Dialética do Concreto


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Portuguese Pages [9] Year 1995

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Table of contents :
1- DIALÉTICA DA TOTALIDADE CONCRETA
O mundo da pseudoconcreticidade e a sua destruição. . . . . . 13
Reprodução espiritual e racional da realidade. . . . . . . . . . . . . 27
A totalidade concreta ~ : . . . . . . . . . . . . . . 41
~
11 - ECONOMIA E FILOSOFIA
Metafísica da vida cotidiana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Metafísica da ciência e da razão . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . 91
Metafísica da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 111
JII - FILOSOFIA E ECONOMIA
A problemática de "o capital" de Marx. . . . . . . . . . . . . . . . .. 155
O homem e a coisa ou a natureza da economia. . . . . . . . . .. 187
IV - "PRAXIS" E TOTALIDADE
A "praxis". . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 217
História e liberdade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 228
O homem · · 241
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Dialética do Concreto

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KAREL KOSÍK

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Dialética do Concreto

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Célia Neves e \

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lndice

Título do original tcheco: DIALEKTIKA KONKRÉTNIHO e 1963 by Karel Kosík confrontado com a edição em italiano, DIALETTICA DEL CONCRETO, publicada por V a l e n t i n o Bompiani, Milão, 1965 . r "

C apa:

Claudia Lammoglia

.

7

.

9

O mundo da pseudoconcreticidade e a sua destruição. . . . . . Reprodução espiritual e racional da realidade. . . . . . . . . . . . . A totalidade concreta ~ :..............

13 27 41

N o ta s o b r e o a u to r

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A d v e r tê n c ia

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I

Dados Internacionais de Catalogdção na Publicação GFEDCBA (é Ip ) (Câmara Brasileira do dvro, SP, Brasil) 1lÁ

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I !.

Kosik, Karel, 1926 -í;K88d - Dialética do concreto; tradução de Célia Neves e Alderico Toríbio, 2. ed. Rio de Janeiro, paz e Terra, 1976. :; 230p. - 21 cm (Rumos da cultura moderna.,"v. 26) Do original tcheco: Dialektika konkrétniho. Bibliografia. ..; 1. Filosofia tcheca. 2. Marxismo. 3. Materialismo dialético. I. Título. 11.Série.

\.

I.

76-0101

CDD - 199.437 146.3 335.411 CDU -1(437) 335.5

Direitos adquiridos pela EDITORA PAZ E TERRA S/A Rua do Triunfo, 1"F 01212-010 - São Pa~}6 - SP Te!.: (O 11) 223-6522 Rua Dias Ferreira, 417 - Loja Parte t~ 22431-050 - Rio de Janeiro - RJ \\, Te!.: (021) 259-8946 '\ ' que se reserva a propriedade desta tradução '

1- DIALÉTICA DA TOTALIDADE

CONCRETA ~

11 - ECONOMIA E FILOSOFIA Metafísica da vida cotidiana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Metafísica da ciência e da razão . . . . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . Metafísica da cultura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..

69 91 111

JII - FILOSOFIA E ECONOMIA A problemática de "o capital" de Marx. . . . . . . . . . . . . . . . .. O homem e a coisa ou a natureza da economia. . . . . . . . . ..

155 187

IV - "PRAXIS" E TOTALIDADE A "praxis". . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. História e liberdade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. O homem ··

217 228 241

1995 Impresso no Brasil /ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA P r in te d in B r a z il

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.

\,

o mundo da pseudoconcreticidade fZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA e a sua destruição l

"

~ zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

A

DIAI\.ÉTICA

trata da "coisa em si". Mas a "coisa em si" não se

manifesta imediatamente

.,1

ao homem. Para chegar à sua compreensão,

é necessário fazer não só um certo esforço, mas também um d é t o u r . Por este motivo o pensamento dialético distingue entre representação e conceito da coisa, com isso não pretendendo \

formas e dois graus de c o n h e c i m e n t o

\

apenas distinguir duas

da realidade, mas especialmente

l

e sobretudo duas qualidades da p r a x i s humana e imediata 'do homem, em face da realidade, sujeito cognoscente, especulativamente,

A atitude primordial não é a de um abstrato

de uma mente pensante que examina a realidade porém, a de um ser que age objetiva e pratica-

mente, de um indivíduo histórico que exerce a sua atividade prática no trato com a natureza e com os outros homens, tendo em vista a

I

consecução

I,

dos próprios fins e interesses, dentro de um determinado

conjunto de relações sociais. Portanto, a realidade não.~e_~PE~se!1~a aos homens, à primeira vista, sob o aspecto de um objeto que cumpre intuir, analisar e compreender plementar

seja justamente

teoricamente,

cujo pólo oposto e com-

o abstrato sujeito cognoscente,

fora do mundo e apartado do mundo; apresenta-se

que existe

como o campo 13

----~--

~------_._-_.

-_._-

em que se exercita a sua atividade prático-sensível, sobre cujo fundamento surgirá a imediata intuição prática da realidade, No trato prático-utilitário com as coisas --~rn que a realidade serevela como mundo dos meios, fins, instrumentos, exigências e esforços para satisfazer a estas - o indivíduo "em situação" cria suas próprias representações das coisas e elabora todo um sistema correlativo de noções que capta e fixa o aspecto fenomênico da realidade. Todavia, "a existência real" e as formas fenomênicas da realidade - que se reproduzem imediatamente na mente! daqueles que realizam uma determinada ZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA p r a x i s histórica, como conjunto de repre.sentações ou categorias do "pensamento comum" (cl,.ueapenas por I, "hábito bárbaro" são consideradas conceitos) - são diferentes e muitas vezes absolutamente contra itórias com a l e i do fenômeno, rzyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA com a e s t r u t u r a da coisa e, portanto, com o seu núcle~rinterno i' e s s e n c i a l e o seu conceito correspondente. Os homems usam dinheiro ~, e com ele fazem as transações mais complicadas, sem ao menos ~ \' saber, nem ser obrigados a saber, o que é o dinheiro. Por isso, a !: p r a x i s utilitária imediata e o senso comum a.-ela correspondente , " colocam o homem em condições de orientar-se no mundo, de famit; liarizar-se com as coisas e manejá-Ias, mas não proporcionam a ~ c o m p r e e n s ã o das coisas e da realidade. Por este motivo Marx. pode ~ escrever que aqueles que efetivamente determinam as condições sociais se sentem à vontade, qual peixe n' água, nq mundo das formas fenomênicas desligadas da sua conexão interna e absolutamente ' incompreensíveis em tal isolamento. Naquilo que é intimamente contraditório, nada vêem de misterioso; e seu julgamento não se • escandaliza nem um pouco diante da inversão do racional e irracional. A p r a x i s de que se trata neste contexto é historicamente determinada e unilateral, é a p r a x i s fragmentária os indivíduos, baseada na divisão do trabalho, na divisão da sociedade em cl~es e na hierarquia de posições sociais que sobre ela se ergue. Nesta ~ r a x i s se forma tanto o determinado ambiente material do indivíduo histórico, quanto a atmosfera espiritual em que a aparência superficial da realidade é fixada como o mundo da pretensa intimidade, da confiança e da I

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14

familiaridade em que o homem se move "naturalmente" e com que tem de se avir na vida cotidiana. O complexo dos fenômenos que povoam o ambiente cotidiano e a atmosfera comum da vida humana, que, com a sua regularidade, imediatismo e evidência, penetram na consciência dos indivíduos agentes, assumindo um aspecto independente e natural, constitui o mll!1:~.