2001. 153 p.
SILVA, Wilamir. “Homens de cor! Irmãos!” Os pardos na pedagogia liberalmoderada mineira do período regencial. Estudos Ibero-Americanos, v. 31, n. 1 p. 61-77, jun. 2005.
VECCHIA, Agostinho Maria Dalla. Os filhos da escravidão. Memória dos descendentes de escravos da região Meridional do Rio Grande do Sul. Porto Ale-
105
gre: PUCRS, 1992. Dissertação (Mestrado Departamento de História/IFCH), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1992. 269 f. “Aborda a escravidão na região Meridional do Rio Grande do Sul, envolvendo a área de 18 municípios do extremo-sul do território brasileiro. Disserta sobre a . | história dos descendentes de escravos da mesma região. Ambos os aspectos estão assentados fundamentalmente sobre o documento produzido a partir de 32 depoimentos de descendentes de escravos da região. Apresenta uma contextualização histórico-geográfica, considerando especialmente os aspectos referentes ao escravismo vigente no século passado, totalidade instaurada e articulada pelo desenvolvimento da economia das charqueadas desde o início do século XIX. Desenvolve a visão da escravidão rural da região Meridional do Estado a partir dos depoimentos de descendentes de escravos que viveram nas fazendas do interior. Apresenta uma primeira sistematização da história dos descendentes de escravos rurais da região a partir do momento da libertação. Os depoimentos permitiram a elaboração de um capítulo especial sobre os filhos-de-criação, uma
ZANETTI,
Valéria. Calabouço
urbano:
escravos e libertos em P orto Alegre
(1840-1860). Passo Fundo: UPF, 2002. 240 p.
ea deserve ? cotidiano dos forros e dos escravos que viveram em Porto p= gre entre | e 1860, relacio À nand 0-0 ao processo de transformaçõ ções que 0 a na cidade nesse período. Enfatiza a resistência dos escravos urbanos É a Re e familiar, as relações sexuais, os crimes e as manifestações a a À cu urais estes e dos libertos . Apresenta, ainda, algumas reflexões sobre a hisoriografia acerca do escravo urbano. Acervo: BCPUCRS
vez que cerca de 30% [sic] dos entrevistados viveu e narrou essa experiência”.
Acervo: BCPUCRS. WEBER, Beatriz Teixeira. Código de posturas e regulamentação do convívio social em Porto Alegre no século XIX. Porto Alegre: UFRGS, 1992. Disserta-
|
ção (Mestrado em História — IFCH), Universidade Federal do Rio Grande do | Sul, 1992. 167 f.
O trabalho analisa a regulamentação do convívio social em Porto Alegre, espe-
cialmente na segunda metade do século XIX, destacando as transformações dessa
|
|
] sociedade, como a higienização, a modernização e a abolição do tráfico e, pos4 delineanovo um de de necessida geraram teriormente, da escravidão, as quais mento jurídico que reestruturasse as relações de produção, a formação do mer- |
cado de trabalho livre e a convivência nas cidades — destacando as posturas ,
municipais. Acervo: BSCSH/UFRGS.
WEBER, Beatriz Teixeira. Hierarquizar e regulamentar: a organização do mer- ] cado de trabalho no Rio Grande do Sul na segunda metade do século XIX. | Estudos Econômicos, v. 24, n. 2, p. 321- 46, mai./ago. 1994.
O artigo analisa a organização gradual do mercado de trabalho, verificando como , condições restritivas foram empregadas de acordo com uma ética do trabalho e | impostas características sobre a população em termos de atividade, esforço, sub- | missão, sobriedade, moralidade e obediência às leis. Acervo: BCPUCRS.
106
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ALVES, Eliege Moura. Uma Presença Invisível — Escravos em Terras Alemãs.
Trabalho escravo
Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
“O objetivo desta comunicação é identificar e analisar a presença escrava em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no período delimitado entre os anos de 1850 a 1870”. Acervo:BSCSH/UFRGS.
Alegre: Grafosul, 1985. 180 p. ACRI, Edson. O gaúcho: usos e costumes. Porto as populações que formaram o O livro descreve a cultura gaúcha, destacando
AMARAL,
cionalismo, as revoluções e guerras, Rio Grande do Sul, a indumentária, o tradi ii
aparece, brevemente, como apresentando diversas ilustrações. O negro nça nas charqueadas e sua parti tante construtor do Estado, marcando sua prese cipação nas guerras. Acervo: BSCSH/UFRGS.
dez. 1993. O artigo analisa o negro em Piratini, destacando a sua importância quanto à formação histórica do município, sua origem, atividades exercidas, modo de » vida, resistência ao escravismo e participação junto à Revolução Farroupilha.
urbano: escravos € libertos em ALMEIDA, Valéria Regina Zanetti. Calabouço PUCRS, 1994. 173 Ê. Dissertação Porto Alegre (1840-1860). Porto Alegre: rsidade Ca-
Acervo: BCPUCRS.
História), Pontifícia Unive (Mestrado em História/Departamento de tólica do Rio Grande do Sul, 1994.
ânci a do papel exe rcido p pelo escravo tânci j | a e a impor cipaçãão efetiv i a partiicipaç “Analisa à economia e para O funcionagaúcho, enquanto elemento indispensável para especial, da capital da província mento das cidades escravistas brasileiras, em vos € libertos em Porto Alegre, sulina. Demonstra o cotidiano dos negros, escra por esses ia que era mpi nas décadas de 1840 a 1860. Percebe a histór ei 5 s pesso e, acent compl grupos marginalizados e descobre um mundo + E pelos do evita € soterrado neiras singulares de agir, que foi esquecido, e à al especi em brasileira, dores tradicionais. Questionando a historiografia democracia gps nao a À da lema no u baseo cha, que por muito tempo se o, que traduzia um mundo basea rebeldia e a inconformidade do escravo gaúch CRS. do na opressão e na violência”. Acervo: BCPU
Giana Lange do. O negro no contexto social da primeira capital
farroupilha. Revista da Universidade Católica de Pelotas, v. 3, n. 2, p. 71-91,
ASSUMPÇÃO, Euzébio. Pelotas: escravidão e charqueadas: 1780 — 1868. Porto Alegre: PUCRS, 1985. 352 f. Dissertação (Mestrado IFCH), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1985.
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veis: escravos em, terras de alemães: E | invisíveis. Moura. Presentes e invisi j ALVES, Eliege Leopoldo: Unisinos, 2004. Disser | São Leopoldo 1850-1870. UNISINOS, São |
em História), Universidade do tação (Mestrado Programa de Pós-Graduação Vale do Rio dos Sinos, 2004. 241 f. escrava em São Leopoldo, Rº A dissertação identifica e analisa a presença À anos de 1850 a 1870. A partir Grande do Sul, no período delimitado entre os qua va obser autora à de escravos, 1850, com o término do tráfico internacional do Império ainda era bastante | ncias proví as entre a movimentação de cativeiros contexto, apesar da historiografia | significativa, inserindo-se O Sul do país neste
O Rio Grande do Sul conheceu por 151 anos a mão-de-obra escrava. “O trabalho coercitivo, no extremo sul do país, foi mascarado por parte de uma historiografia racista e comprometida com a classe dominante, que sonegou e restringiu a importância dos africanos e seus descendentes na antiga capitania e província de São Pedro. Em sentido contrário a este segmento historiográfico racista, procuramos contar parte da história da classe oprimida, dos homens negros escravizados no Sul”. Para tanto, “estudamos a escravidão na antiga São Francisco de Paula, atual Pelotas, grande centro escravista. Mostramos sua grandeza e riqueza criadas à custa do trabalho coercitivo [sic] realizado principalmente nas charqueadas, assim como o tratamento dispensado pela elite gaúcha aos trabalhadores servis, tentando assim, como outros autores, contribuir na desmistificação de uma escravidão mais suave no sul do país. É nosso objetivo, também, mostrar a resistência escrava no território rio-grandense e a resistência de certos setores econômicos à abolição da escravatura, e os métodos usados para prolongar o regime servil”. Acervo: BCPUCRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. O imigrante europeu e o trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Veritas, n. 112, p. 455-61, dez. 1983.
Analisa a legislação provincial e nacional que impediu o emigrando europeu de dispor da mão-de-obra do escravo negro. Trabalho apresentando no IV Simpó-
o: BCUNISINOS. tradicionalmente afirmar o contrário. Acerv
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O artigo trata dos óbitos dos escravos e dos negros livres e/ou libertos que foram sepultados no Cemitério da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, demonstrando suas potencialidades como fonte. Apresenta observ ações contidas nestes registros referentes aos nomes, às cores, às origens, aos proprietários, às idades, às ocupações, à causa mortis e ao estado civil. Acervo : BCPUCRS.
sio sobre Imigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul de 1980 e publicado também nos Anais desse Simpósio. Acervo: BCPUCRS. BAKOS, Margaret Marchiori. Sobre a mulher escrava no Rio Grande do Sul. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 47-56, jul./dez. 1990.
O artigo apresenta dados sobre o trabalho, a resistência e o engajamento E das mulheres escravas, evidenciando as quantidades de mulheres e homens es cravos por localidades, o preço para a agricultura e para Os serviços DOE os crimes cometidos por mulheres e a participação em Confrarias. Acervo: CRS.
BENTO, Cláudio Moreira. Real feitoria do linho cânhamo do Rincão do Cangugu. Primeira iniciativa agricola oficial do Rio Grande do Sul. Presença negra oficial no Estado comemoram 200 anos (1783-1983). Porto Alegre: Museu Municipal Cap. Henrique José Barbosa, Canguçu/Prefeitura Municip al, 1983. 4 p.
BALHANA, Altiva Pilatti. Formação da população paranaense. Boletim do Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense, v. 10, p. 40-51, 1968.
Trata-se de uma curta publicação que aborda sucintamente os objetivos da criação da feitoria, as tentativas de plantação do linho cânham o, sua localiza.ção, a mão-de-obra escrava e a presença de açorianos, sua produção, entre outros aspectos.
O artigo descreve a formação da população do Paraná, apresentando nc dados demográficos — incluindo o número de escravos. Apresenta um su capí tulo sobre o negro, no qual destaca a utilização do trabalho escravo nos o diversos setores e apresenta alguns dados estatísticos. Acervo: GEO/UFRGS.
BERNARD, Zilá; BAKOS, Margaret M. O negro: consciência e trabalho. Porto Alegre: Editora da Universidade — UFRGS, 1991. 87 p.
À
BARBOSA, Eni. Fontes do processo abolicionista na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul. Veritas, v. 32, n. 125, p. 39-114, março 1987.
Catalogação de dados referentes à escravidão na Província de São Pedro doRio Grande do Sul, retirados de documentação avulsa da Câmara Municipal de me to Ângelo, de Autoridades militares e da Guarda Nacional. Acervo: BSCS UFRGS.
| 4 ]
BARBOSA, Fidélis Dalcin. O negrinho do pastoreio. In: BARBOSA, Fidélis l Dalcin. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EST, 1983. p. 117-8. Relata a lenda do Negrinho do Pastoreio e descreve sucintamente a Re do À breves ] escravo no Rio Grande do Sul, de sua chegada à abolição, apresentando dados populacionais. Acervo: ULBRA.
BARROSO,
Vera Lúcia Maciel. Novas
fontes para a História da escravidão |
negra no RS/USCPM (1850-1900). Estudos Ibero-Americanos, v. XVI, n. 1-2, , p. 57-68, jul./dez. 1990.
110
Transcreve trechos de documentos históricos e textos literários que fazem referência à escravidão e à consciência negra, contendo breves análises ao final de cada documento. Apresenta temas como: quilombos, alforria s, imprensa negra, trabalho escravo e a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BSCSH/UFRGS. i
BORGES, Nilsen C. O. Latifúndio, pecuária e mão-de-obra: análise da riqueza em Lages. História: trabalho, cultura e poder. Anais do X Encont ro Estadual de História ANPUH/SC, 2004, p. 366-9. O artigo analisa a distribuição de riqueza em Lages através do levantamento de 70 inventários referentes ao período de 1850 a 1860. Objetiva desvend ar alguns dos mecanismos de reprodução socioeconômica em Lages, possibi litando a compreensão do funcionamento e importância do sistema escravi sta nessa sociedade, destacando suas semelhanças e diferenças com o grande sistema escravista brasileiro. Acervo: ANPUHSC. BORGES, Nilsen C. Oliveira. Terra, gado e trabalho: socieda de e economia escravista em Lages, SC (1840-1865). Florianópolis: UFSC, 2005. Dissertação (Mestrado Programa de Pós-Graduação em História), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. 162 f. 111
A dissertação investiga as características da economia escravista e a estrutura produtiva da região de Lages. Para tanto, analisa a estrutura de posse escrava através das características demográficas, da estrutura agropecuária, da distribuição de fortunas e funcionamento do mercado escravo. Utiliza-se de inventários post mortem, mapas de população, escritura de compra e venda de escravos, escrituras de liberdade, relatórios e falas de presidente de província. Acervo: BCUFSC.
CABRAL,
Oswaldo Rodrigues. . História de 5,
prensa da UFSC, 1968. 430 p. 3
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eua feia: Roni
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O a descreve a história de Santa Catarina desde os seus primeiros donatári no “Brasil Colônia” até o momento contemporâneo da obra — 1967. O ne E aparece no subcapítulo “O elemento negro em Santa Catari na” do ca ítulo int tulado “A segunda metade do século XIX”, no qual o autor reto res j damente — dados populacionais, etnias negras que foram para Santa Catari ae algumas funções dos escravos. Também, no subcapítulo “O aba dh capítulo “Os últimos vinte anos”, o autor apresenta alguns aspectos da ab li do no referido Estado. Acervo: BSCSH/UFRGS. ee
BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. Vestígios do passado: a escravidão no Planalto Médio Gaúcho (1850-1888). Passo Fundo: UPF, 2003. Dissertação (Mestrado — Pós-Graduação em História), Universidade de Passo Fundo, 2003.
Nesse estudo a autora analisa a escravidão no Planalto Médio gaúcho no período 1850-1888. Busca analisar a forte presença de cativos e seu valor econômico no contexto sociopolítico e na formação dos municípios de Cruz Alta e Palmeira das Missões, demonstrando que os escravos não estiveram presentes somente na região charqueadora e em Porto Alegre. Através de pesquisa empírica, revela a existência de movimentos abolicionistas nessa região, comparando-os com os de outras, traz as leis elaboradas nesse período, as quais permitiram o encaminhamento de ações de liberdade que culminaram na abolição. Através da análise de inventários e testamentos, identifica e demonstra como essas ações permitiram a concessão de liberdade aos cativos. A pesquisa em livros de registros de batismos e óbito pertencentes à Igreja Matriz de Cruz Alta permitiu revelar a existência de batismo, compadrio e apadrinhamento de escravos, bem como os óbitos ocorridos nessa cidade e em Palmeira das Missões, na segunda metade
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do século XIX. Acervo: BCUPF.
BRITO, Severino de Sá. Trabalhos e costumes dos gaúchos. Porto Alegre: Li- 4
vraria do Globo, 1928. 219 p.
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O livro descreve os trabalhos na estância e os costumes dos gaúchos, destacando as qualidades dos mesmos, o progresso e a necessidade de preservar a tradição gaúcha. Os escravos aparecem tangencialmente, somente em suas relações com os senhores. Acervo: IHGRS.
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CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Dester ro: Notícia Histórica
. II. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1972.
O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Dester ro, destacando os produtos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também , o uso da água, as vestimentas, Os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das I rejas e Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, sobre a qual o autor enfatiza ue era composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escrav os apresenta dados demográficos e a origem destes, suas funções, suas festas suas vestes, seu feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondad e de muitos senhores, as irmandades de que participavam, as fugas e crimes que cometiam, as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Refere-se, para isto, aos relatos dos viajantes. Acervo : BCPUCRS ed Maria Aparecida Rosa. As charqueadas de Pelotas: formas de traalho e produção. Revista da UCPel, v.2,n. 1 e 2, p. 83-95, jun./dez. 1992 O pa analisa as charqueadas pelotenses do século XVIII e XIX, destacando as formas de trabalho, a forma de produção e comercializa ção e, ainda, o final do ciclo do charque. Acervo: BCUNISINOS. CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e escrav idão no Brasil MeridioDifn. SãoSã Paulo: . Difu
nal: o negro na sociedade escravocrata do Rio G rande do o Sul. na Sul. ã 339 p.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Santa Catarina: história, evolução. São Paulo: É Cia. Editora Nacional, 1937. 445 p.
são Européia do Livro, 1962.
O livro descreve a conquista, a colonização e a evolução de Santa Catarina até a | Guerra do Contestado. A escravidão aparece em alguns momentos do texto, é quando este apresenta alguns dados demográficos e ao referir-se à economia e! ao trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
O a objetiva demonstrar os processos de constituição e desagr egação da aa ade escravocrata brasileira e, principalmente, a participação do negro na ormação do Rio Grande do Sul, destacando as charqueadas. Acervo: IHGRS
112
113
Florianópolis: relações sociais e CARDOSO, Fernando Henrique. Negros em p. econômicas. Florianópolis: Insular, 2000. 208 social em Florianópolis — asTrata-se da reedição do livro Cor e mobilidade numa comunidade do Brasil Meri+ pectos das relações entre negros e brancos ra Nacional, escrito por Fernandional, editado em 1960, pela Companhia Edito prefácio de Florestan Fernandes. do Henrique Cardoso, Octávio Janni e com o escrita por Fernando HenriNesta nova edição, guarda-se apenas aquela parte Ianni republicado sua parte, com que Cardoso e o prefácio de Fernandes, tendo 1987, sob o título Raças e clasalgumas alterações, pela editora Brasiliense, em novo título, aborda em seu prises sociais no Brasil. O livro de Cardoso, com lis e a posição que o grupo anópo meiro capítulo, “o sistema econômico de Flori capítulo seguinte, evidenciar “em negro assume nele”, permitindo, ao autor, no e o ajustamento dos brancos e | que sentido se promoveu € tende a promover-s ão de contato inter-racial pro- N dos negros e seus descendentes mestiços à situaç
4
porcionada pela organização da sociedade investigada”.
os à trabalhadores livres. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro. Negros: de escrav ias no Rio Grande do Sul. CARDOSO, Luiz Carlos Amaro et al. Negras histór 102-13. Porto Alegre: EVANGRAEF/FAPERGS, 2002. p. escravo para O livre, compreO artigo analisa o período da transição do trabalho Vargas, entendendo a aboliendido entre a crise da escravidão e o início da Era
co institucional, pois ainda não exis! ção (Lei Áurea) como um referencial políti para o trabalho livre. Acervo: BSCSH/ |
tia regulamentação nem fiscalização UFRGS.
no: algumas experiências di CARDOSO, Paulino de Jesus. Nem tudo era açoria Catarina no século XIX. In populações de origem africana na ilha de Santa Catarina: espaço, tempo « PEREIRA, Nereu do Vale (org.). 4 ilha de Santa de Santa Catarina, 2002 gente. Florianópolis: Instituto Histórico e Geográfico p. 229-45. na Ilha de Desterro. O au O texto analisa as populações de origem africana ação escrava, as ativida vai ressaltar a importância de se considerar a popul dades religiosas, entre por eles desenvolvidas, suas participações em irman tros aspectos. Acervo: BCPUCRS. ção de um território negi CARDOSO, Raúl Róis Shefer. Capítulos de forma São Leopoldo: Unisinos, 2005 escravidão rural no Vale do Caí (RS — 1870/1888). Vale do Rio dos Sinos, 2005. 141 f. Dissertação (Mestrado), Universidade do
- 114
A dissertação tem por objetivo apresentar os caminhos trilhados pelos escravos mitado entre os anos de 1870 e 1888. BCUNISINOS. Acervo: it na região do Vale do Caí, no período delim
CARVALHO, Alfredo de. Uma visita a Santa Catarina em 1803-1804. Revista ; ion ds Trimensal do Insti Catarina, v. 4, n. p. 3-
32, 1915.
O Instituto Histórico e Geográfico de Santa
O artigo descreve a visita de Krusenstern à Santa Catarina, apontando os aspectos naturais, econômicos, demográficos, sociais e culturais. Refere-se ra al guns momentos, ao viajante Langsdorff. Cita os escravos quando trata Ea fu e ções econômicas, das vestimentas e da demografia. Evidencia, também, al as aspectos do tráfico transatlântico. Acervo: IHGRS. Em
; i do negro. Veritas, Neif Ach O, ORE, CARVALH SS, dem, che. O controle social v. 34, n. 132, p. Analisa E imposições feitas ao negro rio-grandense pela Legislação Provincial perío o de vigência do sistema escravista e dá exemplos de como este ati trole era feito na prática. Acervo: BSCSH/UFRGS.
pe CESAR, Guilhermino. História do Rioio G Grande do Sul: : período colonial. perí i Porto O livro descreve o Rio Grande do Sul no período colonial, a partir dos seus anpEShos naturais, dos seus grupos formadores, suas línguas, dos seus aspect políticos, administrativos, econômicos, militares e estais
Dedica bom
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um subcapítulo intitulado “O Negro”, dentro do capítulo o a de ço homem rio-grandense”, no qual descreve a entrada dos negros a di andeiras e suas origens na África. Apresenta, também, alguns dados demográficos e algumas funções econômicas dos escravos, destacando, ainda ; imigrantes europeus não tinham escravos. Acervo:
BCPUCRS
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pg CHAGAS, Wilson. Alguns asa aspectos da obra ob de Gilberto i Freyre. Província de
O artigo apresenta dados sobre a obra de Gilberto Freyre, citando a questão do trabalhoy escravo que aparece nas referid as obras como um d formação social do Brasil. Acervo: BCPUCRS. EE
| 115
Características físicas de homens e mulheres, da paisag em, das casas e da vida — nesse momento cita os negros e suas dificuldades cotidi anas. Acervo: BCPUCRS.
ades. CHARÃO, Ricardo. Negros escravos em brancas e protestantes comunid . CD-ROM 1 Anais do VI Encontro da ANPUH/RS, 2002. re O artigo tem por objetivo analisar a relação entre escravos € rr -Ev ade Ê Comunid da registro de livro o r v i l imeiro i o primeiro mo ponto de partida fei registros os contém qual o Velho, fina ds Três Reis Magos, em Hamburgo tos entre 1845 e 1886. Acervo: ANPUHRS. o na litec íli O escravo de pape 1 O cotidiano da escravidã FORTO, Marília. a o ão Dissertaç 1993. PUCRS, Alegre, pc do século XIX. Porto História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993.
DREHER, Martin N. O negro na obra de Johann Jakob Von Tschudi. Estudos
Leopoldenses, v. 27, n. 121, p. 69-82, jan./fev., 1991.
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Este trabalho aborda o cotidiano de escravos na literatura E eus nr que pelos 7c ativ o i i sofridos ituaçã do trabalho es cravo e os castigos sentando a situação período 18 no os publicad romances os pesquisa Brasil. Tem como universo de 1890. Acervo: BCPUCRS.
|
“ ELLIS, Myriam. 4 baleia no Brasil colonial. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1969.
Bo- À COPSTEIN, Raphael. Subsídio ao estudo da escravatura no sul do Estado. letim Gaúcho de Geografia, n. 6, p. 21-43, julho 1977. il a E Analisa um documento intitulado “Entrada e sahidas de ani ra geral nal N RR o] docume do o alizando ã respondem por cri | me algum”,Y contextuo dos e que não É pública cadeia na escrito foi to documen O | escrito. á há nele ue Grande e nele consta o registro de recolhimento de escravos fugidos e presos neste local. Acervo: IHGRS.
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D' AZEREDO, Francisco de Paula. Em trânsito pelo Rio ande dão Sul em 5 1816 (notas de viagem). Província de São Pedro, n. 21, p. 26-35,
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O artigo consiste na transcrição das notas de viagem do as de arca qual era oficial do exército português em campanha no Rio da Prata. Ap À 116
feitorias do sul, destacando a mão-de-obra e técnic as baleeiras, detendo-se sobre o trabalho escravo.
ELMIR, Cláudio Pereira. O escravo urbano na visão de um viajante. Estudos Ibero-Americanos, v. XVI, n. 1-2, p. 95-104, Jul./de z., 1990.
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O livro investiga os entrepostos baleeiros meridionais do Brasil colonial, núcleos de pesca e manufatura de óleo de baleia. À autora analisa o trabalho nas
O artigo busca elementos do cotidiano de Porto Alegre , e do negro nesse espaço, na obra do viajante alemão Josefh Hormeyer. Destac a que o viajante apresenta uma visão que se aproxima da “democracia racial” . Evidencia que a principal função do escravo urbano era a de carregador e que o elemento de diferenciação do escravo era que este não poderia usar calçad o. Acervo: BCPUCRS.
CUNHA, Rafael Scheffer. Tráfico interprovincial e comerciante de era (Mestra em Desista 1849-1888. Florianópolis, UFSC, 2006. aa em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. 157
artigo descreve a obra, seu contexto e o autor Johann Jakob Tschudi, um
Ministro da Suíça que escreve observações sobre a situaç ão dos imigrantes no Brasil. Ao analisar essa obra, destaca dados apresentados sobre o negro, especialmente sobre economia, sobre a vida de escravos na fazend a, sobre a educação, sobre o racismo e sobre os negros nas áreas de imigra ção e colonização européia. Acervo: BCPUCRS.
ERICKSEN, Nestor. Discurso pronunciado pelo Sr. Nestor Ericksen ao ser recebido no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 84, p. 258-81, 4 trim,, dez. 1941. O artigo descreve a história do negro no Rio Grande do Sul, desde suas primeiras entradas na fase de povoamento, até a abolição. Apresenta alguns dados demográficos, sobre o tráfico interno e transatlântico, contrabando e economia (destaca a estância e a charqueada). Ressalta, ainda, a participação do negro na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai. Foi public ado, também, em brochura pela Livraria do Globo. Acervo: BPERGS. 117
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Criadores de gado na fronteira Meridio-. nal do Brasil (1831-1870). Segundas Jornadas de História Regional Comparada, 2005. 1 CD-ROM.
signifiESPADA, Henrique. Trabalho, escravidão e precariedade: em torno dos soa Jó; ICZ, KLANOV cados da liberdade de trabalho no século XIX. In: Rogério de. História: Trabalho, Cultura e Poder — Anais do X Encontro Estadua de História ANPUH/SC. Florianópolis: ANPUH/SC, 2004. p. 326-9. que e O artigo procura levantar hipóteses para a discussão dos significados ne período. no riam estar sendo atribuídos à idéia de “liberdade de trabalho” E » do evantan lisa a experiência coletiva dos trabalhadores livres e escravos, N dios para contestar o modelo de “transição” que permanece sendo uti a o muitas vezes acriticamente — pela historiografia da escravidão e do a C. ANPUHS Acervo: s. América nas e livre que trata sobre o tema no Brasil
“Ao longo do século XIX, a região da Campanha, localizada na fronteira brasileira com a República do Uruguai, era a principal zona pecuária da Província do Rio Grande do Sul. A imagem tradicional de sua economia tem sido a existência quase exclusiva de grandes estâncias de criação com mão-de-obra livre. O trabalho revê esta imagem ao considerar unidades produtivas pequenas e médias com uma importante presença de escravos”.
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha de história do Rio Grande do Sul (Uma nova visão da formação da terra e do povo gaúcho). Porto Alegre: Martins Livreiro, 1994. 128 p. o até os | O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul desde a ocupaçã E | capítulo um Dedica XX. século movimentos revolucionários do início do a intão o desde Estado negros, no qual destaca a presença da escravidão no , ic par a ocupação, enfatiza as charqueadas, apresenta as origens dos negros, | cultução destes na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai, aspectos l rais (como vestes, linguagem e batuques), a resistência à escravidão e a situaçãod NOS. atual dos negros. Acervo: BCUNISI
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Escravos nas estâncias e nos campos: escravidão e trabalho na Campanha rio-grandense (1831-1870). VI Congresso Brasileiro de História Econômica,
Conservatória (RJ), ABPHE,
Anais do VI Con-
“ gresso Brasileiro de História Econômica e 7º Conferência Internacional de História de Empresas, 2005.
1 CD-ROM.
“Este estudo analisa as principais características da escravidão em Alegrete, o principal município pecuário do Rio Grande do Sul, com ênfase na a análise das transformações ocorridas entre 1851 e 1870, período imediatamente posterior ao final do tráfico atlântico de cativos”.
FARINATTI, Luis Augusto Ebling. Nos rodeios, nas roças e em tudo o mais: traba-
lhadores escravos na Campanha rio-grandense, ( 1831-1870). Anais eletrônicos do ! Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
2001. 80 p.
O livro consiste em uma análise cronológica do trabalho no Brasil da
da ideologia do-o com a questão racial. Trata, então, da escravidão negra,
o
branqueamento, da crise dos empregos com a informatização, da sia alterna ] da influência da globalização e do neoliberalismo. Busca, ainda, pensar tivas para o contexto atual. Acervo: BSCSH/UFRGS. FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Um campo de possibilidades: notas sob XIX). His as formas de mão-de-obra na Pecuária (Rio Grande do Sul, século ria Unisinos, v. 7, n. 8, p. 253-76, jul./dez. 2003.
o! O artigo analisa as formas trabalho na criação de gado do Rio Grande ' hav: que do Sul, através de um “censo agrário” realizado em 1858, destacan trabalho escravo, livre e familiar, conforme o tamanho da propriedade. Acers vo: BCPUCRS.
118
“O texto busca analisar a presença dos cativos na Campanha rio-grandense, localizada na fronteira com as repúblicas platinas, principal zona de criação de gado da província do Rio Grande do Sul. Investigam-se algumas das características demográficas da população cativa da região, além de aspectos relacionados às atividades desempenhadas por aqueles trabalhadores. Nesse último quesito, malgrado a conhecida visão que desacredita a importância do emprego de cativos na pecuária, o envolvimento direto no costeio do gado foi a principal atividade desenvolvida por aqueles trabalhadores. Nessas e em outras atividades, os escravos eram empregados, em geral, em associação com o trabalho livre nas maiores estâncias, e com o trabalho familiar nas unidades produtivas de menor vulto. As principais fontes empregadas aqui são os inventários post mortem e um censo agrário realizado em 1858”. Acervo: BSCSH/UFRGS. FLORES, Hilda Agnes Hiibner. Sociedade Preconceitos e Conquistas. Porto Alegre: Nova Dimensão,
1989. 136 p. 119
O livro enfatiza a mulher no Rio Grande do Sul, analisa brevemente as funções exercidas pela mulher escrava e o tratamento dado a estas pelos senhores. Discorre, também, sobre as influências culturais africanas para a sociedade riograndense. Acervo: BML/ULBRA.
FLORES, Moacyr. Revolução Farroupilha. 1984. 91 p.
Porto Alegre:
Martins Livreiro,
Descreve sucintamente o papel do escravo na sociedade gaúcha, classificando-os como domésticos, de ganho, de lavoura e campeiros. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FLORES, Moacyr. Sistema colonial: os séculos XVI e XVII. Revista do IHGRS, À v.n. 128, p. 11-24, 1992. À O artigo descreve o sistema colonial, caracterizando o Estado moderno no sécu- | lo XVI, a economia colonial, o ciclo do pau-brasil e o ciclo da cana-de-açúcar — | no qual destaca o trabalho escravo. Acervo: BCPUCRS.
FLORES, Moacyr. O negro na dramaturgia brasileira. 1838-1888. Porto Ale: + gre: EDIPUCRS, 1995. 101 p. y Analisa questões ligadas à escravidão, tais como o trabalho escravo, tráfico € abolição, utilizando como fonte comédias e dramas escritos no século XIX. Acervo: BSCSH/UFRGS. ma FLORES, Moacyr. Negros na Revolução Farroupilha: traição em Porongos e farsa em Ponche Verde. Porto Alegre/Caxias do Sul: EST/Correio Riogranden: se, 2004. 80 p. O livro analisa a participação dos escravos na Revolução Farroupilha, descrevendo a situação social do negro nesse período, as profissões dos escravos, suai relações com os senhores, a importância dos infantes e dos lanceiros e os misté rios da convenção de Ponche Verde. Demonstra a contradição entre os ideais d Revolução e a escravidão. Acervo: BCPUCRS.
FRANÇA, Nilton Calzia. Análise do trabalho escravo no Brasil a partir à teoria do sistema-mundo. Florianópolis,UFSC, 2005. Dissertação (Mestrado q Economia), Universidade Federal de Santa Catarina, 2005. 127 f.
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O autor pretende ordenar as várias etapas de utilização do trabalho escravo no Brasil, relacionando-as com a formação das cadeias mercantis da economia mundo-européia, iniciando pela rede internacional açucareira do longo século XVI e culminando com a expansão mundial da atividade cafeeira no século XIX. Os trabalhadores africanos foram pensados em relação à Historia do novo Mundo, sendo a escravidão moderna determinada pelos imperativos econômicos das nações que assumiram a liderança do sistema-mundo desde meados do século XV. O autor busca verificar os principais elos entre a modernidade européia e o regime escravista brasileiro. Acervo: BCUFSC FRANCO NETTO, Fernando. Senhores e escravos no Paraná provinci al: os padrões de riqueza em Guarapuava (1850 — 1880). São Paulo: UEP, 2000. Dis-
sertação (Mestrado em História), Universidade Estadual do CentroOeste & Assis
— Universidade Estadual Paulista, Assis, São Paulo, 2000. O autor avalia “os padrões de riqueza em Guarapuava bem como as caracterí sticas da sociedade a partir da análise dos inventários arrolados no período em que as relações escravistas eram predominantes na região. As transformações na órbita interna e externa, advindas das grandes revoluções inglesa e francesa, foram determinantes para a decadência nas relações de produção baseadas no trabalho escravo. O recorte cronológico proposto priorizou o período 1850-1880 porque nele se iniciaram e firmaram-se as transformações das quais decorreu a emergên cia das relações de trabalho e de produção baseadas na mão-de-obra assalariada, mudança s estas aceleradas com o fim do tráfico internacional de escravos, a implanta ção da Lei de Terras e a implementação da política de imigração. A leitura dos processos de inventário proporcionou uma avaliação sobre a riqueza senhorial e o perfil dos escravos (preços, origem, idade, sexo, cor, qualificação e estado físico)”. Acervo: NEHD. FRANCO NETTO, Fernando. Senhores e escravos no Paraná provinci al: os padrões de riqueza em Guarapuava — 1850/1880. Anacleta, Guarapuava, v. 2, n. 1, p. 155-69, jan./jun. 2001. A partir do estudo serial de inventários o autor busca caracterizar alguns padrões demográficos da população escrava em Guarapuava na segunda metade do século XIX, região paranaense de produção pecuária. Disponível em: www.unicentro.br /editora/ revistas/analecta/v2n 1/artigo%2012%20senhores%20e%20escravos.pdf. Acesso em: 15/mar/2006.
FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes/Vozes/Instituto Cultural Português, 1980. 175 p.
121
Analisa o sistema escravista brasileiro, descrevendo o estabelecimento da escravidão no Brasil, a situação dos escravos, a resistência exercida por esses e a abolição da escravatura. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ventre como uma das medidas mais seguras para o encaminhamento da questão servil no país. Na tentativa de entender as implicações dessa legislação para as crianças declaradas livres, assim como para suas famílias, analisa os processos de tutela oriundos do Juizado de Órfãos e Ausentes de Desterro, entre o período 1880-1889. Com isso, percebe a preferência dos juízes de órfãos de Desterro pela tutela dativa e as possíveis implicações dessa escolha para as crianças e suas famílias que em algum momento sofreram com a interferência do poder público em suas vidas.
FUKUI, Lia F. G. O meio gaúcho no Rio Grande do Sul: homogeneidade, heterogeneidade. Cadernos CERU, n. 3, p. 47-68, nov.1970. O artigo descreve o meio rural do Rio Grande do Sul onde predomina a pecuária, demonstrando que este passa de homogêneo a diversificado, em três fases: fase das estâncias, das charqueadas e dos frigoríficos. O escravo aparece na descrição daquelas e dessas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
GORENDER,
Jacob. O escravismo colonial. 3 ed., São Paulo: Ática, 1980.
O artigo analisa o escravismo colonial a partir do referencial do modo-de-produção, apresentando características econômicas e aspectos da dominação social. Ao citar brevemente três casos especiais de utilização da mão-de-obra escrava, destaca as charqueadas do Rio Grande do Sul. Acervo: BCPUCRS.
GATTIBONIL, Rita de Cássia Krieger. Cartas de alforrias em Rio Grande. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 117-36, jul./dez., 1990.
O artigo descreve as alforrias na cidade de Rio Grande, apresentando tabelas com quantidades de escravos e livres nas Paróquias de Rio Grande, com o número de alforrias por sexo, idade, estado civil e ano, além das condições das alforrias, as profissões dos escravos alforriados e preços respectivos. Acervo: BCPUCRS.
GRAF, Marcia Elisa de Campos. Economia e escravidão no Paraná. Boletim do IHGEP, v. 47, p. 99-113, 1987. Analisa a participação do escravo na economia e sociedade paranaense, descrevendo como a mão-de-obra escrava era empregada neste setor. Descreve também o início da colonização da região do atual Estado do Paraná e o início das atividades produtivas neste local. Acervo: IHGRS.
GATTIBONL, Rita de Cássia Krieger. 4 escravidão urbana na cidade de Rio Grande. Porto Alegre: PUCRS, 1993. 201 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993.
“A pesquisa está baseada em três tipos de documentação: cartas de alforria encontradas no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, relativas aos anos de 1874-1879 e 1884-1885. Os relatórios dos Presidentes da Província, que estão no Instituto Histórico e Geográfico de Porto Alegre e os anúncios dos jornais Diário de Rio Grande e Echos do Sul, localizados na Biblioteca de Rio Grande, da década de 1960 do século XIX. Pretende-se com esse trabalho não só traçar um perfil do escravo rio-grandino nesse período, como também rediscutir algu-
1
Econômicos, v. 18, p. 147-66, 1988.
|
mas teses concernentes à escravidão na cidade”. Acervo: BCPUCRS.
GEREMIAS, Patrícia Ramos. “Ser ingênuo” em Desterro/SC: A lei de 1871, 0 ] vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de | origem africana (1871-1889). Florianópolis: UFF, 2005. 109 f. Dissertação (Mes- | trado em História), Universidade Federal Fluminense, 2005.
O trabalho discute o processo de elaboração da legislação de 1871 através dos principais projetos que, ao longo do século XIX, propuseram a liberdade do
122
GRAF, Márcia Elisa de Campos. De agredidos a agressores: um estudo sobre as relações sociais entre senhores e escravos no Paraná do século XIX. Estudos
4 :
“As relações entre os senhores e seus escravos, constatadas através do dia-a-dia | das publicações periódicas do Paraná, entre 1871-1888, não foram pacíficas, apesar de alguns escravos domésticos terem preferido se entregar à acomodação e à passividade. As reações ao estatuto de cativo e a repressão por elas suscitadas foram uma constante durante esse período, marcado pela violência, pelo medo e pelo rancor de ambas as partes.”
GUTIERREZ, Ester Judite Bendjoya. Negros, charqueadas & olarias: um estudo sobre o espaço pelotense. Porto Alegre: PUCRS, 1993. 281 f. Dissertação (Mestrado em História — IFCH — Departamento de História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993.
123
A autora pretende contribuir para o estudo da história da arquitetura e do urbanismo do litoral sul-americano, reconstituindo a evolução do espaço fabril charqueador pelotense. Apresenta os conteúdos seguindo uma ordem físico/espacial. Utiliza métodos e fontes históricas, procurando uma especialidade no modo de produção escravista colonial e na formação econômico-social Pitanga defiem geral, e sulina, em particular. Sobre as fábricas escravistas pelotenses, moraa mostra e dos ne as tipologias existentes. Distribui no espaço os charquea dia dos senhores. Aponta que mais da metade das empresas possuíam olarias. Destaca a produção de elementos cerâmicos e a própria construa civil, como uma atividade alternativa à mão-de-obra cativa, nos períodos da entre saíra do charque. A pesquisa nas fontes primárias levou à descrição da área fabril como um ambiente macabro, fétido e pestilento. Acervo: BCPUCRS.
IANNI, Octavio. As metamorfoses do escravo: apogeu e crise da escravatura no Brasil Meridional. São Paulo: DIFEL (Difusão Européia do Livro), 1962.
Nessa obra o autor revela como foi instaurado o sistema escravista e a dominação senhorial numa região periférica da sociedade “brasileira”: o Paraná. A partir desse estudo pode-se presenciar o escravo trabalhando nas mais diferentes atividades: na mineração, nas fazendas de gado, no extrativismo de erva-mate, nos traba-
lhos domésticos, entre outros. Uma das preocupações centrais do autor (debatendo e criticando o tão propalado mito da democracia racial) é aprender como se realiza, no interior das conjunturas históricas apresentadas pelo regime escravista, a gênese e a cristalização das representações sociais que objetivam preservar a distribuição desigual de negros, mulatos e brancos. Em suma, o autor tenta reconstruir todas as configurações do cativo, metamorfoseado em liberto e fugitivo, capataz e abolicionista, negro e mulato, cidadão e trabalhador livre.
GUTIERREZ, Ester J. B. Negros, brancos e “pardos” na construção do Novo Mundo, Pelotas 1848-1888. História em Revista, v. 3, p. 53-83, nov. 1997.
KUNIOCHI, Márcia Naomi. O perfil social dos escravos em Rio Grande, sécu-
O artigo descreve a construção civil da cidade de Pelotas, destacando a pariici| pação de trabalhadores negros e “pardos”. Apresenta dados sobre a incidência | . ocupação e civil estado de cólera entre estes trabalhadores, sobre suas origens, Acervo: BSCSH/UFRGS.
lo XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
itetura e urbanis- || mão-de- bra, arquite GUTIERREZ, Ester J.B. Barro e sangue: : mão-de-o do | mo em Pelotas (1777-1888). Porto Alegre: PUCRS, 1999. Tese (Doutora do Sul, : em História - FFCH), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
1999. 549 f.
| Analisa a urbanização da cidade de Pelotas, enfatizando que os europeus e seus descendentes projetaram, dirigiram e decoraram os edifícios e a área urbana, a. j qual foi moldada e erguida, principalmente, pela mão-de-obra cativa dos africas | dos situação a e senhores dos interesses os nos e seus descendentes. Descreve escravos. Acervo: BCPUCRS. HUTTER, Arlinda Rocha; NOGUEIRA, Lucy Maffei. A substituição do braço, Rio | escravo pelo braço livre na Província. In: 4 colonização em São Pedro do DAS Grande do Sul durante o Império (1824-1889). Porto Alegre: Cesta ' SEC, 1973. p. 15-20. de O livro inicia tratando da substituição da escravidão pelo trabalho livre, a fim obtenção de e descrever a colonização européia do Estado. Destaca a dificuldad s de escravos após a lei de 1850, como uma das razões para a vinda de imigrante Acervo: BCPUCRS. 124
“A autora analisa os livros de batismo e de óbito dos escravos da região de Rio Grande desde meados do século XVIII. A quantificação das informações permite construir um perfil dos escravos registrados nas paróquias da região. Por meio da sistematização e cruzamento dos dados avaliam-se as características da população
escrava da região, cujos plantéis estavam dispersos, tanto no meio rural quanto no setor urbano, para atender às necessidades da vila fronteiriça e portuária: como sede militar do extremo sul do Brasil e última base mercantil do país para intermediar o comércio com o Rio da Prata. Outra fonte utilizada: os anúncios de compra e venda, coletados de jornal local, de meados do século XIX, que traz, além da nação e idade do escravo, as profissões exercidas tanto pelo homem como pela mulher cativa. Esses dados permitem traçar um perfil preliminar do escravo em Rio Grande, no século XIX, identificando características das relações entre senhores e escravos, as
condições de vida e trabalho, assim como doenças que mais os acometiam e o nível de opressão e de violência dessas relações.” Acervo: BSCSH/UFRGS. LAYTANO, Dante de. Fazenda de criação de gado. Porto Alegre: Imprensa Oficial, 1950. 151 p. O artigo cita o negro relacionado aos costumes das fazendas, ressaltando o tráfico de escravos e as senzalas. Em relação ao controle dos escravos, destaca que os mesmos eram impedidos de entrar em campos de proprietários diferentes. Em seu aspecto geral, o texto descreve as fazendas, relacionando-as aos campos, às sesmarias, à pecuária, à natureza e ao exército. Acervo: BCPUCRS.
125
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: CARNEIRO, Édison. Antologia do Negro Brasileiro. Porto Alegre: Editora do Globo, 1950. p. 123-5. O artigo menciona a importância do negro no Rio Grande do Sul, apresentando alguns dados demográficos e destacando a crueldade do trabalho escravo. Acer-
LEITE, Ilka Boaventura. III - Mesa redonda: A escravidão negra no Brasil. Anais II Encontro Estadual de História Anpuh/SC,
vo: BCUNISINOS.
LAZZARI, Beatriz Maria. Imigração e ideologia: reação do parlamento brasileiro à política de colonização e imigração (1850-1875). Porto Alegre/Caxias do Sul: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes/Universidade de Caxias do Sul, 1980. 134 p.
|
Analisa a polêmica provocada no Parlamento brasileiro pelo início da substitui- | ção da mão-de-obra escrava por imigrantes europeus, no período 1850-1875. Dis- | corre sucintamente sobre a escravidão, detendo-se mais na questão da imigração. |
LAZZAROTO, Danillo. O negro no Rio Grande do Sul. In: História do Rio | Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1971. p. 131-8.
f
Descreve a presença escrava no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a utiliza- 0 ção da mão-de-obra cativa na produção e no exército. Descreve também o pro-
cesso abolicionista no Estado e a influência do africanismo sobre o povo gaú- À
cho. Acervo: BPERGS.
1990.
p. 23-33.
O texto faz parte de uma mesa redonda onde também estiveram Sílvia Lara e Walter Piazza para discutir a escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo Departamento de História, realizado em Florianópolis-de 22 a 26 de agosto de 1988. Em seu texto, Leite analisa o quanto as historiografias locais enfocaram o tema a partir de grandes vultos abolicionistas, fazendo críticas às sínteses históricas realizadas até os anos 1970 e como a escravidão foi pensada tendo como modelo o sistema das plantations, o que ocasionou o desconhecimento da escravidão em lugares como Santa Catarina. Faz em seu trabalho uma análise crítica da literatura dos viajantes. Acervo: ANPUHSC.
LESSA, Barbosa. Os que chegaram: negros. In: Mão gaúcha. Porto Alegre: Ministério do Trabalho/Secretaria do Trabalho e Ação Social/Fundação Gaúcha do Trabalho, 1978. p. 49-50.
Descreve brevemente a presença negra no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a participação escrava nas charqueadas e estâncias, e sobre a contribuição cultural africana, dada principalmente por seus instrumentos de percussão. Acervo: BPERGS.
|
LIMA, Carlos A. M. “Sertanejos” e pessoas republicanas livres de cor em Castro
LEANDRO, José Augusto. Gentes do Grande Mar Redondo: riqueza e pobreza E na comarca de Paranaguá — 1850/1888. Florianópolis: UFSC, 2003. Tese (Dou- | torado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. 338 f.
f
A tese discute “riqueza e pobreza em uma comarca litorânea e portuária do. Brasil Meridional chamada Paranaguá, no período 1850-1888”. O texto divide- | se em duas partes. Na primeira, aborda as hierarquias sopivsconfmiças e os l aspectos da composição do patrimônio daqueles que são denominados bem | afortunados”, “afortunados” e “minimamente afortunados”. A partir desta análise descreve-se uma sociedade retrógrada, na qual a principal característica foi o arcaísmo das práticas econômicas de uma elite de negociantes e de fazende j ros ali instalados. Conclui-se que até pelo menos o final da década de 1870 a | propriedade escrava era um dos principais elementos da segurança patrimonial das famílias, mesmo sendo o período de desagregação do escravismo. À segun-| da parte da tese discute os livres pobres da comarca. Aponta diferenças entr | lavradores, artesãos e trabalhadores do mar e adentra o universo dos trabalhado» | res do mundo rural.
126
e Guaratuba (1801-1835). Estudos Afro-Asiáticos, v. 24, n. 2, p. 317-44, 2002.
“As áreas meridionais da América portuguesa conheceram, a partir do final do século XVIII, um forte processo de atração de libertos é de livres de cor. Dotadas de contingentes escravos não só pequenos como recentes, as populações de
tais áreas continham uma altíssima proporção de não-brancos livres e libertos. O autor considera os padrões de assentamento de livres de cor em Castro e Guaratuba (no atual Paraná). Isto é importante para se compreender o modo como um campesinato negro se relacionava com a fronteira agrária. Castro e Guaratuba apresentavam expressivas semelhanças e diferenças; Guaratuba era uma isolada vila litorânea ao passo que Castro — embora também tenha sido fundada no fim do século XVIII — constituía local de povoamento mais antigo e de relação mais intensa com o mercado interno”.
LIMA, Henrique Espada. As várias faces da precariedade: para uma história comparativa da escravidão e da liberdade no século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.
1 CD-ROM. 127
A universalidade do tema “trabalho” sugere fortemente uma abordagem comparativa em vários planos. Tomando as sociedades escravistas das Américas, a escravidão e o trabalho escravo foram, não por acaso, objeto de importantes estudos desse gênero. De fato, abordagens comparativas estão na origem de alguns dos principais debates sobre a escravidão nas Américas, seja tratando das diferenças de caráter econômico ou religioso, ou as diversas tradições jurídicas no que diz respeito à escravidão (com o consequente acesso desigual a alforrias e manumissões, etc.). A partir daí há todo um campo de estudos que vai desde as formas distintas de escravidão até o tema das relações “raciais” e do lugar dos ex-escravos e seus descendentes nas sociedades pós-abolição. Se tomarmos o século XIX, o último século da escravidão nas Américas, a oposição entre “trabalho escravo” e “trabalho livre” articula um campo de estudos comparativos definido e importante. Recentemente, o estudo das sociedades no pósemancipação vem ganhando ainda mais relevo, na medida em que articulam ques-
tões centrais como: relações raciais, cidadania e direitos políticos, etc. O tema da
atividades e os mecanismos de controle e resistência dos trabalhadores escravizados. Acervo: BCPUCRS.
LONER, Beatriz Ana. À produção gaúcha sobre trabalho. In: KLANOVICZ, Jó; SOUZA, Rogério de. História: Trabalho, Cultura e Poder. Anais do X Encontro Estadual de História ANPUH/SC. Florianópolis: ANPUH/SC, 2004. p. 392-6. A comunicação pretende apresentar dados sobre a produção em história do trabalho feita sobre o Estado do Rio Grande do Sul, em todas as áreas, incluindo história, economia, sociologia, antropologia, política e educação. Acervo: ANPUH. LUNA, Luiz. Escravos no Brasil Meridional e no setentrião. In: LUNA, Luiz. O
|
experiência do “trabalho” sob o regime da escravidão e da liberdade parece ter, entretanto, um espaço menor. Não por acaso, há ainda uma lacuna a ser preenchi- | da no que diz respeito aos diálogos entre a historiografia da escravidão e a historiografia sobre o trabalho no século XIX. O tema desta apresentação é precisa- ! mente abordar esse hiato, explorando-o sob dois pontos de vista complementares: ] o primeiro, historiográfico, tentando mapear as questões que aproximam e sepa- | ram os dois campos de estudo; o segundo, fundamentado na pesquisa, tenta discutir um terreno comum para uma discussão comparada, tomando a vivência da ] “precariedade” como o solo comum que permite abordar a diversidade de experiências que escravidão e liberdade comportavam neste período.
LIMA, Solimar Oliveira. Triste pampa: resistência e punição de escravos em fon- É tes judiciárias no R$/1818-1833. Porto Alegre: TEL/EDIPURCRS, 1997. 202 p. O livro apresenta a resistência e a punição dos escravos, buscando uma aborda- | gem a partir destes. Descreve, para este fim, a inserção da mão-de-obra escrava | na economia gaúcha, as características físicas e o vestuário dos escravos, alguns | aspectos da vida privada destes, os crimes cometidos e os castigos recebidos. 1 Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Braço forte: trabalho escravo nas fazendas da nação ] no Piauí (1822-1871). Porto Alegre: PUCRS, 2001. Tese (Doutorado), Pontifí- | cia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001. 158 f.
O trabalho analisa o trabalho e o cotidiano dos escravos nas Fazendas e proprieda- | de do Império Brasileiro, destacando os fluxos da mão-de-obra, a organização das | 128
| negrona luta contra a escravidão. Rio de Janeiro: Leitura S/A, 1967. p. 121-8. Este livro trata das condições de trabalho dos escravos comparando-as nas diferentes regiões do país, enfatizando que no sul do Brasil a escravidão foi menos violenta. Apresenta, também, alguns dados demográficos. Acervo: BCPUCRS. LUZ, Sergio Ribeiro da. Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha e sua população: 1810-1930. Florianópolis: UFSC, 1994. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 1994.
Trata-se de um trabalho demográfico que analisa a evolução histórico-demográfica da Freguesia da Nossa senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha, situada ao sul de Santa Catarina. Trata-se de um povoado onde a sobrevivência econômica se baseava na produção de gêneros agrícolas. No texto busca-se em uma análise quantitativa acompanhar a evolução pie ç da população população livre li e escrava. Acer-
Pe MACHADO,
Antônio Carlos. A charqueada. q Província ia de de SãoSão P Pedro, n. 8, p.
O artigo descreve a charqueada desde sua introdução no Rio Grande do Sul evidenciando as mudanças ocorridas devido à Revolução Farroupilha. Agtesaiita algumas estatísticas, as funções dos escravos e defende o caráter democrático da mesma. Acervo: BCPUCRS.
MACHADO, Cacilda. À trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social (São José dos Pinhais — PR, passagem do XVIII para
129
História), Universio XIX). Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. Tese (Doutorado em dade Federal do Rio de Janeiro, 2006. 360 f.
MAESTRI FILHO, Mário José. Depoimentos de escravos brasileiros. São Paulo: Icone, 1988. 88 p.
, pardos e O trabalho trata das relações entre escravos e livres, e entre brancos do Paraná. negros, na freguesia de São José dos Pinhais, atualmente no Estado a fim de conheO objetivo é apreender a natureza e a dinâmica dessas relações, escravista em uia hierarq da ução reprod e cer os mecanismos de: produção populagrande uma com e rias ambientes com predomínio de pequenas escrava ção de pardos e negros livres.
(0) livro analisa, brevemente, a escravidão no Brasil e apresenta comentários e transcrições de fontes com depoimentos de escravos. Acervo: BCPUCRS.
|
da libertação, | MAESTRI FILHO, Mário José. É como eu digo: de agora, depois (+ ou - 1868/ | “tamo na glória”! Depoimento de Mariano Pereira dos Santos
História: | 1982), ex-escravo, Hospital Erasto Goertner, Curitiba, julho 1982.
Questões & Debates, n. 6, p. 81-97, jun. 1983. ex-escravo sobre à | O artigo consiste na transcrição de uma entrevista de um qual se destaca a y vida e o trabalho dos cativos. Há uma breve apresentação, na dos próprios dificuldade de fontes para o estudo da escravidão provenientes
ção do escravos. Publicado também na revista História em cadernos, publica
janeiro-julho de. Mestrado em história do IFCS-UFRJ no Rio de Janeiro em
MAESTRI FILHO, Mário José. Notas de Arthur Ramos de um didi de um ex-escravo. Estudos Ibero-Americanos, v. 14, n. 2, p. 215-8, dez. 1988. O artigo consiste na transcrição das notas do antropólogo Arthur Ramos feitas a partir do depoimento de um ex-escravo brasileiro. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo no Rio Grande do Sul. Tempo Brasileiro, n. 92-3, p. 121-7, jan./jun. 1988. Descreve a presença do escravo africano no território rio-grandense, analisando a utilização da mão-de-obra escrava em diversos setores da economia e a formação de quilombos pelos escravos fugidos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
E
1983. Acervo: BCPUCRS.
À MAESTRI
—- 4 Char-: FILHO, Mário José. O Escravo no Rio Grande do Sul
Superior queada e a Gênese do Escravismo Gaúcho. Porto Alegre: Escola idade Teologia São Lourenço de Brindes/Porto Alegre e Editora da Univers Caxias do Sul/Caxias do Sul, 1984. 203 p. denses. Analisa a utilização da mão-de-obra escrava nas charqueadas rio-gran sobre e Sul Discorre também sobre a introdução do escravo no Rio Grande do insur- | e s resistência escrava, expressa pelas fugas, aquilombamentos, suicídio
reições. Acervo: ULBRA.
|
Alegre: MAESTRI FILHO, Mário José. Breve história da escravidão. Porto p. Série Revisão. Mercado Aberto, 1986. 112 produção. O livro descreve brevemente a escravidão na Grécia, em Roma, na o tráfic: o. feudal e, no período colonial, com sua relação com a África e com escravos € 4 Aponta as características econômicas, culturais e as funções dos | cada contexto. Acervo: AHRGS.
130
FILHO, Mário José. 4 servidão negra. Porto Alegre: Mercado Aberto, p.
O livro analisa a escravidão a partir do tráfico transatlântico, do trabalho escravo (nas Plantações, nas minas, nas charqueadas), das condições de vida dos escravos e das resistências destes nas cidades e nos campos. Acervo: BCPUCRS
E Terra”
FILHO, Mário José. Considerações sobre o cativeiro do “Negro da no Brasil quinhentista. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 199-
210, jul./dez. 1990. E artigo busca analisar as razões da substituição dos índios pelos africanos, discutindo as explicações da historiografia e apresentando características do cativeiro dos índios. Acervo: BCPUCRS.
iado , O bacalhau. Veri t RI FILHO, ; Mário José. ' O ganhador, , o alforr ad 1990. dez. 05, v. 35, n. 140, p. 695-7
O autor analisa o papel desempenhado pelos escravos ganhadores da alforria e o) peso desta na produção historiográfica. Ao debater com autores que ressaltaram “a necessidade de analisar o devir das sociedades escravistas a partir dos
131
palmente na região de Peiotas, descrevendo as forças reescravizadoras e as relações que estes estabeleciam com a sociedade. Acervo: BCPUCRS.
8
scr.
2
MAESTRI FILHO, Mário José. A Coroa e o Tronco: Escravidão e o Estado Nacional Brasileiro. Ágora, v. É n. 2, p. 07-33, jul./dez. 1997.
E)
inciipal ordenador da discio princ i i — tenha sido mica — neste caso, o castigo físico plina de trabalho.
O autor considera que “inicialmente, a economia latifundiária escravista exportadora determinou que o Brasil fosse constituído por um conjunto de colônias semi-autônomas, ligadas ao exterior. Quando da crise colonial, as elites repri-
gaúcho: resistência e trabalho. Porto MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo 83 p. Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1993.
izando a utilização a io Analisa a escravidão no Rio Grande do Sul, enfat R E : gaúcha e a resistência escrava, expressa y ] mia ga obra es crava na econo na isa | ios. suicíd e res de senho aquilombamentos, insurreiçõe: s, assassinatos na, africana e brasileira, além do também, brevemente, a escravi dão greco-roma tráfico de escravos. Acervo: UFRGS/BSCSH.
MAESTRI FILHO, 1994. 113 p.
Paulo: Atual, Í Mário José. O escravismo no Brasil. São al =
evendo o uáico ps Analisa o sistema escravista brasileiro, descr
ca é
é ç enças b m as diferen idã no campo e na ci idade. Analisa també rença da escravidão n , tuição substi antigo e o escravismo colonial, e as razões da o rob CSH. S/BS UFRG o: Acerv no. Brasil, do escravo indígena pelo africa de Manoe MAESTRI FILHO, Mário José. O quilombo
| Padeiro. In: SEFFNER,,
Porto Alegre: 1995. p. 64-72. | Fernando. Presença Negra no Rio Grande do Sul. y ] costus que s, Pelota de região da s mbola quilo de Descreve as ações de um grupo TOUP s e armas. Analisa brevemen mava assaltar chácaras à procura de comi da,à, roupa da mão-de-obra escrava nes-| te a atividade charqueadora pelotense, a utilização Acervo: UFRGS/BSCSH. | . região ta atividade e a formação de quilombos na
: quilombos no Ra Grande 18 MAESTRI FILHO, Mário José. Pampa negro 7 dade por um fio: tipo É Sul. In: REIS, João José; GOMES, Flávio. Liber 31. 291-3 p. Letras, 1996. quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das negro escravizado para O | O artigo destaca a contribuição d o trabalhador micos e populacionais. Enfa f Grande do Sul, apresentando alguns dados econô ção de quilombos, princis ência destes escravos, destacando a forma za a resist
132
4
miram as tendências autonomistas para obterem uma independência que assegurasse a ordem escravista, surgindo deste fato o Estado monárquico, centrali-
zado e autoritário nacional. A manutenção do escravismo levou à crise das re-
voltas regenciais. O auge da cafeicultura estabilizou o II Reinado. O fim do
tráfico concentrou as escravarias no Centro-Sul, determinando a desescraviza-
ção das regiões periféricas e ensejando o nascimento do abolicionismo. A abolição deu-se com o abandono das fazendas paulistas pelos cativos e foi a única revolução social brasileira vitoriosa. A abolição tornou anacrônico o centralismo monárquico. A República constituiu a reacomodação superestrutural do Estado, exigida pelo fim do escravismo”. Acervo: BSCSH/UFRGS. MAESTRI FILHO, Mário José. A escravidão urbana e as posturas municipais no Rio Grande do Sul. Coletânea CCHA — Cultura e Saber, v. 3, n. 2, p. 161-76, nov. 1999.
O artigo estuda o controle a que foram submetidos os trabalhadores escravizados urbanos gaúchos no século XIX. Discute as condições de vida e de trabalho e as diversas formas de resistência. Acervo: BSCSH/UFRGS. MAESTRI FILHO, Mário José. O sobrado e o cativo: a arquitetura urbana e erudita no Brasil escravista; o caso gaúcho. Passo Fundo: UPF, 2001. 248 p. O livro relaciona a arquitetura urbana à escravidão, apresentando dados sobre o mundo urbano, sobre o trabalho escravo nas cidades, suas formas de controle e punição. Descreve o espaço público e privado e suas relações com os escravos. Apresenta, ainda, os estilos arquitetônicos em sua relação com os escravistas, a normalização do espaço privado e o processo de modernização urbana concomitante à desescravização. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Deus é grande, o mato é maior! História, trabalho e resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul. Pas-
so Fundo: Editora Universitária Universidade de Passo Fundo, 2002. 232 p.
133
Neste volume foram reunidos nove estudos do autor sobre a gscravidão er grandense escritos e publicados nos últimos vinte anos. Pre pri o dizem respeito à presença, vivência, resistência e aro os € Rio Grande do Sul nos períodos concernentes à Colônia e ao Império.
MAESTRI
na fazenda pastoril sulina. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro et de histórias no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf/FAPERGS, .p. 114-39. A
MAESTRI FILHO, Mário José. O status do calvo na historiografia ai da Colônia a hoje. Anais do VI encontro da ANPUH/RS,
2002.
1 CD-ROM.
O artigo defende que “nos últimos cinco séculos, o status teórico e bg escravizado na historiografia foi determinado pelo Seas objetivo oc o trabalho no mundo social. Os avanços teóricos metodológicos na compre a da centralidade da categoria trabalhador escravizado na antiga pri E 4 brasileira tem sido neutralizados pelas vicissitudes do campo do Em à po construir-se espaço autonômico na esfera social, política e ideológica”. ANPUHRS.
Mário José. O escravo no Rio Gran
O breve ensaio pretende delinear os traços gerais do escravismo no Rio Gran de do Sul, região tida ainda habitualment e como produto quase exclusivo do traba lho livre. O livro refere-se aos contexto s africano e colonial que enquadraram o escravismo sulino. Aborda o cativo no sul no que se refere à produção e à resis tência. Trata-se de uma terceira edição corri gida e ampliada. Acervo: BC/UFRGS.
MAESTRI FILHO, Márioi José.- Gaúcho ú negro: : Da ! escravidão ao trabalho livre
O artigo enfatiza a forte presença dos Negros no Rio Grande en o ão ofici itani São Pedro. Centra-se n t e s da fundação oficial da capitania de iss destacando o papel dos cativos nestas, descrevendo seus ans onça — como a baixa produtividade, os poucos custos, o monop E servil e os grandes latifúndios, analisando a transição lenta para o trabalho livre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FILHO,
de do Sul: trabalho, resistência e sociedade. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006. 199 p.
| H : ! ]
MARIANTE, Hélio Moro. O Rio Gran de do Sul em “aulinhas”. Porto Aleg re: EST, 1993. 141 p. O livro descreve o Rio Grande do Sul, a partir da história, da geografia, dos * Usos, costumes e folclore, dos traço s biográficos e da Revolução Farroupi lha. Na história há um subcapítulo intit ulado “A escravidão no Rio Grande do Sul”, no qual o autor destaca a abolição e o trat amento
mais humano dado aos escravos no Estado. Ainda, quando trata dos Usos, costumes e folclore o autor apresenta dados da demografia sul-riograndense, onde o negro é citado. Acer vo: BCPUCRS.
MONTI, Verônica Aparecida. O abolicionismo: sua hora
decisiva no Rio Grande do Sul - 1884. Porto Alegre: PUCR S, 1978. Dissertação (Mestrado em His-
tória), Pontifícia Universidade Cató lica do Rio Grande do Sul, 1978.
A dissertação analisa a abolição no Rio Grande do Sul, iniciando pela escra vidão no Brasil e no Rio Grande do Sul - apresentando as funções dos escravos e dados do tráfico. Ao tratar da abolição, destaca o papel da imprensa, dos ensa ios
socioeconômicos, das manifestaçõe s coletivas, do Partheno
MAESTRI FILHO, Mário José. A pedagogia do medo: sir ar a trabalho na escravidão vid brasileira. ilei In: i STEP HANOU, NOI Maria; »
Hele
na Histórias e memórias da educação no Brasil, séculos XVI-XVIII. Petróp j lis, RJ: Vozes, 2004. p. 192-209.
O texto analisa as práticas dos escravizadores, considerando-as ig pras dagogia, para enquadrar, condicionar eprepararo cativo para ai E an Aborda questões como a violência física e simbólica e aspectos | a dos escravos — como a família, as linguagens e a opressão ice cidade e a formação para algum ofício. Refere-se, ainda, às heranças desse p cesso. Acervo: EDU/UFRGS.
134
n Literário, dos clubes abolicionistas e, especialmente, do movimento de 1884. Apresenta, ainda, dados sobre a abolição em diversas cidades do Estado. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA, Early Macarthy. A escr avidão na América espanhola: Cuba , um referencial necessário. Revista do Insti tuto Histórico e Geográfico do Rio Gran de do Sul, n. 125, p. 28-39, 1989. O artigo descreve aspectos da escravid ão em Cuba, destacando O tráfico trans atlântico, alguns dados demográficos, as Principais produções econômicas e funções dos escravos, o tratamento dado a eles e o processo de abolição. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Entre o deboche e a rapina: os cenários sociais da criminalidade popular em Porto Alegre, 1868/1888. Porto Alegre: UFRGS,
eia Paulo Fria Staudt et al. Escravidão e traba lho livre numa proSBPC,a 4.2, frontepiriça: SS8O o RioIgoo Grande do Sul no sécululo XIX. Anais, da 42º Reunião jã da
1993. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do
Rio Grande do Sul, 1993. 279 f. “Enfoca Porto Alegre como um microcosmo da situação provincial no século XIX (1868-1888), ilustrando os problemas e soluções encontrados pelas elites e como esses foram recebidos no dia-a-dia pelos agentes sociais envolvidos. A
|
partir dos dados referentes ao aumento dos efetivos e dos gastos da organização
|
policial, analisa como ela passou a ser vista pelas elites como a estratégia privilegiada de controle do espaço urbano (cap. 1). No capítulo II pesquisa os cenários sociais: bares, a casa de correção, as casas de mulheres e o cais do porto; procurando politizar o cotidiano e percebendo o choque entre os projetos das autoridades e as expectativas dos populares (fundadas em supostos direitos e “visões de liberdade”). Trata do período final do escravismo, quando a estratégia emancipacionista e o Regulamento de Criados de 1887 visavam a controlar os trabalhadores saídos do cativeiro, criando laços de dependência, planos estes endossados por todos os grupos políticos locais, inclusive os republicanos (cap. I).”
| | | | | ; | À
RiEo descreve o trabalho escravo e livre no Rio Grande do Sul do século E » Fessaltando o caráter fronteiriço da proví ncia. Neste sentido, evidencia a influência das disputas territoriais, da imigr ação alemã, do medo da fuga para o Uruguai das ch arqueadas , para E : BC ci e, dn a escravidão no Rio Grande do Sul. Acervo:
MULLER, Telmo Mauro. Negros em São Leopoldo. In: Colónia alemã: hisSai e memórias. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul/ scola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, 1978. p. 17-25. D a mir jo casos de escravos pertencentes a alemães (fato proibido por lei), anaando a condição em que viviam estes escra vos e discorrendo sucintamente
sobre questões como: : compra e v enda . BPERGS. p de escravos, alforrias e fugas. Acervo:
Acervo: BSCSH/UFRGS.
NERY, Gilian Demori: ; LOPES A Cristina Did onet. Rel ã ritas, v. 34, n. 132, p. 533-5, dez. 1988. RE
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. As crias da casa: pistas sobre as noções trabalho em confronto na esfera doméstica (Porto Alegre: últimos anos do perí
do escravista). In: D' ANGELO, Ana Lúcia. Histórias de trabalho. Porto Ale-
gre: Unidade Editorial, 1994. p. 133-42.
bo
O artigo aborda as idéias em confronto na organização das relações do trabal doméstico nos últimos anos da escravidão. Para isto centra-se no trabalho d mulheres, buscando indícios deste em diversos grupos documentais, como pr cessos criminais e jornais. Acervo: BCPUCRS. ]
Paulo Roberto Staudt. Da mobilidade à vigilância: o trabalho ne-
gro em Porto Alegre no século XIX. In: D'ANGELO, Ana Lúcia. Histórias de trabalho. Porto Alegre: Unidade Editorial, 1995. p. 155-72.
“am
O artigo analisa o trabalho negro em Porto Alegre na segunda metade do século XIX, demonstrando que a regulamentação deste trabalho serviu para garantir à ordem e auxiliar a transformação mais lenta do trabalho escravo para o liv e Entende que o trabalho não pode ser dissociado de aspectos da vida diária do trabalhadores negros; assim, analisa: a fuga dos escravos, a relação entre esc a vos e vadios, a relação entre o trabalho e o prazer, os bares e as moradias |
esconderijos. Acervo: BCPUCRS.
À
A
N pd descreve brevemente a instituição escravocrata no Brasil, destacando s i pu funções dos escravos e, assim, as diversas relações entre escravos enhores. Apresenta, ainda, alguns dados estatí sticos referentes à escravidão em Porto Alegre. Acervo: BCPUCRS.
NIEDERLE,
44, 1992, MOREIRA,
-
Lotári
ns
» Lotário. A problemática do negro. Revista Filofazer, n. 1, p. 38-
O artigo aborda questões referentes aos probl emas sofridos pelos negros nos 500 anos de América Latina, apresentando o contexto do Mundo Ocidental no final do Século XV, a abolição no Brasil e a discriminação da raça negra aponta ainda algumas soluções. Acervo: BCPUCRS. é db E RR,
Luis PF;
RODRIGUEZ,
Diego;
GIACOMELLI,
Ezequiel; TAS, Marcos Smith. Elementos comuns e difer enças entre os patrimônios ny gistrados na pecuária gaúcha e na pern ambucana no início do século XIX. DispoA er nível, em: www. SA ppge.ufres.b g r/anpec pecsul2005 2 /artigos/a i rea4-02.pdf. Acesso
136 137
Através da pesquisa em inventários de diversas regiões do Rio Grande pa E Pedro busca traçar comparações com a região do Sertão pernambucano. ruim principalmente a estrutura de riqueza das duas regiões, observando m ar sa predominância das faixas de riqueza relativas a animais, terras/benfeitoria
Leopoldo: Unisinos, 2005. Dissertação (Mestrado), Universidade do Vale do Rio dos Sinos, 2005. 240 f. Usando a trajetória do africano ilegalment e escravizado Manoel Congo como mote narrativo, o trabalho analisará uma série de aspectos da instituição escravista no Rio Grande do Sul da segunda meta de do século XIX. Acervo: BCUNISINOS.
escravos.
NOGUERÓL, Luis P. Ferreira. Sabará e Porto Alegre na formação do mercado nacional no século XIX. Campinas: Unicamp, 2003. Tese (Doutorado), Universidade Estadual de Campinas, 2003. “Esta tese procurou, a partir de dados coletados em fontes primárias reativas a duas distantes comarcas brasileiras no século XIX, testar algumas Fi dito, explicativas para a economia do Brasil, participando, desta maneira, . a er em torno do sentido da colonização. Mediante a análise da integração e rentes mercados então existentes, escravos, cavalos e bois, analisamos as re p ções existentes entre mercados internos e externos indicando a dominação do segundo sobre o primeiro”.
NOGUERÓL,
Luis Paulo Ferreira; GIACOMELLI,
Ezequiel, DIAS,
À y ' |
Marcos |
Smith. Elementos comuns e diferenças entre os patrimônios registrados na pe- , cuária gaúcha e na pernambucana no início do século XIX. Segundas Jornadas , de História Regional Comparada, 2005. 1 CD-ROM. 1 O trabalho analisa os elementos comparáveis entre os patrimônios eia ; na pecuária gaúcha e na pernambucana no início do século KIX. AR ! vestigar a composição dos patrimônios baseados em inventários pos E ; li entre as comarcas de Porto Alegre, Rio Pardo, Rio Grande e Pelotas. Veri a se. que o maior padrão de riqueza para as regiões estudadas estava alocada em escravos, animais e em propriedades fundiárias.
OGNIBENI, Denise. Charqueadas pelotenses do século XIX: cotidiano, estabig lidade e movimento. Porto Alegre, PUCRS, 2005. Tese (Doutorado), Pontifíc Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2005.
O trabalho visa a analisar uma parcela da sociedade rio-grandense no século | XIX, constituída por indivíduos associados em função da atividade cep dora, na região sul da então Província de São Pedro. Acervo: BCPUCRS.
OLIVEIRA, Vinícios Pereira de. De Manoel Congo a Manoel de Paula: a “q tória de um africano ladino em terras meridionais (meados do século XIX).
, ão.
OSÓRIO, Helen. Esclavos en la frontera: padrones de la esclavitud africana Río Grande del Sur, 1765-1825. Estudios sobre la cultura afro-rioplatense Historia y presente: primera entrega de las Actas del Seminario realizado en Faculdad de Humanidades y Ciencias de la Educación, 8, 9 y 10 oct. 2003, p. 15, 2004.
en — la 7-
O trabalho aborda algumas características demográficas e estruturais da população escrava do Rio Grande do Sul. Há uma preocupação com o estabelecimento de padrões analíticos para que se possa discutir se a escravidão em áreas de fronteira apresentava formas particular es. Baseada em inventários e censos populacionais, discute padrões de posse de escravos, tamanho de plantéis, entre outros aspectos. A autora pretende possi bilitar estudos comparativos, tanto no âmbito da região platina como no conjunto da América Portuguesa. OSÓRIO, Helen. Campeiros e domadores: escravos da pecuária sulista, séc. XVIII. Anais eletrônicos do II Encontro escra vidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 CD-ROM.
Por muito tempo julgou-se que a atividade pecuária fosse incompatível com a escravidão. Por um lado, pela mobilidade e pelo grau de liberdade que concederia ao escravo; por outro, pelo fato da criação de gado ser uma atividade de abastecimento das áreas exportadoras que não geraria uma acumulação suficiente para a aquisição contínua de cativos. No entanto, recentes investigações têm comprovado o contrário, tanto para diver sas regiões do Brasil quanto do Rio da Prata. Propõe-se uma discussão sobre as formas concretas e peculiares da escravidão em zonas fronteiriças, centrada na capitania do Rio Grande. A principal fonte utilizada são os inventários post mort em, através da qual são definidos os tipos de unidades produtivas e verificado o uso da mão-de-obra cativa. Partiremos de uma caracterização demográfica da população escrava da capitania entre 1765-1825 para, em seguida, analisar os escravos especializados na pecuária: Os campeiros e domadores. Será traça do um perfil demográfico destes escravos, analisando-se idade, nação, tipos de plantéis em que são encontrados (grandes ou pequenos, com presença de famílias ou não).
138
139
estabeleceu uma dinâmica industrial na região sui generis se comparada ao nacional e muito parecida ao modelo clássico manchesteriano. Conclui que o advento da indústria ervateira foi um dos fatores desagregadores do regime de trabalho servil na região atraindo toda uma gama de escravos e ex-escravos para a coleta sazonal da erva e para o interior dos engenhos”.
PENA, Eduardo Spiller. O jogo da face: astúcia escrava frente aos senhores e à lei na Curitiba Provincial. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999.
Ao desvendar o negro na sociedade paranaense, o autor evidencia que a presença do escravo no Paraná, ao contrário de diminuta, foi muito expressiva. Assim,
negros escravos e imigrantes europeus são retratados, lado a lado, em suas atividades diárias nas ruas, no trabalho e nas festas.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1980. 141 p.
PENNA, Clemente Gentil. Escravidão, liberdade e os arranjos de trabalho na Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas de escravidão (1850-1888).
O livro descreve o Rio Grande do Sul desde a colonização até o período populista. Cita os escravos ao tratar da economia subsidiária e da pecuária — destacando as charqueadas. Acervo: BCPUCRS.
Florianópolis: UFSC, 2005. Dissertação (Mestrado em História), Universida-
de Federal de Santa Catarina, 2005.
Essa dissertação trata da economia e do trabalho de escravos e libertos na Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas da escravidão. A pesquisa baseou-se na análise de inventários post mortem, mapas de população, livros de receita e despesa da câmara municipal, cartas de alforria e contratos de locação de serviços. O trabalho enfoca a produção de alimentos e a intensificação do comércio com outras províncias nas décadas de 1850 e 1860 acompanhados de continuado investimento na compra de escravos por parte dos produtores locais, o que contradiz a tese do incremento do tráfico interno. No texto busca-se ainda perceber a diversidade das ocupações e dos arranjos de trabalho escravo nas décadas de 1870 e 1880, acompanhando o aumento do número de libertos, centralizando a análise nas alforrias, contratos de locação de serviços e nas estratégias dos libertos para se manterem no mercado de trabalho em transformação.
! | | | | | q | , | 4
“Estuda as transformações econômicas, sociais e políticas da sociedade parana- | ense do século XIX no contexto do aparecimento e consolidação da indústria | ervateira. Mostra que, devido à predominância do mate para a formação da indústria ervateira e ao estabelecimento das relações de livre mercado, houve um 4 dinamismo da economia paranaense, sobretudo a partir de 1830, que reestrutu- | rou a economia e a sociedade da região. Analisa a fração da burguesia paranaen- | se que se dedicava ao comércio exterior do mate, promotora de um processo de | auto sustentação e tecnificação do produto, que dinamizou seu beneficiamento. para atender à crescente demanda externa, investindo em máquinas, equipa- É mentos e mão-de-obra, além de criar espaços próprios para a produção: as fábri-. cas de beneficiamento do mate. Demonstra que o advento dos engenhos do mate | 140
. 84 p.
0) livro descreve as mudanças ocorridas no Brasil no século XIX, destacando as
especificidades do Rio Grande do Sul nesse processo de transição, especialmente no que se refere à formação de um mercado de trabalho livre e de uma ordem burguesa. Ressalta aspectos da discriminação gração o d dos negros ] ç e integraçã
Acervo: BCPUCRS.
PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianó-
polis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p. O livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina, à
PEREIRA, Magnus R. de Mello. Fazendeiros industriais e não-morigerados: or- ; denamento jurídico e econômico da sociedade paranaense, 1829-1889. Curitiba: | UFPR, 1990. Dissertação (Mestrado em História), Setor de Ciências Humanas, Artes e Letras, Departamento de História, Universidade Federal do Paraná, 1990.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. 4 emergência dos subalternos: trabalho livre e dos burguesa. Porto Alegre: Editora da Universidade UFRGS/FAPERGS
|
procedência destes, seus aspectos físicos, suas atividades, suas vestimentas, sui
cultos, suas festas, às relações com os senhores — destacando os castigos, as fugas
os crimes, os quilombos e as afeições — suas doenças e mortes. Descreve, pbéri,
movimentos políticos, jornais, clubes e homens abolicionistas. Destaca, ainda h contribuição do negro para a cultura popular catarinense. Acervo: BSCSH/UFRGS. PIAZZA, Walter Fernando. 4 colonização de Santa Catarina. Porto Alegre: Pallotti/Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, 1982. 311 p. O livro descreve a colonização de Santa Catarina em diversos aspectos. A escravidão negra é apresentada no contexto populacional, através de dados demográficos, : da origem dos escravos e da contribuiç ibuição ã econômica ômi destes. Acervo: BCPUCRS.
141
PIAZZA, Walter Fernando. 4 escravidão negra numa província periférica. Florianópolis: Garapuvu, 1999. 144 p. Trata-se de um livro bastante abrangente que busca descrever a escravidão em Santa Catarina, dedicando capítulos ao cálculo de sua população, à relação entre senhores e escravos, ao processo abolicionista. Investiga sobre o trabalho escravo, entre vários outros aspectos analisados sucintamente pelo autor. Acer-
“Como parte de uma pesquisa mais ampla sobre o sistema escravista no RS, o presente artigo trata do tema tomando como fonte inventários (alguns deles como testamentos). Assim, a documentação utilizada compreende 90 inventários da cidade de Pelotas (principal pólo escravista rio-grandense), referentes ao período de 1850 a 1855, os quais nos fornecem informações respeitantes aos escravos arrolados entre os bens inventariados”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
vo: BCUFSC.
PRUNES, Lourenço Mário. O Rio Grande do Sul em 1820 através de Saint-
PICCOLO,
Helga Iracema Landgraf. Abolicionismo e trabalho livre no Rio
Grande do Sul. Anais da VII Reunião Anual da SBPH, São Paulo/SP, 1988. p.
211-8. Nesse artigo, a autora destaca a forte presença escrava no Rio Grande do Sul “a em suas mais diferentes atividades econômicas — e o aumento do trabalho livre , devido aos projetos de colonização e imigração. Nesse quadro, problematiza à | presença de escravos nas colônias alemãs.
Hilaire. Província de São Pedro, n. 20, p. 61-71, 1955.
O artigo descreve a viagem de Saint-Hilaire ao Rio Grande do Sul, apresentando as impressões do naturalista sobre a população e os aglomerados humanos, sobre a habitação e o clima, e sobre a pecuária e a agricultura. Neste quadro, evidencia a presença e as funções dos escravos no campo. Acervo: BCPUCRS. REBELATTO, Martha. Transformações na escravidão africana durante os séculos XV e XVI. Anais do IX encontro da ANPUH/SC,
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. A escravidão numa ordem social de | homens livres. Anais da 43º Reunião da SBPC. Rio de Janeiro, 1991. p. | 350-1, 1991. O trabalho faz parte de uma pesquisa sobre o abolicionismo e trabalho livre no. Rio Grande do Sul e objetiva resgatar a existência de escravos africanos num colônia etnicamente alemã: a colônia de São Leopoldo, criada em 1824. A auto
ra conclui que se a imigração/colonização alemã contribuiu para 0 progresso para a modernização do Rio Grande do Sul, esse processo não foi Hecmpatisa
com a escravidão.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Porto Alegre — meados do século XIX: cidade negra. Anais da X Reunião Anual da SBPH. Curitiba/PR, p. 41-7, 199 O artigo descreve a presença de escravos e forros em Porto Alegre em meado do século XIX, relacionada às transformações ocorridas no período. Apresent dados demográficos e sobre a origem dos escravos, as funções exercidas po: estes e as suas resistências. Acervo: BCPUCRS. PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. O sistema escravista no RS: os inver tários como fonte para a pesquisa histórica. História em Revista, v. 3, n. 07-28, nov. 1997.
142
2002.
A comunicação busca analisar as transformações que a dominação européia causaram na África, nos séculos XV e XVI. Acervo: ANPUHSC.
REBELATTO, Martha. Fugas escravas e quilombos na Ilha de Santa Catarina, século XIX. Florianópolis: UFSC, 2006. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. 149 f.
“A dissertação trata das fugas de escravos na Ilha de Santa Catarina durante do século XIX. A pesquisa se baseou na análise dos anúncios de fuga publicados em jornais, da correspondência entre presidente da província, chefe da polícia, subdelegados e juízes, bem como de processos envolvendo escravos fugitivos. Percebe-se uma rede intensa e rica de relações entre os escravos e destes com a comunidade. A fuga era produto de um cálculo entre as vantagens e as dificuldades a que o escravo estava exposto no cativeiro e as que encontraria em uma fuga. A análise da opção entre fugir ou permanecer depende do entendimento das relações interpessoais, das condições do cativeiro e da sociedade em que estava envolto. O trabalho analisa o perfil dos escravos e aponta suas rotas de fuga”. Acervo: BCUFSC.
RECONDO, Neusa Regina Soares. A Escravidão em Pelotas. Cadernos do ISP, n. 6, p. 117-28, jun. 1995.
143
O artigo descreve a escravidão em Pelotas destacando que nessa cidade o trabalho escravo foi utilizado, principalmente, na indústria saladeril, o que era uma contradição, no sentido que se desenvolvia uma atividade capitalista com a mãode-obra escrava. Destaca, ainda, o uso do escravo de aluguel e o rígido controle social exercido na cidade. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Trabalho, Cultura e Poder. Anais do X Encontro Estadual de História ANPUH/
SC. Florianópolis: ANPUH/SC, 2004. p. 371-4.
O artigo analisa a legislação provincial e as posturas municipais de Desterro entre 1870 e 1890, visando a apontar como a lei de 1871 e o aumento do número
de alforrias forçam mudanças na relação senhor/escravo, fazendo com que o Estado, através de leis, coloque-se na função de controlar as atividades e a vida de escravos, libertos e até mesmo homens livres. Para tanto, analisa a promulgação de algumas leis que procuraram criar um registro de trabalhadores, controlar suas reuniões e ações na sociedade. Acervo: ANPUHSC.
REICHEL, Heloisa Jochims. O negro escravo e o negro liberto numa época de transição. O caso da Província de Buenos Aires. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 253-62, jul./dez. 1990. O artigo descreve o papel do negro na vida econômica e na vida política de Buenos Aires no início do século XIX, destacando as atividades econômicas predominantes na Província e o papel dos escravos e dos libertos. Acervo: BCPUCRS.
SETTE, Mário. A escravidão longe e perto de nós. Província de São Pedro, n. 12, p. 15-27, 1948.
RIBAS, Rosangela; GONÇALVES, Elizabeth. O negro nos anúncios: 18401870. Veritas, v. 34, n. 131, p. 421-9, set. 1988.
O autor relaciona, neste artigo, um presente no qual não vivos em uma sociedade sem preconceitos, contrapondo cravista no qual descreve aspectos tais como: o trabalho crava, a abolição, o tráfico transatlântico, as etnias que Acervo: BCPUCRS.
]
O artigo evidencia a importância dos anúncios de jornais como fonte histórica À para o conhecimento do escravo negro no Rio Grande do Sul. Destaca que os | anúncios apontam questões como: as relações violentas e patriarcais o
À
nhores e escravos, a origem dos escravos e suas funções. Acervo: BCPUCRS. ESPÍRITO SANTO, Ada; CHAVES, Antônio José Gonçalves. Revista do Depar- À tamento de Biblioteconomia e História FURG, v. 2, n. 1, p. 11-28, jan.-jun. 1980.
O artigo “descreve a atividade político-econômica de Antônio J. C. G. Chaves, ; que veio de Portugal para o Brasil no século XVIII e se tornou próspero char- | «queador em Pelotas”. Acervo: BCPUCRS. SBRAVATI, Daniela. Proprietárias e cativas na Desterro da segunda metade do !
século XIX. Anais eletrônicos do XI Encontro Estadual de História: mídia e |
cidadania, 5 a 8 de jun., 2006. 1 CD-ROM.
A autora, através da leitura de inventários e testamentos, busca investigar 9! papel das mulheres proprietárias e cativas no mundo do trabalho na segunda À metade do século XIX. Busca compreender suas formas de constituir famílias € / patrimônio, seus papéis sociais, entre outros aspectos. Acervo: ANPUHSC.
SCHEFFER, Rafael da Cunha. Fim da escravidão e controle dos trabalhadoref , em Desterro (1880-1890). In: KLANOVICZ, 144
Jó; SOUZA,
Rogério. História:
se tem mais escravos a isso um passado esescravo, a família esvieram para o Brasil.
SILVA, Adhemar Lourenço da. Escravidão, liberdade e cor nas sociedades de socorros mútuos (Rio Grande do Sul, 1856-1914). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.
“As sociedades de socorros mútuos são “associações formadas voluntariamente com o objetivo de prover auxílio financeiro a seus membros em caso de necessidade” (Linden) e se disseminaram no Rio Grande do Sul desde pelo menos
1854. Argumento que, por padrão, os escravos estão tendencialmente excluídos de se associarem por duas razões: por não terem uma expectativa de descenso social contra o qual precisariam se securitizar; e por não operarem no mercado. Para o Rio Grande do Sul, especificamente, não foi encontrado nenhum caso em que escravos estivessem mutualizados. Contudo, esse não era um tema de pouca importância para esse tipo de associação, porque, uma vez libertados, as duas razões que os excluiriam evanescem. Com efeito, várias associações no Rio Grande do Sul refletem sobre a capacidade dos ex-escravos gerirem associações, comprometem-se com emancipações, participam ou sofrem os efeitos da campanha abolicionista, e se interrogam sobre os efeitos da cor da pele na “dignidade” pretendida daqueles que se associavam. Os marcos inicial e final da comunicação referem-se à primeira entidade fundada na qual se reconhece a participação de negros (a Sociedade de Beneficência Porto-Alegrense) e a dois casos envolvendo divergências sobre a participação de negros em mutuais (Biirgerklub e Vittorio Emanuele, em Porto Alegre)”. Acervo: BSCSH/UFRGS. 145
SILVA, Célia Maria. Ganchos (SC): ascensão e decadência da pequena produção mercantil pesqueira. Florianópolis: C.M. e Silva, 1992. 192 p.
melhores condições de vida, busca esta que ora se fez através de duras oposições ao escravismo, ora de forma perspicaz”. Acervo: BCPUCRS.
O estudo trata da formação social do litoral catarinense referindo-se a sua colonização com o povoamento do território, instalação de bases político-militares, estabelecimento de uma pequena produção mercantil de açorianos e madeirenses, associada à intermediação comercial portuguesa. Neste quadro, a autora analisa à produção de derivados da baleia que combinava a mão-de-obra escrava com o trabalho de pequenos produtores mercantis. O texto analisa ainda as mudanças desta produção no período imperial, nos anos iniciais da república, finalizando com uma análise do aparecimento da grande indústria no setor pesqueiro.
SILVA, Lúcia Helena Oliveira. Escravos e libertos no Paraná. Anais eletrônicos do XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006. 1 CD-ROM.
pp
n:
PUCRS, 1994. p. 147-55.
q |
servil na cidade de Pelotas, na primeira metade do século XIX. Porto Alegre
“Analisa a questão da resistência à acomodação servil, a partir do estudo d escravidão, na cidade de Pelotas, na primeira metade do século passado. Anali sa aspectos singulares no cotidiano do cativo urbano, tais como as manumis sões, a resistência, a família, a sexualidade e a saúde. Repensa as relações ex tentes entre a população cativa, forra e livre em meio urbano, enfocando a flexi bilidade que as norteou. Na discussão sobre as teorias que vêem o escravo com acomodado ao sistema escravista ou absolutamente resistente à sua condiçã servil, revela que o cotidiano do escravo foi marcado pela constante procura dé
146
| SIMÃO, Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: a escravidão urbana em Pelotas, RS, (1812-1850). Passo Fundo: UPF, 2002. 155 p.
Essa publicação tem como base a dissertação de Mestrado da autora. No livro ela elabora uma reflexão histórica sobre a escravidão no Brasil e no Rio Grande
do Sul, destacando a escravidão urbana e suas peculiaridades. A cidade de Pelo-
meio urbano tais como suicídios, homicídios, lesões corporais e crimes contra a
propriedade; construção de família escrava; condições de saúde em meio urba-
des..., n. 3, p. 74-9, 2001.
PUCRS, 1993. Dissertação (Mestrado Departamento de História — IFCH), Pon tifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993.
eo
tas e a indústria do charque são analisadas segundo a importância que tiveram no contexto socioeconômico. É sublinhado também o processo de alforria e as possibilidades de mobilidade social; as formas de resistência do escravo em
SILVEIRA, Helder Gordim da. O escravismo e os negros na história gaúcha desfazendo o branqueamento. Paixão de aprender — Brasil: histórias, identida
SIMÃO, Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: aspectos da vidall
|
O artigo analisa as condições de saúde aliada às condições de vida dos escravos urbanos em Pelotas. Destaca que os escravos urbanos apresentavam várias funções, não só as atribuições domésticas, relacionando-as com as doenças e as causas de mortes. Acervo: BSCSH/UFRGS.
A autora faz uma reflexão historiográfica sobre a importância de escravos e | libertos no Paraná, destacando suas atividades econômicas, sua participação | política e social. O texto destaca a necessidade de se analisar a história dos exescravos, suas migrações internas e suas lutas por direitos. Acervo: ANPUHSC |
O artigo busca questionar a historiografia tradicional que enfatizava a participação do elemento branco no Rio Grande do Sul, destacando a importância d escravidão e da presença do negro no Estado. Acervo: BCPUCRS.
Regina Falkembach. A saúde do escravo em Pelotas (1822-1850)
ES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre:
|
no. Para o desenvolvimento do trabalho, a autora utilizou fontes primárias tais
como as cartas de alforria, processos crimes, registros de batismo, casamentos e óbitos, registros de doenças e enfermos da Santa Casa de Misericórdia. SPALDING, Walter. Pecuária, charque e charqueadores no Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n.91 e 92 p 123-40, 2 trim., ano XXIII, 1943. A O artigo descreve os principais elementos da economia gaúcha, ou seja, a pecuária e a charqueada, A incluindo o trabalho escravo dentr o desta estrutura. Acervo: BCPUCRS.
SPRÍCIGO, Antônio Cesar. Sujeitos esquecidos, sujeitos lembrados: entre fatos, números e a escravidão registrada na freguesia de Araranguá no século XIX. Florianópolis: UFSC, 2003. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. 195 f.
147
i
Trata-se de um estudo sobre a escravidão na antiga freguesia Nossa Mãe dos Homens do Araranguá, antigo território pertencente a Laguna/SC, da década de 1840 a 1890. Analisa-se os discursos produzidos na e sobre a freguesia que geraram a invisibilidade negra. O trabalho se detém sobre a estrutura socioeconômica, comparando os padrões da estrutura escravocrata na freguesia com a de outras áreas do país. Analisa também a resistência escrava diante do cativeiro. Acervo: BCUFSC.
SPRÍCIGO, Antônio César. Os caminhos da escravidão na Freguesia do Ara- | ranguá — 1840/1888. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade | no Brasil Meridional, 2005.
1 CD-ROM.
“Na antiga Freguesia Nossa Senhora Mãe dos Homens do Araranguá, criada em | 1848, (território pertencente no passado a Laguna), o discurso produzido por. descendentes de imigrantes italianos, criaram uma imagem de um território no-.
“O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados obtidos pelo levantamento bibliográfico realizada sobre trabalho escravo nas fazend as pecuaristas brasileiras do século XIX. Atualmente já não surpreende a consta tação de que, tal qual todas as atividades produtivas brasileiras do oitocentos, a pecuária cdi Pça sustentada em grande parte pelo trabalho escravo. Ainda que esse empreendimento estivesse presente por todas as partes do Brasil, são poucas as pesquisas que problematizaram essa questão. Nesta comunicaçã o estaremos camÃo a obra impressa existente acerca de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com a análise de artigos em meio digital relativos a todo Brasil. Buscaremos percebe as generalidades dessa bibliografia, principalmente no que diz eta ao € : prego do trabalhador escravo na produção de gado vacum” . Acervo: ANPUHRS.
eras
tadamente branco. Atualmente o território da antiga Freguesia, constitui-se em,
duas microrregiões: Amesc e Amrec, onde se destacam municípios como Criciúma, Nova Veneza, Araranguá e Turvo além de outros menores que tem como característica marcante a presença de imigrantes italianos. Entretanto, toda a área da Freguesia do Araranguá fora um ponto importante de passagem en Laguna e Porto Alegre, aparecendo no século XVIII como caminho para tropas de gado vindas do Rio Grande do Sul. As populações que para cá deslocaram não eram abastadas, porém possuíam escravos para o auxílio n mais diversas lidas. A análise de inventários post mortem, alforrias, process de arbitramento, casamentos e registros de batismo de escravos, me permiti discutir a presença escrava nas terras da antiga Freguesia do Araranguá, contr: pondo essa análise a de uma terra reconhecida como “terra de italianos.” Ac vo: BSCSH/UFRGS. TARGA, Luiz Roberto Pecoits. As Diferenças entre o Escravismo Gaúcho ec das Plantations do Brasil — incluindo no que e por que discordamos de F.H.C ! Ensaios FEE, v. 12, n. 2, p. 445-80, 1991. O artigo discute as diferenças entre o escravismo do Rio Grande do Sul e escravismo “clássico”, destacando as guerras, as fronteiras, as grandes propri dades pecuárias, a imigração européia e as charqueadas como situações espe: cí
ficas do Estado. Acervo: BSCSH/UFRGS.
;
TEIXEIRA, Luana. Abordagens atuais: escravidão e pecuária no Brasil do séc ) XIX. Anais do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 CD-ROM
148
rs
“gráfica Anais DE .É EE
Pecuária escravista no oitocentos - uma abordagem biblio-
fred (di : = Eletrôni rônicos XI Encontro Estadual de História : mídia e cidadania,
“O breve artigo busca apresentar resultados preliminares sobre um levantamento de 15 artigos a respeito da atividade pecuária. Estes retratam a região Sul
(Rio
Grande do Sul e Paraná) e Sudeste (Pernambuco, Rio Grande do Norte
Piauí e Bahia). A autora busca mapear o debate sobre a escravidão e a pecuária assim como suas especificidades”. Acervo: ANPUHSC TRSCHALIER, Pe. Carlos S. J. O escravo dos escravos ou S. Pedro Claver, o apóstolo dos negros. Estudos Leopoldenses, v. 16,n. 55, p. 43-88, 1980. O artigo consiste na publicação da obra do Pe. Teschauer escrita em 1888 que se encontrava ainda inédita, a qual trata de Pedro Claver e sua luta pelos negros Há uma breve apresentação sobre o autor e a obra. Acervo : BCPUCRS | VASCONCELLOS, Luiz de. Relatório apresentado ao governo de Lisboa pelo
gn e de Vasconsellos, em outubro de 1784, sobre o Rio Grande do Sul E evista mn do Instituto Histórico e Geográ gráfi fico do Rioio G Grande do Sul, p. 3-40, 1º cee
O artigo apresenta o Rio Grande do Sul em 1784, citando vinte casais de escravos que foram solicitados para o território com a finalidade de servirem de mão-deobra e povoamento na Real Feitoria do Linho Cânhamo. Acervo: BCPUCRS VECCHIA, Agostinho Maria Dalla. Memórias do cativei ro e transição. Estudos
Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 329-44, jul./de z. 1990.
149
to jurídico que reestruturasse as relações de produção, a formaç ão do mercado de trabalho livre e a convivência nas cidades — destacando as Posturas Municipais. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O artigo busca recuperar a memória da escravidão através de depoimentos orais de filhos e netos de escravos. Destaca aspectos do trabalho escravo e de sua resistência cotidiana. Acervo: BCPUCRS.
VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. O escravismo na região meridional do RS: elementos contextuais e características. História em Revista, v. 3, p. 99-122, nov. 1997.
| | |
O artigo apresenta o contexto histórico gaúcho dos séculos XVII e XIX, relata depoimentos de descendentes de escravos e descreve Relatórios Provinciais, | características das populações das freguesias da região Meridional e elementos | econômicos e sociais da escravidão em Pelotas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
VENTURELLA, Ana Lúcia Torresini. Índios e negros na literatura: a ótica do viajantes franceses. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatur: Porto Alegre: EDIPUCRS,
O artigo analisa como e os índios no Rio Grande dade racial dos brancos sofridos pelos escravos.
O trabalho faz uma apreciação da mão-de-obra servil na Provínc ia de São Pedro baseado nos censos geográficos disponíveis e em dados estatíst icos esporádicos, para avaliar a participação numérica dos cativos, suas caracter ísticas e usos e costumes passíveis de serem vislumbrados através deles. Estes dados são comparados com levantamento de 16.662 anúncios de oferta de mão-de -obra encontrados nos jornais.
WEIMER, Giinter. A mão-de-obra escrava e os imigrantes. In: Anais do VIII Simpósio de História da Colonização e Imigração Alemã no Rio Grande do Sul
1994. p. 91-102.
por que os viajantes franceses descreveram os negros do Sul. Destaca a crença destes viajantes na superior e apresenta como alguns relatos criticavam os castigo) Acervo: BCPUCRS.
WEIMER, Giinter. O Trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sagra/Editora da Universidade UFRGS, 1991.
(1988). Nova Petrópolis: Ed. Amstad,
|
1998. p. 26-36.
O artigo analisa as relações entre a escravidão e a imigração, apontan do a forte oposição entre estes sistemas. Mas evidencia que após a Guerra dos Farrapos o mercado modifica-se fazendo com que diminua esta oposição, até a substituição
do trabalho escravo pelo livre e o fim da escravidão. Acervo: BCUNISINOS.
VIANNA, Oliveira. Populações Meridionais do Brasil. Rio de Janeiro: Jog Olympio, 1920. 812 p. O primeiro volume (444 p.) refere-se às populações rurais do centro-sul (paul tas, fluminenses e mineiros), enquanto o segundo volume (368 p.) cima campeador rio-grandense”. No segundo volume há o subcapítulo “Origens p toris da democracia rio-grandense” no qual se refere ao trabalho escravo e p formação do povo rio-grandense. Acervo: BCPUCRS.
Teixei di WEBER, Beatriziz Teixeira. Código de posturas e regulamentaçãoão do convivi social em Porto Alegre no século XIX. Porto Alegre: UFRGS, 1992. 167 f. Di sertação (Mestrado), IFCH/PPGH, Universidade Federal do Rio Grande do S , Porto Alegre, 1992. O trabalho analisa a regulamentação do convívio social em Porto Alegre, es cialmente na segunda metade do século XIX, destacando as transformações dest: q sociedade, como a higienização, a modernização e a abolição do tráfico e poste; riormente da escravidão, as quais geraram necessidade de um novo delineam
150
WITTER, Nikelen Acosta. Negociando cuidados e liberdades: as práticas de saú-
de, doença e cura entre senhores e escravos (RS, Século XIX). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridio nal, 2005. 1 CD-ROM.
“Essa comunicação tem como objetivo propor um debate acerca do estudo das práticas de saúde, doença e cura como um espaço de interessante valor histórico para a observação das tensões, conflitos e negociações entre senhores e escravos no século XIX. Uma análise da experiência da enfermidade tanto de escravos quanto de senhores e das relações que a partir daí estes estabel eciam entre si pode revelar outro aspecto da experiência dos cativos. De fato, o cuidado das moléstias era um ponto importante de negociação entre senhore s e escravos nessa sociedade. Processos-crimes, artigos de jornais, cartas particulares, inventários e testamentos dão conta das complexas interações sociais que se estabeleciam quando saúde era um dos fatores em jogo. Dentro deste quadro, é também importante que se perceba que a doença, por vezes, podia representar algo além do sofrimento. Numa sociedade desigual, hierarq uizada e violenta
como a do Brasil do século XIX, adoecer ou simular uma doença poderia anga-
151
ZARTH, Paulo Afonso. Do arcaico ao moderno: o Rio Grande do Sul agrário do século XIX. Ijuí: Ed. Unijuí, 2002. 320 p.
riar para seu portador/simulador ganhos secundários que iam desde simpatias por sua condição até o alcance de certas liberdades ou pelo menos de “zonas de respiro” ou espaços para a negociação dentro do afã dos afazeres diários.” Acervo: BSCSH/UFRGS.
O livro aborda questões relativas à apropriação da terra e os problemas decorridos do latifúndio para demonstrar que este foi um processo excludente e que a imigração de colonos europeus foi uma alternativa política eficiente. Trata ainda de analisar diversos grupos sociais, observando que a escravidão nas estâncias do Sul foi mais importante do que a historiografia tem afirmado e sua extinção está relacionada com o processo de colonização e as formas de acesso a terra. Resgata a história dos nacionais livres, os “caboclos”. Por fim, analisa duas atividades produtivas: pecuária e agricultura.
XAVIER, Paulo. Estância no Rio Grande do Sul. In: Rio Grande do Sul Terra e
Povo. Porto Alegre: Globo, 1964. p. 55-67.
Descreve o funcionamento da estância, comentando rapidamente sobre o trabalho escravo na lavoura, nos serviços domésticos e na indústria doméstica. Acervo: IHGRS.
XAVIER, Paulo. Charqueada: primeira indústria do sul da América. Revista do | Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 131, p. 11-15, 1995. | O artigo descreve o trabalho das charqueadas como um processo de ordenamento fabril para preparo do charque, citando o trabalho escravo. Acervo: BCPUCRS.
|
ZARTH, Paulo Afonso. O Negro na sociedade escravista do sul. Contexto Educação, Ijuí, v. ano 3, n. 12, p. 44-58, 1988. O artigo demonstra as arbitrariedades a que estavam sujeitos os escravos e a que reagiam e examina o papel do escravo nas estâncias serranas e as condições em | que ocorreu a transição para o trabalho livre na região. Acervo: BSCSH/UFRGS ZARTH, Paulo Afonso. Do arcaico ao moderno: as transformações no Rio Gran de do Sul do século XIX. Niterói: UFF, 1994. 390 f. Tese (Doutorado em Histó ria), Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Flumi-. nense,1994.
século XIX, no que toca à sua transição rumo ao capitalismo. Analisa que db) transformação compreendeu um lento processo de modernização, durante o qu: L as discussões giravam em torno da oposição entre o moderno e o arcaico. Po g moderno entendia-se o imigrante europeu, a agricultura moderna, os animais de. raças nobres, um novo sistema de transportes. O arcaico, por sua vez, era o latifúndio, o escravo, o caboclo, o gado crioulo, os sistemas tradicionais de cul-!
BSCSH/UFRGS.
152
153
Movimentos sociais: fugas, quilombos, insurreições e crimes
AL-ALAM, Caiuá Cardoso. Questões acerca dos enforcamentos de escravos em Pelotas-RS. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A cidade de Pelotas, no Estado do Rio Grande do Sul, formou-se principal mente através da indústria do charque, que usufruía de uma ampla mão-de-ol pi | escrava. A resistência foi constante e envolveu ações que transgrediam sa igos de posturas da época, levando muitos sujeitos a serem perseguidos € nes a dos pelo Estado. Muitos desses trabalhadores foram chicoteados, apa os públicas execuções das locais condenados à morte. Em Pelotas, os forca foram diversos e sempre situados em terrenos de antigas praças da ci à e. Esse trabalho analisa as características do ritual de enforcamento que envolvia todo um roteiro no qual o condenado era obrigado a caminhar pelas pince ruas, acompanhado de padres, da polícia e de populares curiosos com a situação”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Os escravos negros nos cárcere s de Porto Alegre: sugestões de uma documentação do século XIX. Estudos Ibero-America-
nos, v. 8, n. 2, p. 209-23, 1982.
O artigo descreve o tratamento reservado aos escravos negros nas prisões de Porto Alegre durante a primeira metade do século XIX. Acervo: BSCSH /UFRGS.
] ú
BAKOS, Margaret Marchiori. Considerações em torno do protesto do escravo
negro no Rio Grande do Sul (1738-1848). Estudos Econômi cos, v. 18, p. 167-
80, 1988.
O artigo analisa a resistência e o protesto do escravo negro no Rio Grande do Sul entre os anos de 1737 e 1848, dando destaque à violênc ia contra os senho-
res, às fugas escravas e à formação de quilombos. Acervo: BSCSH /UFRGS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Repensando o processo abolicionista sul-rio-gran-
dense. Estudos Ibero-Americanos, v. 14, n. 2, p. 117-38, dez. 1988.
Analisa o processo abolicionista no Rio Grande do Sul, enfatiz ando a participação do próprio escravo nesse processo, participação esta que se deu, por exemplo, com suas fugas, aquilombamentos e insurreições. Acervo: BSCSH /UFRGS. BAKOS, Margaret Marchiori. Sobre a mulher escrava no Rio Grande do Sul.
Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 47-56, jul./dez . 1990.
resistência escrava. In: Raizes de Osório. Porto Alegre: Est, 2004. p. 71-5. O autor busca investigar a resistência escrava em Conceição do ed ; sando fugas e quilombos e demonstrando que as relações escravistas estabelecidas naquele local não eram nem brandas nem pacíficas.
farroupilha. Revista da Universidade Católica de Pelotas, v. 3, n. 2, p. 71-9 dez. 1993.
O artigo analisa o negro em Piratini, destacando a sua importância as mo a formação histórica do município, sua origem, atividades e Farroup Revolução vida, resistência ao escravismo e participação junto à Acervo: BCPUCRS.
154
O artigo apresenta dados sobre o trabalho, a resistência e O engajamento social das mulheres escravas, evidenciando a quantidade de mulheres e homens escravos por localidade, o preço para a agricultura e para os serviços domésticos, os crimes cometidos por mulheres e a participação em Confrarias. Acervo: BCPUCRS.
BARCELLOS, Daisy et al. Comunidade Negra de Morro Alto: historicidade, identidade e territorialidade. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 484 p. O livro relata de forma multidisciplinar a comunidade negra de Morro Alto, destacando a ocupação histórica do território, as resistências no período escravista, a passagem de cativo a liberto, a formação do quilombo, as relações de parentesco, a religiosidade, o território geográfico e a espacialidade social, e a situação atual para o reconhecimento como remanescentes de quilomb os. Acervo: BCUNISINOS.
155
composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escravos, apresenta dados demográficos e concernentes à origem destes, suas funções, suas festas, suas vestes, seus feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondade de muitos senhores, as irmandades das quais participavam, as fugas e crimes que cometiam, as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Refere-se, para efetivação desse levantamento, aos relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS. |
: BARROSO, Vera Lúcia Maciel. Escravos e Quilombolas no Litoral Norte/RS 1995. documentos. Estudos Ibero-Americanos, v. 21, n. 2, p. 183-6,
e, O artigo consiste na transcrição de alguns documentos relativos a escravos Osóde io municíp do região atual na especialmente, a quilombolas e suas ações como dorio, então Freguesia de N. Sra. da Conceição do Arroio, encontrados Casa Santa da cumentos avulsos em um levantamento dos fundos documentais de Porto Alegre. Acervo: BCPUCRS.
CARLE, Cláudio Baptista. A diversidade histórica do termo quilombo. Anais
GranBENTO, Cláudio Moreira. O negro e descendentes na sociedade do Rio p. 288 1976. AC-SEC, l-IEL-D Grafosu de do Sul (1635-1975). Porto Alegre: do | O livro trata dos negros no Rio Grande do Sul desde sua entrada, através
do VI encontro da ANPUHY/RS, 2002. 1 cd-rom.
O artigo analisa o termo quilombo, demonstrando a diferença de seu significado em 1740, para o senso comum, para os movimentos negros e para pesquisadores atuais. Enfatiza, ainda, que as peculiaridades regionais dos quilombos ainda
a 4 tráfico transatlântico e interno dé escravos, até sua representatividade numéric
dos ne- 4 no ano de 1973. Descreve, também, a abolição, a participação militar perso- Ê gros, suas atividades econômicas, algumas fugas de escravos e algumas ] S. nalidades negras rio-grandenses. Acervo: BCPUCR
” não foram estudadas. Acervo: ANPUHRS.
CARNEIRO, Edison. O quilombo da Carlota. Província de São Pedro, n. 19, p. 156-9, 1954.
. Por- | BERNARD, Zilá; BAKOS, Margaret M. O negro: consciência e trabalho to Alegre: Editora da Universidade — UFRGS, 1991. 87 p.
O artigo descreve um quilombo localizado na capitania do Mato Grosso, formado por negros e índios. Apresenta as capturas realizadas e as reconstruções do quilombo. Acervo: BCPUCRS.
refeTranscreve trechos de documentos históricos e textos literários que fazem
final de | rência à escravidão e à consciência negra, contendo breves análises ao negra, [ imprensa alforrias, cada documento. Apresenta temas como: quilombos, 4 BSCSH/ Acervo: trabalho escravo e a presença do negro nas lendas gaúchas. UFRGS.
CONFORTO, Marília. Breves considerações sobre a criminalidade escrava segundo o “Livro dos Sentenciados” da casa de correção de Porto Alegre (18741900). Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1/2, p. 69-78, 1990.
do É BORBA, Oney Barbosa. Revolta de escravos nos Campos Gerais. Boletim ' IHGEP, v. 43, p. 109-21, 1986. À Ge-R Descreve uma revolta de escravos ocorrida em uma fazenda nos “Campos | grande rais do Paraná”, e que resultou na fuga de inúmeros cativos e em uma mobilização com o intuito de resgatá-los. Acervo: IHGRS.
CABRAL,
a | Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Desterro: Notícia Históric
II. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1972.
À
os pro=. O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Desterro destacando água, as | dutos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também, o uso da Igrejas e | vestimentas, os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das que era | afirma autor o qual a sobre Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, 156
O artigo descreve algumas sentenças de escravos reclusos na Casa de Correção de Porto Alegre que cometeram homicídios entre 1873 e 1886. Apresenta tabelas comparando a fregiiência anual dos crimes, as localidades onde foram cometidos, a naturalidade dos escravos, a profissão dos sentenciados, entre outros
aspectos. Acervo: BCPUCRS.
CONRAD,
Robert. Os últimos anos da escravatura no Brasil: 1850-1888. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. 394 p. O livro trata da desarticulação do sistema escravocrata, descrevendo o fim do tráfico transatlântico, a crise da mão-de-obra,o emancipacionismo, a resistência escrava, a lei do ventre-livre e do sexagenário, e o movimento abolicionista. Acervo: BCPUCRS.
157
branqueamento, da crise dos empregos com a informatização, da mecanização e da influência da globalização e do neoliberalismo. Busca, ainda, pensar alternativas para o contexto atual. Acervo: BSCSH/UFRGS.
DARONCO, Leandro Jorge. À sombra da cruz: trabalho e resistência servil no noroeste do Rio Grande do Sul, segundo os processos criminais 1840-1888. Passo Fundo: UFP, 2006. 211 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade de Passo Fundo, 2006.
Avalia o sistema escravista da região noroeste do RS, um dos principais centros escravistas regionais durante o século XIX, refletindo sobre o descaso da historiografia regional sobre o tema e as diversas interpretações difundidas pelos viajantes que visitaram a região. Contempla as formas de trabalho e a resistência dos trabalhadores escravizados (agressão física, envenenamento, fuga, homicídio, infanticídio, justiçamento, resistência à prisão, furto e suicídio). A tese foi publicada em livro pela editora da UPF em 2006. Acervo: BCUPF.
snes ro A “bater” quilombos: a Guarda Nacional rio-grandense na deesa da ordem escravista do Império do Brasil. Sociais e Huma 1 129-37, jan./dez. 2004.
O artigo aborda a Guarda Nacional rio-grandense como instrumento políticoinstitucional de sustentação do Estado imperial, demonstrando empiricamente algumas situações em que essa milícia atuou na Província do Rio Grande do Sul na defesa da política imperial quanto à escravidão. Acervo: BCPUCRS.
DOS ANJOS, José Carlos Gomes; ALMEIDA, Luciana Schleder. Modernidade
e anti-modernidade na memória coletiva construída nos territórios negros: São Miguel dos Pretos na Restinga Seca - RS. Humanas,
v. 25,n.
1 e 2, p. 33-66,
“FIABANI, Adelmir. Quilombo: africanos, índios e seus descendentes lutaram 1]
2002 e 2003.
“O artigo pretende analisar a memória coletiva dos territórios negros como um | espaço de nomadismo identitário, relacionando essa memória com a construção | de significados de uma identidade étnica territorializada e questionando se essa ! identidade é capaz ou não de fornecer as bases para projetos políticos emanci- 4
patórios”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
E
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha de história do Rio Grande do Sul (Uma nova visão da formação da terra e do povo gaúcho). Porto Alegre: Martins
Livreiro, 1994. 128 p. O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul desde a ocupação até os movimentos revolucionários do início do século XX. Dedica um capítulo aos negros, no qual destaca a presença da escravidão no Estado desde o início da ocupação, enfatiza as charqueadas, apresenta as origens dos negros, a participação destes na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai, aspectos culturais (como: vestes, linguagem e batugues), a resistência à escravidão e a situação atual dos negros. Acervo: BCUNISINOS. FAGUNDES, Varny Ferreira. 4 cor do trabalho. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2001. 80 p.
icnicandidios
| 4 | | | 4 :
pela liberdade. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberd,
sil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
pre
“Estudos recentes apontaram para a possibilidade de que os primeiros quilombos tenham sido obra de nativos destribalizados que, resistindo à apreensão para exploração de sua força de trabalho, fugiam para o sertão e se aquilombavam. À documentação produzida pelos escravizadores atesta a presença de nati-
vos, caburés, crioulos, desertores, etc. nos quilombos, assinalando que o fenô-
meno foi, sobretudo, produto do trabalhador escravizado, e não resultado exclusivo do africano escravizado. Essa heterogeneidade cultural invalida a tese 'restauracionista” tradicional de um quilombo como fenômeno contra-aculturativo da população africana no Brasil. Atribuir às comunidades negras rurais características próprias de preservação da cultura africana nega o caráter cultural multifacetado do quilombo, uma das origens dessas comunidades, e recupera, de
forma ainda mais arbitrária, ; as teses do o * restauraciioni onismo cultural”. Acervo: BSCSH/UFRGS. a
re da Costa. A criminalidade do escravo gaúcho no início do século - Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grand. n. 125, p. 110-23, 1989. Ego NT O artigo analisa as diversas formas de criminalidade dos escravos no Rio Grande do Sul como uma reação ao tratamento desumano que recebiam, ao excesso de trabalho e aos castigos. Acervo: BCPUCRS.
O livro consiste em uma análise cronológica do trabalho no Brasil relacionan do-o com a questão racial. Trata, então, da escravidão negra, da ideologia do.
158
159
FRANCO, Sérgio da Costa. Os enforcados em Porto Alegre: execuções da pena capital entre 1821 e 1857. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio
GOULART, Fábio Odair Gomes. Entre a resistência e à coerção: a vivência dos
Grande do Sul, n. 137, p. 19-39, 2002.
escravos na cidade de Rio Grande. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. I cd-rom.
O artigo apresenta dados sobre as execuções de pena de morte em Porto di (1821-1857) por vários crimes previstos no Código Criminal do Império e julga e pela Junta de Justiça. Descreve os condenados pela J unta da Justiça e pelo 'Tribun do Júri como integrados, em maioria, por escravos € libertos. Acervo: BCPUCRS.
O tema da pesquisa é a resistência dos escravos na cidade de Rio Grande do século XIX, nos anos de 1846 a 1853. O autor analisa as resistê ncias individuais e coletivas que “contaminaram” o regime escravista, enfraq uecendo as bases de sua sustentação. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREITAS, Décio. Escravos e senhores-de-escravos. Caxias do Sul: Universi-
GUIMARÃES, Alô. O pelourinho de Curitiba. Boletim do Instituto Histórico Geográfico e Etnográfico Paranaense, v. 10, p. 84-99, 1968. O artigo descreve a história do Pelourinho em Curitiba, sua instalação, seu formato físico, sua importância e utilização — referindo-se à punição de criminosos
dade de Caxias do Sul/Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, Porto Alegre, 1977. 137 p. O livro trata da escravidão no Brasil, descrevendo o antagonismo entre senhores e escravos. Apresenta dados sobre o tráfico de escravos, sobre quilombos, irmandades, livres pobres, sobre a relação da escravidão com a burguesia mercantil e sobre o abolicionismo. Acervo: BCPUCRS.
l | À
* e escravos. Acervo: GEO/UFRGS.
GUIMARÃES, Carlos Magno. O quilombo do Ambrózio: lenda, documentos e
FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. Porto Alegre: Escola Superior de Te- 4 ologia São Lourenço de Brindes/Vozes/Instituto Cultural Português, 1980. 175 p. Analisa o sistema escravista brasileiro descrevendo o estabelecimento da escra- | vidão
no Brasil, a situação
dos escravos,
a resistência exercida por estes e a À
abolição da escravatura. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREITAS, Décio. Zumbi, vida e morte. In: SEFFNER, Fernando. Presença Negra É no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial/Porto Alegre, 1995. p. 7-2. q O artigo, que consiste em um recorte da obra “Palmares, a guerra dos escra- E vos”, descreve a trajetória de Zumbi,
desde seu nascimento
até sua morte, .
enfatizando o quilombo e a insurreição comandada por Zumbi dos Palmares. | Acervo: BSCSH/UFRGS.
GOMES, Alessandro Garcia. “Tempo de Direito” e “Tempo de Política”: dois | momentos de um processo de construção identitária numa “Comunidade d Quilombo”. Humanas, v. 25,n. 1 e 2, p. 67-82, 2002 e 2003.
4
“O presente artigo tem por finalidade apontar as principais categorias po que surgem no decorrer da implementação de um projeto institucional em ete A minada localidade, a partir da possibilidade do reconhecimento dessa área como , uma comunidade de remanescentes de quilombo”. Acervo: BSCSH/UFRGS. 160
arqueologia. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 161-74, jul./dez. 1990.
O artigo busca reconstruir a dinâmica social interna da comuni dade do Quilombo do Ambrósio e sua inserção na sociedade mineira escravi sta do século XVIII, utilizando como fonte uma lenda, dados arqueológicos e documentos oficiais.
Acervo: BCPUCRS.
HARTUNG, Miriam Furtado. O sangue e o espírito dos antepa ssados: escravidão, herança e expropriação no grupo negro Invernal Paiol de Telha/PR. Florianópolis: NUER/UFSC, 2004. 154 p. O trabalho refere-se ao processo de expropriação de terras de escravos e ex-escravos herdeiros da Invernada Paiol de Telha, município de Pinhão, comarca de Guarapuava, no Paraná. O texto reconstrói a experiência dessa comunidade e sua relação com o poder público. Contém um anexo com docume ntos históricos. KITTLESON, Roger. The Paraguayan War an Political Culture . Rio Grande do
Sul, Brazil, 1865-80. In: KRAAY, Hendrik; WHIGHAM,
Thomas L. 1 Die with
My Country - Perspectives on the Paraguayan War, 1864-1 870. Lincoln and London: University of Nebraska Press, 2004. p. 105-18. O autor analisa os significados políticos da Guerra do Paragua i e as disputas envolvendo discursos como os de Joaquim Nabuco e da elite política sul-riograndense. Destaca-se a importância da propaganda que veicula va possibilida-
161
da comunidade de Casca, município de Mostardas/RS, recuperando sua;história e seus direitos.
des de inclusão social, contrastando promessas de cidadania com mis de dependência. Nesse contexto, o autor ocupa-se não apenas com as pi as en volvendo as elites, mas considera a importância da participação popular que incluía uma variedade - étnica, social, regional - de sujeitos. Sublinha a importância das revoltas escravas, das fugas e do aquilombamento nas mudanças ocorridas na estrutura social do século XIX.
LIMA, Rafael Peter de. Escravidão e liberdade na região fronteiriça Brasil/Uruguai
(século XIX). Anais do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom.
KRAAY, Hendrik. “O abrigo da farda”. O Exército brasileiro e os escravos fugidos (1800 — 1881). Afro-Ásia, n. 17, p. 29-56, 1996. | O artigo busca analisar como os escravos fugidos utilizavam o a À a tam Descreve, . Brasileiro estratégia a partir das contradições do Estado | legais princípios os o política do Exército em relação à escravidão, destacand que dirigiam o recrutamento e a escravidão. Acervo: BCPUCRS.
LAYTANO, Dante de. O negro e o espírito guerreiro nas origens do Rio Grand do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p 95-117, 1º trim., ano XVII, 1937. O artigo descreve a formação do Rio Grande do Sul, destacando as guerras nas origens do Estado. Insere o negro nesse processo, enfatizando sua partici pação como guerreiro. Apresenta, ainda, alguns dados demográficos. Acervo: | q
BCPUCRS. CH
LEIDENS, Sandra Maria. Retrato falado — anúncio de Tuga de escravos em Porto Alegre (1881 — 1882). Revista de Filosofia e Ciências Humanas, v. 12,n le 2, p. 109-21, jan./dez. 1996. O artigo evidencia as fugas como forma mais comum de resistência Serato aj o apresentando tendências e perspectivas de interpretação sobre a e am sobre dados trazendo lisando especificadamente as fugas e, em especial, mesmas em anúncios de Porto Alegre — destacando sua quantidade por ano, o ofícios dos fugidos, entre outros. Acervo: BCPUCRS.
LEITE, Ilka Boaventura. O legado do testamento: a comunidade de Casca é my perícia. Florianópolis: NUER/UFSC, 2002. 436 p. O livro refere-se a um processo de reconhecimento das terras de remanescente de quilombo. O texto retrata o Inquérito Cívico Público aberto em 1996, p Procuradoria da República do Rio Grande do Sul, sobre uso e usufruto de tua
162
A “escravidão na fronteira sul do Brasil sempre esteve permeada por disputas, conflitos e resistências. Dessa forma, tanto influenciou quanto foi influenciada pela dinâmica política regional, na qual estiveram diretamente envolvidos os governos nacionais e as elites locais — além do contingente negro, que usou de iniciativa própria para opor-se ao sistema opressor. Nesse sentido, a partir de
fontes policiais, consulares e textos jornalísticos, o presente trabalho propõe-se
a analisar esse complexo jogo de interesses. O foco central de debate serão os inúmeros casos de segiestros de negros livres do Estado Oriental do Uruguai, ocorridos em torno da metade do século XIX, que eram trazidos até a Província
do Rio Grande do Sul para serem (re)escravizados”. Acervo: ANPUHRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Resistência e punição de escravos em Fontes Judiciais no Rio Grande do Sul: 1818-1833. Porto Alegre: PUC, 1994. 210f. Dissertação (Mes-
trado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1994,
“Aborda-se o cotidiano de 131 trabalhadores negros escravizados no Rio Grande do Sul e julgados pela junta de justiça ou junta criminal, que funciona em Porto Alegre no período de agosto de 1818 a fevereiro de 1833. Estes são acusados de “crimes” como: roubos, lesões corporais, homicídios e fugas de cadeias públicas nas várias cidades do território sulino. Para consecução do objetivo proposto, busca-se reconstruir a trajetória de vida dos escravos réus”. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Triste pampa: resistência e punição de escravos em fontes judiciárias no R$/1818-1833. Porto Alegre: IEL/Edipurcrs, 1997. 202 p. O livro apresenta a resistência e a punição dos escravos, buscando uma abordagem a partir dos escravos. Descreve, para esse fim, a inserção da mão-de-obra escrava na economia gaúcha, as características físicas e o vestuário dos escravos, alguns aspectos da vida privada destes, os crimes cometidos e os castigos recebidos. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Solimar Oliveira. Braço forte: trabalho escravo nas fazendas da nação
no Piauí (1822 — 1871). Porto Alegre: PUC, 2001. 158 f. Tese (Doutorad o), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2001.
163
Essa tese analisa o trabalho e o cotidiano dos escravos nas fazendas e proprieda- | des do Império Brasileiro, destacando os fluxos da mão-de-obra, a organização | das atividades e os mecanismos de controle e resistência dos trabalhadores es- | cravizados. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Waldemar Moura. Movimento quilombista — negritude em ação. Porto. Alegre: Edição do autor, 1988.
O livro descreve o movimento quilombista historicamente e em seu contexto! atual, a partir de seus princípios, de sua prática, de seus valores éticos e, também, de sua organização funcional. Apresenta algumas ilustrações e poemas, E Acervo: BCUNISINOS.
MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo africano no Rio Grande do Sul. In RS: economia e política. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1979. p. 29-55. O artigo inicia com uma análise historiográfica sobre a escravidão no Rio Gran-
logia São Lourenço de Brindes, Porto Alegre, e Editora da Universidade de
Caxias do Sul, Caxias do Sul, 1984. 203 p.
oo a utilização da mão-de-obra escrava nas charqueadas rio-grandenses. iscorre também sobre a introdução do escravo no Rio Grande do Sul e sobre a resistência escrava, expressa pelas fugas, aquilombamentos, suicídios e insurreições. Acervo: ULBRA.
MAESTRI FILHO, Mário José. Schiaviti coloniale e lotta di classe. Quaderni di storia, n. 25, p. 116-23, jan./jun. 1987. Inserindo-se nas discussões em torno do 1º Centenário da Abolição em conferência realizada no Arquivo Histórico do Movimento Operário Brasileiro de Milão, o autor procura contextualizar o escravismo colonial rejeitando a mera associação ao escravismo greco-romano. Igualmente, questiona o não-reconhecimento do escravo enquanto classe, inclusive revolucionária. Para tanto, cita as Insurreições e a resistência dos cativos ao trabalho.
de do Sul. Descreve, também, o início da escravidão na região, destacando à Colônia do Sacramento. Trata, ainda, das funções dos escravos, ressaltando 4 negreiro e sobre a resistência dos escravos. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo no Rio Grande do Sul. Tempo Brasileiro, n. 92-93, p. 121-7, jan./jun. 1988. Descreve a presença do escravo africano no território rio-grandense, analisando
a utilização da mão-de-obra escrava em diversos setores da economia e a forma-
MAESTRI FILHO, Mário José. À Propos du “Quilombo” — Esclavage et Lu g Sociales au Brésil. Genêve-Afrique, v. XXI, n. 1, p. 8-31, 1984.
“Esse artigo inscreve-se na corrente de reinterpretação da história do Brasil vi sando, principalmente, a recolocar em questão a visão mística desenvolvida né início do século por razões políticas. O autor situa-se dentro da renovação críti ca da análise histórica marxista: sua hipótese é que o quilombo pode ser inter pretado no quadro das relações escravistas no Brasil como uma forma de luta d classes. Após um inventário rápido da historiografia brasileira sobre a questãc o autor discute a natureza da exploração dos escravos para situar, em seguida, à diversas formas de sua resistência e luta. Ele demonstra que o quilombo — e nã a insurreição — representava na época o melhor meio para o escravo ultrapass: as contradições nas quais vivia. As diferentes variedades de quilombos são ané q lisadas tanto quanto sua inserção no sistema de produção escravista”. MAESTRI FILHO, Mário José. O Escravo no Rio Grande do Sul - A Charque ada e a Gênese do Escravismo Gaúcho. Porto Alegre: Escola Superior de Tel
164
ção de quilombos pelos escravos fugidos. Acervo: BSCSH/UFRGS Ê
pregos FILHO, Mário José. 4 servidão negra. Porto Alegre: Mercado Aberto . p. O livro analisa a escravidão a partir do tráfico transatlântico, do trabalho escravo
(nas Plantações, nas minas, nas charqueadas), das condições de vida dos escravos
e das resistências destes nas cidades e nos campos. Acervo: BCPUCRS
a e José. Da abolição à República: a agonia do Estado escravista o REST . Revista ii do Instituto Histórico e Geográfic gráfi o do Rioio G Grande do Sul, n. O artigo busca relacionar a abolição e a República, evidenciando diversos fatores que atuaram no processo de abolição e destacando que esta foi uma revolução que determinou a transição da monarquia para a república. Destaca, ainda a formação do Brasil como Estado unitário “filho da escravidão” e enfndzs as insurreições escravas no processo de abolição. Acervo: BCPUCRS. 165
iara FILHO, Mário José. A escravidão urbana e as posturas municip ais no Rio rande do Sul. Coletânea CCHA — Cultura e Saber, v. 3, n. 2, p. 161-76, nov. 1999 o artigo estuda o controle a que foram submetidos os trabalhadores escravizaos urbanos gaúchos no século XIX. Discute as condições de vida e de trabalho e as diversas formas de resistência. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo gaúcho: resistência e trabalho. Porto Alegre: Ed. da Universidade/UFRGS, 1993. 83 p. Analisa a escravidão no Rio Grande do Sul enfatizando a utilização da mão-deobra escrava na economia gaúcha e a resistência escrava, expressa pelas fugas, aquilombamentos, insurreições, suicídios e assassinatos de senhores. Analisa também, brevemente, a escravidão greco-romana, africana e brasileira, além do tráfico de escravos. Acervo: UFRGS/BSCSH.
MAESTRI
FILHO,
Mário José. O escravismo no Brasil. São Paulo: Atual,
1994. 113 p. Analisa o sistema escravista brasileiro descrevendo o tráfico atlântico e a dife- 4 rença da escravidão no campo e na cidade. Analisa também as diferenças entre | o escravismo antigo e o escravismo colonial, e as razões da substituição, no 4 Brasil, do escravo indígena pelo africano. Acervo: UFRGS/BSCSH. MAESTRI FILHO, Mário José. O quilombo de Manoel Padeiro. In: SEFFNER 4 Fernando. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 1995. p. 64-72. Descreve as ações de um grupo de quilombolas da região de Pelotas, que costu mava assaltar chácaras à procura de comida, roupas e armas. Analisa brevemens te a atividade charqueadora pelotense, a utilização da mão-de-obra escrava ness|
MAESTRI
FILHO, Mário José. Pampa negro: quilombos no Rio Grande do
Sul. In: REIS, João José; GOMES,
]
lis, RJ: Vozes, 2004. p. 192-209.
Rc
O texto analisa as práticas dos escravizadores, considerando-as como uma pedagogia para enquadrar, condicionar e preparar o cativo para a vida de pri Aborda questões como a violência física e simbólica e aspecto s do ceiidiama dos escravos — como a família, as linguagens e a opressão lingiiíst ica, a vida na cidade e a formação para algum ofício. Refere-se, ainda, às heran a d cesso. Acervo: EDU/UFRGS. PE MARTINS, , Pedro. Sertão de Azulá!:!: a Comunid ade Caf
Florianópolis, NUER/UFSC, 2001.
Ec
i
A comunidade cafuza — formada por remanescentes de caboclos da Guerra do Contestado que vivem no interior da terra indígena Ibirama, no Paraná, é retratada nesse livro. São cinco artigos que trazem resultados de pesquis as ' dentre os quatro últimos, uma gama de depoimentos. Acervo: BCUFSC.
Flávio. Liberdade por um fio: história dos
quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 291-331.
O artigo destaca a contribuição do trabalhador negro escravizado para o Grande do Sul, apresentando alguns dados econômicos e populacionais. Enf: za a resistência desses escravos, destacando a formação de quilombos, prin palmente na região de Pelotas, descrevendo as forças reescravizadoras e as re ções que os escravos estabeleciam com a sociedade. Acervo: BCPUCRS. MAESTRI FILHO, Mário José. Benjamin Peret: um olhar heterodoxo sobre Palmares. Coletânea CCHA — Cultura e Saber, v. 1, n. 1, p. 81-100, dez. 1997 O artigo aborda como a historiografia luso-brasileira analisou os acontecimentos$ de Palmares, nos séculos XVIII e XIX, quais as interpretações após a abolição e 0 caráter inovador da interpretação de Benjamin Peret. Acervo: BSCSH/UFRGS. | 166
|
MAESTRI FILHO, Mário José. A pedagogia do medo: disciplin a, aprendizado e trabalho na escravidão brasileira. In: STEPHANOU, Maria; BASTOS, Hele na. séci ; : ii l . Histórias e memórias da educaçã ção no Brasil,1 séculos XVI-XV,
MENDES, Sorais. A liberdade negra e a eficácia do acesso à terra pelos remanescentes de quilombos. In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 128-33 O artigo analisa as condições legais para o acesso à terra pelos remanes centes de quilombos, destacando as dificuldades e a i t ânci
: vo: BSCSH/UFRGS. MOREIRA,
mportância desse processo. Acer-
Paulo Roberto Staudt. Da mobilidade a vigilância: o trabalho ne-
gro em Porto Alegre no século XIX. In: D'ANGELO, Ana Lúcia. Histórias de trabalho. Porto Alegre: Unidade Editorial, 1995. p. 155-72.
Raia analisa o trabalho negro em Porto Alegre na segunda metade do século X, demonstrando que a regulamentação deste trabalho serviu para garantir a 167
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt et al. Escravidão e trabalh o livre numa pro-
ordem e auxiliar a transformação mais lenta do trabalho escravo para o livre. Entende que o trabalho não pode ser dissociado de aspectos da vida diária dos trabalhadores negros, assim, analisa: a fuga dos escravos, a relação entre escra-
víncia fronteiriça: o Rio Grande do Sul no século XIX. Anais da 42º Reunião da SBPC, v. 2, p. 258-9, 1990.
vos e vadios, a relação entre o trabalho e o prazer, os bares, as moradias e os
O artigo descreve o trabalho escravo e livre no Rio Grande do Sul do século
esconderijos. Acervo: BCPUCRS.
XIX, ressaltando o caráter fronteiriço da província. Nesse sentido, evidencia a influência das disputas territoriais, da imigração alemã, do medo da fuga para o Uruguai e das charqueadas para a escravidão no Rio Grande do Sul. Acervo: BCUNISINOS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. E a rua não é do rei - Morcegos e populares no início do policiamento urbano em Porto Alegre — século XIX. In: HAGEN, Acácia; MOREIRA,
Paulo. Sobre a rua e outros lugares. Reinventando Porto
Alegre. Porto Alegre: AHRGS/Caixa Econômica Federal RS, 1995. p. 51-96.
MOTTA, Flávia de Mattos. Pelotas e o quilombo de Manuel Padeiro na conjuntura da Revolução Farroupilha. Revista do Instituto de Filosof ia e Ciências
O artigo descreve o início do policiamento urbano relacionado à transição do trabalho escravo para o livre, destacando que era necessário reprimir escravos, vadios e desertores. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA,
Paulo
Roberto
Staudt. Memória
e história: como
a comunidade
Humanas da UFRGS, v. 13, p. 111-5, 1985.
- O artigo descreve a situação de Pelotas na Revolução Farroup ilha, a qual se teria excluído dos domínios farroupilhas devido às tensões sociais que preocupavam a cidade como o Quilombo de Manuel Padeiro. Acervo: BCPUC RS.
e
os documentos narram o crime do escravo Paulo. Anais do VI Encontro Estadual de História, ANPUH/RS, 2002. 1 cd-rom.
|
MULLER, Telmo Mauro. Negros em São Leopoldo. In: Colônia alemã: histórias € memórias. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul/ Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, 1978. p. 17-25.
O artigo analisa as percepções da comunidade de Morro Alto, remanescente de | quilombo, com relação à escravidão e, especialmente, relacionadas ao crime cometido pelo escravo Paulo, correlacionado ao processo criminal. Acervo: ANPUHRS. .
Descreve
casos de escravos pertencentes
a alemães
(fato proibido por lei),
analisando a condição em que viviam esses escravos e discorr endo sucinta-
mente sobre questões como:
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Açoitando fugitivos: a face “negra” do abo- . licionismo. In: PESAVENTO, Sandra. História Cultural: experiência de pes- À quisas. Porto Alegre: UFRGS, 2003. p. 137-58.
Acervo: BPERGS.
OCHOA,
O artigo analisa a situação dos escravos citando algumas experiências específi- | cas, no final do período escravista, quando a opinião pública urbana voltava-se | para a defesa dos escravos e as fugas tornavam-se mais fáceis. No entanto, a repressão era ainda muito evidente. Acervo: BCUNISINOS.
compra e venda de escravos, alforrias e fugas.
Eduardo Perez. Participación del Negro en la Independencia de la
Nueva Granada y Venezuela (1810-1830). Estudos Ibero-A mericanos, v. 16, n.
le 2, p. 225-9, jul./dez. 1990.
O artigo aponta a rebeldia do negro, ao lado da rebeldia indígen a, como um
fator importante para a Independência, destacando que as insurreições negras
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Os cativos e os homens de bem: experiências :
criavam zonas de autodefesa. Acervo: BCPUCRS.
negras no espaço urbano, Porto Alegre 1858-1888. Porto Alegre: EST, 2003. 356 p. | O livro, originado de tese de Doutorado, analisa a Porto Alegre negra, destacando as moradias e esconderijos, as formas de resistência escrava, o processo de
PENA, Eduardo Spiller. O jogo da face: a astúcia escrava frente aos senhores e
|
emancipação — enfatizando o Partenon Literário, a Sociedade Emancipadora | Rio Branco, a Sociedade Emancipadora Esperança e Caridade, e as diversas | formas de alforria. Acervo: BSCSH/UFRGS.
168
a Lei na Curitiba Provincial. Curitiba: UFPR, 1990. Dissert ação (Mestrado em História), Universidade Federal do Paraná, 1990.
«
À À ; Estuda o discurso produzido pelas autoridades províncias e pela elite curitibana sobre o escravo e as formas de resistência a esse discurso no decorrer do 169
século XIX. Analisa o projeto disciplinar elaborado pelas elites e autoridades provinciais que era voltado para as camadas populares e, mais incisivamente, | para o escravo, caracterizando como desordeiros, violentos e ociosos, os popu- | lares que participavam de festas, danças e comemorações que reuniam, desde os | morigerados (trabalhadores imigrantes) até os escravos. Mostra que, visando a | disciplinar esses corpos para o trabalho, autoridades provinciais lançaram mão | de proibições, sanções e de um rígido controle policial que eram executados | pelo Chefe de Polícia e o Inspetor de Quarteirão, escolhidos dentre os próprios | moradores das vilas mais afastadas e pobres da província. Aponta como alvo | maior da vigilância e da disciplinarização os escravos, parcela minoritária da | população que vivia, nesse período, um processo de transição da forma escrava-. gista de trabalho para a livre. Discute as interpretações recentes sobre a escrav dão produzidas, sobretudo, por autores da chamada “Escola de São Paulo”. An lisa as formas que os escravos encontraram, em sua experiência cotidiana di conflito com seus senhores, com aparelhos disciplinarizadores dos governos | : provinciais e com a caricaturização das elites, para reagir a essa situação”. PETIZ, Silmei de Sant' Ana. Buscando a liberdade: as fugas de escravos da, Província de São Pedro para o além-fronteira (1815-1851). Passo Fundo: UP. a
O livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina: à procedência destes, seus aspectos físicos, suas atividades, suas vestimentas, seus cultos, suas festas, as relações com os senhores — destacando os castigos, as fugas, os crimes, os quilombos e as afeições — suas doenças e mortes. Descreve, também, movimentos políticos, jornais, clubes e homens abolicionistas. Também, aborda a contribuição do negro para a cultura popular catarinense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PIAZZA, Walter Fernando. II Mesa redonda — escravidão negra no Brasil. Anais
do 1 Encontro Estadual de História, Anpuh/SC, p. 49-56, 1990.
O texto faz parte de uma mesa redonda de discussão em que estiveram Sílvia Lara e Ilka Boaventura Leite para discutir a escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo Departamento de História, realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1888. Piazza analisa a proibição de escravos nas colônias em Santa Catarina tais como a do Caí e Dona Francisca. Mas ali, apesar das proibições, houve negociação de escravos. O autor vai mencionar o tráfico interno e a venda de cativos para a região de Campinas; a fuga dos escravos para os Estados Unidos em navios na busca de liberdade e o movimento abolicionista em Santa Catarina. Acervo: ANPUHSC.
Editora, 2006. 151 p.
O autor estuda as fugas dos escravos ocorridas no Rio Grande do Sul na busc de um conhecimento mais abrangente sobre certos aspectos da sociedade ri grandense do século XIX. Considera as fugas como elementos singulares da resistência escrava, com conteúdos políticos próprios.
PETIZ, Silmei de Sant Ana. Buscando a liberdade: As fugas de escravos da província de São Pedro para o além-fronteira (1815-1851). Porto Alegre: UFRGS, 2001. 185 f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grand
do Sul, 2001.
A dissertação analisa a resistência à escravidão no Rio Grande do Sul segund suas particularidades, tais como a condição de fronteira. O autor analisa a fac -. lidade das fugas devido à sua extensão e à falta de fiscalização, além do uso d negros como soldados. A partir da análise das fugas, identifica característic dos escravos como origem, costumes e condição física. Analisa, ainda, a inse ção cotidiana desses escravos fugidos. Acervo: BSCSH/UFRGS. PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianó H A polis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p.
170
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Escravidão, imigração e abolição: considerações sobre o Rio Grande do Sul no século XIX. Anais da VIII Reunião Anual da SBPH — São Paulo/SP, p. 53-62, 1989. O artigo procura relativizar a afirmação de que a imigração foi central para que ocorresse a abolição, apontando que ambos os processos deram-se paralelamente e de uma forma não-homogênea — apresenta alguns dados estatísticos sobre imigrantes e escravos destacando a heterogeneidade do Rio Grande do Sul. EvidenCia, ainda, a participação dos negros na abolição, apresentando alguns dados sobre quilombos, insurreições, levantes e insubordinações. Acervo: BCPUCRS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. A resistência escrava no Rio Grande do Sul: reação ou afirmação? Estudos Ibero-Americanos, v. XVI, n. 1 e 2, p. 24152, jul./dez. 1990. O artigo descreve as muitas formas de resistência que o sistema escravista do Rio Grande do Sul apresentou, destacando os quilombos, as fugas para o interior da própria sociedade escravista, as fugas para o Estado Oriental, as revoltas, as insurreições, as agressões, os homicídios, os suicídios e os estupros. Apresenta essas resistências como uma reação ao sistema escravista e como uma afirmação dos negros frente aos brancos. Acervo: BCPUCRS. 171
do português João Cardoso Jaques, marinheiro desertor do dito Brigue Americano. Este, além de relatar o crime de aliciamento de escravos, ainda falou do excesso de castigos sofridos pela tripulação do navio por ordem do Capitão, motivo que o teria feito desertar”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Porto Alegre — meados do século XIX: a cidade negra. Anais da X Reunião Anual da SBPH, Curitiba/PR, p. 41-7, 1991. O artigo descreve a presença de escravos e forros em Porto Alegre, em meados do século XIX, relacionada às transformações ocorridas no período. Apresenta dados demográficos e sobre a origem dos escravos, as funções exercidas por estes e as suas resistências. Acervo: BCPUCRS.
REBELATTO, Martha. Fugas escravas e quilombos na Ilha de Santa Catarina, século XIX. Florianópolis: UFSC, 2006. 149 f. Dissertação (Mestra do em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. 4 Resistência Escrava no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Cadernos de Estudo Pós-Graduação História UFRGS, 1992. 64 p. O artigo procura demonstrar as diversas formas de resistência à escravidão no Rio Grande do Sul, apresentando a transcrição de diversos documentos ordenados de forma temática conforme o tipo de resistência e cronologia. Acervo: BSCSH/UFRGS.
REBELATTO, Martha. Fuga de escravos em Desterro na década de 1850. Anais
|
do X Encontro Estadual de História, ANPUH/SC, História: Trabalho, Cultura e
À
Poder, p. 363-6, 2004.
q
“A dissertação trata das fugas escravas na Ilha de Santa Catarina durante do século XIX. A pesquisa baseou-se na análise dos anúncios de fuga publicados em jornais, da correspondência entre Presidente da Província, Chefe de Polícia, Subdelegados e Juízes, bem como de processos envolvendo escravos fugitivos. Percebe-se uma rede intensa e rica de relações entre os escravos e destes com a comunidade. A fuga era produto de um cálculo entre as vantagens e as dificuldades a que o escravo estava exposto no cativeiro e as que encontra ria em uma fuga. A análise da alternativa de fugir ou permanecer estava na dependência do entendimento das relações interpessoais, das condições do cativeir o e da sociedade em que estava envolto. O trabalho analisa o perfil dos escravo s e aponta suas rotas de fuga”. Acervo: BCUFSC.
O artigo tem como objetivo traçar um panorama das fugas de escravos em Des- : terro na década de 1850. A principal fonte utilizada foram anúncios retirados de jornais da época que anunciavam escravos fugitivos. Através da análise desses |
anúncios, o artigo traça um perfil dos escravos fugitivos em Desterro destacan- É do idade, sexo, profissão, origem e algumas motivações dos cativos para as . fugas. Acervo: ANPUHSC. É
REBELATTO, Martha. A bordo do Higkland Mary of Sag Harbor: uma tentativa de fuga escrava (Desterro, 1868. A bordo do Higkland Mary of, Sag Harbor). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional,
2005. 1 cd-rom.
O artigo descreve os diversos atos de rebeldia e as ações praticadas dentro dos espaços institucionais abertos pelo sistema escravista, praticados pelos escravos em busca da liberdade e referidos nos jornais da Província de Minas Gerais. Destaca as fugas, as negociações e acordos e o contato com abolicio nistas. Acervo: BCPUCRS.
]
,
O objetivo desse artigo é “seguir algumas pistas que dêem luz às articulações feitas entre os próprios escravos, entre escravos e marinheiros ou com a comia nidade local, para viabilizar a fuga. Para isso, pretende-se seguir os rastros da um caso mal-sucedido, que acabou resultando em inquérito policial. O fato ocor- | reu no ano de 1868, quando sete escravos foram capturados já dentro do Brigue ] Baleeiro Norte Americano denominado Higkland Mary of Sag Harbor, que es. | tava ancorado defronte à ilha das Aranhas. A investigação seguiu para averiguar | a culpa do Capitão do respectivo baleeiro por permitir que escravos fugitivos” fizessem parte de sua tripulação. Para isso, a polícia contou com o depoimento 4
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REIS, Liana Maria. Escravos e abolicionismo na imprensa mineira (1850-1888). Estudos Ibero-americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 287-98, jul./dez. 1990.
RIBEIRO, José Iran. O mato como local de (in)segurança. Anais do VI encontro da ANPUHIRS, 2002. O artigo analisa as diversas percepções dos espaços florestais. Entende que os habitantes do Rio Grande do Sul, no início do século XIX, compre endiam esses lugares a partir de dois pontos de vista: de fora de seus limites, vendo o mato como lugar no qual viviam bandidos, desertores, escravos fujões, entre outros “facinorosos”, e de dentro desses limites, considerando o mato como o único lugar de relativa proteção frente às possíveis incursões de busca. Acervo: ANPUHRS.
173
O artigo descreve a utilização de venenos por escravos contra seus senhores E; também, para cometer suicídio. Destaca as relações sociais estabelecidas para a aquisição das drogas e elaboração de feitiços. Acervo: BCPUCRS.
RUIZ, Emesto A. Fuga de Escravos em Nossa Senhora do Desterro (1850 -1888).
Anais da XII Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, p. 153-9, 1993. O artigo descreve as fugas de escravos em Desterro, classificando a estas segundo as idades dos fugitivos, a cor da pele, suas origens e sexo. Apresenta, também, dados demográficos de Santa Catarina. Acervo: BCUNISINOS.
SILVA, Vera Regina Rodrigues da. Remanescentes de quilombos. In: AMARO,
Luiz Carlos; MAESTRI
FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e reali-
dade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 134-7.
SILVA, José Bento Rosa da. “A praga da escravidão”: o escravo Paulo, vítima e réu (Comarca de Itajahy, 1885). In: KLANOVICZ, Jó; SOUZA, Rogério. His;
O artigo analisa, brevemente, a inserção das comunidades remanescentes de quilombos na ótica governamental de promoção da igualdade e políticas públicas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
tória: Trabalho, Cultura e Poder. Anais do X Encontro Estadual de História,
ANPUH/SC. Florianópolis: ANPUH/SC, 2004. p. 340-1. O artigo visa à análise das diferentes informações contidas nos jornais sobre ou crime cometido por Paulo, as quais o colocavam como vítima da escravidão e ú culpado pelo crime. Acervo: ANPUHSC.
SILVA, Mozart Linhares da. Eugenia, antropologia criminal e prisões no Rio | Grande do Sul. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2005. 117 p. O livro reúne dois textos. O primeiro, dividido por sua vez em duas parte circunscreve dois períodos estruturais na história do sistema penitenciário, com destaque para o Rio Grande do Sul: a Escola Clássica de Direito Penal e o advento da antropologia criminal e da medicina legal. O autor utiliza dados do período de 1850 e 1930 tais como cor, etnia, faixa etária, tipologia de crimes cometidos, instrução, naturalidade e nacionalidade, profissão, entre outros. O
SIMÃO, servil na PUCRS, Católica
Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: aspectos da vida cidade de Pelotas, na primeira metade do século XIX. Porto Alegre: 1993. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 1993.
“Analisa a questão da resistência à acomodação servil, a partir do estudo da escravidão na cidade de Pelotas, na primeira metade do século passado. Estuda aspectos singulares no cotidiano do cativo urbano tais como as manumissões, a resistência, a família, a sexualidade e a saúde. Repensa as relações existentes entre a população cativa, forra e livre em meio urbano, enfocando a flexibilidade que as norteou. Na discussão sobre as teorias que vêem o escravo como acomodado ao sistema escravista ou absolutamente resistente à sua condição servil, revela que o cotidiano do escravo foi marcado pela constante procura de melhores condições de vida, busca essa que ora se fez através de duras oposições ao escravismo ora de forma perspicaz”. Acervo: BCPUCRS.
SILVA, Róger Costa da. Muzungas: consumo e manuseio de químicas por é cravos e libertos no Rio Grande do Sul (1828-1888). Pelotas: Editora da Un
SIMÃO, Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: a escravidão ur-
versidade Católica, 2001. 153 p. O livro, proveniente de dissertação de Mestrado, analisa o manuseio de quími: cas ardilosas como forma de resistência, destacando o uso de venenos por € cravos contra seus senhores, o uso de feitiços para “amansá-los” e, tambér para cometer suicídios. Descreve, também, o consumo de químicas como o á cool, o tabaco e a maconha, relacionando-o aos espaços sociais. Procura, aindé » investigar como essas drogas eram adquiridas. Acervo: BCPUCRS. SILVA, Róger Costa da. Químicas ardilosas: os venefícios escravos. Históric n. 5, p. 255-66, 2001.
174
bana em Pelotas, RS, (1812-1850). Passo Fundo: UPF, 2002. 155 p.
|
Essa publicação tem como base a dissertação de Mestrado da autora. No livro, elabora uma reflexão histórica sobre a escravidão no Brasil e no Rio Grande do Sul, destacando a escravidão urbana e suas peculiaridades. A cidade de Pelotas e a indústria do charque são analisadas segundo a importância que tiveram no contexto socioeconômico. É sublinhado também o processo de alforria e as possibilidades de mobilidade social; as formas de resistência do escravo em meio urbano tais como suicídios, homicídios, lesões corporais e crimes contra a propriedade; construção de família escrava; condições de saúde em meio urbano. Para o desenvolvimento do trabalho, a autora utilizou fontes primárias tais como
175
ZANETTI, Valéria. Calabouço urbano: escravos e libertos em Porto Alegre (1840 — 1860). Passo Fundo: UPF, 2002. 240 p.
as cartas de alforria, processos-crimes, registros de batismo, casamentos e óbi-
tos, registros de doenças e enfermos da Santa Casa de Misericórdia.
TEIXEIRA, Luana. Entre a serra e o litoral: fugas e quilombos na fronteira leste do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional. 2005. 1 cd-rom.
| |
“A partir do processo de titulação do território remanescente de quilombo da | comunidade de São Roque iniciou-se a pesquisa histórica apresentada nessa É comunicação. São Roque localiza-se na fronteira entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e tem a história de um passado escravista ligado à | região serrana do nordeste rio-grandense. Para a compreensão da formação de | um quilombo nessa região, pesquisamos a sociedade escravista na antiga cidade | de São Francisco de Paula de Cima da Serra focando dois eixos de análise: relações de domínio senhorial e resistência escrava. Trabalho escravo, vigilância e família bem como fugas reivindicatórias e definitivas são temas tratados, j nessa comunicação”. Acervo: BSCSH/UFRGS. VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. Escravidão e sociedade. In: FLORES, Moac
O livro descreve o cotidiano dos forros e dos escravos que viveram em Porto Alegre entre 1840 e 1860, relacionando ao processo de transformações ocorrido na cidade nesse período. Enfatiza a resistência dos escravos urbanos, a vida amorosa e familiar, as relações sexuais, os crimes e as manifestações enibraio destes e dos libertos. Apresenta, ainda, algumas reflexões sobre a historiografia acerca do escravo urbano. Acervo: BCPUCRS. ZARTH, Paulo Afonso. O negro na sociedade escravista do sul. Contexto e Educação — Ijuí, ano 3, n. 12, p. 44-58, 1988.
O artigo demonstra as arbitrariedades a que estavam sujeitos e a que reagiam os «escravos e examina o papel do escravo nas estâncias serranas e as condições em que ocorreu a transição para o trabalho livre na região. Acervo: BSCSH/UFRGS.
t,
Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 135-46. 1 O artigo descreve, brevemente, a escravidão no Rio Grande do Sul, a partir de depoimentos de descendentes de escravos, enfatizando as charqueadas e as red sistências como rebeldias e quilombos. Acervo: BCPUCRS. VENTURELLA, Ana Lúcia Torresini. Índios e negros na literatura: a ótica do viajantes franceses. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 91-102. O artigo analisa como e os índios no Rio Grande dade racial dos brancos sofridos pelos escravos.
por que os viajantes franceses descreveram os negros > do Sul. Destaca a crença desses viajantes na superio | e apresenta como alguns relatos criticavam os castig É Acervo: BCPUCRS.
VILAS, Paula Cristina. A voz dos quilombos: na senda das vocalidades 2 brasileiras. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 24, p. 185-197, jul./dez. 20) O artigo apresenta uma reflexão sobre a vocalidade nas performances culturail tradicionais, entendendo a oralidade acrescida da dimensão “incorporada” vocal na produção histórico-social. Acervo: Periódicos Capes.
176
177
ALVES, Antônio Carlos Cardoso. O perfil do negro pós-moderno. Textura, n. 4, p. 97-104, jan./jun. 2001.
Cultura
O artigo analisa diversos processos históricos de discriminação sociorraciais e as formas como os negros vêm adaptando sua cultura, para traçar um perfil do negro pós-moderno. Acervo: BCPUCRS. ACRI, Edson. O gaúcho: usos e costumes. Porto Alegre: Grafosul, 1985. 180 p. O livro descreve a cultura gaúcha destacando as populações que formaram o À
AMARO,
Rio Grande do Sul: a indumentária, o tradicionalismo, as revoluções e as guer-
ros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. 143 p.
|
ras apresentando diversas ilustrações. O negro aparece, brevemente, como im- | portante construtor do Estado, enfatizando sua presença nas charqueadas e par- | ticipação nas guerras. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Luiz Carlos; MAESTRI
FILHO,
Mário José (orgs.). Afro-brasilei-
O livro consiste na compilação de diversos artigos e textos de autores sobre os afro-brasileiros versando sobre religião, carnaval, racismo, história da África,
ações afirmativas, sindicalismo, educação, saúde, quilombos e comunidades remanescentes, participação na Revolução Farroupilha e família escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ALENCAR, Francisco; BALDIN, Nelma; CZESNAT, Ligia. VI — Debate — Li vro didático e preconceito racial. Anais do II Encontro de História Estadual |, Anpuh/SC, p. 106-42, 1990.
ANDRADE,
Trata-se da discussão efetuada em uma mesa redonda apresentada no simpósio |
Província de São Pedro, n. 19, p. 123-32, 1954.
Mário Pinto de. Poesia negro-africana de expressão portuguesa.
O artigo descreve aspectos da cultura de origem africana — da “alma negra” — apresentando poesias de negros portugueses, em diversos países colonizados por Portugal. Acervo: BCPUCRS. nova história na qual se recupere a experiência de agentes tais como o índio, a, | mulher e, principalmente, o negro — antes, seguidamente excluídos. Acervos - ANPUHSC.
ARAÚJO, Thiago Leitão de. Santa Misericórdia: caridade cristã — instituição escravista. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.
“A pesquisa teve como objeto 397 crianças enjeitadas na Roda dos Expostos de Porto Alegre entre, 1867 a 1875. Fez-se um estudo comparativo com o Rio de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“As culturas africana e indígena estão inseridas na sociedade brasileira de for- | ma tão profunda que se torna impossível delimitar suas influências. A interação |q entre africanos e indígenas quanto ao uso dos temperos na cozinha, como a. 4 pimenta malagueta, pode ser compreendida como um dos muitos pontos de apro- | ximação e assimilação entre as duas culturas. O novo mundo americano usu- | fruía da pimenta malagueta capsicum a partir do índio; da mesma forma, a ma- |
Janeiro, onde após 1871, houve um aumento significativo de crianças “negras” e “pardas” enjeitadas. Embora não encontrando o mesmo aumento no caso de Porto Alegre, o que mais chamou atenção foi a 'racialização” encontrada na divisão do espaço hospitalar e a discriminação de “negros” e “pardos”. Tendo feito um levantamento dos principais membros da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia, concluiu-se que estes correspondem à elite política e econômica da Província; o mesmo sendo verificado para o caso da Bahia e do Rio de Janeiro. Portanto, além da apresentar os resultados parciais da pesquisa, “caridade cristã” é compreendida e relacionada a questões como prestígio, subordinação e controle social”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
bém o conhecimento milenar africano”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
178
179
ARRIDA, Eduardo. Pai Felipe: um episódio de charqueada e/ou aspectos temáticos da obra de Alberto Coelho da Cunha. História em Revista, v. 3, p. 85-98,
e o Compromisso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (1756). A partir da leitura desse material faz-se algumas considerações acerca da convivência entre escravos, libertos e livres no interior da confraria percebendo-a como um espaço privilegiado de sociabilização. Acervo: BSCSH/UFRGS.
nov. 1997.
“O texto tem como objetivo o resgate da obra de Alberto Coelho da Cunha. Buscou-se, a partir da (re)publicação do conto Pai Felipe: um episódio de charqueada, ressaltar a importância da literatura como componente fundamental do “fazer história”. Tem-se presente nesse relato não apenas uma propaganda abolicionista, mas dados concretos sobre a violência da escravidão nas charqueadas”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ASSUMPÇÃO, Euzébio. Por que não festejo o 20 de setembro. In: ASSUMP- | ÇÃO, Euzébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afro-gaúchos. Porto .! Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1998. p. 19-21. O artigo analisa, de forma sucinta, a Revolução Farroupilha e a questão dos negros, destacando a traição de Porongos e como ela foi esquecida na idealiza- | fi ção dessa Revolução. Acervo: FBC/UFRGS.
AZAMBUJA, Darcy. Negrinho do pastoreio. Província de São Pedro, n. 2, p. À 107-9, 1945. O artigo consiste no relato da lenda do Negrinho do Pastoreio, a qual enfatiza a É questão da violência contra os escravos. Acervo: BCPUCRS.
AZEVEDO, Celia Maria Marinho de. A recusa da “raça”: anti-racismo e cida- ' dania no Brasil dos anos 1830. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 24, p. 297-.
| | |
BAHY, Cristiane Pinto. Rosário das Contas Negras: a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário de Viamão. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUH/ RS, p. 146, 2004. O trabalho versa sobre a irmandade de Nossa Senhora do Rosário, de Viamão, fundada em 1756, a qual possuía como irmãos, escravos, forros e livres, destacando a experiência dos escravos e as fontes primárias. Acervo: ANPUHRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Negros e índios: história e literatura. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS,
1994. p. 103-7. O artigo analisa brevemente a importância de relacionar história e literatura e enfatiza a necessidade de resgatar os negros e os índios como atores sociais. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BARBOSA, Fidélis Dalcin. O negrinho do pastoreio. In: BARBOSA, Fidélis Dalcin. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: EST, 1983. p. 117-8. Relata a lenda do Negrinho do Pastoreio e descreve sucintamente a presença do escravo no Rio Grande do Sul, de sua chegada à abolição, apresentando breves dados populacionais. Acervo: ULBRA.
320, jul./dez. 2005. O artigo busca analisar a associação paradoxal entre os conceitos de raça e. racismo, demonstrando as lutas anti-racistas do período Regencial e a negação. destas quanto ao reconhecimento de raças. Acervo: Periódicos Capes.
BAHY, Cristiane. Rosário de contas negras: a Irmandade de Nossa Senhora do À Rosário dos pretos do Arraial de Viamão (1780-1820). Anais eletrônicos do IH | Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O texto apresenta a confraria do Rosário, composta por escravos libertos e e vres, tanto homens quanto mulheres. A análise tem como fontes primárias os. documentos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário tais como o Livro de | Despesas de Festas (1755 a 1767), o Livro de Entrada de Irmãos (1773 a 1816) |
180
BARCELLOS,
Daisy et al. Comunidade Negra de Morro Alto: historicidade,
identidade e territorialidade. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 484 p. O livro relata, de forma multidisciplinar, a comunidade negra de Morro Alto, destacando a ocupação histórica do território, as resistências no período escravista, a passagem de cativo a liberto, a formação do quilombo, as relações de parentesco, a religiosidade, o território geográfico e a espacialidade social, e a situação atual para o reconhecimento como remanescentes de quilombos. Acervo: BCUNISINOS.
BARCELLOS, Daisy Macedo de. Espaço branco, beleza negra: relações raciais revisitadas. Humanas, v. 22, n. 1/2, p. 109-26, 1999.
181.
O artigo analisa os eventos rituais e festivos como elementos importantes na constituição da territorialidade e da identidade das comunidades negras rurais, Descreve as festas e outras características de diversas comunidades. Acervo; BSCSH/UFRGS.
“O artigo analisa as relações inter-raciais em Porto Alegre; Rio Grande do Sul, a partir do exame de uma situação de confronto entre negros e brancos num concurso de beleza ocorrido entre 1984 e 1986. Aborda questões de identidade étnica, regional e nacional através das manifestações publicadas na imprensa daquele período”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. A escravidão no século XIX na região norte gaúcha: os casos de Cruz Alta e Palmeira das Missões. Anais do VI encon-
BASTIDE, Roger. As congadas do sul do Brasil. Província de São Pedro, n. 10, p. 167-9, 1947.
tro da ANPUHY/RS, 2002. 1 cd-rom.
O artigo descreve alguns aspectos das congadas, a partir da obra de Laytano, As congadas no município de Osório, e de comparações a festas em outras regiões do país. Acervo: BCPUCRS.
À
BASTIDE, Roger. O Batuque de Porto Alegre. In: Sociologia do folclore brasi-
|
leiro. São Paulo: Anhambi,
1959. p. 236-49.
|
Descreve os vários orixás cultuados em Porto Alegre, fazendo uma comparação com aqueles cultuados no norte. Descreve também os cultos africanos realizados em Porto Alegre. Acervo: BPERGS.
| |
BASTIDE, Roger. As congadas no sul do Brasil. Cadernos CERU, n. 10, p. 59-
|
62, nov. 1977.
Essa edição da revista dedica um grande espaço à transcrição de publicações (especialmente em jornais) de Roger Bastide. O artigo em questão trata das congadas a partir do trabalho de Dante de Laytano intitulado As Congadas no município de Osório, o qual descreve a história do município, diversos aspectos da congada e sua evolução. Acervo: BSCSH/UFRGS.
| | | |
Alegre: Editora da Universidade — UFRGS, 1991. 87 p. x
BOSI, Vanessa Rolim. “O arquivo vivo do passado distante”: trajetórias do preto Aurélio Viríssimo Bittencourt — burocrata, literato e abolicionista. Anais do
VII encontro da ANPUHYRS, p. 136, 2004. 1 cd-rom. O trabalho busca analisar a trajetória do “negro” Aurélio Viríssimo de Bittencourt durante o Império e a República, destacando sua atuação como escritor, como homem de confiança de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, na campanha abolicionista, no campo religioso e na comunidade afro-descendente. Acervo: ANPUHRS.
BRIGNOL,
Juliani Moreira. Bordados do destino: saberes das mulheres afro-
descendentes na passagem do século XIX ao XX na capital de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2003. 161 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.
BERNARD, Zilá; BAKOS, Margaret M. O negro: consciência e trabalho. Porto mn
. AP 26: b Transcreve trechos de documentos históricos e textos literários que fazem referên- ] cia à escravidão e à consciência negra, contendo breves análises ao final de cada | documento. Apresenta temas como: quilombos, alforrias, imprensa negra, trabalho | escravo e a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BSCSH/UFRGS. 2.
O artigo tem por objetivo abordar a presença e a importância do negro escravo na região do Planalto Médio Gaúcho. Pretende comprovar o número significativo de batismo de escravos que tinham como padrinhos homens livres, considerando que, na procura do sacramento do batismo, ampliavam os laços entre cativos e livres, de apadrinhamento e compadrio. Acervo: ANPUHRS.
BITTENCOURT JUNIOR, Iosvaldyr Carvalho. A dimensão ético-estética como |
“O trabalho aborda o cotidiano das mulheres afro-descendentes entre o final do século XIX e as primeiras décadas do XX. Tem como objetivo analisar as mulheres como detentoras de saberes ligados ao corpo, à saúde, à doença e ao universo feminino, e que herdaram seus conhecimentos de ancestrais, transmitidos através da oralidade, permitindo a adoção de práticas solidárias e contornos de identidade, a fim de burlar as estratégias médico-higienistas que assolaram a cidade desde o final do Império brasileiro”. Em seu primeiro capítulo enfoca o debate entre práticas populares (de origem africana) e os discursos higienistas. Acervo: BCUFSC.
modo de afirmação da identidade étnica e da consolidação territorial nas comu- | nidades negras rurais. Humanas, v. 25, n. 1 e 2, p. 09-31, 2002 e 2003. 182
183
composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escravos apresenta dados demográficos e sobre a origem destes, suas funções, suas festas, suas vestes, seus feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondade de muitos senhores, as irmandades das quais participavam, as fugas e crimes que cometiam, as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Refere-se, para isso, aos relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
CABRAL, João de Pina. Crises de fraternidade: literatura e etnicidade no Moçambique pós-colonial. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 24, p. 229-53, jul./dez. 2005. O artigo utiliza a literatura para analisar os conflitos existentes no Moçambique no período pós-colonial, definidos como crise de fraternidade. Acervo: Periódicos Capes. CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Medicina, médicos e charlatões do passado. Florianópolis: Imprensa Oficial do Estado, 1942. 292 p. O livro descreve a chegada dos primeiros médicos licenciados em Santa Cata- | rina, destacando que, antes destes, o povo “palpitava” sobre as doenças e sua | cura e recorria a curandeiros — que eram “brancos entendidos ou negros ve- 4
lhos”. Descreve os procedimentos desses curandeiros e dos médicos. Apre- | senta, também, descrições das doenças mais recorrentes em Santa Catarina. | Acervo: IHGRS.
CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Notícia histórica da Irmandade da Nossa sei | , nhora do Rosário e São Benedito. Florianópolis: 1950. O autor faz uma narrativa sobre a fundação da irmandade e a dificuldade para, a eleição de membros,
O texto analisa as populações de origem africana na Ilha de Desterro. O autor vai ressaltar a importância de se considerar a população escrava, as atividades por eles desenvolvidas, suas participações em irmandades religiosas, entre outros aspectos. Acervo: BCPUCRS.
CARDOSO, Paulino; SIMÃO, Maristela; STAKONSKI, Michele. Irmandades e confrarias católicas de africanos e afro-descendentes em Desterro no Século XIX. Anais eletrônicos XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006. 1 cd-rom.
localizar seus documentos mais antigos. Ele cita as festas religiosas, a constru-| 1] ção da igreja, o compromisso,
CARDOSO, Paulino de Jesus. Nem tudo era açoriano: algumas experiências de populações de origem africana na ilha de Santa Catarina no século XIX. In: PEREIRA, Nereu do Vale (org.). 4 ilha de Santa Catarina: espaço, tempo e gente. Florianópolis: Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, 2002. p. 229-45.
a iniciativa de libertar |
À comunicação tem como objetivo discutir as experiências das populações de origem africana na cidade de Desterro do séc. XIX. O autor apresenta algumas informações sobre sua pesquisa a respeito de irmandades e confrarias religiosas, especialmente as de N. Sra. do Rosário, São Benedito e N. Sra. do Parto, organizadas por cativos, libertos ou “homens livres de cor”, investigando suas formas de organização, interação cultural e controle social. Acervo: ANPUHSC.
escravos e a preocupação com a educação. Traz, ainda, uma ilustração de Nossa Senhora do Rosário e outra de São Benedito, além de transcrever alguns docu- | mentos. Acervo: BCUFSC.
CABRAL, Osvaldo Rodrigues. As danças de congos no sul do Brasil. Provin.. cia de São Pedro, n. 15, p. 102-5, 1951.
O artigo descreve as congadas, seu cerimonial, seus personagens, suas músicas, | além de destacar sua influência católica. Cita as congadas na Lapa, no Paraná Acervo: BCPUCRS. CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Desterro: Notícia Histórica ] II. Florianópolis: Imprensa da UFSC,
1972.
CARNEIRO, Edison. Mães de Santo. Província de São Pedro, n. 11, p. 51-3, 1948.
O artigo descreve o candomblé e suas entidades, especialmente o papel das mães-de-santo. Acervo: BCPUCRS.
CARVALHO, Alfredo de. Uma visita a Santa Catarina em 1803-1804. Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, v. 4, p. 3-32, 1915.
4
O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Desterro, destacando os pro- | dutos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também, o uso da água, as.
vestimentas, os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das Igrejas e | Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, sobre a qual o autor enfatiza ser |M
O artigo descreve a visita de Krusenstern a Santa Catarina, apontando os aspectos naturais, econômicos, demográficos, sociais e culturais. Refere-se, em alguns momentos, ao viajante Langsdorff. Cita os escravos quando trata das fun-
1
184
185
alguns ções econômicas, das vestimentas e da demografia. Evidencia, também, IHGRS. Acervo: aspectos do tráfico transatlântico.
Brasil. Tem como universo de pesquisa os romances publicados no período 18441890. Acervo: BCPUCRS.
scenCHAGAS, Miriam de Fátima. A política do reconhecimento dos “Remane 209p. 15, v. ógicos, tes das Comunidades dos Quilombos”. Horizontes Antropol
CONFORTO, Marília. O cesto na cabeça. O trabalho escravo urbano na literatura do século XIX. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: Literatura e História. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 191-200.
iO artigo enfoca os limites e as possibilidades de reconhecimento das especific ] comunidas scentes “remane dades culturais e sociohistóricas dos denominados regua assegura que dades dos quilombos”, a partir de um direito constitucional / larização de suas terras. Analisa os laudos antropológicos e os exemplos etnográficos que estes trazem. Acervo: BCPUCRS.
O artigo analisa diversas obras literárias do século XIX nas quais aparece o trabalho escravo urbano, demonstrando a concepção do trabalho com esforço físico como algo degradante, enfatizando que o escravo estava muito integrado
35, jul. 2001.
no COLAÇO, Thais. O escravo no carnaval da cidade de N. S. do Desterro Histó-. a Pesquis de ra Brasilei de Socieda da século XIX. Anais da VIII Reunião
rica, p. 139-41, 1989.
O artigo descreve a participação dos escravos no carnaval em relação com a cam: panha abolicionista. Destaca que os escravos tinham suas festas rela qui eram proibidos de participar dos divertimentos “próprios de brancos”, mas S BCPUCR Acervo: divertir. se mesmo assim, muitas vezes, arriscavam-se para
poli COLAÇO, Thais Luzia. O carnaval no Desterro do século XIX. Florianó de San UFSC, 1988. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal
Catarina, 1988. no período Analisa o carnaval na cidade de Nossa Senhora do Desterro (SC)
1832-1900 e o entrudo como um tipo de manifestação carnavalesca presen e das | nessa região. Investiga a existência do carnaval nos moldes franco-itálicos sa-. de diversas sociedades carnavalescas em Desterro, salientando 0 carnaval e lão. Aponta o caráter comercial, a repressão legal e ideológica, a crítica com relação sua e externas ias influênc as como sátira feitas no carnaval, bem escravidão. Acervo: BCUFSC. lit y CONFORTO, Marília. O escravo de papel. O cotidiano da escravidão na (Mestras: ção Disserta f. ratura do século XIX. Porto Alegre: PUCRS, 1993. 108 1993, do em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, apr Esse trabalho aborda o cotidiano de escravos na literatura do século XIX, n€ | cativos pelos sofridos sentando a situação do trabalho escravo e os castigos
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à vida das cidades, entre outros aspectos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CONFORTO, Marília. A escravidão no romance 4 Divina Pastora. In: SEFFNER, Fernando. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial, Porto Alegre, 1995. p. 73-9. Analisa o romance 4 Divina Pastora, escrito em 1847, por Caldre e Fião. Enfatiza os aspectos da escravidão contidos no texto, comparando esses aspectos da ficção com o contexto do período em que foi escrito. Acervo: BSCSH/UFRGS. CONFORTO, Marília. Pano de fundo, cancro social, vítima e cidadão: muitas faces da personagem escrava na literatura brasileira do século XIX. Cadernos da FAFIMC, n. 22, p. 101-11, ago./dez. 1999.
O artigo refere-se à tese de Doutorado da autora que aborda a questão do escravo como personagem ficcional e o discurso escravista na narrativa brasileira do século XIX. A autora analisa 25 romances entre 1844-1888. “A análise de vários momentos discursivos não só pretende constituir-se em uma abordagem do tema da escravidão, mas também contribuir para a discussão da difícil integração do negro na sociedade brasileira contemporânea”.
CORRÊA, Norton. O batuque do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1992. “Apresentado originalmente como dissertação de mestrado em Antropologia, na UFRGS, em 1989, o livro nasceu do estreito convívio de Corrêa com sacer-
dotes e filhos-de-santo do batuque, especialmente nos templos de Ester de Temanjá e Moça de Oxum, nos quais pesquisou por mais de dez anos. O autor reconstitui a presença do negro na história rio-grandense e examina rituais como a iniciação e o aressum (funeral). Apresenta os orixás (os deuses) e a cosmovi-
187
DAMASCENO,
são batuqueira (a partir da simbologia da cruz e da encruzilhada).” O livro foi reeditado com o título O batuque do Rio Grande do Sul: antropologia de uma religião afro-rio-grandense, pela Editora Cultura & Arte em 2006 (296 p.).
Athos. Apontamentos para o estudo da indumentária no Rio
Grande do Sul. Fundamentos da cultura rio-grandense, 2º série, p. 67-97, 1957,
O artigo descreve as indumentárias no Rio Grande do Sul, desde 1747, de bran-
cos, índios e negros. Destaca o problema das fontes, citando a tradição oral, o
relato de viajantes e as fontes contemporâneas à elaboração do auigo (evidenciando as religiões africanas). Acervo: BSCSH/UFRGS.
CORRÊA, Norton. A cozinha é a base da religião: a culinária ritual no Batuque do Rio Grande do Sul. Horizontes Antropológicos, v. 04, p. 49-61, jan./jun. 1996.
DIXON, Sandra. África vista desde fuera y desde dentro: la poesía afroespafiola de las Antillas y de Guinea Ecuatorial. Textura, n. 8, p. 5-9, abr./out, 2003.
“Batuque é uma religião afro-brasileira característica do RS. Presente no Estado há, talvez, um século e meio, assimilou diversos elementos da cultura regional. Tal como muitas outras divindades, das também muitas outras religiões do
O artigo “analisa as visões sobre a África, ressaltando a poesia afro-antilhana, na qual a Áfricaé representada como força espiritual e como um passado nobre,
mundo, as do batuque “comem”. E o mesmo ocorre com os espíritos dos mortos. A comida sagrada, aqui, é moeda principal na economia das trocas simbólicas entre esses seres sobrenaturais e os homens.
Mas ela também
evidenciando que essas representações eram necessárias para manter a identidade de um povo escravizado. Evidencia, também, que um poeta da Guinea Equatorial refere-se a África como terra de promessas, de presente, passado e futuro”. Acervo: BCPUCRS.
permeia o
grande quadro de relações humanas que o culto envolve e que extrapolam a “comunidade batuqueira” e espraiam-se pela sociedade rio-grandense. O trabalho enfoca as principais dimensões que a culinária sagrada do batuque ocupa, tanto no culto em si como na sociedade inclusiva”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
DOS ANJOS, José Carlos Gomes; ALMEIDA, Luciana Schleder Modernidade e
CORREA, Silvio M. S. A imagem do negro no relato de viagem de Alvise Ca-
anti-modernidade na memória coletiva construída nos territórios negros: São Miguel
|
damostro (1455-1456). Politéia História e Sociedade, Edições UESB, Bahia, v.
dos Pretos na Restinga Seca — RS. Humanas, v. 25,n. 1 € 2, p. 33-66, 2002 e 2003.
02, n. 1, p. 99-129, 2002.
“O artigo pretende analisar
“A literatura de viagem oferece à pesquisa histórica uma valiosa fonte documental. Para o caso africano, os relatos de viajantes constituem fontes sui generis para a reconstrução de sua história. A descrição de Viagens à África Negra
espaço de nomadismo identitário, relacionando essa memória com a construção de significados de uma identidade étnica territorializada e questionando se essa identidade é capaz ou não de fornecer as bases para projetos políticos emancipatórios”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
|
(1455-56), do veneziano Alvise Cadamosto, é um dos primeiros relatos moder-
À
nos sobre a costa ocidental africana e suas gentes. Sua importância documental para os estudos etno-históricos deve-se, principalmente, a sua relativa imparcialidade e objetividade. O testemunho de Cadamosto sobre aquele encontro singular entre europeus e africanos constitui uma fonte ímpar para a investigação histórica e etnográfica. Destacar alguns elementos sobre a imagem moderna do negro africano dos meados do século XV é o escopo desse artigo”.
| | | | | |
a memória coletiva dos territórios negros como um
ESPÍNDOLA, Elizabete Maria. Cruz e Souza: modernidade, mobilidade e expe-
riências africanas em Desterro nas últimas décadas do.século XIX. Anais Eletrónicos do XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006. 1 cd-rom. O trabalho propõe uma releitura da experiência de vida de Cruz e Souza durante o
Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, p. 129-31, 1989.
período que marcou o fim da escravidão no Brasil e a instauração da República, reinserindo-o no leque de possibilidades de mobilidade social do período. A autora aborda alguns aspectos de sua biografia, tais como sua participação nas causas abolicionista e republicana, suas relações familiares, entre outros. Acervo: ANPUHSC.
O artigo busca recuperar as imagens da mulher na segunda metade do século | XIX através da imprensa. Destaca que as escravas aparecem em anúncios e | ocorrências policiais. Apresenta, também, características de identificação de. escravas fugidas. Acervo: BCPUCRS. É
FAGUNDES, Antônio Augusto. Cartilha de história do Rio Grande do Sul (Uma nova visão da formação da terra e do povo gaúcho). Porto Alegre: Martins Livreiro, 1994. 128 p.
CUNHA, Anacilia. A escrava na imprensa periódica paranaense. Anais da VIII !
188
189
desde a ocupação até os O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul Dedica um capítulo aos movimentos revolucionários do início do século XX. Estado desde o início da negros, no qual destaca a presença da escravidão no dos negros, a participaocupação, enfatiza as charqueadas, apresenta as origens Paraguai, aspectos cultução destes na Revolução Farroupilha e na Guerra do idão e a situação atual escrav à rais (vestes, linguagem e batuques), à resistência dos negros. Acervo: BCUNISINOS.
|
FLORES, Moacyr. O Partenon Literário e abolição da escravatura em Porto Alegre. In: FLORES, ) Moacyr. à Cultura afr o-brasileira. lei Port : Superior de Teologia, 1980. p. 19-24. a l
racial. In: SEFFNER, FernanFERNANDES, Florestan. O mito da democracia
: Unidade Editorial/ | do. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre Porto Alegre, 1995. p. 20-6. do negro na socieda- , O artigo, que consiste em um recorte da obra 4 integração negros e brancos no 4 de de classes, procura analisar as relações raciais entre conflituosas, questionan- | período pós-abolição, demonstrando que estas eram
desse mito ao ser | do, assim, o mito da democracia racial. Demonstra à utilidade ! as. Acervo: BSCSH/UFRGS. criado e suas conseqiiênci
em 1853. Boletim do Ins FERNANDES JÚNIOR, Antônio Manuel. O Paraná p. 221-44, 1917. tuto Histórico e Geográfico do Paraná, v. 1,n.3,
de cada distrito, forneO artigo descreve a população do Paraná a partir dos dados ndo o número de es: (inclui tes habitan de cendo informações a respeito do número te na transcrição. Consis . cultura da cravos), da organização espacial, da economia e : BCUFRG Acervo ia. de um relatório enviado em 1854 ao Presidente da Provínc sidade e atualiza-. FERNANDES, Mariana Bale. Ritual do Moçambique: religio Alto/RS. Porto Alegre: ção da identidade étnica na comunidade negra do Morro o em Antropo UFRGS, 2005. 124 f. Dissertação (Mestrado), Pós-Graduaçã 2005. gia Social, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, elaboração e afirm “OQ trabalho pretende enfatizar elementos significativos na étnicos, através ção de uma identidade socialmente construída em termos ele é expresso prática religiosa do “Moçambique”, e verificar de que modo al é pertencer contexto de uma comunidade negra cuja característica princip S”. Ace: Alto/R Morro de região grupo dos “remanescentes de quilombo” da BSCSH/UFRGS.
FLORES,
Hilda Agnes
Po to Hiibner. Sociedade preconceitos e conquistas.
Alegre: Nova Dimensão, 1989. 136 p. 190
(0) di enfatiza a mulher no Rio Grande do Sul, analisa brevemente as funções exercidas pela mulher escrava e o tratamento dado a estas pelos senhores. Discorre, também, sobre as influências culturais africanas na sociedade rio-grandense. Acervo: ULBRA.
1
(0) big descreve algumas atitudes tomadas pela imprensa e, especialmente pela sociedade Partenon Literário, para a libertação de escravos e para o auxílio da campanha abolicionista. Acervo: ULBRA.
3
.
l
0e,
meet o sincretismo das religiões afro-brasileiras, resultado da mistura dos cultos das religiões africanas com o catolicismo brasileiro. Acervo: BCPUCRS
FLORES, Moacyr. Sincretismo religioso afro-brasileiro. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 125, p. 48-56, 1989. O artigo analisa os diversos sincretismos afro-brasileiros que envolvem o povo E ai
entre os diversos africanos no Brasil, entre as religiões africanas e a
religião católica e entre os muitos elementos da Umbanda. Acervo: BCPUCRS
FLORES, , Moacyr. O negro na dramaturgi lei rgia brasileira: 1838j gre: EDIPUCRS, 1995. 101 p. é (HER. Ponto Ale
e questões ligadas à escravidão tais como o trabalho escravo, o tráfico e a abolição, utilizando como fonte as comédias e os dramas escritos no século XIX. Acervo: BSCSH/UFRGS.
in FRANCO, : Sérgio Costa. , Esquema sociológig co da fronteira. i Ínci de Sãoa! nteira. Província
O artigo descreve a formação social da fronteira, enfatizando que esta é etnicamente bastante heterogênea, fazendo referência ao negro. Apresenta, ainda, dados sobre as estâncias e sobre a questão militar. Cita, também, a Etigott À do catolicismo entre os escravos. Acervo: BCPUCRS. ,
191
FRIDERICHS, Edvino. Uma noitada de batuque Gegê-Nagó. Estudos, p. 6578, jul./set. 1958.
tória e realidade. AMARO, BCPUCRS.
O autor, com “o fim de orientar os católicos através da imprensa e do rádio sobre as diversas modalidades de espiritismo, com as devidas licenças da autoridade eclesiástica assistiu, à paisana, a todo o tipo de sessões espíritas em Porto Alegre e arredores, bem como no Rio, Niterói e Santos”. Apresenta “informações apuradas em ambientes do batuque rio-grandense, auscultadas da própria alma do povo viciado nesses cultos de procedência africana”. Ao final, para elucidação do tema, apresenta terminologia colhida em dicionários de umbanda.
GARCEZ, Neusa Cidade. A convivência do negro em Erechim. Histórica, n. 5, p. 245-54, 2001.
GERMANO, Iris Graciela. Territórios Negros em Festa. Anais do VI encontro | da ANPUH/RS, 2002. 1 cd-rom. A comunicação tem por objetivo tratar das territorialidades negras estabeleci- , das durante o carnaval de rua de Porto Alegre nas décadas de 1930 e 1940. | Busca apreender a constituição de fronteiras étnicas e simbólicas no interior da | cidade. Acervo: ANPUHRS.
GERMANO, Ires Graciela. Os negros e o carnaval de Porto Alegre: as frontei- | ras da etnicidade. Textura, n. 9, p. 33-8, nov. 2003, jun. 2004. O artigo aborda alguns referenciais teóricos a respeito da construção da identi- | dade negra através do estudo do carnaval de Porto Alegre nas décadas de 1930 e 1940. Acervo: BCPUCRS.
GERMANO, Iris Graciela. Negros gaúchos: o carnaval farroupilha de 1935. ] Textura, n. 11, p. 37-46, jan., jun. 2005. O artigo demonstra a afirmação, no centenário da Revolução Farroupilha, da À cultura afro-gaúcha na cultura afro-brasileira analisando aspectos do regionalis- | mo do Rio Grande do Sul que se propõem a afirmar a importância da brasilida- | de dos gaúchos no mesmo contexto. Também publicado: GERMANO, I. G. (2005). Negros gaúchos: o carnaval farroupilha de 1935. Afro-brasileiros: his- | 192
34-46. Acervo:
GIBA, Giba. A influência do negro na música brasileira. In: ASSUMPÇÃO, Euzébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afro-gaúchos. Porto Alegre: Editora da Universidade — UFRGS, 1998. p. 51-8. O artigo analisa a importância e a influência do negro na música brasileira, descrevendo os cânticos, as danças e os instrumentos afro-brasileiros, alguns instrumentos e ritmos latino-americanos e o cabobo afro-rio-grandense. Acervo: FBC/UFRGS.
|
O artigo descreve, brevemente, aspectos da história de Erechim destacando a | presença do negro na cidade. Nesse sentido, enfatiza o Clube “13 de maio” e | suas atividades. Acervo: BCPUCRS.
Mario José. Porto Alegre, EST:
GOMES, Alessandro Garcia. “Tempo de Direito” e “Tempo de Política”: dois momentos de um processo de construção identitária numa “Comunidade de Quilombo”. Humanas, v. 25,n. 1 e 2, p. 67-82, 2002 e 2003.
“O presente artigo tem por finalidade apontar as principais categorias identitárias que surgem no decorrer da implementação de um projeto institucional em determinada localidade, a partir da possibilidade do reconhecimento dessa área como uma comunidade de remanescentes de quilombo”. Acervo: BSCSH/UFRGS. GRESELE, Ottilia. A irmandade de negros em Porto Alegre. Estudos Leopoldenses, n. 6, p. 3-38, 1968.
O artigo descreve as irmandades em Porto Alegre em um longo período de tempo, evidenciando seus momentos de apogeu e derrocada. Apresenta, também, dados sobre o funcionamento e administração dessas associações destacando seus compromissos e seu caráter religioso. Acervo: BSCSH/UFRGS. GUIMARÃES, Carlos Magno. O quilombo do Ambrózio: lenda, documentos e arqueologia. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 161-74, jul./dez. 1990.
O artigo busca reconstruir a dinâmica social interna da comunidade do Quilombo do Ambrósio e sua inserção na sociedade mineira escravista do século XVIII, utilizando como fonte uma lenda, dados arqueológicos e documentos oficiais. Acervo: BCPUCRS.
GUTIERREZ, Ester J. B. O escravo visto através da literatura do litoral-sul do RS. Levantamentos e reflexões iniciais. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 157-77. 193
O artigo destaca os autores nascidos no Litoral-sul do Rio Grande do Sul e os que viveram parte de suas vidas nessa região, detectando em suas obras a presença de personagens negros e, ainda, descrevendo a situação do negro no espaço rural, na estância, no espaço fabril e na charqueada. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LAYTANO, Dante de. Os africanismos no dialeto gaúcho. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 167-226, 2º trim., ano XVII, 1936.
O artigo destaca as influências das línguas africanas no dialeto gaúcho. No final do texto há um mini-dicionário de termos “afro-gaúchos”. Acervo: BCPUCRS.
GUTIERREZ, Ester Judite Bendjoya. Barro e sangue: mão-de-obra, arquitetura É ]
À
urbanismo em Pelotas (1777-1888). Porto Alegre: PUCRS, 1999. 549 f. Tese (Doutorado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1999.
|
Analisa a urbanização da cidade de Pelotas, enfatizando que os europeus e seus | descendentes projetaram, dirigiram e decoraram os edifícios e a área urbana, a ] qual foi moldada e erguida, principalmente, pela mão-de-obra cativa dos africa- 1 | nos e seus descendentes. Descreve os interesses dos senhores e a situação dos escravos. Acervo: BCPUCRS.
LAYTANO, Dante de. Alguns aspectos da história do negro no Rio Grande do Sul. In: COUTO
SILVA, Morency do; PIRES, Arthur Porto;
SCHIDROWITZ,
Leo Jerônimo. Rio Grande do Sul - Imagem da terra gaúcha. Porto Alegre: Cosmos, 1942. p. 253-64. O artigo trata das origens do negro no Rio Grande do Sul, da demografia, dos mercados de escravos, de alguns aspectos culturais como a moradia, a religião e as tradições. Apresenta algumas ilustrações. Acervo: IHGRS.
LAY'TANO, Dante de. As congadas no município de Osório. Porto Alegre: Associação Rio-Grandense de Música - Boletim de Estudos do Folclore do Rio
HERSKOVITS, Melville. Deuses africanos em Porto Alegre. Província de S. Pedro, n. 11, p. 63-70, 1948.
Grande do Sul, 1945. 132 p.
O artigo descreve aspectos das religiões africanas em Porto Alegre a partir do relato etnográfico do autor, destacando as origens na Africa e apresentando gumas informações sobre as casas de culto, as entidades e sobre a vida cotidiana
O livro descreve as congadas no município de Osório, apresentando dados sobre a sua organização e sobre as características externas da festa, como as indumentárias e as músicas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
dos afro-brasileiros. Acervo: BCPUCRS.
KITTLESON, Roger. Jacobina Maurer — German-Brazilian Mystic. In: BEAT. TIE, Peter M. The Human Tradition in Modern Brazil. Wilmington, Delaware: Scholarly Resources Inc., 2004. p. 69-87. O autor dedica-se a estudar o conflito dos Mucker no século XIX, no Rio Gran q de do Sul. Através da repressão à Jacobina indaga sobre as ansiedades causadas | pela população afro-descendente às elites, suas representações em torno da ne cessidade da imigração européia, os conflitos em torno da imigração alemã, diversidade religiosa e seus significados sociais e políticos, o lugar da mulher | 1 em uma sociedade patriarcal, entre outros aspectos.
KREBS,
Carlos Galvão. Cavalo de Santo. Província de São Pedro, n. 21, po
145-54, 1957.
1
Analisa os cultos africanos trazidos para o Brasil (dividindo-os em cultos suda ! neses e cultos bantos) e comenta sobre o sincretismo pelo qual os mesmos pas saram. Acervo: BCPUCRS.
194
LAY'TANO, Dante de. Festa de Nossa Senhora dos Navegantes: estudo de uma tradição das populações Afro-brasileiras de Porto Alegre. Porto Alegre: Comissão Estadual de Folclore do Rio Grande do Sul, 1955. 128 p. O livro refere-se à festa de Nossa Senhora dos Navegantes e está dividido em três partes. Inicia discorrendo sobre a festa e a bibliografia referente à mesma. A seguir analisa a questão religiosa e os santos cultuados no Rio Grande do Sul. Por fim, trata sobre uma pesquisa realizada com casas de cultos africanos, comentando o resultado obtido naquelas cujos nomes têm alguma relação com Nossa Senhora dos Navegantes ou com Yemanjá. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: OTÃO, Ir. José. Primeiro Seminário de Estudos Gaúchos (publicação das conferências do seminário realizado de 3 de setembro à 4 de outubro). Porto Alegre: Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1959. p. 27-106.
O texto divide-se em três partes. A primeira consiste no resgate das origens dos negros no Rio Grande do Sul. A segunda parte descreve o aspecto histórico da 195
presença africana no Brasil, incluindo um breve comentário sobre: mercados de compra e venda de escravos, aspectos culturais, utilização da mão-de-obra escrava nos diversos setores da economia. Na terceira parte, apresenta o aspecto folclórico, evidenciando a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BCPUCRS.
LEITE, Ilka Boaventura. Ser “negro”: os sentidos da cor e as impurezas do nome. Florianópolis: Departamento de Ciências Sociais, UFSC, 1987, Nesse trabalho a autora propõe uma análise sobre os significados de ser negro, desde suas representações correspondentes nos discursos oficiais, acadêmicos € militantes, até a elaboração de uma crítica à discriminação. Acervo: BCUFSC,
]
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: FLORES, Moacyr. Cul-
À
tura Afro-Brasileira. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1980. p. 11-8. O artigo analisa a influência africana no folclore gaúcho, identifica, principal- | mente, lendas, vocabulário, cultos e festas populares. Descreve, brevemente, a | presença do negro no Rio Grande do Sul. Acervo: BML/ULBRA.
LEITE, Ilka Boaventura. Descendentes de africanos em Santa Catarina: invisi-
bilidade histórica e segregação. In: 4 invisibilidade social e simbólica do negro no Rio Grande do Sul. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1996. p. 33-57.
A autora vai discorrer sobre a visibilidade dos negros em Santa Catarina citando dados do IBGE, demonstrando uma imagem “branca” da localidade e introduzindo
LAYTANO, Dante de. Folclore do Rio Grande do Sul: levantamento dos costu- ;
o debate sobre a ideologia do branqueamento e a necessidade de sua superação.
mes e tradições gaúchas. Porto Alegre: EST, 1987. 350 p. O livro analisa o folclore gaúcho descrevendo, entre outros aspectos, a contri=, buição dos negros na formação da cultura gaúcha identificada, principalmente, | nas lendas, vocabulário e cultos religiosos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LESSA, Barbosa. Os que chegaram: negros. In: Mão gaúcha. Porto Alegre: Ministério do Trabalho/Secretaria do Trabalho e Ação Social/Fundação Gaúcha do Trabalho, 1978. p. 49-50.
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. Estudos Ibero-America-
Descreve brevemente a presença negra no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a participação escrava nas charqueadas e estâncias, e sobre a contribuição cultural africana dada, principalmente, por seus instrumentos de percussão.
nos, v. 21, n. 1, p. 119-60, jul. 1995.
!
O artigo descreve os aspectos demográficos, destacando fontes como as corress] pondências oficiais, os livros de batismo, o último recenseamento colonial, as, estatísticas de 1940. Descreve, também, aspectos históricos, destacando a cul: y tura, o trabalho, o exército e os relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS. LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Grande do Sul [continuação]. Estudos Ibero-Americanos, v. 21, n. 2, p. 187-201, dez. 1995.
]
O artigo descreve os aspectos folclóricos, destacando as lendas que envolve n os negros no Rio Grande do Sul tais como a da Andorinha, Cambaí, Santa Jose-
fa e negrinho do pastoreio. Acervo: BCPUCRS. LAZZAROTO, Danillo. O negro no Rio Grande do Sul. In: História do Rio : Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1971. p. 131-8.
Descreve a presença escrava no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a utilização da mão-de-obra cativa na produção e no exército. Descreve também o processo abolicis onista no Estado e a influência do africanismo para o povo gaúcho. Acervo: BPERGS, 196
Acervo: BPERGS.
LIMA, Carlos A. M. Escravos da Senhora do Rosário: irmandades negras na América Portuguesa. In: MOURA, Ana Maria da Silva. Devoção e incorporação: igreja, escravos e índios na América Portuguesa. Curitiba: Ed. Peregrina, 2002. p. 13-267. O texto se organiza em quatro capítulos. No primeiro estudam-se concepções a respeito das irmandades negras, formuladas por contemporâneos das mesmas durante os séculos XVII, XVIII e XIX e depois as retidas por historiadores do século XX. Finaliza o capítulo um breve estudo a respeito de suas dimensões,
periodização e distribuição no espaço. O segundo capítulo aborda a composição, especialmente em um sentido étnico. O terceiro, busca apontar dados da composição da irmandade de Nossa Senhora de Curitiba, entre 1765 e 1820, analisando a rede social que a cercava. O último tem por tema a vida política que se articulou com a experiência das irmandades negras.
LIMA, Waldemar Moura. Movimento quilombista — negritude em ação. Porto Alegre: Edição do autor, 1988. 197
O livro atual, a bém, de Acervo:
descreve o movimento quilombista, historicamente e em sen contexto partir de seus princípios, de sua prática, de seus valores éticos e, tamsua organização funcional. Apresenta algumas ilustrações e poemas. BCUNISINOS.
| À !
estudo repousa sobre os escravos, africanos ou crioulos, e sobre os negros livres ou libertos nestas condições, ou seja, identificados como insanos pelas diversas autoridades públicas ou pela incipiente medicina”. Acervo: BSCSH/UFRGS. DE LORENZO,
LOPES, Aristeu Elisandro Machado. Representações da Escravidão e da Aboli- j ção nas caricaturas da imprensa ilustrada e humorística pelotense do século XIX, E Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional 2005. 1 cd-rom.
“A cidade de Pelotas foi um dos centros urbanos mais desenvolvidos da Provít cia do Rio Grande do Sul no 2º Império. A riqueza proporcionada pela indústris e comércio do charque e a utilização da mão-de-obra escrava possibilitou não só o crescimento econômico, como também favoreceu a urbanização e o apare cimento de uma intensa atividade cultural. Assim, a imprensa também prospé rou, tendo o livro e o jornal como os principais atrativos. Ao final do século XIX, Pelotas contabilizava 116 jornais, entre eles, três periódicos ilustrados humorísticos: Cabrion (1879-1881), Zé-Povinho (1883) e 4 Ventarola (1887
1889). O presente trabalho propõe-se a investigar, através das caricaturas, dese nhos e textos humorísticos veiculados nessa imprensa, as representações rela cionadas à escravidão, à campanha abolicionista e às repercussões da Lei PAN rea. Averiguando como a sátira era empregada nos periódicos para critica sociedade escravista pelotense, especialmente nas caricaturas veiculadas em 4 Ventarola após o dia 13 de Maio de 1888”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
sença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial/Porto A gre, 1995. p. 27-31. O autor apresenta uma listagem de palavras do grupo etnolingiístico banto pre sente no vocabulário gaúcho, e descreve o significado dessas palavras. Acervo UFRGS/BSCSH.
DE LORENZO,
Ricardo. Sobre a insanidade mental entre cativos e libertos
Ricardo. Insanidade mental e não-trabalho na Porto Alegre
escravista (1843-1872). Anais do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom.
O trabalho tem por objetivo um estudo que permita o contraste dos escravos africanos e crioulos, e dos negros livres e libertos em relação aos brancos identificados como insanos pelas diversas autoridades públicas ou pelos médicos, focalizando a lógica intrínseca aos comportamentos ditos insanos bem como os critérios que pautam essa classificação. A intenção é encontrar pontos de convergência que permitam associar confinamento e repressão com a tradição cul-
tural de cativos e libertos, ou seja, com o entendimento do “louco” como um
agente também dotado de sentidos. Acervo: ANPUHRS.
MACHADO, Cacilda. 4 trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social (São José dos Pinhais — PR, passagem do XVIII para
o XIX). Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. 360 f. Tese (Doutorado em História), Uni-
versidade Federal do Rio de Janeiro, 2006.
O trabalho trata das relações entre escravos e livres, e entre brancos, pardos e negros, na freguesia de São José dos Pinhais, atualmente no Estado do Paraná. O objetivo é apreender a natureza e a dinâmica dessas relações, a fim de conhecer os mecanismos de produção e reprodução da hierarquia escravista em ambientes com predomínio de pequenas escravarias e com uma grande população de pardos e negros livres. MACHADO,
Nara. A Igreja de N. S. do Rosário dos Pretos. Estudos Ibero-
Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 189-98, jul./dez. 1990.
O artigo descreve a origem da antiga Igreja N. S. do Rosário, e de sua Irmandade, assim como a construção e destruição da Igreja dos Pretos — ressaltando a história e o significado desta Igreja. Acervo: BCPUCRS.
(Porto Alegre, século XIX). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e li-
berdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “Partindo da leitura sobre a discussão política e sobre as fontes médico-instituc nais, policiais, judiciárias e jornalísticas, o autor procura cercar o universo de alie dos, decrépitos e suicidas que circularam pelas ruas e pelas instituições de aco mento de Porto Alegre durante a segunda metade do século XIX. Seu objeto 198
MAESTRI FILHO, Mário José. O negro e o imaginário étnico gaúcho. In: BAQUERO, Marcello et al. Diversidade Etnica e Identidade Gaúcha. Santa Cruz do Sul: UNISC, 1994. p. 129-40. O artigo analisa a ausência do trabalhador negro escravizado no imaginário histórico gaúcho, bem como a inexistência do negro no imaginário étnico. Aponta 199
dida em que a obra literária narra a Revolução Farroupilha através das mulheres sem destacar, no entanto, as vivências das mulheres negras. Acervo: BCUNISINOS.
algumas razões para isso citando obras importantes sobre o Rio Grande do Sul que diminuíram a importância dos negros. Acervo: BSCSH/UFRGs.
MAESTRI FILHO, Mário José. A história do Brasil e a África negra pré-colonial.
|
MAESTRI FILHO, Mário José. A pedagogia do medo: disciplina, aprendizado
Revista de Filosofia e Ciências Humanas, v. 12,n.1 e 2, p. 97-107, jan./dez. 1996.
À
e trabalho na escravidão brasileira. In: STEPHANOU,
“Nesse artigo se pretende discutir a importância da história da África pré-colonial para a história do Brasil. Procura-se mostrar que a compreensão de muitas
Ê '
esferas da cultura brasileira só pode ocorrer na medida em que a historiografia | levar a sério o estudo da África negra pré-colonial”. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI
FILHO, Mário José. Em terra de branco, não tem lugar pra negro.
À
In: GONZAGA, Sergius; FISCHER, Luis Augusto. Nós os Gaúchos. Porto Ale- | gre: Editora da Universidade, UFRGS, 1998. p. 145-7. O artigo consiste em uma crítica à historiografia gaúcha pela invisibilidade do ,
negro na história do Rio Grande do Sul. Acervo: BCPUCRS.
4
Maria; BASTOS,
Hele-
na. Histórias e memórias da educação no Brasil, séculos XVI-XVIII. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 192-209.
O texto analisa as práticas dos escravizadores, considerando-as como uma pedagogia para enquadrar, condiciónar e preparar o cativo para a vida de escravo. Aborda questões como a violência física e simbólica e aspectos do cotidiano dos escravos — como a família, as linguagens e a opressão lingiiística, a vida na cidade e a formação para algum ofício. Refere-se, ainda, às heranças desse processo. Acervo: EDU/UFRGS.
MAGALHÃES, Maria Osório. Ora trágico, ora crônico (o escritor Alberto Cunha diante da escravidão). Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUH/
RS, 2004. p. 66.
MAESTRI FILHO, Mário José. O sobrado e o cativo: a arquitetura urbana e erudita | no Brasil escravista; o caso gaúcho. Passo Fundo: UPF editora, 2001. 248 p. O livro relaciona a arquitetura urbana à escravidão, apresentando dados sobre o mundo urbano, sobre o trabalho escravo nas cidades, suas formas de controle e punição. Descreve o espaço público e privado e suas relações com os escravos. Apresenta, ainda, os estilos arquitetônicos em sua relação com os escravistas, a normalização do espaço privado e o processo de modernização urbana concomitante à desescravização. Acervo: BSCSH/UFRGS.
| | | , | |
MAESTRI FILHO, Mário José. Filhos de Cã, filhos do cão: o trabalhador escravizado e a historiografia. O período Colonial. História: debates e tendências, | v. 4,n. 1, p. 80-98, jul. 2003. O artigo analisa a “historiografia” do período colonial sobre escravidão e as ideo-. logias que sustentaram a instituição. Ressalta as relações entre sociedade, ideolo- | gia e consciência e os interesses materiais envolvidos. Acervo: BSCSH/UFRGS. |
“O objetivo do trabalho é analisar, em diversos textos do escritor pelotense Alberto Cunha, o tratamento literário que ele empresta ao tema do escravismo em dois momentos de sua vida: quando jovem contista, colaborador da Revista do Partenon Literário, editada em Porto Alegre, e nos últimos anos de sua longa existência, quando, perto dos 85 anos de idade, é ainda colaborador do Diário Popular, de Pelotas.” Acervo: ANPUHRS.
MARQUESE, Rafael de Bivar. Escravidão e questão nacional em Cuba: a ideologia pró-escravista entre 1790 e 1820. História UNISINOS, v. 8, n. 9, p. 23362, 2004. O artigo analisa algumas defesas da escravidão e do tráfico negreiro transatlântico elaboradas em Cuba entre 1790 e 1820, examinando como a escravidão relacionou-se com a questão nacional na história cubana. Ressalta que a história de Cuba representou um caso ímpar na história caribenha, devido ao desenvolvimento tardio da plantation escravista e à manutenção do estatuto colonial, enquanto as demais colônias espanholas continuavam seus processos de independência. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. As sete mulheres e as negras sem rosto: ficção, | história e trivialidade. Cadernos IHU Idéias, v. Ano 2, n. 17, p. 2-19, 2004.
]
O artigo analisa o romance que se tornou superprodução televisiva 4 casa das sete | mulheres, demonstrando a invisibilidade dos negros no Rio Grande do Sul, na me- | 200
MATTOS, Jane Rocha. Negros em movimento: referenciais históricos da capoeira. Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUHJRS, p. 71, 2004. 201
O trabalho aborda a capoeira em Porto Alegre no século XIX e XX, buscando analisar quem eram os indivíduos que a praticavam, seus territórios e suas relações. Destaca a dificuldade de fontes. Acervo: ANPUHRS.
MOREIRA,
Alberto; KUHN, Fábio; GUAZZELLI, César Augusto Barcellos; NEUMANN,
Eduardo Santos. Capítulos de História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: UFRGS Editora, 2004. p. 147-77.
MORAES, Carlos Dante de. Variações sobre um poeta negro. Província de São Pedro, n. 21, p. 99-119, 1957.
O artigo analisa a religiosidade negra a partir do documento sobre a prisão e o Julgamento de um preto liberto considerado feiticeiro. Descreve e analisa o caso específico da documentação, ao mesmo tempo em que se refere a aspectos mais gerais da religiosidade e das experiências sociais de escravos e libertos em Porto Alegre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O artigo refere-se a Cruz e Souza, destacando a questão da raça negra desse poeta, a relação com sua mulher, o simbolismo e o misticismo. Apresentando, também, transcrições de poemas. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. Entre o deboche e a rapina: os cenários
MORTARI, Cláudia. Os homens pretos do desterro. Um estudo sobre a Irman-
sociais da criminalidade popular em Porto Alegre, 1868/1888. Porto Alegre:
UFRGS, 1993. 279 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1993.
|
|
sociais: bares, a casa de correção, as casas de mulheres e o cais do porto procu- | rando politizar o cotidiano e perceber o choque entre os projetos das autorida- q des e as expectativas dos populares (fundadas em supostos direitos e “visões de 4 liberdade”). Trata do período final do escravismo no qual a estratégia emanci- ] pacionista e o Regulamento de Criados de 1887 visavam ao controle dos traba- q lhadores saídos do cativeiro, criando laços de dependência, planos esses endos- | sados por todos os grupos políticos locais, inclusive os republicanos (cap. HD.” Acervo: BSCSH/UFRGS.
Dissertação (Mestrado
em
História), Pontifícia Universidade Católica do Rio
A dissertação tem como objeto de estudo a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e seus irmãos africanos e afro-descendentes na cidade de Nossa Senhora do Desterro entre os anos de 1841 e 1860. A Irmandade constituía-se como um lugar próprio, a partir do qual os irmãos buscavam, através do costume instituído nas relações sociais, estabelecer e legitimar estratégias de solidariedade e assistência entre eles objetivando, entre outras coisas, educar as crianças, alforriar escravos,
enterrar e sufragar a alma dos irmãos falecidos. Acervo: BCPUCRS. MULLER, Liane Susan. O negro e suas devoções: a importância da Irmandade do Rosário e da Festa dos Navegantes para a formação de uma elite negra portoalegrense. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “No ano de 1871, quando da primeira festa dos Navegantes em Porto Alegre, a Irmandade do Rosário já se havia transformado em arquiconfraria. O luxo, o
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Memória e história: como a comunidade e os documentos narram o crime do escravo Paulo. Anais do VI Encontro Estadual de História ANPUH/RS, 2002. 1 cd-rom.
q 4
O artigo analisa as percepções da comunidade de Morro Alto remanescente de quilombo com relação à escravidão e, especialmente, relacionadas ao area cometido pelo escravo Paulo, correlacionando ao processo criminal. Acervo: ANPUHRS.
| ! |
202
dade de Nossa Senhora do Rosário (1841-1860). Porto Alegre: PUCRS, 2000. do Sul, 2000.
“Enfoca Porto Alegre como um microcosmo da situação provincial no século , XIX (1868-1888), ilustrando os problemas e soluções encontrados pelas elites em como esses foram recebidos no dia-a-dia pelos agentes sociais envolvidos. A 4 partir dos dados referentes ao aumento dos efetivos e dos gastos da organização , policial, analisa como ela passou a ser vista pelas elites como a estratégia privis | legiada de controle do espaço urbano (cap. 1). No capítulo II pesquisa os cenários
Paulo Roberto Staudt. Feiticeiros, Venenos e Batuques: religiosi-
dade negra no espaço urbano (Porto Alegre — século XIX). In: GRIJÓ, Luiz
poder, e a influência dos irmãos negros do Rosário eram bem
conhecidos,
tanto no meio religioso quanto entre os leigos da cidade. Isso por certo favoreceu a escolha de sua igreja para o que se tornaria uma tradição: a visita anual da imagem dos Navegantes. Entre 1871, ano da festa inaugural, e 1881, quando aconteceu a primeira procissão por terra do Arraial dos Navegantes (e da capelinha de mesmo nome) até a igreja do Rosário, a imagem da santa dos marinheiros viveu na Capela do Menino Deus”. É essa relação estabelecida com os negros que a autora pretende explicitar com esse trabalho. Acervo: BSBSC/UFRGS.
203
NASCIMENTO, Mara Regina do. Festas religiosas de rua: as irmandades e a expressão leiga da fé. Porto Alegre, século XIX. Anais do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom.
O artigo busca analisar as linhas de pensamento sobre a questã o racial em Cuba em suas manifestações acadêmicas e no debate político, em um contexto de transformações econômicas, políticas e sociais. Acervo: BCPUCRS.
“Tomando irmandades tente entre fico do que
OLIVEN,
como ponto de partida os livros de Receitas e Despesas de duas porto-alegrenses do século XIX, esse artigo busca a relação exisa prática da devoção e as festas católicas de rua no contexto especíse costuma chamar de “catolicismo barroco”. Acervo: ANPUHRS.
GS, 2006. 320 f. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006.
NUNES, Mara Regina; CASTANHO, Mara Regina. A Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. In: Cultura Afro-brasileira. Porto Alegre: EST-SLB, 1980. p. 37-46. “O artigo inicia apresentando a origem da devoção à Nossa Senhora do Rosário em Portugal, no Brasil e no Rio Grande do Sul. Ao tratar especificadamente da Irmandade, o artigo periodiza sua história destacando seu esplendor inicial, agitações intensas, suspensão das atividades, renascimento e derrocada. Descreve, ainda, aspectos religiosos referentes à construção e à demolição da Igreja”. Acervo: BWS.
NÚNEZ, Yoel Cordoví. El debate racial en Cuba: líneas regeneracionistas, 18801898. História Unisinos, v. 8, n. 9, p. 263-78, 2004.
204
A polêmica identidade caú gaúcha.
Cadernos os de de AntroAntro
O artigo analisa a construção da identidade gaúcha, destac ando a invisibilidade social e simbólica do negro nesse processo. Apresenta a influência da historio-
NASCIMENTO, Mara Regina do. Irmandades leigas em Porto Alegre — Práticas funerárias e experiência urbana, Séculos XVIII-XIX. Porto Alegre: UFR-
A tese “investiga a atuação de irmandades religiosas no meio urbano a partir da forte imbricação destas com a configuração da cidade e a contribuição que deram para a forma de administração das práticas funerárias em Porto Alegre, ao fim do período colonial até meados de 1800. Parte da constatação de que a transferência dos cemitérios ocorrida em 1850 esteve intrinsecamente ligada às emergentes idéias liberais do século XIX, que, tendo como ponto-chave a modernização urbana, foram fundadores da noção de que a cidade deveria ser, por excelência, lugar de circulação e de movimento. Elementos esses que são interpretados como indicadores da mudança brusca e radical das formas de enterramento dos rituais católicos, mas indícios da continuidade das irmandades religiosas como administradoras de tais práticas, inseridas em um novo paradigma espacial”.
Ruben George.
e mao pologia — UFRGS, n. 4, p. 3-56, 1992.
Ea am rande
q
pr George. A invisibilidade social e simbólica do negro no Rio do oSul. TS In: Negros no sul do Brasil. Florianópolis: polis: Letras Let contemporâ-â
O autor trabalha com a construção da representação e da identid ade do gaúcho que em sua elaboração, exclui parte do território e da população sul-rio -grandense visi cipalmente o negro e o índio. O autor analisa também, conside rando o movimento tradicionalista, a invisibilidade social e simbólica do negro no Rio Grande do Sul. ORO, Ari. Religiões afro-brasileiras do Rio Grande do Sul: passado e presente Estudos Afro-asiáticos, v. 24, n. 2, p. 345-84, 2002.
O texto divide-se em duas partes. A primeira apresenta dados sobre o período escravocrata no Rio Grande do Sul, a estruturação das religiõ es afro-brasileiras
(batuque, umbanda, linha cruzada) nesse Estado e o histórico e controvertido
papel desempenhado no Rio Grande do Sul por um príncip e africano que aqui viveu do final do século XIX até 1935. A segunda parte analisa três aspectos particularmente importantes na atualidade dessas religiões nesse Estado: a presença de não-negros nas mesmas, a sua expansão transnaciona l para a Argentina e o Uruguai, e o estreitamento de relações com o poder político local. ORO,
Ari Pedro. Cultura e religião afro-asiáticas e sua influên cia no Brasil.
Ciência e Letras (FAPA), n. 33, p. 207-22, jan./jun. 2003. 0) artigo analisa aspectos da cultura e da religiosidade afro-asiática e sua influência no Brasil, demonstrando as especificidades de cada uma e à introdução destas no país, ressaltando que é no campo religioso que se verifica maior influência africana e asiática no Brasil atual. Acervo: BSCSH /UFRGS.
205
PACHECO, Ricardo de Aguiar. De escravo a não-consumidor: as representações sociais acerca da cidadania no ocidente e do cidadão brasileiro. 4 paixão de aprender — Brasil: histórias, identidades..., n. 3, p. 60-73, mar. 2001.
| |
Q artigo discorre sobre os conceitos de cidadania, buscando analisar a formação
histórica do cidadão brasileiro, a cidadania globalizada e a situação atual. Destaca as condições dos escravos e dos afro-descendentes no pós-abolição em relação à cidadania. Acervo: BCPUCRS.
dade das fugas devido à sua extensão e à falta de fiscalização, além do uso de negros como soldados. A partir da análise das fugas, identifica características dos escravos, como origem, costumes e condição física. Analisa, ainda, a inserção cotidiana desses escravos fugidos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianó-
polis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p.
| PENA, Eduardo Spiller. O jogo da face: astúcia escrava frente aos senhores e à lei na Curitiba Provincial. Curitiba: Aos Quatro Ventos, 1999.
|
Ao desvendar o negro na sociedade paranaense, o autor evidencia que a presen-
ça do escravo no Paraná, ao contrário de diminuta, foi muito expressiva. Assim, q
) negros escravos e imigrantes europeus são retratados, lado a lado, em suas atividades diárias nas ruas, no trabalho e nas festas.
O livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina, a procedência destes, seus aspectos físicos, suas atividades, suas vestimentas, seus cultos, suas festas, as relações com os senhores — destacando os castigos, as fugas, os crimes, os quilombos e as afeições — suas doenças e mortes. Descreve, também, movimentos políticos, jornais, clubes e homens abolicionistas. Destaca, ainda, a contribuição do negro para a cultura popular catarinense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PIAZZA, Walter Fernando. Santa Catarina: história da gente. Florianópolis: Ed. Lunardelli, 1983. 152 p.
À . q PEREIRA, Magnus Roberto de Melo. Da civilidade urbana: a morigeração dos ,
O livro trata de forma abrangente a história de Santa Catarina, desde o período colonial até o republicano. Tem um capítulo que dedica à história da escravidão, abordando-a no contexto catarinense, ao abolicionismo e à contribuição africana na sua cultura.
f costumes no Paraná do século XIX. Revista de Ciências Humanas — Curitiba,
n. 4, p. 165-91, 1995.
O artigo descreve a transformação, especialmente no espaço urbano, das classes
dominantes do Paraná no século XIX, as quais começaram a adquirir hábitos mais
“refinados” de higiene, dança, gestual, ruídos e formas de tratamento. Destaca as | posturas municipais e os compêndios de civilidade. Acervo: BCPUCRS. PESAVENTO, Sandra Jatahy. Lugares malditos: a cidade do “outro” no Su brasileiro (Porto Alegre, passagem do século XIX ao século XX). Revista Bra
PIAZZA, Walter Fernando. II Mesa redonda — escravidão negra no Brasil. Anais do I Encontro Estadual de História Anpuh/SC, p. 49-56, 1990.
|
sileira de História, v. 19, n. 37, p. 195-216, 1999.
na cidade de Porto | O artigo analisa o vocabulário de estigmatização urbana pio DR mM Alegre para designar certos lugares, personagens e práticas sociais, no momens | to de consolidação da cidadania. Relaciona essa linguagem com a exclusão e à | discriminação social.
O texto faz parte de uma mesa redonda da qual participaram Sílvia Lara e Ilka Boaventura Leite para discutir a escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo departamento de História, realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1888. Piazza analisa a
proibição de escravos nas colônias em Santa Catarina tais como a do Caí e Dona Francisca. Mas ali, apesar das proibições, houve negociação de escravos. O autor vai mencionar o tráfico interno e a venda de cativos para a região de Campinas; a fuga dos escravos para os Estados Unidos em navios em busca de liberdade e o movimento abolicionista em Santa Catarina. Acervo: ANPUHSC.
, PETIZ, Silmei de Sant” Ana. Buscando a liberdade: As fugas de escravos da provín-
cia de São Pedro para o além fronteira (1815-1851). Porto Alegre: UFRGS, 2001. :
|
PÓLVORA, Jacqueline Britto. Experiência de Antropologia visual em uma casa de batuque de Porto Alegre. Horizontes Antropológicos, n. 2, p. 101-10, 1995.
| A dissertação analisa a resistência à escravidão no Rio Grande do Sul segundo suas particularidades tais como a condição de fronteira. O autor analisa a facili- |
“Esse estudo examina a vivência cotidiana de um grupo de batuqueiros — pessoas ligadas a uma das modalidades de religião afro-brasileira de Porto Alegre
185 f. Dissertação (Mestrado), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2001.
206
207
— tendo como ponto de partida a casa de mãe-de-santo, a experiência de pertencimento a uma família de santo e, posteriormente, os deslocamentos do grupo na cidade, principalmente em seus espaços de lazer. Tais vivências cotidianas revelam-se intermediadas pelas concepções e valores religiosos, mostrando os batuqueiros como sujeitos inseridos numa ordem cosmológica tradicional de mundo. A utilização de fotografias nesse trabalho dá-se em níveis distintos. Ini- | cialmente, enquanto imagens que subsidiaram a construção da escritura. Num | segundo momento, enquanto material de troca e inter-relação com o grupo, no | qual se revelou a persistência da visão sagrada de mundo totalizando as experiências cotidianas batuqueiras. Finalmente, as fotos complementam a escritura | como imagens que revelam a sensibilidade religiosa do grupo, requisito que O texto escrito, por si só, não preenche”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PRANDI, Reginaldo. Deuses africanos no Brasil Contemporâneo — Introdução So- E ciológica ao Candomblé de hoje. Horizontes Antropológicos, n. 3, p. 10-30, 1995. |
“O candomblé formou-se no Brasil no século passado como religião de preser vação de patrimônio étnico dos escravos negros e seus descendentes. Dele ori- | ginou-se mais tarde a umbanda, religião sem fronteiras raciais. Nos anos 1960, o candomblé passou a crescer intensamente nas capitais do Sudeste, mas agora | também como religião, que rompe com os limites étnicos e de cor. O presen texto analisa esse movimento, mostrando como a natureza ritual e a ética do candomblé faz dele uma religião bastante adequada às demandas das popula-. ções do mundo desencantado das metrópoles. Para os poucos familiarizados. com o candomblé, o texto oferece alguns quadros com os principais atributos | dos orixás segundo o candomblé, certamente o mais prestigiado e conhecid entre as diversas “nações” de candomblé”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SALES, Fritz Teixeira de. Chico Rei, um herói esquecido. Província de São Pedro, n. 6, p. 71-3, 1946.
:
O artigo descreve a história de Chico Rei, um rei africano que veio escravizad para o Brasil (Minas Gerais) com sua família e sua corte e conseguiu, com o:
rios negros e teve a participação de sindicalistas, servidores públicos, trabalhad ores autônomos e estudantes, e se propunha a lutar contra a discriminação racial. Acompanha a trajetória dos fundadores do Jornal, estabelecendo o espaço social no qual circulavam e demonstrando a defesa da identidade negra em Pelotas. Destaca, ainda, a Frente Negra Pelotense. Acervo: BSCSH/UFRGS. SANTOS, Julio Ricardo Quevedo. Estudos rio-grandenses: geografia, história
e folclore. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1987.
O livro descreve o Rio Grande do Sul em seus aspectos históricos, geográficos e culturais. Trata da escravidão apenas em um subcapítulo intitulado Escravismo e abolição: transição e controle, no qual descreve o processo abolicionista no Estado. Refere-se ao “negro” também ao tratar da cultura no Estado, em um subcapítulo intitulado Contribuição Negra, no qual destaca glnaas lendas cultos religiosos, culinária, linguajar e música. Acervo: BCPUCRS. SANTOS, Maria Regina Oliveira dos. O casamento na comunidade negra. In:
BEMFICA, Coralina et al. Anais do Seminário Raizes de Santo Antônio da Pa-
trulha e Caraá. Porto Alegre: EST, 2000. p. 325-7.
O artigo descreve, brevemente, as formas de casamento na África e a dificuldade de casamentos entre escravos no Brasil, ressaltando, porém, a constituição de algumas famílias. Enfatiza a violência sexual constante contra as mulheres brancas ou negras, praticada por senhores e escravos. Acervo: BCPUCRS. SANTOS, Renato de Oliveira. Cultos afro-brasileiros no Rio Grande do Sul. In: ASSUMPÇÃO, Euzébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afro-gaú-
chos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1998. p. 108-10. O artigo apresenta, brevemente, características de cultos afro-brasileiros, destacando a importância deles para a organização e resistênci ência dos negros. Acervo: FBC/UFRGS. ê
trabalho de todos, comprar a liberdade dos mesmos. Trata, também, de sua relação com a festa, católica e africana, de Reisado. Acervo: BCPUCRS.
à
SANTOS, José Antônio dos. Raiou a Alvorada: intelectuais negros e imprensa, A Pelotas (1907-1957). Pelotas: UFPel, 2003. 224 p. O livro analisa a imprensa negra de Pelotas (1907-1957), centrando-se no Jorn A Alvorada. Descreve a militância presente no jornal, que foi fundado por operá208
e p.
Irene (org.). Negro em preto e branco. Porto Alegre: Do autor, 2005.
O livro reúne textos de vários autores sobre território, trabalho, educação, beleza, movimentos políticos e sociais, esporte, religião, cultura, arte e culinária acompanhados de inúmeras fotografias que revelam, por sua vez, a riqueza desse tipo de fonte. O tema principal do livro é a história da vida cotidiana da
209
população negra em Porto Alegre. A obra busca revelar, como dirá a autora, o “amor-próprio e a alegria da identificação com a etnia negra, que se revela nos olhares preservados nas fotografias de nossas famílias porto-alegrenses”.
o tabaco e a maconha, relacionados aos espaços sociais. Procura investigar como essas drogas eram adquiridas. Acervo: BCPUCRS.
SILVA, Terezinha pura Machado da. A mulher negra e a tradição afro-religiosa. In: ASSUMPÇÃO, Euzébio; MAESTRI FILHO, Mário José. Nós, os afro“gaúchos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1998. p. 103-7.
SCHNEIDER, Regina Portella. Escravos. In: SCHNEIDER, Regina Portella. 4 instrução Pública no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da Universidade/EST, 1993. p. 447-50. O livro descreve por períodos a instrução pública no Rio Grande do Sul, de 1770 a 1889. No capítulo que trata da década de 1880, há um subcapítulo dedicado aos escravos, no qual a autora enfatiza a importância da Sociedade Partenon Literário para a abolição, destacando que esta realizou a emancipação de muitos escravos e proporcionou a educação dos libertos. Acervo: BPERGS.
|
SILVA, Denise Almeida. A metáfora “ser boneca” em contextos: afro-america- 4 no, feminista e pós-colonial. Textura, n. 9, p. 13-20, nov./jun. 2003 e 2004.
O artigo analisa a utilização da metáfora “ser boneca” em três obras literárias, | demonstrando o preconceito na utilização dessa metáfora para identificar “o ou- |
tro”, nos contextos afro-americano, feminista e pós-colonial. Acervo: BCPUCRS. |
UFRGS, 2005. 453 f. Dissertação (Mestrado em Letras), Universidade Federa do Rio Grande do Sul, 2005.
“O trabalho tem como finalidade destacar a figura do negro como personagem. literário, (re)contando sua história no continente americano. Ao tomar a pala vra, O negro tem a oportunidade de narrar sua trajetória através do seu ponto d vista e algumas características como a passividade perante o sistema escravos, À crata vão sendo desconstruídas”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, Róger Costa da. Muzungas: consumo e manuseio de químicas por es. cravos e libertos no Rio Grande do Sul (1828-1888). Pelotas: Editora da Unic | 1 versidade Católica, 2001. 153 p.
O livro, proveniente da dissertação de mestrado, analisa o manuseio de quími-, cas ardilosas como forma de resistência, destacando o uso de venenos por es-. cravos contra seus senhores, o uso de feitiços para “amansá-los” e, também,
O artigo analisa, brevemente, a importância das mulheres para a sobrevivência religiosa negro-africana no Brasil. Apresenta características das religiões africanas e do papel das mulheres. Ainda, cita vários casos de protagonismo de mulheres nos cultos negros. Acervo: FBC/UFRGS.
] SILVA, Wlamir. “Homens de cor! Irmãos!” Os pardos na pedagogia liberalmoderada mineira do período regencial. Estudos Ibero-Americanos, v. 31, n. 1, p. 61-77, jun. 2005. O artigo analisa a pedagogia da elite liberal-moderada no contexto de Minas Gerais, a qual identificou pardos e liberais como industriosos e talentosos, opostos à escravidão e ao despotismo e foi ao encontro das demandas sociais dos mesmos, conquistando o consentimento ativo desse auto-reconhecido grupo social, para a direção moderada da Província. Acervo: BCPUCRS.
SILVEIRA, Helder Gordim da. A questão negra e a imigração européia nos Estados Unidos como modelos para o branqueamento brasileiro - uma ideologia da americanização em Nabuco e Oliveira Lima. Estudos Ibero-americanos, v. 28,n. 1, p. 111-25, jun. 2002. O artigo analisa a construção simbólica de um sentido que associasse o interesse nacional à aproximação que ocorria com os Estados Unidos destacando que, Joaquim Nabuco e Oliveira Lima, analisando as questões negra e imigratória nos Estados Unidos contribuíram nessa construção. Acervo: BCPUCRS.
SILVEIRA, Oliveira. Nós, os Negros. In: FISHER, Luís Augusto; GONZAGA, Sérgius. Nós, os Gaúchos. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS, 1992. p. 55-8. O artigo descreve alguns aspectos da cultura dos afro-descendentes no Rio Grande do Sul, como a poesia, a dança, a capoeira, o carnaval, os clubes, a religião, o jornalismo, a política e o movimento negro. Acervo: AHRGS.
para cometer suicídios. Descreve ainda o consumo de químicas como o álcool, :
210
211
O artigo consiste em um trabalho interdisciplinar que tenta relacionar a literatura com a história. Ressalta que o conto O Negro Bonifácio favorece esse propósito, pois apresenta uma preocupação de aproximar ficção à realidade. Acervo: BCPUCRS.
SISSON, Lia Fernandes. História das religiões no Brasil: religião africana no Brasil. Veritas, ano XXI, n. 91, p. 271-87, set. 1978.
O artigo descreve sucintamente a história e a cultura dos negros no Brasil e no Rio Grande do Sul, apresentando as principais etnias. Apresenta, também, a partir da noção de sincretismo, a religião africana no Brasil descrevendo o batuque, seus rituais, instrumentais, oferendas entre outras características. Acervo: BCPUCRS.
SOUZA, Carmem de; SOUZA, Jorge Andrade de. Afros e religião. In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 11-3.
| À h
O artigo apresenta, brevemente, a religião na África, destacando questões conceituais sobre religião e a história da África antes da chegada dos europeus. Acervo: BSCSH/UFRGsS.
| |
TORRONTEGUY, Teófilo Otoni Vasconcelos. As origens da pobreza ão | Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto/Inst. Estadual do Livro, 1994. 192 p. O livro analisa, a partir da literatura, a instalação do capitalismo no Rio Grande do Sul e a formação do segmento social marginalizado. Dedica um subcapítilo aos negros, no qual o autor destaca o conto O Negro Bonifácio como fonte para a análise da exclusão dos negros. Acervo: BCPUCRS.
| TRAMONTE,
TAUNAY, Affonso de E. O aceio entre os catarinenses. O uso do mate. Higiene. Fregiiência das abluções. O uso do bodoque. Ausência de religiosos. O tráfico de africanos. Bacanal negra. A fertilidade de S. Catarina. Regime administrativo deplorável. A pecuária. Vida farta e baratissima. Gado alçado. O deserto catarinense. Ataques de índios. Felicidade da vida em S. Catarina. Anais do Museu Paulista, tomo 7, p. 699, 1936.
| | | | | !
O artigo descreve os costumes dos catarinenses a partir do relato de Langsdorff. | Apresenta um relato de uma festa negra. Ressalta, ainda, a admiração do viajan- / te para com o notável número de escravos em Desterro, no que faz referência ao | tráfico transatlântico de escravos. Acervo: BCPUCRS. ,
Cristiana. Com a bandeira de Oxalá! trajetória, práticas e con-
cepções das religiões afro-brasileiras na Grande F, lorianópolis. Florianópolis:
UFSC, 2001. Tese (Doutorado interdisciplinar em Ciências Humanas), Universidade Federal de Santa Catatina, 2001.
O texto divide-se em duas partes: a trajetória histórica das religiões afro-brasileiras, desde seus primórdios quando estavam associadas a práticas alternativas
de saúde popular, até a atualidade e a análise dos embates que enfrentavam em
sua formação recente. Acervo: BCUFSC.
VAZ, David Oscar; ASSIS, Edvaldo de; FRYSZMAN + Marjori May; TORRON TEGUY, Teófilo Otoni Vasconcelos. A lei da vara: crueldade e violência em
Machado de Assis. Sociais e Humanas, v. 6,n. 1, p. 1991.
TEIXEIRA, Talita Bender. Trapo formoso: o vestuário na Quimbanda. Porto | Alegre: UFRGS, 2005. 125 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia Social), |
O artigo analisa o poder relacionado à crueldade e à violência, no conto O Caso
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2005.
sentes no universo social. Acervo: BCPUCRS.
da Vara de Machado de Assis, demonstrando como essas relações estavam pre-
“O trabalho tem por objetivo analisar as representações relacionadas com o ves- |
tuário dos fiéis da Quimbanda. Tendo como foco de análise o imaginário social | acionado pelos praticantes da Quimbanda na confecção do vestuário, observa a constituição de um ethos significativo para o grupo”. Acervo: BSCSH/UFRGS. ]
TORRONTEGUY, Teófilo Otoni Vasconcelos. Breves considerações sobre o : conto O Negro Bonifácio de Simões Lopes Neto. Sociais e Humanas, v. 4,n.2,. p. 61-75, mai./ago. 1989. |
212
VECCHIA, Agostinho Mária Dalla. Os filhos da escravidão. Memória dos descendentes de escravos da região meridional do Rio Grande do Sul. Porto Ale-
gre: PUCRS, 1992. 269 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1992.
Aborda a escravidão na região meridional do Rio Grande do Sul, envolvendo a área de 18 municípios do extremo-sul do território brasileiro. Disserta sobre a
história dos descendentes
de escravos da mesma
região. Ambos
os aspectos
213
de quilombos, destacando os conflitos entre a utilização de fontes escritas e fontes orais. Acervo: ANPUH.
estão assentados fundamentalmente sobre o documento produzido a partir de 32 depoimentos de descendentes de escravos da região. Apresenta uma contextualização histórico-geográfica, considerando especialmente os aspectos referentes ao escravismo vigente no século passado, totalidade instaurada e articulada pelo desenvolvimento da economia das charqueadas desde o início do século XIX. Desenvolve a visão da escravidão rural da região meridional do Estado a partir dos depoimentos de descendentes de escravos que viveram nas fazendas do interior. Apresenta uma primeira sistematização da história dos descendentes de escravos rurais da região a partir do momento da libertação. Os depoimentos permitiram a elaboração de um capítulo especial sobreos filhos-de-criação, uma vez que cerca de trinta por centro [sic] dos entrevistados viveu e narrou essa experiência”. Acervo: BCPUCRS.
ZANETTI, Valéria. Calabouço urbano: escravos e libertos em Porto Alegre (1840-1860). Passo Fundo: UPF, 2002. 240 p. O livro descreve o cotidiano dos forros e dos escravos que viveram em Porto Alegre entre 1840 e 1860, relacionando-o ao processo de transformações ocorrido na cidade neste período. Enfatiza a resistência dos escravos urbanos, a vida amorosa e familiar, as relações sexuais, os crimes e as manifestações culturais destes e dos libertos. Apresenta, ainda, algumas reflexões sobre a historiografia acerca do escravo urbano. Acervo: BCPUCRS.
VEIGA, Albino de Bem. O português do Brasil e a posição de Sílvio Romero
|
na “História da Literatura Brasileira”. Província de São Pedro, n. 10, p. 119-
1
23, 1947. O artigo descreve a língua portuguesa no Brasil, destacando a influência indígena, luso e africana, a partir da obra de Sílvio Romero. Acervo: BCPUCRS.
VILAS, Paula Cristina. A voz dos quilombos: na senda das vocalidades afro-
|
brasileiras. Horizontes Antropológicos, v. 11, n. 24, p. 185-97, jul./dez. 2005.
O artigo apresenta uma reflexão sobre a vocalidade nas performances culturais tradicionais, entendendo a oralidade acrescida da dimensão “incorporada” do vocal na produção histórico-social. Acervo: Periódicos Capes.
| ||
WEBER, Regina. Quando negros e brancos se encontram nas fábricas das | regiões coloniais. História: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 73-9, jul. 2003. || O artigo analisa as relações entre negros e brancos no trabalho das fábricas, enfa- E tizando o caráter étnico em que se davam essas relações, demonstrando a oposi- | ção entre as categorias de “origem” e de “brasileiro”. Acervo: BSCSH/UFRGS. |
WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Segredos, memórias e papéis: desafios do historiador na construção do território de uma comunidade remanescente de qui lombo. Cadernos de resumos do VI encontro da ANPUH/RS,
2002.
A comunicação analisa o papel do historiador na elaboração de um laudo histó- | rico-antropológico visando ao reconhecimento de comunidades remanescentes |
214
215
Afro-descendentes no pós-abolição
AMARO,
Luiz Carlos; MAESTRI
FILHO,
BAKOS, Margaret Marchiori. Trajetórias de afro-descendentes no Brasil: abordagens e perspetivas. Anais do VI Encontro Estadual de História - ANPUHIRS, 2002. 1 cd-rom.
Mário José (orgs.). Afro-brasilei-
ros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. 143 p. O livro consiste na compilação de vários artigos sobre os afro-brasileiros, de diferentes autores, versando sobre religião, carnaval, racismo, história da Africa, ações afirmativas, sindicalismo, educação, saúde, quilombos e comunidades remanescentes, participação na Revolução Farroupilha e família escrava. Acer-
. | | |
vo: BSCSH/UFRGS.
AREND, Sílvia. Um olhar sobre a família popular porto alegrense (1886-1906).
|
Porto Alegre: UFRGS, 1994. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1994.
,
A dissertação analisa a família popular porto-alegrense na transição para o tra- | balho livre, destacando as condições de moradia, a construção do grupo social e | a imposição das normas familiares provenientes da elite. Apresenta, ainda, uma | “descrição densa” da família em questão. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAK, Joan. Race, respectability and reformist in Porto Alegre, 1908-1913. His- ú tória: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 65-72, jul. 2003. O artigo busca investigar a construção de significados e identidades raciais e, por conseguinte, a interação entre raça e classe segundo noções de respeitabilidade e moralidade. Para tanto, estuda o caso de Porto Alegre nos cinco anos que precederam a Primeira Guerra Mundial. Significados raciais e respeitabilidade eram centrais no jornal O Exemplo, analisado pela autora, tornando-se uma preocupação comum entre os trabalhadores. Acervo: BSCSH/UFRGS.
À | | | |
BAKOS, Margaret Marchiori. Regulamentos sobre os serviços dos criados: um estudo sobre o relacionamento Estado e sociedade no Rio Grande do Sul (1887- |
1889). Estudos Ibero-Americanos, v. 9, n. 1-2, p. 125-36, jul./dez. 1983. Analisa a legislação dos anos 1887/89 referente aos serviços dos criados, fun- | ção que muitos ex-escravos acabaram por exercer após a abolição da escravi- | dão. Artigo publicado também na Revista Brasileira de História de março de | 1984. Acervo: BSCSH/UFRGS. 216
O trabalho considera e sistematiza as pesquisas recentes que estudaram trajetórias de afro-descendentes. Ressalta que essas pesquisas destacaram pessoas que, apesar do sistema, fizeram escolhas e tomaram atitudes próprias. Portanto, esses trabalhos permitem reavaliar interpretações que enfatizam de forma dicotômica o cerceamento/condescendência do sistema. Acervo: ANPUHRS.
BARCELLOS, Daisy et al. Comunidade Negra de Morro Alto: historicidade, identidade e territorialidade. Porto Alegre: UFRGS, 2004. 484 p.
O livro relata de forma multidisciplinar a comunidade negra de Morro Alto, destacando a ocupação histórica do território, as resistências no período escravista, a passagem de cativos a libertos, a formação do quilombo, as relações de parentesco, a religiosidade, o território geográfico e a espacialidade social e a situação atual para o reconhecimento como remanescentes de quilombos. Acervo: BCUNISINOS.
BENTO, Cláudio Moreira. Africanos negros e descendentes. In: Estrangeiros e descendentes na história militar do Rio Grande do Sul. 1635-1870. Porto Alegre: A nação e Instituto Estadual do livro-DAC-SEC, 1976. p. 263-99. O livro trata da participação militar de diversos povos estrangeiros que vieram para o Rio Grande do Sul. A terceira parte é dedicada aos negros e seus descendentes, destacando a participação destes nas bandeiras, nas disputas de fronteiras, na Guerra da Cisplatina, na Revolução Farroupilha (a qual o autor destaca), na Guerra contra Oribe e Rosas e na Guerra do Paraguai. Acervo: BCPUCRS.
BRANCO, Mirian Adriana. Em Santa Catarina, os afro-descendentes e o condicionamento da cidadania. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O surgimento de associações negras constituiu um importante veículo de discussão e participação no espaço urbano. Na escalada rumo à cidadania, essas associações serviram para que seus membros continuassem reivindicando benfeitorias para os municípios nos quais se estabeleciam; comemorando datas cívicas; organizando bibliotecas; instruindo-se, e inserindo-se, através da permanente tentativa de superação de-discursos que colocavam as suas incapacidades, ora sob o peso racial, ora de cunho cultural”. A autora pretende apresentar “os
Bt
resultados da análise dos procedimentos e práticas implementadas pelos membros do Centro Cívico Cruz e Souza, uma das primeiras associações cívicas fundadas por negros no Estado de Santa Catarina, a fim de perceber os vestígios da luta pela construção da sua cidadania”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BRIGNOL,
que sentido se promoveu e tende a promover-se o ajustamento dos brancos e dos negros e seus descendentes mestiços à situação de contato inter-ra cial proporcionada pela organização da sociedade investigada”. aurcies Miriam de Fátima. A política do reconhecimento dos “Reman escentes das Comunidades dos Quilombos”. Horizontes Antropológicos, v. 15 35, jul. 2001. a ia
Juliani Moreira. Bordados do destino: saberes das mulheres afro-
descendentes na passagem do século XIX ao XX na capital de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 2003. 161 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.
“O trabalho aborda o cotidiano das mulheres afro-descendentes entre o final do século XIX e as primeiras décadas do XX. Tem como objetivo analisar as mulheres como detentoras de saberes ligados ao corpo, à saúde, à doença e ao universo feminino, e que herdaram seus conhecimentos de suas ancestrais, transmitidos através da oralidade, permitindo a adoção de práticas solidárias e contornos de identidade, a fim de burlar as estratégias médico-higienistas que assolaram a cidade desde o final do Império brasileiro”. Em seu primeiro capítulo enfoca o debate entre práticas populares (de origem africana) e os discursos higienistas. Acervo: BCUFSC.
CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco. Negras histórias, negras imagens. Re-
|
CORREA, Silvio M. S. Mobilidade Social e Desenvolvimento: o caso da comunidade afro-brasileira em Santa Cruz do Sul. Revista Redes, Santa Cruz do Sul v. 6,n. 1, p. 53-81, 2001.
|
vista da Universidade São Francisco, v. 7, n. 10, p. 1-14, 1989.
Analisa entrevistas realizadas com alguns afro-descendentes residentes em Santa Catarina, que tiveram por objetivo resgatar a história pessoal desses indivíduos para tentar encaixá-los em uma história coletiva dos afro-catarinen-
O artigo enfoca os limites e as possibilidades de reconhecimento das especificidades culturais e sociohistóricas dos denominados “remanescentes das comunidades dos quilombos”, a partir de um direito constitucional que assegur a a regularização de suas terras. Analisa os laudos antropológicos e os exemplo s etnográficos que estes trazem. Acervo: BCPUCRS.
| | |
“Nos finais do século XIX, a abolição da escravidão e a proclamação da República permitiram aos afro-brasileiros uma mobilidade social de parcos efeitos. Nas primeiras décadas desse século, o dinamismo social e o crescimento econômi co da cidade de Santa Cruz do Sul foram responsáveis pela migração gradativa de afrobrasileiros das regiões vizinhas, cuja estagnação socioeconômica forçava também essa população a emigrar. O desenvolvimento regional e as chances de mobilid ade social da comunidade áfro-brasileira na sociedade local são os temas deste artigo”.
ses. Acervo: BCPUCRS.
DORNELLES, João Batista. Profissões exercidas pelos negros em Pelotas (1905CARDOSO, Fernando Henrique. Negros em Florianópolis: relações sociais e , econômicas. Florianópolis: Insular, 2000. 208 p. Trata-se da reedição do livro Cor e mobilidade social em Florianópolis — as- q - pectos das relações entre negros e brancos numa comunidade do Brasil Meri-
|
dional, editada em 1960, pela Companhia Editora Nacional, escrito por Fernando Henrique Cardoso, Octávio Ianni e com o prefácio de Florestan Fernandes. Nessa nova edição, guarda-se apenas aquela parte escrita por Fernando Henrique Cardoso e o prefácio de Fernandes, tendo Ianni republicado sua parte, com algumas alterações, pela editora Brasiliense, em 1987, sob o título Raças e clas-
| f | |
ses sociais no Brasil.
O livro de Cardoso, com novo título, aborda, em seu pri-
|
meiro capítulo, “o sistema econômico de Florianópolis e a posição que o grupo negro assume nele”, permitindo, ao autor, no capítulo seguinte, evidenciar “em
| |
1910). História em Revista, v. 4, p. 77-112, dez 1998.
“O presente artigo trata da inserção dos negros egressos da escravidão no mercado de trabalho livre em Pelotas. Mediatizados pela imprensa da cidade, procuramos detectar o lugar de classe social ocupado pela comunidade negra nos primeiros anos do nosso século, bem como, se este representou oportun idades de ascensão social”. Acervo: BSCSH/UFRGS. pa . 80 p.
Varny Ferreira. 4 cor do trabalho. Porto Alegre: Imprensa Livre
O livro consiste em uma análise cronológica do trabalho no Brasil relacion ando-o com a questão racial. Trata, então, da escravidão negra, da ideologi a do
218 219
branqueamento, da crise dos empregos com a informatização, da mecanização e da influência da globalização e do neoliberalismo. Busca, ainda, pensar alternativas para o contexto atual. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FERNANDES,
LIMA, Carlos A. M. Além da hierarquia: famílias negras e casamento em duas freguesias do Rio de Janeiro (1765-1844). Afro-Ásia, v. 24, p. 129-64, 2000. O autor trabalha com a relação entre não-brancos livres e libertos na sociedade escravista interrogando-se sobre dois temas básicos inter-relacionados: a questão da mestiçagem e os graus e mecanismos de controle dos segmentos domi-
Florestan. O mito da democracia racial. In: SEFFNER, Fernan-
nantes da sociedade. Busca identificar as estratégias explícitas nos casamentos,
do. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial/ Porto Alegre, 1995. p. 20-6.
discutir a endogamia entre libertos e negros livres, as alianças matrimoniais, a exclusão social na base da cor, entre outros aspectos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O artigo, que consiste em um recorte da obra 4 integração do negro na sociedade de classes, procura analisar as relações raciais entre negros e brancos no pósabolição, demonstrando que estas eram conflituosas, questionando, assim, O mito da democracia racial. Demonstra a utilidade desse mito quando foi criado e suas conseqiiências. Acervo: BSCSH/UFRGS. GARCEZ, Neusa Cidade. A Presença Negra em Erechim. Perspectiva, v. 21,n.
LONER, Beatriz Ana. Negros: organização e luta em Pelotas. História em Revista, v. 5, p. 7-27, 1999.
O artigo descreve a organização e a luta dos negros em Pelotas nos cinquenta primeiros anos da República, destacando organizações como o Centro Ethiópico, organizações durante o período escravocrata que lutavam pela abolição e lutas dos negros operários. Acervo: BCPUCRS.
|
74, p. 81-92, jun. 1997.
O artigo descreve a escravidão em Erechim a partir da família de Arlindo e Julia da Silva, fundadores do clube “13 de Maio”. Apresenta, também, um breve
| E
histórico do município de Erechim, destacando os fatos e as datas consideradas | importantes, bem como aspectos gerais da escravidão no Rio Grande do Sul. À
LONER, Beatriz Ana. Antônio: de Oliveira a Baobad. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
da educação. Ela se constituiu em um movimento altamente centralizado, tor-
|
“A comunicação descreverá a trajetória de Antonio Baobad e de seus amigos, na Pelotas de final do século XIX”. Ex-escravo que comprou sua liberdade e foi liderança operária e étnica, fazendo parte do grupo fundador do jornal 4 Alvorada, sua biografia permite-nos perceber as perspectivas possíveis para o grupo negro da região após a abolição. Sendo incomum, sua trajetória explora ao máximo as potencialidades abertas com a libertação dos trabalhadores em 1888, ao mesmo tempo em que configura algumas das limitações que enfrentaram, em sua tentativa de integração à sociedade branca e capitalista. Segue, abaixo, um breve resumo de sua biografia, que serve como guia da comunicação, embora a mesma seja suficientemente ampla para permitir caracterizar outros integrantes do(s) grupo(s) dos quais Baobad participou.
nando-se capaz de estruturar-se em núcleos e células por quase todo o Brasil. A |
Frente Negra Pelotense, baseada no pensamento da Frente Negra Brasileira, em
|
Antonio Baobad (de Oliveira) membro da União e Fraternidade dos Operários
Acervo: BSCSH/UFRGS.
GOMES, Arilson dos Santos. A Frente Negra Brasileira e as suas idéias no Rio Grande do Sul na década de 1930. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
|
“A Frente Negra Brasileira surgiu em São Paulo, no ano de 1931. A sua princi- | pal reivindicação era a inserção do negro na sociedade, principalmente através ,
1933, foi a principal ligação gaúcha do movimento “frentenegrino”. Esse trabalho tem como objetivo analisar sua organização, coesão e sucesso. O movimento frentenegrino” deve ser lembrado para que as novas demandas sociais exigidas pelo movimento negro coloquem a causa negra em primeiro plano frente à fragmentação causada, principalmente, pela competitividade e individualidade dos tempos atuais”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
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] | | À |
Chapeleiros de 1886, vice-presidente da mesma em 1887, secretário da Feliz Esperança, em 1884/1885. Participa da chapa Reformadora (socialista) da Liga Operária em 1893. Membro da 1º direção da União Operária Internacional de Pelotas como presidente. Foi orador da direção provisória do Centro Operário 1º de Maio, de Pelotas, fundado em agosto de 1898. Nascido escravo, comprou sua liberdade, e estudou na escola da Biblioteca Pública, assinando-se como Antonio de Oliveira. Aproximou-se de grupos republicanos, depois os seguiu em seu desencanto pela república e na descoberta da ideologia socialista, mas, desiludido com as pessoas em geral, terminou sua vida reivindicando uma iden-
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tidade étnica como Antonio Baobad, forte árvore de grossas raízes africanas. Presumível irmão de Rodolpho Xavier, foi redator do jornal Alvorada, preceptor dos irmãos Penny. Morreu em 1907, com idade aproximada de 49 anos”.
LOPEZ, Laura Cecilia. “Hay alguna persona en este cendiente? ”: negociações e disputas políticas em torno cas na Argentina. Porto Alegre: UFRGS, 2005. 160 f. em Antropologia Social), Universidade Federal do Rio
MAESTRI FILHO, Mário José. Notas de Arthur Ramos de um depoimento de um ex-escravo. Estudos Ibero-Americanos, v. 14, n. 2, p. 215-18, dez. 1988.
O artigo consiste na transcrição das notas do antropólogo Arthur Ramos feitas a partir do depoimento de um ex-escravo brasileiro. Acervo: BCPUCRS.
hogar que sea afrodesdas classificações étniDissertação (Mestrado Grande do Sul, 2005.
|.
O trabalho trata da “etnogênese dos afroargentinos no contexto mais amplo de
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transnacionalização dos movimentos
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sociais, fazendo uma apreciação dos de-
bates atuais observados na Argentina sobre relações étnicas e raciais e as políti- | cas reparatórias”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil Imperial. Porto Alegre: Mercado Aber- |
to, 1993. 115 p.
O livro descreve a história do Brasil Imperial, citando os negros em sua relação com a independência, destacando que a escravidão foi mantida da Colônia para o Império, e relacionando a queda do Império com o fim da escravidão, apresentando alguns elementos da questão servil, como a resistência dos escravos, as leis emancipatórias e a situação do negro no pós-abolição. Acervo: SESC.
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MAESTRI FILHO, Mário José. É como eu digo: de agora, depois da libertação, À “tamo na glória”! Depoimento de Mariano Pereira dos Santos (+ ou - 1868/ ; 1982), ex-escravo, Hospital Erasto Goertner, Curitiba, julho 1982. História: ! Questões & Debates, n. 6, p. 81-97, jun. 1983. O artigo consiste na transcrição de uma entrevista de um ex-escravo sobre a vida e o trabalho dos cativos. Há uma breve apresentação, na qual se destaca a dificuldade de fontes para o estudo da escravidão provenientes dos próprios escravos. Publicado também na revista História em cadernos, publicação do Mestrado em história do IFCS-UFRJ no Rio de Janeiro em janeiro-julho de
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MAESTRI FILHO, Mário José. A pedagogia do medo: disciplina, aprendizado e trabalho na escravidão brasileira. In: STEPHANOU,
Maria; BASTOS, Hele-
na. Histórias e memórias da educação no Brasil, séculos XVI-XVIII. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004. p. 192-209.
O texto analisa as práticas dos escravizadores considerando-as como uma pedagogia para enquadrar, condicionar e preparar o cativo para a vida de escravo. Aborda questões como a violência física e simbólica e aspectos do cotidiano dos escravos — como a família, as linguagens e a opressão lingiiística, a vida na cidade e a formação para algum ofício. Refere-se, ainda, às heranças desse processo. Acervo: EDU/UFRGS.
MAGALHÃES, Magna Lima. Espaço Negro em Reduto Alemão: A Associação Cruzeiro do Sul, Ações e Contribuições. Anais do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom. O presente trabalho tenciona “apresentar a Associação Cruzeiro do Sul e sua trajetória histórica, bem como a responsabilidade da mesma em demarcar um espaço de atuação, integração e sociabilidade negra a partir da sua fundação ocorrida em 1922, no distrito de Novo Hamburgo. Busca-se mostrar ao longo do trabalho as ações, as estratégias, as demarcações de “fronteiras” estabelecidas pelo grupo negro responsável pela formação e organização da sociedade. A fundação de um clube negro, voltado inicialmente para as atividades lúdicas como o futebol e o carnaval, fomenta o percurso de uma associação de negros que acaba viabilizando caminhos possíveis a serem trilhados, em uma localidade na qual o predomínio da cultura alemã aparece no cotidiano”. Acervo: ANPUHRS. MARCON, Frank Nilton. Identidade e diferença: “homens de cor” e o “Centro
1983. Acervo: BCPUCRS.
Cívico Cruz e Sousa”. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.1 cd-rom. MAESTRI FILHO, Mário José. Depoimentos de escravos brasileiros. São Pau-
lo: Ícone, 1988. 88 p.
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O “Centro Cívico Cruz e Sousa”, existente até os dias de hoje na cidade Lages, Estado de Santa Catarina, foi fundado no ano de 1918. Nesse trabalho, procura-se pensar questões ligadas às estratégias de identificação e diferença do afro-descendentes na cidade, através da institucionalização do “Centro Cívico”, bem como os
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O artigo destaca a atuação de Dom Sebastião no processo da abolição, a partir de sua descrição biográfica. Evidencia, também, a relação entre a Igreja Católica e a escravidão, apontando que, apesar de terem ocorrido contradições, a Igreja defendeu os escravos e teve papel importante na abolição e no apoio aos libertos. Acervo: BCPUCRS.
possíveis sentidos de resistência política, por um lado, e de cooptação dos ideais de civilidade e civismo burgueses, por outro — característicos do projeto republicano das primeiras décadas do século XX no Brasil. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MELLO, Marco Antônio Lírio de. Para o recreio e a defesa da raça. A imprensa negra no RS. In: SEFFNER, Fernando. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: 1995. p. 90-7.
OLIVEIRA, Vinícius Pereira de. “Era uma cidadezinha só de pretos”: a Comunidade Quilombola de Manoel Barbosa e o negro na formação histórica de Gravataí/RS. In: ROCHA, Maria (org.). Anais da IV Mostra de pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul: produzindo história a partir de 4 fontes primárias. Porto Alegre: Corag, 2006. p. 287-304.
Analisa a imprensa negra no Rio Grande do Sul, descrevendo brevemente a história e a finalidade dos principais jornais gaúchos destinados ao público afrodescendente do início do século XX. Acervo: UFRGS/BSCSH.
“Nesse artigo, o autor se propõe a apresentar uma breve apreciação do passa-
MENDES, Sorais. A liberdade negra e a eficácia do acesso à terra pelos rema-
,
nescentes de quilombos. In: AMARO,
FILHO, Mario
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José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 128-33.
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Luiz Carlos; MAESTRI
O artigo analisa as condições legais para o acesso à terra pelos remanescentes | de quilombos, destacando as dificuldades e a importância desse processo. Acer- | vo: BSCSH/UFRGS.
MULLER, Liane Susan. Em frente siga “livre”! Imprensa, discurso e opressão ao | negro na Porto Alegre do fim do século XIX. Histórica, n. 2, p. 108-18, 1997. O artigo trata das vivências da comunidade negra em Porto Alegre, centrando- | se nos negros livres nos anos que se seguiram à abolição. Busca demonstrar a | influência dos discursos e, especialmente, das controvérsias existentes entre o
1
discurso liberal (que pregava a igualdade) e o discurso progressista do positivismo (que praticava a discriminação) nessas vivências. Acervo: BSCSH/UFRGS.
| ;
MULLER, Liane Susan. Vivências negras em Porto Alegre na virada do século XX [sic]. Histórica, n. 3, p. 127-37, 1998.
|
O artigo descreve alguns episódios das vivências negras em Porto Alegre, ressaltando as diferentes formas de organização e resistência dos negros, especialmente a imprensa, a reação armada e a reação ao trabalho para os senhores.
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Acervo: BSCSH/UFRGS.
NEIS, Monsenhor Ruben. Dois centenários: falecimento de Dom Sebastião Dias
Laranjeira e abolição da escravatura. Revista do Instituto Histórico e Geográfi-
À
do escravista no atual município de Gravataí. Realizado a partir da análise de * fundos documentais diversos, esse texto é fruto de um estudo antropológico, histórico e geográfico elaborado junto à comunidade quilombola de Manoel Barbosa, que busca reconhecimento e titulação de suas terras baseando-se na possibilidade legal aberta pelo artigo 68 do ADCT da Constituição Federal de 1988. Para que pudéssemos melhor compreender a trajetória histórica dessa comunidade negra buscamos resgatar alguns aspectos sobre a presença negra na sociedade escravista de Gravataí e sobre a dimensão e característica do sistema escravista nessa localidade, já que inexistiam estudos mais dedicados sobre a questão”.
PACHECO, Ricardo de Aguiar. De escravo a não-consumidor: as representações sociais acerca da cidadania no ocidente e do cidadão brasileiro. 4 paixão de aprender — Brasil: histórias, identidades..., n. 3, p. 60-73, mar 2001. O artigo discorre sobre os conceitos de cidadania, buscando analisar a formação histórica do cidadão brasileiro, a cidadania globalizada e a situação atual. Destaca as condições dos escravos e dos afro-descendentes no pós-abolição em relação à cidadania. Acervo: BCPUCRS.
PELUSO JÚNIOR, Victor Antonio. Aspectos da escravatura negra no Brasil e em Santa Catarina. Revista do IHGSC, n. 8, p. 227-34, 1988/1989.
O artigo procura exaltar o fim da escravidão e demonstrar as consegiências terríveis da escravidão para os afro-descendentes. Apresenta alguns aspectos das Teorias Racistas e, também, alguns elementos da situação dos negros durante a escravidão em Santa Catarina. Acervo: BCUNISINOS.
co do Rio Grande do Sul, n. 125, p. 62-109, 1989. 224
225
PESAVENTO, Sandra Jatahy. 4 emergência dos subalternos: trabalho livre e ordem burguesa. Porto Alegre: Editora da Universidade UFRGS/FAPERGS,
senhores e escravos, ao processo abolicionista, investiga o trabalho escravo, entre
vários outros aspectos analisados sucintamente pelo autor. Acervo: BCUFSC.
1989. 84 p.
O livro descreve as mudanças ocorridas no Brasil no século XIX, destacando as especificidades do Rio Grande do Sul nesse processo de transição, especialmente no que se refere à formação de um mercado de trabalho livre e de uma ordem burguesa. Ressalta aspectos da discriminação e integração dos negros. Acervo: BCPUCRS.
SANTOS, José Antônio dos. Raiou a Alvorada: intelectuais negros e imprensa, Pelotas (1907-1957). Pelotas: UFPel, 2003. 224 p. O
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Trabalho livre e ordem burguesa (Rio Grande do Sul ] ] 1870-1900). Revista de História (São Paulo), n. 120, p. 135-51, jan. e jul. 1989. O artigo analisa a especificidade regional do processo de desintegração da escravidão dentro de uma perspectiva marxista. Destaca elementos como as dificuldades da pecuária e do charque rio-grandense de competir no mercado nacional de escravos. Apresenta, ainda, o processo de transformação de ex-escravos da indústria do charque em trabalhadores livres. Acervo: BCPUCRS.
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PESAVENTO, Sandra Jatahy. Os excluídos da cidade. In: SEFFNER, Fernan- | do. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial, 4
Porto Alegre, 1995. p. 80-89. Analisa a condição dos afro-descendentes (libertos e escravos fugidos) colocados à margem da sociedade, na cidade de Porto Alegre do século XIX. Enfatiza o espaço urbano habitado por esses grupos, que se localizavam em zonas afastadas do centro da cidade. Acervo: UFRGS/BSCSH.
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4 | 4 )
livro analisa a imprensa negra de Pelotas (1907-1957), centrando-se no Jornal
4 Alvorada. Descreve a militância presente no jornal, que foi fundado por operários negros e teve a participação de sindicalistas, servidores públicos, trabalhadores autônomos e estudantes, e se propunha a lutar contra a discriminação racial. Acompanha a trajetória dos fundadores do Jornal, estabelecendo o espaço social no qual circulavam e demonstrando a defesa da identidade negra em Pelotas. Destaca, ainda, a Frente Negra Pelotense. Acervo: BSCSH/UFRGS. SANTOS, Irene (org.). Negro em preto e branco. Porto Alegre: Do autor, 2005. 184 p. O livro reúne textos de vários autores, acompanhados de inúmeras fotografias que revelam, por sua vez, a riqueza desse tipo de fonte. O tema principal do livro é a história da vida cotidiana da população negra em Porto Alegre. A obra busca revelar, como dirá a autora, o “amor-próprio e a alegria da identificação com a etnia negra, que se revela nos olhares preservados nas fotografias de nossas famílias porto-alegrenses”.
SILVA, Adhemar Lourenço da. Escravidão, liberdade e cor nas sociedades de socorros mútuos (Rio Grande do Sul, 1856-1914). Anais eletrônicos do II En-
contro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, p. 2005. 1 cd-rom.
“As sociedades de socorros mútuos são “associações formadas voluntariamente com o objetivo de prover auxílio financeiro a seus membros em caso de necessidade” (Linden) e se disseminaram no Rio Grande do Sul desde pelo menos
1854. Argumento que, por padrão, os escravos estão tendencialmente excluídos de se associarem por duas razões: por não terem uma expectativa de descenso social contra o qual precisariam se securitizar; e por não operarem no mercado. Para o Rio Grande do Sul, especificamente, não foi encontrado nenhum caso em que escravos estivessem mutualizados. Contudo, esse não era um tema de pouca importância para esse tipo de associação, porque, uma vez libertados, as duas razões que os excluiriam evanescem. Com efeito, várias associações no Rio Grande do Sul refletem sobre a capacidade dos ex-escravos gerirem associações, comprometem-se com emancipações, participam ou sofrem os efeitos da campanha abolicionista, e se interrogam sobre os efeitos da cor da pele 226
227
na “dignidade” pretendida daqueles que se associavam. Os marcos inicial e final da comunicação referem-se à primeira entidade fundada na qual se reconhece a participação de negros (a Sociedade de Beneficência Porto-Alegrense) ea dois casos envolvendo divergências sobre a participação de negros em mutuais (Biir-
SC. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridi-
onal, p. 2005. 1 cd-rom.
gerklub e Vittorio Emanuele, em Porto Alegre)”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, Lucia Helena Oliveira. Vivências negras no pós-abolição: libertos e afrodescendentes no Paraná. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Essa comunicação busca trabalhar as primeiras reflexões sobre a vida de libertos, negros livres e afro-descendentes em geral no período pós-abolição 4 no Estado do Paraná. Partindo da bibliografia que discute a escravidão nessa f província e dos trabalhos que analisaram a escravidão sob a ótica da história À social e demográfica, tentamos compreender alguns aspectos da escravidão | paranaense e os reflexos sobre a vida dos emancipados que ali viviam. Nossa fonte primária para a pesquisa são processos criminais que envolvem libertos | e afro-descendentes em Curitiba e região no período de 1888 a 1920. Além de À refletir sobre a constituição das vivências, tentamos compreender as formas
de sociabilidade e conflito com os imigrantes e demais segmentos da popula-
É
“Essa pesquisa visa a discussão das implicações da construção de um espaço próprio para os enlaces sociais entre a população afro-descendente lageana e os demais segmentos sociais da região no decorrer do século XX, e seu esquecimento ou quase desaparecimento no século XXI. Nosso desejo está em perceber como um edifício destinado ao Centro Cívico Cruz e Souza, clube que se auto-intitulava dos” “morenos” e que adquiriu notoriedade na região após sua fundação em 1918, pôde ter seu patrimônio em ruínas após uma história de importante colaboração para a inserção da população afro-descendente lageana nos diversos projetos de inclusão social vigentes em diferentes governos nacionais”. Acervo: BSCSH/UFRGS. SILVA, Vera Regina Rodrigues da. Remanescentes de quilombos. In: AMARO, Luiz Carlos; MAESTRI FILHO, Mario José. Afro-brasileiros: história e realidade. Porto Alegre: EST, 2005. p. 134-7. O artigo analisa, brevemente, a inserção das comunidades remanescentes de quilombos na ótica governamental de promoção da igualdade e políticas públicas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ção”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
TEIXEIRA, Luana. Entre a serra e o litoral: fugas e quilombos na fronteira leste
SILVA, Lúcia Helena Oliveira. Escravos e libertos no Paraná. Anais eletrônicos XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, p. 2006. 1 cd-rom.
|
A autora faz uma reflexão historiográfica sobre a importância de escravos € À libertos no Paraná, destacando suas atividades econômicas, sua participação | política e social. O texto destaca a necessidade de se analisar a história dos ex- | escravos, suas migrações internas e suas lutas por direitos. Acervo: ANPUHSC. | SILVA, Petronilha B. Gonçalves E. Histórias de operários negros. Porto Alegre: Nova Dimensão,
1987.
O livro apresenta histórias de três operários negros, os quais descrevem diversos aspectos de seus trabalhos. Destaca, ainda, a formação dos negros para [o trabalho, a trajetória do negro de escravo a operário e questões identitárias. Acervo: BCPUCRS.
SILVA, Tathianni Cristini da. Do edifício à cidadania: o patrimônio material e sua relevância para a conquista da cidadania pelos afro-descendentes de Lages/ 228
do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A partir do processo de titulação do território remanescente de quilombo da comunidade de São Roque iniciou-se a pesquisa histórica apresentada nessa comunicação. São Roque localiza-se na fronteira entre os Estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul e têm a história de um passado escravista ligado à região serrana do nordeste riograndense. Para a compreensão da formação de um quilombo nessa região pesquisamos a sociedade escravista na antiga cidade de São Francisco de Paula de Cima da Serra focando dois eixos de análise: relações de domínio senhorial e resistência escra-
va. Trabalho escravo, vigilância e família, bem como fugas reivindicatórias e definiti-
vas são temas tratados nessa comunicação”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
VECCHIA, Agostinho Maria Dalla. Memórias do cativeiro é transição. Estudos
Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 329-44, jul. e dez. 1990.
O artigo busca recuperar a memória da escravidão através de depoimentos orais de filhos e netos de escravos. Destaca aspectos do trabalho escravo e de sua resistência cotidiana. Acervo: BCPUCRS.
229
VECCHIA, Agostinho Mária Dalla. Os filhos da escravidão. Memória dos descendentes de escravos da região meridional do Rio Grande do Sul. Porto Ale-
características das populações das freguesias da Região Meridional e elementos econômicos e sociais da escravidão em Pelotas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
gre: PUCRS, 1992. 269 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1992.
“Aborda a escravidão na região meridional do Rio Grande do Sul, envolvendo a área de 18 municípios do extremo-sul do território brasileiro. Disserta sobre a história dos descendentes de escravos da mesma região. Ambos os aspectos estão assentados fundamentalmente sobre o documento produzido a partir de 32 depoimentos de descendentes de escravos da região. Apresenta uma contextualização históricogeográfica, considerando especialmente os aspectos referentes ao escravismo vigente no século passado, totalidade instaurada e articulada pelo desenvolvimento da 4
economia das charqueadas desde o início do século XIX. Desenvolve a visão da |
escravidão rural da região meridional do Estado a partir dos depoimentos de descendentes de escravos que viveram nas fazendas do interior. Apresenta uma primei- | ra sistematização da história dos descendentes de escravos rurais da região a partir | do momento da libertação. Os depoimentos permitiram a elaboração de um capítulo À especial sobre os filhos-de-criação, uma vez que cerca de trinta por centro [sic] dos | | entrevistados viveu e narrou esta experiência”. Acervo: BCPUCRS. VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. A vida dos escravos no Rio Grande do Sul
VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. O escravismo na região meridional do RS: " elementos contextuais e características. História em Revista, v. 3, p. 99-122, nov. 1997.
O artigo apresenta o contexto histórico gaúcho dos séculos XVIII e XIX, relata depoimentos de descendentes de escravos e descreve Relatórios Provinciais, 230
Maria — RS. Sociais
e Humanas, v. 3, n. 1, p. 23-49, 1989.
O artigo relaciona informações referentes ao período de transição da mão-deobra escrava para a mão-de-obra livre no Brasil com o processo de transição que se realizou em Santa Maria, considerando o papel da legislação, através da análise do Código de Postura Municipal e o papel da Igreja nesse processo. Acervo: BCPUCRS.
coloniais. História: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 73-9, jul. 2003.
4 | ||
Acervo:BCPUCRS.
O artigo descreve brevemente a escravidão no Rio Grande do Sul, a partir de depoimentos de descendentes de escravos, enfatizando as charqueadas e as resistências, como rebeldias e quilombos. Acervo: BCPUCRS.
WEBER, Beatriz Teixeira. A organização do mercado de trabalho livre no período de transição da mão-de-obra escrava para a livre: o caso de Santa
WEBER, Regina. Quando negros e brancos se encontram nas fábricas das regiões
nov. 1993.
VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. Escravidão e sociedade. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 135-46.
Analisa a segregação e discriminação sofrida pelo afro-americano e descreve situações presenciadas pelo autor quando este visitou os Estados Unidos. Acervo: BCPUCRS.
|
— depoimento de Antenor Silveiras. Novos Estudos — CEBRAP, v. 37, p. 83-102, | “Antenor Silveiras, filho e neto de escravos da região de Pelotas, no Rio Grande do Sul, relembra fatos que viveu ou lhe foram relatados por seus antepassados, fornecendo um interessante painel da vida dos escravos no Rio Grande do Sul”.
VELLINHO, Moisés. O negro nos Estados Unidos. Província de São Pedro, n. 18, p. 139-45, 1953.
,
O artigo analisa as relações entre negros e brancos no trabalho das fábricas, enfatizando o caráter étnico em que se davam essas relações, demonstrando a oposição entre as categorias de “origem” e “brasileiro”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Nominação e identificação de ex-escravos através de processos criminais: São Francisco de Paula, RS, 1880-1900. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Durante os anos finais da escravidão e o imediato pós-abolição, ocorreu um processo de redefinição das categorias étnico-sociais até então utilizadas. As mesmas foram objeto de disputa em um momento de reformulação das relações de trabalho. Nesse sentido, no presente estudo busco perceber esses aspectos através das formas pelas quais diferentes indivíduos egressos do cativeiro foram nomeados e identificados em processos criminais e inquéritos policiais de São Francisco de Paula de Cima da Serra. Esses autos foram pesquisados no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
231
Paulo e no Paraná, 25% dos escravos eram casados e, na população acima de 40 anos, o percentual chegava a 40%. Mas, na população livre, estes valores duplicavam. A existência de padrões diferentes para escravos e livres devia-se menos às razões de masculinidade e mais a práticas restritivas diferenciadas impostas, sobretudo, pelos senhores”. Co-autor: Iraci del Nero da Costa. Versão em francês: Note sur le mariage des esclaves dans les régions de São Paulo et du Paraná (1830). Annales de Démographie Historique, Paris, p. 49-
Família escrava
ALVES, Eliege Moura. Uma Presença Invisível — Escravos em Terras Alemãs. Anais Eletrônicos Do Ti Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, p. 2005. 1 cd-rom.
57, 1986. Acervo: NEHD.
“O objetivo dessa comunicação é identificar e analisar a presença escrava em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no período delimitado entre os anos de 1850 a 1870. Partindo de fontes primárias como inventários post mortem, cartas de
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alforria, assentos de batismo, casamento e óbitos, pretende mostrar a existência
de laços familiares entre os cativos, bem como as suas lutas pela liberdade através das cartas de alforria e a significativa parcela de escravos que desde o período anterior à chegada dos imigrantes — portanto, ainda no século XVIII — contribuíram para a construção da antiga colônia alemã de São Leopoldo” (trabalho apresentado no I Encontro Escravidão e liberdade no Brasil Meridional em Castro/
| | | | |
PR em 2003). Acervo:BSCSH/UFRGS.
GEREMIAS, Patrícia Ramos.
“Ser ingênuo ” em Desterro/SC: A lei de 1871, o
HAMEISTER, Martha Daisson. Nas malhas do compadrio: estratégias sociais e relações entre famílias livres e escravas em algumas unidades domésticas da Vila do Rio Grande (c. 1738 c. 1777). Comunicação apresentada no VI Congresso Brasileiro de História Econômica, Conservatória (RJ), ABPHE, Anais do VI Congresso Brasileiro de História Econômica e 7º Conferência Internacional de História de Empresas, 2005. 1 cd-rom.
A comunicação é decorrência da metodologia empregada na análise dos registros de batismo da Vila do Rio Grande nas primeiras décadas do século XVIII. Mediante o estudo intensivo dessas fontes destacaram-se as relações entre os agentes históricos que se estabeleceram com base no compadrio.
]
vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de | origem africana (1871-1889). Rio de Janeiro: UFF, 2005. 109 f. Dissertação |
KUHN, Fábio. A prática do dom: família, dote e sucessão na fronteira da Amé-
rica Portuguesa. Comunicação apresentada no VI Congresso Brasileiro de His-
(Mestrado em História), Universidade Federal Fluminense, 2005.
tória Econômica, Conservatória (RJ), ABPHE, Anais do VI Congresso Brasilei-
O trabalho discute o processo de elaboração da legislação de 1871 através dos principais projetos que, ao longo do século XIX, propuseram a liberdade do ventre como uma das medidas mais seguras para o encaminhamento da questão servil no país. Na tentativa de entender as implicações dessa legislação para as crianças declaradas livres, assim como para suas famílias, analisa os processos
ro de História Econômica e 7º Conferência Internacional de História de Empresas, 2005. 1 cd-rom.
| |
de tutelas oriundos do Juizado de órfãos e Ausentes de Desterro, entre o período
|
] |
de 1880 a 1889. Com isso, percebe a preferência dos juízes de órfãos de Dester- | ro pela tutela dativa e as possíveis implicações dessa escolha para as crianças e | suas famílias que, em algum momento, sofreram com a interferência do poder |
Nesse texto procura-se discutir um dos principais aspectos das estratégias familiares das elites coloniais e como ele se apresentava na região dos Campos de Viamão durante a segunda metade do século XVIII: a prática do dote — que não pode ser entendido somente como um mecanismo de transferência patrimonial, mas também como um ato estabelecedor de relações políticas, na medida em que vinculava famílias ou ainda determinados indivíduos a certas famílias importantes, celebrando uma política de alianças.
público em suas vidas.
GUTIÉRREZ, Horácio. Nota sobre casamentos de escravos em São Paulo e no À Paraná (1830). História: Questões e Debates, v. 5, n. 9, p. 313-21, 1984.
O artigo analisa “os padrões de casamento da população escrava que revelam | que os cativos não ficaram ausentes dessa opção de vida. Em 1830, em São | 232
NEVES JÚNIOR, Edson José. Reprodução Natural e Famílias Escravas em Porto Alegre — 1840 — 1865. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A comunicação tem por objetivo apresentar pesquisa em desenvolvimento tratando da reprodução natural da escravaria porto-alegrense em meados do século 233
Aspectos jurídicos
XIX, portanto, trabalho no campo da história demográfica. Procurarei averiguar
se a reprodução vegetativa da população escrava dessa cidade conseguiu suprir devidamente a demanda exigida pelo mercado e manter o contingente populacional do município proporcionalmente idêntico nos períodos pré e pós-tráfico. As fontes com que trabalho são basicamente duas: registros paroquiais de batismo, casamento e óbitos e inventários post mortem”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAKOS, Margaret Marchiori. O imigrante europeu e o trabalho escravo no Rio Grande do Sul. Veritas, n. 112, p. 455-61, dezembro 1983. SIMÃO, Ana Regina Falkembach. Resistência e acomodação: a escravidão urbana em Pelotas, RS, (1812-1850). Passo Fundo: UPF, 2002. 155 p.
Essa publicação tem como base a dissertação de mestrado da autora. No livro ela elabora uma reflexão histórica sobre a escravidão no Brasil e no Rio Grande do Sul, destacando a escravidão urbana e suas peculiaridades A cidade de Pelotas e a indústria do charque são analisadas segundo a importância que tiveram no contexto socioeconômico. É sublinhado também o processo de alforria e as | possibilidades de mobilidade social; as formas de resistência do escravo em | meio urbano tais como suicídios, homicídios, lesões corporais e crimes contra a | propriedade; construção de família escrava; condições de saúde em meio urbano. Para o desenvolvimento do trabalho a autora utilizou fontes primárias tais como as cartas de alforria, processos crimes, registros de batismo, casamentos e óbitos, registros de doenças e enfermos da Santa Casa de Misericórdia.
Analisa a dispor da sio sobre publicado
legislação provincial e nacional que impediu o imigrante europeu de mão-de-obra do escravo negro. Trabalho apresentando no IV SimpóImigração e Colonização Alemã no Rio Grande do Sul de 1980 e também nos Anais desse Simpósio. Acervo: BCPUCRS.
BARBOSA, Eni. A arquivologia através da preservação documental e sua contribuição sobre a escravidão negra no Rio Grande do Sul. Biblos, v. 3, p. 5968, 1990. O trabalho é uma contribuição ao estudo da escravidão no Rio Grande do Sul no período imperial. Mediante fontes primárias, a autora pretende demonstrar os processos das autoridades do Império, relativas aos escravos, classificando seus crimes em diversas localidades sul-rio-grandense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BERTULIO, Dora Lúcia de Lima. Direito e relações raciais: uma introdução crítica ao racismo. Florianópolis: UFSC, 1989. 249 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídicas), Universidade Federal de Santa Catarina, 1989.
“O objetivo central do trabalho é a introdução da discussão racial no estudo e prática do direito. A autora, contextualizando a situação do negro no Brasil, pontua o quanto o Direito e o Estado brasileiros permaneceram impassíveis, sempre considerando a ausência de conflitos raciais. Diante das pressões da população negra, o Estado edita leis anti-racistas, que permanecem sem aplicação prática. Os juristas, doutrinadores ou cientistas políticos não tomam conhecimento do fato. O Direito brasileiro foi considerado como elemento de reprodução e perpetuação do racismo. Algumas falas dos membros do poder judiciário, legislativo e executivo ilustram a carga racista do cotidiano das instruções de poder do Estado”. Acervo: BCUFSC.
CARVALHO, Neif Ache. O controle social do negro. Veritas, v. 34, n. 132, p. 525-31, dez. 1988.
234
235
Analisa as imposições feitas ao negro rio-grandense pela Legislação Provincial, no período de vigência do sistema escravista e dá exemplos de como esse controle era feito na prática. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O livro contém a transcrição da legislação portuguesa e brasileira referente ao tráfico, à escravatura e à abolição. Apresenta também a transcrição de alguns documentos do período escravista, como cartas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
“CHAGAS, Miriam de Fátima. A política do reconhecimento dos “Remanescentes das Comunidades dos Quilombos”. Horizontes Antropológicos, v. 15, p. 20935, jul. 2001.
GRAF, Márcia Elisa de Campos. Cartas de emancipação a africanos livres. Re-
vista da SBH, n. 9, p. 73-5, 1994. A autora faz uma curta exposição sobre a inscrição de africanos livres no livro destinado a eles na Província do Paraná em 21 de agosto de 1864, em obediência ao Aviso do Ministério da Agricultura de 4 de agosto do mesmo ano.
O artigo enfoca os limites e as possibilidades de reconhecimento das especificidades culturais e sociohistóricas dos denominados “remanescentes das comuni-
| |
dades dos quilombos”, a partir de um direito constitucional que assegura a regularização de suas terras. Analisa os laudos antropológicos e os exemplos etnográficos que estes trazem. Acervo: BCPUCRS.
1994.
A autora comenta o levantamento de toda a documentação referente aos africanos livres contido nos volumes dos ofícios de 1854 a 1866 reunidos no arquivo público do Estado do Paraná. São 71 documentos entre correspondências oficiais, relatórios, circulares, portarias, etc.
FERTIG, André. Demanda da População ao Governo da Capitania do Rio Gran- ! de de São Pedro no Inicio do Século XIX (1800-1815). Agora, v. 5, n. 2, p. 7-
27, 1999.
“Esse artigo aborda a relação existente entre o poder institucional e uma parcela da sociedade rio-grandense que, no início do século XIX (1800-1815), através de requerimentos, apresentava suas queixas e reivindicações ao Governador e Capitão-General do Rio Grande de São Pedro. Os autores desses requerimentos eram, usualmente, identificados como suplicantes. O objetivo é analisar a importância das petições tanto para os suplicantes quanto para o poder público, compreendendo o requerimento como um canal de expressão dos interesses da população frente ao poder público, verificando ainda quais eram os assuntos que, segundo os suplicantes, cabia ao Estado resolver”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
GRAF, Marcia Elisa de Campos. A lei e a prática: a propósito dos africanos livres. Revista da SBH,
| 4 4 | | q
KRAAY, Hendrik. “O abrigo da farda”. O Exército brasileiro e os escravos fugidos (1800 — 1881). Afro-Asia, n. 17, p. 29-56, 1996.
| À
O artigo busca analisar como os escravos fugidos utilizavam o exército como estratégia a partir das contradições do Estado Brasileiro. Descreve, também, a política do Exército em relação à escravidão, destacando os princípios legais que dirigiam o recrutamento e a escravidão. Acervo: BCPUCRS.
FRANCO, Sérgio da Costa. Os enforcados em Porto Alegre: execuções da pena | capital entre 1821 e 1857. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio |
LIMA, Solimar Oliveira. Resistência e punição de escravos em Fontes judiciais no Rio Grande do Sul: 1818-1833. Porto Alegre: PUCRS, 1994. 210 f. Dissertação (Mestrado em História), Porto Alegre, 1994.
Grande do Sul, n. 137, p. 19-39, 2002.
O artigo apresenta dados sobre as execuções de pena de morte em Porto Ale- ! gre (1821-1857) por vários crimes previstos no Código Criminal do Império e | julgados pela Junta de Justiça. Descreve os condenados pela Junta da Justiça | e pelo Tribunal do Júri, sendo, a maioria deles, escravos e libertos. Acervo: / BCPUCRS. FREITAS, Décio. Escravidão de índios e negros no Brasil. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Instituto Cultural Português, 1980. 172 p. 236
“Aborda-se o cotidiano de 131 trabalhadores negros escravizados no Rio Grande do Sul e julgados pela junta de justiça ou junta criminal, que funciona em Porto Alegre, no período de agosto de 1818 a fevereiro de 1833. Estes são acusados de “crimes” como roubos, lesões corporais, homicídios e fugas de cadeias públicas, nas várias cidades do território sulino. Para consecução do objetivo
proposto, busca-se reconstruir a trajetória de vida dos escravos réus”. Acervo: BCPUCRS.
|
237
MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. Um promotor fora de lugar: justiça e
escravidão no século XIX (comarca de Santo Antônio da Patrulha, Textura, n. 10, p. 39-47, jul./dez.2004.
1868).
“OQ presente artigo analisa, através de um estudo de caso, as complexas relações que existiam entre os poderes locais (municipais) e o Estado Imperial brasileiro, na segunda metade-do século XIX”. Acervo: BCPUCRS. PENA, Eduardo Spiller. O jogo da face: a astúcia escrava frente aos senhores e a Lei na Curitiba Provincial. Curitiba: UFPR, 1990. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Paraná,
1990.
PEREIRA,
“Estuda o discurso produzido pelas autoridades provinciais e pela elite curitibana sobre o escravo e as formas de resistência a esse discurso no decorrer do século XIX. Analisa o projeto disciplinar voltado para as camadas populares, e mais incisivamente para os escravos, elaborado pelas elites e autoridades provinciais, caracterizando como desordeiros, violentos e ociosos, os populares que participavam de festas, danças, comemorações, que reuniam desde os morigerados (trabalhadores imigrantes) até os escravos. Mostra que, visando a disciplinar esses corpos para o trabalho, autoridades provinciais lançaram mão de proibições, sanções e um rígido controle policial executados pelo Chefe de Polícia e o Inspetor de Quarteirão, escolhido dentre os próprios moradores das vilas mais afastadas e pobres da província, aponta como alvo maior da vigilância e da disciplinarização os escravos, parcela minoritária da população que vivia neste período, um processo de transição da forma escravagista de trabalho para a livre. Discute as interpretações recentes sobre a escravidão produzidas sobretudo por autores da chamada “Escola de São Paulo”. Analisa as formas que os escravos encontraram, em sua experiência cotidiana de conflito com seus senhores, com aparelhos disciplinarizadores dos governos provinciais e com a caricaturização das elites, para reagir a esta situação”.
PEREIRA,
Magnus
R. de Mello. Fazendeiros
industriais e não-morigera-
dos; ordenamento Jurídico e econômico da sociedade paranaense, 1829-1889. Curitiba: UFPR, 1990. Dissertação (Mestrado Departamento de História)
Universidade Federal do Paraná,
1990.
“Estuda as transformações econômicas, sociais e políticas da socieda de paranaense do século XIX no contexto do aparecimento e consoli dação da indústria ervateira. Mostra que, devido à predominância do mate à formação da indústria ervateira e estabelecimento das relações de livre mercado, houve um dinamismo da economia paranaense, sobretudo a partir de 1830 que reestruturou a economia e a sociedade da região. Analisa a fração da bom Buesia paranaense que se dedicava ao comércio exterior do mate, promoto ra de um processo de auto-sustentação e tecnificação do produto, que dinamizou seu beneficiamento para atender à crescente demanda externa investin do em máquina, equipamentos e mão-de-obra, além de criar copueo próprios para a produção: as fábricas de beneficiamento do mate. Demonst ra que o advento dos engenhos do mate estabeleceram uma dinâmica industri al na região, sui generis se comparada ao nacional e muito parecida ao modelo clássico manchesteriano. Conclui que o advento da indústria ervateir a foi um dos fatores desagregadores do regime de trabalho servil na região atraindo toda uma gama de escravos e ex-escravos para a coleta sazonal da erva e para o interior dos engenhos”.
Lúcia Regina Brito. Fábulas de escravos e libertos no cenário
da justiça em Porto Alegre — 1870/1888. Porto Alegre: PUCRS,
1995. 157
f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1995.
“Essa pesquisa aborda os anos finais do escravismo, 1870 a 1888 no Rio Grande do Sul, através de processos judiciais. A instituição da lei do Ventre Livre visava a direcionar de forma pacífica a transição do escravismo para o trabalho livre, foram reformuladas as funções do setor jurídico no sentido de organizar e agilizar a instituição. O objeto desta pesquisa é a atuação do 238
negro na sociedade escravista em desagregação. A análise deste grupo através dos processos judiciais justifica-se porque nele ficou registr ada parte de suas vivências e relacionamento com o todo social. Faziam parte de um universo em que a construção de mecanismos de controle objetivavam a permanência da estrutura agrário-exportadora. Através das medidas de controle impostas podemos refletir sobre as preocupações dos setores dirigentes e quais as verdadeiras intenções ao criá-las. Os sujeitos interag iam num universo em que as forças contrárias se defrontavam no cotidiano de uma sociedade que buscava algumas transformações”. Acervo: BCPUCRS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Considerações em torno da interpre tação de Leis Abolicionistas numa província fronteiriça. Anais do VI Simpósio NacionalToa Raso dos Professores Universitários de História, a, SãoSão P Paulo/SP,
v. 1,
A autora aborda a história da escravidão no Rio Grande do Sul destaca ndo sua condição fronteiriça, os interesses em jogo no processo de emancip ação e o papel desempenhado pela República Oriental. O trabalho gira em torno
239
da pipas io. de pronunciamentos feitos no decorrer dos trabalhos além de ci N pis tiva Provincial do Rio Grande do Sul, no ano de 1866, o E, , entre Outros. outros documentos tais como leis, avisos ministeriais Earle M. E se Ra traz as intervenções de Maria da Glória Alves Portal, Nogueir Odilon Maia, Stella de Andrade e Silva, Maria Lúcia Ricci,
SILVA, Mozart Linhares da. Eugenia, antropologia criminal e prisões no Rio Grande do Sul. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2005. 117 p.
O livro reúne dois textos. O primeiro dividido, por sua vez, em duas partes, circunscreve dois períodos estruturais na história do sistema penitenciário, com destaque para o Rio Grande do Sul: a Escola Clássica de Direito Penal e o advento da antropologia criminal e da medicina legal. O autor utiliza dados entre 1850 e 1930 tais como cor, etnia, faixa etária, tipologia de cri-
Matos, entre outros.
PICCOLO,
numa proHelga Iracema Landgraf. As relações Estado/Sociedade
mes
1889). Revista Brasileira víncia periférica: o caso do Rio Grande do Sul (1845de História, n. 1, p. 81-97, mar. 1981.
escravista apelo O artigo discorre sucintamente sobre a situação do sistema a rir pi tários proibição do tráfico e sobre a receptividade que os proprie : BS : grandenses tiveram em relação à lei do Ventre Livre. Acervo e controle dos trabalhadores SCHEFFER, Rafael da Cunha. Fim da escravidão SOUZA, Rogério. AE em Desterro (1880-1890). In: KLANOVICZ, Jó; al de História. FlorianóEstadu ro Encont Trabalho, Cultura e Poder, Anais do X
polis: ANPUH/SC, 2004. p. 371-4.
municipais e vã O artigo analisa a legislação provincial e as posturas on nero eo RR entre 1870 e 1890, visando a apontar como a lei de 1871 eo brio o fazem vo, /escra senhor de alforrias forçam mudanças na relação ph e es ativida as lar contro de Estado, através de leis, coloque-se na função tanto, uu a pro nad de escravos libertos e a até mesmo homens livres. Para o de trabalhadores, gação de algumas leis que procuraram criar um registr SC. trolar suas reuniões e ações na sociedade. Acervo: ANPUH de Guerra Civil: as ce SCHERER, Jovani de Souza. A Liberdade em Tempos 1 = dos a tas de alforrias concedidas em Rio Grande durante a Guerri do Arquivo ul a ROCHA, Márcia (org.). Anais da IV Mostra de pesquisa de 4 fontes primárias. partir a a Estado do Rio Grande do Sul: produzindo históri Porto Alegre: Corag, 2006. p. 169-82. de dai a a O objetivo desse artigo é discutir como se desenvolveu Ec be la o duraçã de anos 10 dos de alforrias em Rio Grande ao longo DF Es gias estraté ais princip as Farrapos (1835/1845). Pretendemos abordar instabi de tura conjun os escravos chegavam à liberdade legal em uma gerada pela guerra civil.
240
cometidos,
instrução,
naturalidade
e nacionalidade,
profissão,
entre
outros. O segundo texto analisa as relações entre eugenia, antropologia criminal e direito.
ZUBARAN, Maria Angélica. Os escravos e a lei de 7 de novembro de 1831 no Rio Grande do Sul (1865-1888). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.1 cd-rom. |
“O trabalho que se segue propõe-se a examinar as Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul que tiveram como referência legal a Lei de 7 de novembro de 1831. Trata-se de investigar como os curadores rio-grandenses e os escravos, seus curatelados, apropriaram-se de um discurso legal considerado “letra morta”, uma lei que jamais fora cumprida mas tampouco fora revogada e a utilizaram em defesa da liberdade. Por outro lado, interessa-nos explorar as diversas interpretações da Lei de 1831 pelos curadores rio-grandenses, tanto no caso dos escravos africanos entrados no Brasil após aquela data, como no caso de saída de escravos do Império para países onde a escravidão Já fora abolida, o que constituiu uma especificidade das Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul. Nosso objetivo é, por um lado, enfatizar o aspecto político dessas iniciativas legais do(a)s escravos(as) no processo de emancipação gradual no Rio Grande do Sul e, por outro lado, destacar que o acesso dos escravos à Justiça possibilitou-lhes o desenvolvimento de novas táticas de luta que resultaram em uma crescente capacidade de defesa de seus interesses e, particularmente, da sua liberdade. Ao se utilizarem da Lei de 1831 contra seus senhores, os escravos desafiaram o “direito” de propriedade dos senhores e as relações de dominação escravista”. Acervo: BSCSH/UFRGS. ZUBARAN, Maria Angélica. Os escravos e as Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul: apropriação da lei de 1871. In: ROCHA, Márcia (org.). Anais da IV Mostra de pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. produzindo história a partir de 4 fontes primárias. Porto Alegre: Corag, 2006. p. 223-36.
241
Esse estudo analisa as Ações de Liberdade regulamentadas pela Lei n. 2.040, de 28/9/1871, no Rio Grande do Sul, na década de 1880, enfatizando o aspecto político das iniciativas legais dos escravos e seus curadores durante o processo de emancipação gradual da escravidão. Trata-se de investigar como escravos € seus curadores apropriaram-se do texto da Lei de 1871 e o ressignificaram na defesa da liberdade, desafiando o direito de propriedade de seus senhores e desenvolvendo novas táticas de resistência à escravidão.
Abolição e processo de emancipação
DIRETORIA DO ARQUIVO E DA BIBLIOTECA DA PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. A escravatura em Porto Alegre. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, p. 203-9, 1940.
O artigo, que teve visto de Walter Spalding, descreve, sucintamente, a inserção dos escravos em Porto Alegre ao longo de sua história. A abolição é um tema destacado e a cidade é descrita como centro abolicionista. Tem como fonte as Atas da Câmara Municipal. Acervo: IHGRS.
DIRETORIA DO ARQUIVO E BIBLIOTECA DA PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE. O Centro Abolicionista. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 2, p. 187-201, 1940. O artigo, o qual teve o visto de Walter Spalding, descreve o movimento abolicionista em Porto Alegre, utilizando como
fonte a Ata dos Trabalhos do Centro
Abolicionista de 7 de setembro 1884, atentando para a importância do Centro na precoce libertação de escravos no Rio Grande do Sul. Acervo: IHGRS.
ALVES, Eliege Moura. Uma Presença Invisível — Escravos em Terras Alemãs. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O objetivo dessa comunicação é identificar e analisar a presença escrava em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no período delimitado entre os anos de 1850 a 1870. Partindo de fontes primárias como inventários post mortem, cartas de
alforria, assentos de batismo, casamento e óbitos, pretende mostrar a existência de laços familiares entre os cativos, bem como as suas lutas pela liberdade através das cartas de alforria e a significativa parcela de escravos que desde o período anterior à chegada dos imigrantes — portanto, ainda no século XVIII — contribuíram para a construção da antiga colônia alemã de São Leopoldo” (trabalho apresentado no I Encontro Escravidão e liberdade no Brasil Meridional em Castro/ PR em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
242
243
Analisa O processo abolicionista no Rio Grande do Sul e, neste, a participação de partidos políticos e imprensa. Descreve também o papel do escravo na formação social sulina. Acervo: BSCSH/UFRGS.
AMARAL, Luiz. O colono italiano e a libertação do negro. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, p. 1025-35, 1940. Esse artigo faz parte da IV Sessão: agricultura, indústria e comércio. Teve parecer de Jorge F. Felizardo. Seu objetivo principal é destacar a importância de imigrantes italianos comparada a outros-grupos europeus. Sublinha-se a importância do trabalho livre e a relevância do imigrante italiano na abolição — como substituto do trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Repensando o processo abolicionista sul-rio-gran-
dense. Estudos Ibero-Americanos, v. 14, n. 2, p. 117-38, dez. 1988.
Analisa o processo abolicionista no Rio Grande do Sul, enfatizando a participação do próprio escravo nesse processo, participação esta que se deu, por exemplo, com suas fugas, aquilombamentos e insurreições. Acervo: BSCSH/ UFRGS.
ANDRADE, Santino de. Os alemães estão chegando: discursos sobre o imigrante alemão em Santa Catarina (1850-1890). Florianópolis: UFSC, 2000. 141 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2000.
BAKOS, Margaret Marchiori. Rio Grande do Sul: a abolição da escravatura em nome da ordem e do progresso. Acervo, v. 3,n. 1, p. 71-81, jan./jun . 1988. Analisa o movimento abolicionista gaúcho ligando esse movime nto ao Partido Republicano Rio-Grandense, agremiação baseada no positivismo que relacionava a necessidade da abolição com a transformação do regime político e defendia a abolição imediata e sem indenização. Acervo: BSCSH/ UFRGS.
O trabalho analisa os discursos que envolveram a imigração alemã da segunda metade do século XIX no Brasil. Ao deter-se sobre as diversas “falas” o autor analisa os projetos sobre a agricultura, as “soluções” para a escravidão e a busca de um “novo” país. Nesses discursos tem-se uma visibilidade das preocupações com a substituição da mão-de-obra escrava, a política e vivência da imigração italiana e, principalmente, alemã. Acervo: BCUFSC.
BAKOS, Margaret Marchiori. O processo abolicionista no Rio Grande do Sul.
|
BAKOS, Margaret Marchiori. O entrosamento da propaganda republi cana com a questão servil no Rio Grande do Sul. Anais do Congresso Internacional da Pro-
Estudos Ibero-Americanos, v. 6, n. 2, p. 121-48, dez. 1980.
paganda, Proclamação e Consolidação da República, v. 1, n. p. 177-83, 1989.
O artigo faz um histórico do processo abolicionista no Rio Grande do Sul, examinando os debates sobre esse assunto na Assembléia Legislativa Provincial.
Analisa como o inconformismo do escravo gaúcho — expresso princip almente nas fugas e formação de quilombos — influenciou no discurso abolicio nista do Partido Republicano Rio-Grandense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Acervo: BSCSH/UFRGS.
BENTO, Cláudio Moreira. O negro e descendentes na socieda de do Rio Gran-
BAKOS, Margaret Marchiori. O positivismo, o republicanismo e a imprensa político-partidária no movimento abolicionista do Rio Grande do Sul (18781888). Porto Alegre: PUCRS, 1981. 370 f. Dissertação (Mestrado em História da Cultura), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1981.
Analisa o movimento abolicionista a partir da imprensa, destacando que os republicanos gaúchos positivistas, através do jornal 4 Federação, posicionaram-se a favor da abolição imediata e sem indenização, o que revela os interesses de novos grupos econômicos em ascensão no Rio Grande do Sul. Acervo: BCPUCRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. RS: escravismo e abolição. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. 168 p.
244
|
de do Sul (1635-1975). Porto Alegre: Grafosul-IEL-DAC-SEC, 1976. 288 p. (0) livro trata dos negros no Rio Grande do Sul, desde sua entrada através do tráfico transatlântico e interno de escravos, até sua representativi dade numérica no ano de 1973. Descreve, também, a abolição, a participação militar dos negros, suas atividades econômicas, algumas fugas de escravos é algumas personalidades negras rio-grandenses. Acervo: BCPUCRS. BERTULIO, Dora Lúcia de Lima. Direito e relações raciais: uma introduç ão crítica ao racismo. Florianópolis: UFSC, 1989. 249 f. Dissertação (Mestrado
em Ciências Jurídicas), Universidade Federal de Santa Catarina , 1989.
245
Missões, demonstrando que os escravos não estiveram presentes somente na região charqueadora e em Porto Alegre. Através de pesquisa empírica, revela a existência de movimentos abolicionistas nessa região, comparando-os com os de outras, as leis elaboradas nesse período, as quais permitiram o encaminhamento de ações de liber-
“O objetivo central do trabalho é a introdução da discussão racial no estudo e prática do direito. A autora, contextualizando a situação do negro no Brasil, pontua o quanto o Direito e o Estado brasileiros permaneceram impassíveis, sempre considerando a ausência de conflitos raciais. Diante das pressões da população negra, o Estado edita leis anti-racistas, que permanecem sem aplicação prática. Os juristas, doutrinadores ou cientistas políticos não tomam conhecimento do fato. O Direito brasileiro foi considerado como elemento de reprodução e perpetuação do racismo. Algumas falas dos membros do poder judiciário, legislativo e executivo ilustram a carga racista do cotidiano das instruções de poder do Estado”. Acervo: BCUFSC.
dade que culminaram na abolição. Através da análise de inventários e testamentos,
identifica e demonstra como essas ações permitiram a concessão de liberdade aos cativos. A pesquisa em livros de registros de batismos e óbito pertencentes à Igreja Matriz de Cruz Alta permitiu revelar a existência de batismo, compadrio e apadrinhamento de escravos, bem como os óbitos ocorridos nessa cidade e em Palmeira das Missões na segunda metade do século XIX. Acervo: BCUPF. BOSI, Vanessa Rolim. “O arquivo vivo do passado distante”: trajetórias do pre-
BLUM, Heitor. 4 campanha abolicionista na antiga Desterro. Florianópolis: Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, 1939. 41 p. O texto trata de um trabalho lido na sessão comemorativa do cingiientenário da 0 abolição no Brasil, realizada em 13 de maio de 1938, no Club 12 de agosto. O autor faz a narrativa do processo abolicionista em Desterro, descrevendo personagens tais como o senador abolicionista Esteves Júnior, relata a atuação de
jornais e acompanha o movimento em prol da libertação. Acervo: BCUFSC.
BORGES, Nilsen Christiani Oliveira. Meio livre, meio liberto: a conquista da alforria em Lages, século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Muitos autores defendem que houve um tratamento humano e benigno dispensado pelos proprietários aos seus escravos, ao ponto que, mesmo com a possibilidade de conquista de alforria, o cativo, por não ter para onde ir, ainda teria preferido continuar servindo ao seu senhor, mesmo sem remuneração. Com o objetivo de rever essa interpretação, o presente artigo, baseado na leitura dos Mapas de População, Escrituras de Liberdade e Inventários post mortem, visa a abordagem das formas de acesso à alforria em Lages, Santa Catarina, no período de 1840 a 1865, destacando os caminhos e estratégias percorridos pelos escravos para alcançar a tão almejada liberdade”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
to Aurélio Viríssimo Bittencourt — burocrata, literato e abolicionista. Anais do VII encontro da ANPUH/RS, 2004. 1 cd-rom.
O trabalho busca analisar a trajetória do “negro” Aurélio Viríssimo de Bittencourt durante o Império e a República, destacando sua atuação como escritor, como homem de confiança de Júlio de Castilhos e Borges de Medeiros, na campanha abolicionista, no campo religioso e na comunidade afro-descendente. Acervo: ANPUHRS.
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CABRAL, Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Desterro: Notícia Histórica II. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1972. O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Desterro, destacando os produtos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também, o uso da água, as vestimentas, os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das Igrejas e Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, sobre a qual o autor enfatiza ser composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escravos apresenta dados demográficos e sobre a origem destes, suas funções, suas festas, suas vestes, seus feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondade de muitos senhores, as Irmandades que participavam, as fugas e crimes que cometiam, as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Refere-se, para isso, aos relatos dos caixeiros-viajantes: BCPUCRS.
BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. Vestígios do passado: a escravidão no CARDOSO,
Edmundo. O dia 13 de maio de 1888 em Santa Maria. Revista da
Planalto Médio Gaúcho (1850-1888). Passo Fundo: UPF, 2003. Dissertação (Mestrado em História), Universidade de Passo Fundo, 2003.
Academia Rio-grandense de Letras, n. 10, p. 32-6, 1990.
Nesse estudo a autora analisa a escravidão no Planalto Médio gaúcho no período 1850-1888. Busca analisar a forte presença de cativos e seu valor econômico no contexto sociopolítico e na formação dos municípios de Cruz Alta e Palmeira das
O artigo descreve como foi o dia da abolição em Santa Maria, a partir da imprensa da época. Apresenta, também, alguns dados sobre o movimento abolicionista na cidade. Acervo: BSCSH/UFRGS.
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CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco et al. Experiências das populações de origem africanas em Florianópolis na década da abolição. PerCursos, v. 3, julho 2002.
CONRAD,
O artigo pretende recuperar “as vivências e experiências cotidianas de africanos e afro-descendentes na cidade de Desterro, na década da abolição, bem como perceber o papel da Lei do Ventre Livre no desmantelamento da escravidão, seja pela reformulação das relações entre senhores e escravos, seja pelas estratégias de luta pela alforria que a lei lhes proporcionou”. Acervo: BCUFSC.
CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e escravidão no Brasil Meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1962. 339 p.
Robert. Os últimos anos da escravatura no Brasil: 1850-1888. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. 394 p. O livro trata da desarticulação do sistema escravocrata, descrevendo o fim do tráfico transatlântico, a crise da mão-de-obra, o emancipacionismo, a resistência escrava, as leis do ventre-livre e do sexagenário e o movimento abolicionis-
ta. Acervo: BCPUCRS.
| |
COPSTEIN, Raphael. “A luz”, um farol da abolição. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 125, p. 57-61, 1989. O artigo destaca a importância do jornal rio-grandino 4 Luz na luta pela abolição, analisando algumas matérias sobre a escravidão publicadas no jornal. Acervo: BCPUCRS.
O autor objetiva demonstrar os processos de constituição e desagregação da | sociedade escravocrata brasileira e, principalmente, a participação do negro na | formação do Rio Grande do Sul, destacando as charqueadas. Acervo: IHGRS. |
DAUVWE, Fabiano. Os múltiplos sentidos da liberdade: a viabilidade e as expectativas da libertação pelo fundo de emancipação de escravos. Anais eletrônicos do CARDOSO, Luiz Carlos Amaro. Negros: de escravos a trabalhadores livres. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro et al. Negras histórias no Rio Grande do Sul.
II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
] !
Porto Alegre: EVANGRAF/FAPERSGS, 2002. p. 102-13. O artigo analisa o período da transição do trabalho escravo para o livre, compreen- : dido entre a crise da escravidão e o início da Era Vargas, entendendo a abolição | (Lei Áurea) como um referencial político institucional, pois ainda não existia re- | gulamentação nem fiscalização para o trabalho livre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CHEREM, Rosângela Maria. Uma abordagem sobre as alforrias nos jornais de Des-
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“O fundo de emancipação de escravos foi criado pela lei nº 2.040, de 28 de setembro de 1871. Previa a destinação de recursos pecuniários a cada província do país para a libertação de escravos de acordo com o número de matrícula. O baixo percentual de libertados ajudou a criar uma interpretação historiográfica que considerou o fundo de emancipação uma forma pouco importante de libertação de cativos. Ao avaliarem o fundo de emancipação dessa forma, os estudos dessa linha argumentativa mais fazem expressar uma frustração com os resultados obtidos do que buscar uma avaliação das razões pelas quais isso se deu. Estudos mais atuais consideram que avaliar o fundo de emancipa-
terro de 1884 a 1888. Revista Catarinense de História, n. 1, p. 47-54, maio 1990.
ção apenas a partir de sua “eficiência” seria encará-lo apenas como uma con-
O artigo pretende entender as motivações econômicas que levaram a propaganda abolicionista. Analisando os jornais da época a autora pretende auferir o lugar das publicações sobre alforrias e sua vinculação com esta propaganda. Acervo: BCUFSC
cessão do Estado. Por outro lado, analisar o fundo sob o prisma da diminuição do poder dos senhores sobre os cativos permitiria perceber a atuação de outros grupos, escravos inclusive, na luta pela obtenção da liberdade”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
COLAÇO, Thais. O escravo no carnaval da cidade de N. S. do Desterro no século XIX. Anais da VIII Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histó-
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EGAS, Eugênio. Libertação de escravos (1871-1888-Síntese). Anais do Tercei-
rica, p. 139-41, 1989.
ro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 4, p. 2017-29, 1940.
O artigo descreve a participação dos escravos no carnaval relacionando-a com a campanha abolicionista. Destaca que os escravos tinham suas festas controladas e eram proibidos de participar dos divertimentos “próprios de brancos”, mas que estes muitas vezes se arriscavam para se divertir. Acervo: BCPUCRS.
O artigo, que teve parecer de Adroaldo Mesquita da Costa, traça um panorama dos movimentos abolicionistas em alguns países, enfatizando as pressões da Inglaterra para o fim do tráfico transatlântico e o debate internacional. No Bra-
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sil, destaca a participação do Visconde do Rio Branco. Ressalta, também, a participação dos negros para que ocorresse a abolição. Acervo: IHGRS.
ERICKSEN, Nestor. A imprensa do Rio-Grande do Sul da Abolição à República. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 4, p. 2187199, 1940. O artigo descreve a importância da imprensa na abolição e na República, apresentando a trajetória da campanha abolicionista na imprensa. Cita, para esse fim, diversos jornais e revistas, dos quais destaca o Parthenon Literário e o papel do jornalista Koseritz. Acervo: IHGRS.
ERICKSEN, Nestor. Discurso pronunciado pelo Sr. Nestor Ericksen ao ser recebido no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 84, p. 258-81, 4º trim., dez. 1941. O artigo descreve a história do negro no Rio Grande do Sul, desde suas primeiras entradas na fase de povoamento, até a abolição. Apresenta alguns dados demográficos, sobre o tráfico interno e transatlântico, contrabando e economia (destaca a estância e a charqueada). Ressalta, ainda, a participação do negro na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai. Foi publicado, também, em brochura pela Livraria do Globo. Acervo: BPERGS.
FLORES, Moacyr. O teatro abolicionista de Apolinário Porto Alegre. Estudos Ibero-americanos, v. IV, n. 2, p. 239-48, dez. 1978.
O artigo destaca os sócios da Sociedade Parthenon Literário como coordenadores do processo abolicionista de Porto Alegre, através de suas conferências, da imprensa e do teatro. Destaca a comédia Benedito e o drama Os filhos da desgraça como participantes da campanha abolicionista, apontando a abolição como uma questão moralizante, pois segundo o consenso dos abolicionistas os escravos seriam fonte de vícios e corrupção das famílias de seus proprietários. Acervo: BCPUCRS.
FLORES,
Moacyr.
O Partenon Literário e abolição da escravatura em Porto
Alegre. In: FLORES, Moacyr. Cultura afro-brasileira. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia, 1980. p. 19-24.
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O artigo descreve algumas atitudes tomadas pela imprensa e, especialmente pela sociedade Partenon Literário, para a libertação de escravos e para o auxílio da campanha abolicionista. Acervo: BML/ULBRA.
FLORES, Moacyr. O negro na dramaturgia brasileira. 1838-1888. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995. 101 p. Analisa questões ligadas à escravidão, tais como o trabalho escravo, tráfico e abolição, utilizando como fonte comédias e dramas escritos no século XIX. Acervo: BSCSH/UFRGsS.
FORTES, Amyr Borges. Compêndio de História do Rio Grande do Sul. Porto “Alegre: Sulina, 1981. 174 p. O livro, que teve sua primeira edição em 1960, trata de diversos aspectos da história do Rio Grande do Sul, abrangendo desde o período Colonial até 1979 — na 6º edição ampliada que foi consultada. No capítulo referente ao período Imperial há um subcapítulo intitulado 4 abolição da escravatura, no qual o autor destaca a pequena quantidade de escravos e a benevolência da escravidão no Rio Grande do Sul, bem como a precoce abolição no Estado. Acervo: BCPUCRS.
FRANCO, Alvaro; SCHIDORWITZ, Léo Jerônimo; COUTO E SILVA, Morency de. Porto Alegre. Biografia de uma cidade. Porto Alegre: Tipografia do Centro S.A., 1940. 663 p. Este livro consiste em um estudo comemorativo do Bicentenário de Porto Alegre. Na sua parte histórica, aborda a escravidão, trazendo fotos de escravos e libertos e enfatizando o que seria o perfil abolicionista da cidade. Acervo: AHPA.
FREITAS,
Décio. Escravos e senhores-de-escravos. Caxias do Sul: Universi-
dade de Caxias do Sul/Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, Porto Alegre, 1977. 137 p. O livro trata da escravidão no Brasil, descrevendo o antagonismo entre senhores e escravos. Apresenta dados sobre o tráfico de escravos, sobre quilombos,
irmandades, livres pobres, sobre a relação da escravidão com a burguesia mercantil e sobre o abolicionismo. Acervo: BCPUCRS.
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FREITAS, Décio. Escravidão de índios e negros no Brasil. Porto Alegre: Esco-
la Superior de Teologia e Instituto Cultural Português, 1980. 172 p. O livro contém a transcrição da legislação portuguesa e brasileira referente ao tráfico, à escravatura e à abolição. Apresenta também a transcrição de alguns documentos do período escravista, como cartas. Acervo: BSCSH/UFRGS. FREITAS, Décio. O escravismo brasileiro. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes/Vozes/Instituto Cultural Português,
1980. 175 p.
Analisa o sistema escravista brasileiro, descrevendo o estabelecimento da es-
cravidão no Brasil, a situação dos escravos, a resistência exercida por esses e a abolição da escravatura. Acervo: BSCSH/UFRGS. FREITAS, Sílvia Correia de. Tecendo laços: as práticas comunitárias dos escravos em Antonina/PR (1840-1870). Florianópolis: UFSC, 2003. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003.
“Nesse trabalho são abordados temas relativos às práticas comunitárias dos escravos de Antonina, cidade situada no litoral paranaense, no período que vai de 1840 até 1870, a partir da interpretação de processos criminais e ações de liberdade. É possível perceber a construção de estratégias políticas no sentido de aumentar seus espaços de autonomia. Uma das maiores lutas desses homens e mulheres talvez tenha sido no sentido de tecerem e refazerem os seus laços de parentesco e solidariedade. Esses laços muitas vezes extrapolaram as condições jurídicas entre livres, escravos e libertos”. Acervo: BCUFSC. GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. Cartas de alforrias em Rio Grande. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 117-36, jul. e dez. 1990.
O artigo descreve as alforrias na cidade de Rio Grande, apresentando tabelas com quantidades de escravos e livres nas Paróquias de Rio Grande, com o número de alforrias por sexo, idade, estado civil e ano, além das condições das alforrias, as profissões dos escravos alforriados e preços respectivos. Acervo: BCPUCRS. GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. 4 escravidão urbana na cidade de Rio Grande. Porto Alegre: PUCRS, 1993. 201 f. Dissertação (Mestrado em Histó-
“A pesquisa está baseada em três tipos de documentação: cartas de alforria encontradas no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul, relativas aos anos de 1874-1879 e 1884-1885. Os relatórios dos Presidentes da Província, que estão
no Instituto Histórico e Geográfico de Porto Alegre e os anúncios de jornais Diário de Rio Grande e Echos do Sul, localizados na Biblioteca de Rio Grande, da década de 60 do século XIX. Pretende-se com esse trabalho não só traçar um perfil do escravo rio-grandino nesse período, como também rediscutir algumas teses concernentes à escravidão na cidade”. Acervo: BCPUCRS.
GEREMIAS,
Patrícia Ramos.
“Ser ingênuo ” em Desterro/SC: A lei de 1871, 0
vínculo tutelar e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de origem africana (1871-1889). Florianópolis: UFF, 2005. 109 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal Fluminense, 2005.
O trabalho discute o processo de elaboração da legislação de 1871 através dos principais projetos que, ao longo do século XIX, propuseram a liberdade do ventre como uma das medidas mais seguras para o encaminhamento da questão servil no país. Na tentativa de entender as implicações dessa legislação para as crianças declaradas livres, assim como para suas famílias, analisa os processos de tutela oriundos do Juizado de Órfãos e Ausentes de Desterro, entre o período 1880 — 1889. Com isso, percebe a preferência dos juízes de órfãos de Desterro pela tutela dativa e as possíveis implicações dessa escolha para as crianças e suas famílias que em algum momento sofreram com a interferência do poder público em suas vidas.
GOMES NETTO, Álvaro de Souza. Algumas considerações sobre o Fundo de Emancipação de Escravos no Termo de Lages, 1871-1888. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Esse artigo provém de um amplo projeto sobre a escravidão no Termo de Lages, região serrana de Santa Catarina, coordenado pelo autor e desenvolvido junto ao Curso de História das Faculdades Integradas Univest, de Lages. O artigo pretende formular algumas considerações sobre o funcionamento do Fundo de Emancipação de Escravos que, no Termo de Lages, passou a funcionar efetivamente somente em 1875, quando recebeu a primeira cota disponibilizada para a compra de escravos na região serrana”. A pesquisa tem analisado a manipulação de fundos públicos, tanto no governo provincial quanto no municipal, como possibilidade explicativa para a ineficácia dos resultados obtidos por esses fundos de emancipação. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ria), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993.
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GRAF, Márcia. Os mecanismos de alforria na Província do Paraná — século XIX. Anais da VI! Reunião da Sociedade Brasileira de História, p. 43-6, 1989.
O artigo descreve as diferentes formas de liberdade dos escravos, destacando as leis emancipatórias, as sociedades emancipadoras e, mais tarde, abolicionistas, as fugas para alistamento no exército e, principalmente, as libertações concedidas pelos proprietários. Acervo: BCPUCRS.
GUAZZELLI, Cesar Augusto Barcellos. Libertos e liberdade: os soldados negros da República Rio-Grandense. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom
“São poucos os trabalhos sobre a participação dos escravos na Revolução Farroupilha. Por outro lado, não há referências à importância que os libertos representaram para as relações externas estabelecidas entre os republicanos e seus vizinhos do rio da Prata, nem o quanto a sua presença perturbou as diplomacias do Império e da Confederação. Contribuir para uma melhor compreensão desses temas é o objetivo desse texto”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
KITTLESON, Roger A. Campaign all of peace and charity: gender and politics of abolicionism in Porto Alegre, Brazil, 1879-88. Slavery and abolition, v. 22, n. 3, p. 83-108, december 2001. À O autor trata do abolicionismo em Porto Alegre destacando o papel das mulheres, a “feminilização” da abolição, um processo multifacetado que inclui um novo sentimento moral e marca a participação das mulheres no debate político. Ao comparar, no entanto, a experiência gaúcha com aquela de outras áreas escravistas, tais como Estados Unidos e Inglaterra, nos quais os movimentos antiescravistas contribuíram para o movimento feminista, aponta ao citar também Emília Viotti da Costa, que esta atividade antiescravista em Porto Alegre não significou uma maior demanda por direitos sociais e políticos das mulheres. Seu artigo busca retomar este tema ao analisar a centralidade da categoria de gênero na campanha abolicionista.
KITTLESON, Roger A. Women and Notion of Womanhood in Brazilian Abolicionism. In: SCULLY, Pamela; PATON, Diana. Gender and Slave — Emancipation
serviu ao movimento social emergente, principalmente na década de 1880, responsável, em parte, pelas mudanças substantivas do abolicionismo neste período. O envolvimento público das mulheres e seu ativismo em torno do debate de questões econômicas, sociais e políticas é visto como uma inovação e, ao mesmo tempo, um ataque às restrições sofridas pelas mulheres no século XIX.
KITTLESON, Roger A. The Practice of Politics in Postcolonial Brazil — Porto Alegre, 1845-1895. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 2006. 266 p. O livro é um interessante estudo sobre as experiências políticas, situando-se na fronteira entre as relações cotidianas de poder e as relações políticas formais. Investiga-se as mudanças ocorridas em Porto Alegre na segunda metade do século XIX. Em sua análise tematiza-se os problemas da imigração, práticas po. líticas cotidianas em Porto Alegre, a emergência do partido republicano e as idéias positivistas, projetos abolicionistas, entre outros temas.
KLIEMANN, Luiza Helena Schmitz. Novas fontes de pesquisa sobre escravos e africanos livres no acervo do CEDOP — Irmandade santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Sociais e Humanas (Revista do Centro de Ciências Sociais e Humanas UFSM), v. 3,n. 1, p. 51-64, jan. e abr. 1989. Analisa a libertação de escravos pertencentes à Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e descreve as atividades exercidas pelos libertos a serviço desta Instituição de Caridade. Acervo: BCPUCRS.
LARA, Silvia Hunold. III — Mesa redonda — escravidão negra no Brasil. Anais II Encontro Estadual de história Anpuh/SC, p. 34-48, 1990.
O texto faz parte da discussão de uma mesa redonda da qual participaram Ilka Boaventura Leite e Walter Piazza tratando da escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo Departamento de História, realizado em Florianópolis, de 22 a 26 de agosto de 1888. Lara, em seu texto, discute a experiência dos escravos citando documentos nos quais os cativos negociavam seus contratos de compra e venda ou conquistavam suas liberdades. A ênfase recai sobre a importância da análise das relações
in the Atlantic World. Durham e London: Duke University Press, 2005. p. 99-120.
sociais que envolviam senhores e escravos, como forma também de se rever a
O texto aborda o movimento abolicionista no Brasil, dentro do quadro atlântico, buscando uma perspectiva comparativa. Tendo em vista as variações regionais deste movimento, vai examinar o caso de Porto Alegre. O foco de seu estudo é a participação das mulheres destacando como a visão moralizadora e feminina
tese da coisificação do escravo e evitar generalizações. Acervo: ANPUHSC.
254
LAYTANO, Dante de. História da República Rio-Grandense (1835-1845). Porto Alegre: Livraria do Globo, 1936. 352 p. 255
O livro descreve a Revolução Farroupilha em seus diversos aspectos. Trata, também, da escravidão, trazendo algumas estatísticas e destacando a participação militar do negro. Ressalta ainda o caráter abolicionista da República RioGrandense. Acervo: AHRGS.
LAYTANO, Dante de. Abolição da escravatura no Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. n. 125, p. 23-7, 1989. O artigo trata do movimento abolicionista no Rio Grande do Sul, seus problemas e lideranças — destacando o Clube 20 de setembro, a Sociedade Abolicionista do RS e o Partenon Literário — enfatizando a semelhança com o restante do Brasil. Ressalta o caráter político da abolição com sua forte relação com a queda do Império. Acervo: BCPUCRS.
LIMA, Adriano Bernardo Moraes. Trajetórias de crioulos — um estudo das relações comunitárias de escravos e forros no Termo da Vila de Curitiba (c. 1760c.1830). Curitiba: UFPR, Federal do Paraná, 2001.
2001.
118 f. Dissertação (Mestrado), Universidade
O autor analisa o processo de manumissão destacando a participação dos escravos. Tem como fontes principais cartas de alforrias e lista nominativa de habitantes, busca verificar a inserção do escravo alforriado em uma rede de contraprestações e a importância da família escrava.
LONER, Beatriz Ana. 1887: A revolta que oficialmente não houve ou de como abolicionistas se tornaram zeladores da ordem escravocrata. História em Revis-
ta, v. 3, p. 99-122, nov. 1997. “Este artigo trata da revolta ocorrida em 1887 na charqueada de Brutus de Almeida,
LAZZAROTO, Danillo. O negro no Rio Grande do Sul. In: História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Sulina, 1971. p. 131-8. Descreve a presença escrava no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a utilização da mão-de-obra cativa na produção e no exército. Descreve também o processo abolicionista no Estado e a influência do africanismo ao povo gaúcho. Acervo: BPERGS.
LEITE, Ilka Boaventura. II - Mesa redonda: A escravidão negra no Brasil. Anais II Encontro Estadual de História Anpuh/SC,
1990.
p. 23-33.
O texto faz parte de uma mesa redonda onde também estiveram Sílvia Lara e Walter Piazza para discutir a escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo departamento de História realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1888. Em seu texto, Leite analisa o quanto as historiografias locais enfocaram o tema a partir de grandes vultos abolicionistas, fazendo críticas às sínteses históricas realizadas até os anos 1970 e como a escravidão foi pensada tendo como modelo o sistema das plantations, o que ocasionou o desconhecimento da escravidão em lugares como Santa Catarina. Faz em seu trabalho uma análise crítica da literatura dos viajantes. Acervo: ANPUHSC.
LIMA, Adriano. A interferência da comunidade escrava na conquista das alforrias em Curitiba. Anais do IX encontro da ANPUH/SC, 2002. 1 cd-rom. A comunicação pretende demonstrar a participação dos escravos em seus processos de alforria a partir de seus laços de parentesco. Acervo: ANPUHSC. 256
em Pelotas. Após breve investigação sobre a forma como foi feita a emancipação do município, procura-se analisar as relações entre senhores de escravos e abolicionistas em Pelotas na década de 80 do século passado. O comportamento dos jornais e setores abolicionistas no episódio — de completo silêncio — e a descrição dos acontecimentos compõem a parte final do artigo”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LONER, Beatriz Ana. Negros: organização e luta em Pelotas. História em Revista, v. 5, p. 7-27, 1999. O artigo descreve a organização e a luta dos negros em Pelotas nos cingiienta primeiros anos da República, destacando organizações como o Centro Ethiópico, organizações durante o período escravocrata que lutavam pela abolição e lutas dos negros operários. Acervo: BCPUCRS.
LOPES, Aristeu Elisandro Machado. Representações da Escravidão e da Abolição nas caricaturas da imprensa ilustrada e humorística pelotense do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional,
2005. 1 cd-rom. “A cidade de Pelotas foi um dos centros urbanos mais desenvolvidos da Província do Rio Grande do Sul no 2º Império. A riqueza proporcionada pela indústria e comércio do charque e a utilização da mão-de-obra escrava possibilitou não só o crescimento econômico, como também favoreceu a urbanização e o aparecimento de uma intensa atividade cultural. Assim, a imprensa também prosperou, tendo o livro e o jornal como os principais atrativos. Ao final do século XIX, Pelotas contabilizava 116 jornais, entre eles, três periódicos ilustrados e
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humorísticos:
MARIANTE, Hélio Moro. O Rio Grande do Sul em “aulinhas”. Porto Alegre: EST, 1993. 141 p.
Cabrion (1879-1881), Zé-Povinho (1883) e A Ventarola (1887-
1889). O presente trabalho propõe-se a investigar, através das caricaturas, desenhos e textos humorísticos veiculados nessa imprensa, as representações relacionadas à escravidão, à campanha abolicionista e às repercussões da Lei Áurea. Averiguando como a sátira era empregada nos periódicos para criticar a sociedade escravista pelotense, especialmente nas caricaturas veiculadas em 4 Ventarola após o dia 13 de Maio de 1888”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LOPEZ, Luiz Roberto. História do Brasil Imperial. 6. Porto Alegre: Mercado
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O livro descreve o Rio Grande do Sul, a partir da história, da geografia, dos usos, costumes e folclore, dos traços biográficos e da Revolução Farroupilha. Na história há um subcapítulo intitulado “A escravidão no Rio Grande do Sul”, no qual o autor destaca o tratamento mais humano dado aos escravos no Estado e a abolição. Ainda, quando trata dos usos, costumes e folclore o autor apresenta dados da demografia sul-rio-grandense, onde o negro é citado. Acervo: BCPUCRS.
Aberto, 1993. 115 p.
O livro descreve a história do Brasil Imperial citando os negros em sua relação
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com a independência, destacando que a escravidão foi mantida da Colônia para | o Império, e relacionando a queda do Império com o fim da escravidão, apresentando alguns elementos da questão servil, como a resistência dos escravos, as leis emancipatórias e a situação do negro no pós-abolição. Acervo: SESC.
MACEDO, Francisco Riopardense de. História de Porto Alegre. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1993. 86 p. O livro descreve a história de Porto Alegre, destacando o nascimento do povoado, a transformação em Vila, os visitantes, os instrumentos administrativos, a Revolução Farroupilha, os equipamentos urbanos pós-revolução, as festas, os transportes, a energia, a recreação, o planejamento e a República. Trata da escravidão apenas quando se refere ao trabalho livre na República, quando cita a abolição. Acervo: BCPUCRS.
MONTI, Verônica Aparecida. O abolicionismo: sua hora decisiva no Rio Grande do Sul- 1884. Porto Alegre: PUCRS, 1978. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1978.
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A dissertação analisa a abolição no Rio Grande do Sul, iniciando pela escravidão no Brasil e no Rio Grande do Sul — apresentando as funções dos escravos e dados do tráfico. Ao tratar da abolição, destaca o papel da imprensa, dos ensaios
|
bes abolicionistas e, especialmente, do movimento de 1884. Apresenta, ainda, dados sobre a abolição em diversas cidades do Estado. Acervo: BCPUCRS.
socioeconômicos, das manifestações coletivas, do Parthenon Literário, dos clu-
| ] | E
MOREIRA, Early Macarthy. A escravidão na América Espanhola: Cuba, um referencial necessário. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 125, p. 28-39, 1989.
MACEDO, Francisco Riopardense de. Emancipação dos escravos. In: Lições da Revolução Farroupilha. Porto Alegre: Assembléia Legislativa do RS, 1995. p. 37-40.
,
O artigo descreve aspectos da escravidão em Cuba, destacando o tráfico transatlântico, alguns dados demográficos, as principais produções econômicas e funções dos escravos, o tratamento dado a eles e o processo de abolição. Acervo: BCPUCRS.
O livro apresenta dez lições da Revolução Farroupilha, entre elas, a emancipação dos escravos, na qual o autor destaca que os farroupilhas criticavam o tráfico e davam liberdade a seus cativos ou utilizavam a mão-de-obra escrava em condições mais humanas. Acervo: BCPUCRS.
À | |
MOREIRA, Paulo Roberto Staud. Os contratados: uma forma de escravidão disfarçada. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 211-24, jul./dez. 1990.
MAESTRI FILHO, Mário José. Da abolição à república: a agonia do Estado
1
O artigo descreve o trabalho dos contratados, libertos sob cláusula de prestação de serviços, especialmente na capital da província, destacando o caráter de transição conflituosa do trabalho escravo para o livre. Acervo: BCPUCRS.
escravista. Estudos Ibero-Americanos, v. 15, n. 2, p. 303-314, dez. 1989.
O artigo apresenta a abolição como responsável pela República. Analisa, também, a visão mitificada da Princesa Isabel como a responsável pela abolição, demonstrando os diversos fatores envolvidos nesse processo. Acervo: BCPUCRS. 258
MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. Faces da liberdade, máscaras do cativeiro:
experiências de liberdade e escravidão percebidas através das cartas de alforria — Porto Alegre (1858-1888). Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996. 136 p. 259
emancipação — enfatizando o Partenon Literário, a Sociedade Emancipadora Rio Branco, a Sociedade Emancipadora Esperança e Caridade, e as diversas formas de alforria. Acervo: BSCSH/UFRGS.
O livro enfoca as diversas formas de liberdades limitadas pela escravidão, de-
monstrando que o cativeiro e a liberdade não eram estanques e nem totalmente diferentes. Centra-se nos limites urbanos de Porto Alegre e em duas formas de liberdade: as alforrias por remuneração e as libertações por prestação de serviços. Apresenta tabelas com a origem dos negros libertados, a profissão, a idade, entre outros aspectos. Acervo: BCPUCRS.
MULLER, Telmo Mauro. Negros em São Leopoldo. In: Colônia alemã: histórias
e memórias. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul,
Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, 1978. p. 17-25. MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. Boçais e malungos
em terras de brancos:
Descreve casos de escravos pertencentes a alemães (fato proibido por lei), analisando a condição em que viviam estes escravos e discorrendo sucintamente sobre questões como: compra e venda de escravos, alforrias e fugas. Acervo: BPERGS.
notícias sobre o último desembarque de escravos no Rio Grande do Sul nos arredores de Santo Antônio da Patrulha (1852). In: BEMFICA,
Coralina et al.
Anais do Seminário Raizes de Santo Antônio da Patrulha e Caraá. Porto Alegre: EST, 2000. p. 316-24. O artigo descreve o último desembarque de escravos na região de Santo Antô- i nio da Patrulha, em 1852, ocorrido mesmo após a Lei Euzébio de Queiróz. Des- | taca a situação dos africanos que chegaram após a referida lei, ou seja, ilegal- | mente, e seus processos de emancipação. Acervo: BCPUCRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Açoitando fugitivos: a face “negra” do abo-
À
licionismo. In: PESAVENTO,
|
Sandra. História Cultural: experiência de pes-
NEQUETTE, Lenine. A pena de açoites: um manifesto à magistratura brasileira. Revista do Departamento de Biblioteconomia e História
FURG, v.3,n. 1, p.
27-37, jan. e jun. 1982. O artigo apresenta a “posição de um jurista brasileiro do Período Imperial, em face ao tratamento dos escravos, em vésperas de ser abolida pelo governo nacional a instituição legal da escravatura”. Acervo: BCPUCRS.
quisas. Porto Alegre: UFRGS, 2003. p. 137-58. O artigo analisa a situação dos escravos, citando algumas experiências específi- | cas, no final do período escravista, quando a opinião pública urbana voltava-se | para a defesa dos escravos e as fugas tornavam-se mais fáceis. No entanto, a | repressão era ainda muito evidente. Acervo: BCUNISINOS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Ambigiiidades e ambivalências nos processos de libertação dos escravos urbanos (Porto Alegre — segunda metade do sé-
| |
culo XIX). História: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 117-24, jul. 2003.
O artigo analisa as cartas de alforria, buscando destacar as várias formas de
|
diferenciação manipuladas pelos agentes sociais, construindo um distanciamento
|
do mundo da escravidão. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. Os cativos e os homens de bem: experiências
negras no espaço urbano, Porto Alegre 1858-1888. Porto Alegre: EST, 2003. 356 p. O livro, originado da tese de doutorado, analisa a Porto Alegre negra, destacando as moradias e esconderijos, as formas de resistência escrava, o processo de
260
NIEDERLE, Lotário. A problemática do negro. Revista Filofazer, n. 1, p. 3844, 1992. O artigo aborda questões referentes aos problemas sofridos pelos negros nos 500 anos de América Latina, apresentando o contexto do Mundo Ocidental no final do século XV, a abolição no Brasil e a discriminação da raça negra e aponta, ainda, algumas soluções. Acervo: BCPUCRS.
OLIVEIRA, Vinicius Pereira de. Esta é mais uma prova brilhante de que a onda abolicionista vai crescendo e fazendo adeptos”: a ação de curadores e magistrados abolicionistas através de alguns casos de arbitramento para compra de alforria (Gravataí/RS — década de 1880). Anais do História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom.
VIII Encontro Estadual de
“A Lei nº 2040, de 28 de setembro de 1871, popularmente conhecida como Lei
do Ventre Livre, estabeleceu que os escravos que, por meio de seu obtivesse meios para indenização de seu valor teriam direito à alforria. poderia, entretanto, recusar o valor oferecido pelos escravos, o que necessidade de ações de arbitramento para o estabelecimento do valor
pecúlio, O senhor gerava a “justo” a
261
ser pago pelo escravo por sua liberdade. Através de alguns casos de arbitramento para compra de alforria em Gravataí da década de 1880, procuraremos analisar a ação de curadores e magistrados abolicionistas na luta dos escravos em busca da liberdade, bem como a tensão existente entre emancipacionismo e abolicionismo no pensamento das elites”. Acervo: ANPUHRS.
PEDRO Joana Maria et al. Negro em terra de branco: escravidão e preconceito em Santa Catarina no século XIX. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 64 p. O livro trata da história da escravidão em Santa Catarina utilizando os relatórios dos Presidentes da Província, as posturas municipais e os jornais da época, principalmente aqueles de Desterro. Os autores fazem uma análise de sua população, sobre o impacto da imigração, preocupam-se em retratar a vida cotidiana do negro, o processo de abolição, entre outros aspectos. Acervo: BCUFSC.
PENNA, Clemente Gentil. Escravidão, liberdade e os arranjos de trabalho na
Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas de escravidão (1850-1888). Florianópolis: UFSC, 2005. Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2005.
livre, foram reformuladas as funções do setor jurídico no sentido de organizar e agilizar a instituição. O objeto desta pesquisa é a atuação do negro na sociedade escravista em desagregação. A análise deste grupo através dos processos judiciais justifica-se porque nele ficou registrada parte de suas vivências e relacionamento com o todo social. Faziam parte de um universo em que a construção de mecanismos de controle objetivavam a permanência da estrutura agrário-exportadora. Através das medidas de controle impostas podemos refletir sobre as preocupações dos setores dirigentes e quais as verdadeiras intenções ao criálas. Os sujeitos interagiam num universo em que as forças contrárias se defrontavam no cotidiano de uma sociedade que buscava algumas transformações”. Acervo: BCPUCRS.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. 4 emergência dos subalternos: trabalho livre e ordem - burguesa. Porto Alegre: Editora da Universidade UFRGS/FAPERGS, 1989. 84 p. O livro descreve as mudanças ocorridas no Brasil no século XIX, destacando as especificidades do Rio Grande do Sul nesse processo de transição, especialmente no que se refere à formação de um mercado de trabalho livre e de uma ordem burguesa. Ressalta aspectos da discriminação e integração dos negros. Acervo: BCPUCRS.
Esta dissertação trata da economia e do trabalho de escravos e libertos na Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas da escravidão. A pesquisa baseou-se na
análise de inventários post mortem, mapas de população, livros de receita e despesa da câmara municipal, cartas de alforria e contratos de locação de serviços. O trabalho enfoca a produção de alimentos e a intensificação do comércio com outras províncias nas décadas de 1850 e 1860 acompanhado de continuado investimento na compra de escravos por parte dos produtores locais, o que contradiz a tese do incremento do tráfico interno. No texto busca-se ainda perceber a diversidade das ocupações e dos arranjos de trabalho escravo nas décadas de 1870 e 1880, acompanhando o aumento do número de libertos, centralizando a análise nas alforrias, contratos de locação de serviços e nas estratégias dos libertos para se manterem no mercado de trabalho em transformação.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Trabalho livre e ordem burguesa (Rio Grande do Sul 1870-1900). Revista de História (São Paulo), n. 120, p. 135-51, jan. e jul. 1989.
O artigo analisa a especificidade regional do processo de desintegração da escravidão dentro de uma perspectiva marxista. Destaca elementos como as dificuldades da pecuária e do charque rio-grandense de competir no mercado nacional de escravos. Apresenta, ainda, o processo de transformação de ex-escravos da indústria do charque em trabalhadores livres. Acervo: BCPUCRS.
PESAVENTO,
Sandra Jatahy. De escravo a liberto: um difícil caminho. Porto
Alegre: IEL, 1998. 136 p. PEREIRA,
Lúcia Regina Brito. Fábulas de escravos e libertos no cenário da
justiça em Porto Alegre — 1870/1888. Porto Alegre: PUCRS, 1995. 157 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, 1995. “Esta pesquisa aborda os anos finais do escravismo, 1870 a 1888, no Rio Grande do Sul, através de processos judiciais. A instituição da lei do Ventre Livre visava a direcionar de forma pacífica a transição do escravismo para o trabalho 262
O livro é essencialmente composto de imagens relacionadas ao “negro”. Destaca os “negros” na África, a escravidão no Brasil e no Rio Grande do Sul, a abolição e o pós-abolição. Apresenta breves explicações e comentários. Acervo: BCPUCRS.
PEZAT, Paulo Ricardo. A conquista da liberdade pelo negro: consenso e contrasenso. Estudos Ibero-Americanos, v. XVI, n. 1-2, p. 231-40, jul./dez. 1990. 263
O artigo descreve a busca da liberdade pelo negro africano Manuel que teria chegado ao Brasil após a Lei Eusébio de Queiróz, bem como sua busca de integração na sociedade brasileira que o levaria a aceitar a escravidão. Acervo: BCPUCRS.
escravos. O autor vai mencionar o tráfico interno e a venda de cativos para a região de Campinas; a fuga dos escravos para os Estados Unidos em navios na busca de liberdade e o movimento abolicionista em Santa Catarina. Acervo: ANPUHSC.
PIAZZA, Walter Fernando. A escravidão numa área de pastoreio: os “campos” de Lages. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 263-74, jul./dez. 1990.
PIAZZA, Walter Fernando. 4 escravidão negra numa província periférica. Florianópolis: Garapuvu, 1999. 144 p.
O artigo descreve a escravidão no planalto catarinense que é caracterizada pelo pastoreio. Apresenta, também, tabelas com a quantidade de escravos e, ainda, aspectos da abolição neste território. Acervo: BCPUCRS.
Trata-se de um livro bastante abrangente que busca descrever a escravidão em Santa Catarina, dedicando capítulos ao cálculo de sua população, a relação entre senhores e escravos, o processo abolicionista; investiga sobre o trabalho escravo, entre vários outros aspectos analisados sucintamente pelo autor. Acervo: BCUFSC.
PIAZZA, Walter Fernando. O escravo numa economia minifundiária. Florianópolis/São Paulo: UDESC/Resenha Universitária, 1975. 232 p. O livro apresenta dados demográficos referentes aos negros em Santa Catarina, a procedência destes, seus aspectos físicos, suas atividades, suas vestimentas,
seus cultos, suas festas, as relações com os senhores as fugas, os crimes, os quilombos e as afeições — suas ve, também, movimentos políticos, jornais, clubes Destaca, ainda, a contribuição do negro para a cultura vo: BSCSH/UFRGS.
— destacando os castigos, doenças e mortes. Descree homens abolicionistas. popular catarinense. Acer-
PIAZZA, Walter Fernando. Santa Catarina: história da gente. Florianópolis: Ed. Lunardelli, 1983. 152 p. O livro trata de forma abrangente a história de Santa Catarina, desde o período colonial até o republicano. Tem um capítulo dedicado à história da escravidão, abordando-a no contexto catarinense, o abolicionismo e a contribuição africana
à sua cultura. PIAZZA, Walter Fernando. II Mesa redonda — escravidão negra no Brasil. Anais
do I Encontro Estadual de História, Anpuh/SC, p. 49-56, 1990. O texto faz parte de uma mesa redonda de discussão em que estiveram Sílvia Lara e Ilka Boaventura Leite para discutir a escravidão negra no Brasil, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo Departamento de História, realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1888. Piazza analisa a proibição de escravos nas colônias em Santa Catarina tais como a do Caí e Dona Francisca. Mas ali, apesar das proibições, houve negociação de
264
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Considerações em torno da interpretação das Leis Abolicionistas numa província fronteiriça. Anais do VI Simpósio Nacional dos Professores
Universitários de História,
São Paulo/SP, v.
1, p. 533-63, 1973. À autora aborda a história da escravidão no Rio Grande do Sul destacando sua condição fronteiriça, os interesses em jogo no processo de emancipação e o papel desempenhado pela República Oriental. O trabalho gira em torno de pronunciamentos feitos no decorrer dos trabalhos da Assembléia Legislativa Provincial do Rio Grande do Sul no ano de 1866 além de citar vários outros documentos tais como leis, avisos ministeriais, entre outros. Ao final traz as intervenções de Maria da Glória Alves Portal, Earle M. Moreira, Raul de Andrade e Silva, Maria Lúcia Ricci, Stella Maia, Odilon Nogueira de Matos, entre outros.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. As relações Estado/sociedade numa província periférica: o caso do Rio Grande do Sul (1845-1889). Revista Brasileira de História, n. 1, p. 81-97, mar. 1981.
O artigo discorre sucintamente sobre a situação do sistema escravista após a proibição do tráfico e sobre a receptividade que os proprietários de escravos riograndenses tiveram em relação à lei do Ventre Livre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. A história do Rio Grande do Sul: uma história em processo de revisão e elaboração O movimento republicano no século XIX. Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS,
v.
9, p. 131-47, 1981. 265
O artigo discorre sobre o movimento republicano e o posicionamento de seus militantes frente à abolição da escravidão. Acervo: BSCSH/UFRGS.
cos aspectos da abolição no Estado. Apresenta algumas tabelas com dados sobre a chegada de negros no RS. Acervo: IHGRS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Escravidão, imigração e abolição: considerações sobre o Rio Grande do Sul no século XIX. Anais da VIII Reunião Anual da SBPH, São Paulo/SP, p. 53-62, 1989.
POZZI, Pablo. Thomas Paine: la democracia radical versus la república conser-
O artigo procura relativizar a afirmação de que a imigração foi central para que ocorresse a abolição, apontando que ambos os processos deram-se paralelamente e de uma forma não-homogênea. Apresenta alguns dados estatísticos sobre imigrantes e escravos destacando a heterogeneidade do Rio Grande do Sul. Evidencia, ainda, a participação dos negros na abolição, apresentando alguns dados sobre quilombos, insurreições, levantes e insubordinações. Acervo: BCPUCRS.
vadora. Textura, n. 10, p. 15-24, jul./dez.2004.
O artigo analisa as tensões entre conservadores e democratas na sociedade norte-americana, através do papel de Thomas Paine, o qual, entre outros pensamentos revolucionários, propôs a abolição da escravidão quase 100 anos antes que Lincoln. Acervo: BCPUCRS.
REICHEL, Heloisa Jochims. O negro escravo e o negro liberto numa época de transição. O caso da Província de Buenos Aires. Estudos Ibero-Americanos, v.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraff.
O movimento republicano no Rio Gran-
de do Sul. Anais do II Encontro Estadual de História, p. 143-53, 1990.
O artigo descreve o movimento republicano no Rio Grande do Sul, destacando que duas questões estiveram no centro do debate político: a campanha abolicionista e o sistema político. Acervo: BCUNISINOS.
“16,n.1 e 2, p. 253-62, jul. e dez. 1990. O artigo descreve o papel do negro na vida econômica e na vida política de Buenos Aires do início do século XIX, destacando as atividades econômicas predominantes na Província e o papel dos escravos e libertos. Acervo: BCPUCRS.
REIS, Liana Maria. Escravos e abolicionismo na imprensa mineira (1850-1888). PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. O sistema escravista no RS: os inventários como fonte para a pesquisa histórica. História em Revista, v. 3, p. 07-28, nov. 1997. “Como parte de uma pesquisa mais ampla sobre o sistema escravista no RS, o presente artigo trata do tema tomando como fonte inventários (alguns deles como testamentos). Assim, a documentação utilizada compreende 90 inventários da cidade de Pelotas (principal pólo escravista rio-grandense), referentes ao período de 1850 a 1855, os quais nos fornecem informações respeitantes aos escravos arrolados entre os bens inventariados”. Acervo: BSCSH-UFRGS.
Estudos Ibero-americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 287-98, jul. e dez. 1990.
O artigo descreve os diversos atos de rebeldia e as ações praticadas dentro dos espaços institucionais abertos pelo sistema escravista, praticados pelos escravos em busca da liberdade e referidos nos jornais da Província de Minas Gerais. Destaca as fugas, as negociações e acordos e o contato com abolicionistas. Acervo: BCPUCRS.
RICCI, Maria Lúcia de Souza Rangel. A Guarda-Negra no contexto brasileiro de final do século XIX. Estudos Ibero-americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 275-85, jul. e dez. 1990.
PORTO, Aurélio. Dicionário enciclopédico do Rio Grande do Sul. In: Porto,
Aurélio. Dicionário Enciclopédico do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora Minuano, 1936. p. 76-8. O dicionário é composto de verbetes, dentre os quais se encontram três referentes aos africanos: “Africano na formação do rio-grandense”, que trata da participação dos negros, apresentando alguns dados demográficos; “Africano”, que continua tratando de participação do negro e acrescenta a conclusão de que o negro pouco contribui para a miscigenação; e “Abolicionismo”, que traz pou-
266
O artigo descreve a Guarda-Negra que era formada por libertos agradecidos à Princesa Isabel pelo 13 de Maio, a qual tinha como programa a defesa da Princesa e o ataque aos republicanos. Acervo: BCPUCRS.
ROVER, Aires José. Abolicionismo e americanismo em Joaquim Nabuco: uma estética política da emancipação humana. Florianópolis: UFSC: 1991. 153 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Jurídicas), Universidade Federal de Santa Catarina, 1991.
267
O trabalho divide-se em três partes que tratam das duas vias políticas pelas quais Nabuco transitou. A primeira centra-se sobre o desenvolvimento sociopolítico brasileiro do período histórico que compreende o governo de D. Pedro II, passando pela transição republicana. Identifica como base do sistema político o patrimonialismo. A segunda parte focaliza o abolicionismo de Nabuco e a análise sobre o papel que atribui ao Estado. A terceira parte enfoca a tentativa de superação da crise brasileira. Acervo: BCUFSC. |
ARQUIVO HISTÓRICO DO RS. Abolição e República. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Espiritualidade Franciscana, 1989. 106 p. Apresenta a transcrição de trechos de relatórios e discursos dos presidentes da Província e governadores do Estado do Rio Grande do Sul. Entre os assuntos presentes nestes discursos e relatórios, são encontrados trechos referentes à abolição da escravatura. Acervo: ULBRA. SANTOS, Julio Ricardo Quevedo. Estudos rio-grandenses: geografia, história
e folclore. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1987.
O livro descreve o Rio Grande do Sul em seus aspectos histórico, geográfico e cultural. Trata da escravidão apenas em um subcapítulo intitulado “escravismo e abolição: transição e controle”, no qual descreve o processo abolicionista no
Estado. Refere-se ao “negro”, também, ao tratar da cultura no Estado, em um
subcapítulo intitulado “Contribuição Negra”, na qual destaca algumas lendas, cultos religiosos, culinária, linguajar e música. Acervo: BCPUCRS. SCHEFFER, Rafael da Cunha. Fim da escravidão e controle dos trabalhadores em Desterro (1880-1890). In: KLANOVICZ, Jó; SOUZA, Rogério. História: Trabalho, Cultura e Poder. Anais do X Encontro Estadual de História, ANPUH/
SC. Florianópolis: 2004. p. 371-4.
O artigo analisa a legislação provincial e as posturas municipais de Desterro entre 1870 e 1890, visando apontar como a lei de 1871 e o aumento do número de alforrias forçam mudanças na relação senhor/escravo, fazendo com que o Estado, através de leis, se colocasse na função de controlar as atividades e a vida de escravos libertos, e até mesmo homens livres. Para tanto, analisa a promulgação de algumas leis que procuraram criar um registro de trabalhadores, controlar suas reuniões e ações na sociedade. Acervo: ANPUHSC.
268
SCHERER, Jovani de Souza. O Preço da Liberdade: o processo da compra da alforria, Rio Grande (1810-1825). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Esta pesquisa procura definir o processo da compra da liberdade no Município de Rio Grande, entre 1810-1825, relacionando as transformações estruturais ocorridas no princípio do século XIX, período do crescimento do tráfico atlântico, com as ações dos escravos em busca da aquisição da carta de alforria através de indenização. Foram utilizadas massivamente as cartas de liberdade do período, cruzando com informações provenientes de inventários, medições de terra e documentos notariais diversos. A análise tem como enfoque as relações entre senhores e escravos, e as estratégias destes em busca da liberdade, discutindo seus significados e objetivos”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SCHERER, Jovani de Souza. A Liberdade em Tempos de Guerra Civil: as car-
tas de alforrias concedidas em Rio Grande durante a Guerra dos Farrapos. In: ROCHA, Márcia (org.). Anais da IV Mostra de pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul: produzindo história a partir de 4 fontes primárias. Porto Alegre: Corag, 2006. p. 169-82. “O objetivo deste artigo é discutir como se desenvolveu a política de concessão de alforrias em Rio Grande ao longo dos dez anos de duração da Guerra dos Farrapos (1835/1845). Pretendemos abordar as principais estratégias pelas quais os escravos chegavam à liberdade legal em uma conjuntura de instabilidade gerada pela guerra civil”.
SCHIAVON,
Carmen Gessillda Burgert. Maçonaria, abolição e festas: O caso
do Brasil Meridional. Porto Alegre: PUCRS, 1998. 149 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1998.
“A maçonaria foi uma instituição importante no século XIX, participando de forma atuante nos acontecimentos políticos e culturais do país ao longo do período. Constata-se a participação desta instituição no processo de libertação da mão-de-obra escrava negra, pelos princípios filantrópicos que ela assumiu e pela contingência de um posicionamento na questão. Esta dissertação evidencia essa atuação, no âmbito nacional, por ocasião do encaminhamento das leis e projetos de leis referentes ao elemento servil; no cenário estadual, pelo movimento isolado e integrado de membros maçons e pela forma como as libertações foram feitas nas festas da maçonaria e, finalmente, no contexto municipal, por ocasião da instalação e atuação da primeira Sociedade de Emancipação de Escravos do Brasil”. Acervo: BCPUCRS.
269
SCHNEIDER, Regina Portella. Escravos. In: SCHNEIDER, Regina Portella. 4 instrução Pública no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da Universidade/EST, 1993. p. 447-50. O livro descreve por períodos a instrução a 1889. No capítulo que trata da década aos escravos, no qual a autora enfatiza Literário para a abolição, destacando que escravos e proporcionou a educação dos
pública no Rio Grande do Sul de 1770 de 1880 há um subcapítulo dedicado a importância da Sociedade Partenon esta realizou a emancipação de muitos libertos. Acervo: BPERGS.
SETTE, Mário. A escravidão longe e perto de nós. Província de São Pedro, n. 12, p. 15-27, 1948. O autor relaciona, neste artigo, um presente no qual não vivos em uma sociedade sem preconceitos, contrapondo cravista no qual descreve aspectos tais como: o trabalho crava, a abolição, o tráfico transatlântico, as etnias que Acervo: BCPUCRS.
se tem mais escravos a isso um passado esescravo, a família esvieram para o Brasil.
SILVA, Petronilha B. Gonçalves E. Histórias de operários negros. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1987. O livro apresenta histórias de três operários negros, os quais descrevem diversos aspectos de seus trabalhos. Destaca, ainda, a formação dos negros para o trabalho, a trajetória do negro de escravo a operário e questões identitárias. Acervo: BCPUCRS.
SIMÃO, Ana Regina Falkembach. As manumisões na cidade de Pelotas (18321849). Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 309-27, jul. e dez. 1990.
O artigo descreve as alforrias em Pelotas como forma de liberdade dos negros e como convenientes para os senhores em determinadas situações. Apresenta tabelas com dados demográficos, com preços de escravos e com a idade, sexo e
origem dos escravos alforriados. Acervo: BCPUCRS.
SOUZA, Ricardo Luiz de. Radical, tradicionalista, monarquista, abolicionista: a trajetória de Joaquim Nabuco. Fronteiras, n. 12, p. 39-50, 2004. O artigo tem como objetivo definir algumas das diretrizes que nortearam a obra de Nabuco. Sua trajetória política, bem como as diferentes características de seu pensamento, ao mesmo tempo radical e tradicionalista, crítico intransigente da escravidão e saudoso em: relação a valores específicos de uma sociedade conservadora.
WAGNER, Ana Paula. Liberdade e movimento: um estudo das cartas de alforria da Ilha de Santa Catarina (1850-1870). Anais do IX encontro da ANPUH/SC, 2002.
A comunicação pretende analisar os caminhos percorridos pelos escravos para alcançarem a liberdade e a movimentação destes após libertos. Acervo: “ANPUHSC.
WEBER, Beatriz Teixeira. A organização do mercado de trabalho livre no período de transição da mão-de-obra escrava para a livre: o caso de Santa Maria — RS. Sociais e Humanas, v. 3, n. 1, p. 23-49, 1989.
O artigo relaciona informações referentes ao período de transição da mão-deobra escrava para a mão-de-obra livre no Brasil com o processo de transição que se realizou em Santa Maria, considerando o papel da legislação, através da análise do Código de Postura Municipal e o papel da Igreja nesse processo. Acervo: BCPUCRS.
WEIMER, Giinter. A mão-de-obra escrava e os imigrantes. In: Anais do VII Simpósio de História da colonização e imigração alemã no Rio Grande do Sul, 1988. Nova Petrópolis: Ed. Amstad, 1998. p. 26-36. O artigo analisa as relações entre a escravidão e a imigração, apontando a forte oposição entre estes sistemas. Mas evidencia que após a Guerra dos Farrapos o mercado modifica-se fazendo com que diminua esta oposição, até a substituição do trabalho escravo pelo livre e o fim da escravidão. Acervo: BCUNISINOS.
SOUZA, J. P. Coelho de. Joaquim Nabuco — O reformador social. Província de
ZUBARAN,
São Pedro, n. 14, p. 84-92, 1949.
RS, 1865-1888. Revista Catarinense de História n. 4, p. 87-103, 1996.
O artigo descreve a biografia de Joaquim Nabuco, desde a infância, evidenciando sua importância na abolição. Acervo: BCPUCRS.
À autora busca reinterpretar o impacto político das iniciativas legais e culturais
Maria Angélica. Os escravos e a justiça: as ações de liberdade no
dos escravos(as) e contratados (as) no contexto da transição do trabalho escravo
ao trabalho livre no RS. 270
271
ZUBARAN, Maria Angélica. Repensando o passado escravista no Rio Grande do Sul: entre a história social e a nova história cultural. Sociais 11,n. 1, p. 90-101, jun. 1998.
O artigo propõe uma breve reflexão da escravidão e abolição no Brasil alguns aspectos teóricos abordados políticas de liberdade de escravos e século XIX.
e Humanas, v.
sobre as transformações da historiografia entre 1960 e 1990. Também historiciza a partir de evidências empíricas sobre as libertos no Rio Grande do Sul no final do
de emancipação gradual da escravidão. Trata-se de investigar como escravos e seus curadores apropriaram-se do texto da Lei de 1871 e o ressign ificaram na defesa da liberdade, desafiando o direito de propriedade de seus senhores e desenvolvendo novas táticas de resistência à escravidão.
ZUBARAN, Maria Angélica. Os escravos e a lei de 7 de novembro de 1831 no Rio Grande do Sul (1865-1888). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O trabalho que se segue propõe-se a examinar as Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul que tiveram como referência legal a Lei de 7 de novembro de 1831. Trata-se de investigar como os curadores rio-grandenses e os escravos, seus curatelados, apropriaram-se de um discurso legal considerado “letra morta”, uma lei que jamais fora cumprida mas tampouco fora revogada e a utilizaram em defesa da liberdade. Por outro lado, interessa-nos explorar as diversas interpretações da Lei de 1831 pelos curadores rio-grandenses, tanto no caso dos escravos africanos entrados no Brasil após aquela data, como no caso de saída de escravos do Império para países onde a escravidão já fora abolida, o que constituiu uma especificidade das Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul. Nosso objetivo é, por um lado, enfatizar o aspecto político dessas iniciativas legais do(a)s escravos(as) no processo de emancipação gradual no Rio Grande do Sul e, por outro lado, destacar que o acesso dos escravos à justiça possibilitou-lhes o desenvolvimento de novas táticas de luta que resultaram em uma crescente capacidade de defesa de seus interesses e, particularmente, da sua liberdade. Ao utilizarem-se da Lei de 1831 contra seus senhores, os escravos desafiaram o “direito” de propriedade dos senhores e as relações de dominação escravista”. Acervo: BSCSH/UFRGS. ZUBARAN, Maria Angélica. Os escravos e as Ações de Liberdade no Rio Grande do Sul: apropriação da lei de 1871. In: ROCHA, Márcia (org.). Anais da IV Mostra de pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul: produzindo história a partir de 4 fontes primárias. Porto Alegre: Corag, 2006. p. 223-36. :
Este estudo analisa as Ações de Liberdade regulamentadas pela Lei n. 2.040, de 28/9/1871, no Rio Grande do Sul, na década de 1880, enfatizando o aspecto político das iniciativas legais dos escravos e seus curadores durante o processo pap)
273
Economia
O artigo descreve os objetivos da Metrópole, as dificuldades e as disputas com os espanhóis referentes ao povoamento tardio do sul do Brasil. Os negros aparecem devido a sua introdução para o povoamento e produção econômica. Acervo: IHGRS.
BORGES,
ALMEIDA,
Valéria Regina Zanetti. Calabouço urbano: escravos e libertos
em Porto Alegre (1840-1860). Porto Alegre: PUCRS, 1994. 173 f. Dissertação (Mestrado em História), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande
do Sul, 1994. “Analisa a participação efetiva e a importância do papel exercido pelo escravo gaúcho, enquanto elemento indispensável para a economia e para o funcionamento das cidades escravistas brasileiras, em especial da capital da província sulina. Demonstra o cotidiano dos negros, escravos e libertos em Porto Alegre, nas décadas de 1840 a 1860. Percebe a história que era vivenciada por esses grupos marginalizados e descobre um mundo complacente, pessoal, com maneiras singulares de agir, que foi esquecido, soterrado e evitado pelos historiadores tradicionais. Questionando a historiografia brasileira, em especial a gaúcha, que por muito tempo baseou-se no lema da democracia racial, revela a rebeldia e a inconformidade do escravo gaúcho, que traduzia um mundo baseado na opressão e na violência”. Acervo: BCPUCRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. RS: escravismo e abolição. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1982. 168 p. Analisa o processo abolicionista no Rio Grande do Sul e, neste, a participação de partidos políticos e imprensa. Descreve também o papel do escravo na formação social sulina. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Nilsen C. O. Latifúndio, pecuária e mão-de-obra: análise da riqueza
em Lages. História: trabalho, cultura e poder. Anais do X Encontro Estadual de História, ANPUH/SC,
2004, p. 366-9.
O artigo analisa a distribuição de riqueza em Lages através do levantamento de 70 inventários referentes ao período de 1850 a 1860. Objetiva desvendar alguns dos mecanismos de reprodução socioeconômica em Lages, possibilitando a compreensão do funcionamento e importância do sistema escravista nessa sociedade, destacando suas semelhanças e diferenças com o grande sistema escravista brasileiro. Acervo: ANPUHSC.
CALDEIRA, Maria Aparecida Rosa. As charqueadas de Pelotas: formas de tra-
balho e produção. Revista da UCPel, v. 2,n. 1 e 2, p. 83-95, jun./dez. 1992. O artigo analisa as charqueadas pelotenses do século XVIII e XIX, destacando as formas de trabalho, a forma de produção e comercialização e, ainda, o final
do ciclo do charque. Acervo: BCUNISINOS.
CARDOSO, Fernando Henrique. Capitalismo e escravidão no Brasil Meridional: o negro na sociedade escravocrata do Rio Grande do Sul. São Paulo: Difusão Européia do Livro, 1962. 339 p.
O autor objetiva demonstrar os processos de constituição e desagregação da sociedade escravocrata brasileira e, principalmente, a participação do negro na formação do Rio Grande do Sul, destacando as charqueadas. Acervo: IHGRS.
BARCELOS, Rubens de. Esboço da formação social do Rio Grande. Província de São Pedro, n. 3, p. 13-24, 1945.
O artigo descreve os diversos povos e as formas de desenvolvimento econômico que participaram da formação do Rio Grande do Sul. Ao referir-se às charqueadas, cita a participação dos escravos neste processo. Acervo: BCPUCRS.
CORSETTI, Berenice. Estudo da charqueada escravista do Rio Grande do Sul do século XIX. História: Ensino & Pesquisa, Ano 1,n. 1, p. 90-2, 1985.
O artigo busca destacar a importância das charqueadas, apontando razões para sua desarticulação. Discute as versões da historiografia para explicar o declínio das charqueadas. Acervo: BCPUCRS.
BARRETO, Adolfo Castro. O povoamento. Anais do Congresso Comemorativo do Bicentenário da Transferência da Sede do Governo da Cidade de Salvador para o Rio de Janeiro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1963), v. 3, 1967. p. 155-70. 274
COSTA, Dora Isabel Paiva da. O mercado de escravos na Comarca Bananeiras,
Província da Paraíba: 1860-1888. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1e 2, p. 79-94, jul. e dez. 1990. 275
O artigo descreve o mercado
local de escravos do município
de Bananeiras, o
qual se destacava pelos engenhos de cana-de-açúcar e pela atividade criatória. Apresenta tabelas sobre a quantidade do comércio de escravos, sobre suas idades e sexo, e sobre as atividades econômicas dos compradores e vendedores de
branqueamento, da crise dos empregos com a informatização, da mecanização e da influência da globalização e do neoliberalismo. Busca, ainda, pensar alternativas para o contexto atual. Acervo: BSCSH/UFRGS.
escravos. Acervo: BCPUCRS.
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Um campo de possibilidades: notas sobre as formas de mão-de-obra na Pecuária (Rio Grande do Sul, século XIX). HistóCUNHA, Rafael Scheffer. Tráfico interprovincial e comerciante de escravos em Desterro, 1849-1888. Florianópolis, UFSC, 2006. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. 157 f.
Analisando o trabalho escravo em Santa Catarina, o autor focaliza a importân-
ria Unisinos, v. 7, n. 8, p. 253-76, jul./dez. 2003. O artigo analisa as formas trabalho na criação de gado do Rio Grande do Sul, através de um “censo agrário” realizado em 1858, destacando que havia trabalho escravo, livre e familiar, conforme o tamanho da propriedade. Acervo: BCPUCRS.
cia do tráfico interno, analisando o mercado de escravos em Desterro, na segun-
da metade do século XIX, em suas faces local e interprovincial, procurando calcular seu volume e formas de operação e seu impacto na população cativa da capital catarinense. Investiga ainda a trajetória de um importante comerciante: Manoel Antônio Vitorino de Menezes. Acervo: BCUFSC.
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Criadores de gado na fronteira meridional do Brasil (1831-1870). Segundas Jornadas de História Regional Comparada, 2005. 1 cd-rom. “Ao longo do século XIX, a região da Campanha, localizada na fronteira brasi-
DORNELLES, João Batista. Profissões exercidas pelos negros em Pelotas (19051910). História em Revista, v. 4, p. 77-112, dez. 1998.
“O presente artigo trata da inserção dos negros egressos da escravidão no mercado de trabalho livre em Pelotas. Mediatizados pela imprensa da cidade procurou-se detectar o lugar de classe social ocupado pela comunidade negra nos primeiros anos do nosso século, bem como, se este representou oportunidades de ascensão social”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
leira com a República do Uruguai, era a principal zona pecuária da Província do Rio Grande do Sul. A imagem tradicional de sua economia tem sido a existência quase exclusiva de grandes estâncias de criação com mão-de-obra livre. O trabalho revê esta imagem ao considerar unidades produtivas pequenas e médias com uma importante presença de escravos”.
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Escravos nas estâncias e nos campos: escravidão e trabalho na Campanha rio-grandense (1831-1870). VI Congresso Brasileiro de História Econômica, Conservatória (RJ), ABPHE, Anais do VI Con-
DREHER, Martin N. O negro na obra de Johann Jakob Von Tschudi. Estudos Leopoldenses, v. 27, n. 121, p. 69-82, jan. e fev. 1991.
gresso Brasileiro de História Econômica e 7º Conferência Internacional de
O artigo descreve a obra, seu contexto e o autor Johann Jakob Tschudi, um Minis-
“Este estudo analisa as principais características da escravidão em Alegrete, o principal município pecuário do Rio Grande do Sul, com ênfase para a análise das transformações ocorridas entre 1851 e 1870, período imediatamente posterior ao final do tráfico atlântico de cativos”.
tro da Suíça que escreve observações sobre a situação dos imigrantes no Brasil. Ao analisar essa obra, destaca dados apresentados sobre o negro, especialmente sobre economia, a vida de escravos na fazenda, a educação, o racismo e sobre os
negros nas áreas de imigração e colonização européia. Acervo: BCPUCRS.
História de Empresas, 2005. 1 cd-rom.
FARINATTI, Luis Augusto Ebling. Nos rodeios, nas roças e em tudo o mais:
FAGUNDES, Varny Ferreira. 4 cor do trabalho. Porto Alegre: Imprensa Livre, 2001. 80 p.
trabalhadores escravos na Campanha rio-grandense, (1831-1870). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O livro consiste em uma análise cronológica do trabalho no Brasil relacionando-o com a questão racial. Trata, então, da escravidão negra, da ideologia do
“O texto busca analisar a presença dos cativos na Campanha rio-grandense, localizada na fronteira com as repúblicas platinas, principal zona de criação de
276
277
gado da província do Rio Grande do Sul. Investigam-se algumas das características demográficas da população cativa da região, além de aspectos relacionados às atividades desempenhadas por aqueles trabalhadores. Nesse último quesito, malgrado a conhecida visão que desacredita a importância do emprego de cativos na pecuária, o envolvimento direto no costeio do gado foi a principal atividade desenvolvida por aqueles trabalhadores. Nessas e em outras atividades, os escravos eram empregados, em geral, em associação com o trabalho livre nas maiores estâncias, e com o trabalho familiar nas unidades produtivas de menor vulto. As principais fontes empregadas aqui são os inventários post mortem e um censo agrário realizado em 1858”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FLORES, Moacyr. Revolução Farroupilha. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1984. 91 p. Descreve sucintamente o papel do escravo na sociedade gaúcha, classificando-os como domésticos, de ganho, de lavoura e campeiros. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FLORES, Moacyr. Sistema colonial: os séculos XVIe XVII. Revista do IHGRS, v.n. 128, p. 11-24, 1992. O artigo descreve o sistema colonial, caracterizando o Estado moderno no século XVI, a economia colonial, o ciclo do pau-brasil e o ciclo da cana-de-açúcar — no qual destaca o trabalho escravo. Acervo: BCPUCRS.
FRANÇA, Nilton Calzia. Análise do trabalho escravo no Brasil a partir da teoria do sistema-mundo. Florianópolis, UFSC, 2005. Dissertação (Mestrado
sertação (Mestrado em História), Universidade Estadual do Centro-Oeste & Assis — Universidade Estadual Paulista, Assis, São Paulo, 2000.
O autor avalia “os padrões de riqueza em Guarapuava bem como as características da sociedade a partir da análise dos inventários arrolados no período em que as relações escravistas eram predominantes na região. As transformações na órbita interna e externa, advindas das grandes revoluções inglesa e francesa, foram determinantes para a decadência nas relações de produção baseadas no trabalho escravo. O recorte cronológico proposto priorizou o período 1850-1880 porque nele se iniciaram e firmaram-se as transformações das quais decorreu a emergência das relações de trabalho e de produção baseadas na mão-de-obra assalariada, mudanças estas aceleradas com o fim do tráfico internacional de escravos, a implantação da Lei de Terras e a implementação da política de imigração. A leitura dos processos de inventá. rio proporcionou uma avaliação sobre a riqueza senhorial e o perfil dos escravos (preços, origem, idade, sexo, cor, qualificação e estado físico)”. Acervo: NEHD.
FRANCO NETTO, Fernando. Senhores e escravos no Paraná provincial: os padrões de riqueza em Guarapuava — 1850/1880. Anacleta, Guarapuava, v. 2, n. 1, p. 155-69, jan./jun. 2001. A partir do estudo serial de inventários o autor busca caracterizar alguns padrões demográficos da população escrava em Guarapuava na segunda metade do século XIX, região paranaense de produção pecuária. Disponível em: . Acesso em: 15/mar/2006.
em Economia), Universidade Federal de Santa Catarina, 2005. 127 f.
O autor pretende ordenar as várias etapas de utilização do trabalho escravo no Brasil, relacionando-as com a formação das cadeias mercantis da economia mundo-européia, iniciando pela rede internacional açucareira do longo século XVI e culminando com a expansão mundial da atividade cafeeira no século XIX. Os trabalhadores africanos foram pensados em relação à Historia do novo Mundo, sendo a escravidão moderna determinada pelos imperativos econômicos das nações que assumiram a liderança do sistema-mundo desde meados do século XV. O autor busca verificar os principais elos entre a modernidade européia e o regime escravista brasileiro. Acervo: BCUFSC.
FRANCO NETTO, Fernando. Senhores e escravos no Paraná provincial: os padrões de riqueza em Guarapuava (1850 — 1880). São Paulo: UEP, 2000. Dis278
FRANCO, Sérgio Costa. Esquema sociológico da fronteira. Província de São Pedro, n. 15, p. 46-51, 1951.
O artigo descreve a formação social da fronteira, enfatizando que esta é etnicamente bastante heterogênea — fazendo referência ao negro. Apresenta, ainda, dados sobre as estâncias e sobre a questão militar. Cita, também, a presença do catolicismo entre os escravos. Acervo: BCPUCRS.
FUKUI, Lia F. G. O meio gaúcho no Rio Grande do Sul: homogeneidade, heterogeneidade. Cadernos CERU, n. 3, p. 47-68, nov.1970. O artigo descreve o meio rural do Rio Grande do Sul onde predomina a pecuária, demonstrando que este passa de homogêneo a diversificado, em três fases:
279
fase das estâncias, das charqueadas e dos frigoríficos. O escravo aparece na descrição daquelas e dessas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
GOMES, Alfredo. Achegas para a história do tráfico africano no Brasil. Aspectos numéricos. Anais do Quarto Congresso de História Nacional do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, (21-28 de abril de 1949), v. 5, p. 25-78, 1950.
O artigo, que teve parecer de Paranhos Antunes, Carvalho Mourão, Luísa da Fonseca, Manuel Diégues Júnior e Feijó Bittencourt, descreve o tráfico de escravos no Brasil, trazendo estatísticas e origens étnicas. Apresenta também dados demográficos e econômicos das diversas regiões brasileiras. Acervo: BCPUCRS.
GORENDER,
Jacob. O escravismo colonial. 3 ed., São Paulo: Ática, 1980.
O artigo analisa o escravismo colonial a partir do referencial do modo-deprodução, apresentando características econômicas e aspectos da dominação social. Ao citar brevemente três casos especiais de utilização da mão-de-obra escrava, destaca as charqueadas do Rio Grande do Sul. Acervo: BCPUCRS.
A autora pretende contribuir para o estudo da história da arquitetura e do urbanismo do litoral sul-americano, reconstituindo a evolução do espaço fabril charqueador pelotense. Apresenta os conteúdos seguindo uma ordem físico/espacial. Utiliza métodos e fontes históricas, procurando uma especialidade no modo de produção escravista colonial e na formação econômico-social lusobrasileira, em geral, e sulina, em particular. Sobre as fábricas escravistas pelotenses, define as tipologias existentes. Distribui no espaço os charqueados e mostra a moradia dos senhores. Aponta que mais da metade das empresas possuíam olarias. Destaca a produção de elementos cerâmicos e a própria construção civil, como uma atividade alternativa à mão-de-obra cativa, nos períodos da entre safra do charque. À pesquisa nas fontes primárias levou à descrição da área fabril como um ambiente macabro, fétido e pestilento. Acervo: BCPUCRS.
GUTIERREZ, Ester J. B. Negros, brancos e “pardos” na construção do Novo Mundo, Pelotas 1848-1888. História em Revista, v. 3, p. 53-83, nov. 1997.
O artigo descreve a construção civil da cidade de Pelotas, destacando a participação de trabalhadores negros e “pardos”. Apresenta dados sobre a incidência de cólera entre estes trabalhadores, sobre suas origens, estado civil e ocupação.
Acervo: BSCSH/UFRGS. GOULART, Jorge Salis. 4 formação do Rio Grande do Sul. Pelotas: Livraria do Globo, 1927. 296 p. O livro descreve a formação do Rio Grande do Sul em seus múltiplos aspectos: povoamento, economia, política, sociedade, religião e questões militares. No aspecto social destaca o problema das raças, afirmando que o Brasil é mestiço, mas que no Rio Grande do Sul é notável a maioria branca. No aspecto econômico cita o trabalho escravo. Acervo: IHGRS.
GRAF, Marcia Elisa de Campos. Economia e escravidão no Paraná. Boletim do IHGEP, v. 47, p. 99-113, 1987.
GUTIÉRREZ,
Horácio. A harmonia dos sexos: elementos da estrutura demo-
gráfica da população escrava no Paraná. Anais do V Encontro de Estudos Populacionais, Águas de São Pedro, SP, v. 1, p. 35-52, 1986.
A demografia escrava no Paraná apresenta uma estrutura equilibrada, pouco comum nas populações vinculadas a setores de exportação. Sugere-se que esta estrutura não foi atípica no Brasil, mas comum a economias voltadas aos mercados internos. Acervo: NEHD.
GUTIÉRREZ, Horácio. Economia escrava no Paraná, 1800-1830. Arquivo: Boletim Histórico e Informativo, São Paulo, v. 8,n. 1 e 2, p. 29-32, 1987.
Analisa a participação do escravo na economia e sociedade paranaense, descrevendo como a mão-de-obra escrava era empregada nesse setor. Descreve também o início da colonização da região do atual Estado do Paraná e o início das atividades produtivas nesse local. Acervo: IHGRS.
Trata-se e um conjunto de notas sobre a economia escrava no Paraná, notas que, posteriormente, foram incorporadas a trabalhos de mais longo fôlego.
GUTIERREZ, Ester Judite Bendjoya. Negros, charqueadas & olarias: um estudo sobre o espaço pelotense. Porto Alegre: PUCRS, 1993. 281 f. Dissertação
Brasileira de História (SP), v. 8, n. 16, p. 161-188, mar./ago. 1988.
(Mestrado em História — IFCH — Departamento de História), Pontifícia Univer-
sidade Católica do Rio Grande do Sul, 1993. 280
GUTIÉRREZ,
Horacio. Crioulos
é africanos no Paraná,
1798-1830.
Revista
O artigo objetiva demonstrar a importância dos crioulos no Paraná, na área de pecuária e agricultura de subsistência e, também, nos pequenos e grandes plan281
téis. Apresenta dados sobre o mercado de escravos e sobre a naturalidade dos cativos. Acervo: BCPUCRS.
GUTIÉRREZ, Horácio. Senhores e escravos no Paraná, 1800-1830. São Paulo, USP, 1989. Dissertação (Mestrado), Universidade de São Paulo, 1989.
“Estudo da demografia escrava no Paraná a partir de listas nominativas de habitantes. Analisa-se a estrutura de posse de escravos, sua origem, índices de masculinidade, nupcialidade, estrutura etária e o perfil demográfico e econômico dos senhores. Os indicadores encontrados sugerem que a reprodução natural explicao crescimento da população escrava verificada no Paraná nas primeiras décadas do século XIX”. Acervo: NEHD.
“A autora analisa os livros de batismo e de óbito dos escravos da região de Rio Grande desde meados do século XVIII. A quantificação das informações permite construir um perfil dos escravos registrados nas paróquias da região. Por meio da sistematização e cruzamento dos dados avaliam-se as características da população escrava da região, cujos plantéis estavam dispersos, tanto no meio rural quanto no setor urbano, para atender às necessidades da vila fronteiriça e portuária: como sede militar do extremo sul do Brasil e última base mercantil do país para intermediar o comércio com o Rio da Prata. Outra fonte utilizada: os anúncios de compra e venda, coletados de jornal local, de meados do século XIX, que traz, além da nação e idade do escravo, as profissões exercidas tanto pelo homem como pela mulher cativa. Esses dados permitem traçar um perfil preliminar do escravo em Rio Grande, no século XIX, identificando características das relações entre senhores e escravos, as condições de vida e trabalho, assim como doenças que mais os acometiam e o nível de opressão e de violência dessas relações”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
GUTIÉRREZ, Horacio. A estrutura fundiária no Paraná antes da imigração. Estudos de História, v. 8, n. 2, p. 209-31, 2001. O artigo demonstra que a pequena propriedade no Paraná remonta a épocas anteriores à imigração, quando a dinâmica fundiária era regida pelo latifúndio escravista. Analisa-se, para tanto, um censo de terras de 1818 que permite dimensionar a grande e pequena propriedade, conhecer o perfil dos proprietários, bem como o uso e o acesso à terra. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LAYTANO, Dante de. Fazenda de criação de gado. Porto Alegre: Imprensa Oficial, 1950. 151 p. O artigo cita o negro relacionado aos costumes das fazendas, ressaltando o tráfico de escravos e as senzalas. Em relação ao controle dos escravos, destaca que os mesmos eram impedidos de entrar em campos de proprietários diferentes. Em seu aspecto geral, o texto descreve as fazendas, relacionando-as aos campos, às sesmarias, à pecuária, à natureza e ao exército. Acervo: BCPUCRS.
IANNI, Octavio. As metamorfoses do escravo: apogeu e crise da escravatura no Brasil Meridional. São Paulo: DIFEL (Difusão Européia do Livro), 1962. Nessa obra o autor revela como foi instaurado o sistema escravista e a dominação senhorial numa região periférica da sociedade “brasileira”: o Paraná. A partir desse estudo pode-se presenciar o escravo trabalhando nas mais diferentes atividades: na mineração, nas fazendas de gado, no extrativismo de erva-mate, nos trabalhos domésticos, entre outros. Uma das preocupações centrais do autor (debatendo e criticando o tão propalado mito da democracia racial) é aprender como se realiza, no interior das conjunturas históricas apresentadas pelo regime escravista, a gênese e a cristalização das representações sociais que objetivam preservar a distribuição desigual de negros, mulatos e brancos. Em suma, o autor tenta reconstruir todas as configurações do cativo, metamorfoseado em liberto e fugitivo, capataz e abolicionista, negro e mulato, cidadão e trabalhador livre.
KUNIOCHI, Márcia Naomi. O perfil social dos escravos em Rio Grande, século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. 282
LAYTANO, Dante de. O negro no Rio Primeiro Seminário de Estudos Gaúchos nário realizado de 3 de setembro à 4 de Católica do Rio Grande do Sul, 1959. p.
Grande do Sul. In: OTÃO, Ir. José. (publicação das conferências do semioutubro). Porto Alegre: Universidade 27-106.
O texto divide-se em três partes. A primeira consiste no resgate das origens dos negros no Rio Grande do Sul. A segunda parte descreve o aspecto histórico da presença africana no Brasil, incluindo um breve comentário sobre: mercados de compra e venda de escravos, aspectos culturais, utilização da mão-de-obra escrava nos diversos setores da economia. Na terceira parte, apresenta o aspecto folclórico, evidenciando a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BCPUCRS.
LAZZARI, Beatriz Maria. Imigração e ideologia: reação do parlamento brasileiro à política de colonização e imigração (1850-1875). Porto Alegre/Caxias do Sul: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes/Universidade de Caxias do Sul, 1980. 134 p.
283
Analisa a polêmica provocada no Parlamento brasileiro pelo início da substituição da mão-de-obra escrava por imigrantes europeus, no período 1850-1875. Discorre sucintamente sobre a escravidão, detendo-se mais na questão da imigração.
LEANDRO, José Augusto. Gentes do Grande Mar Redondo: riqueza e pobreza na comarca de Paranaguá — 1850/1888. Florianópolis: UFSC, 2003. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. 338 f.
Guaratuba apresentavam expressivas semelhanças e diferenças; Guaratuba era uma isolada vila litorânea ao passo que Castro — embora também tenha sido fundada no fim do século XVIII — constituía local de povoamento mais antigo e de relação mais intensa com o mercado interno”.
LUZ, Sergio Ribeiro da. Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha e sua população: 1810-1930. Florianópolis: UFSC, 1994. Dissertação (Mestrado em
A tese discute “riqueza e pobreza em uma comarca litorânea e portuária do
História), Universidade Federal de Santa Catarina, 1994.
Brasil Meridional chamada Paranaguá, no período 1850-1888”. O texto divide-
Trata-se de um trabalho demográfico que analisa a evolução histórico-demográfica da Freguesia da Nossa senhora da Lapa do Ribeirão da Ilha, situada ao sul de Santa Catarina. Trata-se de um povoado onde a sobrevivência econômica se baseava na produção de gêneros agrícolas. No texto busca-se em uma análise quantitativa acompanhar a evolução da população livre e escrava. Acervo: BCUFSC.
se em duas partes. Na primeira, aborda as hierarquias socioeconômicas e os aspectos da composição do patrimônio daqueles que são denominados “bemafortunados”, “afortunados” e “minimamente afortunados”. A partir desta análise descreve-se uma sociedade retrógrada, na qual a principal característica foi o arcaísmo das práticas econômicas de uma elite de negociantes e de fazendeiros ali instalados. Conclui-se que até pelo menos o final da década de 1870 a propriedade escrava era um dos principais elementos da segurança patrimonial das famílias, mesmo sendo o período de desagregação do escravismo. A segunda parte da tese discute os livres pobres da comarca. Aponta diferenças entre lavradores, artesãos e trabalhadores do mar e adentra o universo dos trabalhadores do mundo rural.
MACHADO, Antônio Carlos. A charqueada. Província de São Pedro, n. 8, p. 121-36, 1947.
O artigo descreve a charqueada desde sua introdução no Rio Grande do Sul, evidenciando as mudanças ocorridas devido à Revolução Farroupilha. Apresenta algumas estatísticas, as funções dos escravos e defende o caráter democrático da mesma. Acervo: BCPUCRS.
LESSA, Barbosa. Os que chegaram: negros. In: Mão gaúcha. Porto Alegre: Ministério do Trabalho/Secretaria do Trabalho e Ação Social/Fundação Gaúcha do Trabalho, 1978. p. 49-50. Descreve brevemente a presença negra no Rio Grande do Sul, discorrendo sobre a participação escrava nas charqueadas e estâncias, e sobre a contribuição cultural africana, dada principalmente por seus instrumentos de percussão. Acervo: BPERGS.
MACHADO, Cacilda. 4 trama das vontades: negros, pardos e brancos na produção da hierarquia social (São José dos Pinhais — PR, passagem do XVIII para o XIX). Rio de Janeiro: UFRJ, 2006. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2006. 360 f.
O trabalho trata das relações entre escravos e livres, e entre brancos, pardos e negros, na freguesia de São José dos Pinhais, atualmente no Estado do Paraná.
O objetivo é apreender a natureza e a dinâmica dessas relações, a fim de conhecer LIMA, Carlos A. M. “Sertanejos” e pessoas republicanas livres de cor em Castro e Guaratuba (1801-1835). Estudos Afro-Asiáticos, v. 24, n. 2, p. 317-44, 2002. “As áreas meridionais da América portuguesa conheceram, a partir do final do século XVIII, um forte processo de atração de libertos e de livres de cor. Dotadas de contingentes escravos não só pequenos como recentes, as populações de tais áreas continham uma altíssima proporção de não-brancos livres e libertos. O autor considera os padrões de assentamento de livres de cor em Castro e Guaratuba (no atual Paraná). Isto é importante para se compreender o modo como um campesinato negro se relacionava com a fronteira agrária. Castro e 284
os mecanismos de produção e reprodução da hierarquia escravista em ambientes
com predomínio de pequenas escravarias e com uma grande população de pardos e negros livres.
MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo africano no Rio Grande do Sul. In: RS: economia e política. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1979. p. 29-55. O artigo inicia-se por uma análise historiográfica sobre a escravidão no Rio Grande do Sul. Descreve, também, o início da escravidão na região, destacando
285
a colônia do Sacramento. Trata, ainda, das funções dos escravos, ressaltando a courama, as vacarias, as charqueadas. Além de apresentar dados sobre o tráfico negreiro e sobre a resistência dos escravos. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Breve história da escravidão. Porto Alegre: Série Revisão. Mercado Aberto, 1986. 112 p. O livro descreve brevemente a escravidão na Grécia, em Roma, na produção feudal e, no período colonial, com sua relação com a África e com o tráfico. Aponta as características econômicas, culturais e as funções dos escravos em cada contexto. Acervo: AHRGS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Pampa negro: quilombos no Rio Grande do Sul. In: REIS, João José; GOMES, Flávio. Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 291-331. O artigo destaca a contribuição do trabalhador negro escravizado para o Rio Grande do Sul, apresentando alguns dados econômicos e populacionais. Enfatiza a resistência destes escravos, destacando a formação de quilombos, principalmente na região de Pelotas, descrevendo as forças reescravizadoras e as relações que estes estabeleciam com a sociedade. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI
FILHO,
Mário José. A Coroa e o Tronco: Escravidão e o Estado
Nacional Brasileiro. Ágora, v. 3, n. 2, p. 07-33, jul. e dez. 1997. O autor considera que “inicialmente, a economia latifundiária escravista exportadora determinou que o Brasil fosse constituído por um conjunto de colônias semi-autônomas, ligadas ao exterior. Quando da crise colonial, as elites reprimiram as tendências autonomistas para obterem uma independência que assegurasse a ordem escravista, surgindo desse fato o Estado monárquico, centralizado e autoritário nacional. A manutenção do escravismo levou à crise das revoltas regenciais. O auge da cafeicultura estabilizou o II Reinado. O fim do tráfico concentrou as escravarias no Centro-Sul, determinando a desescravização das regiões periféricas e ensejando o nascimento do abolicionismo. A abolição deu-se com o abandono das fazendas paulistas pelos cativos e foi a única revolução social brasileira vitoriosa. A abolição tornou anacrônico o centralismo monárquico. A República constituiu a reacomodação superestrutural do Estado, exigida pelo fim do escravismo”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
286
MAESTRI FILHO, Mário José. Deus é grande, o mato é maior! História, trabalho e resistência dos trabalhadores escravizados no Rio Grande do Sul. Passo Fundo: Editora Universitária Universidade de Passo Fundo, 2002. 232 p. Neste volume foram reunidos nove estudos do autor sobre a escravidão sul-riograndense escritos e publicados nos últimos vinte anos. Os temas abordados dizem respeito à presença, vivência, resistência e composição dos cativos no Rio Grande do Sul nos períodos concernentes à Colônia e ao Império.
MAESTRI FILHO, Mário José. Gaúcho negro: Da escravidão ao trabalho livre na fazenda pastoril sulina. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro et al. Negras histórias no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf/FAPERGS, 2002. p. 114-39. O artigo enfatiza a forte presença dos Negros no Rio Grande do Sul, desde antes da fundação oficial da capitania de São Pedro. Centra-se nas fazendas pastoris, destacando o papel dos cativos nestas, descrevendo seus aspectos econômicos — como a baixa produtividade, os poucos custos, o monopólio servil e os grandes latifúndios, analisando a transição lenta para o trabalho livre. Acervo: BSCSH/UFRGS.
NOGUEIRÓL,
Luis P. F.; RODRIGUEZ,
Diego;
GIACOMELLI,
Ezequiel;
DIAS, Marcos Smith. Elementos comuns e diferenças entre os patrimônios registrados na pecuária gaúcha e na pernambucana no início do século XIX. Disponível em: www.ppge.ufrgs.br/anpecsul2005/artigos/area4-02.pdf. Acesso em: 14 de março, 2006. Através da pesquisa em inventários de diversas regiões do Rio Grande de São Pedro busca traçar comparações com a região do Sertão pernambucano. Analisa principalmente a estrutura de riqueza das duas regiões, observando em ambas a predominância das faixas de riqueza relativas a animais, terras/benfeitorias e escravos.
NOGUERÓL, Luís Paulo. Preços de bois, cavalos e escravos em Porto Alegre e em Sabará, no século XIX — mercadorias de um mercado nacional em formação. Ensaios FEE, v. 26, n. especial, p. 7-36, 2005.
O artigo objetiva “fazer comparações entre as estruturas produtivas das mencionadas comarcas, enfocando a especialização produtiva de cada qual e a inserção que tinham no nascente mercado nacional brasileiro”. Acervo: Periódicos Capes.
287
NOGUERÓL, Luiz Paulo Ferreira. Mercado Regional de Escravos: padrões de preços em Porto Alegre e Sabará, no século XIX — elementos de nossa formação econômica e social. Ensaios FEE, v. 23, n. especial, p. 539-64, 2002.
O artigo analisa os preços de escravos no século XIX, em duas regiões brasileiras, a partir de dados obtidos em inventários post mortem em Sabará, Minas Gerais, e em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Verifica, através de alguns dados estatísticos, a existência de um mercado regional de escravos a uni-las, assim como indica elementos da dinâmica econômica de cada uma a partir de elementos da demografia escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ORTIZ, Helen. O banquete dos ausentes: a lei de terras e a formação do latifúndio do norte do Rio Grande do Sul, Soledade, 1850-1889. Passo Fundo: UPF, 2006. Dissertação (Mestrado), Universidade de Passo Fundo, 2006.
O trabalho busca compreender a formação do latifúndio em Soledade, Rio Grande do Sul e no Brasil. À autora analisa 260 processos de posses abertos, sobretudo
nos anos 1880, demonstrando que após a Lei de Terras foi impedido o reconhecimento das humildes propriedades dos posseiros, enquanto se liberava o assalto às terras públicas pelos grandes proprietários.
NOGUERÓL, Luis P. Ferreira. Sabará e Porto Alegre na formação do mercado
OSÓRIO, Helen. Comerciantes do Rio Grande de São Pedro: formação, recrutamento e negócios de um grupo mercantil da América Portuguesa. Revista Bra-
nacional no século XIX. Campinas: Unicamp, 2003. Tese (Doutorado), Univer-
sileira de História, v. 20, n. 39, p. 115-34, 2000.
sidade Estadual de Campinas, 2003. “Esta tese procurou, a partir de dados coletados em fontes primárias relativas a duas distantes comarcas brasileiras no século XIX, testar algumas hipóteses explicativas para a economia do Brasil, participando, desta maneira, do debate em torno do sentido da colonização. Mediante a análise da integração de diferentes mercados então existentes, escravos, cavalos e bois, analisamos as relações existentes entre mercados internos e externos indicando a dominação do segundo sobre o primeiro”.
O artigo aborda o processo de formação do grupo mercantil do Rio Grande de São Pedro durante o Império Colonial Português, analisando suas formas de recrutamento e suas redes familiares e mercantis. Compara, através das fortunas e dos negócios, nos quais aparecem os escravos, este grupo com os negociantes do Rio de Janeiro. Verifica, também, que os capitais das primeiras charqueadas originaram-se do grupo mercantil local. Acervo: BCPUCRS.
OSÓRIO, Helen. Esclavos en la frontera: padrones de la esclavitud africana en Río
NOGUERÓL, Luis Paulo Ferreira; GIACOMELLI, Ezequiel; DIAS, Marcos Smith. Elementos comuns e diferenças entre os patrimônios registrados na pecuária gaúcha e na pernambucana no início do século XIX. Segundas Jornadas de História Regional Comparada, 2005. 1 cd-rom.
O trabalho analisa os elementos comparáveis entre os patrimônios registrados na pecuária gaúcha e na pernambucana no início do século XIX. Busca-se investigar a composição dos patrimônios baseados em inventários post mortem entre as comarcas de Porto Alegre, Rio Pardo, Rio Grande e Pelotas. Verifica-se que o maior padrão de riqueza para as regiões estudadas estava alocada em escravos, animais e em propriedades fundiárias.
Grande del Sur, 1765-1825. Estudios sobre la cultura afro-rioplatense — Historia y presente: primera entrega de las Actas del Seminario realizado en la Faculdad de Humanidades y Ciencias de la Educación, 8, 9 y 10 oct. 2003, p. 7-15, 2004. O trabalho aborda algumas características demográficas e estruturais da população escrava do Rio Grande do Sul. Há uma preocupação com o estabelecimento de padrões analíticos para que se possa discutir se a escravidão em áreas de fronteira apresentava formas particulares. Baseada em inventários e censos populacionais, discute padrões de posse de escravos, tamanho de plantéis, entre outros aspectos. A autora pretende possibilitar estudos comparativos, tanto no âmbito da região platina como no conjunto da América Portuguesa. Acervo: Particular da autora.
OGNIBENI, Denise. Charqueadas pelotenses do século XIX: cotidiano, estabilidade e movimento. Porto Alegre, PUCRS, 2005. Tese (Doutorado), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2005.
O trabalho visa a analisar uma parcela da sociedade rio-grandense no século XIX, constituída por indivíduos associados em função da atividade charqueadora, na região sul da então Província de São Pedro. Acervo: BCPUCRS.
288
OSÓRIO,
Helen. Campeiros e domadores: escravos da pecuária sulista, séc.
XVIII. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
Por muito tempo julgou-se que a atividade pecuária fosse incompatível com a escravidão. Por um lado, pela mobilidade e pelo grau de liberdade que concede-
289
ria ao escravo; por outro, pelo fato da criação de gado ser uma atividade de abastecimento das áreas exportadoras que não geraria uma acumulação suficiente para a aquisição contínua de cativos. No entanto, recentes investigações têm comprovado o contrário, tanto para diversas regiões do Brasil quanto do Rio da Prata. Propõe-se uma discussão sobre as formas concretas e peculiares da escravidão em zonas fronteiriças, centrada na capitania do Rio Grande. A principal fonte utilizada são os inventários post mortem, através da qual são definidos os tipos de unidades produtivas e verificado o uso da mão-de-obra cativa. Partiremos de uma caracterização demográfica da população escrava da capitania entre 17651825 para, em seguida, analisar os escravos especializados na pecuária: os campeiros e domadores. Será traçado um perfil demográfico destes escravos, analisando-se idade, nação, tipos de plantéis em que são encontrados (grandes ou pequenos, com presença de famílias ou não).
PEDRO, Joana Maria et al. Negro em terra de branco: escravidão e preconceito em Santa Catarina no século XIX. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 64 p.
O livro trata da história da escravidão em Santa Catarina utilizando os relatórios dos Presidentes da Província, as posturas municipais e os jornais da época, prirrcipalmente aqueles de Desterro. Os autores fazem uma análise de sua população, sobre o impacto da imigração, preocupam-se em retratar a vida cotidiana do negro, o processo de abolição, entre outros aspectos. Acervo: BCUFSC.
PEREIRA, Magnus R. de Mello. Fazendeiros industriais e não-morigerados: ordenamento jurídico e econômico da sociedade paranaense, 1829-1889. Curitiba: UFPR, 1990. Dissertação (Mestrado em História), Setor de Ciências Hu-
manas, Artes e Letras, Departamento de História, Universidade Federal do Pa-
cional e muito parecida ao modelo clássico manchesteriano. Conclui que o advento da indústria ervateira foi um dos fatores desagregadores do regime de trabalho servil na região atraindo toda uma gama de escravos e ex-escravos para a coleta sazonal da erva e para o interior dos engenhos”. PESAVENTO, Sandra Jatahy. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1980. 141 p. O livro descreve o Rio Grande do Sul desde a colonização até o período populista. Cita os escravos ao tratar da economia subsidiária e da pecuária — destacando as charqueadas. Acervo: BCPUCRS. PESAVENTO, Sandra Jatahy. Trabalho livre e ordem burguesa (Rio Grande do Sul 1870-1900). Revista de História (São Paulo), n. 120, p. 135-51, jan. e jul. 1989. O artigo analisa a especificidade regional do processo de desintegração da escravidão dentro de uma perspectiva marxista. Destaca elementos como as dificuldades da pecuária e do charque rio-grandense de competir no mercado nacional de escravos. Apresenta, ainda, o processo de transformação de exescravos da indústria do charque em trabalhadores livres. Acervo: BCPUCRS. PIAZZA, Walter Fernando. A escravidão numa área de pastoreio: os “campos” de Lages. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 263-74, jul./dez. 1990. O artigo descreve a escravidão no planalto catarinense que é caracterizada pelo pastoreio. Apresenta, também, tabelas com a quantidade de escravos e, ainda, aspectos da abolição neste território. Acervo: BCPUCRS.
raná, 1990.
“Estuda as transformações econômicas, sociais e políticas da sociedade paranaense do século XIX no contexto do aparecimento e consolidação da indústria ervateira. Mostra que, devido à predominância do mate para a formação da indústria ervateira e ao estabelecimento das relações de livre mercado, houve um dinamismo da economia paranaense, sobretudo a partir de 1830, que reestruturou a economia e a sociedade da região. Analisa a fração da burguesia paranaense que se dedicava ao comércio exterior do mate, promotora de um processo de auto-sustentação e tecnificação do produto, que dinamizou seu beneficiamento para atender à crescente demanda externa, investindo em máquinas, equipamentos e mão-de-obra, além de criar espaços próprios para a produção: as fábricas de beneficiamento do mate. Demonstra que o advento dos engenhos do mate estabeleceu uma dinâmica industrial na região sui generis se comparada ao na-
290
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. Abolicionismo e trabalho livre no Rio Gran-
de do Sul. Anais da VII Reunião Anual da SBPH, São Paulo/SP, 1988. p. 211-8.
Nesse artigo, a autora destaca a forte presença escrava no Rio Grande do Sul — em suas mais diferentes atividades econômicas — e o aumento do trabalho livre devido aos projetos de colonização e imigração. Nesse quadro, problematiza a presença de escravos nas colônias alemãs.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraff. Transformações socioeconômicas em São Leopoldo (1824-1889). Anais da XI Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, p. 207-11, 1992.
291
O artigo demonstra a potencialidade dos inventários para estudos das transformações socioeconômicas. Utiliza inventários de alemães e descendentes, ob-
RODRIGUES,
tendo diversos dados, entre eles, a posse de escravos. Acervo: BCUNISINOS.
Gaúcha e na Pernambucana no Início do Século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.
rios como fonte para a pesquisa histórica. História em Revista, v. 3, n. p. 0728, nov. 1997.
“Como parte de uma pesquisa mais ampla sobre o sistema escravista no RS, o presente artigo trata do tema tomando como fonte inventários (alguns deles como testamentos). Assim, a documentação utilizada compreende 90 inventários da cidade de Pelotas (principal pólo escravista rio-grandense), referentes ao período de 1850 a 1855, os quais nos fornecem informações respeitantes aos escravos arrolados entre os bens inventariados”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PRUNES,
Smith. Ele-
ESPÍRITO SANTO, Ada; CHAVES, Antônio José Gonçalves. Revista do Departamento de Biblioteconomia e História FURG, v. 2, n. 1, p. 11-28,
jan./jun. 1980. O artigo “descreve a atividade político-econômica de Antônio J. C. G. Chaves, que veio de Portugal para o Brasil no século XVIII e se tornou próspero charqueador em Pelotas”. Acervo: BCPUCRS.
;
| SANTOS,
Corcino Medeiros
dos. Economia
e sociedade do Rio Grande do
Sul: século XVIII. São Paulo, Brasília: Ed. Nacional/INL Fundação Nacional
RECONDO, Neusa Regina Soares. A Escravidão em Pelotas. Cadernos do ISP,
Pró-Memória, 1984. 215 p.
jun. 1995.
O artigo descreve a escravidão em Pelotas destacando que nessa cidade o trabalho escravo foi utilizado, principalmente, na indústria saladeril, o que era uma contradição, no sentido que se desenvolvia uma atividade capitalista com a mãode-obra escrava. Destaca, ainda, o uso do escravode aluguel e o rígido controle
Marcos
pampas e a caatinga”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Hilaire. Província de São Pedro, n. 20, p. 61-71, 1955.
n. 6, p. 117-28,
Ezequiel; DIAS,
estava alocada em escravos, em animais e em propriedades fundiárias, indicando uma forte semelhança social e econômica, apesar da diversidade entre os
1820 através de Saint-
O artigo descreve a viagem de Saint-Hilaire ao Rio Grande do Sul, apresentando as impressões do naturalista sobre a população e os aglomerados humanos, sobre a habitação e o clima, e sobre a pecuária e a agricultura. Neste quadro, evidencia a presença e as funções dos escravos no campo. Acervo: BCPUCRS.
GIACOMELLI,
Esse artigo procura “apresentar algumas comparações entre a pecuária escravista gaúcha e a pernambucana na primeira metade do século XIX, assim como evidenciar as diferenças e semelhanças entre as composições dos patrimônios segundo inventários post mortem entre as comarcas de Porto Alegre, Rio Pardo, Rio Grande e Pelotas. Verificou-se que a maior proporção da riqueza inventariada, tanto no Agreste e no sertão pernambucano, como no Rio Grande do Sul,
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. O sistema escravista no RS: os inventá-
Lourenço Mário. O Rio Grande do Sul em
Diego;
mentos Comuns e Diferenças entre os Patrimônios Registrados na Pecuária
|
|
O autor pretende com esse estudo “interpretar o processo de integração do Rio Grande do Sul à economia atlântica”. Para tanto, analisa a expansão luso-brasileira destacando o povoamento, as atividades econômicas, a demografia, a ocupação da terra, entre outros aspectos da política pombalina.
social exercido na cidade. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SCHEFFER, Rafael da Cunha. A distribuição de renda em Desterro através da
REICHEL, Heloisa Jochims. O negro escravo e o negro liberto numa época de
|
transição. O caso da Província de Buenos Aires. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n. 1 e 2, p. 253-62, jul./dez. 1990.
O artigo descreve o papel do negro na vida econômica e na vida política de Buenos Aires no início do século XIX, destacando as atividades econômicas
predominantes na Província e o papel dos escravos e dos libertos. Acervo: BCPUCRS.
292
| |
lista de eleitores (1876). Anais eletrônicos XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006. 1 cd-rom.
O artigo busca analisar a distribuição de renda na capital catarinense no ano de 1876 tendo como fonte a lista de eleitores da paróquia do Desterro. Através da análise, busca identificar a elite econômica, apontar o peso de cada profissão no montante da riqueza, sua distribuição em diferentes faixas de renda e, ainda, localizar a concentração da riqueza na localidade tão marcada por diferenças sociais num período escravista. Acervo: ANPUHSC. 293
SPALDING, Walter. Pecuária, charque e charqueadores no Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 91 e 92, p. 123-40, 2 trim., ano XXIII, 1943.
O artigo descreve os principais elementos da economia gaúcha, ou seja, a pecuária e a charqueada, incluindo o trabalho escravo dentro desta estrutura. Acervo: BCPUCRS.
TARGA, Luiz Roberto Pecoits. As Diferenças entre o Escravismo Gaúcho e o das Plantations do Brasil — incluindo no que e por que discordamos de F.H.C. Ensaios FEE, v. 12, n. 2, p. 445-80, 1991.
O artigo discute as diferenças entre o escravismo do Rio Grande do Sul e o escravismo “clássico”, destacando as guerras, as fronteiras, as grandes propriedades pecuárias, a imigração européia e as charqueadas como situações específicas do Estado. Acervo: BSCSH/UFRGS.
VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. Escravidão e sociedade. In: FLORES, Moacyr.
Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 135-46. O artigo descreve, brevemente, a escravidão no Rio Grande do Sul, a partir de
depoimentos de descendentes de escravos, enfatizando as charqueadas e as resistências como rebeldias e quilombos. Acervo: BCPUCRS.
VECCHIA, Agostinho Mario Dalla. O escravismo na região meridional do RS: elementos contextuais e características. História em Revista, v. 3, p. 99-122, nov. 1997. O artigo apresenta o contexto histórico gaúcho dos séculos XVIII e XIX, relata depoimentos de descendentes de escravos e descreve Relatórios Provinciais, características das populações das freguesias da Região Meridional e elementos econômicos e sociais da escravidão em Pelotas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
WEBER, Beatriz Teixeira. Código de posturas e regulamentação do convívio social em Porto Alegre no século XIX. Porto Alegre: UFRGS, 1992. DissertaTEIXEIRA, Luana. Abordagens atuais: escravidão e pecuária no Brasil do século
ção (Mestrado em História — IFCH), Universidade Federal do Rio Grande do
XIX. Anais do VII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, 2006. 1 cd-rom.
Sul, 1992. 167 f.
“O objetivo deste trabalho é apresentar os resultados obtidos pelo levantamento bibliográfico realizado sobre trabalho escravo nas fazendas pecuaristas brasilei-
O trabalho analisa a regulamentação do convívio social em Porto Alegre, especialmente na segunda metade do século XIX, destacando as transformações dessa sociedade, como a higienização, a modernização e a abolição do tráfico e, posteriormente, da escravidão, as quais geraram necessidade de um novo delineamento jurídico que reestruturasse as relações de produção, a formação do mercado de trabalho livre e a convivência nas cidades — destacando as posturas municipais. Acervo: BSCSH/UFRGsS.
ras do século XIX. Atualmente já não surpreende a constatação de que, tal qual
todas as atividades produtivas brasileiras do oitocentos, a pecuária também era sustentada em grande parte pelo trabalho escravo. Ainda que esse empreendimento estivesse presente por todas as partes do Brasil, são poucas as pesquisas que problematizaram essa questão. Nesta comunicação estaremos contrastando a obra impressa existente acerca de Santa Catarina e Rio Grande do Sul com a análise de artigos em meio digital relativos a todo Brasil. Buscaremos perceber as generalidades dessa bibliografia, principalmente no que diz respeito ao emprego do trabalhador escravo na produção de gado vacum”. Acervo: ANPUHRS.
WEBER, Beatriz Teixeira. Hierarquizar e regulamentar: a organização do mercado de trabalho no Rio Grande do Sul na segunda metade do século XIX. Estudos Económicos, v. 24, n. 2, p. 321- 46, mai./ago. 1994.
VASCONCELLOS, Luiz de. Relatório apresentado ao governo de Lisboa pelo vice-rei Luiz de Vasconsellos, em outubro de 1784, sobre o Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 3-40, 1º e 2º trim., ano IX, 1929. O artigo apresenta o Rio Grande do Sul em 1784, citando 20 casais de escravos que foram solicitados para o território com a finalidade de servirem de mão-de-obra e povoamento na Real Feitoria do Linho Cânhamo. Acervo: BCPUCRS.
294
O artigo analisa a organização gradual do mercado de trabalho, verificando como condições restritivas foram empregadas de acordo com uma ética do trabalho e impostas características sobre a população em termos de atividade, esforço, submissão, sobriedade, moralidade e obediência às leis. Acervo: BCPUCRS.
WEIMER, Giinter. A mão-de-obra escrava e os imigrantes. In: Anais do VIII Simpósio de História da Colonização e Imigração Alemã no Rio Grande do Sul (1988). Nova Petrópolis: Ed. Amstad, 1998. p. 26-36.
295
O artigo analisa as relações entre a escravidão e a imigração, apontando a forte oposição entre estes sistemas. Mas evidencia que após a Guerra dos Farrapos o mercado modifica-se fazendo com que diminua esta oposição, até a substituição do trabalho escravo pelo livre e o fim da escravidão. Acervo: BCUNISINOS.
Descreve o funcionamento da estância, comentando rapidamente sobre o trabalho escravo na lavoura, nos serviços domésticos e na indústria doméstica. Acervo: IHGRS.
XIX. Estudar esta região significou trazer à luz a história de uma massa camponesa de origem luso-brasileira que tem sido pouco considerada e até discriminada em muitos títulos da bibliografia brasileira. Os camponeses brasileiros conhecidos como “caboclos” que ocupam de forma esparsa, grandes áreas do país são considerados — por uma larga lista bibliográfica — símbolo do atraso e do tradicionalismo, ao contrário dos imigrantes europeus, apresentados como símbolo do progresso e do trabalho. O livro examina sua real importância no processo de ocupação de terra, nas relações de trabalho da agropecuária regional e na própria formação da estrutura social. O livro traz uma contribuição para se pensar a relação entre camponeses nacionais, imigrantes e escravos. Acervo: AHRGS.
ZARTH, Paulo Afonso. O Negro na sociedade escravista do sul. Contexto e
ZARTH,
XAVIER, Paulo. Estância no Rio Grande do Sul. In: Rio Grande do Sul Terra e Povo. Porto Alegre: Globo, 1964. p. 55-67.
Educação, Ijuí, v. ano 3, n. 12, p. 44-58, 1988.
O artigo demonstra as arbitrariedades a que estavam sujeitos os escravos e a que reagiam e examina o papel do escravo nas estâncias serranas e as condições em que ocorreu a transição para o trabalho livre na região. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ZARTH, Paulo Afonso. Do arcaico ao moderno: as transformações no Rio Grande do Sul do século XIX. Niterói: UFF, 1994. 390 f. Tese (Doutorado em História), Instituto de Ciências Humanas e Filosofia, Universidade Federal Fluminense,1994.
A tese tem como tema central o estudo da sociedade rural rio-grandense, do século XIX, no que toca à sua transição rumo ao capitalismo. Analisa que a transformação compreendeu um lento processo de modernização, durante o qual as discussões giravam em torno da oposição entre o moderno e o arcaico. Por moderno entendia-se o imigrante europeu, a agricultura moderna, os animais de raças nobres, um novo sistema de transportes. O arcaico, por sua vez, era o latifúndio, o escravo, o caboclo, o gado crioulo, os sistemas tradicionais de cul-
tivo. No entanto, o que era considerado arcaico persistiu e o que se entendia por moderno não significava necessariamente viabilidade econômica. Acervo: BSCSH/UFRGS.
Paulo Afonso. Estancieiros, colonos e lavradores nacionais na cons-
trução da estrutura agrária do Rio Grande do Sul. Estudos de História, v. 8,n.2, p. 251-81, 2001.
O artigo destaca que a tradição ensina aos rio-grandenses que sua história foi construída por duas vias importantes: de um lado, a história dos grandes criadores de gado; de outro, os colonos imigrantes, pequenos agricultores de origem européia (germânicos e italianos). A base dessa história é a formação da estrutura agrária. Ficam marginalizados nessa tradição os escravos africanos, os indígenas e os lavradores nacionais (mestiços), sobre os quais o artigo se centra. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ZARTH,
Paulo Afonso. Do arcaico ao moderno: o Rio Grande do Sul agrário
do século XIX. Ijuí: Ed. Unijuí, 2002. 320 p. O livro aborda questões relativas à apropriação da terra e os problemas decorridos do latifúndio para demonstrar que este foi um processo excludente e que a imigração de colonos europeus foi uma alternativa política eficiente. Trata ainda de analisar diversos grupos sociais, observando que a escravidão nas estâncias do Sul foi mais importante do que a historiografia tem afirmado e sua extinção está relacionada com o processo de colonização e as formas de acesso a terra. Resgata a história dos nacionais livres, os “caboclos”. Por fim, analisa duas atividades produtivas: pecuária e agricultura.
ZARTH, Paulo Afonso. História Agrária do Planalto Gaúcho 1850-1920. Ijuí: Unijuí, 1997. 207 p. O livro tem como objeto o planalto do Rio Grande do Sul, cujo processo efetivo de ocupação e apropriação da terra iniciou-se nas primeiras décadas do século
296
297
Tráfico
AMARAL, Braz. Contribuição para o estudo das questões de que trata a tese sexta da seção de história das explorações arqueológicas e etnográficas: As tribos negras importadas: estudo etnográfico, sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (7-16 de setembro de 1914), v. 2, 1915, p. 661-93. O artigo trata da descrição das características morais e físicas das tribos africanas, da distribuição das mesmas no território brasileiro (destacando o Nordeste)
e do tráfico transatlântico de escravos. Enfatiza a relação entre negros e brancos e a formação do povo brasileiro. Acervo: BCPUCRS.
BENTO, Cláudio Moreira. O negro e descendentes na sociedade do Rio Grande do Sul (1635-1975). Porto Alegre: Grafosul-IEL-DAC-SEC, 1976. 288 p.
O livro trata dos negros no Rio Grande do Sul, desde sua entrada através do tráfico transatlântico e interno de escravos até sua representatividade numérica no ano de 1973. Descreve, também, a abolição, a participação militar dos negros, suas atividades econômicas, algumas fugas de escravos e algumas personalidades rio-grandenses negras. Acervo: BCPUCRS.
BERUTE, Gabriel Santos. A concentração do comércio de escravos na capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul, c. 1790 - c. 1825. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O Rio Grande do Sul colonial participava somente do tráfico interno de escravos, sendo tributário do tráfico atlântico. O texto propõe-se a iniciar a caracterização de tal comércio. Para tanto, procurou definir as características principais de funcionamento do circuito mercantil do tráfico de escravos sul-rio-grandense: tamanho dos envios, número de traficantes que atuaram no período estudado, concentração do tráfico de escravos (total de escravos transportados por cada traficante e em cada envio), a frequência com que atuavam e o tempo de permanência dos comerciantes na atividade. As fontes utilizadas foram as “guias de transporte de escravos”, pertencentes ao Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul e os “despachos de escravos”, que se encontram sob a guarda do Arquivo Nacional do Rio de Janeiro”. Acervo: BSCSH/UFRGS. 298
BERUTE, Gabriel Santos. Rio Grande de São Pedro: uma economia periférica na rota do tráfico de escravos (1788-1802). Anais do VI Congresso Brasileiro de História Económica, Conservatória (RJ), ABPHE e 7º Conferência Internacional de História de Empresas, 2005. 1 cd-rom.
O trabalho propõe-se a investigar o tráfico de escravos - do Rio Grande de São Pedro, no período 1788-1802, guias de transporte de escravos emitidas pela Provedoria lisa-se a etapa interna do tráfico negreiro como parte
para a então Capitania a partir da análise das da Real Fazenda. Anaintegrante das rotas de
tráfico interprovincial (tráfico interno).
BERUTE,
Gabriel Santos. Dos escravos que partem para os portos do sul:
características do tráfico negreiro do Rio Grande de São Pedro do Sul, c.1790-
c.1825. Porto Alegre: UFRGS, 2006. 200 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2006.
O objetivo do trabalho é analisar o tráfico de escravos tendo duas questões básicas: a análise das características demográficas dos escravos traficados e a caracterização da dinâmica de funcionamento do circuito mercantil. O autor pesquisa, principalmente, as guias de transporte de escravos emitidas pela Provedoria da Fazenda Real, os despachos e passaporte de escravos emitidos pela Polícia da Corte e os Livros de Sisas da vila de Rio Grande. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CABRAL,
Oswaldo Rodrigues. Nossa Senhora do Desterro: Notícia Histórica
II. Florianópolis: Imprensa da UFSC, 1972. O livro descreve a economia de Nossa Senhora do Desterro, destacando os produtos locais, o comércio e a navegação; apresenta, também, o uso da água, as vestimentas, os esportes, os hospitais e os hotéis. Trata, ainda, das Igrejas e
Confrarias, citando a Irmandade do Rosário, sobre a qual o autor enfatiza que era composta por escravos e libertos. Ao tratar dos escravos, apresenta dados demográficos e a origem destes, suas funções, suas festas, suas vestes, seus feitiços, seus casamentos, os castigos que sofriam, a bondade de muitos senho-
res, as irmandades de que participavam, as fugas e crimes que cometiam, as leis e fundos de emancipação, a abolição, a situação dos órfãos e aspectos do tráfico. Refere-se, para isto, aos relatos dos viajantes. Acervo: BCPUCRS.
CALOGERAS, João Pandiá. O povoamento: os fatores étnicos; o tráfico; resultados numéricos. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro — tomo especial — 4 política exterior do Império 1 — Contribuições para a biografia de Dom Pedro II — parte II — As origens, v. 2, p. 283-332, 1927. 299
O artigo descreve o povoamento brasileiro a partir dos fatores étnicos, destacando a miscigenação. Refere-se ao tráfico transatlântico, dando relevância às regiões de procedência dos escravos na África e à crueldade do processo de escravização. Evidencia algumas estatísticas sobre a população negra e a sua origem. E enfatiza, ainda, a importância do meio geográfico no processo de civilização do Brasil. Acervo: BCPUCRS.
CARVALHO,
COPSTEIN, Raphael. Subsídio ao estudo da escravatura no sul do Estado. Boletim Gaúcho de Geografia, n. 6, p. 21-43, julho 1977. Analisa um documento intitulado “Entrada e sahidas de escravos em geral fugidos e que não respondem por crime algum”, contextualizando o documento e o que nele há escrito. O documento foi escrito na cadeia pública da cidade de Rio Grande, e nele consta o registro de recolhimento de escravos fugidos e presos neste local. Acervo: IHGRS.
Alfredo de. Uma visita a Santa Catarina em 1803-1804. Revista
Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, v. 4, n. p. 332, 1915. O artigo descreve a visita de Krusenstern à Santa Catarina, apontando os aspectos naturais, econômicos, demográficos, sociais e culturais. Refere-se, em alguns momentos, ao viajante Langsdorff. Cita os escravos quando trata das funções econômicas, das vestimentas e da demografia. Evidencia, também, alguns aspectos do tráfico transatlântico. Acervo: IHGRS.
COSTA, Dora Isabel Paiva da. O mercado de escravos na Comarca Bananeiras, Província da Paraíba: 1860-1888. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 79-94, jul. e dez. 1990.
O artigo descreve o mercado local de escravo do município de Bananeiras, o -qual se destacava pelos engenhos de cana-de-açúcar e pela atividade criatória. Apresenta tabelas sobre a quantidade do comércio de escravos, sobre suas idades e sexo, e sobre as atividades econômicas dos compradores e vendedores de
escravos. Acervo: BCPUCRS.
INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DE SANTA CATARINA. Documentos para o estudo da história catarinense. Revista Trimensal do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, v. 2, p. 57-84, 1º e 2º trim., 1913.
em Desterro, 1849-1888. Florianópolis: UFSC, 2006. Dissertação (Mestrado
O artigo apresenta documento do século XIX com provisão de compra e venda
em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2006. 157 f.
de escravos. Acervo: BCUFSC.
Analisando o trabalho escravo em Santa Catarina, o autor focaliza a importân-
CUNHA,
Rafael Scheffer.
Tráfico interprovincial e comerciante de escravos
cia do tráfico interno, analisando o mercado de escravos em Desterro, na segun-
CLÁUDIO, Affonso. As tribos negras importadas: estudo etnográfico e sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos. Anais do Primeiro Congresso de História Nacional (7-16 de setembro de 1914) do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, v. 2, p. 595-660, 1915.
da metade do século XIX, em suas faces local e interprovincial, procurando calcular seu volume e formas de operação e seu impacto na população cativa da capital catarinense. Investiga ainda a trajetória de um importante comerciante Manoel Antônio Vitorino de Menezes. Acervo: BCUFSC.
O artigo trata da descrição das características morais, físicas, sociais e biológicas das tribos africanas, da distribuição das mesmas no território brasileiro e do tráfico de escravos. Enfatiza a mestiçagem. Acervo: BCPUCRS.
Janeiro: Organização Simões, 1954. 454 p.
CONRAD,
O artigo descreve inúmeros aspectos do Rio Grande do Sul (geografia, sociedade, economia, política, religião, guerras, etc.). Há uma pequena referência à escravidão, com a descrição da procedência dos africanos vindos para o Estado
Robert. Os últimos anos da escravatura no Brasil: 1850-1888. Rio
de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. 394 p.
Emílio Fernandes de Souza. História do Rio Grande do Sul. Rio de
(nomes das tribos, locais, características). Há também comentários sobre o pro-
O livro trata da desarticulação do sistema escravocrata, descrevendo o fim do tráfico transatlântico, a crise da mão-de-obra,
DOCCA,
o emancipacionismo, a resistên-
cesso de abolição da escravidão em âmbito nacional e regional e sobre os clubes abolicionistas de diversas cidades gaúchas. Acervo: IHGRS.
cia escrava, as leis do ventre-livre e do sexagenário e o movimento abolicionista. Acervo: BCPUCRS.
300
301
ERICKSEN, Nestor. Discurso pronunciado pelo Sr. Nestor Ericksen ao ser recebido no Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 84, p. 258-81, 4º trim., dez. 1941. O artigo descreve a história do negro no Rio Grande do Sul, desde suas primeiras entradas na fase de povoamento, até a abolição. Apresenta alguns dados demográficos, sobre o tráfico interno e transatlântico, contrabando e economia (destaca a estância e a charqueada). Ressalta, ainda, a participação do negro na Revolução Farroupilha e na Guerra do Paraguai. Foi também publicado em brochura pela Livraria do Globo. Acervo: BPERGS.
dades, livres pobres, sobre a relação da escravidão com a burguesia mercantil e sobre o abolicionismo. Acervo: BCPUCRS.
FREITAS, Décio. Escravidão de índios e negros no Brasil. Porto Alegre: Escola Superior de Teologia e Instituto Cultural Português, 1980. 1772 p. O livro contém a transcrição da legislação portuguesa e brasileira referente ao tráfico, à escravatura e à abolição. Apresenta também a transcrição de alguns documentos do período escravista, como cartas. Acervo: BSCSH/UFRGS.
GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger. O comércio de escravos na cidade de Rio
FAUSTINO, Gitibá. O comércio de escravos na obra de Antônio de Oliveira de Cadornega. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 105-15, jul. e dez. 1990. ,
Grande na década de 1860. In: FLORES, Moacyr. Negros e índios: história e literatura. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1994. p. 201-7.
O artigo descreve a obra de Antônio Cadornega, de 1681, a qual trata da presença portuguesa na África, mais notadamente em Angola. Utiliza-se da obra como fonte para a análise do comércio de escravos. Acervo: BCPUCRS.
em Rio Grande. Também destaca algumas características do comércio de escra-
vos praticado na cidade, evidenciando o tráfico interprovincial. Acervo: BSCSH/ UFRGS.
FLORES, Moacyr. O negro na dramaturgia brasileira. 1838-1888. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1995. 101 p.
GOMES, Alfredo. Achegas para a história do tráfico africano no Brasil. Aspectos numéricos. Anais do Quarto Congresso de História Nacional do Instituto Histó-
Analisa questões ligadas à escravidão, tais como o trabalho escravo, tráfico e abolição, utilizando como
fonte comédias e dramas escritos no século XIX.
Acervo: BSCSH/UFRGsS.
FRAQUELLI, Jane Elizabeth Aita. Métodos usados para avaliar o volume do tráfico de escravos africanos para o Brasil. Revista do Instituto de Filosofia e . Ciências Humanas da UFRGS, v. ano 5, p. 305-318, 1977. O artigo consiste em uma análise historiográfica sobre o tráfico transatlântico no Brasil, especialmente sobre os métodos quantitativos utilizados por esta historiografia. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREITAS,
O artigo apresenta dados sobre o perfil do escravo ideal para ser comercializado
rico e Geográfico Brasileiro (21- 28 de abril de 1949), v. 5, 1950. p. 25-78. O artigo, que teve parecer de Paranhos Antunes, Carvalho Mourão, Luísa da Fon-
seca, Manuel Diégues Júnior e Feijó Bittencourt, descreve o tráfico de escravos no Brasil, trazendo estatísticas e origens étnicas. Apresenta também dados demográficos e econômicos das diversas regiões brasileiras. Acervo: BCPUCRS.
GRAF, Márcia Elisa de Campos. Cartas de emancipação a africanos livres. Revista da SBH, n. 9, p. 73-5, 1994.
A autora faz uma curta exposição sobre a inscrição de africanos livres no livro destinado a eles na Província do Paraná em 21 de agosto de 1864, em obediência ao Aviso do Ministério da Agricultura de 4 de agosto do mesmo ano.
Décio. Escravos e senhores-de-escravos. Caxias do Sul: Universi-
dade de Caxias do Sul/Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, Porto Alegre, 1977. 137 p.
GRAF, Marcia Elisa de Campos. A lei e a prática: a propósito dos africanos
O livro trata da escravidão no Brasil, descrevendo o antagonismo entre senhores e escravos. Apresenta dados sobre o tráfico de escravos, quilombos, irman-
A autora comenta o levantamento de toda a documentação referente aos africanos livres contido nos volumes dos ofícios de 1854 a 1866 reunidos no arquivo
302
livres. Revista da SBH, 1994.
303
público do Estado do Paraná. São 71 documentos entre correspondências oficiais, relatórios, circulares, portarias, etc.
GUTIÉRREZ, Horácio. Demografia escrava em economias não-exportadoras: Paraná, 1800-1830. Estudos Econômicos, v. 17, n. 3, p. 297-314, 1987.
“Revela-se nos escravos do Paraná um significativo equilíbrio entre os sexos, baixa idade mediana da população, elevada magnitude de crianças escravas, de modo que sua estrutura demográfica assemelha-se muito àquela encontrada na população livre. Tudo indica que a reprodução natural teve peso decisivo na conformação desta estrutura, e num período no qual o tráfico de africanos para o Brasil alcançava proporções inéditas”. Acervo: ECO/UFRGS.
GUTIÉRREZ, Horacio. Crioulos e africanos no Paraná, 1798-1830. Revista Brasileira de História (SP), v. 8, n. 16, p. 161-88, mar./ago. 1988.
O artigo objetiva demonstrar a importância dos crioulos no Paraná, na área de pecuária e agricultura de subsistência e, também, nos pequenos e grandes plantéis. Apresenta dados sobre o mercado de escravos e sobre a naturalidade dos cativos. Acervo: BCPUCRS.
GUTIÉRREZ, Horácio. O tráfico de crianças escravas para o Brasil durante o século XVIII. Revista de História, n. 120, p. 59-72, 1989. Estuda-se as listas de escravos transportados do porto de Luanda para o Brasil entre 1734 e 1769, estima-se que o tráfico de crianças tenha alcançado 10% do total de pessoas negociadas. Chega-se a uma média anual de 534 crianças, declinando o número na segunda metade do século XVIII. Anali-
sa-se também a lotação nas embarcações, os portos de destino, a mortalidade a bordo e os padrões vigentes nas demais rotas americanas. Versão em espanhol: El tráfico de niiios esclavos hacia Brasil durante el siglo XVIII. HISLA: Revista Latinoamericana de Historia Económica y Social, Lima, n.13/14, p.57-66, 1989.
Em seu aspecto geral, o texto descreve as fazendas, relacionando-as com os campos, as sesmarias, a pecuária, a natureza, e o exército. Acervo: BCPUCRS.
LAYTANO,
Dante de. O negro no Rio Grande do Sul. In: OTÃO,
Ir. José.
Primeiro Seminário de Estudos Gaúchos (publicação das conferências do seminário realizado de 3 de setembro a 4 de outubro). Porto Alegre: Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1959. p. 27-106. O texto divide-se em três partes. A primeira consiste no resgate das origens dos negros no Rio Grande do Sul. A segunda parte descreve o aspecto histórico da presença africana no Brasil, incluindo um breve comentário sobre: mercados de compra e venda de escravos, aspectos culturais, utilização da mão-de-obra escrava nos diversos setores da economia. Na terceira parte, apresenta o aspecto folcló. Tico, evidenciando a presença do negro nas lendas gaúchas. Acervo: BCPUCRS.
LEANDRO, José Augusto. Em águas turvas: navios negreiros na baía de Paranaguá. Esboços, n. 10, p. 99-118, 2002.
O artigo busca ampliar o leque de informações sobre embarcações que confirmam Paranaguá como lugar de visitação de navios ligados ao tráfico de escravos no país no período em que esteve legalmente proibido. Tem como fonte principal os autos de ratificação de protesto marítimo.
LEANDRO, José Augusto. Navios negreiros e protesto marítimo. Anais do IX encontro da ANPUH/SC, 2002. 1 cd-rom. À comunicação pretende analisar episódios de tráfico ilegal de escravos no litoral paranaense após a Lei de 1831, não se centrando apenas no Incidente Cormorant. Acervo: ANPUHSC.
LEANDRO, José Augusto. Gentes do Grande Mar Redondo: riqueza e pobreza na comarca de Paranaguá — 1850/1888. Florianópolis: UFSC, 2003. Tese (Doutorado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 2003. 338 f.
LAY'TANO, Dante de. Fazenda de criação de gado. Porto Alegre: Imprensa Oficial, 1950. 151 p. O artigo cita o negro relacionado aos costumes das fazendas, ressaltando o tráfico de escravos e as senzalas. Em relação ao controle dos escravos, destaca que os mesmos eram impedidos de entrar em campos de proprietários diferentes.
304
A tese discute “riqueza e pobreza em uma comarca litorânea e portuária do Brasil Meridional chamada Paranaguá, no período 1850-1888”. O texto dividese em duas partes. Na primeira, aborda as hierarquias socioeconômicas e os aspectos da composição do patrimônio daqueles que são denominados “bemafortunados”, “afortunados” e “minimamente afortunados”. A partir desta análise descreve-se uma sociedade retrógrada, na qual a principal característica foi
305
o arcaísmo das práticas econômicas de uma elite de negociantes e de fazendeiros ali instalados. Conclui-se que até pelo menos o final da década de 1870 a propriedade escrava era um dos principais elementos da segurança patrimonial das famílias, mesmo sendo o período de desagregação do escravismo. A segunda parte da tese discute os livres pobres da comarca. Aponta diferenças entre lavradores, artesãos e trabalhadores do mar e adentra o universo dos trabalhadores do mundo rural.
LIMA,
Carlos Alberto Medeiros. Sobre as posses de cativos
e o mercado de
escravos em Castro (1824-1835): perspectivas a partir da análise de listas nominativas. Disponível em: . Acesso em:
14/mar 2006.
Tratando da escravidão numa região pecuária, o autor busca dialogar com a bibliografia nacional referente à densidade da população escrava e seus mecanismos de reprodução. Sugere que o aumento da população escrava em Castro era pautado tanto pelo acesso ao mercado de escravos quanto pela reprodução endógena. Trabalha com as consegiiências da proibição do tráfico transatlântico em 1831 para o abastecimento de regiões periféricas brasileiras.
LIMA, Rafael Peter de. Violência na fronteira: o seqiestro de negros do Estado Oriental (século XIX). Anais da IV Mostra de pesquisa do Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul: produzindo história a partir de 4 fontes primárias, p. 261-72, 2006. “A partir da percepção do notável crescimento do número de casos de segiiestros de negros orientais para serem comercializados como escravos na Província de São Pedro em meados do século XIX, o presente trabalho se propõe a analisar alguns aspectos relativos à atividade destas redes de tráfico que se estabelecem na região. O foco dos debates estará centrado ações empreendidas pelos representantes consulares uruguaios na medida em que se opuseram à prática de tais crimes e atuaram em defesa das vítimas. Como fontes primárias foram utilizadas comunicações oficiais recebidas e enviadas pelos consulados orientais, fontes jurídicas e policiais, além de artigos publicados em jornais da época”.
MACEDO, Francisco Riopardense de. Emancipação dos escravos. In: Lições da Revolução Farroupilha. Porto Alegre: Assembléia Legislativa do RS., 1995.
co e deram liberdade à seus cativos ou utilizaram a mão-de-obra escrava em
condições mais humanas. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. A origem do escravo gaúcho e a capitania do Rio Grande de São Pedro do Sul (1). Revista do Departamento de Bibliotecono-
mia e História FURG, v. 1,n. 1, p. 13-54, jul. e dez. 1978.
O artigo apresenta a transcrição e comentário do “listado da Real Fazenda da Villa do Rio Grande do Sul” relativo aos escravos apresentados neste porto no ano de 1802. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Documentos sobre três meses de tráfico escravis-
ta (1803) na Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul. Revista do Departa-
mento de Biblioteconomia e História
FURG, v. l,n.3, p. 23-36, jul. e dez. 1979.
O artigo consiste na edição do “listado” dos escravos introduzidos na Capitani a de São Pedro do Rio Grande do Sul, nos meses de abril, maio é junho e “apresentados nesta escrituração do almoxarifado da Fazenda Real”. Acervo: BCPUCR S. MAESTRI FILHO, Mário José. O escravo africano no Rio Grande do Sul. In:
RS: economia e política. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1979. p. 29-55. O artigo inicia com uma análise historiográfica sobre a escravidão no Rio Gran-
de do Sul. Descreve, também, o início da escravidão na região, destacan do a
Colônia do Sacramento. Trata, ainda, das funções dos escravos, ressaltando a courama, as vacarias, as charqueadas. Além de apresentar dados sobre o tráfico negreiro e sobre a resistência dos escravos. Acervo: BCPUCRS. MAESTRIFILHO, Mário José. 4 servidão negra. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988. 152 p.
O livro analisa a escravidão a partir do tráfico transatlântico, do trabalho escravo
(nas plantações, nas minas, nas charqueadas), das condições de vida dos escravos e das resistências destes nas cidades e nos campos. Acervo: BCPUCRS.
p. 37-40.
MAESTRI FILHO, 1994. 113 p.
O livro apresenta dez lições da Revolução Farroupilha, entre elas, a emancipação dos escravos, na qual o autor destaca que os farroupilhas criticavam o tráfi-
rença da escravidão no campo e na cidade. Analisa também as diferenças entre
306
Mário José. O escravismo no Brasil. São Paulo: Atual,
Analisa o sistema escravista brasileiro descrevendo o tráfico atlântico e a dife-
307
o escravismo antigo e o escravismo colonial, e as razões da substituição, no
Brasil, do escravo indígena pelo africano. Acervo: UFRGS/BSCSH.
MARTIN, Perey Alvim. A escravatura e a sua abolição no Brasil. Anais do Terceiro Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, v. 3, p. 1203-38, 1940.
MAESTRI FILHO, Mário José. A Coroa e o Tronco: Escravidão e o Estado Nacional Brasileiro. Agora, v. 3, n. 2, p. 07-33, jul. e dez. 1997.
O artigo apresenta inicialmente uma breve descrição da escravidão no Brasil, mostrando-a como um problema social e político, trazendo alguns dados demográficos, relatos do tráfico transatlântico, das funções dos escravos e de seus
O autor considera que “inicialmente, a economia latifundiária escravista exportadora determinou que o Brasil fosse constituído por um conjunto de colônias
comportamentos. Posteriormente, centra-se na abolição, descrevendo o movi-
semi-autônomas, ligadas ao exterior. Quando da crise colonial, as elites repri-
co e Joaquim Nabuco.Teve parecer de Elpídio Paes. Acervo: IHGRS.
mento abolicionista, as influências externas e, destacando nomes como Rio Bran-
miram as tendências autonomistas para obterem uma independência que assegurasse a ordem escravista, surgindo deste fato o Estado monárquico, centrali-
zado e autoritário nacional. A manutenção do escravismo levou à crise das revoltas regenciais. O auge da cafeicultura estabilizou o II Reinado. O fim do tráfico concentrou as escravarias no Centro-Sul, determinando a desescravização das regiões periféricas e ensejando o nascimento do abolicionismo. A Abolição deu-se com o abandono das fazendas paulistas pelos cativos e foi a única revolução social brasileira vitoriosa. A abolição tornou anacrônico o centralismo monárquico. A República constituiu a reacomodação superestrutural do Estado, exigida pelo fim do escravismo”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MAMIGONIAN,
ria), Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 1978.
A dissertação analisa a abolição no Rio Grande do Sul, iniciando pela escravidão no Brasil e no Rio Grande do Sul — apresentando as funções dos escravos € dados do tráfico. Ao tratar da abolição, destaca o papel da imprensa, dos ensaios socioeconômicos, das manifestações coletivas, do Parthenon Literário, dos clu-
bes abolicionistas e, especialmente, do movimento de 1884. Apresenta, ainda, dados sobre a abolição em diversas cidades do Estado. Acervo: BCPUCRS.
Beatriz Gallotti. O litoral sul do Brasil na rota do abolicionis-
mo britânico, décadas de 1840 e 1850. Anais eletrônicos do II Encontro escra-
vidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O trabalho procura “colocar o litoral catarinense no mapa da repressão ao tráfico atlântico de escravos na primeira metade do século XIX e revelar alguns contornos da pouco conhecida “conexão brasileira” da política de recrutamento de trabalhadores para as colônias britânicas. A partir de episódios de apreensão de barcos aparentemente envolvidos
na navegação de cabotagem
por um cruzeiro britânico no litoral de Santa Catarina em julho de 1851, a comunicação aborda as evidências da ocorrência de tráfico ilegal nesta região, a forma da repressão britânica ao tráfico atlântico nas décadas de 1840 e 1850, e o contexto ao qual estava associada, de recrutamento de trabalhadores
para as colônias britânicas do Caribe. Nestes casos em estudo, ao oferecer liberdade para os tripulantes escravos da embarcação apreendida, o capitão do cruzeiro da Marinha Real Inglesa abriu mais uma rota de fuga para os escravos descontentes, que por vezes já fugiam em navios mercantes ou baleeiros. Esta política britânica de recrutamento de trabalhadores a serem emancipados e engajados por contrato no Caribe esteve associada à da repressão ao tráfico de escravos a partir do fim da década de 1830 e atingiu Cuba, Brasil e Serra Leoa”. Acervo: BSCSH/UFRGS. 308
MONTI, Verônica Aparecida. O abolicionismo: Sua hora decisiva no Rio Grande do Sul-1884. Porto Alegre: PUCRS, 1978. Dissertação (Mestrado em Histó-
MOREIRA, Early Macarthy. A escravidão na América Espanhola: Cuba, um referencial necessário. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, n. 125, p. 28-39, 1989. O artigo descreve aspectos da escravidão em Cuba, destacando o tráfico transatlântico, alguns dados demográficos, as principais produções econômicas e funções dos escravos, o tratamento dado a eles e o processo de abolição. Acervo:
BCPUCRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Boçais e malungos em terras de brancos: notícias sobre o último desembarque de escravos no Rio Grande do Sul nos arredores de Santo Antônio da Patrulha (1852). In: BEMFICA,
Coralina et al.
Anais do Seminário Raízes de Santo Antônio da Patrulha e Caraá. Porto Alegre: EST, 2000. p. 316-24. O artigo descreve o último desembarque de escravos na região de Santo Antônio da Patrulha, em 1852, ocorrido mesmo após a Lei Euzébio de Queiróz. Destaca a situação dos africanos que chegaram após a referida lei, ou seja, ilegalmente, e seus processos de emancipação. Acervo: BCPUCRS.
309
MULLER, Telmo Mauro. Negros em São Leopoldo. In: Colônia alemã: histórias e memórias. Caxias do Sul: Editora da Universidade de Caxias do Sul/Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, 1978. p. 17-25. Descreve casos de escravos pertencentes a alemães (fato proibido por lei), analisando a condição em que viviam estes escravos e discorrendo sucintamente sobre questões como: compra e venda de escravos, alforrias e fugas. Acervo: BPERGS.
NOGUERÓL, Luiz Paulo Ferreira. Mercado Regional de Escravos: padrões de preços em Porto Alegre e Sabará, no século XIX — elementos de nossa formação econômica e social. Ensaios FEE, v. 23, n. especial, p. 539-64, 2002. O artigo analisa os preços de escravos no século XIX, em duas regiões brasileiras, a partir de dados obtidos em inventários post mortem em Sabará, Minas
Gerais, e em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Verifica, através de alguns dados estatísticos, a existência de um mercado regional de escravos a uni-las, assim como indica elementos da dinâmica econômica de cada uma a partir de elementos da demografia escrava. Acervo: BSCSH/UFRGS.
PESAVENTO, Sandra Jatahy. Trabalho livre e ordem burguesa (Rio Grande do Sul 1870-1900). Revista de História (São Paulo), n. 120, p. 135-51, jan. e jul. 1989. O artigo analisa a especificidade regional do processo de desintegração da escravidão dentro de uma perspectiva marxista. Destaca elementos como as dificuldades da pecuária e do charque rio-grandense de competir no mercado nacional de escravos. Apresenta, ainda, o processo de transformação de ex-escravos da indústria do charque em trabalhadores livres. Acervo: BCPUCRS.
PIAZZA, Walter Fernando. 4 escravidão negra numa província periférica. Florianópolis: Garapuvu, 1999. 144 p. Trata-se de um livro bastante abrangente que busca descrever a escravidão em Santa Catarina, dedicando capítulos ao cálculo de sua população, a relação entre senhores e escravos, o processo abolicionista; investiga sobre o trabalho escravo, entre vários outros aspectos analisados sucintamente pelo autor. Acervo: BCUFSC.
O artigo descreve o tráfico transatlântico de escravos para o Rio Grande do Sul após a Lei Euzébio de Queiróz que o proibia. Apresenta situações de desembarque de escravos relacionadas ao controle da Costa e a situação política. Acervo: BCPUCRS.
PIRES, Ana Flávia Cicchelli. Subterfúgios e novos padrões de organização no tráfico ilegal de escravos: o caso do brigue Asseiceira. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Diversas medidas foram sendo estipuladas gradativamente aqui no Brasil, desde 1810, com o objetivo de abolir o comércio atlântico de escravos. Contudo, este continuou em atividade após 13 de março de 1830, data marcada para o seu fim segundo Convenção de 23 de novembro de 1826, acordada entre o Brasil e a Grã-Bretanha. Os traficantes continuaram em ação através de um sistema de contrabando, com a conivência do governo e das autoridades brasileiras, cabendo à Inglaterra o papel de vigiar, reprimir e exigir o cumprimento dos tratados e convenções firmados. Do total de africanos trazidos para o Brasil em trezentos anos de tráfico atlântico, aproximadamente 20% chegou entre 1831 e 1855. Tal percentagem demonstra quanto o tráfico ilegal foi importante, principalmente se comparado ao período total de tráfico atlântico para o Brasil. Esta comunicação tem por objetivo analisar o período da ilegalidade do comércio de escravos para o Brasil através do Atlântico, ressaltando uma característica em especial, que diz respeito ao redirecionamento dos embarques na costa Centro-Ocidental africana. Através desta análise poderemos perceber a flexibilidade do tráfico ilegal, em função da necessidade de estar sempre adotando novas estratégias para contrabalançar a intervenção britânica e as leis que foram sendo acordadas visando a seu fim. O contrabando de africanos constituiu-se enquanto um negócio lucrativo e capaz de mobilizar importantes interesses, desenvolvendo uma lógica de funcionamento e organização”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SANTOS, Corcino M. dos. O tráfico de Escravos do Brasil para o Rio da Prata. Anais da VIII Reunião da Sociedade Brasileira de Pesquisa Histórica, p. 89-95, 1989. O artigo descreve o contrabando de escravos do Brasil para a América espanhola, na região do Rio da Prata. Apresenta dados numéricos e os interesses contrários envolvidos. Acervo: BCUNISINOS.
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf. O comércio ilícito de escravos africanos
SCHEFFER, Rafael da Cunha. Tráfico interprovincial e comerciantes de escra-
no Rio Grande do Sul. Anais da X Reunião Anual da SBPH, Curitiba/PR, p.
vos em Desterro/SC (1849-1888). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
169-75, 1991.
310
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“Em outubro de 1884 desapareceu em Campinas um comerciante que havia saído de Desterro, em Santa Catarina, para cobrar dívidas nesta cidade paulista. Seu nome era Manoel Antonio Victorino de Menezes, um negociante de escravos que, descobriu-se depois, foi assassinado nesta viagem. Nossa análise de suas atividades em vida e de sua morte nos ajuda a entender melhor como se deu a dinâmica do tráfico interno de escravos na capital da província catarinense. O objetivo desta comunicação é analisar o funcionamento do tráfico em Desterro através da vida de Victorino, da construção de seus laços e relações comerciais como negociante de escravos em Desterro e a forma como se davam seus negócios, circunstâncias que podem estar associadas a sua morte”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
vo deplorável. A pecuária. Vida farta e baratissima. Gado alçado. O deserto catarinense. Ataques de índios. Felicidade da vida em S. Catarina. Anais do Museu Paulista, tomo 7, p. 699, 1936. O artigo descreve os costumes dos catarinenses a partir do relato de Langsdorff. Apresenta um relato de uma festa negra. Ressalta, ainda, a admiração do viajante para com o notável número de escravos em Desterro, no que faz referência ao tráfico transatlântico de escravos. Acervo: BCPUCRS.
TAVARES, Luís Henrique Dias. Questões na questão do comércio de escravos africanos para o Brasil depois de 1830. Revista do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UFRGS, v. ano 11 e 12, n. p. 243-52, 1984.
SETTE, Mário. A escravidão longe e perto de nós. Província de São Pedro, n. 12, p. 15-27, 1948. O autor relaciona, neste artigo, um presente no qual não vivos em uma sociedade sem preconceitos, contrapondo cravista no qual descreve aspectos tais como: o trabalho crava, a abolição, o tráfico transatlântico, as etnias que Acervo: BCPUCRS.
se tem mais escravos a isso um passado esescravo, a família esvieram para o Brasil.
SILVA, Ricardo Tadeu Caíres. Memórias da travessia: aspectos do tráfico internacional de escravos para o Brasil nas falas dos cativos que disputavam suas liberdades na Justiça. Bahia (1884-1888). Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Neste texto procuro discutir as “memórias” descritas pelos africanos e seus descendentes acerca do tráfico de escravos para o Brasil, quando da disputa de suas liberdades na justiça nos últimos anos da escravidão no Brasil. Tendo por base o argumento contido no artigo primeiro da lei de.07 de novembro de 1831, que declarava livres todos os africanos que entrassem no país após aquela data, muitos cativos impetraram ações de liberdade contra seus senhores visando obter suas liberdades independentemente da vontade destes últimos. Com base em depoimentos e na bibliografia pertinente ao tema, problematizo alguns aspectos e estratégias pertinentes a esta importante engrenagem do sistema escravista”. Acervo: BSBSH/UFRGS.
TAUNAY, Affonso de E. O aceio entre os catarinenses. O uso do mate. Higiene. Fregiiência das abluções. O uso do bodoque. Ausência de religiosos. O tráfico de africanos. Bacanal negra. A fertilidade de S. Catarina. Regime administrati-
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O artigo descreve o tráfico transatlântico após a Lei de 1831 que o proibia, destacando que o comércio de escravos africanos continuou não só para o Brasil, mas também para os Estados Unidos da América e para as Ilhas de Cuba e Porto Rico. Acervo: BCPUCRS.
VASCONCELLOS, Luiz de. Relatório apresentado ao governo de Lisboa pelo vice-rei Luiz de Vasconsellos, em outubro de 1784, sobre o Rio Grande do Sul. Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul, p. 3-40, 1º. e 2º trim., ano IX, 1929. O artigo apresenta o Rio Grande do Sul em 1784, citando vinte casais de escravos que foram solicitados para o território com a finalidade de servirem de mão-deobra e povoamento na Real Feitoria do Linho Cânhamo. Acervo: BCPUCRS.
VASCONCELOS, Albertina Lima. Tráfico interno, liberdade e cotidiano de escravos em Rio Grande -RS, no século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A comunicação tem como objetivo apresentar resultados de pesquisas sobre aspectos do tráfico interno de escravos, ou tráfico interprovincial, especificamente dos que tiveram como rota de chegada o Rio Grande do Sul, no século XIX, e algumas experiências de luta e resistência contra a escravidão e de práticas socioculturais cotidianas. Essa comunicação ressalta a importância de estudos que revejam as análises que identificam o tráfico na sua vertente interna como consegiiência da Lei de abolição do Tráfico 1850. Os dados das pesquisas demonstram que esse processo interno existiu antes dessa data, mesmo que com menor dinâmica. O Rio Grande do Sul, mais precisamente a cidade de Rio Grande foi um desses destinos de escravos que vinham do nordeste, no caso da Bahia e
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Reflexões historiográficas
de outras Províncias. A abordagem referenciada na História Social e na História Econômica se baseou na exploração de fontes primárias como livros de Passaportes e Jornais. Os dados apurados desse processo de transferência de mão-deobra escrava da Bahia para o Sul, no século XIX, permitem traçar um perfil de escravos oriundos da Bahia para o Rio Grande do Sul entre 1800 e 1850”. Acervo: BSCSH/UFRGS. ALMEIDA,
Maximiliano Mazewski Monteiro de. Escravos e Afro-descenden-
tes na Historiografia oficial do castilhismo. Anais eletrônicos do II Encontro WESTPHALEN,
Cecília Maria. A introdução de escravos novos no litoral para-
naense. Revista de História, v. 44, n. 89, p. 139-54, jan. e mar. 1972. O artigo descreve a introdução de escravos no litoral de Paranaguá, sobretudo de 1831 a 1851. Destaca o contrabando e o incidente do Cormorant para afirmar que o tráfico transatlântico continuou mesmo após a proibição em 1831. Acervo: BCPUCRS.
escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. Com o fim da Revolução Federalista (1893-95) e a vitória do Partido Republicano
Rio-grandense tornou-se possível reorganizar o ensino público no Rio Grande do Sul (1897). O objetivo desse ensino era a aculturação cívica, que pretendia produzir uma versão definitiva do passado, através da historiografia destinada às escolas primárias. Uma série de livros de História e Geografia foi adotada oficialmente para o ensino público. Entre eles estão História do Rio Grande do Sul para o ensino cívico (1898), de João Cândido Maia e Historia do Brazil, escripta para meninos, de João von FRANKENBERG (1898.). Esses autores estão marcados por uma forte tendência depreciativa do papel dos africanos como agentes do processo histórico, justificando o imperialismo europeu sobre a África e a escravidão nas Américas. Ao excluir do seu projeto progressista a africanos e indígenas, a historiografia oficial dos castilhistas instaurou o privilégio do pertencimento étnico, juntamente com a religiosidade e a organização estatal, como um dos fatores determinantes do grau de civilização da sociedade. Acervo: BSCSH/UFRGS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Trajetórias de afro-descendentes no Brasil: abordagens e perspetivas. Anais do VI Encontro Estadual de História - ANPUHIRS, 2002. 1 cd-rom. O trabalho considera e sistematiza as pesquisas recentes que estudaram trajetórias de afro-descendentes. Ressalta que essas pesquisas destacaram pessoas que, apesar do sistema, fizeram escolhas e tomaram atitudes próprias. Portanto, esses trabalhos permitem reavaliar interpretações que enfatizam de forma dicotômica o cerceamento/condescendência do sistema. Acervo: ANPUHRS.
BAKOS, Margaret Marchiori. Historiografia: pesquisa e ensino de história sobre afro-descendentes. História: debates e tendências, v. 4, n. 1, p. 99-106, jul. 2003. O artigo analisa a historiografia sobre escravidão e afro-descendentes a partir da relação que se estabelece entre tema e pesquisador, relacionando-a à seu contexto e demonstra as implicações destas pesquisas no ensino dessa história. Acervo: BSCSH/UFRGS. 314
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BORTOLLI, Cristiane de Quadros de. Vestígios do passado: a escravidão no Planalto Médio Gaúcho (1850-1888). Passo Fundo: UPF, 2003. Dissertação (Mestrado em História), Universidade de Passo Fundo, 2003.
Nesse estudo a autora analisa a escravidão no Planalto Médio gaúcho no período 1850-1888. Busca analisar a forte presença de cativos e seu valor econômico no contexto sociopolítico e na formação dos municípios de Cruz Alta e Palmeira das Missões, demonstrando que os escravos não estiveram presentes somente
na região charqueadora e em Porto Alegre. Através de pesquisa empírica, revela a existência de movimentos abolicionistas nessa região, comparando-os com os de outras, as leis elaboradas nesse período, as quais permitiram o encaminhamento de ações de liberdade que culminaram na abolição. Através da análise de inventários e testamentos, identifica e demonstra como essas ações permitiram a concessão de liberdade aos cativos. A pesquisa em livros de registros de batismos e óbito pertencentes à Igreja Matriz de Cruz Alta permitiu revelar a existência de batismo, compadrio e apadrinhamento de escravos, bem como os óbitos ocorridos nessa cidade e em Palmeira das Missões na segunda metade do século XIX. Acervo: BCUPF.
CARDOSO, Luiz Carlos Amaro; PEREIRA, Lúcia Regina. O negro na história do Brasil: um ensaio de história imediata. In: CARDOSO, Luiz Carlos Amaro
et al. Negras histórias no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Evangraf/FAPERGs, 2002. p. 68-79.
O artigo busca analisar como tem sido escrita a história do Brasil com relação aos negros, refletindo sobre os diversos termos utilizados. Destaca a atuação do GT Negros. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CARNEIRO, Newton Luís Garcia. Ainda a indigência teórica: ou de como se fazem algumas “Novas Histórias” da escravidão. Histórica, n. 2, p. 34-42, 1997.
O artigo critica as recentes temáticas da historiografia sobre a escravidão, bem como, a forma teórico-metodológica pela qual se desenvolvem estes temas. Procura discutir o que considera como
dilemas da ciência histórica, a partir do
recorte escravidão, entre estes a subjetividade versus a objetividade e a oposição indivíduo/sociedade. Acervo: BCPUCRS.
CORREA,
Silvio M. S. O negro na historiografia sul-rio-grandense. Revista
Ágora, Santa Cruz do Sul, v. 6, n. 1, p. 87-106, 2000.
O objetivo do autor é abordar o tratamento conferido ao negro pela historiografia brasileira. Para isso faz algumas incursões pelas ciências sociais, pois certas 316
abordagens do negro na historiografia brasileira não podem ser entendidas sem cotejar a sociologia.
CORREA, Silvio M. S. A imagem do negro no relato de viagem de Alvise Cadamostro (1455-1456). Politéia História e Sociedade, Edições UESB, Bahia, v.
02, n. 1, p. 99-129, 2002. “A literatura de viagem oferece à pesquisa histórica uma valiosa fonte documental. Para o caso africano, os relatos de viajantes constituem fontes sui generis para a reconstrução de sua história. A descrição de Viagens à África Negra (145556), do veneziano Alvise Cadamosto, é um dos primeiros relatos modernos sobre
a costa ocidental africana e suas gentes. Sua importância documental para os estudos etno-históricos deve-se, principalmente, a sua relativa imparcialidade e objetividade. O testemunho de Cadamosto sobre aquele encontro singular entre europeus e africanos constitui uma fonte ímpar para a investigação histórica e etnográfica. Destacar alguns elementos sobre a imagem moderna do negro africano dos meados do século XV é o escopo desse artigo”.
FERNANDES, Florestan. O mito da democracia racial. In: SEFFNER, Fernan-
do. Presença Negra no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Unidade Editorial/ Porto Alegre, 1995. p. 20-6. O artigo, que consiste em um recorte da obra 4 integração do negro na sociedade de classes, procura analisar as relações raciais entre negros e brancos no pósabolição, demonstrando que estas eram conflituosas, questionando, assim, o mito da democracia racial. Demonstra a utilidade desse mito quando foi criado e suas conseqiiências. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FLORES, Moacyr. Historiografia do RS. Estudos. Porto Alegre: Nova Dimensão, 1989. O livro analisa a historiografia do Rio Grande do Sul, descrevendo a obra dos
principais autores que escrevem sobre a história do Estado, incluindo, entre estes, autores que trabalham com escravidão e com a presença de povos africanos no território rio-grandense. Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREITAS, Patrícia de. Margens da palavra, silêncio do número. O negro na historiografia de Santa Catarina. Florianópolis: UFSC, 1997. 154 f. Dissertação (Mestrado em História), Universidade Federal de Santa Catarina, 1997.
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“0 trabalho procura investigar a forma como a temática do negro transitou pelo * Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina. A autora selecionou para sua nnálise a obra de dois sócios: Oswaldo Rodrigues Cabral e Walter Fernando Piazza. Acervo: BCUFSC.
GALLO, Ivone Cecília D' Ávila. Socialismo e escravidão: paradoxos do século XIX. Anais eletrônicos do Il Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O século XIX pode ser interpretado como o século em que as questões sociais ganham expressão e vulto. Este século de antagonismos produziu as misérias sociais e paralelamente um conjunto de idéias que objetivaram saná-las. Entre os pensadores que operaram uma reflexão crítica sobre este momento histórico encontra-se Charles Fourier, preocupado, em plena época da Restauração, com a questão da liberdade, do livre arbítrio, da escravidão. A obra deste pensador teria influenciado significativamente o movimento operário na Europa até os anos 50 do século XIX e as suas reflexões serviram de inspiração para um grupo de operários franceses que se dirigiram ao Brasil em 1840 e fundaram em Santa Catarina uma comunidade de tipo fourierista. O texto visa discutir a teoria e a prática fourierista, o contexto europeu de desenvolvimento industrial e a sociedade brasileira escravista, ou melhor, a relação possível entre socialismo e escravidão (Brasil e América do Norte). Acervo: BSCSH/UFRGS.
GOMES, Mariana Selister. As representações em torno dos negros e o Primeiro Congresso de História Nacional do IHGB: uma análise do trabalho apresentado por Affonso Cláudio. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
GUTFREIND, leda. O negro no Rio Grande do Sul: o vazio historiográfico. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 175-87, jul. e dez. 1990.
O artigo busca refletir sobre a pequena representatividade de estudos sobre o negro no Rio Grande do Sul, reafirmando a importante presença do negro, desde os tempos coloniais, nas terras do Extremo Sul. Acervo: BCPUCRS.
LEITE, Ilka Boaventura. Descendentes de africanos em Santa Catarina: invisi-
bilidade histórica e segregação. Textos e Debates, n.1, p. 42, 1991. O texto da autora aborda a história dos africanos e seus descendentes em Santa Catarina buscando compreender como foi construída sua “invisibilidade”, relacionada a ideologia do “embranquecimento”, as políticas imigrantistas, ao preconceito. À autora defende a necessidade de se melhor estudar a história dos negros em Santa Catarina como uma via para se conquistar a cidadania brasileira.
LIMA, Carlos A. M. Escravos da Senhora do Rosário: irmandades negras na América Portuguesa. In: MOURA, Ana Maria da Silva. Devoção e incorporação: igreja, escravos e índios na América Portuguesa. Curitiba: Ed. Peregrina, 2002. p. 13-267. O texto se organiza em quatro capítulos. No primeiro estudam-se as concepções a respeito das irmandades negras, formuladas por contemporâneos das mesmas durante os séculos XVII, XVIII e XIX e depois as retidas por historiadores do século XX. Finaliza este capítulo um breve estudo a respeito de suas dimensões, sua periodização e sua distribuição no espaço. O segundo capítulo aborda sua composição, especialmente em um sentido étnico. O terceiro procura apontar dados da composição da irmandade de Nossa Senhora de Curitiba entre 1765 e 1820 analisando a rede social que a cercava. O último tem por tema a vida política que se articulou com a experiência das irmandades negras.
“O Primeiro Congresso de História Nacional do IHGB, realizado em 1914, reu-
niu 96 trabalhos voltados à História do Brasil. Neste estudo analisar-se-á as representações em torno dos negros construídas pelo trabalho apresentado por Affonso Cláudio “As tribos negras importadas: estudo etnográfico e sua distribuição regional no Brasil; os grandes mercados de escravos”, na 3º Secção “História das Explorações Arqueológicas e Etnográficas” do Congresso em questão. Nesta análise buscar-se-á entender a recepção (entendida como ressignificação a partir do contexto brasileiro) das Teorias Racistas Européias do século XIX, as quais o autor faz referência. Compreender-se-á, também, o lugar do autor, para analisar sua obra”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
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LIMA, Henrique Espada. “As várias faces da precariedade: para uma história comparativa da escravidão e da liberdade no século XIX”. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
A universalidade do tema “trabalho” sugere fortemente uma abordagem comparativa em vários planos. Tomando as sociedades escravistas das Américas, a escravidão e o trabalho escravo foram, não por acaso, objeto de importantes estudos desse gênero. De fato, abordagens comparativas estão na origem de alguns dos principais debates sobre a escravidão nas Américas, seja tratando das diferenças de caráter econômico ou religioso, ou as diversas tradições jurídicas no que diz respeito à escravidão (com o conseqiiente acesso desigual a
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alforrias e manumissões, etc.). A partir daí há todo um campo de estudos que vai desde as formas distintas de escravidão até o tema das relações “raciais” e do lugar dos ex-escravos e seus descendentes nas sociedades pós-abolição.
art tencialidade das fontes. Apresenta, ainda, duas ilustrações. ções. A Acervo: :B BSCSH/
Se tomarmos o século XIX, o último século da escravidão nas Américas, a oposi-
MAESTRI FILHO, Mário José. Escravidão gaúcha: novos estudos. Um depoi-
ção entre “trabalho escravo” e “trabalho livre” articula um campo de estudos comparativos definido e importante. Recentemente, o estudo das sociedades no pósemancipação vem ganhando ainda mais relevo, na medida em que articulam ques-
mento pessoal. Negros e índios: História e Literatura, p. 179-90, 1994.
O artigo apresenta uma análise passando as principais visões, escravidão pela historiografia ção e experiência profissional.
da tões centrais como: relações raciais, cidadania e direitos políticos, etc. O tema
experiência do “trabalho” sob o regime da escravidão e da liberdade parece ter, entretanto, um espaço menor. Não por acaso, há ainda uma lacuna a ser preenchida no que diz respeito aos diálogos entre a historiografia da escravidão e a historiografia sobre o trabalho no século XIX. O tema desta apresentação é precisamente abordar esse hiato, explorando-o sob dois pontos de vista complementares: O primeiro, historiográfico, tentando mapear as questões que aproximam e separam os dois campos de estudo. O segundo, fundamentado na pesquisa, tenta discutir um terreno comum para uma discussão comparada, tomando a vivência da “precariedade” como o solo comum que permite abordar a diversidade de experiências que escravidão e liberdade comportavam neste período.
da historiografia gaúcha sobre escravidão perdestacando a minimização da importância da tradicional. O autor relata, também, sua atuaAcervo: BSCSH/UFRGS.
MAESTRI FILHO, Mário José. O negro e o imaginário étnico gaúcho. In: BAQUERO, Marcello et al. Diversidade Etnica e Identidade Gaúcha. Santa Cruz do Sul: UNISC, 1994. p. 129-40. O artigo analisa a ausência do trabalhador negro escravizado no imaginário histórico gaúcho, bem como, a inexistência do negro no imaginário étnico. Aponta algumas razões para isto citando obras importantes sobre o Rio Grande do Sul que diminuíram a importância dos negros. Acervo: BSCSH/UFRGS.
LONER, Beatriz Ana. A produção gaúcha sobre trabalho. In: KLAN OVICZ, Jó; | SOUZA,
Rogério de. História: Trabalho, Cultura e Poder. Anais do X Encontro 4
Estadual de História ANPUH/SC. Florianópolis: ANPUH/SC, 2004. p. 392-6.
A comunicação pretende apresentar dados sobre a produção em história do trabalho feita sobre o Estado do Rio Grande do Sul, em todas as áreas, incluindo histó
ria, economia, sociologia, antropologia, política e educação. Acervo: ANPUH.
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MAESTRI FILHO, Mário José. Benjamin Peret: um olhar heterodoxo sobre Palmares. Coletânea CCHA — Cultura e Saber, v. 1,n. 1, p. 81-100, dez 1997.
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O artigo aborda como a historiografia luso-brasileira analisou os acontecimentos de Palmares, nos séculos XVIII e XIX, quais as interpretações após a abolição e o caráter inovador da interpretação de Benjamin Peret. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Considerações sobre o cativeiro do “Negro da Terra” no Brasil quinhentista. Estudos Ibero-Americanos, v. 16,n.1e2,p. 199-. ud 210, jul. e dez. 1990.
O artigo busca analisar as razões da substituição dos índios pelos african discutindo as explicações da historiografia e apresentando características cativeiro dos índios. Acervo: BCPUCRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Um perfil sem retoques do escravo gaúcho a Perspectiva, v. 16, n. 53, p. 165-70, mar. 1992. O artigo apresenta algumas reflexões acerca da historiografia gaúcha sobi pC escravidão, destacando os autores Giinter Weimer e Jacob Gorender, e a
S20
MABSTRI FILHO, Mário José. O status do calvo na historiografia brasileira: da Colônia a hoje. Anais do VI encontro da ANPUHYRS, 2002. 1 cd-rom. O artigo defende que “nos últimos cinco séculos, o status teórico do trabalhador escravizado na historiografia foi determinado pelo status objetivo do campo do trabalho no mundo social. Os avanços teóricos metodológicos na compreensão da centralidade da categoria trabalhador escravizado na antiga formação social brasileira têm sido neutralizados pelas vicissitudes do campo do trabalho em construir-se espaço autonômico na esfera social, política e ideológica”. Acervo: ANPUHRS.
MAESTRI FILHO, Mário José. Filhos de Cã, filhos do cão: o trabalhador escravizado e a historiografia. O período Colonial. História: debates e tendências, v. 4,n. 1, p. 80-98, jul. 2003. 321
O artigo analisa a “historiografia” do período colonial, sobre escravidão, e as ideologias que sustentaram a instituição. Ressalta as relações entre sociedade, ideologia e consciência e os interesses materiais envolvidos. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SANTOS, Graziela dos. 1985: sesquicentenário e escravidão negra: uma revisão historiográfica. Estudos Ibero-Americanos, v. 16, n. 1 e 2, p. 299-308, jul. e dez. 1990.
MOREIRA, Earle D. Macarthy. A temática da escravidão no contexto dos estudos de Pós-Graduação no Brasil: a contribuição do PPGH/PUCRS (1973-1994).
O artigo apresenta reflexões sobre a questão do escravo na historiografia da Revolução Farroupilha, destacando que obras mais recentes apontam que os líderes farroupilhas não eram abolicionistas, pois representavam a classe dominante, para qual a mão-de-obra escrava era fundamental. Acervo: BCPUCRS
Histórica, n. 6, p. 49-60, 2002.
O artigo faz um relato da contribuição dos 24 cursos de Pós-Graduação em História existentes no Brasil entre 1973-1994 à temática da escravidão africana, seu âmbito geográfico, seus marcos cronológicos, seus interesses preferenciais. Está posto em relevo o papel desempenhado pelo PPGH/PUCRS em tais investigações. Acervo: BCPUCRS.
RIBEIRO, Nely. Repensando a escravidão. Sociais e Humanas, v. 3,n. 1, p. 7-
SILVEIRA, Helder Gordim da. O escravismo e os negros na história gaúcha: desfazendo o branqueamento. Paixão de aprender — Brasil: histórias, identida-
des..., n. 3, p. 74-9, 2001.
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O artigo busca questionar a historiografia tradicional que enfatizava a participação: do elemento branco no Rio Grande do Sul, destacando a importância da escravidão e da presença do negro no Estado. Acervo: BCPUCRS.
22, jan. e abr. 1989. O artigo analisa a historiografia sobre a escravidão, destacando a tendência dos | grupos sociais a justificarem o apoderamento do trabalho de outros, criticando a | historiografia tradicional que hierarquizou classes. Acervo: BCPUCRS.
SILVEIRA, Helder Gordim da. A questão negra e a imigração européia nos Estados Unidos como modelos para o branqueamento brasileiro — uma ideologia da americanização em Nabuco e Oliveira Lima. Estudos Ibero-americanos, v. 28,n. 1, p. 111-25, jun 2002.
RODRIGUEZ, Júlio César Cóssio. Por uma História da África Pré-Colonial: |, Algumas considerações. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e li- |
O artigo analisa a construção simbólica de um sentido que associasse o interesse nacional à aproximação que ocorria com os Estados Unidos destacando que, Joaquim Nabuco e Oliveira Lima, analisando as questões negra e imigratória nos Estados Unidos contribuíram nesta construção. Acervo: BCPUCRS.
berdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A História da África, anterior ao mercantilismo e após o período pré-histórico,
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encontra-se em um momento de “redescoberta”, no Brasil, devido a uma imposi- | ção legal, a partir da obrigatoriedade de inserção da História da África nos currículos escolares. Esta situação remete a um problema historiográfico, o qual o artigo pretende tecer algumas considerações. A História da África foi nitidamente construída a partir de sua relação à outrem — desta forma questões racistas podem ser consideradas dificuldades para um estudo da África Pré-Colonial. Outra dificuldade historiográfica é o acesso a fontes, devido a problemas climáticos de conservação de vestígios arqueológicos e a dificuldade de encon-
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trar documentos escritos, tanto de viajantes árabes como de viajantes de outras
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teóricas, torna-se uma dificuldade, mas ao mesmo tempo uma possibilidade, para a História africana do período em questão — devido à importância de relatos orais e da tradição oral dos griots africanos”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
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Luana. Pecuária escravista no oitocentos — uma abordagem bi-
bliográfica. Anais eletrônicos XI Encontro Estadual de História: mídia e cidadania, 2006.
regiões, como da China. E, ainda, o atual conflito entre as diferentes correntes |
322
TEIXEIRA,
“O breve artigo busca apresentar resultados preliminares sobre um levantamento de 15 artigos a respeito da atividade pecuária. Estes retratam a região sul (Rio Grande do Sul e Paraná) e sudeste (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Piauí e
Bahia). A autora busca mapear o debate sobre a escravidão e a pecuária assim como suas especificidades”. Acervo: ANPUHSC.
MOREIRA, Paulo Staudt; WEIMER, Rodrigo de Azevedo. Fontes documentais e sugestões de temáticas para o estudo da escravidão no litoral norte. In: SCHOLL, Marly. Raizes de Osório. Porto Alegre: Est, 2004. p. 79-85.
328
Os autores elencam algumas fontes disponíveis para a realização de estudos, bem | como sugerir temáticas potenciais para a análise sobre a escravidão no Brasil | Meridional. Citam estatísticas populacionais, relatos de viajantes, documentação | policial, documentação judicial, correspondências de Câmaras Municipais, fun- | dos documentais privados, inventários post mortem, registros paroquiais, testa- | mentos, cartas de alforrias, processos criminais, periódicos e fontes orais.
Resumos
ALADREN, Gabriel. Atividades econômicas dos forros no Rio Grande de São Pedro, c. 1780 — c. 1835. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
XAVIER, Regina Célia Lima. Deslindando a história sobre a escravidão no Rio Grande do Sul. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
l
O trabalho que eu pretendo discutir neste II Encontro resulta de uma reflexão sobre a forma como a historiografia rio-grandense, na virada do século XIX e nas primeiras décadas do século XX percebeu o africano e seus descendentes e como avaliou sua importância na constituição do Rio Grande do Sul. Qual o peso atribuído a escravidão, por exemplo, nos primeiros estudos científicos elaborados no interior do Instituto Histórico e Geográfico da Província de São Pedro? Qual a influência do debate sobre as raças, veiculado nos congressos nacionais organizados pelo IHGB no Rio Grande do Sul? São questões como estas que meu trabalho pretende debater. Acervo: BSCSH/UFRGS.
| | q | | q |
“O trabalho propõe-se a analisar a inserção econômica dos forros no Rio Grande de São Pedro, no período de 1780 a 1835. Apesar da grande quantidade de trabalhos recentes dedicados aos libertos na historiografia brasileira, o conhecimento sobre as atividades econômicas por eles exercidas na região e período enfocados, ainda é lacunar. Assim, pretende-se avaliar as possibilidades de ocupação e acumulação de patrimônio deste grupo de forros rio-grandenses. Para tanto, propõe-se a utilização de inventários e testamentos de libertos, depositados no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul (APERS), das comar-
cas de Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo, que compreendiam a maior parte da população rio-grandense no período”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ALBUQUERQUE, ZANETTI,
Valéria. Calabouço
urbano:
escravos e libertos em Porto Alegre
(1840-1860). Passo Fundo: UPF, 2002. 240 p.
|
Janeslei. Uma reflexão sobre os sentidos da liberdade e da
cidadania num país marcado pelo escravismo e pela publicidade como estratégia hegemônica. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no
O livro descreve o cotidiano dos forros e dos escravos que viveram em Porto Alegre entre 1840 e 1860, relacionando ao processo de transformações ocorrido na cidade neste período. Enfatiza a resistência dos escravos urbanos, a vida amorosa e familiar, as relações sexuais, os crimes e as manifestações culturais destes e dos libertos. Apresenta, ainda, algumas reflexões sobre a historiografia acerca do escravo urbano. Acervo: BCPUCRS.
Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
ZUBARAN, Maria Angélica. Repensando o passado escravista no Rio Grande do Sul: entre a história social e a nova história cultural. Sociais e Humanas, v. 11, n. 1, p. 90-101, jun. 1998.
Encontro Escravidão e liberdade no Brasil Meridional em Castro/PR em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
O artigo propõe uma breve reflexão sobre as transformações da historiografia da escravidão e abolição no Brasil entre 1960 e 1990. Também, historiciza alguns aspectos teóricos abordados a partir de evidências empíricas sobre as políticas de liberdade de escravos e libertos no Rio Grande do Sul no final do século XIX.
Ao considerar a educação como espaço de identidades em construção e de concepções de sociedade em disputa, o texto propõe uma reflexão sobre o papel do currículo nessas definições. Levando em conta o passado escravista do nosso país e as peculiaridades do escravismo em Curitiba e no Paraná, observa a paulatina construção de uma identidade regional, que se constitui numa limpeza étnica no decurso desse processo. Elementos de cultura africana e de cultura indígena foram desconsiderados na história oficial (trabalho apresentado no 1
ALVES,
Eliege Moura.
Presentes e invisíveis: escravos em terras de alemães —
São Leopoldo (1850-1870). Caderno de Programação e Resumos do X Encontro Estadual de História ANPUH/SC, p. 33, 2004.
“A comunicação tem como objetivo analisar a escravidão em São Leopoldo. Esta colônia fora implantada em 1824, utilizando- se de imigrantes europeus de 324
325
origem germânica. Neste local funcionou a Real Feitoria do Linho Cânhamo, empreendimento realizado a base de mão-de-obra escrava durante os anos de 1788 a 1824. Percebe-se que mesmo com a sua extinção durante a colonização de São Leopoldo, os cativos estiveram presentes entre os imigrantes, apesar da legislação proibitiva a este respeito”. Acervo: ANPUHSC.
como o funcionamento do mercado de abastecimento local e a contribuição da produção agrícola da Freguesia para as exportações de Santa Catarina. Nesse intuito, pode-se verificar o emprego da mão-de-obra escrava principalmente na área rural. Sendo assim, desmistifica-se a idéia que na ilha só havia o trabalho doméstico e que o mercado de alimentos era essencialmente voltado para o abastecimento local”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ALVES, Eliege Moura. Memórias da escravidão em São Leopoldo. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O objetivo deste trabalho é desenvolver um estudo sobre a escravidão em São Leopoldo nos anos de 1850 a 1870. Pesquisando os inventários post mortem, as cartas de alforria, no Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul, os registros de batismos, certidões de casamentos e os registros de óbitos no Arquivo Histórico da Cúria Metropolitana de Porto Alegre cita inúmeras evidências acerca da existência de cativos entre os imigrantes alemães e os luso-brasileiros que habitavam a região contrariando uma historiografia oficial que tradicionalmente postulou que o Rio Grande do Sul era um Estado onde o trabalho livre predominara. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ALVES, Gabrielle Werenicz. A participação escrava na Revolução Farroupilha: análise historiográfica. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “O trabalho visa fazer uma análise do que foi escrito sobre a participação dos escravos negros na Revolução Farroupilha. A partir de um levantamento historiográfico, pretendo mostrar como os intelectuais de diversos períodos do século XX interpretaram questões como: qual foi o papel do negro na guerra, como estes foram recrutados, por que alguns lutaram ao lado dos farrapos e outros se renderam ao Império, quais as negociações feitas com os escravos e qual o fim destes ao término da guerra”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
ARAÚJO, Thiago Leitão de. Escravidão e liberdade na pecuária sulina: Cruz Alta, Rio Grande de São Pedro (1850-1888). Caderno de resumos do VIII En-
contro Estadual de História, Anpuhrs, p. 53, 2006. “Através da análise das cartas de alforria dos escravos de Cruz Alta, entre 18501888, pretende-se discutir alguns aspectos da política de domínio senhorial no controle dos cativos na pecuária sulina, assim como, as estratégias forjadas pelos escravos para obter a liberdade”. Acervo: ANPUHRS.
ASSUMPÇÃO, Euzébio. Escravidão e demografia: Conceição do Arroio e Pelotas — um estudo comparado. Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUH/
RS, p. 46, 2004.
“O trabalho visa estabelecer uma comparação entre os processos demográficos dos trabalhadores escravizados de Conceição do Arroio, hoje Osório, e das charqueadas pelotenses, formulando algumas considerações sobre os mesmos. Como fontes foram utilizados inventários e registros de escravos disponíveis no Arquivo Público Estadual”. Acervo: ANPUHRS.
ASSUMPÇÃO, Euzébio. Perfil dos trabalhadores escravizados em Osório. Séc. 18 e 19. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A comunicação pretende apresentar o perfil demográfico e nacional dos trabalhadores escravizados do município de Osório, no litoral do Rio Grande do Sul,
ANTONIO, Jean Carlos. Fortuna e Cultura Material na Ilha de Santa Catarina: Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão na segunda metade do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Através do inventário de um grande proprietário de terras, imóveis e escravos da Freguesia de Nossa Senhora da Lapa do Ribeirão na segunda metade do século XIX, analisa-se sua fortuna e o conjunto de seus bens materiais. Esta pesquisa permite perceber alguns mecanismos existentes nessa Freguesia tais 326
nos séculos 18 e 19, a partir das fontes arquivais disponíveis” (trabalho apresentado no I Encontro Escravidão e liberdade no Brasil Meridional em Castro/PR em 2003). Acervo:BSCSH/UFRGS.
BALHANA,
Altiva Pilatti; WESTPHALEN,
Cecília Maria. Raízes luso-afri-
canas da população paranaense. Comunicação apresentada no Colóquio Internacional: “População no Mundo de Expressão Portuguesa”, Recife, p. 21, outubro 1988. 327
Analisa-se a participação dos lusos e africanos na formação e composição da população paranaense desde 1646. Ressalta-se a importância da imigração européia a partir de 1829 que repercutiu diretamente na composição da população paranaense assim como no seu crescimento. Acervo: NEHD.
CAMARGO, Elzeni Fernandes. As práticas da religiosidade Afro-brasileira. VII Encontro Estadual de História — História e ensino Anpuh/SC, p. 27, 14 a 17 de setembro 1998. O autor cita “os grupos étnicos que vieram para o Brasil: bantos e sudaneses”. Os primeiros, “ligados aos cultos dos mortos e dos ancestrais tinham como estratégia de resistência e sobrevivência a releitura das religiões católicas e indígenas a luz do culto dos mortos e, posteriormente, uma maior adesão as irmandades religiosas. Os sudaneses, por sua vez, referiam-se a linhagem (patrilinear) e o comunitário, caracterizado pelo culto da natureza. Analisa-se como os africanos e afrobrasileiros tiveram que criar formas e maneiras para praticar sua própria religião sem entrar em conflito com os colonizadores”. Acervo: ANPUHSC.
CAMARGO, Elzeni Fernandes. Heranças de africanidade e práticas culturais no cotidiano. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC, p. 37, 28 a 31 de agosto 2000. À autora analisa o contigente de povos oriundos de diversas etnias e regiões do continente africano, reagrupados por estudiosos em Bantos, Males e Sudaneses. A mescla entre estes se denominou de cultura brasileira. A autora aponta a necessidade de se especificar traços de cultura e heranças africanas que fazem parte do cotidiano brasileiro. Acervo: ANPUHSC.
Trata-se de uma mesa redonda que reuniu Maria da Consolação Osório, Claúdia Mortari, Rogério Rosa Rodrigues, Maria das Graças Maria e Sílvia Regina Danielski. A apresentação de Osório intitulou-se Formas de associações e territórios negros na qual investiga as práticas associativas em Joinville entre 1960 e 1965, denunciando o caráter restrito dos grupos étnicos e de alguns grupos de negros. Mortari tem trabalho intitulado Irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos homens pretos: um espaço de controle ou um território de resistências (1840-1850) no qual analisa o compromisso desta associação, definida pela participação de negros, livres e/ou escravos e brancos na classe burocrática, militar e eclesiástica. Rodrigues, com o resumo Movimento anti-racista
em Florianópolis na década de 70, busca resgatar a experiência das populações negras em Santa Catarina no século XX, em especial o discurso anti-racista da Sociedade Cultural Antonieta de Barros. Maria, com a comunicação As populações negras em Florianópolis e a constituição de seus territórios (1930-1940), busca trabalhar com o cotidiano das populações negras. Danielski, conjuntamente com Nilzomar da Silva, tem o resumo intitulado Morro do Mocotó, faces da trajetória e identidade urbana que busca dar visibilidade a esta localidade percebendo como se construiu ali identidades específicas. Acervo: ANPUHSC.
CARDOSO,
Paulino de Jesus Francisco. Escravidão, Direito e Dependência:
Pensando as experiências das populações de origem africana em Desterro no final do séc. XIX. XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História
- ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001.
contro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC, p.
O texto apresenta algumas reflexões desenvolvidas na pesquisa que objetiva “recuperar para a história as vivências, as relações familiares, as manifestações culturais, os locais de moradia, as profissões, as redes de solidariedade construídas por africanos e afro-descendentes, hoje, afro-brasileiros, na capital catarinense”. Com base em fontes oriundas da 1.a Vara de Família do Fórum Municipal de Florianópolis, pretende discutir algumas interpretações acerca da natureza da condição escrava, bem como, os esforços para no processo de abolição do cativeiro, perpetuar as formas de dependência de africanos e afro-descendente.
38, 28 a 31 de agosto 2000.
Cita fontes diversas: processos crimes, inventários e testamentos, jornais e os
CAMARGO,
Elzeni Fernandes; RIBEIRO, Ecléa Mara; ORSI, Bernadete. Me-
mória e história — experiências das populações de origem africana SC. VIII En-
Discute a experiência de afro-descendentes, em grande parte mulheres no século XX. Em questão as identidades étnicas, as práticas médico-religiosas e os territórios negros em Florianópolis e São José. Acervo: ANPUHSC.
CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco (coord.). VI —- Populações negras: experiências, territorialidades e memórias. VI Encontro Estadual de História — História e novas linguagens: ensino e pesquisa. p. 8-9, 26 a 29 de agosto de 1996. 328
diferentes registros de viajantes e cronistas de época. Acervo: ANPUH.
CARLE, Cláudio Baptista. Ocupação negra da Ilha das Flores, Ilha do Quilombo. Anais do 19º Simpósio Nacional de História da ANPUH, v. 1, p. 213, 1997.
“A antiga ilha do Quilombo, hoje parte Norte da Ilha das Flores, no município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul foi ocupada no século XIX por escravos alforriados. Existem vários documentos que indicam que nesta ilha vários ne-
329
gros fugitivos se abrigaram durante quase todo o século, no período da escravidão. Hoje não existem mais negros morando nesta ilha e para confirmar tal fato realizamos uma investigação arqueológica na área. Constatamos diversas evidências destas ocupações pretéritas e determinamos tal ocupação em dois momentos distintos, um inicial ao século XIX e outro inicial ao século XX. É sobre
estas duas ocupações negras que aborda seu trabalho”. Acervo: ANPUH.
CARLE, Cláudio Baptista. A tensão entre Aiyê e Orum: as faces da pesquisa. Caderno de Resumos do VII Encontro da ANPUH/RS, p. 70, 2004.
“O trabalho busca tratar do processo de pesquisa de escritos sobre a história dos afro-descendentes no Brasil tratando da relação complicada do pesquisador com seu estudo considerando a história aplicada.” Acervo: ANPUHRS.
CHARÃO, Ricardo Brasil. Religião e Sociabilidade: o Caso da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário da Colônia Alemã de São Leopoldo. Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUH/RS, p. 69, 2004. O trabalho busca analisar a Irmandade Nossa Senhora do Rosário da Colônia Alemã de São Leopoldo, a qual reuniu afros, lusos e teutos, cativos, livres e
alforriados, homens e mulheres, sendo espaço de fé, festa, solidariedade, conflitos e sociabilidades. Acervo: ANPUHRS.
CHARÃO, Ricardo Brasil. Religiosidade negra em terra estranha: A Irmandade “do Rosário da Colônia Alemã de São Leopoldo. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “O artigo pretende trabalhar de forma relacional o tema da escravidão e da imigração. Tem como ponto de partida as proibições legais à prática da escravidão nas áreas de colonização e, por outro lado, o discurso historiográfico que invisibilizou a presença escrava/negra nas colônias alemãs gaúchas. A questão é dimensionar a grandeza da comunidade negra (escravos, livres e forros) nas colônias alemãs e sua participação na vida econômica, social, política e cultural. Tomando esta presença como ponto de partida, discorre sobre a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito da Villa de São Leopoldo (1852) que congregava livres, escravos, forros, brancos, pretos, pardos, homens e mulheres. A importância desta Irmandade em São Leopoldo reside no fato de apontar para a dimensão da comunidade negra, suas formas de organização, espaços de sociabilidade, relações interétnicas e religiosas, entre outros” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
330
CLEMENCIA,
Maria Aparecida Anacleto. No Nosso Tempo Que era Bom?
Tensão, Trabalho e Conflito na Sociedade Recreativa 3 de Maio (1930-1950). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
Em 1932 é fundada a Sociedade Recreativa 3 de maio, localizada no município de Capivari de Baixo, no sul do Estado de Santa Catarina que, na época, pertencia a cidade de Tubarão. Era um bairro formado predominantemente por afrodescendentes. O objetivo da pesquisa é analisar a experiência de seus associados. Acervo: BSCSH/UFRGS.
CORSETTI, Berenice. Contribuição para o debate sobre a charqueada escravista gaúcha no século XIX. Caderno de resumos do VII Encontro Estadual de História — ANPUH/RS, p. 87, 2004. “O trabalho procura contribuir para o esclarecimento do processo de desarticulação da charqueada escravista gaúcha, no século XIX, considerando a existência de uma controvérsia que se desenvolveu, à época, entre as empresas riograndenses e os “saladeros” platinos”. Acervo: ANPUHRS. COSTA, Miguel Ângelo Silva da. Confrontos e encontros: o caso dos migrantes afro-brasileiros e seus descendentes em Santa Cruz do Sul (RS). Caderno de resumos do VII encontro da ANPUH/RS, p. 144, 2004.
O trabalho busca “apresentar resultados preliminares sobre o processo de formação identitária de migrantes afro-brasileiros e seus descendentes em Santa Cruz do Sul (RS)”, destacando o predomínio de uma população teuto-descendente. Acervo: ANPUHRS.
DARONCO,
Leandro Jorge. Escravidão no noroeste do Rio Grande do Sul —
uma história silenciada. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUH/RS, p. 47, 2004.
O trabalho busca questionar a historiografia local sobre a região noroeste do Rio Grande do Sul, demonstrando o silenciamento desta com relação à escravidão. Apresenta as interpretações historiográficas atuais, as quais buscam romper com o “mito da democracia racial sulina”. Acervo: ANPUHRS. DAUWE, Fabiano. Estratégias institucionais de liberdade: um estudo acerca do Fundo de Emancipação
dos Escravos em Nossa Senhora do Desterro (1871-
331
1888). XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, ANPUH Federal Fluminense, 2001.
& Universidade
“A Lei do Ventre Livre (lei 2.040, de 28 de setembro de 1871), apesar de garan-
tir amplos privilégios aos proprietários de escravos na concessão de suas alforrias, teve um caráter inovador por admitir pela primeira vez a interferência estatal na libertação dos cativos. O Fundo de Emancipação de Escravos, um dos dispositivos criados pela Lei, foi o órgão encarregado de classificar e captar recursos para a alforria. O trabalho se propõe a investigar o impacto desse instrumento legal nas estratégias de liberdade de africanos e afro-descendentes cativos em Nossa Senhora do Desterro, atual Florianópolis”. Acervo: ANPUH.
DAUWE, Fabiano. Liberdade gradual e sem abalos: o fundo de emancipação de escravos e a reinvenção do poder senhorial no final do escravismo (18711888). Anais do IX encontro da ANPUH/SC,
A comunicação apresenta o perfil demográfico exploratório da população escravizada nas fazendas pastoris do município de Soledade, no Rio Grande do Sul, na segunda metade do século dezenove, a partir do estudo de doze inventários (Trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
FARIAS, Joice. Escravidão africana na historiografia catarinense (1980-1990). VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/ SC, p. 51, 28 a 31 de agosto 2000.
A comunicação procura refletir como a escravidão foi abordada por diferentes autores durante a década de 1980-90, mais especificamente os trabalhos de conclusão de curso de História na Universidade Federal de Santa Catarina. Acervo: ANPUHSC.
2002.1 cd-rom.
“A comunicação pretende analisar a intervenção do Estado nas relações entre senhores e escravos, através das leis emancipatórias, equilibrada com as práticas paternalistas que as leis permitiam, ocorrendo a reinvenção do poder senhorial”. Acervo: ANPUHSC.
FARINATTI, Luís Augusto Ebling. Famílias mato adentro: produção de alimentos e trajetórias de vida no Rio Grande do Sul dos Oitocentos. XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, ANPUH se, 2001.
& Universidade Federal Fluminen-
DAUWE, Fabiano. A libertação gradual e a saída viável: os múltiplos sentidos da liberdade pelo Fundo de Emancipação de Escravos. Anais eletrônicos do II
“Na sociedade sul-rio-grandense do século dezenove os sujeitos históricos inseriram-se em formas de produção e em redes de relações sociais visando assegurar sua sobrevivência e prosperar. Este estudo mais pontual, realizado na região do antigo município de Santa Maria, na Depressão Central, buscou mostrar que
Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
um mesmo
O trabalho pretende discutir, a partir da ótica do Fundo de Emancipação de Escravos, os significados da escravidão, da liberdade e da interferência esta-
tal no processo da libertação. O objetivo é observar as circunstâncias históricas que tornaram insuficiente o tratamento privado da alforria e da escravidão e a duplicidade de objetivos que o governo Imperial revelava ao tomar as rédeas do processo de emancipação. Também busca, pelo estudo de alguns episódios envolvendo a alforria pelo Fundo de Emancipação em Desterro, atual Florianópolis, fornecer elementos para a compreensão das atitudes dos diversos indivíduos que compunham aquela sociedade para com o Fundo de Emancipação e a extinção do escravismo (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
EIFERT, Maria Beatriz. Considerações sobre a demografia da população escravizada nas fazendas pastoris de Soledade, RS, na segunda metade do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. 332
sujeito histórico poderia perpassar diversas atividades ao longo de
sua trajetória de vida. O objetivo deste trabalho foi, justamente, confrontar as condições sociais existentes e as opções e estratégias utilizadas por lavradores nacionais e, também, por pequenos criadores que eram também lavradores, no que possuíam de diverso e semelhante, no Rio Grande do Sul dos oitocentos”. Acervo: ANPUH.
FERREIRA, Sueli et al. IV Debate —- Movimento negro. Anais do II Encontro Estadual de História Anpuh/SC, p. 57-84, 1990.
Trata-se de uma mesa redonda que inclui ainda entre seus integrantes Elisabete, Dora e Paulino, que discute o movimento negro, no simpósio organizado pela Anpuh/SC, pelo Centro Acadêmico e pelo departamento de História realizado em Florianópolis de 22 a 26 de agosto de 1988. Este debate busca analisar como se ensina a história do Brasil e qual o papel que ali o negro desempenha. Discute-se o racismo, a discriminação, a luta empreendida pelo movimento negro, especialmente, em Santa Catarina. Acervo: ANPUHSC.
333
FIABANI, Adelmir. Quilombo e historiografia: uma genealogia crítica. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUHY/RS, p. 47, 2004.
O artigo busca analisar a visão sobre quilombos dos principais autores que abordam a questão no Brasil Colonial e Imperial, sendo eles: Gaspar Barleu, Rocha Pita, Heinrich Handelmann, Agostinho Perdigão Malheiro, Francisco Adolfo
Varnhagem. Acervo: ANPUHRS.
FIABANI, Adelmir. Os estudos sobre as comunidades quilombolas no RS: um balanço exploratório. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. A comunicação pretende realizar apresentação sintética e crítica das interpretações sobre o fenômeno quilombola pela historiografia sul-rio-grandense, com ênfase nos últimos vinte anos (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acer-
vo: BSCSH/UFRGS.
FLORES, Moacyr. Irmandade do Rosário e a integração do negro em Porto Alegre. Programa e Resumos do V Congresso Nacional de Estudos Ibero-Americanos, v. 1, 2003. A comunicação analisa a adaptação dos negros ao Brasil através da Irmandade, vista como um espaço social e cultural em contradição com a Igreja e com a sociedade porto-alegrense. Acervo: BCPUCRS.
Ao estudar as propriedades pequenas e/ou médias na região de Guarapuava durante a segunda metade do século XIX, região esta inserida no terceiro planalto paranaense, o autor se defronta com algumas características bastante peculiares de uma economia voltada para o mercado interno e com plantel reduzido de cativos. O propósito do texto é analisar as possibilidades de formação e constituição da família escrava, ao avaliar uma determinada propriedade formada pelo senhor e sua esposa, seus filhos, e o plantel de escravos. A pesquisa se desenvolve através de um núcleo documental formado pelo Inventário post mortem, os registros paroquiais de batismos, casamentos e óbitos de escravos. Pretende confirmar a hipótese de que houve condições para que se desenvolvessem relações fortes e duradouras entre os escravos” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
FREITAS, Sílvia. A (re)construção da família e das solidariedades dos escravos de Antonina. Anais do IX encontro da ANPUH/SC, 2002. 1 cd-rom.
A comunicação busca analisar as formas de solidariedade estabelecidas pelos escravos como estratégias de fortalecimento mútuo, destacando os laços de parentesco, na cidade paranaense de Antonina. Acervo: ANPUHSC.
GALLO, Fernanda. Entre becos (in)visíveis: O significado das habitações populares para africanos e afro-descendentes em Desterro (1885-1910). Comuni-
cação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História. ANPUH
FRANCO NETTO, Fernando. Algumas características de escravistas no século XIX em Guarapuava. Comunicação apresentada no VIII Encontro Regional de História. PARANÁ:
História e Historiografia, ANPUH-Paraná, 2002.
O texto tem como objetivo abordar as características dos-escravistas no período de 1828 a 1870 baseado num núcleo documental composto pelas listas nominativas e pelos inventários. Analisa a evolução da propriedade no tempo, destacando sua relação com os escravos e as dinâmicas de acumulação, a estrutura da posse de escravos bem como o seu comportamento. Acervo: ANPUHPR.
FRANCO
NETTO, Fernando. Família escrava em Guarapuava, PR — Estudo de
caso de uma propriedade. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A Historiografia sobre a família escrava no Brasil está pautada por diversos trabalhos voltados para as áreas de grande lavoura dedicadas a agroexportação. 334
& Universidade Federal Fluminense, 2001.
A pesquisa busca tematizar as relações sociais tecidas por africanos e afro-descendentes através de suas experiências habitacionais. A elite criou e legitimou normas de conduta e higiene que embasavam o julgamento destas habitações como inadequadas. Busca-se, neste trabalho, problematizar estas formas de “moradia dos periféricos da nova ordem social” investigando como os Africanos e afro-descendentes puderam, mediante a elaboração de diversas táticas, viver de acordo com seus próprios significados. Acervo: ANPUH.
GARCIA, Elisa Friihan. A união matrimonial como estratégia para manutenção do contingente de mão-de-obra indígena: Rio Grande de São Pedro, 1750-1760. Livro de Resumos — XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História. ANPUH & Universidade Federal Fluminense, p. 283, 2001.
À autora enfoca “o casamento de índios escravos ou “administrados” com escravos negros, fossem estes crioulos ou africanos, como estratégia empregada pelos colonos para garantir o trabalho dos índios. Tal prática encontra-se vincu335
lada à iminência do término da “administração” de índios por particulares, instituída pela legislação pombalinha em 1758". O autor utiliza como fonte, basicamente, dois róis de confessados,
um de 1751
e outro de 1758, bem como
registros paroquiais de casamentos concernentes ao período pesquisado. Acervo: ANPUH.
GEREMIAS, Patrícia Ramos. Filhos livres de mães cativas: os ingênuos e os arranjos familiares das populações de origem africana na Ilha de Santa Catarina nos últimos anos da escravidão. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001. “Com a promulgação da lei 2040 de 28 de setembro de 1871, os filhos das escravas nascidos no Brasil a partir da data da referida lei foram considerados de condição livre. Com isso vimos surgir uma nova condição social em fins do século XIX, a dos filhos livres de mães cativas, denominados na época, ingênuos. Essa nova condição fez surgir, por sua vez, novas formas de dependência e o que antes era uma relação de senhor-escravo passou a ser uma relação de tutor-tutelado. A partir de uma análise inicial da bibliografia especializada, bem como de alguns dos processos de tutoria, oriundos do Juizado de Órfãos e Ausentes da Província de Santa Catarina, buscamos apreender as implicações da lei 2040 para as relações familiares e para as estratégias de sobrevivência das populações de origem africana, bem como buscamos compreender a dimensão dessas novas formas possíveis de dependência entre a população de cativos, “libertos” e livres, e ainda, identificar o aparato judicial voltado para a assistência dessas crianças”. Acervo: ANPUH.
GEREMIAS, Patrícia R. Da escravidão à tutela: a lei de 1871 e a luta pela manutenção dos laços familiares das populações de origem africana em Desterro/SC em fins do século XIX. Anais do IX encontro da ANPUH/SC, 2002. 1 cd-rom. A comunicação busca analisar a luta das famílias escravas pela manutenção de seus laços após a Lei do Ventre Livre e a tutoria dos senhores sobre estas crianças livres. Acervo: ANPUHSC.
GEREMIAS, Patricia Ramos. Ser “ingênuo” em Desterro/SC: Infância e trabalho compulsório em fins do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de
criança a essa idade, a lei permitia que os senhores utilizassem seus serviços até que completasse 21 anos de idade. As implicações da lei se mostraram complexas para as populações de origem africana que se viram envolvidas neste processo, em especial para crianças que viveram sob a tutela dos senhores de suas mães. O objetivo do presente trabalho: apontar os resultados parciais da análise dos processos de tutoria, registros de batismo, inventários post mortem, ofícios de chefe de polícia para juiz de órfãos, entre outras fontes, que envolveram as experiências vividas por estas crianças em fins do século XIX em Desterro/SC. Experiências estas que envolveram trabalho compulsório, maus tratos, longos conflitos judiciais e uma luta constante pela conquista da liberdade” (Trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
GERMANO, Iris Graciela. Cruzando Identidades: o local, o regional e o nacional através do estudo do carnaval de rua de Porto Alegre. Caderno de Programação e resumos da ANPUH/RS,
1998.
A comunicação analisa a identidade de grupo dentro do espaço social urbano, delimitada pelos descendentes de africanos ao se apropriar do carnaval de rua de Porto Alegre em finais da década de 20 deste século. Acervo: ANPUHRS.
GERMANO,
Iris Graciela. Negros gaúchos: o Carnaval Farroupilha de 1935.
Caderno de Programa e resumos do V encontro da ANPUHI/RS, 2000.
A comunicação busca analisar as relações existentes entre a identidade negra e regional, a partir das representações produzidas em torno dos negros durante o carnaval de Porto Alegre, principalmente durante o carnaval de 1935, denominado Carnaval Farroupilha. Acervo: ANPUHRS.
GORES, Jardel. A edificação da cidadania pela memória na cidade de Lages/ SC. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O artigo pretende ter como foco o cidadão negro e mestiço ao evidenciar a construção do Centro Cívico Cruz & Souza, fundado em 22 de setembro de 1918. Este espaço proporcionaria a estes cidadãos uma maior legitimação e organização social. Acervo: BSCSH/UFRGS.
escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A lei n. 2040 de 28 de setembro de 1871 libertou os filhos das escravas que a partir de então deveriam ser considerados de condição livre, mas que deveriam permanecer com os senhores de suas mães até os 8 anos de idade. Chegando a 336
GUTERRES, Letícia B. Silveira. Sobre a pia batismal: conformando famílias e observando redes sociais. Caderno de resumos do VIII Encontro Estadual de
História, Anpuhrs, p. 99, 2006. 337
O trabalho investiga as conformações familiares em Santa Maria, na segunda metade do século XIX. O cruzamento das fontes paroquiais visa analisar se os padrinhos de escravos e libertos eram das relações familiares de seus senhores. Acervo: ANPUHRS.
“Paraná velho”. A fazenda dedicava-se a criação de gado e, posteriormente, a invernagem. A maior parte do plantel dedicava-se à pecuária e aos serviços domésticos. A autora reconstrói a rede de relações entre os escravos e sua relação com a escravidão. Acervo: ANPUHSC.
GUTIERREZ, Ester. Escravos, libertos e livres na construção do sul do Novo
HARTUNG, Miriam. Escravos, parentes e compadres no Paraná do século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Nite-
Mundo: Pelotas, RS — (1848-1888). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O quadro dos trabalhadores da construção na segunda metade do século XIX é esboçado, sobretudo, através dos registros dos livros de enterramentos e internamentos da Santa Casa de Pelotas, auxiliados pelo programa estatístico Epidemiologia e Informática. Os dados revelaram uma divisão étnico-social no canteiro de obras da cidade. Os trabalhos de oleiro e pedreiro foram designados africanos e afro-descendentes, enquanto que os portugueses decidiram ser mais carpinteiros; os alemães, marceneiros; os italianos, pintores e os franceses, ferreiros (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
GUTIÉRREZ, Horacio. Repartição da terra e posse de escravos no Paraná. Livro de Resumos — XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História. ANPUH & Universidade Federal Fluminense, p. 336, 2001. “Mostra-se o uso da mão-de-obra escrava entre os proprietários de terras do Paraná. Nos séculos XVIII e XIX o acesso a terra deu-se principalmente mediante a posse. Seis em cada dez famílias, no entanto, não tiveram acesso à terra e viviam em propriedades de terceiros como agregados ou arrendatários. As fontes utilizadas foram o cadastro de terras de 1818 e as listas nominativas de habitantes. Os resultados mostram que, na economia paranaense, cerca de 80% dos domicílios não detinham escravos, bem como não os possuíam mais de 3/4 dos donos de terras; a propriedade de escravos ficava, pois, restrita à elite econômica, residente, sobretudo, em Castro e vinculada à pecuária. Essa elite também possuía a maior parte das terras: as vinte maiores fazendas de gado (1,0%
do total de
propriedades) detinham 51,0 % das terras, conforme o cadastro de 1818”.
rói, Associação Nacional de História. ANPUH
e Universidade Federal Flumi-
nense, p. 2001. “Neste trabalho busca-se conhecer a rede de relações parentais que ligava os escravos da Fazenda Santa Cruz, localizada na região dos Campos Gerais, Paraná, região também conhecida como “Paraná Velho”. Como as demais fazendas da região, a Santa Cruz dedicava-se, primeiramente, à criação de gado, atividade substituída, a partir de 1730, com a abertura do caminho de Viamão, pela invernagem de tropas de gado e mulas destinadas à feira de Sorocaba. Todas as atividades necessárias ao funcionamento dessas fazendas, cujos plantéis tinham entre 30 e 100 cativos, eram desempenhadas pelos escravos. Além de se ocuparem das atividades agrícolas, eram também oficiais de carpinteiro, de sapateiros, de alfaiates, arneiros, cozinheiros, campeiros. A maior parte do grupo concentrava-se nas atividades ligadas à pecuária e aos serviços domésticos Mediante a análise de testamentos, inventários e registros de batismo, foi possível conhecer as diferentes formas pelas quais os escravos da fazenda Santa Cruz se ligavam uns aos outros, constituindo teias de relações que, se por um lado minimizavam e modificavam suas condições de vida, por outro, acabavam pressionado na direção da transformação do regime enquanto tal”. Acervo: ANPUH.
HARTUNG, Miriam Furtado. Herança, família e parentesco entre escravos e libertos nas fazendas de pecuária do Paraná do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Esta comunicação trata da organização social do grupo de escravos e libertos da fazenda Santa Cruz, localizada nos Campos Gerais do Paraná. A proprietária, Dona Maria Clara do Nascimento, faleceu em Dezembro de 1854, deixando metade da fazenda em herança a escravos, a libertos seus e de seu irmão, e a
HARTUNSG, Miriam. Escravos, parentes e compadres no Paraná do século XIX. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/ SC, p. 57, 28 a 31 de agosto 2000. À autora pretende estudar os escravos em suas diferentes relações parentais, especialmente aquelas que ligavam os escravos da fazenda de Santa Cruz, localizada na região dos Campos Gerais, Paraná, região conhecida também como 338
escravos em processo de libertação. Mesmo iguais na condição de herdeiros, a eles a proprietária atribuiu legados diferenciados, em termos de área, de valor econômico e simbólico e de cláusulas restritivas. A partir do cruzamento entre diversos documentos históricos — inventários, registros de batismo, casamento e óbito — e a bibliografia sobre o Brasil e o Paraná do século XIX, este trabalho
procura responder a questões referentes a estes legados, descrevendo e anali-
339
sando a organização social do grupo de escravos e libertos da Fazenda Santa Cruz, os princípios ordenadores que conferiram unidade e ordem ao grupo e que tornaram viável sua continuidade histórica como grupo” (trabalho apresen-
tado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
KERSTING, Eduardo Henrique de Oliveira. A Colônia Africana e a modernidade urbana em Porto Alegre (1888-1920). Programa e resumos do IV encontro
estadual de História da ANPUHYRS, p. 1998.
“A comunicação pretende traçar algumas considerações sobre a história da Colônia Africana, área da cidade de Porto Alegre que era habitada essencialmente por negros nas últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX. O centro da atenção será verificar tal área a partir da ótica da modernidade urbana, que então se esboçava na cidade, que criou uma série de representações sociais sobre aquele território negro, terminando por fazer vingar uma determinada imagem negativa do local e de seus moradores no imaginário social da época, contribuído para a exclusão daquela população negra. Considerando que o desejo de estabelecimento dessa modernidade criou um conjunto de imagens e discursos reguladores do imaginário coletivo, o trabalho procurará mostrar as ligações entre o processo de transformação urbana e as práticas sociais que implicaram na marginalização e na estigmatização, bem como na posterior expulsão da população negra da Colônia Africana”. Acervo: ANPUHRS. KERSTING, Eduardo Henrique de Oliveira. A negra face do crime: algumas representações feitas sobre a população negra porto-alegrense no imaginário urbano durante a República Velha. Programa e resumos do V encontro da ANPUH/RS, p. 2000. A comunicação analisa as ligações feitas entre cor e criminalidade através de uma reestruturação urbana, efetivada a partir do final do século XIX no Brasil, que construiu sobre a população negra e sobre os territórios majoritariamente habitados por ela uma imagem vinculada ao crime. Acervo: ANPUHRS.
presença de cativos de origem africana desde o seu período formativo e lançaram luz sobre as diversas formas de apropriação de mão-de-obra (escravos, administrados, camaradas e agregados) na economia colonial do extremo sul da América portuguesa. O estudo baseia-se fundamentalmente em alguns remanescentes de recenseamentos paroquiais (os róis de confessados) abrangendo o período 1751-1780, valendo-se também de levantamentos populacionais determinados pelas autoridades metropolitanas nas duas últimas décadas do século XVIII. A análise dos dados empíricos possibilitou, por outra parte, avaliar alguns indicadores relativos à estrutura de posse de cativos e sobre a presença e difusão da família escrava nesta região da Colônia”. Acervo: NEHD.
KUHN, Fábio. A participação dos “homens bons” na Irmandade do Santíssimo Sacramento, Viamão — século XVIII. Caderno de resumos do VII encontro da
ANPUEHIRS, p. 145, 2004. O trabalho busca analisar a participação dos “homens bons” e “o funcionamento da Confraria do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da freguesia de Viamão durante o século XVIII, identificando quais eram os seus
membros mais destacados e quais eram os principais campos de atuação desta instituição, cujas origens remontam ao ano de 1754. ACERVO: ANPUHRS.
LAUREANO, Marisa Antunes. Considerações sobre a família escrava na capitania do Rio Grande de São Pedro. Programa e resumos do IV encontro estadual de História da ANPUHYRS, 1998. “O trabalho tem como fonte inventários post mortem da Capitania de Rio Grande de São Pedro, de 1770 a 1825. Foram levantados 237 inventários dos quais 40% registraram a presença de família escrava. Diante disto pode-se partir para titia análise sobre a presença concreta de laços familiares entre cativos no sul. A família em questão podia ser tanto nuclear quanto matrifocal, sendo a primeira mais comum. A família escrava não tem sido objeto de pesquisa no Rio Grande do Sul, inexistindo estudos sobre o tema. No entanto, a partir dos dados levantados reco-
nhecemos sua existência e importância e podemos concluir que a escravidão colonial no Rio Grande do Sul abriu margem a que os escravos constituíssem família.
KUHN, Fábio. Rio Grande de São Pedro: população e sociedade na segunda metade do século XVIII. Comunicação apresentada no II Seminário de História Quantitativa e Serial. Belo Horizonte, novembro 2001.
Além disso, observou-se uma tendência de manter estas famílias unidas no mo-
O autor pretende “contribuir para o conhecimento da história social e demográfica do período colonial sul-rio-grandense, através do estudo de caso de duas das mais antigas freguesias estabelecidas no Continente do Rio Grande de São
LAUREANO,
Pedro: Viamão (1747) e Triunfo (1756). Os dados evidenciaram a expressiv a
mento da partilha de bens entre os herdeiros”. Acervo: ANPUHRS.
Marisa Antunes. A última vontade: Em memória de uma ex-es-
crava chamada Rosa Maria. Programa e resumos do V encontro Estadual de História da ANPUH/RS, p. 45, 25 a 28 de julho 2000.
340 341
Minicação analisa O testamento e inventário de Rosa Maria
,
preta forra
morreu no ano de 1799 na Freguesia de Rio Pardo local onde viveu, talvez
Mendo sua chegada ao Brasil, após sua retirada da África até a sua morte. Analiha ua trajetória de vida: a conquista da liberdade, a constituição de patrimônio e suas relações familiares. ACERVO: ANPUHRS.
LEANDRO, José Augusto. Tráfico de escravos pós 1831: Luiz de Guiné Zaire e os comerciantes da praça de Paranaguá. Comunicação apresentada no VIII Encontro Regional de História - Paraná: História e Historiografia, ANPUH. p. 2002. Não é novidade apontar a baía de Paranaguá como porta de entrada ilegal de africanos em solo brasileiro após a lei de 7 de novembro de 1831. Nesta comunicação, baseada em algumas ações de liberdade do final da década de 1870 e início da década de 1880, e em alguns autos de protesto marítim o da década de 1830 e 1840, retorna-se ao tema. Agora, inclusive, com a voz de alguns escravos e libertos sobre suas experiências de chegada em solo paranae nse. LIMA, Adriano Bernardo Moraes. O destino de Aracne: relaçõe s comunitárias
na sociedade escravista curitibana ( 1775-1825). Livro de Resumo s — XXI Sim-
,
da seguinte, novas verdades foram estabelecidas no lugar dos velhos paradigmas. No entanto, a discussão sobre este tema parece não ter se esgotado. Pretende-se, nessa comunicação, apresentar a público novas evidências sobre os arranjos familiares e comunitários fomentados pelos escravos de regiões pouco integradas ao mercado agro-exportador. A partir de fontes não convencionais no estudo da família escrava, encontraram-se formas de convívio familiar que a historiografia julgou pouco fregiientes em sociedades possuidoras de pequenos plantéis”.
LIMA, Adriano Bernardo Moraes. Trajetórias crioulas: uma comunidade de escravos no século XVIII. Comunicação apresentada no VIII Encontro Regional de História - PARANÁ: História e Historiografia, ANPUH-Paraná, 2002. A partir do estudo de um grupo de escravos moradores da então freguesia de Castro durante a segunda metade do século XVIII, pretende-se abordar questões referentes aos vínculos comunitários fomentados pelos escravos no Brasil. Identificaram-se arranjos pessoais que circunscreviam a forma como se organizavam dentro e fora do cativeiro. A formação de famílias, o acesso a roças de subsistência, a posse de bens semoventes, entre outras condições constituídas quotidianamente pelos escravos denotaria outra face da hierarquização interna à sociedade escravista.
pósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de Históri a - ANPUH e Universidade Federal Fluminense, p. 166-7, 2001.
O autor pretende “introduzir no debate historiográfico um novo olhar sobre os vínculos pessoais fomentados pelo elemento cativo, sobretudo aqueles caracterizados pelos historiadores como próprios da comunidade escrava”. O autor estabelece o confronto entre os resultados dos autores que tratara m da questão e as fontes primárias concernentes à região que compreendia a então Comarca de Paranaguá e Curitiba no final do século XIX e início do XIX. O material docu-
mental compulsado compreende cartas de alforria e listas nominat ivas, além de
fontes cartoriais e eclesiásticas. Tal confronto traz a lume conclus ões discordantes daquelas propiciadas por trabalhos recentes sobre a maneira como os escravos interagiam com a sociedade da qual faziam parte e pela qual, paradoxal-
mente, eram segregados. O autor apresenta, ainda, informa ções referentes ao
“padrão” do escravo alforriado nos Campos de Curitiba”. Acervo: ANPUH. LIMA,
Adriano Bernardo Moraes. A família escrava na Comarca de Paranaguá
LIMA, Adriano Bernardo Moraes. Trajetórias de crioulos: um estudo das relações comunitárias de escravos e forros no Termo da Vila de Curitiba (c. 17760 — c. 1830). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Os modelos que interpretaram a prática da alforria no Brasil, a partir da década de 1970, enfatizaram sobremaneira a importância do senhor. Defende-se a hipótese,
neste trabalho, de que houve participação escrava no processo de manumissão. A partir do cruzamento das principais fontes utilizadas — cartas de alforrias e listas nominativas de habitantes — foi possível verificar a inserção do escravo alforriado em uma rede de contraprestações. As relações por esse grupo estabelecidas acabaram por torná-lo parte de uma comunidade escrava, que tinha no vínculo familiar o seu principal elemento aglutinador. Através da associação de fatores estruturais com outros circunstanciais pode-se montar um panorama histórico constituído por fragmentos de histórias de vida de cativos que conquistaram sua liberdade ou a de um familiar” (Trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
e Curitiba (1775-1830). Comunicação apresentada no VIII Encontr o Regional
de História - PARANÁ: História e Historiografia, ANPUHParaná, 2002. a ; . co, . a À partir do final dos anos 1980, a historio grafia brasileira sobre o escravo dedi-
cou-se exaustivamente aos estudos sobre a “família dentro do cativeiro”. Na déca342
LIMA, Adriano Bernardo Moraes. À família escrava instituindo a diferenciação no cativeiro. Caderno de Resumos do X Encontro Estadual de História ANPUH/
SC, p. 56, 2004.
343
A comunicação examina as formas instituintes das “margens de autonomia” experenciadas pela população escrava curitibana na segunda metade do século XVII e primeiras décadas do XIX. Defende a hipótese de que a diferenciação interna ao cativeiro decorre da formação e preservação de laços de parentesco reconhecidos socialmente pelos senhores e pela comunidade escrava como Pa tor legitimador dessa hierarquização. Acervo: ANPUH. LIMA, Carlos Alberto Medeiros. O patriarcalismo dos sítios volantes e o caso de Agostinho Cardoso (Castro, 1804-1824). Comunicação apresentada no VIII Encontro Regional de História - PARANÁ: História e Historiografia, ANPUHParaná, p. 2002.
Trata-se de aspectos da trajetória de um cabeça de domicílio “pardo” em Castro entre 1804 e 1824. Ela é capaz de indicar aquilo que, nas áreas que hoje constituem o Paraná, se associava com a pobreza dos livres de cor. Para tanto, trabalham-se as descrições de seu domicílio presentes em listas nominativas. Ali se observam os esquemas de co-residência intervenientes, entrevêem-se as expectativas ligadas à organização do fogo e aos processos de mobilidade social e aborda-se o impacto, sobre o ator social considerado, do sentido aristocrático que percorria o conjunto do tecido social. LIMA, Carlos A. M. A família escrava em fazendas de absenteístas em Curitiba (1797) e Castro (1835). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
À criação de animais foi o empreendimento de maior vulto no planalto paranaense até meados do século XIX. Parcela expressiva dos moradores, especialmente de Castro e Curitiba, contavam com escravos ocupados nas atividades do criatório e no desenvolvimento de alguns gêneros agrícolas. Entre os cativos existiam aqueles que pertenciam a senhores absenteístas, isto é, proprietários que residiam em suas habitações urbanas, ou que possuíam mais de uma unidade agrária, ou ainda que, em virtude de negócios, precisavam viajar e se ausentar de seus pi
téis confiando a administração de suas fazendas a um de seus escravos. Nem
sempre tais unidades de absenteístas eram grandes, mas figuravam certament e entre as maiores unidades escravistas destas localidades. Por meio das Listas No-
minativas de Habitantes de Castro (1835) e Curitiba (1797) foi possível analisar o
acesso dos cativos às práticas familiares nestas escravarias. Comparando as propriedades com senhores presentes e ausentes, constatou-se que as absenteístas favoreciam sobremaneira as uniões familiares. Nos fogos dirigidos por capatazes escravos os casamentos eram precoces e o acesso aos laços sancionados mais frequentes, sendo também mais comum ali o processo de legitimação tardia de
344
uniões consensuais vigentes às vezes havia muito tempo. Alguns casos encontrados nas listas sugeriram a existência de famílias extensas, como demonstrou, por exemplo, a composição da Fazenda Butuguara em Curitiba. Nesta unidade, houve grande propensão entre os escravos a legitimarem tardiamente suas uniões, reiterando que os cativos talvez não dependessem tanto da legitimação religiosa, na juventude, para formarem suas famílias. As baixas razões de masculinidade das fazendas de senhores absenteístas oportunizavam o acesso das mulheres ao casamento e, por consegiência, tinham muito mais rebentos que as escravas com donos presentes (os indicadores de fecundidade foram altíssimos). Especificamente
nas absenteístas de Castro, a procedência do nubente contava muito quando da busca de parceiros. Os escravos de origem africana tendencialmente casavam-se mais que os crioulos, levando a crer que casais mistos não eram incomuns na região. A elevada quantidade de africanos do sexo masculino casados, sem possíveis cônjuges de seu próprio grupo étnico, leva a supor que muitos não se negavam a unir-se a parceiros coloniais quando a questão que estava em jogo era garantir a inserção na comunidade escrava. 4 distante voz do dono, em suma, ligava-se com força à ampliação do espaço de autonomia nestes ambientes. O absenteísmo multiplicava os laços familiares mesmo quando as sanções eclesiásticas eram negadas. As elevadas proporções de casados e casadas entre a massa escrava, bem como a expressiva participação de crianças, comprovam que a distância do senhor fomentava a efetivação de famílias capazes de organizar a comunidade escrava, de modo que seu estudo permite avançar na compreensão desta última (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCBSH/UFRGS.
LIMA, Carlos A. M., NETTO, Fernando Franco; SILVA, Denize Aparecida da. A posse de escravos e o impacto do tráfico interno na década de 1870 (Campo Largo, Guarapuava e São Francisco do Sul, 1870-1879). Anais eletrônicos do I Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. Através de inventários post mortem, objetivamos identificar impactos do tráfico interno de escravos em três áreas fornecedoras de cativos durante a década de 1870. Nessa época, o trato interno de cativos sofreu incrementos, e seus efeitos se conjugaram com as mudanças nas perspectivas inscritas na posse de mulheres escravas em virtude da Lei do Ventre Livre. As adaptações dos escravistas de Guarapuava, Campo Largo e São Francisco do Sul foram diversas, o que dependeu tanto dos tipos predominantes de atividade em cada um dos lugares quanto da dinâmica de seus respectivos processos de crescimento (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCH/UFRGS.
LIMA, Carlos A. M. Sobre as posses de cativos e o mercado de escravos em Castro (1824-1835): perspectivas a partir da análise das listas nominativas. Co345
municação apresentada no V Congresso Brasileiro de História Econômica, promovido pela Associação Brasileira de Pesquisadores em História Econômica
(ABPHE), Caxambu (MG), setembro 2003.
“A evolução do contingente escravo nas áreas que atualmente constit uem o Paraná ainda necessita de muitos esclarecimentos. A capacidade da população cativa de crescer quase continuamente ao longo da primeira metade do século XIX indica a necessidade de se conhecer mais profundament e os mecanismos mediante os quais os proprietários da área aprovisionavam-se em cativos. Os trabalhos disponíveis parecem conter implícita a noção de que a reprodução natural de uma população escrava eminentemente integrada por pessoas nascidas no Brasil e portanto com alta proporção de crianças e distrib uição entre os sexos próxima do equilíbrio deve ter sido responsável por isso. Neste trabalho no entanto, levantam-se informações capazes de alterar essa imagem no ane toca a meados dos anos 1830, e esse pode ter sido um intervalo de transformações fortes na oferta de africanos em decorrência das mudanças que então se verificavam no tráfico de escravos africanos. Para isso, trabalh a-se aqui com dados das listas nominativas de Castro entre 1824 e 1835, área esta que, além de fortemente expansiva por conta de sua pecuária, concentrava as maiores escravarias do que é hoje o Paraná”. Acervo: NEHD. LIMA, Carlos A. M. Hierarquia e mobilidade entre escravos e negros livres no Paraná na passagem do século XVIII para o XIX, a partir de registro s paroquiais e listas nominativas. Anais eletrônicos do II Encontro de escravi dão e liber-
dade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O autor trabalha com “dados sobre domicílios de livres de cor (1794-1835), sobre seu acesso à autonomia (1832-1835), sobre uniões matrimoniais entre libertos e escravos (1765-1820) e de escravos entre si (1797) e sobre a distribuição por sexo
das populações escrava e administrada (1765-1820), observando casos transcorridos em Castro, Curitiba e Guaratuba. O objetivo é defender que a conside ração do acesso a fatores produtivos (no caso dos escravos, deixando entreve r a “economia
própria”) e ao mercado interno é um elemento explicativo fundame ntal do modo
de vida, das estratégias e dos movimentos populacionais de não-bra ncos livres no A”
Paraná”
(texto apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
LIMA, Henrique Espada. Contratos de trabalho no Desterro, 1829-18 88. Notas de uma pesquisa em curso. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e
liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
; Os estudos sobre a história social da escravidão, informados tanto por sólidas Investigações empíricas quanto por instrumentos teóricos e metodológic os aper-
[1
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feiçoados, foram responsáveis por uma transformação sensível nos termos através dos quais se enxerga hoje o período escravista e o trabalho escravo no Brasil. As ênfases nas estratégias dos escravos e na ambigiiidade constantemente manipulada das relações senhor/escravo, ajudaram-nos a compreender a escravidão como uma relação que, ao mesmo tempo em que se definia pela desigualdade e a violência, era também fortemente marcada pela negociação. Por outro lado, os estudos sobre o trabalho escravo, ao mesmo tempo em que lançaram novas luzes sobre o trabalho cativo e o estudaram em suas múltiplas facetas e características, parecem aceitar com muita frequência a idéia de que o mundo pós-escravidão e o do trabalho considerado “livre” era muito menos ambígiio e muito mais facilmente explicado. Do ponto de vista da história socioeconômica do trabalho, no âmbito da discussão sobre a chamada “transição do trabalho escravo para o trabalho livre”, a utilização de conceitos como “mercado de trabalho” e “trabalho livre” (como oposição radical ao “trabalho escravo”) raramen-
tê são problematizados e acabam sendo, com fregiiência, considerados como descrições transparentes e sem arestas. Entretanto, como conceitos operativos sobre a realidade das relações de trabalho em um mundo em transformação, são marcados por convicções, nem sempre explícitas, de um mercado de trabalho impessoal, “racional” e regulado por uma lógica de maximização, convicções estas que derivam de uma concepção das relações econômicas e sociais que aceita de modo fácil demais as convicções — frequentemente simplificadoras — do pensamento econômico neoclássico. O objetivo da apresentação que proponho aqui parte da convicção de que é preciso reexaminar, tanto conceitual quanto empiricamente, as questões que envolvem as relações de trabalho no Brasil durante e após o período escravista, investigando de perto as lógicas sociais, econômicas e culturais que se entrelaçam nessas relações. Em uma investigação, ainda em curso, sobre o mercado de trabalho na cidade do Desterro (Ilha de Santa Catarina) no século dezenove, venho tentando enfrentar as questões que acabo de citar através de uma análise detalhada e microanalítica da documentação cartorial pertinente — em especial contratos diversos de trabalho, envolvendo tanto escravos quantos pessoas livres, no período que (seguindo a descontinuidade da documentação encontrada) cobre preliminarmente os anos entre 1829 e 1888 em um dos cartórios de notas do termo do Desterro. O trabalho que apresento aqui pretende expor as hipóteses preliminares e os resultados parciais até agora levantados em confronto com a documentação pesquisada” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
LONER, Beatriz Ana. Greve ou motim” As paralisações de trabalho de escravos e contratados. Programa e resumos do V encontro da ANPUH/RS, 2000.
.
A comunicação pretende discutir o sentido do emprego do termo greve, tal como utilizado pela imprensa diária gaúcha. Por outro lado, interessa também iniciar 347
a discussão sobre como classificar episódios de resistência de escravos e contratados. Acervo: ANPUHRS.
LONER, Beatriz Ana. Ação e reação: a luta pela abolição em Pelotas. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A comunicação aborda alguns aspectos do processo abolicionista e das relações entre seus agentes e o conjunto da sociedade, utilizando como exemplo o caso de Pelotas, cidade gaúcha que se constituiu num pólo escravista durante o império, devido a atividade charqueadora intensa da região. A autora aborda o contexto interno e a forma como a proposta abolicionista foi desenvolvida na cidade, seus limites, tensionamentos e as reações que provocou entre os setores sociais, entendendo-a como um processo complexo, que exigia um posicionamento quotidiano por parte de seus habitantes, mesmo livres e desprovidos de escravos” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
MACHADO,
Cacilda. Casamento & Compadrio Estudo sobre relações sociais
entre livres, libertos e escravos na passagem do século XVIII para o XIX (São José dos Pinhais — PR). Comunicação apresentada no XIV Encontro da ABEP, Caxambu, setembro 2004. Neste texto buscou-se recuperar trajetórias de casais mistos (escravos com li-
vres ou libertos) que viveram entre os séculos XVIII e XIX, no vilarejo de São José dos Pinhais (vizinho a Curitiba e, por então, pertencente a Capitania de São Paulo), principalmente a partir do cruzamento de listas nominativas de habitantes com
documentos
eclesiásticos (registros de batismos, casamentos
e
óbitos, autos de casamentos e outros processos). Para a elite, proprietária o casamento podia ser uma forma de arregimentar dependentes e reproduzir a hierarquia social que organizava os diferentes grupos de cor e condição jurídica. Para a população de origem africana e/ou indígena, constituía-se importante instrumento de ascensão social e de afirmação da liberdade. Acervo: NEHD.
MAESTRI FILHO, Mário José. A arte da guerra do mar de Fernão de Oliveira: a triste sorte da primeira crítica e do primeiro crítico lusitano radical do trafico negreiro e do escravismo, em 1555. Anais eletrônicos do II Encontro de escra-
suas opiniões, tendo sua crítica sistemática das justificativas coevas do tráfico negreiro e do escravismo, desenvolvida em 4 arte da guerra no mar, praticamente ocultada e desconhecida, em prol da consolidação da narrativa sobre o consenso lusitano sobre a escravidão e o tráfico” (texto apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
MAMIGONIAN, Beatriz Galotti. Cidades e escravidão: reflexões sobre a historiografia em torno da relação entre a escravidão e o desenvolvimento urbano das Américas. VII Encontro Estadual de História — História e ensino Anpuh/ SC, p. 47, 14 a 17 de setembro 1998. A autora aborda a relação entre cidades e escravidão, debatida por historiadores desde a década de 1960, quando Richard Wade lançou o argumento da incompatibilidade entre a escravidão e a vida urbana baseado em seu estudo das cidades do sul dos Estados Unidos entre 1820 e 1860. Situado na confluência da história da escravidão e da história urbana o estudo da relação entre a escravidão e o desenvolvimento urbano nas Américas aborda a questão por vários ângulos, nem sempre de forma coordenada. Nesta comunicação pretende expor os debates em torno do tema, demonstrar paralelos entre o desenvolvimento urbano das regiões de plantation das Américas e argumentar pela distintividade das cidades escravistas. Acervo: ANPUHSC.
MAMIGONIAN,
Beatriz Gallotti. Escravidão e outros sistemas de trabalho no
Brasil imperial: repensando a “transição para o trabalho livre” num contexto atlântico. Caderno de Programação e Resumos do VIII Encontro Estadual de História ANPUH/SC, p. 64, 28 a 31 de agosto 2000. Traçando um paralelo entre os processos de abolição do tráfico de escravos e da escravidão no Brasil em outros pontos da América escravista, esta comunicação pretende abordar a questão historiográfica da transição do trabalho livre no Brasil levando em conta as diferentes formas de trabalho que coexistiram durante o século XIX e as diferentes condições encontradas em substituição do trabalho escravo. Rejeitando a falsa dicotomia entre o trabalho escravo e o trabalho livre assalariado, procura-se discutir várias formas de trabalho compulsório utilizadas ao longo do século XIX como maneira de incorporar trabalhadores brancos pobres, indígenas, libertos e mestiços no mundo do trabalho. Acervo: ANPUHSC.
vidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
MAMIGONIAN, Beatriz G. “Para inglês ver”? A repressão do tráfico de escravos depois da lei de 1831. Anais do IX encontro da ANPUH/SC, p. 2002.
“Notabilizado tardiamente pela autoria da primeira gramática em língua portuguesa, o sacerdote, gramático, piloto e construtor naval Fernão de Oliveira, expoente do pensamento racionalista lusitano, foi perseguido e encarcerado por
A comunicação pretende questionar a interpretação historiográfica de que não houve repressão ao tráfico após a Lei de 1831, demonstrando o engajamento do
348
349
Império em algumas ações de repressão e destacando a existência de africanos livres procedentes do tráfico ilegal. Acervo: ANPUHSC.
MAMIGONIAN, Beatriz Galotti. O litoral de Santa Catarina na rota do abolicionismo britânico. Anais do X Encontro Estadual de História - ANPUH/SC —
História: Trabalho, Cultura e Poder, p. 59, 2004. A comunicação explora um aspecto da política britânica de repressão ao tráfico atlântico de escravos: o recrutamento de trabalhadores para as Ilhas Britânicas do Caribe. Acervo: ANPUHSC.
MARCONDES, Renato Leite. Estrutura da posse de cativos no Paraná e em Minas Gerais (1872-1875). Comunicação apresentada no XIV Encontro da ABEP, Caxambu, setembro 2004. “Apresenta-se as diferenças da estrutura demográfica da população escrava e da posse de cativos entre sete localidades paranaenses e seis mineiras na década de 1870. Estas áreas mantiveram-se infensas às principais atividades exportadoras do Império (o café e o açúcar), porém conservaram uma escravidão significativa até os últimos anos do escravismo brasileiro. Utiliza-se como fonte básica para a pesquisa: as listas de classificação dos escravos para serem libertados pelo Fundo de Emancipação concernentes ao lapso 1873-1875 e o recenseamento de 1872. Apesar do quadro geral de posses reduzidas nas duas províncias, conseguimos estabelecer grupos de cidades com propriedades cativas diferenciadas”. Acervo: NEHD.
MARIA, Maria das Graças. Construção de representações de identidades do negro em Florianópolis. VI Encontro Estadual de História: História e novas linguagens: ensino e pesquisa. p. 6, 29 de agosto a 2 de setembro 1994. O trabalho busca analisar a questão racial em Florianópolis, a partir dos espaços de sociabilidade dos negros, especialmente, o Clube 25 de dezembro, fundado em 1933, no bairro Agronômica. Busca recuperar identidades marginalizadas, as representações que o negro elaborou de si e do seu contexto social. Acervo: ANPUHSC.
MARIA, Maria das Graças. As populações negras em Florianópolis e a constituição de seus territórios (1930-1940). Caderno de Resumos do Estadual de História, ANPUH/SC, 1996.
350
VI Encontro
A comunicação procura contemplar o cotidiano das populações negras, na relação com a cidade e na constituição de seus territórios. Espaços que foram mardar cados pelo perfil dos afro-catarinenses, os quais a comunicação pretende visibilidade. Acervo: ANPUHSC.
MARQUES, Sônia Maria dos Santos. Quilombos: escola, comunidade e práticas pedagógicas. Caderno de resumos do VI encontro da ANPUH/RS, 2002. A comunicação busca compreender e problematizar os métodos e práticas em uma escola em comunidade remanescente de quilombo, atentando para a invisibilidade dos negros na formação social do Rio Grande do Sul. Acervo: ANPUHRS. MATTOS, Jane Rocha de. Areal da Baronesa: a formação de um território negro. Caderno de resumos do IV encontro da ANPUHIRS, 1998. “No final do século XIX diante da ordem social que se instalava em Porto Alesão gre e com o advento da abolição, os negros e a maioria da população pobre mento reordena este retirados continuamente da área central da cidade. Com espacial e social, os negros e seus descendentes ocuparam espaços próximos a m região central, locais que na sua maioria eram insalubres, mas que garantia sua sobrevivência e seu deslocamento para outras regiões onde exerciam suas atividades profissionais. Assim lavadeiras, padeiros, marinheiros, jornaleiros, costureiras formavam a população que habitava a antiga chácara da Baronesa do Gravataí, denominada popularmente de Areal da Baronesa. Este trabalho abordará a formação deste território negro dentro da cidade de Porto Alegre do final do século passado, tentando resgatar as relações de resistência e as estratégias de sobrevivência desta população diante das representações e do contínuo processo de exclusão”. Acervo: ANPUHRS.
um MATTOS, Jane Rocha de. “Te pisei minha negra” ?: a história social de RS, território. Caderno de Programa e resumos do V encontro da ANPUHI
p.
46, 25 a 28 de julho 2000.
A comunicação pretende abordar as relações e práticas cotidianas dos negros , escravos e libertos que constituíram o território negro do Areal da Baronesa autora A passado. século do meados dentro da cidade de Porto Alegre, desde enfoca a sua ocupação espacial, religiosidade, relações de compadrio e o carnaval assim como a constituição de identidades étnicas. Acervo: ANPUHRS.
351
MATTOS, Jane Rocha de. Rediscutindo o conceito de Território. Caderno de Resumos do VI encontro da ANPUH/RS, 2002.
rendamento dos citados cativos que até então vivenciavam um mundo tradicional de escravos da santa e que lutaram para não perdê-lo” (Trabalho apresenta-
A comunicação aborda o conceito de território, pretendendo apresentar como os teóricos discutem e identificam os territórios das comunidades as quais investigam. Acervo: ANPUHRS.
do em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
MOLIN, Luciane P. Corá. Serra do Apon: História e Hanseníase. Anais ele-
encontro da ANPUH/RS, p. 88, 2004. 1 cd-rom.
trônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
O trabalho busca questionar a posição de Fernando Henrique Cardoso, demonstrando que os charqueadores ao seguirem utilizando seus escravos estavam seguindo a lógica econômica de maximização. Acervo: ANPUHRS.
“Esta pesquisa concentrou-se basicamente nas experiências e modos de vida
MONASTÉRIO, Leonardo Monteiro. Escravidão era racional? eficiência econômica das charqueadas pelotenses no século XIX. Caderno de Resumos do VII
dos moradores da Serra do Apon, comunidade remanescente de quilombo, loca-
lizada próxima ao Vale do Ribeira, no município de Castro no Estado do Paraná. O grupo da Serra do Apon, composto por cerca de seis famílias, basicamente de negros, com ascendentes em comum, vive em condições que permitem associar seus costumes com os de outras comunidades quilombolas espalhadas pelo Brasil. Dessa forma, é possível conceituar quilombo contemporâneo, como comunidades negras rurais habitadas por descendentes de escravos que mantêm laços de parentesco e vivem, em sua maioria, de culturas de subsistência. Essas pessoas possuem mais do que laços de parentesco em comum. A grande maioria foi ou é portador de hanseníase, sofrendo todas as consegiiências da falta de tratamento ou do uso inadequado dos medicamentos, convivendo com o alcoolismo. Essa é uma pesquisa farta de dados, com grande responsabilidade histórico-cultural”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
MOLINA, Sandra R. A escrita e a tradição: um olhar institucional sobre a rebelião dos escravos da santa do Carmo na fazenda Capão Alto em 1864. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005.
MORAES, Aírton de. O tratado antitráfico anglo-brasileiro de 26 de novembro de 1826: uma revisão historiográfica. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O trabalho visa fazer uma revisão historiográfica sobre o acordo anti-tráfico Anglo-brasileiro de 26/11/1826. Este tratado foi de suma importância para o reconhecimento da independência brasileira por parte da Inglaterra. A comunicação analisa a questão política e econômica que envolveu o policiamento das águas pela Real Marinha Britânica. Analisa também o papel dos Estados Unidos como
fornecedor de navios. Esta pressão internacional (leia-se inglesa),
gerou uma mudança de hábitos no desembarque das “peças” africanas. O litoral paranaense e, mais especificamente, o Porto de Paranaguá, foi um destes locais visitados e usados pelos traficantes para tal prática e, portanto, usado como forma de subterfúgios à fiscalização, ou seja, devido à proximidade com São Paulo fazia-se o desembarque neste local e seguia-se com os cativos até o Vale do Paraíba, local que despontava como centro agrícola neste período” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
1 cd-rom. “Em 1864 os escravos da fazenda carmelita chamada Capão Alto se rebelaram em razão de seu arrendamento a um negociante e sua iminente transferência para a província de São Paulo. Também seus senhores viviam profundas mudanças em seu cotidiano tradicional. Progressivamente perdiam sua autonomia de proprietários e ordem regular pois passaram a ser regidos por Visitadores Apostólicos que indiretamente camuflavam uma intervenção estatal sobre suas decisões internas. Sofriam uma campanha maciça do Império visando sua extinção, o número de frades diminuía drasticamente e as propriedades e conventos eram mal administradas com denúncias de desvio de recursos. O presente trabalho pretende buscar as mudanças institucionais da Província Carmelita Fluminense e as alternativas de sobrevivência de tais frades que possibilitaram o ar352
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. As sociedades emancipadoras em Porto Alegre (segunda metade do século XIX). Programa e resumos do IV encontro estadual de História da ANPUH/RS, 1998. “O trabalho pretende em Porto Alegre, na em homogeneizar as pos (sociais, culturais ções próprios que os através dos jornais ou ciações, descreviam a
uma abordagem das sociedades emancipadoras formadas segunda metade do século XIX. Percebemos o equívoco sociedades emancipadoras deixando de perceber os gruou políticos) aos quais estão ligadas, e os projetos/motivamoviam. Os diferentes grupos, ao defenderem suas idéias dos estatutos que organizavam o funcionamento das assosituação em que se encontravam e projetavam um futuro, 353
de acordo com seus distintos projetos. A narrativa, que se traduzia em prática, tinha de apresentar uma “argumentação eficaz” e causar nos leitores — aliados ou possíveis adeptos — uma “ilusão de realidade”. O autor exemplifica a argumentação através de duas destas agremiações: a Sociedade Emancipadora Rio Branco e a Sociedade Emancipadora Esperança e Caridade”. Acervo: ANPUHRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Diferenças e semelhanças — negros libertos, escravos e livres. Caderno de resumos do VI encontro da ANPUHY/RS, 2002.
A comunicação pretende aproximar as representações e práticas existentes na segunda metade do século XIX sobre cativeiro e liberdade. Os libertos exercitavam em suas vivências, as diferenças e semelhanças existentes entre negros imersos em diferentes status, tendo como ponto norteador o gradual e inevitável fim do escravismo. Acervo: ANPUHRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Sou Preto, Africano: pistas sobre trajetórias de vida de alguns libertos no espaço urbano escravista (Porto Alegre, segunda metade do século XIX). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A proposta da presente comunicação é expor alguns dados iniciais coletados em nossa pesquisa sobre as experiências negras no espaço urbano de Porto Alegre, relatando trajetórias de vida de alguns libertos (majoritariamente africanos). Cruzando fontes diversas como cartas de alforria, processos criminais, jornais, Livros de Pacientes, inventários e testamentos, conseguimos uma aproximação com a comunidade étnica negra local, obtendo dados sobre as estratégias/projetos de vida em termos de obtenção da liberdade, distribuição geográfica de seus espaços referenciais de residência e trabalho e distribuição ocupacional. Através de alguns casos individuais melhor documentados, podemos densificar a análise do mundo escravista, cruzando uma análise mais quantitativa com uma perspectiva qualitativa, dada pela ênfase biográfica nestes agentes” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
MOREIRA,
Paulo Roberto Staudt. A liberdade fardada: escravidão e alforria na
Guerra do Paraguai. Caderno de Resumos do VI Encontro da ANPUH/RS, p. 2002. A comunicação postula que com a Guerra do Paraguai ampliaram-se as possibilidades dos escravos conseguirem a alforria através da “liberdade fardada”, ingressando no Exército ou Marinha como substitutos de seus senhores, de seus familiares ou de terceiros que os compravam para este fim.Acervo: ANPUHRS.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. O mato como positividade: percepções de uma comunidade quilombola. Anais do VI encontro da ANPUHIRS, 2002. 1 cd-rom.
A comunicação pretende abordar alguns aspectos da relação dos moradores de uma comunidade remanescente de quilombos — Morro Alto/RS —, com as zonas de mato, com as quais convivem desde o período escravista. Acervo: ANPUHRS.
MOREIRA, Paulo Staudt. Que com seu trabalho nos sustenta — as cartas de alforria de Porto Alegre (1748-1888). Caderno de resumos do VIII Encontro
Estadual de História, Anpuhrs, p. 100, 2006. A comunicação pretende apresentar o resultado do projeto que desenvolve com as cartas de alforria registradas nos cartórios de Porto Alegre, entre os anos de 1748 e 1888, custodiado pelo Arquivo Público do Estado do Rio Grande do Sul. Foram fichadas 10.055 cartas de alforria classificadas de acordo com as formas pelas quais a liberdade foram concedidas. Acervo: ANPUHRS
MORTARI, Cláudia. Irmandade Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos: um espaço de controle ou um território de resistências (1840- 1850). Caderno de Resumos do VI Encontro Estadual de História ANPUH/SC, 1996.
MOREIRA, Paulo Roberto Staudt. Joana Guedes: uma mina de Jesus: trajetóri-
A comunicação trata da Irmandade como uma forma de organização coletiva,
as africanas do cativeiro à liberdade. Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUH, p. 136, 2004.
reconhecida socialmente pelos diferentes grupos urbanos em Desterro. Enfatiza características da instituição, como seu Compromisso, seus membros e sua importância como território negro. Acervo: ANPUHSC.
“Procuraremos traçar através dos vestígios documentais encontrados as vivências de uma única africana (capturada no continente africano, escravizada no Brasil, liberta) sem que isso signifique descartar o geral, valorizando apenas o individual ou microscópico.” Acervo: ANPUHRS.
MORTARI, Cláudia. Nossa Senhora do Desterro: o cotidiano das populações escravas na cidade (1840-1860). VII Encontro Estadual de História — História e
ensino Anpuh/SC, p. 48, 14 a 17 de setembro 1998.
354
355
dades comerciais de subsistência e artesanais, possuíam uma liberdade de circula-
pardos e crioulos, que entre outras razões buscavam conquistar o que consideravam de direito, procurando viver da melhor maneira possível. Os embates permitem que se dê visibilidade às diferentes experiências das populações de origem africana em Desterro, tirando-as da silenciosidade imposta pela historiografia catarinense”. Acervo: ANPUH.
ção neste cenário, e acabaram por constituir espaços de tensão, procurando expandir sua autonomia. O objetivo da autora é reconstruir a história do cotidiano da população escrava na cidade entre 1840 à 1860”. Acervo: ANPUHSC.
MORTARI, Claudia. Os “pretos” africanos e os “pardos” do Rosário: estratégi-
“Nossa Senhora do Desterro no século XIX, era uma cidade múltipla, polissêmi-
ca, onde diferentes grupos sociais defrontavam-se definindo e redefinindo simbólicas fronteiras e espaços de legitimação. Neste contexto, a população escrava, além de realizar uma série de funções, desde as domésticas, de transporte ou ativi-
as na busca por autonomia e legitimidade (1830/1860). Anais eletrônicos do Il Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
MORTARI, Cláudia. Território negro em Desterro: a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos (1840-1860). Programas
e Resumos do IV Encontro Estadual de História da ANPUH/RS,
1998.
“Dentro dos limites urbanos da cidade de Nossa Senhora do Desterro, diferentes grupos sociais chocavam-se, construindo suas fronteiras simbólicas e criando territórios. Neste contexto, temos a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, uma forma de organização coletiva reconhecida pelos diferentes grupos urbanos. A instituição era regida por um compromisso, que estabelecia a condição social e racial dos sócios, seus direitos e deveres. Faziam parte da Irmandade africanos e afro-descendentes, mulheres e homens brancos da classe burocrática, militar e eclesiástica. A Irmandade possibilitou o estabelecimento de laços de
solidariedade entre africanos e afro-descendentes, vindo a ser seu principal espaço de representação. Era um espaço de controle, por possuir um caráter institucional e disciplinar, mas também território negro de resistência, legitimado, institucionalizado,capaz de dar vazão a diversas demandas da população, entre elas a manifestação de valores e práticas sociais, que expressam uma reelaboração da visão do mundo e de tradições culturais africanas”. Acervo: ANPUHRS.
MORTARI, Claudia. Os homens pretos de Desterro: um estudo sobre a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário (1841-1860). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História —
A autora analisa um pleito judicial que teve inicio em 1841 envolvendo os Irmãos da Irmandade do Rosário na cidade do Desterro, então capital da Província de Santa Catarina. Com o objetivo de evidenciar a ação dos sujeitos, ela “pesquisa fontes documentais da própria Irmandade e outras referentes a administração da cidade constatando a existência de diferentes comunidades de africanos e afrodescendentes no interior daquela instituição fundada em 1750. O resultado foi a substituição do Compromisso de 1807, que permitia a um africano, escravo ou forro, ocupar o cargo de Juiz da instituição, tendo o Compromisso de 1842, proibido tal prática. Através do episódio de 1841 e seus desdobramentos, foi possível evidenciar e compreender, como no contexto de uma sociedade escravista do sul do Brasil, se estabeleciam diversas práticas sociais, estratégias e alianças, enfim de formas de identificação provisórias, adequadas aos dilemas e aos problemas com que africanos e afro-descendentes se deparavam no cotidiano” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
MOURA, Zilda Alves de. O cotidiano escravista em Mato Grosso na obra de viajantes. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUH/RS, p. 46, 2004.
O trabalho busca analisar os diversos aspectos da organização social, familiar, religiosa e econômica da sociedade escravista do Mato Grosso, a partir dos relatos dos viajantes. Acervo: ANPUHRS.
ANPUH & Universidade Federal Fluminense, 2001. “Na cidade de Nossa Senhora do Desterro, capital da Província de Santa Catarina, as populações africanas tinham como um lugar próprio, a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário. A partir dela buscavam, através do costume instituído nas relações sociais, estabelecer e legitimar estratégias de solidariedade e assistência entre eles, objetivando entre outras coisas, educar as crianças, alforriar escravos e enterrar e sufragar a alma dos Irmãos falecidos. Enquanto um lugar composto por indivíduos de diversas origens e condições sociais, a Irmandade não estava isenta de conflitos e embates, como o ocorrido entre pretos, 356
MULLER, Liane Susan. Da irmandade do Rosário a Sociedade de Mútua ajuda:
vivências negras em Porto Alegre na virada do século XX. VII Encontro Estadual de História — História e ensino Anpuh/SC, p. 49, 14 a 17 de setembro 1998. A comunicação busca “dar uma idéia das vivências de uma elite negra formada desde os últimos anos da escravidão. Tal “elite”, composta pelos que conseguiram formar pecúlio como “negros de ganho” e/ou receberam doações e heranças de seus senhores, teria procurado estabelecer redes de solidariedade através de irmandades religiosas, sociedades de mútua ajuda e recreativas. A imprensa 357
negra da época, como o jornal O Exemplo de Porto Alegre, faz inúmeras referências a sociedades recreativas, bailantes, literárias e beneficentes cuja maior preocupação poderia ser traduzida pela necessidade de pertencimento, em condições de igualdade, à sociedade hegemônica. Para tanto, as sociedades em questão preocupavam-se muito em instrumentalizar seus parceiros negros, menos favorecidos, através da criação de escolas noturnas alternativas onde os negros e seus filhos pudessem efetuar os estudos básicos. Nestas campanhas, advogados, funcionários públicos, auditores, militares, dramaturgos, jornalistas, atores e outros negros de expressão social, além de suas beneméritas senhoras, se aliavam através de um sem número de entidades”. Acervo: ANPUHSC. MULLER, Liane Susan. As contas do meu Rosário são balas de artilharia. Pro-
grama e resumos do Vencontro da ANPUH/RS, p. 46, 25 a 28 de julho 2000. A comunicação busca informar como se deu, em Porto Alegre, a formação de um grupo de negros diferenciado intelectual e financeiramente e que, entre os anos de 1889 e 1920, foi responsável pela fundação de inúmeras sociedades recreativas é beneficentes negras. Tal grupo, nascido dentro da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário, procurou estabelecer estratégias visando , entre outras coisas, a compra de cartas de alforria, a educação dos irmãos negros e o estímulo a acumulação de pecúlio. Estas estratégias, reforçadas pelo jornal O Exemplo, foram responsáveis pela ampliação de um segmento de negros muito melhor preparado para dar
continuidade à luta pela conquista de seus direitos. Acervo: ANPUHRS.
NASCIMENTO, Maria Regina do. As irmandades religiosas e a composição do espaço urbano — Porto Alegre, séculos XVIII e XIX. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUHYRS, p. 146, 2004.
O trabalho pretende analisar como se estabeleceu em Porto Alegre a associação entre urbanização e religiosidade, destacando que as necessidades, as atividades e as finalidades das irmandades permaneceram além do período colonial. Acervo: ANPUHRS.
NOGUERÓL, Luiz Paulo Ferreira. Preços de bois, de cavalos e de escravos em Porto Alegre e em Sabará no século XIX — mercadorias de um mercado nacional em formação. Caderno de resumos do VII encontro da ANPUH/RS, p. 87, 2004.
“Este artigo pretende contribuir para a compreensão da economia brasileira no século XIX por meio do estudo dos preços de bois, cavalos e escravos praticados em duas comarcas brasileiras: Porto Alegre, no Rio grande do Sul, e Sabará, em Minas Gerais”. Acervo: ANPUHRS. 358
NOVACKI, Luís Henrique. As cartas de alforria da “freguezia” da Palmeira — PR. Livro de Resumos — XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH
e Universidade Federal Fluminense, p. 166, 2001.
“A freguesia de Palmeira, parte do “Termo da Villa de Coritiba, Quinta Comarca da Província de Sam Paulo”, apresentou características peculiares com respeito à escravidão. A conformação do vilarejo que se localiza na região dos Campos Gerais do Paraná teve suas origens nas fazendas de criação e invernagem de gado, estabelecidas nas proximidades da “Estrada do Viamão”; isto se diferencia de lugares como Curitiba e São José dos Pinhais, que surgiram a partir de arraiais em regiões de mineração. A análise do “padrão de alforria” dos escravos dessa localidade demonstra a existência de peculiaridades em relação ao ônus e sexo dos emancipados bem como quanto às relações entre senhores e escravos no processo de conquista da alforria”. Acervo: ANPUH. OLIVEIRA Jr., Walfrido S. de. Relacionamento entre senhores e escravos nos
Campos de Guarapuava: o caso da Invernada Paiol de Telha. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“O presente estudo versa sobre as estratégias de dominação e de resistência entre senhores e escravos nos campos de Guarapuava (PR). A alforria e a posse da terra marcam, em grande monta, tal convivência, e que não se esgota com a libertação do escravo, na medida em que a vivência social podia restabelecer as hierarquias e antigas formas de dominação. Com essa abordagem podemos construir um panorama acerca da sociedade rural de parte do Brasil Meridional e analisar as possibilidades de relacionamento entre senhores e escravos, e entre libertos e livres,
iluminando as ações dos indivíduos e da sociedade na medida em que espelham a lógica geral da escravidão, ou podem demonstrar as suas especificidades” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
OLIVEIRA, Mara Regina. As populações de origem africana na segunda metade do século XIX em São José. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC, p. 75, 8 a 31 de agosto 2000. Apresenta resultados de pesquisa que busca explorar aspectos da experiência de mundo de escravos e libertos urbanos em Santa Catarina. Investiga fontes oriundas do arquivo público municipal de São José e fragmentos da memória de Dona Laura Vieira, ingênua que viveu até os 102 anos e que foi lavadeira, passadeira e engomadeira. Acervo: ANPUHSC.
359
porTEIRA, Márcia Ramos de. Acervos e fontes para a história do negro no RS. Fograma e resumos do V encontro da ANPUHIRS, p. 47, 25 a 28 de julho 2000 A comunicaç caçã ã o representa a experiên iênci cia do GT acerca da história do negro no g
pecuária, atividade que tradicionalmente a historiografia brasileira julgou incompatível com a escravidão. Os resultados de nosso estudo são corroborados pelos trabalhos recentes de História agrária realizados na Argentina (Garavaglia e Gelman), para o período colonial. Estes autores verificaram um peso insuspeitado da mão-deobra escrava nas estâncias, inclusive cumprindo tarefas de capataz” (apresentação feita em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
OL
És Ee IVEIRA, Márc ia Ramos de. As múlt iplas identidades do compositor Lupicínio Rodrigues. Programa e
28 de julho 2000.
resumos do V encontro da ANPUHYRS, p.83,25a
1 g
a
masi dp O
À de de. O preto Manuel: a trajetória de um africano ivre”, aderno de resumos do VII encontro da ANPUHIRS,
cs álho as a trajetória de Manuel Congo, um africano que chega ao Ri bearO Sul comao carga g do últi imo desembarque ileg | al de escravos registradoo 2, a partir da documentação judi cial. Acervo: ANPUHRS. OLIVEIRA, k Vinícios Pereira de. - Soci Soci abil abil i idade
cativa: o caso d ôni ã Leopoldo/RS. Caderno de Resumo ã s do VII encontro da ANPUER S : ro O trab Ei e alho b analisar i como as redes de sociabilidad e negra proporciona
periências de auto autono n mia c ultural, afetiva, i relici ios considerar seus conflitos e resistências. Acervo: ANPUHR S a
OSÓRIO O , , Helen k Escravos Ê na estremadu
ra portuguesa: Ê estrutura de To) e Rio Grande de São Pedro, 1765-1825. Anais eletrônicos do Er ae e escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom inca
Caderno de Resumos do VI Encontro Estadual de História ANPUH/SC,
1996.
A comunicação investigou as práticas associativas em Joinville no período de 1960 a 1965, em especial a “Fundação da Sociedade Beneficente Kênia Clube de Joinville”. Constitui-se também, em estudos sobre as representações construídas sobre o passado joinvilense. Acervo: ANPUHSC.
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oL E
OSÓRIO, Maria da Consolação Pereira. Formas de associações e territórios negros.
,
PENA, Eduardo Spiller. Burlas à lei e revolta escrava no tráfico interno do Brasil Meridional — século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “A casa comercial e bancária Bernardo Gavião, Ribeiro & Gavião foi a respon-
sável por uma das maiores transações do tráfico inter-regional de escravos para o centro-sul do Brasil, na segunda metade do século XIX. Em 1864, promoveu a transferência para São Paulo de cerca de 236 escravos, que trabalhavam na Fazenda Capão Alto, propriedade da Ordem dos Frades Carmelitas, localizada no município de Castro, província do Paraná. Três aproximações analíticas sobre o episódio são elaboradas. Uma primeira, analisa o vultoso negócio empreendido pela casa Gavião, Ribeiro & Gavião. Uma segunda, que procurou enfocar as diferentes interpretações jurídicas realizadas por proprietários/traficantes e os agentes do poder público provincial com relação à legislação tributária que incidia sobre o comércio interno de escravos. Por fim, um terceiro enfoque diz respeito à fala e ao gesto dos escravos de Capão Alto, quando da efetivação da transação comercial sobre suas vidas e corpos. Na iminência de serem transferidos para São Paulo, os negros se rebelaram.Os escravos foram rapidamente controlados pelas autoridades policiais da província, que não esconderam que estavam ali para resguardar os direitos de propriedade dos traficantes e manter a necessária ordem e trangiilidade pública na região. A tentativa de revolta, embora fracassada, evidencia ao historiador a disposição que essas famílias de escravos tiveram na luta pela manutenção de direitos que foram paulatinamente negociados e conquistados por esse grupo na sua relação secular com a administração carmelitana”
(trabalho apresentado
em
Castro em 2003). Acervo:
BSCSH/UFRGS. 360 361
PENNA, Clemente. A propriedade em xeque: pecúlio, autonomia escrava e a Lei do Ventre Livre. Anais do IX encontro da ANPUH/SC,
2002.
A comunicação busca analisar a importância da Lei do Ventre Livre no estabelecimento de novas relações entre senhores e escravos, demonstrando a busca dos escravos pela liberdade e dos senhores pela manutenção da propriedade escrava. Acervo: ANPUHSC.
PENNA, Clemente Gentil. “Vivendo sobre si”: Estratégias de liberdade das populações de origem africana na Ilha de Santa Catarina nas últimas décadas da escravidão (1871-1888). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional
de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH e Universidade Federal Fluminense, 2001.
Busca-se nesta pesquisa, analisar alguns aspectos da lei de 1871, sobretudo a possibilidade de o cativo reunir um pecúlio a fim de adquirir sua alforria. Esta prerrogativa exerceu “um papel fundamental no sentido de solapar a escravidão enquanto instituição vigente no país. Sendo assim, uma análise dos processos de pecúlio e arbitramento de preço que se encontram no Arquivo do Fórum Municipal de Florianópolis nos dão subsídios para perceber os usos e aplicações de tal lei, permitindo-nos perceber qual o grau de participação efetiva de africanos e afro-descendentes em favor de suas liberdades”. Acervo: ANPUH.
PENNA, Clemente Gentil. “Como se meu escravo fosse”: o movimento abolicionista e as novas relações de trabalho em Desterro/SC (1871-1888). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
A comunicação defende que a educação pública, com as suas questões indissociáveis, tem interagido como um princípio que tem oportunizado aos negros as possibilidades de aquisição de conhecimento para serem sujeitos no processo histórico e social brasileiro. Acervo: ANPUHRS.
PERES Jr., Vilmar. Fontes para o estudo da escravidão em São José. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC, p. 80, 28 a 31 de agosto 2000.
O autor se refere aos 6 fundos existentes no Arquivo Público de São José. Cita especialmente o fundo da coletoria que relata o lançamento de impostos contendo informações tais como nascimento, compra, venda, falecimento, mudança de residência e liberdade concedida, taxas de impostos, relação de escravos,
entre outras questões. Acervo: ANPUHSC. PETIZ, Silmei de Sant” Ana. Família escrava na fronteira oeste da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul colonial. Caderno de resumo do VIII Encontro
Estadual de História, Anpuhrs, p. 98, 2006. O texto objetiva o estudo da existência das relações familiares entre cativos que viveram em uma área de conflitos entre portugueses, espanhóis e remanescentes indígenas que habitavam a porção ocidental da Província, nos meados do século XVIII e início do XIX. Acervo: ANPUHRS.
PETIZ, Silmei de Sant" Anna. Buscando a liberdade: as fugas de escravos para o
“O objetivo desta comunicação é a análise das cartas de alforria onerosas e contratos de locação de serviços buscando com isso obter uma melhor compreensão em torno dos libertos sob condição, ou statuliber e seus senhores ou patronos e as maneiras pelas quais esta ambígua condição jurídica implicou em perceptíveis modificações nas relações de trabalho em Desterro/SC durante a última década da escravidão. Uma análise em torno das alforrias condicionais e contratos de locação de serviços nos tem possibilitado também, perceber as maneiras pelas quais se desenvolveu o processo de abolição e o movimento Abolicionista em Desterro (antiga Florianópolis), desvendando alguns mitos, como o da benevolência e humanidade dos senhores locais, em torno dos quais a maioria dos trabalhos sobre o tema tem se
além-fronteira. Caderno de Resumos do VI Encontro da ANPUH/RS,
pautado” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
“Através da análise de 31 inventários (1873-1879), foi feito um levantamento das
PEREIRA, Lúcia Regina Brito. Afro-descendentes: história das políticas públicas educacionais. Caderno de resumos do VI encontro da ANPUH/RS, 362
2002.
2002.
A comunicação analisa as extensas e mal vigiadas fronteiras do Rio Grande do Sul com os países do Prata, nas quais o uso indiscriminado dos negros como soldados era uma das possíveis brechas que permitiam aos escravos rio-grandenses viverem como libertos. Acervo: ANPUHRS.
PORTELA, Bruna Maria. Escravidão e Sociedade em Campo Largo durante a segunda metade do século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
atividades desenvolvidas na região de Campo Largo destacando-se a participação dos escravos. Observa-se a coexistência de quatro categorias econômicas principais: invernadas, agricultura de abastecimento, extração de erva-mate e pecuária.
363
Como no restante do Paraná, Campo Largo se caracterizava pela pequena unidade escravista, ou seja, senhores que possuíam de 1 a 5 cativos. Em nossa amostra, encontramos 59 escravos divididos entre os 12 proprietários, o que se tem uma média de 4,9 cativos por unidade. Para entendermos como esses escravos interagiam com a sociedade do período, escolhemos para analisar, um processo crime de 1875 envolvendo a escrava Benedicta que acusa seu senhor de praticar o crime de estupro em sua filha menor, a também escrava, Marcelina.” (trabalho apresentado em Castro em 2003) Acervo: BSCSH/UFRGS.
SANTOS, José Antônio dos. Comunidade Negra Pelotense: um território delimitado
pelo preconceito da cor. Cadernos de resumos do VI encontro da ANPUH/RS, 2002. A comunicação analisa a definição de comunidade negra, utilizando como fonte o jornal 4 Alvorada (Pelotas, 1907-1965) no período entre as décadas de 1930 a 1950. Nestas décadas os negros pelotenses se encontravam organizados em torno das mais variadas associações, desde as bailantes, esportivas, carnavalescas,
até as reivindicativas dos direitos trabalhistas. Em virtude do forte preconceito de cor que sofriam no interior da sociedade pelotense reagiram e criaram territórios negros, geralmente localizados na periferia da cidade. Acervo: ANPUHRS.
REBELATTO, Martha. Transformações na escravidão africana durante os séculos XV e XVI. Anais do IX encontro da ANPUH/SC,
2002.
A comunicação busca analisar as transformações que a dominação européia causou na África, nos séculos XV e XVI. Acervo: ANPUHSC.
ROCHA, Rita de Cássia Galdin. A questão da família escrava no Paraná em 1854, um estudo de caso da escrava Francisca Placidina. Anais eletrônicos do Il Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A autora analisa documentos extraídos do jornal O Dezenove de Dezembro de 1854. Esse exame tem como objetivo estudar os movimentos realizados pelo cativo após a morte do senhor, partindo do estudo do caso da escrava Francisca Placidina, levada ao cativeiro após a morte de sua senhora, mesmo tendo em mãos a carta de alforria que lhe garantia a própria liberdade e de seus quatro filhos. A partir disso, busca entender as brechas que os cativos encontravam nas leis para conseguir causas em seu favor, ou ainda, medidas que aliviassem a separação por venda ou que assegurassem diante da justiça o direito de permanecer em família. Esse trabalho tem como objetivo entender as dimensões da família escrava no Paraná e entender as relações de núcleos familiares em outras regiões do Brasil e fazer uma aproximação com o caso paranaense, para que seja lançado um novo olhar sobre as condições e formação da família escrava” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
RODRIGUES, Rogério Rosa. Movimento anti-racista em Florianópolis na década de 70. Caderno de Resumos do VI Encontro Estadual de História ANPUH/ SC, 1996. À comunicação procura apontar alguns caminhos para resgatar a experiência das populações negras em Santa Catarina no século XX. Em especial, a emergência de um discurso anti-racista de uma entidade — a Sociedade Cultural Antonieta de Barros — entre as décadas de 1970/80. Acervo: ANPUHRS. 364
SANTOS, José Antônio dos. Agora é lei! História e Cultura Afro-Brasileira na sala de aula. Caderno de Resumos do VII encontro da ANPUHRS, p. 71, 2004.
O trabalho busca analisar a aplicação da Lei n. 10.639, a qual torna obrigatória a presença da História e da Cultura Afro-Brasileira no ensino fundamental e médio, problematizando o preparo dos profissionais e a distância entre professores do ensino regular e pesquisadores acadêmicos. Destaca, ainda, alguns tópicos necessários para o desenvolvimento da referida disciplina nas escolas. Acervo: ANPUHRS.
SANTOS, Sherol dos. A comunidade escrava no litoral norte do Rio Grande do Sul (a freguesia de Santo Antônio da Patrulha — 1773/1810). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Este trabalho pretende analisar a comunidade negra (cativa ou não) da região que abrangia a freguesia de Santo Antônio da Patrulha, no período de 1773 a 1810, enfocando o estabelecimento de laços familiares e a constituição de redes de parentesco. Trataremos com destaque as relações que afirmavam através do compadrio, acreditando ser esta uma das principais estratégias utilizadas por estes agentes para se movimentar entre o universo cativo e livre e sedimentar relações de solidariedade, principalmente étnicas. Utilizaremos como fonte primária os registros de batismos desta comunidade, com base nos preceitos teórico-metodológicos da história social, que a nosso ver permite o cruzamento de variáveis qualitativas e uma abordagem do universo cultural dos agentes enfocados”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SCHANTZ, Ana Paula Dornelles. E depois da liberdade? Família e sobrevivência econômica de libertos em Porto Alegre e Viamão no final do século XVIII. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. 365
“Esta pesquisa nasceu da necessidade de se entender o que aconteceu com a população alforriada após sua manumissão, particularmente no que tange à família e à sobrevivência econômica de libertos. Para compreender como os forros se inseriam economicamente na sociedade e como suas famílias eram constituídas, foram esta-
belecidos os seguintes questionamentos: a) como se davam as relações sociais no interior de suas famílias?, b) como sobreviviam?, c) com o quê e com quem trabalhavam?, d) continuavam atrelados aos seus antigos senhores ou conseguiam estabelecer relações sociais com outros indivíduos, ou talvez com outros setores da sociedade?A pesquisa qualitativa, realizada através de consulta a inventários, testamentos e fontes eclesiásticas, permitiu que fossem obtidas algumas respostas às questões propostas. Entre elas está a constatação de que os laços familiares não são interrompidos com a manumissão e se prolongam além da liberdade; a constatação de que a autonomia jurídica advinda da alforria corresponde a uma frágil autonomia econômica, que muitas vezes provoca o agregamento de libertos em casas de homens brancos; e a constatação de que os poucos alforriados que dispunham de recursos possuíam escravos. Os resultados da pesquisa indicam que a maioria dos libertos de Viamão e Porto Alegre vivia em condições econômicas limítrofes — entre
a autonomia desejada e a realidade econômica vivida, que os atrelava, muitas vezes
a outros indivíduos. A vida após a liberdade parece ter sido bastante difícil para esses indivíduos, que encontravam na família não apenas refúgio sentimental mas também proteção econômica e social”. Acervo: BSBSH/UFRGS. SCHERER, Jovani de Souza. Entre o cativeiro e a liberdade: notas sobre as alforrias em Rio Grande, século XIX. Caderno de resumos do VIII Encontro
Estadual de História, Anpuhrs, p. 100, 2006.
“Apesar de Rio Grande haver sido um dos principais centros escravistas da Província, há poucos estudos que trataram do assunto. Este trabalho pretende apresentar alguns resultados preliminares da pesquisa sobre as alforrias concedidas durante o século XIX no município de Rio Grande, através da análise de características como sexo, origem, idade e a cor dos alforriados, estabelecendo
SILVA, Daniel Afonso da. A identificação do sentimento de liberdade nos escravos do século XIX como um combate nas trevas. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. “O objetivo é asseverar sobre o processo de identificação do sentimento de Ii-
berdade do cativo do século XIX. No século em questão a empresa da escravidão chegou ao seu estágio mais complexo: Houve uma maior simbiose étnica nas comunidades escravas, a qual implementou artimanhas diferenciadas para ludibriar os supostos senhores, que necessitavam se precaver a priori constantemente. A interpretação da escravidão desse período necessita de ordenação teórico-metodológica relativizada e interdisciplinar — conjugação, em especial, de pesquisa documental, literária, historiográfica, antropológica” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, Denize Aparecida da. Laços de Compadrio: os arranjos da comunidade escrava na Freguesia de São Francisco Xavier de Joinville (1857-1888). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
A pesquisa refere-se senta uma população final do século XIX. foi fundada em 1851
ao compadrio de escravos escrava diminuta com uma “O que hoje é Joinville era e inicialmente fazia parte
em Joinville, região que apreeconomia de subsistência até o a Colônia Dona Francisca, que do município de São Francisco
do Sul, na Província de Santa Catarina. A Colônia nasce com a pretensão de ser
uma colônia agrícola, coisa que acontece nos primeiros anos de sua fundação. Em Joinville foi observado um padrão de compadrio de escravos, num período de dez anos (1863/1871), anterior a Lei do Ventre Livre e de dezesseis anos
(1872/1888) após a Lei. Foram observadas características como: condição jurídica dos padrinhos, índice de legitimidade e faixa etária dos batizandos, presença ou não dos padrinhos na cerimônia, entre outros” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
o seu perfil em relação com as tipologias de cartas de liberdade definidas como gratuitas, sob condições futuras e mediante indenização”. Acervo: ANPUHRS.
SCHWINGEL, Majô. A presença do escravo negro na Vila de Santo Amaro em meados dos séculos XVIII e XIX. Caderno de resumos do VIII Encontro Estadual de História, Anpuhrs, p. 99, 2006.
Santo Amaro foi um dos primeiros núcleos Luso açorianos do Rio Grande do Sul, atual município de General Câmara/RS.
O trabalho busca analisar à pre-
sença escrava e sua contribuição na construção da vila. Acervo: ANPUHRS. 366
SILVA, Haroldo Silis Mendes da. Carroceiros, quitandeiras, marinheiros, pom-
beiros e outras agências: trabalho e sobrevivência de africanos e afro-descendentes na cidade de Desterro na década da abolição. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História —- ANPUH
e Universidade Federal Fluminense,
2001.
“O presente trabalho é fruto de uma pesquisa intitulada “Carroceiros, quitandeiras, marinheiros, pombeiros e outras agências: trabalho e sobrevivência de africanos e afro-descendentes na cidade de Desterro na década da abolição” com
base em documentos encontrados nos arquivos Municipal, Público e do Fórum 367
da cidade de Florianópolis. A grande maioria das pesquisas realizadas sobre as populações de origem africana têm sido realizadas em outras regiões do país. Nossa Senhora de Desterro (atual Florianópolis) era a cidade que contava com o maior número de africanos e afro-descendentes em Santa Catarina. Por essa razão, o objetivo desta pesquisa foi entender a trajetória das populações de origem africana no mercado de trabalho da cidade de Desterro na década da abolição e servir de inspiração para novas pesquisas sobre as populações de origem africana em Santa Catarina”. Acervo: ANPUH
SILVA, José Bento Rosa da. Festa de preto em terra de branco: História oral, memória e identidade em Santa Catarina. VI Encontro Estadual de História:
História e novas linguagens: ensino e pesquisa. p. 6, 29 de agosto a 2 de setem-
bro 1994.
Através da história oral, investiga-se a Festa de Nossa Senhora do Rosário, a “padroeira dos homens de cor” da região do município da Penha/SC. A autora analisa como os depoimentos de descendentes de escravos e ex-escravos que viveram a festa em Penha, e que hoje residem em Itajaí, possibilitaram a construção da sua memória. Neste âmbito, segundo a autora, evidencia-se a identidade da festa: “era festa dos pretos”. Ou seja, o espaço onde a população afrocatarinense da Penha criava seu território de interação social. Mais recentemente através do Movimento Negro “Tio Marco” de Itajaí, onde alguns dos festeiros participam, re-inventou-se a festa, agora no espaço urbano itajaiense. Acervo: ANPUHSC.
SILVA, José Bento Rosa da. Em águas do Atlântico sul: escravos-marinheiros no cais do porto de Itajaí (SC) no século XIX. Anais eletrônicos do II Encontro
Trata-se de “uma investigação sobre as cartas de alforrias concedidas pelos senhores aos escravos na Foz do Rio Itajaí Açú. Estas cartas ainda não foram analisadas. Encontram-se no acervo do Arquivo Público de Itajaí. A comunicação analisa, sobretudo as condições impostas aos escravos, para que pudessem “usufruir” da liberdade. Pergunta-se: em que medida estas cartas podem ser consideradas apenas “ilusões” ou miragens da liberdade”? Quais as implicações de tais cartas? E mais: Quem eram os alforriados? Enfim, busca-se analisar um período da história da escravidão a partir das cartas de alforrias concedidas sob condição” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, Luiz Geraldo S. da. Esperança de liberdade: escravos e libertos interpretam a lei de 1773. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências “e desafios ANPUH/SC, p. 90, 28 a 31 de agosto 2000. O autor propõe a análise de documentação primária sobre a percepção de cativos e negros livres sobre a lei de 1773 que libertava todos os escravos de Portugale Algarves. Analisa as discussões públicas sobre o tema na cidade da Paraíba. Acervo: ANPUHSC.
SILVA, Lúcia Helena Oliveira. Uma
babel negra: libertos em movimento
no
pós-abolição. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Logo após a abolição da escravidão em 1888, muitos emancipados ganharam a estrada e foram para longe de onde haviam vivido até então. Empreenderam uma grande movimentação indo para lugares longínquos como outros Esta-
de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
dos, para povoados próximos de onde viviam, andando sem um destino certo,
“A comunicação investiga a presença de escravos marinheiros no cais do porto de Itajaí em diversas situações. Analisa-se processos crimes nos quais estavam
enfim, criaram um dinâmico processo migratório no país. Essa série de movimentações migratórias são ainda pouco conhecidas nos estudos dedicados ao tema da escravidão e liberdade. Nosso intento aqui é levantar algumas discussões em torno de um dos destinos que a população liberta e afro-descendente tomou, a cidade do Rio de Janeiro. A partir dos dados da Casa de Detenção da Corte iremos problematizar a presença de libertos e afro-descendentes migrantes junto a população da cidade” (trabalho apresentado em Castro em
envolvidos escravos e libertos, todos marinheiros, em brigas à beira do cais, por
razões diversas, inclusive disputando o prazer das mulheres. Seguindo as sugestões metodológicas de Ginzburg, os processos serão analisados à luz do paradigma indiciário, visando conhecer os meandros do cotidiano destes marinheiros negros”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, José Bento Rosa da. “Miragens da Liberdade”: Um Olhar Sobre As cartas De Alforrias Da Freguesia Do Itajahy (SC) 1860 — 1886. Anais eletrônicos do II
Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom. 368
2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
SILVA, Marcos Rafael da. A formação patrimonial e a conquista da cidadania pelos afro-descendentes. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
369
“A abolição da escravidão no Brasil e a proclamação da República mudaram drasticamente os rumos pelos quais o país vinha norteando seus caminhos. E é em meio a essas tantas mudanças e necessidades, que o Centro Cívico Cruz e Souza, objeto desta pesquisa, foi criado. A entidade nasce em 1918, em Lages (SC). A convite do então prefeito Caetano Vieira da Costa, um grupo de afrobrasileiros inicia um movimento pelo qual objetiva-se organizar a comunidade negra lageana em uma associação. Se é importante perceber quais foram os possíveis interesses das elites lageanas, representantes do poder estatal, na criação de uma associação destina aos afro-brasileiros recém incorporados à esta nação, não é menos importante verificar de que maneira, a construção do prédio, a organização da documentação, a criação de uma biblioteca etc., ou seja, a formação de um patrimônio,não só material, mas sobretudo cultural, serviu como
instrumento de visibilidade e agente de legitimação do Centro, ao mesmo tempo em que proporcionou a ligação direta entre o imaginário cheio de ideais de pertencimento e cidadania que embalou os sonhos dos seus idealizadores e a sua efetivação prática”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
existe e permanece em funcionamento mesmo que precário, creio ser muito importante desvelar questões referentes à sua trajetória e assim contribuir para com as discussões que se referem à questão afro-descendente em Santa Catarina”, Acervo: BSCSH/UFRGS.
STANCZYK FILHO, Milton. “Os declaro, e instituo, e nomeyo, por meus legitimos e oniverçais erdeiros”: família e transmissão de bens nos sertões de Curitiba, 1725-1801. Comunicação apresentada no XIV Encontro da ABEP, Caxambu, setembro 2004. “Esta comunicação tem por objetivo apresentar alguns dados recolhidos no rol de testamentos de Curitiba existentes no Arquivo Dom Leopoldo Duarte e Silva, da Mitra Arquidiocesana de São Paulo. Como a documentação arrola parcialmente o patrimônio que um indivíduo amealhava ao longo de sua vida, apresenta-se alguns indicadores que permitam o vislumbre das condições materiais da existência presentes nos sertões curitibanos”. Acervo: NEHD.
SILVA, Róger Costa da. Químicas solertes: os venefícios escravos. Programa e resumos do V encontro da ANPUH/RS, p. 84, 25 a 28 de julho 2000.
TOLOMINI, Elci Deloss; COPETTI, Carla Regina Wegner; ESSENBERS, San-
À comunicação analisa a manipulação de químicas por escravos com o objetivo de eliminar seus senhores. Destaca as drogas as quais os negros tinham acesso para este fim, as redes de solidariedade que lhes permitiam obter essas substâncias e as formas pelas quais os escravos utilizavam esses venenos, na comida ou bebida. Analisa, também, o papel dos “feiticeiros” no fornecimento desses venenos e os rituais a que estavam vinculados. Acervo: ANPUHRS.
sente no interior de Giruá, RS. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
SOLANO, Marilene Ribeiro. Na primeira metade do século XX: as associações de afro-descendentes e a busca pela cidadania. Anais eletrônicos do II Encontro
dra Beatriz. Aspectos constituintes da história da comunidade quilombola pre-
“Este relato parte de um trabalho de pesquisa que se preocupou em resgatar a história local de Giruá-RS, em especial da comunidade Quilombola, do Distrito de São Paulo das Tunas no Município de Giruá-RS. O processo de pesquisa, vem se dando de forma a coletar dados históricos no campo empírico através da coleta de documentos, tais como certidões e escrituras, questionários com a comunidade local remanescente, e coleta de informações através de histórias de vida — via história oral, gravada e posteriormente transcrita”. Acervo: BSCSH/UFRGS.
de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Em sua dissertação de Mestrado intitulada Corpos Nefastos: O Centro Cívico Cruz e Souza e a invenção da Nação, a historiadora Mirian Adriana Branco defende que na cidade de Lages, importante reduto político de Santa Catarina no início do século XX, a exemplo de outros municípios brasileiros em meio às ações de efetivação modernizadora mais condizentes com o novo momento político criado pela República, surgiu uma associação cívica fundada por negros, com apoio da elite municipal a que se chamou Centro Cívico Cruz e Souza”. No âmbito dessa pesquisa, a autora pretende “dar continuidade à este trabalho para bem verificar se nas décadas posteriores, os mesmos ideais permaneceram, ou se foram substituídos por outros. Levando em conta que o Centro Cívico ainda 370
TRAMONTINI, Marcos Justos. A luta pela cidadania na discussão sobre a escravidão. Programa e resumos do V encontro da ANPUH/RS, p. 86, 25 a 28 de julho 2000. Apresentação de alguns resultados da pesquisa sobre a escravidão na região de colonização alemã no Rio Grande do Sul em meados do século XIX, onde se destacam as insistentes tentativas de impedir que os imigrantes tivessem escravos como estratégia para limitar sua inserção econômica e, principalmente, como forma de afirmação de sua condição de subcidadania dentro da sociedade imperial. Busca-se identificar quais os setores da economia colonial que possibilitou a aquisição de escravos e os indícios de revolta. Acervo: ANPUHRS. 371
VIANA, Marcelo. O uso da História Oral na comunidade remanescente de escravos de Morro Alto. Cadernos de Resumos do VI encontro da ANPUHYRS, 2002.
História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH Federal Fluminense, p. 2001.
A comunicação busca fazer algumas ilações sobre o uso da memória oral como transmissão dos conhecimentos da história da própria comunidade de Morro Alto. Desta maneira, resgatando sua memória social e coletiva, através de alguns casos exemplares, objetiva compreender como os processos de rememoração operam, que tipos de relatos, descrições e idéias são apresentadas, e o quanto o historiador pode interferir e se utilizar para a pesquisa do ato de rememoração do indivíduo. Acervo: ANPUHRS.
“Discute-se nesta comunicação uma forma especial de libertação de cativos que viviam na Ilha de Santa Catarina entre os anos de 1850 e 1872: a alforria na pia batismal. As cartas de alforria não eram a única forma utilizada para a libertação de escravos. Muitos cativos eram libertados por intermédio do batizado, sem que houvesse qualquer registro especial de sua libertação, que não fosse esta condição
WAGNER, Ana Paula. As relações familiares dos Pretos Forros na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro (1800-1819). Anais do Simpósio Nacional de His-
tória, p. 832, 1999.
A comunicação analisa a família dos forros, objetivando identificar as configurações familiares, bem como discutir as formas que a historiografia refere-se à essa população. Acervo: BSCSH/UFRGS.
WAGNER, Ana Paula. Associações familiares: um estudo sobre os libertos e negros livres em Desterro (1800-1819). VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC, p. 99, 28 a 31 de agosto 2000.
A autora busca informações para montar famílias e suas redes de parentesco para responder várias indagações tais como a lógica das escolhas matrimoniais, a procedência dos indivíduos, nome dos pais, padrinhos, entre outras questões. Acervo: ANPUHSC.
WAGNER,
Ana Paula. Olhares sobre as famílias de libertos na ilha de Santa
Catarina. Caderno de Programa e resumos do V encontro da ANPUH/RS, p. 33, 25 a 28 de julho 2000.
A comunicação se propõe a fazer um estudo particular deste grande tema que é a família: a família de libertos que viviam na Paróquia de Nossa Senhora do Desterro — Ilha de Santa Catarina. Pretende entender essas famílias enquanto uma,representação social que os diversos grupos e sociedades fazem das relações de aliança e consangiiinidade. Acervo: ANPUHRS.
WAGNER, Ana Paula. Alforria na Pia Batismal — um estudo para a Ilha de Santa Catarina (1850-1872). Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de
372
e Universidade
estar anotada no batistério, dando-os como livres. O trabalho está centrado na
análise de uma documentação especial, certidões de batismo emitidas pela Igreja Católica nos anos em questão. Buscou-se encontrar características dos manumissos, bem como daqueles que os alforriavam. Um estudo desta natureza é importante na medida em que reflete experiências vividas por pessoas numa sociedade desigual e baseada na propriedade de homens”. Acervo: ANPUH.
WAGNER, Ana Paula. Sentir-se em família — um estudo sobre libertos moradores na Freguesia de Nossa Senhora do Desterro (1850-1888). Comunicação apresentada no VIII Encontro Regional de História — PARANÁ: História e Historiografia, ANPUH-Paraná, 2002.
A partir de um estudo sobre arranjos familiares de libertos moradores na Freguesia de Nossa Senhora do Desterro na segunda metade do século XIX, mais precisamente entre os anos de 1850 e 1888, foi possível delimitar quais seriam as fronteiras do sentir-se em família para esse grupo social destacando-se o papel dos padrinhos.
WAGNER, Ana Paula. “Como se de ventre livres nascesse”: alforrias na Ilha de Santa Catarina (1850-1872). Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“A carta de alforria não foi o único instrumento utilizado para a libertação de escravos. Muitos cativos também foram libertados por intermédio do batizado, sem que houvesse qualquer outro registro de sua libertação, que não fosse esta condição estar anotada no batistério, dando-os como livres. Para cativos e libertos, com o batismo, podiam-se estabelecer redes de relações e solidariedade, entre elas o compadrio, o que pode ser interpretado como estratégias de sobrevivência. Ao analisar registros de batismo da Paróquia de Nossa Senhora do Desterro, localizada na Ilha de Santa Catarina, entre os anos de 1850 a 1872, podese observar a prática da liberdade na pia batismal no processo de manumissão de crianças cativas. De um conjunto de 265 registros de batismo de crianças libertas ou negras livres, realizadas na dita paróquia, no período mencionado,
373
83 deles (31% dos casos) mencionam que o inocente havia sido libertado na pia
batismal. Essas manumissões, tal como as cartas de alforrias, podiam ser gratuitas ou onerosas, condicionais ou não, e constituem série documental duplamente importante; por um lado, possibilita a análise do crescimento das alforrias na pia batismal em relação ao conjunto dos batizados de crianças escravas e, por . outro lado, permitem que se complementem as informações cartoriais, nem sempre abrangentes quando se trata da manumissão de crianças cativas” (apresentação feita em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGS.
WAGNER, Ana Paula et al. Populações de origem africana: trabalho, família e modernidade na Grande Florianópolis no século XIX. VIII Encontro Estadual de História — História: experiências e desafios ANPUH/SC,
p. 99, 28 a 31 de
agosto 2000. À autora, juntamente com Joice Farias, Mara Regina de Oliveira, Juliani Moreira Brignol, pretende “rastrear a experiência das populações africanas destacando suas estratégias de sobrevivência e organização, pensando-as como sujeitos. Procuram ainda discutir os impactos da chamada modernidade, os discursos médico-higienistas sobre àquelas formas de vida”. Acervo: ANPUHSC.
WITT, Marcos Antônio. Os escravos no vale do Três Forquilhas. Programa e resumos do IV encontro estadual de História da ANPUHYRS,
“O trabalho de conclusão imigração alemã, tomando colônia fundada a partir de que os imigrantes — e seus em suas propriedades até ANPUHRS.
1998.
refere-se à pesquisa sobre escravidão numa área de como referência o Vale dos Três Forquilhas, uma 1826 no litoral do Rio Grande do Sul. Constatou-se descendentes — possuíram escravos e os mantiveram a promulgação da Lei Áurea, em 1888”. Acervo:
WITTER, Nikelen Acosta. No tempo de Maria Antônia: vivências e práticas de cura no Sul do Brasil no século XIX. Comunicação apresentada no XXI Simpósio Nacional de História. Niterói, Associação Nacional de História - ANPUH e
foi acusada como causadora da doença por envenenamento. Os cinco meses que dura o processo constituíram numa chave para pesquisar a vida cotidiana no interior da Província, as práticas de cura, as ligações entre as mulheres e as redes de solidariedade feminina, os forros e suas alternativas de sobrevivência num mundo no qual o medo dos negros e de suas práticas era uma presença constante”. Acervo: ANPUH.
XAVIER, Regina Célia Lima. A historiografia sobre a escravidão no RS nos anos 1990: considerações. Anais eletrônicos do II Encontro de escravidão e liberdade no Brasil Meridional, 2005. 1 cd-rom.
“Esta comunicação visa a apresentação do resultado parcial de uma pesquisa bibliográfica feita junto aos artigos acadêmicos publicados nos anos 1990 sobre a escravidão, abrindo um debate sobre a forma como esta temática vem sendo trabalhada no Rio Grande do Sul” (trabalho apresentado em Castro em 2003). Acervo: BSCSH/UFRGsS.
ZARTH, Paulo Afonso. O Barão e o colono: uma história da colonização no Sul do Brasil. Livro de Resumos — XXI Simpósio Nacional de História. Niterói,
Associação Nacional de História - ANPUH & Universidade Federal Fluminense, p. 48, 2001. O texto é parte de uma investigação sobre a colonização do Rio Grande do Sul. Trata de demonstrar que a imigração para a região e sua colonização integraram um projeto que auxiliou na resolução dos problemas do latifúndio: escravidão, abastecimento e densidade demográfica. Além da solução desses problemas crônicos locais, os projetos de colonização com imigrantes europeus foram um bom negócio para grandes proprietários de terras e empresários do Brasil e da Europa mediante a comercialização de terras florestais. Tal abordagem enfatiza a colonização como um negócio, qualificando a idéia do branqueamento e da ação “civilizatória” dirigidos ao sul do Brasil. O autor analisa, também, as rela-
ções entre imigrantes e os demais grupos sociais locais: escravos, estancieiros, indígenas e lavradores nacionais. Acervo: ANPUH.
Universidade Federal Fluminense, 2001.
“Por vezes, certos agentes históricos convertem-se em portas para o passado, pois em suas experiências as peculiaridades de uma época se fazem presentes e ativas. É o caso da preta forra Maria Antônia, uma anciã de 70 anos, que, em 1866, foi chamada para curar uma menina na vila de Santa Maria no interior do Rio Grande do Sul. A estranha moléstia da menina, que regurgitava lã, agulhas e barro, foi acompanhada por diversos curadores, dentre os quais Maria Antônia 374
375
Índice
ACRI, Edson 43, 84, 108, 178 AL-ALAM, Caiuá Cardoso 154 ALADREN, Gabriel 325 ALBUQUERQUE, Janeslei 325 ALENCAR, Francisco 43, 178 ALMEIDA, Carina Santos 178 ALMEIDA, Jerri Roberto S. 154 ALMEIDA, Luciana Schleder 158, 189 ALMEIDA, Maximiliano Mazewski Monteiro 315 “ALMEIDA, Valéria Regina Zanetti 91, 108, 274 ALTEZOR, Carlos 91 ALVES, Antônio Carlos Cardoso 43, 179 ALVES, Eliege Moura 108, 109, 232, 243, 325, 326 ALVES, Gabrielle Werenicz 326 AMARAL, Braz 44, 298 AMARAL, Giana Lange 44, 84, 109, 154 AMARAL, Luiz 44, 244 AMARO, Luiz Carlos 44, 54, 61, 66, 70, 78, 83, 84, 90, 91, 167, 175, 179, 212, 216, 224, 229 ANDRADE, Mário Pinto 179 ANDRADE, Santino de 45, 244 ANTONIO, Jean Carlos 326 ARAÚJO, Thiago Leitão 45; 179, 327 ARDOSO, Luiz Carlos Amaro 287 AREND, Sílvia 216 ARQUIVO HISTÓRICO DO RS 268 ARRIDA, Eduardo 180 ASSIS, Edvaldo 213 ASSUMPÇÃO, Euzébio 45, 47, 81, 109, 180, 193, 209, 211, 327 AZAMBUJA, Darcy 180 AZEVEDO, Celia Maria Marinho 46, 180 AZEVEDO, Thales 46
B BAHY, Cristiane Pinto 180, 181 BAK, Joan 91, 216 BAKOS, Margaret Marchiori 92, 109, 110, 111, 155, 245, 274, 315 BALDIN, Nelma 43, 178 BALHANA, Altiva Pilatti 46, 110, 327 BAQUERO, Marcello 199
156, 181, 182, 216, 217, 235, 244,
377
BARBOSA, Eni 110, 235 BARBOSA, Fidélis Dalcin 110, 181 BARBOSA, Luiz Francisco Corrêa 47 BARCELLOS, Daisy 47, 181, 155,217 BARCELOS, Rubens 47, 274 BARRETO, Adolfo Castro 47, 274 BARROS, Edy Alvares Cabra 47 BARROSO, Vera Lúcia Maciel 92, 110, 156 BASTIDE, Roger 182 BASTOS, Helena 99, 134, 167, 201, 223 BEATTIE, Peter M. 96 BECKER, Gisele 92 BEMFICA, Coralina 100, 260, 309 BENTANCUR,A. 87 BENTO, Cláudio Moreira 84, 85, 111, 156, 217, 245, 298 BERNARD, Zilá 111, 156, 182 BERTULIO, Dora Lúcia de Lima 48, 235, 245 BERUTE, Gabriel Santos 298, 299 BITTENCOURT JUNIOR, Iosvaldyr Carvalho 182 BLUM, Heitor 246 BORBA, Oney Barbosa 156 BORGES, Nilsen Christiani Oliveira 111, 246, 275 BORTOLINI, Maria Cátira 48 BORTOLLI, Cristiane de Quadros 48, 93, 112, 183, 246, 316 BOSI, Vanessa Rolim 93, 183, 247 BRANCO, Mirian Adriana 49, 217
BRANDÃO, Geraldo 49 BRASIL, Assis 49 BRASILIANO, Rúbio 50 BRESCIA, Daisy 50 BRIGNOL, Juliani Moreira 183, BRITO, Severino de Sá 112 BRUNO, Ernani Silva 50
CARVALHO, José Jorge 53 CARVALHO, Maria Rosário 53 CARVALHO, Neif Ache 115, 235 CASTANHO, Mara Regina 204 CASTRO, Carmen Lúcia Santos 93 CESAR, Guilhermino 115 CHAGAS, Miriam de Fátima 186, 219, 236 CHAGAS, Wilson 115 CHARÃO, Ricardo 53, 116, 330 CHAVES, Antônio José Gonçalves 144, 293 CHEREM, Rosângela Maria 248 - CHIDROWITZ, Leo Jerônimo 195
CLÁUDIO, Affonso 53, 300 CLEMENCIA, Maria Aparecida Anacleto
331
COLAÇO, Thais 186, 248 CONFORTO, Marília 116, 157, 186, 187 CONRAD, Robert 157, 249, 300 COPETTI, Carla Regina Wegner
371
COPSTEIN, Raphael 54, 116, 249, 301 CORRÊA, Mariza 54 . CORRÊA, Norton 187, 188 CORREA, Silvio M. S. 188, 219, 316, 317 275,
331
COSTA, Dora Isabel Paiva 54, 275, 301 COSTA, Irani del Nero
54
COSTA, Miguel Ângelo Silva 331 COUTO SILVA, Morency do: 56, 195, 251
218
CUNHA, Anacilia
188
CUNHA JÚNIOR, Henrique 54 CUNHA, Rafael Scheffer
55,
116, 276,
301
CZESNAT, Ligia 43, 178 51, 112, 113, 156, 184, 247, 299
CALDEIRA, Maria Aparecida Rosa
113, 275
CALOGERAS, João Pandiá 52, 299 CÂMARA, Antônio Manuel Correia 52 CAMARGO, Élzeni Fernandes 328
CAMPOS JÚNIOR, Joaquim Gomes 52 CARDOSO, Edmundo 247 CARDOSO, Fernando Henrique 113, 114, 218, 248, 275 CARDOSO, Luiz Carlos Amaro 67, 114, 134, 248, 316 CARDOSO, Paulino de Jesus Francisco 114, 185, 218, 248, 328, 329 CARDOSO, Raúl Róis Shefer 114 CARLE, Cláudio Baptista 157, 329, 330
378
Edison 126, 157, 185 José Fernando 52 Newton Luís Garcia 316 Alfredo de 115, 185, 300 Daniela Vallandro 93
CORSETTI, Berenice
C CABRAL, João de Pina 184 CABRAL, Oswaldo Rodrigues
CARNEIRO, CARNEIRO, CARNEIRO, CARVALHO, CARVALHO,
D DACANAL, José Hildebrando 88 DAMASCENO, Athos 189 D'ANGELO, Ana Lúcia 100, 136, 167 DARONCO, Leandro Jorge 158, 331 DAUWE, Fabiano 249, 331, 332 D'AZEREDO, Francisco de Paula 55, 116 DE LORENZO, Ricardo 198, 199 DIAS, Marcos Smith 137, 138, 287, 288,
293
DIRETORIA DO ARQUIVO E DA BIBLIOTECA DA PREFEITURA DIXON, Sandra
43, 243
189
379
DOCCA, Emílio Fernandes de Souza 55, 56, 301 DOMINGUES, Celso 85 DORNELLES, João Batista 219, 276 DOS ANJOS, José Carlos Gomes 56, 158, 189 DREHER, Martin N. 56, 117, 276 DUARTE, Luiz Fernando Dias 56
E
EGAS, Eugênio 249 EIFERT, Maria Beatriz 332 ELLIS, Myriam 117 ELMIR,
Cláudio Pereira
117
ENGEMANN, Carlos 56 ERICKSEN, Nestor 57, 85, 117, 250, 302 ESPADA, Henrique
118
ESPÍNDOLA, Elizabete Maria 94, 189 ESPÍRITO SANTO, Ada 144, 293 ESSENBERG, Sandra Beatriz 371 F FAGUNDES, Antônio Augusto 57, 86, 118, 158, 189 FAGUNDES, Varny Ferreira 118, 158, 219, 276 FARIAS, Joice 333 FARINATTI, Luís Augusto Ebling 57, 58, 118, 119, 277, 333 FAUSTINO, Gitibá 302 FAYA, Lindo 58 FERNANDES, Florestan 190, 220, 317 FERNANDES JÚNIOR, Antônio Manuel 58, 190 FERNANDES, Mariana Bale 190 FERRAZ, João Machado 59 FERREIRA, Sueli 333 FERTIG, André 159, 236 FIABANI, Adelmir 159, 334 FISCHER, Luis Augusto 200, 211 FLORES, Hilda Agnes Hiibner
119,
190
FLORES, Moacyr 62, 82, 86, 86, 90, 94, 98, 120, 147, 150, 176, 181, 187, 191, 193, 196 250, 251, 278, 302, 303, 317, 334
FORTES, Amyr Borges
59, 251
FRANÇA, Nilton Calzia 120, 278 FRANCO, Alvaro 251 FRANCO NETTO, Fernando 59, 60, 121, 278, 279, 334 FRANCO, Sérgio Costa 60, 159, 160, 191, 236, 279 FRAQUELLI, Jane Elizabeth Aita 302 FREITAS, Décio 121, 160, 236, 251, 252, 302, 303 FREITAS, Maria Lezi 61 FREITAS, Patrícia 317 FREITAS, Sílvia Correia 252, 335 FREYRE, Gilberto 61
380
FRIDERICHS, Edvino 192 FRY, Peter 61 FRYSZMAN, Marjori May 213 FUKUI, Lia F. G. 122, 279
G GALLO, Fernanda 335 GALLO, Ivone Cecília D'Ávila 318 GARCEZ, Neusa Cidade 94, 192, 220 GARCIA, Elisa Friihan 335 GATTIBONI, Rita de Cássia Krieger 61, 62, 122, 252, GEREMIAS, Patrícia Ramos 94, 122, 232, 253, 336 GERMANO, Iris Graciela 192, 337 GERTZE, Jurema Mazuhy 62, 95 GIACOMELLI, Ezequiel 137, 138, 287, 288, 293 GIBA, Giba 193 “GOMES, Alessandro Garcia 160, 193 GOMES, Alfredo 62, 280, 303 GOMES, Arilson dos Santos 220 GOMES, Flávio 70, 132, 166, 286 GOMES, Mariana Selister 318
303
GOMES NETTO, Álvaro de Souza 253 GONÇALVES, Elizabeth 78, 144 GONZAGA, Sergius 200, 211 GORENDER, Jacob 123, 280 GORES, Jardel 337 GOULART, Fábio Odair Gomes 161 GOULART, Jorge Salis 62, 280 GRAF, Márcia Elisa de Campos 63, 95, 96, 123, 237, 254, GRESELE, Ottilia 193
280, 303
GRIJÓ, Luiz Alberto 101, 203 GUAZZELLI, César Augusto Barcellos
86, 87, 101, 203, 254
GUIMARÃES, Alô 161 GUIMARÃES, Antonio Sérgio Alfredo 63 GUIMARÃES, Carlos Magno 96, 161, 193 GUTERRES, Letícia B. Silveira 337 GUTFREIND, Ieda 319
GUTIERREZ, Ester Judite Bendjoya 96, 123, 124, 193, 194, 280, 281, 338 GUTIÉRREZ, Horácio 54, 63, 64, 232, 281, 282, 304, 338 H HAGEN, Acácia 168 HAMEISTER, Martha Daisson 233 HARTUNG, Miriam 161, 338, 339 HERSKOVITS, Melville 64, 194 HUTTER, Arlinda Rocha 64, 124
381
I IANNI, Octavio 125, 282 INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁ FICO DE SANTA CATARINA K
M 300
132, 133, 134, 135, 164, 165, 166, 167, 175, 179, 180, 193, 199, 200, 201, 209, 211,
212, 216, 222, 223, 224, 229, 258, 285, 286, 307, 308, 320, 321, 348 MAGALHÃES, Magna Lima 223
Perla
L LAGO, Lourdes Stefanello 65 LARA, Silvia Hunold 97, 255 Pesci Marisa Antunes 97, 341 gem ,D ante de 65, 66, 88, 125, 126, 162, 195, » Beatriz Maria 126, 283 LAZZAROTO, Danillo 126, 196, 256 LEANDRO, José Augusto 126, 284, 305, 342 LEÃO, Ermelindo 66 LECINA, J. S. Shankal 66 nisi Sandra Maria 162 ITE, Ilka Boaventura 67 127, ; » 162, LEITMAN, Spencer 88 e LEMOS, Dinah 67 LESSA, E Barbosa 127, A 197 », 284 LEWGOY, Bernardo 67 o Er Moraes 256, 257, 342 343 » Carlos À. M. 67, 68, 127, 197 22
LIMA, Henrique Espada LIMA, LIMA, ao A, a
127, 319
346
va Bb,
Márcia 68 Maria Batista 54 Rafael Peter 163, 306 Solimar Oliveira 97, 98 1 » 98, 128, 1 ÀWaldemar Moura 164, 198 poder » Beatriz Ana 98, À 129, A 221 + 257; 32 LOPES, Aristeu Elisandro Mach ado 198 Fr dm, LOPES, Cristina Didonet 72, 137, 138 LOPES, Nei 198 LOPEZ, Laura Cecilia 222 LOPEZ, Luiz Roberto 222, 258 LUNA, Luiz 69, 129 LUZ, Sergio Ribeiro 69, 129, 285
196,
255,
2 vrTMa
06, 318, 344 di
da6
306
MAESTRI FILHO, Mário José 44, 47, 54, 61, 66, 69, 70, 78, 81, 84, 90, 91, 99, 130, 131,
101, 203, 233,
KUNIOCHI, Márcia Naomi
88, 258,
MACHADO, Antônio Carlos 129, 285 MACHADO, Cacilda 99, 129, 199, 285, 348
MACHADO, Nara 199
KERSTING, Eduardo Henrique de Oliveira 340 KITTLESON, Roger 87, 96, 161, 194, 254 255 KLANOVICZ, Jó 118, 129, 144, 174, 240, 268, 32 KLIEMANN, Luiza Helena Schmi tz 255 dai KRAAY, Hendrik 87, 161, 162, 237 an Carlos Galvão 194 » Fábio
MACEDO, Francisco Riopardense
E,
46
MAGALHÃES, Maria Osório 201 MAGGIE, Yvonne 70 MAIATO, Rosiane 70 MAIO, Marcos Chor 70 MAMIGONIAN, Beatriz Galotti 308, 349, MARCON, Frank Nilton 223 MARCONDES, Renato Leite 350 MARIA, Maria das Graças 350 MARIANTE, Hélio Moro 71, 135, 259 MARQUES, Sônia Maria dos Santos 351 MARQUESE, Rafael de Bivar 201 MARTIN, Perey Alvim 71, 309 MARTINS, Pedro 167 MARTINS, Romario 71 MATTOS, Jane Rocha 202, 351, 352
350
MAURER, Jacobina 96 MEIRELLES, Ione Teresa Luft 99 MELLO, Luciana Garcia 70, 71 MELLO, Marco Antônio Lírio 224 MELLO, Silvio Luzardo de Almeida 89 MENDES, Sorais 167, 224 MOLIN, Luciane P. Corá 352 MOLINA, Sandra R. 352 MONASTÉRIO, Leonardo Monteiro 353 MONTI, Verônica Aparecida 135, 259, 309 MORAES, Aírton 353 MORAES, Carlos Dante 72, 202 MOREIRA, Early Macarthy 72, 135, 259, 309, 322 202, 203, 238, MOREIRA, Paulo Roberto Staudt 89, 100, 101, 136, 137, 167, 168, 169, 259, 260, 309, 323, 353, 354, 355 MORTARI, Cláudia 203, 355, 357, 356 MOTTA, Flávia de Mattos 89, 169 MOURA, Ana Maria da Silva 67, 197, 319 MOURA, Zilda Alves 357 MULLER, Liane Susan 203, 224, 357, 358 MULLER, Telmo Mauro 137, 138, 169, 261, 310
382 383
N
PEZAT, Paulo Ricardo
NASCIMENTO, Mara Regina 204, 358 NEIS, Monsenhor Ruben 224 NEQUETTE, Lenine 261 NERY, Gilian Demori 72, 137, NETTO, Fernando Franco 345
137,
292, 310 PIRES, Ana Flávia Cicchelli 311 PIRES, Arthur Porto 56, 195
138
PÓLVORA, Jacqueline Britto 207
NIELSEN, Lawrence James 72 NOGUEIRA, Lucy Maffei 64, 124 137, 138,
287, 288, 310, 358
NOVACKI, Luís Henrique 359 NUNES, Mara Regina 204
PORTELA, Bruna Maria 363 PORTO, Aurélio 77, 266 POSSAMAI, Osmar João 77 POZZI, Pablo 267 PRANDI, Reginaldo 208 PRUNES, Lourenço Mário 77,
NÚNEZ, Yoel Cordoví 73, 204
Q
(0)
QUEIROZ, Maria Luiza Bertulini
OCHOA, Eduardo Perez
OGNIBENI, Denise
OLÍVEIRA, Vinicius Pereira 101, 138, 225, 261, 360 OLIVEN, Ruben George 205 205
ORSÍ, Bernadete ORTIZ, Helen
328
289
OSÓRIO, Getúlio Xavier 85 OSÓRIO, Helen 73, 139, 289, 360 OSÓRIO, Maria da Consolação Pereira OTÃO, Ir. José 195
361
PACHECO, Ricardo de Aguiar 206, 225 PARDELHAS, Margarida 74 254
PEDRO, Joana Maria 74, 102, 262, 290 PELUSO JÚNIOR, Victor Antonio 74, 225 PENA, Eduardo Spiller 75, 102, 140, 169, 206, 238, 361 PENA, Sérgio 75 PENNA, Clemente Gentil 140, 262, 362 PEREIRA, Lúcia Regina Brito 102, 238, 262, 316, 362 PEREIRA, Magnus R. de Mello
140, 206, 239,
290
PEREIRA, Nereu do Vale 114, 185 PERES Jr., Vilmar 363 PESAVENTO, Sandra Jatahy 103, 141, 168, 206, 226, 260, 263, 291, 310 PETIZ, Silmei de Sant'Ana 103, 170, 206, 363
384
77
RABUSKE, Arthur 104 RAMOS, Arthur 78 REBELATTO, Martha 143, 172, 173, 364 RECH, Shana 178 RECONDO, Neusa Regina Soares
143,
292
REICHEL, Heloisa Jochims 144, 267, 292 REIS, João José 70, 132, 166, 286 REIS, Liana Maria 173, 267 RIBAS, Rosangela 78, 144 RIBEIRO, Ecléa Mara 328 RIBEIRO, José Iran 173 RIBEIRO, Nely 322 RICCI, Maria Lúcia de Souza Rangel
P
PATON, Diana
143, 292
R
169
138, 288
OLIVEIRA Jr., Walfrido S. 359 OLIVEIRA, Mara Regina 359 OLIVEIRA, Márcia Ramos 360
ORO, Ari
141,
142,
170,
171, 207, 226, 204, 265, J01,
PICCOLO, Helga Iracema Landgraf 76, 77, 89, 142, 171, 172, 239, 240, 265, 206, 291,
138, 261
NOGUERÓL, Luis P. Ferreira
75, 76, 103,
310
NEUMANN, Eduardo Santos 101, 203 NEVES JÚNIOR, Edson José 233 NIEDERLE, Lotário
103, 263
PIAZZA, Walter Fernando
267
ROCHA, Márcia 240, 241, 225 ROCHA, Rita de Cássia Galdin 364 RODRIGUES, Rogério Rosa 364 RODRIGUEZ, Diego 137, 138, 287, 293 RODRIGUEZ, Júlio César Cóssio 322 RODRIGUEZ, Paulo Luiz 78 ROSA, Othelo 78 ROVER, Aires José 267 RUIZ, Ernesto A.
78, 174
o) SALES, Fritz Teixeira 208 SALZANO, Francisco 79 SANDER, Wilson 85 SANSONE, Livio 79
SANTOS, Corcino Medeiros 293, 311 SANTOS, Graziela 323 SANTOS, Irene 104, 209, 227 SANTOS, José Antônio 104, 208, 227, 365 SANTOS, Julio Ricardo Quevedo 85, 209, 268 SANTOS, Maria Regina Oliveira 209 SANTOS, Renato de Oliveira 209 SANTOS, Ricardo Ventura 70 SANTOS, Sherol 365 SBRAVATI, Daniela 144 SCHANTZ, Ana Paula Dornelles 365 SCHEFFER, Rafael da Cunha 144, 240, 268, 293, 311 SCHERER, Jovani de Souza 240, 269, 366 SCHIAVON, Carmen Gessillda Burgert 269 SCHIDORWITZ, Léo Jerônimo 56, 251 SCHNEIDER, Regina Portella 210, 270 SCHOLL, Marly 45, 77, 323 SCHUCH, Patrice 79 SCHWARCZ, Lilia Moritz 79 SCHWINGEL, Majô 366 SCULLY, Pamela 254 SEFFNER, Fernando 132, 160, 166, 187, 190, 198, 220, SEGATO, Rita Laura 79 SETTE, Mário 79, 145, 270, 312 SILVA, Adhemar Lourenço 145 SILVA, Célia Maria 146 SILVA, Daniel Afonso
SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA, SILVA,
SIMÃO, Maristela 185 SISSON, Lia Fernandes 81, 212 SOLANO, Marilene Ribeiro 370 SOUZA, Carmem 212 SOUZA, J. P. Coelho 270 SOUZA, Jorge Andrade 212 SOUZA, Ricardo Luiz 271 SOUZA, Rogério 118, 129, 144, SPALDING, Walter 147, 294 SPINELLI, Teniza 90
STAKONSKI, Michele 185 STANCZYK FILHO, Milton 371 STEPHANOU, Maria 99, 134, 167, 201,
268,
320
223
T
224,
367
317
TARGA, Luiz Roberto Pecoits 148, 294 TAUNAY, Affonso de E 212,312 TAVARES, Luís Henrique Dias 313 TEIXEIRA, Luana 148, 149, 176, 229, 294, 323 TEIXEIRA, Talita Bender 212 TESCHAUER, Pe. Carlos S. J. 149 TOLOMINI, Elci Deloss 371 TORRONTEGUY, Teófilo Otoni Vasconcelos 105, 212, TRAMONTE, Cristiana 213 TRAMONTINI, Marcos Justos 371
213
U URBIM, Carlos 90 V VASCONCELLOS, Luiz 149, 294, 313 VASCONCELOS, Albertina Lima 313 VAZ, David Oscar 213 VECCHIA, Agostinho Mario Dalla 82, 105, 149, 150, VEIGA, Albino de Bem 82, 214 VELLINHO, Moisés 231 VENTURELLA, Ana Lúcia Torresini 82, 150, 176 VIANA, Marcelo 372 VIANNA, Oliveira 82, 150 VILAS, Paula Cristina 176, 214
SILVEIRA, Éder 80
386
240,
SPRÍCIGO, Antônio Cesar 147, 148
Denise Almeida 210 Denize Aparecida 345, 367 Haroldo Silis Mendes 367 José Bento Rosa 174, 368 Liliam Ramos 210 Lúcia Helena Oliveira 146, 228, 369 Luiz Geraldo S. 369 Marcos Rafael 369 Mozart Linhares 80, 174, 241 Petronilha B. Gonçalves E. 80, 228, 270 Ricardo Tadeu Caíres 312 Róger Costa 104, 105, 174, 210, 370 Tathianni Cristini 228 Terezinha Juraci Machado 211 Vera Regina Rodrigues 78, 175, 229 Wlamir 105, 211
SILVEIRA, Helder Gordim 81, 146, 211, 323 SILVEIRA, Oliveira 211 SILVEIRA, Sandra 81 SIMÃO, Ana Regina Falkembach 81, 146, 147,
174,
176,
213, 229, 230, 295
W
175,
234,
270
WAGNER, Ana Paula 271, 372, 373, 374 WEBER, Beatriz Teixeira 106, 150, 231, 271, 295 WEBER, Regina 214, 231 WEIMER, Giinter 82,83, 151, 271, 295
387
WEIMER, Rodrigo de Azevedo 214, 231, WESTPHALEN, Cecília Maria 314, 327 WHIGHAM, Thomas L. 87, 161 WITT, Marcos Antônio 374 WITTER, Nikelen Acosta 151, 374
Lista de siglas
323
X XAVIER, Paulo 152, 296 XAVIER, Regina Célia Lima
324, 375
Z ZANETTI, Valéria 107, 177, 215, 324 ZARTH, Paulo Afonso 152, 153, 177, 296, 297, 375 ZUBARAN, Maria Angélica 241, 271, 272, 324
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389
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