Ordem Filosófica Cristã

"A Ordem Filosófica Cristã, ou Ordem dos Discípulos, é uma ordem laica, cristã e filosófica, cuja organização, méto

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Portuguese Pages 15 [12] Year 2020

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Ordem Filosófica Cristã

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Ordem Filosófica Cristã por Marcelo Hipólito

Para Deus e sua obra.

SUMÁRIO

Oração para antes dos estudos Humildade necessária Capítulo I – Sobre a Ordem Capítulo II – A estrutura da Ordem Capítulo III – Os Mestres da Ordem Capítulo IV – O método da Ordem O Autor

ORAÇÃO PARA ANTES DOS ESTUDOS Santo Tomás de Aquino

Infalível Criador, que, dos tesouros da Vossa sabedoria, tirastes as hierarquias dos anjos, colocando-as com ordem admirável no céu; Vós, que distribuístes o universo com encantadora harmonia; Vós, que sois a verdadeira fonte da luz e o princípio supremo da sabedoria, difundi sobre as trevas da minha mente o raio do esplendor, removendo as duplas trevas nas quais nasci: o pecado e a ignorância.

Vós, que tornastes fecunda a língua das crianças, tornai erudita a minha língua e espalhai sobre os meus lábios a vossa bênção.

Concedei-me a agudeza de entender, a capacidade de reter, a sutileza de relevar, a facilidade de aprender, a graça abundante de falar e de escrever.

Ensinai-me a começar, regei-me no continuar e no perseverar até o término.

Vós, que sois verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

Amém.

HUMILDADE NECESSÁRIA

Que Deus me conceda: Humildade perante sua obra. Humildade para reconhecer minhas limitações. Humildade nos estudos. Humildade no pensar e no agir. Humildade do ser e da razão, no controle das paixões.

CAPÍTULO I Sobre a Ordem

A Ordem Filosófica Cristã, ou Ordem dos Discípulos, é uma ordem laica, cristã e filosófica, cuja organização, método e doutrina se propõem à sistematização de estudos elevados e permanentes sobre o pensamento tradicional do Ocidente. A Ordem é filosófica, pois adota a filosofia como técnica, e é cristã, uma vez que temente ao Deus Trino e Único. Sua sede é espiritual e sagrada. Sua organização é descentralizada, prática, espontânea e simplificada. Seu método é forjado na leitura, aprendizado, discussão, crítica e difusão das fontes primárias recomendadas pela Ordem (instrução básica) e na flexibilidade para o debate de novas fontes propostas e acordadas entre os próprios discípulos (instrução complementar livre), desde que estritamente aderentes às fontes primárias ordenadas e recomendadas. Sua doutrina se volta à humildade e à reverência perante os mestres selecionados da tradição ocidental, em observância ao método da Ordem. O Grão-Mestre e os Mestres da ordem são titulares mortos e eternos, gigantes intelectuais, espirituais e morais reconhecidos pelas obras selecionadas a fornecerem a instrução básica da Ordem. Os discípulos são os membros vivos da Ordem, os quais, mesmo depois de mortos e ainda que, na eventualidade de forjarem ou difundirem obras relevantes, jamais se elevam a mestres devido ao seu compromisso com a humildade necessária.

CAPÍTULO II A estrutura da Ordem

O Grão-mestre é símbolo e inspiração da Ordem. O Grão-mestre da Ordem é o Papa João Paulo II, o Grande.

Os Mestres da Ordem são autores mortos ilustres, de titulação honorífica perpétua, cujas obras formam a educação básica e obrigatória aos discípulos que adotam, por sua livre vontade, a Ordem como a sistemática de organização e estudos dessas admiráveis fontes primárias recomendadas. Abaixo do Grão-mestre e dos Mestres, há os discípulos: irmãos e irmãs de estudo que optam por integrar a Ordem, adotando seu método para adquirir conhecimentos tradicionais, segundo os autores recomendados à instrução básica (os Mestres) da Ordem. Não se impõe hierarquia entre os discípulos. Não há líderes e liderados, no sentido estrito desses termos. Os discípulos se organizam livremente em núcleos (grupos de estudo), segundo o método da Ordem. Onde houver um único discípulo, existe um núcleo. Onde se reunirem dois ou mais discípulos, estes selecionarão entre si um discípulo-monitor, não para liderá-los, mas sim para coordenar os trabalhos de estudo, conforme o método da Ordem.

A Ordem não possui sede física ou estrutura formal centralizada. A sede espiritual da Ordem se localiza no Vaticano; na cidade de Roma, Itália. Apesar de vinculada espiritualmente à Santa Igreja, a Ordem não pertence ou se subordina à estrutura formal desta, ou a qualquer denominação religiosa, política ou governamental. Os discípulos se organizam livremente, de forma descentralizada, nos locais e horários da sua conveniência, desde que observado o método de estudo recomendado ao adequado desenvolvimento dos estudos.

CAPÍTULO III Os Mestres da Ordem

São os seguintes os Mestres da Ordem, autores mortos, notáveis e ilustres, cujas obras são o objeto de estudo da formação básica dos discípulos. A formação complementar é um desdobramento pessoal de cada discípulo ou do núcleo ao qual pertence, observado o princípio supremo de que seus estudos devem seguir as linhas de pensamento forjadas pelos mestres. Tanto a formação básica como a complementar se assentam na mais importante obra concedida por Deus à humanidade: a Bíblia Cristã, cujo profundo estudo se destaca como obrigação essencial a todos os discípulos da Ordem. – Mestre Aristóteles. – Mestre Platão. – Mestre Homero. – Mestre Virgílio. – Mestre Séneca. – Mestre Marco Aurélio. – Mestre Santo Agostinho. – Mestre Santo Tomás de Aquino. – Mestre Guilherme de Ockham. – Mestre Francisco de Vitória. – Mestre Francisco Suárez. – Mestre Antônio Vieira. – Mestre William Shakespeare. – Mestre Teresa de Lisieux. – Mestre Edmund Burke. – Mestre Augustin Barruel. – Mestre Eric Voegelin. – Mestre Gustavo Corção. – Mestre Mário Ferreira dos Santos. – Mestre G. K. Chesterton. – Mestre Simone Weil. – Mestre João Camilo de Oliveira Torres. – Mestre George Orwell.

– Mestre Aldous Huxley. – Mestre Michael Oakeshott. – Mestre João Camilo de Oliveira Torres. – Mestre Roberto Campos. – Mestre Plinio Corrêa de Oliveira. – Mestre José Ortega Y Gasset. – Mestre Roger Scruton. – Mestre C. S. Lewis.

CAPÍTULO IV O método da Ordem

O método proposto pela Ordem busca disciplinar as atividades de estudo de forma a permitir um efetivo, descentralizado e regular aprendizado. O estudo se dá em núcleos (ou grupos de estudo), coordenado por um discípulo-monitor. Grupos maiores tendem a ser disruptivos e, portanto, não se devem adotar. Destarte, o número máximo de discípulos por núcleo é de sete membros, sendo um deles o monitor. Núcleos individuais – formados por um único discípulo – somente são cabíveis caso o discípulo isolado se encontre realmente impossibilitado de exercer seus estudo segundo o modelo preferível; ou seja, em grupo. O método implica em encontros semanais ou mensais (a disponibilidade semanal é preferível), constituídos pelos discípulos e coordenados pelo monitor, cuja duração não seja inferior a três horas e superior a seis horas. O mandato do discípulo-monitor não é fixo, mas pode se encerrar a qualquer momento, desde que assim determinado pelo voto da maioria simples dos discípulos. Em caso de empate na respectiva votação, o mandato também é cassado. As atividades não podem retornar até a eleição de um novo monitor, determinado pela vontade manifesta da maioria simples dos votantes. O monitor propõe ao grupo a ordem de leituras das obras (fontes primárias) dos Mestres da Obra. A leitura pode ocorrer tanto em grupo, nos encontros, ou fora destes, no “tempo livre” de cada discípulo. Ao menos metade do tempo dos encontros, nos núcleos, deve-se aplicar à discussão conjunta da leitura realizada sobre a mesma obra ou trecho textual. A discussão se concentra na exposição, por cada discípulo, do seu entendimento conceitual e filosófico sobre a leitura, seguida por um debate a respeito dos pontos de concordância ou discordância percebidos pelos integrantes do grupo. Os momentos de fala e de leitura no núcleo são organizados e administrados pelo monitor, essencialmente o regente dos estudos. Na hipótese improvável de o núcleo findar os estudos de TODAS as obras dos Mestres da Ordem, o núcleo poderá prosseguir seus estudos por outros autores, desde que suas linhas de pensamento estejam alinhadas com um ou mais Mestres da Ordem. Sua escolha será definida em votação livre do grupo, necessitando,

preferencialmente, do voto unânime dos discípulos ou, ao menos, da maioria simples dos seus membros. A formação de um núcleo é realizada pela livre associação daqueles que decidem integrá-lo, desde que estritamente observados os preceitos da Ordem, com especial dedicação ao seu método de estudo. A inclusão ou expulsão de um discípulo de um núcleo existente se dá pelo voto da maioria simples dos membros do grupo de estudo. A mencionada inclusão ou exclusão é patrocinada ou proposta por, ao menos, um discípulo do grupo. A desídia de um discípulo para com os estudos ou em relação à regularidade dos encontros do núcleo é ofensa passível de exclusão, bem como a falta de respeito, zelo ou urbanidade para com a Ordem, seus Mestres ou qualquer irmão ou irmã do grupo de estudo. No caso de dissolução de um núcleo, os discípulos remanescentes poderão formar outro(s) núcleo(s), desde que respeitados os preceitos da Ordem e o princípio da livre associação dos seus membros para a realização dos estudos. O método da Ordem nada mais é do que uma forma de organização mínima e efetiva para o bom e regular estudo dos discípulos perante os trabalhos dos Mestres da Ordem. Os casos omissos ao método serão decididos pelos discípulos de um núcleo por maioria simples dos votos. No caso de empate, a proposta NÃO é adotada.

BONS ESTUDOS!

O AUTOR

Marcelo Hipólito é um escritor brasileiro, nascido em São Paulo. Residente em Brasília, pai de dois filhos, é autor dos livros de filosofia política Conservadorismo é amor e Monarquia e conservadorismo: excepcionalismo brasileiro, bem como participa da Coleção Espírito Conservador. Hipólito escreveu quatro romances, diversos contos publicados em língua inglesa, nos EUA, Reino Unido e Espanha, um deles indicado a melhor conto nos EUA, em 2003. É articulista no jornal O Brasileiro. Realiza palestras em eventos nacionais e locais. Integra o Movimento Brasil Futuro, o Instituto Conservador de Brasília, o Movimento Viva Brasil e o Movimento Brasília Capital do Império.