Teorias Contemporâneas da Tradução [2 ed.]
 9788537004517

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f?:{ff;pftc�to 6 Desconstrução As teorias da tradução examinadas até agora dependem, todas, de al­ guma noção de equivalência: a mesma experiência estética (capítulo 2), equivalência linguística estruturalldinârnica (capítulo 3), função literária correspondente (capítulo 4) ou semelhante correlação formal governada por aceitabilidade social na cultura-alvo (capítulo 5). Apesar das diferentes abordagens, cada teoria é unificada por uma estrutura conceitual que assume presença original e uma representação desta na sociedade receptora. Even­ Zohar e Toury tentaram escapar da camisa-de-força epistemológica que o poder do texto miginal impõe sobre a tradução, avaliando o problema da tradução em termos do produto real, e não do ideal de uma versão "fiel"; mas, no fim, tiveram dificuldade para fugir às limitações impostas por suas raízes formalistas, sua abordagem científica e pressuposições epistemológicas dualisticas. Continua a dúvida se é ou não possível pensar nos fenômenos de tradução em outros termos que não os tradicionais. Até hoje, todas as teorias de tradução têm feito distinções rígidas entre textos originais e suas tradu­ ções, distinções estas que determinam subsequentes afinnações a respeito da natureza da tradução. Os desconstrucionistas, porém, estão se encarregando de reformular, de maneira radical, as questões sobre as quais a teoria da tradução se fundamenta. Embora alguns praticantes se distanciem do ter­ mo "desconstrução", preferindo "produtividade afirmativa" (Vance, 1 985: 1 35-6), por questão de clareza, usarei o termo desconstrução. Algumas das questões apresentadas pelos desconstrucionistas são: o que aconteceria se, teoricamente, alguém invertesse a direção do pensa183

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Teorias Contemporâneas da Tradução Conte1npormy Tmns!atíon Il.1r:aries

mento e apresentasse a hipótese de que o texto original depende da tradu­ ção? E se alguém sugerisse que, sem tradução, o texto original deixaria de existir, que a própria sobrevivência do original depende não de qualquer qualidade em particular que ele contenha, mas daquelas qualidades que sua tradução contém? E se a própria definição do significado de um texto fo sse determinada não pelo original, mas pela tradução? E se o "original" não tiver identidade fixa que possa ser estética e cientificamente determinada e sim mudar a cada vez que passar por uma tradução? O que existe antes do original? Uma ideia? Uma forma? Uma coisa? Nada? Podemos pensar em termos de condições pré-originais, pré-ontológicas? Os desconstrucio­ nistas não só fazem essas perguntas desafiando noções fundamentais pre­ dominantes em todas as teorias discutidas antes, mas também questionam a própria natureza do ato de fazer tais perguntas. Foucault, como veremos mais adiante, questiona o questionador, sugerindo que essa época específi­ ca não é caracterizada como um período em que o homem faz perguntas, e sim como a era na qual surgem perguntas a partir de algo inerente à própria lingua. Os desconstrucionistas chegam a sugerir que talvez sej a o texto tra­ duzido que nos escreve, e não nós que escrevemos o texto traduzido. A desconstrução desafia os limites da língua, da escrita e da leitura, apontando para o fato de que as definições dos próprios termos usados para discutir conceitos impõem barreiras às teorias específicas por elas descritas. Apesar de não oferecer uma "temia de tradução" própria, a desconstrução, contudo, "usa" a tradução tanto para questionar a natureza da língua e do "estar-na-língua" quanto para sugerir que, no processo de traduzir textos, podemos nos aproximar ao máximo daquela elusiva noção ou experiência de différànce, que "subjaz" à sua abordagem. Esse modo de pensar na natureza da tradução e na natureza da língua, portanto, toma-se importante para os teóricos da tradução, não por definir necessmiamente outra abordagem, mas porque aprofunda e amplia a estrutura conceitual pela qual nós definimos o próprio campo. Eu sugiro que a mudança para uma posição mais filosó­ fica, da qual toda a problemática da tradução pode ser vista, talvez não só seja benéfica para a teoria da tradução, mas, depois de tal confronto, talvez o discurso que limitou o desenvolvimento da teoria da tradução sofra uma transformação, permitindo novas visões e renovadas abordagens interdisci­ plinares, rompendo um impasse de noções e termos estagnados. Nos círculos anglo-americanos, a desconstrução não é uma aborda­ gem normalmente associada com a teoria da tradução, sej a por tradutores literários ou por linguistas; na Bélgica e na Holanda, poucos pesquisadores '

Desconstrução

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DeconstructÍoll

mencionam sua existência, muito menos a consideram apropriada para suas discussões. Eu gostaria de sugerir, porém, que todo o projeto dos descons­ trucionistas é intricadamente relevante às questões da teoria da tradução e que seu pensamento é seminal para qualquer entendimento dos problemas teóricos do processo de tradução. Jacques Derrida, por exemplo, sugere que a desconstrução e a tradução estão inexoravelmente interligadas, in­ dicando que, no processo de tradução, aquela elusiva presença possível a que ele se refere como différance pode, até o mais alto grau, ser visível: ''Nos limites aos quais é possível ou pelo menos parece possível, a tradu­ ção pratica a diferença entre significado e significante" (Derrida, 1 98 1 : 21). Todo o escrito de Derrida, independentemente do "tema" ou texto em questão, revolve-se em tomo de problemas pertinentes à possibilidade ou impossibilidade de tradução. Segundo Derrida, toda a filosofia tem como centro de interesse a noção de tradução: "a origem da filosofia é a tradução ou a tese da traduzibilidade" (Derrida, 1 985b: 1 20). Ele desafia o leitor (e principalmente o tradutor) a pensar e repensar cada momento em que uma solução de tradução é apresentada, um item denominado, uma identidade fixada ou uma oração inscrita. A cada gesto de denominação, Derrida su­ gere que uma nota de rodapé, uma nota à margem ou um prefácio também servem para invocar aqueles sutis significados suplementares divergentes e noções tangenciais perdidas no processo·de transcrição. Com o foco da in­ vestigação filosófica redirecionado da identidade para a diferença, da pre­ sença para o suplemento, do texto para o prefácio, a tradução assume uma posição mais central que secundária, pois é aqui que Derrida cria tensão, lança dúvidas e oferece alternativas. O processo de tradução oferece, den­ tro do possível, um modo de divergir/procrastinar que subverte os modos de pensamento metafisico tradicional que dominam as premissas acerca da tradução, em um sentido específico, e da filosofia, no aspecto geral. Em contraste com todas as teorias discutidas neste estudo, na base do pensamento de Derrida, encontra-se a pressuposição de que não há nenhum núcleo (kemel) ou estrutura profunda ou invariante de compara­ ção, nada que possamos discernir - muito menos representar, traduzir ou em que fundamentar uma teoria. Derrida, de fato, "baseia" sua "teoria" de desconstrução ou não identidade, ou não presença na não representativida­ de. O que existe, segundo Deuida, são diferentes correntes de significação - incluindo o "original" e suas traduções em uma relação de simbiose suplementando-se mutuamente, definindo e redefinindo uma fantasma­ goria de igualdade, que nunca existiu nem j amais existirá como algo

186

Teorias Contemporâneas da Tradução Conic'!llforrny Translation T!.h'Dries

fixo, compreensível, conhecido ou entendido. Essa fantasmagoria, produ­ zida por um desejo de alguma essência ou unidade, reprime a possibilidade de haver sempre alguma coisa em movimento, em fluxo, "em ação", fugi­ dia no próprio processo de tentar se definir, falar de si ou se fazer presen­ te. O suj eito da teoria da tradução tem tradicionalmente envolvido algum conceito de significado determinável que pode ser transferido para outro sistema de significação. A desconstrução questiona essa forma de definir a tradução e usa a prática da tradução para demonstrar a instabilidade de sua própria estrutura teórica. A desconstrução resiste aos sistemas de categori­ zação que separam o "texto-fonte" do "texto-alvo" ou "língua" de "signi­ ficado", nega a existência de formas subjacentes independentes da língua, questiona premissas teóricas que pressupõem seres originais, em qualquer molde ou forma. Em h·adução, o que é visível é a língua em referência a si mesma, e não às coisas. Portanto, a corrente de significação é de infi­ nito regresso o texto traduzido se toma uma tradução de outra tradução anterior e de palavras traduzidas, embora vistas pelos desconstrucionistas como significantes "materiais"; representam nada mais que outras palavras representando nada mais ainda que outras palavras representando. A alternativa desconstrucionista se desenvolveu, de modo especial, na França, no fim da década de 1 960, durante um período de revolução social e política. Ao mesmo tempo em que os eventos de maio de 1 968 ameaçavam derrubar o regime de De Gaulle, um grupo de formalistas se juntava a um grupo de esquerdistas e começava a publicar, coletivamente, seus trabalhos no jornal parisiense TeZ Quel, o nome que ficou associado ao grupo (ver Sollers & Hayman, 1 98 1 ; Kristeva, 1983; Bann, 1984). TeZ Que!, no fim dos anos de 1 960, era composto de publicações dos mem­ bros centrais Philippe Sollers, Julia Kristeva, Marcelin Pleynet, Jean Pierre Faye, Jacqueline Risset e Jean Ricardou, bem como de membros mais temporários, como Roland Barthes, Tzvetan Todorov, Pierre Boulez, Jean-Louis Houdebine, Guy Scarpetta e Derrida. Todorov, que viera da Bulgária, também era versado no estudo do formalismo russo. Vindo de outra direção, Louis Althusser,• embora não considerado um membro do grupo, praticava uma forma de desconstrução, ainda que retivesse uma dia­ lética marxista e uma metodologia científica, exercendo enorme influência. Os membros de TeZ Que! leram ao mesmo tempo .Takobson e Marx, nem rejeitando nem se identificando com um ou com outro, deliberadamente se recusando a resolver a contradição de tal postura, a fim de abrir novas vias de pensamento.

Desconstrução Deconstmctio ll

187

O fato de essa evolução refletir o tumulto político e social na França no fim da década de 1 960 é mais que coincidência. Em seu livro Readings and Writings: Semiotic Cowzter-Strategies, Peter Wollen sugere que maio de 1968 "trouxe consigo TeZ Quel" (Wollen, 1 982: 2 1 0), mas, com certeza: serviu para provocar 0 modo alternativo de pensamento dos jovens radicais publicou Tlzéorie Todorov os eventos de maio também. Em 1965, Tzvetan de la Littérature, a primeira tradução de uma seleção de ensaios forma­ listas russos a surgir na França, que teve impacto enorme sobre o grupo. Julia Kristeva, que entrou para o conselho editorial de TeZ Quel em 1 970, era bem versada tanto na linguística chomskiana quanto na da escola de Praga. Ela admirava muito o trabalho de Bakhtin, por exemplo, mas suge­ ria, em seu ensaio Tlze Ruin of a Poetics ( 1 973), que, embora o trabalho dele fosse, em essência, correto, não se aprofundava, principalmente ao introduzir aspectos sociológicos e ideológicos no arcabouço estruturalista (Kristeva, 1 973). Derrida também admite o estágio necessário de estru­ turalismo para a atividade da desconstruç ão. Em Of Grammatology, ele sugere que Saussure não se estendeu em seu projeto até as conclusões fi­ nais; que aquilo que fora "rechaçado" por sua tentativa de limitar e conter acabou voltando para "perseguir a língua" (Derrida, 1 974: 43-4) . Os desconstrucionistas, assim como os estudiosos da tradução, anali­ sam as diferenças, falhas, mudanças e elisões que fazem parte de todo tex­ to. De fato, é nessa noção de comparação que se podem ver fatores sociais e subjetivos atuando como restritivos. Assim como as raízes formalistas ajudaram os estudos de tradução a enfocar os textos em si, em vez de textos hipotéticos, também a desconstrução é atrelada ao texto que ela lê. Uma vez que as duas "áreas" convergem para uma posição que tenta evitar conceitos independentes, preconcebidos, dos quais se podem categorizar, interpretar e avaliar textos, o valor da desconstrução para uma teoria pós-estruturalista da tradução agora se toma evidente. Entretanto, o formalismo russo, bem como a linguística saussuriana, baseia-se em distinções forma/conteúdo, distinções significado/significante que fundamentam a filosofia metafisica tradicional; e o formalismo russo ainda perturba os estudos de tradução. Esse pensamento dicotomizado e as hierarquias geradas por tais distinções (privilegiando o literário sobre o não literário, o metafisico sobre o refe­ rencial ou o pensamento puro sobre a estrutura de superficie) são as mes­ mas distinções que a desconstrução considera limitantes e contra as quais ela atua. Em termos de teoria da tradução, que invariavelmente apresenta algum significado determinável como algo que deve ser reconstituído em

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Teorias Contemporâneas da Tradução Contemp orm y Tnms!ation 17.7eo ries

outra língua, a própria separação da língua de um significado identificável ou de uma estrutura profunda, toma-se o alvo das perguntas da desconstrução, sendo assim um lugar frutífero para começar o reexame da teoria da tradução em geral. Derrida faz constante referência a "algo que nunca é falado" - algo impensado ou, conforme meus argumentos, a língua falando por si, urna noção tradicional que está além do escopo da teoria da tradu­ ção. Neste capítulo, sugiro que a teoria da tradução não pode mais evitar tais perguntas. '

Foucault: desestruturando o original N a epígrafe de Language, Couter-memory, Practice ( 1 977), Michel Foucault cita Jorge Luis Borges, que te1ia dito: "O fato é que todo escritor cria seus próprios precursores. Sua obra modifica nosso conceito do passa­ do, assim como modificará o futuro" (Foucault, 1 977: 5). A noção de que o tradutor cria o origínal é introduzida pelos desconstrucionistas e serve para corromper a noção de autoria e, com ela, a autoridade em que se ba­ sear urna comparação de subsequentes versões traduzidas de um texto. Os desconstrucionistas argumentam que os textos originais estão sendo cons­ tantemente reescritos no presente e cada leitura/tradução reconstrói o texto­ fonte. Em seu ensaio What is an Author? em Language, Counter-memmy, Practice, Foucault aborda esses problemas, observando que as noções tra­ dicionais de autoria original, de atos originais de criação, da unidade de um texto original, de equivalência de tradução ou semelhança e de sistemas de valorização constituem o fundamento de nossa compreensão de literatura e tradução. Ele sugere que, ao concedermos status p1imordial ao texto escri­ to, nós reinscrevemos em termos transcendentais urna afirmação da origem sagrada do texto. A teoria da tradução tradicional valoriza as noções de au­ toria e do status primordial de um texto original. Qualquer tradução de um original para urna segunda língua envolve urna violação do original, daí a impossibilidade de criar equivalentes "puros". Foucault tenta contestar a noção tradicional do autor e sugere que pensemos em termos de "função do autor" (Foucault, 1 977: 1 3 0- 1 ) . No lugar de urna identidade originária fixa, ele recomenda que enfoquemos as relações de textos com outros tex­ tos e que vejamos o discurso específico de um texto em particular dentro de sua situação histórica. Segundo Foucault, o trabalho do autor não é

Desconstrução DecomtmcúoJI 0

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resultado de inspiração espontânea, mas está atr·elado aos sistemas ins­ titucionais da época e do lugar dos quais o autor tinha pouco c ontrole ou percepção. Portanto, o "�to de criação" é, na realidade, uma série de com� plexos processos que a designação "autor" serve para simplificar. Ele pre= fere não pensar no autor como um indivíduo real, mas como urna série de p osições subjetivas, determinadas não por uma única harmonia de efeitos, mas por lacunas, descontinuidades e rupturas. O discurso do texto mostrará como essas descontinuidades desestruturam a noção de um texto original unificado, anistórico e transcendental. Com tal abordagem histórica, argu­ menta Foucault, os críticos aprenderão a rir das "solenidades" da verdade e se concentrarão, por outro lado, na interação de forças, de subjetividades, de posições e possibilidades. Lacunas, reversões, diferenças, conh·adições e silêncios são tão importantes para determinar "significado" quanto aquilo que é coerente, unificado e explicitamente articulado. Uma definição e um conceito do que Foucault chama de Era Moderna versus Era Clássica são cruciais em seu argumento desenvolvido em What is an Author? A teoria tradicional da tradução, baseada em conceitos de harmonia, textos unificados, uma ideia original que pode ser capturada por um texto análogo, pode ser vista como fundamentada no que ele chama de um conceito "clássico" de representação. No século XVIII, segundo Foucault, a língua estabelecia relações de identidade - era percebida como uma forma de saber, e o saber j á era discurso. Assim como os cientistas como Lineu, por exemplo - pesquisavam as ciências naturais no decorrer desse período, também a "teoria" do mundo poderia ser vista como estando entrelaçada em urna teoria de palavras. A história natural, por exemplo, sempre tentou revelar a verdadeira ordem, as verdadeiras fundações por trás da cena da vida cotidiana, usando nomes para dar às coisas sua ver­ dadeira denominação. No capítulo "Classifying" de The Order of Tlzings (1973), Foucault sugere que, durante o século XVIII, "conhecer" a nature­ za era "construir" sobre a base da língua urna língua "verdadeira", que re­ velasse as condições nas quais toda a língua era possível (Foucault, 1 973 : 1 6 1 -2). Padrões de realidade foram descobertos, taxonomias, iniciadas, características abstratas, definidas e essências, descritas; foram estabeleci­ dos ordens e gêneros que continuam até os dias atuais, incluindo algumas das teorias de tradução discutidas neste livro. Para tal empreendimento, a língua exigia a similaridade de impressões, daí a pressuposição de um arranjo de realidade que se conformasse com o discurso do período - que

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Contempormy Tmnsli! lion

Thcories

apresentasse universais de ser, a primazia do suj eito conhecedor e uma

língua capaz de descrever esses universais.

Essa visão harmoniosa do mundo sofreu um choque no fim do sécu lo

XVIII. No capítulo intitulado "Labor, Life and Language", de The Order of Things, Foucault se aprofunda no tema, sugerindo que, no século XIX, o discurso se tornou o sujeito do discurso. O autor já não usa mais a língua

e se posiciona fora dela; mas a língua é concebida como também estando "dentro" do suj eito em criação, tendo seu próprio efeito producente.

Humboldt, Bopp, Grin;un e outros começam suas investigações e compa­ rações de línguas; a filologia entra em cena e as estruturas gramaticais são descritas. Foucault sugere que uma dupla ruptura ocorreu nesse perío do:

as línguas romperam seus vínculos com a coisa representada e quebraram

o elo com a continuidade geral da ordem natural, ganhando, assim, vida própria. Enquanto a "descontinuidade" dos subsistemas revelava estruturas

"orgânicas" em toda a sua diversidade, também as línguas foram desatre­ ladas de um sistema amplo, unific ado, e a heterogeneidade de vários sis­

temas gramaticais veio à tona (Foucault,

1 973 : 292-3). Segundo Foucault,

enquanto a língua se separa do objeto representado, ela pennanece parado­

xalmente o único meio pelo qual tal objeto pode se tornar conhecido. A lín­

gua, portanto, torna-se ao mesmo tempo elevada e demovida nesse período,

e as estruturas gramaticais são vistas como uma prioridade do que pode ser expresso. As verdades filosóficas são, assim, enredadas na teia do discurso, e a análise deve funcionar de trás para a frente, a partir de opiniões, verdades e até ciências, chegando às palavras que as tornam possíveis. A produção de qualquer coisa - desde bens de consumo até textos literários

já não é

mais concebida como estruturada em torno da consciência individual, mas sim da época ou, segundo Foucault, do discurso da época, que realmente cria o indivíduo. A língua, principalmente a língua "literária", portanto, assume um novo modo de existência; deixa de desempenhar o papel do revelador/mediador metafísico de verdades filosóficas e se torna cada vez mais autorreferencial, uma mera manifestação de sua existência "precipi­ tada". Foucault afirma que ela"rompe com toda a definição de gêneros e se converte em uma mera manifestação de língua que "não tem outra lei além daquela de afirmar" (Foucault,

1 973 : 3 00). Nesse período, enfim , formas

de autoridade deixam de impor leis; gêneros e formas param de ser vistos como eternos, e a estrutura de qualquer noção de originalidade se quebra. Na "Era Moderna", a língua se tornou uma autoridade em si. O pró­ prio autor se torna uma "função" de discurso, dissolvendo-se no texto que

Desconstrução

191

Dccomtruction se autoes creve. Em What is an Author?, Foucault cita Samuel Beckett tra­ tando da pergunta nietzschiana "O que importa quem está falando? " . Tanto

0 homem quanto Deus desapareceram na evolução da língua que se auto­

escreve. A pergunta fundamental da Era Moderna, segundo Foucault, não é m ais como alguém acumula conhecimento pata se tornar autoridade e jul­ aar o mundo, mas sim como nós pensamos aquilo que não podemos pensar.

o

Em "Man and his Doubles", de

T1ze Order of T11ings, ele argumenta que

aquilo que é impensado, que escapa à própria língua, mas que, entretanto,

nos forma e forma nossa fala e nossos padrões de pensamento, tornou-se o objeto da inquirição desconstrucionista:

A pergunta não é mais: como a experiência da natureza deu origem aos jul­ gamentos necessários? E sim: como o homem pode pensar o que ele não pen­ sa; habitar, como que por uma ocupação muda, algo que dele escapa; animar, com uma espécie de movimento congelado, aquela figura de si mesmo que toma a forma de uma exterioridade obstinada? Como o homem pode ser essa vida cuja teia, cujas pulsações e energia soterrada constantemente excedem a experiência que ele recebe imediatamente delas? (Foucault, 1 973: 323) Embora Foucault não faça previsões quanto às respostas às suas per­ guntas, ele nos indica uma direção: a reflexão sobre o que é silencioso, uma iluminação do que estava até então obscuro e uma restauração à língua da­ quilo que era mudo. Esse "Outr·o" não foi nem poderia ser iluminado no sen­ tido de um conhecimento positivo, mas sim como um ponto cego ou região obscura que acompanha o pensamento consciente. Ele concebe o "Outro" como o duplo do homem porque, "como uma sombra", o tem acompanhado,

"mudo e ininterruptamente" desde o século XIX (Foucault,

1973 : 326-7).

A desconstrução, portanto, redireciona as perguntas acerca do trabalho lite­ rá.J.io e seu significado, do audível para o mudo. O papel criativo do autor é

reduzido, e novas questões são levantadas em torno da origem do discurso de qualquer texto específico ou até do próprio autor. A originalidade do tex­ to inicial também é questionada, e outros fatores determinantes emergem em relação ao que pode e não pode ser pensado dentro de um discurso em particular. Mais importante, o "significado" de um texto é reconsiderado, e os elementos silenciosos retornam à língua de um texto, visível em contra­ dições, lacunas e omissões. Além disso, signific ados (im)possíveis retornam às palavras, signific ados estes que sempre as acompanharam, mas eram en­ cobertos pela nah1reza da evolução do discurso na cultura ocidental em geral e no século

XVIII em particular. Assim, na prática, os desconstrucionistas



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Contt:mpormy Tmwlation Iheories

tendem a exibir mna grande indiferença para com autores e significados ex­ plícitos, focando, ao contrário, a língua falando por si, escutando o inaudito



o incompreensível - aquilo que está lá e ao mesmo tempo não está, perdid

naquele espaço entre significado e significante. Os desconstrucionistas são atraídos pelos textos traduzidos, nos quais, alegam, a troca afirmativa de palavras em si e de si mesmas pode ser vista e os significados reprimidos podem retornar, e de fato retornam, geralmente de maneira implícita, ao presente. Por meio de sua prática de escrever mesmo seus textos mais :'filosóficos" com todas as notas de rodapé, prefá­

Desconstrução

1 93

Deconstmctioiz

sendo lançados em dúvida. Entretanto, por causa da natureza provisional de seu texto - ele não tentava responder

à pergunta, mas apenas "mexê-la"

;

:

proporcionar um local e um contexto para que a pergunta pudesse ocorre -

Heidegger evitou quaisquer noções conceituais e, com isso, conseguiu contomar tempormiamente o paradoxo. O texto não oferece mna prova, não ex­ põe um argumento nem chega a conclusão algtUna, mas elabora um processo de descentralização, de recomeçar diversas vezes, de fazer as perguntas do ser (Seiende) que está fazendo a pergunta de ser (Sein). O processo de pensm· de fato na pergunta, de experienciar a pergunta de uma maneira existencial

double entendres e notas nas margens, podem ser vistos

(não escapando das noções preconcebidas ou definições históricas do ser

como uma espécie de tradução -,. os desconstrucionistas estão desafiando

fora de si mesmo) desestruhu·a a história da ontologia e de como o ser tem

cios, suplementos,

a teoria da tradução tradicional a expandir suas fronteiras, encorajando-a a

considerar suas próprias limitações, psicologia, restrições inconscientes e as implicações de sua retórica. Em tradução, a possibilidade de que

nada

sido tradicionalmente interpretado. Em

Ser e o Tempo, Heidegger sugere que o ser não existe fora de A pergun­

coisa alguma, muito menos do lugar onde ocorre a pergunta.

exista por trás da língua, exceto seu próprio padrão de infinita regressão,

ta só acontece na pergunta; só ocorre quando são fonnadas relações em

pode ser confrontada, e o mero jogo da língua em si e por si pode ser re­

língua, poesia e pensamento. Ser não é uma resposta a coisa alguma, pois

velado. Essa abertura para o nada absoluto, para a morte, para a finitude,

é característica do pensamento de Martin Heidegger, que desestruturou as teorias metafísicas de tradução e abriu o caminho para se pensar naquilo que a língua nega.

não é uma entidade, uma coisa, um conceito, uma ideia compreensível; mas sim uma dúvida, uma falta de presença, uma ansiedade que assinala o nada absoluto, sempre além da compreensão. Heidegger evita verdades filosó­ ficas que sirvam apenas para obscurecer essa experiência pré-ontológica e tenta pensar na ausência de preconceitos, na ausência de veracidades

Heidegger: os limites da denominação Uma das primeiras tentativas de romper as amarras das abordagens conceihmis metafísicas da tradução foi a obra

Sein und Zeit ( 1 927) (Ser e

o Tempo), em que se pode localizar o início da prática de desconstrução. Ironicamente, não foi uma alusão a nenhuma verdade filosófica que permitiu a Heidegger escapar das limitações metafísicas, mas . sim o ato de escrever sobre questões de língua, poesia e tradução, que revelou novas vias de pensa­ mento. Em um retorno à pergunta mais básica e concreta sobre a qual se fun­ damenta toda a filosofia ocidental, Heidegger se absteve de uma discussão do "significado" de ser e, no lugar dela, pergtmtou acerca das próprias condi­

ções para a possibilidade do pensamento ontológico. Ser e o Tempo, portan­ to, é menos uma descrição filosófica que uma investigação pré-ontológica.

A língua que enquadra tais questões, porém, é paradoxal, uma vez que o ser (o obj eto) investigado é definido exatamente por aqueles termos que estão

atemporais. Seu pensamento, enfim, se volta cada vez mais para a língua, no desenrolar do ensaio, continuamente levantando a questão do ser, vendo qualquer traço de resposta desaparecer enquanto ele se aproxima de uma estruturação coerente da pergunta. Ambos se tornam intricadamente liga­ dos e exclusivos, enquanto Heidegger tenta pensar por meio do discurso no qual sua pergunta é formulada, e a pergunta sem

uma resposta se torna

aquela que vai guiar seu pensamento a partir de então. Por meio das tentativas de estruturar uma pergunta da qual se pode começar a procurar uma resposta, Heidegger viu que as restrições de lín­ gua/pensamento limitavam seu pensar, e ele começou a desestmturar ou desconstruir tais limites. Seu método envolvia mais e mais o jogar com a língua, deixando-a falar por si por meio de suas variações e distorções. Em um processo muito semelhante ao da tradução e que se tornou a me­ todologia imperativa da desconstrução, Heidegger

deixando a língua

falar por si, deixando-a adquirir energia própria e ressonância etimológi­ ca - conseguiu indicar um modo pelo qual o pensamento físico poderia ser superado. Nos escritos de Heidegger, há uma noção de que, uma vez



194

Teorias Contemporâneas da Tradução

varridos os escombros filosóficos, é possível um retomo a um momento pré-original, e aquele pensamento pré-ontológico pode ser experimentado . No duplo movimento de desconstrução - como uma limpeza de estruturas que congestionam e uma entrada possibilitada por um salto de gerações de pensamento tradicional -, a tradução entra na teoria (ver Bernasconi, 1 98 5 : 1 5- 1 7 ; Krell, 1 9 86: 80-94). A tradução passa a ser compreendida em termos de um retomo ao pré-originário, permitindo ocorrer a experiência virginal da língua. Para se produzir uma fala original, pensar o "Outro" em tennos foucaultianos - isto é, pensamento pré-metafisico -, é preciso fazer uma tradução. A tradução é vista como ação, uma operação de pensamen­ to, uma tradução de nosso eu para o pensamento da outra língua, e não uma transferência linguística, científica, de uma coisa para o presente. O movimento do pensamento de Heidegger em Ser e o Tempo, por­ tanto, toma-se importante para a teoria da tradução. Em Ser e o Tempo, Heidegger discute questões cardeais para a metafisica ocidental, lidando com a ideia de que o homem é o ser que levantou a questão do ser. Distan­ ciando-se de sua ideia da importância do sujeito como um ser sabedor, o pensamento de Heidegger logo se volta para a importância da língua como a força que desestrutura o sujeito e, assim, usando terminologia foucaultiana, o homem se toma o sujeito da língua. O ser, como Heidegger o idealizou, desaparece na língua: o discurso de Ser e o Tempo aponta para um meio de transgredir os limites do próprio texto literário. Heidegger avança até o ponto em que Foucault sugere ser característico de certo tipo de pensamen­ to do século XX: em vez de uma pessoa falar, a língua está falando por si e o homem escuta. Se esse tipo de escutar é possível, o que o homem ouve? Heidegger afirma que não ouvimos tudo, pois há algo essencial à natureza da língua que não pode ser ouvido ou lido. Algo que é retido quando a língua fala. As palavras não revelam o que está aí* - "língua é a casa do ser" -, mas a língua também se retrai. Se deixarmos a língua falar por si, o que se revela é algo acerca da natureza da língua: as palavras não mostram apenas o que existe, mas o que existe e ao mesmo tempo não é (vvas es gibt wzd gleichwolzl nicht ist) (Heidégger, 1 97 1 a: 88). Em T11eAnaximander Fragment, em Early Greek T1zinking, Heidegger nos pennite vislumbrar sua teoria da tradução nas traduções que ele mesmo fez do Fragmento de Anaximandro, o mais antigo do pensan1ento ocidental, cuja interpretação se toma crucial para as afirmações filosóficas de Heidegger. *N.T.: ou o ser-aí heideggeriano.

Desconstrução

Deca i 1st i'!! L·t ir;. ; z

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Ele faz uma releitura do antigo pensamento grego, com o intuito básico de descoblir uma forma alternativa de ver o mundo, de desentenar modos pré­ platônicos e pré-aristotélicos de discurso. Faz um pequeno estudo de caso, analisando, primeiro, duas traduções definitivas já feitas para O· alemão - • uma de Nietzsche em 1 873 e outra de Herman Diels em 1 903 - e, em se­ oferece sua tradução (Heidegger, 1 97 5 : 1 3 - 14). Apesar das diferentes QUida, o intenções e métodos dos dois tradutores, Heidegger observa a semelhança das traduções, não apenas em termos de sua "fidelidade" literal, mas também quanto ao "conceito" de Anaximandro que subjaz às duas versões. O padrão para julgar a filosofia pré-platônica ou pré-mistotélica é o mesmo, oriundo dos próprios filósofos que o estabeleceram. Heidegger argumenta que essa visão se tornou firmemente inserida na filosofia ocidental (e na teologia cris­ tã) como "convicção universal" (Heidegger, 1 97 5 : 14). Heidegger pergunta se o fragmento pode falar conosco, após todos es­ ses anos. Será que o tradutor pode, de alguma maneira, contornar o peso da lústória e o domínio da explicação histórica? Para desvelar o significado do fragmento, o tradutor não tem a ajuda da filologia clássica, da interpretação histórica ou da psicologia. Em vez disso, para que haja uma sintonia com a língua, desenvolve-se um "elo" que é "mais amplo e mais forte, mas muito menos evidente"; e, nesse "diálogo pensativo", o fragmento pode ser tra­ duzido (Heidegger, 1 97 5 : 1 9). Ele oferece; então, sua versão, pennitindo, segundo afirma, a manifestação da essência do ser em sua retirada. Desas­ sociando-se das conexões literais e das associações preconcebidas, ele abre a mente para outros significados possíveis. Não traduz, por exemplo, adikia literalmente como "injustiça", mas escuta, por outro lado, a-dikia, sugerindo que dikia está ausente, que nem tudo está certo e que há algo fora do lugar, desajuntado, oferecendo "disjunção" como outra possibilidade. Heidegger está claramente usando a tradução para alcançar uma espécie de dupla es­ crita: primeiro, para deslocar e perturbar certas noções preconcebidas que os leitores ocidentais trazem à língua para deixar que outra coisa ocorra; se­ gundo, para mais uma vez abordar a questão de ser, como em Ser e o Tempo. Se aceitamos ou não sua tradução não é a meta do ensaio; o que importa é a recuperação/retomo da ressonância silenciosa do que é dito. Se essa ativi­ dade ocorre, língua e pensamento cedem lugar a algum outro significado, não a alguma entidade definitiva fora da língua, mas algo que habita suas estruturas e, ao mesmo tempo, é por elas encoberto. Apesar das evidentes diferenças, a teoria de tradução de Heidegger não é diferente dos primeiros estudos de tradução. Ele presume que

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Teorias Contemporâneas da Tradução

Desconstrução

197

Deconstructioil

as traduções são condicionadas pelas categorias conceituais que governam cada época, a despeito das tentativas de contorná-las. Ele também acredi­ ta que, com estudo e contextualização histó1ica, pode-se chegar a algum tipo de conclusão quanto ao intento do autor, descobrindo-se camadas de ofuscação para que se chegue a um tipo de intento originálio ou presença antes de sua distorção. Escolhe palavras que desfamiliarizam, que funcio­ nam de maneira diferente na sociedade de hoje, para tentar obter o mesmo efeito ou resposta que a versão original evocou, no processo de decompor as categorias conceituais_ de seu leitor. No ensaio citado, ele presume uma intangibilidade que foi encoberta pelos gregos; o poeta/h·adutor é capaz de traduzir/transportar-se para a cultura original e recuperar aquela denomi­ nação original que é obscurecida pela denominação linguística. A falácia intencional não se aplicaria menos às traduções de Heidegger dos antigos gregos do que a qualquer teoria de orientação puramente funcional. Apesar das reshições feitas quanto aos resíduos da presença original, a teoria de h·adução de Heidegger marca uma significativa mudança, pois ele não está descobrindo a intenção miginal de nenhum autor, e sim recu­ perando uma propriedade da língua em si. Heidegger lida com aquilo que a língua nega e que nenhuma teoria exposta neste livro sequer remotamente aborda. O que se revela, quando Heidegger deixa a língua falar por si, é que "a palavra implica a relação entre o 'é ' que não é e a obra, que é no mesmo caso de não ser um ser" (Heidegger, 1 97 l a: 59). Heidegger aponta para um novo tipo dé pensamento - não pensar no ser-aí, o que é denominado, mas pensar no ser-aí que ao mesmo tempo ainda não é denominado e que nunca pode ser denominado, porque não é. Poderíamos associar essa não entidade silenciosa trazida pela língua ao que Foucault chama de O Outro, o irmão gêmeo do homem, que é sempre carregado pelo homem e que passou a definir o modo de ser do homem moderno (pós-moderno?). Pensar no que nunca pode ser denominado é difícil - Heidegger afinna que é uma situação "simplesmente incompreensível" -, mas, apesar de toda a dificuldade, a si­ tuação se tornou teórica e "devidamente digna do pensamento" (Heidegger, 1 97 1 a: 88) e pode forçar uma rt:!consideração por pmie de qualquer teoria contemporânea da tradução. A pergunta de como o homem desapareceu como sujeito falante e como se pode iluminar aquilo que é silencioso na língua não é respondida, mas usada por Derrida, como tentarei mostrar na seção seguinte, com a finalidade de desmantelar tentativas anteriores de chegar a uma teoria da tradução.

Derrida: tradução e dijférance

O pensamento acerca da h·adução começa com o · "conceito' { heideggeriano de mostrar que ser-aí ao mesmo tempo não "é". Em seu ensaio Différance, de Margins of Philosophy ( 1 982a), Denida cunha o neologismo "différance" para se refe1ir não ao que existe (língua), e sim ao que não existe, questionando qualquer abordagem ontológica que tente de­ terminar uma noção de ser baseada em presença. O termo différance deriva do verbo latino differe - que significa procrastinar, atrasar (sugerindo um horizonte temporal) e ao mesmo tempo divergir (sugerindo um horizonte espacial) - com uma alteração distinta, porém: Derrida deliberadamente altera uma letra, cometendo um erro, embora inaudível: em vez de escre­ ver différence - o substantivo derivado do verbo de acordo com as regras de gramática -, ele escreve différance, que soa parecido, mas graficamen­ te força o leitor a pensar em termos do inaudito - invadindo, portanto, o subconsciente do leitor com um som não existente. Derrida, entretanto, faz mais que alterar uma letra para obter um mero efeito formalístico de alienação. O termo também evoca o gerúndio derivado do particípio pre­ sente différant, que não existe na língua francesa atual. Assim, ele coloca um não-tenno entre um verbo e um substantivo não existente, sugerindo um verbo/substantivo entre sujeito e objeto, algo que foi perdido (ou reprimi­ do) no desenvolvimento da língua. Derrida associa o termo a algo como a voz do meio, uma operação nem passiva nem ativa, nem temporal nem espacial (Derrida, 1 982a: 9; ver também Heidegger, 1 962: 5 1 ; Scott, 1 987: 67), uma voz, para todos os fins, perdida no discurso metafísico ocidental. Relembrando a definição de Foucault de "O Outro" como o gêmeo mudo do homem, a estratégia retólica de Derlida no ensaio Différance não só usa um termo que se refere de maneira explícita a cisão e divisão, mas também, por causa de sua violação das leis de esclita com seu erro inaudível e por lembrar subconscientemente um modo conceitual esque­ cido, utiliza ironia "muda" para cliar um discurso de desordem gráfic a e teórica abaixo da superfície da conformidade audível e retólica. Para sennos francos, seus tradutores para o inglês não lidaram muito bem com o neologismo. Deixando-o em francês, ele fica tão evidente que se perdem a ironia muda e as referências sutis. A técnica de Derlida funciona para procrastinar noções tradicionais de referência e atrasar sua subsunção no discurso em que ocorrem - não permitindo que sejam vistas, subsumidas,

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Teorias Contemporâneas da Tradução

C'o ;z!t'illf0l.i l 1�1' ]J·r. ! /l_l·ic lti-J 11 1/1, 'Di·ir.:s

compreendidas e, por fim, silenciadas. O método não é diferente de certas teorias formalistas de tradução, mas a estratégia de Denida é ligeiramente divergente. Enquanto as abordagens formalistas são muito limitadas pelas leis da gramática e calculadas para alcançar precisão gráfica e referência precisa, a de Den·ida é, antes, um desvio empírico, não comprometido com a responsabilidade da filosofia, da tradição, da evolução da língua ou de sistemas de pensamentos, enfatizando, por outro lado, um movimento ao longo de uma superfície da língua esc1ita, jogando sem cálculo, vagando sem um fim ou telas. Enquanto Heidegger fala de um aspecto da língua que se retrai ou se retira, Denida sugere o pensamento em termos de différance, de procrasti­ nar/divergir, de um jogo indeterminado sem um fim, um referente ou uma função específica. Derrida também ventilava a hipótese de que tal pensa­ mento é impossível em nossos dias, mas sugere que podemos começar pensando às margens do pensamento categórico metafisico e, especulativa­ mente, seguir os desvios da língua em vez do caminho central estabelecido . Em tennos de tradução, ele sugere não olhar a mensagem original nem sua codificação, mas as múltiplas formas e interligações que ele deve sofrer para falar, para se referir. Derrida, portanto, especula, "supondo um jogo de fonnas sem substância determinada e invmiável, e também supondo, na prática desse jogo, uma retenção e proteção de diferenças, um espaçamento e temporização, um jogo de rastros" (Derrida, 1 982a: 1 5). Por extensão, também poderíamos projetar uma teoria de tradução visando proteger as diferenças, revigorar a língua com ressonâncias etimológicas perdidas, abrindo, assim, novas vias de pensamento. Essa é, claro, a tal "situação incompreensível" que Heidegger dizia ser mais antiga que a escrita, mais antiga que as perguntas pré-ontológicas fei­ tas por ele e, com certeza, mais antiga que a "verdade" do ser conforme perseguida pela investigação filosófica greco-ocidental. Essa abordagem é alheia ao discurso moderno que rege nosso pensamento, que nos força a fazer referência a objetos, estreita os significados e bloqueia possibilidades alternativas. O projeto de Derriõa tenta desvelar esse jogo de rastros enco­ bertos, porém subconscíentemente discerníveis, sem se referir a algum tipo de significado subjacente profundo. O problema, segundo Derrida, é que o rastro (daquela coisa específica que não é) nunca pode ser apresentado como se fosse mn fenômeno. (Ele) está sempre divergindo e se adiando, apagan­ do-se no ato da exposição. Apesar da dificuldade de pensar esse pensamento

Desconstruç ão

199

DeconsiT!!(fjolJ

"inaudível", Denida nos dá algumas diretrizes valiosas de como podemos abordar o "conceito" de compreender um pensamento inaudito: Talvez devamos tentar esse pensamento inaudito, esse rastreamento silen...­ cioso: que a história do ser, cujo pensamento envolve o lagos greco-ocidental confonne produzido por meio da diferença ontológica, é apenas uma época do diapherein. ( ...) Uma vez que o ser nunca teve um "significado", nunca foi pensado ou dito como tal, exceto em se dissimular em seres, então différance, de uma maneira estranha, (é) "mais velho" que a diferença ontológica ou que a verdade do ser. Quando tem essa idade, pode ser chamado de rastro. O jogo do rastro que não pertence mais ao horizonte do ser, mas cujo jogo transporta e encerra o significado do ser: o jogo do rastro, ou différance, que não tem significado e que não é. O que não pertence. Não há sustentação nem pro­ fundeza nesse tabuleiro de xadrez sem fundo sobre o qual o ser é posto em jogo. (Derrida, 1 982a: 22)

Assim como Heídegger antes dele, Derrida sugere que toda a "histó­ ria" do pensamento greco-ocidental - onde quer que a metafisica "norma­ lize", como no discurso ocidental - pode ser considerada uma única época produzida por diaplzerein interpretada como diferença ontológica. Derrida também suspeita da tradução dos textos gregos e oferece outra interpretação. Referindo-se ao jogo heraclitiano de hen diaplzeron heautoi como algo que diverge de si mesmo, na superfície, agora, neste momento, enquanto se presencia, Derrida sugere que a margem de referência para o tenno "divergir" se perdeu assim que a definição como diferença ontológica chegou ao primeiro plano (Derrida, 1 982a: 22). Derrida está interessado tan­ to na ressonância literal quanto metafórica da expressão heraclítíana: o verbo diapherein se baseia na raíz diaphero, que significa "levar de um para outro, carregar, portar, transportar". Além disso, os gregos usavam o termo meta­ foricamente para transmitir a ideía de "pôr a língua em movimento, falar", e Derrida relaciona a frase à linguagem, de modo especial à linguagem oral (e ínaudível). Heráclito, por sua vez, usava o termo para se referir a "lançar de um lado para outro, romper"; Aristóteles o empregava com o sentido de "dilacerar, desajuntar"; e, para Plutarco, o termo transmitia a noção de "des­ viar" (Liddel & Scott, 1 925: 4 1 7). Só muito tempo depois, o termo se so­ lidifica em seu significado literal de "fazer uma diferença". Derrida está tentando restaurar ao termo um sentido do antigo uso grego, revitalizando a palavra para transmitir a ideia de movimento ao longo de uma superfí­ cie, ao mesmo tempo transmitindo e eliminando significado, desviando e

200

Teorias Contemporâneas da Tradução

Contcmponny Tmmlation 1b�ories

procrastinando signific ado. O jogo do rastro, portanto, "transporta" e "en­ cerra", sempre revelando e escondendo. Derrida escuta o aspecto de voz do meio do verbo - ressuscitando o sentido de algo que é desajuntado ou rom­ pido de dentro - na própria lingua - ao contrário de algo separado e distinto dos outros, visto de fora - com distância "objetiva" - e tentando reinstituir aquela voz ou modo perdido de discurso ao modo corrente. Em termos de contribuição para a teoria da tradução, o "jogo do ras­ tro" de Derrida não pertence a uma tradução que carrega significado iden­ tificável entre as fi·onteiras, mas sim a um movimento ao longo de uma estrada ausente, que se disseminou ou evaporou, de uma voz que fala, mas não pode ser capturada, um eco que desaparece enquanto é ouvido. É uma referência por meio de "uma noção de moção" que é melhor transmiti­ da pelo movimento da prosa de Heidegger e das invenções retóricas de Derrida do que aquilo que eles estão tentando expressar literalmente. En­ tretanto, embora as técnicas sejam relacionadas, não são as mesmas. Pois, para Heidegger. principalmente em suas traduções, há sempre o sentido de estar buscando alguma espécie de presença pré-ontológica, a qual, se pu­ déssemos decompor nossa estrutura conceitual fechada, compreenderíamos como (mais) signific ativa do que como culturalmente aceita, quanto ao sig­ nificado. Derrida, por outro lado, parece sugerir que o jogo do rastro nunca pode ser apresentado, pois, quando é denominado, quando alguém tenta deter-lhe o movimento e segurá-lo, ele se dissemina, separa e continua se movendo, chegando por fim a outro lugar. A tradução também pode ser redefinida de um modo correspondente. Em vez de definida como uma mera travessia de um lugar para outro, para que algo sej a compreendido, a tradução também pode oferecer um lugar ou fónun para a prática de uma travessia que se dissemina e escapa. Em vez de fixarem o mesmo significado, as traduções podem dar espaço para o jogo, para estender fronteiras e abrir novos caminhos para mais diferença. A tra­ dução pode ser concebida como uma ação na qual o movimento ao longo da superfície da língua se toma visível, o jogo sem cálculo se manifesta. O foco de tal redefinição se d�svia do "significado" de um texto, pois, segundo Denida, o jogo não tem significado. Não existe uma d(fférance de sustentação - é metafmicamente concebido como "esse tabuleiro de xadrez sem fundo sobre o qual o ser é posto em jogo". As diferenças entre as visões de Heidegger e Derrida em tomo da tradução podem ser notadas de modo mais claro na resposta de Derrida a uma pergunta feita por Rodolphe Gasché em uma mesa-redonda de tradu-

Desconstrução

DcccitSi i"IJL"tiDil

201

ção, apresentada em The Ear ofthe Other ( 1 985b). Gasché pergunta como Derrida se situa em relação a Heidegger, principalmente no que diz respei­ to ao reconhecimento deste de uma ausência fundamental em toda língua mãe (nesse caso, a língua grega e, por extensão, todas as línguas ociden- • tais, incluindo o fi·ancês). Derrida responde, sugerindo que a diferença en­ tre sua teoria de tradução e a de Heidegger é que este presume tuna espécie de "intangibilidade arquioriginária", um "núcleo" (kemel) intacto, o qual, apesar de encoberto, esquecido e traduzido erroneamente pelos gregos, se presume existir. Essa resposta indica, de maneira justificável, o tom quase religioso assumido pelos escritos de Heidegger, do qual Derrida deve se distanciar se o projeto desconshucionista for o de desafiar a filosofia tradi­ cional. Todavia, sua posição diante de Heidegger não é tão distante quanto pode parecer. Na verdade, Derrida historia o discurso de Heidegger dentro de um paradigma greco-ocidental que sempre desejou e, em teoria, presumiu -, uma presença originária intacta, esteja ela lá ou não. Se o "núcleo" unificado é ou não ficção, Denida reconhece que o desejo por tal entidade é muito real, e é precisamente aquilo sobre o que toda frase, todo apelo - incluindo o da literatura e da filosofia - se baseiam (Derrida, 1985b: 1 16). Chamando à questão aquilo em que se fundamenta a língua, Derrida, na verdade, dá um passo à frente de Heidegger. Derrida questiona qual­ quer definição de tradução como transporte, reprodução, representação ou comunicação do "significado" do original. Sugere, por outro lado, que a tt·adução poderia ser vista mais corretamente como um caso em que a lín­ gua está sempre no processo de modificar o texto original, de procrastinar e afastar para sempre qualquer possibilidade de compreender aquilo que o texto original deseja denominar. De fato, a partir da posição desconstrucio­ nista, a tradução é vista como uma atividade que continuamente esconde a presença e frustra todo o desejo. Reforçando a posição de Denida, por ironia, há o fato de que essa própria frustração de desejo é uma condição necessária para que o desejo se desenvolva, o gêmeo já sempre silencioso acompanhando a emoção como a definimos, e a presença conespondente in1possível se manifesta/esconde de maneira misteriosa, de acordo com o argumento de Derrida. De modo semelhante, a tradução pode ser interpre­ tada como um adorável operador de d(fférance, um processo necessário que distorce o significado, enquanto, ao mesmo tempo, revela uma rede de textos que tanto possibilitam quanto proíbem a comunicação interlingual. Elaborando melhor essa redefinição de tradução em seu ensaio de 1 985, Des Tours de Babel, Derrida adota o conceito de Walter Benjamin

Teorias Contemporâneas da Tradução

202

Contonponny Tra nslation 1bcor ies

de

�berleben, a "sobrevivên�i�" da língua, para explicar como a tradução

modifica ou suplementa o ongmal.

O título do ensaio novamente ilustra a

força gráfica do texto de Derrida, o toque estranho, a ambiguidade sobre­ determinada, a sobrecarga semântica que Derrida vê sempre presente em toda palavra. "Des", para ele, ressoa com "algumas", com "das" ou "vindo ?as", ou "acerca de" (ver nota do tradutor, Derrida, 1 985a: 206). Mais

Importante, carrega a conotação de "prolongar" ou de " sobre-vivência" �errida, 1 97 9 : 76). "Tours" evoca noções de torres, distorções, truques e

viravoltas. Juntos, "Des" e "Tour" formam détour, que faz lembrar as co­

notações de procrastinar/atrasar importantes para o neologismo



différance

bem como a escrita tangencial, suplementar, que Derrida vê implícita e

parte de qualquer texto estático. "Babel" é ainda mais complexo, conten­ do uma referência a "pai"

(Ba em línguas orientais) e "Deus" (Bel, nas

mesmas), pai, nesse caso, da Babilônia. Denida sugere que até os nomes

próprios �empre têm ressonância polissemântica, pois esse nome próprio j á

traz cons1go noções de "confusão", como em um "palavreado incoerente"

ou uma "confusão de línguas" e como em um "confuso estado mental"

quando �a estrutu�a �ennanente é interrompida (Derrida, 1 985a: 1 66-7). Para D ernda, Deus e v1sto como um desconstrucionista, pois Ele interrom­ ?e a c onstrução da Torre de Babel (Derrida, 1 985b: 1 02). Nesse ato, Deus mterrompe-se a si mesmo e produz

"disschemination", que uma nota do

trad�tor de Joseph Graham nos explica significar disseminação, desesque­

�na�lzação, desemitização e desvio de um chemin (caminho). Dirigindo-se a tnb o de Sem, Deus está dizendo, segundo Derrida: "Vocês não imporão _ _ seu sigmficado ou sua língua, e eu, Deus, portanto, os obrigo a se subme­

terem

à pluralidade de línguas das quais vocês nunca sairão" (Derrida'

1 9 85b: 1 03 ) .

Assim, só por considerar quatro palavras no título do ensaio, vemos

como o texto de Derrida faz mais que apenas alienar ou distanciar: ele in­

tervém ativamente em esquemas conceituais metafisicos, religiosos, e ofe­ rece uma alternativa. A "tarefa:' do tradutor, diz ele, adotando 0 argumento de Benjamin, consiste em garantir a sobrevivência da língua e, por exten­ são, da vida. Derrida afirma que o prefácio de Benj amim - pois



The Task

o the Translator (ou A Tarefa do Tradutor) é um prefácio das traduções Tableaux Parisiens, de B audelaire _ fala

feitas por Benjamin em 1 923 de

de doar vida, transformar o texto-fonte, para que ele "continue vivendo"

que "viva mais e melhor", que viva "além dos meios do autor" (Derrida

:

Desconstrução

20 3

DecoiJ5ti·zJL'ti0 i l 1 9 85a: 1 7 8-9). Ele cita e explica em parênteses sua leitura de Benj amin ' nos seguintes termos :

Assim como as manifestações da vida estão intimamente ligadas com • a vida, sem significar coisa alguma para ela, uma tradução· procede do original; na verdade, não tanto de sua vida quanto de sua sobrevivência [ Überleben] . Pois a tradução vem do original, e, para as obras importantes que nunca encontram seu tradutor predestinado na época de seu nascimen­ to, ela caracteriza o estágio da sobrevivência delas [Fortleben, dessa vez, sobre-vivência como continuação da vida, em vez de vida post-mortem] . (Derrida, 1 9 85a: 1 78) Portanto, para Derrida e Benj amin, o "original" sempre contém outra

estrutura ou forma - um "estágio" para a futura sobrevivência -, mesmo

que o texto em si nunca sej a traduzido. Essa estrutura não é visível, não

é algo completo e unific ado; ela tem mais a ver com o estado de estar incompleta em relação a possibilidades futuras, uma abertura que não é

mudada por nenhuma versão estática ou definitiva. Psicologicamente, essa

entidade não realizada poderia ser expressa como o interminável desejo de

vida por parte do texto e um desejo por tradução. Derrida argumenta que

essa estrutura meio completa, cuja completude só podemos imaginar, está

relacionada como a "lei" que governa a tradução e que Benj amin também

(Aufgabe) constitutiva da "tarefa" do tradutor. O original se entrega (aufgeben) na própria modificação de si mesmo; sobre­ vive graças à sua mutação, à sua transformação. Como em sua renovação, o original é também modificado - ele cresce, amadurece. O crescimento vê como uma "dívida"

por meio da tradução responde ao original, preenchendo aquela estrutura aberta do texto-fonte (Derrida, 1 9 85a: 1 88).

Em tal processo, não só os textos, mas também as línguas rej uvenes­

cem. A tradução, para Derrida e Benjamin, marca ou "remarca" - no senti­

do de "expressar" - a afinidade de um único texto com outras línguas. Para Derrida, as línguas não são desligadas e abstraídas umas das outras, mas

sim sempre inter-relacionadas e mutuamente derivativas. A tradução põe

o autor em contato com o conceito de Benjamin de "língua pura" (1·eine Sprache). Transgredindo os limites da língua-alvo, transformando textos

originais da língua-fonte, o tradutor estende, aumenta ou faz as línguas

crescerem.

O aumento não é linear, sistemático, mas fragmentário, aconte­

cendo apenas em "pontos infinitesimais", semelhantemente ao conceito de Pound de fragmentos de língua, de escultura, tendo "detalhes luminosos".

Teorias Contemporâneas da Tradução

204

A metáfora usada por Benj amin e citada por Derrida é de aumento por

meio da junção das linhas quebradas de um fragmento. D errida cita

Benj amin:

Deco J7Sti·ztt·t j c;iJ

205

A tradução, assim concebida, nos põe em contato não com algum t . Ipo · . de sigm·fi cado ongmal, mas com a pluralidade de línguas e signific ados. ·

Segundo Derrida, ninguém j amais escreve em uma única língua, mas esta ., sempre Ja escrevendo em múltiplas línguas, compondo novos signific ados• ·

Pois, assim como os fragmentos da ânfora, se formos capazes de recons­ tituir o todo, devem ser contíguos nos menores detalhes, mas não idênticos entre si, também, em vez de se assemelhar ao significado do original, a tra­ dução, em um movimento de amor e detalhe pleno, deve passar para a sua língua o modo de intenção do original: portanto, assim como os cacos se tomam reconhecíveis - como fragmentos da mesma ânfora, o original e as tt·aduções se tomam reconhecíveis como fragmentos de uma língua maior. (W. Benj amin, 1 955; citado por Derrida, 1 985a: 1 89-90) Para Denida, não existem formas platônicas subjacentes às nossas

noções conceituais. Não temos uma espécie de Conhecimento Original do

que é a "vida" ou do que são "famílias". Não há nada, nenhum significado

puro por trás das palavras ou por trás da língua. Em vez disso, para ele, a vida - ou o "continuar a viver", sobrevivência

(Überleben) - está essen­ cialmente presente no termo "tradução" (Übersetz.en) e se toma o ponto de

partida de onde ele começa a compreender o que significam vida e família.

O texto de Derrida nunca é desprovido de um senso de amor pela vida,

pela língua e pelo j ogo da língua. Afirmando a vida, seus escritos são quase religiosos, o que poderia explicar sua atração por Benjamin e Heidegger.

A desconstrução é concebida como uma força positiva estendendo o corpo da língua não só em um sentido simbólico, mas também físico. Por meio

de um processo físico, material, que toca e abre, em vez de um processo

abstrato que segura e fecha, reconstituindo e não renresentando a descons-

trução permite receber e dar, pennite que o amor cresça. A tradução, mais .

'

que qualquer outro modo ou forma, complementa e reafirma, regulando a sobrevivência por meio de um processo de nascimento e renascimento; daí

a importância da tradução no esquema desconstrutivo das coisas. Benj amin

escreve que, na tradução, o original se toma maior; Derrida acrescenta que a tradução se comporta como uma "criança" que não é apenas um "produ­

to" suj eito à lei da "reprodução", mas tem, além disso, "o poder de falar por si" de uma maneira nova e diferente, suplementando a língua, fazendo soar o "tom babélico" (Derrida, 1 985a: 1 9 1 ) que faz a língua crescer. O

processo de tradução assegura o renascimento, a regeneração, a emergên­

cia, "o crescimento sagrado" das línguas em geral e, para Derrida, o meio

pelo qual nós compreendemos a nós mesmos.

Desconstrução

enq anto erradica outros . Até as correções "corretas" e as próprias repli­ � caçoes exatas carregam consigo significados diferentes. A intangibilidade orig

�áiia s� dissolve à medida que o tradutor aumenta e modifica o origi­

nal. Areas Cinzentas entre as línguas - as fronteiras - começam a aparecer.

Traços, marcas de um significado que se dissipou, mais uma vez se tomam

visíveis - nem intactos nem obj etificados -, mas, de alguma maneira, ainda

vivendo ou sobrevivendo.

A "teoria" da tradução de Derrida não é uma teoria no sentido tradi­ cional - não é prescritiva, tampouco propõe um modelo melhor de trans­

porte. Indica, isso sim, que nós pensamos menos em termos de cópia e reprodução e mais em termos de relacionamento entre as línguas. Marcas,

traços, afinidades com outras línguas estão presentes simultaneamente com a apresenta ão daquilo que o texto alega tratar. Pois, na tradução, as línguas ? se tocam, amda que de maneira minúscula e tangencial, antes de se separa­

rem de novo; as possibilidades se apresentam antes que o ato de denominar e i entificar interrompa o j ogo interativo. Momentos transitórios aos quais � H Ide ger se refere como a situação incompreensível talvez possam ser � � stenosamente sentidos pelo tradutor durante a atividade da tradução. O � mteresse de Derrida em tradução é pelo processo antes da denominação,

enquanto o "obj eto" ainda não é. Portanto, o processo de tradução descons­ trói textos e retoma ao ponto antes de um obj eto ser nomeado tomando ' visível um caminho pelo qual o significado foi redirecionado ou desviado. O principal ponto teórico de Derrida parece ser o de que não existe . . sign ficado puro, nada a ser apresentado por trás da língua, nada (no � sentido absoluto) a ser representado. Aí é que se encontra o radicalismo

do proj eto desconstrucionista. Semelhantemente à posição formalista. aquilo que existe, segundo os desconstrucionistas, é uma corrente contí�

nua de significação composta de línguas em um estado constante de in­

teração, suplementando-se mutuamente. Entretanto, além dessa corrente contínua, os formalistas tendem a apresentar obras de arte unificadas

com uma meta dentro do sistema, uma premissa muito frágil, segundo � Dernda. Ademais, os formalistas imputam algum tipo de estrutura subj a­

cente ao sistema linguístico e algum tipo de ordem à evolução da língua, enquanto Derrida implica tabuleiros de xadrez sem fundo e aleatórios

'

206

Desconstrução

um desenvolvimento acidental, sem fim. Assim, ele demitologiza as for­ mas subjacentes ao formalismo.

"campo de estudo" para começarmos a explorar esses rastros inauditos, essas

207

O trabalho de Derrida sugere que a teoria da tradução pode ser o melhor

ção executada entre duas línguas separadas, e sim como um processo em

possibilidades que são encobertas enquanto falamos. A teoria da tradução _ · está equipada, como demonstrou Popovic, para seguir o jogo "sujo" de to-

constante operação também em línguas sem par. Limites entre as línguas

dos os erros, problemas, acidentes, insuficiências, divergências e diferenças.

desaparecem. Em cada sistema linguístico, várias línguas já se encontram

Embora ainda não sej a aquilo a que Derrida alude com seu termo

Desse modo, a tradução deixa de ser vista como uma mera opera­

sempre em operação - todas as línguas contêm elementos de outras lúl­ guas, bem como uma instabilidade, uma ambiguidade, dentro de seus pró­

-

dijférance

que não se pode manter ou compreender -, tal análise pode chegar o mais

perto possível de revelar essa propriedade silenciosa da língua. Ignorar tais

prios termos. Histmicam.ente, as teorias da tradução - tanto antes quanto

possibilidades, como a temia da tradução tem feito no decorrer da histólia,

depois de Jakobson - presumem sistemas divergentes e distintos. Segundo

só faz perpetuar a própria insuficiência. Derrida prefere o termo "transfor­

Derrida, na tradução, as impurezas se manifestam, os acidentes ocorrem

mação regulada" ao termo tradução, pois argumenta que nunca teremos o

e o processo de desesquematização se toma visível. Há paralelos entre

transporte de puros significados de uma língua para outra:

"traduzir" e "divergir/procrastinar", dos quais Derrida e os tradutores pra­ ticantes estão cientes. Em termos etimológicos, "traduzir" deriva da pala­ vra latina

translatus, "transportado". Translatus é o particípio passado de transferre. Se dividido em trans e ferre, vemos a proximidade da palavra a dia e pherein. O termo latino ferre significa "conduzir" ou "transportar", como transpmiar um escudo, e costwnava ser usado no sentido de portar ou

transmitir, com a noção de moção (ou de movimento) (Homero), referindo­

se, por exemplo, a navios levados pela força do vento. Significava também resistir, sofrer, como em suportar um peso mental, e sobrevive em algumas expressões inglesas como "you're not faring very well" - você não está indo muito bem

(jaring dando a ideia de ir no sentido de viajar, mas tam­ bém de desempenhar, conduzir um empreendimento). S ignificativo para

os desconstrucionistas é o fato de que a tradução se refere a um sentido de

A diferença nunca é pura, tampouco é a tradução; e, para a noção de tra­ dução, teríamos de substituir por uma de transformação : uma transformação regulada de uma língua por outra, de um texto por outro. Jamais teremos - na verdade, nunca tivemos - de lidar com algum "transporte" de puros significados de uma língua para outra, ou dentro de uma mesma língua, que o instrumento significante deixaria virgem e intocada. (Derrida, 1 98 1 : 20) Com certeza, tal abordagem tenderia a solapar o poder do significado

transcendental e libertar o campo das traduções avaliativas em termos de sua proximidade à equivalência pura. Talvez também libertasse os estudiosos literários das constrições de ·denominação para poderem escutar e pensar ­ não em termos apenas de uma língua para outra, mas naquela área cinzenta que ainda não tem fronteiras, que mal é visível, que não tem nome e não é.

estrada ou caminho que conduz a um lugar, como uma porta que se abre para um j ardim ou uma estrada que leva a uma cidade, transmitindo uma impressão de prolongamento ou extensão (Liddel & Scott, 1 92 5 : 1 922-3;

Klein, 1 966: 1 57). Por meio de expelimentação com possíveis escolhas de palavras, o que se toma evidente são as diminutas diferenças entre palavras muito semelhantes, uma prática que expõe os limites das línguas. Essa pró­ pria exposição dos limites e impossibilidades também dá origem a novas alternativas em uma área cinzenta que não é uma língua nem outra, mas um espaço divergente silencioso não limitado por nenhuma das duas. Colocan­ do a caneta no papel, escolhendo uma possibilidade, o que ocorre é que o pensamento silencioso que parecia possível entre as línguas é postergado, atrasado, apagado pelo termo delimitador escolhido.

Discussões de tradução pós-Derrida As repercussões da alternativa desconstrucionista às abordagens tra­ dicionais de tradução são grandes e se acumulam, tomando tal alternativa dificil de caracterizar. Nesta seção, quero tratar brevemente de quatro áreas nas quais tem havido discussão: a primeira, de dentro do

TeZ Que!; a segun­

da, nos estudos de tradução; a terceira, na teoria literária anglo-americana; e a quarta, na filosofia da língua. Nos círculos franceses, grande parte da discussão em tomo de des­ construção, tradução e natureza da língua enfoca o texto de James Joyce e as estratégias preferidas por seus tradutores. Talvez o melhor exemplo da prática de "produtividade afirmativa" como preferida pelos descons-

Teorias Contemporâneas da Tradução

208

Contt·mponny Tmnsíation 1beories

Desconstrução

209

Decomtrllai.'Jn

trucionistas seja a própria tradução de James Joyce de duas passagens de

criança na Itália pode ler e apreciar. Ela afirma que Joyce, ao recorrer às

Finnegan s Wake. Seu último trabalho antes de falecer demonstra como

capacidades heterogêneas em uma língua, realiza semelhantes efeitos alu­

uma tradução ilumina e esclarece o original, dando aos estudiosos um me­

sivos e níveis de significado no italiano; porém, sem a ofuscação. Risset

lhor sentido da natureza transitória do 01iginal. Jacqueline Risset, a primei­

sugere que Joyce eliminou de modo sistemático toda alusão em língu'a

ra a publicar a tradução de Joyce no periódico

Te! Que! em 1 973, sugere

estrangeira, substituindo-a por mna versão· monolíngue na qual todas as

que o texto demonstra a tese de Derrida de que a tradução transforma 0 original quando o transpõe para uma segunda língua. Ela argumenta que

deformações são passadas em italiano. Por exemplo, na frase "Annona ge­ ' broren aroostokrat Nivia, dochter of Sense and Art, with Spark s pirryphli­

o texto italiano de

Finnegans Wake não pode ser chamado de tradução,

ckathims funlding her fran", Joyce elimina todas as referências ao latim,

mas sim uma "reesclita", ·uma "elaboração", que não se opõe ao original, mas

alemão e grego e escreve "Annona genata arusticrata Nivea, laureolata in

constitui uma "obra em andamento" (Risset,

Senso e Arte, il ventaglio costellato di filgettanti" (Risset,

em inglês de

causa da extensão e da profundidade da história da cultura italiana, com to­

1 984: 3). Claramente, o texto Finnegans Wake é um exemplo das múltiplas possibilidades

1 984: 9). Por

linguísticas dentro de (uma) língua em geral, desafiando, assim, a tradução

das as suas auras aristocráticas e ares clássicos que combinam tão bem com

como o mundo ocidental a compreende. Em algumas línguas,

Finnegans

as cores e os tons regionais, incultos e rurais, a língua italiana desfruta de

Wake não foi traduzido, sendo disponível apenas no original, não só por

uma ressonância tão rica quanto o inglês distorcido por língua estrangeira.

causa da dificuldade de tradução, porém mais ainda porque o texto não

Tal estratégia de italianização radical revela as qualidades plurilinguísticas

é visto como sendo inglês, e sim plurilíngue. Quase todas as palavras no

inerentes a qualquer língua, e de uma maneira ainda mais dramática que o

livro são tão ricas de referências de línguas estrangeiras que a obra força os

Wake original. Risset conclui que a estratégia de tradução de Joyce revela

parâmetros do monolinguismo ao extremo. Em teoria, já parece represen­

algo acerca da natureza da língua e da "liberdade de dialeto". A criação de

tar o último grau de fragmentação de apresentação; assim, qualquer tradu­

novas palavras está sempre em processo, e o estudo do dialeto, portanto, é

ção se torna sem sentido ou, em outras palavras, só serve para encaixar o

seminal para compreendermos melhor os fenômenos de tradução. A estra­

limite o se11tido. A estratégia de tradução empregada por Joyce, porém,

tégia de Joyce envolve mais que o uso e à. citação de válios dialetos; em sua

aumenta exponencialmente mais uma vez as opções para a tradução, se

que, na "operação" de tal estratégia, nos tornamos cientes de "algo mais",

j ogo livre das unidades léxicas em alguma estrutura que produza e, assim,

abordagem, a "língua em si" é "tratada como dialeto". Risset argumenta

isso pode ser imaginado, não por reter a estrutura multilinguística, impor­

isto é, "da língua cujo campo é perturbado, mexido de acordo com uma

tando morfemas da língua estrangeira, mas sim explorando os limites da

criatividade esquecida" (Risset,

língua a partir de dentro. Em vez de cunhar novos termos e neologismos,

que Risset quer "devolver" a Dante em suas traduções.

Joyce conta com múltiplos níveis j á existentes na língua italiana

diversas

1 984: 1 3). É justamente esse "algo mais"

Joyce, na atividade de escrever e na atividade de tradução, forçou os

expressões idiomáticas, dialetos e arcaísmos - com o intuito de obter as

limites da língua além das margens até então contempladas.

múltiplas ressonâncias do original.

exterioriza e o italiano se interioriza; entretanto, ambos estão sempre des­

Em um artigo intitulado

Joyce Translates Joyce ( 1 984), Risset argu­

fazendo e questionando a estabilidade e a defin ição, criando novos termos

menta que Joyce não buscava equivalentes hipotéticos do original, mas

e abrindo novas vias de pensamento. Em sua atividade de tradução, porém,

estendia o original a um novo estágio, "uma variação mais audaz sobre o

Joyce enfatizava, com maior veemência que no original, o sentido de algo

.

texto em processo" (Risset,

O inglês se

1 9 84: 6). Não por coincidência, Risset também

destrutivo na natureza da língua, que brota de dentro e não é oriundo de

é poeta e tradutora, tendo como mais recente proj eto uma tradução da

uma fonte estrangeira. Assim como Derrida tende a cometer erros delibe­

Divina Comédia, de Dante para o francês, cuj os dois primeiros volumes

rados para criar desordem gráfica, também Joyce deliberadamente deforma

j á estão completos e foram publicados pela Flammarion. Sua estratégia de

a língua em um contexto coloquial e muito falado para obter resultados

tradução parece ser "desconstmir" o D ante canonizado na França e, em

semelhantes, atrasando/procrastinando sua própria subsunção e silêncio.

sua versão, tornar acessível o Dante divertido e coloquial, que qualquer

Esse aspecto subversivo da língua e da tradução empregado por Joyce é

210

Teorias Contemporâneas da Tradução

perigoso sob o ponto de vista político e social, o que talvez explique por que sua tradução se tomou o artifício de medida para avaliar o grau de liberdade de publicação de que certas culturas desfrutam. Quando e sob quais condições Joyce é traduzido constitui fato de relevância histórica. A ameaça política e institucional dessa alternativa a qualquer teoria da tradução baseada em dualismo metafísico é relativamente clara, o que pode explicar por que os estudiosos dos estudos de tradução se mantêm em si­ lêncio diante das pergtmtas apresentadas pelos desconshucionistas. A única tentativa séria nos estudos.de tr·adução de falar de teoria de tr·adução em ter­ mos pós-derrideanos foi o ariigo de Raymond van deu Broeck, Translation Themy after Deconstrur:tion, publicado em 1 988. Vau deu Broeck leu as seções pertinentes de Derrida que tratam de tradução e, com a ajuda do texto On Deconstructio11, de Jonathan Culler, de 1 983, reconhece que em toda tradução há uma perda substancial de significado, concordando com a substituição que Derrida faz do termo tradução por transformação. Para Vau deu Broeck, concordando com Culler, a desconshução não é um ato de destruição, mas de deslocamento, um ato que desafia as oposições tradicio­ nais ou até inve1ie tais oposições (Culler, 1 98 3 : 1 50; Broeck, 1 988: 274). Ele cita Derrida, que teria dito que a desconshução deve, "por meio de um gesto duplo, uma oração dupla, uma escrita dupla, pôr em prática uma in­ versão da oposição clássica e um deslocamento geral do sistema" (Demda, 1 977: 1 95 ; Broeck, 1 9 8 8 : 278). Essa inversão e esse deslocamento geral podem ser realizados, segundo Vau deu Broeck, quando a lingua do texto­ alvo é transformada por meio da tradução forte, eficaz, que experimenta e mexe com o uso convencional. Ele cita Derrida em Living On, quando este diz que essa espécie de transferência envolve "a transgressão simultânea e a reapropriação de uma língua" porque "força o tradutor a transformar a língua para a qual ele está traduzindo" (Derrida, 1 979: 87 -9; citado por Broeck, 1 98 8 : 280- 1). Continua citando Derrida a partir de Des Tours de Babel na garantia da sobrevivência do original, argumentando que Derrida afinna que o tradutor deve empregar uma estratégia de tradução "abusiva" que "aplica o movimento duplo d.e violar e sustentar os princípios de uso" (Broeck, 1 98 8 : 283). Vau deu Broeck, então, tenta subsumir Derrida sob a abordagem dos estudos de tradução, argumentando que, subvertendo as teorias orientadas pelo texto-fonte, Derrida deve reforçar as afirmações das abordagens orientadas pelo texto-alvo, ou seja, dos estudos de tradução. Para ele, a abordagem dos estudos de tradução, principalmente a teoria

Desconstrução

211

de Gideon Toury, desenvolve paralelos com as teorias de desconstrução e, na verdade, precede-as. Assim como a desconstrução desafia teorias de determinação, as teorias que defendem o significado como propriedade de um • texto, também os estudos de tradução - no argumento de Van deu Broeck podem explicar a diversidade dos modos e tipos de tradução (Broeck, 1 988: 276). Vau deu Broeck chega a dizer que a obra In Search of a Themy of Translation ( 1 980), de Toury, principalmente sua insistência em desvendar as normas que regem a tradução, pode explicar melhor por que a aborda­ gem desconshutiva de Derrida, que exige tr·ansgressão e deformação, teve um sucesso apenas relativo. Ele argumenta que a teoria de Derrida é menos uma nova teoria da língua que uma teoria antiga e "altamente prescritiva". "A desconstrução favorece apenas a norma que, na oposição clássica, ocu­ pa a posição inferior hoje em dia" (Broeck, 1 988: 281). Vau deu Broeck não "confia" na posição de Derrida porque ela não oferece uma "base ob­ jetiva" ou um "ponto de pariida para pesquisa" (Broeck, 1 988: 2 8 1 ), como faz o modelo dos polissistemas. Com sua leitura, Vau deu Broeck coloca Derrida nos mesmos termos metafísicos, fiéis/livres que tradicionalmente regem a teoria da tr·adução. Ele conclui que: "No fim, a teoria da tradução não é como gostaríamos que fosse. Provavelmente, é apenas uma teoria no sentido tradicional do termo, ou seja, prescreve como deveria ser a tradução" (Broeck, 1 988: 286). Considerar que Derrida oferece apenas outra prescrição para uma tradução melhor, ou seja, que importa efeitos alienantes ou abusivos para a língua-alvo, é uma atitude redutiva e enganosa. Derrida advoga, de fato, o deslocamento gráfico, mas também usa desordem gráfica com atenção e precisão, visando a abrir o pensa­ mento categórico e a dar um espaço para outros termos de pensamento, dentro do possível. Vau deu Broeck não tentou seguir o raciocínio de Derrida nem estender o jogo da lingua até tais fronteiras, motivo por que comete o erro de sugerir que a exigência de uma inversão de oposições tradicionais pode ser comparada com uma abordagem orientada para o alvo. Uma abordagem empí­ rica é aquela que tenta reforçar o pensamento conceitual dualístico, que reforça distinções sujeito/objeto e perpetua distinções abstratas/materiais que Derrida constantemente tenta derrubar. Derrida faz mais que tentar escrever différance com a; ele também evoca um tenno de voz do meio, que não é sujeito nem predicado, que foi perdido ou reprimido no curso da história e que e1ude a observação empírica. Até hoje, nem Van deu Broeck nem qualquer um dos estudiosos dos estudos de tradução levaram a sério a alternativa, e esse silêncio por parte deles empobrece suas observações sistêrnicas.

212

Teorias Contemporâneas da Tradução

Nos círculos euro-ame1icanos, a discussão pós-denideana acerca da tradução gira em tomo de um debate contínuo a respeito de Tlze Task of tlze Translat01; de Walter Benjamin. Em Resistance to The01y (1 986), Paul de Man chega a dizer "que você não é ninguém a menos que tenha escrito sobre esse texto" (Man, 1 986: 73). A primeira leitura desconstrucionista do ensaio de Benjamin provavelmente será encontrada no ensaio de Carol Jacobs (1 975), The Monstrosity ofTíunslation, no qual ela argumenta que as temias rnimé­ ticas, abordagens que afirmam a objetividade do conhecimento, não ajudam muito a ler Benjamin. Seu. conceito de língua, afirma a autora, baseia-se em diferença, e ele abandonou toda e qualquer crença de que a língua se refere a uma realidade objetiva. As traduções, por outro lado, são tecidas em uma história textual que está sempre transformando termos, traduzindo outras tra­ duções. O texto de Benjamin "desloca definições" em vez de estabelecê-las e, por esse motivo, seus escritos costumam ser irônicos e enganosos, cheios de reverberações, mas com uma fonte não localizável. Ela lê o ensaio de Benja­ min menos como um prefácio, menos como uma peça crítica e mais como um ato de tradução -já no paradigma de traduções da tradução. Em termos da estratégia de Benjamin nessa (re)escrita, Jacobs afirma que, para vislumbrarmos a natureza da língua fo1mada no fluxo da intertex­ tualidade, substituímos a oração e a proposição pela palavra, como unidade fundamental. O resultado não será uma reprodução natural, completa e unifi­ cada; ao contrário, a "monstruosidade" da tradução mostrará o rosto. Emerge, então, uma heterogeneidade que "desmancha" toda a sintaxe e "desmembra" as formas convencionais, naturais. A tradução não visa ao leitor - o conceito de um leitor ideal, segundo Benjamin, é prejudicial na consideração teórica de aite. A tradução "deixa radicalmente diferente aquela língua que julgávamos ser a nossa" (Jacobs, 1 975: 756). Traduções do tipo palavra por palavra são preteridas àquelas que sintetizam e unificam. Ela cita Benjamin dizendo: "A literalidade derruba toda a reprodução de significado com relação à sintaxe e ameaça diretamente conduzir à incompreensibilidade. Aos olhos do século XIX, as traduções que Hõlderlin fez de Sófocles eram exemplos monstruosos de tal literalidade" (Jacobs, 1 975: 761 ). Jacobs argumenta que essa monstruo­ sidade é o que Benjamin elogia. Jacobs ressalta que essa ênfase em diferenciação, em vez de igualdade, esse foco em palavras e não em coisas ou objetos, c1iou problemas para o tradutor de Benjamin para o inglês, Harry Zolm, cujas versões menos que literais costumavam refletir mais seu conceito de língua que o de Benjamin. Ela apresenta sua própria tradução de várias passagens, não como crítica de

Desconstrução

213

Dr:(onsi r!t(fiol!

Zolm ou para estabelecer uma versão mais "correta", e sím para oferecer uma leitura alternativa no jogo do espaço entre as duas traduções. Por exem­ plo, ela sugere que a versão de Zohn, lógica, porém, não literal da metáfora do fragmento da ânfora (citada por Derrida), pode criar confusão. O desejo • de Zohn por unidade, coerência e ligações lógicas o levam a sugerir que o texto pode ser lido da seguinte maneira: como fragmentos de um vaso podem "ser colados e devem combinar nos menores detalhes" para formar um vaso maior e inteiro, também as traduções podem ser vistas como fragmentos de uma língua maior (itálicos meus, Benjamin, tradução de Zohn, 1 969: 78). A alternativa de Jacobs sugere que, como fragmentos, assím como "as partes quebradas" de um vaso, "para ser mticuladas em conjunto, devem seguir umas às outras nos menores detalhes", também a tradução deve tomar reco­ nhecível a parte quebrada de uma língua maior (itálicos meus, Jacobs, 1 975: 762). Não sendo tentada pela urgência de um "texto" consistente, inteiro, Jacobs faz uma h·adução literal, palavra por palavra, e sua versão deixa a passagem incompleta, no sentido ocidental. Ela não une a tradução ao migi­ nal e oferece a tradução como um Bruchstück, condizente não apenas com a metáfora de Benjamin, mas também com o que ela vê como o "esh·anho" ou "monstruoso" modo de articulação de Benjamin. Jacobs compreende, mas não julga a leitura historicamente condicionada de Zohn; seu ensaio oferece uma alternativa, que gerou uma pletora dé subsequentes interpretações de Benjamin favoráveis à dela. O melhor exemplo é, sem dúvida, o ensaio de Paul de Man, Conclusions: Walter Benjamin s "Tl1e Task ofthe Tiunslator , compilado em Tl1e Resistance to T71e01y ( 1 986). De Man segue claramente o pensamento de Derrida como qualquer outro e demonstra sua habilidade para confrontar o tabulei­ ro de xadrez sem fundo ao qual Derrida se refere, e continua seu trabalho sob tais condições. Entretanto, enquanto a leitura de Derrida joga de modo afirmativo com o texto de Benjamin, a leitura desconstrutiva de De Man é impregnada de terminologia negativa e niilismo. Começando, por exemplo, com as h·aduções de Hõlderlin de Sófocles, tão elogiadas por Benjamin por causa de sua radical altemativa, De Man cita Benjamin argumentando que as traduções de Hõlderlin expandiram a língua a tal ponto que ameaçaram encerrar o tradutor em silêncio, e que o significado corria risco de se perder nas "profundezas infinitas da língua". De Man argumenta que a tradução assim concebida acaba sendo atraída para algo "essencialmente destruti­ vo", isto é, a própria língua. Enquanto o conceito de Derrida de descons­ trução é, de um modo geral, promovedor de vida, positivo e regenerativo, "

214

Teorias C ontemp orâneas d a Tradução

(.'Oíl /( "iiljJr') iil i�l' ]"n l iiJÚl //c il lbc·oi·ies

o de Man - o projeto de desconstrução articulado na "Conclusão" é, ern grande parte, negativo: Todas essas atividades - filosofia crítica, teoria literária, história têm em comum o fato de não serem parecidas com aquela da qual derivam. Mas são todas intralinguísticas: relacionam-se àquilo que no original pertence à língua, e não ao significado como um correlato extralinguístico suscetível d paráfras� e imitação. El�s desarticulam, desfazem o original, revelam que _ _ Ja, estava desarticulado. Mostram que sua falha, que parece se dever ongmal ao fato de serem sec.undárias em relação ao original, exibe uma falha ou desartic�lação essencial que já existia no original. Elas matam 0 original, descobnndo que, na verdade, ele já estava morto. (Man, 1986: 84) _

:

Poderíamos efetivamente argumentar que os dois conceitos são 0 mesmo, assim como a vida e a morte na formulação de Heidegger estão tão entrelaçadas que se tomam, para todos os fins e propósitos, indistinguíveis. Contudo, em tennos do projeto de desconstrução como um todo, a diferen­ ça não pode ser negligenciada. Para De Man e outros desconsh·ucionistas euro-americanos, a desconstrução tem sido usada para tentar remover uma geração mais velha, convencional, de estudiosos e críticos e estabelecer a deles mesmos no lugar. O h·atamento às vezes é cruel, e tal atitude costuma :omprometer-lhes o próprio argumento. O artigo de De Man, por exemplo, e cru�l ao abordar o tradutor Harry Zolm. Diferentemente de Jacobs, que . histonou o trabalho de Zolm e ofereceu alternativas, De Man trata Zolm e Ma�ce de Gandillac, o tradutor de Benjamin para o francês, como garotos em rdad� esc �la�, afirmando que eles "parecem não ter a menor ideia do que _ BenJamm esta drzendo" (Man, 1 986: 79). De Man diz que o original é "ab­ solutamente não ambíguo" em alguns lugares e os tradutores têm dificuldade p�ra acomp�nhar Benjamin; não captam "o espúito". Ele cita exemplos não so de negativas mal colocadas, mas também de escolhas "certas" e "erra­ das". "Nachreife", por exemplo, da expressão de Benj amin, "Nachreife des fremdes Wortes", um conceito importante no argumento, é traduzido de uma maneira lógica por Zolm como �'processo de maturação". Isso perturba De Man, que sente que a palavra h·az conotações de melancolia, sentimento de exaustão, as uvas podres e a morte do original, que Zolm não percebe. A in­ terpretação de De Man, porém, deve ter uma relevância maior com sua visão pessoal do mundo que com a qualidade da escolha da h·adução. Mais vívido no ensaio de De Man é o modo abominável como h·a­ ta Zolm pela "tradução errônea" dos fragmentos da metáfora da ânfora.

Desconstrução Decomtntctio;;

215

Comparando a versão de Jacobs com a de Zolm, ele afirma que Zolm errou mais uma vez, e só o que precisamos fazer para compreender o que Benjamin diz é "traduzir corretamente, em vez de traduzir como Zolm". De Man quer demonstrar que entende a diferença entre metáfora e metonímia, a diferença entre "combinar" (match) e "seguir'� (jollow) (gleichen efolgen), uma distinção que é útil para a interpretação do prefácio. Ele acrescenta ainda que os fragmentos que seguem um ao outro nunca constituirão uma totalidade. Para ele, toda obra é fragmentada e todas as traduções são frag­ mentos de fragmentos. Como Derrida, ele nega o conhecimento do todo, de um vaso intacto, ou qualquer senso de significado original. "O signi­ ficado", escreve De Man, "sempre se desloca em relação ao significado ideal pretendido este nunca é alcançado" (Man, 1986: 9 1 ) . Embora o raciocínio de De Man quanto à metáfora seja útil e convincente em relação ao ensaio de Benjamin, sua insistência em afirmar que compreende melhor que Zolm ou De Gandillac ou outros o "significado" do texto de Benjamin nos faz lembrar das estratégias de leitura empregadas por L A. Richards e os Novos Críticos. A própria noção de "captar o espúito" e "entender melhor" na verdade contradiz a tese principal de De Man, que sugere que nenhum leitor, incluindo ele mesmo, tem acesso ao significado original. A retórica culta de De Man, portanto, não condiz com suas afirmações teóricas. Sua rejeição de outras leituras, seu tom condescendente e a crença de que sua visão está "correta" servem apenas para revelar suas próprias visões anistóricas e subjetivas. "Certo" e "errado" deixaram de ser termos teóricos produtivos para os estudiosos dos estudos de tradução, bem como para os desconstrucionistas. Em termos de uma discussão pós-Derrida da teoria da tradução, as contribuições dos filósofos pós-iluministas da língua têm sido mais produ­ tivas que as dos críticos literários americanos. O texto mais esclarecedor já publicado até agora é Translation and the Nature of Philosophy ( 1 989), de Andrew Benjamin. Ele também discorre sobre The Tas/c ofthe Translator, de Benjamin, mas localiza a discussão em um contexto que se estende desde a filosofia do Iluminismo, resíduos da qual ainda afetam o discurso de nossa época, até uma discussão minuciosa das contribuições de Heidegger, Freud e Derrida para a nossa compreensão da natureza da língua em geral e da tradução em particular. O tratamento que Benjamin dá a Heidegger, em especial a seus escritos tardios acerca da natureza da língua e o problema da ocultação, é particularmente forte e estabelece os fundamentos para a sua subsequente discussão de Derrida. Embora não concorde com Derrida,



216

Teorias Contemporâneas da Tradução

Contempor{//y Tmnslation lbcories

Andrew Benj amin, com muita propriedade, apresenta as possibilidades de leituras duplas, de différance em todos os seus sentidos divergentes procrastinadores e conflituosos. Para Andrew Benj amin, a discussão p ós� Derrida deixa de ser compreendida como qualquer atividade simples, de­ finível, e passa a ser vista como uma pluralidade de atividades com uma pluralidade de significados (A. Benjamin, 1 989:35). O livro de Andrew Benjamin começa com questões sobre o "fundamento" da diferença, que ele encontra na própria palavra "tradução", ou seja, o termo sugere tanto "fundamento" do origin�l quanto diferença "infundada". Se não há origem e não há nada que sej a original, a pluralidade é, então, "anoriginal". Sua subsequente discussão aborda maneiras pelas quais essa anoriginalidade pode ser compreendida. Andrew B enjamin não concorda com Derrida nem com De Man, e encontra uma saída do labirinto com Donald Davidson. Em uma discus­ são muito útil a respeito do trabalho de Davidson, On the Vé1y Idea of a Conceptual Scheme ( 1 984), que estuda a tradução como um meio de enfo­ car critérios de identidade para esquemas conceituais, Andrew Benjamin argumenta que a mútua compreensão é "quase inescapável". Uma série complexa de precondições interligadas precede o processo de expressar "coisas" equivalentes em outra língua. Benj amin cita Davidson: A ideia, enfim, é que algo consiste em uma língua e é associado a um esquema conceitual, passível de tradução ou não, se tiver certa relação pre­ dicando, organizando, encarando ou se enquadrando na experiência da natu­ reza, da realidade e das estimulações sensoriais. O problema é dizer qual é a relação e ter uma clareza quanto às entidades relacionadas. (Davidson, 1 984: 1 91 ; citado por A. Benjamin, 1 989: 65)

A abordagem de Davidson, portanto, é mediadora entre o original e um movimento de língua inteligível, ou pelo menos indica aqueles "objetos" que se colocam em relação ao texto-fonte e ao texto-alvo e possibilitam a co­ municação. Davidson retoma conceitos da universalidade kantiana que "su­ peram" a ameaça da diversidade. das línguas humanas e as questões postas pelos desconstrucionistas. É apresentado um conceito humanístico de "natu­ reza" que fomece a base que possibilita a universalidade. "A racionalidade do homem", argumenta Andrew Benjamin, "é uma consequência dos dotes da natureza e, por conseguinte, diversidade e diferença podem ser explicadas e exprimidas como uma digressão e um desvio da forma apropriada ao ho­ mem, em virtude de ele ser humano" (A. Benjamin, 1 989: 78-9).

Desconstrução Deconstmctio n

217

Nesse ponto, Andrew Benj amin discute The Task of tlze Translator, com a leitura de De Man, segundo a de Walter Benj amin. Ele concorda não pressupõ em um vaso inicial, qual os fragmentos de um vaso quebrado . é sempre uma língua desloéa da e que, ou sej a, que a língua original j á seguida, porém, pergunta como portanto, não existe língua original. Em e quais são as condições (a podemos entender o vaso futuro (postulado) te em termos de fragmen­ itamen implic totalidade) que nos levam a pensar daí, em línguas "perten c entes tos "pertencentes uns aos outros" , e a partir fil ósofos pós-ilu ministas umas às outras" . Andre w B enj amin e outros tológic as, mas nas não pensam no abismo nem nas condiç ões pré-on compreensão, que condições teóricas que permitem interpretação e mútua mporais. Procuram Andrew Benj amin chama de condiç ões ontoló gico-te o pensamento afir­ identificar e descrever os elementos que possib ilitam inerente às pa­ mativo em tomo de potenc ial semântico e interpretativo ão sem uma origem lavras; e argumentam que podemos pensar na traduç s emergem passível ou não de ser resgatada. Significados e interpretaçõe ituosos - e podem a partir de condiç ões reais são reais bem como confl in afirma: "O Benjam ser descritos de modo positivo e empíri co. Andrew significado significado emergente é a concretização do potenc ial para o 1 80). Em 989: 1 in, e não a emergência do não-significado" (A. Benjam uma dife­ contraste com De Man e Derrid a, ele argumenta que nunca há . Walter icidade especif rença pura, mas que a diferença sempre tem uma a sobre­ Benj amin, argumenta Andrew B enj amin, localiz a a "pós-v ida", texto. próprio no da vivência, identificando o potenc ial para essa pós-vi inável As palavras incorp oram um local de conflit o, um local de interm etando Interpr iva. definit pós-vida, que adia o fim, ou uma interpretação strução, o texto de Walter Benjam in à luz das leituras em voga da descon ilidade Andrew Benj amin argumenta que, em Walter Benjamin, "a possib a a ter de uma compreensão diferente da tradução e da filosofia começ lugar" (A. Benjam in, 1 989: 1 08).

Desconstrução e tradução pós-colonial Tradutores experimentando com estratégias desconstrutivas também se tomam cada vez mais numerosos (ver capitulo 7). Mas em nenhum ou­ tro lugar a desconstrução teve maior impacto sobre os tradutores pratican­ tes que na área de tradução pós-colonial. Em vez de usar a tradução como uma ferramenta para apoiar e estender um sistema conceitual baseado na

218

Teorias Contemporâneas da Tradução

Cont,·mporcn:r Tran:;/ation ]b,'orir:s

filosofia e na religião ocidentais, os tradutores pós-coloniais tentam recu­ perar a tradução e usá-la como uma estratégia de resistência, que perturba e desloca a construção de imagens de culturas não ocidentais, em vez de reinterpretá-las usando conceitos e língua tradicionais, normalizados. Dois dos mais influentes estudiosos que defendem tal uso da desconstrução são Tejaswini Niranjana e Gayatri Spivak. Em seu livro Siting Translation: Hist01y, Post-Structuralism, anel the Colonial Context ( 1 992), a autora, Niranjana, apoia-se em Derrida e Benjamin para apresentar uma clitica complexa de tradutores, etnógrafos e historiadores quanto ao tratamento que dão às culturas coloniais. Ela de­ nomina a tradução de o "sítio" onde as relações desiguais entre diferentes culturas e línguas são dramaticamente perpetuadas. A adoção aclitica e in­ gênua dos conceitos tradicionais de tradução, isto é, transparente, objetiva e fiel, permitiu aos políticos e administradores coloniais construir o "exóti­ co" Outro como eterno e imutável. Essa imagem do Ouh·o teve um impacto dramático não só sobre a compreensão por parte do Ocidente das chama­ das culturas do "Terceiro Mundo", mas também sobre a compreensão que muitas nações emergentes teriam de suas próprias culturas. Relações de poder colonial se perpetuam e as estruturas sociais imperiais se verificam ainda no período pós-colonial. Niranjana argumenta que as traduções não podem ser compreendidas em termos de modelos do tipo fiel/livre ou tex­ to-fonte/texto-alvo, mas deveriam ser vistas como um fluxo de mão dupla, reciprocamente reforçando e/ou transformando noções bem estabelecidas de cultura e identidade. Niranjana contesta a tradução tradicional, e seu primeiro capítulo traça um histórico da tradução no Ocidente, a maior parte da qual tende a ser orien­ tada pelo texto-fonte e presume um acesso transparente à fonte original. Ela critica, por exemplo, teóricos como George Steiner, que em Afier Babel ( 1 97 5) afirma que na tradição "há, idealmente, uma troca sem perda" (Steiner, 1 975: 302). A autora contesta teóricos como Louis Kelly, que em T/ze True In­ telpreter (1979) afirma que a tradição consiste em "diálogo", em alcançar um " "equilíbrio entre eu e tu" (Kelly, 1979: 2 14). No contexto colonial, o intercâm­ bio da tradução está longe de ser equilibrado, pois as relações de poder entre os usuários de diferentes línguas não são iguais. Apresentando a tradução como um meio transparente, imparcial, transportando algo estático e imutáveL tais teorias reforçam versões hegemônicas dos colonizados e apagam sua história. De modo significativo, a história da tradução de Niranjana inclui conhecimento dos estudos de tradução; e estudiosos recentes como

Desconstrução Dr:coi lSi �-irt·t_:c; i:

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Gideon Toury não se mostram muito melhores que a maioria dos teóricos tradicionais. Os estudiosos dos estudos de tradução, argumenta Niranjana, presumem um modelo de texto-alvo e afirmam que a tradução não tem impacto sobre o sistema linguístico ou cultural do texto-fonte (Niranjan U.O.:n,,.,uas que . . sao esboçad�s neste hvr Susan Bassnett e Harish Trevidi editaraalo � m 0 volume Pos�- �olo ma l Tr�nslatzon: The ory and Practice ( 1 999 ), no qual os autores participantes anahsam movimentos de traduçã o , na . Índ , ia , . Qu ebec, Bras i· 1, . Indones�a e Africa. A rntrodução "Of Colonies, Can nib als and Vernaculars" de autona de Bass�ett e Trevidi, enfoca as relaçõe s de pod er assimétricas e � modo �orno a teona da tradução pode superar bar reir as inte rculturais e intra­ culnn:ais. �ana_ :ymoczko, �a das autoras da ant olo gia de Ba ssnett e Trevidi, assoem a �ltuaçao da Irlanda com a teoria pós -co lon ial em Translation in a Postcolomal �onte).t: Early �ris h Literature in English Transl ation ( 1 999). Em uma �spe, cie de dupla escnta, Tymoczko não só dem ons tra os vários meios pelos quais os tradutores irlandeses resistiram à colonização britânica por m eio de suas traduções da literatura celta, também traça paralelos com movi­ mentos pós-colo�ais no Brasil, na Áfrimacas do Norte, na Índia e outros lugares. T�oczko e Edwrn Gentlzer editaram a antolo sarr), com contribuições da Irlanda, Espanha, Cangia Translation and Power (a e :hi_na, entre outros. Argumentando que a trad adá, Brasil, Argentina, Maori rmca (wna parte representando o todo), os aut ução é uma atividade metoní­ ores participantes mostram como a tradução é sempre parcial, com os tradutores de sua escolha - literários ou ideológicos - e demenfatizando certos elementos de sua atividade. Anuradha Dingwaney e Carol onstrando a natureza sectália Maier editaram a antologia Be­ twee:I La�1guages and Culture s: Translation and Cross-Cult ural Texts ( 1 995), _ s que rnclw ensmo sobre tradução em Porto Rico Haiti Ma.-h� ;ca, Caxermr·a, Eg�to, ?:dia e Rússia. Os autores exploram que stõe s de tradução, de como transnutrr textos do "Terceiro Mundo" cometen do o mín imo de violência mas também de pedagogia, como efetuar o máxim o de tran sfer ência cultural inter­ mediando e registrando a diferença, em vez de sac rific á-la ou apropriá-I�. Essas mulheres em suas viagens, seus encontr os inte rculturais e colabo­ rações expandiram as fronteiras da teoria da trad uçã o, trou xeram nov vozes à área e iniciaram uma nova fas e internacionalista para esse campo de as estudos. Todos es�es ensaios apontam para um repens ar da trad uçã o, me nos sob a luz das definições europeias e metáforas e em termos e conceitos não ociden­ tais, alguns dos quais são novos e outrosmaemispre Enquanto uma teoria "canibalística" de traduçãgam uma longa história própria. pode ser perturbadora para o estudioso de trad o e/ou réécriture au féminine condiZ_ �nte co� a abor�gem implicitamente ução ocidental, não deixa de ser nunca e redUZivel a um sistema formal, tampoudefendida neste livro. A lingua co a um conceito estático, seja _

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O futuro dos estudos de tradução

243

literário ou linguístico, e as traduções demonstram invariavelmente a insta­ bilidade inerente da língua em cada wn de seus atos - em outras palavras, o desejo demasiado hW11ano por urúficação e fechamento tende a gerar apenas mais tradução enônea e reconhecimento enganoso. Historicamente, a crítica à tradução tem valorizado traduções que respeitam W11 ideal amenizando con­ tradições e ignorado ou descartado aquelas que não parecem ter coerência. Tal prática, porém, afeta o resultado produzido. Embora, tradicionalmente, as teorias de tradução façam certas afirmações metafísicas, as traduções em si não são compatíveis com o que se afinna a respeito delas. Pois, no ato de reproduzir as relações textuais (do texto original), wna constituição dupla se torna bastante lúcida: as restrições da língua impostas pela cultura receptora são enormes; entretanto, a possibilidade de crim· novas relações no presente também são vívidas - não apenas as velhas relações transportadas para W11 novo tempo e espaço, mas também wna miríade de práticas significantes que ao mesmo tempo reforçam e alteram as práticas significantes presentes. Na verdade, o processo de tradução e o processo de construção de nossas identi­ dades podem ser análogos: assim como as traduções são sujeitas a no mínimo dois sistemas semióticos (línguas-fonte e alvo) e, no entanto, são capazes de mudar essas próprias estruturas, também nós, como seres hW11anos, somos os sujeitos de W11a variedade de discursos, mas temos a liberdade de mudar essas relações que condicionam nossa existência. Walter Benjamin entendia muito bem essa constituição dupla. Em The Task ofthe Translator, a tradução é vista como W11 "modo" próprio, que of�­ rece W11 meio de "contornar o estrmigeirismo das línguas" (1969: 75); me10 este, contudo, frequentemente não aplicado. Benjamin fala em tennos de W11a "recriação" que "deve apaixonada e detalhadamente" transfonnar e renovar algo vivo -o texto original-na medida em que suplementa e assegura a sob�e­ vivência da língua existente. Benjal11in não só rompe com qualquer conceito reificado do original inviolável, mas também argumenta que nossa própria lín­ QUa e nossos conceitos do que constitui W11 texto não deveriam ser reificados. É por isso que Benjamin, assim como Pound, traduz sem usar categonas rntei_ ras ou trnificadas, que invariavelmente reforçam distinções genéricas existen­ tes, mas sim procedendo palavra por palavra e imagem por imagem. Só então os elementos culturais estrangeiros entram no discurso do tradutor e quebram conceitos culturais limitados, assegurando o crescimento. Benjamin é contra as traduções que convertem línguas estrangeiras em alemão e defende o tipo de tradução que se deixa afetar pela língua estrangeira; que se permite, enfim, perseguir "um curso próprio de acordo com as leis de fidelidade na liberdade C>







Teorias Contemporâneas da Tradução

244

do fluxo linguístico" (1 969: 80). O ensaio inteiro pode ser lido como uma ten­ tativa de definir as leis específicas à tradução, esse "modo" de escrever que não deve aliança alguma à fonte, tampouco ao receptor, mas goza de uma espécie ca de libe� ade. teoria de Benjamin é claramente liberalizante e capa­ citante, permltmdo nao apenas "liberar a língua aprisionada dentro de uma obra", mas também fugir do "encantamento" da próp1ia lú1gua (1969: 80). Enquanto esse processo de recliação é ativo em todo ato de leitura, escri­ ta e comunicação, costuma ser desempenhado de uma maneira inconsciente sendo, portanto, dificil de ob�ervar. Talvez o maior beneficio dos estudos d tradução - o mais impmiante para a sobrevivência e o crescimento da área - seja a cr �cente percepção, por parte de estudiosos em outros campos, de que, na anahse da tradução, o funcionamento do inconsciente pode ser visto. Em seu ensaio TaÃ:ing Fidelíty Philosoplzical�v, Barbara Johnson argumenta que, "no processo de tradução de uma língua para outra, a cena de castração tica - que nada mais é que uma cena de h-adução impossível, porém in mevltavel, e que normahnente ocorre fora do campo de visão - é representada no palco central" (Johnson, 1985: 144). Como a h·adução "é representada no palco central", ce1ios reconhecimentos enganosos e mudanças ou "desvios" do texto-fonte nos dão acesso àquelas manipulações muito inconscientes e "fora do c�po e visão" que resultam em tradução errônea e reconhecimento enga­ noso. Demda sugere que a "recuperação" desse local fora do campo de visão é possível e, assim sendo, a tradução será o lugar onde ela se tomará visível. Alguns estúdiosos dos estudos de tradução parecem estar a ponto de fa­ zer exatamente isso. Usando textos traduzidos para compreender melhor as estratégias subjetivas de tradução, os primeiros pesquisadores como Hohnes Popovic e Lefevere, sugeriam que fossem examinados esses esvios antes d se iniciar uma investigação. A metodologia descritiva da área, baseada em tex­ tos reais, documenta tais desvios à medida que ocorrem na histólia da vida de um texto "oliginal". Essas histórias de tradução podem ser "usadas" para revelar como a mente literária, sob circunstâncias históricas reais, interpreta 0 mundo. Examinando textos traduzidos reais, em vez de modelos hipotéticos, ve -Z?har e Toury expõem um hortzonte de cultura real e de manipulação ? mshtucwnal afetando o processo de evolução literária e cultural. Indo além da interpretação, teóricos como Venuti e Spivak sugerem que podemos ler esses estudos de caso de um modo sintomático para as manipulações inconscientes que também fazem parte de todo texto literário. � conformidade com a iniciativa de Heidegger e Derrida, a questão . fllosoflca da tradução é estudada como um dos problemas centrais na





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O futuro dos estudo s de traduçao

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filosofia. E, de acordo com Foucault, o problema político de tradução na aca­ demia e na sociedade está despertando cada vez mais o interesse de críticos literários e sociólogos. No futuro, os teólicos da h·adução que trabalharam com a contribuição dos desconstrucionistas serão capazes de analisar tanto • o dit quanto o non-dit de qualquer texto. Em h·adução, entidades ocultas se tomam visíveis, marcando silenciosamente as condições necessárias para expressões específicas e, ironicamente, eliminando qualquer noção de verdade ou significado literal. Em tal abordagem, o próprio conceito de "significado" é alterado. O que se torna visível, por outro lado, é uma enti­ dade instável, aderindo-se na relação entre o implícito e o explícito. Se, na tradução, o non-dit aparece, aquilo que é dito pode ser contrastado com o que não é dito, revelando outro tipo de "significado" de um texto. Para o estudioso que trabalha em um sentido "monolíngue", porém, tais relações tendem a permanecer fora do campo de visão e dificeis de compreender. Atos falhos e idiossincrasias podem nos dar pistas, mas, de um modo geral, não há muito material para basearmos tais leituras. Como resultado, a crítica literária é dominada pela interpretação ou rearticulação "correta" do que já foi dito. A vantagem de trabalhar com textos h·aduzidos começa, portanto, a emergir: com um estudo cauteloso, os desvios, os reconhecimentos engano­ sos e as relações que os constituem se tornam ainda mais visíveis que as cor­ respondências um a um. A teoria da tradução tradicional, baseada em noções que governam a crítica monolinguística tradicional, tendia a descartar tais desvios como "erros" e "enganos". Como sugeri, tais padrões implicam no­ ções de substancialismo e equivalência textual que limitam algumas outras possibilidades da prática de tradução, marginalizam traduções inortodoxas e comprometem o verdadeiro intercâmbio cultural. Quer o procedimento seja indutivo, como em Lambert, quer dedutivo, como em Lefevere e Bassnett, para identificar as causas de "desvios" ou "enganos", ou se a tradução é abordada por meio de estudos culturais e teoria crítica, como em Venuti ou Niranjana, os resultados são quase os mesmos. O que fica evidente quando se analisa a evolução de um texto na história não são as verdades eternas do original, mas os mecanismos da história que mascaram qualquer senso de original. Reconhecendo os limites impostos pela cultura receptora, problematizando essas reshições discursivas, os críticos não apenas abrem o discurso da teoria da tradução para sua possível transforn1ação, mas ajudam a abrir a cultura receptora para mna possível mudança social (por meio da prática de tradução). Os estu­ diosos dos estudos de tradução, sem dúvida, podem aprender muito com os

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Teorias Contemporâneas da Tradução

Contcmpor{!}y Tmmlation Il.Jr:o;·ies

estudiosos das minorias étnicas, mulheres, literaturas menores e literaturas populares. Um trabalho muito estimulante vem sendo produzido por es­ tudiosos de "países menores" e culturas em transição - B élgica, Holanda, Finlândia, Israel, República Checa, Eslováquia, África do Norte, Filipinas, China, Brasil e Quebec. O objetivo deste livro foi o de eliminar os equívocos em tomo de pon­ tos de vistas conflitantes e abrir ainda mais a porta para abordagens novas e alternativas de tradução. Sinto que a primeira edição do livro ajudou a abrir o caminho para parte do trabalho que se desenvolveu na área na última dé­ cada. A desconstrução dàs autoridades que governam a tradução, a crítica literária e a cultura em geral, foi apenas um primeiro passo. Ainda resta muito trabalho a fazer. Embora a teoria contemporânea da tradução tenha evoluído muito desde seu princípio, ela se encontra agora no limiar de uma fase nova e muito estimulante, que pode começar a desvelar as relações nas quais o significado é constituído, e assim aprimorar nosso conceito de língua, de discurso literário e identidade. Comecei este livro perguntan­ do qual é a teoria contemporânea da tradução e recorrendo às definições de Roman Jakobson de tradução intralingual, interlingual e intersemiótica para um modelo. Espero ter mostrado como o estudante de tradução con­ temporânea está mergulhado em toda a rede de múltiplas línguas, discur­ sos, sistemas de signo e culturas, todos os quais se encontram tanto no texto-fonte quanto no traduzido, que interagem no processo de tradução. O número de fronteiras sendo atravessadas em uma tradução é sempre múlti­ plo. Defendo, portanto, a implementação de múltiplas temias de tradução a partir de uma variedade de disciplinas e discursos para analisar melhor a variedade que os significados e funções produziram; daí o título do livro. Tendo em vista que as fronteiras da área expandiram da análise linguística e textual para toda a rede de signos complexos que constituem a cultura, nenhum estudioso de uma disciplina específica será capaz de oferecer to­ das as respostas. Estamos adentrando uma excitante nova fase de pesquisa para a área, que está forçando os estudiosos a combinar teorias e recursos de uma variedade de disciplinas e. que leva a múltiplas novas visões. Espero que esta segunda edição revisada contribua, de alguma forma, para apres­ sar esse processo.

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(��i� In dice Remissivo A Aldington, Richard 47 Alienação. ver ostranenie Althusser, Louis 67, 1 86 Amsterdã, Universidade de 1 23, 1 69 Andrews, I. C. 1 04 Apter, Ronnie 56 Arion 49 Aristóteles 1 99 Arnold, Matthew 72, 1 53 Arrowsmith, William 49 (ATSA) 67 Associação Americana de Estudos de Tradução 67, 23 1 Associação Americana dos Tradutores (ATA) Atos falhos 245 Avaliação. ver tradução, avaliação

B Babel, Torre de 2 1 , 202 Bamstone, Willis 1 80 Barthes Roland 249, 280 234, 236, 237, 242 Bassne , Susan 10, 13, 19, 13 L 1 34, 138, 220,



Beckett, Samuel 1 9 1 Benj amin, Andrew 2 1 5 , 2 1 6, 2 1 7 , 243, 272 Benjamin, Walter 2 0 1 , 2 1 2, 2 1 3 , 2 1 7, 22 1 , 23 1 Ben Jelloun, Tahar 23 8

247

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Teorias Contemporâneas da Tradução

CDnt,·mp onn:l' Tmi!slatiiJn 1bcories

Bettelheim, Bruno 64 Bhabha, Homi 222 Biguenet, John 230 Bishop, Elizabeth 29 Blackbum, Paul 67 Blast 39, 40, 276 Bly, Robert 29, 60, 1 80, 272, 282, 283 Borges, Jorge Luis 1 8 8 Boulez, Pierre 1 8 6 Bourdieu, Pierre 2 3 7 Bragt, Katrin van 1 68 Brent, Berlin 250 Broeck, Raymond van den 8, 1 22, 127, 134, 138, 2 1 0 Brossarcl, Nicole 240 Bühler, Karl 99 Burroughs, Egdar Rice 23 8

c Campos, Augusto de 239, 254, 265, 272, 273, 276 Campos, Haroldo de 238, 265, 272, 273, 276, 284 Características estilísticas 84 Características. expressivas; ver características estilísticas 1 1 7, 1 1 8 Catforcl, J. C. 129 Catulo 67, 1 26, 1 32 Centro Gõttingen para Estudo de Tradução Literária 233 Char, René 1 80 Cheyfitz, Eric 238 Chomsky, Noam 7, 23, 53, 7 1 , 76, 262, 277, 279 Cícero 90 Cixous, Hélene 24 1 Cli:fforcl, James 220 Congresso Nacional Africano (CNA) 1 03 Conteúdo 1 8 , 52, 54, 58, 84, 86, 92, 93, 97, 98, 99, 1 12, 1 1 5, 1 1 6, 1 1 7, 1 1 9, 1 2 1 , 1 24, 126, 128, 1 3 1 , 1 42, 1 47, 148, 1 56, 1 57, 1 87, 223 Copley, Frank 1 3 2 Cortázar, Julio 67 Crane, Diana 13 7 Crick, Joyce 233

Índice remissivo Index

Culler, Jonathan 2 1 0 Cummings, e.e. 239, 254

D Daniel, Amaut 39 Davidson, Donald 2 1 6 Davie, Donald 1 3 , 43, 45 Delabastita, Dirk 255 Delos 28 Derrida. Jacques 1 85, 256, 284 Descartes, Rene 256 Desconstrução 8, 1 83, 2 1 7 Desfamiliarização; ver também ostranenie 1 12, 1 2 1 , 1 46, 147, 1 49, 1 56, 227 Devi, Mahasweta 224, 225 Dharwadker, Vinay 223 D'Hulst, Lieven 1 6 8 Diels, Herman 1 95 Différance 8, 1 84, 1 85, 1 97, 198, 1 99, 200, 20 1 , 202, 207, 2 1 1 , 2 1 6, 228 Dingwaney, Anuradha 242 Djebar, Assia 238

E Easthope, Anthony 23 7 Eco, Umberto 235, 257 Edmonds, J. L. 4 7 Ejxenbaum, Boris M. 1 1 1 Ekelõf, Gunnar 1 80 Elementos formais; ver características estilísticas 145 Eliot, T. S. 42, 276 E1ston, Angela 58 Energia em língua 60 Engle, Paul 5, 27, 29, 141 Equivalência - dinâmica, funcional, impossibilidade 3 5, 3 6, 63, 65, 8 1 , 82, 86, 88, 98, 1 00, 1 0 1 , 1 04, 1 06, 1 22, 123, 1 27, 128, 129, 1 30, 1 4 1 , 142, 1 55, 1 58, 1 60, 1 6 1 , 1 62, 1 63, 1 66, 1 70, 1 7 7, 1 83, 1 88, 207, 245

250

Teorias Contemporâneas da Tradução Contempor(lly Tram!ation Ibeo ries

Erros 1 6, 1 8, 23, 24, 33, 45, 76, 77, 78, 79, 86, 89, 1 1 7, 1 6 1 , 1 70, 20 7, 209, 245 Escola de Leipzig 9 1 , 97, 99 Estrutura de superfície 90, 92, 1 1 5, 1 87 Estruturalismo 22, 67, 1 37, 1 66, 1 7 1 , 1 87, 222 Estrutura profunda; ver também gramática gerativa; linguística, Chomsky 23, 53, 72, 74, 75, 76, 77, 78, 8 1 , 83, 84, 85, 90, 92, 94, 1 06, 1 09, 1 1 1 , 1 12, 1 1 5, 142, 1 85, 1 88 Estudiosos canadenses 1 8 1 Estudiosos checos e eslovàcos 1 1 O , 1 1 1 Estudos culturais 1 5, 1 72, 1 78, 226, 229, 23 1 , 234, 236, 237, 245 Estudos de mídia 236, 23 7 Estudos desclitivos 8, 88, 94, 95, 1 36, 1 70, 175, 1 78 Estudos de tradução e teoria dos polissistemas, futuro dos Even-Zohar, Itamar 8 , 9, 1 0 , 1 5 , 1 6, 1 8, 19, 22, 23 , 24, 62, 64, 1 03 , 1 05, 1 06, 1 07, 1 08, 1 09, 1 1 0, 1 1 1 , 1 12, 1 1 3 , 120, 1 2 1 , 122, 123, 1 24, 1 25, 1 27, 1 28, 1 3 1 , 1 32, 1 3 3 , 1 34, 1 35, 1 36, 1 37, 1 3 8, 1 40, 1 26, 1 25, 140, 1 4 1 , 1 42, 1 43, 1 44, 1 58, 1 62, 1 66, 1 67, 1 69, 1 70, 1 7 1 , 1 72, 1 74, 1 78, 1 8 1 , 1 87, 1 95, 207, 2 1 0, 2 1 1 , 2 1 5, 2 1 8, 2 1 9, 220, 223, 226, 227, 228, 229, 230, 233 , 234, 235, 236, 237, 238, 241 , 244, 245 Evolução literália 8, 22, 142, 143, 1 44, 1 45, 148, 1 49, 1 65, 244

F Fatores extraliterários 1 52, 154 Fawcett, Peter 232 Faye, Jean Pierre 1 86 Felsteiner, John 60, 230 Feminismo 226 Fenollosa, Emest 259 Ferlinghetti, Lawrence 29 Fitts, Dudley 67 Fitzgerald, Robert de Homero 1 24 Flotow, Luise van 24 1 Formalismo russo 1 1 0, 1 1 1 , 1 12, 1 1 3 , 1 1 8, 1 2 1 , 1 23, 1 38, 143, 1 44, 147, 1 55, 1 65, 1 86, 1 87 Foucault, Michel 77, 1 88 Fragn1entos 47, 48, 203, 204, 2 1 3, 2 14, 2 15, 2 1 7, 222 Frank, Armin Pau 233

Índice remissivo

251

Indr:x

Freud, Sigmund 64 Fundação Ford 28 Futurismo 40, 1 50

G Gandillac, Maurice de 2 1 4 Gasché, Rodolphe 200 Gaudier-Brzeska, Henri 4 1 Gautier, Théophile 6 6 Geertz, Clifford 220 Gentzler, Edwin 9, 1 9 Godard, Barbara 238, 241 , 252 Gorlée, Dinda 26 1 Gorp, Hendrik van 1 67 Graham, Joseph 7 1 , 202 Gramática gerativa 7, 74, 79, 89, 9 1 Gramática transformacional 72, 79, 83, 84, 89, 98 Guha, Ranagit 224 Gutt, Ernst-August 232

H Barris, Zellig 262 1 99, 200, 20 1 , 204, Heidegger 8, 24, 1 92, 1 93 , 1 94, 1 95, 1 96, 1 97, 1 98, 205, 214, 2 1 5 , 244, 250, 267 Heidegger, Martin 1 92 Heráclito 1 99 Hennans, Theo 1 8, 1 9, 1 36, 1 37, 1 67, 1 76, 234, 283 Heylen, Romy 230 Hipótese Sapir!Whorf 95, 98 233 História literália 24, 57, 1 37, 1 3 8, 1 3 9, 143, 1 44, Hoffman, E. T. A. 66 1 62, 178, 230 Holmes, James 8, 98, 1 07, 1 1 0, 1 22, 1 23 , 1 3 3 , 1 36, Holz-Mãnttãli 99, 1 0 1 Homero, Odisséia de 40 Honig, Edwin 60 Hõnig, Hans 96

252

Teorias Contemporâneas da Traduçã o ContcmjJOIW)' Tm m!ation Tbeories

Houdebine, Jean-Louis 1 86 Hughes, Langston 1 80 Hughes, Ted 28, 29, 30, 229 Humboldt, Wilhelm von 9 1 Humphries, Rolfe 1 80

I Ideogramas chineses 4 1 , 48 Ideologia 24, 29, 3 1 , 93, 173, 1 74, 1 75, 236 Illyes, Gyula 5 1 Imagismo 39, 4 1 , 42 Impressionismo 40 Índios tupis 239 Intertextualidade 1 7 1 , 1 8 1 , 2 1 2, 2 1 9 Intuição 44, 45, 52, 56, 76, 8 5 , 90, 9 3 , 95, 96, 1 14, 1 34, 23 1 Invariante de comparação 1 64, 1 66, 1 77, 1 85 Iowa, Universidade de 1 1 , 1 2, 27, 49, 5 1 , 230

1

Jacobs, Carol 2 1 2 Jakobson, Roman 2 1 , 24, 1 14, 1 15, 220, 23 1 , 246, 27 1 Jerônimo 90 Johnson, Barbara 244 Jonson, Ben 1 32 Joyce, James 207, 208

K Kandinski 4 1 Kee1ey, Edmund 27, 230 Kelly, Louis 2 1 8 Kenner, Hugh 39, 47 Khatibi, Abdelkebir 238

Índice remissivo

253

Index

Kinnel, Galway 29 Koschmieder, Erwin 93 Kristeva, Julia 1 86, 1 87 Kruger, Alet 1 04 Kuhn, Thomas 1 3 7 Kundera, Milan 57 KuJ3maul, Paul 96

L Lambert, José 1 36, 1 3 8, 1 67, 234, 263 Lattimore, Richard 269 Lecercle, Jean-Jacques 64 Lefevere, André 8, 1 3, 1 03, 1 07, 1 09, 1 22, 126, 1 34, 1 3 8, 226, 23 1 , 236 Lenneberg, Eric H. 93 Leuven, Universidade Católica, em 1 3 Leuven-Zwart, Kitty M . van 264, 267, 27 1 Levertov, Denise 29, 26 1 Levine, Suzmme Jill 67 Lery, Ji í 8, 1 1 1 Lewis, Wyndham 40 Licença poética 45 Língua pura 203 , 221 Linguística chomskiana 1 87 Li Po 4 1 , 48, 53 Lloyd, David 1 72, 1 73 Logopoeia 43, 44, 47 Lorca, Federico Garcia 1 80 Lotbi.niere-Harwood, Susanne 252 Lowell, Amy 39 Lowell, Robert 29, 1 25

M Machado, Antonio 1 80, 272 MacKay, Donald 53 Maier, Carol 67, 99, 242 Mallarmé, Stéphane 272

25 4

Teorias Contemporâneas da Tradução Contempormy Tramlatio n Tbeories

Mangan, James Clarence 1 74, 27 1 Man, Paul de 2 1 2, 2 1 3 , 221 Massachusetts, Universidade de 1".J ' 1 9 ' 67 Mayakóvski, Vladimir 273 McFarlane, John 1 3 6 Meddeb, Abdelwahab 238 Medvede� Pavel 1 72 Mehrez, Samia 237, 238 Melopoeia 43, 44 Merwin, W. S. 29, 59, 1 80, 259, 265 Metaliteratura 123, 124 Michaux, Henri 1 80 Micromegas 49, 57 Middleton, Christopher 23 O Miko, Frantisek 1 1 1 , 1 1 3 , 1 1 7 Modernismo 1 2 1 Modem Poetry in Translation 28, 230, 257, 264, 266, 284

N Nabokov, Vladimir 23 1 Neruda, Pablo 1 80 Nerval, Gérald 66 Neubert, Albrecht 97 New Age (Nova Era) 39, 269, 276 Nida, Eugene 7, 23 , 7 1 , 77, 79 Nietzsche, Friedrich 23 1 Niranj ana, Tejaswini 2 1 8, 23 7 Nord, Christiane 99, 1 00, 1 03 Normas culturais da sociedade 68 Nova Crítica 7, 32 Nova York, Universidade Estadual de 23 1 .

o Oficina norte-americana de tradução 7, 16, 22, 27, 3 1 , 38, 60.' 6 1 , 65, 229 Orage, A. R. 39 Osíris 39, 40, 54 Ostranenie 8, 1 3 1

Índice remissivo

255

Index

p Palavra, tradução 5 8 Pannwitz,Rudolf 22 1 Paradoxo da tradução 7, 48 Patronagem 1 03, 1 54, 1 74, 1 75, 236 Paz, Octavio 23 1 Peirce, Charles Sanders 129, 235 Phanopoeia 43, 44 Pleynet, Marcelin 1 86 Poe, Edgar Allan 66 Poetry 28, 42, 60, 126, 1 64, 226, 230, 248, 25 1 , 257, 259, 260, 262, 263 , 264, 265, 266, 270, 273, 277, 284, 285 Poetry, World 230 Popovi, Anton 1 1 0, 1 1 1 Pós-estruturalismo 222 Pound, Ezra 7, 38, 125, 23 1 , 239, 252, 255, 259, 266, 276, 277, 28 1 , 286 Processo de tradução 7, 36, 37, 47, 54, 56, 59, 60, 64, 65, 84, 97, 99, 1 03, 1 09, 1 20, 123, 1 26, 128, 1 33, 1 34, 135, 1 4 1 , 142, 1 59, 1 62, 1 63 , 1 6� 1 69, 1 70, 1 7 1 , 1 85, 204, 205, 230, 243, 244, 246

Quine, Willard V. O. 277

Q R

Rabassa, Gregory 23 O Rafael, Vicente 23 7, 23 8 Ramanujan, A. K. 223, 256 Reescrita 2 1 , 76, 208, 22 1 , 236, 238, 240 Reiss, Katharina 99 Ricardou, Jean 1 86 Richards, L A. 7, 23, 32, 2 1 5 Risset, Jacqueline 1 86, 208, 278 Robinson, Douglas 223, 23 1 Robyns, Clem 235

Teorias Contemporâneas da Traducã , o

256

257

Índice remissivo

Cantcmpormy Tramlation Ibeories

Rose, Marilyn Gaddis 1 9, 23 1 Rouse, W. H. D. 45

s Saarlancl, Universidade de 88 Sandberg, Carl 127 Sappho 47 Schulte, Rainer 230 Semiótica 1 29, 142, 1 62, 1 66, 1 67, 235 Sextus Prope1iius 45, 28 1 Shelley, Mary Wollstonecraft 66 Shreve, Gregory 9 9 Simon, Sherry 1 9, 23 8, 24 1 , 259 Sinonímia 35, 78 Smith, Barbara Herrnstein 79 Snell-Hornby, Mary 99, 1 04, 233 Snodgrass, W. D. 29, 1 80 Snyder, Gary 29, 1 80 Sófocles 2 1 2, 2 1 3 Sollers, Philippe 1 86 Spivak, Gayatri 1 8, 2 1 8, 224, 23 7 Steiner, George 22, 77, 2 1 8 Stevenson, Charles 1 29 St-Pierre, Paul 24 1 Strachey, James 233, 260

T Tarchetti, Iginio Ugo 66, 256, 26 1 , 280 Target 233 , 252, 253, 26 1 , 268, 27 1 , 285 Tel Aviv 1 39, 140, 1 4 1 , 1 59, 257, 282 Tel Quel 1 86, 1 8 7, 207, 208, 249 Teologia c1istà 1 95 Teoria da comunicação 80, 1 3 0 Temia dos polissistemas 8 , 139 Teoria dos sistemas 1 50 1 72 Texas, Universidade do 28, 49 '

Texto refratado 1 73 Tipos de texto 88 Todorov, Tzvetan 1 86, 1 87 1 , 2 1 9, 284 Toury, Gideon 8, 1 8, 1 36, 1 38, 1 39, 1 5 8, 1 75, 2 1 04 1 . 75, 74, 72, , 1 7 Tradução, ciênc ia da 7, 1 6 , 22, Tradução da Bíblia 72 Tradução interlingual 2 1 , 89, 1 1 6, 234 Tradução intersemiótica 2 1 Tradução intralingual 2 1 , 89, 92, 246 Tradução literária norte-americana 1 8, 52 Trakl, Georg 1 80, 283 Translation Review 230, 279, 286 Trevidi, Harish 242 T'sui Hao 58 Tyler, Steven 220 Tymoczko, Maria 1 3 , 1 9, 1 3 8, 1 72, 1 74, 242 Tynjanov, Jurij 8, 24, 143

u 267, 274, 280, 2 8 1 , Übersetzungswissenschaft 75, 88, 96, 259, 265, 266, 286 90, 9 1 , 92, 93 , Universais 49, 54, 55, 74, 75, 76, 77, 78, 82, 83, 84, 87, 94, 95, 1 24, 1 30, 1 54, 1 5 5 , 1 57, 1 65 , 1 77, 1 90 Universidade de Kent 99

v Vallejo, Cesar 1 80 Vanderauwera 1 66 Venuti, Lawrence 7, 1 8, 62, 23 1 , 233, 248 Vermeer, Hans J. 99 Vieira, Else 1 9 Vorticismo 39, 40, 52, 56 Voz do meio 1 97, 200, 2 1 1

258

Teorias Con temporâneas da Tradu ção Contonponlí)' Translation Jbeo ries

w Walker, A. K. 1 04 Warren, Austin 234 Warwick, Universidade de 19, 1 3 1 Weiner, Norbert 53 Weissbort, Daniel 12, 28, 60, 230 Wellek, René 34, 234 Wilcox, Ella Wheeler 32 . Will, Frederic 7, 48, 62, 74, 86, 94 Wilss, Wolfram 7, 24, 77, 88, 285 Wittgenstein, Ludwig 1 62 Wollen, Peter 1 87 Wright, James 1 80, 283

z Zdanys, Jonas 23, 30 Zohn, Harry 2 1 2, 2 14, 250 Zukovsky, Celia e Louis 67

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