Historia De La Iglesia Catolica I

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LLORCA, GARCÍA VI LLOSLADA, MONTALBAN de la Com jpañía de Jesús

HISTORIA D I LA

IGLESIA

CATÓLICA

En sus cuatro graneles edades: Antigua, Media, Nueva, Moderna

I EDAD

ANTIGUA

La I g l e s i a en el m u n d o

grecorromano

POR

BERNARDINO PROF.

EM. DE HISTORIA

LLORCA,

ECLESIÁSTICA

UNIVERSIDAD QUINTA.

BIBLIOTECA

m

I.

EN LA PONTIFICIA

DE SALAMANCA EDICIÓN^

DE AUTORES MADRID

S.

MCMLXXVI

CRISTIANOS

I

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G E N E R A L

Págs.

\

J PRESENTACIÓN ORIENTACIÓN BIBLIOGRÁFICA ABREVIATURAS MÁS USADAS

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? 13* 21* 62*

INTRODUCCIÓN CAPÍTULO I.—El mundo romano a la venida de Cristo I.—La plenitud de los tiempos II.—Unidad del Imperio romano III.—Estado religioso del Imperio romano IV.—Decadencia de los sistemas filosóficos V.—Decadencia del estado social romano

3 3 4 6 10 15

CAPÍTULO II.—El mundo judío a la venida de Cristo I.—Estado político del pueblo de Israel II.—Desarrollo religioso del pueblo judío III.—Estado social y moral del mundo judío IV.—Los judíos de la dispersión

20 - 20 • 22 37 38

PARTE

Fundación

^Biblioteca de Autores Cristianos, de EDICA, S. A. M a d r i d 1976 Con censara, eclesiástica , . .

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Depósito'legal I' M. 21646. '-1976 ISBN 84-220-0134-9 Impreso en España. Printed in Spain

,

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y primeras

I

luchas de la Iglesia (1-313)

INTRODUCCIÓN

43

PERIODO A.—Los tiempos apostólicos (1-100)

45

CAPÍTULO I.—El Fundador y la fundación de la Iglesia ... I.—Jesucristo, figura palpitante de la Historia II.—Fundación de la Iglesia por Cristo CAPÍTULO II.—Pentecostés y primeras manifestaciones de la Iglesia I.—Vida de la naciente Iglesia II.—Primeros encuentros con los judíos III.—El Evangelio y el mundo gentil CAPÍTULO III.—Conversión y primer viaje apostólico de San Pablo I.—Conversión y preparación de Pablo para el apostolado II.—Primeros trabajos apostólicos III.—Primer viaje apostólico de Pablo (35-39)

45 46 53 63 63 68 72 78 78 82 84

6*

ÍNDICE GENERAL

ÍNDICE GENERAL

7

Págs. CAPÍTULO IV.—Ulterior actividad de San Pablo hasta su muerte I.—Concilio de J e r u s a l é n y s u s d e r i v a d o s (49-50) ... I I . — S e g u n d o viaje a p o s t ó l i c o (50-53) III.—Tercer viaje a p o s t ó l i c o d e P a b l o (53-58) IV.—San P a b l o e n J e r u s a l é n . C a u t i v i d a d y m u e r t e ... CAPÍTULO V.—San Pedro. La Iglesia de Antioquía Iglesia romana I.—San P e d r o y s u s p r i m e r a s a c t i v i d a d e s II.—San P e d r o en. R o m a CAPÍTULO V I . — S a n Juan Evangelista y los demás toles I.—San J u a n E v a n g e l i s t a II.—Los d e m á s a p ó s t o l e s

y

88 88 92 99 102

la 112 113 116

após123 123 127

CAPÍTULO V I L — O r i g e n apostólico de la Iglesia española. I . — P r e d i c a c i ó n de S a n t i a g o e n E s p a ñ a I I . — A p a r i c i ó n d e l a V i r g e n del P i l a r I I I . — S a n t i a g o de C o m p o s t e l a y l a s r e l i q u i a s del a p ó s t o l I V . — V e n i d a de S a n P a b l o a E s p a ñ a V.—Los Siete V a r o n e s Apostólicos VI.—Propagación del cristianismo en E s p a ñ a

131 132 140 146 157 160 162

CAPÍTULO VIII.—Estado de la Iglesia a fines del siglo I ... I . — P e n e t r a c i ó n del c r i s t i a n i s m o e n l a s o c i e d a d r o mana II.—El c r i s t i a n i s m o e n los d i v e r s o s t e r r i t o r i o s III.—Causas de l a r á p i d a p r o p a g a c i ó n del c r i s t i a n i s m o . CAPÍTULO IX.—Persecuciones por parte del Estado romano. Ideas generales I . — C a u s a s de l a s p e r s e c u c i o n e s II.—Base j u r í d i c a de l a s p e r s e c u c i o n e s

164

CAPÍTULO X.—Primeras persecuciones contra los cristianos I . — P r i m e r a p e r s e c u c i ó n : N e r ó n (54-68) I I . — S e g u n d a p e r s e c u c i ó n : D o m i c i a n o (81-96)

183 184 187

P E R I O D O B.—Desarrollo del cristianismo y primer cimiento de la Iglesia docente (100-250) CAPÍTULO I.—La persecución en tiempos de Adriano y Marco Aurelio I . — S e g u n d o p e r í o d o de l a s p e r s e c u c i o n e s II.—Las a c t a s de los m á r t i r e s

165 167 175 178 177 179

Págs. CAPÍTULO IV.—Lucha de la filosofía pagana contra cristianismo. El gnosticismo I . — R e n o v a c i ó n de l a filosofía p a g a n a II.—Idea g e n e r a l del g n o s t i c i s m o I I I . — P r i n c i p a l e s s i s t e m a s y jefes g n ó s t i c o s I V . — M a r c i ó n y el m a r c i o n i s m o V.—Maniqueísmo VI.—Lucha de la Iglesia c o n t r a estos enemigos CAPÍTULO V.—La herejía en sus diferentes nes I.—Primeras desviaciones heréticas II.—Tendencias y errores rigoristas III.—Adopcianismo o dinamismo IV.—Monarquianos o sabelianos

el 212 213 214 219 222 224 227

manifestacio-

...

CAPÍTULO VI.—Primeras escuelas y doctores Alejandría, Antioquía, Cartago I.—Literatura primitiva II.—Los P a d r e s A p o s t ó l i c o s III.—Nuevas escuelas orientales IV.—Escritores cristianos m á s insignes CAPÍTULO VIL—Ejercicios de la jerarquía: y presbíteros

cristianos: 247 247 250 256 261

papas,

obispos 268

I.—La j e r a r q u í a c a t ó l i c a d e s d e el siglo i I I . — P r i m a d o de S a n P e d r o y de la I g l e s i a r o m a n a ... CAPÍTULO VIII.—Florecimiento del culto

233 233 236 241 243

y sacramentos

...

I.—Culto c r i s t i a n o : e u c a r i s t í a II.—El s a c r a m e n t o del b a u t i s m o III.—El s a c r a m e n t o de l a p e n i t e n c i a IV.—Otros s a c r a m e n t o s V.—Celebración de las fiestas cristianas

269 272 276 277 282 285 289 291

PERIODO C.—Las g r a n d e s p e r s e c u c i o n e s contra el cristian i s m o (249-313)

295

flore189 Trajano, 189 189 197

CAPÍTULO II.—Reacción cristiana. Los Apologetas I.—Escritos p a g a n o s c o n t r a el c r i s t i a n i s m o II.—Defensa l i t e r a r i a del c r i s t i a n i s m o : A p o l o g í a s III.—Apologías m á s i n s i g n e s

200 201 202 204

CAPÍTULO III.—Tercer período de persecución (193-249). Persecución general no sistematizada ...

208

CAPÍTULO I.—Persecuciones de Decio y Valeriano. de sistema en la persecución I.—Persecución d e Decio (249-250) I I . — P e r s e c u c i ó n d e V a l e r i a n o (253-260) CAPÍTULO II.—Persecución de Diocleciano Fin de las persecuciones I . — A n t e c e d e n t e s de la p e r s e c u c i ó n II.—Desarrollo de l a p e r s e c u c i ó n III.—Persecución e n I t a l i a IV.—Persecución en España V.—África y o t r a s r e g i o n e s del I m p e r i o VI.—Final d e l a p e r s e c u c i ó n

y

Cambio 295 295 304 Maximiano. 311 311 317 321 323 327 329

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ÍNDICE GENERAL

ÍNDICE GENERAL

CAPÍTULO III.—La Iglesia hasta el año 268. Diversas cuestiones doctrinales I.—Las iglesias de Roma y Cartago II.—Las iglesias de Oriente CAPÍTULO IV.—La Iglesia después del papa Félix I (269-313) I.—Iglesias de Occidente II.—Iglesias de Egipto. Escuela de Alejandría III.—Antioquía y el resto del Oriente CAPÍTULO V.—las catacumbas y principio del arte tiano I.—Las catacumbas de Roma II.—El arte cristiano en las catacumbas

PARTE

331 332 338 344 344 350 352

cris354 355 361

II

La Iglesia en su triunfo y ulterior desarrollo

(313-750)

INTRODUCCIÓN

PERIODO D.—La gran victoria del cristianismo (313-395) ... CAPÍTULO I.—Constantino da la paz a la Iglesia e inicia su triunfo I.-—Evolución y cambio realizado por Constantino ... II.—Efectos inmediatos del cambio realizado CAPÍTULO II.—Política religiosa de Constantino. El donatismo CAPÍTULO III.—Primera lucha contra el arrianismo. Concilio de Nicea (325) I.—El arrianismo hasta el concilio de Nicea (325) ... II.—Concilio de Nicea (325) III.—Constantino y el arrianismo después del concilio. CAPÍTULO IV.—Los hijos de Constantino el Grande. Lucha contra el paganismo I.—Política general de los hijos de Constantino II.—Nuevos triunfos del arrianismo III.—Triunfos pasajeros de la ortodoxia CAPÍTULO V. — Constancio, único emperador (350-361). Apogeo del arrianismo I.—Medidas religiosas de carácter general II.—Constancio, apoyo principal del arrianismo III.—Cuestión del papa Liberio IV.—El caso de Osio de Córdoba V.—Últimos años de Constancio, Rímini-Seleucia

36?

370 370 371 374 37g 383

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Págs

Págs. CAPÍTULO VI.—Juliano el Apóstata. Últimos esfuerzos del paganismo I.—Evolución de Juliano y su odio contra el cristianismo II.—Actividad anticristiana de Juliano el Apóstata ... III.—Efímero resultado de la campaña de Juliano ... CAPÍTULO VIL—Triunfo de la ortodoxia. Teodosio el Grande I,—De Joviano hasta Teodosio el Grande II.—Teodosio el Grande. Apogeo del Imperio cristiano (378-395) CAPÍTULO VIII.—Herejías durante este tiempo. Concilio de Constantinopla (381) I.—El macedonianismo o herejía contra el Espíritu Santo ": II.—El apolinarismo. Principio de las herejías cristológicas III.—Prisciliano y el priscilianismo IV.—Otros errores o desviaciones cismáticas CAPÍTULO IX.—La Iglesia occidental y sus principales representantes I.—La Iglesia romana, centro de la cristiandad II.—La Iglesia en la península Ibérica III.—Iglesias principales de Occidente CAPÍTULO X.—La Iglesia en el Oriente I.—En torno a los movimientos doctrinales II.—Los tres grandes Capadocios III.—Otros escritores eminentes de Oriente

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PERIODO E.—Apogeo de los Santos Padres. Cuestiones dogmáticas y concilios (395-590) 470 CAPÍTULO I.—La Iglesia a la muerte de Teodosio. Los dos Imperios I.—Imperio occidental después de Teodosio 1 II.—Imperio bizantino hasta Justiniano I III.—El cristianismo fuera del Imperio CAPÍTULO II.—Pueblos bárbaros. Invasiones I.—Significación general de las invasiones II.—Invasiones. Primer contacto con el cristianismo.. CAPÍTULO III.—Los visigodos, vándalos y suevos en España I.—Invasiones en la Península II.—Reino visigodo en España CAPÍTULO IV.—Establecimiento del cristianismo en Italia y en las Gallas I.—El cristianismo en Italia II.—La Iglesia en las Galias

470 471 473 476 480 480 482 484 485 488 493 493 498

10*

ÍNDICE GENERAL

ÍNDICE GENERAL

11

Págs. CAPÍTULO V . — G r a n d e s cuestiones dogmáticas. Agustín. Pelagianismo y semipelagianismo 501 I.—Idea de c o n j u n t o d e l a s h e r e j í a s 501 II.—San A g u s t í n . El d o n a t i s m o 503 III.—Lucha d e S a n A g u s t í n c o n t r a el p e l a g i a n i s m o ... 509 IV.—El s e m i p e l a g i a n i s m o 51"7 CAPÍTULO V I . — N e s t o r i a n i s m o . San Cirilo de Alejandría. Concilio de Efeso (431), tercero ecuménico. I.—La h e r e j í a n e s t o r i a n a II.—Oposición o r t o d o x a . S a n Cirilo d e A l e j a n d r í a ... III.—Concilio t e r c e r o e c u m é n i c o : Efeso (431) I V . — D e s p u é s del concilio de Efeso CAPÍTULO VIL—Monofisitismo y Eutiques. San León Magno. Concilio cuarto ecuménico, Caldedonia (451) I.—La d o c t r i n a m o n o f i s i t a y s u s o p o s i t o r e s I I . — I n t e r v e n c i ó n de S a n León M a g n o . L a t r o c i n i o de Efeso (449) III.—Concilio c u a r t o e c u m é n i c o : C a l c e d o n i a (451) IV.—El m o n o f i s i t i s m o d e s p u é s del concilio d e Calcedonia CAPÍTULO VIII.—Imperio bizantino. Cuestiones dogmáticas I.—El e m p e r a d o r J u s t i n i a n o I (527-565) II.—Cuestiones o r i g e n i s t a s III.—Cuestión de los «tres c a p í t u l o s » . Q u i n t o concilio e c u m é n i c o , s e g u n d o de C o n s t a n t i n o p l a (533) CAPÍTULO IX.—Apogeo de la literatura occidental. San rónimo, San León I.—Hasta la m u e r t e de S a n A g u s t í n (430) II.—Desde 430 h a s t a S a n León M a g n o (f 461) III.—Después de S a n León M a g n o (461-590) IV.—Literatura cristiana en la península Ibérica

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CAPÍTULO X.—La literatura oriental I.—Escuela d e A l e j a n d r í a II.—Escuela de A n t i o q u í a CAPÍTULO XI.—Origen y desarrollo de la vida monástica en Oriente L — P r i m e r a s m a n i f e s t a c i o n e s : los a n a c o r e t a s II.—Desarrollo u l t e r i o r de l a v i d a m o n á s t i c a . Los cenobios III.—Sistemas e s p e c i a l e s y d e s v i a c i o n e s CAPÍTULO XII.—El monacato en Occidente. San Benito ... I.—Los p r i m e r o s c e n t r o s m o n á s t i c o s d e O c c i d e n t e ... IL—Vida m o n á s t i c a e n I r l a n d a , I n g l a t e r r a y A l e m a n i a . III.—Principio del m o n a c a t o e n E s p a ñ a IV.—La R e g l a de S a n Benito. Los b e n e d i c t i n o s

Págs PERIODO F.—El cristianismo, robustecido e n los n u e v o s Est a d o s europeos (590-750) CAPÍTULO I.—La Iglesia en tiempo de San Gregorio I.—Gobierno e s p i r i t u a l d e R o m a y d e l a Iglesia ... II.—San G r e g o r i o M a g n o , d e f e n s o r de l a Iglesia u n i versal III.—San G r e g o r i o M a g n o y el p a t r i m o n i o de S a n P e d r o . IV.—Actividad literaria de San Gregorio M a g n o CAPÍTULO II.—La Iglesia en la Gran Bretaña. San Agustín de Inglaterra I.—Progreso del c r i s t i a n i s m o e n I r l a n d a y r e t r o c e s o e n la G r a n B r e t a ñ a I I . — C o n v e r s i ó n d e los a n g l o s a j o n e s . S a n A g u s t í n d e Inglaterra

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645

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662 662 66e 66£

CAPÍTULO IV.—La Iglesia visigótica en su mayor apogeo ... I . — F l o r e c i m i e n t o g e n e r a l . Los concilios de Toledo ... II.—La o b r a d e los concilios d e Toledo I I I . — O t r a s m a n i f e s t a c i o n e s de l a c u l t u r a c a t ó l i c a I V . — C u l t u r a de l a E s p a ñ a v i s i g o d a

67E 67E 68C 69S 703

CAPÍTULO V.—La Iglesia en el África e Italia I.—La Iglesia e n el n o r t e de Á f r i c a II.—La I g l e s i a e n I t a l i a d e s p u é s de S a n Magno

70C 70E Gregorio

711

563 563 567 570 576 580 581 583

CAPÍTULO V I L — L u c h a contra la heterodoxia. Los teletas I.—El p r o b l e m a del m o n o t e l i s m o I I . — P r i m e r a fase del m o n o t e l i s m o : 625-638 I I I . — S e g u n d a fase del m o n o t e l i s m o : 638-668 I V . — T e r c e r a fase del m o n o t e l i s m o : 668-681

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CAPÍTULO VIII.—Los defensores de la Iglesia en el literario I.—Escritores e c l e s i á s t i c o s d e O c c i d e n t e II.—Escritores eclesiásticos de O r i e n t e

campo

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CAPÍTULO III.—La Iglesia en las Gallas y en Alemania I.—La F r a n c i a d e los m e r o v i n g i o s II.—La I g l e s i a m e r o v i n g i a III.—La I g l e s i a c a t ó l i c a e n G e r m a n i a

CAPÍTULO VI.—El Islam, nuevo enemigo de la Iglesia I.—La A r a b i a a n t e s de M a h o m a II.—Mahoma y su actividad personal III.—La r e l i g i ó n m u s u l m a n a . El C o r á n I V . — P r o p a g a c i ó n r á p i d a del I s l a m

587 587

621 621 623

CAPÍTULO IX.—El Papado

y la jerarquía

71í 71í 71* 72: 73;

73( 73' 74( 74' 75:

en este período

I.—Ejercicio del p r i m a d o de R o m a I I . — P a t r i a r c a s , m e t r o p o l i t a n o s y concilios III.—El c l e r o y l a a d m i n i s t r a c i ó n e c l e s i á s t i c a

761 761 77. ...

77'

771 79: 80

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12*

ÍNDICE GENERAL

Págs. CAPÍTULO X.—Desarrollo de la liturgia. Sacramentos I.—Liturgia en general. Sagrada Eucaristía II.—Fiestas del año eclesiástico III.—Administración de los sacramentos CAPÍTULO XI.—El arte cristiano en su ulterior desarrollo. 1 s. (Tournai 1961). 33 En algunas actas de los mártires encontramos breves y tajantes apologías, como en San Faustino y los Escilitanos. Apolonio defiende con toda libertad su fe ante sus jueces; m a s no se olvide q u e e r a u n senador, con quien se Tenían ciertas consideraciones. Lo ordinario e r a q u e el juez cortara por lo sano a los cristianos q u e empezaban alguna apología.

204

P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

el mundo romano, más o menos bien intencionado; aquellos que leían los escritos paganos anticristianos y habían concebido por medio de ellos graves prejuicios. Los apologetas, como gente culta y educada en el ambiente de las escuelas filosóficas del tiempo, conocían muy bien todo lo que en ellas se propagaba respecto del cristianismo. 2. Características generales de las apologías.—Ahora bien, como sería largo y monótono el seguir metódicamente el estudio detallado de cada u n a de las apologías, será indudablemente más útil indicar brevemente las características generales que presentan todas ellas. Ante todo van dirigidas a probar la injusticia del trato que se da a los cristianos, para lo cual deshacen u n a por una las acusaciones y calumnias propagadas contra ellos. Tales son: de antropofagia, por suponer que en sus reuniones litúrgicas sacrificaban niños y bebían su sangre; incestos, malas costumbres y lo que ellos incluían bajo la inculpación de ateísmo; oposición sistemática al bien público, de donde se seguía la acusación de ser enemigos del género humano; la magia y sacrilegio, unido a la celebración de conciliábulos secretos. Todas éstas y otras parecidas calumnias procuran deshacerlas los apologetas, haciendo ver juntamente la violación de las leyes jurídicas en los procesos contra los cristianos. Mas no se contentan los apologetas con mantenerse a la defensiva. Pasando adelante, ponen especial interés en presentar el valor positivo del cristianismo, la vida virtuosa e ideal de los principios éticos y sublimes de la doctrina católica. Por esto entretejen en sus apologías las más bellas descripciones sobre la vida cristiana. Pero el máximo interés de esta apología positiva lo consiguen con los cantos que dedican a la persona misma de Cristo y a los efectos benéficos y sociales que obtiene su doctrina en todas partes. De ahí pasan con frecuencia al ataque contra el paganismo. Como antítesis de la personalidad sublime de Cristo y de la elevación de todas sus enseñanzas, descubren la vaciedad y locura del culto de los dioses, la inmoralidad de los cultos paganos, la divinización de los vicios más repugnantes, la crueldad y barbarie de los sacrificios humanos, usados por el paganismo.

III.

APOLOGÍAS MÁS INSIGNES

He aquí ahora algunas indicaciones indispensables sobre algunos de los más ilustres apologetas y sus respectivas obras apologéticas.

205 1. Principales apologetas.—Cuadrado es el apologeta más antiguo que conocemos. El año 124 presentó al emperador Adriano u n a apología, escrita, según parece, con ocasión de una persecución local. De este escrito no se ha conservado más que un fragmento transcrito por Eusebio. Arístides35, al igual que Cuadrado, compuso una apología, que dirigió también a Adriano. Suponíase perdida, y hasta fines del siglo xix sólo conocíamos de ella lo que nos comunicó Eusebio; pero en 1889 fue encontrada en u n a traducción siríaca por el americano R. Harris, y poco después en el original griego refundido. Arístides divide a los hombres en cuatro clases: griegos, bárbaros, judíos y cristianos. Habla del reconocimiento y culto de Dios. El que le tributan los griegos y bárbaros en sus dioses es incompatible con el verdadero Dios y opuesto a la moralidad. El de los judíos es meramente exterior. La verdad y moralidad, el culto verdadero de la divinidad, se halla sólo en el nuevo linaje de los cristianos. Una de las notas típicas de esta apología son las descripciones de la vida ejemplar de los cristianos, su armonía y su caridad mutua, tan distinta del egoísmo y crueldad de los paganos 3 6 . San Justino31 es llamado comúnmente el Fii ísofo por haberse dedicado especialmente a la filosofía antes y después de su conversión y haber encontrado la verdad del cristianismo precisamente en el estudio de la misma. Es, indudablemente, el rey de los apologetas del siglo n, y representa un sistema enteramente propio y original, en contraposición al que empleaban otros, sobre todo Tertuliano. Frente al ataque vehemente y a las reivindicaciones ardorosas de otros, San Justino representa el sistema de atracción y armonía, de echar puentes y allanar dificultades para facilitar la común inteligencia. Por otra parte, sus escritos revelan perfectamente todo su sistema y modo de ser. No C.2. REACCIÓN CRISTIANA: LOS APOLOGETAS 34

34 35

Véase en EUSEBIO, Hist. Eccl. 4,3,2. EUSEBIO, 4,3;

ABÍSTIDES

ed.

por

ROBINSON

y

HARRIS en

TextsSt

1,1

2. a

ed.

(1892); ed. por HENNECKE en TexteUnt 4,3 (1893). Véase además: MILNE, H. J. M., en JThStud 25 (1923) 73s; BONA, CONSTANTINO, L'apología di Aristide introd., versione e commento (R. 1950). 36 Es de sumo interés el fragmento descubierto y publicado por MILNE en JThStud, con ía preciosa descripción d e la vida de los cristianos, digna d e la 37Epist. a Diognetes. Puede verse en LEBRETON, o.a, p.424. SAN JUSTINO, ediciones por DOM PR. MARAN en PG 6; por Orro en Corpus apol.; YABEN, H., San Justino. Apologías (M. 1943). Véanse, además: PUECH, Les apolog. grecs pp.46-147; ID., Hist. de la lit. gr. chrét. II pp.131-170; LEBRETON, Hist. du D. de la Tr. II pp.405-484; FEDER, L., lustins Lehre von Jesús Christus (1906); GOODENOUCH, E. R., The theologie of Justine martyr (1923); BARDY, G., en RechScRel (1923); ID., en DictThCath; OTILIO DEL N. JESÚS, J., Doctrina eucarística de San Justino, filósofo y mártir en RevEspTeol 4 (1944) 3s; HAMMAN, A., La philosophie passe au Christ. a L'oeuvre de Justin... en Littér. chrét. 3 (P. 1958); LAGRANGE, M.-J., S. Justin 3. ed. (P. 1914); BARDY, G,, artíc. Justin-. DictThCath 8 2228-2277; SHOTWELL, H., The Exegesis of Justin (Chicago 1955); BEHNARD, L. W., Athenagoras. A. study in second century christian apologstic- Theologie historique, 18 (P. 1972); OSBORN, E. F., Justin martyr: Beitr. z. histor. Theologie (Tubinga 1973); JOLY, R., Christianisme et philosophie. Etude sur Justin et les Apologétes (Bruselas 1975).

206

P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

solamente se dirige a los paganos, sino también a los judíos; a todos quiere persuadir de la verdad cristiana. El ejemplo de su vida era ya un argumento para su apología. Instruido en los diversos sistemas de filosofía, su ansia de conocer a Dios lo llevó a los estoicos y luego a los pitagóricos y neoplatónicos; pero en ninguna de estas ideologías encontró satisfacción para su espíritu. Finalmente, por medio de u n misterioso anciano entendió que el alma h u m a n a no podía llegar a la contemplación de Dios por sus propias fuerzas. Era necesaria la revelación que Dios había comunicado a los hombres por medio de los profetas. Con su estudio llegó al conocimiento de la verdad del cristianismo, a lo cual contribuyó eficazmente el ejemplo de los cristianos. Así, pues, con la convicción más profunda, se dedicó por entero al estudio y enseñanza de la doctrina cristiana. Pasó algún tiempo en Efeso y luego se dirigió a Roma, donde estableció escuela y defendió con el mayor tesón el cristianismo. Este amor a la verdad lo selló con su sangre en tiempo de Marco Aurelio. Entre las varias obras que compuso, tres únicamente se h a n conservado, y son precisamente las apologéticas. Estas son: las dos Apologías, que, según la crítica más reciente, fueron dirigidas ambas al emperador Antonino Pío, y el Diálogo con el judio Trifón, también de carácter apologético. La primera Apología, escrita en 153, deshace primero las acusaciones y calumnias contra el cristianismo, y luego expone ampliamente lo sustancial de la doctrina de Cristo. Extiéndese de u n modo general en la prueba de la divinidad de Cristo. Interesante para la Historia es el rescripto del emperador Adriano al procónsul del Asia Minucio Fundano, que se inserta como apéndice. La segunda Apología, que algunos tuvieron como complemento de la primera, es independiente y fue escrita el 156 como respuesta a los ataques de Frontón. El Diálogo con el judío Trifón, posterior en su composición a las Apologías, no se conserva entero. En él se describe el desarrollo de la ideología del autor y luego trata de convencer a los judíos de que la ley de Moisés era preparación de la ley de Cristo, que es verdaderamente universalista y se extiende a los gentiles. Uno de los rasgos típicos de San Justino es hacer ver las semejanzas entre la filosofía clásica y la cristiana. Es original su teoría para explicar los muchos gérmenes de verdad contenidos en la filosofía. Dos razones lo explican, según San Justino: primera, que los filósofos h a n recibido del Antiguo Testamento las verdades fundamentales. Esta era la tesis de los judíos alejandrinos, que revive mas tarde en la escuela de Orígenes. Tales son: la inmortalidad del alma y el castigo de la otra vida. A esto se añade la teoría sobre

C.2. REACCIÓN CRISTIANA: LOS APOLOGETAS

207

el Verbo seminal, es decir, que toda la verdad que conocen los hombres h a sido comunicada por el Verbo divino, el Logos. Así, todo lo bueno que tienen los griegos en su filosofía les viene del Logos, como las verdades enseñadas por Sócrates, Platón y Aristóteles 38 . Taciano, discípulo de San Justino, se parecía muy poco a su maestro 3 9 . En oposición a la suavidad de carácter de aquél, Taciano era vehemente, duro y altanero. San Ireneo nos hace de él u n a pintura nada halagüeña. Toda su actuación, y a u n su mismo estilo y el sistema de su apologética, se resiente de estas condiciones de su carácter. Hacia el año 170 compuso el Discurso contra los gentiles, que es la apología que h a dado a Taciano el título de apologeta. Toda ella, sin embargo, aunque todavía no se resiente de la herejía posterior, característica suya, deja ya la impresión de su sistema exagerado o estridente. Las tres cuartas partes del libro están dedicadas a la polémica más acre contra los filósofos y la sabiduría pagana. Este sistema marca otra tendencia en el campo de la apologética, diversPv de la de San Justino, y es llevada a su máximo desarrollo \ por Tertuliano, que no admite acomodos ni compromisos y rechaza en absoluto todo lo pagano sólo por serlo. Poco después de escribir su apología, hacia el año 173, Taciano abandonó la obediencia de la Iglesia, fundando la secta de los encratitas. 2. Otros apologetas 40.—Dignos de mención todavía son otros apologetas que alcanzaron gran renombre: Atenágoras, filósofo ateniense, representante de la tendencia de San Justino, autor de la apología titulada rcpscjpeta, o legación, que apareció entre 177 y 180. Va dirigida a Marco Aurelio y a su hijo Cómodo y comprende preciosas descripciones sobre la vida cristiana. San Teófilo, autor de u n escrito apologético en tres libros, el único entre los apologistas que ostenta el carácter episcopal. Minucio Félix, que escribió el Octavius, que debe considerarse como la primera apología compuesta en latín, pieza notable, escrita en estilo atrayente al modo de los Diálogos de Platón. Es un diálogo, en el que u n tal Cecilio presenta las dificultades del paganismo, y Octavio 38 Dignas de tenerse en cuenta son las obras q u e no hacen justicia a San Justino, a quien presentan como medio pagano: RUBÉ, Saint Justin philosophe et martyr (P. 1861); PFATTISCH, P., Der Einfluss Platos aut die Theologie. Justins (1910). A este propósito véase sobre todo LEBRETON en FLICHE-M. I 429s. 39 Taciano y Atenágoras, ed. ED. SCHWARTZ en TexteUnt 4,1,2; SCHWARTZ, Apologie Tatians und Schriften des Athenagoras en TexteUnt 4 (1888s); EIZE, M., Tatian und seine Theologie (Gottingen 1960). 40 Véase el Corpus apologetarum ed. OTTO, y las obras generales citadas en la n o t a 27 y siguientes; MINUCIO FÉLIX, El Octavio (M. 1945); UBALDI, P.-PELLEGRINO, M., Atenágoras (Turín 1947); LUCKS, H. A., The Philosophy of Athenagoras (Washington 1936); TEÓFILO DE ANTIOQUÍA: ed. S. FRASCA (Turín 1938); ed.

BARDY, G.-SENDE, J., en S o u r c C h r 20 (P. 1948);

MELITÓN DE SARDES;

ed. de la ho-

milía; C. BONNÜER (L. 1940); ed. M. TESTUZ (Colonia-Ginebra 1960); GRILLMEIER, A., Sobre Melitón de S.: ZKathTh 71 (1948) 5-14; Schol 20-24 (1949) 481-502.

209

P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

C.3. TERCER PERÍODO DE PERSECUCIÓN

las va resolviendo con especial acierto y gracia incomparable. Todavía volveremos más tarde sobre el tema apologético y polémico, pues insistiendo el paganismo en sus ataques, surgieron en el campo católico nuevos adalides, defensores de la ortodoxia.

1. Sexta persecución: Septimio Severo (193-211).—Septimio Severo, durante los siete primeros años de su reinado, siguió la política precedente. El cielo del cristianismo continuaba sereno. Mas por el año 200, hallándose el emperador en el Oriente en guerra contra los partos, se produjo un cambio. Mucho se ha discutido sobre los motivos de este cambio de conducta de Septimio Severo, hombre, por otro lado, sereno y de amplias concepciones 42. Según parece, se asustó al darse allí cuenta perfecta del número y fuerza creciente del cristianismo, hasta tal punto, que creyó ahogaría pronto a las instituciones romanas. Otros, empero, suponen que el cambio se debió al influjo de la emperatriz Julia Domna. El hecho es que el año 200 publicó el primer edicto general de que tenemos noticia, en el que se prohibía hacerse judíos y cristianos 43 . Iba, pues, directamente encaminado contra el proselitismo. Trataba de ahogar al cristianismo y destruirlo por consunción. Este edicto se aplicó con todo rigor en Oriente y uno de sus efectos más tangibles fue la desorganización de la escuela catequística de Alejandría. Clemente tuvo que escapar, y Orígenes, cuyo padre, Leónidas, acababa de ser martirizado, fue perseguido **. También en el África se embraveció la persecución. Víctimas ilustres de ella fueron las Santas Perpetua y Felicitas 45, cuyo martirio está bien atestiguado con sus actas auténticas. El fanatismo del procónsul contribuyó allí particularmente a dar pábulo a la fiera 46 . Otro foco especial de persecución fueron las Galias, donde murieron mártires los Santos Félix, Fortunato y Aquiles, apóstoles de Valence. Pero el mártir más ilustre de esta persecución fue el anciano obispo de Lyón, San Ireneo, muerto probablemente el año 203 47 .

208

CAPITULO

III

Tercer período de persecución (193-249) PEBSECUCIÓN GENERAL NO

SISTEMATIZADA 41

Desaparecidos los grandes emperadores Trajano y Adriano, Antonino Pío y Marco Aurelio, el Imperio vivió todavía días de gloria durante el reinado de Septimio Severo (193211); pero bien pronto cayó en gran postración y descrédito, siendo durante casi todo el siglo in juguete de las pasiones, de la ambición y de la audacia. El cristianismo, entretanto, durante la primera mitad del siglo ni siguió en un progreso ascendente, cada vez más manifiesto. En el Occidente sobresalían escritores notabilísimos, sobre todo en el norte de África, con Tertuliano y más tarde San Cipriano, y en el Oriente surgía la gran escuela catequística de Alejandría, llevada a su primer esplendor por Clemente de Alejandría y Orígenes. En el Pontificado sobresalían igualmente hombres insignes, como San Víctor (189199), San Ceferino (199-217) y San Calixto (217-222), que intervinieron acertadamente en importantes cuestiones doctrinales y disciplinares. Cuando los emperadores romanos comenzaron a percatarse de que los cristianos formaban una fuerza compacta y poderosa extendida por todo el Imperio, decidieron tomar medidas radicales de carácter general. Su objeto era destruir todo aquel cuerpo, que suponían peligroso para el Estado. Se abandona, pues, el principio de que «no hay que buscarlos» y se sustituye por edictos generales, que tienden a destruir de raíz el cristianismo. 41 Ante todo pueden verse la obras generales en la nota 27 y siguientes. Véase de u n modo particular el resumen de ZEILLER en FLICHE-M. I 113s. Además, pueden consultarse: TERTULIANO, Apologético; Ad nationes; Ad Scapulam; De corona militis; ORÍGENES, De martyrio ed. de Berlín I; EUSEBIO, Hist. eccl. 6,28. Además, véanse: ALLARD, P., Hist. des pers. II 16S; ID., Vicissitudes de la condition ¡uridique de l'Eglise au III siécle en RevQHist 60 (1896) 39-400; AUBÉ, Les chrétiens dans l'Empire romain 18-249 ÍP. 1881); BIHLMEYER, K., Die «syrischen» Kaiser zu Rom (211-235) u. das Christ. (1916); PLATNER, M., The Ufe and reign of the emperor L. Sept. Severus (O. 1918); HESEBROCK, J., Untersuchungen zur Cesch. des K. Sept. Sev. (1921); FLUSS, Severus en PAULY-WISS. 2. a serie II (1922); COSTA, I. G., Beligione e política nell'lmpero romano (R. 1923); CiccuTI, E., 11 problema religioso nel mondo antico (Milán, R. 1933); PINCHERLE, A., Cristianesimo e Impero romano en RivStorltal serie 4. a 4 (1933) 454s; CALDESINI, A., í Severi (Bolonia 1949); PLATNAUER, M., Life and Reign of Septimius Severus (O. 1918).

42 Se supone más bien en los documentos contemporáneos que d u r a n t e estos primeros años era favorable al cristianismo. Cf. TERTULIANO, Ad Scapulam 4. 43 De este edicto se h a b l a en la Historia Aug., Vita Severi 17, 1; «Iudaeos fieri sub gravi poena vetuit; ídem etiam de christianis sanxit». Respecto a la fecha de este edicto, la Vita Severi la coloca en 202, con ocasión de la estancia del emperador en Palestina. Sin embargo, parece debe colocarse algo antes, a fines del año 200 o d u r a n t e el 201. Cf. GOYAU, Chronologie de l'Empire Romain (P. 1891) p.249s, 10, en ZEILLER, O . C , I 115. 44 Sobre la persecución en el África, véase EUSEBIO, Hist. Eccl. 6,5, y los escritos de Tertuliano ya citados. 45 Este martirio fue particularmente célebre. El texto de las actas a u t é n t i c a s puede verse: Edic. crítica: ARMITAGE ROBINSON en Texts St. I 2 (Cambridge 1891). Véase también: FRANCHI DE CAVALIERI, en RomQschr suplem., 5 (R. 1896); LECLERCQ, H., Les martyrs I 120-139. Véase además RUINART, Acta sincera t r a d . cast. I 128S; D'ALÉS, A., L'auteur de la passio Perpetuae en RevHistEccl (1907) Ss; MONCEAUX, Hist. littér. de l'Afrique chrét. I 70s (P. 1901). 46 Según refiere Tertuliano, hubo u n a especie de tregua d u r a n t e el gobierno del procónsul Julius Áper; pero se encendió de nuevo la persecución con el de Scapula. El mismo Tertuliano trató de contenerlo con su escrito Ad Scapulam. Extendióse igualmente a otras provincias orientales, sobre todo en Capadocia y Frigia y en toda el Asia Menor. Cf. EUSEBIO y TERTULIANO, O.C. 47 El argumento principal sobre el martirio de San Ireneo es el Martirologio jeronimiano. También lo atestigua San Jerónimo en su comentario d e Isaías; pero, en cambio, no dice n a d a en De viris illustribus. Tampoco dicen n a d a del martirio da San Ireneo ni Eusebio n i Tertuliano.

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P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

211 res religiosos, una estatua a Cristo, al lado de la de Abrahán 54. El hecho puede ser legendario, pero revela el modo de pensar de Alejandro Severo. En la situación general de la Iglesia apenas hubo cambio ninguno. A pesar de esta tolerancia del cristianismo, no deben rechazarse a priori los martirios que algunas actas refieren a este reinado. De hecho se señalan cuatro mártires en Roma, entre ellos dos papas, Calixto (217-222) y Urbano (222230). A este tiempo pertenece también el martirio de Santa Cecilia; pero las actas que lo refieren son muy posteriores y de escaso valor histórico 55 , C.3. TERCER PERÍODO DE PERSECUCIÓN

Un segundo edicto, contra las reuniones ilícitas, que atentaba directamente contra la celebración de la liturgia cristiana, agravó notablemente la situación, si bien tenemos escasas noticias sobre los efectos de este nuevo edicto. 2. Período de paz.—Providencialmente no duró mucho tiempo esta situación. Ya al fin del reinado de Septimio Severo fue calmándose la tempestad. Mas al principio del reinado de Caracalla (211-217) se inició un cambio completo. Es el principio de un período de paz bastante prolongado, en que la Iglesia tuvo tiempo para desenvolverse bajo todos los aspectos. De Caracalla llegó a afirmar Tertuliano que fue educado con leche cristiana 48 , aludiendo, sin duda, a una nodriza. Esto, no obstante, siguió en África la persecución, atizada por el gobernador Scapula 49 . En ella sucumbieron multitud de mártires, de quienes conservamos actas muy posteriores de poco valor. Heliogábalo (218-222), aunque excéntrico y loco, como no tenía interés ninguno por lo religioso, no se preocupó para nada de los cristianos, por lo cual en su reinado no fueron éstos molestados x. 3. Alejandro Severo (222-235) 51.—La dinastía de los Severos terminó con este gran emperador, el mejor de todos como gobernante y quien llevó más adelante la tolerancia para con los cristianos. Por esto dijo de él Lampridio: «Toleró la existencia de los cristianos» 52. Espíritu elevado y de vasta cultura filosófica, practicaba un eclecticismo o religión sincretística, en la que se hermanaban para él en el rango de la divinidad Orfeo, Abrahán, Jesús y Apolonio de Tiana, el héroe de los neopitagóricos. El favor especial que dispensó a los cristianos se debe a su madre Julia Mammea, que recibió instrucción de Orígenes e Hipólito 53. Esta misma tolerancia está atestiguada por los hechos siguientes: Consta que en la misma corte servían buen número de cristianos. Más notable todavía es lo que se refiere: que el emperador, llevado del espíritu sincretista propio de la época, puso en el santuario doméstico, donde cumplía sus debe48 49

Apologét. 16: «Lacte christiano educatus». Tertuliano (Ad Scapulam) atestigua expresamente que este gobernador continuaba acogiendo toda clase de denuncias contra los cristianos y condenando 50a éstos a la hoguera y a las bestias. Son interesantes las pretensiones que, según Aelio Lampridio (Hist. Augusta, Heliogábalo 3), llegó a fomentar Heliogábalo de fundir el cristianismo en u n a religión sincretística, que él t r a t a b a de i n a u g u r a r en el Heliogabalum, que debía construirse sobre el monte Palatino. No hay d u d a que, si hubiera vivido m á s tiempo, h u b i e r a desencadenado u n a persecución. 51 Entre las obras generales véase en particular: ALLARD, P., Hist. des perséc... II 187s¡ EUSEBIO, Hist. Eccl. 6,21,3; 28; Hist. Aug. Severo Alejandro 4,29s. Véanse también: PAULY-WISS., artíc. Aurelius n.221 10 (1917); FHIELE, W., De Severo Alexandro imperatore (1909); JARDÉ, A., Etudes critiques sur la vie et le reigne d'Alexandre Sévére (P. 1925). Véanse también las obras citadas de RÉVILLE y BlHLMEYER. 52 53

AELIUS LAMPRIDIUS, Hist. Aug., Severus Alex. Así lo atestigua EUSEBIO, Hist. Eccl. 6,21,3.

4,22.

4. Séptima persecución: Maximino de Tracia (235-238) 56 Con Maximino de Tracia comienza para el Imperio romano un período de verdadera anarquía militar, en que los emperadores se suceden rapidísimamente y mueren casi todos de u n a muerta violenta a manos de sus competidores. En medio de tanta agitación e inestabilidad de las cosas, se comprende que las persecuciones tuvieran corta duración y, por otra parte, que más bien se dejara en paz a los cristianos. Maximino de Tracia, elevado al trono por el ejército, cambió por completo toda la política de su predecesor, a quien él había asesinado. No parece tuviera él personalmente ni odio ni afecto a los cristianos; pero desde un principio los hizo perseguir simplemente porque habían sido favorecidos por Alejandro Severo y porque había algunos en la corte. Así lo afirma expresamente Eusebio, y Orígenes añade la noticia de que hizo demoler y quemar los edificios cristianos 57 . Todo marca el principio de u n a persecución. Eusebio señala una circunstancia que caracteriza el designio de Maximino o de sus consejeros. En el edicto que publicó contra los cristianos ordenaba que sólo se castigara a los dirigentes. La persecución, pues, iba contra las cabezas y las gentes más influyentes. Sin embargo, no parece se ejecutaran con rigor estas medidas, si bien nos consta que cayeron víctimas de esta persecución, además de varios personajes de la corte, el papa Ponciano y su contrincante Hipólito 58 , ambas deportados a Cerdeña, donde se reconciliaron antes de morir. Su sucesor, Antero, fue también, probablemente, martirizado. Orígenes informa también sobre algunos martirios de Oriente 59. 54

AEL. LAMPR., O . C ,

4,29.

55 Sobre su martirio pueden verse: KIRSCH, Die heil. Caecilia in der rom. K. des55 Altertums (1910); FRANCHI DE CAVALIERI, P., en StudiT 24 (R. 1912). Acerca de esta persecución, además de las obras generales, véase: HOHL, artíc. Julius n.526 en PAULY-WISS. 10 (1917). Véase también EUSEBIO 6,28. 57 Así lo refiere In Matth. 28. El mismo tuvo que l u c h a r en defensa de la fe y tal vez mantenerse oculto algún tiempo Entonces escribió su Exhortatio ad martyres. p a r a alentar a, los cristianos. 58 El Líber Pontificalis dice de Ponciano: «Afflictus, maceratus fustibus dofunctus est.» Cf. DUCHESNE. O.C., Í 145S, 53 Véase EHHHARD, O . C , 58S.

212

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P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

C.4. FILOSOFÍA PAGANA: GNOSTICISMO

Los sucesores de Maximino, Papiano y Balbino, que sólo reinaron unos meses (238); Gordiano (238-44) y Filipo el Arabe (244-49)60, volvieron de nuevo a la tolerancia. De esta manera se puede decir que, fuera del corto espacio de persecución de Maximino, la Iglesia gozó de tranquilidad, con lo cual se fue robusteciendo y preparando para las grandes luchas que se avecinaban. La conducta de Filipo el Árabe para con los cristianos, la tolerancia y favor que les otorgó, llamaron tanto la atención, que llegó a prevalecer la opinión de que él mismo había sido ocultamente bautizado. Aunque lo atestiguan autores muy cercanos a él, no parece verosímil. Eusebio llegó a referir u n a antigua tradición de que el obispo de Antoquía impuso a este emperador u n a penitencia antes de dejarlo entrar en la iglesia el día de Pascua. En todo caso, por sus buenos sentimientos para con los cristianos, mereció el título que le dio San Jerónimo de «primer emperador cristiano» M.

Mas, frente a todas estas embestidas de la filosofía pagana, respondió la Iglesia por medio de sus polemistas, grandes doctores y pontífices, proclamando siempre con toda claridad los principios fundamentales de la fe cristiana.

CAPITULO

IV

Lucha de la filosofía pagana contra el cristianismo. El gnosticismo A medida que avanzaba y crecía el cristianismo, la lucha con los elementos paganos se hacía más intensa. Al mismo tiempo que, por un conjunto de circunstancias exteriores, el cristianismo gozaba de relativa paz, la filosofía pagana intensificaba más y más sus embates contra las doctrinas cristianas, procurando destruirlas o al menos desacreditarlas. A los primeros ataques más generales de Frontón, Luciano y Celso, siguió ahora la campaña sistemática de las escuelas neopitagóricas y neoplatónicas, que con la brillantez de sus formas y el espejismo de la filosofía clásica, que trataba de renovar, y multitud de ideas sutiles que fomentaba, consiguió fascinar a muchas inteligencias e incluso se infiltró en algunos intelectuales cristianos. Más peligroso todavía fue el gnosticismo, que, aprovechando muchos elementos de la fisolofía griega y combinándolos con algunos principios cosmogónicos orientales y ciertas verdades cristianas, puso al cristianismo en verdadero peligro de rebajarse a una filosofía puramente natural. ™ EUSEBIO 6,34S. El da a b u n d a n t e s noticias sobre las íntimas relaciones de este emperador con los cristianos. Incluso dice que conocía cartas de Orígenes dirigidas a él y a su esposa Octavia Severa (Hist. Eccl. 26,3). San J u a n Crisóst.omo atribuye al obispo San Babilas el hecho de la penitencia impuesta a Filipo el Árabe. si De viris illustribus 54: «Qui primus de regibus romanis christianus fuit».

I.

RENOVACIÓN DE LA FILOSOFÍA PAGANA

62

Para oponerse al cristianismo, que con sus nuevos principios teológicos y éticos destruye el paganismo, los defensores de éste tratan ahora de rejuvenecerlo por medio de la filosofía y con nuevas inyecciones de religiosidad. Tal es la meta adonde se dirigen los esfuerzos del neopitagoreísmo y neoplatonismo y de casi todos los que atacaron literariamente al cristianismo desde fines del siglo n. Su objeto era probar que poseían ya algo mejor que los cristianos, y así no necesitaban sus doctrinas. 1. Los neopitagóricos 63 .—Entre los neopitagóricos sobresalió Filostrato, el cual, incitado por la emperatriz Julia Domna, presentó a principios del siglo ni a Apolonio de Tiana como un reformador o semidiós, u n verdadero paralelo y sustituto de Cristo. Preséntase como el ideal del sabio y filósofo, que con la brillantez de sus doctrinas atrae todos los corazones; con su virtud natural, basada en la filosofía griega, pretende probar prácticamente la inutilidad de la ética cristiana. La religión que representa el Apolonio de Tiana de Filostrato es el tipo de u n a religión sincretística de las que tan en boga estaban en aquel tiempo, mezcla de ideas filosóficas helénicas y de reminiscencias o elementos orientales, todo ello en armonía con la religión r o m a n a o el culto al emperador. 2. Escuela neoplatónica M.—Pero los ataques de los neoplatónicos fueron mucho más certeros y, por ende, mucho más temibles. Son célebres de un modo particular por sus ataques contra el cristianismo los neoplatónicos Porfirio, Hierocles, Plotino y Jámblico. 62 Como la filosofía pagana está representada principalmente por el neopitagoreísmo y neoplatonismo, y más particularmente p o r sus infiltraciones en el gnosticismo, véase la bibliografía que luego se i n d i c a r á sobre c a d a u n o de estos sistemas y sus principales representantes. Véase en particular: LABRIOLLE, P. DE. La réaction pa'ienne. Etudes sur la polémique antichrétienne du l au VI siécle (P. 1934). R3 Además de las obras generales, pueden consultarse: Philostrati opera ed. WESTERMANN (P. 1849); MEAD, Apollonius of Tiana, the philos. Reformer of the first Cent. (L. 1901); WHITTAKER, Apollonius of Tyana and other Essays (L. 1906); CAMPBELL, Apollonius of T. A. Study of his bife and Times (L. 1908); GHEZZI, Apollonio di Tiana nella storia e nella leggenda en Riv. Stor.-Crit. delle Scienze Teol. (1910) 364s. 84 Para la bibliografía sobre el neoplatonismo véanse las obras indicadas en sus principales representantes, Porfirio, Plotino y Jámblico. P u e d e n verse también las historias generales de la Hteratura cristiana y de la filosofía en los pasajes correspondientes, o el artículo Neoplatonismo en DictThCath y otras

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P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250)

Porfirio65 escribió Quince libros contra los cristianos, a pesar de haber sido él mismo catecúmeno. Esta circunstancia le sirvió para conocer mejor el cristianismo y aprovecharse de ello en sus ataques contra él. La obra de los quince libros se ha perdido en su conjunto, pero se conservan algunos fragmentos, que bastan p a r a conocer sus tendencias. Otra obra más célebre todavía escribió Porfirio, titulada Philosophia et oracula, y relacionada directamente con el cristianismo. Trata de presentar, frente a la revelación de los cristianos, u n a revelación especial pagana, que deben todos fomentar y defender, por ser mucho mejor que la cristiana. Este conjunto de principios de la filosofía pagana renovada, basados en gran parte en las ideas de Platón, forman el núcleo de la escuela llamada por eso neoplatónica. A esto mismo tienden los neoplatónicos Hier ocles, gobernador romano de Bitinia; Platino66 en Roma, a mediados del siglo ni, y Jámblico a principios del iv. Todos ellos insisten mucho en cierta interpretación alegórica de los mitos antiguos de los dioses, rechazan el politeísmo abierto y grosero y buscan cierta ascética y aun u n a especie de contemplación de la divinidad, que los hace sospechosos de panteísmo. Para la gente culta era uno de los mayores enemigos del cristianismo. II.

IDEA GENERAL DEL GNOSTICISMO 67

Directamente emparentado con el neoplatonismo y en sus primeras manifestaciones anterior a él, índice el más significativo de las nuevas corrientes paganas que tendían a resucitar la filosofía antigua, es el gnosticismo con sus variadísimas manifestaciones y multitud de representantes. La única diferencia que existe entre las dos tendencias es que la del neoplatonismo era francamente pagana, mientras el gnostienciclopedias semejantes. Véanse en particular: UBERWEG-PRAECHTER, Grundriss. I 11. a ed. 216S; ZELLER, Cesch. der griech. Philos. III 2 5. a ed. (1923); KLIMKE, ed. esp. p.84s. (1947); ELSEE, Neoplatonisme in relation to christianity (Cambridge 1908). 65 Porphyrii opuscula selecta ed. HAUCK 2. a ed. (1886). Fragmentos de Porfirio en EUSEBIO: Hist. Eccl. 6,19; Praepar. evang. 1,9; 4,6; 5,5; 10,9; Demonstr. evang. 3.3,6; SAN AGUSTÍN. De civ. Dei 10 26-32; 19,23; KLEFFNER, A. J., Porphyrius der Neuplatoniker und Christenfeind (1896); HARNACK, A., V., Porphryrius «Gegen die Chrlsten» 15 Bücher (1916); LABRIOLLE, L. DE, Porphyre et le christianisme (P. 1929). 66 Plotinl opera omnla por H. F. MÜLLER 3 vols. (Berlín 1878-1880); GUTOT, Les réminlscences de Philon le Juif chez Plotin (P. 1906); WUNDT, M., Plotlnische Studien... I (1919); MÜLLER, H. F., Dionisios, Profelos, Piotinos en BeitrPhilThMA 20,3-4 (1918); SCHMIDT, Plotins Stellung zum Gnosticismus und zum christl. Chríst en TexteUnt 20,4; Plotinl Opera: I Porphyrii vita Plotini (P. 1951). 67 Para los escritos gnósticos, véanse: SCHMIDT, C , Koptischgnostische Schriften I (1905); Pistis Spohia (1925); HARNACK, Über das gnostische Buen Pistis Sophia en TexteUnt 7,2 (1891); ID., Gesch. der althirchl. Liter. I 143s; II 1 289s, 583S; BARDENHEWER, Gesch. der althirchl. Lit. I 2. a ed. 343s; BuoNAIUTT, Frammenti gnostici (R. 1923). Asimismo deben tenerse en cuenta multitud de libros apócrifos de carácter gnóstico: TISCHENDORF, Evangelia apoerypha (1876); ROBINSON, Coptlc apocryphal Gospels (Cambridge 1896); Acta Apos-

C.4. FILOSOFÍA PAGANA: GNOSTICISMO

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cismo se presentaba como cristiano. Mas por eso mismo era más peligrosa para el cristianismo, pues inoculándole aquellos principios que lo desvirtuaban, constituía u n a terrible amenaza contra lo que hay en él de más íntimo, su doctrina. Por esto se comprende fácilmente la seriedad de la lucha que tuvo que mantener la Iglesia contra todas las manifestaciones del espíritu gnóstico, que en el fondo era el espíritu pagano. Esta gravedad aumentaba todavía por el hecho de presentarse con un ropaje de ciencia y alta especulación, de donde tomó el nombre de -fvoxjtc, (gnosis), conocimiento o ciencia, y sobre todo porque, realmente, tuvo u n a serie de hombres de talento y cualidades excepcionales, que supieron presentar las ideas fascinadoras del gnosticismo con un atractivo seductor. 1. Origen de la «gnosis».—La primera cuestión que se presenta es el origen del gnosticismo, es decir, de dónde provenía y cómo se formó. Algunos escritores contemporáneos suponían que era una aberración de las doctrinas cristianas. Pero esto no puede admitirse. Estudios detenidos hechos recientemente han conducido a la conclusión de que el gnosticismo no es otra cosa que un sincretismo más entre los muchos a que dio origen la cultura helénica. Después de las victorias de Alejandro Magno, y sobre todo después de la sumisión de los pueblos orientales a los romanos, infiltráronse en el mundo grecorromano multitud de ideas orientales, sobre todo el dualismo y cierto sentimentalismo, propio de los ritos de Oriente. A esto debe añadirse el rejuvenecimiento de las ideas filosóficas de Platón y, en general, de la filosofía griega. Todo esto había producido, ya antes de la venida de Cristo, u n a fermentación místico-religiosa, que fue después en aumento. El fenómeno más satolorum apocrypha ed. LIPSIUS y BONNET 3 vols. (1891-1903). Sobre el gnosticismo en general, véanse, ante todo: BATIFFOL, L., L'Eglise naissante... c.6 y 7; EHRHARD, Die Kirche der Martyrer (1932) p.l32s; LEBRETON, Histoire du dogm'e de la Trinité II ls; ID., en FLICHE-MARTIN II 7s; BAREILLE, G., artíc. Gnosticisme en DictThCath; DUCHESNE, artíc. Gnosticisme en DictApol. Véanse además: AUSÉLINEAU, E., Essai sur le gnosticisme égyptien (P. 1887); BTJONAIUTI, E., Lo gnosticismo (R. 1907); STEFFES, J. P., DOS Wesen des Gnostizismus und sein Verháltnls zum hath. Dogma en ForschCrLitDogm 14,4 (1922); LEISEGANG, H., Die Gnosis (1924); FAYE, E. DE, Introduction á l'étude du gnosticisme (P. 1903);' Gnostlques et gnosticisme.a Etude critique des documents du gnosticisme chrétle'n aux II et III siécles 2. ed. (P. 1925); HENCHEN, E., Gab es eme vorchristliche Gnosis? en ZTheolKirch 49 (1952) 316S; BENZ, E., Indlsche Einflüsse auf die frühchristl. Theologie (Maguncia 1951); SHERLEY-PRICE, L., Confucius and Christ. A Christian estímate oí Confucius (N.Y. 1952); NOCK, A. D., Hellenlstic mysteries and Christian sacraments en Mnemosine 5 (1952) 177S; GRANT, R. M., The earliest Christian gnostlcism en ChicHist 22 (1953) 81s; FREÍ, W., Geschlchte und Idee der Gnosis (Zurich 1958); WILSON, R. M., The Gnostic problem (L. 1958); SCHOEPS, H. J., Urgemetnde, Juden-Christentum, Gnosis (Tubinga 1956); AMBELAIS, R., La notlon gnosttque du démiurge dans les Ecritures et les traditlons judéo-ehrét. (P. 1959); GRANT, R. M., Gnosticism and Early Christianity (N. I.-L. 1959); PETERSON, E., Judentum und Gnosis (Frib 1959); GARTNER, B., The Theology of the Gospel of Thomas (L. 1961); FOERSTER, W Die Gnosis I. Zeugnisse der Kirchenvater... (Stuttgart 1969); GARCÍA BAZÁN, É!' Gnosis. La esencia del dualismo gnóstico (Buenos Aires 1971).

P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250) 216 liente fueron los diversos conglomerados que llamamos sistemas o religiones sincretísticas, en los cuales predomina siempre cierta ansia de lo divino y de un conocimiento más elevado.

2. Ocasión inmediata de la formación de la «gnosis».— En realidad, pues, existían los principales elementos gnósticos mucho antes que se formara el gnosticismo propiamente tal. Pero, entrado el siglo n, se produjeron dos hechos que contribuyeron poderosamente a la fusión de aquellos principios orientales e ideas filosóficas griegas con algunas doctrinas cristianas, que es propiamente lo que constituye el gnosticismo. El primero fue el auge siempre creciente de los conglomerados sincretísticos de las religiones y cultos orientales con los principios y especulaciones neopitagóricos y neoplatónicos. El segundo es el desarrollo del cristianismo. A esto se debió el que se le fueran juntando cada vez más elementos de la alta sociedad y de la gente culta y erudita. Ahora bien, entre estos elementos cultos ya cristianos se fue avivando el deseo de penetrar a fondo las doctrinas y dogmas cristianos; deseo muy natural, pero que traía graves inconvenientes. Esta ansia de estudio y de comprensión de las doctrinas cristianas más recónditas trajo consigo, por u n a parte, el buen efecto de la creación de escuelas teológicas, que tendían a armonizar, en cuanto era posible, las especulaciones filosóficas con los dogmas cristianos. Mas, por otra parte, indujo a algunos a rebajar las doctrinas cristianas a los sistemas y principios paganos y hacer con todos ellos u n a amalgama, difícil de entender en nuestros días. Como, por u n a parte, estaban ellos imbuidos en todos aquellos principios paganos y, por otra, no hablan penetrado suficientemente el alcance de los principios cristianos, se explica que, no obstante su talento, cayeran en las más inverosímiles aberraciones, verdaderos rompecabezas y concepciones extravagantes, sólo comprensibles en el ambiente en que se formaron. 3. Procedencia de los diversos elementos de la «gnosis». Para completar lo indicado, he aquí u n a síntesis de la procedencia de los elementos principales del gnosticismo. De la filosofía platónica se tomaron algunas cuestiones un tanto especulativas, como la teoría de las ideas, etc., aunque acomodada a las nuevas corrientes. Del neopitagoreísmo y neoplatonismo se tomaron ciertos principios ascéticos y morales, la tendencia a la contemplación divina, el panteísmo. Otros elementos se tomaron de las religiones de Egipto,

C.4. FILOSOFÍA PAGANA: GNOSTICISMO 217 Persia y Caldea. Eran principios y prácticas religiosas características del Oriente, que fomentaban el sentimiento religioso y pretendían conducir a la unión con la divinidad. Muy importantes fueron también los elementos cosmogónicos tomados de los persas, hindúes y otros pueblos de Extremo Oriente: de ahí las emanaciones del principio supremo, los grupos de eones, etc. A esto se añadía la interpretación alegórica y fantástica de los mitos y de la teología primitiva. Finalmente, y en u n a forma fantástica parecida, se tomaron diversos elementos del cristianismo: de la Sagrada Escritura espigaron lo que les parecía, y con las más atrevidas alegorías lo acomodaron a sus concepciones. La idea más específicamente cristiana era la de la redención, aunque también está expresada de algún modo en las religiones orientales. En el gnosticismo es sustancial, y aunque presenta u n a forma exterior cristiana, se la reviste de un ropaje extraño y raro.

4. Puntos fundamentales de los diversos sistemas.—Siendo tantos los sistemas y conviniendo todos en la destrucción del cristianismo con la inoculación de ideas paganas destructoras de su espíritu, he aquí los puntos fundamentales en que convienen generalmente todos. El punto básico es la oposición fundamental y eterna entre el Dios trascendental e inaccesible, el pu8d Alejandría al lado de Panteno, primer organizador de la' escuela, y hacia el año 200 le sucedió en su dirección. Hom- j bre de una erudición pasmosa, a juzgar por los escritos que nos ha dejado, debe ser considerado como el iniciador del sistema científico en la teología 137. Enseñaba que se debía^ considerar la Revelación en relación con toda la verdad co-s nocida, en particular con la filosofía griega. Por esto se advierte en él la tendencia típica de su escuela: reunir todos los elementos buenos de la filosofía antigua. Esto lo hacía Clemente con el entusiasmo de un enamorado, seducido siempre por la idea de armonizar la filosofía helénica con la verdad cristiana. Por desgracia, llevó demasiado adelante esta tendencia, que le hizo cometer algunos errores. Su obra maestra, casi la única que se ha conservado, es de una concepción grandiosa. Su plan era fundar u n a ciencia cristiana, u n a apología de la fe católica. Para ello compuso-, como primera parte, Exhortaciones a los gentiles, donde se dirige a éstos, se mofa de sus doctrinas y luego trae testimonios de los paganos para probar el monoteísmo. Con brío de gran apóstol, resuelve la dificultad de que es injusto apartarse de la religión de sus padres. Deshechos los prejuicios, pasa a la segunda parte, formada por el Pedagogo, fruto de las lucubraciones de sus clases. En él se propone instruir en la vida cristiana al pagano converso. El pedagogo es Cristo mismo, que es quien presenta u n precioso conjunto de enseñanzas sobre la moral y ascética cristiana. A todo esto se añaden consejos prácticos para la vida, y se termina con un verdadero himno triunfal a Cristo, uno de los mejores de la antigüedad. Como tercera parte de la vasta obra de Clemente, se presenta la llamada Stromata o tapices. Tal como él la dejó, son como apuntes o ensayos sobre temas sueltos; mas, según todas las probabilidades, eran como avances para una exposición científica de la doctrina cristiana que debía llevar el título de Maestro. l'étude de la connaissance mystique chez Clém. d'Al. (P. 1945); LEBBETON, J., La théologie de la Trinité chez Clém. d'Al: RechScRel 34 (1974) 55-76 142-179-, COLUNGA, A., Clemente de Al. escriturario: Helmánt. 1 (1950) 453-71; MOINGT, J., La gnose de Clém. d'Al. dans ses rapports avec la foi et la philosophie: Rech ScRel 37 (1950) 195-241 381-421 537-564; 38 (1951) 82-118; ORBE, A., Teología bautismal de Cl. de Al: Greg. 36 (1955) 410-448; MARBOU, H. I., Humanisme et christianisme chez Clém. d'Alex. d'aprés le «Pédagogue»: Rech. sur la trad. platón. (Ginebra 1957); SPANNENT, M., le Stoicisme des Peres de l'Eglise de Clém. de Rome á Clém. d'Al. (P. 1957); RÜTHEB, T H . , Die eine Kirche und die Haresie bei Kl v. Al..- RechScRel 46 (1958) 37-49; VALENTÍN, P., Clément d'Alexandrie (P. 1963); BOÜDEHOUX, J. P., Mariage et famille chez Clément d'Alexandrie: Théol. hist., 11 (P. 1970); BRONTESI, A., La soteria in Clemente Alessandrino: AnGreg. 186 (R. 1972). 137 No consta con seguridad que fuera sacerdote, no obstante la carta del obispo Alejandro, que reproduce EUSEBIO (Hisf. Eccl. 6,11,6).

263 2. Orígenes .—Digno sucesor de Clemente de Alejandría fue Orígenes, uno de los hombres de más capacidad intelectual y de más fecundidad literaria que han existido. Por otra parte, es el escritor eclesiástico antiguo de cuya vida poseemos más abundantes pormenores. Ante su colosal figura, amigos y enemigos tributan el testimonio de la más profunda admiración y respeto. ¡ Lástima que sus incomparables méritos queden afeados con algunas ideas erróneas, impropias de su genio, que sirvieron de base para las interminables contiendas en torno a su persona! Nacido hacia el año 185 (según todas las probabilidades, en Alejandría), por el martirio de su padre, Leónidas, el año 202, quedó él y su familia en la miseria. Contando, pues, sólo diecisiete años, se dedicó a dar lecciones privadas con el fin de ganarse el sustento, púsose en contacto con los dirigentes de la escuela catequética de aquella ciudad, y dio tales muestras de talento y comprensión, que al año siguiente fue puesto al frente de la misma. Contaba entonces sólo dieciocho años. Para completar su formación privada asistió a las lecciones del neoplatónico Amonio Sacas, y se dedicó al aprendizaje del hebreo con el objeto de dirigir la traducción de la Biblia. Al mismo tiempo emprendió diversos viajes de estudio y vivía una vida de estrecho ascetismo. En esta forma siguió desarrollándose su vida, dedicada por entero a la ciencia, y comenzó una serie de trabajos que constituyen un verdadero prodigio en su género. En un arreC.6. PRIMERAS ESCUELAS Y DOCTORES 138

l3B Para el texto completo de Orígenes, véanse: PG 11-17; ed. en GrChrSchr, hasta hoy 12 vols. (1899-1959), por KOETSCHAU, etc. Véanse además: PRAT, F., Origéne: Le théologien et l'éxégéte (1907); KIRILLOS II, PAT. CAT. D'ALEJ., ReconsIruction de la synthése scientifique d'Orig. 2 vols. (Alejandría 1907-1909); BABi'v, G., Recherches sur l'histoire du texte et des versions latines «De principiis i/'(Jr.» (P. 1923); FAYE, E. DE, Origéne; sa vie, son oeuvre, sa pensée 3 vols. (P. 11123-1928); ID., Esquisse de la pensée d'Origéne (1925); ALES, A. D', artíc. Oríticnisme en DictAp 3 (1229s): CADIOU, R., La jeunesse d'Origéne. Histoire de l'rcole d'Alexandrie au debut du III siécle (P. 1935); VEBFAILLE, C , La doctrine de la ¡ustification dans Orig. (P. 1926); Rossi, G., Saggi sulla metafísica i/> Orig. (Milán 1929); LIESKE, A., Die Théologie der Logosmystih bei Orig. 111138); MOLLAND, E., The Conception of the Gospel in the Alex. Theology 85-164 (O. 1938); DANIÉLOU, J-, Origéne (P. 1948); Homéües paséales II Estudio, texto v trad. por P. NAUTIN en Sourc. chrét. (P. 1953); BABDY, G., artíc. Origéne: DiclThCath 11 1489-1565; KOLH, H., artíc. Orígenes.PaulWyss 18,1 1036-1056; K ierren, F. H., artíc. Orígenes: RelGeschGeg 3. a ed. 4 1692-1701; VAGAGGINI, C., María nelle opere di Orígenes (R. 1942); BETHENCOURT, ST., Doctrina ascética Or. llt. 1945); BERTRAND, F., Mystique de Jésus chez Or. (P. 1951); HANSON, R- P. C , Orinen's doctrine on Tradition (L. 1954); ID., Allegory and Event... Origen's inli'rpreíation- of scripture (L. 1959); HARL, M., Or. et la fonction révélatrice du Vrrbe incarné (P. 1958); CROUZEL, H., Or. et la philosophy (P. 1959); ID., O. et tu -Connaissance mystique» (Brujas 1961); ID., O. devant l'Incarnation et devant I'Histoire: BoullLitEccI 62 (1961) 81-110; ID., Virginité et Mariage selon O.: MussLess; Sect. théol. (P. 1963); DREWERY, B., Or. and the doctrine of grace II.. 1960); GRUBEB, G., Wesen, Stufen und Mittellungen des Lebens bei Or. i Munich 1961); NEMESHEGY, P., La morale d'Or.: RevAscMyst 37 (1961) 409-428; 'ÍI'HIV.ENBERGEH, J., Syneidesis bei Or. Studie zur Cesch. der Moraltheologie: Ahhlandl z. Moraltheol, 4 (Paderbom 1963); ORÍGENES. Contra Celso. Introd., luid, y notas por D. Ruiz BUENO: BAC 271 (M. 1967); RIUS-CAMPS. X, El dina minino trinitario en la divinización de los seres racionales, según Orígenes: UrCrAn. 188 (R. 1970); TREVIJANO, R., La Didascalia de Orígenes. Caracteres «I» su doctrina: ScriptVict., 18 (1971) 121-154; ALCAIN, J. A., Cautiverio y rellimcfón, en Orígenes (B. 1973).

P.B. DESARROLLO DEL CRISTIANISMO (100-250) 264 bato de ascetismo, deseando librarse de todas las tentaciones de la carne, se hizo castrar, por lo cual, al pretender luego recibir las órdenes sacerdotales, su obispo se negó a ello alegando este impedimento. Orígenes se dirigió entonces a Cesárea de Palestina, donde recibió el presbiterado; pero inmediatamente fue arrojado por su primer obispo de la iglesia de Alejandría y privado de la presidencia de la escuela. Esto sucedía el año 232. Inmediatamente organizó en Cesárea una nueva escuela según el modelo de la de Alejandría, y con el prestigio de su nombre le dio rápidamente gran incremento, atrayendo en torno suyo a los hombres más eminentes. En todo este tiempo continuó redactando sus trabajos literarios con u n a actividad admirable, hasta que en la persecución de Decio fue apresado y tuvo que sufrir dura cárcel y aun terribles tormentos. Mas, pasada la persecución, recobró la libertad, pero murió pronto; según parece, el año 253, en Tiro de Fenicia. Sus producciones literarias le dieron ya en vida, aun entre los paganos, gran fama. Por esto Julia Mamea, madre del emperador Alejandro Severo, lo hizo ir a Antioquía y tuvo entrevistas con él. Sin embargo, sus mismas cualidades excepcionales y algunos extremismos y aun errores que defendió dieron origen inmediatamente después de su muerte a multitud de controversias. Es cierto que él por su parte hacía profesión de la más estricta ortodoxia y, por su misma confesión, tenía en más un desliz en la doctrina que en la moralidad; pero su afición exagerada a la alegoría en la Sagrada Escritura y sus esfuerzos desmedidos por armonizar la filosofía platónica con el cristianismo lo hicieron caer en exageraciones y errores positivos. En su prodigiosa fecundidad literaria, que es uno de sus distintivos, sobrepasa a todos los escritores de su siglo. Pero más que su fecundidad, con ser tan relevante, encanta la profundidad y erudición que aparece en sus obras. El título de Diamantino que se le aplicó indica bien claramente su gran potencia de trabajo, y Eusebio añade que en el tiempo de su mayor producción empleaba siete taquígrafos, que copiaban por turno sus dictados 139. Sus escritos son de un valor muy diverso. Algunos son obras de momento, como conferencias, homilías o sermones de ocasión y aun apuntes hechos por otros. Otras, en cambio, son obras científicas de alta investigación y modelo en su género. Poco, en verdad, se ha conservado de sus obras mayores, y aun esto sólo en traducción latina; pero ciertamente basta por sí solo para dar u n a idea de la capacidad intelectual y de la extraordinaria fecundidad de Orígenes. 139

Véanse EUSEBIO, Hist. Eccl. 6,23,2, y RUFINO, Hist. Eccl. 2,22. Véase tanibién, SAN JERÓNIMO, Epíst. 33,

265 La mayor parte de sus obras se refieren a la Sagrada Escritura. A ellas pertenecen: La Héxapla, que es, indudablemente, la obra más célebre de Orígenes, y significa un trabajo monumental de crítica textual. Su objeto era reproducir el texto exacto de la versión de los Setenta. Para ello presentaba en seis columnas (héxapla) el texto hebreo en caracteres hebreos y griegos, las traducciones griegas de Aquila, Símaco, de los Setenta y de Teodoción. En la reproducción de los Setenta estaban señaladas con nota especial las palabras y frases que faltaban en el texto hebreo. Asimismo se empleaban otros signos de crítica textual. En algunos casos en que se poseía alguna otra traducción añadió Orígenes otras columnas, con lo cual la héxapla se convertía en héptapla, etc. La obra se comenzó en Alejandría y terminó en Tiro. San Jerónimo la encontró todavía entera. Luego, por efecto de las grandes cuestiones origenistas, desapareció. En 1895, Giovanni Mercati encontró en un palimpsesto de la biblioteca de Milán un fragmento de diez salmos a seis columnas. La segunda obra monumental de Orígenes, también escrituraria, son los escolios, homilías y comentarios a la Sagrada Escritura. De los fragmentos que se h a n conservado y lo demás de que se tiene noticia, consta que Orígenes hizo exégesis de casi toda la Sagrada Escritura. Pero no siempre empleó todo el aparato de su ciencia. Orígenes hizo tres tipos de explicaciones: los escolios, que eran breves aclaraciones de las palabras; una exégesis fácil y al alcance de la gente sencilla. Las homilías, o exposición de carácter de edificación, con aplicaciones morales al modo de las de San J u a n Crisóstomo o San Agustín. Finalmente, los comentarios, que era donde vertía Orígenes toda su ciencia escrituraria y manifestaba las características de su sistema de interpretación mística y alegórica. Mas con esto, aun siendo tanto, no quedaba agotada la fecundidad de Orígenes. Escribió también la Apología contra ios libros de Celso, de gran interés histórico y apologético; y sobre todo compuso el gran tratado Sobre los principios, que es una dogmática o exposición breve de los dogmas o principios cristianos. Precisamente por su carácter doctrinal, aquí es donde se encuentran los errores de Orígenes, como la eternidad de la creación, la célebre apocatástasis, o reducción final de todo a un estado primitivo, y por ende, Iii negación de la eternidad de las penas en el infierno. Esto no obstante, Orígenes ha sido siempre considerado como uno dirigió a todos la palabra en tono bondadoso y conciliador, y, penetrado de la trascendencia del acto, exhortó a todos a que tomaran las medidas necesarias para asegurar la unión doctrinal. Finalmente, para dar la sensación de seguridad y firmeza, prometió su apoyo, encargándoles que a todo trance se llegara a la verdadera paz. Con esto cumplía Constantino el principio de ser obispo o superintendente de las cosas de fuera, mientras dejaba a los Padres del concilio para que ejercieran su cargo de obispos de lo interior. Inmediatamente se entró en la cuestión candente. Mucho se ha discutido sobre el sistema que se siguió en las discusiones. Por mucho interés que estas cuestiones tengan para el historiador, no podemos entretenernos en su exposición. Lo que más nos importa es saber que los partidarios de Arrio, y Arrio mismo 45, estaban dispuestos a mantener sus posiciones. Aun antes de la llegada del emperador, en algunas reuniones parciales de presbíteros y obispos habían 43 Al decir de Sócrates, su principio fue el 20 de mayo (Hist. Eccl. 1,13). 44 Véase en EUSEBIO (Vita Const. 3,10) la descripción de la magnificencia con que se presentó Constantino ante la asamblea. El mismo nos transmite el texto de las palabras que dirigió en latín a los Padres reunidos. 45 Arrio, no siendo obispo, no tomó parte personalmente en las discusiones; pero se hallaba en las proximidades alentando a sus partidarios.

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 390 manifestado gran audacia; pero ya entonces se les había enfrentado el joven Atanasio con su inflexible lógica 46 . En las primeras sesiones del concilio se manifestaron diversas tendencias relativas al punto candente de la discusión: la doctrina sobre el Verbo. Unos insistían en la confesión de los puntos básicos: unidad de la esencia divina, divinidad del Verbo y su distinción del Padre; otros, en cambio, ponderaban ciertamente la divinidad de Cristo, pero se expresaban en términos que favorecían las opiniones subordinacianistas, al estilo de Orígenes-, finalmente, Arrio y los suyos expresaron claramente su opinión de que el Verbo era una criatura del Padre y distinta de él en la esencia. Un buen número de obispos, hasta veintidós, llegaron a manifestarse partidarios de estas opiniones.

3. Fórmula del «homoousion».—Las discusiones tomaron bien pronto una animación inusitada. Hubo de rechazarse una fórmula que los arríanos proponían, por ser ambigua y favorable a sus ideas. Entonces trataron todos de confesar el dogma católico sobre la naturaleza del Verbo con expresiones claras, tomadas de la Sagrada Escritura. Pero la dificultad estribaba en que todas estas expresiones las explicaban los arríanos conforme a su sistema. La frase que el Verbo era ex Deo, de Dios, la explicaban ellos a su modo, diciendo que era de Dios como todas las otras cosas, pero pura criatura. En medio de esta desorientación general y cuando no se conseguía llegar a una fórmula que expresara claramente el dogma católico, propuso Eusebio de Cesárea un símbolo usado en su iglesia; pero se vio que contenía oscuridades peligrosas y que se prestaba a interpretaciones erróneas 4 7 . En estas circunstancias y después de infructuosas discusiones, se presentó la fórmula que más claramente expresaba la doctrina ortodoxa respecto de la naturaleza del Verbo. Esta expresión es la célebre palabra ¿(tooóoiov, consustancial, con la que se defiende, junto con la consustancialidad, la distinción personal del Hijo y del Padre. 4. Osio, autor de la fórmula.—Muy interesante es, particularmente para los españoles, la cuestión sobre el autor de la célebre fórmula del homoousion. No hay duda que fue un acierto transcendental, pues sin peligro de ambigüedad, fijaba con toda precisión el dogma católico sobre la 46 Tampoco Atanasio, joven diácono y secretario de Alejandro de Alejandría, podía participar directamente en las sesiones del concilio. Sin embargo, como asegura él mismo, ya entonces, por su intensa actuación contra la herejía, fue hecho blanco del odio de los arríanos (Apol. contra arianos, 6). 47 El mismo EUSEBIO nos da noticia de esta intervención en u n a carta escrita a sus diocesanos apenas terminado el concilio. Sin embargo, por ser tan en elogio propio, conviene ponerse en guardia.

C.3. ARRIANISMO. CONCILIO DE NICEA (325)

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naturaleza del Verbo. Por esto fue en adelante como el santo y seña en todas las discusiones con los arríanos y semiarrianos y como piedra de toque donde se probaba la ortodoxia de cada uno. Se comprende, pues, nos preguntemos a quién cabe la gloria de haber dado con u n a expresión tan feliz. Pues bien, aunque no puede darse como absolutamente cierto, parece fue Osio de Córdoba quien la propuso. Así lo afirma expresamente San Atanasio 48 , testigo excepcional en esta materia. Por lo demás, a nadie puede sorprender, pues por un lado él era el presidente y como director técnico de las discusiones del concilio, y por otro, nos consta que fue desde el principio uno de los que con más valentía defendieron la ortodoxia católica. Sea de esto lo que se quiera, el hecho es que, con la fórmula feliz, se compuso un símbolo, el símbolo de Nicea49, en el que se resumía la doctrina cristiana, particularmente por lo que se refiere al Verbo. Este símbolo se propuso inmediatamente en la asamblea. La frase fundamental era ésta, con que se declara la naturaleza del Hijo: genitum, non factum, consubstantialem Patri: engendrado, no hecho, consubstancial con el Padre. Este símbolo se propuso inmediatamente para que fuera aceptado por todos. El emperador Constantino lo tomó entonces por su cuenta, anunciando que los que no lo aceptaran serían desterrados. A esto, sin duda, se debe el que aun la mayoría de los amigos de Arrio lo firmaran. El mismo Eusebio de Nicomedia lo aceptó 50 . Los únicos que se mantuvieron obstinados en negar su firma fueron dos obispos, Segundo de Ptolemaida y Tomás de Marmárica. Poco después fue desterrado igualmente Eusebio de Nicomedia. También Arrio tuvo que marchar al destierro. El mismo Constantino en persona, quien consideraba el concilio como cosa suya, y la unión doctrinal como una obra del Imperio, procuró se ejecutara todo lo dispuesto en la asamblea de Nicea. Aparte la cuestión arriana, el concilio se ocupó de varios asuntos de escasa importancia: el cisma de Melecio 51 y la 4a 49

Hist. arian. 42. Véase también FILOSTOBGIO, Hist. Eccl. 1,9. Respecto de la procedencia de este símbolo se h a discutido mucho. Algunos defienden que era fundamentalmente el que propuso Eusebio, con las modificaciones sustanciales que se introdujeron. FILOSTORGIO (His. Eccl. 1,9) y SAN ATANASIO (Hist. arian. 42) lo atribuyen principalmente a Osio de Córdoba. 50 Filostorgio, que es quien nos da esta noticia (o.a, 1,9), a ñ a d e que hubo otros dos que sólo quisieron firmar el homoiúsios, es decir, la semejanza. Eran los sl obispos Teognis, de Nicea, y Maris, de Calcedonia La solución al asunto de Melecio y los melecianos nos es conocida por el concilio de Nicea en su comunicado a los obispos de Egipto y de Libia. Véanse: SÓCRATES. Hist. Eccl. L,9; TEODORETO, Hist. Eccl. 1,8; SAN ATANASIO, Apol. contra ar. 1. Véanse también: GEDDINI, G., LUCÍ nuove dai papiri sullo scisma meleziano en ScCatt 53 (1925) 261-80; ALES, A. D', Le schisme mélécien d'Egypte en RevEIist ]¡ccl 23 (1925) 5-26; AMANN, E,, artíc, Méféce cíe Lycopo.lis en EüctThCath,

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 392 cuestión sobre la celebración de la Pascua 52 . Condenado su cisma, los melecianos hicieron causa común con los arríanos. En la celebración de la Pascua, se proclamó la práctica usada en la Iglesia occidental. Además, se dieron unos veinte cánones disciplinares 53, en los que se decidía la cuestión del bautismo de los herejes y de los lapsos o apóstatas de la persecución 54 .

III.

CONSTANTINO Y EL ARRIANISMO DESPUÉS DEL CONCILIO 55

La intervención de Constantino en las cuestiones religiosas puso bien de manifiesto el lado bueno y el lado peligroso de estas intervenciones. El peligro aparece tanto más, cuando la autoridad civil se independiza de la eclesiástica, que es la llamada a decidir en las cuestiones doctrinales. Considerando Constantino a los arríanos como perturbadores del orden público, tomó este asunto como cuestión de Estado, por lo cual se decidió a no tolerar a nadie que se opusiera a las decisiones de Nicea 56 . Mientras se mantuvo fiel a este plan, todo siguió prósperamente para la ortodoxia. Como los partidarios de Arrio conocían bien la voluntad decidida del emperador, se plegaron algún tiempo a la necesidad y se mantuvieron en calma. Pero bien pronto iniciaron u n a serie de campañas con el objeto de apartar a Constantino del lado de Nicea. v2 ' Esta cuestión de la Pascua, t a n t a s veces suscitada y origen de muchos disturbios, fue resuelta definitivamente. Véanse: DUCHESNE, L., O.C., II 131S; ID., La question de la Páque au concite de Nicée en RevQHist 28 (1880) ls¡ SCHMIDT, Die Osterfestfrage auf dem ersten allgemeinen Konzil von Nizáa (Viena 1905); DAUNOY, F., La question paséale au concile de Nicée en Ech. d'Or. 28 (1925) 424-444. 53 Se h a observado que en sus cánones disciplinares el concilio de Nicea se hace solidario y es como prolongación y complemento del concilio de Arles de 314. Véase BATIFFOL, P., La paix Constantin... 363s. ** La clausura del concilio, según refiere Eusebio (Vita Const. 3,21), tuvo lug a í el 19 de junio, después de u n mes de sesión, y se hizo con g r a n pompa y solemnidad, por coincidir con las fiestas vicennales, que celebraba la ciudad por el vigésimo aniversario del imperio de Constantino. Eusebio pondera particularmente el g r a n banquete que se celebró con esta ocasión y las grandes muestras de respeto que toda la corte y la guardia imperial dieron a los Padres del concilio. 55 Es interesante, en primer lugar, la c a r t a que dirigió Constantino a la iglesia de Alejandría, y con ella a todo el Oriente, a n u n c i a n d o la unidad en la fe realizada en Nicea. Sócrates (o.c, 1,9) la cita, y Gelasio (Hist. Eccl. 3,3), así como San Atanasio, la conocen. Sin embargo, algunos críticos modernos discuten su autenticidad. Véase BATIFFOL, O . C , 344S. Sin embargo, no convencen los argumentos contrarios a la autenticidad. P a r a la política o conducta de Constantino después del concilio de Nicea, además de las obras generales, véanse: ALES, A. D'. Le lendemain de Nicée en Greg 6 (1925) 489-536; BARDY, G., La politique religieuse de Constantin aprés le concile de Nicée en RevScRel 8 (1928) 516s. 56 Muy significativo para indicar la decisión de Constantino es el destierro y deposición de Eusebio de Nicomedia y Teognis de Nicea, ordenados por el emperador en otoño de 325, al conocer la actitud de estos obispos frente al concilio. Véase FILOST., O . C , 2,1 y l b,

C.3. ARRIANISMO. CONCILIO DE NICEA ( 3 2 5 ) 393 1. Primeras medidas favorables al arrianismo.—Ante todo, era necesario captarse las simpatías del emperador en favor de los prohombres del arrianismo. Para esto sirvió a las mil maravillas Eusebio de Cesárea, muy estimado por Constantino y que simpatizaba en favor de Arrio. Sobre todo influía la idea de que las medidas de rigor no habían obtenido la paz deseada, por lo cual era preferible tentar la reconciliación por el perdón universal y la atracción pacífica. La misma experiencia se había hecho con el donatismo en África. De este modo fueron insinuándose en el ánimo del emperador los amigos de los arríanos. Los efectos fueron inmediatos. Lo primero que procuraron fue que se levantara el destierro de Arrio y de Eusebio de Nicomedia, y, en efecto, el año 328 pudo este último volver a su diócesis 57 . Como Eusebio era el alma del partido, pudo organizar desde luego todas sus fuerzas y continuar la campaña más activa en favor de sus ideas. A esto les incitó más todavía el hecho de que su mayor adversario, Atanasio, había sido elegido ese mismo año 328, por muerte de Alejandro, como patriarca de Alejandría 58 . Se inició, pues, una campaña contra los obispos católicos más significados. La primera víctima fue Eustatio de Antioquía59. Contra él se presentaron toda clase de acusaciones, preludio de las que se acumularon después contra Atanasio. Sobre todo se insistió en que, so pretexto de defender el símbolo niceno, promovía verdaderos desórdenes y aun defendía el sabelianismo. Pero la victoria más notable fue la vuelta del mismo Arrio el año 331. En ello intervino de un modo especial Constancia, 57 Sobre el verdadero motivo de la vuelta de Eusebio de Nicomedia a su sede episcopal se h a discutido mucho. A la insinuación política indicada en el texto a ñ a d e Batiffol (o.c, 366s) motivos de carácter familiar, pues dicho obispo gozaba de íntima amistad con Constancia, h e r m a n a de Constantino, y algún otro motivo semejante. De carácter completamente diverso es la teoría defendida por SEEK, SCHWARTZ y H. BAYNES, según la cual esto debió ser el efecto de u n segundo concilio de Nicea. Suponen estos críticos que tanto Arrio como Eusebio de Nicomedia y los demás dieron señales de arrepentimiento enviando u n a carta de sumisión. Entonces el emperador convocó de nuevo el concilio, y el resultado fue la reposición de Eusebio y Teognis en sus diócesis respectivas. Pero esta hipótesis no se apoya en razones suficientes. 58 Efectivamente, el 18 de abril del 328 moría Alejandro de Alejandría y poco después era elegido y consagrado obispo el joven diácono Atanasio, q u e debía convertirse bien pronto en centro de la resistencia a n t i a r r i a n a y blanco principal de las iras de los herejes. Sobre esta elección nos dice u n a carta del sínodo egipcio de 339 que se realizó con la mayor unanimidad y muestras de júbilo de todo el pueblo (Apol.. contra arian. 6). En cambio, Filostorgio (Hist. Eccl. 2,11) refiere que encontró m u c h a oposición, por lo cual tuvo que ser consagrado a escondidas. 59 Sobre Eustatio de Antioquía véase: SELLERS, R. V., Eustatius of Antioch and his place in the early christ. doctrine (Cambridge 1928); CAVALLERA, F., Le schisme d'Antioche (P. 1905); QUASTEN, J., Patrología II 316-320 (M. 1962); VAN ROEY, A., artíc. Eustatios v. Ant.: LexThK 3 1202-1203 (Frib. Br. 1959); SPANNEUT, M., Recherches sur les écrits d'Eust. d'Ant. (Lila 1948); ID., La position théolog. d'Eust. d'Ant.: IhThStud, N. S. 5 (1954) 220-224; ID., La bible d'Eust. d'Ant. Contribution a l'hist. de la versión lucianique: TexteU 79 (1961) 171-190; KELLY, J. N. D., Early Christian Doctrines (L. 1958) 281-284; CHADWICK, H., The Fall of Eust. of Ant.: IhThStud 49 (1948).

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P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

la cual hizo valer todo su influjo y todas sus artes de intriga para con su hermano el emperador. Arrio pudo volver a Constantinopla, donde procuró fascinar al emperador con u n a profesión de fe enteramente ambigua e insuficiente 60. Constantino se hallaba ya entonces sobre un falso derrotero. Decidiendo por sí mismo en cuestiones de fe, poniéndose en manos de sus aduladores y no contando con la legítima autoridad eclesiástica, que era el Papa, se iba desviando cada vez más, dañando con ello gravísimamente a la causa de la unión, que deseaba defender. 2. San Atanasio y su significación 61 .—En estas circunstancias concentraron los arríanos todos sus esfuerzos contra el nuevo obispo de Alejandría, San Atanasio. Era el defensor más temido de Nicea, y por esto era necesario eliminarlo. Los triunfos obtenidos los animaron a esta difícil empresa. Nacido Atanasio en Egipto, tal vez en Alejandría, hacia el año 295, recibió una educación cuidadosa, clásica y cristiana. Elevado al diaconado en 318, lo tomó como secretario el obispo Alejandro. Los tratados apologéticos que escribió ya entonces prueban que la cuestión del Verbo formaba su preocupación. Ya indicamos en otro lugar el papel importante que desempeñó en el concilio de Nicea. Teniendo esto presente, se explica el interés con que los arríanos trataban entonces de deshacerse de tan temible adversario. Sus primeras acusaciones eran de carácter político, pues se trataba de influir eficazmente en el emperador. Atanasio pudo parar estos primeros golpes de sus adversarios, y Constantino no perdió el aprecio en que lo tenía 62 . Mas sus enemigos continuaron con más firmeza el ataque. El jefe de los melecianos, aliados ahora de los arríanos, acusó a Atanasio de haber asesinado a uno de los suyos llamado Arsenio. El emperador ordenó se examinara el asunto. Pero 60 Efectivamente, según refiere Sócrates (Hist. Eccl. 1,25), Constantino envió a Arrio u n a invitación cariñosa y éste presentó u n a profesión de fe completamente amorfa que salvaba debidamente las apariencias. Naturalmente, no se incluía el homoúsion de Nicea ni se empleaban términos claros e inequívocos. Sin embargo, esto bastó p a r a levantarle el destierro. 61 Acerca de San Atanasio, y principalmente sobre su actuación frente a la causa arriana, pueden consultarse: TILLEMONT, Mémoires pour serviré a Vhist. ecclés. VI 239-633; Historia del arrianismo VII 1-258 sobre San Atanasio; PAPEBROCHIUS, G., S. Athanasii vita en ASS, mayo, I 186s (Amberes 1680); MONTFAUCON, B., Vita S. Athanasii (Prefacio a la edición de sus obras) (P. 1698); LOOFS, F., artíc. Athanasius en RealenzyklprTh; LE BACHELET, X., artíc. Athanase en TJictThCath; BARDY, G., artíc. Athanase en DictHistGéogr, Monografías; MSHXEB, A., a 2. ed. (1844); LAUCHEBT, F. (P. 1908); BAEDY, G. (P. 1914); VOISIN, G., La doctrine christologique de Sí. Athanase en RevHistEccl 1 (1900) 226S; HAGEL, K. F., Kirche und Kaisertum in Lehre und Leben des Athanasius (1933); GENTZ, G., artíc. Athanasius: ReallAntChr 1 860-866 (Stuttgart 1950); CAMELOT, P.-TH., artíc. Athanasius der Crosse: LexThK I 976-981 (Frib. Br. 1957); QUASTEN, J., Patrología II 22-82 (M. 1962); HAUBET, C., Comment le «Defenseur de Nicéea-t-il compris le Dogme de Nicée? (Brujas 1934). 62 Sobre todos estos esfuerzos y calumnias de los arríanos contra Atanasio, véase Apol. contra ar. 41s, 63 y 64, y EUSEBIO, Vita Const. 64-65.

C.3. ARRIANISMO. CONCILIO DE NICEA ( 3 2 5 ) 395 Atanasio logró encontrar al supuesto difunto y con ello deshizo la calumnia 6 3 . Entonces acudieron al último recurso. Melecianos y arrianos juntos reunieron en Tiro en 335 un sínodo M. Volvieron a presentarse contra él las más graves acusaciones. Las deshizo de nuevo Atanasio 65 . Añadiéronse otras nuevas, particularmente la seducción de una mujer, la cual personalmente había comparecido ante el tribunal. Es conocido el ardid de que se valió Atanasio p a r a confundir a esta miserable 6 6 . Todo fue inútil. Atanasío acudió personalmente ai emperador. Pero allí acudieron asimismo Eusebio de Cesárea y los dos nuevos jefes de la secta, Ursacio y Valente 67 . Estos volvieron con nuevos bríos a la carga, y como lo único que les interesaba era arrancar del emperador el destierro de Atanasio, dejaron de momento otras acusaciones y lanzaron contra él la que más podía impresionar a Constantino. Esta consistía en hacer creer al emperador que Atanasio había comprado a los egipcios con el fin de impedir que el trigo fuera transportado a Constantinopla. Esto era gravísimo en aquellas circunstancias, en que se atravesaba u n a terrible crisis de subsistencias. Por esto se comprende que Constantino, en un arrebato de cólera, pronunciara contra San Atanasio la sentencia de destierro. Era el primero que tuvo que sobrellevar en su larga carrera de atleta de la causa católica. El lugar del destierro fue la ciudad de Tréveris 68 . No contentos con este triunfo, los jefes arríanos se trasladaron a Jerusalén, donde celebraba Constantino con grandiosa pompa las fiestas tricennalia, es decir, los treinta años del Imperio, y con esta ocasión le prodigaron toda clase de atenciones. Llegando entonces al colmo del atrevimiento, 63 64

Véase Apol. contr ar. 64,67,68,69. Este sínodo tuvo p a r a los arríanos en todas estas controversias u n a importancia fundamental. Poco antes había dado Constantino su consentimiento a la vuelta del destierro de Arrio, pero remitiendo todo el a s u n t o al sínodo de Tiro. Por otra parte, los simpatizantes con la herejía lograron u n predominio absoluto en él. Se ve, pues, fácilmente cuáles debían ser las consecuencias, sobre todo si se tiene presente la confianza que Constantino ponía en sus resoluciones. Véase Apol. contra ar. 79. El mismo Atanasio nos refiere que, al presentarse él con 49 obispos egipcios, no fueron admitidos. Según SÓCRATES (Hist. Eccl. 1,88), fueron 60 los que tomaron parte. Es verdad que Constantino les dirigió u n a c a r t a severa e imponiéndoles su voluntad; por eso no pudieron remover las cuestiones doctrinales; en cambio, concentraron ledos sus esfuerzos contra Atanasio. B5 Sobre las particularidades del sínodo de Tiro véanse: SOZOMENO, Hist. Eccl. 2,25; SAN ATAN., Apol. contra ar. 3-19,71-87. m Este rasgo lo refiere RUFINO, Hist. Eccl. 10,18. 67 El sínodo de Tiro terminó en medio del mayor apasionamiento, pronunciando la sentencia de deposición de San Atanasio y enviando a, toda la cristiandad u n a nota sinodal en que suplicaba a todo el episcopado romper las relaciones con Atanasio. culpable de innumerables crímenes. Mas, como lo que interesaba era convencer al emperador, tanto San Atanasio como los comisionados por el sínodo, lo estuvieron asediando p a r a convencerlo de sus respectivas razones. 68 Véase sobre todo SAN ATANASIO. o . c , 9,87.

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 396 y Constantino al colmo de su debilidad, obtuvieron del emperador una carta para la ciudad de Alejandría, en la cual se anunciaba que en señal de reconciliación sería recibido en ella solemnemente el mismo Arrio w. Mas Dios no permitió se consumara esta especie de apoteosis del heresiarca, siendo solemnemente recibido en aquella ciudad de donde había sido previamente desterrado su mayor adversario, Atanasio. Tal fue la excitación del pueblo ante este anuncio, que se tuvo que prescindir de momento de la entrada de Arrio en Alejandría. Se convino entonces en que la solemne readmisión en la Iglesia tuviera lugar en Constantinopla; pero cuando Arrio se disponía a saborear su triunfo, murió de una manera trágica y misteriosa 70 .

3. Últimos actos de Constantino.—Constantino no tenía ideas arrianas, pero los jefes de la secta consiguieron convencerle de que éste era el único medio de mantener la unidad y la paz en el Imperio. Para obtenerla, defendió durante mucho tiempo el credo de Nicea; pero en los últimos años de su vida cambió prácticamente de conducta, abandonando a Nicea y poniéndose de parte de los enemigos. Con esto no solamente no obtuvo la paz religiosa, sino que ahondó más los motivos de disensión y las diferencias existentes. Todavía dieron los jefes arríanos un paso más en vida de Constantino. Como su plan iba enderezado a eliminar a los obispos que se oponían a su ideología, consiguieron asimismo la deposición de Marcelo de Ancira11. Este había sido siempre el amigo más incondicional de San Atanasio. Esto bastó para que los arríanos se empeñaran en su ruina. Con el pretexto de que defendía ideas sabelianas, lo hicieron juzgar en diversos sínodos, donde él tuvo que responder de sus ideas, y al fin lograron deponerlo. Estudios recientes h a n probado su completa ortodoxia. m Sobre todos estos acontecimientos existe bastante confusión en los historiadores contemporáneos. Es curioso q u e S a n Atanasio no mencione la misiva de S a n Antonio en su favor. Lo q u e sí consta suficientemente es la indignación contra Atanasio q u e lograron los arríanos infundir en Constantino. Según parece, llegó a tenerlo por u n verdadero p e r t u r b a d o r del orden público. Por otra parte, tampoco se fiaba de Arrio, y por eso, en vez de dejarlo e n t r a r en Alejandría con todos los honores q u e él deseaba, lo llamó a Constantinopla p a r a q u e diera cuenta de ciertos disturbios q u e se habían promovido. Véanse:

RUFINO,

10,21-22;

SÓCRATES,

1,36;

SOZOMENO,

2,29;

BATIFFOL,

La

paix

Const.

392

nota 2; DUCHESNE, o . a , TI 183 n . l . ™ Sobre la m u e r t e de Arrio véanse: SAN ATANASIO, Epist. de morte Arii; Epist. ad episc. Aegypti et Libyae 19. Ante u n testimonio t a n manifiesto de San Atanasio, parece debe admitirse la autenticidad de la muerte trágica de Arrio, sin q u e haya motivo para suponerla u n a leyenda. 71 Acerca de Marcelo de Ancira pueden verse: LOOPS, F., Die Trinitátslehre Marcells von Ancyra en Sitzb. d e r pr. Ak. d e r Wiss. (1902) p.764s; CHENU, artíc. en DictThCath; FONDEVILA, J. M., Ideas cristológicas de Marcelo de Ancira en EstEcl 27 (1953) 21s; Obras: ed. E. KLOSTERMANN: CorpB; Eusebius Werke 4 (Berlín 1906) 183-214; PERLEB, O., artíc. Marhellos v. Ankyra.- LexThK 7,4-5 (Frib. Br. 1962); QUASTEN, i.. Patrología II 207-210 (M. 1962); SECHEIDWEILER, F Marcell v. Ancyra: ZNtWiss 46 (1955) 202-214; ANDRESEN, C , Sobre la Trinidad: ZNtWiss 52 (1961) 32s.

C.3. ARRIANISMO. CONCILIO DE NICEA ( 3 2 5 )

397

Esta desviación de Constantino en las cuestiones dogmáticas no disminuyó para nada el favor que siguió prestando al cristianismo frente al paganismo. En los últimos años de su reinado, su actuación fue cada vez más francamente cristiana. Precisamente en este tiempo tuvieron lugar las excavaciones hechas en Jerusalón a impulso de la madre de Constantino, la emperatriz Elena. Todos los detalles conocidos sobre el descubrimiento de la verdadera cruz de Cristo están históricamente bien atestiguados. El obispo Macario de Jerusalén, entonces llamada Aelia Capitolina, comenzó las excavaciones por iniciativa del emperador y con el entusiasmo de su madre Elena. Después de ímprobos trabajos, encontraron en el lugar del templo de Venus el sepulcro de Cristo y el sitio de la crucifixión, donde se hallaba igualmente la santa cruz. Sobre el modo como la reconocieron y distinguieron entre las tres enterradas, se formaron más tarde algunas leyendas, transmitidas hasta nuestros días. Entonces ordenó Constantino la construcción de una magnífica basílica, el templo del Santo Sepulcro 72. No menos emocionantes y ricos en resultados fueron los trabajos realizados en Belén bajo la inspiración de Santa Elena. También allí se hizo construir u n templo sobre el lugar del nacimiento, la basílica llamada del Nacimiento 73 . No contento con esto, llevado Constantino del respeto a la persona de Cristo, hizo construir otra basílica en el huerto de los Olivos. Con esto se puso el fundamento de la veneración de los Santos Lugares, iniciándose así la e r a de las grandes peregrinaciones a los parajes santificados por la presencia del Redentor. 4. Juicio de conjunto sobre Constantino.—A fines del año 335 dividió Constantino la administración del vasto Imperio entre sus tres hijos, Constantino, Constante y Constancio, reservando u n a parte a sus sobrinos Dalmacio y Hannibalino. La Pascua del año 337 la celebró todavía con gran solemnidad y espíritu cristiano en Constantinopla. Sintiendo luego decaer sus fuerzas, retiróse a descansar a la villa imperial de Anciron, cerca de Nicomedia. Allí, notando que se acercaba la muerte, hizo llamar al obispo más próximo, y, efectivamente, acudió Eusebio de Nicomedia, de cuyas manos recibió el bautismo en el lecho de la agonía. Poco después expiró 74 . 72 Acerca de todos estos hechos, véanse particularmente: ante todo EUSEBIO, Vita Const. III 25-53. Entre la,s obras modernas: VINCENT, A., Jérusalem II; ÑAU, F., Les constructions palestiniennes dúes á sainte Héléne en Revd'OrChrét 10 (1905) 162S. 73 Véase VINCENT, A., Basilique de la Nativité á Bethlém en Comptes R. de l'Ac. des Inscr. (1935) p.350s. 74 Pueden verse: EUSEBIO, De vita Const. 4,63-64; DOLGER, F. J., Die Taufe Konstantins und ihre Probleme en Konst, d e r Gr. u n d seine Z. p.381s.

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P.D.

VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

El juicio que debe formarse de Constantino es en conjunto favorable. Políticamente fue un gran hombre de Estado, que supo aunar el Imperio, venciendo los innumerables obstáculos que a ello se oponían y consiguiendo darle de nuevo u n a base de solidez y prosperidad comparables con sus mejores tiempos. Para la Iglesia católica, Constantino fue verdaderamente magnánimo, y mejor todavía, fue el hombre providencial que puso término de u n a vez a las luchas seculares con el Imperio romano y la favoreció de la manera más eficaz. Ciertamente, Constantino tuvo defectos capitales. Así, aunque desde su victoria sobre Licinio era íntimamente cristiano, no tuvo el valor suficiente para abrazarse con las obligaciones del cristianismo y fue retrasando el bautismo hasta el lecho de muerte 75, si bien esto era entonces bastante frecuente. Por otra parte, no supo dominar sus arrebatos de cólera, cometiendo algunas veces actos abominables al estilo del tiempo, como el asesinato de su propio hijo Crispo y de su esposa Fausta por sospechas de infidelidad 76 . Finalmente, por su espíritu de intromisión en cuestiones religiosas, causó daños irreparables a la Iglesia, inclinándose en los últimos años de su vida en favor de la herejía arriana. Esto no obstante, los servicios incomparables que prestó al cristianismo contrapesan superabundantemente estas deficiencias, por lo cual merecidamente recibió ya en la antigüedad el calificativo de Grande,- pues en efecto fue grande como emperador y como protector del cristianismo. CAPITULO

IV

Los hijos de Constantino el Grande. Lucha contra el paganismo 77 A la muerte de Constantino estaba claramente entablada la lucha abierta contra el paganismo. El prestigio obtenido ya entonces por el cristianismo lo ponía en un plan de igualdad con las instituciones paganas, contra las cuales se disponía a librar la última batalla. 75 Es difícil determinar el motivo m á s íntimo y decisivo de esta conducta. No parece haya sido p u r a m e n t e la premeditación del que, por no abrazarse con las obligaciones del cristiano, prefiere vivir en pecado. Tal vez influyó, como opinan otros, la idea de que, como emperador, era como obispo de los paganos y debía tener especial solicitud por ellos. Véase en BABUT. E. C H . , Evoque du dehors en RevCrit 68 (1909) 362s. 7fi Además, hizo asesinar a Licinio y a los que lo rodeaban, y asimismo se refieren otros actos de crueldad de Constantino. Véane.- SEEK, O., Die Kons tantin. Verwandtenmorde en ZWissTheol 33 (1890) 63S; MAURICE, I., Numismatique constantinienne II LXXXVIIs, y Constantine le Grand pp.l75s. 77 Véase la bibliografía general de este período y la de Constantino (notas 1, 2 y 3). Además: KNELLER, Papst und Konzil im ersten Jahrtausend en ZKathTh (1908) 58s; LABRIOLLE, P. DE, Christianisme et paganismo au milieu du ¡Ve siécle: Híst. de í'Egl. por FLICHE-MAHTIN, III 177-204 (P. 1936); ID., La Reaction pa'ienne

C.4. HIJOS DE CONSTANTINO. ARRIANISMO

I.

399

POLÍTICA GENERAL DE LOS HIJOS DE CONSTANTINO

Ninguno de los tres hijos de Constantino estuvo presente a la muerte de su padre. Sólo Constancio se presentó durante el entierro, que tuvo lugar en la iglesia de los Apóstoles de Constantinopla. Constantino II y Constante.—Según los deseos de su padre, se repartieron el Imperio en esta forma: Constantino tomó las Galias; Constante, Italia y el Ilírico; Constancio, el Oriente. Los dos hijos de Julio Constancio, Dalmacio y Hannibalino, recibieron también pequeños Estados. Pero inmediatamente se desató entre ellos la más horrorosa tragedia. Dalmacio y Hannibalino, junto con su padre Constancio, fueron asesinados. Hiciéronse desaparecer también los demás parientes próximos, con el fin de evitar cualquier posibilidad de levantamiento 78. Solamente se dejó con vida a los dos hijos menores de Julio Constancio, llamados Gallo y Juliano, al primero por cortedad de entendimiento, y al segundo por pequeño e inofensivo. Por eso mismo, para quitar de la cabeza a este último cualquier asomo de ambición, procuraron fomentar desde un principio su afición a la piedad y a las letras. Pero aun así era imposible que prosperara aquel fraccionamiento del Imperio. Ya el año 340 vinieron a las manos los dos hermanos, Constantino II y Constante, y el primero perdió en la batalla el trono y la vida 79 . Desde este año quedó, pues, Constante heredero de Constantino en todo el Occidente, mientras Constancio reinaba en el Oriente. A esto siguió un período de diez años de relativa calma, en que ambos hermanos pudieron dedicarse a la obra de cristianizar el Imperio. Efectivamente, ya el año 341 dieron un decreto, de común acuerdo, en el que prohibían los sacrificios gentiles. A esta ley siguió otra el año 346, dada asimismo por los dos hermanos. Con ella se amenazaba con la pena de muerte a los transgresores de la ley y se ordenaba el cierre de los templos. No hay duda que esto era u n proce(P. 1934); STEIN, E., Histoire de Bas-Empire 2. a ed. (Brujas 1959) 262-267 269-273; GROSS, K., artíc. Konstantin U: LexThK 6 480-481 (Frib. Br. 1961); ID., artíc.: PaulyW IV 1028-1031; DEMONGEOT, E., De Vimité á la división de l'empire romain (P. 1951) 387-396 454-459. 78 El pretexto que se dio fue que solamente los hijos de Constantino debían dividirse su imperio. De hecho, Eusebio atribuye al ejército este designio. Por otra parte. San Atanasio (Hist. arian. 19) acusa a Constancio como a u t o r de estos asesinatos. Ciertamente, él era el único entre los h e r m a n o s que se hallaba allí presente después de la m u e r t e de su padre. 79 Sobre las causas de esta guerra entre los dos h e r m a n o s es difícil decir n a d a seguro. Es u n hecho que, al dividirse el Imperio, Constantino II quedó como emperador efectivo de todo el Occidente, con derecho de tutela sobre Constante, el cual no tenía m á s que el título de augusto. Descontento con esta tutoría de su hermano, se levantó en guerra contra él y salió victorioso en la batalla. Véase PALANQUE, J. R., Essai sur la préfecture du prétoire au IV siécle (P. 1933) p.19.

400

401 Inmediatamente iniciaron su batalla por Alejandría, en donde había sido recibido con gran entusiasmo San Atanasio a su vuelta del destierro. Su primer intento fue introducir en esta sede al obispo arriano Pistos, pretextando que Atanasio había sido depuesto en el sínodo de Tiro de 335. Para conseguir que fuera aceptado este nombramiento emprendieron una nueva campaña de difamación y de calumnias. En este sentido despacharon legados para el Romano Pontífice Julio I (337-352) y para el emperador Constante. El presbítero Macario, que fue enviado al Papa, le presentó las actas del sínodo de Tiro, amañado enteramente por ellos 82 . C.4. HIJOS DE CONSTANTINO. ARRIANISMO

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

der precipitado y, por tanto, contraproducente. Pues, dado el gran número y el poder inmenso que poseían todavía los paganos, esto no se pudo ejecutar con rigor, y, en cambio, exasperó el odio contra los cristianos. II.

NUEVOS TRIUNFOS DEL ARRIANISMO

La posición del arrianismo desde la muerte de Constantino entró en una nueva etapa, que puede caracterizarse como de lucha y avance por parte de los arríanos, pero también de defensa decidida por parte de los ortodoxos. Respecto del favor imperial, se advierte claramente que, mientras Constantino II y Constante estaban más bien de parte de los católicos, Constancio favorecía a los arríanos. Por esto se distingue un período inicial, en que los arríanos consiguen triunfos resonantes, y u n a segunda etapa en que los católicos vuelven a conseguir la supremacía. Esta segunda etapa coincide aproximadamente con el período de reinado de los dos augustos, que abarca el decenio desde 341 a 350. En cambio, el período desde 350 a 361, en que fue Constancio único dueño de todo el Imperio, significa el mayor apogeo arriano.

2. El Papa y San Atanasio.—Frente a este movimiento arrollador de los arríanos no se cruzó de brazos el intrépido Atanasio. Consciente de la gravedad de la lucha en que se debatía, celebró con gran aparato un sínodo en Alejandría, en el que tomaron parte unos cien obispos de Egipto. Todos, sin excepción y con manifiesto entusiasmo, se pusieron de su parte, en defensa del concilio de Nicea. Renováronse los anatemas contra los defensores de Arrio, y, u n a vez terminado el sínodo, fueron enviadas a Roma las actas correspondientes, acompañadas de toda la información de parte de San Atanasio 83. Así, pues, teniendo en su poder todos los informes enviados a Roma por ambas partes, el papa Julio I convocó un sínodo, que debía celebrarse en Roma bajo su presidencia y poner término a tan enconadas luchas. El emperador Constante, señor de Occidente, estaba enteramente a su lado y lo apoyaba con todo su poder. Pero los arríanos no esperaron la solución del sínodo pontificio. El año 340, a la muerte de Eusebio de Cesárea, pusieron audazmente en su lugar al arriano Acacio. Más aún: reunieron por su cuenta un sínodo en Antioquía y en él renovaron la deposición de Atanasio, ya dada en Tiro. En su lugar proclamaron ahora a Gregorio de Capadocia M. Su entrada en Alejandría fue una verdadera campaña militar.

1. Actividad creciente de los arríanos.—La primera medida de importancia que tomaron los nuevos emperadores fue enderezada a apaciguar los ánimos. Apenas conocida la muerte de Constantino el Grande, sus tres hijos, reunidos en Panonia, dispusieron la vuelta de los obispos desterrados, en primer lugar Atanasio m. Con esto parece debían decaer los ánimos de los arríanos; mas, como contaban con el favor de Constancio, no sólo no se desalentaron, sino que redoblaron entonces su campaña contra los partidarios de Nicea. Dos objetivos se propusieron inmediatamente. Ante todo, conservar a todo trance el favor imperial, de lo cual se encargó Eusebio de Nicomedia, empleando en ello toda su diplomacia 81. Luego se dieron con toda su alma a conquistar para los suyos las sedes de Constantinopla y Alejandría. De la primera pudieron disponer bien pronto. En un sínodo celebrado por los amigos de Eusebio en Constantinopla en 338, depusieron ignominiosamente a su obispo Pablo, que acababa de volver del destierro. Para colmo de deshonra, el mismo Constancio lo hizo deportar, cargado de cadenas, a Mesopotamía. En su lugar fue encumbrado el mismo Eusebio de Nicomedia, quien de esta manera llegaba a la meta de sus afanes e intrigas. 80 San Atanasio mismo (Apol. contra árlanos 87) da cuenta de u n a carta que envió Constantino II al pueblo de Alejandría anunciándole la vuelta de 81

Véase LE BACHELET, X., artíc. Arrianisme artíc. Arrianisme en DictHistGéogr.

en DictThCath;

CAVALLEBA, F.,

i *

82 Es curioso, en el fondo de todo este litigio, el reconocimiento del primado de Roma. A pesar de que proceden con absoluta independencia, quieren tener de su parte al obispo de Roma. San Atanasio mismo nos da cuenta de esta legación enviada a Roma, que tenía como objeto primario la aprobación de las actas de Tiro y, por consiguiente, la condenación de San Atanasio. Pero precisamente el p a p a Julio I iba a ser el paladín m á s decidido del obispo de Alejandría. Como casi al mismo tiempo le llegaron también legados de Atanasio y del sínodo celebrado por él en Alejandría, el Papa tuvo fácil respuesta p a r a los arríanos. 83 Al mismo tiempo, este sínodo de Alejandría envió a todos los obispos del m u n d o u n a letra sinodal dándoles cuenta del proceder violento e irregular del sínodo de Tiro y de la normalidad de la elección y de la excelente conducta de 84Atanasio. Así nos lo refiere él mismo (Apol. contra arianos 3-19). Es interesante la facilidad con que los arríanos eliminaron a Pistos, ya nombrado p a r a Alejandría por ellos mismos. Asimismo refiere Sócrates (Híst. Eccl. 2,9) que t r a t a r o n de n o m b r a r a h o r a a u n tal Eusebio de Edesa, pero éste no aceptó la oferta, y sólo entonces acudieron a Gregorio, el cual fue rápidamente consagrado. Es bien manifiesta la precipitación e irregularidad de este procedimiento.

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C.4. HIJOS DE CONSTANTINO. ARRIANISMO

Una por una hubieron de ser tomadas cada una de las iglesias. Gracias al apoyo de Constancio, fue posible este cúmulo de violencias. San Atanasio, entregado a la furia de sus adversarios, fue arrojado de su propio palacio y salió desterrado en dirección de Roma 85 . Poco antes le habían precedido su amigo Marcelo de Ancira y otros obispos. En estas circunstancias, cuando ya se había consumado esta violencia de los arríanos en la propia sede de San Atanasio, tuvo lugar el sínodo de Roma convocado por el papa Julio I. Era el año 341 y se hallaban presentes el propio Atanasio, Marcelo de Ancira y otros obispos orientales, víctimas de la furia arriana. El Papa quiso rodearlo de todo el esplendor y prestigio posibles, para lo cual había invitado a los orientales; mas los enemigos de Atanasio, con el pretexto de que la causa de éste ya estaba decidida y que con el sínodo de Roma se quitaba autoridad a los orientales, se negaron a asistir, e incluso su representante, Macario, abandonó la Ciudad Eterna 8 6 . Así, pues, Julio I hizo examinar detenidamente la causa de los perseguidos, y examinados los informes de ambas partes, declaró solemnemente la inocencia de San Atanasio y asimismo la de Marcelo de Ancira, previa para éste una clara profesión de fe 87. De estas resoluciones dio cuenta el Papa en la encíclica 'Avs-fvmv88. Rápidamente respondieron los arríanos al acto de energía del Papa. Tal es la significación del sínodo de Antioquía del mismo año 341. Reuniéronse en él unos noventa obispos con ocasión de la consagración de la gran basílica de oro 89 . Es cierto que gran parte de los obispos eran ortodoxos, pero se vieron rodeados en un ambiente hostil y envueltos en una continua amenaza. El hecho es que al fin suscribieron la condenación de Marcelo de Ancira como sabeliano y reno-

varón la deposición de San Atanasio. La parte doctrinal la concretaron en cuatro fórmulas, llamadas por esto mismo fórmulas de Antioquía. En ellas se omitía la expresión homooúsios, mas por otro lado se rechazaban algunos puntos fundamentales de Arrio 90 .

402

85 Propiamente no hubo destierro oficial. El mismo Atanasio, que es quien refiero todos estos hechos (Hist. arian. 8,10), dice que, viendo él que era imposible hacer nada, abandonó la ciudad y se dirigió a Roma. Sin embargo, al m a r c h a r dirigió u n a célebre carta encíclica a todo el episcopado (SAN ATANASIO. Epist. encycl.). 86 La respuesta de los orientales al Papa, en la que llegaban a amenazarle con romper sus relaciones con él si no condenaba a Atanasio, nos la h a conservado éste (Apol. contra arianos 21-35). SOZOMENO (Hist. Eccl. 3,8) da u n a síntesis de la misma. 87 Véase la nota 71. El texto de la profesión do fe presentada por Marcelo de Ancira nos la ha conservado San Epifanio (Haeres. 72,2-3). Es digno de notarse que, a pesar de las inculpaciones lanzadas contra Marcelo, tanto San Atanasio como los ortodoxos en general se m a n t e n í a n unidos a él. "" De esta encíclica hacen grandes elogios los historiadores antiguos y modernos, tanto por su valor doctrinal como por su decidida defensa de San Atanasio. Esta posición clara y valiente del Papa era muy significativa en medio del ruido y confusión de los arríanos y tuvo efectos de gran trascendencia. Véase SAN ATANASIO, Apol. 35; BAUNER, R., Julius i: LexThK 5 1203-1204 (Frib. Br. 1960); BARDY, G., La réaction eusébienne et le Schisme de Sardique (Julio 1): Hist. de l'Egl. de FLICHE-MARTIN, III 116s. (P. 1936); GAUDEMENT J L'Eghse dans VEmpire romain lVe-Ves. (1958); MONACHINO, V., II primato nella controversia ariana-. Saggi stor. intorno al Pap. (R. 1959) 17-90; PINCHERLE A / papi e gli imperatori cristiani (300-399): I papi nella Storia I 35s (R. 1961)'. 89 SAN ATANASIO, De syn. 22. El mismo San Atanasio da el n ú m e r o de 90 de los reunidos en este sínodo. Sozomeno y San Hilario los hacen subir a 97,

III.

TRIUNFOS PASAJEROS DE LA ORTODOXIA

En estas circunstancias se marca un cambio de posiciones que lleva a una serie de triunfos de la ortodoxia, que duraron hasta la muerte del emperador Constante en 350. 1. Cambio de posición. Sárdica (343) 91.—Estando así las cosas, el año 342 murió Eusebio de Nicomedia, entonces obispo de Constantinopla, y como él había sido desde el principio el principal apoyo del arrianismo, resultó esto uno de los golpes más sensibles para la secta. Su consecuencia inmediata fue el enfriamiento de sus relaciones con el emperador de Oriente, Constancio, pues habiendo sido siempre Eusebio el principal lazo de unión entre él y el arrianismo, quedaba ahora Constancio mucho más desligado de los arrianos. Esto era más de notar, si se tiene presente que el favor decidido de su hermano Constante a los partidarios de Atanasio y de Nicea, apoyados por el papa Julio I, influía también en el ánimo de Constancio. De hecho, el período que sigue hasta el año 350, en que quedó Constancio único dueño de todo el Imperio, y hasta el año 352, en que murió el papa Julio I, fue de franco dominio de la ortodoxia, la cual pudo celebrar triunfos resonantes. El primero fue el gran concilio de Sárdica del año 343. Efectivamente, el papa Julio I indujo fácilmente al emperador Constante, y éste a su hermano Constancio, para celebrar un concilio general. El alma del mismo fue desde u n principio el gran Osio, venerado en todo el Imperio como la columna 9Ü De las llamadas cuatro fórmulas o símbolos de Antioquía, solamente la primera fue propuesta por el sínodo. La segunda fue utilizada d u r a n t e algún tiempo como la síntesis de su credo, y se atribuye a San Luciano de Antioquía. La tercera tiene carácter particular y fue propuesta por u n o de los miembros del sínodo. La c u a r t a no tiene n i n g u n a relación con este concilio; es u n a síntesis de la doctrina profesada entonces por los enemigos de San Atanasio. A ella se refiere éste en De syn. 25. Sobre el símbolo de Luciano o segunda fórmula de Antioquía, pueden verse: BARDY, Le symbole de Lucien d'Antioche et les formules du¡ synode in encaeniis en RechScRel 3 (1912) 139s; ID., Recherches sur St. Lucien d'Ant. 85-132. 91 Acerca del concilio de Sárdica véanse, ante todo, las obras generales sobre el arrianismo (notas 31 y 32), sobre los dogmas y concilios. En particular vean se: LOOFS, F., Zur Synode von Sárdica en ThStudKrit (1909); ID., Das Claubensbekenntnis der Homousianer von Sárdica en AbhlPreusAkWissBerl (1909); HESS, H., The canons of the council of Sárdica a. D. 343 (L. 1958); BARDY, G., La réaction eusébienne et le concile de Sardique: Hist. de l'Egl. por FLICHEMARTIN, III 123-130 (P. 1936); PINCHERLE, A., / papi e gli imperatori cristiani (300 399): I papi nella storia I 38s. (R. 1961); DUCHESNE, L., Les canons de Sardique: Bessarione 7 (1902) 129-144; BATIFPOL, P., Sur l'authenticité des canons de Sardique: BullLittArch 4 (1914) 202s.

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más firme de la ortodoxia. Señalóse para el efecto la pequeña población de Sárdica, la actual Sofía. Ambos partidos acudieron decididos a defender a todo trance sus respectivas posiciones. Los católicos, en número de unos noventa 92, conscientes del apoyo del Romano Pontífice, del emperador Constante, y sobre todo de la verdad, que estaba de su parte, no querían ceder un palmo de terreno. En cambio, los partidarios de los arríanos, unos ochenta, ya desde el principio manifestaron su disgusto de acudir a Sárdica, lejos del influjo marcadamente oriental, y, ayudados de los representantes imperiales de Constancio, querían a todo trance hacer triunfar sus puntos de vista. Bajo la presidencia de Osio y de los representantes del Papa, se dio principio al concilio; pero bien pronto se vio la mala voluntad de los arríanos. Estos presentaron la exclusiva contra Atanasio y Marcelo de Ancira, pretextando que, habiendo sido ya juzgados y depuestos por los sínodos orientales, no podían presentarse ahora como jueces 93. Fue inútil todo conato de inteligencia. Como no se admitía su veto contra Atanasio, se separaron todos ellos y se retiraron a Filipópolis de Tracia 94 . Allí no hicieron otra cosa que publicar un manifiesto contra Atanasio y Marcelo y, lo que constituía el colmo del atrevimiento, declarar solemnemente depuesto al papa Julio I, a Osio de Córdoba y a todos los defensores de la ortodoxia 95 . En cambio, el sínodo de Sárdica, una vez desaparecidos los arríanos, continuó sus deliberaciones con toda normalidad, y después de reposado examen de las violencias de que habían sido objeto Atanasio y Marcelo 96 , declaró solemnemente su inocencia y les devolvió todos sus derechos. A continuación proclamó la fórmula y el símbolo de Nicea 97. Por esto, desde el punto de vista doctrinal, el concilio de Sárdica no añadió nada nuevo y se limitó a renovar el símbolo de Nicea. Diéronse, además, u n a serie de cánones disciplinares, y, finalmente, fueron depuestos expresamente los jefes arria92 Respecto del número de los asistentes al concilio de Sárdica, véase FEDEB, A. L., Studien zu Hilarius von Poitiers II en Sitzb. de la Ac. de Víena (1911) p.l2s. También en SAN HILARIO, Fragmenta hist. II 9s, y III les. 93 Era u n a exigencia intolerable, pues los occidentales podían hacer valer su derecho, ya que ellos tenían por legítimos a aquellos obispos y no admitían las 91decisiones de Tiro y Antioquía. Todo esto lo refiere San Atanasio (Hist. arian. 16 y 44; Apol. contra arianos95 48). Véase la trad. latina de esta encíclica: SAN HILARIO, Frag. hist. 3,1-29. Véase ZEILLER, J., Donatisme et arrianisme. La falsification donatiste des documenta du concite de Sardique en Comp. R. de l'Ac. des Inscr. (1933) 6Ss. 9(5 En realidad se examinó el caso de Marcelo y su doctrina; mas parece que los occidentales no estaban al corriente de las sutilezas de los griegos en estas materias y así dieron fácilmente u n a solución al asunto. 97 Antes de llegar a este resultado se hubo de luchar denodadamente. En efecto, según refiere San Atanasio (Hom. ad Antioch. 5). algunos miembros del concilio propusieron u n a fórmula intermedia, a la que parece se inclinaba el mismo Osio. Es lo que se h a designado como fórmula de Sárdica. A esto se opuso decididamente San Atanasio, el cual convenció al fin a la asamblea de que lo más acertado era proclamar de nuevo el símbolo de Nicea.

405 nos Ursacio y Valente 98 . No obstante el gesto arriano, que pretendía hacer el vacío al concilio de Sárdica, éste significaba u n triunfo de la ortodoxia, que salía de él más fortalecida que nunca. 2. Nuevos triunfos de la ortodoxia.—El segundo triunfo de la ortodoxia fue el sínodo de Antioquía, celebrado por los mismos arríanos el año 344, pues en él se vieron obligados a deponer a uno de los suyos, al obispo Esteban de Antioquía 99 . La razón fue u n conjunto de intrigas de mala ley que urdió con el fin de desacreditar a dos prelados latinos; mas, descubierta su mala fe y la bajeza de los medios empleados, hubo de ser depuesto por ellos mismos. Las consecuencias fueron fatales para ellos. Pues por un momento abrió los ojos Constancio y se decidió a ponerse de acuerdo con su hermano Constante y el papa Julio I. Con este objeto envió u n a legación de cuatro representantes suyos al sínodo reunido entonces en Milán. Este sínodo de Milán de 345 debe ser considerado como un triunfo ulterior de la causa de Atanasio 10°. La razón es por haberse disipado en él el equívoco que había existido siempre en la doctrina de su íntimo amigo Marcelo de Ancira. Efectivamente, Marcelo había sido siempre íntimo amigo de San Atanasio y gran debelador de los arríanos, por lo cual su causa había ido siempre unida a la de éste, y él había sido varias veces desterrado. Mas por otra parte pesaba sobre él la acusación de sabelianismo, que era el error que le echaban en cara los arríanos, e indirectamente dañaba con esto a Atanasio, pues también contra él se lanzaba este reproche por su unión con Marcelo. Pues bien, en el sínodo de Milán de 345 se lanzó anatema contra Fotino, discípulo de Marcelo de Ancira, que había propuesto con toda claridad las doctrinas sabelianas, que niegan la distinción de personas en la Trinidad. Con esto pretendieron envolver también a Marcelo, y de hecho fueron muchos los que en adelante y hasta nuestros días lo tuvieron por sabeliano. Este golpe fue particularmente sensible para Atanasio. Pero los triunfos más resonantes se fueron sucediendo rápidamente a partir del año 345. El emperador Constante, uniendo sus esfuerzos a los del papa Julio I, obtuvo, por fin, de su hermano Constancio que se levantara el destierro de 98 Fueron depuestos, además, otros muchos de sus partidarios más significados. Véase SAN ATANASIO, Apol. 36-49. 99 SAN ATANASIO, Hist. arian. 20; TEODORETO, Hist. Eccl. 2,7-8. La perversidad de este obispo arriano llegó al extremo de introducir a u n a mujer de mala vida en la m o r a d a de los dos obispos llegados del Occidente, con la finalidad manifiesta de comprometer su buen nombre. Por fortuna se pudo descubrir la impostura. ioo p U e d e n verse: SÓCRATES, 2.30; SOZOMENO, 4,6; SAN EPIFANIO, 1,1, y sobre todo SAN HILARIO, Fragm. hist. 5,ls. Según parece, se celebró otro concilio en Milán dos años después, en 347. En él se repitió la condenación de Fotino.

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Atanasio . A ello contribuyó el hecho de la muerte del intruso Gregorio de Alejandría por efecto de ciertos desórdenes cometidos en esta ciudad. El mismo Constancio dirigió varias cartas a los obispos desterrados invitándoles a la vuelta. En su viaje de vuelta a Alejandría, Atanasio se despidió cariñosamente de Constante en las Galias y del papa Julio I en Roma; luego tuvo u n a larga entrevista con Constancio en Antioquía, de quien recibió grandes muestras de deferencia; celebró en Jerusalén u n sínodo, reunido por su obispo Máximo, y, finalmente, el 21 de octubre de 346 hizo su entrada solemne en Alejandría, que tuvo todo el aspecto de u n a apoteosis. La ciudad entera y todo el episcopado de Egipto se pusieron en bloque a su lado m. Hubo más todavía, y esto constituye el máximo triunfo de la ortodoxia en este corto período. Ursacio y Valente, los dos defensores más activos del arrianismo, viendo la posición de Constancio, más favorable entonces a la ortodoxia, se plegaron también a las circunstancias y llegaron a suplicar al Papa su readmisión en la comunidad católica 103. Puestos ya en este plan, escribieron u n a carta de felicitación a San Atanasio. Teniendo presente el estado de ánimo de estos corifeos del arrianismo, debemos decir que estos actos eran el colmo del servilismo y de la hipocresía, pues interiormente eran más rebeldes que nunca.

CAPITULO

V

Constancio, único emperador (350-361). Apogeo del arrianismo 104 Estando así las cosas, el año 350, u n cambio inesperado vino a poner todo el Imperio en manos de Constancio. Asesinado Constante por el usurpador Majencio, tuvo éste que luchar con Constancio, y, habiendo sido completamente derrotado, se suicidó poco después. Constancio quedó, pues, único emperador del Oriente y del Occidente hasta el año 361, en que murió. 101 San Atanasio inserta en su Apol. contra árlanos 51, las tres cartas Que le escribió Constancio pidiendo e insistiendo p a r a q u e volviera del destierro. Incluso le hizo escribir p o r diversos grandes dignatarios de la corte. Véase Hist. arlan. 22. 102

Véase SAN GREGORIO NACIANCENO. Orat.

21,29.

ion Ursacio y Valente ya habían enviado su sumisión al segundo concilio de Milán de 347. De su carta de sumisión al Papa habla SAN HILARIO, Fragm. hist. 2,20.104 Véase la. bibliografía general sobre Constantino y sobre el arrianismo (notas 31 y 32). En particular: GROSS, K., artíc. Konstantius II: LexThK 6,498 (Frib. Br. 19(51); BARDY, G., La politique de Constance (350-357); Hist. de l'Eglise por FLICHE-MARTIN, III 138s. (P. 1936).

I.

CONSTANCIO. APOGEO DEL ARRIANISMO

407

MEDIDAS RELIGIOSAS DE CARÁCTER GENERAL

Este cambio tuvo consecuencias importantísimas desde el punto de vista religioso. Desde este momento, Constancio, siempre propenso a inmiscuirse en los asuntos religiosos^ quiso ser dueño absoluto tanto en lo civil, como en lo eclesiástico. Una de las consecuencias de esta decisión fue el renovar con nuevo rigor la batalla contra el paganismo. De ello son indicios manifiestos multitud de disposiciones tomadas en los años siguientes. En 353 renovó Constancio la ley ya existente en que se prohibían los sacrificios bajo pena de muerte y el cierre de los templos. Esto no obstante, quedaron muchos gentiles y muchos templos paganos abiertos, sobre todo en las pequeñas poblaciones. La persecución parece comunicó nueva vida a algunos núcleos e instituciones paganas. Asimismo dio algunas leyes liberando al clero católico de los impuestos públicos. El año 355 amplió a los obispos el privilegio del foro eclesiástico, que les daba casi absoluta independencia en los litigios de los clérigos. Además emprendió u n a verdadera persecución contra los judíos. Ya desde el principio de su reinado les había prohibido tener esclavos cristianos. En 357 prohibió terminantemente el paso al judaismo. Este mismo año apareció la ley que fulminaba la pena de muerte contra la hechicería y encantamiento. En medio de esta actividad en favor del cristianismo, Constancio fue poco afortunado en sus empresas militares contra los persas, enemigos declarados del Imperio. Como, por otra parte, no tenía descendencia, se apoderó de él u n verdadero pánico contra los pretendientes al trono. Por esto, Gallo y Juliano, los dos únicos parientes que habían quedado con vida después de la matanza general realizada al principio de su reinado, estuvieron constantemente vigilados. A Gallo lo nombró cesar el año 351; pero el año 354 lo mandó asesinar por temor de u n levantamiento. El año 355 envió a Juliano a las Galias, también con el título de cesar, después de haberlo tenido en constante vigilancia. II.

CONSTANCIO, APOYO PRINCIPAL DEL ARRIANISMO

El cambio operado en el Imperio se vio claramente en la conducta observada por el emperador Constancio para con los arríanos. Conociendo éstos los sentimientos más íntimos de Constancio, comenzaron en seguida a insinuarse en el ánimo del emperador 105 . Esta tarea les fue facilitada notable105 Véase SÓCRATES, Hist. Eccl. 2,29. Los- dos m á s significados jefes del arrianismo, Ursacio y Valente, t r a t a r o n inmediatamente de separar su causa de la de los occidentales.

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mente con la muerte del papa Julio I, ocurrida el año 352. Al caer esta columna de la ortodoxia, renováronse todos los rencores contra Atanasio y resurgieron las más vehementes ansias de revancha. 1. Sínodos de Arles de 353 y de Milán en 355.—Ya el año 351 celebraron los arríanos un sínodo en Sirmio, en el que propusieron la primera fórmula que llevaba este nombre m. Aunque omite la expresión ¿fi.ooáatov de Nicea, sin embargo, es ortodoxa. Pero lo que constituía su obsesión era la figura de Atanasio, verdadera personificación de la ortodoxia. Por esto concentraron entonces sus ataques contra él, para lo cual acudieron a las más burdas calumnias. Sobre todo insistieron en lo que más fuerza podía hacer en Constancio: que Atanasio lo difamaba como hereje y excomulgado. El efecto de esta insinuación en Constancio fue fulminante. El y los arríanos acudieron al nuevo papa Liberio (352-66), suplicándole depusiera él mismo a Atanasio. La predisposición que Constancio había sentido siempre contra Atanasio aumentó hasta lo sumo 107. En estas circunstancias, el Papa mismo propuso la celebración de un concilio con el fin de arreglar definitivamente aquellas desavenencias. Constancio aceptó, y propuso la población de Arles m, adonde el Papa envió sus dos legados. Túvose, en efecto, el sínodo de Arles en 353; mas todo él fue un tejido de intrigas de Ursacio y Valente y de violencias de parte de Constancio, al servicio de los arríanos. Esta violencia imperial llegó al extremo de que, por medio de un edicto público, se llegó a colocar a los obispos reunidos ante la alternativa o de firmar la condenación de San Atanasio o de ir al destierro. Todos cedieron, incluso los legados pontificios. Solamente se resistió Paulino de Tréveris, quien por esto fue inmediatamente desterrado m. El papa Liberio protestó con una carta respetuosa, pero enérgica. Mas Constancio siguió por el camino empezado "°. Esto no obstante, el Papa no desesperó. Le envió otros tres legados y propuso inmediatamente la celebración de otro sínodo que tuviera todas las garantías de libertad e independencia. El emperador aceptó y designó a Milán. 10(i En este sínodo volvieron a condenar a Fotino. La primera fórmula de Sirmio es equivalente en todo a la c u a r t a de Antioquía. San Atanasio la reproduce en De syn. 27. Véanse también: SÓCRATES 2,30; SOZOMENO 4,6; SAN HILARIO, De syn. 37. 107 San Atanasio (Apol. ad Const.) nos refiere los esfuerzos que hizo Constancio por hacerlo ir al Occidente, donde él se encontraba, así como también las intrigas que empleaba en este tiempo contra él. Ya desde 352 aparecen Ursacío y Valente como los consejeros eclesiásticos de Constancio, con lo cual se comprenden los sentimientos que lo animarían. 108 El Papa había propuesto a Aquilea, pero accedió al deseo del emperador. ios Véanse: SULPICIO SEVERO, Chron. 2,39; SAN HILARIO, Fragm. hist. 1,6; SAN ATANASIO, Apol. ad Const. 27. 110 Véanse sobre todo las dos cartas de Liberio a Constancio y a Osio de Córdoba, en SAN HILARIO, Fragm. hist. 5,3; 6,3.

C.5. CONSTANCIO. APOGEO DEL ARRIANISMO 409 Mas también el sínodo de Milán, celebrado en 355 con asistencia de más de 300 obispos occidentales, fue un triunfo de la violencia de Constancio m . Ursacio y Valente fueron los impulsores del fanatismo más exagerado. Por edicto imperial se propuso de nuevo a todos la condenación de Atanasio. La inmensa mayoría cedió a la violencia. Los pocos que se resistieron, como Lucifer de Cagliari y Eusebio de Vercelli, fueron desterrados. El triunfo arriano era completo m.

2. Nuevo destierro de San Atanasio.—Con todos estos precedentes, era ya de suponer a dónde dirigirían desde entonces todos sus esfuerzos los jefes arríanos. Su enemigo mortal, Atanasio, debía salir de su sede de Alejandría. Así, pues, el complemento de los triunfos de Arles y Milán fueron los actos violentos que se ejecutaron en Alejandría el 9 de febrero de 356. Presentóse un verdadero ejército, dispuesto a lanzarse violentamente sobre el indefenso obispo m. Atanasio se refugió en lugar sagrado; pero la iglesia donde se refugió fue tomada por la fuerza. Sin embargo, Atanasio logró burlar la estrecha vigilancia de sus perseguidores y escapar al desierto, a donde continuaron persiguiéndole sus adversarios con verdadero encarnizamiento; pero él supo burlar a los emisarios imperiales gracias a su ingenio y a la colaboración de los monjes. Este destierro duró seis años (356-62) y fue fecundo en grandes obras 114. Allí compuso sus mejores escritos. Cuando todo el Oriente se doblegaba ante el cesaropapismo de Constancio, levantaba su voz este desterrado, dando las pruebas más convincentes de la independencia de su espíritu. Desde allí siguió con indecible amargura la marcha triunfante de los arríanos y, sobre todo, el trato inicuo que se daba a sus venerados amigos el papa Liberio y Osio de Córdoba. III.

CUESTIÓN DEL PAPA LIBERIO

Los arríanos y el emperador Constancio habían conseguido poner fuera de combate a Atanasio; pero quedaban todavía en pie dos columnas fundamentales de la ortodoxia. Eran el papa Liberio y Osio de Córdoba. Por tanto, era necesario reducirlos al silencio. 1. Destierro del papa Liberio ,15 .—Primero dirigieron todos sus esfuerzos a conquistar para sus ideas al papa Liberio. 1,1 112 113

Puede verse SOZOMENO, 4,9. Véase la viva descripción de SAN ATANASIO, Hist. arian. 31s. Antes de esta última violencia había precedido u n mes entero de esfuerzos del delegado del emperador por persuadir a Atanasio que marchase al destierro. Véase toda la narración en SAN ATANASIO, Hist. aceph. IV. 114 Véase SAN ATANASIO, Apol. de fuga. 115 No ©8 segura la fecha del destierro del p a p a Liberio. Algunos la colocan

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 410 Con este objeto, el emperador le envió un legado especial cargado de donativos; pero el Papa lo rechazó con dignidad. Este supuesto desprecio hirió en lo más vivo al emperador Constancio, el cual hizo entonces apresar a Liberio y conducirlo a Milán, donde él se encontraba m. San Atanasio y Teodoreto nos describen las escenas del más crudo despotismo que se desarrollaron cuando Constancio, en ademán de juez, hizo comparecer en su presencia al Romano Pontífice, como si se tratara de un delincuente. Se trataba simplemente de forzar a Liberio para que suscribiera la condenación de San Atanasio, como símbolo de la ideología contraria a la de los arríanos. Pero el papa Liberio se mantuvo firme contra las mayores violencias. Por esto, a los tres días fue conducido al destierro en Berea de Tracia. Allí permaneció algún tiempo, tal vez algunos años, hecho constantemente objeto de las más violentas instancias para que condenara a Atanasio. Finalmente, el año 358, Liberio pudo volver a Roma, donde continuó su gobierno. Se pregunta, pues, qué hizo para que se le permitiera volver a Roma. En esto consiste la célebre cuestión del papa Liberio.

2. Divisiones entre los arríanos. Fórmulas U7 .—Para entender mejor esta cuestión y la solución que parece más probable, conviene tener presente el desarrollo de los acontecimientos desde el punto de vista arriano en este período de su máximo apogeo. En primer lugar, por los años 356-358 se fue marcando cada vez más la división entre los mismos herejes, lo cual constituye en realidad el principio de su derrota definitiva. Sin embargo, mientras gozaron del apoyo incondicional del emperador, no se puede decir que disminuyera su pujanza. Los más estrictos y rigurosos eran los llamados anhomeos, a cuya cabeza iba un tal Aecio, maestro de Antioquía. Como indica la misma palabra, no admitían semejanza de Cristo con el Padre. Los homeos, en cambio, admitían algunas semejanzas, pero no en la sustancia. Limitábanla generalmente a la voluntad y actividad y otras propiedades de la naturaleza divina. El jefe de esta rama era Acacio de Cesarea. Finalmente, se formó otra, que fue engrosando más cada día, de los llamados homeousianos, los cuales admitían en 355. Por tanto, no puede darse como cierto q u e tuviera lugar después del de Atanasio. En todo caso, los esfuerzos por deshacerse de ambas columnas de la fe se fueron desarrollando a la par, y, con poco tiempo de diferencia, ambos fueron desterrados. ™ Este acto se hubo de realizar de noche, por temor a la resistencia del pueblo romano. Por orden de Constancio, el papa Liberio fue apresado y conducido a Milán ante el emperador. Teodoreto (Hist. Eccl. 2,16) nos ofrece u n a viva descripción de esta escena. 117 Además de las obras generales, véase RASNEUR, G., L'homoiousianisme dans ses rapports avec l'orthodoxie en BevHistEcql 4 (1903) 189§, 411S.

C.5. CONSTANCIO. APOGEO DEL ARRlANISMO

411

u n a semejanza general del Hijo con el Padre, incluso en la esencia. Ya se ve que de ahí a la doctrina ortodoxa no había más que un paso; por esto podemos decir que muchos de los homeousianos eran enteramente ortodoxos. Los dos últimos grupos eran denominados semiarrianos, y son los que obtuvieron en todas partes los triunfos más ruidosos. El año 357 se hizo pública la segunda 118fórmula de Sirmio, cuyo contenido era rígidamente arriano . Pero aun dentro de los mismos sectarios se obró inmediatamente una reacción, por lo cual en el sínodo semiarriano de Ancira de 358 se publicó la tercera fórmula de Sirmio, que lleva hasta lo sumo la semejanza del Verbo con el Padre, y así doctrinalmente no es herética m. 3. La cuestión del papa Liberio 120.—Esto supuesto, ¿qué debe decirse del papa Liberio? Es u n hecho que después de algún tiempo de destierro se le dejó en libertad y pudo volver a Roma. Habiendo tenido tanto interés los arríanos y el emperador Constancio en que se adhiriera a sus ideas y condenara a San Atanasio, por cuya negativa se le había tratado tan cruelmente, ¿cedió tal vez ahora a sus instancias, obteniendo a este precio su libertad? Muchas y muy diversas han sido las soluciones dadas a esta cuestión, en las cuales, justo es decirlo, aparece muchas veces la tendencia de los respectivos historiadores. En primer lugar, todos los adversarios de la Iglesia y del Pontificado se complacen en esta solución simplista: que Liberio claudicó, abandonando a Atanasio y la fe de Nicea y admitiendo las doctrinas arrianas. Con ocasión de las discusiones sobre la infalibilidad pontificia en el concilio Vaticano I, ésta fue u n a de las dificultades que más se urgieron. Más aún: en los siglos anteriores a la definición dogmática 118 Esta segunda fórmula de Sirmio fue el resultado de u n sínodo celebrado en esta población por los más estrictos arríanos. En ella tomaron parte, entre otros, el obispo de la ciudad, Germinio, y los dos jefes, tan conocidos, Ursacio y Valente, a quienes t a n pronto encontramos entre los arríanos rígidos como entre los semiarrianos. Véanse SAN HILARIO, De syn. 21; SOZOMENO, 4,12. 119 Esta fórmula, p r e p a r a d a en el sínodo de Ancira, fue promulgada en otro celebrado en Sirmio. Por eso es designada como tercera fórmula de Sirmio. A este sínodo asistieron también Ursacio y Valente, a pesar de que esta fórmula y estos sínodos se presentaban en oposición al sínodo anterior y a la segunda fórmula. Véase SOZOMENO 4,15. 120 p a r a esta célebre cuestión, véanse, además de las obras generales ya citadas: 1 . SALTET, Les lettres du pape Libere de 357 en BullLittEccl (1907) 279-289; ID., La formation de la légende des papes Libere et Félix ib. (1905) 232S; SAVIO, 11 papa Liberio e le falsificazioni degli ariani en CivCatt (1907); ID., Nuovi studi sulla quaestione di papa Liberio ib. (1909); ID.. La quaestione di papa Liberio en Fede e Scienza (R. 1907); ZEILLER, La -chute» du pape Libere en RevApol 3 (1907) 589s; WILMABT, DOM, La question du pape Libere en RevBén 25 (1908) 360S; CHAPMAN, DOM, The contested letters of pope Liberius en RevBén 27 (1910); BATIFFOL, P., La paix constantinienne... pp.465-31, 488-94, 515-21; MORO, G., La cuestión del papa Liberio en RevEcl 19 (1936) 239s; ALES, A. D', artíc. Libere en DictApol; AMANN, E., artíc. Libere en DictThCath; LECLERCQ, H., a r t i c Libere en DictArch; SCHWAIGER, G., artíc. Liberius: LexThK 6 1015-1016 (Frib. Br. 1961); ID., artíc. en EncCatt 7 1269-1272; MONACHINO, V., II primato nella controversia ariana: Saggi stor. intorno al Pap. (R. 1959) 17-90; P I N CHERLE, A., II papa Liberio: I papi nella storia I 41s. (R. 1961).

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 412 de la infalibilidad pontificia, algunos autores profundamente católicos, como Baronio, Tillemont, Natalis Alexander y Bossuet, defendieron que Liberio cayó en la herejía firmando la segunda fórmula de Sirmio. En este sentido interpretan las palabras de San Atanasio y otros escritores antiguos que hablan de una caída. Sin embargo, estos autores católicos suponen que esto sería una caída meramente personal, no un error enseñado ex cathedra, que es a lo que se refiere la infalibilidad pontificia. Pero la mayor parte de los críticos, historiadores y teólogos más sensatos de nuestros días dan otra solución, que ciertamente parece la más probable. Precisamente el año 358, en que Liberio obtuvo su libertad, acababa de salir la tercera fórmula de Sirmio, que era la defendida por los semiarrianos y por el emperador Constancio, y que admite un sentido ortodoxo. Pues bien, esta fórmula es la que se presentó a Liberio, exigiéndole su aceptación para obtener su libertad. El la aceptó, y entonces pudo volver a Roma. Existen u n a serie de indicios que corroboran esta solución. El primero es que, apenas llegado a Roma, Liberio manifestó claramente su intención, publicándose un suplemento, en el que declaraba excluidos de la comunión eclesiástica a los que no admitieran una semejanza, en la esencia y en todo, entre el Hijo y el Padre. No indica otra cosa toda la conducta del papa en los años siguientes, en que no da muestra ninguna de desfallecimiento en la defensa de la fe ortodoxa ni aparece nunca en comunión con los arríanos. El historiador Sozomeno m propone expresamente esta explicación de los hechos. En su confirmación se traen cuatro cartas de Liberio, de cuya autenticidad se discute mucho hasta en nuestros días, pero es defendida por autores de nota. En ellas se supone que el Papa admitió la tercera fórmula de Sirmio. Frente a esta solución, se traen los testimonios del mismo San Atanasio, objeto de todas las controversias y que debía de estar muy bien enterado de lo ocurrido m; de San Jerónimo 123, Filostorgio m y San Hilario de Poitiers 125. Todos ellos convienen en afirmar que Liberio, después de dos años de resistencia, vencido por las molestias del destierro, cedió a sus adversarios. Pueden admitirse estos testimonios; pero adviértase que no se oponen a la solución que acabamos de proponer. En realidad, Liberio cedió a sus adversarios admitiendo la fórmula que ellos le presentaban. Es verdad que esto suponía de alguna manera abandonar la causa con tanto ardor defendida; pero no era claudicar en la fe. Y 121 122 123 124 125

Hist. Eccl. 4,15. Hist. arian. ad mon. 41. Chron. ad ann. 352. Hist. Eccl. 1,4. Contra Const. 11.

C.5.

CONSTANCIO. APOGEO DEL ARRIANISMO

413

esto hasta tal punto es verdad, que el mismo Atanasio, algo más tarde, usó el mismo sistema con el fin de atraerse a los semiarrianos y llegar a una inteligencia con ellos. IV.

EL CASO DE OSIO DE CÓRDOBA 126

Muy semejante es el caso de Osio de Córdoba. Tampoco podían sufrir los arríanos que permaneciera en pie aquella columna de la fe ortodoxa, el consejero de los emperadores, el presidente de los concilios, el gran amigo y defensor acérrimo de Atanasio. Por esto movieron cielo y tierra para hacerlo flaquear. 1. Planteamiento del caso.—Como se había hecho con Liberio, Osio fue conducido a Milán, en donde el mismo Constancio tomó por su cuenta la triste misión de doblegar su resistencia p a r a complacer a los arríanos. Querían a todo trance que abandonara la causa de San Atanasio y se uniera con ellos. Se hicieron con él toda clase de violencias, mas se mantuvo íntegro. Entonces fue cuando Osio dirigió a Constancio una célebre carta, que es el monumento más hermoso de la fe de Osio y de la dignidad del episcopado frente a la opresión de los príncipes seculares. Oprimido Osio por el emperador y encontrándose enteramente a merced suya y de sus protegidos,U1los arríanos, tiene alientos para decirle con toda entereza : «Acuérdate que eres mortal. Teme el día del juicio y consérvate puro para él. No te entrometas en los asuntos eclesiásticos ni nos mandes sobre puntos en que debes ser instruido por nosotros. A ti te dio Dios el Imperio; a nosotros nos confió la Iglesia. Y así como el que te robase el Imperio se opondría a la ordenación divina, del mismo modo guárdate tú de incurrir en el horrendo crimen de adjudicarte lo que toca a la Iglesia...» Con esta entereza escribe aquel anciano al emperador 126 p a r a i a solución del caso de Osio de Córdoba, véanse, fuera de las obras generales: MACEDA, M. J., Hosius veré hosius, hoc est, Hosius veré innocens, veré sanctus... (Bononiae 1790); TILLEMONT, Mémoires pour servir á l'histoire ecclés... t.7 pp.300-321; FLÓREZ, España Sagrada vol.10 (1753) pp.159-208; MENÉNDEZ PELAYO, Heterodoxos españoles 3. a ed. II 33s (M. 1917); VILLADA, Z. G., Historia eclesiástica de España I 2 pp.11-43; PUEYO, Hacia la glorificación de Osio (M. 1926); CUNILL, S., Osius, bisbe de Córdova en AnTarrac 2 (1926) 285-299; YABEN, H., Osio, obispo de Córdoba en Pro Eccl. et Patria 26 (B. 1945); SEHRATOSA, R., Algo más sobre Osio de Córdoba en Estudios 13 (Madrid 1957) 65s; DOMÍNGUEZ DEL VAL, U., Osio de Córdoba en RevEspTeol 18 (1958) 141s, 261S; LLORCA, B., El problema de la caída de Osio de Córdoba en EstEcl 33 (1959) 39s; OBRAS; TUVO parte en el Símbolo de Nicea. Véase ORTIZ DE URBINA, I, El Símbolo Niceno (M. 1947) 19-23; Epistula ad Constantium Imperatorem: PL 8.1328; Epistula ad lulium Papam, ib. 919; Osii sententiae..., ib. 1317; CLERCQ, V. C , Ossius of Córdoba. A contribution (Washington 1954); VAL, U. D. DEL, Osio de Córdoba: DiccHistEclEsp 3, 1844-45 (M. 1973). 127 Véase la reproducción entera de este documento en castellano en VILLADA, l.c., p.33s.

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 414 más poderoso, de quien dependía su propia vida. Por lo que se refiere a su decisión, termina Osio con estas palabras: «Yo no sólo no me adhiero a los arríanos, sino que anatematizo su herejía; ni subscribo contra Atanasio, a quien tanto yo como la Iglesia romana y todo el sínodo (de Sárdica) declaró inocente». Tal fue la conducta de Osio, digna, sin duda, de u n a vida consagrada por entero a la causa de la verdadera fe. Pero esto precisamente exasperó a Ursacio y Valente y, sobre todo, al emperador Constancio. Hízolo éste trasladar a Sirmio, y allí lo tuvo aislado y en el más duro destierro como un año. Ahora bien, ¿qué pasó en este tiempo? ¿Cayó en la herejía, cediendo a la violencia de los arríanos, o se mantuvo firme en defensa de la fe de Nicea? Sobre esto versa el caso de Osio.

2. Solución del caso.—San Atanasio, gran amigo de Osio, afirma textualmente: «Cedió a los arríanos un instante, no porque nos creyera a nosotros reos, sino por no haber podido soportar los golpes a causa de la debilidad de la vejez». Algo parecido testifican San Hilario de Poitiers y otros autores contemporáneos 128. Teniendo presentes estos testimonios, son muy diversas las soluciones que se han dado al caso de Osio. El P. Maceda, muy ponderado en sus apreciaciones y hombre de criterio sano y seguro, representa la solución que podemos llamar radical favorable. En su célebre obra Hosius veré Hosius (téngase presente que Osio es la palabra griega que significa santo) defiende con sólidas razones la opinión de que todos esos testimonios son interpolados, y que, en realidad, Osio se mantuvo firme en su defensa de San Atanasio y de la verdad de Nicea hasta el fin. Sin embargo, es mucho más general la opinión de los que admiten dichos testimonios y se atienen enteramente a ellos, con todas las atenuantes que incluyen. Según esto, admiten que Osio tuvo un momento de debilidad, explicable por los años y los innumerables sufrimientos, que debieron dejarlo a él, más que nonagenario, como atontado. Pero inmediatamente se arrepintió de ello. Por consiguiente, es contraria a toda crítica histórica la opinión de los que suponen que cayó enteramente, subscribiendo alguna fórmula rígidamente arriana. A esta opinión extremista dio pie la maledicencia de los discípulos de Lucifer de Cagliari y del español Gregorio de Elvira, todos ellos de tendencias rigoristas, quienes no mucho después tejieron una verdadera leyenda sobre los últimos actos de Osio, convertido de repente en portavoz de la herejía, y sobre el supuesto fin de su larga vida de apostolado. 128

SAN HILABIO, De syn.

11,43,8; SOZOMENO, Hist. Eccl. 4,12.

415 Finalmente, el célebre crítico francés de nuestros días Pedro Batiffol propone otra solución, que no deja de ser sugestiva ™. Prescindiendo de todas las discusiones sobre la autenticidad de los testimonios de San Atanasio, etc., afirma Batiffol que no podemos fiarnos de ellos. La razón es muy sencilla. Pues como, durante su destierro en Sirmio, Osio estuvo rodeado exclusivamente de arríanos, y la noticia de su caída y lo que testifican San Atanasio 13y demás autores sólo pudo saberse a través de los mismos °, no podemos tener ninguna garantía de seguridad, ya que es bien sabido el interés que tenían los arríanos en hacer creer en la caída de Osio, y como nadie podía desmentirlos, pudieron fingir la más absurda calumnia. Ahora bien, si no podemos hacer caso de estos testimonios, que son los únicos en que se basa la supuesta caída de Osio, debemos atenernos a lo que se deduce de su conducta anterior, y así, conforme a esta explicación, mientras no se pruebe claramente otra cosa, debemos afirmar que Osio fue hasta el fin de su vida columna de la fe de Nicea y defensor esforzado de la ortodoxia católica contra los arríanos. También Hilario de Poitiers m, hombre de gran autoridad en todo el Occidente y designado por muchos como el Atanasio occidental, fue objeto de la persecución arriana. Ursacio y Valente reunieron un sínodo en Béziers, y de resultas del mismo fue también Hilario al destierro el año 356. C.5. CONSTANCIO. APOGEO DEL ARR1ANISMO

V.

ÚLTIMOS AÑOS DE CONSTANCIO. RÍMINI-SELEUCIA

132

De todo lo expuesto se deduce que el arrianismo, sobre todo en la forma moderada de los horneousianos, estaba en el apogeo el año 358. El emperador Constancio continuaba siendo su principal apoyo. 1. Sínodo de Rímini-Seleucia en 359.—Esto no obstante, Constancio quiso afianzar más este triunfo, sobre todo en Occidente. Para llegar, pues, a la unión universal en el arrianismo más moderado de los horneousianos, convocó un concilio ecuménico. Más aún: con el objeto de facilitar la presencia del mayor número posible de obispos, concibió la idea de celebrarlo a la vez en dos sitios: en Seleucia, para 12y En La paix constantinienne p.483 n.3. Creemos que hay fundamentos sólidos p a r a sospechar de la veracidad de los arríanos, que fueron los únicos que intervinieron directamente con Osio y los que transmitieron su supuesta caída. 130 Efectivamente, como dice Sozomeno (Le), Germinio, Ursacio y Valente presentaron u n a carta de Osio en la que consentía en no emplear los términos homoousios ni homoiousios. Por este conducto se supo todo lo que había hecho131Osio. Además de las obras generales, véanse: LABGGNT, St. Hilalre en Col. Les Saints ÍP. 1902); LE BACHELET, artíc. Hiíaire en DictThCath. 132 Véanse en la obras generales Tas exposiciones sobre el concilio de RíminiSeleucia (notas 31 y 32),

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 416 los orientales; en Rímini, para el Occidente. En ellos debía proponerse una fórmula especial de unificación, que fue designada como cuarta fórmula de Sirmio, en la cual se declaraba expresamente que el Verbo era en todo semejante al Padre, conforme a las Escrituras 133. En Rímini m los acontecimientos se desarrollaron con rapidez vertiginosa. Reuniéronse unos 400 obispos, entre los cuales se hallaba Restituto de Cartago y otros muy significados de Occidente. A la cabeza de unos 80 semiarrianos hallábanse Ursacio y Valente, apoyados por el prefecto del emperador. Bien pronto la mayoría de los Padres reunidos proclamó solemnemente el símbolo de Nicea; mas, contra ella, los 80 semiarrianos proclamaron la fórmula imperial. La batalla estaba declarada con toda su dureza, y como ambos partidos se mantenían firmes en sus posiciones, no había manera de llegar a u n a inteligencia. Viendo que todos sus esfuerzos eran inútiles, aviniéronse al fin los ortodoxos a enviar una delegación a la pequeña población de Nike, en Tracia, donde se juntó con otra enviada por los semiarrianos; pero allí, puestos todos bajo la influencia del emperador, fueron obligados a firmar una fórmula, llamada de Nike, semejante a la cuarta de Sirmio. Vueltos todos luego a Rímini, se obligó igualmente a los demás a firmar dicha fórmula ,35. El papa Liberio no había tomado parte en este concilio ni había enviado legados suyos. Más aún: poco después rechazó expresamente la fórmula de Nike, que era verdaderamente de doble sentido, por lo cual muchos ortodoxos creyeron satisfacer a su conciencia al firmarla, pensando que podía entenderse en sentido católico. Mucho mayor fue la confusión en Seleucia 13é; pero allí se entabló la lucha entre los homeos arríanos, capitaneados por Acacio de Cesárea, en número de 40, y los semiarrianos, que eran 105. El resto hasta 160 eran ortodoxos, la mayor parte egipcios. También fue invitado Hilario de Poitiers, que se hallaba a la sazón desterrado en Frigia. Después de interminables luchas entre los acacianos, que presentaron una fórmula propia, y los semiarrianos, al fin hubo de disolverse el concilio sin haber llegado a ninguna conclusión; pero Acacio y los suyos supieron arreglárselas con el emperador 133 Esta fórmula fue resultado de muchos esfuerzos por parte de Constancio y de los principales dirigentes semiarrianos por llegar a u n símbolo que los u n i e r a a todos. El texto en la redacción griega ha sido conservado por SAN

ATANASIO, De

syn.

8, y

SÓCRATES,

2,4.

134 Los acontecimientos de Rímini los refiere detenidamente SULPICIO SEVERO, Chron. 2,41-45. Asimismo nos comunican b u e n a s noticias: SAN JERÓNIMO, Adv. Lucifer. 17-18 y SAN HILARIO, Fragm. hist. 7-9. 135 Esta fórmula de Nike nos la ha transmitido TEODORETO, II 21. Al omitir la expresión hómoios katá panta, semejante en todo al Padre, resulta menos ortodoxa, que la c u a r t a de Sirmio. 136 Véanse sobre todo: SÓCRATES, Hist. Eccl. 2,39-40; SOZOMENO 4,22; SAN HILARIO, Adv. Const. 12-15.

417 y con los cabecillas Ursacio y Valente para que la comisión enviada por el concilio de Seleucia firmara la misma fórmula de Nike, que había triunfado en Rímini 137 . Esta fórmula de Nike fue presentada desde entonces por los semiarrianos como el santo y seña de la unión religiosa del Imperio 138. Muchos obispos la subscribieron forzados por la presión imperial. En realidad parecía llegado el señorío universal del arrianismo moderado. En este ambiente se explica pudiera exclamar San Jerónimo al referir estos hechos: «Gimió el orbe entero y se quedó sorprendido al contemplarse arriano» 139. C.5.

CONSTANCIO. APOGEO DEL ARRIANISMO

2. Derrota final del arrianismo.—A primera vista parecía que la victoria del arrianismo estaba definitivamente asegurada. Mas no era así. Como toda ella se basaba en el apoyo imperial, al faltarle éste, se derrumbó aquélla como castillo de naipes. Obsesionado Constancio con el apoyo prestado a los arrianos, apenas se dio cuenta de la actividad subversiva que desarrollaba en las Galias su primo Juliano, enviado por él con el título de César. De estos sueños de cesaropapismo, con que trataba de llegar al dominio universal en lo civil y en lo religioso, lo despertó trágicamente en el año 360 la noticia de que Juliano había sido proclamado emperador por sus soldados y marchaba sobre Roma. Constancio se dispuso inmediatamente a salirle al encuentro y darle la batalla. Como preparación para ella, se hizo bautizar 140 , pues, según la costumbre del tiempo, había ido difiriendo el bautismo, e inmediatamente emprendió la marcha. Pero, inesperadamente, antes de establecer contacto con Juliano, murió entre Capadocia y Cilicia. Contaba a la sazón cuarenta y cinco años de edad y veinticuatro de reinado. Dueño inesperadamente de todo el Imperio, Juliano levantó el destierro a todos los obispos, con lo cual San Atanasio y los demás desterrados pudieron volver a sus respectivas sedes. Esto dio ocasión a los obispos ortodoxos para emprender una intensa campaña de captación de los que, medio engañados, formaban en las filas de los semiarrianos. Como en realidad era pequeñísima la diferencia que los separaba de los ortodoxos, fueron muchísimos los obispos 137 Los últimos esfuerzos por vencer la resistencia de los que se negaban a firmar la fórmula homecusiana forman u n a verdadera novela de intrigas. Pueden verse en SOZOMENO, 4,23. A última h o r a de l a noche del día 31 de diciembre, la víspera del destinado a proclamar la unidad religiosa de todo el Imperio, se obtuvo la firma de Eustatio de Sebaste, el único que todavía se resistía. 1:18 Esta fórmula de Nihe, refrendada en Rimini-Seleucia, quedó confirmada definitivamente en el sínodo de Constantinopla, reunido por Constancio a principios de 360. Véase principalmente SOZOMENO, 4,24. Este mismo sínodo tomó otras medidas de carácter radical contra algunos recalcitrantes entre los arríanos. "a Véase TILIEMONT, o.c., VI p.493 y, sobre todo, pp.522-523. 1,0 SOZOMENO, 5,1,6.

H.a de la Iglesia 1

14

418

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

C.6. JULIANO ÉL APÓSTATA

que se fueron reconciliando. De este modo perdió su predominio el arrianismo, si bien todavía volvió a rehacerse poco después durante el reinado de Valente y con el apoyo de los nuevos pueblos bárbaros, que lo abrazaron. CAPITULO

VI

Juliano el Apóstata. Últimos esfuerzos del paganismo m Al morir Constancio el año 361, quedó Juliano el Apóst a t a dueño absoluto de todo el Imperio. Nadie, en efecto, se lo disputó. Pero al mismo tiempo cambiaba por completo la posición de los cristianos. Preferidos durante los reinados de Constantino y sus hijos y apoyados con innumerables privilegios, ahora pasaban a ser objeto de la más enconada persecución. Pero, gracias a que la borrasca fue pasajera, ya que duró escasamente dos años, el daño fue insignificante, y el cristianismo resurgió después más robusto que antes. I.

EVOLUCIÓN

DE JULIANO

Y su

ODIO CONTRA

EL

CBISTIANISMO

Juliano, a quien la Historia ha designado con el calificativo de el Apóstata, tuvo una evolución, que, unida a su carácter egoísta y despótico, explica la enemiga mortal que concibió contra el cristianismo. 1. Educación y primera evolución 142.—Nacido el año 331 en Constantinopla, contaba sólo seis años cuando, a la muerte de Constantino el Grande, tuvo lugar la matanza de su padre Julio Constancio, hermano de Constantino, y casi todos sus parientes. Poco después comenzó su educación, que debía ser cristiana. Más aún: para evitar el peligro de que 141 p o r i 0 q U e s e refiere a Juliano el Apóstata, pueden consultarse, además de las obras generales (notas 1, 2, 3), las siguientes: Juliani imper. quae supersunt, ed. HERTLEIN 2 vols. C1875); JUL., Libri contra christianos, Coll. N e u m a n n (1880); AMIANO MARCEL., Hist. 1,16-25; LIBANIUS, Orat. parent.; ZÓSIMO, Hist. 3,9; SAN GREGORIO NACIANCENO, Orationes invect. contra luí. I y II; SÓCRATES. Hist. Eccl. 3,ls; SOZOMENO, Hist. Eccl. 6,ls; TEODORETO, Hist. Eccl. 3,2s; ÑEGRI, L'imperatore Ciuliano l'Apostata (Milán 1901); ALLARD, Julien l'Apostat 2. a ed. 3 vols. (P. 1903); BARBAGALLO, C , Giuliano l'Apostata (Genova 1912); GEFFKEN, J., Kaiser Julianus (1914); ROSTAGNI, A., Giuliano ¡'Apostata (Turín 1920); RITLEY, F. A., Julián the Apostate and the rise of christianity (L 1937); BORRIES, E. VON, Julián en PAULY-WISS.; LABRIOLLE, P. DE, Christianisme et paganisme au milieu du IV siécle en FLICHE-MARTIN, III 177-204; GROSS, K., artíc. Julián Apostat: LexThK 5 1195-1196 (Frib. Br. 1960); ID., artíc. en DictArch 8 305-399; BARTELINK, M., L'empéreur Julien et le vocabulaire chrétien: VigilChr 11 (1957) 37-48; RICCIOTTI, G., Juliano, el emperador apóstata según los documentos. Trad. del ital. por L. PLAJA PERAFERRER (B. 1959); STEIN, E.-PALANQUE, J. R., Hist. du Bas-Empire I (Brujas 1959) 142-175. 142 Véanse, además, de otras obras: BIDEZ. J.. L'évolution de la politique de l'empéreur Julien en matiére relig. en Bull. de l'Ac. Roy. de Belgique, classe des Lettr. (1914) pp.406-461; ID., La vie de l'empéreur J. (P. 1930).

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pretendiera el Imperio, deseaba Constancio se le inclinara al estado eclesiástico. Sus preceptores fueron Eusebio de Nicomedia y varios sacerdotes arríanos, con lo cual queda dicho que recibió una educación arriana, y así, nunca conoció Juliano la verdadera religión cristiana. El espíritu de rencillas y partidos que guiaba a sus maestros, no era el más a propósito para inspirarle verdadera estima de la humildad y caridad cristiana. Más tarde, temeroso Constancio de las primeras manifestaciones del espíritu de independencia de Juliano, lo hizo relegar a la solitaria villa de Macello para que prosiguiera en ella su educación. Mas esto mismo fue excitando su natural suspicacia y lo hizo crecer en un ambiente de desconfianza e inseguridad. El estudio de los clásicos le fue infundiendo un aprecio extraordinario de la filosofía griega y de todas las ideas paganas que ella representaba. Todo esto se fue incrementando en él durante los años siguientes. Cuando contaba veinte años, pudo asistir a la escuela filosófica de Constantinopla, donde, bajo el influjo del taimado eunuco Mardonio, aprendió la forma última del sincretismo religioso neoplatónico, mezcla de ocultismo, prácticas cultuales y divinación. Sin embargo, exteriormente fingía una vida cristiana y procuraba acomodarse a los usos del tiempo. En esta etapa de su vida tuvo por compañeros de estudios a los Santos Basilio y Gregorio Nacianceno. Sus ansias iban únicamente encaminadas a estudiar la filosofía y religión pagana. Entonces fue cuando acabó de formarse lo que puede designarse como religión de Juliano el Apóstata 143. Las cosas se fueron precipitando de u n modo inesperado. Elevado Juliano al rango de César el año 357, bien pronto se acreditó como general y hombre de gobierno. Esto lo condujo poco después a su encumbramiento por parte de sus soldados y al dominio de todo el Imperio por la muerte de Constancio. El 11 de diciembre de 361 Juliano el Apóstata celebraba su entrada triunfal en Constantinopla. 2. Orientación general de su reinado.—Con estos antecedentes, se explica fácilmente que Juliano, siendo en el fondo sentimental y fanático, se sintiera como el hombre providencial para procurar la restauración del paganismo. Por esto inmediatamente arrojó la máscara del cristianismo que practicaba y dio inequívocas muestras de su intención. Celebró con ostentación un taurobolio, conforme al rito inicial de algunas religiones orientales, consistente en recibir sobre su cuerpo la sangre de un toro sacrificado para el efecto. Con ello pretendía lavarse de los restos que le que143 Sobre esta especie de sincretismo o religión propia que se formó liano, véase BIDEZ, J., La vie de l'emp. J. 67s.

Ju-

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daban de la religión cristiana. Toda su actividad se dirigió desde entonces a este doble objeto, que propiamente no e r a más que uno: restauración del paganismo y destrucción del cristianismo. II.

ACTIVIDAD ANTICRISTIANA DE JULIANO EL APÓSTATA

1. Medidas en favor del paganismo 144 .—Como medida fundamental en favor del paganismo, ordenó inmediatamente la apertura de los templos paganos todavía existentes y la instauración de los sacrificios públicos. La religión pagana debía recobrar su rango primitivo de religión oficial. No se trataba, según Juliano, de innovación ninguna, sino de una simple restauración de lo antiguo 145. Con este objeto, facilitó medios abundantes para la reconstrucción de los templos paganos que habían sido derribados, y, encima de todo esto, hizo celebrar grandes fiestas con carácter exclusivamente pagano. Comenzaba u n a nueva e r a del paganismo. Por otro lado, no se desdeñó Juliano de echar mano de varios elementos típicamente cristianos, como lo había hecho con la jerarquía. Así, introdujo la costumbre de cantar himnos en honor de los dioses por coros de niños; organizó la instrucción religiosa en los templos; estableció u n a especie de confesión y trató de introducir la institución de los monjes U6. Pero, sobre todo, quiso dotar al paganismo de un elemento que era, sin duda, el que más atractivo le comunicaba a la Iglesia católica: las instituciones de caridad, y, en general, la caridad con los necesitados. Por esto comenzó a levantar, a costa del Estado, hospicios o albergues de ancianos y otras clases de centros de beneficencia. Quería que el paganismo no fuera en nada inferior al cristianismo I47. 2. Guerra directa contra los cristianos.—Mas no se paró ahí Juliano. Ciertamente evitó de u n modo sistemático la persecución directa y cruenta, pues la experiencia había mostrado que este sistema era contraproducente. Sin embargo, por la astucia de los medios con que atacó a los cristia144 Pueden consultarse las obras generales y las citadas en las notas 141 y 142 En particular las q u e se refieren a la lucha contra el paganismo (nota 77). De u n modo especial véanse: BOISSIER, La fin du paganisme 2 vols. (P. 1891); LABBIOLLE, P. DE. La réaction paienne (P. 1934). 145 El historiador pagano Amiano Marcelino ( o . c , 22,5,2) atestigua esta libertad general q u e concedió Juliano, con la tendencia m a r c a d a de r e s t a u r a r el 146 paganismo. Véase p a r a estos conatos de relorma p a g a n a : KOCK, W., Comment l'emp. J tacha de fonder une Eglise paienne en Rev. de Phil. et d'Hist. 6 (1927) 133S; 7 (1928) 48s. Para los principales puestos de esta organización puso a conocidos ministros de los cultos orientales y a algunos apóstatas católicos. 147 Véanse las mismas obras de KOCH y BIDEZ, y e n p a r t i c u l a r LABBIOLLE, l.c.

C.6. JULIANO EL APÓSTATA

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nos, San Gregorio Nacianceno designa este reinado como la más cruel de las persecuciones. Además, es un hecho que durante el corto reinado de Juliano el Apóstata tuvieron lugar diversos martirios; pues, como dice el mismo Santo, el emperador no daba importancia ninguna al hecho de que un gentil martirizara a diez cristianos. En realidad, pues, con el fanatismo que Juliano infundió a las masas en favor del paganismo, se explica que tuvieran lugar algunos excesos de que fueron víctimas los cristianos 148. De todos modos, no fue éste el sistema establecido por Juliano, consistente más bien en u n a guerra incruenta. La primera medida que tomó fue más bien indirecta, y consistió en conceder amplia libertad a todas las sectas cristianas. Su intención era que de este modo se hicieran la guerra unos a otros; pero 149 en realidad esta disposición fue beneficiosa para la Iglesia . Con esta ocasión pudo volver San Atanasio del destierro, adonde lo había enviado la furia arriana, y después de reorganizar las iglesias de Egipto, comenzó aquella campaña de atracción entre los semiarrianos, que tan buenos resultados obtuvo. Uno de sus primeros actos fue la celebración de u n gran sínodo en Alejandría el año 362, que, a pesar del corto número de Padres reunidos, es designado con el título de Concilio de los Confesores 15°. Precisamente esta actividad de Atanasio y el auge creciente que iba tomando el cristianismo en Egipto bajo su atinada dirección, movieron a Juliano a desterrarlo de nuevo, y, en efecto, Atanasio tuvo que marchar por cuarta vez al destierro, que duró hasta la muerte de Juliano. La segunda medida tomada por Juliano contra los cristianos fue quitarles todos los privilegios que en los reinados anteriores les habían sido otorgados. A ellos pertenecían principalmente los concedidos al clero y a los obispos, como el privilegio del foro y la inmunidad de los oficios públicos. Todo debía volver al estado en que se hallaba cuando se dio el primer edicto de tolerancia el año 311, el edicto de Galerio. La razón que daba Juliano era que debía existir u n a tolerancia universal e igualdad absoluta para todas las religiones, sin preferencia de ninguna. Los galileos, como él decía, no tenían derecho a vivir; eran los enemigos declarados del helenismo, y por esto debían desaparecer. Estos verdaderos sentimientos los manifestó en u n sin148

Véanse multitud de casos de verdaderos martirios:

CENO, Oratio 149 150

I in

lulianum;

SAN GREGORIO NACIAN-

SOZOMENO, 5,11, etc., y LABRIOLLE, l.c.

Véase la nota 145. Este concilio adquirió gran significación, no sólo p o r el importante n ú mero de obispos q u e en él se reconciliaron con la verdadera ortodoxia, representada por S a n Atanasio, sino porque marcó la p a u t a del sistema q u e se siguió en adelante p a r a la reconciliación de innumerables prelados homeousianos. Véase BARDY, en FLICHE-MARTIN, III 239s. Véanse también: TEODORETO, 3,2;

SÓCRATES, 3,6;

SOZOMENO,

5,12.

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VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

número de edictos, disposiciones y toda clase de actos, públicos o privados. He aquí algunos: A los cristianos que ocupaban algún puesto público los obligaba a renegar de su fe o a abandonar su empleo 151. Por otro lado, hizo sacar de los escudos, monedas y de todos los sitios públicos los emblemas de Cristo y demás signos cristianos, t a n profusamente esparcidos por Constantino. Además escribió diversos tratados contra los cristianos, particularmente la obra Contra los galileos, conocida por la refutación hecha por San Cirilo de Alejandría 152. A todas estas medidas puso el colmo u n a que indica toda la malicia del emperador Juliano. Efectivamente, prohibió 153 el uso de los clásicos paganos en las escuelas cristianas . Con esto pretendía cerrarles el camino para la formación sólida en letras y filosofía. Realmente fue u n a de las disposiciones que m á s daño podían infligir al cristianismo. Los galileos, decía Juliano con ironía, tienen bastante con su Mateo y Lucas. Lo que deseaba era que o quedaran los cristianos sin instrucción o se vieran obligados a acudir a los maestros gentiles. Precisamente con el objeto de crear algo que substituyera de algún modo a los clásicos, algunos escritores cristianos eminentes se dedicaron entonces a escribir obras literarias que pudieran servir en las escuelas. Así lo hicieron, 154sobre todo, Apolinar el Viejo y San Gregorio Nacianceno .

III.

EFÍMERO RESULTADO DE LA CAMPAÑA DE JULIANO

Pero, a pesar de todos los esfuerzos de Juliano por reanim a r al paganismo y destruir al cristianismo, el resultado fue sumamente efímero. Ciertamente comenzaron a florecer de nuevo las antiguas instituciones paganas y otras nuevas a que él dio vida. Pero su muerte prematura volvió las cosas a su estado anterior. 1. Fracaso de muchas tentativas de Juliano.—La misma omnipotencia de Dios parece se complacía en humillar la soberbia de Juliano, haciendo que fracasaran ruidosamente 151

423

C.6. JULIANO EL APÓSTATA

422

Véanse SÓCRATES, 3,13,ls, y otros autores citados, en particular BIDEZ y

muchas de sus tentativas anticristianas. A ellas pertenece todo lo que hizo en Jerusalén. Efectivamente, llevado del odio contra los cristianos, favoreció sistemáticamente a los judíos. Con el fin de hacer ver que eran vanas las profecías de Cristo de que no quedaría en Jerusalén piedra sobre piedra, ordenó la reconstrucción del templo. De todas partes afluían donativos y acudían los israelitas para ayudar a las grandes obras de reconstrucción. El emperador contribuyó a ellas con esplendidez. Mas he aquí que, según refieren antiguas leyendas, cuando y a estaban bastante adelantadas las obras, u n terremoto lo echó todo abajo. No se arredró por esto el emperador. Volvieron a comenzarse las obras y se continuaron con mayor tenacidad; pero unas llamas misteriosas que salían de la tierra hicieron imposible todo avance. No puede compulsarse la veracidad de estos acontecimientos, que sin duda entran ya en el campo de la leyenda 155. Ejemplo interesante de esta furia que se apoderó de Juliano, son los hechos ocurridos en Antioquía. Quería Juliano a todo trance restaurar el antiguo culto de Apolo de Dafnes. Para ello hizo sacar, primeramente, las reliquias de San Bábilas, muy veneradas en la ciudad. En vez del entusiasmo que esperaba por el nuevo culto, no se le ofreció otro sacrificio que u n ganso y por u n solo sacerdote. Mas lo que colmó la medida de su indignación imperial fue que, para el traslado de las reliquias de San Bábilas, acudió un gentío inmenso de aquella ciudad, y, como desafiando las iras del emperador apóstata, iban cantando a través de la población el salmo 96: Confundidos serán todos los que adoran sus simulacros, los que se glorían en sus ídolos. Caerán ante él todos los dioses. Y las otras expresiones del salmo 113: Sus ídolos son plata y oro, obra de las manos de los hombres; tienen boca y no hablan, ojos y no ven, orejas y no oyen; tienen narices y no huelen. Refiere u n a antigua tradición o leyenda que, fuera de sí de i r a el emperador, inmediatamente ordenó enmudecieran aquellas voces, y que, ciego de cólera, hizo abofetear a la matrona Publia con otras vírgenes. Entretanto, la procesión, en vez de enmudecer, entonaba el salmo 67: Álcese Dios; desaparezcan sus enemigos,- huyan a su vista todos los que le odian 156.

LABRIOLLE, O.C. 152

Véase en particular Tratado contra los Galileos ed. NEUMANN (1880). Además: NAVILLE, Julien l'Apostat et sa philosophie du polythéisme Í1877). Asimismo: Ricciorri, G., o . c , (1959) 236s (sobre los escritos de Juliano Ap.); QUASTEK, J., Patrología II 134-135 (M. 1962); REGAZZONI, P., II «Contra Galileos» dell' Imperatore Giuüano e 11 «Contra Julianum» di S. Cirillo Alessandrino: Didaskal. 6 (1928) 1-114. 153 Es la célebre ley escolar contra los cristianos. Propiamente, sólo ordenaba q u e p a r a ejercer la enseñanza se necesitaba la aprobación de la autoridad municipal. Esto imposibilitaba entonces prácticamente la enseñanza a los maestros cristianos. Véanse: BIDEZ, O . C , 238 263; SÓCRATES, 3,12; TEODORETO, 3,8,1. 154 Véase sobre este punto a SOZOMENO, 5,8; BARDENHEWER, o . c , y PUECH, Híst. de la littér. grecque chrét. III 635s.

2. Término de la persecución. Muerte de Juliano.—Tal era el estado de ánimo que se iba apoderando de Juliano -.55 Todo esto puede verse relatado en AMIANO MARCEL., 23,1; JULIANO, 25 fragm.;

SAN GREGORIO NACIANCENO,

Orat.

5,4;

SAN JUAN

CRISÓSTOMO,

Epist. Homil.

adv. iud.: Quod Chr. sit Deus n.16; In S. Babyl. 22; SÓCRATES, 3,20; SOZOMENO, 5,22; TEODORETO, 3,15; RUFINO, 10,37. Algunos de estos historiadores hacen mención del prodigio de la cruz aparecida en el cielo. 156 Así lo refiere TEODORETO, 3,6.14; SAN JUAN CRISÓSTOMO, ¡n S. Babyl. l . c ; FILOST-,

8,12, Véase

KIRSCH-HERG.,

I 361s,

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VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

el Apóstata al fin de su reinado, que los cristianos podían temerlo todo de u n hombre t a n taimado y rencoroso. Pero la Providencia dio u n nuevo giro a las cosas. Un nuevo e inesperado cambio puso otra vez al cristianismo en el estado anterior al advenimiento de Juliano. El año 363 se vio Juliano envuelto en u n a guerra desastrosa con los persas. Estos penetraban profundamente en el territorio del Imperio y lo amenazaban seriamente por el extremo oriental. Eran los enemigos tradicionales del mundo romano, por lo cual se necesitaba toda la energía de u n Augusto o de u n Trajano para cortarles el paso. Juliano se dispuso a hacer frente a la situación, pero al mismo tiempo concibió u n a idea demasiado elevada de su propio valor y del papel importante que desempeñaba en la historia del Imperio. Pero el resultado fue muy diverso de lo que su loca fantasía le presentaba. Rápidamente fue derrotado por el rey Sapor, y cuando ya se batía en retirada, fue alcanzado por u n a saeta, que le causó la muerte. La leyenda se apoderó bien pronto de este hecho, t a n trascendental para el cristianismo, esparciendo diversos rumores sobre su muerte. Uno de ellos, recogido por algún historiador antiguo y utilizado por los apologistas modernos, es que, al sentirse Juliano herido de muerte, exclamó con aquellas palabras que se h a n hecho ya célebres: «Venciste, Galileo», expresando en t a n solemne momento, m á s que su derrota en aquella batalla contra Sapor, la victoria que con ello reportaba Cristo, el galileo a quien él había jurado destruir en el cristianismo 157. Sean o no históricas estas palabras, demasiado dramáticas y bien buscadas para ponerlas en boca de u n moribundo de guerra, resumen muy bien el resultado final de la obra de Juliano y la situación real de la Iglesia por él perseguida. Toda la actividad anticristiana de Juliano fue u n a tempestad de verano que pasó sin apenas dejar rastro de sí. Al restablecerse inmediatamente el estado de cosas anterior al reinado de Juliano, todo quedó como si no hubiera pasado nada. CAPITULO

Vil

Triunfo de la ortodoxia. Teodosio el Grande 158 El período que sigue desde la muerte de Juliano el Apóstata, el año 363, al reinado de Teodosio el Grande (379-395), puede calificarse como triunfo definitivo de la ortodoxia. 157 158

Véase NOSTITZ-RIENECK, Vom Tode des Julián (1907). En primer lugar véase la bibliografía general de las notas 1, 2 y 3 y 31 y 32. Además, pueden consultarse en particular: LABRIOLLE, P., Christianisme et paganisme au milieu du IV siécle en FLICHE-MARTIN, o . c , III 192s. Asimismo,

425 Pasada la intentona de Juliano por restablecer el paganismo, los nuevos emperadores concentraron toda su actividad en acabar con los últimos focos de la resistencia pagana, terminando, finalmente, con la declaración del cristianismo como religión oficial del Imperio. C.7. TRIUNFO DE LA ORTODOXIA: TEODOSIO

I.

D E JOVIANO HASTA TEODOSIO EL GRANDE

Muerto sin descendencia Juliano el Apóstata, el ejército proclamó inmediatamente emperador al valiente general Joviano. 1. Joviano (363-364).—Joviano hizo inmediatamente profesión abierta de cristiano, lo cual precisamente le captó las simpatías de gran parte del ejército y de la población civil. Una de sus primeras preocupaciones fue aconsejarse con San Atanasio, a quien llamó al punto del destierro. Con su consejo restableció en seguida el estado de cosas del tiempo de Constantino, e inmediatamente se lanzó a la tarea de deshacer la obra de Juliano. Gracias, pues, a estas medidas rápidas y enérgicas, se puede afirmar que la reforma de Juliano no fue más que u n episodio pasajero. Desaparecido el favor imperial, las instituciones paganas, que habían comenzado a florecer de nuevo, perdieron rápidamente su influencia. El entusiasmo de los cristianos por el nuevo cambio de cosas no reconocía límites. Para ellos era la mano de la Providencia la que había dirigido con solicitud maternal todos los acontecimientos, haciendo apur a r a su Iglesia el cáliz del sufrimiento para que pudiera luego saborear mejor el néctar de su victoria definitiva. Sin embargo, el nuevo emperador no tuvo tiempo para realizar sus planes. Apenas terminada felizmente la guerra contra los persas, mientras volvía a Constantinopla y era recibido con entusiasmo por toda la población, le alcanzó inesperadamente la muerte. 2. Valentiniano I (364-375).—Fue proclamado en seguida Valentiniano I por el ejército. Era también ferviente cristiano y en tiempo de Juliano había tenido que sufrir el destierro por la fe. Poco después de su elección, se asoció al trono como regente en la parte oriental a su propio hermano Valente (364-378). Por desgracia, éste e r a arriano y profesaba verdadero odio a los católicos ortodoxos. Por esto, las h i s t o r i a s de SÓCRATES, SOZOMENO, TEODORETO, RUFINO, ZÓSIMO. A d e m á s :

THEMISTIO,

Oratio ad lov.; AMIANO MARCEL., Hist. 26.10S; 30,9s; Codex Theodos. y Codex lustin.; BURY, J. B., History of the later Román Empire (395-565) 2 vols. (L. 1923); BOISSIER, G., La fin du pagan. 2 vols. (P. 1891).

C.7. TRIUNFO DE LA ORTODOXIA: TEODOSIO P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 426 durante su reinado volvieron a resurgir los partidos arrianos, lo cual dio ocasión a enconadas luchas J59. Sin embargo, el favor de Valente para los arrianos tuvo más bien efecto contraproducente. La razón es porque Valente, como arriano rígido, favoreció al partido más exagerado, persiguiendo igualmente a los semiarrianos y a los católicos. Esto sirvió de ocasión para que los semiarrianos, que constituían el núcleo principal, se acercaran a los católicos, y como este período coincidió con la intensa campaña de atracción y unificación llevada a cabo por San Atanasio y otros obispos católicos, en realidad aumentó cada día el número de conversiones. En 366, después de un sínodo celebrado en Lampsaco del Helesponto, 59 obispos semiarrianos se dirigieron al papa Liberio y fueron recibidos en el seno de la Iglesia. Estos 59 obispos celebraron entonces un sínodo ortodoxo en Tiana de Capadocia el año 367. El resultado fue que ellos y San Atanasio, alma de todo este movimiento, fueron desterrados. Es el quinto destierro de San Atanasio. Esta vez se quedó escondido en el sepulcro paterno, y a los cuatro meses, ante la presión y amenazas de los habitantes de Alejandría, Valente tuvo que permitirle la vuelta. Efectivamente, volvió Atanasio a su sede, donde permaneció hasta su muerte, ocurrida el 2 de mayo de 373 ,6°. La conducta de Valentiniano I en la cuestión religiosa fue más bien de reserva y prudencia 161. Los cristianos gozaban en todas partes de gran prestigio y del favor imperial. Pero el emperador no dio ley ninguna de persecución contra el paganismo ni obligó a nadie a hacerse cristiano. Fue seguramente el reinado en que se realizó mejor la libertad religiosa. En cambio, en inteligencia con su hermano Valente, renovó las leyes contra la magia y hechicería y contra los sacrificios nocturnos. A los que más habían abusado del favor de Juliano el Apóstata, les hizo sentir el peso de la ley, particularmente a los sacerdotes de los ídolos, retóricos y sofistas. Con este nuevo giro de las cosas fue disminuyendo el número de paganos en las ciudades, donde predominaba cada día más el ambiente cristiano. En cambio, los gentiles se fueron replegando más bien a los pueblos pequeños y rurales. Se dice que Valentiniano I fue quien, aludiendo a esta circunstancia, los llamó por vez primera pagani, de la palabra pagus, aldea, los aldeanos, villanos 162. 15i) 160

Así lo atestigua expresamente el historiador de la Iglesia TEODORETO, 5.20 Acerca de todos estos acontecimientos y sobre la última actividad de San Atanasio, véanse en particular: SÓCRATES, 4,9,12,13: SOZOMENO, 6,11,12,14TEODORETO, 4,12s, 24; SAN ATANASIO, Epist. encycl. ad episc. 3; Hist. arian. ' ad mon. 70s. 161 Los mismos paganos llegaron a reconocer esta prudencia y consideración de 162 Valentiniano I. Véanse en KIRSCH, O.C, I p.364 nota 14. Aquí se r e ú n e n multitud de

427

3. Graciano (375-383) 163.—Con los emperadores siguientes se inicia una nueva campaña de exterminio contra el paganismo. Durante sus reinados se toman las medidas más severas y positivas contra el culto pagano y se promulgan las leyes más favorables al cristianismo. El Imperio es ya completamente cristiano. Graciano, que el año 375 siguió en el Imperio a su padre Valentiniano I, fue quien inició estas medidas. Nominalmente, tenía asociado como emperador a su hermano Valentiniano II, niño entonces de cuatro años. Hombre de condiciones profundamente cristianas y decidido a poner en práctica todo lo que le dictara su conciencia, se mantuvo desde el principio estrechamente relacionado con San Ambrosio de Milán m. Con él convino en el plan que debía seguir en las cuestiones religiosas, y a él acudió constantemente para consultarle los asuntos más difíciles y delicados. Lo que más conmovió al mundo pagano, muy poderoso todavía, particularmente en Roma, fue el acto enérgico de Graciano de sacar definitivamente del senado la estatua de la Victoria, vuelta allí por Juliano. De nada valieron las instancias y aun amenazas de los senadores y filósofos adictos al culto viejo de Roma. Graciano perseveró con firmeza en su decisión 165 . Un acto que indica la clara visión de este emperador, fue el asociarse al trono para la parte oriental al valiente militar español Teodosio. Así lo hizo el año 378, a la muerte de Valente. Con ello puso Graciano el fundamento de una de las glorias más puras de este período del textos antiguos en los que aparece cómo se introdujo la p a l a b r a paganas como sinónimo de gentil, por ser los que se h a b í a n ido reduciendo a los pequeños pueblos, que por eso se denominaron pagus. La primera vez que ocurre pagani es en 368, en el Cocí. Theodos. 16,2,18: «Deorum falsorum cultores, quos usitato nomine paganos vocamus» (SAN AGUSTÍN, Retract. 2,43). 163 Acerca de este período de Graciano y Teodosio, en que se introduce definitivamente el cristianismo como religión del Estado, véanse: PAULINO, Vita Ambrosii (PL 14,27s); TEODORETO, Hist. Eccl. 4,8s; RICHTER, H., Das Westrómische Reich besonders unter Gratian, Valentinian II und Maximus (1865); HUTMANN, A., The establishment of cristianity and the proscription of pagan. (N.Y. 1914); LABRIOLLE, P. DE, La réaction paienne (P. 1934); LECLERCQ, H., artíc. Persistence du paganisme en DictArch (1936), ZEILLER, J., Les origines chrét. dans les prov. danub... (P. 1918); CAVALLERA, F., Le schisme d'Antioche (P. 1905); GROSS, K., artíc. Gratian: LexThK 4 1169 (Frib. Br. 1960); artíc. Pauly-W. 7 1831-1839; EncCatt 6 1029S; BARDY, G., La Victoire de l'orthodoxie. Gratien et Théodose...: Hist. de l'Egli. por FLICHE-MARTIN, III 277-298 (P. 1936); FORTINA, M., L'imperatore Graziano (Turín 1953). 164 Acerca de San Ambrosio, que encarna la política cristiana de estos dos reinados, además de las obras generales; véanse: BROGLIE, A. DE, St. Ambroise a 6. ed. (1908); CAMPENHAUSEN, H. VON, Ambrosius von Mailan ais Kirchenpolitiker (1929): II. Kirche u n d Staat (383-397); PALANQUE, J. R., Saint Ambroise et VEmpire romain. Contribution a l'hist. des rapports de l'Eglise et de l'Etat a la fin du IV siécle (P. 1933); ID., Victoire de l'orthodoxie en FLICHE-MARTIN, III 277s. Para comprender el ascendiente de Ambrosio sobre Graciano, véase: SAN AMBROSIO, Epist. I, y De Spiritu Sancto, escrito p a r a el emperador; GLAESENER, A., L'empéreur Gratien et saint Ambroise: RevHistEccl (1957) 466-488; PAREDI, A., S. Amhrogio e la sua etá 2.a ed. (Milán 1961). 165 Sobre toda la legislación cristiana de Graciano, véase: Cocí. Theod. 16,5,5 y 4 (ley de proscripción de la herejía, de 377); PALANOUE, J.-R., Sur la date d'une loi de Gratien contre Vhéresie en RevHist 168 (1931) 87-90. Sobre el retroceso del arrianismo, véanse: SÓCRATES, 5,2; SOZOMENO, 7,1.

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P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) C.7. TRIUNFO DE LA ORTODOXIA: TEODOSIO

Imperio romano cristiano, gloria igualmente de España y de la Iglesia, que fue el reinado de Teodosio I. La actividad de Graciano contra el paganismo tuvo u n fin trágico. En efecto, Graciano fue asesinado en 383 por el usurpador Máximo, a cuya sombra se agruparon de nuevo todos los elementos que aún esperaban el resurgimiento pagano 166. El emperador nominal durante este tiempo fue Valentiniano II (383-392), bajo la tutela de su madre. Así siguieron las cosas en u n estado de confusión, y solamente cuando Teodosio el año 388 derrotó definitivamente al usurpador, pudo Valentiniano II hacer efectivos sus derechos al Imperio occidental. En este tiempo son célebres las cuestiones que se debatieron entre el prefecto de la ciudad, Símaco, y el emperador, apoyado y aconsejado siempre por San Ambrosio 167. Símaco no dejó piedra por mover y a u n escribió un famoso memorial con el objeto de obtener que se revocaran las leyes últimas contra los paganos. San Ambrosio trabajó de su parte incansablemente para que el emperador no cediera, y tuvo en este sentido u n a célebre oración y escribió u n tratado en que respondía al memorial de Símaco. A él se debe en gran parte el éxito de la batalla. Desde el año 392, en que pereció Valentiniano II, contando sólo veinte años, quedó Teodosio único emperador. II.

TEODOSIO EL GRANDE. APOGEO DEL IMPERIO CRISTIANO 168

(378-395) El reinado de Teodosio I constituye el final de la evolución del Imperio romano enteramente cristianizado. Elevado a la dignidad de emperador de Oriente, desde 378 había dado ya a conocer sus dotes extraordinarias de gobernante y guerrero, así como también su celo ardiente por la religión. Todas estas cualidades las fue confirmando desde que por el asesinato de Graciano el año 383 tuvo que intervenir en los asuntos de Occidente, y, sobre todo, cuando él mismo con su ejército derrotó en 388 al usurpador Máximo. 166 Véase TORRES RODRÍGUEZ, C , Magno Clemente Máximo en Bol Univ Santiago (1945) 179-238. 167 A. SYMMACHI, Epist. et orat. ed. SEEK (1883); Contra Símaco epist. 10,54, 56,61; SAN AMBROSIO, Epist. 17,18; C. Symm. libri 2. 168 Véanse las obras citadas en las notas 163 y 164, en particular las de PALANQUE. Además: ATHANASIADES, Die Begründung des orthodoxen Staates durch Kaiser Theodosius den Gr. (1902); MARTROYE, L'Occident á l'époque byzantine (P. 1904); HUTTMANN, The establishment of cristianity and the proscription of paganism (N. Y. 1914); GEFFCKEN, Der Ausgang des griech-róm. Heidentums (1920); LABRIOLLE, P. DE, La réaction paienne (P. 1934); BARDY, G., L'Eglise et les derniers Romains (P. 1948); ENSSLIN, W., Die Religionspolitik des Kaisers Theodosius des Cr. (Munich 1953); PETIT, P., Le rhéteur Libanius et ses disciples (P. 1954); KING, N. Q., The emperor Theodosius and the establishment of Christianity: Library of history a. doctrine (L. 1961); LIPPOED, A., Theodosius der Crosse und seine Zeit (Stuttgart 1968); ID., Theodosius der Grosse^ LexThK 10, 50-51 (Frib. de Br. 1965).

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De hecho quedó como emperador Valentiniano II; pero, asesinado éste a su vez en 392 por Arbogastro y proclamado emperador occidental Eugenio, celebró éste su entrada triunfal en Roma e hizo restablecer en ella el culto pagano, restituyendo al senado la estatua de la Victoria. Mas todo esto fue u n triunfo fugaz, a manera de relámpago de tempestad pagana. Inmediatamente Teodosio se dirigió con su ejército en busca de los dos usurpadores y los deshizo por completo en Aquilea. El año 394 celebró su entrada triunfal en Roma, donde dirigió u n valiente discurso al senado exhortándolo a abandonar definitivamente el paganismo. La estatua de la Victoria y todos los emblemas paganos fueron arrojados para siempre. 1. Lucha contra el paganismo y defensa de la ortodoxia. Teodosio I dio claras muestras de sus convicciones religiosas y de la energía de su gobierno en la lucha que emprendió desde el principio contra los últimos restos del paganismo y en defensa de la ortodoxia. Las leyes que había publicado en este sentido para el Oriente, las fue aplicando más tarde en las regiones occidentales a medida que aumentó su influjo en las mismas, y de u n modo definitivo al ser proclamado único emperador. En particular puso especial interés en deshacer el arrianismo, muy pujante entonces en el Oriente por el favor obtenido con su predecesor Valente. Sin duda se debe a la actividad de Teodosio I el que desaparecieran rápidamente sus últimos focos 169. De sus medidas religiosas, dirigidas principalmente contra el paganismo, esbozaremos aquí las principales: El año 380 dio u n a ley sumamente significativa, en la cual se declaraba que «era su voluntad que todos los pueblos sometidos a su cetro abrazasen la fe que la Iglesia romana había recibido de San Pedro, y que enseñaban entonces el papa Dámaso y Pedro de Alejandría». Esta disposición marca la pauta de toda la actividad de Teodosio I. Apenas hubo hecho su primera entrada en Constantinopla, advirtiendo que la mayor parte de las iglesias estaban en manos de los arríanos, impuso al jefe de los mismos, Demonio, que las entregaran todas, como se hizo inmediatamente. Son especialmente dignas de mención las leyes que dio el año 381. A todos los que se a p a r t a r a n de la fe de Nicea les prohibió toda clase de reuniones, anulando para ello todas las disposiciones en contrario. El colmo de estas medidas lo constituye el concilio ecuménico del año 381, del que se hablará en otro lugar, con el que se puso término a las diversas cuestiones dogmáticas entonces pendientes. Gracias al apoyo y a u n a la iniciativa del emperador fue posible la realización de esta asamblea. 169

Véanse

las h i s t o r i a s

de

SÓCRATES, SOZOMENO, TEODORETO.

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P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

Sumamente significativas fueron las medidas de carácter general contra el paganismo. En todas ellas aparece el cristianismo como religión del Estado, sin que se permita ya el culto pagano 170. En esto consiste el nuevo paso dado en los últimos reinados. Así, en diferentes leyes de 381 y 383, quitó el derecho de testar a los que, abandonando el cristianismo, volvieran de nuevo al culto pagano. Prohibiéronse toda clase de sacrificios para indagar el porvenir. Muchos templos paganos fueron destruidos por el celo exagerado de algunos cristianos m . En 386 se dispuso el cierre de todos los templos paganos, los cuales, según expresa voluntad de Teodosio, debían convertirse en iglesias cristianas. Cuando, por efecto de una revuelta de los gentiles y la reacción subsiguiente de los cristianos, fue destruido el famoso Serapeon de Alejandría, hizo el emperador construir otro nuevo cristiano. El punto culminante de esta legislación lo forma la orden del año 392, en que se considera y castiga todo culto pagano como crimen de lesa majestad. Los únicos que desde entonces tienen derecho de ciudadanía en el Imperio son los cristianos. Los herejes son considerados como fuera de la ley. 2. Carácter personal de Teodosio.—Por otro lado, Teodosio I, bien conocido en la Historia por sus hazañas guerreras, sus dotes de gobierno y por la gran protección que otorgó al cristianismo, fue personalmente un cristiano convencido, que supo cumplir con los deberes impuestos por el cristianismo aun en circunstancias heroicas. Por esto mereció las mayores alabanzas de sus contemporáneos más ilustres, sobre todo de San Ambrosio de Milán. Dignos de especial mención en este sentido son algunos hechos de su vida, que nos descubren juntamente la vehemencia de su carácter y la mansedumbre y humildad cristianas con que supo dominarlo. El primero son los acontecimientos de Antioquía del año 387. Exaltados los ánimos de la población contra ciertos tributos impuestos por el emperador, se entregaron a toda clase de excesos, destrozando las estatuas de Teodosio I, de su esposa Flacila y de sus hijos Arcadio y Honorio. Restablecido el orden, comenzó a darse cuenta el pueblo de las enormidades cometidas, y, temiendo los terribles castigos que les amenazaban, huía de sus casas, se acogía en las iglesias o se refugiaba en la campaña. Aprovechando esta situación de pánico universal, tuvo San J u a n Crisóstomo, 170 A pesar de este favor tan decidido al cristianismo, como nota San J u a n Crisóstomo, n u n c a dio Teodosio leyes tan crueles contra los paganos como las 171que dieron los emperadores paganos contra los cristianos. Otros, en cambio, más frecuentemente, fueron convertidos en templos cristianos. Véase BEISSEL, Umwandlung heidnischer Kultstátten in christliche en StMarLa 59 (1905) 23s.

C.7. TRIUNFO DE LA ORTODOXIA: TEODOSIO

431 entonces archidiácono de aquella iglesia, sus célebres sermones de las estatuas, llenos de las más profundas enseñanzas morales y de la más pura elocuencia cristiana. Teodosio, sumamente irritado por aquellos acontecimientos, principalmente por venir de Antioquía, su ciudad predilecta, estaba decidido a aplicar un castigo ejemplar. Mas, por otro lado, se interpusieron valiosos elementos en demanda de perdón para la ciudad culpable. Sobre todo fue de un efecto decisivo la súplica presentada personalmente a Teodosio por el obispo Flaviano, a quien apoyaba gran número de monjes, que, abandonando la soledad, fueron a arrojarse a los pies del emperador. Este se dejó vencer al fin por la misericordia, perdonando por completo a Antioquía, hecho que acabó de conquistarle las simpatías de todo el Oriente. Más trágico fue el hecho ocurrido en Tesalónica el año 390, que dio al mismo tiempo ocasión a los actos más sublimes de penitencia del emperador. Muerto por efecto de un tumulto de las turbas amotinadas el representante imperial, general Boterico, se enfureció sobremanera Teodosio, que se hallaba en aquella ocasión en Milán. Pero, amansado por las razones de San Ambrosio, había ya prometido no dar ninguna disposición precipitada. Esto no obstante, ante las instancias de algunos consejeros, que temían nuevas insurrecciones si el emperador daba muestras de debilidad, volvió sobre sus pasos y dio órdenes severísimas para que se castigara duramente a la ciudad. En qué consistió este castigo, no es posible determinarlo; pero ciertamente se puede afirmar que fue durísimo y, por la forma como se ejecutó, injusto. Pero lo que conviene notar de un modo especial son las consecuencias de este hecho trágico, claro indicio del temple magnánimo de Teodosio. En efecto, al tener noticias de estos acontecimientos el santo obispo de Milán San Ambrosio, salió de la ciudad para dar a entender al emperador su disgusto, y poco después le dirigió u n a célebre carta, en la que le afeaba su conducta. Luego lo exhortaba a la contrición de su gravísimo pecado y le imponía una severa penitencia pública. Entre otras cosas, debía abstenerse de asistir a los oficios litúrgicos hasta dar plena satisfacción por su falta. Al recibir Teodosio esta carta, se humilló, reconoció su culpa y cumplió fielmente la penitencia. Durante ocho meses enteros hizo una vida de verdadero penitente, sin poder juntarse con la comunidad cristiana, sin usar insignia ninguna imperial, hasta que, finalmente, San Ambrosio mismo le dio el ósculo de paz. Después de este acto, Teodosio fue más ferviente católico que antes, y entonces fue cuando dio

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C.8. HEREJÍAS. CONCILIO DE CONSTANTINOPLA (381)

las medidas más trascendentales contra el paganismo, del año 392. La muerte de Teodosio fue verdaderamente ejemplar. Tuvo lugar el año 395, cuando se disponía a volver a Constantinopla para celebrar allí los triunfos últimamente obtenidos en Occidente. El discurso que pronunció San Ambrosio ante el cuerpo presente y delante de su hijo Honorio, es el mejor elogio de este gran emperador como hombre de Estado y como cristiano, que representa el punto culminante del Imperio romano cristianizado. Antes de morir, Teodosio dividió el Imperio en dos partes, dando el Oriente a Arcadio y el Occidente a Honorio, sus dos hijos. Esta división fue definitiva.

lógica debían defender lo mismo respecto del Espíritu Santo. Pero, de hecho, no hablaban de este asunto. Toda su atención se concentraba en el Hijo. Del mismo modo, sus primeros impugnadores, incluso los primeros concilios, se fijaron únicamente en el Verbo y proclamaron la doctrina católica que a El se refiere. No expresaban nada en particular sobre el Espíritu Santo.

CAPITULO

VIII

Herejías durante este tiempo. Concilio de Constantinopla (381) Además del arrianismo, que fue la herejía por antonomasia de este período, cuyo desarrollo multiforme durante los últimos reinados ha sido ya expuesto, aparecieron en el seno de la Iglesia otras varias herejías, que dieron ocasión a la Iglesia para que se determinara el dogma en una forma clara y definitiva. En las luchas contra las mismas apareció una vez más la fuerza interior del cristianismo, que, asistido por el Espíritu Santo, salió siempre victorioso contra toda clase de adversarios. I.

E*L MACEDONIANISMO O HEREJÍA CONTRA EL ESPÍRITU SANTO m

Tanto Arrio como la mayor parte de los arríanos, hasta mediados del siglo iv se circunscribieron en su polémica a las cuestiones sobre el Verbo. Pero, evidentemente, si negaban la consubstancialidad del Hijo con el Padre, en buena 172 Véanse, ante todo, las obras generales de este período (notas 1, 2, 3), y en particular los tratados sobre historia de los dogmas y concilios: TIXEBONT, II 5S; HEFELE-LECLERCQ, Hist. des conc. II 1 (1908) p.ls. Además: SAN ATANASIO, Epist. 4 ad Serap.; Ep. ad lov.: PG 26; SAN BASILIO, Eunom. 3,2s; De Spir. S.; Orationes: PG 29,32; SAN GREGORIO NACIANCENO, Orat. 31: PG 36; SAN EPIFANIO, Ancoratus haeres. 4: PG 42-43; SAN HILARIO, De Trinit..- PL 10; SAN AMBROSIO, De Spir. S.: PL 16; CASPAR, E., Cesch. des Papstums I p.352s; SCHERMAN, Die Gottheit des hl. Geistes nach den griech. Vatern des 4 Jahrhunderts en Strassb TheolStud IV 4 (1901); SIVETE, H. B., The Holy Spirit in the ancient Church (L. 1912); GRIBOMONT, J., artíc. Makedonianismus. LexThK 6; 1313-1314 (Frib. Br. 1961); artíc. EncCath 9 1641S; BAKDY, G., Recherches sur St. Luden d'Antioche et son école (P. 1936) 85-132; ID., artíc. Macédonius y Macédoniens: Dict ThCath 9 1464-1478; JUGIE, M., De Processione Spiritus Sancti ex fontibus rcvelationis et secundutn Orientales dissidentes (R. 1936): Lateranum, N. S. II 3-4; GALTIER, G., Le Saint-Esprit en nous aprés les Peres grecs (R. 1946); DORRIES, H.,

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1. Primeros impugnadores. Macedonio.—Sin embargo, como de la doctrina arriana se seguía necesariamente la negación de la divinidad del Espíritu Santo, a mediados del siglo iv comenzaron a proponerlo algunos, tanto anhomeos como semiarrianos. Por esto, al tener noticias de ello San Atanasio, compuso el año 358 un tratado en el que defendía la doctrina ortodoxa sobre esta materia fundamental en la Trinidad. En este tratado designa a los adversarios con el nombre la xvsu¡xaT0[xapi, guerreadores contra el Espíritu Santo. A la cabeza de este nuevo tipo de herejía apareció bien pronto Macedonio, patriarca de Constantinopla. Cuando el año 360 fue arrojado de la capital por los rígidos arríanos, dio una forma definitiva a su doctrina, a la que se adhirieron muchos semiarrianos. Por una parte admitía Macedonio u n a semejanza completa del Hijo con el Padre, que equivalía a verdadera igualdad, al modo de muchos semiarrianos; mas por otra declaraba a la tercera persona criatura de Dios, ministro especial y supereminente de todas las gracias, superior a todos los ángeles, pero subordinado al Padre. El sínodo de Alejandría, convocado en 362 por San Atanasio para allanar diferencias entre los semiarrianos y atraerlos a la verdadera fe de Nicea, fue el primero que lanzó oficialmente el anatema contra esta doctrina, y un año más tarde la condenaba de nuevo el mismo Atanasio en un escrito dirigido al nuevo emperador Joviano. 2. Intensificación de la lucha.—Durante el reinado de Juliano el Apóstata celebraron los macedonianos, como se comenzó a llamar a los nuevos herejes, un sínodo en Zele del Ponto, en el cual propusieron claramente su doctrina, por la que se separaban tanto de los católicos como de los arríanos rígidos. Al morir, pues, Macedonio el año 362, la secta tenía ya suficiente consistencia, y sus partidarios continuaron defendiéndola bajo la dirección de Maratonio de De Spiritu Sancto (Góttingen 1956); Tratados de S. Gregorio de Nisa contra Apolinar: ed. PG 45,1269-1278; ed. F. MUELLER, Gregorii Nysenni Opera dogmática minora (Leiden 1958) 119-128; ID., Antirreticus adversus Apollinarem-. PG 45 1123-1270: ed. F. MUELLER, ib. 131-233; ORTIZ DE URBINA, J., L'anima umana di Christo secondo S. Atanasio: OrChrPer 20 (1954) 27-43; GALTIER, P., Saint Athanase et l'ame du Christ: Greg. 36 (1955) 553-589; GESCHE, A., L'áme de Jésus dans la christologie du IV s.: RevHistEccl 54 (1959) 385-425.

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C.8. HEREJÍAS. CONCILIO DE CONSTANTINOPLA (381)

Nicomedia. Así se explica que durante los años siguientes, en vez de amenguar, más bien se intensificara la lucha. Entre los defensores de la ortodoxia, además de San Atanasio, que luchó contra ella hasta su muerte, se distinguieron los dos Gregorios, Nacianceno y Niseno, San Ambrosio y San Hilario de Poitiers 173. Naturalmente, llegó también a Roma la noticia del nuevo error, que se propagaba, sobre todo, en Oriente. Consta que, en términos generales y expresos, fue anatematizada la herejía contra el Espíritu Santo en varios sínodos de Roma; pero de un modo particular fue condenada en el que se celebró en el año 380 por San Dámaso, donde se publicaron los célebres Anatematismos de San Dámaso m. Pero la condenación más solemne y definitiva de esta falsa doctrina tuvo lugar en el segundo concilio ecuménico, primero de Constantinopla, celebrado en 381, del que se hablará después.

1. Origen y significación de esta herejía.—El origen de estas luchas cristológicas, y en particular del apolinarismo, está íntimamente relacionado con el arrianismo. El punto céntrico en ambos errores era la persona de Cristo. Los arrianos la consideraban en relación con la Trinidad. Apolinar y otros herejes la consideraban en sí misma, es decir, en el modo de unión de las dos naturalezas, divina y humana. Pero la relación entre estos dos grupos de herejías no consiste únicamente en tener el mismo punto céntrico, que es la persona de Cristo, sino en el modo como se iniciaron las herejías cristológicas, que fue como reacción y defensa contra el arrianismo. Esta reacción partió de la escuela antioquena. Efectivamente, como los arríanos negaban la divinidad de Cristo, los antioquenos insistían de un modo particular en ella, y para obviar dificultades distinguían en Cristo dos naturalezas en tal forma, que comprometían la unidad personal. Fue lo que dio principio al nestorianismo. Como esta tendencia era exagerada y peligrosa, se produjo otra reacción, que iba también contra el arrianismo, mas procuraba evitar otros peligros. Defendía que Cristo era realmente Dios y que en El se hallaba la persona divina, el Verbo; pero unido a u n a naturaleza h u m a n a incompleta, un cuerpo sin alma. Haciendo el Verbo las veces de alma de dicho cuerpo humano, se explicaban la unidad perfecta del compuesto y la divinidad del Hombre-Dios, Jesucristo.

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II.

EL APOLINARISMO. PRINCIPIO DE LAS HEREJÍAS CRISTOLÓGICAS

175

Tanto el arrianismo como el macedonianismo son herejías llamadas trinitarias, pues negando la divinidad del Hijo y del Espíritu Santo, destruyen la Trinidad. Pero en este mismo tiempo se inició otro grupo de errores, los más persistentes y dañinos a la Iglesia: son las herejías cristológicas, que, como indica la misma palabra, se refieren a Cristo, al Hombre-Dios, y tienen de común la falsa explicación de la unión entre las dos naturalezas, divina y humana, en Cristo. 173 174

Véanse las obras de estos Padres en la n o t a precedente. Ya el año 369, el p a p a San Dámaso expresó la doctrina ortodoxa frente a las nuevas corrientes heterodoxas, y en u n sínodo romano de 374 condenó el error de las macedonianos. Asimismo fue rechazada esta falsa doctrina en algunos sínodos orientales, y, finalmente, en el de Roma de 380 presentó el papa Dámaso sus Anatematismos. Véase sobre este sínodo TEODORETO, 5,11. 175 Acerca del apolinarismo, aparte las obras generales, véanse en particular: TIXERONT, II 94s; LIETZMANN, H., Apollinaris von Laodicea und seíne Schule (escritos de Apolinar) I (1904). Ibid., Contra apollin. (Anónimo): PG 26; SAN ATANASIO, Ad Antioch.,- De Incarnat.; Contra apollin.: PG 26; SAN GHEGORIO NACIANCENO, Orat. 22,13; Epist. 202: PG 35-37; SAN GREGORIO NISENO, Antirreth. Contra apollin.: PG 45; LEONCIO, Adv. fraudes apollin.: PG 86 b; VOISIN, La doctrine trinitaire d'Apollinaire de Laodlcée en RevHistEcclés 2 (1901) 35-55, 239252; ID., Vapollinarisme. Etudes hist., Littér. et dogm. sur le debut des controverses christolog. au IV siécle (Lovaina 1901); BEVAN, C. E., Apollinarisme. An essay on the christology of the early Church (Cambridge; 1923); BATIFFOL, P., Le Siége Apostolique pp.83-145 (P. 1924); WEIGL., E., Christologie von Tode des hl. Athan. bis zum Ausbruch des Néstor., Str., 373-429 (1925); AIGRAIN, R., artíc. Apollinaire en DictGéogrHist; ALES, A. D', Apollinaire. Les origines des monophysisme en RevApol 42,131-149; RIEDMATTEN, H. DE, Sur les notions doctrinales opposées a Apollinaire en RevThom 51 (1951) 553-572; RIEDMATTEN, H. DE, artícs. Apollinarios y Apollinarismus: LexThK 1 714-717 (Frib. Br. 1957); ID., La Christologie d'Apollinaire de Laodicée: TexteUnt 64 (1957) 208-234; LIETZMANN, H., Apollinaris von Laodicea und seine Schule I (Tubinga 1904) 83-87.

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2. Defensores e impugnadores.—Estas doctrinas se extendieron rápidamente, de modo que ya el sínodo de Alejandría de 362, reunido por San Atanasio, las descubrió y anatematizó. Aunque este sínodo no nombró a ningún defensor de esta herejía, el que en realidad era su propagandista infatigable era Apolinar el Joven, obispo de Laodicea, su patria, gran amigo de San Atanasio y hombre de extraordinaria erudición 176. Ya su padre se había hecho benemérito de la causa cristiana componiendo en tiempo de Juliano el Apóstata diversas piezas poéticas para uso de los escolares, en sustitución de los autores paganos. Pero tanto Apolinar el Viejo como el Joven se habían distinguido de un modo particular por su actividad frente a los arríanos y otros heterodoxos. Sin embargo, en esto trabajó muy particularmente el hijo, para lo cual, entre otras cosas, compuso u n a obra notable contra Porfirio y Juliano, De veritate, así como también algunas de carácter exegético. Juntamente había luchado contra los maniqueos y Marcelo de Ancira 177. Pero lo que constituía 176 Conviene distinguir bien entre los dos Apolinar, el padre y el hijo. El defensor de la herejía que lleva su nombre es el hijo. Tanto el p a d r e como el hijo se distinguieron en tiempo de Juliano el Apóstata con sus composiciones destinadas a suplir a los clásicos. 177 Sobre los escrito de Apolinar, véase, sobre todo. BARDENHEWER, o . c , III

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 436 como la obsesión de su vida de luchador eran los arrianos. De ahí provenía su amistad con San Atanasio. Para explicar la divinidad del Verbo, unido con la humanidad, tomó Apolinar la teoría platónica del principio tricotómico. Según este principio, en el compuesto humano h a y tres partes: alma intelectual, alma sensitiva y cuerpo material. A Jesucristo, pues, le faltaba el alma intelectual. El Verbo mismo hacía sus veces. Sólo así creía Apolinar que podía defender la divinidad de Cristo, pues partía de estos dos principios fundamentales. Primero y básico, que dos cosas perfectas y completas no pueden unirse y formar u n a sola. Por tanto, dos naturalezas completas, como la h u m a n a y la divina, no pueden formar un solo supósito personal. Por esto, para no mutilar a la naturaleza divina, mutilaba a la humana. De ahí procedía el segundo principio básico. Sólo de esta manera se podía defender la impecabilidad e inmutabilidad del Verbo. Pues decía Apolinar que, dondequiera se halla el pneuma humano, el alma intelectual del hombre, necesariamente estaba lo pecaminoso, ingénito en ella. Por tanto, como en Cristo había verdadera impecabilidad, no podía existir esa parte de la naturaleza humana. Tal era la doctrina de Apolinar, antitética en cierto modo de la escuela antioquena y del nestorianismo y verdadero punto de arranque del monofisitismo y otras herejías subsiguientes. Después de la condenación de la herejía en el sínodo de Alejandría de 362, como siguiera ganando adeptos en diversas partes, continuaron desenmascarándola San Atanasio y San Basilio, aunque sin nombrar todavía al jefe de la secta. Entonces trató Vitalis, el más fiel discípulo de Apolinar, de atraerse al papa Dámaso por medio de u n a profesión de fe equívoca. Pero San Dámaso se informó exactamente, y así, en los sínodos de 374 y 376 de Roma, lanzó el anatema contra la herejía. Una vez descubierta ésta, Apolinar organizó u n a jerarquía completa, en la que formaban varios obispos.

3. Concilio de Constantinopla de 38117S.—La guerra se hizo desde entonces cada vez más abierta y tenaz por ambas partes, y San Basilio hizo u n a apelación formal al Romano Pontífice. Por esto, en un concilio celebrado en Roma el 285s. Además^ Interpretatio psalmorum versibus heroicis: PG 33,1313s, ed. LUDWIG (1912). 178 Sobre el concilio segundo ecuménico o primero de Constantinopla véase ante todo HEFELE-LECLERCQ, II l , l s . Además: BATIFFOL, Le Siége Apóstol... 112S; BREWER, H., Das sogenannte Athan. Glaubensb. ein Werk des hl. Ambrosius (1909); ALES, A. D \ Nicée et Constantinople, les premiers symboles de foi en RechScRel 26 (1936) 85s; PALMIERI, A., artic. Filioque en DictThCath; HARNACK, A., artic. Konstantinop. Symbol en REnzprTh; BARDY, G., artíc. Concile de Constantinople: DictDrCan 4 421-428; ID., artícs. Macédonius y Macédoniens: DictThCath 9 1464-1478; BAUS, K., artíc. Konstantinopel, das 2. ahumen. Konzil: LexThK VI 495; PALMER, H., artíc. Epiphanios v. Salamis Symholum: LexThK 3 946SS; JANIN, R., artíc. 1" concile de Constantinople: DictHistGeógr 13 754-757;

C.8. HEREJÍAS. CONCILIO DE CONSTANTINOPLA ( 3 8 1 )

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año 377, al que asistía Pedro de Alejandría al lado de San Dámaso, éste condenó abiertamente toda la doctrina de Apolinar. Esta misma sentencia fue repetida en Alejandría el año 378 y en Antioquía en 379. Mas, como todos deseaban dar a la condenación del apolinarismo la mayor solemnidad y autoridad posible, por esto se pensó en la oportunidad de u n concilio ecuménico. Las circunstancias no podían ser m á s propicias. Ocupaba en Roma la cátedra de Pedro San Dámaso (366-384), quien ya en otras muchas cosas había dado muestras de valor y energía. El Imperio oriental estaba en manos del gran Teodosio I, íntimamente unido con el Papa por tener los mismos ideales de defensa del cristianismo. Existía entonces otro gran problema dogmático, el macedonianismo, o negación de la divinidad del Espíritu Santo, y como no bastara contra esta herejía el sínodo de Roma del año 380, el papa Dámaso y el emperador Teodosio I convinieron en la necesidad de celebrar u n concilio ecuménico. Su objeto principal era proceder contra ambas herejías, el macedonianismo y el apolinarismo. Celebróse, en efecto, este concilio en Constantinopla el año 381, y en él se vio que los macedonianos contaban con u n a fuerza considerable, pues al lado de 150 obispos ortodoxos se reunieron 36 partidarios suyos m. No era tan considerable en las altas esferas la fuerza del apolinarismo; pero el peligro era mayor, como se vio más tarde con el predominio alcanzado por el monofisitismo, que de él se derivaba. La presidencia la tuvieron, primero, Melecio de Antioquía, y al morir éste durante el concilio, San Gregorio Nacianceno; pero, habiéndose retirado éste, siguió Nectario hasta el final del sínodo. Muy pronto, ante el predominio de los ortodoxos, marcharon ostensiblemente los macedonianos, por lo cual continuaron las discusiones, no sin vencer gravísimas dificultades. En ellas tomaron parte, además de los ya indicados, Melecio y Gregorio Nacianceno, San Gregorio Niseno y su hermano Pedro de Sebaste, San Cirilo de Jerusalén, Diodoro de Tarso y más tarde u n a buena representación de Egipto, capitaneada por Timoteo de Alejandría. De este modo el concilio confirmó solemnemente el símbolo de Nicea y lanzó anatema contra diversas herejías del ORTIZ DE URBINA, J., La estructura del símbolo constantinopolitano: OrChrPer 12 (1946) 275-285; ID., Nicée et Constantinople: Hist. des Conciles oecumén. 1 (P. 1963); ID., artíc. / Concilio Constantinopolitano: EncCath 4 746s; KELLY, J. N. D., Early Christian Creeds (L. 1950) 296-367, DANIÉLOU, J., Les simboles chrétiens primitifs (P. 1961); CAMELOT, P. TH., Los Concilios Ecuménicos de. los siglos IV y V: Concilio y Concilios, p o r BOTTE, etc., p.lOOs (M. 1962); GILL, J., artíc. Filioque: LexThK 4 126-128; JAVALE, A., / Concili Ecumenici (Turín 1962) 48-54; VRIES, W. DE. Das zweite Konzil von Konstantnopel (553) und das Lehramt von Papst und Kirche: OrChrPer. 38 (1972) 33-66; MUKPHY, F. X., Constantinople 11 u n d C. III; DUMEIGE, Histoire des Concils Oecumén. (P. 1973). 179

Véanse a n t e todo:

SÓCRATES, 5,8;

LIXTO, 12,13; MARCELLINUS COMES, Chron. también TILLEMONT, Mémoires... 9.16S.

SOZOMENO, 7,7;

a Prosp.

TEODORETO, 57;

NJCÉFORO CA-

de Ap. chron. a. 381. Véase

438

P.D.

VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

tiempo, los semiarrianos, sabelianos, etc., y sobre todo contra los macedonianos y apolinaristas ,8°. Como síntesis de sus enseñanzas, proclamó u n símbolo, el llamado de San Epifanio, que no es otro que el credo de la misa. Sobre él se han hecho multitud de investigaciones e hipótesis. Lo más probable es que se trata de u n símbolo usado en la iglesia de Jerusalén, del que da noticias San Cirilo de Jerusalén, símbolo compuesto a su vez sobre la base del que incluye San Epifanio en su escrito Ancoratus. De ahí que se le denomine símbolo de San Epifanio. En él se repiten primero, con ligeras variantes, los artículos del símbolo de Nicea, y luego se añade lo que se refiere al Espíritu Santo: «Et in Spiritum Sanctum Dominum et vivificantem, qui ex Patre Filioque procedit». La expresión Filioque se añadió más tarde 181. Este concilio, por m u y diversas razones, fue m u y discutido; pero desde el siglo vi fue reconocido en Occidente como ecuménico en lo que toca a sus decisiones dogmáticas. Por lo que se refiere a las herejías condenadas por el concilio, el emperador Teodosio I aplicó con todo rigor sus decisiones 182. Las reuniones de los macedonianos, apolinaristas y semiarrianos quedaron rigurosamente prohibidas, y sus obispos fueron depuestos. Sin embargo, todavía dieron bastante que hacer a los obispos ortodoxos. Después de la muerte de Apolinar, ocurrida en 390, el partido se dividió en dos partes: una, de los más radicales, fieles a Apolinar, que condujo al monofisitismo; otra, más benigna, que al fin se reconcilió con la Iglesia romana 183. Entre las refutaciones del apolinarismo más dignas de tenerse en cuenta, está la de San Epifanio de 377, en su Panarion, en el cual insertaba u n a profesión de fe donde expresamente se afirmaba que Cristo es hombre perfecto, pues el Verbo se había unido a su naturaleza h u m a n a perfecta. Por semejante manera, San Gregorio Nacianceno refutaba en dos epístolas las mismas doctrinas apolinaristas. 180 propiamente, el concilio ecuménico, de 381, no propuso u n símbolo propio, sino q u e proclamó el de Nicea, en el q u e veía sintetizada la doctrina católica contra todas las nuevas herejías. El símbolo atribuido a este concilio, el llamado nicenoconstantinopolitano o de San Epifanio, no se promulgó en el concilio, sino después de él. Sin embargo, ya en Calcedonia (351) se atribuyó aquel símbolo a este concilio. Consta q u e ya en 374 existía sustancialmente, pues lo cita San Epifanio en su Ancoratus. Véase KIRSCH, I 416 nota 125. 181 Acerca de las célebres cuestiones del Filioque se t r a t a r á m á s adelante. 382 El concilio se cerró el 9 de julio d e 381, y el 30 del mismo mes u n decreto del emperador Teodosio imponía sus decisiones a todo el Imperio. Véase MANSI,

III

col.55s.

188 El a ñ o siguiente, 382, el papa San Dámaso celebró u n concilio en Roma, convocado y patrocinado por el emperador occidental Graciano. Al mismo tiempo se celebró otro en Constantinopla. Ambos, particularmente el de Roma, tenían por objeto c o n t i n u a r la obra de unidad de la fe. Véanse: SAN JERÓNIMO. Epist. 108,6; 127,7; TUHNER, C, H., The Román concil under Damasus, A. D. 382 en JTbStud 1 (1900) 554s.

C.8.

HEREJÍAS. CONCILIO DE CONSTANTINOPLA ( 3 8 1 )

III.

439

PRISCILIANO Y EL PRISCILIANISMO 184

El priscilianismo y la causa de Prisciliano, aunque tuvieron su origen y principal desarrollo en España, sin embargo adquirieron luego tal trascendencia y suscitaron tales cuestiones, que alcanzan u n carácter de verdadera universalidad para la Iglesia occidental. Por esto h a n sido muy estudiados últimamente, sobre todo después del reciente descubrimiento de multitud de escritos suyos. En España son dignos de especial mención los trabajos de Antonio López Ferréiro, Menéndez Pelayo, Fidel Fita y, últimamente, del P. García Villada. Entre los últimos del extranjero citamos solamente los de A. d'Alés, especializado en esta materia. 1. Principio de la secta.—El rigorismo novaciano y luciferiano, junto con el gnosticismo y maniqueísmo, produjeron en España u n a secta de un ascetismo exagerado, que consideraba a sus secuaces como elegidos, puros e inspirados por Dios. Profesaban la pobreza, la continencia, abstinencia de carnes y vida de penitencia, y llegaron a prohibir el matrimonio. Denominábanse mutuamente hermanos y llamaban mucho la atención. En estas circunstancias júnteseles Prisciliano, nacido el año 345. De natural inquieto, erudito, rico y amigo de figurar, púsose bien pronto al frente del movimiento. Incansable en el trabajo, soñador de grandezas, no falto de habilidad y talento natural, entregóse en cuerpo y alma a la propaganda de la secta, ganóle gran número de adeptos y diole con su persona mayor consistencia. Los historiadores del tiempo nos presentan a Prisciliano como hombre de u n atractivo extraordinario, al que contribuía la misma calidad de la secta con el misterio y fanatismo que la acompañaba. Entre los discípulos que se le juntaron distinguiéronse desde el principio los obispos Instancio y Salviano, quienes se mantuvieron siempre fieles y juraron defenderlo hasta la muerte. 184

Acerca del priscilianismo véase a n t e todo la exposición fundamental de

VILLADA, I 2,91s

(M. 1929). Además:

TIXERONT, II 232s;

KIRSCH, I 455S;

BARDEN-

HEWER, III 403s. Véanse asimismo: PRISCILLIANI, Quae supersunt ed. en CorpScr EcclLat 18; LÓPEZ FERREIRO, A., Estudios históricos sobre Prisciliano (Santiago 1878); MERCATI, G., 1 due trattati al popólo di Prisc. en StudiT (R. 1901) pp.127-136;

FITA, F . , e n B o l A c a d H i s t 10.242S;

14.567S;

34,124;

42,130;

43,455;

44,277.

ID., en RazFe 3 (1902) 477S; HARTBERGER, Priszillians Verháltnis sur Hl. Schrift. en BiblZ 8,113-129; LAVERTOJON, M., Le dosier de Priscillien en Sulpice Sévére II 548S; BABUT, C. C H . , Priscillien et le priscillianisme (P. 1909) en Bibl. Ecole Haut.

Et 161;

MENÉNDEZ PELAYO, M., Heter.

esp.

2. a

ed.

11 (M. 1917)

pp.76-134

321-362; SUYS, E., La sentence portee contre Priscillien en RevHistEccl 21 (1925) 530-538; ALES, A. D', Priscillien et l'Espagne chrét. á la fin du IV siécle (P. 1936); ID., Priscillien en RechScRel 23 (1933) 5s, 129S; PUECH, A., Les origines du priscillianisme et l'orthodoxie de Priscillien en BullLittArch 2 (1912) 81s, 161S; MERCKLE, Der Streit über Prisc. en TheolQschr 78 (1896) 630S; MONCEAUX, P., La question du priscillianisme en J o u r n S a v (1911) 70s, 104s; RAMOS LOSCERTALES, J. M., Prisciliano. Gesta rerum en Acta Salmantic. (Salamanca 1955); LÓPEZ CAÑEDO, R., Prisciliano: su pensamiento y su problema histórico (Santander 1966); VAL, U. D. DEL, Prisciliano: DiccHistEclEsp, 3, 2029 (M. 1973).

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P.D.

VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

El primero que se dio cuenta del peligro y de la significación del nuevo movimiento fue el obispo Higinio, el cual lo denunció al metropolitano de la Lusitania, Idacio de Mérida. Siguiéronse luego, como es natural, discusiones y examen de la secta, a lo que respondió Prisciliano con diversas profesiones de fe, que resultaron insuficientes. Por todas estas razones, como el asunto iba tomando cada día más revuelo, se decidió tratarlo a fondo en el concilio de Zaragoza del año 380. 2. Concilio de Zaragoza (380).—Efectivamente, se celebró este concilio, y, según las noticias de la época, tuvo una importancia considerable. Sin embargo, por lo que se refiere a la causa de Prisciliano, al modo como se discutió y al término final de la discusión, existen noticias contradictorias. Según parece, a pesar de que la finalidad principal del concilio era examinar la causa y la doctrina de Prisciliano, no se presentó ninguno de ellos. Sin embargo, existen sólidos argumentos para asegurar que, examinada su causa, fueron condenados Instancio, Salviano y Prisciliano. Mas, por su parte, en la exposición que hizo Prisciliano al año siguiente ante el Romano Pontífice en favor de su causa, afirma que en Zaragoza no se dictó sentencia contra ellos 185. Lo que no puede ponerse en duda es que el concilio de Zaragoza de 380 anatematizó muchas prácticas muy en boga entre los priscilianistas, sobre todo las reuniones secretas y ciertos excesos de falsa piedad. El tiro iba dirigido al corazón de la nueva secta, que por lo mismo reaccionó en una forma violenta. Por de pronto quiso obrar con decisión, y así uno de sus primeros actos después de celebrado el concilio, fue que Instancio y Salviano consagraron obispo de Avila a Prisciliano, con el objeto de realzar su doctrina. Con ello se quebrantaron los cánones y la costumbre existente; pero todo eso les preocupaba a ellos muy poco. Con la misma falta de escrúpulos se dieron entonces a consagrar obispos y ordenar presbíteros, sobre todo en las regiones de León y Galicia. El resultado fue una verdadera confusión, con la duplicidad frecuente de párrocos y obispos en multitud de iglesias y diócesis 186. 3. Persecución tenaz contra Prisciliano.—El obispo Idacio y otros obispos católicos que habían desenmascarado a la nueva herejía siguieron los pasos de Prisciliano y los suyos, 1,55 Es curioso que varios de los críticos modernos manifiestan u n a marcada tendencia a justificar o presentar bien a Prisciliano. Véase, por ejemplo, a BABUT, que llega a afirmar que el concilio de Zaragoza fue favorable a Prisciliano (o.a, p.136). Lo mismo aparece en LABRIOLLE, P., en FINCHE-MARTÍN, III 386s. Hay que reconocer, sin embargo, que los acusadores principales de Prisciliano, que eran Idacio de Mérida e Itacio de Osonoba, se dejaron llevar en todo este asunto de u n apasionamiento que llegó a escandalizar a muchos eclesiásticos y a las personas más sensatas. 186 p a r a toda esta descripción véase a SUPLICIO SEVERO, Chron. 2,47s.

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y acudieron al emperador Graciano en demanda de socorro contra la confusión introducida por los nuevos herejes en la iglesia española. Celoso como era Graciano del orden y unidad católica, se dejó fácilmente convencer, y dio un decreto condenando al destierro a los obispos intrusos. De este modo se inició aquel duelo mortal entre Prisciliano y el obispo Idacio. A esta orden de Graciano tuvieron que someterse Prisciliano y sus seguidores; pero entonces decidieron acudir a Roma. Salieron, pues, de España y se detuvieron algún tiempo en Aquitania, haciendo propaganda de sus errores. En Burdeos fueron rechazados por el obispo, quien había asistido al concilio de Zaragoza; mas ellos consiguieron ganarse las simpatías de la viuda Eucrocia y su hija Prócula, junto con un pequeño grupo de hombres y mujeres. Al cabo de pocos días partieron para Roma, acompañados de Eucrocia y Prócula y otros adictos a su causa. Pero en Italia se pusieron las cosas muy mal para Prisciliano. El papa San Dámaso no quiso darles audiencia. En Milán quisieron ganarse a San Ambrosio, pero tampoco éste los recibió. Perdida entonces la esperanza en las autoridades eclesiásticas, volviéronse a las civiles, y con grandes cantidades de oro, que proporcionaba Eucrocia, sobornaron a Macedonio, intendente de palacio, y consiguieron se derogase el decreto lanzado contra ellos. Incluso consiguieron fueran repuestos en sus sedes, y lo que constituyó el colmo, que se persiguiera a Idacio y a sus amigos, los cuales tuvieron que escapar a las Galias. Idacio se dirigió entonces a Tréveris, capital interina del usurpador Clemente Máximo, dueño entonces del Imperio occidental, y entregó al nuevo emperador un memorial contra los priscilianistas. El resultado fue que Máximo ordenó prenderlos y conducirlos a Burdeos, donde se había reunido un sínodo con el fin de que fueran juzgados en él. 4. Proceso de Prisciliano.—Y aquí comienza la parte más trágica y discutida de la vida de Prisciliano. El y los principales cabecillas de la secta se presentaron ante el sínodo de Burdeos, y, efectivamente, en 384 se inició su proceso. Como Instancio no consiguiera justificar sus irregularidades en la consagración de obispos y en muchos puntos doctrinales, fue condenado al destierro y recibió algunas otras penitencias. Entonces, pues, temiendo otro tanto Prisciliano, dio un paso que fue la causa de su ruina: en vez de presentarse ante los jueces de Burdeos, apeló al emperador. De este modo, la causa pasó del tribunal eclesiástico al tribunal civil. La interinidad del usurpador Máximo hizo posible este proceso irregular. Ni Graciano, que le precedió, ni Teodosio I, que fue su sucesor, hubieran admitido este proceso civil

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contra obispos. Pero el tribunal de Máximo no tuvo dificultad. San Martín de Tours, entonces en Tréveris, que gozaba de un prestigio universal en todo el Occidente, se opuso con toda energía a que se sentenciara esta causa en un tribunal civil; mas no lo pudo evitar. Rápidamente, pues, probado el delito, a pesar de las protestas, fueron sentenciados y decapitados Prisciliano, Latroniano, Eucrocia y otros cuatro 187. Ahora bien, después de todo lo dicho se pregunta cuál fue propiamente el crimen que presentó el tribunal para motivar esta sentencia tan rigurosa. Según todos los indicios, no fue el crimen de herejía, sino el de maleficio. Efectivamente, examinando la sentencia dada por el tribunal de Tréveris, no aparece más que este crimen. Los demás que se expresan en la sentencia, es decir, «doctrinas obscenas y reuniones nocturnas con mujeres torpes», fueron únicamente circunstancias agravantes. En realidad, la magia era uno de los crímenes que más detestaron los emperadores cristianos, y Prisciliano fue acusado y convencido de haberla practicado. Es cierto que él no lo confesó; pero de las confesiones que él hizo se puede fácilmente deducir todo lo demás 188. Por tanto, según el derecho romano cristiano, la sentencia fue justa. Sin embargo, ni el procedimiento ni el suplicio fueron aprobados por los hombres más significados del tiempo, San Martín de Tours y San Ambrosio de Milán. Ambos protestaron expresamente contra el emperador. Pero, en todo caso, no puede presentarse a Prisciliano como el primer caso de intolerancia de la Iglesia, pues no fue juzgado por la Iglesia, sino por la autoridad civil; ni como el primer hereje sentenciado por sus ideas, pues no fue condenado por sus ideas religiosas, sino por sus prácticas de magia. 5. Doctrina de Prisciliano m.—Por lo que se refiere a la doctrina de Prisciliano, en realidad eran muy vagas las noticias que se tenían hasta hace poco. Su obra principal son los Noventa cánones o sentencias, donde está reunida la doctrina de San Pablo según la mente de Prisciliano. De esto y de los pocos datos conocidos por el concilio de Zaragoza de 380, por Sulpicio Severo y algunos otros autores, se sacaron las noticias que solían transmitirse sobre el priscilianismo. Pero, a fines del siglo pasado, el alemán Jorge Scheeps descubrió varios opúsculos que parece son de Prisciliano. A su cabeza va el Líber Apologeticus, opúsculo escrito en nombre de toda la secta y dirigido al episcopado católico. 187 Véase de u n modo especial: SÜYS, E.. La sentence portee contre Priscillien en RevHistEccI 21 (1925) 530s. «8 p a r a hacerse u n a idea de la legislación del tiempo contra la magia o maleficio, véanse: MAURICIO, J., La terreur de la magie au IV siécle en Rev. d'Hist. et de Dr. Fr. et Etr. (1917) 108S; MABTBOYE, La represión de la magie et le cuite des gentils au IV siécle ibid. (1930) 669g, i"> Véase p a r a todo esto VIIXADA, l.c., 102s,

C.8.

HEREJÍAS. CONCILIO DE CONSTANTINOPtA (381)

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Trátase en él de hacer una profesión de fe católica y una condenación rotunda de todas las herejías. Reduciendo, pues, su ideología a los capítulos principales, podemos resumirla así: En sus opúsculos se muestra muy bien enterado de la negación de la divinidad de Cristo de los arríanos, de las oscuras ideas gnósticas sobre los eones, con lo que se hace sospechoso de estos errores. A los fieles los divide en tres clases, que recuerdan las de los gnósticos. Sobre el origen de la materia usa u n lenguaje muy incorrecto. Llama la atención su complacencia en oponer la naturaleza divina al principio material, con lo que produce la impresión de que admite la doctrina gnóstica sobre el principio del bien y el principio del mal. Más atrevidas son las expresiones que dan a entender cierto parentesco entre la naturaleza humana y la tierra. Por otra parte, Prisciliano defiende claramente la preexistencia de las almas y la metempsicosis. Especial consideración merece la teoría de Prisciliano sobre el canon de la Sagrada Escritura y la inspiración, que debe considerarse como uno de los caracteres específicos de la secta. Prisciliano sostenía que, aparte el canon oficial, existían otros libros inspirados, y, en general, que la inspiración de los libros sagrados quedaba abierta. Era el medio más eficaz para autorizar sus propias invenciones. Presentábalas como inspiradas por Dios, y todo el mundo debía acatarlas. Naturalmente, todo lo que significa tradición y determinación de la doctrina católica por parte de la autoridad eclesiástica era contrario a su sistema 19°. IV.

O T R O S ERRORES O DESVIACIONES CISMÁTICAS

M

En el campo exuberante de la Iglesia católica, junto a los frutos de doctrina y santidad que caracterizan el siglo iv, no sólo se desarrollaron los árboles dañinos del arrianismo y demás desviaciones doctrinales, sino que brotaron también y crecieron otras plantas nocivas, que fue necesario desarraigar. El donatismo m continuaba haciendo estragos en África. En vano dio Valentiniano I el año 373 una ley prohibiendo sus reuniones, y Graciano volvió a urgiría en 377 m, llegando íyu Frente a esta exposición, que presenta a Prisciliano como fundamentalmente culpable de considerables errores, véase a los modernos defensores, sobre todo BABUT, en la obra citada. Es curiosa la división que hace este crítico entre los escritos o piezas acusatorias de Prisciliano. Un primer grupo, el primitivo, comprende u n conjunto que dejan a Prisciliano en buen lugar. El segundo, que es posterior, comprende otras piezas, que atribuye a los priscilianistas multitud de errores. Estos comienzan a aparecer a partir del a ñ o 400 y forman parte de la leyenda antiprisciliana que se fue formando. Entre los primeros se c u e n t a n varios escritos de Prisciliano recién descubiertos. 191 Véanse las obras generales de historia de este período, particularmente la historia de los dogmas, del arrianismo, donatismo y las que indicaremos en la2cada uno de los epígrafes. Véase arriba, p.379s. la bibliografía referente al donatismo. 193 Pueden verse: Cod. Theod. 16,6,1,2. OPT. MILEV., l.c.

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P.D.

C.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

a quitarles sus iglesias; todas estas medidas de rigor resultaron inútiles y contraproducentes. No obtuvo más provecho el sistema de instrucción y de persuasión. El obispo Optato de Mileve escribió una amplia obra sobre el donatismo; pero sobre todo inició entonces su actividad San Agustín, quien, ordenado sacerdote en 393, se dedicó con su ardiente celo a la conversión de los donatistas m. Durante algún tiempo creyó que el mejor medio para atraerlos era la instrucción debida, hasta llegar al convencimiento. Mas bien pronto se persuadió de la inutilidad de sus esfuerzos. Mención especial merece el cisma del antipapa Félix 195. El principio de este cisma tuvo lugar con ocasión del destierro del papa Liberio. Al salir éste de Roma, Félix le hizo un solemne juramento de que le sería fiel mientras le durara la vida. Sin embargo, poco después fue llamado a Milán, y allí se dejó seducir por Constancio para que se proclamara obispo de Roma. Hízose así, en efecto, y, bajo la presión imperial, la mayor parte del clero le prestó obediencia, mientras el pueblo generalmente se mantuvo fiel a Liberio. Así continuaron las cosas sin especial dificultad mientras Liberio estuvo en Tracia. Pero ya en 357, estando Constancio en Roma, tuvo que recibir a u n a comisión de matronas romanas que se declararon partidarias de Liberio y le suplicaron instantemente el levantamiento de su destierro. De hecho, al volver Liberio a Roma le dio Constancio la orden de que se entendiera con Félix en la dirección de la Iglesia. Pero el pueblo romano no quiso saber nada de esto. Así, pues, arrojó de la ciudad al antipapa y recibió con grandes muestras de entusiasmo al Papa legítimo. Este procedió con moderación frente a los clérigos partidarios de Félix y los dejó a casi todos en sus cargos. Al morir Liberio estalló en un nuevo cisma el disgusto latente. Como sucesor fue elegido Dámaso (366-384); pero entonces u n a fracción extremista del clero se alzó en rebeldía, dando por razón que Dámaso había simpatizado con los amigos del antipapa Félix, y, en consecuencia, eligió un nuevo papa, Ursino o Ursicino. La tensión siguió en aumento, pero con el remado de Teodosio I, que favoreció constantemente al Papa legítimo, fue desapareciendo el cisma. Otras cuestiones religiosas que tuvieron lugar en este período fueron más bien de carácter local, sin trascendencia especial para toda la Iglesia. A ellas pertenece el cisma de 194 He aquí los escritos de San Agustín relacionados con esta materia: Psalmus contra partem Donati; Epístola contra partem Donati; Contra portem Donati libri 2 (estas dos últimas no se conservan); De baptismo contra Don. libri 7, y algunos otros, en p a r t e desaparecidos. 195 Véanse: DUCHESNE, L., Líber Pontif. I CXX (sobre el antipapa Félix); DOLLINGER, I., Papsfabeln 2. a ed. (1890) p.l26s; SALTET, L., en BullLittArch (1905) p.222s; KIRSCH, P., en RomQschr (1925) ls.

445

1%

Melecio , de la primera mitad del siglo iv, que tuvo lugar en Alejandría de Egipto. De otro género muy diverso fue la cuestión promovida por Lucifer de Cagliari y sus partidarios, llamados luciferianos m. Durante las grandes discusiones con los arríanos, Lucifer, obispo de Cagliari, en Cerdeña, se distinguió por la entereza en la defensa de la ortodoxia. Por esto, él, junto con Eusebio de Vercelli, fueron los únicos que se resistieron a las imposiciones de Constancio en el sínodo de Milán de 355. Por esta razón fueron desterrados por el emperador. Sin embargo, bien pronto apareció en Lucifer de Cagliari una tendencia marcadamente rigorista, pues cuando el mismo San Atanasio y el Romano Pontífice emprendieron el nuevo sistema de suavidad, con el fin de atraer a los semiarrianos, levantó él bandera contra lo que designaba como claudicación y excesiva blandura. Sus partidarios, los luciferianos, llevaron todavía más adelante este rigorismo, que pronto se concretó en un conjunto de principios parecidos a los de los novacianos y donatistas. Sólo ellos constituían la verdadera Iglesia, pura y limpia. La Iglesia católica, en cambio, estaba degenerada y manchada con el contacto con los pecadores. San Jerónimo escribió en 379 el diálogo Contra los luciferianos. Uno de los representantes más insignes de esta secta, según San Jerónimo, es Gregorio de Elvira en España, a quien han hecho célebre algunas de sus obras y, sobre todo, el empeño en presentar a Osio no sólo como apóstata y renegado, sino como 198 corifeo de la impiedad arriana en los últimos años de su vida . CAPITULO

IX

La Iglesia occidental y sus199 principales representantes Después de haber seguido el desarrollo de la Iglesia católica a través de las vicisitudes del siglo iv hasta verla declarada religión del Estado por Teodosio el Grande, echemos lm Véanse en particular: ALES, A. D', Le schísme mélécien á l'Egypte en RevHistEccl 23 (1926) 5-26; AMANN, E., artíc. Méléce de Lycopolis en DictThCath. 197 Pueden verse: KHÜGER, G., Lucifer von Cagliaris und das Schisma der Lucifer. (1886); ID., artíc. en R. Enz. pr. Th. ; SALTET, L., en BullLitArch (1906) pp.300-26. 198 p a r a Gregorio de Elvira, véase de u n modo especial VILLADA, I 2 p.53s. Allí se podrá ver igualmente alguna bibliografía sobre este tema. En particular véanse las obras recientes: VEGA, A. C , S. Gregorii Eliberitani episcopi opera omnia en ScripEcclsHíspano-Lat 12-15 (El Escorial 1943); ID., Gregorio de Elvira en Ciudad de Dios 156 (1944) 205s; ID., DOS nuevos tratados de Gregorio de Elvira ibid. 515S; COLEANTES, J., San Gregorio de Elvira. Estudio sobre su eclesiología (Granada 1954); BUCKLEY, F. J., Christ and the Church according to Gregory of Elvira (R. 1964); GALMÉS, L., La fe según Gregorio de Elvira-. TeolEspir 3 (1959) 275 y s; VAL, U. D. DEL, Gregorio de Elvira.- DiccHistEclEsp 2, 1055-56 (M. 1972). 199 Véanse ante todo las historias generales y las historias de los papas. En

446

Í>.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395)

una mirada retrospectiva para contemplar con más detención algunos puntos particulares que más pueden contribuir al perfecto conocimiento del cristianismo en este período.

I.

LA IGLESIA BOMANA, CENTRO DE LA CRISTIANDAD

Lo que más llama la atención en el siglo iv en el seno del cristianismo es el prestigio que fue adquiriendo Roma desde el cese de las persecuciones. Como centro de la cristiandad, ganó extraordinariamente desde que en 330 se fundó la nueva capital oriental del Imperio en Oriente, Constantinopla. A partir de esta fecha, lo que propiamente da realce a Roma es el ser la sede del Romano Pontífice, y éste, a su vez, con el ascendiente que va adquiriendo con el crecimiento del cristianismo y el favor de los emperadores, comunica a Roma aquel matiz especial que hizo se la designara más tarde como Ciudad Eterna. 1. El Papa San Silvestre.—Abre este período el Papa San Silvestre (314-335), cuyo pontificado casi coincide con el reinado de Constantino, por lo cual su gloria queda como eclipsada por la de este gran emperador. Sin embargo, consta que tuvo u n a parte eficaz en los acontecimientos que marcaron el nuevo rumbo de la Iglesia. La tradición quiso explicar esta unión entre San Silvestre y Constantino con el milagro de haber sido el emperador sanado de la lepra por el Papa, hecho que debe ser considerado como legendario. También lo es la supuesta donación de Constantino200, según la cual éste, en agradecimiento a San Silvestre, le hizo entrega de los territorios que formaron más tarde los Estados Pontificios, y aun lo invistió con el poder de señor y como emperador del Occidente. Apoyado en el favor imperial, San Silvestre tuvo la grandiosa idea de hacer construir las dos grandes basílicas cristianas de Roma, San Pedro y San Juan de Letrán. Al lado de esta segunda se levantó el palacio lateranense, que desde entonces fue morada de los papas. Asimismo es digna de mención la basílica de Santa Priscila, la primera cementerial particular: Epist. imper. collectio Avellana, ed. GÜNTHEB (Viena 1895-98); SEECK, O., Regesten der Kaiser und Papste tur die Jahre 311-476 (1919); GUISAR, H., Cesch. Roms und der Papste im Mittelalter (1901); NOBILI-VITELLESCHI, Della storia civile e política del Papato dal primo secólo fino al imperatore Teodosio (Bolonia 1900); LA FORGE, M. DE. La papante, son influence dans le monde au IV siécle 2. a ed. (Sens 1905); SABA-CASTIGLIONI, Historia de los Papas 2 vols. (B. 1964); PINCHERLE, A., / papi e gli imperatori cristiani (300-399): I papi nella Storia I 23-55 (R. 1961); MONACHINO, V., 11 ruólo dei papi nelle grandi controversie cristologiche (399-555); ib. 57-170; GERICHE, W., Konstantinische Schenkung und Silvesterlegende in neuer Sicht: ZRelG 78 Kan. 47 (1961) 1-76 200 Véase DUCHESNE, Liber Pontific.: I Introducción CIX-CXX. Acerca de la donación de Constantino se h a b l a r á más adelante.

C.9.

LA IGLESIA OCCIDENTAL

447

a flor de tierra. Por otra parte, fomentó el esplendor del culto, que fue desarrollándose cada vez con más pujanza en Roma al lado de las instituciones y ceremonias religiosas paganas, tan características de la capital del Imperio. Intervino activamente en las cuestiones religiosas, sobre todo en la represión del donatismo en el norte de África, y más aún del arrianismo en el concilio de Nicea y en multitud de trabajos posteriores. Es dudosa la autenticidad de los concilios romanos que se le atribuyen para preparar y confirmar el de Nicea 2M. 2. Los papas Julio I y Liberio.—De gran trascendencia fue el período de gobierno de Julio I (337-352)2(E. Hombre de ideas claras y de gran energía de carácter, se vio metido en medio del fragor de la lucha contra los arríanos. En ella fue siempre el mejor sostén de San Atanasio y de los demás portavoces de la ortodoxia católica, por lo cual celebró en Roma el gran sínodo de 341 y poco después el concilio general de Sárdica de 343. El prestigio de que gozaba el Romano Pontífice aparece claramente en la decisión de este último concilio, por la cual se proclamaba el derecho de apelación a Roma de todos los obispos de la cristiandad. Más aún: se declaraba como ideal de los pastores de la Iglesia que enviaran a Roma relación de sus iglesias. La prosperidad creciente del cristianismo aparece de u n modo particular en las nuevas basílicas que se levantaron en Roma, como la de Santa. María en Trastévere y la de los Santos Apóstoles. A Julio I siguió el papa Liberio (352-366)203, en cuyo pontificado llegó el arrianismo a su máximo apogeo. En otro lugar se ha hablado de las tristes consecuencias que esto tuvo personalmente para él (caso del papa Liberio) y de las divisiones que originó en el pueblo romano el cisma del archidiácono Félix. A pesar de la agitación que llenó todo su pontificado, supo mantener el prestigio de la Santa Sede, y su conducta de firmeza en la ortodoxia a la vuelta del destierro, unido a la suavidad del trato con los cismáticos partidarios de Félix, son u n a de las mejores pruebas de la rectitud integral de su conducta. Además conviene notar que Santa María Maggiore fue en su primera construcción traza del papa Liberio, y por esto aún hoy día se la designa como basílica liberiana. 201 Algunos lo presentan como u n hombre apocado y falto por completo de iniciativa personal. Esto se debe al hecho de que, d u r a n t e su! pontificado, Constantino lo absorbía todo y prácticamente apenas dejaba al Papa desempeñar su papel. Hay en esto no poca exageración, si bien hay que conceder que Constantino apenas le dejaba n i n g u n a clase de independencia. 202 Acerca de la actividad y significación de este Papa, véase arriba, p.401s. 203 Véase la bibliografía sobre el papa Liberio, arriba, p.411s. Además: KÜNZLE, P., Zur basílica Liberiana: basílica Sicinini — basílica liberii: RómQschr 56 (1961) 1-61, 129-166,

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m

3. El papa Dámaso I (366-384).—Su sucesor Dámaso l forma uno de los pontificados más brillantes de la antigüedad cristiana. Español probablemente de origen, o tal vez del actual territorio portugués, tuvo que luchar en un principio con el antipapa Ursino o Ursicino; mas, dominada esta dificultad, trabajó incansablemente durante su gobierno, relativamente largo, p a r a levantar el nivel cultural de la Iglesia de su tiempo. Conocida es su actividad como poeta en la composición de aquellos célebres epitafios e inscripciones que h a n hecho inmortal el nombre de San Dámaso y de su grabador, Dionisio Filócalo. En la restauración y ornamentación de las iglesias y catacumbas de Roma fue uno de los papas que más han trabajado. Es digno de notarse que, como la primitiva basílica constantiniana de San Pablo resultaba pequeña, el emperador Teodosio, en unión con San Dámaso, empezó la actual, mucho más grandiosa, terminada luego por Honorio. Así se expresa en la inscripción de su arco de triunfo. En el régimen de la Iglesia, Dámaso fue hombre enérgico, cualidad que manifestó particularmente en dos cosas: ante todo en la eliminación de los abusos y profundización de la vida cristiana. En esto le ayudó particularmente San Jerónimo, a quien tuvo a su lado como secretario durante algunos años. Según se desprende de las cartas de éste, el brillo exterior de la Iglesia había dado ocasión a muchos clérigos y altas personalidades de caer en cierta relajación o excesiva libertad de costumbres. San Dámaso y San Jerónimo fomentaron insistentemente la vida ascética entre la alta sociedad romana, y, aunque no se corrigieron todos los abusos, es un hecho reconocido que muchas matronas reformaron su vida bajo la dirección de San Jerónimo y que, en general, se inició un cambio profundo en el ambiente cristiano de Roma. En segundo lugar, San Dámaso dio muestras de su energía en la marcha que dio a los asuntos eclesiásticos y civiles. El fue el anillo de oro que supo unir los buenos deseos de los diversos emperadores que siguieron a Juliano el Apóstata, robusteciendo su fe y apoyándose en sus campañas antipaganas. El fue el alma de las nuevas disposiciones y leyes favorables al cristianismo dadas por Valentiniano I, Graciano y, sobre todo, Teodosio el Grande. En unión con este último, emprendió u n a campaña contra las dos herejías 204

449 entonces predominantes, el macedonianismo y el apolinarismo, poniéndole feliz remate en el segundo concilio ecuménico, de 381, celebrado en Constantinopla. Semejante energía manifestó frente al priscilianismo en España y fuera de ella, si bien estuvo ajeno al trágico fin de los cabecillas de la herejía. En realidad, San Dámaso fue digno de compartir con Teodosio el régimen del mundo en circunstancias tan delicadas, que significaban la transformación del Imperio pagano en Imperio cristiano. El papa siguiente, Siricio (384-399)205, fue digno sucesor de San Dámaso, y en él se completó la lucha iniciada contra las grandes herejías. Dignas de especial mención son las decretales o decretos pontificios de este Papa, los primeros que poseemos de toda la antigüedad. A su cabeza se halla u n a carta de Siricio al obispo de Tarragona Himerio. Obra suya fue también la gran basílica de San Pablo extra muros, que ha constituido hasta nuestros días una de las siete basílicas principales de Roma. C.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

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Puede verse: SILVA-TAROUCA, C , Fontes Hist. eccl. medii aevi: I. Fontes s. v-ix (1930); GALTIER, L., DU role des evoques dans le droit public ei privé du Bas Empire (P. 1893); HUTTON, W., The Church of the sixth Century (L. 1897). Véase de u n modo particular: VILLADA, I 2,211s y 225s, donde se h a l l a r á n buenas indicaciones bibliográficas sobre San Dámaso. En particular: BARDENHEWER, III 563s, S88s; FERRUA, Epigrammata, Damasiana (R, 1942); PERLER, O., artíc. Domosus I: LexThK 3 136-137; ID., artíc. Damase: DictFfistGéogr. 14 4853; VIVES, J., San Dámaso, papa español (B. 1943); GRIFFE, E.,L'inscription damasienne de la catacombe de St. Sebastien. BullLitEccI 62 (1961) 16-25; LIPPOLDJ A., Ursinus und Damasus: HislZAHGesch 14 (1965) 105-28; VAL, U. D. DEL, Dámaso, Papa.- DiccHist EclEsp 3, 1940-43 (Madrid 1973).

II.

LA IGLESIA EN LA PENÍNSULA IBÉRICA 206

Las iglesias de la península Ibérica merecen durante el siglo iv un puesto digno en medio de la cristiandad occidental. Ya en los primeros umbrales del siglo aparece el concilio de Elvira, que manifiesta clarísimamente la vitalidad del cristianismo al terminar las grandes persecuciones. 1. Hombres insignes de la Península.—Mas lo que llama particularmente la atención al historiador, es que de la península Ibérica salieron varios de los hombres más ilustres de este siglo y que más influyeron en la marcha de los acontecimientos religiosos. Tales son Osio de Córdoba, consejero de emperadores, padre de concilios, símbolo de la ortodoxia en Occidente, como lo fue Atanasio en Oriente w-, San Dámaso 2m, el pontífice más insigne del siglo iv, y Teodosio el Grande™, el emperador que mejor encarna el espíritu cristiano que había penetrado en el Imperio. Del movimiento ideológico de la España del siglo iv nos dan una idea los diferentes núcleos de herejía y las impug¿05 v é a s e DUCHESNE, L., Le pape Sirice et le slége de Bostra en Ann. de Philos. Chrét. (1885) p.280s; JAFFÉ, Regesta... p.40s. züt; p a r a todo este párrafo puede verse en particular: VLLLADA, I 2 p . l l s . Véanse también: VEGA, A, C , El Pontificado y la Iglesia española en los siete primeros siglos (El Escorial 1942); VIVES, J., Inscripciones cristianas de la España romana y visigoda (B. 1942); SERRA RAFOLS, J. DE C., La vida de España en la época romana (B. 1944); FERNÁNDEZ ALONSO, J., Iglesia v Estado (en España). (En la Esp. Rom. y Visig.) DiccHistEclEsp. 2, 1122-30 (M. 1972); VAL, U. D. DEL, Patrología (en España). 207 Ibíd. p . l l s . Véase también arriba, nota 126. 2Ü8 Ibíd. p.475s. Arriba, nota 204. 2,19 Ibíd. p.211s. Arriba, nota 168. H" de la Iglesia 1

15

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 450 naciones consiguientes de los autores cristianos. La que más renombre alcanzó fue el priscilianismo, de que se habla en otro lugar, y como sus impugnadores especiales se distinguieron Idacio e Ithacio, quienes escribieron diversas apologías, de que no se h a conservado nada. También se h a hecho mención de Gregorio de Elvira110, gran predicador y émulo de Osio de Córdoba, pero extremista y defensor en España del sistema luciferiano, de Lucifer de Cagliari. Esta ideología rigorista había penetrado muy hondo en la mentalidad occidental, y así, presenta algunos otros defensores en la península Ibérica, como Latroniano, de quien afirma San Jerónimo que era muy erudito y comparable con los antiguos en sus poesías. Fueron imitadores y aun defensores suyos: Tiberiano, de la Bética, autor de u n a apología de tendencias rigoristas; Semproniano, de cuyas numerosas obras sólo se conservan fragmentos. El obispo de Astorga Dictinio fue directamente partidario de Prisciliano, cuyo sistema defiende en u n célebre tratado, del que se tiene algunas noticias 2il. Finalmente, conviene notar aquí a Potamio de Lisboa 2n, gran defensor del arrianismo en España en esta primera etapa, antes de la invasión de los visigodos. De él se han conservado algunos discursos y u n a carta a San Atanasio.

2. San Paciano de Barcelona 213 .—Mucha más importancia obtuvieron en el campo literario de la Iglesia occidental otros escritores eclesiásticos españoles. Ante todo debemos notar a San Paciano de Barcelona (f 391), el teólogo m á s insigne después de Osio. De su actividad como prelado no tenemos noticias, si bien de los escritos conservados podemos 210 211

Ibíd. p.53s. Arriba, nota 198. Sobre todos estos autores véase: ALTANER, trad. cast., Apéndice de Patrol. española, (M. 1956). 212 VILLADA, l . c , p.45s. Potamio de Lisboa. Es célebre su Epístola ad Athanasium, completamente a n t i a r r i a n a y, sobre todo, la Epístola de substantialitate Patris et Filii et Spírltus Sancti: PL 8,1416-18; PLS 1,202-16. Asimismo: Tractatus de Lázaro: PL. 11, 251-54. Véase: VEGA, A. C , Opuscula omnia Potamii episcopi olisiponensis (El Escorial 1934); MADOZ, J., Potamio de Lisboa: RevEspTeol. 7 (1947) 79-109; VAL, U. D. PEL, Potamio de Lisboa. Su ortodoxia y doctrina sobre la consubstancialidad del Hijo: CiudD. 172 (1959) 237-58; MOREIRA, A., Potamios de Lisboa et la controverse arienne: Univ.Catol. de Lovaina (Lovaina 1969); VAL, U. D. DEL, Potamio de Lisboa-. DiccHistEclEsp. 3, 2011-12 (M. 1973). 213 Obras de San Paciano ed. VICENTE NOGUERA (Valencia 1780); VILLADA, l,l,327s; ONRUBIA,

Patrología

471S;

BABDENHEWER,

III

401s

(1933);

DALMAU,

J.

M.,

La

doctrina del pecat original en S. Paciá en AnSTarr 4 (1928) 203S; TRIAL, L., «De similitudine carnis peccati». 11 suo autore e la sua teología (R. 1936); MoRIN. Un traite inédit du IV siécle: le «De similitudine carnis peccati», de l'évéque S. Pacien de B. en StText, d e a , 1 81s; MADOZ, I., Herencia literaria del presb. Eutropio en EstEcI 16 (1942) 39s ; RUBIO, L., El texto de S. Paciano en Emérita 15 (1957) 327S; DOMÍNGUEZ DEL VAL, U., La teología de San Paciano de Barcelona en CiudD 171 (1958) 5s; BAUS, K., artíc. Pacianus: LexThK 7 1332-1333 (Frib. Br. 1962); ID., artíc.: DictThCath 11 1718-1721; PEUROT, P H . H., Paciani Barcinonensis episcopi opuscula edita et illustrata (Zwolle 1896); RUBIO, L., Son Paciano, Obras (B. 1958). Véase: PL, 13, 1051-94; GRÜBER, A., Studien zu Pacianus von Barcelona (Munich 1901); KAUEH, R,, Studien zu Pacianus (Viena 1902); VAL, U. D. DEL, Paciano de Barcelona, escritor, teólogo y exegeta: S a l m a n t i c 9 (1962) 112-35; ID., Paciano de Barcelona (s. ¡V): DiccHistEclEsp. 3, 1857 (M. 1973).

C.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

451 deducir que trabajó mucho contra las herejías. San Jerónimo, en su obra Sobre los varones ilustres, le tributa este elogio: «Fue ilustre tanto en su vida como en sus escritos». Los estudios particulares hechos últimamente sobre la herencia literaria de San Paciano nos lo presentan bajo la luz de u n a ortodoxia inmaculada y de u n carácter afable y lleno de unción, que sólo buscaba la conversión de los descarriados. Así aparece en la obra Sobre la semejanza de la carne del pecado, contra los maniqueos, que solía atribuírsele, pero que el P. Madoz h a probado que no es suya, y en otra «sobre el bautismo», dirigida a los catecúmenos, y ciertamente suya, donde describe con unción los efectos obrados por este sacramento; en la «exhortación a la penitencia», que es u n sermón a los fieles, lleno de calor apostólico y sólida doctrina; y en tres cartas contra el novacianista Semproniano, en las que combate el rigorismo de esta secta. Estas cartas, junto con el sermón de la penitencia, son de gran interés histórico y dogmático. 3. Los poetas Juvenco y Prudencio.—Fuera de Osio y San Paciano, los escritores españoles más insignes del siglo iv fueron poetas, entre los cuales Prudencio adquirió renombre universal en la Iglesia. El primero cronológicamente fue Cayo Vetio Juvenco, quien (ca. 330) compuso un poema heroico sobre la Vida de Cristo, sacada de los Evangelios. No posee grandes arrestos de inspiración y poesía, pero sí manifiesta u n profundo conocimiento de la literatura clásica, y, sobre todo, tiene el incomparable mérito de ser el primero que abrió camino a otros poetas cristianos del siglo iv. Prueba de ello es el gran aprecio en que lo tenían los papas y, en general, el pueblo cristiano, y el esfuerzo que pusieron muchos literatos cristianos en imitarle. Los encomios sobre él y las copias de su poema son abundantes. Dejando a u n lado otros literatos y poetas de menor importancia, nombraremos particularmente al que vale por una legión y a quien consideran todos como el poeta cristiano más insigne de la antigüedad y como poeta cristiano por antonomasia: Aurelio Prudencio Clemente 2U, nacido en 348, 214 Acerca de Prudencio, véanse: Aurelii Prudentii Clementis Carmina ed. J. BERGMAN en CorpScrEcclLat (1926). Véase además ed. ARÉVALO (R. 1788), r e producida en PL 59,60; VILLADA, I 2,155s. (Muy buen resumen. En la página 361s, a b u n d a n t e bibliografía.) Véanse en particular: ALLARD, P., Prudence historien en RevQHist 35 (1884) 345S; ID., Rome au IV siécle d'aprés les poémes de Prudence ibid. 36 (1884) 5s; ZANIOL, A., Aurelio Prudencio Clemente, poeta cristiano a 2 ed. (Venecia 1890); TONNA-BÁRTHET, A., Aurelio Prudencio Clemente. Estudio biográfico crítico en Ciudad de Dios 57 (1902) 25s, 210S, 293s, 383; 58 (1902) 42s, 297S, 481s; SAN JUAN DE LA CRUZ, L. DE, ¿Dónde nació Aurelio Prudencio Clemente? (Calahorra 1935); RODRÍGUEZ-HERRERA, J., Poeto Christianus (Prudencio.) (Espira 1936); RIBEB, L., Aurelio Prudencio en Bibl. pro Eccl. et Patr. n.6 (B. 1936); VIVES, J., Prudentiana en AnSTarrac (1936), Homenatge Rubio y Lluch II l s ; RODRÍGUEZ-HERRERA, J., Delli essenza e dei compiti del poetacristiano secando il poeta crist. (P. 1936); ÁLAMO, M., Un text du poete Prudence: «Ad Valerianum episcopum» (Perist. hyran.ll) en RevHEccl 35 (1939) 750s;

452

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más probablemente en Calahorra, si bien lo disputa principalmente Zaragoza y asimismo alguna otra ciudad, llevó algún tiempo una vida algo disipada, desempeñando cargos públicos importantes. Siendo ya de edad madura, cuando comenzaban a blanquear sus cabellos, se retiró a la vida privada, cultivando de un modo especial la piedad y dedicándose a la composición de sus incomparables poesías. En ellas se distingue por su profunda inspiración cristiana, riqueza de colorido, magisterio en la descripción y dominio de la lengua, cosa tanto más de notar, por ser un tiempo en que ésta se hallaba en franca decadencia. Con esto, no obstante cierta dureza de expresión y algunas muestras de mal gusto, Prudencio es, a juicio de Menéndez Pelayo, «el poeta lírico más inspirado después de Horacio y antes del Dante». Murió en España después del 405. Sus obras principales son: el Catemerinon o libro diurno, que comprende doce odas piadosas dedicadas a las diversas ocupaciones cristianas del día. Su unción religiosa indujo a la Iglesia a tomar algunas en su liturgia. El Peristéfanon o libro de las coronas, que es el que más renombre ha dado a Prudencio, y contiene catorce himnos dedicados a cantar el triunfo de los mártires. Aquí es donde mejor campean las dotes de este poeta. III.

IGLESIAS PRINCIPALES DE OCCIDENTE

453 leyes lanzadas contra estos herejes, que con sus masas de fanáticos sembraban la destrucción por todas partes, son las de Valentiniano de 373 y de Graciano de 377, incorporadas luego en el Codex Theodosianus. Uno de los hombres que mejor representan a la iglesia africana de este tiempo y el mejor exponente de la lucha pacífica contra los donatistas en el período que precede a San Agustín, es Opiato de Mueve ("f" 385)216. Encendido este celoso obispo en las más vivas ansias de unión de las iglesias africanas, escribió diversas obras en un estilo duro, pero lleno de fuerza y rico de doctrina. Tales son los seis libros contra el donatista Parmeniano, uno de los teólogos de la secta, y una colección de documentos referentes a la cuestión donatista. Pero el hombre llamado providencialmente a dar la verdadera batalla teológica a los errores de Donato y a levantar a la iglesia africana a un nivel nunca igualado hasta aquí, fue San Agustín, quien ya durante los últimos años del reinado de Teodosio comenzó a brillar en la Iglesia occidental como astro de primera magnitud. C.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

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1. La iglesia africana.—La iglesia africana, tan en grandes escritores y obispos eminentes durante períodos anteriores, se esterilizó casi por completo el siglo iv, todo él lleno de las luchas donatistas. Las

fecunda los dos durante últimas

VILLOSLADA, R. G., en RazFe 116 (1939) 341S; PLANELLA, J., El Píndaro cristiano: Aurelio Prudencio. El «Peristephanon» texto lat. y versión cast. (Buenos Aires 1924); BAYO, M. J., «Peristephanon» de Aurelio Prudencio Clemente (M. 1943); LAVARENNE, M., Prudence: I. Cathemerinon líber (P. 1943); VEGA, A. C., Capítulos de un libro, Juvenco y Prudencio en Ciudad de Dios 157 (1945) 209s; VIVES, J., Veracidad histórica de Prudencio en AnSTarr 17 (1945) 199S; Obras completas de A. Prudencio ed. bilingüe en BAC n.58 ( M 1950); Obras: ed. crítica, por BERCHMANN: CorpScrEcclLat 61 (Viena 1926); SALVATORELLI, A., Studi Prudenziani (Ñapóles 1958); VAL, U. D. DEL, Prudencio Clemente, A.: DiccHistEclEsp 3, 2031 (M. 1973); WIDMANN, H., De Calo Vitto. Aquilino Juvenco, carminis Evangelici poeta et Virgilii imitatore (Breslau 1905); W I T , J. DE, Ad Juvenci Evangeliorum librum commentarium evangelicum (Groninga 1947); VAL, U. D. DEL, Juvenco, Cayo, Vetio, Aquilino: DiccHistEclEsp 2, 1262 (M. 1972); Obras: Evangeliorum libri IV: PL 19, 53 y s. Reproduce la edición de ARÉVALO, J., de CorpScrEcclLat 4. 215 Véanse ante todo las obras generales de LECLERCQ y MONCEAUX. En particular, sobre el donatismo, véase la bibliografía indicada p.379s. Asimismo, véanse; MESNAGE, J., L'Afrique chrét. (P. 1913); FERRERES, La situation relig. de l'Aír. romaine depuis la Fin du IV siécle jusqu'á l'invasion des vandales (P. 1897); KRÜGER, G., artíc. Afriha (Kirchengeschichte): LexThK 175-176; OHM, TH., id. (Missionsgeschichte): ib. 176-177; ID., Artíc. DictArch I 1 657-737; SCHNEIDER. A. M., artíc. África: ReallAntChr 1 173-179; HARDY, E. R., Christian Egypt (1952); WARMINGTON, B. H., The North African Prov. from Diocletian to the Vandal Conquest (1954); OHM, TH., Wichtige Daten der Missionsgeschichte (Münster 1956); DELACROIX, S., Histoire universelle des Miss. cath. 1 (P. 1957);

2. La iglesia de las Galias.—En las Galias se había desarrollado igualmente una iglesia muy floreciente. Ya a principios del siglo iv existía un número considerable de diócesis y de grandes núcleos de población cristiana en las regiones de Colonia, Tréveris, Reims, París, Metz, Estrasburgo, Burdeos, Toulouse, Lyón y Marsella. La intensidad de la vida cristiana de estos territorios aparece ya de una manera clarísima en el sínodo de Arles m, celebrado en 314 con el apoyo y protección directa de Constantino. Según las noticias transmitidas por el historiador Eusebio, este sínodo fue una manifestación de fe de carácter general en Occidente, por lo cual muchos en la antigüedad quisieron presentarlo como ecuménico. Sobre el número de sus participantes existen profundas divergencias en las fuentes primitivas. Pero nos consta con suficiencia que a él asistieron, aparte los representantes de diversas regiones de las Galias, otros de Londres, Colonia, Tréveris, Milán, Capua, dos delegados del papa Silvestre, Ceciliano de Cartago y Liberio de Mérida, que años antes habían asistido al sínodo español de Elvira. SAXER, V., Vie liturgique... á Carthage vers le millieu du IIIe. siécle. Le témoignage de Saint Cyprien: Studi di Antichitá crist., 27 (R. 1969); WILLIS, J. R., The Teachings of the Church Fathers (Nueva York 1966); BROWN, P., Religión and Society in the age of St. Augustine (L. 1972). 216 Edición PL 11; ed. C ZIWSA en CorpScrEcclLat vol.26 (1893); VASSALPHILIPS, O. R., The Work of St. O. against the Don. (1917); AMANN, artíc. en DictThCath. 217 Acerca del sínodo de Arles, véanse: MANSI, II 434s, 468; HEFELE, I 201S; Concüio de 314, artíc.: DictHistGéogr 4 231-243; ID., EncCath 1 1945-1951; ID., DictArch 1,1211-1218; O'DONNELL, J. M,, The Canons of the First Council of Arles, 314 A. D. (Washington 1961).

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C.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

De aquí se deduce la gran trascendencia de este sínodo, al que se refieren muchas veces los historiadores primitivos y que, juntamente con el de Elvira, forman las dos columnas principales de la legislación conciliar de la Iglesia antes del concilio de Nicea de 325. Pero lo que aquí conviene observar de un modo especial es la significación del sínodo de Arles como reflejo de la intensa vida eclesiástica de las Galias en el siglo iv.

sobre el Antiguo y el Nuevo Testamento. Asimismo escribió otras de carácter histórico contra los arrianos.

3. San Hilario de Poitiers m.—De esta vitalidad eclesiástica son muestras clarísimas también los muchos hombres eminentes que florecieron en estas iglesias, algunos de los cuales alcanzaron u n influjo y renombre universal. A la cabeza de todos debe ser colocado San Hilario de Poitiers (t 366), verdadera lumbrera de la Iglesia occidental y digno de figurar al lado de los Atanasios, Ambrosios y Agustinos. Por las terribles luchas que tuvo que mantener en defensa de la ortodoxia, por la solidez de su doctrina, por su habilidad dialéctica y su profundo ingenio, fue apellidado el Atanasio del Occidente. Había recibido u n a sólida educación profana, hasta que, ya de edad madura, recibió el bautismo en 350, y bien pronto fue consagrado obispo de Poitiers. Desde este punto, toda su actividad eclesiástica y literaria gira en torno de la defensa de la ortodoxia frente a los arríanos y al emperador Constancio, por quien fue desterrado a Frigia desde 356 a 359. Hilario aprovechó el destierro para familiarizarse con el griego y con los Padres orientales y para conocer a fondo el monacato de Oriente. Vuelto a su patria, siguió hasta su muerte siendo la columna de la fe en Occidente. En sus escritos supo juntar la especulación y profundidad de los griegos con la dialéctica y fuerza de los latinos. En teología y polémica, que es donde más sobresale, escribió el tratado Sobre la Trinidad, con que adquirió gran renombre. Fue el primer tratado de esta materia que apareció en Occidente. Luego publicó otro sobre los sínodos, escrito durante su destierro, y varios memoriales al emperador Constancio. En exégesis bíblica nos dejó diversos comentarios 218 Véase: SAN HILARIO, Obras: PL 9-10; ed. ZINGEHLE en CorpScrEcclLat (1891); ed. A. FEPEB (1916); BECK, A., Die Trinitátslehre des hl. Hilarius von Poitiers (1903); LARGET, Saint Hilaire en Les Saints (P. 1902)- FEDER, A Studien zu Hilarius von Poitiers (Viena 1910-1912); ID., en StimmMLa 81 (1911) 30S; ID., en Wiener Stud. 41 (1920) 51s 167; BRISSON, J. O., Hilaire de Poitiers Traite des Mystéres (P. 1947); ANTWEILER, A., artíc. Hilarius v. PoitiersLexThK S 337-338 (1960); LE BACHELET, artíc. Hilaire de P.: DictThCath 6 23882462; SMUIDERS, P., La doctrine trinitaire de S. Hilaire (B. 1944); GIAMBEHARDINI, G., De incarnatione Verbi sec. Hil. Pictaviensem (Piacenza 1948); ID., liarlo de P. e la sua attivitá apostólica e letteraria (Kairo 1956)- LOFFLE'H P Die Trinitátslehre des Bischofs Hil. v. P...: ZKG 71 (1960) 26-36; Hilaire et son temps. Actes du colloque de Poitiers 1968 á l'occasion du XVP centénaire de la mort de St. Hilaire (P. 1969); DOIGNON, J., Hilaire de Poitiers. . au millieu du IV siécle: Etudes Augustin. (P. 1971).

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4. San Martín de Tours219.—Al lado de San Hilario de Poitiers brilla con vivos fulgores en la iglesia de las Galias San Martín de Tours (f ca. 397), llamado con razón Apóstol de las Galias, indudablemente uno de los santos más populares ya en su tiempo y luego en toda la Edad Media. Era originario de Sabaria, capital de Panonia, y, aunque nacido de padres paganos, se sintió bien pronto atraído hacia el cristianismo. Sentó luego plaza de soldado, y en este nuevo género de vida se distinguió por su vida penitente y corazón compasivo. A este período de su vida se refiere el hecho bien conocido, y que tanto exornó después la leyenda, de partir su capa con un pobre mendigo. Inclinado por naturaleza a la vida solitaria, vivió algún tiempo como anacoreta y fue uno de los más eficaces promotores del monacato en Occidente, como se verá en otro lugar. El prestigio extraordinario que consiguió y el renombre de santidad de que gozaba lo encumbraron en 373 a la sede episcopal de Tours. Como padre de monjes y como obispo de esta ciudad, trabajó desde entonces incansablemente por la conversión de los infieles, sobre todo entre la población celta; defendió enérgicamente los derechos de la Iglesia en ocasiones difíciles, como durante el proceso y muerte de Prisciliano-, fue en todos los momentos padre del pueblo y digno apóstol de Cristo, por lo cual vio bendecidos sus trabajos con abundantes frutos de conversiones y prosperidad de vida cristian a y monástica. Símbolo de la veneración de que gozaba fue el espectáculo de unos dos mil monjes y u n a multitud innumerable que rodeó su cadáver en el momento de su sepultura. De esta misma veneración se hicieron eco los obispos galos, cuando en el siglo vi lo designaban en u n a carta circular como consejero apostólico enviado providencialmente por Dios y dotado de gracia verdaderamente apostólica. 5. La iglesia de Italia.—También en el norte de Italia se desarrolló con gran pujanza la vida cristiana, al igual que en otras regiones del centro de Europa. Los diversos concilios y sínodos celebrados en Roma y en otras poblaciones 219 Pueden verse; SUXPICIO SEVERO, Vita Sti. Martini ed. HALM., Corp. 13 I 109-216, nueva ed. por B. PEEBES (Viena 1866); Regnier, St. Martin en Les Saints (P. 1907); BABUT, E. C H . , Paulin de Nole, Sulpice Sévére, St. Martin; recherches de chronologie en Ann. du Midi (1908) 18s; ID., St. Martin de Tours en Revd'HistLittRel (1910) 466s, 513S (1911) 44s; DELEHAYE, H., St. Martin et Sulp. Sév. en AnBoll 38 (1920); MOKCEAUX, G., St. Martin (P. 1926); FONTAINE, J., artíc. Martin v. Tours: LexThK 7 118-119 (1962); STEGMÜLLER, J., Símboío de la Trinidad: Universitas. Fesichr. für A. Stohr (Maguncia 1960); GRIFFE, E., Cronología de su juventud: BullLittEccl 62 (1961) 189-236; LECLERCQ, J., St. Martin et son temps (R. 1961); FONTAINE, J., Saint Martin et son temps, Memorial du XVle centénaire des debuts du monachisme en Gauíe (361-1961); S t u d i a Anselmiana 46 (R. 1981) 189-236.

P.D. VICTORIA DEL CRISTIANISMO (313-395) 456 importantes, sobre todo Milán con el número considerable de representantes de toda Italia y regiones circunvecinas, son indicio claro de esta intensidad de vida cristiana. Entre los hombres más insignes que sobresalieron de u n modo especial, pueden citarse: el obispo Zenón de Verana Cf 380), quien trabajó con mucho celo en su iglesia, participó activamente en las grandes cuestiones entonces debatidas y se distinguió particularmente como padre de los pobres y necesitados. Filastrio de Brescia (f 397), célebre por una obra que escribió como refutación de las herejías. Más conocidos todavía son los nombres de Eusebio de Vercelli y Lucifer de Cagliari220. De este último se ha hecho especial mención al hablar de su rigorismo característico. Pero, dejando aparte esta tendencia rigorista, en unión con Eusebio, representa uno de los momentos más brillantes del episcopado italiano. En el sínodo de Milán de 355, en que tantas violencias cometió el emperador Constancio, estos dos obispos se mantuvieron fieles en la defensa de Nicea y de su representante, San Atanasio. Por esta firmeza fueron luego objeto de las más duras represalias. Más tarde, cuando San Atanasio entró por el camino de la inteligencia con los semiarrianos y en el sínodo de Alejandría de 362 proclamó los principios de la suavidad y mutua comprensión, Eusebio se puso enteramente de su parte, mereciendo con esto los plácemes y aprobación de Roma. Pero Lucifer de Cagliari no se avino con esta política de reconciliación, por lo cual se separó de su íntimo amigo Eusebio. Este siguió desde entonces al lado del Papa y de San Atanasio. Murió en 371.

6. San Ambrosio de Milán m.—Pero el que constituye en este tiempo la gloria más grande de Italia y aun de la Iglesia occidental del siglo iv, es el obispo de Milán, San Am220 Obras ed. PL 13; ed. W. HARTEL en CorpScrEcclLat 14 (1886!; RIVA, F.. L. di Cagliari contra L'imper. Costanzo (Trento 1928); CROVELLA, E., S. Eusebio di Vercelli, Saggio di biografía critica (Vercelli 1961); BAUS, K., artíc. Lucifer v. Calaris? LexThK 6 1173-1174; AMANN, H., artíc.: DictThCath 9 1932-1044; ID., artíc. EncCatt 7 1829s. 221 Véanse: SAN AMBROSIO, Obras: PL 14-17; ed. SCHENKL, PETSCHENIG en CorpScrEcclLat 5 vols. (1897-1919); LARGENT, A., artíc. Arbroise en DictThCath; LABRIOLLE, P. DE, artíc. Ambroise en DictArch; ID., Saint Ambroise en Col. Pensée Chrét. (P. 1908); THAMIN, R., S. Ambroise et la morale chrét. (P. 1895); NIEDHERHUBER, J. E., Die Lehre des hl. A. vom Reiche Cottes auf Erden (1904); ID., Die Eschatologie des hl. A. (1907); PALANQUE, J. R., Saint Ambroise et VEmpire romain. Contribution á l'histoire des rapports de l'Eglise et de l'Etat a la fin du IV s. (P. 1933); DUDDEN, F. H., The Ufe and times of St. Ambrose (O. 1935); Tratado de la Virginidad trad. y anot. por el P. SIMÓN ANDRÉS, O. S. B., Col. Excelsa 4 (M. 1942); LÓPFE, D., Die Tugendlehre des hl. Ambrosius (Sarmen 1951); LÉCUVEN, J., Le sacerdoce chrétien selon S. Ambroise en RevUnivOtt 22 (1952) 104s; O'IZARNY, R., La Vlrginité selon S. Ambroise 2 vols. (Lyón 1952); WILBRAND, W., artíc. Ambrosius: ReallChr t 365-373; HUHN, J., artíc. Ambrosius: LexThK 1 427-430 (1957); DUDDEN, .1. H., The Ufe and times of St. Ambrose 2 vols. (O. 1935); HUHS, J., Das Geheimnis der Jungfrau Mutter M. nach Ambr. (Wüttemberg 1954); ID., Der Kirchenvater A. im Lichte der Pfarrseelsorge: Anima 10 (1955) 136-150; NEUMANN, C H . W., The Virgin Mary in the work,s of §. Ambrose: Parados.jg XVII (Frib. de S-

457 brosio (t 397). De él podemos afirmar que, por el conjunto de sus cualidades y por el papel que desempeñó durante su episcopado, es quien mejor representa y caracteriza a la Iglesia católica en su período de apogeo dentro del Imperio romano, y aun añadiríamos que anuncia a los papas medievales en su conciencia de supremacía de lo espiritual sobre lo civil. Nacido probablemente en Tréveris el año 340 y educado sólidamente en la retórica y jurisprudencia romana, inició su actividad como gobernador de la Italia superior con sede en Milán; mas, elevado en 374 de una manera maravillosa a la sede episcopal de esta ciudad, dedicóse desde entonces con toda su alma al cumplimiento de su ministerio apostólico, siendo realmente modelo de príncipe de la Iglesia, hombre de gobierno, consejero de los emperadores Graciano, Valentiniano y Teodosio I; doctor y padre del pueblo y defensor de la ortodoxia contra toda clase de adversarios. San ambrosio era el tipo perfecto del romano. Poseía u n a autoridad natural, que se imponía con su presencia y con el prestigio de su persona. Pero al mismo tiempo estaba dotado de u n carácter blando y de u n a voluntad enérgica, que no conocía dificultades. Con todo este conjunto de dotes naturales, se explica el incomparable ascendiente de que llegó a gozar entre sus contemporáneos, del cual fue la muestra más clara la conducta que observó con el emperador Teodosio al tener que enfrentarse con él e imponerle dura penitencia. Por lo demás, su clara inteligencia se complacía más bien en las cuestiones prácticas y morales que en las grandes especulaciones, con todo lo cual llegó a ejercer con su trato y su elocuencia un influjo extraordinario en todos los que le rodeaban. Los escritos que nos dejó son numerosos y variados. Como dogmático, compuso Sobre la fe, a petición de Graciano, que es una especie de exposición del misterio de la Trinidad; igualmente otros varios tratados, que son como catequesis para el pueblo cristiano. Más notable es San Ambrosio como moralista. En este género, su obra maestra es Sobre los deberes de los ministros, adaptación cristiana del libro De officiis, de Cicerón. En el campo propiamente ascético, escribió multitud de trataditos, como De la formación de las vírgenes y Exhortaciones a las vírgenes. No menos insignes son sus obras exegéticas, en donde hay que incluir también multitud de discursos y homilías, que se nos h a n conservado. Por otra parte, son muy interesantes bajo diversos conceptos la colección de sus cartas y los himnos litúrgicos que comC.9. LA IGLESIA OCCIDENTAL

1962); Obras de S. Ambrosio, ed. bilingüe, I. Tratado sobre el Evangelio de S. Lucas, por M. GARRIDO, O. S. B., BAC, 257 (M. 1966); GRYSON, P., Le préte selon Saint Ambroise (L. 1968); MONACHINO, V., Ambrogio e la sita pastoraje a Milano nel secólo IV (Milán 1973).

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C.10. LA IGLESIA EN EL ORIENTE

puso, de los cuales algunos están en uso todavía en nuestros días. El Te Deum, en cambio, contra lo que suelen muchos afirmar, no es suyo, sino que fue compuesto por el mismo tiempo en Oriente.

Cesárea, Eusebio. Por esto podemos caracterizar como funesta su intervención en los asuntos públicos, políticos y religiosos. En todos ellos manifestó gran debilidad de carácter y poca firmeza de principios, por lo cual, si bien es verdad que no puede ser considerado como hereje, sin embargo contribuyó al crecimiento de la herejía y al envalentonamiento de sus adeptos. Pero la significación especial de Eusebio en la historia de la Iglesia se deriva de los escritos que nos legó, que por su mérito especialísimo hacen olvidar en cierto modo su dudosa actuación en las cuestiones arrianas. Estos escritos son muy variados; pero los que más renombre han dado a Eusebio son los de carácter histórico, por los cuales puede ser designado padre de la historia eclesiástica. Su primera obra de este género es la Crónica, que abarca desde principio del mundo y se basa en la crónica inicial de Julio Africano. Luego compuso su obra fundamental, la célebre Historia eclesiástica, que llega hasta el año 324. Su valor es considerable, por la idea elevada que manifiesta de la historia y, sobre todo, por incluir en su exposición multitud de fragmentos de obras de su tiempo que luego se perdieron. Más tarde escribió la Vida de Constantino, en que adolece del defecto de querer encumbrar demasiado a su héroe, y otra obra importante, Los mártires de Palestina. En general, la característica de Eusebio es su afición a la ciencia y al trabajo, con lo cual, fuera de las obras históricas, compuso trabajos apologéticos y exegéticos de gran valor. Entre los primeros notaremos la Preparación evangélica, que es una refutación de Porfirio, y la Demostración evangélica, contra el judaismo. Además de otras obras de diversa índole, es digna de mención la titulada Onomástico, o explicación de los nombres propios de la Sagrada Escritura. En ella aparece con toda su exuberancia la extraordinaria erudición de Eusebio de Cesárea. ¡ Lástima que u n hombre tan eminente y que tantos méritos contrajo con sus excelentes libros lleve sobre sí el borrón del favor prestado a la herejía arriana! En la lucha contra esta herejía salieron al palenque literario de la Iglesia oriental otros hombres eminentes, tales como San Cirilo de Jerusalén, San Epifanio, los ejércitos de hombres aguerridos de las escuelas de Alejandría, de Antioquía y de Capadocia: un Dídimo el Ciego, San Basilio, los

CAPITULO

X

La Iglesia en el Oriente 722 Siguiendo su antigua tradición, las iglesias de Oriente no mostraron en este período menos actividad que las de Occidente, si bien comienza ya a observarse el tránsito de la primacía y predominio eclesiástico del Oriente al Occidente. Sin embargo, los grandes concilios y las grandes cuestiones dogmáticas que se agitaron principal y casi exclusivamente en la parte oriental del Imperio, indican claramente la intensa vida eclesiástica que allí se desarrollaba. Esto queda confirmado de un modo particular, teniendo presentes los principales núcleos de formación eclesiástica, que fueron las escuelas de Antioquía y Alejandría, y los grandes hombres que de ellas procedieron y son lumbreras de la Iglesia oriental. I.

E N TORNO A LOS MOVIMIENTOS DOCTRINALES

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Sobre las grandes herejías del arrianismo, macedonianismo y apolinarismo, que tanto agitaron a las iglesias orientales, ya se ha dicho lo suficiente. Igualmente dimos noticias de algunos otros movimientos heréticos que más importancia llegaron a alcanzar. Ahora, en cambio, deseamos completar aquí lo que ocasionalmente dijimos respecto de la intervención y actividad de algunos nombres más eminentes. 1. Eusebio de Cesárea m .—Uno de los que más influyeron en la marcha del arrianismo y, sobre todo, en las decisiones tomadas por Constantino en su favor, fue el obispo de 222 Véanse las obras generales, particularmente las historias literarias de la Iglesia, o patrología, y las historias de los dogmas. En especial: BARDENHEWER, III ls; ALTANER, trad. cast. 175S; QUASTEN, J., Patrología. Trad. del inglés por J. OÑATIBIA, etc., II; BAC 217 (M. 1962); RIVAS, H. L., El conocimiento analógico de Dios en los Santos Padres de Capadocia: Re\Teol 6 (1959) 68-74; G R I BOMONT, J., artíc. Kappadokier: LexThK 5 1330-1332 (1960). 223 Véanse, entre otras, las obras siguientes: HERGENRÜTHER, Die Antiochenische Schule und ihre Bedeutung auf die exeget. Gebiete (1866); NELZ, R., Die Theol. Schulen der morgenlandischen Kirche in den sieben ersten Jahrh. (1916); Histoire Ecclésiastique 1 I-IV. Texto, introd. y trad. por G. BARDY en SourcChrét (P. 1952). 224 Pueden verse: BARDENHEWER, III 240s. Además: Obras: FG 12-24 ed. en CorpB (1901-13); LIGHTFOOT, J. B., artíc. Eusébe en Dict. of Christ. Biogr.; VERSCHOFFEL, C , artíc. Eusébe en DictThCath; SCHWARTZ, E., artíc. Eusebius en PAULY-WISS.; FOAKES-JACKSON, EUS. bishop of Caesarea and first Christ. historian (1933); DANIELE, J., Documenti Costantiniani della «Vita Constantino

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di Eusebio di C. (R. 1938); STEVENSON, J., A new Eusebius. Documents illustrative of the history of the Church to A. D. 337 (L. 1957); LECLERCQ, H., artíc. Eusébe de Cesarée: DictArch 5 747-775; QUASTEN, J., Patrología II 323-361 (M. 1962); DEN BRINCKEN, A. D. V., Studien zur latein. Weltchronih (Dusseldorf 1957); WINKELMANN, F. W., Die Vita Konstantini des Eusebius. Ihre Authenticitat... (Hallo 1959); WAIXACE-HADRIDL, D. S., Eusebius of Caesarea (L. 1960); DEN BOER, W., Some Remarks on the Beginnings of Christian Historiography: Texte U. 79 (Berlín 1961); GUSTAFSON, B., Eusebius. Principies in Handling his Sources as Found his Church History: TexteUnt 79 429-441 (Berlín 1961).

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dos Gregorios, el Niseno y el Nacianceno; los herejes o heretizantes Apolinar, Diodoro de Tarso y Teodoro de Mopsuestia, a quienes supera todavía San Juan Crisóstomo. De todos ellos daremos breve noticia, necesaria, sin duda, para que se aprecie debidamente la altura alcanzada por la especulación oriental. 2. San Atanasio de Alejandría225.—Pero el que aparece como a la cabeza de todos y, sin pertenecer estrictamente a ninguna escuela, debe ser considerado como verdadero debelador del arrianismo y como el que abrió el camino a los grandes hombres del siglo iv, es San Atanasio, patriarca de Alejandría. Ya se h a dicho lo suficiente para apreciar en todo su alcance la significación que tuvo la figura de Atanasio en aquella gigantesca lucha de la Iglesia contra el arrianismo, apoyado por los emperadores. El fue el representante más genuino de la ortodoxia y piedra de toque de la pureza de la fe del episcopado. Por mantener esta fe, tuvo que sufrir un continuado martirio, pues no significa otra cosa aquella enconada lucha de insidias, calumnias y aun persecuciones materiales, y aquella cadena ininterrumpida de destierros que sobrellevó durante toda su vida. Todo esto aparece suficientemente a través de la exposición que dimos en otro lugar sobre las vicisitudes del arrianismo. Pero ahora creemos conveniente dar asimismo u n a idea sobre la actividad literaria de San Atanasio. La agitación constante de su existencia no agotó la actividad de Atanasio, el cual escribió muchas e importantes obras. Sin embargo, de todas se puede notar que no se distinguen por su carácter especulativo, sino por su finalidad eminentemente práctica. Así, fuera de las dos apologías escritas en su juventud, las demás obras de Atanasio, ya sean históricas, ya exegéticas, ya teológicas, siempre van encaminadas a la defensa de la fe de Nicea, combatida por sus adversarios. Entre los escritos de Atanasio campean particularmente 225 Véanse: BARDENHEWER, III 44s; Obras ed. PG 25-28-, PAPEBROCH en ASS, mayo, 1; LE BACHELET, X., artíc. Athanase en DictThCath; MÓHLER, A., Athanaslus der Gr. und die K, seiner Zeit (1827); FIALON, E., Saint Athanase (P. 1877); CAVAILEBA, F., St. Athanase en La Pensée Chrét. (P. 1908); BARDY, G., S Í . Athanase en Les Saints (P. 1914); RYAN, G. J., The «De lncarnatione» of Athanasius (L. 1945) en St. a Doc. 14,1; CASEY, R. P., The -De lncarnatione» of At. en Stud. a Doc. 14,2 (L. 1946); SCHNEEMEICHER, W.. Athanasius von Alexandrien ais Theologe und ais Kirchenpolitiker en ZNeutWiss 43 (1950-51) 242s; BERNARD, R., L'image de Dleu d'aprés St. Athanase en Théol. ét. de Lyon-Fourv. 25 (P. 1952); LEROUX, J.-M., Athanase d'Alexandrie en Eglise d'hier et d'aujourd'hui (P. 1956); SZYMUSIAK, .1. M., Athanase d'Alexandrie, Apologie... en Sources chrét. 56 (P. 1958); RAHNER. H., artíc. Eusebias v. Kaisareia: LexTh 3 1)95-1197 (1959); ATHANASIUS' WERKE, ed. H. G. OPITZ en comisión de la Preuss. Akad. der Wiss. (Berlín y Leipzig 1935s). Publicados; II 1-280: llls; 1-76. Contin. por W. SCHNEEMEICHER. etc.; QUASTEN, J., Patrología II 22-83 (M. 1962); CROSS, F. L., The Study of St. Athanasius (O. 1945); SCHWARTZ. E., Gesammelte Schriften. 111. Zur Geschichte des Athanasius (Berlín 1959); GIARDINI. F., Doctrina espirituaí en la "Vita Antonii» de San Atanasio: Teología espirit. 4 (1960) 377-412.

C.10. LA IGLESIA EN EL ORIENTE 461 un grupo de carácter dogmático y apologético, como los discursos contra los arríanos, compuestos en 357, que pueden ser considerados como la primera exposición de conjunto sobre el misterio de la Trinidad. A este grupo puede añadirse una serie de cartas privadas de carácter dogmático. De gran importancia son los trabajos históricos y polémicos. A su cabeza debe colocarse la Apología contra los arrianos, en que se pinta muy al vivo la agitación arriana en los años 340-350. Importantes son también la Apología al emperador Constancio, la apología de su fuga y la Historia de los arríanos para los monjes, escrita en 358, descripción pletórica de vida de los trabajos sufridos por Atanasio en su lucha contra los arríanos. Complemento de estos trabajos es la Vida de San Antonio, de gran importancia por su influjo en la extensión del monacato. Además, conviene mencionar una serie de obras exegéticas, de que sólo se conser van fragmentos. Como dato curioso añadiremos que el símbolo llamado de San Atanasio, o símbolo «Quicumque», se le atribuyó desde la antigüedad; pero ciertamente no es suyo, como lo demuestra la precisión de las fórmulas cristológicas, que suponen todas las discusiones habidas después sobre esta materia.

II.

Los

TRES CAPADOCIOS

Al lado de San Atanasio lucharon en el Oriente, entre otros muchos, los tres santos que por ser originarios de Capadocia forman una especie de escuela, y son designados como Padres Capadocios. Estos son San Basilio el Grande, a quien podemos reconocer como el principal entre ellos; su hermano carnal San Gregorio Niseno, tipo de filósofo cristiano, y el modelo del asceta y apóstol, San Gregorio Nacianceno. 1. San Basilio el Grande226.—El primero, aun cronológicamente, fue San Basilio el Grande (t 379). Nació, de padres nobles, ricos y piadosos, en Cesárea de Capadocia. 228 BARDENHEWER, III 130s. Además: Obras: PG 29-32; WASHEN, Saint Basile le Gr., ses oeuvres orat. et ascét. (P. 1894); WITIG, J., Leben des hl. Basil. des Gr. (1920); RIVIERE, J., Saint Basile, évéque de Césarée en Les Moralistes Chrét (P. 1925); CLARKE, W. K. L., The ascetic Works of St. Basil (L. 1925); JANIK, R , S. Basile (P. 1929); MAZÓN, C., Las Reglas de los religiosos (R. 1940) p.'37s;' AMAND, D., L'ascése monastique de saint Basile (Maredsous 1948); VISCHER, LUCAS, Basilius der Grosse. Untersuchungen zu einen Kirchenvater des IV. Jahrhunderts (Disert. de Basilea) (Basilea 1953); TIECK, W. A., Basil of Caesarea and the Bible (N. Y. 1953); PRESTIGE, G. L., St. Basil the Great and Apollinaris of Laodicea ed. H. CHADWICK (L. 1956); RAHNER, H., artíc. Basileios d GrosseLexThK 2 33-35 (1958); QUASTEN, J., Patrología II 213-247 (M. 1962); RENDINAS, S , La contemplazione negli scritti di S. Basilio Magno (R. 1959); BENITO DURAN,' A ', El discurso de S. Bas. a los jóvenes sobre el modo de leer con utilidad los libros de los gentiles (Cuenca 1959); ID., El nominalismo arriano y la filosofía,

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En su familia son venerados como santos un tercer Hermano, Pedro, obispo de Sebaste, y su hermana Macrina. Habiendo recibido una educación esmerada en Cesárea, Constantinopla y Atenas, se retiró a las cercanías de su patria y se dedicó a la vida monástica. Pronto se le juntaron varios compañeros, y de aquí surgió la institución monacal de los basilianos, para quienes compuso San Basilio, con la ayuda de su amigo San Gregorio Nacianceno, las dos célebres reglas, la grande y la pequeña, que fueron, después de la regla de San Pacomio, la base de la vida cenobítica en Oriente, como la regla de San Benito lo fue en Occidente. Bajo el obispo Eusebio fue ordenado sacerdote, y en 370 nombrado obispo de Cesárea. En este cargo como metropolitano de Capadocia luchó valientemente por desarraigar los abusos existentes y sobre todo contra los arríanos, envalentonados en tiempo de Valente. Los esfuerzos que hizo este emperador para atemorizarlo, le salieron enteramente fallidos. Primero lo intentó por medio del prefecto de palacio, Modesto. Luego personalmente en la misma iglesia. Pero el obispo Basilio mantuvo fielmente su dignidad episcopal y su ortodoxia inmaculada. Por esto se refiere que, ante lo inflexible de sus respuestas, hubo de exclamar el prefecto Modesto: «Nunca me habló nadie de esta manera». A lo que le respondió Basilio: «Es que todavía no habías chocado con un obispo». Las cosas llegaron tan lejos, que únicamente quedaba en Oriente un pequeño grupo de obispos fieles a la causa de Roma. Entonces formó Basilio el plan de poner en movimiento a la Iglesia y al emperador de Occidente contra aquella inundación del arrianismo. Esto lo intentó primero por medio de San Atanasio, cuya estrella despedía los últimos fulgores de su existencia; mas a la muerte de éste, por medio de enviados especiales. El plan tuvo un éxito rotundo. En un sínodo de la Iliria del año 375, en presencia de Valentiniano, se juntaron los obispos occidentales y tomaron decididamente el partido de San Basilio. Afianzado su prestigio con este triunfo contra el arrianismo, insistió en adelante en su ya iniciada campaña contra el apolinarismo y macedonianismo y contra su antiguo amigo Eustatio de Sebaste. Por desgracia, San Basilio murió pronto, cuando contaba apenas cincuenta años, en enero del año 379. Pocos meses antes le había precedido en la muerte el emperador Valente, y meses después, en un sínodo de Antioquía, se llegaba a una concordia entre la Iglesia oriental y occicristiana Eunomio y S. Bas.: August. 5 (1960) 206-226; SPIDLIK, TH., La Sonhiologie de S. Basile (R. 1961); VAN DER PAVERD, F., Die Quellen der kanonischen Briefe Basileios des Grossen: OrChrPer. 38 (1972) 5-63; MELLIS, L., Die 'etehlesiologischen Vorstellungen des Heil. Basitius des Gr. (Oberhausen 1973); COUBTONE, Y., Un temoín du IV. siécle oriental. Saint Basile et son temps...: Etudes a'nciennes (P. 1973).

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dental. Era el fruto del trabajo paciente y abnegado de Basilio. De él podemos afirmar que era el tipo del príncipe de la Iglesia, que hacía honra al nombre que llevaba, inflexible en la doctrina y en la lucha contra los abusos, aunque se tratara de magnates y emperadores; pero juntamente afable y desinteresado, que se captaba las simpatías de los que lo trataban. Ya por sus contemporáneos fue llamado el Grande, por la amplitud que alcanzó su actividad y el radio de su influencia, y al mismo tiempo se le denominó el latino entre los griegos, pues, a diferencia del carácter especulativo de los orientales, fue en toda su obra hombre eminentemente práctico al modo occidental. Mas, no obstante su desbordante actividad, todavía tuvo tiempo para componer y legarnos obras importantes. Dejando aparte la regla larga, compuesta de 55 apartados, y la corta, de 313 prescripciones breves, de las que se hablará en otro lugar, con carácter dogmático escribió los libros contra Eunomio, en que impugnaba el arrianismo, y Sobre el Espíritu Santo, escrito en 375, en su edad madura, contra los macedonianos. Más importantes son sus obras oratorias, que comprenden 24 discursos llenos de savia y energía cristiana sobre asuntos morales muy diversos; además, dos series de homilías sobre el Génesis y los Salmos. San Basilio fue también un reformador en la liturgia. Poseemos su liturgia en griego y copto, mas no en su forma primitiva, sino tal como se usaba a mitad del siglo v. En la actual Iglesia griega oriental ortodoxa se celebran los oficios divinos según esta liturgia en las diez fiestas mayores del año. 2. San Gregorio Nacianceno (f 389) m. — Al lado de San Basilio puede dignamente colocarse a su amigo íntimo, San Gregorio Nacianceno. Nació en la ciudad de Capadocia, Nacianzo, de donde fue obispo algo más tarde su propio padre. En la escuela de Cesárea conoció a Basilio, y más tarde estrechó más esta amistad. A los treinta años, medio contra su voluntad, recibió de su propio padre las sagradas órdenes; pero luego, apesadumbrado por esto, se retiró al desierto, y desde allí trató de justificarse en su fuga con la importante obra Apologético de la fuga, modelo y base de la que más tarde compuso San Juan Crisóstomo sobre el sacerdocio. 221 Véanse: SAN GREGORIO NACIANCENO: PG 35-38; GODET, P., artíc. Grég. de Naz. en DictThCath; DUBEDONT, E., De D. Gregorii Naz. Carminibus (P. 1901); GOIGNET, M., Sí. Grégoire de Naz. orateur et épistolier (P. 1911); PINAULT, H., Le platonisme de St. Grégoire de Naz. (P. 1926); GALLY, P., Grégoire de Na~ zianze. Textes choisis 2 vols. (P. 1941); WERHAHN, H. M., artíc. Gregorios v. Nazianz: LexThK 4 1209-1211 (1960); QUASTEN, J., Patrología II 247-267 (M. 1962); GALLAY, P., Grégoire de Nazianze (P. 1959); SALVATORE, A., Tradizione e originalitá negli epigrammi di Greg. Naz. (Ñapóles 1960).

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I

Cuando, el año 370, fue creado obispo de Cesárea, fundó varias sedes episcopales con el objeto de tener más obispos en torno suyo. Entonces, pues, consagró a su amigo Gregorio obispo de Sásima. Este hizo al punto su entrada en la nueva sede; pero rápidamente, espantado de la responsabilidad de su nuevo cargo, escapó a la soledad. Al subir al trono Teodosio I, fueron algunos delegados suyos a suplicarle en nombre del emperador que volviera a su diócesis para ayudar con su elocuencia a la causa de la ortodoxia. Volvió, en efecto, y con el fuego de su palabra y la mansedumbre de su trato atrajo a muchísimos a la verdadera fe. La ira de los arríanos fue por ello tan grande, que algunas veces atentaron contra su vida. En 380 entró de nuevo Teodosio el Grande en Constantinopla, y, con la decisión que lo caracterizaba, quiso dar un corte al arrianismo de la capital. Para ello introdujo a San Gregorio en la iglesia principal, y habiéndose iniciado poco después el segundo concilio ecuménico, conforme al deseo de los Padres reunidos, Gregorio fue nombrado patriarca de Constantinopla. En el mismo concilio tuvo u n a participación decisiva. Muerto su primer presidente, Melecio de Antioquía, le siguió el mismo Gregorio en la presidencia, que dejó poco después por sus inveteradas ansias de soledad. Retiróse, pues, a la vida solitaria en Ariance y en ella vivió los últimos años de su vida. Sus mejores producciones son 45 discursos de carácter polémico y dogmático. Todos ellos son producto de su actividad apostólica en Constantinopla. En cambio, del tiempo de su retiro se nos ha conservado una serie de cartas y poesías. Estas, en número de unas 500, estaban destinadas a suplir a los clásicos cuando éstos fueron prohibidos a los cristianos por Juliano el Apóstata. Pero generalmente tiene poca inspiración poética, si bien en alguna de estas obras, como De vita mea, aunque lánguida, hay verdadera poesía melancólica, casi romántica. 228

3. San Gregorio Niseno (f 396) .—La tercera estrella del firmamento de Capadocia es San Gregorio Niseno, hermano menor de San Basilio. Estudió primero retórica, y se 22a obras: PG 44-46 ed. en CorpB (1921-25); LENZ, J., Jesús Chr. nach der Lehre des hl. Gr. von Nyssa (1925); LAPLAN, J., Crégoire de Nysse (P. 1944); GOGGING, IH. A., The times of saint Gregory of Nysa reflected in the letters (Washington 1947); LIESKE, A., Die Theologle der Christus-mystik Gregors von Nyssa en ZKathTh. 70 (1948) 315s; JAEGEB, W., etc., Gregorius Nyssenus, Opera 8 vols. publicados; el último en 1952; DANIÉLOU, J., LO resurrection des corps chez Grégoire de Nysse en VieChr 7 (1953) 154S; Platonisme et théologie Mystique. Essai sur la doctrine spirit. de St. Grégoire de Nysse en Théol. ét. de Lyon-Fourv. 2 (P. 1954); GAITH, J., La conception de la liberté chez Grég. de Nysse en Etphilméd 43 (P. 1953); VOLKER, W., Gregor v. Nyssa ais Mystiker (Wiesbaden 1955); GRAEF., H. C , artíc. Gregorios v. Nyssa: LexThK 4 1211-1213 a (1960); Obras-. PASQUALI, G., Epistulae 2. ed. (Leiden 1959); JAEGER, W., etc., Gregorii Nys. opera. I. Opera ascética (Ib. 1952): III. Opera dogm. rain. (Ib. 1958); QUASTEN, J., Patrología II 267-310 (M. 1962); LEYS, R., La théologie spi

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distinguió de tal manera por la profundidad de su ingenio, que mereció ser apellidado el Filósofo. Consagrado obispo de Ñisa por su hermano Basilio, se hizo bien pronto objeto del odio encarnizado de los arríanos, por lo cual fue constreñido a escaparse y vivir escondido dos años. A la muerte del emperador Valente volvió a su diócesis, donde desplegó desde entonces gran actividad. En 381 asistió al concilio ecuménico de Constantinopla, y tuvo un gran discurso a la muerte de su presidente Melecio. De nuevo tomó parte en otro sínodo de Constantinopla en 394. Gregorio Niseno fue, sin duda, el más profundo pensador entre los tres Padres Capadocios y prestó a la Iglesia inestimables servicios en la profundización de las verdades de la fe. Con todo, su entusiasmo por Orígenes lo hizo deslizarse en algunas ideas erróneas. Tal es, por ejemplo, la doctrina sobre la apocatástasis. Sus escritos no son muy numerosos, pero muy dignos de tenerse en consideración. Una de las obras más estimadas es el Antirrheticus, contra Apolinar, obra fundamental contra esta herejía. Presenta asimismo carácter dogmático el Gran catecismo, resumen teológico de gran valor, especie de Suma teológica de este tiempo. Todos los escritos del Niseno están llenos de ideas, si bien incurre algunas veces en el peligro de las alegorías.

III.

OTROS ESCRITORES EMINENTES DE ORIENTE

Mas la fecundidad de Oriente no quedó agotada con estos atletas que hemos presentado, que tan diestramente pelearon en defensa de la verdad. A la medida de las grandes necesidades, se presentaban también los grandes ingenios, quienes con su ciencia y acertada intervención desbarataron el juego de los adversarios. 1. Dídimo el Ciego ff 398) 229.—En torno a la escuela de Alejandría, madre fecunda de grandes hijos, fueron apareciendo santos y sabios que llevaron su nombre a todo Oriente. En ella se formó el gran Atanasio, quien, como patriarca de Alejandría, pudo alimentarse constantemente con la sólida doctrina de esta escuela, y en efecto, es presentado rituelle de Grég. de N.: TexteUnt 64 495-511 (Berlín 1957); DANIÉLOU, J., Grég. de Nysse et le Messalianisme: RechScRel 48 (1960) 119-134; GRIBOMONT, J., Le «De Instituto Chrisí.» et le Messalianisme de Greg. de N.-. TexteUnt 80 (Berlín 2291962). Obras: PG 39,131s; GODET, P., artíc. en DictThCath; BABOT, G., Didyme l'Aveugle en EtThéolHist (P. 1910); VAN ROEY, A., artic. Didymos d. Blinde: LexThK 3 373-374 (1959); ID., artic. Didyme l'Aveugle: DictHistGéogr 14 416-427; QUASTEN J Patrología II 88-104 (M. 1962); DONTRELEAU, L., Le «De Trinitate» est il Voeuvre de Did. VAv.?: RechScRel 45 (1975) 514-557; BERANGER, L., L'áme humaine de Jésus dans la christol. du -De Trinitate» attribué a Did. VAv.: RevScRel 36 (1962) 1-47.

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como u n a de sus glorias más puras. También son presentados como glorias de la escuela alejandrina los tres Capadocios, ya conocidos, y algunos Padres del desierto, como Macario el Viejo y Evaristo Pon tico, quienes nos legaron escritos dignos de consideración. Pero aquí queremos hacer especial mención de Dídimo el Ciego, por ser el hombre que, en el conjunto de su actividad, mejor representa a esta célebre escuela. Nació en Alejandría, y, aunque perdió la vista a los cuatro años, fue uno de los nombres más eminentes de su tiempo y h a sido siempre sumamente apreciado. Su distintivo fue u n a inmensa erudición y profundidad de pensamiento. En general, siguió a Orígenes, de modo que vino a defender los mismos errores que éste, condenados más tarde en el quinto concilio ecuménico. Nos consta que compuso diversos comentarios a la Sagrada Escritura, aunque todos h a n desaparecido, fuera de pocos fragmentos. En dogmática escribió los tratados Sobre la Trinidad y Sobre el Espíritu Santo, en los que refuta a los arrianos y macedonianos. Este último posee u n valor especial, aunque sólo poseemos u n a traducción de San Jerónimo. 2. Escuela de Antioquía.—De la escuela de Antioquía, perpetua contrincante de Alejandría, surgieron también grandes escritores y eminencias de primer orden. Ante todo son dignos de mención algunos nombres que suenan mal a los oídos ortodoxos. Sin embargo, no obstante su ideología errónea y aun herética, adquirieron especiales méritos con su erudición y actividad literaria. El primero es Apolinar de Laodicea Cf 390) m, de quien se h a hecho mención en varias partes. Dejando a u n lado su herejía, se hizo benemérito de la causa católica con su actividad contra los arríanos. Fue escritor muy fecundo, y compuso, entre otras obras, u n a apología contra Porfirio y Juliano el Apóstata, comentarios bíblicos y diversas obras de carácter dogmático. Sin embargo, de todo esto se h a conservado muy poco, si bien lo suficiente para apreciar su justo valor. 3. Diodoro de Tarso (t 392) m.—Diodoro de Tarso no hay duda de que fue uno de los hombres más eminentes, que, junto con sus discípulos San J u a n Crisóstomo y Teodoro 230 Obras, PG 33; VOISIN, G., L'apollinarisme (Lovaina 1901); LIETZMANN H., Apollinaris von Laod. (1904). 23i Obras. PG 33; EKMONI, V., Diodore de Tarse et son role doctrinal en Museon (1901) 424S; MARIÉS, L., Le commentaire de Diodore de T sur ¡es Psaumes (P. 1924); D E VBIES, W., artíc. Diodoros: LexThK 3 397-398 (1959)- ID. artíc. Diodore: DictHistGéogr 14 496-504; QUASTEN, J., Patrología II 415-420' (M.' 1962); JUGIE, M., La doctrine christologique de Diod. de T....- EuntesDoc 2 (1949) 171-190; LECONTE, R., L'Asceterium de Diodore: Mélang Bibl A Robert (P. 1957) 531-536.

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467 de Mopsuestia, puso el fundamento de la gloria de la escuela antioquena. Dotado de gran erudición y profundo talento, trabajó con ardor, primero, como abad de u n monasterio y luego como obispo de Tarso, en la defensa de la fe católica, por lo cual fue desterrado por Valente. Mas, por desgracia, en su lucha contra Apolinar cayó en el defecto contrario, que puso la base del nestorianismo. Por esto es considerado como padre de tan funesta herejía, y su recuerdo fue unido de tal m a n e r a a ella, que sus escritos perecieron casi todos con ocasión de las luchas contra los tres capítulos. De San J u a n Crisóstomo y Teodoro de Mopsuestia hablaremos más adelante. 4. San Cirilo de Jerusalén ít 386) m.—En otra constelación y bajo otros cielos brilló el obispo de Jerusalén San Cirilo. Nacido en esta ciudad cuando, con los esfuerzos de Constantino y su madre Santa Elena, iba surgiendo la nueva Jerusalén cristiana, t a n pronto como fue ordenado presbítero, se encargó de la instrucción catequética de los neófitos. En esta misma ocupación perseveró aun después de consagrado obispo de Jerusalén, cuyos resultados fueron las célebres 24 catequesis que compuso y van invariablemente unidas a su nombre. Estas catequesis, en su forma sencilla y completa, constituyen u n magnífico comentario del símbolo bautismal usado en aquella iglesia. Por lo demás, San Cirilo de Jerusalén llevó u n a vida muy agitada a causa de las cuestiones arrianas; pero, aunque algunos h a n pretendido poner en duda su ortodoxia, sobre todo por sus simpatías con los semiarrianos, sin embargo, no puede dudarse de ella. 5. San Epifanio (f 403) m.—La isla de Chipre, que desde el principio del cristianismo había representado un papel importante, presenta también en el siglo iv u n a de las figuras más interesantes de la Iglesia oriental. Nos referi232 SAN CIRILO DE JERUSALÉN, Obras: PG 33.331S; LE BACHELET, X., artíc. Cyrille de Jér. en DictThCa,th; GOUNET, P., De Sancti Cyrilli Hierosol. catechesíbus (P. 1876); LEBON, J., S. Cyrille de Jér. et l'arrianisme en RevHistEccl (1924) 181s, 357s; Las catequesis, trad. por FR. ALBINO ORTEGA (M. 1945); VÉRICEL, M., Cyrille de Jérusalem (P. 1958); PERLER, O., artíc. Kyrillos v. Jerusalem: LexThK 6 709-710 (1961); QUASTEN, J., Patrología II 378-394 (M. 1962); PAULIN, A., St. Cyrille de J. catéchéte (P. 1959); STEPHENSON, A. A., The Text of the Jerusalem Creed: TexteUnt 78 303-313 (Berlín 1961). 233 SAN EPIFANIO, Obras: PG 4143 ed. K. HOLL 2 vols. (1915s); VERSCHAFFEL, C., artíc. Epiphane en DictThCath; GBGLER, R., artíc. Epiphanios v. Salamis: Lex ThK 3 944-946 (1959); QUASTEN. J., Patrología II 401-415 (M. 1962); SCHNEEMELCHER, W., artíc. Epiphanius v. Salamis: ReallAChr 5 (1961) 909-927; ID., Epiphane de Constantia.- DictSpir 4,1 (1959) 854-861; STEINMANN, J., Saint Jeróme-. cues tiones con S. Epíf.: 243-246 (P. 1958); FERNÁNDEZ, D., De cultu et veneratione B. M. V. apud S. Epiph.: EphemMarioI 8 (1958) 271-290; ID., De perpetua Marine virginitate iuxta S. Epiph.: Marian. 20 (1958) 129-154; ID., De morte et Assumptione...; ID.. La integridad original de M. en S. Epíf.: Virtud y Letr. 17 (1958) 135-147; ID.. Función de M. en la economía de la gr. según S, Ep.¡

R e v E s p T e o l 19 (1959)

253-276.

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mos a San Epifanio, dedicado desde su juventud a la vida ascética, por cuyo amor el año 345, contando sólo veinte años, fundó un monasterio de monjes, del que fue abad hasta el año 367. Pero la fama de sus virtudes y cualidades personales indujo a los habitantes de Constancia (Salamina) a escogerlo como obispo de esta iglesia metropolitana de Chipre. En este puesto trabajó desde entonces, con la energía y constancia que le caracterizaban, en defensa de la ortodoxia y como gran mecenas de la vida monástica. Sólo u n a sombra oscurece su figura, y es un espíritu demasiado rectilíneo, que lo hace a las veces incapaz de hacerse cargo de las dificultades de su adversario. Esto apareció de un modo especial en las grandes cuestiones sobre el origenismo. Desde el punto de vista literario, San Epifanio se distingue sobre todo por su Panarion o «Cesta de medicinas», traducida generalmente con el título de Herejías, pues contiene u n a síntesis de 80 sistemas heréticos, obra muy importante para la Historia eclesiástica. Escribió asimismo el Ancoratus (375), que presenta una exposición de la doctrina católica, sobre todo del dogma de la Trinidad, contra los arrianos. En él incluyó dos símbolos de fe, uno de los cuales forma la base del conocido como del segundo concilio ecuménico. 6. Literatura siríaca. San Efrén m.—En los territorios de Mesopotamia y sus alrededores, los cuales, al menos en gran parte, habían sido incorporados al Imperio romano y recibían el influjo de la cultura helénica, se formó un núcleo importante de cristianismo. Fruto del florecimiento a que llegó en el siglo iv fue lo que podemos llamar escuela siríaca, que alcanzó notable apogeo. Una primera serie de escritos de esta literatura nos ofrecen las actas de los mártires de la gran persecución cristiana de Persia en el siglo iv. Pero los más dignos representantes de la escuela y literatura siríaca, a la que elevaron a un primer rango entre las literaturas orientales, son Afraates (f 345) y San Efrén (f 373). Afraates, monje y asceta y más tarde obispo de una ciudad desconocida, descolló de tal manera por su erudición, que fue designado con el título de monje sabio. De él poseemos 23 tratados u homilías sobre cuestiones ascéticas y morales. No mucho antes había 234 Pueden verse; Opera omnia 6 vols. ed. Ev. ASSEMANI (R. 1732-46); LAMY, J., S. Ephraem Syri hymni et sermones 4 vols. (Malinas 1882-1902); ID., St. Ephrem en L'UnivCathol 3 321-49; 4 161-190 (1890); ÑAU, F., artíc. Ephren en DictThCath; EMERAU, E., St. Ephren syrien. son oeuvre littér. grecque (P. 1918); PLUIZ, A. S,, S. Ephren. Endechas (M. 1943); Ephraem Syri commentarii in epístolas D. Pauli por los PP. Melquitaristas (Venecia 1903); LELOTR. L., L'Evangile d'Ephrem d'aprés les oeuvres éditées. Hecueil des textes en CorpScrChrOr 180 Subs., t.12 (Lovaina 1958); BECK, E., artíc. Ephrám der Syrer: LexThK 3 926-929 (1959); ID., Die Theologie des hl. E. iri seinen Hymnen úber den Glauben: StAnselm 21 (1949); ID., E'. S. Reden über den Glauben: ib, 33 (1953); ID., Die Eucharistie bei E.: O r C h r 38 (1954) 41-67; ID., Die Mariologie der echten Schriften E.: ib. 40 (1953) 22-39.

469 sido introducido el monacato en aquellos territorios, y Afraates fue uno de sus principales favorecedores. El valor de estos tratados ascéticos y morales, más que en la profundidad de sus ideas, consiste en el hecho de ser un precioso testimonio de la fe de su país por este tiempo, pues su doctrina está en todo conforme con la fe de Nicea. Pero el que representa mejor que nadie el apogeo de la literatura siríaca y es juntamente la mejor y más resplandeciente lumbrera de la parte más oriental del Imperio romano, es San Efrén Siró. Nacido en Nisibe de Mesopotamia, fue hombre de excepcional profundidad de talento y de prodigiosa erudición. Puesto al frente de la escuela de Edesa, elevóla rápidamente a gran esplendor. Por su profunda humildad no quiso nunca aceptar la dignidad de obispo, que con insistencia le ofrecían, y ni siquiera consintió en ordenarse de presbítero, permaneciendo diácono toda su vida. Pero tanto más brillaron sus dotes de teólogo, orador, místico y poeta, por lo cual sus compaisanos lo apellidaron Cítara del Espíritu Santo. De sus numerosos escritos se ha conservado poco, y aun esto, parte en el original siríaco, parte en traducción griega, armenia o copta. Compuso comentarios a casi toda la Biblia; mas sólo se conservan en siríaco los del Génesis, Éxodo y Paralipómenos. Los dos Evangelios y San Pablo se conservan en armenio. Su método es más bien literal, conforme al sistema de Antioquía, si bien no desdeña las alegorías. Pero lo que caracteriza de un modo especial la obra de San Efrén es que u n a parte muy importante de sus obras están escritas en verso, según el método cultivado por los siríacos, aun para la teología. Así podemos distinguir: obras dogmáticas, entre ellas 50 sermones contra los herejes gnósticos; discursos sobre las fiestas del Señor y de los santos; asuntos morales; poesías de carácter ascético, y los llamados Carmina Nisibena, que se refieren a la ciudad de Nisibe. C.10. LA IGLESIA EN EL ORIENTE

471 tido entre sus dos hijos, Arcadio en el Oriente y Honorio en Occidente. Esta división, que llevaba en sí el germen de la debilitación del Imperio, quedó notablemente agravada por la falta de dotes de gobierno y, sobre todo, por la debilidad de los hijos de Teodosio y sus inmediatos sucesores, quienes convirtieron sus respectivos Imperios, oriental y occidental, en juguete de pasiones y en campo de luchas de todas las ideas. Para colmo de desgracias, precisamente entonces se echaron encima los pueblos germanos o pueblos bárbaros del centro y oriente de Europa, que no pararon hasta derribar el Imperio occidental. De este modo, el Imperio occidental se fraccionó, llegando a formar u n a nueva constelación y amalgama de pueblos, que fueron en la Edad Media el sostén de la fe cristiana, mientras el Imperio oriental se robustecía más y más, sobre todo con Justiniano I (527-565), que dio su forma definitiva al Imperio bizantino. C.l. DESPUÉS DE TEODOSIO:

PERÍODO E

APOGEO DE LOS SANTOS PADRES. CUESTIONES DOGMÁTICAS Y CONCILIOS (395-590) '

CAPITULO

l

La Iglesia a la muerte de Teodosio. Los dos Imperios El Imperio romano-cristiano, no obstante las violentas convulsiones de que había sido objeto, llegó durante el reinado de Constantino, y sobre todo en el de Teodosio el Grande, a su máximo esplendor. Pero lo que aquí conviene notar es que este apogeo del Imperio romano coincidía con su completa cristianización, con lo cual llegó a identificarse la cultura y grandeza romana con la verdadera religión cristiana. Sin embargo, duró m u y poco este apogeo y grandeza romano-cristiana, a lo cual contribuyeron diversas causas. La primera fue la división de los Imperios, oriental y occidental. Diocleciano fue el primero en concebir esta división, y gracias a la compenetración y competencia de los augustos, Diocleciano y Maximiano, se realizó casi por entero el ideal de la partición del Imperio, que e r a facilitar la administración de t a n vastos territorios y su defensa contra los enemigos. Desde entonces se volvió con frecuencia a la misma idea; pero se manifestó siempre la tendencia a la unificación absoluta en tiempo de los emperadores de más vasta comprensión y talento, sobre todo Constantino y Teodosio. Esto no obstante, estos mismos emperadores, que tanto se habían esforzado por unir en sus manos todo el Imperio, lo volvieron a dividir al fin de su vida. La división definitiva fue la realizada por Teodosio, cuyo Imperio quedó repar1 P a r a todo este período pueden verse, ante todo, las historias eclesiásticas antiguas de SÓCRATES, SOZOMENO y TEODORETO, y los resúmenes y continuaciones de

EVAGRIO,

CASIODORO,

BEDA EL VENERABLE,

ISIDORO DE SEVILLA,

etc. A d e m á s ,

son

de

interés las historias de los pueblos bárbaros o invasores, como las de CASIODORO, GREGORIO DE TOURS, BEDA EL VENERABLE y SAN ISIDORO. Son de i m p o r t a n c i a asimismo las Crónicas de PRÓSPERO DE AQUITANIA, de IDACIO, de MARCELINO COMES, de JUAN

DE VALCLARA, etc. Véanse igualmente las obras generales modernas, en particular: TILLEMONT, Mémoires...; DUCHESNE, Histoire anc. de l'Egl.; L'Egl. au Vi siécle (P. 1925); laá Historias de los Papas d e E. CASPAR y H. GRISAR; LECLERCQ, L'Esp. chrét. (P^ 1901); ID.. L'Afr. chrét. (P.. 1905); CABROL, DOM, L'Anglet. chrét. (P. 1909); MARTROYE, F., L'Occident á l'époque byz.: goths et vandales (P. 1904); CALMETTE, I., Le monde féodal (P. 1935); FLICHE, A., La chrétienté médiévale vol.7, 2 de L'Hist. du monde de CAVAIGNAC (P. 1929); LOT. PFISTER y GANSHOF, l e s destinéis de l'Empire en Occident de 395 á 398 vol.l de L'Histoire gen.: Moyen age. por GLOTZ (P. 1935).

I.

DOS IMPERIOS

IMPEBIO OCCIDENTAL DESPUÉS DE TEODOSIO 1 2

A la muerte de Teodosio I el año 395, el Imperio quedaba momentáneamente en un estado de gran prosperidad, debida casi exclusivamente a las dotes extraordinarias del gran emperador. La presión violenta que ejercían los pueblos invasores, a duras penas había sido contenida por la mano fuerte de Teodosio. La dinastía teodosiana se mantuvo algo más de medio siglo, con dos emperadores en Occidente y otros dos en Oriente; mas todos ellos se caracterizaron por su debilidad, por lo cual descargaron el peso del gobierno sobre los hombros de sus generales y ministros. 1. Honorio (395-423).—Honorio, hijo de Teodosio el Grande, recibió en herencia el Imperio occidental. Joven todavía de once años, dejó todo el gobierno en manos del prefecto del pretorio, Rufino, y del jefe supremo de la milicia, Esti2 LOT, F., La fin du monde antigüe et le debut du Moyen Age (P. 1927); SEECK, B., artic. Honorius en PAULT-WISS.; STEIN, E., Gesch. des spátróm. Reiches I (Viena 1928); BOISSIER, G., La fin du paganismo 2 vols. (P. 1891); LABRIOLLE, P., DE. La réaction paienne (P. 1934); LABRIOLLE, P. DE-BARDY, G., etc., De la mort de Théodose á l'election de Grégoire le Grand: Hist. de l'Eglise de FLICHEMAHTIN vol.4 (P. 1937); BOING, G., artíc. Honorius: LexThK 5 478 (1960); ID., artíc. en Pauly-W. 8 2277-2291; BURY, J. B., A history of the later Román Empire from the death of Theodosius to the death of Justinianus 2 vols. (L. 1923); SOLARI, A., La crisi dell'Impero romano (R. 1936); DEMONGEOT, E., De l'unité a la división de l'empire Romain 305-410 (P. 1951); GANDEMET, J., L'Eglise dans l'Empire Romain (1V-Va siécles) (P. 1958); STEIN, E.-PALANQUE, J. R., Hist. du BasEmpire I 218-311 2. ed. (P. 1959); SIRAGO, V. A., Galla Placidia e la trasformazione política dell'Occidente (Lovaina 1961); PERROY, E., etc., La ruina del Mundo Romano: El Occidente (siglos V y VI): Hist. gen. de las civiliz. III. Edad Media 7-38. Trad. del francés por E. RIPOLL PERELLÓ (B. 1961); MONACHINO, V., 11 ruólo del papi nelle grandi controversie cristologiche (399-555); I papi nella Storia 1 57-170 (R. 1961); COST, S. I., Gala Placidia Augusta. A biografical essay (Chicago 1968).

472

licón. Este último era de origen vándalo, pero había recibido una formación militar completa en la escuela de Teodosio, por quien era singularmente estimado. Con su valor personal consiguió durante algún tiempo contener las hordas de los pueblos bárbaros; pero, habiéndose enemistado con el prefecto Rufino, llamó éste en su auxilio a Alarico, rey de los visigodos. Envalentonado con esto Alarico, que ya contaba con el apoyo del emperador del Oriente, comenzó u n a de sus primeras campañas de devastación en Grecia y Peloponeso; pero bien pronto fue contenido y derrotado por Estilicón. La muerte de Rufino no cambió mucho la situación, pues su sucesor, Eutropio, seguía la misma política de oposición a Estilicón, apoyada por Arcadio y los orientales. De este modo se acentuaban cada vez más las hostilidades entre los dos imperios, al mismo tiempo que aumentaba la presión de los pueblos bárbaros. Honorio entretanto, sin energía propia para tomar la dirección de los negocios, estaba completamente a merced de sus ministros; mas, habiéndose dejado seducir por los adversarios de Estilicón, lo hizo procesar y condenar a muerte como conspirador. Desde entonces ya no hubo fuerzas humanas que contuvieran las hordas de los bárbaros, quienes comenzaron a abrir brecha en el vasto Imperio occidental, al que, finalmente, aniquilaron por completo. Desde el punto de vista religioso, siguió Honorio la trayectoria marcada por su padre Teodosio. Fue abiertamente ortodoxo, defendiendo con energía el orden cristiano contra los donatistas en África y contra otros herejes. Más enérgico todavía se mostró frente al paganismo. A u n a con su hermano Arcadio, urgió las leyes existentes y dio otras nuevas contra los paganos-, renovó en 399 la prohibición de los sacrificios, si bien tuvo que condescender con algunas prácticas gentiles en atención al gran número que todavía existían. 2. Valentiniano III (425-455).—Valentiniano III, sobrino de Honorio, contaba solamente cuatro años cuando le sucedió en el trono. Como aquél, tuvo también la fortuna de encontrar un hombre de singular talento y energía, el romano Aecio, quien supo mantener la cohesión del Imperio y defenderlo valerosamente contra los pueblos invasores. Por lo demás, personalmente, fue sumamente débil y amigo de placeres, y apenas se ocupaba de los negocios de Estado, que dejaba en manos de su ministro. Sin embargo, llegó a concebir celos del prestigio de Aecio, y, temeroso de su excesivo poder, lo mató él mismo con su propia mano. El año siguiente, 455, moría él también en la flor de sus

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Cl. DESPUÉS DE TEODOSIO: DOS IMPERIOS

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mejores años, extinguiéndose de este modo la dinastía de Teodosio. Los emperadores que le siguieron no fueron más que sombras, ni ejercieron ya un poder efectivo en el Imperio. Invadido éste por todos los costados, los mismos invasores derribaban y ponían a los emperadores, que eran meros juguetes en sus manos, hasta que el último de todos, Rómulo, que recibió el título de augústulo, fue definitivamente derribado por el caudillo de los hérulos, Odoacro. En los asuntos religiosos, Valentiniano III no sólo no introdujo alteración ninguna, sino que aun se puede decir que, no obstante la debilidad general de todo su gobierno, imprimió a la persecución del paganismo un ritmo más enérgico y riguroso. En este ambiente de mayor religiosidad se comprende el paso decisivo que dio en 438, adoptando para el Imperio occidental el Codex Theodosianus, publicado en Oriente por Teodosio el Joven. Sin embargo, no conviene llamarse a engaño acerca de la significación de las medidas rigurosas tomadas contra el paganismo y la herejía, pues en realidad consta que no se pudieron urgir, por estar todo el Occidente sumido en un caos de confusión por las invasiones de los pueblos germanos.

II.

IMPERIO BIZANTINO HASTA JUSTINIANO

I3

Los inmediatos sucesores de Teodosio el Grande en el Oriente, Arcadio (395-408), Teodosio II (408-450), Marciano (450-457) y León I (457-474), fueron ciertamente más afortunados que los titulares de Occidente; pero en general confirmaron la opinión de que el gran Teodosio no fue afortunado en su descendencia. 1. Arcadio, hijo de Teodosio I (395-408).—Arcadio era el hijo mayor de Teodosio. Nacido en España, sucedióle en Oriente a la edad de dieciocho años; pero manifestó desde un principio un carácter indolente, muy semejante al de su hermano Honorio. Como éste, entregóse por entero en manos de sus favoritos, Rufino y el eunuco Eutropio; pero sobre todo se dejó dominar por su esposa Eudoxia, mujer apasionada y caprichosa, que lo indujo, entre otras cosas, por dos veces a decretar el destierro de San Juan Crisóstomo. 3 Véanse en particular: SCHUBERT, H., V., Gesch. der christlichen Kirche im Frühmittelalter 2." ed. (1821); JANIN, R., artíc. Arkadios: LexThK 1 862 (1957); ID., artíc. DictHistGéogr 3 1488-1492; ID., l e s Eglises orientales et les rites orientaux (P. 1922); PARGOIBE, J., L'Eglise Byzantine de 527 á 847 (P. 1905); PERROY, E., La ruina del mundo romano: Oriente (siglos V a VII): Hist. gen. de las Civiliz. 3 39s (B. 1961); ID., Codex Theadosianus ed. MOMMSEN, T.-MEÍER, P. (Berlín 1805); BASILEV, A. A., Historia del Imperio Bizantino 2 vols. trad. por JUAN G. DE LUACES (B. 1946); BREHIER, I.., Vie et mort de Byzance, 3 vols. (P. 1947s.); ID., El mundo bizantino. Vida y muerte de Biz. Trad. del írancés por J. ALMOINA: La evolución de la h u m a n , síntesis colectiva 48 (México 1958).

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Por todos estos motivos, Arcadio no se hizo querer de su pueblo, y murió, sin ser llorado de nadie, a la edad de treinta y u n años. Como en lo político, así también en lo religioso, la conducta de Arcadio fue muy parecida a la de Honorio. Las leyes existentes contra los herejes y los paganos fueron mantenidas y urgidas hasta con rigor. Como las nuevas herejías de los apolinaristas y macedonianos, anatematizados en el segundo concilio ecuménico de Constantinopla, en 381, abundaban particularmente en los territorios orientales, Arcadio las persiguió incansablemente. La misma persecución implacable se aplicó a los diversos sistemas rigoristas, que todavía contaban con multitud de representantes, sobre todo el montañismo. Más enérgicos todavía se mostraron los ministros de Arcadio contra el paganismo, en lo cual se podía proceder en Oriente con menos miramiento que en Occidente, por ser mucho mayor la densidad de la población cristiana, con lo que se puede hablar ya de un aniquilamiento casi total del gentilismo. No se contentó, pues, Arcadio con la ejecución exacta y minuciosa de las leyes de su padre Teodosio referentes a los sacrificios, sacerdotes y templos paganos. Diose un paso adelante con la eliminación de toda clase de excepciones y privilegios de que gozaban los sacerdotes paganos. El único sacerdocio oficialmente reconocido y privilegiado era el católico. Los mismos principios se aplicaron a los templos paganos, que constituyeron el objeto de u n a legislación particular. En ella se llegó al punto culminante con el decreto de 399, de mandar derribar los templos gentiles. En esto se propasó el sistema, mucho más aceptable, seguido por Teodosio el Grande, de cerrar dichos templos y prohibir el culto en ellos; pero respetaba los edificios, entre los cuales podían encontrarse obras dignas de ser conservadas. 2. Teodosio II (408-450).—El reinado de Teodosio II fue todo él un tejido de debilidades, pequeneces y humillaciones, unidas a una pompa y fastuosidad exterior, que comenzó a formar la característica del Imperio bizantino. Sucedió a su padre Arcadio a los siete años de edad, y durante toda su vida fue juguete en manos de sus ministros. Otro personaje de considerable influencia en la corte y en el ánimo de Teodosio el Joven, fue su hermana Pulquería, mujer de temple varonil y profunda piedad, que sirvió constantemente de contrapeso a las tendencias heretizantes y a las debilidades políticas de los consejeros del emperador. Dos hechos particularmente marcan las actividades del reinado de Teodosio el Joven. El primero es su conducta frente a los pueblos invasores y naciones limítrofes. Las

475 campañas emprendidas contra los persas y los vándalos terminaron siempre con evidentes derrotas y tratados humillantes. Pero el más humillante de todos fue el que tuvo que pactar con Atila, por el cual se obligaba a pagarle un tributo. Gracias a estos tratados y a algunas concesiones territoriales, consiguió librar la mayor parte del territorio que estaba bajo su jurisdicción, de las asoladoras invasiones de los pueblos bárbaros. A ello contribuyó también muy eficazmente el ansia de estos pueblos de lanzarse hacia el Occidente, donde esperaban saciar cumplidamente sus deseos de botín y de conquista de territorios ideales. En este sentido es digna de mención la gran obra realizada en tiempo de Teodosio II al construir el triple muro que defendía la capital, el cual, con el apoyo de la flota, la hacía inexpugnable, y no sólo entonces, sino en toda la Edad Media. El segundo hecho que caracteriza este reinado es la publicación, en 438, del llamado Codex Theodosianus, Código de Teodosio, que forma el fundamento de la legislación romano-cristiana. Efectivamente, en él se compendia toda la legislación romana entonces vigente, incluyendo en ella todo lo que se había legislado en los últimos reinados, desde Constantino hasta Teodosio II, particularmente en las cuestiones relacionadas con la vida religiosa y la herejía. Con este Código se puede ya afirmar que el Imperio oriental, como también el occidental, que lo aplicó inmediatamente en sus territorios, quedaba ya definitivamente cristianizado. En la lucha iniciada contra el paganismo, Teodosio II siguió sin aterrarse por nada. La guerra a los templos y sacrificios paganos persistió durante este reinado. En cambio, todo él fue u n a oscilación constante frente a las diversas cuestiones doctrinales entonces debatidas, como veremos en otro lugar. La autoridad incontestable de San Cirilo de Alejandría se impuso algún tiempo sobre el particularismo y venalidad de los ministros de Teodosio en la primera de las grandes cuestiones doctrinales, el nestorianismo. Pero, al desaparecer Cirilo de la escena, lograron los monofisitas apoderarse de la corte imperial por medio del valido Crisafio y del nuevo patriarca de Alejandría, Dióscoro. Con esto fue posible el escándalo del llamado latrocinio de Efeso de 449. En este estado de desorientación y verdadero caos doctrinal murió Teodosio el Joven en 450, hombre movido siempre de las mejores intenciones, pero que con su debilidad dio ocasión al incremento de una de las herejías más peligrosas. C.l. DESPUÉS DE TEODOSIO: DOS IMPERIOS

3. Pulquería y Marciano (450-457).—Pulquería heredó de su hermano el Imperio, sumido en la mayor confusión política y religiosa. Mas con su varonil energía y extraordinario acierto supo encauzar rápidamente todos los negocios e

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 476 imprimir al Imperio una nueva dirección segura y ortodoxa. Su primer acierto fue su unión matrimonial con el senador Marciano, si bien con el compromiso de que éste respetara su virginidad. Durante los tres años que vivió Pulquería y los cuatro siguientes que reinó él solo, Marciano supo mantener valientemente el prestigio del Imperio. Por u n a parte contuvo todas las incursiones de los pueblos limítrofes, envalentonados con la debilidad del período anterior, y por otra negóse a pagar el tributo prometido por Teodosio II a Atila. Esta actitud de firmeza fue facilitada por la derrota en el Occidente del jefe de los hunos, el más temible de los pueblos invasores. Atila ya no pudo levantarse después de la gran batalla contra Aecio en los Campos Cataláunicos, y aunque todavía dirigió sus hordas contra Italia, tuvo que retirarse y murió trágicamente poco después. En los asuntos religiosos, Pulquería y Marciano fueron providenciales. Ante todo pusieron orden en el caos religioso del Imperio, declarándose abiertamente de parte de la ortodoxia de Roma y celebrando en inteligencia con el papa San León Magno, para consolidar la paz, el concilio de Calcedonia en 451. En el resto de su reinado siguieron fielmente la línea marcada por el concilio general y cumpliendo las leyes existentes contra la herejía y el paganismo.

4. León I (457-474).—Extinguida con Pulquería la dinastía teodosiana, asumió el poder León I, de origen tracio. Ciertamente este emperador no estaba falto de valor personal y buenas disposiciones de gobernante, pero las circunstancias políticas eran muy difíciles, por la presión constantemente ejercida por los pueblos invasores. Su mérito principal consiste en haber sabido mantener la independencia y cohesión del Imperio oriental, al tiempo que el occidental era juguete de los pueblos bárbaros. Movido por el deseo de asegurar sus posesiones de África, emprendió una campaña contra los vándalos en 468; pero el resultado fue desgraciado. También recibió daño considerable en la parte noroeste del Imperio por las reiteradas y devastadoras incursiones de los ostrogodos. Para librarse definitivamente de ellos, León I les tuvo que conceder algunos territorios. En las cuestiones religiosas, León I siguió fielmente la dirección marcada por el concilio de Calcedonia de 451. III.

EL CRISTIANISMO FUERA DEL IMPERIO 4

Uno de los efectos que tuvo la cristianización del Estado fue la intensificación de la obra misionera del cristianismo. 4

Para todo este apartado, véanse las obra de SCHMIDLIN, DESCAMPS, MONTAL-

BÁN, SANTOS

HERNÁNDEZ,

OLICHON,

DELACROIX

y

otras

citadas

en

la

bibliografía

Cl. DESPUÉS DE TEODOSIO: DOS IMPERIOS 477 En este sentido, la obra más grande del siglo v fue la conversión de los pueblos bárbaros, que t a n decidida influencia debía tener en el desarrollo político y religioso de toda la Edad Media. De ello se hablará en los capítulos siguientes. Ahora, en cambio, conviene dirigir u n a mirada hacia los pueblos limítrofes del Imperio, para examinar el modo como se introdujo en ellos la fe cristiana y el desarrollo que experimentó en este primer período.

l. La antigua Persia.—En la antigua Persia existían ya desde el siglo ni numerosos cristianos, cuyo centro puede señalarse en Seleucia-Ctesifonte. Estas comunidades cristianas se habían nutrido, sin duda, de los fugitivos que durante las grandes persecuciones de Decio y Diocleciano habían buscado refugio en este floreciente reino, rival entonces y enemigo declarado de los romanos. Durante el reinado de Constantino el Grande parece que los cristianos de Persia gozaron del favor de su rey Sapor II (309-381), tal vez debido a las buenas relaciones en que entonces se hallaba éste con el emperador romano. Pero después de la muerte de Constantino acometieron los persas aquella serie de incursiones contra el Imperio que mantuvieron en jaque a los emperadores siguientes. Ahora bien, como este período de guerra persa contra el Imperio romano coincide con la cristianización de éste, se explica que los magos y judíos y otros fanáticos consiguieran mover el ánimo de Sapor II contra los cristianos, a quienes se trataba de identificar con los romanos. De este modo se llegó a aquella persecución desencadenada por Sapor II y que continuó después con más o menos intensidad hasta el siglo vn. Esta se abrió con el edicto de 342, que ordenaba el ajusticiamiento de los sacerdotes, la destrucción de las iglesias y la confiscación de los vasos sagrados. Sus primeras víctimas fueron el obispo de Barsaboe, junto con otros cien sacerdotes. Al año siguiente, u n nuevo edicto lanzaba la pena de muerte contra todos los cristianos, y en realidad se fue intensificando la persecución de tal manera, que el historiador Sozomeno eleva a dieciséis mil el número de los mártires cuyos nombres eran conocidos. Entre otros, perecieron los dos obispos sucesores de Barsaboe en Seleucia, y la Iglesia quedó huérfana durante veinte años. De aquí se puede deducir el general. Además: BECKMANN, J., artíc. Missionsgeschichte: LexThK 7 462-468 (1962); ID., otros artículos a continuación: Missionskun.de, Missionsmethode, etc.; ZEILLER, J., La propagande chrét. s. IV... hors de la Empire rom.: Hist. de l'Egí. de FLICHE-MARTIN III 139-143; PALANQUE, J. R., L'expansion chrét. Les églises des Royaumes d'Extréme-Orient: ib. 489-495; BARDY, G., Les Eglises de Perse et d'Ármenle: Hist. de l'Egl. por FLICHE-MARTIN IV 321-336 497-512; MARROU, H., L'EXpansion chrét. en dehors de Vempire rom.: Hist. univ. des Miss. p o r DELACROIX I 54-64 (P. 1956); HANDLER, G., Ceschichte der Früh-Mittel-alterl. und der Germanenmission-. Die Kirche in ihrer Gesch. 2 (Gottingen 1961); LABOURT, J., Le Christianisme dans l'Empire Perse... (224-632) 2. a ed. (P. 1904).

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C.l. DESPUÉS DE TEODOSIO: DOS IMPERIOS

espíritu maravilloso de aquellos cristianos, que en su inmensa mayoría prefirieron la muerte a la adoración del dios Fuego o del dios Sol, que se les exigía. Ya en las postrimerías del reinado de Sapor, desde 379 a 381, se suavizó sensiblemente la persecución, y aun cesó por completo en la primera parte del reinado de Isdejerdes I (Jezdedscherr I: 401-420). Así, según parece, bajo la benéfica influencia del obispo de Tagrit, Maruthas, llegó a conceder libertad completa en el ejercicio de la religión cristiana y la construcción de iglesias. Sin embargo, el celo intempestivo del obispo Abdas, que hizo quemar con grande aparato un templo dedicado al sol y se negó a reconstruirlo, desencadenó de nuevo la persecución más violenta. El mismo Abdas fue martirizado, y con él otros muchos cristianos. El sucesor, Baranes V (Bahram V: 420-438), llevó más adelante todavía las crueldades contra los cristianos, a muchos de los cuales hizo aserrar por medio. La intervención de Teodosio el Joven, después de treinta años de carnicería, hizo cesar algún tiempo la persecución; mas todavía hacia el año 450, en tiempo de Isdejerdes II, fueron martirizados algunos cristianos. Esta renovación de la persecución se debió al odio de los nestorianos arrojados del Imperio y refugiados en Persia. Más tarde, Cosroes I (Khosrau: 531-579) y Cosroes II (591-628) volvieron a perseguir a los cristianos, los cuales quedaron casi exterminados en todo el territorio.

mentó, la paz religiosa fue turbada con frecuentes persecuciones, en las que tomaron una parte muy activa los nestorianos; mas, por desgracia, la iglesia armenia cayó en el monofisitismo. Desde Armenia, así como también desde Persia y directamente desde Roma, fue trasplantado el cristianismo a la región del Cáucaso denominada Georgia o Iberia. Esto sucedió hacia el año 326, en tiempo de Constantino, y, según nos refiere la tradición, fue obra de una esclava cristiana llamada Nuna. Con la curación milagrosa de un niño y con el atractivo de su conducta y de la doctrina que predicaba, alcanzó gran prestigio. Poco después curó y convirtió a la misma reina del país. De este modo el cristianismo se abrió camino rápidamente entre el pueblo, y, según cuenta la tradición, difícil de controlar, el mismo rey Mireo, movido por otro milagro, abrazó igualmente la fe. De hecho, a petición suya, llegaron misioneros de Antioquía, los cuales organizaron aquella cristiandad 6 . No obstante la persecución de que fue objeto por parte de los persas, el cristianismo de Georgia se convirtió más tarde en un centro de irradiación católica, extendiéndose hacia el este entre los alábanos y hacia el oeste entre los lazios, en la Colquida. A los homéridas o sábeos, del sur de Arabia, predicó a mediados del siglo iv el obispo arriano Teófilo. Según apareció en la inscripción de Si-ugan-su encontrada por los misioneros jesuítas en 1625, el sacerdote nestoriano persa Olopen predicó en China el Evangelio hacia los años 636-638.

478

2. Región de Armenia 5 .—Armenia debió el principio de su cristianización a Gregorio el Iluminado (cpom

Después de la condenación del pelagianismo, pronunciada por los sínodos africanos, por San Agustín, San Jerónimo y, sobre todo, por el Papa, parecía vencida esta nueva herejía. Pero las doctrinas sobre la suficiencia del hombre habían echado hondas raíces en algunos espíritus, y así, produjeron u n a serie de manifestaciones, conocidas entonces como doctrina de los marselleses o galicanos y hoy como semipelagianismo. 1. En el África del Norte.—La primera manifestación tuvo lugar en África mismo, y la ocasión fue la doctrina expuesta por San Agustín. Esta doctrina sobre el poder absoluto de Dios pareció algo dura a algunos monjes de Adrumeto de África, pues suponían falsamente que quitaba al hombre su libertad. Esto les escandalizaba de u n modo especial en la carta del Santo al presbítero romano Sixto, que luego fue papa. Por esto sintetizaban su dificultad con estas palabras: «¿Para qué se nos predica y se nos manda que nos apartemos del m a l y hagamos el bien, si esto no lo hacemos nosotros, sino que es Dios el que opera en nosotros el querer o hacer el bien?» Movidos, pues, por estas dificultades, los monjes de Adrumeto se dirigieron a San Agustín pidiéndole explicaciones. Entonces respondió San Agustín ampliamente en dos tratados magistrales, que completan su doctrina sobre la gracia. Estos fueron: Sobre la gracia y la libertad humana y Sobre la corrección y la gracia x. En estas obras establece el santo Doctor, en primer lugar, la existencia de la libertad, fundada en la Sagrada Escritura. Sin embargo, esta libertad no quita la intervención de Dios, necesaria para todas nuestras obras, la cual se compadece perfectamente con la libertad humana. «No existe—dice el Santo—obra ninguna de piedad si Dios no obra que nosotros queramos y 49 Véanse, a n t e todo, la obras generales sobre S a n Agustín (nota 27) y sobre el pelagianismo. Puede verse asimismo: HEFELE-LECLERCQ, II 908s; TIXEHONT, III 274s. Asimismo: PRÓSPERO DE AQUITANIA e HILARIO, Cartas a San Agustín: PL 33.1022S; PRÓSPERO, Obras contra el semipel.: PL 45 y 51; CASIANO, Collat.: PL 49;

ed. PETSCHENIG en CorpScrEcclLat 13,17 (1886-1888);

monitor.:

SAN VICENTE DE LERÍNS,

Com-

PL 50 ed. JÜLICHER 2. a ed. (1925); E. RAUSCHEN en FlorPatr 5 (1906);

FAUSTO DE RIEZ, Opera-. PL 58 ed. ENGELBERT (1891); SURBLET, Le

sémi-pélagianisme

(Namur 1897); WOERTER, F., Beitr. zur Dogmengesch. des Semipelag. (1900); LOOFS, F., artíc. Semipelagianismus en RealenzprTh; JACQUIN, M., La question de la prédestination aux V et VI siécles en RevHistEccl 7 (1906) 268s; CHÉNÉ, J., Le sémipélagianisme du midi de la Gaule d'aprés les lettres de Prosper d'Aquitanie et d'Hilaire o S. Augustin en RechScRel 43 (1955) 231s; AMANN, E., artíc. Semi-pélagiens: DictThCath 15 1796-1850; LOOFS, F., artíc. Semipelagianismus: RealenzprTh 17 192-203; 24 500SS; PORTALIÉ, E., artíc. Augustinisme: DictThCath 1 2501-2561; RAHNER, K. (S. Agustín y el semipelagian.): ZkathTh (1938) 171-1796; ID., La théologie de S. Augustin. Cráce et prédestination (Lyón 1962). 50 Además de estas obras de S a n Agustín, véanse: KOLB, K., Menschl. Freiheit und góttl. Vorherwissen nach Augustin (1908); MAUSBACH, J., Die Ethih Augustins 2 vols. (1909); PORTALIÉ, E., artíc. Augustinisme en DictThCath.

518

C.5. SAN AGUSTÍN: PELAGIANISMO Y SEMIPELAGIANISMO

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

si no coopera cuando nosotros queremos». Con estas explicaciones parece se aquietaron los monjes africanos. En realidad, no sabemos que retoñara en África la misma dificultad. 2. Doctrina de los marselleses.—Cuando todo parecía apaciguado, surgió u n a nueva tempestad mucho más seria que la anterior. El centro de esta nueva oposición se hallaba en los monasterios de San Víctor de Marsella y en el de Leríns. Su promotor principal e r a el abad J u a n Casiano, que gozaba entonces de gran prestigio en todo el Occidente 51. El último escrito de San Agustín, Sobre la corrección y la gracia, ofreció la ocasión. La doctrina en él expuesta sobre la predestinación parecía a Casiano t a n exagerada, por un extremo, como la de los pelagianos por el otro. «Dios—afirma—no h a podido dejar al hombre en la impotencia de querer y de obrar el bien». En realidad, sostenían los partidarios de esta nueva ideología, depende del hombre la primera elección, el primer impulso hacia el bien, el initium fidei. Dios ofrece indistintamente a todos los auxilios necesarios y suficientes para obrar el bien. El que unos se salven y otros no, esto depende exclusivamente del hombre. Sólo así se salva la libertad humana. Con esta doctrina, que, a semejanza de la pelagiana, tanto halaga la vanidad humana, atrajo Casiano muchos partidarios. Por poco que se la examine, es u n pelagianismo vergonzante, por lo cual, aunque entonces fue designada como la doctrina de los marselleses o de los galicanos, más tarde, en el siglo xvi, fue denominada semipelagianismo. Casiano y los suyos formaron escuela, que fue adquiriendo prestigio gracias al ascendiente de que gozaba el monasterio de San Víctor. Por esto se juntó bien pronto el de Leríns, no muy lejano, que se constituyó en adelante en centro poderoso de esta ideología. 3. Oposición a la doctrina semipelagiana.—Frente al avance de estas doctrinas levantaron la voz principalmente dos personas: Hilario, originario del África, y Próspero, de Aquitania 5 2 , ambos laicos, pero muy versados en cuestiones teológicas. Sin embargo, no atreviéndose a contradecir directamente a un hombre t a n autorizado como Casiano, abad 51 Pueden verse: HOCH, Lehre des Joh. Cassianus von Natur (1895); LAUGIEB, J., St. Jean Cassien et sa doctrine de la gráce

SAN

VICENTE

DE LEBÍNS,

El

Commonitorio

por

el

P.

J.

MADOZ

(M.

und Gnade (Lyón 1908); 1943).

San

Agustín expresa brevemente la concepción de Casiano (De dono persev. 42): «Initium fidei et usque in finem perseverantiam síc in nostra constituunt potestate, u t Dei dona esse n o n putent.» Véase BAHDENHEWER, IV 558s. 52 Sobre sus escritos véase la n o t a 49 y BAKDENHEWER, IV 533s; WALENTIN St. Prosper d'Aquitanie (Tolosa 1900); PELLAND, P., S. Prosperi Aquitani doctrina de praedestinat. (Montreal 1936).

519

de San Víctor, se dirigieron a San Agustín, exponiéndole las nuevas corrientes de ideas y suplicándole su intervención. El Obispo de Hipona comprendió inmediatamente el parentesco de estas ideas con las y a anatematizadas del pelagianismo, y sobre todo se alarmó ante el peligro que podría significar para el Occidente si este foco de pelagianismo vergonzante adquiría consistencia, lo cual era más de temer teniendo presente el prestigio de sus promotores, los monjes de San Víctor. Por todas estas razones, Agustín, ya de avanzada edad, escribió durante los años 428 y 429 sus obras básicas Sobre el don de la perseverancia y De la predestinación de los santos 53. En ellas presenta abiertamente su opinión, según la cual la predestinación depende únicamente del beneplácito de Dios. Naturalmente, esto no satisfizo a los monjes de Marsella, y así, tanto Casiano como sus discípulos, continuaron aferrados a sus opiniones. Sin embargo, por el respeto que sentían todos hacia San Agustín, no quisieron, mientras él vivió, oponérsele directamente. Mas no tuvieron que esperar mucho tiempo. Muerto el Santo el año 430 durante el asedio de Hipona por los vándalos, volvieron los marselleses a la carga, haciendo mayor propaganda de su ideología. Para concretar más la doctrina que ellos impugnaban, resumieron tendenciosamente en 15 puntos la de San Agustín, exagerando algunos extremos de la misma. Sobre todo insistieron en el punto en que siempre habían insistido y que tantas veces les había rebatido San Agustín: que la doctrina de éste no e r a compatible con la libertad, y que solamente admitiendo que el nombre con sus propias fuerzas puede determinarse hacia el bien, es decir, puede poner el initium fidei, se salva la libertad del hombre y la verdadera voluntad de Dios de que se salven todos los hombres. Entretanto, Próspero e Hilario, los adalides de la causa católica, no se arredraron ante esta intensificación de la campaña semipelagiana. Sintiéndose sinceramente defensores de la ortodoxia, después de la muerte de San Agustín, intensificaron su actividad contra la doctrina de los marselleses. Próspero compuso u n a epístola titulada Sobre ía gracia y el libre albedrío, y aun u n poema, De los ingratos. Pero su calidad de laicos restaba autoridad a sus palabras, por lo cual se dirigieron a Roma, al papa Celestino, en demanda de remedio. Como los tiros de los marselleses iban dirigidos contra San Agustín, no fue difícil mover al Papa a que tomase su defensa. Así, pues, en u n escrito dirigido a los obispos de las Galias exponía la verdadera doctrina católica, ensal53 De dono perseverantiae y De praedestinatione sanctorum u n principio u n a obra; m a s posteriormente se las separó.

formaban en

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 520 zando particularmente a San Agustín, si bien no se defienden todas sus opiniones s *. Naturalmente, con esto no se dieron por vencidos los marselleses, y así continuó la campaña más vehemente todavía por ambas partes. Al lado de Casiano pusiéronse, entre otros, los presbíteros Gennadio de Marsella, Fausto de Riez y Vicente de Leríns 55 . Vicente de Leríns fue indudablemente quien más se distinguió al lado de Casiano. Su primer trabajo fue el titulado Objeciones, que eran las que él oponía a los ortodoxos. Contra este tratado escribió Próspero de Aquitania u n a obra magistral: Respuestas de San Agustín a los capítulos de las objeciones vicentinas. Entonces fue cuando Vicente de Leríns compuso su célebre Conmonitorio, en donde se propone el famoso argumento de que ante la autoridad de un maestro, por muy estimado que sea, debe ser preferida la tradición cristiana general e inmutable. Esta se condensa en aquella frase: «quod ubique, quod semper, quod ab ómnibus». Naturalmente, la dificultad estaba en la discusión particular que aquí se debatía, en determinar quién representaba la verdadera tradición. A este propósito es bueno observar que llama extraordinariamente la atención la buena fe con que Casiano y sus discípulos defendieron aquellas ideas semipelagianas. No hay duda que, por lo demás, eran buenos teólogos y defendieron decididamente la causa católica con u n criterio excelente. Pero en este punto se ofuscaron, siguiendo rumbos sumamente peligrosos. Por otra parte, San Agustín y sus continuadores supieron defender la verdadera doctrina y trabajaron incansablemente por descubrir los errores contrarios, hasta conseguir fueran solemnemente condenados.

4. Suerte final del semipelagianismo.—Con esto se formaron dos tendencias o partidos, que combatieron denodadamente durante todo el siglo por sus respectivas ideas. Muerto el abad Casiano en 432, sus discípulos continuaron 54 CELESTINO I, Epist. Zl ad Episc. Cali, en MANSI, I 454s. Allí mismo (c.2), elogio de San Agustín. Como Celestino no q u e r í a t r a t a r ampliamente ni defin i r estas cuestiones, escribía übíd. c.3): «Profundiores vero difficilioresque partes occurrentium quaestionum, quas latius p e r t r a c t a r u n t , qui haereticis restiterunt, sicut non a u d e m u s contemnere, ita n o n necesse h a b e m u s adstruere q u i a ad confitendum gratiam Dei, cuius operi et dignationi nihil penitu's subtrahendum est, satis sufficere credimus, quidquid secundum praedictas regulas Apostolicae Sedis nos Scripta edocuerunt, u t prorsus non opinemur catholicum, quod a p p a r u i t praefixis sententiis esse contrarium.» Más explícito se manifiesta en las siguientes palabras (ibíd. c.12): «His ergo... confortati sumos, ut omnium bonorum affectuum atque operum et omnium studiorum o m n i u m q u e virtutum, quibus ab initio fidei ad Deum tenditur Deum fateamur auctorem et non dubitemus, ab ipsius gratia omnia hominis merita praeveniri per q u a m fit ut aliquid velle incipiamus et faceré.» 55 Acerca de sus escritos, véase la nota 50. Véanse también- BBUNETIÉRE F y P. DE LABBIOLLE, St. Vincent de Lérins (P. 1906); KOCH, H Vincens von Leríns und Cennadius en TexteUnt 31,2 U907); KOCH, A., Der ni. Faustus von Reji (1895); ID., El Commonitorio trad. y notas por el P. J. MADOZ S I en Col. Excelsa 10 (M. 1943); MADOZ, J., Excerpta Vincentii Lerinensis...Studia Omensia 1,1 (M. 1940); KREMSER, H., Die Bedeutung des Vincenz von Lerins tur die rdmisch-kathol. Wertung der Tradition (Hamburgo 1959)

C.5. SAN AGUSTÍN: PELAGIANISMO Y SEMIPELAGIANISMO

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defendiendo sus ideas; pero al poco tiempo se marcó la tendencia a desfigurar la doctrina de San Agustín. En este sentido es célebre el tratado anónimo con el título Praedestinatus, que atribuye al santo Obispo de %Hipona la doctrina de la más estricta predestinación doble . Por tanto, que Dios predestina a ciertos hombres a su condenación eterna, y, en consecuencia, no reciben gracia ninguna y se condenan sin remedio. De hecho, defendió esta doctrina un tal Lúcido, por lo cual Fausto de Riez obtuvo su condenación en u n sínodo de Arles de 475. Pero entonces el mismo Fausto escribió su célebre tratado Sobre la gracia de Dios y el libre albedrío del hombre, donde ciertamente habla con respeto de San Agustín, pero defiende más crudamente que Casiano en sus Colaciones los errores marselleses o semipelagianos. Según él, a nosotros nos pertenece el querer, a Dios el completar. Sobre todo impugnaron sus ideas acerca de la gracia los monjes escitas de Constantinopla. Movido por ellos, Fulgencio de Ruspe (f 533), obispo africano desterrado de Constantinopla, compuso u n a obra voluminosa contra Fausto (hoy día desaparecida), y, vuelto del destierro, otra, Sobre la predestinación y la gracia de Dios, donde defiende, en nombre de los obispos ortodoxos, la doctrina de San Agustín y la proclama frente a los marselleses, a quienes designa como «hermanos errantes» 57. Del mismo modo defendieron la causa ortodoxa en las Galias el obispo San Avito de Vienne (490-523) y sobre todo Cesáreo de Arles (501-542), autor de la célebre obra, dirigida contra Fausto de Riez, Sobre la gracia y el libre albedrío. En esta forma siguieron las cosas hasta muy entrado el siglo vi. Pero entonces el nuevo adalid de la causa católica, Cesáreo de Arles, consiguió se reuniera en 529 un sínodo en Orange (Arausicanum II), y en él se condenaron en 25 cánones las doctrinas pelagianas y semipelagianas. Con la aprobación de parte de Bonifacio II recibieron estos cánones la autoridad conciliar 58 . 56 Algunos lo atribuyeron a Arnobio el Joven, pero no existen argumentos sólidos en favor de esta suposición. Véase PL 53,583s. 57 De veníate praedestinationis et gratiae Dei Libri 3 en PL 65. Véase también: Episc. synod. Afric. (MANSI, III 591s); SAN AGUSTÍN: PL 45,1779s. 58 Sobre la actividad de Cesáreo de Arles y acerca de la significación del Arausicanum II, véanse: MALNORY, St. Césaire, evéque d'Arlés (P. 1894); LEJAY, Le role théologique de St. Césaire d'Arlés (P. 1906). Sínodo de Orange; MANSI, VIII 712s, 721S; ERNST, Die dogmatische Geltung der Beschlüsse des zweiten Konzils von Orange en ZCathTh (1906) 650s. Complemento del sínodo de Orange fue el de Valence del año 530. Véase MANSI, VIII 723s. Véanse: CHAILAN, M., Saint Césaire (470-543) (P. 1912) en la col. Les Saints; Sancti Caesarii Arelatensis Opera omnia por D. GERM. MOBIN (Meredsous 1937-52) 2 vols.; DORENKEMPER, M., The trinitarian doctrine and sources of Sí. Caesarius of Arles (Friburgo de S. 1953); CAMELOT, P. T H . , artíc. Caesarius v. Arles: LexThK 2 964-965; FRANSEN, P., artíc. Orange (II Synode): LexThK 7 1188-1189 (1962); ID., artíc. Orange: DictThCath 11 1087-1103; FRITZ, G., artíc. Concile d'Orange: DictThCath 11 1087-1103; ERNST, J. (Valor dogmático de los decretos de Orange): Z. k a t h Th. (1906) 650-670; CAPPUYNS, M., Les capitula

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO (431)

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P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

CAPITULO

VI

Nestorianismo. San Cirilo de Alejandría. Concilio de Efeso (431), tercero ecuménico Al mismo tiempo tomaban en Oriente un nuevo giro mucho más peligroso las luchas cristológicas. Recuérdese lo que dijimos en otro lugar sobre el principio de la herejía de los apolinaristas 5 9 . Apolinar, que para explicar la unión mutilaba la naturaleza h u m a n a de Cristo, fue condenado en el concilio ecuménico de Constantinopla de 381. Según lo definido en este concilio, la naturaleza h u m a n a de Cristo es completa. I.

LA HEREJÍA NESTOBIANA

m

Mas de aquí arranca el principio del nestorianismo, que no es otra cosa sino una reacción contra la doctrina de Apolinar. 1. Doctrina de las dos personas.—La escuela de Antioquía tomó tan a pechos la defensa de la naturaleza completa de Cristo, que, yendo al extremo opuesto, comenzó a proponer la teoría de que tanto la naturaleza h u m a n a como la divina eran tan completas, que formaban dos supósitos independientes, dos personas, unidas de una manera accidental. Así, pues, Cristo es Dios y hombre, pero formando un compuesto de dos personas distintas. d'Orange de 529.- BechThéolAncMéd (1934) 121-142: BEBG, K., Caesarius v. A. ais liturgiegesch. Quelle (R. 1946). 59 Véase a r r i b a p.434s. 60 Además de las obras generales, véanse en particular: TIXERONT, III l i s ; HEFELE 141s; HEFELE-LECLERCO, II 218s. Además: TILLEMONT, Mémoires... t.4. P a r a las fuentes, en primer lugar: SCHWARTZ, E., Acta concil. oecum.: I Concil. univ. Ephes. 4-5 (1922-1926); MARIO M E R C , O p u s e , quae ad haer. Néstor, spect.: PL 48,699; TEOD. DE MOPSUESTIA, Opuse: PG 66; Histor. Ecles. de Sócr., Evagr., Teodoreto; LOOFS, F., Nestoriana (1906); BEDJAN, P., Le livre d'Héraclide de Damas. Texto siríaco (P. 1910); LARGENT, Etudes d'histoire ecclés.-. I. St. Cyrille d'Alexandrie et le conc. d'Ephése (P. 1892); BEI-HUNE-BAKER, Nestorius and his Teaching (Cambridge 1908); ERMONI, La question nestorienne d'aprés un document nouveau en RevHist 103 (1910) 80-97; FENDT, Die christologie des Nestorius (1910); JUGIE, M., Nestorius et la controverse nestorienne (P. 1912) en BiblTheolHist 8; LOOFS, F., Nestorius and his place in the history of christian doctrine (Cambridge 1914); PESCH, CHR., Nestorius ais Irrlehrer (1920); DRIVER-LOGSON, Nestorius, the Bazar of Heraclides (O. 1925); VINE, A. R., The Nestorian Churches; a concise history of Nestorian Christianity in Asia (L. 1937); AMANN, E., artíc. Nestorius en DictThCath; MICHEL, A., artíc. Hypostatique (Union) en DictThCath; BARDY, G., Les debuts du nestorianisme (428-433) en FLICHE-MARTIN, IV 163S; DE VRIES, W., Die syrisch-nestorian. Haltung zu Chalhedon en Das Konzil Chalk. 1 603s (1951); AMANN, E., L'affaire Nestorius vue de Rome en RevScRelUnivStr 24 (1950) 235s; CICCONE, L., L'affaire Nestorius vue de Rome de Mons. E. AMANN, Studio critico en DominTheol 17 (1951) 33s-, LE-IS, R., artíc. Nestorianísmusr IexThK 7 885-888 (1962); CAMELOT, P. T H . , De Nestorius á Eutychés-. l'opposition de deux christologies: Chalkedon 1 213-242; GRILLMEYER, A., Die theologische

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Los primeros que comenzaron a proponer esta doctrina fueron Diodoro de Tarso y Teodoro de Mopsuestia 6 1 en el seno de la escuela de Antioquía, de la que eran miembros ilustres. En toda su concepción no hay duda que el punto más vulnerable es la manera de realizarse la unión de las dos naturalezas. En sus lucubraciones, la presentan como una habitación de la divinidad en la naturaleza humana como en un templo. Otras veces hablan de u n a íntima superposición, como de un vestido íntimamente ceñido a la persona. La unión que resulta la denominaban auvácpeta, es decir, conjunción, o unión puramente extrínseca y accidental. Por esto, cuando hablan de unidad en Cristo, no entienden una unidad personal, sino simplemente unidad accidental y extrínseca 62. 2. Primera manifestación de la herejía. Nestorio.—Sin embargo, durante algún tiempo, esta ideología no traspasó los límites privados de la escuela ni trascendió para nada al público cristiano. Nestorio fue quien comenzó a darle publicidad, y al fin le dio también su nombre, por lo cual nestorianismo es sinónimo de doctrina sobre las dos personas en Cristo. Nestorio había abrazado la vida monástica, y como monje alcanzó en Antioquía gran renombre de ardiente predicador. Por esto se llegó a designarlo como «un segundo Crisóstomo», por la ardorosa elocuencia que desbordaba de sus labios. Elegido patriarca de Constantinopla el año 428, redobló desde entonces su celo en la instrucción del pueblo y en la lucha contra las diversas herejías. En toda su actuación se presentaba siempre como hombre profundamente religioso, reformador del pueblo y aun del clero, y con su vida ascética y el fuego de su palabra enardecía y fascinaba a los que le escuchaban. La contienda propiamente tal tuvo principio cuando un presbítero de la confianza de Nestorio expuso en público und sprachliche Vorbereitung des christolog. Formel von Chalhedon: Chalkedon 1 5-202 (Wurzburgo 1952-1954); ID., Das Scandalum oecumenicum des Nestorius in kirchlich-dogmatischer und theologie geschichtlicher Sickt: School. 36 (1961) 321-356; GALTIER, P., Nestorius mal compris, mal traduit.: Gregor. 34 (1953) 427-433; ABRAMOWSKI, L., Untersuchungen zum ¡iterar. Nachlass des Nest. (Bonn 1956). 61 Sobre Diodoro de Tarso y Teodoro de Mopsuestia, véase p.466s., 583s. Asimismo: Me. ÑAMARA, K., Theodore of Mopsuestia and the Nestorian heresy en IrTheolQuart 19 (1952) 254s; QUASTEN, X, Patrología 2 420-442 (M. 1962); DEWRESSE, R., Les anciens commentateurs grecs de l'Octateuque et des Rois (Vaticano 1959): Studi T. 201 (174-177); WILES, M. F., The Spiritual Cospel... (Cambridge: 1960). 62 En general, la unión de las dos naturalezas en Cristo, a u n entre los escritores ortodoxos, era explicada de un modo insuficiente. Algunos la designaban como énosis o énosis physihé (PS.-ATHAN., Adv. Apoll. 1,10,12), o bien connexio, copulatio. El mismo SAN CIRILO la llama énosis physiké, o synodos kat.'énosis physihé (Anatem. Contra N.); SAN GREGORIO NACIANCENO (Orat. 30,8) la denomina sencillamente synodos; RICHARD, L., Le mystére de la Rédemption.- Bibl. théol., ser. I, Théol. dogm. 1 (Tournai 1959); BRINKTRINE, J., Die lehre von der Menschwerdung und Erlósung (Paderborn 1959).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 524 sermón la idea de que la Santísima Virgen María no era verdadera madre de Dios 63 . El pueblo, que amaba y veneraba a María precisamente bajo este título, fundamento de toda su grandeza, protestó tumultuariamente delante del patriarca Nestorio. Este, pues, tuvo que dar explicaciones, las cuales venían a resumirse así: la Virgen María es madre de la naturaleza h u m a n a de Cristo. Por tanto, la podemos llamar madre de Cristo; mas de ninguna manera pudo haber engendrado a la naturaleza divina, eterna e igual al Padre, por lo cual no es OSOTO'XOC, madre de Dios. La Virgen, pues, había dado a luz al hombre en el que habitó el Verbo, el Hijo de Dios. No hay duda que con esto la cuestión quedaba planteada con toda su crudeza, y aun se tocaban sus desastrosas consecuencias prácticas. Según esto, la humanidad de Cristo, que fue la que sufrió los dolores de la pasión, no pudo redimir al mundo con una redención superabundante e infinita, pues era limitada. La redención, pues, quedaba con esto destruida. No se podía decir que el Verbo se había hecho carne, ni aplicarle otras muchas expresiones del Evangelio; pues por mucho que quiera ponderarse la unión moral de las dos personas, divina y humana, en Cristo, no se conseguirá que las acciones de la persona h u m a n a se atribuyan con toda propiedad a la persona divina. La Virgen María, conforme a esta doctrina, es madre de la persona humana de Cristo y nada más.

II.

OPOSICIÓN ORTODOXA. SAN CIRILO DE ALEJANDRÍA

1. Primeros impugnadores. Respuesta de Nestorio.—El presbítero Eusebio, futuro obispo de Dorilea, que tanto debía distinguirse en las diversas contiendas cristológicas, fue el primero en abrir la campaña contra esta herejía. Siguióle su amigo Proclo, que también sobresalió siempre en la defensa de la ortodoxia. Igualmente salieron otros escritores ortodoxos en defensa de la verdad, con todo lo cual comenzaron a alarmarse los antioquenos. La respuesta de Nestorio fue muy característica de todo su sistema, y es conveniente tenerla muy presente en este lugar, ya que modernamente algunos críticos, aun del campo católico, parecen complacerse en ponderar su mansedumbre y buena fe. Una nota, ciertamente, lo caracteriza y ha dado pie a estas suposiciones: un aire de superio"'•' La expresión Oeoro'/oí. era ya conocida y la habían empleado entre otros: ORÍGENES en Comment. in Ps. 1 (en EUSEBIO, Hist. ilccl. 4,32); EUSEBIO, Vita Const. 3,43; SAN ATANASIO, Orat. 3 contra árlanos 14 29.33; DÍDIMO EL CIEGO, De Trínit. 1,31,94; 2,41; SAN CIRILO DE JERUSALÉN, Catechesis 4; Epist. 101 ad Cledon.; ALAMEDA, S., María, segunda Eva. Tratado teológico-biográfico sobre la Santísima Virgen (M. 1956).

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO (431)

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ridad frente a todos sus impugnadores, que no le dejaba siquiera atender a sus razones. Esto fue sumamente fatal en todo el decurso de la discusión, pues ni siquiera ante las decisiones del Papa y del concilio supo Nestorio doblegarse M. Por esto, ya en este primer estadio de la controversia, dando por supuesto que cierto número de monjes que se oponían a sus ideas eran perturbadores del orden público, acudió al brazo secular, procuró conquistar en favor suyo la autoridad pública, hizo prender y tratar duramente a dichos monjes y prosiguió enérgicamente la campaña en favor de sus ideas. Queriendo convencer de ellas, incluso al Romano Pontífice, el año 429 escribió al papa Celestino I (422-432), mandándole, entre otras cosas, u n a amplia colección de sus homilías. Al recibir el Papa toda esta información, a pesar de que él, como buen teólogo que era, vio bien claro el peligro de la nueva herejía, sin embargo envió los escritos al célebre Casiano, abad del monasterio de San Víctor de Marsella, suplicándole diera sobre ello su dictamen. 2. Interposición de San Cirilo de Alejandría 65 .—Mientras llegaba el dictamen de Casiano, recibiéronse en Roma otras noticias importantes. Estas venían de Cirilo, patriarca de Alejandría, quien con su carácter intrépido y su clara inteligencia estaba destinado a dirigir toda esta controversia frente a Nestorio. Sin embargo, al lado de la decisión y vehemencia con que peleó toda su vida por la causa católica, supo emplear también, sobre todo en los últimos años de su vida, la suavidad y blandura cristianas. Con esto podemos afirmar que San Cirilo de Alejandría es uno de los teólogos más eminentes de la escuela alejandrina, el teólogo de la Encarnación. Así, se nos han transmitido de él escritos trascendentales no sólo en el campo dogmático y polémico, sino en la exégesis bíblica y en la defensa de la maternidad divina de María. Como patriarca de Alejandría, Cirilo se enteró bien pronto de las nuevas doctrinas de Nestorio, que comenzaban a introducirse entre los monjes de Egipto, y desde el primer momento se decidió a proceder con energía. Tal vez contribuyera a la energía con que Cirilo comenzó y siguió la campaña contra Nestorio cierta tensión y competencia entre las dos sedes de Constantinopla y Alejandría y entre las dos escuelas rivales, antioquena y alejandrina. Pero no hay 61 Véanse en particular las obras sobre Nestorio citadas en la sobre todo las de JUGIE, BARDY y AMANN. A este propósito, llamamos ción ya desde aquí sobre la tendencia de algunos, como Amann, a tal vez demasiado la actuación o al menos la b u e n a fe de Nestorio. 65 Para San Cirilo de Alejandría, véanse ante todo BARDENHEWER, Sus obras en PG 76,77. Para más a b u n d a n t e bibliografía, véase más donde se h a b l a de su obra literaria, p.581s.

nota 60, la atendefender IV 23s. adelante

526 P.E. ss. PADRES y CONCILIOS (395-590) duda que en el fondo le movió siempre el deseo de defender la ortodoxia católica. Así, pues, comenzó descubriendo públicamente la nueva herejía, pero sin citar nombre ninguno. Mas, viendo que todo era inútil, se decidió él también a acudir a Roma en demanda de socorro. Para ello envió a su diácono Posidonio, bien documentado con toda clase de testimonios, informaciones y aun tratados teológicos. 3. Primera actuación del papa Celestino I.—De esta manera el papa Celestino I quedó bien informado de la verdadera situación. De ambas partes le habían llegado memoriales y documentos informativos. Entretanto, había llegado igualmente a sus manos el dictamen del abad Casiano sobre los escritos y la doctrina de Nestorio, dictamen enteramente desfavorable al mismo. Por esto llegó fácilmente al conocimiento y comprensión de la extrema gravedad de aquel asunto. La mejor prueba de esta comprensión de Celestino I es, que inmediatamente tomó u n a serie de medidas enérgicas en orden a dar una solución rápida a la cuestión que se debatía. Así, ya en el verano de 340 reunió u n sínodo en Boma, en el cual hizo proclamar la tradición ortodoxa contra, las innovaciones de Nestorio. Mas no se contentó con esto. Como el mal estaba en Oriente, quiso poner también allí remedios eficaces. Para ello escribió inmediatamente dos célebres cartas. La primera, a San Cirilo de Alejandría, en la que lo nombraba delegado suyo en toda esta cuestión, facultándole para comunicar a Nestorio y a sus partidarios los puntos de la doctrina ortodoxa que él debía subscribir, en conformidad absoluta con las decisiones del sínodo de Roma que acababa de celebrarse. La otra carta era para el mismo Nestorio. En ella el Papa le ordenaba que se sometiera en todo a la decisión del patriarca de Alejandría, nombrado juez de aquella controversia. 4. Anatematismos de San Cirilo.—Entonces fue cuando inició San Cirilo su intervención directa y oficial, por así decirlo, en este asunto. Con la autoridad y mandato del Papa, reunió San Cirilo el mismo año de 430 u n sínodo en Alejandría en el que se compusieron bajo su inspiración los célebres 12 anatematismos66, que por eso mismo se designan como de San Cirilo. Estos anatematismos, como resumen de la doctrina católica opuesta a sus errores, fueron enviados inmediatamente a Nestorio, con la orden expresa de que los subscribiera. 66 El texto de los anatematismos puede verse en MANSI, IV 1082. Véase también MANSI, I V 1061 1067; V 502s, 725 752; DIEPEN, H. M., les douze anathématismes au concile d'Ephése et jusqu'en 519 en RevThom 55 (1955) 300S; JOVASSASD, G., artíc. Anathematismen des Kyrillos: LexThK 1 495-496.

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO (431)

527

Humanamente hablando, era lo menos a propósito para inclinar a Nestorio a la sumisión. La humillación para él no podía ser mayor. Acostumbrado a imponer en todo su voluntad, ahora se veía de repente ante u n a intimación clara y precisa de aceptar aquella serie de proposiciones contrarias a su propia ideología. Ya prevenido contra la escuela de Alejandría y contra San Cirilo, encontraba Nestorio varias expresiones en los anatematismos, que en la mente de San Cirilo tenían un sentido ortodoxo, pero se prestaban a falsas interpretaciones, conformes con la tendencia de los alejandrinos, que luego condujo al monofisitismo. San Cirilo en los anatematismos habla de unión física (Ivtuaiq tpuaixr¡) de las dos naturalezas y emplea la expresión ¡¿¡a cpúan tou 6EOÜ Xófou aeaap>cu)|!.év7¡, una naturaleza del Verbo de Dios hecho carne. Sin duda, estos modos de hablar pueden dar pie a una interpretación monofisita. Aprovechándose, pues, Nestorio de este asidero, respondió inmediatamente con sus 12 antianatematismos 6 7 , en los cuales refutaba la supuesta herejía de San Cirilo. Por tanto, no sólo no se sometía, sino que volvía la acusación contra el juez nombrado por el Papa. Entonces también comenzaron a intervenir dos personajes que desempeñaron luego un papel muy importante: el patriarca J u a n de Antioquía, quien al principio trató de inducir a Nestorio a que se sometiera, pero que después se puso más bien de su parte. Asimismo Teodoreto de Ciro, amigo personal de Nestorio, el cual estaba molesto por las expresiones de San Cirilo de sabor monofisita, y durante mucho tiempo estaba convencido de que aquél defendía una sola naturaleza en Cristo 68 . En esta suposición, escribió Teodoreto un trabajo contra los anatematismos y desarrolló luego una grande actividad en defensa de la ortodoxia. Ya se verá más adelante cómo se deshizo, finalmente, el confusionismo en que se habían colocado J u a n de Antioquía y Teodoreto de Ciro, quienes en todo procedieron de la mejor buena fe. III.

CONCILIO TERCERO ECUMÉNICO:

EFESO

(431)69

Estando así las cosas, Nestorio quiso asegurarse el apoyo imperial, y así procuró a todo trance interesar en favor suyo a Teodosio II. Este y, en general, los hombres más influyen67 Véase SCHWARTZ, E., Die sogen. Gegenanathematismen des Nestorius en Sitz. Ak. d. Wiss 1 (1822) 3s. 68 Tanto J u a n de Antioquía como Teodoreto de Ciro se oponían a los anatematismos de San Cirilo, y por este motivo lucharon largo tiempo contra él; pero en el fondo eran ortodoxos y tenían la mejor intención. Véanse; J. DE ANTIOQ., Epist. en MANSI, V 756; TEODORETO, Epist. 150; Reprehensio 21 cap. Cyrilli en PG 76.393S. Véase también: GÜNTHEB, K., Theodoret von Cyrus und die Kampfe in der orientalischen Kirche (1913). 69 Actas del Conc. de Efeso; MANSI, IV; HEFELE, II 141s; SCHWARTZ, E., Acta

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 528 tes de la corte, se dejaron fácilmente inducir por el patriarca de Constantinopla. Uno de los resultados inmediatos y más positivos de esta posición de la corte, favorable a Nestorio, fue u n a carta de tonos fuertes que se dirigió al patriarca de Alejandría, San Cirilo.

1. Convocatoria del concilio de Efeso.—Sin embargo, Teodosio II, de carácter más bien bondadoso y poco amigo de extremismos, quería a todo trance obtener la paz y unión de todos. Por esto, aconsejado, sin duda, por Nestorio, que pensaba poder contar con el apoyo imperial, comunicó al episcopado de Oriente y al papa Celestino I su plan de celebrar un concilio ecuménico. El Romano Pontífice respondió al emperador anunciándole que enviaría sus legados. La situación era, en realidad, sumamente delicada. El Papa había dado ya la sentencia contra la doctrina de Nestorio, por lo cual el concilio no podía hacer otra cosa que proclamar esta declaración pontificia. Cualquiera otra conducta podía traer un cisma. Como legados suyos nombró el Papa a los obispos Arcadio y Proyecto y al presbítero Filipo. Cirilo recibió de antemano la instrucción de oír todavía a Nestorio, aunque, siendo bien conocida su doctrina, estaba ya de hecho decidida su condenación. 2. Concilio de Efeso (431), tercero ecuménico.—De esta manera se reunió el concilio de Efeso el año 431. Los primeros en llegar fueron Nestorio y 16 obispos que lo acompañaban. Poco después se presentó San Cirilo con 50 prelados egipcios. Poco a poco fueron llegando otros 70 . En estas circunstancias, ocurrió un hecho que dio lugar entonces, y lo h a dado hasta nuestros días, a las más variadas suposiciones y conjeturas. Efectivamente, después de esperar mucho tiempo, viendo que los legados pontificios no llegaban y que tampoco se presentaba el grupo de J u a n de Antioconciliorum...: I. Concil. univ. Ephes. (1921s); DEVRESSE, H., Les actes du concite d'Ephése en RechScPhilTh (1929) 223S, etc.; GALTIER, P., De Incarnat. et Redempt. (P. 1926) nn.101-104; QUERA, M., Un esbós d'historia del concili d'Efés en AnSTarr 7 (1931) pp.1-53; otros trabajos ibíd.; MANOIR, A. DU, Le symbole de Nycée au concile d'Eph. en Gregor. 12 (1931) 104-137; ALES, A. D. Le dogme d'Ephése (P. 1931); LIÉBAERT, J., artíc. Ephése, Concil d': DictHistGéogr 15 561-579; GRILLMEIER, A., artíc. Ephesos (Synoden): LexThK 3 922-924 (1959); Chalkedon 1 159-164; BALIC, C , María nel Concilio di Efeso e negli altri Concili: Divin. 5 (1961) 228-251; LIÉBAERT, J., La doctrine christologique de s. Cyrille d'Alex. (Lille 1951); DIEPEN, H., Théodoret et le dogme d'Ephése: RechScRel 44 (1956) 243-248; CAMELOT, P. T H . , Ephése et Chalcédoine: Hist. des Concil. oecumen. 2 (P. 1962); ARMENDÁRIZ, L. M., El nuevo Moisés. Dinámica cristocéntrica en la tipología de Cirilo de Alej. (M. 1962); CASTRILLO, J. M., La Virgen en los Concilios ecuménicos: Virgo Mater 1 (M. 1964); CAMELOT, P. TH., Efeso y Calcedonia: Historia de los Conc. ecum., 3. Trad. por J. GORRICHO (Vitoria 1971); SCIPIONI, L. I., Nestorio e il Concilio di Efeso. Storia, dogma, crítica (Milán 1974). 70 Llegó asimismo el diácono Bessula, representante de la iglesia de Cartago. Consta que h a b í a sido invitado San Agustín, cuya asistencia se deseaba. Pero el año anterior había muerto en Hipona, y la noticia de su m u e r t e no h a b í a llegado a Oriente todavía.

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO (431)

529

quía con los 50 obispos que lo acompañaban, San Cirilo dio principio al concilio. Leyóse toda la correspondencia cambiada entre San Cirilo y Nestorio, luego la sentencia dada por el Papa en el sínodo de Roma y una larga serie de autoridades de Santos Padres en su favor, y, finalmente, se pronunció sentencia contra Nestorio y su doctrina, después de lo cual fue él mismo solemnemente depuesto. En la ciudad de Efeso, esta sentencia fue recibida con entusiasmo delirante. Era considerada como un triunfo de la advocación de María como Madre de Dios. El pueblo en masa acudió radiante de júbilo a la iglesia de Santa María y acompañó a los Padres del concilio a la salida de ella, aclamándolos por la ciudad. 3. Validez de la primera sesión 71 .—La primera cuestión que se propone es ésta: ¿Podía San Cirilo lícita y válidamente dar comienzo al concilio antes de la llegada de los legados pontificios y de u n número tan elevado de prelados? Y puesto que de hecho se celebró la primera sesión, ¿fueron válidas las decisiones que en ella se tomaron? Resumiendo en pocas palabras el resultado de los diversos estudios que se h a n hecho sobre tan delicado asunto, podemos afirmar que ciertamente San Cirilo tenía facultad para comenzar las sesiones del concilio, y, por consiguiente, las decisiones que tomó fueron enteramente válidas. La razón es porque había recibido plenos poderes del Papa para resolver aquellas cuestiones, y estos poderes no le habían sido levantados. Por tanto, no hizo otra cosa sino usar la facultad que ya poseía. Otra cuestión ulterior, que no atañe a la validez de las primeras decisiones, es si hubo precipitación y si hubiera sido más prudente aguardar la llegada de los antioquenos y, sobre todo, de los legados pontificios. Para explicarse la actitud y conducta de San Cirilo, conviene tener presente, que él sabía muy bien que el emperador, contra el designio del Papa, quería a todo trance fuera presidente del concilio Juan de Antioquía, y así, Cirilo se vio precisado a tomarle la delantera con los hechos consumados. A esto se añade el temor bien justificado de que, no habiendo llegado todavía los legados pontificios, el representante del emperador, allí presente con gran aparato de fuerza, cometiera alguna violencia. Hay más. Modernamente se ha apuntado otra solución. Resulta sumamente probable y muy verosímil que Cirilo hubiera recibido carta expresa del Papa o de los mismos legados con el permiso y aun el ruego de dar comienzo al 71 Además de las obras generales, véanse en particular DUCHESNE, L., Hist eme... III 349 n.l; GALTIER, P., Le centénaire d'Ephése. Rome et le concile eri RechScRel 21 (1931) 275s. En particular: ALES, A. D'. Le dogme... p.l39s.

530

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

concilio. Esto se confirma teniendo presente la suposición de algunos historiadores de que el patriarca J u a n de Antioquía hacía tiempo en las cercanías de Efeso con el fin de que se condenara la doctrina de Nestorio, con lo cual él estaba conforme; mas, por otra parte, no se atrevía a apoyar con sus votos esta condenación 72 . 4. Continuación y resultado del concilio.—El hecho es que se celebró la primera sesión y1 que el entusiasmo del pueblo, al conocer su resultado, fue desbordante l i . En cambio, el conde Candidiano, delegado imperial, elevó la más solemne y ruidosa protesta. Mas Cirilo no se dejó amedrentar. Al punto envió al emperador el anuncio minucioso de todo lo ocurrido; pero, al mismo tiempo, los nestorianos y el mismo Candidiano enviaron también sus mensajeros. Por otra parte, Juan de Antioquía hizo en seguida su entrada en Efeso, y, asediado por los partidarios de Nestorio y los dignatarios de la corte, procedió rápidamente a deponer por su parte a Cirilo y Memnón, como culpables de arrianismo y apolinarismo. Mas no dijeron nada sobre Nestorio, ya que Juan de Antioquía lo consideraba culpable. Estando así las cosas, llegaron finalmente los legados pontificios. Uno de ellos leyó inmediatamente u n a carta del Papa en la que se acreditaba a San Cirilo para que exigiera a todos la aceptación de su sentencia. Por su parte, San Cirilo comunicó a los legados todo lo sucedido en la primera sesión, y al punto fue aceptado y firmado por ellos. Por tanto, si en algún concepto existía alguna duda sobre la validez de los primeros actos, todos ellos quedaron subsanados con esta actuación de los representantes del Papa. Hecho esto, continuó el concilio sus tareas. En las sesiones cuarta y quinta, del 16 y 17 de julio, se trató de Juan de Antioquía y sus partidarios disidentes, que formaban un segundo concilio. Fueron éstos citados hasta tres veces; mas, como no comparecieran, fueron excomulgados. Finalmente, en la sesión sexta se dieron seis cánones, en los que se condenó de nuevo a Nestorio, al pelagiano Celestio y a sus partidarios 7 4 . La última sesión (séptima) tuvo lugar el 31 de julio. ri Se confirma, por otro lado, que los obispos J u a n de Apamea y Alejandro de Jerusalén, encargados por J u a n de Antioquía de d a r explicaciones a San Cirilo, parece le comunicaron que podía d a r comienzo al concilio. 13 Esta primera sesión se celebró el 22 de junio de 431, en presencia de 153 obispos. Véase SCHWAHTZ, De episcoporum catalogis concilii Ephes. I, en Miscell. Enríe (R. 1924) II S6s. 74 Hay que tener presente que el mismo Nestorio, en El libro de Heráclides, obra recién descubierta, presenta todos estos hechos bajo u n a luz muy favorable a su causa. Pero es necesario ponerse en guardia contra su exposición, enteramente parcial y tendenciosa: SCIMONI, L., Ricsrche sulla cristotogia del libro di Eraclide di Nestorio (Frib. de S. 1956).

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO (431)

531

5. Teodosio II y el concilio de Efeso.—Ahora bien, en presencia de todos estos hechos, ¿qué hizo el emperador? Por ambas partes se reclamaba con gran insistencia su apoyo. Es verdad que la causa de Nestorio podía darse por perdida. Mas, por otra parte, Teodosio II estaba resentido y muy prevenido contra San Cirilo. Así se explica la decisión que tomó, consistente en aceptar las decisiones de los dos bandos, es decir, que los dos jefes, Nestorio y Cirilo, fueran depuestos y desterrados. Esta decisión produjo en el pueblo cristiano un efecto fulminante. Al ser proclamado en Efeso por un delegado imperial, levantóse un tumulto espantoso. Ambos partidos quedaron descontentos. Mas lo peor del caso era que los amigos de J u a n de Antioquía tenían bloqueado a Teodosio II, y no había modo de hacer llegar a sus oídos noticias verídicas. Por fin, un santo abad, muy estimado en la corte por sus virtudes, logró introducirse llevando multitud de papeles e informes escondidos en el interior del bastón que le servía de apoyo, y, presentándose al emperador, le expuso con gran claridad y firmeza toda la verdad. El resultado fue que Teodosio quedó completamente convencido de la justicia que asistía a San Cirilo y a la causa ortodoxa. Según parece, San Cirilo, profundo conocedor de la corte oriental, acudió en este caso al medio de ganar para su causa por medio de donativos a algunos empleados imperiales. Así Teodosio dio finalmente su consentimiento a la publicación de las decisiones del concilio. Nestorio había sido sacrificado en aras de la ortodoxia. Inmediatamente fue desterrado por Teodosio al monasterio de Eutropio, cerca de Antioquía. Como patriarca de Constantinopla, fue nombrado en lugar suyo el monje Candidiano. En cambio, mantuvo a todo trance la decisión de que tanto los partidarios de San Cirilo como los de Juan de Antioquía, gozaran de la más absoluta libertad.

IV.

DESPUÉS DEL CONCILIO DE EFESO

Con todas estas medidas del concilio y del emperador Teodosio II, no hay duda que substancialmente quedaba triunfante la ortodoxia católica. La voluntad del Papa había sido acatada por los elementos oficiales y la mayor parte de los prelados. 1. Edicto de unión de 433.—Sin embargo, el Oriente quedaba dividido, no sólo porque todavía existían muchos que más o menos abiertamente profesaban las doctrinas nestorianas, sino porque existía otro sector importante e influ-

532

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

C.6. NESTORIANISMO. CONCILIO DE EFESO ( 4 3 1 )

yente que miraba con recelo a San Cirilo. El patriarca Juan de Antioquía, que gozaba de gran prestigio entre los elementos eclesiásticos y en la corte imperial, y Teodoreto de Ciro, muy acreditado por su talento y erudición, continuaban en su creencia de que el patriarca de Alejandría San Cirilo, al oponerse con sus doce anatematismos y con otros escritos a la doctrina nestoriana, había incurrido en el error opuesto, característico de la escuela de Alejandría. En realidad, algunas expresiones empleadas por él dan pie a esta interpretación errónea, y, de hecho, los rnonofisitas, que luego predominaron en Alejandría, lo presentaron siempre como partidario suyo. Por todo esto se explica perfectamente el recelo de Juan de Antioquía y, sobre todo, de Teodoreto de Ciro. Por esto, si en el primero cabe algún apasionamiento por la oposición de sus respectivas escuelas, no así en el segundo, defensor constante y acérrimo de la ortodoxia. Ambos se apartaron decididamente, después del concilio de Efeso, de la doctrina y de los partidarios de Nestorio; pero se mantuvieron igualmente alejados de Cirilo. Por esto, los dos años que siguieron al concilio estuvieron llenos de discusiones y embajadas sumamente difíciles. Los mutuos recelos en cuestiones doctrinales se oponían constantemente y amenazaban con aumentar más todavía la división. El emperador, que siguió siempre mostrando su simpatía y prestando su apoyo a Juan de Antioquía, manifestó claramente su deseo de que se llegara a la unión. En estas circunstancias t a n difíciles debe considerarse como u n mérito indiscutible de San Cirilo que, no obstante ser él quien representaba oficialmente la ortodoxia y ostentaba la representación del Papa, supo allanarse a su rival, dándole toda clase de explicaciones. Como a Juan de Antioquía le escandalizaban algunas expresiones y modos de hablar de San Cirilo y, a u n después de convencerse del sentido ortodoxo que tenían en la mente del Santo, exigía que éste las eliminara de sus escritos, con el fin de quitar todo pretexto a los enemigos de la verdadera fe, renunció a dichas expresiones, con lo cual desapareció la última dificultad que aún persistía, dejando, como es natural, bien a salvo la doctrina de Efeso sobre la unidad personal de Cristo. El resultado final de esta delicada controversia fue el célebre edicto de unión de 433, que debe ser considerado como complemento indispensable del concilio de Efeso de 431. El convenio y la unión se realizaba entre San Cirilo, patriarca de Alejandría, y Juan, patriarca de Antioquía. Realmente, San Cirilo pudo entonar u n himno de acción de gracias, como lo hizo en su famosa carta Laetentur caeli. Juan de Antioquía se hacía eco de los mismos sentimientos con

otra carta circular de tonos idénticos. El papa Sixto III (432-440) aprobó plenamente y de corazón todo lo sucedido 75. Pero Teodoreto de Ciro no había abandonado sus recelos contra el supuesto monofisitismo de San Cirilo 76 . Por esto, precisamente en este tiempo, compuso algún trabajo en que trataba de refutar al santo patriarca de Alejandría, lo cual fue m á s tarde piedra de escándalo, que promovió grandes discusiones en la Iglesia. Algunos críticos más sagaces creen vislumbrar en el fondo de toda esta cuestión la dificultad natural que sentía Teodoreto de abandonar definitivamente a su antiguo amigo íntimo Nestorio. Pero, al fin, también él tuvo que ceder. Como era profundamente ortodoxo y San Cirilo probó evidentemente que también lo era, Teodoreto aceptó en 444 el edicto de unión de 433, con con lo que se llegó a la verdadera paz entre los defensores de la ortodoxia 77 . El Romano Pontífice San León Magno (440-461) tuvo u n a parte muy activa en esta última reconciliación.

533

2. Suerte ulterior de Nestorio y el nestorianismo.—Entretanto, no quedaba muerto el nestorianismo. De momento procuró ocultarse mientras resonaba sobre él la tempestad de la persecución imperial. Nestorio, por su parte, aunque aparentemente sumiso, continuaba desde su retiro manteniendo el fuego de su causa. En este primer período de su desgracia compuso la obra titulada Tragedia y otra m á s dogmática, la Theopaschita. Ambas tuvieron u n efecto fulminante. Las pasiones, ya medio apaciguadas, volvieron a agitarse. Por esto, en previsión de nuevos disturbios y para evitar las discusiones religiosas, el año 434, Nestorio fue conducido al interior de la Arabia, donde permaneció algún tiempo. Mas como también aquí continuara sus agitaciones, fue trasladado a u n lugar denominado Oasis de Egipto, que era una especie de prisión de Estado en el alto Egipto 7S . Allí fue donde compuso el Libro de Heráclides, descubierto hace poco. Es u n a verdadera defensa propia, unida a u n a dura crítica de las decisiones tomadas por el concilio de Efeso. Tomando, pues, las palabras de Nestorio con exce75

Véanse:

JUAN DE ANTIOQUÍA, Epist.

en MANSI, V 813S;

SIXTO III en

MANSI,

V 326,374s; SAN CIRILO, Epísr. 31-34 40 45s; en MANSI, V 285-301S. Véase la profesión de fe de J u a n de Antioquía en MANSI, V 781-783, y la epístola Laetentur caeli de SAN CIRILO, epist.39. 76 Sobre los acontecimientos q u e siguen, véase en particular: LIBERATUS DE CARTAGO, Breviarium causae Nestarianorum et Eutych. en PL 68,969-1952; FACUNDUS DE HERNIANO, Pro defensione Trium Capit. ed. DEVRESSE en StudiT 57 ÍR. 1932); ID., Le debut de la querelle des Trois Chap. en RevScRel 11 (1931) 543S; BARDY, G., De Vade d'union á la mort de Proclus (433-446) e n FLICHEMARTIN,

IV 197s.

77 Por delicadeza, se dispensó a Teodoreto de condenar expresamente a Nestorio. Véanse: Synodicon 122; TILLEMONT, Mémoire Obras ed C HALM en CorpScrEccILat 1 1866; BABUT, St. Martin (1912); CATRE, F., Patrologie I 545-546; ALTAMER, B., Patrología 163.

de

Tours

C.9. APOGEO DE LA LITERATURA OCCIDENTAL

567

el año 400; la Vida de San Martín, publicada el año 400, y dos diálogos que tienen por tema igualmente a San Martín de Tours. De estas obras, la de más valor es la primera, en que domina cierta sobriedad y crítica. En las que se refieren a San Martín se limita a referir todo lo que se contaba de su héroe, por lo cual resultan aromáticos ramilletes de leyendas populares. 5. Iglesia africana.—En la iglesia africana brilla con gran esplendor el incomparable San Agustín 170. A su lado se puede decir que casi desaparecen los demás escritores contemporáneos suyos, y después de su muerte, que coincide con la conquista del norte de África por los vándalos de Genserico, casi se extingue la fecunda estirpe que había dado a la Iglesia un Tertuliano y un Cipriano. Sin embargo, merecen ser recordados por sus actividades literarias: el obispo de Cartago, Aurelio (f 435), que escribió una célebre carta contra los pelagianos; el íntimo amigo de San Agustín, Posidio, quien, ya como monje, ya como obispo, le asistió en todos sus trabajos y ayudó en sus luchas contra la herejía. A la muerte de San Agustín escribió su vida, que es lo que le ha dado renombre. Mario Mercator, quien, aunque africano de origen, pasó casi toda su vida fuera de su patria e intervino con algunos escritos en la controversia pelagiana. II.

DESDE 430 HASTA SAN LEÓN MAGNO (f

461)

Después de la muerte de San Agustín, la Iglesia occidental, en plena descomposición por efecto de los trastornos producidos por las invasiones de los pueblos bárbaros, se halla como exhausta y sólo puede presentar ingenios de segunda categoría. Mas poco a poco se fue levantando de nuevo, hasta que a mediados de siglo apareció el gran papa San León (440-461), quien volvió a renovar las glorias de un Ambrosio y un San Agustín. 1. En las Galias.—El núcleo principal de escritores aparece al sur de las Galias y en torno a la cuestión semipelagiana. Por esto ya se ha hecho mención de ellos en otro lugar. Entre los defensores de la ortodoxia se distinguió extraordinariamente San Próspero de Aquitania (f 463) m , de quien poseemos diversas obras que lo acreditan como polemista, exegeta e historiador. En sus polémicas contra los semipelagianos compuso diversos tratados, en los que trató 170 171

Véase a r r i b a p.503s. Obras en PL 51. Véanse: BARDY, artíc. en DictThCath: PELLAND, L., S. Prosp. Aquit. doctrina de praedestinatione (Montreal 1936); CAYRÉ, F., Patrologie II 180-186; BARDENHEWER, O., Geschichte... IV 533-541.

v

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 568 de suavizar la doctrina de San Agustín sobre la perseverancia y otros puntos impugnados. En su comentario a los 51 primeros salmos se apoya principalmente en San Agustín, y en su Crónica resume a San Jerónimo y Rufino, cuya historia continúa por su cuenta desde 379 a 455. De importancia especial en el campo de la dogmática y de la ascética son los escritos del grupo de los semipelagianos, particularmente del célebre Juan Casiano (f 435) m, abad del monasterio de San Víctor de Marsella e iniciador, de buena fe, de esta doctrina errónea. Nacido en Escitia, pasó una buena parte de su vida en el Oriente, ya en Belén, ya en Egipto, donde aprendió la vida de los solitarios. En Constan tinopla fue ordenado de diácono el año 400 por San Juan Crisóstomo, y, finalmente, hacia el año 410 se hallaba en Marsella, donde poco después fundó un doble monasterio, para hombres y para mujeres. Hasta su muerte, ocurrida en 435, se entregó de lleno a la vida ascética y de dirección espiritual, y, juntando a esto su extraordinaria erudición, llegó a gozar de gran prestigio en la Iglesia occidental. Son célebres, sobre todo, sus Colaciones o tratados ascéticos. Además, como organizador de la vida monástica en Occidente, compuso el tratado Sobre las instituciones de los cenobios. Finalmente, consultado por el Romano Pontífice sobre los errores nestorianos, tuvo ocasión de profundizar esta herejía, y poco antes de su muerte escribió la obra Sobre la encarnación del Señor, dirigida contra Nestorio. En todos estos libros campean sus conocimientos patrísticos y su eximia piedad. Al lado de Casiano deben colocarse, como amigos y partidarios suyos en las cuestiones semipelagianas, Vicente de Leríns (f ca. 450), autor, además de otras obras desaparecidas, del célebre Commonitorio; el obispo Fausto de Riez (f ca. 495), a quien se deben dos hermosos tratados, Sobre la gracia y Sobre el espíritu y la fe m. Fuera del círculo de los opositores y partidarios del semipelagianismo, podemos señalar todavía algunos nombres de escritores ilustres de las Galias. Tales son: Salviano de Marsella (f ca. 470), originario de Tréveris, pero que pasó toda su vida primero en Leríns, luego en Marsella; escribió dos obritas que le dieron bastante a conocer, una Contra la avaricia y otra Sobre el gobierno de Dios. Claudiano Mamert (f 474), 172 Obras en PL 40-50; ed. PETSCHENIG en CorpScrEcclLat 13,17 11886-1888); GODET, artíc. en DictThCath; CABROL en DictArchLit; LAUGIER, J., Jean Cassien et sa doctrine sur la gráce (P. 1908); CAMELOT, P. TH., artíc. Johannes Cassianus: LexThK 5 1016-1017 (1960); ID., artíc. Jean Cassian: DictHistGéogr 11 1319-1348; ID., artíc. Giovanni Cassiano: EncCatt 3 1001-1004; CRISTIANI, L. (Estudio sobre J. Casiano) 2 vols. (S. Waudrille 1946); WEBER, H. O.. Die Stellung Cassians zu Mónchtradition (Góttingen 1954); GUY, J. CL., Jean Cassien. Vie, etc., doctrine spirituelle: Théol. pastorale et spirit. 9 ÍP. s. a.). 173 Véase arriba, notas 51 y 55, donde se h a l l a r á n datos más completos y bibliográficos sobre estos autores.

C.9. APOGEO DE LA LITERATURA OCCIDENTAL

569 presbítero de Viena de Francia, se distinguió por su erudición, según se manifiesta claramente en su obra Sobre la naturaleza del alma. Más célebres todavía son San Honorato (t 429), obispo de Arles desde 426, con su regla para los monjes del monasterio de Leríns, fundado por él; su discípulo y sucesor en la sede, San Hilario de Arles ( | 449), quien dio a conocer su nombre con la vida de San Honorato. Dignos de mención son, finalmente, algunos poetas que honraron en este tiempo la fe cristiana de las Galias. Ante todo, Próspero de Aquitania Cf ca. 463), con su poema Sobre los ingratos, en defensa de las ideas agustinianas; Paulino de Pella (f 459), con sus Confesiones en preciosos y sentidos versos llamados eucarísticos, y Paulino de Périgueux (f ca. 490), con su poética Vida de San Martin. 2. En Italia. San León Magno.—En Roma brilla al fin de este corto período el Romano Pontífice San León Magno (440-461) m . Tocóle vivir en una época de franca decadencia general y llena de trágicos acontecimientos; mas por eso mismo se levanta más esbelta su figura de gobernante y de doctor, digno de ponerse al lado de las primeras lumbreras de la Iglesia occidental. Elevado San León Magno a la sede pontificia en ocasión bien difícil para la Iglesia, manifestó sus dotes de gobierno y la genialidad de su carácter con ocasión de las invasiones de Atila y de Genserico, y en el régimen interior de la Iglesia, contra el monofisitismo y demás herejías de su tiempo. Por todas estas razones es designado con el título de Magno. Su producción literaria consta casi exclusivamente de sermones, que nos permiten calificarlo de perfecto orador, con una elocuencia clásica, siempre solemne y elevada, doctrina sólida y frase bien contorneada. Se conservan 96 sermones auténticos, pertenecientes a la 174 Pueden verse ante todo: BARDENHEWER, IV 617; ALTANER, 244S; Obras: PL 54.56; TIIXEMONT, Mémoires... 15.414S; BATIFFOL, artíc. en DictThCath; ID., Le Siége Apost. p.417s; SAINT-CHERON, A. DE. Hist. du pontificat de S. Léon le Gr. (P. 1845); KUHN, P H . , Die Christologie León l (1894); RÉGNIER, A., S. Léon le Grana en Les Saints (P. 1910); RUIZ-GOYO, J.. Carta dogmática de S. L. M. a Sto. Toribio, obispo de Astorga en EstEcl 15 (1936) 367s¡ ID., El •Tomus» de S. L. M. a 449 ibíd. 14 (1935) 244s; JALLAND, T., The Ufe and times of St. Leo the Great (L. 1941); Sermones Escogidos trad. por C. SÁNCHEZ ALISEDA (M. 1945); BREZZI, P., S. Leone Magno (R. 1947); FERNÁNDEZ, C , La gracia según San León Magno (México 1951); SCHREIBER, A., artíc. Leo 1, der Grosse: LexThK 6 945-946 (1961); ID., artíc. Léon L DictThCath 9 218-301; ID., artíc. Léon I: DictArch 8 2532-2523. Con ocasión del centenario de 1951: NICOLÁS, M. J., La doctrine christologique de Léon le Grand: RevTom 51 (1951) 609-662; Du MANOIR, P. H., Saint Léon et la définition dogmatique de Chalcédoine: L'Ann.Théol (1951) 291-304; LAURAS, A., Saint Léon le Grand et la Tradition: RechScRel 48 (1960) 166-184; LD., Etudes sur Saint Léon le Grand: RechScRel 49 (1961) 481-499; JUAN XXIII, Encíclica «Aeterna üei Sapientia» (15 centén, de la muerte de S. L.): AAS 53 (1961) 785-803; VALDERRAMA. G., S. León M. y la unidad de la Igl. según la carta encicl. .Aeterna Dei Sapientia»: Stud. Avila 1-2 (1961-1962) 305-321; KONIG. F., S. Leone Magno dottore dell'unitá della Chiesa: Ángel 39 (1962) 277-293; WICHT ROSSEL. J. J., Pensamiento y personalidad de un defensor de la Iglesia: San León Magno I, papa (440-481): Unitas Esp. 1 (1962) 112-129; S. LEÓN MAGNO, Homilías sobre el año litúrgico. Ed. por M. GARRIDO, O. S. B.; BAC, 291 (M. 1969),

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 570 primera parte de su pontificado y predicados en su mayoría con ocasión de las fiestas del Señor y de los santos. Algunos entre ellos tocan puntos morales o teológicos, como contra Eutiques, y algunos son homilías sobre el Nuevo Testamento. Fuera de esto, poseemos una colección de 143 cartas, que tratan en su mayor parte cuestiones dogmáticas o litúrgicas y revelan claramente toda la grandeza de este ilustre Pontífice. Sin rayar tan alto como San León, pero con destellos de fogosa elocuencia, brilla igualmente San Pedro Crisólogo 175, muerto en 450. Como obispo de Ravena, se distinguió por su acerada defensa de la ortodoxia, y llegó a adquirir tal renombre, que, invocado en 448 por Eutiques como arbitro en sus discusiones dogmáticas, escribió aquella preciosa epístola en la que remitía al heresiarca al juicio del obispo de Roma. Es particularmente célebre por sus sermones, que se caracterizan por su densidad de ideas y elocuencia arrebatadora. Son conocidos 176, entre los cuales algunos no son ciertamente auténticos. En ellos presenta un coniunto de doctrina bastante completo sobre los principales dogmas cristianos y sobre la Santísima Virgen. Sin salir de Italia, podemos notar todavía: a Máximo (f ca. 465) m, obispo de Turín, quien hacia el año 430 se distinguía como gran predicador y de quien se conserva un número considerable de homilías; y sobre todo Arnobio el Joven ,77, de origen probablemente africano, pero que a mediados del siglo v era monie en Roma. Destacóse de un modo especial como partidario de los semipelagianos, como aparece particularmente en su Comentario a los Salmos. Más renombre en el campo católico le dieron otras obras: la Exposición al Evangelio, en que presenta diversas notas y comentarios a los Evangelios; el libro titulado Conflictos del católico Arnobio con Escisión egipcio, que es una excelente refutación del monofisitismo, y probablemente también, según el crítico Dom Morin, el célebre tratado Praedestinatus, que significaría en Arnobio una vuelta a las ideas agustinianas sobre la predestinación.

III.

DESPUÉS DE SAN LEÓN MAGNO (461-590)

La decadencia general del Occidente, iniciada después de la muerte de San Agustín y motivada especialmente por la invasión de los pueblos bárbaros y el hundimiento del Imperio, aparece muy particularmente bajo el aspecto intelectual, 17íi Obras: PL 52; BOEHMER, G., Petrus Chr. ais Prediger (1919); CAYRÉ, J.. Patrologie II 150-151; BARDENHEWEB, O., Ceschichte... IV 606-610. 176 Obras: PL 57. 1,7 Obras: PL 53; MORIN, G., Anécdota Maredsol. 3,3 (1903) 129S; LABRIOLLE, artíc. en DictHistGéogr; AMANN, Praedestinatus artíc. en DictThCath.

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571 cultural y literario. Sin embargo, aunque a través de la segunda mitad del siglo v y durante todo el siglo vi sigue manifestándose el mismo estado de decadencia, a partir de San León Magno, y a medida que se iban afianzando los nuevos pueblos establecidos en el territorio del antiguo Imperio, se advierte cierto resurgimiento de la literatura cristiana y aparecen diversos escritores de bastante consideración. 1. San Cesáreo de Arles (470-543) 178.—Ante todo es digno de mención San Cesáreo de Arles, gran debelador de la causa semipelagiana en su última fase, gran predicador popular, promotor de la vida monástica y defensor de los intereses cristianos entre los trastornos políticos de su tiempo. Su producción literaria más insigne la forman sus sermones, que por su solidez doctrinal, nervio oratorio y unción cristiana se pueden parangonar con los mejores de la Patrología latina; pero, además, nos dejó dos reglas, tituladas Ad virgines y Ad monachos, y dos tratados teológicos de escaso valor. 2. San Avito de Viena (450-518) 179.—Por su actividad incansable en la conversión de los borgoñones y en la organización de la iglesia franca, merece figurar aquí San Avito de Viena de Francia. Por esto h a sido designado como «columna de la iglesia borgoñona», y merece ponerse al lado de San Cesáreo de Arles y San Remigio de Reims. Desde el punto de vista literario, es célebre sobre todo por sus Libelli de spiritualis historiae gestis, poema original en más de dos mil hexámetros sobre la creación, pecado original, etc., que viene a ser como una especie de historia universal. Escribió dos libros Contra la herejía de Eutiques y un buen número de cartas. 3. San Gregorio de Tours (539-593) 18°.—Con su actividad eclesiástica fue en cierto modo el continuador de los anteriores, por lo cual contrajo u n mérito incomparable en la defensa de los intereses eclesiásticos, en la protección de los humildes frente a los abusos de los grandes y en el mantenimiento 178 Obras: PL 67; ed. G. MORIN, Sermones (Maredsous 1937). Véanse también MonGermHist, Leg. 3; Conc. I (1893) pp.35-61; ibíd. Epíst. 3 (1892) pp.35-48; CHAILLAN, M., E. Césaire en Les Saints (P. 1921); ALES, A. D, Cés. y Hermas en RechScRel (1938) 290S; ID., Sobre la ed. de Morin Ibíd. 315-84; CAMELOT, P. T H . , artíc. Caesarius v. Arles: LexThK 2 964-965; LEJAY, P., artíc. Caesaire d'A.: DictThCath 2 2168-2185; BARDT, G., artíc. Caesaire d'A.-. DictSpir 2 420-429. 179 Obras: PL 59. Cf. MonGerm ed. TURNER, Auct. Ant. 62 (1883); VERNET. artíc. en DictThCath; BURCKHARDT, M., Die Briefsammlung des Bischofs Av. von V. (1928); FISCHER, J. A., artíc. Avitus v. Vienne: LexThK 1 1154-1155; BARDENHEWER, O., Ceschichte... V 337-345; ID., Acta SS., febr., 1 660-669. 180 Obras en PL 71; ed. W. ARNDT en MonGermHist. Script, rer. Mer. 1

(1884-1885);

7

(1919-1920) 757-759;

LECLERCQ, a r t í c .

en

DictArch

4 1711-1753;

BON-

NET, M., Le latin de Gr. de Tours (P. 1890); RAHNER, H., artíc. Gregor v. Tours-. LexThK 3 1193-1194; BARDENHEWER, O., Geschichte... V 357-367; CAYRÉ, F., II 264-267.

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 572 del espíritu cristiano de las Galias. Fue al mismo tiempo gran admirador de las glorias españolas e íntimo amigo de los prohombres de la Iglesia visigótica. Su gloria literaria está basada en sus escritos de carácter histórico. Estos son, ante todo, su Historia francorum, en diez libros, que es propiamente una historia universal. Los libros más interesantes son el II y el III, en que refiere la conversión de Clodoveo y la historia de los reinados siguientes. En los libros IV-X se entretiene largamente en la trágica historia de Brunequilda y Fredegunda. Su estilo es imperfecto, y su crítica, muy deficiente. Sin embargo, la obra es de gran valor, pues es casi lo único que poseemos de este período revuelto de la historia franca. Además, escribió San Gregorio de Tours una colección de vidas de santos, entre las cuales sobresale De virtutibus Sancti Martini.

4. Venancio Fortunato (530-600) 1S1.—En último término citaremos a Venancio Fortunato, nacido en el norte de Italia, cerca de Treviso, hacia el año 530, quien en 556 hizo una peregrinación al sepulcro de San Martín de Tours y se quedó luego en Poitiers, donde fue consagrado obispo poco antes de morir. Su gloria principal la constituyen sus poesías, las cuales, aunque algunas de ellas adolecen del mal gusto de su tiempo, demuestran u n a inspiración religiosa nada despreciable. Tales son, ante todo, los himnos de la pasión que ha tomado la Iglesia en su liturgia: Vexilla Regis prodeunt; Pange lingua gloriosi; Quem térra, pontus aetera. Además conservamos de él las Leyendas de santos y, sobre todo, una Vita Sancti Martini, junto con u n a breve explicación del padrenuestro y del credo. 5. Escritores de Italia.—La península Italiana siguió durante este lapso de tiempo los vaivenes y cataclismos de las invasiones, si bien llegó a obtener u n a relativa estabilidad con el reino de los ostrogodos, organizado por Teodorico el Grande, y más tarde por la dominación bizantina. Merece ser nombrado en primer lugar el papa San Gelasio I (492-496)182, quien desarrolló gran actividad, particularmente en el asunto del cisma oriental de Acacio. Por otra parte, fue escritor abundante y nos legó multitud de decretales y otros documentos pontificios, así como también diver181

Obras: PL 88; ed. F. LEO en MonGermHist, Auct. Ant 4 (1881-1885)- 7 (1919-1920) pp.205s, 337S. 182 Véanse: Obras: PL 59,74; CABROL, artíc. en DictArchLit- CAPELLE B L'oeuvre liturgique de S. Célase en JournThéolS nuevo ser., 2 (1951) 129s Asimismo; BAUS, K., artíc. Celasius /.- LexThK 3 630; HOFMANN F Kampf für Chalkedoni Das Konzil v. Chalk. 2 52-68; GELASE, L, Lettre contre les lupercales et Dix-huit messes du Sacramentaire lionlen. Introd. por G. POMARES- SourcChr 65 (P. 1959); CAPELLE, B., Messes du Pape S. Celase dans le Sacramentaire de Verone: Travaux 2,79,105. Otros trabajos: ib. 106-115 116-134 135-145- ID. L'oeuvre liturgique de S. Gélase: ib. 146-160

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sas obras teológicas. Son célebres tres tratados que tienen por tema el cisma de Acacio y otros varios sobre asuntos dogmáticos. Es digno de mención particularmente el llamado Decreto gelasiano, en el cual se t r a t a n variados argumentos teológicos y se contiene u n a lista de los libros canónicos, que es la que utilizó más tarde el concilio de Trento, así como también otra de los escritos apócrifos. Entre éstos se hallan las dos cartas de Jesús a Abgar y de Abgar a Jesús. Sin embargo, no consta suficientemente que este decreto sea del papa Gelasio I; pero lo que resulta positivamente improbable es que él sea el autor del Sacramentarlo que lleva su nombre. 6. Boecio (f 525) 183.—Dejando, pues, aparte a los Romanos Pontífices, el más insigne, sin duda, entre los escritores eclesiásticos de Italia fue Anido Boecio, nacido en Roma del linaje de los Anicios en 480. Dotado de grandes dotes naturales, realzadas con la sólida formación que recibió en Atenas, mereció durante mucho tiempo la confianza de Teodorico, quien lo hizo cónsul en 510 y luego mayordomo de palacio. En estos cargos importantes continuó durante bastantes años, hasta que la malevolencia de algunos émulos suyos le hizo sospechoso de alta traición delante de Teodorico, por lo cual fue mandado ajusticiar. Boecio fue u n hombre de sorprendente erudición, gran orador, profundo filósofo y teólogo e inspirado poeta, de lo que nos dan pruebas excelentes los numerosos escritos suyos que se nos h a n conservado. En teología compuso cinco opúsculos, de los cuales son dignos de notarse el Liber de sancta Trinitate y el Liber contra Nestorium et Eutichen. Más importantes, por su mayor originalidad y fecundidad, son sus trabajos filosóficos, de los cuales consta que escribió hasta veinte; varios de ellos son las célebres traducciones de Aristóteles y Porfirio. Entre las obras originales adquirió gran celebridad De consolatione philosophiae, que es u n diálogo que trata de probar que la felicidad se encuentra sólo en Dios. A pesar de este argumento, el diálogo no es específicamente cristiano. Boecio puede ser considerado como u n mediador entre la doctrina aristotélica y la escolástica medieval. 183 Obras-. PL 63-64; BOURQUABD, L. C., De Boetio christiano viro, philosopho ac theologo (Pj 1887); GETINO, L.-G., ALONSO, Severino Boecio. La consolación de la filosofía trad. de A. AGUAYO (Buenos Aires 1943); STEGMÜLLER, F., artíc. Boéthius.- LexThK 2 554-556; GODET, P., artíc. Boetius: DictThCath 2 918-922; CAPPUYNS, M., artíc.: DictHistGéogr 9 348-380-, WOTKE, F., art. Boéthius: ReallAChr 2 482-488; CARTÓN, R., Le christianisme et l'augustinisme de B.: RevPhilos (P. 1930) 573-659; SCHURR, V., Die Trinitátslehre des B. (Paderborn 1935); CHAPPUJS, G., 7a théologie de B.: Congrés d'hist. du christian. 3 (P. 1938) 15-40; GALDI, M., Saggi Boeziani (P. 1938); PERTUSI, A., La fortuna di B. a Bizancio: Mél. H. Grégoire 3 (Bruselas 1951) 301-322; RAPISARDA, E., La crisi spirituale di Boecio (Catania 1953); REICHENBERGER, K., Untersuchungen zur literar. Stellung der Consol. (Kónigsberg 1954).

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7. Casiodoro Senador (f 570) 184.—Otro de los hombres insignes de este período fue Casiodoro Senador. Originario de una noble familia romana, desempeñó cargos importantes en el reinado de Teodorico y de sus sucesores; pero hacia el año 540 se retiró al monasterio Vivarium, del sur de Italia, fundado por él, y se constituyó en promotor y mecenas de los estudios científicos, particularmente la copia de manuscritos, antes que los benedictinos. Se distingue por la universalidad de sus conocimientos, comparable con la de San Isidoro de Sevilla, y por su afición al realismo práctico. Por esta causa, sus obras más importantes fueron luego muy usadas como manuales de instrucción. Entre sus obras son dignas de mención: Las instituciones de las lecciones divinas y seculares, magnífica introducción a los estudios teológicos y resumen de las siete artes liberales, y la Historia eclesiástica tripartita, de que tanto uso se hizo en la Edad Media. Del mismo modo fue muy utilizado el comentario a los Salmos, que Casiodoro tituló Complexiones in psalmos. De gran importancia histórica y cultural son sus doce libros de cartas, que contienen decretos de Teodorico, redactados por Casiodoro, que luego sirvieron de modelo en las cancillerías medievales. A estos nombres, de vasta resonancia en el campo literario de la antigüedad cristiana, podemos añadir otro que descuella también bajo algún concepto en la Italia de este tiempo. Es Dionisio el Exiguo (f 540)185, de nacionalidad escita, pero que vivió casi toda su vida como monje en Roma. Allí se distinguió por su vasta erudición. Su actividad literaria se manifestó en diversas traducciones del griego y en u n a célebre colección de decretales pontificias y cánones conciliares; asimismo, en la llamada Colección Dionisíaca. Por otra parte, es bien conocido que él fue quien realizó los cálculos para fijar e introducir la era cristiana e hizo asimismo el cálculo alejandrino de la Pascua. No podemos dejar de mencionar aquí las recientes y atrevidas teorías del P. Peitz, expuestas en el Congreso de Derecho en Madrid en 1948. Finalmente, es digno de mención el Líber Pontificalis m, que tuvo su origen en este tiempo y es, indudablemente, una 184 Obras-. PL 69-70. Diversas obras en MonGermHist, Auct. Ant. 12 (1894); MINASI, G., Cassiodoro Senatore (Ñapóles 1895); BATIFFOL, P., artíc. Cassiodore en DictBibl; GODET, P., artíc. Cassiodore en DictThCath; WACKENZAPP, H., artíc. Cassiodorus: LexThK 2 970-971; CAPPUYNS, D. M., artíc. Cassiodore: DictHistGéogr 11 1349-1408; HELM, R., artíc. Cassiodorus: ReallAntChr 2 915-926. ns Obras: PL 67; KBUSCH, B., Studien zur christl. mittelalt. Chronologie (1938); LEDZENWEGER, J., artíc. Dionysius Exiguus: LexThK 3 406; ID., a r t í c , DictThCath 4 448ss; ID., a r t í c : EncCatt 4 1669ss; ID., artíc.: DictDroitCan 4 1131-1152; PEITZ, W. M., Dionysius Exiguus die neuen Wege der philosoph. u. nistor. Tex. u. Quellenkritik complet. por H. FOERSTER (1960). 186 Ed. L. DUCHESNE, 2 vols. (1886-1892) (hasta Martín V, muerto en 1431); ed. MOMMSEN en MonGermHist, Gest. Pont. Rom. 1 (1898); LECLERCQ, artíc. en DictArchLitt; MARCH, J. M., Líber Pontificalis prout exstat in códice Dertusensi (B. 1925).

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de las obras fundamentales para la historiografía pontifical primitiva. Podemos distinguir claramente dos partes: la antigua y la moderna; ambas consisten en cortas biografías de los Romanos Pontífices. La parte antigua, más breve y concisa, abarca desde los primeros Papas hasta el año 530 y fue compuesta por un clérigo anónimo durante el pontificado de Bonifacio II (530-532). Como base para los primeros siglos sirvió el Catálogo Liberiano, que reunía gran cantidad de listas, estadísticas y datos históricos de los primeros siglos. Sin embargo, conviene observar que esta parte antigua es poco segura, como lo prueban las recientes excavaciones en San Pedro. La segunda parte comprende el resto de las biografías pontificias a partir de Bonifacio II, y fue obra de diversos autores y diversos tiempos. Pueden distinguirse claramente como diversas continuaciones de la obra. 8. Otros territorios occidentales.—Después de la invasión de los vándalos quedó el África, tan fecunda en nombres ilustres, privada casi por completo de savia cristiana. Esto no obstante, suenan en los libros eruditos algunos nombres que alcanzaron alguna importancia. Citemos solamente el más ilustre de todos, San Fulgencio de Ruspe (f 533)187, uno de los más insignes impugnadores del semipelagianismo. Educado cristianamente por su madre y habiéndose apropiado una formación sólida, después de ejercer algún tiempo empleos civiles, se retiró a la vida monástica. Elegido primero abad de su monasterio y luego obispo de la pequeña población de Ruspe en 508, fue desterrado, junto con otros prelados, por el rey vándalo Trasamondo. Desde Cerdeña, lugar de su destierro, pudo conocer la doctrin a semipelagiana a través de los escritos de Fausto de Riez, a quien procuró refutar con diferentes libros. Vuelto a su patria, siguió desarrollando u n a grande actividad literaria hasta su muerte. Su fecundidad literaria fue bastante relevante, y comprende obras dignas de consideración. Aunque irregular, es un buen conocedor de la teología y penetra a fondo el dogma católico. Por otra parte, es valiente y usa un estilo acerado en su polémica contra los adversarios que combate. Así lo muestra en sus tratados teológicos sobre diversos temas dogmáticos, particularmente sobre la Trinidad y la Encarnación. Igualmente, en sus obras polémicas contra los arríanos, y en particular contra Trasamondo, en su obra Sobre la fe o Regla de fe, nos presenta un verdadero compendio de la doctrina católica. De las islas Británicas es digno de mención Gildas el Sabio 187 Obras-. PL 65; LAPEYRE, G., Vane, église de Carthage NISTERS, B., Die Christologie des Fulg. von Ruspe (1930).

2 vols. (P. 1932);

576

(f ca. 570), quien el año 560 compuso la obra Sobre la destrucción de Inglaterra. IV.

LITERATURA CRISTIANA EN LA PENÍNSULA IBÉRICA

577 De sus obras conservamos el Cronicón, que es u n a continuación de San Jerónimo, desde 397 hasta 479. Escrito en forma esquemática, su mérito principal consiste en sintetizar los acontecimientos más importantes, sobre todo en lo referente a las invasiones de los bárbaros en España, de todo lo cual era testigo. Por esto, no obstante la imperfección de su estilo, se le atribuye gran importancia. Draconcio m.—A fines del siglo v brilló el poeta cristiano Draconcio, que, según todos los indicios, era español y originario de la Bética. De él dice San Isidoro m-. «Dracontius composuit heroicis versibus hexameron et scripsit luculenter quod composuit». Este poema es el segundo que él escribió, con el título de Laudes Dei, especie de himno a la creación, que luego fue refundido por Eugenio III de Toledo, con lo cual, según San Ildefonso, quedó muy mejorado. Otro poema había compuesto antes, con el título de Satisfacción, en que canta a la misericordia divina y pide perdón por la ofensa inferida al monarca vándalo, por quien había sido procesado y encarcelado. C.9. APOGEO DE LA LITERATURA OCCIDENTAL

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

188

Si echamos ahora una mirada sobre la península Ibérica, veremos cómo se va formando y preparando en este territorio aquel Estado visigótico que, uniendo toda la Península y realizando en 589 la conversión de los dirigentes arríanos, llegó en el período siguiente a constituir u n pueblo cristiano verdaderamente modelo, con u n a floración espléndida de grandes escritores. El lapso de 395 a 590 significa en España, sobre todo desde el punto de vista literario, u n período de escasez, al fin y al cabo como época de transición y de preparación. 1. Escritores del siglo V.—El siglo v, tan lleno de convulsiones y cataclismos en su primera mitad, ofrece pocos nombres de alguna resonancia en el campo de la literatura cristiana occidental. Sin embargo, podemos citar algunos. Pablo Orosio m es uno de los más dignos de mención. Era sacerdote de Braga y gran entusiasta de San Agustín, de quien se profesó discípulo. Según se ha visto, desempeñó alguna actividad en el Oriente el año 415 contra el pelagia nismo. De él conocemos las obras siguientes: un Commonitorium, dirigido a San Agustín, resumen de los errores priscilianistas y origenistas; la Apología contra Pelagio sobre el libre albedrío, y lo que más nombre le ha dado, una Historia que abarca desde el principio del mundo y reúne principalmente los acontecimientos de carácter religioso. Idacio (t ca. 470) 190 .—Contemporáneo de Orosio fue el cronista Idacio, que ha dejado muy buen nombre en los anales de España. Nació en Limica, reino de Galicia, hacia el 390, y, después de adquirir una sólida formación, estuvo en Oriente, donde conoció a San Jerónimo, Teófilo de Alejandría y Juan de Jerusalén. Elegido obispo de Aqua Flavia (Chaves, en Portugal), trabajó, por comisión de San León Magno, contra la herejía priscilianista, hasta que murió por el año 470. 1M Para todo este apartado, además de las obras generales, véase ante todo VILLADA, vol.2. Asimismo: ALTANER, B., Patrología apéndice p a r a España. 189 Véanse: BARDENHEWEE, IV 529s; ONRUBLA, 643s; OROSIO, Historias y Liber Apologeticus ed. ZANGENMEISTER en CorpScrEcclLat (1882); Obras: PL 31 6631216; CAYHÉ, F., Patrologie... I 546-548; DAVIDS, J. A., De Orosio et S. Augustino, priscillianistarum adversaras... (Rotterdam 1939); GARCÍA. R., Paulo Orosio, discípulo de S. Agustín: BoIUnivGran. 3 (1931) 2 28; AGUILERA, C , Perfil de Pablo Orosio...: RevCalas. 162 (M. 1955) 401-29; LACROIX, B., Oróse et ses idees (P. 1965); CORSINI, E., Introduzione alie «Storie» di Orosio (Turín 1968); VAL, U. D. DEL, Orosio, Pablo: DiccHistEcIEsp. 3, 1841-42 (M. 1973). 190 Véanse: MonGerniHist ed. MOMMSEN, Auct. Ant. 2 13s; SEEK, artíc. en PAULY-WISS. 9,1 39-43 876-879; KRAUS, H., artíc. Hydatius (Idatius): LexThK 5 554; BARDENHEWER, O., Geschichte... 4 632ss; GARCÍA VILLADA, Z., Hist. ecles. de Esp. II 266SS.

2. «Itinerario» de Eteria 193.—Finalmente, debemos citar aquí el célebre Itinerario de la virgen Eteria, que durante los últimos decenios h a sido objeto de eruditas investigaciones. Este Itinerario es el que publicó por vez primera M. Gamurrini en 1887, y en u n principio se llamó Peregrinatio Silviae, atribuyéndolo a Santa Silvia, de la que hacen mención Rufino y Paladio. Se trata de un relato muy interesante de la peregrinación hecha a Tierra Santa, con la descripción de las cosas curiosas que vio la autora del escrito, sobre todo las ceremonias de Semana Santa y semana de Pascua en Jerusalén. Con esta indicación aparece claramente el interés que suscitó el escrito en los arqueólogos. Por esto se han hecho posteriormente diversos estudios, y así, en 1903, Dom Férotin probó con bastante seguridad que el autor de dicho relato era la virgen española Eteria, y recientemente el P. Zacarías G. Villada h a confirmado la misma tesis, seña191 Ed. F. WOLLMER en MonGerniHist. Auct. Ant. 14 (1905); WEYMAN, Beitr. zur Gesch. der christl. lat. D. (1926) p.l42s; ID., Dracontii satisfactio ed. M. ST. MARGARIT (Filadelfia 1936). 192 De viris illustr. 24. 193 Véase, ante todo, el excelente resumen de VILLADA, I 2,269s. Además: ID., La lettre de Valerius aux Moines du Bierzo sur la bienheureuse Aetheria en AnalBoll 29 (1910) 377S; ID., Egeria ou Aetheria ibíd. 30 (1911) 444S; Eterie. Peregrinatio Etheriae texto publicado por J. FR. GAMURRINI en Studi e docum e n t i di storia e diritto 5 (1884) 81s; 6 (1885) 145s. Texto crítico p o r P. GEYER, Hiñera lerosolymitana saeculi 4-8. Silviae quae fertur peregrinatio... pp.35-101 en CorpScrEcclLat; FÉROTIN, DOM, Le véritable auteur de la «Peregrinatio Silviae», la vierge espagnole Etheria en RevQHist 74 (1903) 367-397; GALINDO, P., Eteria, religiosa galaica del siglo IV-V. Itinerario a los Santos Lugares (Zaragoza 1924); AVILA, B., Un diario de viaje del siglo IV: Egeria, la peregrina española (M. 1935); LOPSTEDT, E., Philol. Kommentar zur Peregrinatio (Upsala 1936); LAMBERT, A., Egeria. Notes critiques sur la tradition de son nom et celle de l'itinerarium en RevMabill 26 (1936) 71s; ID., Egeria, soeur de Galla ibíd. 27 (1937) ls; ID., L'itinerarium Egeriae vers 416 ibíd. 38 (1938) 49s; PETRÉ, H., Ethérie. Journal de voyage. Text. latín. Introd. et trad. (P. 1948).

H." de la Iglesia l

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 578 lando a Galicia como lugar probable de su nacimiento. La fecha parece debe ponerse a fines del siglo v o principios del vi.

3. En el siglo VI.—A medida que el Estado visigótico se iba consolidando, la vida y la literatura cristianas iban tomando más y más incremento; la Iglesia católica se iba consolidando y comenzaban a alborear los dorados tiempos de San Braulio y San Isidoro. 4. San Martín de Braga o Martín Dumiense (f 580) m.— Abre la lista de los hombres y escritores ilustres de este siglo. Nació en Panonia (Hungría) y pasó en su juventud largo tiempo en Oriente, donde aprendió el griego y adquirió una erudición tan grande, que San Gregorio Magno dijo de él que era el hombre más docto de su tiempo. Luego se dirigió a Galicia y allí, en Dumio, cerca de Braga, erigió un monasterio; fue elevado a su sede episcopal, y más tarde fue metropolitano de Braga. A él se debe en gran parte la abjuración del arrianismo del rey de los suevos, Teodomiro, por lo cual es designado como apóstol de Galicia. Desde el punto de vista literario aparece San Martín dominado por el mismo celo de las almas, por lo cual se distingue por sus tratados ascético-prácticos y algunos canónicos. La obra más importante y que más nombre ha dado a San Martín de Braga es la Fórmula de vida honesta, dedicada al rey suevo Mirón. Es como un plan de vida cristiana, que él reduce a la observancia de las cuatro virtudes: prudencia, magnanimidad, continencia y justicia. Del mismo tipo ascético son los opúsculos Libro sobre las costumbres, hermosa colección de sentencias prácticas; Para vencer la jactancia y varios más; las Sentencias de los Padres egipcios, que son máximas ascéticas traducidas del griego, parte por él, parte por un diácono llamado Pascasio; el tratado Sobre la corrección de los rústicos, de gran interés para conocer el estado y costumbres del pueblo suevo. El opúsculo Sobre la ira es u n a reproducción casi literal de Séneca, a quien San Martín utiliza también en otros tratados. 194 Véanse: BARDENHEWER, V 379S; VILLADA, II 2,87s; ONRUBIA, 776S; SAN MARTÍN DE BRAGA, Obras en España Sagrada 15.383S; ed. PL 72 21s; GAMS 2,l,471s; ALMEIDA, I 54S; MADCZ, J., Una nueva recensión del «De correctione rusticorum-, de Martín de Braga en EstEcl 19 (1945) 335S; Martini Episcopi Bracarensis Opera omnia ed. por CL. W. BARLOW (Nueva Haven 1950); MADOZ, J., Martín de Braga: EstEcl 25 (1951) 219-242; OBRAS: De correctione rus ticorum, y Cañones ex Orientalium Patrum synodis: PL 84,574-86; De trina mersione y De ira: PL 72,41-50; Pro repellenda iactantia, ib. 31-36; ítem de superbia, ib. 35-38; Exhortatio humilitatis, ib. 39-42; Sententiae Patrum Aegyptiorum, ib. 74, 381 y s. Asimismo algunas poesías, PL 72,51-52; COSTA, A. DE J. DA. S. Martinho de Dume (Braga 1950); MADOZ, J., Martín de Braga: EstEcl. 25 (1951) 219-42; LIEFSOTTE, A., Les idees morales de S. Martin de Braga: MélScBel. 1 (1954) 133-46; PÉREZ DE URBEL, J., San Martín y el Monaquismo: Bracara Aug., 8 (1957) 50-67; VAL, U. D. DEL, Martín de Braga: DiccHistEclEsp. 3, 142930 (M. 1973).

C.9. APOGEO DÉ LA LITERATURA OCCIDENTAL

579

Un segundo grupo de obras de San Martín Dumiense, que lo hacen particularmente apreciable, lo forman los Capítulos de Martín y la Epístola de Martín a Bonifacio. Estas obras le han dado entre los doctos fama de canonista; los Capítulos son, efectivamente, u n a colección de cánones, ordenada por materias y revisadas en su original griego, destinada a suplir otras colecciones imperfectas. Es de gran importancia como base de la gran colección Hispania, que se hizo poco después. San Martín de Braga compuso asimismo algunas poesías, que no llegaron a darle gran nombre de poeta. En cambio, sus trabajos ascéticos y canónicos lo acreditaron bien pronto de hombre eminente, y en nuestros días se ha vuelto a hacer justicia a sus méritos. Como escritores de segundo o tercer orden podemos enumerar en el siglo vi a los siguientes: Liciniano 195, obispo de Cartagena a fines del siglo vi, de quien dice San Isidoro que era muy versado en la Sagrada Escritura. De él se conservan tres cartas interesantes, sobre todo la última, dirigida al diácono Epifanio, en que se refuta el error, defendido también por Fausto de Riez, de que el alma y los ángeles no son seres espirituales. Severo de Málaga (f ca. 600)196 fue amigo de Liciniano y, además de firmar la carta anterior, según dice San Isidoro, compuso u n libro contra Vicencio, obispo de Zaragoza y apóstata en tiempo de Leovigildo. Igualmente se ha perdido otra obra suya titulada Annulus. Eutropio de Valencia (f ca. 600)197, según J u a n de Valclara, fue abad del monasterio Servitano entre 584-589, y gozaba de gran reputación. Siendo luego arzobispo de Valencia, tuvo parte muy activa, al lado de San Leandro, en el concilio de Toledo de 598. Son conocidas sus obras De distinctione monachorum, excelente apología contra los impugnadores de la vida monástica; u n a carta a Liciniano y otra al obispo Pedro. Justiniano de Valencia (f ca. 550), de mediados del siglo vi, de quien nos dice San Isidoro que compuso u n Liber responsionum ad quemdam Rusticum, en que se refutaban diversos errores arríanos y contenía doctrina muy sólida. 195 Obras en ScrEcclHispLat ed. VEGA, fase.3 en RelCult (1935); VEGA, Introd. a esta edición; FLÓREZ, España Sagrada 5,79s; AYUSO, T., Un apócrifo español del siglo VI de probable origen judío-crist. en Sefar. 4 (1944) 3s. Véase ALTANER, trad. cast. p.54s; MADOZ, J., Liciniano de Cartagena y sus cartas. Edic. crít. y est. histór. en EstOn ser.I n.4 (M. 1948); PLATERO RAMOS, J. A., Liciniano ide Cartagena y su doctrina espiritualista (Oña 1946). Véase: S. ISIDORO, De •viris illustr. 42. Obras: Se conservan tres cartas: Ad Epiphanium; Ad Gre¡gorium Papam-, Ad Vicentium: PL 72, 691-700, 689-99, 699-700; VAL, U. D. DEL, ¡Liciniano de Cartagena: DiccHistEclEsp. 2, 1296-97 (M. 1972). 196 Obrai en España Sagrada 12.303S; PÉREZ DE URBEL, J., Los monjes españoles... I 199. 197 Véase España Sagrada 8,166s. Obras: Cartas: De districtione monachorum: PLíSO,15-20); De octo vitiis: PL 80, 9-14; VAL, U. D. DEL, Eutropio de Valencia y sus fuentes de información: RevEspTeol. 14 (1954) 269-92; S. ISIDORO, De Viris ül., 33 (conmemora el «Liber responsionum» ad quemdam rusticum de interrogái s qaaestion.). Se conmemora otra obra suya: «Liber de cognitione Bap.tismi.»

P E ss

580

581

C.10. LA LITERATURA ORIENTAL

- - - PADRES Y CONCILIOS (395-590) 19S

Finalmente, citemos a Apringio de Beja , a quien San Isidoro tributa u n cálido elogio por su tratado sobre el Apocalipsis y sus conocimientos y escritos exegéticos.

CAPITULO

X

La literatura oriental l " En la Iglesia de Oriente se presentan en conjunto los mismos altibajos de prosperidad y decadencia, si bien se advierten fácilmente ligeras diferencias. Estas se deben principalmente a la situación política; pues, mientras el Imperio occidental estuvo durante este período bajo la presión constante de los pueblos germanos, y al fin sucumbió a sus embates, el oriental pudo librarse de aquellas terribles invasiones, que tan fundamentalmente cambiaron el aspecto de Europa. Por esto el cristianismo oriental siguió u n desarrollo relativamente normal a la p a r del Imperio bizantino. Como nota muy característica de los escritores y movimientos doctrinales del Oriente frente a los de Occidente, observamos que, mientras en Occidente se advierte cierta preferencia por las cuestiones prácticas, en Oriente se mira con predilección las discusiones y problemas metafísicos y especulativos. Por otra parte, y tal vez por esto mismo, aparecen en Oriente más marcadas y definidas las escuelas con sus tendencias características. Así distinguimos perfectamente los dos centros principales de estudio y especulación teológica y exegética, las escuelas de Alejandría y de Antioquía, con las características ya conocidas. La de Alejandría insistía más en la filosofía platónica y en cierta tendencia ascética o mística de la teología, mientras en la exegética continuó cultivando con preferencia la interpretación simbólica y alegórica de la Sagrada Escritura. La escuela antioquena, en cambio, manifiesta u n a tendencia más humana, basada más bien en el sistema aristotélico. Por esto, en la exegética buscaba el sentido literal, ya propio, ya figurado, y en teología hacía resaltar la parte h u m a n a del Hombre-Dios, que la llevó al extremo de las dos hipóstasis o personas. 198

Apringii Pacensis Episcopi, tractatus in Apocalypsim ed. por el P. A. C. VEGA en ScriptEcclHisp-Lat fase.10-11 (El Escorial 1941); FÉBOTIN, M., Apríngius de Beja, commentaire de l'Apoc. en BiblPatr 1 (P. 1900); FITA, F., Patrología latina. Aprin., ob. de Beja en BolAcHist 45 (1902) 353-416; COSTA, S. DE J. DA, Apringio de Beja: Teológica, 1 (Braga 1954) 72-75; VAL, U. D. DEL, Apringio 199de Beja-. DiccHistEclEsp. 1, 74 (M. 1972). Véanse la obras generales de la historia de la literatura eclesiástica o patrología,

en

particular

BABDENHEWER, CAYRÉ,

ALTANER, t r a d .

cas.,

y de

his-

toria de los dogmas, como TIXERONT. Además: RAUSCHEN, G., Das griechischrómische Schulwesen zur Zeit des ausgehenden Heidentums (1901); STIGLMAYR, J., Kirchenvater u. Klassizismus (1913); NELZ, B., Die Theol. Schulen der morgenlandischen Kirche in den sieben ersten Jahrh. (1916).

I.

ESCUELA DE ALEJANDRÍA

Después de los hombres insignes que florecieron en el siglo iv, y que más o menos directamente pueden ser considerados como discípulos de la escuela de Alejandría, tales como San Atanasio y los tres grandes Capadocios, podemos decir que la ciencia alejandrina se hallaba en su verdadero apogeo. Este tuvo efectos y consecuencias trascendentales, pues el prestigio de la escuela traspasó el Oriente y ejerció un influjo eficacísimo en toda la Iglesia occidental. 1. San Cirilo de Alejandría (370-444) 200.—La primera lumbrera de la escuela de Alejandría en el siglo v y u n a de las figuras más relevantes de la Iglesia oriental en todo este período fue, indudablemente, San Cirilo de Alejandría. Hombre de u n carácter vehemente, luchó a las veces con dureza con sus adversarios; sin embargo, la experiencia y la gracia le fueron enseñando el sistema de blandura que supo emplear abundantemente en los últimos años de su vida. San Cirilo es, sin duda, u n o de los teólogos más eminentes de la escuela alejandrina, el teólogo de la Encarnación. Como exegeta, escribió diversos comentarios escriturísticos, en los cuales, fiel a los principios de su escuela, busca con exceso las alegorías y sentidos típicos. En cambio, como dogmático y polémico, merece ser colocado entre los primeros Santos Padres. En la primera parte de su vida produjo dos obras básicas contra los apolinaristas: sus dos tratados sobre la Trinidad. Mas desde que se iniciaron las discusiones nestorianas se entregó por completo al misterio de la Encarnación, componiendo, entre otras cosas, las obras Contra las blasfemias de Nestorio, los Anatematismos y la apología sobre los mismos. Igualmente escribió los tratados contra Teodoro de Mopsuestia y Diodoro de Tarso. Además, se nos conservan multitud de homilías y cartas, que retratan al vivo la actividad desarrollada por San Cirilo en defensa de la fe. Al extinguirse la lumbrera de San Cirilo, Alejandría se 200 Pueden verse: vols.

( O . 1868-1877);

BARDENHEWER, IV 23s, 192s; Obras: PG 68-77; ed. PUSAY 7 TlLLEMONT,

Mémoires

14 267S,

747S

( P . 1709);

MAHÉ,

J.,

artíc. Cyrille d'Alex. en DictThCath; ID., Les Anatnématismes en RevHistEccl 7 (1906) 505s; ID., L'Eucharistie d'aprés S. Cyrille ibíd. 8 (1907) 677S; WEIGL, E., Die Heilslehre des hl. Cyrill von Al. (1905); ÑAU, F., S. Cyrille et Nestorius e n RevOrChrét 15 (1910) 365s; 16 (1911) l s ; EBERLE, A., Die Mariologie des hl. Cyrill von Al. (1921); HEBENSPERGES, J. N., Die Denkwelt des hl. Cyrill von Al. (1927); PUIG DE LA BELLACASA, Anatemas de Efeso en EstEcI (1932) 5s; STRUCKMANN, Die Eucharistielehre des hl. Cyrill von Al. (1910); RÜCKER, Das Dogma von der Persónlichkeit Christi (1934); Du MANOIR, Le probléme de Dieu chez C. en RechScRel (1937) 285s, 544s; SAGÚES, J., En el centenario de San Cirilo de Ale]. en EstEcl 19 (1945) 5s; ID., Kyrilliana Spicilegia edita Scti. Cyrilli alexandrini recurrente XV saeculo (El Cairo 1947); KERHIGAN, A., St. Cyrill of Alexandria, interpreter of the Oíd Test, en AnalBibl 2 (R. 1952); LIÉBAERT, J., S. Cyrille d'Alexandrie et la culture antique en MélScRel 12 (1955) 5s.

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 582 constituyó en foco principal del monofisitismo, por lo cual advertimos que desde este momento desaparece casi de repente su significación en el campo de la Iglesia católica. Sólo quedaron algunos escritores esporádicos que conservan cierta dependencia de Alejandría.

2. Pseudo-Dionisio Areopagita 2M .—A este grupo de escritores eclesiásticos pertenece, sin duda, el anónimo que escribió en torno al año 500 y se cubrió con el nombre del célebre Dionisio Areopagita, discípulo de San Pablo en Atenas. En el coloquio de 553, organizado por Justiniano I entre ortodoxos y monofisitas, se citó diversas veces por los últimos la autoridad de estos escritos; pero los ortodoxos no los admitieron como auténticos. Sin embargo, poco a poco se fueron abriendo camino, y tanto San Gregorio Magno como Máximo Confesor reconocen su autoridad; y, en efecto, como auténticos fueron tenidos estos escritos, hasta que el humanista Antonio Valla y los estudios recientes de Stiglmayr y H. Koch probaron que no eran del Areopagita y que manifiestan cierta dependencia de los neoplatónicos, junto con algunas ideas monofisitas. Esto no obstante, debemos decir que las obras son en su conjunto ortodoxas y que por su misticismo y supuesto origen ejercieron mucho influjo en la ascética medieval. El estilo es, en general, afectado y difícil. Las obras que de él se han conservado son cuatro: dos se refieren a Dios y tienen un carácter ascético-místico: Sobre los nombres divinos y Sobre la teología mística. Las otras dos son más independientes-. De la jerarquía celeste y De la jerarquía eclesiástica. Ambas presentan u n a teoría muy particular sobre la santificación. No hay que negar que el autor se manifiesta buen filósofo y original en su concepción. Gran entusiasta de San Cirilo, y, como tal, emparentado con la tendencia ortodoxa de mla escuela alejandrina, fue Leoncio de Bizancio (t ca. 543) . No hay duda de que pertenece al número de los teólogos más eminentes de este período de decadencia. Junto con los monjes de Escitia, defendió la llamada fórmula Teopasquita,- pero más tarde, siendo monje en la Nueva Laura cerca de Jerusalén, peleó deci201 Véanse: BARDENHEWER, IV 282s; Obras: PG 3,4; STIGLMAYR, J., Der Neuplatoniher Proclus ais Vorlage des sogen. Dionys. Areop. en Histjb (1895) 253S, 721s; KOCH, H., Pseudo-Dionys. Areop. in seinen Beziehungen zum Neuplaton. u. Misteríenwesen (1900); MÜLLER, H. F., Dionysios, Proklos. Plotinos 2. a ed. (1926); Dionysiaca. Recueil donant l'ensemble des traductions latines, etc., 2 vols. (P. s. a.); EHRHARD, ALB., Überlieferung und Bestand der hagiographischen und homiletischen Literatur der griech. Kirche (Leipzig 1952); Textos eucarístico primitivos ed. bilingüe por el P. JESÚS SOLANO, S. I., 2 vols. en BAC n.88 118 (M. 1952-54). 202 Obras: PG 86,1-2; RICHARD, M., L. et Pamphile en RechScPhilThéol (1938) 27S; GRUMEL, Sotériologie de L.: Echd'Or (1937) 385s; DIECKAMP, Analecta Patrística (1938).

C.10. LA LITERATURA ORIENTAL

583 didamente contra la herejía. Se conservan de él tres libros: uno contra los nestorianos y eutiquianos, que era u n a refutación de Severo, jefe de los monofisitas de la secta que tomó su nombre. Su doctrina es sólida y segura, complaciéndose de un modo especial en compaginar las decisiones de Efeso y de Calcedonia. Son dignos también de mención: Procopio de Gaza (f 5283, maestro de la escuela de sofistas de esta ciudad, de quien poseemos una abundante colección de cartas y comentarios estimables al Antiguo Testamento; Macario el Viejo, natural de Egipto y uno de los prohombres del ascetismo del desierto. De él se nos conservan cincuenta homilías sobre diversos asuntos ascéticos, dirigidas a los solitarios. Sin embargo, recientemente se han hecho estudios especiales y se h a llegado a la conclusión de que casi todos estos escritos contienen doctrinas de un falso ascetismo y pertenecen a fines del siglo iv. Notemos finalmente a Evagrio Póntico, solitario de Egipto y amigo de Macario, que fue muy venerado como asceta y nos dejó el Espejo del monje. II.

ESCUELA DE ANTIOQUÍA

No menos fecunda que la escuela de Alejandría fue la de Antioquía, si bien podemos observar que su mayor apogeo se retrasa sensiblemente respecto del de la de Alejandría. Entre sus primeras figuras descuellan San J u a n Crisóstomo y Teodoreto de Ciro; pero, a causa de su tendencia algo racionalista, hizo caer en diversas herejías a varios de sus hombres más ilustres. 1. Diodoro de Tarso (f 392) 203.—Después de Apolinar de Laodicea, que cayó en la primera herejía cristológica, a que dio el nombre, sobresalió notablemente su contemporáneo Diodoro de Tarso, de quien ya se h a hablado. 2. Teodoro de Mopsuestia (t 428) m.—Fue digno discípulo de Diodoro. Era hombre de grande erudición, recto y apasionado por la verdad, tal como él la entendía. Luchó asimismo contra los apolinaristas, arríanos y origenistas. 203 Obras: PG 33; ERMONI, V., Diodore de Tarse et son role doctrinal en Muséon (1901) 424s; ABRAMOWSKV, L., artíc. Diodore de Tarso: DictHistGéogr 14 496-504 (1958); ID., Der theologische Nachlass des Diod. v. T'..- ZNtWiss. 42 (1949) 19-69. 204 TEODORO DE MOPSUESTIA, Obras: PG 66; PIROT, L., L'oeuvre exégétique de Théodore de M. (P. 1913); VOSTÉ, J. M., La chronologie de l'activité littér. de Th. de Mops. en RevBibl (1925) 54s.; ID., L'oeuvre exégétique de Théod. de M. au II" concile de Const.: RevBibl 38 (1929) 382-395 542-554; DEVRESS, R., La méthode exégét. de Théod. de Mops.: RevBibl 53 (1946) 207-241; GALTIER, P., Cristología de Teodoro de Mopsuestia: RechScRel 45 (1957) 161-186; ABRAMOWSKV, L., Zur Theologie Theodors von Mops.: ZKG 72 (1961) 263-293; GREER, R. A., Théodore of Mopsuestia, exegete and theologian, (1981).

P.E. S$. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 584 Tuvo a su vez como discípulo a Juan de Antioquía (Crisóstomo), Teodoreto de Ciro y Rufino; y como obispo de Mopsuestia continuó trabajando por la conversión de los paganos. Mas, por desgracia, también él cayó en el error base del nestorianismo, si bien apenas le dio publicidad. Esto no obstante, después de la condenación de Nestorio, fue siempre mirado con recelo por los católicos y al fin condenado en el quinto concilio ecuménico. Por esto desaparecieron casi todos sus escritos. Sólo se h a n conservado fragmentos de sus obras exegéticas sobre los Salmos, los doce profetas menores, San Juan y San Pablo; asimismo algo de sus escritos dogmáticos, sobre el Espíritu Santo, la Encarnación y algunos otros.

3. San Juan Crisóstomo (347-407) 205.—San Juan de Antioquía es, sin duda, el hombre más eminente de la escuela de esta ciudad. Por su extraordinaria elocuencia recibió ya desde el siglo vi el epíteto de Crisóstomo o boca de oro, y por la entereza de carácter y celo de las almas es una de las figuras más destacadas del mundo oriental. Nacido en Antioquía, estudió elocuencia en la escuela de Libanio, y más tarde, al lado de Teodoro de Mopsuestia, aprendió el sistema sólido y profundo de la escuela antioquena. Ordenado de sacerdote por Flaviano, inició en Antioquía su actividad oratoria, que tanta fama le ha dado, dirigiendo al pueblo aquellas homilías llenas de profunda erudición escriturística, pero empapadas en la más intensa piedad cristiana y en los efectos oratorios más variados. Elevado a la sede de Constantinopla en 398, continuó allí su actividad infatigable, a la cual pusieron término las intrigas de Teófilo de Alejandría y de la emperatriz Eudoxia. Uno de los hechos más curiosos de su vida es su huida 2ü5 Véanse: BAHDENHEWER, III 324s; ALTANER, trad. cast. 219s. Obras: PG 47-64; ed. MONTFAUCON (P. 1718-1738); TILLEMONT, Mémoires 11 ls, 547s; STILLING, I en ActSS, septiembre, IV 401-709-, BASVOT, G., aartíc. Jean Chrys. en DictThCath; PUECH, A., St. Jean Chrysost. en Les Saints 5. ed. (P. 1905); ID., Un réformateur de la société au IV s. (P. 1891); CAVALLERA, F., Le schisme d'Antioche (P. 1905); LEGRAND, E., St. Jean Chrysostome en la Col. Les Moralistes Chrét. (P. 1924); BAUER, C R . , O. S. B., Johannes Chrysostomus und seine Zeit 2 vols. (1930); CARRILLO DE ALBORNOZ, A., San Juan Crisóstomo, su influencia social en el Im perio bizantino del siglo IV (M. 1934); ID., Homilías sobre la carta de San Pablo a los Rom. por B. M. BEJARANA (M. 1945); ID., Las 21 homilías de las estatuas 2 vols. (M. 1946); Cartas a Santa Olimpíada (M. 1945); Los seis libros sobre el sacerdocio trad. y notas por D. Ruiz BUENO en Col. Excelsa 17 (M. 1945); Sur l'incomprehensibilité de Dieu introd. por F. CAVALLERA, S. I., y trad. por R. FLACELIERE en Sourc. chrét. (P. 1951); Obras selectas en griego y en castellano. Homilías sobre San Mateo 2 vols. Tratados ascéticos en BAC nn.141 146 169 (M. 1955-1958); BAUS, K., artíc. Johannes Chrysostomus.LexThK 5 10181021 (1960); BARDY, G., Saint Jean de Constantinople: Hist. de I'Egl. por FLICHEMARTIN, IV 129-148; GIORGIATIS, B., Die Lehre des Joh. Chrysostomus über die hl. Schrift (Atenas Í947); ATTWATER, D., S Í . Joh. Chrysostom Pastor and Preacher (L. 1959); GHEORGIU, V., Johannes Chrysostomus oder Coldmund; der unliebsame Mahner (Colonia 1960); VEROSTA, S.. Johannes Chrysostomus, Staatsphi losoph und Ceschichtstheologe (Viena 1961); FACCENDA, A., S. Giovanni Crisóstomo 347-407 (Asti 1961); VANDENBERCH, B. H., Saint Jean Chrysostome et la parole de Dieu (P. 1961); TARDIF, H., Jean Chrysostome; Eglise d'hier et d ' a u i o u r d ' h u i (P. 1963).

585 para no ser ordenado de sacerdote, a lo cual debemos su tratado Sobre el sacerdocio, bello, aunque u n tanto severo. Sus obras consisten casi exclusivamente en homilías y sermones. Las homilías comprenden verdaderos comentarios a diversos libros de la Sagrada Escritura, entre los cuales sobresalen los que se refieren a San J u a n y San Pablo. En general, San Juan Crisóstomo busca el sentido del texto bíblico según los principios de la escuela antioquena. Ningún Santo Padre ha hecho u n a exégesis tan completa y al mismo tiempo t a n llena de la verdadera unción cristiana. Entre los sermones pueden distinguirse diversos temas: unos son morales o de ocasión, como los veintiuno llamados de las estatuas y el predicado pro Euthropio,- otros, de un carácter panegírico, predicados con ocasión de las fiestas del Señor y de los santos. Además se nos conservan gran número de cartas, casi todas del tiempo del destierro, y los trataditos sobre la vida monástica y la virginidad. C.10. LA LITERATURA ORIENTAL

4. Teodoreto de Ciro (393-458) m.—Teodoreto de Ciro pertenece, junto con el Crisóstomo, a las glorias más puras de la escuela de Antioquía. Nacido en esta ciudad y bien formado en la escuela de elocuencia de Libanio y bajo el magisterio teológico de Teodoro de Mopsuestia y San J u a n Crisóstomo, distinguióse luego por la amplitud de sus conocimientos, que aparecen en sus obras históricas, apologéticas, dogmáticas y exegéticas. Sin embargo, el desarrollo de los acontecimientos trajo las cosas de manera que desde 430 apareció como amigo de Nestorio y enemigo de San Cirilo, aunque más tarde se vio claramente la pureza de su intención, siendo el portavoz de la ortodoxia contra el monofisitismo. Mas precisamente porque había luchado y escrito contra San Cirilo, fue luego objeto de la condenación de los tres capítulos. Su actividad literaria fue notabilísima. Como historiador, escribió, además de la continuación de Eusebio, u n a interesante historia religiosa, que comprende la biografía de los monjes más ilustres del Oriente, como Simeón Estilita; el Compendium fabularum haereticarum, compuesto en 453, que, además de dar un resumen de todas las herejías, presenta una síntesis de la doctrina católica. Como apologeta, escribió la interesante obra Graecarum affectionum curatio y Sobre la Providencia. Como teólogo, compuso diversos tratados, entre los cuales son dignos de mención Sobre la Tri206 Obras: PG 80-84; TILLEMONT, Mémoires 15,207-340; BERTRAM, A., Theodoreti ep. Cyr. doctrina christologica (1883); SCHULTE, J., Theodoret von Cyrus ais Apologet. (Viena 1909); GÜNTHER, K., Theodoret von C. und die Kámpfe in der orient. Kirche, 414-449 (1913); QUASTEN, J., Patrología 2 561-578 (1962); BARDENBEWER, O., Ceschichte... IV 219-247; NOLASCO DEL MOLAR, La historia de una empresa apologética en el siglo V: Est. francisc. 60 (1959) 411-434; CANIVET, P., Theodoret et le Massalianisme: RevMab 51 (1961) 26-34.

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nidad, el ¿paviaTrjc o mendigo, contra los monofisitas, y diez discursos sobre la Providencia. Pero en lo que más sobresalió Teodoreto fue en la exegética, componiendo diversos comentarios de los libros más difíciles de la Escritura, como los Salmos, Cantar de los Cantares, Profetas, Epístolas de San Pablo, además de otros del Pentateuco y Jueces. Estas exposiciones de la Escritura se distinguen por su concisión y claridad y son modelo excelente del sistema antioqueno bien aplicado. Además se conservan 180 hermosas cartas. Como discípulo de San Juan Crisóstomo y de la escuela antioquena, son también dignos de mención: Isidoro, abad de Pelusium, en la ribera del Nilo, muerto en 440, de quien conservamos u n a cantidad enorme de cartas-, Nilo el Viejo (f 430), primero prefecto de Constantinopla y luego monje en el Sinaí, de quien poseemos diversos tratados ascéticos y unas mil cartas sobre muy diversos temas; Paladio (f ca. 430), obispo de Asia Menor, autor de u n a célebre biografía de San J u a n Crisóstomo y de la Historia Lausiaca, que comprende las biografías de muchos monjes. 5. Literatura siríaca y armenia 207 .—Después de lo que dijimos en otro lugar sobre el florecimiento a que elevó San Efrén la literatura siríaca, no es de gran importancia lo que aquí podemos añadir. Sin embargo, es un hecho que San Efrén tuvo discípulos, y algunos de ellos muy insignes, y que nos dejaron preciosos escritos. Tales son: Isaak el Grande (f 460), abad de u n monasterio de Antioquía, fue escritor fecundo y escogido. De él se nos h a n conservado algunas composiciones métricas de carácter moral y ascético. En ellas impugna la doctrina de San Agustín sobre la gracia. San Mesrop (f 441)208 es propiamente el fundador de la iglesia y de la literatura armenia. Con el apoyo del gran Isaak, patriarca de los armenios, tradujo la Sagrada Escrit u r a junto con otros literatos, y además organizó la liter a t u r a armenia. Eznik de Kolb (f ca. 450), obispo de Bagrevand, continuó la obra de su maestro Mesrop, con lo cual la literatura armenia alcanzó gran prosperidad. De sus escritos conservamos la Refutación de las sectas, que es u n a sólida apología de la doctrina católica. 207 Además de las obras generales, véanse: WEBER, S., Die kathoi. K. in Armenien (1903); TOURNEBIZE, F., Histoire politique et relig. de l'Arménie (19101. 208 KABST, artíc. en DictThCath; INGLISIAN, V., artíc. Mesrop: LexThK 6 319 (1961); ID., artíc. en EncCatt 8 757; BARDENHEWEB, Ceschichte... V 197-201.

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CAPITULO

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XI

Origen y desarrollo de la vida monástica en Oriente 209 No aparece menos la intensidad de la vida eclesiástica en una de las instituciones más características de este período: en el principio y rápido crecimiento de la vida monástica. Por otra parte, el monacato fue desde un principio uno de los elementos que más contribuyeron a mantener el fervor religioso y el espíritu cristiano y, al mismo tiempo, a fomentar toda clase de cultura en la Iglesia católica. Por esto conviene echar u n a rápida ojeada sobre el modo como se inició y desarrolló la vida monástica, y en primer lugar en Oriente. I.

PRIMERAS MANIFESTACIONES:

LOS ANACORETAS

La primera manifestación de la vida monástica en la Iglesia católica aparece ya en los primeros cristianos en tiempos apostólicos: era sencillamente la práctica de los consejos evangélicos, la renuncia al mundo, la pobreza voluntaria, el retiro a la soledad. A esta vida retirada, que llevaba consigo la abstención del matrimonio, con o sin voto de castidad, se juntaba ordinariamente la práctica de diversos ejercicios de penitencia y piedad. Estos elementos de continencia y vida de austeridad eran considerados como esenciales para el perfecto ascetismo. A él se refieren ya 209 Véanse, ante todo, las historias generales, en particular: HEIMBUCHER, M., Die Orden und Kongregationen der katholischen Kirche 3. a ed. 2 vols. (19331934); LABRIOLLE, P., Les origines du monachisme en FLICHE-MARTIN, III 299s. Entre las fuentes antiguas son dignas de notarse: Apothegmata Patrum seu Verba Seniorum texto griego en PG 65, latino en PL 73; SAN ATANASIO, Vita Antonii: PG 26,835s; SAN JERÓNIMO, Vitae Pauli Hilarionis, Malchi: PL 23,17s; RUFINO, Vitae Patrum: PL 21; PALADIO, Historia Lausiaca: TextsStud 6 162 (Cambridge 1898-1904); TEODORETO, Historia relig.: PG 82.128S; SAN PACOMIO, Regulae monasticae ed. ÁLBERS en FlorPatr 16 (1923). Además: SMITH, Christian Monasticism from the fourth to the ninth centuries (L. 1892); ALLES, T., The monastic Ufe from the Fathers of the Desert to Charlemagne (L. 1896); BUITRAGO y HERNÁNDEZ, Las órdenes religiosas y los religiosos (M. 1902); WORKMAN, H. B., The evolution of the monastic Ideal from the earliest times down the coming of the Friars (L. 1913); AZNAR, S., Ordenes monásticas, institutos misioneros (M. 1913); MORIN, G., L'idéal monastique et la vie chrétienne des premiers jours 3. a ed. (P. 1921); BERLIÉRE, DOM U., L'ordre monastique des origines au XII siécle (P. 1924) en Col. Pax c.6 262-310; MAIRE, E., Histoire des instituís religieux et missionnaires (P. 1930); HARNACK. A., Das Mónchtum. seine Idéale und seine Geschichte 7.a ed. (1907); CALLAEY, Les origines de la vie monastique dans le christianisme en EtFranc 21 (1908) 38s, 280s; MARTÍNEZ, F., L'ascétisme chrét. pendant les trois premiers s. de l'Egl. (P. 1913); CAUWENBERGH, P. VAN, Etude sur les moines d'Égypte 451-840 (Lovaina 1914); MACKEAN, W. H., Christian monasticism in Egypt to the cióse of the fourth century (L. 1920); PouRRAT, P., La spiritualité chrét. 6.a ed. I (P. 1921); BRÉMOND, J., Les Peres du désert en Les Moralistes Chrét. 2 vols. (P. 1926); HEUSSI, K., Der Ursprung des Mbnchtums (1936); MAZÓN, C., Las Reglas de los religiosos (R. 1940) en AnalGreg 24; VIZMANOS, Las vírgenes cristianas de la Iglesia primitiva (M. 1949) en BAC 45; DRAGUET, J. P., Les Peres du désert (P. 1949); WOLTER, M., La vida mo-

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 588 San Clemente Romano en el siglo i, San Ignacio de Antioquía al principio del siglo n y varios apologetas poco después. Las mismas prácticas son atestiguadas por multitud de escritores de los siglos n y ni 210 . A este propósito merecen especial consideración y estudio la institución de las vírgenes cristianas de la primitiva Iglesia, como se hace en la preciosa obra del P. Vizmanos. Desconocida en el Antiguo Testamento, la belleza de la virginidad cristiana aparece ya en Cristo y en su santísima Madre, y se presenta luego radiante de esplendor en los siglos i y II. De este modo, en contraste manifiesto con las vestales romanas, constituyen las vírgenes cristianas uno de los mejores exponentes apologéticos del cristianismo. Aunque no en gran número, las vírgenes cristianas van formando cada vez más, en los siglos ni y iv, como u n a porción selecta de la cristiandad. Por eso mismo aparecen los grandes escritores cristianos, Tertuliano, San Cipriano, San Ambrosio, San Jerónimo, San Leandro, San Atanasio, San Gregorio Niseno y San Juan Crisóstomo, como directores y orientadores de las vírgenes consagradas a Dios. Los poetas se sienten inspirados por la belleza de una vida tan ideal. Poco a poco se van introduciendo en la mentalidad cristiana preciosos conceptos en torno a este género de vida. Tales son, entre otros, la significación propia del voto de virginidad en la virgen cristiana; el concepto de desposorio de la virgen, a semejanza del de la Iglesia, con Jesucristo, y las consecuencias que esto trae consigo sobre las infidelidades o caídas de las vírgenes; la idea preciosa de la consagración a la manera de los templos y vasos sagrados. nástica. Sus principios esenciales. Trad. por A. Boix (M. 1957); 11 monaquisino oriéntale. Trabajos bajo la dir. del Pontificio Instituto Or., 9-12 abril 1958 (K. 1958); COÜSIN, P., Précis d'histoire monastique (P. 1958); CANU, J., Les orares religieux masculins: «Je sais, je crois» (P. 1959); A U F DEB MAUB, J.-DOLGER, F., artíc. Mónchtum: LexThK 6 543-548 (1961); BESSE, J. M., Les moines d'Orient antérieurs au Concite de Chalcédoine (451) (P. 1900); COLOMBÁS, G. M., El concepto de monje y vida monástica hasta fines del siglo V: Studia Monastica (1959) 1 257-342; ID., Théologie de la vie monastique. Etudes sur la tradition patristique: Etudes publ. sous la dir. de la Fac. de théol. S. J. de Lyon-Fourviére 49 (1961); VAGAGGINI, C , etc., Problemi e orientamenti di spiritualitá monástica, bíblica e litúrgica (R. 1961); TUBBESSI, G., Ascetismo e monachismo prebenedittino (R. 1961); FESTUGIÉBE, A.-J., Les moines d'Orient. I. Culture et sainteté. Introduction au monachisme oriental (P. 1961); ID., Théologie de la vie monastique (Aubier 1961); LECLERCQ, J., Etudes sur le vocabulaire monas tique du moyen -age (R. 1961); KNOWLES, D., From Pachomius to Ignatius. A study in the Constitutional History of the religious Orders: Sacrum Lectures (Nueva York 1966); RUPPERT, F., DOS Pacomische Mónchtum und die Anfange klósterl. Cehorsams: Münsterschw.Stud. 20 (Münsterschwarzach 1971); BACHT, H., Das Vermachtnis des Urprungs. Studium zum frühen Mónchtum- Stud z' Theol. des góttl, Lebens. 5 (Wurzburgo 1972); GABCÍA M. COLOMBÁS, O S B E Í monacato primitivo I: BAC 351 (M. 1974). 210 Son interesantes las suposiciones o hipótesis propuestas por los historiadores acatólicos p a r a explicar el origen del monacato. Generalmente quieren buscarlo en ciertos modos de vida usados fuera del cristianismo. El error fundamental de estos críticos consiste en no entender el espíritu cristiano que a n i m a b a a los ascetas, solitarios o cenobitas. Véanse: BERLIÉRE, U., Les origines du monachisme et la critique moderne en RevBén (1891) ls 49s; MARZELIÉRE Moines et ascétes indiens (P. 1898); GOBILLOT, P., Les origines du monachisme et l ancienne religión de l'Egypte en RechScRel 11 (1920) 303-345, ote

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589 En este ambiente de estima de las vírgenes cristianas en el seno de la Iglesia se explica el gozo que experimentan sus padres, las alabanzas que se tributan a la virginidad, a la que se compara con el martirio, y, sobre todo, los privilegios con que rodean la institución de las vírgenes cristianas. Asimismo se comprende que se rodee a las vírgenes cristianas de u n a aureola de idealismo, señalándoles una indumentaria especial y creando u n a liturgia particular en orden a su consagración. De este modo se prepara su incorporación a las nuevas instituciones cenobíticas de los siglos iv y v, con las cuales poco a poco se va fundiendo la institución de las vírgenes cristianas. 1. Los anacoretas m.—Un nuevo paso en el desarrollo de la vida monástica lo dieron los que, abandonando la familia y todo lo que poseían, se retiraban a lugares más o menos apartados y al mismo desierto con el fin de dedicarse a hacer penitencia. Lo sustancial en este segundo estadio de la vida monástica es el retiro a la soledad de u n a manera definitiva, aislándose del mundo y entregándose a determinadas prácticas de piedad y penitencia y viviendo en perfecta castidad. A los que se entregaban así de u n a manera definitiva a este género de vida, se los denominaba solitarios, ermitaños y más comúnmente anacoretas (de áva-^iopsw, retirarse). Desde principios del siglo iv se hizo cada vez más frecuente este género de vida, lo cual ha dado ocasión a insistentes discusiones sobre las causas que lo motivaron. Lo único que sobre este particular podemos decir es, que la fuga o miedo de las persecuciones, que algunos han propuesto como causa principal del anacoretismo, apenas pudieron influir eficazmente en el crecimiento de la vida anacorética. La razón más convincente es porque, en realidad, el mayor desarrollo de este género de vida tuvo lugar precisamente después del triunfo y en tiempo de un franco apogeo del cristianismo. Más bien podemos afirmar que precisamente el apogeo creciente del espíritu cristiano infundió en muchos el ansia de mayor perfección, a la cual podían entregarse mejor en la soledad. En algunos casos, por el contrario, la degeneración de las costumbres de algún territorio pudo excitar 211 Para, el conocimiento de la vida de los anacoretas o solitarios sirven de u n modo especial las Vidas compuestas por San Jerónimo y otros escritores eclesiásticos. Entre ellos conviene notar de u n modo especial la Historia Monochorum in Aegypto sive de vitis Patrum (PL 21,388s). Sobre la discusión que existe en torno al a u t o r y la veracidad de esta obra, véase LABBIOLLE en FLICHEMABTIN, III 310s. Para el primer desarrollo de la vida ascética y anacoreta, véase, sobre todo, MAZÓN, o . c , 5s; DÉTREZ, L., L'érémisme septentrionel en Bull. Com. flam. de Fr. 14 (1951) 19s; BAUS, K., artíc. Anachoreten: LexThK 1 465; DRAGUET, R., Les Peres du désert (P. 1949) VTII-LX; BACHT, H., Antonius Magnus, eremita (R. 1956) 66-107.

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 590 en muchos la reacción benéfica de retirarse a la soledad para substraerse al peligro de contaminación y para dedicarse a la reparación por medio de la penitencia y el sacrificio. Uno de los primeros y más ilustres casos de esta vida eremítica es el de San Pablo, denominado el Solitario o Ermitaño, muerto el año 347212. De él sólo sabemos que, todavía durante las últimas persecuciones, se retiró al desierto de Egipto, adonde poco después afluyeron sus imitadores en gran número. Su vida fue el modelo clásico del ermitaño: estaba dedicado por completo a Dios, con la práctica de u n a continencia absoluta y la más rigurosa austeridad de vida, y enteramente aislado de todos los demás. Los que trataron de seguir su ejemplo e imitarlo, vivían igualmente en la más completa soledad y aislamiento. A partir de este momento, las soledades de Egipto se constituyeron en el tipo ideal de la vida anacorética.

2. San Antonio Abad213.—El tercer paso en el desarrollo de la vida monástica es el que realizó San Antonio Abad. A principios del siglo iv se retiró él también al desierto de Egipto para dedicarse a la vida solitaria; mas pronto reunió en torno suyo una especie de comunidad de ermitaños. En esto precisamente consiste lo nuevo que introdujo San Antonio. Los solitarios, discípulos suyos, vivían todavía en sus chozas aisladas y cada uno por separado; pero todos ellos formaban grupos o comunidades, puestas bajo la dirección de San Antonio. Por otra parte, debe tenerse presente que este ilustre solitario no se mantuvo herméticamente cerrado al mundo. Consta que, en los períodos de especial peligro para la Iglesia, Antonio abandonó la soledad y acudió para animar a los cristianos y afianzarlos en la verdadera fe. Sabemos que durante la persecución de Maximino Daia en el Oriente, el año 311, acudió a Alejandría, donde contribuyó eficazmente a reanimar el fervor y constancia de los cristianos. Más tarde, hacia el año 335, volvió de nuevo a Alejandría, donde se opuso con indomable energía a los ma212 Véase sobre todo: Vita Scti. Pauli de SAN JERÓNIMO en PL 23,17s. Acerca de esta obra puede consultarse: LABRIOÜE, P. DE, Vie de Paul de Thébes et vie d'Hilarion (P. 1906); ID., en FLICHE-MARTIN, o . c , 308S. En estos trabajos se discuten las diversas cuestiones que suscita la figura de Pablo el Ermitaño. 213 La base de su biografía y en general de la vida de los primeros monjes en el desierto es la Vita Antonii de SAN ATANASIO en PG 26.838S. Véanse las obras generales citadas en la nota 209. En particular: HERTLING, E. V., Antonius der Einsiedler (Innsbruck 1929); HEIMBUCHER, O . C , I 67s; LAVAUD, B., Antonius, le Crand Pére des moines (Friburgo de S. 1943); BOUYER, L., La vie de S. Antoine. Essai sur la spiritualité du monachisme primitiv (Fontenelle 1950); MASSANET, J. P., Son Antonio Abad, el Grande (Buenos Aires 1948); QUEFFÉLEC, E., San Antonio del desierto. Trad. por J. DOMÍNGUEZ BORBONA (B. 1957); CLAUS, A.^ artíc. Antonios: LexThK 1 667-669; ID., artíc. en DictSpirAscMyst 1 702-708; GIAMBERARDINI, G., S. A. Abate, Astro del deserto (Kairo 1957).

591 nejos arríanos. El, con sus ermitaños, fue siempre el más firme apoyo de San Atanasio. C . l l . VIDA MONÁSTICA EN ORIENTE

3. Desarrollo del sistema de colonias.—Dejemos a un lado los episodios con que ha adornado la leyenda e idealizado el pincel de los grandes artistas la vida de San Antonio, particularmente sus maceraciones, sus célebres tentaciones, inmortalizadas por Grünewald y otros pintores, y el apacible encuentro entre el santo y San Pablo el Ermitaño, alimentados milagrosamente por u n cuervo, según lo representa el célebre cuadro de Velázquez. Lo que consta con suficiente certeza histórica es que, a ejemplo de San Antonio, sus discípulos continuaron formando nuevas y numerosas colonias de anacoretas. Estas colonias, verdadero embrión de las futuras comunidades religiosas y de los grandes cenobios medievales, eran generalmente pequeñas; pues, a lo más, comprendían diez ermitaños; pero ciertamente eran muy numerosas. Baste decir, con el testimonio de San Atanasio, que pudo verlo por sus propios ojos, y del historiador Rufino, que ya los discípulos inmediatos de San Antonio subieron a unos 6.000. Los primeros grupos se extendieron por el alto Egipto, cerca del monte Kolzim. Pero muy pronto fueron poblando la región inferior, a ambos lados del Nilo, hasta el mismo delta. Sobre todo se hizo célebre, por la multitud de colonias de este tipo, la ancha región denominada desierto de Nitria, no muy distante de Alejandría 214 . Figura prominente por su talento organizador y por la santidad de su vida fue Ammonio215, quien llegó a reunir ya en el siglo iv más de 5.000 discípulos, que seguían más o menos de cerca su dirección ascética. Entre los discípulos de estos dos solitarios ilustres, San Antonio y Ammonio, hubo muchos santos eminentes. Baste nombrar a San Macario el Viejo216, a quien se debe particularmente la población anacorética del desierto de Escitia. Para su provecho espiritual y para la acertada dirección y orientación de sus colonias de anacoretas, San Macario se mantuvo constan214 De gran importancia p a r a conocer la intensidad de la vida eremítica de Egipto en la segunda mitad del siglo iv es la Historia Lausiaca, escrita por Paladio hacia el año 420. El texto puede verse en Col. HEMMER-LEJAY, ed. A. LuCOT (P. 1912). Véase también PREUSCHEN, Palladius und Rufinus (1897); BousSET, W., Komposition und charakter der «Historia Lausiaca» (1922); DOM CUTHBERT, The «Lausiac History» of Palladius (1898-1903) en TextSts 6; ID., Palladiana en JThStud 22 (1921) 21s, etc. 215 Sobre él nos da noticias SAN ATANASIO, Vita Antonii n.60. Asimismo, SÓCRATES, 4,23; SOZOMENO, 1,14. 216 Fue muy célebre entre los primeros pobladores del desierto egipcio. Véanse: SÓCRATES, 23,24; SOZOMENO, 3,14; SOFFELS, Die mystiche Theologie Makarius des Aegypters... (1908); VILLECOURT, L., La grande lettre grecque de Macaire: Rev-d'OrChr 22 (1920-1921) 29S; WILMART, La... lettre spirit. de l'ábbé Macaire: Revd'OrChr 22 (1920-1921) 29s; CRAEF, H. C., artíc. Maharios der Aegypter: LexThK 6 1309-1310 (1961); ID., artíc. en DictThCath 9 1452-1455; EncCatt 7 1740.

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 592 temente en íntima comunicación con San Antonio y Ammonio. De u n modo parecido se desarrollaron otros núcleos de anacoretismo en la región de la Tebaida. Al lado de las chozas y colonias de solitarios, desarrolláronse en u n a forma muy parecida las de las vírgenes consagradas a Dios o ermitañas. Como aquéllas, también éstas se fueron multiplicando de tal manera, que a todo lo largo de la cuenca del Nilo se hicieron célebres las personas dedicadas a este género de vida. De la diócesis de Oxyrhintus, perteneciente a este territorio, afirmaba su obispo que en ella existían unas 20.000 vírgenes solitarias al lado de unos 10.000 hombres entregados a la vida anacoreta, generalmente p o r el sistema de colonias. Del Egipto, patria primera del anacoretismo, pasó el entusiasmo por la vida solitaria a Palestina y al Asia Menor. Es célebre particularmente el solitario San Hilarión217, quien constituyó u n centro numeroso de vida eremítica en el desierto entre Gaza y Egipto, desde donde se extendió hacia Palestina. En torno suyo se llegaron a juntar unos dos mil discípulos. No menos ilustre fue u n presbítero llamado Marón, quien a fines del siglo v se retiró a las regiones del Líbano, donde reunió en torno suyo multitud de anacoretas, que llegaron a formar diversas colonias. De ellas se desarrollaron m á s tarde los cenobios denominados Maronitas del Líbano m.

II.

DESARROLLO ULTERIOR DE LA VIDA MONÁSTICA. Los CENOBIOS

El paso decisivo hacia la vida monacal organizada se dio al mismo tiempo que los anacoretas y las colonias de ermitaños se hallaban en su mayor apogeo. Lo característico de este género de vida, en contraposición a la solitaria de los anacoretas, consistía en alguna manera de vida común bajo la obediencia de u n superior y u n a regla. Por esto fue designada como vida cenobítica CXOIVO'Q, común, y ¡3íoc, vida: vida común), y a los locales donde vivían se les llamó cenobios. 217 Véase en particular: Vita Hilarionis de SAN JERÓNIMO en PL 23,29-54. Además: RISCH, Essai historique sur Sí. Hilarión et ses hameaux (Versalles 1902); KÓTTING, B., artíc. Hilarión v. Caza: LexThK 5 334 (1960),- ActSS act IX 16-58. 218 De este santo asceta, J u a n Marón, h a b l a n TEODOHETO, Hist. reí. 16 21s 30, y SAN JUAN CRISÓST., Ep. 36 ad Marón. Véanse también: BARONIO, Anuales ad a. 517 n.53; y sobre todo P. DIB, artíc. Maronite en DictThCath 10 1-142- DIB, P L'Eglise maronite I (P. 1930); HAMMERSCHMIDT, E., artíc. Maroniten: LexThK 7 101-103 (1962); ID., artíc. en DictArch 10 2188-2202; ID., artíc. en EncCatt 8 177-184; DE VRIES, W., Z u r neuesten Entwicklung der Ostkirchen (Wurzburgo 1953); FÉGHLI, J., Hist. du úroit de l'église maronite I (P. 1961).

593 1. San Pacomio .—El primer organizador de este género de vida fue San Pacomio. Nacido el año 292 en la Tebaida superior, de padres paganos, se alistó en los ejércitos imperiales, y siendo soldado conoció el cristianismo hacia el año 313, en los albores de su libertad. El ansia de perfección del recién converso lo condujo primero a la vida de anacoreta al lado del solitario Palemón. Pero bien pronto reunió en torno suyo en el alto Egipto gran número de discípulos, y con ellos organizó el primer cenobio con todas las características de la vida monástica de comunidad. Todos vivían en u n lugar cercado y bajo u n a misma regla, obligándose a obedecer a u n superior y observando u n a distribución y regla determinada. Precisamente para esto, el mismo Pacomio compuso la regla que lleva su nombre, y que h a sido objeto de insistentes trabajos de investigación. Para disipar la confusión que muchos manifiestan sobre la célebre regla de San Pacomio, observemos, ante todo, que existe u n a leyenda antiquísima, de u n valor difícil de aquilatar, que nos habla de una regla dictada por u n ángel a San Pacomio. Sea ésta del ángel, sea otra distinta, existe ciertamente u n a regla compuesta por el santo y que nos consta es obra suya y fruto de su experiencia. A ella se acomodaron los cenobios fundados por San Pacomio, y ella constituyó la base de otras que se compusieron m á s tarde. Su desarrollo ulterior fue cada vez m á s próspero, de modo que a u n en vida de San Pacomio llegó a contar esta congregación unos 7.000 monjes; y como este tipo de vida fue generalizándose en todo el Oriente y llegó a suplantar en gran parte a las colonias de los solitarios del desierto, a fines del siglo v el instituto contaba unas 50.000. El abad que dirigía la congregación o u n número grande de monjes era denominado archimandrita. Los monjes se dividían en varias clases, según su ocupación, y vivían, como los anacoretas, del trabajo de sus manos. La admisión en el monasterio se hacía después de u n a serie de pruebas muy rigurosas, que constituían el noviciado. Al ingresar en el instituto, hacían voto de observar la regla. C . l l . VIDA MONÁSTICA EN ORIENTE 2W

21a P a r a conocer a fondo la figura y significación de S a n Pacomio, véanse las obras generales sobre el monacato, citadas en la nota 209. En particular: DOM A. BOON, Pacomiana latina, text latin de St. Jéróme. Apend.: la Regle de St. Pachóme ed. LEFORT en Bibl. de la RevHistEccl 7 (1932); ÑAU, F., Histoire de St. Pachóme... en P a t r O r 4 p.5s (1908); LADEUZE, Etude sur le Cénobitisme Pacomien pendant le IV siécle et la premiére moitié du V (Lovaina 1898); LEFORT, L. T H . , Les vies coptes de saint Pachóme et de ses premiers successeurs (Lovaina 1943) en Bibl. d u Muséon 16. M u y en particular recomendamos la

preciosa

síntesis de MAZÓN, O . C , 22S, y de HEIMBUCHER,

O . C , I 77s;

BACHT,

H.,

L'importance de l'idéal monastique chez S. Pacóme pour l'histoire du monachisme chrét. en RevAscMyst 26 (1950) 308s; ID., Antonius und Pachomius. Von der Anachorese zum Zónobitentum en StAnselm 38 (R. 1956) 66s; GRIBOMONT, J., artíc. Pachomios der Altere: LexThK 7 1330-1331 (1962); BACHT, H. (Sobre S. Pacomio): StAnselm 38 (1956) 66-107; ID., RevMab 51 (1961) 7-25; ID., Sentiré Ecclesiam por J. DANIÉLOU, etc. (Frib. Br. 1961) 113-133; AMAND DE MENDIETA, E. (Sobre S. Pacomio): RevHistRel 152 (1957) 31-80.

594

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590)

En sus 192 preceptos o capítulos daba ésta las normas prácticas de vida monástica, que sirvieron luego de pauta para otras reglas posteriores. Existía un abad general y otro que se hallaba al frente de cada cenobio, y era designado como pater monasterii. Nombraban diversos monjes para que estuvieran al frente de los varios empleos: el ministro, el hebdomadario, el ecónomo, el enfermero, etc. Procurábase con esmero la debida instrucción espiritual y el progreso ascético de los monjes, para lo cual se establecían prácticas, como la más estricta puntualidad, riguroso silencio, observancia de la disciplina establecida, determinadas preces, etc. Todo ello estaba basado sobre la guarda exacta de la castidad, de la pobreza más esmerada y de la obediencia a los superiores, así como también sobre el ejercicio de una rigurosa penitencia. Finalmente se imponían una serie de castigos a los transgresores de los preceptos de la Regla 220 . San Pacomio fundó también monasterios de m o n j a s m . A su cabeza estaba la superiora, llamada ammas o abadesa. Llevaban un velo, a veces un distintivo especial sobre la cabeza. Su desarrollo corrió parejas con el de los varones. Sin embargo, tanto los monasterios de hombres como los de las vírgenes consagradas a Dios, fundados por San Pacomio y sus inmediatos discípulos, se circunscribieron a Egipto. 2. Las lauras en Palestina m.—Como en otro tiempo la vida de los solitarios encontró gran número de imitadores en Palestina y en el Asia Menor, así también ahora la cenobítica, iniciada por San Pacomio. No obstante, es digno de observarse que en Palestina se presenta con caracteres peculiares. Las colonias de San Hilarión, organizadas al estilo de las de San Antonio, se transformaron poco a poco en verdaderos monasterios con vida regular cenobítica, pero bajó la forma especial de las llamadas lauras. Las célebres lauras de Palestina, modalidad característica de la vida monástica de esta región, eran una especie de cabanas separadas e independientes, pero situadas en un recinto cercado. Sus moradores seguían un estricto as220 221

Véase MAZÓN, O . C , 24S. Llamábanse ascetriae, monastriae, monachae, sanctimoniales, castimoniales, monnae, castae. Véase PALADIO, Hist. Laus. 34,42. Consta que las h e r m a n a s de San Antonio y de San Pacomio estaban en estos monasterios, y en la Vita Antonü n.54 se dice de él que se alegraba viendo a su h e r m a n a viviendo en virginidad entre otras vírgenes. Recomendamos en particular, a este propósito, la excelente obra del P. VIZMANOS Cnota 209). 222 Para el estudio de las lauras y, en general, del monacato de Palestina, además de las obras generales, véanse las citadas en la nota 217 sobre San Hilarión y, además, las siguientes sobre San Eutimio: VAILHÉ, St. Euthyme le Urand, moine de Palestine (376-473)-. Revd'OrChr (1907-1909); GÉNIER, Vie de St. Euthyme 14 Crand. Les moines et l'Eglise en Palestine au V siécle fP. 1909). En particular recomendamos la síntesis de HEIMBUCHER, O . C , I 85s; JANIN, R., a r t í c Laura: LexThK 6 828-829 (1961); ID., artíc. en DictArch 8 1961-1988.

595 cetismo, bajo un mismo superior y director espiritual, y llevaban u n a vida de comunidad a la manera de los cartujos o camaldulenses de la Edad Media y de nuestros días. De hecho, de las lauras se pasó luego allí mismo a los cenobios propiamente tales, sin que el género de vida cambiara substancialmente. De este modo se poblaron en los siglos v y vi los desiertos de Judea, Belén y Jerusalén. El maestro más venerado de las lauras palestinenses fue San Eutimio, al paso que San Teodosio fue quien más contribuyó a darles la forma estricta de grandes cenobios. Del mismo modo, y durante el siglo v, se fue extendiendo la vida cenobítica en las diversas regiones de Oriente, de población profundamente cristiana, sobre todo en Siria, particularmente en el monte Sinaí y en Armenia. C . l l . VIDA MONÁSTICA EN ORIENTE

3. Los monjes basilianos m.—Especialísima importancia alcanzaron en todo el Oriente los monjes basilianos, discípulos de San Basilio el Grande. Su desarrollo, ya desde sus comienzos, fue tan rápido, que llegaron prácticamente a substituir a los demás núcleos de vida cenobítica, de modo que la regla de San Basilio y los basilianos vinieron a ser en Oriente lo que fueron poco después en Occidente la regla de San Benito y los benedictinos. Muy joven todavía, Basilio sintió u n a inclinación decidida hacia la vida ascética de renuncia al mundo y retiro a la soledad. Por esto, siguiendo la corriente de los ascetas del tiempo, se dirigió a Egipto, en donde practicó durante algún tiempo la vida anacorética, familiarizándose con su organización y con los hombres más conspicuos, tanto entre los solitarios propiamente tales, como entre los cenobitas. Vuelto a su patria, siguiendo al pie de la letra el consejo del Evangelio, distribuyó entre los pobres todos sus bienes y se dirigió a u n a soledad cerca de Neocesarea de Capadocia, su ciudad natal. El resultado fue que, apenas transcurridos unos años, aquellas regiones se poblaron de ermitaños, cuyos ejemplos, y a veces también su predicación, cambiaron rápidamente el aspecto de toda la comarca. Entre los primeros compañeros de San Basilio debe ser mencionado su amigo de infancia, San Gregorio Nacianceno, con cuyo consejo y ayuda compuso la célebre regla que lleva el nombre de San Basi223 Sobre San. Basilio y su Regla, además de las obras generales, véanse SAN BASILIO, Regulae fusius et brevius; Constit. monast.; Epist. 22 de perfectione vitae monast. en PG 31,322s; 32,288s; SAN GBEGOBIO NACIANCENO, Orat. 42 n.34s. Asimismo: MORRISON, E. F., S Í . Basil and his Rule (L. 1913); ALLARD, P., Saint Basile en Col. Les Saints (P. 1899); CLARKE, St. Basil. An Study ore Monasticism (Cambridge 1915); ID., The ascetic worh of St. Basil (L. 1925); MURPHY, M. G., St. Basil and Monasticism (Washington 1930). Véase en p a r t i c u l a r MAZÓN, o . c , 37s; HEIMBUCHER, I 91s; JOHANNON, P., a r t í c Basilianer: LexThK 2 37-39 (1958); ID., a r t í c en DictHistGéogr 6 1180-1236; ID., artíc. en EncCatt 2 951-954; SCADUTO, M., ;; monachismo basiliano nella Sicilia medievale (R. 1947).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 596 lio. En ella podemos distinguir como dos versiones o redacciones diversas, que algunos críticos han considerado como dos reglas distintas. En realidad no es así. Más bien deben ser consideradas como complementarias. La redacción mas larga comprende 55 capítulos, en los que se exponen con relativa amplitud los principios fundamentales de la vida monástica. La segunda redacción, mucho más breve, consta de 313 puntos, que son breves disposiciones o sentencias prácticas de vida monástica. No hay duda que la regla de San Basilio contenía grandes aciertos y marcaba un nuevo avance en la organización de los grandes centros monacales. De capital importancia dentro de la concepción basiliana era la obediencia 2M . Por esto se h a podido observar con acierto que San Basilio no estimaba tanto la sujeción o mortificación del cuerpo, como la del espíritu. Así, ya en el noviciado, se hacía particular esfuerzo en romper el propio juicio y acostumbrarlo a moldearse y sujetarse al de los demás. La ocupación de los monjes basilianos era semejante a la de los pacomianos. La base de todo era la oración y los oficios litúrgicos. A éstos se añadía el trabajo individual, que en unos era simplemente trabajo manual y en otros intelectual. Precisamente entonces se dio principio a una de las ocupaciones que debía convertirse en el trabajo más típico de los monjes medievales, las copias de los clásicos y demás escritores de la antigüedad, iniciada ya por Casiodoro y sus discípulos. De este modo, la regla de San Basilio, con alguna mayor suavidad en las austeridades corporales, pero con una unión más íntima de sus miembros y mayor dependencia de sus superiores, tuvo gran éxito. Podemos, pues, afirmar que esta regla se convirtió en el Código monástico oriental por antonomasia. Así, cuando más tarde fueron desapareciendo las otras agrupaciones de monjes, los basilianos poblaron el Egipto y se extendieron por todo el Oriente. Apoyados por el poder civil en el Imperio bizantino, cada vez más fuerte y robusto a partir del siglo vi, fueron ellos los monjes por excelencia del Oriente. Un desarrollo similar tuvo la rama correspondiente de las monjas basilianas.

III.

SISTEMAS ESPECIALES Y DESVIACIONES

Como se ha podido observar, estos dos géneros de vida ascética, la eremítica y la cenobítica, se confundían muchas 224 Sobre la obediencia se expresa San renunc. saec. n.2.3; Serm. ase. n.3; Regula c.19; c.22,27; Regula fusius c.114.

Basilio en diversos escritos: De fusius cuest.30.31; Consí. monast.

C . l l . VIDA MONÁSTICA EN ORIENTE

597 veces y se mezclaban entre sí . Pero, aunque ambos sistemas se desarrollaban a la par, no hay duda que iba predominando la tendencia a la vida de comunidad o vida cenobítica. 225

1. Los estilitas: San Simeón226.—Al lado de estas tendencias, que podríamos denominar normales en la vida monástica, aparecen algunos otros tipos de vida ascética, que por su rareza tuvieron menos secuaces. Sin embargo, conviene advertir que los que la siguieron obraron generalmente con la mayor buena fe; por lo cual, lo que tiene de sorprendente y aun raro su género de vida debe ser considerado solamente desde el punto de vista del sacrificio que traía necesariamente consigo. Por lo demás, son cosas que se explican por las circunstancias y ambiente del tiempo y serían inconcebibles en nuestros días. En primer lugar deben ser conmemorados los llamados estilitas, a quienes bien podemos designar como los más extravagantes entre los antiguos ascetas cristianos. De hecho, llega a tal extremo la rareza de este género de vida, que, si no estuviera tan evidentemente atestiguada por las fuentes contemporáneas, nos inclinaríamos más bien a ponerlo en duda. Los estilitas son penitentes que, llevados de su espíritu de mortificación, vivieron durante largos años sobre una columna (atüXoc, columna), que llegó a ser de ocho, diez y quince metros de altura, con uno o dos metros cuadrados de superficie. En este lugar, expuestos a la intemperie y a todas las incomodidades imaginables, vivían y realizaban toda su actividad ascética, recibiendo por u n a cuerda el nesario sustento u n a o varias veces al día. Entre todos los que se dedicaron a este género de vida se hizo particularmente célebre San Simeón, denominado por eso mismo el Estilita. De él nos consta con documentos fehacientes que en las proximidades de Antioquía se mantuvo durante treinta años sobre u n a columna, los primeros catorce años más baja, pero los últimos dieciséis de su vida a unos 15 metros de altura. De este modo puede ser considerado como el iniciador de este nuevo género de penitencia. Según se atestigua, consérvanse todavía algunos fragmentos de dicha columna. La fama de Simeón el Estilita cundió luego notablemente, por lo cual acudían a los pies de su columna grandes 225 Es u n hecho que conviene tener muy presente p a r a comprender la vida monástica de este tiempo. A este propósito véanse las ventajas que expone San Basilio de la vida cenobítica frente a la solitaria: Reg. fus. c.72. 226 Acerca de los estilitas en general, véanse: TEODORO LECTOR, Hist. Eccl. 1,18; EVAGRIO, Hist. Eccl. 1,13; 6,28. Además: DELEHAYE, H., Les Saints Styles (Bruselas 1923); ID., en RevQHist 1 (1895) 52-103; LIETZMÍNN, H., DOS leben des hl. Simeón Stylites: TexteUnt 4 (1908); PEETERS, P. S., Syméon Stylite et ses premiers biographes: AnBol 61 (1943) 29s. En particular, véase HEIMBUCHER, I 107s.

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 598 muchedumbres, que volvían compungidas después de contemplar aquel ejemplo vivo de penitencia, y de escuchar sus fervorosas exhortaciones. Por otra parte, llegó a gozar de gran prestigio ante el emperador Teodosio II el Joven. De él se aprovechó en diversas ocasiones intercediendo en favor de los perseguidos y presentándose como mediador de paz. Parece convirtió con su predicación y ejemplo varias tribus nómadas procedentes de la Arabia. Además, tuvo gran influencia en favor de la ortodoxia, mientras se debatían las grandes cuestiones dogmáticas promovidas por los nestorianos y monofisitas. Murió el año 459 sumamente venerado. El más ilustre de sus discípulos fue Daniel, de quien sabemos permaneció treinta y cuatro años sobre u n a columna. Tuvo algunos otros imitadores en diversas regiones, incluso en Occidente; mas los rigores del clima, en unas partes, y los verdaderos peligros que encerraba este género de vida, en otras, lo hicieron poco recomendable. Por esto observamos algunas desaprobaciones de parte del episcopado. Sin embargo, se tiene noticia de algunos estilitas a u n en la alta Edad Media.

2. Los inclusos227.—Al mismo grupo de ascetas entregados a u n a vida de penitencia y austeridad, pertenecen los llamados inclusos, c-pdsia-coi. En realidad, fueron mucho más numerosos que los anteriores, y, en u n a forma más o menos estricta y de absoluta reclusión, se h a n conservado a través de la Edad Media hasta nuestros días. Como el mismo nombre indica, eran personas que libremente se encerraban de por vida en u n a celda, denominada clausa o reclusorium, la cual quedaba tapiada, y sólo conservaba u n agujero con comunicación al exterior, por donde recibían el sustento estrictamente necesario. En este encierro vivían tales personas entregadas a la oración y penitencia. Las historias antiguas del monacato nos h a n conservado datos interesantes acerca de estos solitarios inclusos. Es curiosa la observación sobre la longevidad de algunos a pesar de u n a vida tan austera. Se sabe de alguno que vivió encerrado ochenta años. Es célebre particularmente la llamada Tais la Pecadora, insigne penitente, que siguió este género de vida en el siglo iv, llegando a u n a eminente santidad. En la Edad Media se transmitió este sistema de vida en u n a forma suavizada, consistente en pequeñas celdas o inclusas, próximas a los grandes monasterios, donde algunos monjes 227 Véase PALADIO, Hist. Laus. 5,43,96; SOZOMENO, Hist. Eccl. 8,19; GOUGAUD. L., Erémites et Reclus (Ligugé 1928). En particular: HEIMBUCHER. I 109s. En este último a u t o r y particularmente en MAZÓN (p.95s) se d a u n a idea de la Regla especial de los inclusos. Véase D'ACHEEY, Regula solitarium (P. 1653) en PL 103,575s.

599 vivían recluidos durante u n tiempo determinado en plan de penitencia. C . l l . VIDA MONÁSTICA EN ORIENTE

3. Acoimetas m .—Mención especial merecen en este lugar los llamados acoimetas ( áxoi|x^xoi, que no se acuestan), que aparece por vez primera hacia el año 400 en las riberas del Eufrates, y parece tuvieron por fundador a San Alejandro. Llamábanse así, no porque en realidad no durmieran o no se acostaran, sino porque día y noche había grupos en vela en el cenobio. Realizaban, pues, u n a verdadera adoración perpetua. Tratábase de cenobios o comunidades religiosas bien establecidas, que tomaban como ideal la alabanza perpetua al Señor. Para ello dividían a los monjes en tres coros, los cuales iban turnándose día y noche, de modo que constantemente hubiera quienes estuvieran entonando himnos a Dios. Como no eran más que u n a variante de los monjes ya existentes, apenas se les dio importancia, y por eso apenas se tiene noticia de ellos. 4. Desviaciones del ascetismo monástico 229 .—Teniendo presentes todas estas tendencias a la vida ascética, que tanto incremento alcanzaron en los primeros siglos del cristianismo, se comprende fácilmente que hubiera algunas desviaciones más o menos considerables. Así, en los documentos del tiempo consta que se formaron ya en los siglos iv y v algunos grupos o sectas que con toda propiedad deberían ser designados como herejes de la vida monacal. Entre los más célebres, nombraremos solamente a los sarabaítas en Egipto, fanáticos e ilusos, que se imaginaban inspirados directamente de Dios y se dedicaban a practicar las mayores rarezas; igualmente los remoboth en Siria, tipo de ascetas muy parecido al anterior, especie de alumbrados o quietistas de este tiempo, que especulaban con su pretendida santidad para alcanzar prestigio y ser estimados del pueblo cristiano. Por otro camino de más libertad y de verdadero libertinaje, bajo pretexto de ascética y perfección, iban otros grupos bien atestiguados en la historia. Tales son los llamados giróvagos, gente ligera e inconstante que revoloteaba de u n lado para otro con la excusa de buscar mayor santidad o de aprovechar a los prójimos; los pabulatores, que, también so pretexto de ascética, decían que se alimentaban de las hierbas y raíces, como los animales, pero que en rea228 p U e d e n c o n s u l t a r s e : 15,23; HEIMBUCHER, I 106S. 229

TEODORO

LECTOR,

1,17;

NICÉFORO

CALIXTO,

Acerca de estas tendencias m á s o menos excéntricas, véanse:

NIMO, Epist.

18...;

SAN AMBROSIO, Serm.

CRISÓSTOMO, Ad Stagyr.; BUCHER, I 112.

PALADIO, Hist.

65;

CASIANO, Collat.

18,4,7;

Hist.

Eccl.

SAN JERÓSAN JUAN

Laus. cc.31.33.39.95. Véase también HEIM-

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 600 lidad se entregaban a una vida de nómadas y vagabundos sin ley de ninguna clase. Frente a todos estos abusos o mixtificaciones de la abnegada vida de los verdaderos ermitaños y cenobitas, levantó su voz de alerta el episcopado 230 . Efectivamente, sabemos que se tomaron algunas medidas enérgicas en diversos concilios. Particularmente fueron de gran eficacia las del concilio de Calcedonia, el cual dispuso severamente que todos los cenobios, y más todavía los grupos de ermitaños, estuvieran sujetos al ordinario. Con no menor ahínco se procuró fomentar la vida de comunidad, con el objeto de evitar el terrible peligro de la independencia y de las ilusiones personales. A las medidas de la Iglesia se juntaron las de los emperadores, los cuales persiguieron de un modo particular a los monjes vagos que andaban merodeando por los campos y las ciudades. Sin embargo, a pesar de estos abusos, que pudieron contribuir a desacreditar la vida monástica, ésta gozaba de gran estima. Por otra parte, los monjes, sobre todo los cenobitas, se distinguieron ya desde sus principios por sus trabajos teológicos, y generalmente fueron el mejor sostén de la ortodoxia.

CAPITULO

XII

El monacato en Occidente. San Benito

m

No fue menos importante y trascendental para la Iglesia de Occidente el desarrollo del monacato en los siglos IV-VI. Sin embargo, debemos hacer dos observaciones fundamentales. La primera es que en Occidente fue este desarrollo mucho más lento. La segunda es que, una vez hubo penetrado esta idea en la Iglesia occidental, tomó una marcha verdaderamente arrolladora, que superó en mucho el mayor florecimiento del Oriente. De esta manera, a partir del siglo vi y durante toda la Edad Media, el monacato fue en la Iglesia occidental el sostén más firme y seguro de su ortodoxia y el portavoz de la verdadera cultura cristiana en todas sus manifestaciones. 230 La disposición fundamental se contiene en el Cono, de Calced. can 4 Además: Cocí. Theod. 12,1 a.365; JUSTIN., Novellae. 5 ce.1.2, etc. Véanse también: OROSIO, Hist. 8,33; HEIMBUCHEB, I 113. 231 Ante todo pueden verse las obras generales citadas en la nota 209, en particular HEIMBUCHEB, I 122s. Además: MABILLON, Observationes de monachis in Occidente ante Benedictum en ActSSOrdStiBened 1 lss; BERLIÉRE, U., L'ordre monastique des origines au XII siécle 3. a ed. (Maredsous 1924); MONTALEMBERT, Précis d'histoire monastique. Des origines á la fin du XI siécle (P. 1934)-' Me LAUGHLIN, T. P., Le tres anden droit monastique de l'Occident (Ligugé IViennel y P. 1935).

C.12. EL MONACATO EN OCCIDENTE: SAN BENITO

I.

LOS

PRIMEROS

CENTROS

MONÁSTICOS

DE

601

OCCIDENTE

Hablando en general, podemos decir que el monacato hizo su aparición en Occidente algo más tarde que en Oriente. De todos modos consta de algunos casos esporádicos de cristianos fervientes, quienes durante las persecuciones romanas se entregaron a u n a vida solitaria de grande austeridad, y se sabe de u n modo particular que también en Occidente se desarrolló desde los siglos i y n la institución de las vírgenes cristianas con las características que en otro lugar apuntamos. 1. San Atanasio y los primeros monjes de Italia.—Dejando, pues, estos casos aislados, difíciles de controlar, el primero que influyó de u n a manera eficaz y sistemática en introducir en Occidente la vida monástica, fue San Atanasio 232. Este santo ilustre, defensor acérrimo de la ortodoxia católica contra los arríanos, conocía perfectamente y estimaba en gran manera la vida próspera de las colonias de solitarios de Egipto. Recuérdese solamente que, entre sus más preciosos escritos históricos, se cuentan la biografía de San Antonio y la historia de los monjes de Egipto. Habiendo sido, pues, desterrado al Occidente, San Atanasio llevó consigo dos monjes, Isidoro y Ammonio, con cuya conversación y ejemplo fueron desapareciendo los prejuicios aquí existentes contra el género de vida de los solitarios de Egipto. Al mismo tiempo, los vivos relatos sobre la vida maravillosa de San Antonio y la heroica penitencia de tantos otros monjes orientales, llegaron a entusiasmar a multitud de personas, con lo que se dio comienzo a diversos núcleos de vida eremítica. Así, se tiene noticia, en varias poblaciones de Italia, de algunos centros de vida solitaria o cenobítica anteriores a San Benito. Entre los que fomentaron este género de vida deben contarse San Paulino de Ñola (f 341) y, sobre todo, San Eusebio de Vercelli (f 371)233, el cual en su destierro de Oriente tuvo ocasión de conocer la vida monacal, que luego imitó en un asceterium fundado por él en Roma. 2. San Jerónimo234.—En este ambiente tan bien dispuesto en favor de la vida monástica, fue sumamente benéfica la actividad de San Jerónimo, llegado a Roma el año 382, que 232 Véanse Vita Antonii, Vita Hüarionis etc., y sobre toda esta literatura de San Atanasio véase LABRIOLLE en FLICHE-MARTIN, 111 308s. 233 Puede verse: SAN AMBROSIO, Epist. 38; Serm. de nat. S. Euseb. 4; GARDINI, 234 G. D., Origine e svilupo del monachismo a Boma en Gregor. 37 (1956) 20s. En torno a San Jerónimo y su actividad en la dirección ascética o monástica se h a escrito mucho. Véase lo que constituye la base de su Regla: Epist. 96, ad princ. de laude Afore.,- de morte Fahiolae ep.84. y otras cartas (HEIMBU-

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 602 había conocido la vida anacorética de Egipto, viviendo algunos años en la Tebaida al lado de los ermitaños. Precisamente algunas damas de la alta sociedad habían ya iniciado su vida de retiro, tales como la patricia Marcela, en torno a la cual se formó u n a especie de cenobio en el Aventino. A él pertenecía, entre otras, Marcelina, hermana de San Ambrosio. Con su fogosidad característica siguió San Jerónimo fomentando este espíritu con la dirección de algunas almas selectas, entre las cuales merecen ser nombradas Paula y sus dos hijas Blesila y la célebre Santa Eutoquio, a las que el santo dirigió preciosos documentos espirituales. A éstas deben añadirse otras matronas romanas, como Lea, Fabiola y otras 235 . Tal fue el entusiasmo que se apoderó del mundo romano en favor de la vida monástica y la admiración por el monacato de Oriente, que al partir Jerónimo de Roma para Palestina, lo siguió su fiel discípula la noble Paula y fundó con él en Belén un doble monasterio: el de hombres, dirigido por el santo, y el de mujeres, dirigido por ella. De un modo semejante, Rufino de Aquilea, émulo de San Jerónimo en muchas cosas y de carácter vehemente como él, partía igualmente para Palestina junto con Melania y establecía un doble monasterio de hombres y mujeres. Con particular interés se presenta la cuestión sobre la Regla de San Jerónimo. Efectivamente, es bien conocida en nuestros días, y por ella se rigen diversas órdenes antiquísimas de hombres y mujeres. En realidad, San Jerónimo no escribió regla ninguna, y así, según parece, el doble monasterio fundado por él en Belén se regía por la de San Pacomio, entonces en boga en Oriente. En cambio, dado el prestigio extraordinario que adquirió en toda la Iglesia, se entresacaron de sus escritos, y en particular de las relaciones y elogios sobre los héroes de la vida anacorética y cenobítica, un conjunto de normas para la vida monacal. Esto es lo que se h a designado como Regla de San Jerónimo y forma la base de las órdenes jeronimianas.

3. San Agustín 236 .—Mucho más importante fue el influjo ejercido por San Agustín en la vida monástica de Occidente. Consta en primer lugar que después de su conversión fomenCHER, I 125); SAN AMBROSIO, Hexaem. 3,5; GRÜTZMACHER, Hieronymus I-III (19011903). Sobre la Regla de San Jerónimo; ÉNGELS, O., artíc. Hieronymiten: LexThK 5 a 325-326 (1960); SIGÜENZA, J. DE, Historia de la Orden de San Jerónimo 2 vols. 2. ed. (M. 1907-1909); ZARCO CUEVAS, J., LOS Jerónimos de San Lorenzo el Real de El Escorial (El Escorial 1930); IGNACIO DE MADRID, La Orden de San Jerónimo en España. Primeros pasos para una historia crítica: StudMonast 3 (1961) 409427; ZUMKELLER, A., Die Regel des hl. Augustinus (Wurtzburgo 1963). 235 Véanse: CARD. RAMPOIXA, S. Melania giuniore (R. 1905); DELEHAYE, H., S. Melaniae iunioris acta graeca en AnBoll (1903) 3s; GOYAU, Ste. Mélanie en Les Saints (P. 1908); LAGRANGE, P., Histoire de Ste. Paule (P. 1901); GENIER, R., Ste. Paule en Les Saints (P. 1917). Z3B Véanse: POSIDIO, Vita Augustini V; BESSE, G. M., Le monachisme afrícain (Ligugé 1900); VEGA, A. C , La Regla de San Agustín en ArchAgust 39 (1933) 321s; 40 (1933) 5s; MEHLIN, R. P., Saint Augustin et la vie monastiche

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SAN BENITO

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tó por diversos medios la vida cenobítica, que había conocido en Milán, y que ya en 388 estableció u n monasterio en las proximidades de Tagaste. Por el mismo tiempo se fundaron igualmente otros monasterios en Cartago, Adrumeto, etc., que reconocían más o menos como padre a San Agustín. Al ser ordenado de sacerdote en Hipona en 391, creó allí u n centro, mezcla de monasterio y de seminario, y cuando fue elevado a la sede episcopal de esta ciudad, convirtió su palacio en un verdadero cenobio, donde llevaba vida monástica con sus clérigos. Pero San Agustín fue también organizador de la vida monástica, con u n a Regla, que h a servido de base a importantes ramas de órdenes religiosas. Son varias las obras de San Agustín utilizadas p a r a la dirección de comunidades religiosas. A ellas pertenecen algunos sermones, en que el santo da consejos prácticos de vida ascética (355, 356), y, sobre todo, el opúsculo De opere monachorum. Pero lo que constituye propiamente la llamada Regla de San Agustín son estos documentos: el primero es la epístola 211, dirigida a unas religiosas, en donde se dan normas fundamentales sobre la obediencia, pobreza, caridad y humildad religiosa. El segundo documento es la célebre Regula ad servos Dei, calcada en la carta anterior y que en doce capítulos propone los principios básicos de vida religiosa aplicados a varones. Sobre estos documentos se h a n hecho innumerables suposiciones. Sin embargo, la crítica moderna da como bien probado que fue el mismo santo quien compuso los dos documentos que constituyen la Regla de San Agustín. Según parece, la Regla ad servos Dei sería u n a acomodación para varones de las prescripciones que la carta contiene para mujeres; pero esta acomodación, según expone el P. Vega, la debió de hacer el mismo San Agustín. Sobre la importancia y extensión que llegó a alcanzar la Regla de San Agustín, basta tener presente que, aparte la gran multitud de cenobios del norte de África en vida de San Agustín y en los siglos siguientes, fueron innumerables las instituciones y órdenes que tomaron como base esta regla. Ante todo fueron los Canónigos Regulares, cuyo desarrollo (P. 1933). Sobre todo véanse: HEIMBUCHER, I 125s, y MAZÓN, 54s, donde se t r a t a de la Regla de San Agustín; CILLERUELO, L., El monacato de San Agustín y su regla (Valladolid 1947); VACA, C., La vida religiosa en San Agustín. Caridad, vida común, pobreza (Avila 1948); TRAPE, A., San Agustín y el monacato occidental: CiudD 169 (1956) 404s; DOMÍNGUEZ DEL VAL, U., La Regla de S. Agustín y los últimos estudios sobre la misma: RevEspT 17 (1957) 481s; ZUMEL, F., Regla de San Agustín y comentario a la misma (M. 1957); HÜMPNER, W., artíc. Augustiner-Eremiten: LexThK 1 1084-1088; ID., artíc. Augustinusregel: ib. 11041105; ID., Die grossen Ordensregeln ed. por H. U H . V. BALTHASAR (Einsiedeln 1948); ID., Augustinus (Averbode 1954); ID., Augustinus Magister I (P. 1954). Sobre la Regla de S. Agustín.- MANDONET, P., Saint-Dominique II 101-162 (P. 1938); LAMBOT, D. C , en RevBén 53 (1941) 41-58; SANS, A., Historia de los Agustinos españoles (M. 1948); MANRIQUE, A., La vida monástica en San Agustín. Enchridion histórico-doctrinal y Regla (El Escorial 1959); RICCARDI, D., La verginitá nella vita relig. secando la dottrina di S. Agostino (Turín 1961).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 604 se remonta a los tiempos inmediatos al Obispo de Hipona y tienen su origen en el verdadero cenobio que organizó él en su palacio episcopal con sus clérigos. El tipo de los Canónigos Regulares completamente organizados y desarrollados en el siglo xn lo forman los Premonstratenses, que tomaron la regla de San Agustín. Sobre esta misma regla se fundaron la Orden de Padres Predicadores, la Orden de la Merced, los Siervos de la Virgen María, los Hermanos de San J u a n de Dios y otras.

4. San Martín de Tours m.—A San Martín de Tours había precedido ya San Hilario de Poitiers, gran admirador de San Atanasio y, como él, gran entusiasta de la vida monástica del Oriente, que había podido conocer en su destierro del año 355. En torno a su palacio episcopal de Poitiers organizó más tarde un verdadero cenobio de clérigos, entre los cuales se hallaba San Martín. Este había manifestado ya desde su primera juventud una marcada inclinación a la vida cenobítica, y así, después de pasar algún tiempo entre los ascetas que San Hilario reunió en torno suyo, fundó él mismo hacia el año 360, en unión de varios compañeros, un monasterio cerca de Poitiers, Monasterio Lecogiagense (Ligugé), el primero de Francia. Nombrado obispo de Tours, San Martín no cambió prácticamente de género de vida. No lejos de la ciudad, hízose construir u n a celda, adonde se retiraba a hacer vida de solitario; pero bien pronto se le fueron juntando gran número de discípulos, que en 375 llegaban a 80. De este modo se formó el Monasterium Maius, el célebre monasterio de Marmoutier, que se convirtió rápidamente en plantel de excelentes monjes y aun de celosos prelados. A imitación de estos dos cenobios, de Ligugé y de Marmoutier, se fundaron otros varios bajo la dirección inmediata de San Martín. En todos ellos, según atestigua su discípulo Sulpicio Severo en la biografía que de él compuso, se llevaba una vida mixta de eremita y de cenobita, si bien predominaba esta última. Pero San Martín no escribió regla ninguna. Sus monjes se gobernaban con las ordenaciones orales recibidas de él, se reunían dos veces al día, por la m a ñ a n a y por la tarde, y llevaban u n a vida de extremo rigor, caracterizada por la túnica de pelos de camello que les servía de hábito. La vene237

Puede verse a SULPICIO SEVEBO, Vita Scti. Martim, particularmente c.7,10' GEEGOR, TURÓN., De mirac. Scti. Martini 4,30. A propósito del relato de Sulpicio' Severo y de algunas impugnaciones modernas, véanse: LABRIOLLE, P. DE, Hist de la litt. latine chrét. 3. a ed. p.509s, y MONCEAUX, P., Saint Martin (p' 19261 prólogo. Véanse además: BESSE, La vie des premiers moines gallo-rom en RevBén (1901) 262s; ID., Les premiers monastéres de la Caule mérid en RevQHist 71 (1902) 394S; ID., Les moines de l'anaienne France (P. 1906)- DELEHAYE, H., Saint Martin de Tours et Sulpice Sévére en AnBoll (1920) 5-136LADEUCE, P., Martin de Tours (Marseille 1930). En particular, la síntesis de HEIMBUCHEB, I 128S; FONTAINE, J., artíc. Martin v. Tours: LexThK 7 118-119 (1962); LECLERCQ, J., Saint Martin et son temps (R. 1961).

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ración que todos sentían por su santo padre se manifestó a su muerte, pues se refiere que lo acompañaron al sepulcro dos mil de sus monjes. 5. Islas de Leríns. San Honorato238.—El segundo fundador de monjes en las Galias es San Honorato, obispo de Arles. Según se refiere, hacia el año 405 organizó en u n a de las islas de Leríns, cerca de Cannes, que hoy lleva su nombre, u n centro de vida eremítica, que se fue desarrollando rápidamente hasta formar un célebre monasterio, foco de cultura religiosa en los siglos siguientes. Baste decir que de él salieron hombres tan eminentes como Hilario de Arles, Euquerio de Lyón, Lupo de Troyes, Cesáreo de Arles, Salviano, Máximo y San Vicente de Leríns. Pero, no obstante el empuje tomado por este centro de vida monástica en el Occidente, San Honorato no dejó regla ninguna escrita. 6. Juan Casiano (t 435) 239.—Digno émulo de los anteriores fue Juan Casiano, a quien se debe el establecimiento de dos célebres monasterios cerca de Marsella: uno para hombres y otro para mujeres. Primero quiso conocer y practicar él mismo la vida monástica de Oriente, en donde pasó algunos años bajo la dirección de algunos maestros de la vida eremítica y cenobítica. Hacia el año 415 volvió a las Galias y se retiró a la soledad, no lejos de Marsella, adonde acudieron numerosos discípulos. Con ellos fundó el célebre monasterio de San Víctor, del que fue abad hasta su muerte. No mucho después organizó otro de religiosas. Pero lo que inmortaliza de u n modo especial el nombre de Casiano en los anales de la vida monástica, son los diferentes documentos que nos legó para la dirección de sus discípulos. No se trata de una regla propiamente dicha; pero en realidad Casiano ofrece un conjunto de normas sumamente aptas para servir de base en la vida religiosa. Estos documentos y normas para la vida religiosa se encuentran en sus dos obras fundamentales: las Institutiones y las Collationes. Precisamente esta última reproduce las charlas que había tenido con los monjes orientales y su género de vida, que él pone como modelo a sus discípulos. 238 Llámase ahora S a n t a Margarita. A este propósito véase en particular: S. HIIARII ARELATENSIS, Sermo de vita SU. Honorati en PL 50,1249s,- BBUNETIERE, F.-LABRIOLLE, P. DE, Saint Vincent de Lérins (P. 1906); NORIS, H., L'abbaye de Lérins, histoire et monuments (P. 1909); BONNABD, F., S. Honorat de Lérins (Tours 1914); CAVALLIN, S., Vitae ss. Honorati et Hiiarii (Lund 1952). 239 Véanse las obras citadas en la n o t a 237, particularmente las de Besse. Además: Obras en PL 49 y 50; ed. PETSCHENING en CorpScrEcclLat 13 y 17; ABEL, O., Studien zum gallischen Presbyter Joh. Cassian (1904). En particular: HEIMBUCHEB, I 132s, y MAZÓN, 75S; CHADWICK, O., John Cassian. A study in primitive monasticism (Cambridge 1950); CAMELOT, P. TH., artíc. Joh. Cassianus: LexThK 5 1016-1017 (1960); WEBER, H.-O., Die Stellung des Joh. Cassianus zur ausserpachomian. Mónchtradition: Beitr. z. Gesch. d. alt. M ó n c h t u m s u. Bened. Ord. 24 (Münster 1961).

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241

Aun sin poder ser designados estos escritos de Casiano como reglas propiamente tales, fue tal la importancia que adquirieron y su influjo entre los ascetas y fundadores de órdenes religiosas medievales, que las reglas que hallamos escritas en las Galias, Italia y España presentan una evidente inspiración en estas ideas de Casiano. 7. San Cesáreo de Arles 24°.—El primero que escribió en las Galias, no una, sino dos reglas monásticas, fue San Cesáreo de Arles, u n a de las glorias más puras de la iglesia gala en el siglo v. Ingresó, joven todavía, en el monasterio de Leríns, donde pudo aprender y gustar la vida monástica. Nombrado luego abad de un nuevo monasterio cerca de Arles, promovió con gran celo la vida religiosa, y, al ser elevado a la sede episcopal de esta ciudad, se convirtió en el gran protector de la cultura religiosa y de la vida monástica. Siendo abad del monasterio de Arles, escribió la Regula monachorum, destinada a sus monjes, que se caracteriza por cierto rigor en la pobreza y caridad mutua, e insiste de un modo especial en el trabajo manual, rezo del oficio y espíritu de penitencia. Más importante, sin embargo, es la Regula sanctarum virginum, que compuso, siendo ya obispo, para un convento de religiosas fundado por él mismo. Comprende 47 capítulos y desciende en ellos a muchos pormenores que exigen u n a perfección muy elevada. Como síntesis de la experiencia de toda su vida, escribió San Cesáreo de Arles la llamada Recapitulatio, documento precioso, que nos da una idea del estado a que había llegado la organización de la vida religiosa a principios del siglo vi. Conservamos también de San Cesáreo u n Ordo, que es u n a especie de ritual religioso con instrucciones sobre el oficio divino, los ayunos y la refección corporal. No puede dudarse de que San Cesáreo utilizó en su trabajo de legislación la obra de San Agustín y los documentos de Casiano; pero conserva su originalidad propia, marca un avance en la legislación monástica y tuvo la aprobación explícita del papa Hormisdas.

II.

VIDA MONÁSTICA EN IRLANDA, INGLATERRA Y ALEMANIA

Más interés, si cabe, tiene el principio del monacato en Irlanda y Gran Bretaña, sobre todo por el extraordinario desarrollo que allí adquirió y el influjo que luego ejerció en el continente. 240 Sobre sus Reglas, véanse MAZÓN, 77S¡ HEIMBUCHEB, 1,134S. Véase Act. SS. Boíl, enero, I 730s.

también

1. Irlanda. San Patricio .—El primer gran apóstol y héroe principal del cristianismo y monaquismo en Irlanda fue San Patricio. Habiendo recibido su formación religiosa en la escuela de San Martín de Tours en Marmoutier y luego entre los monjes de Leríns, trasladado a su patria Irlanda, se dedicó de lleno desde el año 432 a implantar en ella la fe cristiana. Uno de los medios que más le sirvieron para su apostolado fue la fundación de monasterios, entre los cuales sobresale el de Armagh. Fue considerable el aflujo de toda clase de gentes a estos monasterios, particularmente de la nobleza, de modo que se atribuye a San Patricio la frase de que en Irlanda los hijos de los reyes eran monjes, y sus hijas, vírgenes consagradas a Dios. Durante todo el siglo v y vi fueron multiplicándose estos monasterios, en los que se distinguieron hombres tan eminentes como San Fimián, fundador del monasterio de Clonard; San Brendán, de los de Cloufert y Birr; San Ciarán, de los de Ossory y Saigir. A mediados del siglo vi se erigió el gran monasterio de Bangor, del cual y de algunos otros consta que llegaron a cobijar hasta 3.000 monjes. Una de las características más dignas de tenerse en cuenta del monacato irlandés, es el espíritu apostólico que movía a sus monjes a partir en nutridas expediciones hacia el continente con el fin de propagar la cultura católica y establecer en él nuevos monasterios. En cambio, no parece probable que San Patricio dejara ninguna regla escrita, a pesar de algunas alusiones que ciertos biógrafos medievales hacen a ellas. Sus monjes se regían, como era muy frecuente en este tiempo, por las normas dadas por él y transmitidas por la tradición. 2. San Columbano 242 .—Intimamente enlazado con el florecimiento de la vida monástica de Irlanda está San Columbano, que forma igualmente el lazo de unión entre el monacato irlandés y el del centro de Europa. Por esto, su impor241 Véanse más adelante p. F, c.2, sobre San Patricio y el origen de la Iglesia en Irlanda. P a r a todo esto, además de las obras generales, recomendamos en particular: RYAN, J., lrish Monasticism (Dublín 19311; HEIMBUCHER, I 139s; MAZÓN, 81S; BIELER, L., The worfes of St. Patrích Westminster (Maryl.) (L. 1953); lo., Libri epistotorum Sancti Patricil episcopi I (Dublín 1952). 242 La significación principalísima de San Columbano en el desarrollo del monacato en el centro de Europa aparece en los documentos del tiempo. Véanse en particular: Vita Scti. Columbani por JOÑA A B . en MABIIAON, ActaSSOSB II 5; ed. KRUSCH en MonGermHist, Ser. Rer. Mer. 4 ls; DEDIEN, L., Coloraban législateur de la vie monastique (Cahors 1901); LEVISON, W., Die Ihren und die fránh. K. en HistZ 109 (1912) 1S; LUGANO, P., S. Columbario (Perugia 1915); MABTIN, E., St. Colomban (P. 1905) en Les Saints; MASSANI, M., S. Columbano di Bobbio nella storia, nella letteratura, nell'arte en Didascal. 6 (1928) 81S; 7 (1929) 1-157. Sobre su Regla, véanse: HEIMBUCHER, 1 142s; MAZÓN, 86s; DUBOTS, M.-M., Un pioner de la civilisation occidentale: S. Colomban, ca. 540-615 (P. 1950); HENRY-ROSIER, M., Dans la barbarie mérovingienne: S. Colomban (P. 1905); HENNIG, J., artic. Kolumban: LexThK. 6 403-404 (1960); ID., §. Columbani opera ed. G. S. M. WALKER (Dublín 1957).

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tancia es grande, pues su actividad coincide con el primer desarrollo de la regla benedictina. Nacido en Irlanda a mediados del siglo vi, ingresó en el gran monasterio de Bangor, donde fue discípulo del célebre abad Congal. Impulsado por su espíritu apostólico, hacia el año 590 se dirigió con doce compañeros al continente. Llegado a Borgoña, su rey Gontrán lo acogió favorablemente. Con su apoyo fundó el monasterio de Anegray (Alto Saona), lugar solitario y áspero, muy a propósito para la vida austera que debían ellos fomentar. No mucho después, ante el gran número de discípulos que se les fueron juntando, Columbano fundó otros dos monasterios, el más célebre de ellos, Luxeuil, y el de Fontaines. En poco tiempo llegó a reunir más de 600 monjes. La obra de San Columbano fue, a partir de este momento, sumamente fecunda. Desde estos monasterios inició una actividad enteramente nueva, como era la educación de los hijos de los nobles y la instrucción del pueblo, al que enseñaban incluso las labores del campo. Con esto se constituyeron aquellos monjes en verdaderos colonizadores de la región, roturando terrenos incultos y enseñando toda clase de oficios manuales. De estos monasterios partieron poco después excelentes abades y fundadores de otros centros monásticos en el centro de Europa, llegando a Alemania, Suiza e Italia. El año 610 partió San Columbano de este su centro de operaciones, constituido por Luxeuil y demás monasterios por él fundados, y se dirigió por el Rhin al lago de Zurich, en cuyas proximidades se levantó más tarde el gran monasterio de San Gallen. Sin detenerse aquí, pasó luego a Italia, y entre Milán y Genova fundó el célebre monasterio de Bobbio, que t a n t a fama había de adquirir en los siglos siguientes. Para todos estos monasterios por él fundados compuso San Columbano una regla, muy digna de tenerse en cuenta en los anales de la vida monástica. Denomínase Regula monachorum y comprende dos partes: la primera es la regla propiamente tal, y por eso suele designarse Regula coenobialis, que en sus diez capítulos da normas prácticas sobre la obediencia, el silencio, pobreza y demás puntos fundamentales de la vida religiosa. La segunda parte es como un sencillo código penal, en que se establecen algunas sanciones que deberán imponerse a los transgresores de la ley. Se h a discutido mucho acerca de la autenticidad de esta regla, pero nosotros la creemos suficientemente asegurada. En todo caso, no es aventurado suponer que reproduce las costumbres de Bangor, cuyas normas de vida y tal vez su regla primitiva aplicaba San Columbano a los monasterios establecidos en el continente.

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243

3. Inglaterra y Escocia .—Como en Irlanda, también en Inglaterra floreció singularmente la vida monástica, llegándose a convertir estas islas en plantel de monjes para el continente europeo. Sin embargo, lo característico de la Gran Bretaña fue que sus monasterios tienen su primer origen en los de Irlanda, y algunos de ellos se remontan hasta los tiempos de San Patricio, pues ya entonces los monjes irlandeses se trasladaron a Inglaterra y establecieron allí algunos cenobios. El más célebre de todos es el que se fundó más tarde cerca de Chester, llamado English Bangor. Era u n a filial del gran Bangor de Irlanda, y obtuvo igualmente gran prosperidad. De él partieron más tarde nutridas expediciones de monjes misioneros hacia el continente. En Escocia introdujeron la vida monástica San Niniano y San Columba, a quien no debe confundirse con San Columbano. Ambos trabajaron incansablemente en fomentar en este territorio la vida monástica. San Columba fundó, entre otros, el celebérrimo monasterio de Hy, que, latinizado, se llamó Ordinariamente lona. Desde allí, como desde Bangor de Irlanda, irradió la civilización y cultura cristiana en todas direcciones, siendo su abad Columba el alma de este movimiento. Murió el año 597. También a San Columba se atribuye u n a regla escrita para los monjes de Hy, que adoptaron igualmente otros monasterios. No parece sorprendente, dada la personalidad de este santo y el influjo que ejerció en la vida monástica de Escocia e Inglaterra.

III.

PRINCIPIO DEL MONACATO EN ESPAÑA 2AA

Investiguemos ahora los orígenes y primer desarrollo del monacato entre nosotros. Este estudio es de particular interés, no sólo por tratarse de cosas que nos tocan más de cerca, sino también por la importancia misma del monacato en la Península. 243 Además de Jas obras generales véanse: BEDA EL VENERABLE. Hist. Eccl. gentis Angl. III 4; Vita Scti. Columbani en MABILLON, ActaSSOSB I 361S; ActSS Iun., II 185S. Véase también: PL 85.725S, y en particular: HEIMBUCHER, I 146S; BBANFORD, V., S. Columba (Edimburgo 1913); FIECHER, D. J. V., The Anglo-Saxon Age c. 400-1042 in England. History of England CL. 1973); MOORMAN, J. E. H., A History of the Church in England. 3. ed. ÍL. 1973). 244 Ante todo recomendamos el b u e n resumen de VILLADA, II 1 281s, y MAZÓN, Las Reglas... 62s. Asimismo véanse: VÉLEZ, P. M., Estudio de la historia ant. de la Orden de San Agustín (El Escorial 1932); GARCÍA ZABALETA, I., Breve reseña de las órdenes religiosas (Bilbao 1932); PORTER, W. S., Early Spanish monasticism en Laúdate 10 (1932) 2s, 66s, 156s; PÉREZ DE UBBEL, LOS monjes españoles en la Edad Media 2 vols. (I. Orígenes y Esp. visigót.) 2. a ed. (M. 1945). Sobre los orígenes y primer desarrollo de la vida monástica en España, véase sobre todo, esta última obra, I 87s. Asimismo: PÉREZ DE U R BEL, J., El monasterio en la vida española de la Edad Media: Pro Eccl. et Patria 21 (B. 1942); FERNÁNDEZ CANTÓN, J. M., Manifestaciones ascéticas en la

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1. Primeros casos aislados.—Ante todo, podemos afirmar que las noticias bien documentadas que poseemos se remontan hasta el siglo iv. Ya en el antiguo concilio de Elvira, celebrado entre los años 300 y 313, se habla de «virgines, quae se Deo dicaverunt». Claro está que estas vírgenes pudieron entregarse a Dios sin necesidad de retirarse a la soledad y de hacer vida propiamente monástica; pero no se excluye la interpretación de vida anacorética o cenobítica. Más expresivo es el concilio de Zaragoza del año 380. En él se lanza excomunión contra los clérigos que, con el fin de disimular sus malas costumbres, visten traje de monjes. Es señal clara de que este género de vida era ya conocido y estimado del pueblo cristiano. El mismo concilio dispone que no se dé el velo a las vírgenes que no hayan cumplido los cuarenta años. Todo esto supone la existencia de u n a especie de vida ascética o cenobítica y el de las vírgenes consagradas a Dios, tan antigua en medio del pueblo cristiano. Por otra parte, el papa San Siricio (384-398), en una carta del año 384 dirigida a Eumenio de Tarragona, impone ciertas penas contra algunos monasterios de la Península caídos en relajación. En realidad, nada de esto puede sorprendernos, si tenemos presente el florecimiento que llegó a alcanzar la vida eclesiástica a fines del siglo iv y principios del v. Sin embargo, este estado de cosas recibió un golpe mortal con la invasión de los pueblos bárbaros, los vándalos, alanos, suevos y visigodos. Las destrucciones y devastaciones de templos y santuarios fueron horrorosas. La población española, cristiana ya en su mayoría, quedó esclavizada a los invasores, todos ellos paganos o arríanos. En cambio, apenas repuesta la Península de las primeras convulsiones de la invasión bárbara, mientras el pueblo más salvaje y destructor, el de los vándalos, abandonaba España y afligía las cristiandades del norte de África, aparecen los nuevos gérmenes de vida monástica, que tanto debían prosperar en la Península. Como refiere San Ildefonso de Toledo y lo atestiguan otros historiadores antiguos, huyendo de las destrucciones y degüellos causados por los vándalos en África, se refugiaron algunos monjes hacia el año 430 en las costas de España y fundaron en Valencia el monasterio Servitano. A su cabeza se puso el monje Donato.

se aumenta también rápidamente la vida monástica. Desde fines del siglo vi, después de la conversión de los visigodos, entra España en u n período de florecimiento en todos los órdenes de la vida cristiana, y el monacato alcanza una prosperidad comparable con la de las demás naciones cristianas europeas. Así, por no citar más que algunos ejemplos, en la provincia Cartaginense, además del monasterio Servitano, se fundaron a principios del siglo vi el de San Félix, a las afueras de Toledo; el Agaliense, en el interior de esta ciudad, donde era también muy venerado el de San Félix, donde se educaron más tarde San Julián, San Eladio, San Justo, San Eugenio y tantos otros. Y el Biclarense nos atestigua que Recaredo, después de su conversión, construyó gran número de monasterios. Asimismo surgieron en el siglo vi el monasterio de San Víctor y los más célebres de todos, el de Valclara y el de San Millán de la Cogulla. Donde más desarrollo y esplendor debía de alcanzar la vida monástica de este período fue en Galicia y en todo el noroeste de la península Ibérica. Así sabemos que San Martín de Braga, llamado también de Dumio, por el monasterio de este nombre que él fundó; San Fructuoso, San Valerio y Santo Toribio de Liébana, propagaron y fomentaron la vida monacal en las proximidades de Braga hacia el norte, en el territorio del Bierzo y en las estribaciones de los Picos de Europa. De los datos que se conservan se recibe la impresión de que a mediados del siglo vn existía una red completísima de monasterios en toda la región norteña, y al fin del período visigodo podemos decir que la vida monástica era sumamente próspera.

2. Florecimiento visigodo245.—A partir de este punto, la vida cristiana se va consolidando cada vez más, y con ella Iglesia hispano-rom. del siglo IV (León 1962); FERNÁNDEZ CANTÓN, J. M., Movimientos ascéticos en la Iglesia hispano-romana del siglo IV (León 1964); SA, H. DE, El monacato en Galicia 2 vols. (La Coruña 1972); PÉREZ DE URBEL, J., Monacato: DiccHistEclEsp 3, 1503-09 (M. 1973). Sigue u n a larga lista, por orden alfabético, de los monasterios antiguos españoles, con los principales datos sobre los mismos (ib. 1510-1716). 245 Véase VILLADA, L e , p.282s, donde se hallará a b u n d a n t e bibliografía y u n m a p a sobre los monasterios españoles en el siglo VII. SAN ISIDORO (De viris

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3. Los fundadores y las reglas.—Veamos ahora quiénes fueron los principales fundadores y promotores de este género de vida, así como también cuáles fueron las características de las reglas que tuvieron su origen en España. En general, podemos afirmar que durante el período primitivo, que abarca todo el siglo iv, no se tiene noticia de regla ninguna, como tampoco nos son conocidos nombres de abades ilustres. Los primeros de quienes se tiene alguna noticia son el abad Donato, fundador del monasterio Servitano, y Juan Biclarense, para el de de Valclara. De ambos refiere San Ildefonso de Toledo que escribieron su regla para sus respectivos monasterios 24é . No sabemos qué opinar sobre esta noticia; pero es un hecho que no se halla rastro ninguno de la primera y sólo u n a débil tradición sobre la segunda. illustribus) da m u c h a s noticias sobre los monjes que más se distinguieron. En particular recomendamos PÉREZ DE URBEL, o . c , I 165s. 246 De viris illustr. c.4; SAN ISIDORO, De viris illustr. c.44. Véase también JUAN DE VALCLARA, Cfiron. ad a. 571 4. Véase en particular MAZÓN, 63.

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La primera regla propiamente tal que apareció en España es la titulada Regula consensoria monachorum247, que presenta un carácter muy particular. Más que norma o plan completo de vida religiosa, es una especie de convenio tomado por los monjes para llevar u n a vida de absoluta unidad interior y exterior. Por lo que se refiere a su autor, la teoría que tiene más consistencia es la que la atribuye a los monjes priscilianistas. Con esto se explicaría mejor el que se deje menos autoridad al superior y se someta todo a la determinación de la comunidad; la misma abundancia de textos de la Sagrada Escritura y, sobre todo, las citas de textos que no se encuentran en ella, son indicio de este origen priscilianista. Entrando ya en terreno más seguro y absolutamente ortodoxo, nos encontramos con el primero de los grandes organizadores de la vida cenobítica, San, Martín de Braga o de Dumio. Es indecible lo que este santo, gloria insigne de la iglesia gallega, realizó por la cultura eclesiástica de su tiempo y en particular por la vida monástica. Entre sus escritos hallamos algunos que sirvieron como pauta y norma de vida a los monjes dirigidos por él. Tales son: Sentencias de los Padresm, que son principios o máximas espirituales de los monjes orientales, a quienes él había tratado personalmente. Al lado de este trabajo debemos colocar otro parecido, las Palabras de los ancianos249, traducido del griego a ruegos de San Martín y unido por él a sus Sentencias. Era u n a excelente guía para los monjes en sus prácticas de perfección religiosa. 4. San Leandro, San Isidoro.—En pleno apogeo de la España visigótica, en los siglos vi y vu, surgen también hombres eminentes, que con su actividad y particularmente con las reglas que compusieron contribuyeron eficazmente al progreso siempre creciente del monacato. El primero en esta serie es San Leandro de Sevilla (f 600)250, a quien cabe una parte muy importante en la conversión definitiva del pueblo visigodo en el concilio tercero de Toledo el año 589. De él sabemos que, a petición de su hermana Florentina, escribió la llamada Sancti Leandri Regula. En realidad, no es una regla, sino un magnífico tratado de ascética, con excelentes principios de vida espiritual, que aun literariamente pertenece a los mejores trabajos de este tiempo. Mucho más importante y de un influjo decisivo en la vida monástica española fue la regla compuesta por San Isidoro 247 246 248 250

MAZÓN, 63s. De él sacamos la síntesis de n u e s t r a exposición. Véase España Sagrada 15,433s. Para este apartado, véase MAZÓN, 65S. Véase PL 73,l024s. De institutione vlrginum et de contemptu mundi, ad sororem Florentinam. Véanse: PL 72; SAN ISIDORO, De viris illustr. 41 en PL 83,1104; PÉREZ DE URBEL, J., LOS monjes españoles I 194s; PORTER en Laúdate 10 (1932) 7s.

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de Sevilla íf 630) , hermano de San Leandro, titulada Regula monachorum. En sus 24 capítulos presenta un plan completo de la vida religiosa, comenzando por el modo más práctico de construir el monasterio y lugar que deben ocupar en él la despensa, etc., y siguiendo por el trabajo en que deben ocuparse los monjes y los principios ascéticos fundamentales que deben regirlos. No se olvida el santo de dar atinados consejos sobre el modo de tratar a los enfermos y a los huéspedes. En realidad, la legislación de San Isidoro de Sevilla presenta u n conjunto armónico y bien ordenado. Se h a pretendido quitarle la gloria de la paternidad de esta regla; pero F. Arévalo y los más serios críticos de nuestros días defienden su autenticidad. En cambio, están generalmente conformes en conceder que San Isidoro se inspiró en la regla de San Benito, y aun recientemente se ha llamado la atención sobre la regla de San Pacomio y otras orientales, que debió de tener presentes el obispo de Sevilla al redactar la suya. Esto no obstante, es indiscutible la originalidad de San Isidoro en la disposición de la obra y en los diversos e importantes elementos nuevos que introduce por su cuenta. 5. Reglas de San Fructuoso 252.—Pero la regla que más extensión llegó a alcanzar es la que escribió San Fructuoso, obispo de Braga, para los monasterios que fundó en la región gallega. Esto contribuyó a que éstos se propagaran tanto, que convirtieran la región del Bierzo en la Tebaida de España. Dos son las reglas que la tradición nos ha transmitido como obra auténtica de San Fructuoso: Regula, monachorum y Regula communis. La primera, escrita para el monasterio de Compludo, cerca de Astorga, donde él mismo ejerció el cargo de abad, recorre en 23 capítulos los diversos puntos fundamentales y estados de la vida religiosa. Pertenece al tipo de la regla de San Isidoro por la abundancia y precisión de las normas que da. No hay duda que se ins251 Véase ante todo VILLADA. O. C , p.285; MAZÓN, 66s, y PÉREZ DE URBEL, I 232s. Además: KLEE, R., Die «Regula Monachorum» Isidors von Sevilla... (1909). El texto en PL 83,864s. 252 p U e d e n verse: MAZÓN, 70S; PÉREZ DE URBEL, I 337s, 429S; España Sagrada 15.481S; VILLADA 2.1.317S; ASS, abril, 2,431s; REGLA DE S. FRUCTUOSO: Santos Padres de España, t.II, p.129 y s.: BAC 321 (M. 1971); TRES REGLAS: 1) Regula Monachorum: PL 87,1099-1110; 2) Regula Communis-. PL 87,1111-30; 3) Pacto: Pactum Sancti Fructuosi: PL 87,1127. Véanse: HERWEGEN, L., Paktum des H¡. Frufetuosos von Braga (Stuttgart 1907). Véanse asimismo: Nocx, F. C , The «Viía Sancti Fructuosi» (Washington 1946); DÍAZ, M. C , A propósito de la '•Vita Fructuosi-: CuadEstGall (1973) 155-78; MARTINS, M., O Monacato de Sao Fructuoso (Coímbra 1950); MUNDO, A., II Monachesimo nella Penisola Ibérica fino al secólo VII (Spoleto 1957); VAL, U. D. DEL. Fructuoso de Braga: Dice HistEclEsp. 2, 963 (M. 1972); LINAGE, CONDE, A., Los orígenes del Monacato benedictino en la península Ibérica. Fuentes y estudio de Historia de León. 3 vols.: ConsSIC (León 1973).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 614 pira en las dos principales reglas y autoridades de su tiempo, San Benito y San Isidoro; pero posee gran originalidad y no imita a sus modelos con servilismo de autómata. La segunda regla de San Fructuoso es completamente distinta, de tal manera que algún crítico ha creído que no era suya. Pero sobre la paternidad del santo no puede dudarse hoy día. Es designada como Regula communis por no ir destinada a un monasterio en particular, sino a cierto tipo de monasterios, los llamados dobles. Primero trata de remediar diversos abusos introducidos en la vida monástica, y luego presenta u n a descripción de estos monasterios dobles, sumamente interesante para la Historia.

6. Rasgos generales. El pacto m.—Todas estas reglas monásticas, escritas por los fundadores o santos españoles para nuestros monasterios, fueron las que de hecho se siguieron en ellos. Por esto se puede afirmar que durante toda la dominación visigótica y aun después de la entrada de los árabes en 711, durante un par de siglos, no se introdujo en España ninguna regla extranjera. Esta circunstancia fue más de notar cuando en los siglos vn y vm emprendió su marcha de conquista la regla de San Benito, a la cual fueron cediendo las demás introducidas en las diversas regiones europeas. Tampoco esta regla pudo ser introducida por entonces en España, donde continuaron ejerciendo su dominio absoluto las indígenas de San Isidoro y San Fructuoso. Un rasgo característico de la vida monacal en España durante este período, bien consignado en diversas reglas, es el pacto que hacía el monje después de la solemnidad de la toma de hábito y, en una forma más explícita, al pronunciar su profesión religiosa. Este pacto aparece claramente expresado y prescrito en una de las reglas de San Fructuoso. También se halló u n pacto parecido en u n códice de Leríns con la regla de San Isidoro. Trátase de un verdadero contrato que hacía el subdito con el superior comprometiéndos a llevar la vida común, a observar la regla del monasterio y a la obediencia al abad. Observemos, finalmente, que de un modo muy semejante se desarrollaron en todas partes los monasterios de mujeres. Fue bastante general en u n principio la costumbre de levantar estos monasterios al lado o cerca de los de varones. Esto tenía por objeto el disponer con facilidad de padres espirituales y administradores temporales de las casas de religiosas. Sin embargo, bien pronto se vieron los inconvenientes que esta costumbre traía consigo, por lo cual se fue abandonando poco a poco. 253 Véase VILLADA, l . c , 292s, donde se copia en traducción castellana el pacto de San Fructuoso. Asimismo: PÉREZ DE UBBEL, I 438S; MAZÓN, 73.

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IV.

LA REGLA DE SAN BENITO. Los

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BENEDICTINOS 254

Ante todo conviene señalar u n a diferencia fundamental entre las reglas o familia religiosa de los benedictinos y todas las demás. Las otras se circunscribían generalmente a una región, y seguían a su autor los monasterios que él personalmente fundaba. En cambio, la regla benedictina consiguió romper los límites nacionales y personales de su autor, generalizándose de tal m a n e r a en el tiempo y en el espacio, que bien pronto se la pudo considerar como la regla monacal por antonomasia. Por esto San Benito es designado como patriarca de los monjes occidentales en general. 1. San Benito y la Orden benedictina 255 .—Nacido, según todas las probabilidades, el año 480 en Nursia, cerca de Espoleta, Benito recibió su instrucción en Roma conforme a la ilustre familia de los Anicios, a que pertenecía. Mas el espectáculo inmoral de la Roma de los ostrogodos le produjo tal disgusto, que se retiró a la soledad de Subiaco, a cuarenta millas de Roma. Aquí se ocultó en una cueva y, bajo la dirección de un anacoreta llamado Romano, se entregó a la vida de penitencia y trato con Dios a la manera de 254 Véase, ante todo, HEIMBUCHER, I 154s, donde se h a l l a r á a b u n d a n t e bibliografía sobre la Regla y la Orden de San Benito. Además: La Regle de saint Benoit. Texte latin t r a d u i t et annoté p a r des fils du saint Patriarche (Maredsous 1933); MABILLON D'ACHÉRY, Acta Sanctorum Ord. S. Benedicti 9 vols. (P. 1688-1701); ID., Ármales Ord. S. Benedicti 6 vols. nueva ed. CLucca 1739-45); MONTALEMBERT, Les moines d'Occident depuis St. Benoit jusqu'á St. Bernard 7 vols. (P. 1860-77) varias ediciones; BUTLER, C , Benedictine monasticism 2. a ed. (L. 1921); RAMÓN, A., L'Orde Benedictina (Montserrat 1925); ALBAREDA, A., Bibliografía de la Regla benedictina (Montserrat 1933); SCHMITZ, P H . , Bénédictins en DictHistGéogr; PÉREZ DE URBEL, J., Historia de la Orden benedictina ÍM. 1941); MAZÓN, o.a, 41s; SCHUSTER, CARD. I., Storia di S. Benedetto (Milán 1946); RODRIGO, M., En el XIV centenario de la muerte de San Benito en RazFe 136 (1943) 153s; SCHNEIDER, E., Céllules et convenís bénédictins (P. 1958); HILPISCH, ST., artics. Benediht v. Nursia y Benedihtiner: LexThK 2 182-192 (1958); ID., artícs. en DictSpirAscMyst 1 1371-1388; EncCatt 2 1251-1262; DictHistGéogr 8 225-241. 255 Véanse las obras citadas en la n o t a precedente y las biografías citadas en HEIMBUCHER. En particular: RAMÓN I ARRUFAT, A., Sant Benet. Vida i obra del gran Patriarca (Montserrat 1929) en Bibl. Monástica 9; SCHMITZ, PHIL., Histoire de l'Odre de Saint-Benoit 2. a ed. 6 vols. (Maredsous 1948-49); HILPISCH, ST., Das Benediktinertum im Wandel der Zeiten en Bened. Leben 2 (St. Otilien 1950); ID., Geschichte der Benediktinerinnen (St. Otilien 1951); Mélanges Bénédictins publiés á l'occasion du XIV centénaire de la mort. de S. Benoit (Saint-Weudrille 1947); Studio Benedictina in memoriam gloriosi ante XIV t r a n s i t a s S. P. Benedicti (Vaticano 1947); Benedictus der Vater des Abendlandes 547-1947 (Munich 1947); SALVI, G. S., S. Benedetto, ü Padre de l'Europa (Subiaco 1948); LINSEY, T. F., Saint Benedict. His a Life and work (L. 1949); RYELAND, I., Saint Benoit. Sa physionomie morale. 2. ed. (Maredsous 1952); CABITZA, J., San Benedetto (Florencia 1954); LEUTINI, A., Vita di S. Benedetto (Montecassino 1954); NESMY, CL. J., S. Benoit et la vie monastique en Maitres Spirit. (P. 1959); SCHNÜRER, G., San Benito y su tiempo: La Igl. y la civiliz. occid. en la Ed. Media 1 145-180; ARRUFAT, A. R., La Orden benedictina. Resumen histórico. Trad. del catalán por G. M. SALVANY (Montserrat 1927); DUBLER, E., Das Bild des hl. Ben. (St. Otilien 1953); MEYER, S., Die benediktin Konfóderation (Beuron 1957); ZELLER, H. VAN, The Benedictine Idea (Springfield 1958); MATT, L. VON-ST. HILPISCH, Benediktus. Leben und Werk (Wurzburgo 1960); BUTLER, C , Benedictine monachism, studies in Benedictine Ufe and rule. Nueva ed. (N. Y. 1962).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 616 los ermitaños. Tres años hacía que llevaba esta vida de retiro y penitencia, cuando, descubierto por unos pastores, comenzó a cundir la fama de su santidad, y así se le fueron juntando algunos discípulos y los monjes del monasterio de Vicovaro, situado entre Subiaco y Tívoli, y le suplicaron tomara su dirección. Muy a disgusto, asintió él a sus ruegos, y trató de introducir el rigor y la observancia regular en el monasterio. No agradó a los monjes esta conducta; por lo cual trataron de deshacerse de él, dándole, según cuenta la tradición, u n vaso de veneno, que milagrosamente se rompió al hacer el santo sobre él la señal de la cruz. Ante estos hechos, Benito volvió de nuevo a su cueva de Subiaco; mas no pudo permanecer mucho tiempo solitario. Bien pronto se vio rodeado de nuevo de discípulos. Las familias más nobles y distinguidas, ante la fama de su santidad, acuden a visitarlo y le confían sus hijos o se entregan a su dirección. El patricio Equicius le confía a su hijo Mauro; Tértulo el suyo, Plácido, primicias de la familia benedictina. Esta va creciendo rápidamente. San Benito los organiza en grupos o colonias, a la manera de las lauras de Palestina o de los cenobios de San Pacomio. En 520 se llegan a formar doce colonias. La fama de su santidad y la gran afluencia de discípulos y admiradores excitó los celos y envidia de un presbítero vecino, quien procuró también envenenarlo. Por esto abandonó el santo aquellos parajes, verdadera cuna de la Orden benedictina, y, junto con Mauro y Plácido y varios otros discípulos que quisieron seguirle, se dirigió entonces a Monte Casino, entre Roma y Ñapóles. Aquí tuvo que comenzar por convertir a unos paganos que habitaban en la región vecina y hacer derribar u n templo de Apolo que se levantaba en la cumbre del monte. En su lugar surgió bien pronto el célebre monasterio de Monte Casino, que debía ser la casa madre de la Orden benedictina. Los principios de este monasterio tuvieron lugar el año 529. Desde este momento, el patriarca por antonomasia de los monjes de Occidente se entregó de lleno a la dirección de los discípulos que iban afluyendo de todas partes. Cuando este monasterio estuvo suficientemente desarrollado, pudo mandar algunos discípulos suyos a Terracina, donde surgió otro. En los catorce años que todavía vivió, llegó a adquirir tal fama, que de todas las naciones acudían para visitarle y consultarle. Sin embargo, no vio San Benito el desarrollo verdaderamente asombroso, que alcanzó después la familia religiosa por él fundada. Al morir él el 21 de marzo de 543, poco más de un mes después de su hermana Santa Escolástica, quedaba también establecida la rama femenina de la Or den, con un monasterio no lejos del primero, de Monte Ca-

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sino, a cuyo frente se había puesto a la misma Escolástica. Pero las dos ramas benedictinas contaban con muy pocos adeptos. 2. La regla de San Benito256.—Pero aunque San Benito no vio muy extendida su obra durante su vida, en cambio, poco después de su muerte, pudo ésta propagarse por toda Europa en sus dos ramas, masculina y femenina, de una manera maravillosa. Una de las razones que más influyeron en esto fue la excelente regla que dejó San Benito a sus hijos. Es la célebre Regula monachorum, la regla por antonomasia de los monjes medievales. Esta Regla, editada frecuentemente con todos los adelantos de la moderna crítica y hecha objeto de muy varios estudios bajo diversos puntos de vista, fue comenzada por San Benito en Subiaco y terminada en Monte Casino. Consta de 73 capítulos y es indudablemente la más completa y acabada de todas las antiguas. En ella se evitaba la excesiva rigidez de otras reglas existentes, sin caer en la debilidad, falta de precisión y energía en las prescripciones típicamente monásticas. Ante todo, enumera las diversas clases de monjes y da normas al abad para su dirección espiritual. Luego se dirige a los subditos y traza la imagen más bella y acabada del monje entregado al servicio divino. Como el objeto de su vida es separarse del mundo y servir a sólo Dios, establece como principio fundamental la conversión, la renuncia al mundo, que se sintetiza en los votos de pobreza y castidad. Pero el monje no sólo debe renunciar a los bienes temporales y a su mismo cuerpo, sino a la voluntad propia, por lo cual se exige de él la más perfecta obediencia, y, como base de ella, debe ejercitarse de un modo especial en la humildad religiosa. Este espíritu de renuncia y de humildad, fomentados por el silencio, recomendado de un modo especial en el capítulo 6, pondrá al monje en la mejor disposición para el trato con Dios, para la oración y la contemplación, que es una de las ocupaciones más típicas del monje benedictino. El opus Dei o culto divino es la primera ocupación del monje, según la concepción de San Benito, por lo cual su Orden debe ser clasificada entre las órdenes contemplativas. Pero, en segundo lugar, en el capítulo 48 establece el 256 Pueden verse: PRADO, G., Regla de San Benito de Nursia (M. 1944); BIHLMEYEB, P., Die Regel des hl. Benedikt (1919) y otras obras ya citadas. ARBOTO, G B . , O. S. B., Sancti Benedicti Regula Monasteriorum cum concordantiis eiusdem (Santo Domingo de Silos 1947); Son Benito. Su vida y su regla por varios padres benedictinos en BAC 115 (M. 1954); REDLICH, V., artíc. BenediktregelLexThK 2 194-195 (1958); PORCEL, O. M., La doctrina monástica de San Gregorio Magno y la «Regula Monachorum» (M. 1950); REGULAE BENEDICTI STUDIA. I. Erster Internazionaler «Regula Benedicti» Kongress, por B. JASPERT y E. MANNING (Hildesheim 1972).

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS (395-590) 618 principio Ora et labora, que debe regir el trabajo de los monjes. Cada monje debe ocuparse en trabajos manuales o trabajos intelectuales, subordinándolos siempre a lo que constituye su principal incumbencia, todo lo cual debe ser regulado por el abad. A este propósito debe tenerse presente que por entonces la inmensa mayoría de los monjes eran legos, y sólo unos pocos recibían el presbiterado. Así se comprende que su ocupación exterior fuera principalmente trabajos manuales. Uno de los que con más ahínco practicaban era la copia de libros litúrgicos o de antiguos escritores clásicos. Muy particular es la solicitud de la regla benedictina por la organización del monasterio. Quiere que los monasterios estén en lugares solitarios y que se observe estricta clausura, para que todo esto contribuya al recogimiento y culto divino. Establece la encardinación fija del monje a u n monasterio.

3. Originalidad de la regla benedictina 257 .—Tal es la regla benedictina, que presenta u n conjunto armónico capaz de producir los resultados que en efecto realizó. Nadie osará discutirle estas cualidades, así como tampoco el éxito evidente que ha alcanzado hasta nuestros días. No hay duda que precisamente por el acierto en la composición de su Regula monachorum ha sido tan grande el prestigio de que ha gozado San Benito. Sin embargo, en nuestros días se ha planteado con crítica audaz, mas no destituida de buen fundamento, la cuestión sobre la originalidad de esta regla. En realidad, nadie había dudado sobre este punto hasta nuestros días. Se suponía que San Benito había tenido presentes, al componer su Regula monachorum, las más célebres escritas hasta entonces: las de San Basilio, traducidas al latín por Rufino; el De opere monachorum y la epístola 211 de San Agustín, los diversos opúsculos de Casiano y otros trabajos semejantes. Pero esto no quitaba nada de la verdadera originalidad de la regla de San Benito. La tra dición nos la presentaba desde entonces como la fuente principal de las reglas occidentales que después de él se compusieron. Así se afirma de un modo particular de la regla de San Isidoro de Sevilla. ¿En qué razones, pues, se funda la cuestión recentísimamente suscitada? 257 Véanse: PÉBEZ DE UHBEL, J., El Maestro, San Benito y Juan Biclarense en Hispania 1 (1940) 7S; ÁLAMO, M., Nouveaux éclaircissements sur la Regle du Maltre et St. Benoit en RevEccl 38 (1942) 332s; LAMBEBT, A., Autour de la Regle du Maitre en RevMab 32 (1942) 21s; VANDEBHOVEN, H., St. Benoit a-t-il connu la Regle du Maitre? en RevHistEccl 40 (1944-1945) 176; CAPELLE, D. B., Le Maitre antérieur a St. Benoit? ibíd. 41 (1946) 66s. Sobre todo, recomendamos: MAZÓN, o . c , 46s; WEBER, R., Nouveaux arguments pour l'autorité du Maitre? en RechThAncMéd 15 (1948) 129s; CAPPUYNS, M.. L'auteur de la Regula Maglstri: Casiodore en RechThAncMéd 15 (1948) 209s; CAVALLEBA, F., OÚ en est la question de la Regle du Maitre et de ses rapports avec la Regle de S. Benoit? en RevAsMyst 24 (1948) 72s; VANDENBROUKE, J., Sur les sources de la Regle hénédictine et de la "Regula Magistru en RevBén 62 (1952); FLICHE-MARTIN, V 8s.

C.12. EL MONACATO EN OCCIDENTE: SAN BENITO

619

Sabemos que ya de antiguo era conocida la llamada Regula magistri, de autor incierto; pero apenas se le había dado importancia, suponiéndosela posterior a la de San Benito, y aun copia en muchos pasajes de éste, pues en realidad coincide enteramente en muchos puntos con ella y en otros presenta exactamente las mismas ideas. En otras palabras, se la consideraba como un plagio de la de San Benito, y por esto apenas se la tenía en consideración. Como es sabido, el benedictino español Dom A. Álamo, a quien se han juntado algunos críticos extranjeros de gran solvencia científica, como el P. J. Cavallera y Dom A. Genestout, en un estudio detenido que ha realizado sobre este problema, ha llegado a la conclusión de que la Regula magistri es anterior a la de San Benito, y así éste se benefició de aquélla en muchas cosas. Es cierto que el P. Pérez de Urbel y Dom J. MacCann se h a n opuesto decididamente a esta teoría y que algunos otros benedictinos han buscado un término medio. Pero la duda queda en pie, pues los argumentos sobre la prioridad de la Regula magistri tienen mucha consistencia. Se le quita, pues, a San Benito la nota de su originalidad en tantos puntos en que coincide con la Regula magistri. Pero, aun así, conserva el gran patriarca de los monjes de Occidente la gloria de haber sabido acomodar mejor aquel conjunto de prescripciones, y con ello el de haber dado principio a u n a familia religiosa, que fue de hecho la que creó los ejércitos más numerosos y aguerridos de monjes medievales. Esta gloria permanece intacta y nadie podrá quitársela a San Benito, así como tampoco la de su santidad personal eminentísima. 4. Propagación de la obra benedictina.—Sea de esto lo que se quiera, el hecho es que la regla de San Benito se propagó rapidísimamente por toda la cristiandad. El monasterio de Monte Casino pasó las más duras pruebas. Ya en 589 fue víctima de u n a incursión de los lombardos, y sus moradores hubieron de refugirase en Roma. Allí fue donde los conoció San Gregorio Magno, y fue desde entonces su gran protector. Con el envío de San Agustín, con otros 39 monjes, a la conquista espiritual de Inglaterra, abrió u n nuevo campo a la actividad de la nueva familia religiosa, y rápidamente aquellos monjes fueron multiplicándose en Inglaterra, de donde partió poco después la Orden con nuevo empuje hacia Alemania y centro de Europa. Así sucedió, sobre todo, desde principios del siglo vin con San Pirminio, San Wilibrordo y San Bonifacio, quienes pusieron los fundamentos de los grandes monasterios medievales. Lo mismo sucedía en Francia, en donde se fueron estableciendo en los siglos vn y vin grandes monasterios, y los establecidos por San Columbano abrazaron la regla de San Be-

620

P.E. SS. PADRES Y CONCILIOS

(395-590)

nito. Por esto, hacia el año 800, en tiempo de Carlomagno, se puede decir que la regla de San Benito se había introducido en todas partes y eliminado a las demás. En la península Ibérica tuvo lugar este cambio dos siglos más tarde. Monte Casino, adonde pudieron regresar los monjes a mediados del siglo vn, continuó siendo el alma de la nueva Orden en su desarrollo creciente; pero en 844 volvió a ser arrasado y quemado por los sarracenos. Vuelto a levantar e inaugurado otra vez en 904, fue devastado en diversas ocasiones por los normandos y más o menos destruido por los terremotos de 1349 y 1649. Pero, cual símbolo de la gran familia benedictina, volvió a surgir siempre de sus ruinas, desafiando con su imponente mole la furia de los tiempos y de las persecuciones, hasta que recientemente se h a visto de nuevo arrasado casi por completo. En la actualidad está ya reconstruida junto con la basílica. Además de la Orden benedictina en sus diversas ramas, tomaron como base la Regula monachorum de San Benito: los Camaldulenses, fundados en 1012; la Congregación de Vallumbrosa, la Congregación Silvestrina de San Benito, la de Santa María del Monte Olívete, los Melquitaristas de Venecia y de Viena; sobre todo, las grandes familias de los Cistercienses y de los Trapenses o Cistercienses reformados. A todos los cuales deben añadirse las Congregaciones u Ordenes correspondientes femeninas.

PERÍODO F

EL CRISTIANISMO, ROBUSTECIDO EN LOS NUEVOS ESTADOS EUROPEOS (590-750) '

CAPITULO

I

La Iglesia en tiempo de San Gregorio Magno (590-604) 2 La subida al pontificado de San Gregorio Magno y todo su reinado fueron de importancia trascendental para la Iglesia. Esta se encontraba en circunstancias sumamente difíciles, y los nuevos Estados que se habían establecido sobre las ruinas del Imperio romano occidental estaban a fines del siglo vi en franca evolución hacia el cristianismo. Desde San León Magno (440-462) no había tenido la Iglesia u n pontífice que con genial clarividencia y energía de voluntad encauzara en u n a forma estable y definitiva los asuntos religiosos. A esto se añadía que durante la última etapa, desde León a Gregorio Magno, la situación política y religiosa había sido sumamente inestable. Pero, de hecho, ya durante el pontificado de Pelagio II (578-590), que precedió inmediatamente 1

Entre

viene

tener

las obras en

cuenta

de carácter

general

las de MARTROYE,

citadas

FLICHE,

en p.367

LOT, DIEHL,

notas

DUCHESNE,

l s . , conCASPAR.

En particular recomendamos, entre la fuentes antiguas: MANSI, HEFELE-LECLERCQ, Líber Pontificalis ed. DUCHESNE, I 312s; NICÉFORO CALIXTO, Hist. Eccl.: PG 145147; ANAST. BIBL., Chronogr. tripart.: PG 108, y otras fuentes semejantes. Véase: FLICHE-MARTIN, V 8s. Entre las obras modernas, citaremos solamente: JACQUIN, Histoire de l'Eglise: II. Le h a u t moyen a g e (P. 1936); POULET, DOM, Histoire du christianisme I (P. 1934); LECLERCQ, H., L'Afrique chrét. II (P. 1904); ID., L'Espagne chrét. ÍP. 1903); MAGNIN, L'Eglise wisigothique au VII siécle I (P. 1912); VILLADA, Hist. ecl. de Esp. II (M. 1932); GOUGAUD, Les chrétientés celtiques CP. 1911); CABROL, F., VAngleterre chrét. (P. 1909); PLUMMER, A., The Churches in Britain before a. D. 1000 2 vols. (O. 1911-1912); PARGOIRE, L'Eglise byz. (P. 1905); BURY, J. B., A history of the later román Empire 2 vols. (L. 1889); VASILIEV, Historia del Imperio bizantino 2 vols. (B. 1946); VINCENT, ABEL, Jérusalem 2 vols. (P. 1912-1922). Buena síntesis: MONACHINO, V., II papato e i Bizantini e Longobardi f556-795): I papi nella storia 1 171-254 IR. 1961); BRÉHIER, L.-AIGRAIN, R., Crégoire le Grand, les Etats barbares et la conquéte árabe (590-757): Hist. de l'Egl. por FLICHE-MARTIN, V. (P. 1938). 2 Véanse, ante todo, las obras de carácter general citadas en la nota precedente. Además, pueden verse: Registro de las cartas de Gregorio Magno, ed. EWALD y HABTMANN en MonGermHist, Epist., I y II (1891-1899); PEITZ, W . M., Dos Register Cregors I (1917). Véase también en PL 75-79; PABLO DIÁC, Vita Scti. Creg. opús., PL 75-79; GASQUET, A Ufe of Pope St. Cregory... (L. 1904); MORETUS, Les deux anciennes vies de St. Grég. le Grand. en AnBoll (1907) 66S; GRISAR, H., II pontificato di Greg. Magno en Riv. Intern. die Se, Soc, (1904)

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 622 a San Gregorio Magno, se advertía claramente la tendencia a la estabilización. En las Galias se había afianzado el cristianismo en la dinastía de los morovingíos. Italia había sido casi unificada por los ostrogodos. España, sometida ya a los visigodos y convertida al cristianismo en el concilio tercero de Toledo (589), iniciaba aquel período de apogeo cristiano que tanto esplendor dio a la Iglesia. El Imperio de Oriente, elevado a su máximo esplendor en los días de Justiniano I (527-565), extendía sus dominios a través de casi todo el Mediterráneo, por el norte de África, casi toda Italia, y aun el sudeste de España. Esta situación no tenía en todas partes la suficiente consistencia y no representaba para el cristianismo una garantía sólida y definitiva. Así, en las Galias, no obstante el catolicismo oficial, continuaban las luchas intestinas, que tanto daño inferían al nuevo Estado cristiano. Italia era invadida por los lombardos, que ponían en verdadero peligro al catolicismo, y aunque los bizantinos entraban por el sur y llegaban a enfrentarse con ellos en el norte de la península, esto producía un desorden e inestabilidad que se prolongaba indefinidamente. En el mismo Imperio bizantino, llamado a ser el baluarte y sostén de la ortodoxia, se marcaba en una forma cada vez más violenta la oposición contra Roma, se favorecía abiertamente la herejía y no se podía contener al nuevo enemigo que se levantaba contra el cristianismo, el islam. En estas circunstancias desplegó su actividad San Gregorio Magno, de quien podemos afirmar que fue el hombre providencial para la Iglesia. Sus contemporáneos y la posteridad h a n sabido apreciar debidamente los servicios que este Pontífice prestó a la Iglesia, designándole con el apelativo de Magno. En su múltiple actividad, como gobernante, 538S; STHULFATH, W., Gregor l, sein Leben bis zur Wahl zum Papat (1913); CASPAB, E., en Meister der Politik 3 (1923); BATIFFOL, P., S. Grégoire le Gr. en Les Saints (P. 1928); Suou, S. Gregory the Great, his worh and his spirit (L. 1924). Un b u e n resumen; SABA-CASTIGLIONI, Historia de los Papas trad. castellana I (1964); AIGBAIN, R., Saint Grég. le Grand en FLICHE-MARTIN, V 171S; MARTIN, E. M., S. Gregorio I, papa della carita (R. 1951); Obras: Regla pastoral. Homilías sobre la profecía de Ézequiel. Cuarenta homil. sobre los Evangelios. Trad. de P. GALLARDO en BAC 170 (M. 1958); SALMÓN, P., Job-Texto de las Moralia: StAnselm (1951) 27-28 187-194; GILLET, R.-GANDEMARIS, A. DE, Grégoire le Grand. Morales sur Job: SourcChr 32 (1952); WEBER, L. M., artíc. Gregor l der Grosse: LexThK 4 1177-1180 (1960); GODET, artíc. en DictThCath 6 1776-1781; LECLERCQ, H., artíc. en DictArch 6 1753ss; ID., artíc. en EncCatt 6 1112-1124; BARDENHEWER, O., Geschichte... V 284-302; PORCEL, C., La doctrina monástica de San Greg. Magno y la «Regula Monachorum» (M. 1950); CHAZOTTES, C H . , Sacerdoce et ministére pastoral d'aprés la correspond. de s. Grég. le Gr. (Lyón 1955); MCCLAIN, J. P., The Doctrine of Heaven in The Writtings of S. Gregory the Great (Washington 1956); RUDMANN, R., Mónchtum und hirchl. Dienst in den Schr. Gr. des Gr. (St. Otilien 1956); ERKALTER, H., Schwerpunkte im Glaubensbewusstsein Gregors des Gr. (1959); LECLERCQ, j . . La doctrine de Saint Grégoire. Leclercq-Vandenbroucke...: La spiritualité du Moyen-Age (P. 1961); MANSELLI, R., Gregorio Magno (Turín 1967); BONOMO, P., Antropología de S. Gregorio Magno (Milán 1969); PÉREZ, J. H., El ministerio de la Palabra según S. Gregorio Magno: TeolSac. 2, 119-45; Id., El Sacerdote y su ministerio, en S. Gregorio Magno: Ib., 4, 223-52: Id., El arte de gobernar las almas, según S. Greg. Magno, ib., 3, 45-75.

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organizador y defensor de la Iglesia, como portavoz de los intereses del Pontificado frente a los bizantinos y a los diferentes Estados occidentales, como iniciador del poder temporal de los Papas, con la organización del «patrimonio de San Pedro»; como escritor de primera categoría, monje, o al menos amigo entusiasta de la Regla de San Benito,' y misionero en gran estilo, San Gregorio Magno forma como un jalón robusto y fuerte en la historia de la Iglesia y del Pontificado y marca el punto de partida de u n a nueva época de la Iglesia. I.

GOBIERNO ESPIRITUAL DE ROMA Y DE LA IGLESIA

Por todos sus antecedentes, Gregorio era el hombre más apropiado para dirigir a la Iglesia en aquellos momentos decisivos. Era hijo de una familia de la antigua nobleza romana. Su padre era el senador Gordiano, y su madre, la noble Silvia. Entre sus antepasados contaba al papa Félix III (526-530); su propio padre ingresó más tarde en el estado eclesiástico, y su madre se dedicó a u n a vida de absoluto retiro en el Aventino. Gregorio era romano de p u r a sangre, y se educó en un ambiente de la más sólida piedad y espíritu cristiano. 1. Preparación para el pontificado.—Siguiendo la tradición de su familia, cursó Gregorio la carrera jurídica, en la cual salió tan aventajado, que a los veinticinco años de edad fue nombrado prefecto de Roma. Su profundo talento y comprensión le proporcionaron con esto una experiencia valiosa para sus futuras actividades; mas de momento le conquistaron las simpatías y la estima de todos. Sin embargo, él mismo atestigua en u n a carta que se nos ha conservado, dirigida más tarde a su íntimo amigo Leandro de Sevilla, que por este tiempo hubo de mantener una violenta lucha entre el gusto que hallaba en los asuntos del mundo y el atractivo hacia el servicio de Dios. Por otra parte, nos asegura Pablo Diácono que la contemplación durante su juventud de las devastaciones de Roma, cometidas por los ostrogodos y los bizantinos, y las enconadas luchas de éstos en el centro de Italia, por cuya conquista luchó veinte años Justiniano I (desde 535 a 554), habían impresionado profundamente su espíritu. Por esto no hemos de sorprendernos que, al morir su padre hacia el año 575, renunciara definitivamente a la brillante carrera que le brindaba el mundo 3 . 3 A u n q u e de familia noble y con b u e n a formación jurídica, no se distinguió Gregorio Magno por su gusto literario o humanístico. De ahí que se le echara en cara que era enemigo de las letras. Por esto LE BLANT pudo escribir u n a te-

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P.F.

EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750)

Por el año 575 abrazó, según parece, la vida monástica conforme a la nueva Regla de San Benito, y con tanto entusiasmo la propagó, que en m u y poco tiempo erigió hasta seis monasterios en sus posesiones de Sicilia, y en Roma mismo, en el monte Celio, su propio palacio quedó convertido en cenobio benedictino con el título de San Andrés 4 . Sus ansias de vida retirada y de servicio de Dios quedaban con esto satisfechas. Pero el Señor lo condujo por otros derroteros. Duró m u y poco tiempo la vida de soledad y retiro en el monasterio de San Andrés. El papa Pelagio II, que estimaba como el que m á s sus cualidades de hombre versado en los asuntos seculares y bien cimentado en la virtud y conocimientos religiosos, lo envió en 579 como apocrisario, es decir, legado suyo, a Constantinopla 5 ; Gregorio era entonces diácono. El contacto con la cultura y magnificencia típicamente bizantinas fue para la formación de San Gregorio de gran importancia. Allí tuvo ocasión de penetrar la política sinuosa de los hombres del mundo y de conocer las diversas tendencias heterodoxas del monofisitismo y nestorianismo, que pugnaban por obtener la primacía. Una de las amistades más íntimas que allí contrajo, y que había de producir excelentes frutos, fue la de San Leandro de Sevilla. En adelante quedó íntimamente ligado con este gran prelado español, y con él mantuvo u n a preciosa comunicación epistolar que se h a conservado hasta nuestros días. El año 584-585 pudo volver Gregorio, finalmente, a Roma. Siguiendo la inclinación natural de su espíritu, retiróse a su amado monasterio de San Andrés. Allí pasó entonces algunos años de vida tranquila y de profunda meditación 6 . A este tiempo seguramente se refiere u n a tradición antiquísima, que nos lo presenta recorriendo las calles de Roma, y encontrándose con unos esclavos anglosajones, de rubia cabellera y talle esbelto, quedó prendado de ellos; informóse sobre su procedencia y prometió solemnemente hacer todo lo posible por su conversión. De hecho, consta que pidió a Pelagio II permiso para consagrarse a la conversión de los anglosajones y partir a la Gran Bretaña para evangelizarla. sis: «Utrum B. Gregorius Magnus litteras humaniores et ingenuas artes odio prosecutus sit.» Sin embargo, presentado en esta forma, n o puede defenderse. Ciertamente, su latín es bastante rudo, y además sabemos q u e no conocía el griego, lo cual, según él mismo confiesa, le produjo serio disgusto en su legación a Constantinopla. 4 Véase GREGORIO DE TOURS, Hist. Franc. 10,1; GREGORIO MAGNO, Dial. IV 35. Véase también Hom. in Ezeq. 38,15. 5 Sobre sus actividades en la corte bizantina, además de las obras generales, véase u n buen resumen en FLICHE-MARTIN, V 55s. 8 A este tiempo pertenecen algunos de los escritos q u e se nos h a n conservado. Tales son los comentarios a los Proverbios, al C a n t a r de los Cantares, a los Profetas, etc. El monje Claudio, m á s tarde abad de Classe, cerca de Ravena, le ayudó eficazmente en la redacción de estas obras.

C.l. LA IGLESIA EN TIEMPOS DE SAN GREGORIO

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Había ya obtenido licencia para partir a t a n noble empresa; pero, sabedores de ello el clero y pueblo romanos y no queriendo verse privados de u n hombre cuyas dotes extraordinarias les eran bien conocidas, obtuvieron del Papa la revocación del permiso. Gregorio tuvo que resignarse a permanecer en Roma. Pelagio II quiso tenerlo a su lado y servirse de él como experimentado consejero 7 . Ambos tuvieron que emplear todo su talento y energía en la defensa de la Iglesia frente a las turbulencias ocasionadas en Italia por la sangrienta lucha entre los bizantinos y los nuevos pueblos invasores, los lombardos. Con todo esto creció tanto su prestigio en toda la Iglesia, que, habiendo sucumbido Pelagio II en 590, víctima de u n a peste, Gregorio fue elegido papa inmediatamente por unánime aclamación del clero, senado y pueblo 8 . 2. Gobierno espiritual de la Iglesia.—Inesperadamente, se hallaba Gregorio a la cabeza de toda la Iglesia. Al mismo tiempo que llegaba rápidamente la aprobación entusiasta del emperador bizantino Mauricio (582-602)9, que apreciaba en su justo valor las eminentes dotes del elegido, y mientras todo el Occidente se regocijaba al ver a la cabeza de la Iglesia, según frase de San Gregorio de Tours, el hombre más instruido de su tiempo, él se escapaba de Roma hacia las montañas vecinas, tratando de ocultarse en las cuevas y bosques. Mas también allí lo encontró el pueblo romano, decidido a aprovecharse de sus dotes para el gobierno de la Iglesia 10. Consagrado, pues, en la iglesia de San Pedro el 3 de septiembre, entregóse desde el primer momento con toda su alma al trabajo pastoral, que Dios le confiaba. San Gregorio fue, ante todo, verdadero director espiritual de la Iglesia. Pero él supo cumplirlo desde el principio de su pontificado. Así lo anunció en su primera homilía, dirigida al pueblo de Roma en la segunda dominica de adviento de 590, poco después de su coronación. Su gobierno debía ante todo atender al espíritu. Como metropolitano de Roma, tenía bajo su especial incumbencia diversas regiones del centro de Italia. Su gobierno espiritual abarcó todo este territorio de un modo preferente. Para ello celebró durante los catorce años de su '8 Véase PABLO DIÁCONO, Hist. Longob. III 20. De todos estos acontecimientos nos presentan DIÁCONO, l . c , y GREGORIO DE TOURS, Hist. Franc. 9

u n amplio relato:

PABLO

10,1.

Desde J u s t i n i a n o requeríase esta aprobación. El emperador daba la praeceptio o iussio de consagrar al elegido. El pueblo romano n o esperó este mandato, y procedió inmediatamente a su consagración. 10 Véase, p o r ejemplo, la carta dirigida a su íntimo amigo Leandro de Sevilla, en la q u e se lamenta de no poder entregarse a la vida t r a n q u i l a del monasterio: Registro XI 3; JAFFÉ WATT., 1793.

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pontificado tres concilios provinciales, en los que se dieron disposiciones prácticas sumamente acertadas. Como obispo en particular de la Ciudad Eterna, dedicó un cuidado especial al bien espiritual del clero y del pueblo romano. Entre los clérigos fomentó el estudio de la ciencia eclesiástica, de lo cual habla diversas veces en sus epístolas. En el pueblo fomentó siempre el espíritu eminentemente cristiano. De ello son indicio las preciosas homilías que se nos han conservado, en las que él personalmente quería comunicar al pueblo fiel los tesoros espirituales del cristianismo. Sus biógrafos insisten en la circunstancia de que tenía sus preferencias para con el pueblo y gustaba extraordinariamente de mezclarse con él y dirigirle la palabra en tono paternal y familiar. Para ello restableció las llamadas estaciones de Roma, que ofrecían ocasión oportuna para las grandes reuniones del pueblo y clero romano, presididos por el Papa. La misma solicitud pastoral, el mismo espíritu paternal ejercitó siempre San Gregorio Magno en el gobierno de la Iglesia universal. El era, en verdad, obispo de toda la Iglesia. Bien claramente manifiesta el alto concepto que se había formado del gobierno espiritual de la grey que Dios le había encomendado, en la Regla pastoral, obra fundamental suya, escrita en 591, al principio de su pontificado n . Puede decirse que es como un programa que este gran Papa se propone realizar; y podemos añadir, que realmente lo realizó. Está dedicada al arzobispo J u a n de Ravena, trata de la grandeza de la dignidad episcopal y de los deberes de los obispos como pastores de la Iglesia. Su ideal lo formula en estas preciosas palabras: «El verdadero pastor de las almas es puro en su pensamiento, intachable en sus obras, sabio en el silencio, útil siempre en la palabra. Sabe acercarse a cada uno con verdadera caridad y entrañas de compasión. Elévase por encima de todos por la comunicación con Dios; asociase con humildad y sencillez con todos los que trabajan en el bien de las almas, mas se levanta con ansias de justicia contra los vicios de los pecadores» u. En el mismo sentido están concebidas las disposiciones del Papa encaminadas a la intensificación del culto y reforma de la liturgia. Suyo es el Sacramentarlo que lleva su nombre, si bien su redacción actual es del tiempo de Adriano I (772-795313. Asimismo perfeccionó el introducido por Gelasio I. Obra suya es también, y que ha perpetuado su 11 Líber regulae pastoralis. Véase (Registro V 53) la carta dirigida a San Leandro de Sevilla, que es u n a presentación del libro: «Librum regulae pastoralis, quem in episcopatus mei exordio scrípsi.» 12 Líber reg. past. II 1. 13 Véanse: WILSON, H. A., The Gregorian Sacramentary (L. 1915) (la mejor edición); LIETZMANN, H., DOS Sacramentarium Gregorianum nach dem Aachener Urexemplar (1921); CABBOL, artíc. en DictArchLit; CAPEILE, B., La main de Saint Grégoire dans le Sacram. grégorien en RevBén 49 (1937) 23s.

C.l. LA IGLESIA EN TIEMPOS DE SAN GREGORIO

627

nombre hasta nuestros días, la fijación definitiva y armónica del canto sagrado con aquellas formas especiales que lo caracterizan, el llamado canto gregoriano u.

II.

SAN GREGORIO MAGNO, DEFENSOR DE LA IGLESIA UNIVERSAL

Pero San Gregorio Magno fue, además, defensor temporal de la Iglesia en aquellos momentos difíciles, en que tantos peligros la amenazaban por todas partes. 1. Defensor de Roma y de Italia.—Italia había tenido que atravesar circunstancias muy calamitosas, y hacia el año 590, durante el pontificado de Gregorio Magno, era presa de opuestas ambiciones. El resultado, nunca definitivo, de las luchas entre los lombardos y los bizantinos, era que oficialmente los bizantinos poseían la jurisdicción temporal sobre Roma; pero en la práctica no tenían la fuerza necesaria para hacer prevalecer su autoridad, y así Roma se hallaba constantemente a merced de los invasores lombardos. En estas circunstancias, Gregorio Magno tuvo ocasión de manifestarse como genial defensor de Roma y aun de Italia 15. En este tiempo, como él mismo dice en sus Diálogos, «las hordas salvajes de éstos se precipitaron sobre nosotros..., y los hombres cayendo en todas partes como segados por la guadaña. Las ciudades fueron devastadas, los castillos derribados, las iglesias incendiadas, los conventos de hombres y mujeres arrasados hasta el suelo» 16. Contenidos durante algún tiempo por los bizantinos, dos veces al principio del pontificado de San Gregorio Magno trataron de apoderarse de Roma; pero en ambas ocasiones el Papa obtuvo que se levantara el asedio. La primera tuvo lugar en 592, cuando el duque Ariulfo de Espoleto, sin atender a las embajadas del mismo Papa, se lanzó a la temeraria empresa. Una ciudad tras otra fueron rindiéndose a su paso 17. Así llegó a 14 Es interesante la discusión suscitada últimamente sobre si el organizador del canto llamado gregoriano fue Gregorio Magno o más bien Gregorio II o III. La m á s sana crítica de nuestros días lo atribuye a Gregorio Magno. Véase GEWAERT, Les origines du chant lit. de l'Eglise lat. (Gante 1890) (los atribuye a Gregorio II o III). Contra él escribió MOHÍN, DOM, Les véritables origines du chant grégorien (Maredsous 1890); AIGRAIN, R., La musique religieuse (1929) pp.21-34; GASTOUÉ, A., Les origines du chant grégor. (P. 1907); HABERL, J., artíc. Gregorianischer Gesang: LexThK 4 1201-1205 (1960); APEL, W., Gregorian. Chant (L. 1958); ID., Le chant grégorien. Actes du troisiéme congrés Internat. de Musique Sacrée (P. 1959) 185-284. 15 Desde Justiniano I, los bizantinos eran dueños de casi toda Italia, y su gobernador o exarca residía en Ravena. Pero la inseguridad de los territorios del norte y centro de Italia hasta Roma continuó h a s t a la segunda mitad del siglo vni, en que, primero Pipino el Breve, en 756, y luego Carlomagno, en 774. pusieron término a aquella situación inestable. 16 III 38. 17 Véase la descripción de PABLO DIÁCONO, Hist. Longob. IV 16. Asimismo, ñegistro II 45; II 32-33.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 628 las puertas de Roma, y solamente la prudencia y habilidad de Gregorio obtuvieron de él que no insistiera en el asedio y se retirara a su propio territorio. Como representante legítimo del ya entonces llamado ducado romano, el Papa concluyó con Ariulfo un tratado de amistad. El segundo asedio de Roma lo realizó Agilulfo, nombrado ya rey de los lombardos y sucesor de Autharis. Porque, habiéndose éste enzarzado en una guerra enconadísima con los bizantinos, en mayo de 593 dirigió sus huestes contra Roma, y, tomada Perusa, puso asedio a la Ciudad Eterna 18. El Papa se alarmó sobremanera, e interrumpiendo las homilías que estaba haciendo sobre Ezequiel, lanzó al pueblo una lamentación sentidísima por las calamidades de la guer r a que los envolvían: «Por todas partes estamos rodeados de espadas, por todas partes nos amenaza el peligro de la muerte». Al fin se decidió a obrar por su cuenta, y, tras difíciles conversaciones, llegó a u n a paz con el rey lombardo, a quien tuvo que pagar un tributo de 500 libras de oro 19. Nuevas opresiones de los lombardos obligaron al Papa durante todo su pontificado a obrar con energía y con absoluta independencia 2 0 . Los bizantinos de Ravena, en vez de acudir en auxilio de Gregorio escuchando sus llamadas angustiosas, enviaban a Bizancio relaciones insistentes en que se manifestaban los celos que sentían por el prestigio de que disfrutaba el Papa. Todo esto se vio de un modo especial cuando el exarca bizantino Calínico, sucesor de Romano, siguiendo la política de Gregorio, firmó en 598 una tregua con Agilulfo, que aseguró la paz por algún tiempo. Agilulfo hubiera preferido la firma del Papa; mas éste no se avino jamás a esta exigencia, prefiriendo fuera el emperador o su representante oficial quien garantizase la paz 21 . Es cierto que no consiguió todo lo que deseaba. Pero a través de Teodolinda, hija del rey católico de Baviera y ella misma fervorosa católica, influyó en el ánimo de Agilulfo, y en la Pascua de 603 hizo bautizar a su hijo Adaloaldo, para quien envió diversos obsequios. Con esto, si no es cierta la conversión del mismo rey lombardo, al menos se preparó la conversión futura de todo el pueblo.

2. Defensor del primado en Oriente.—Toda esta actividad del papa Gregorio aparece atestiguada en la gran colección de 848 documentos o cartas que se conservan de él. 18 18 30

Véase Homil. in Ezeq. II 22-24. Registro VII 13. Es interesante la relación de Pablo Diácono. En ella nos presenta u n diálogo entre San Gregorio Magno y el rey lombardo, que recuerda el de San21 León frente a Atila. Véase PABLO DIÁCONO, Vita Greg. 26. Véase BATIFFOL, O . C , 138S; Registro IX 66-67.

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En este mismo registro se consigna un segundo capítulo, no menos importante, de las actividades del gran Papa. Nos referimos a la defensa del primado y de los derechos pontificios en Oriente. Ante todo, tuvo que intervenir de un modo enérgico frente a las pretensiones del patriarca de Constantinopla, Juan el Ayunador, que se complacía en llamarse patriarca ecuménico 22 . No guiaba a San Gregorio en esta lucha ningún género de ansiedad por vindicar para sí el título de primado de toda la Iglesia. Lejos de ello, gustaba de apellidarse con sincera humildad «siervo de los siervos de Dios»; por lo cual con él comienzan a aplicarse este título en sus documentos oficiales los obispos de Roma. Pero el derecho de la Iglesia y la unidad, necesaria p a r a su gobierno y su misma existencia, exigían de él la defensa de la primacía de Roma, por lo cual la defendió con toda decisión. Ya antes de San Gregorio Magno había surgido la cuestión del título de patriarca ecuménico aplicado al de Constantinopla; pero no había tenido importancia. Durante el pontificado de su predecesor, Pelagio II, había usado J u a n el Ayunador dicho título en el sínodo de la Iglesia griega del año 587; pero el Romano Pontífice protestó contra él 23 . A Gregorio, entonces diácono y como secretario de Pelagio II, le sorprendió esta actitud de Juan el Ayunador, a quien personalmente había conocido en el Oriente. Esta sorpresa aumentó luego, cuando, elevado él al pontificado, supo que el patriarca de Constantinopla continuaba con insistencia usando el título ecuménico. No era seguramente el título mismo, que ya había sido aplicado a algunos otros patriarcas. Lo nuevo del caso era que él mismo se aplicara a si este calificativo, que Gregorio miraba como u n a pretensión inaceptable, que él no podía tolerar, sobre todo porque se veía claramente que se utilizaba como banderín de combate contra el primado de Roma, a quien por lo menos quería equipararse el patriarca de Constantinopla 2 4 . Así, pues, a partir del año 595, Gregorio protestó contra este título y trabajó todo lo posible para eliminarlo del uso de la Iglesia oriental. Con este objeto escribió sendas cartas al patriarca, al emperador Mauricio, a la emperatriz Constantina y a su legado Sabiniano. En estos escritos rechaza este título por ser contrario a los cánones y al uso de la Iglesia 25 . 33 23

Véase el resumen de esta cuestión en BRÉHIER, O.C, 64S. No se conservan las acta de este sínodo; pero San Gregorio mismo nos transmite en sus cartas u n buen resumen. Véase Registro V 44. 24 Véase Cod. Justin. I 1,7. Asimismo, BATIFFOL, Saint Grég. le Grand 205; MANSI. VIII 1038 1066S; VAIHÉ, S., Le titre de patriarche écuménique avant saint Grógoire le Grane*: Échd'Or 11 (1908). 25 Véase para todo esto Registro V 37.41.45, etc.

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De estos documentos se desprende que San Gregorio había medido en todo su alcance la trascendencia de esta cuestión fundamental. Por desgracia, no le ayudaron en este empeño los patriarcas de Alejandría y de Antioquía. Ambos eran íntimos amigos del Papa y mutuamente se daban las pruebas del mayor aprecio y aun delicadeza. A Eulogio de Alejandría le había pedido Gregorio informes fidedignos sobre las tendencias de un heretizante llamado Eudoxio de Constantinopla, y de su respuesta se deduce su absoluta compenetración con el Romano Pontífice. Asimismo conocemos otras consultas de este género. No menos íntima era la correspondencia con el patriarca de Antioquía, Anastasio, el cual llegó en su delicadeza con el Papa al extremo de mandarle ciertas medicinas y esencias aromáticas para aliviar a Gregorio en el estado débil de su salud. A ambos, pues, como íntimos confidentes suyos, les comunicó Gregorio sus preocupaciones y su indignación por la conducta del patriarca de Constantinopla. Pero en este punto le fue imposible recibir una ayuda positiva de estos patriarcas. Esta tirantez continuó aun después de la muerte de Juan el Ayunador, ocurrida en septiembre de 595, pues su sucesor Ciríaco seguía dándose el título de ecuménico, y Mauricio tomó la causa como suya 26 . Buen indicio del verdadero motivo que guiaba a Gregorio en todo este asunto fue la carta que dirigió a Eulogio, patriarca de Alejandría, cuando éste le comunicó su absoluta conformidad en la cuestión del patriarca de Constantinopla; pero al mismo tiempo daba a Gregorio el título de ecuménico. San Gregorio Magno no ambicionaba este título, pero quería a todo trance que se reconociera la primacía de Roma. Por esto responde a Eulogio con estas palabras: «Os ruego que no me deis más este título...; yo no deseo distinguirme por títulos, sino por virtudes. Además, no juzgo que sea un honor para mí lo que causa detrimento a la honra de mis hermanos. Mi honor es el de toda la Iglesia. Mi honor consiste en que mis hermanos no sufran en el suyo ningún detrimento. Yo recibo la mayor honra cuando no se quita a nadie ningún honor merecido... Déjense las palabras que alimentan la vanidad y hieren la caridad» 27. El año 599, al celebrarse un nuevo sínodo en Constantinopla, Gregorio renovó sus esfuerzos para que no se aplicara el título de ecuménico a su patriarca. Mas todo fue en vano. Anastasio de Antioquía y Eulogio de Alejandría le fueron fieles, mas no quisieron enemistarse con el em36 En medio de esta conducta altanera, el patriarca de Constantinopla vivía u n a vida extremadamente ascética. Por su penitencia y sus ayunos, murió reducido a la más extrema pobreza. Véase TEOFILACTO, VII 6,1-5. 21 Véase Registro VIII 29.

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perador . A la muerte de Gregorio, en 604, no se había adelantado nada; pero la lucha no fue estéril. Bonifacio II (607), su segundo sucesor, recibió en su corto pontificado el fruto de tan reñida batalla con el decreto, dado en 607 por el nuevo emperador Focas, en el que prohibía el título de ecuménico para el patriarca de Constantinopla. Por otra parte, San Gregorio ejerció en diversas ocasiones sus derechos de primado en la Iglesia oriental. Así, durante el gobierno de J u a n el Ayunador, recibió la apelación hecha a su tribunal por el presbítero J u a n de Calcedonia, acusado de herejía, y el sacerdote Atanasio. Gregorio dirimió en forma definitiva ambos litigios, absolviendo al de Calcedonia, y siguió un largo proceso a Atanasio, a quien al fin tuvo que condenar. Frente a u n a de las mayores calamidades y abusos de toda la Iglesia, particularmente del Oriente, que era la simonía, escribió u n a carta enérgica a Isacio de Jerusalén, dando eficaces disposiciones contra lo que él denomina «herejía de la simonía». 3. Defensa en el Oriente de otros derechos pontificios.— Frente a los emperadores bizantinos, tuvo constantemente ocasiones de defender los intereses eclesiásticos. De gran trascendencia fue una ley publicada por el emperador Mauricio el año 592, poco después de la elevación del papa Gregorio al solio pontificio. Por ella se prohibía, en primer lugar, a los empleados públicos el aceptar un cargo eclesiástico, y en segundo lugar, a los soldados en servicio activo, la entrada en la vida religiosa. El Papa no quiso pasar en silencio esta ley, no sólo porque era una manifiesta intromisión secular en asuntos eclesiásticos, sino porque algunas de sus disposiciones no podían tolerarse 2 9 . En consecuencia, dirigió un escrito al emperador en el que admitía la primer a parte de la ley, pero protestaba contra la segunda, ya que esta prohibición de entrada en la vida religiosa cerraba a muchos el camino del cielo señalado por Dios. Gregorio aprovecha esta ocasión para instruir a Mauricio sobre los deberes del monarca cristiano. Con esta santa libertad hablaba el papa Gregorio a u n emperador tan autoritario como Mauricio. Este no hizo caso de la amonestación del Papa y mantuvo la ley; sin embargo, su aplicación fue muy benigna 30. 28 Tan puros y rectos eran los sentimientos del Papa en esta controversia, que fue él quien comenzó a designarse en los documentos oficiales «servus servorum Dei». A este propósito, h a n pretendido algunos que lo hizo como p a r a d a r u n a lección a J u a n el Ayunador. Como prueba, se trae a JUAN DIÁCONO, Vita... 2,1. Pero no se demuestra que lo hiciera con esta intención, y por otra parte, J u a n Diácono no hace otra cosa que contraponer la h u m i l d a d de Gregorio y la altanería del patriarca de Constantinopla. Véase DELEHATE, H., Servus servorum Dei en Strena Buliciana (1924) p.377. ™ El texto de esta ley no nos es conocido, pero su contenido se deduce de la protesta del Papa. Véase Registro III 61. 30 Véase PATRONO, Conflitti tra... Maurizio e il papa Gregorio... p.71.

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De nuevo tuvo Gregorio ocasión de velar solícitamente por los derechos pontificios y eclesiásticos de Oriente, al subir al trono el usurpador Focas, después de asesinar a Mauricio en noviembre de 60231. No bien se hubo asegurado Focas en el trono, dio aviso oficial de ello al Papa, el cual aprovechó esta ocasión para manifestar la posición fundamental que él había tomado frente al Imperio bizantino, al que consideraba como legítimo continuador y heredero del Imperio romano y del que él mismo se consideraba humildemente subdito en lo temporal 3 2 . Al mismo tiempo expresa Gregorio su esperanza y su íntimo deseo de colaboración en el bien de los subditos del Imperio. Por desgracia, estos deseos de colaboración quedaron sin efecto. Focas, no obstante sus buenas palabras y repetidas promesas, hizo oposición frecuente a los Romanos Pontífices. Gregorio se vio precisado en multitud de ocasiones a intervenir enérgicamente contra él en defensa de los derechos de la Iglesia. Una de las fuentes de roces y de continuas intervenciones de San Gregorio con los emperadores orientales en defensa de los derechos eclesiásticos, eran las posesiones bizantinas en Italia. La debilidad del Imperio se manifestaba en la falta de fuerza para oponerse enérgicamente a las invasiones de los lombardos, lo cual obligó al papa San Gregorio a asumir por sí mismo la defensa propia y del ducado de Roma. La población oprimida recurría en estas circunstancias a los obispos, y éstos al Papa, con lo cual San Gregorio Magno se veía continuamente obligado a salir en defensa de los oprimidos. Así tuvo que hacerlo de un modo especial, a partir de 591, contra el gobernador de Córcega y Cerdeña, Teodoro. Primero escribió el Papa al mismo Teodoro; luego a su apocrisario o legado de Constantinopla, Honorato; más tarde a Gennadio, exarca del África, bajo cuya jurisdicción caían las islas de Córcega y Cerdeña; y como todo esto resultara ineficaz, se dirigió a la misma emperatriz Constantina. Es célebre el caso de Godescalco, jefe imperial de la Campaña, quien sin razón suficiente se lanzó sobre el monasterio de San Miguel, arrojó a sus moradores y lo redujo todo a la más espantosa ruina. Con palabra de fuego le hizo llegar el Papa su indignación y la más enérgica condenación de todo lo ocurrido. Más significativo es lo acaecido en Sira31 Véanse sobre estos hechos: TEOFILACTO, 8,8-15; TEÓFANES, a.6094; Crónica pascual a.6110 en PG 92,969.972; PABLO DIÁCONO, 4,27; NICÉFOBO CALIXTO, 18,39; DIEHI, C , Le monde oriental de 395 á 1081 p.l38s. 32 Teniendo presente el modo cruel como Focas se h a b í a apoderado del trono y como había tratado al emperador Mauricio y su familia, podrían sorp r e n d e r las palabras del Papa, en las que glorifica a Dios por h a b e r traído a Focas: «Laetentur caeli et exultet térra, et de benignis vestris actibus universae reipublicae populus, n u n c usque vehementer affectus, hilarescat» (Registro 13,34). Téngase presente, sin embargo, que se t r a t a de u n documento oficial de saludo al nuevo emperador.

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cusa en el año 600. El emperador Mauricio, indignado por las quejas llegadas de Italia sobre la conducta de sus empleados, envió a Leoncio con plenos poderes para imponer el orden y la justicia. Llegado éste a Siracusa, inicióse un sistema de terror, de persecución y venganza. Gregorio tuvo que intervenir, y lo hizo exhortando al enviado imperial a la clemencia. Esta intervención fue interpretada como si el Papa se pusiese de parte de los reos de tantas atrocidades y abusos. Entonces, pues, Gregorio tuvo que defenderse, proclamando magníficamente su ansia de defender en todo la justicia, mas declarando sin ambages que Leoncio se dejaba llevar de la ira y del rencor. Su defensa obtuvo un efecto beneficioso. 4. Defensor del primado en Occidente.—Como en Oriente, así también en el gobierno del resto de la cristiandad supo Gregorio Magno defender los derechos pontificios, y no sólo mantener la más estricta ortodoxia, sino robustecer más y más el estado de la Iglesia. El continuo flujo de nuevos pueblos y los cambios sustanciales realizados en las diversas regiones habían aflojado los lazos que las unían con Roma. Por esto fue tanto más necesaria la vigilancia del Pastor supremo para reorganizar la Iglesia occidental. Símbolo clarísimo de todo el modo de proceder de Gregorio, enérgico y suave a un mismo tiempo, fue el caso del obispo Máximo de Salona. Elegido bajo el influjo de los imperiales, sobre todo del exarca Romano, de Ravena, Gregorio se resistía valientemente a la aceptación de esta promoción, claramente anticanónica. Gregorio peleaba con tanto más ardor, cuanto que veía que en este asunto se debatía el reconocimiento de la primacía pontificia, y Máximo, por su parte, se envalentonaba cada vez más, sintiéndose respaldado por el poder imperial. En el momento culminante de la contienda, Gregorio llegó a escribir a su legado en Constantinopla, Sabiniano, exhortándolo a no desfallecer en la lucha: «Estoy dispuesto a morir antes que causar la ruina de la Iglesia de Pedro. Estoy acostumbrado a sufrir con paciencia; pero, u n a vez me he decidido a no aguantar 33más, me lanzo a todos los peligros con ánimo esforzado» . De este modo se fue desenvolviendo aquella lucha, llegando a tomar proporciones insospechadas, hasta que, el año 597, el nuevo exarca Calínico propuso una transacción, consistente en que el mismo obispo Máximo escribiera humildemente al Papa suplicándole nombrara jueces para que su causa se viera en Ravena. Gregorio, que vio en este primer paso la solución de tan espinoso asunto, accedió a la 33

Registro

5,6.

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súplica, y, efectivamente, tres jueces pontificios vieron en Ravena toda la causa. Máximo reconoció su rebelión, pero pudo probar claramente su inocencia de los crímenes de simonía y concubinato que se le imputaban. Igualmente, el registro de sus actividades pontificias nos muestra a Gregorio en u n a constante intervención en todas las iglesias occidentales, que apelaban a su fallo como de jefe supremo de la Iglesia. Así, al arzobispo de Ravena le recuerda su obligación de observar fielmente los cánones. La ocasión fue la costumbre introducida por este obispo de llevar ciertas insignias que no le eran debidas, escudándose en que la sede de Ravena, como sede del gobierno bizantino en Italia, debía ser superior a todas las demás. En su exhortación da el Papa al obispo u n a preciosa lección de humildad sacerdotal 34 . En multitud de ocasiones vemos cómo se esfuerza por desarraigar los restos de paganismo, los focos de herejía y los diversos conatos de cisma. En una carta a la emperatriz Constantina le anuncia que ha dado órdenes al obispo y otros eclesiásticos de Cerdeña para que se dediquen a la instrucción y conversión de los paganos que aún se encuentran en aquella isla 35 . De ahí procedió aquella campaña gloriosa realizada en Inglaterra por San Agustín y sus 39 compañeros enviados por San Gregorio, de que se hablará en el capítulo siguiente. De ahí las empresas misioneras que tanto honran a este gran Pontífice. El caso típico fue el de los visigodos, cuya conversión oficial del arrianismo tuvo lugar en el concilio tercero de Toledo, de 58936. San Gregorio fue quien más contribuyó al lado de su íntimo amigo San Leandro, a que se hiciera cada vez más general y efectiva esta conversión. Del mismo modo, tuvo que luchar con redoblada constancia y energía contra los considerables núcleos de nestorianismo y monofisitismo que persistían en el Oriente y trataban de ensanchar el círculo de sus influencias. A su constante vigilancia se debe que pudiera contenerse el ansia de avance de estas herejías. Más delicada fue la cuestión de algunos cismas parciales en que tuvo que intervenir en Occidente. El cisma de Aquilea, resto esporádico de la lucha de los tres capítulos, duraba todavía. El obispo Severo continuaba en su posición rebelde contra Roma, aun después de trasladarse esta sede a Grado, después de la invasión de aquellos territorios por los lombardos. San Gregorio hizo los mayores esfuerzos por inducir a Severo y a sus tres obispos sufragáneos a deponer *! Registro 3,54,66,67. Véase también BATIFFOL, 128, 35 Registro 5,41. 36 Véase arriba, p.491s. y VILLADA, II 1,635.

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37

su actitud cismática . Con este intento, obtuvo del emperador Mauricio u n a orden por la que se les mandaba acudir a Roma para tratar de un arreglo pacífico. Pero ellos consiguieron hacer cambiar de parecer al emperador. Gregorio quiso escribir todavía u n a circular a sus «hijos rebeldes», en la que con expresiones paternales los exhortaba a «volver a la madre que les había dado la vida», y les aseguraba que el concilio quinto ecuménico, al decidir la cuestión de los tres capítulos, no había tocado n a d a en la fe 38 . También en Milán había surgido un cisma por motivo de la cuestión de los tres capítulos; mas, con ocasión de la entrada de los lombardos, su obispo Honorato tuvo que escapar a Genova, y al morir éste el año 571, su sucesor, Lorenzo II, se reconcilió con el Papa. Sin embargo, en Milán y bajo el dominio lombardo, habían quedado algunos núcleos de cismáticos, que mantenían la rebeldía. Solamente la prudencia y la magnanimidad de Gregorio evitaron esta catástrofe. Se conserva u n a preciosa carta dirigida a los milaneses residentes todavía en Genova, con la cual recabó de ellos que se unieran todos en la elección de Constancio 39 . Así se hizo en efecto, y el cisma quedó definitivamente eliminado. 5. Solicitud por cada iglesia y cada región.—Su solicitud paternal se extendía igualmente a cada iglesia y a cada región, de modo que no solamente se mantenía en íntimas relaciones con los patriarcas y metropolitanos, sino también con los obispos de las más insignificantes regiones y con los diversos príncipes de los nuevos Estados cristianos. A las diez provincias que dependían de la metrópoli de Roma las miró siempre con particular cariño. Más de 400 de los documentos que nos conserva su Registro se refieren a los asuntos de estas provincias. Digna de especial atención era la antiquísima provincia eclesiástica del África. Hallábase esta provincia a la sazón en un estado deplorable. Desde la invasión de los vándalos había perdido casi por completo su antiguo esplendor, y a la prosperidad religiosa que caracteriza los tiempos de Tertuliano, San Cipriano y más próximamente San Agustín, había sucedido u n a depresión y desorganización próximas a la ruina. San Gregorio Magno hizo grandes esfuerzos para reorganizar e infundir nueva vida a aquellas iglesias. P a r a ello procuró a todo trance robustecer la jerarquía. Existía y a 37

Véase sobre todo Registro I 16. ** Registro 2,45. La carta (2,49) va dirigida, según parece, a los obispos de Istria, y t r a t a de los tres capítulos. 39 Véase Registro 3,29-31, y PABLO DIÁCONO, Hist. Langob. 4,27; HURTEN, H., Gregor. der Crosse und der mittelalterl. Episkopat: ZKG 73 (1962) 16-41.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 636 oficialmente el primado de las iglesias africanas en el obispo de Cartago; pero era costumbre que el metropolitano de cada provincia eclesiástica variara continuamente de sede, pues lo era siempre el obispo más antiguo. Esto inutilizaba prácticamente la obra de unificación realizada generalmente por los metropolitanos, como fácilmente se comprende. Por esto San Gregorio abolió esta costumbre e introdujo el uso general de la Iglesia, consistente en elegir como metropolitano al que se juzgara más digno y que este cargo estuviera vinculado a u n a sede determinada, que ellos mismos debían elegir. Las iglesias de las Galias merecieron u n a especialísima atención de parte del papa Gregorio. Baste decir que San Gregorio intervino activamente en ellas con su acostumbrada energía, con lo cual hizo valer sobre estas provincias los derechos del primado romano. Por lo que a España se refiere, ya se h a aludido varias veces a la amistad especial que unía a San Gregorio Magno con San Leandro de Sevilla. Esta amistad la aprovechó el Papa en orden a robustecer más y más el nuevo Estado cristiano que se formó en la península Ibérica con la conversión de los visigodos en el concilio tercero de Toledo, de 589. No menos fecunda fue la actividad misionera de San Gregorio Magno. De ella es testigo su colaboración con los emperadores y patriarcas bizantinos en el fomento de las misiones orientales. Fue célebre particularmente el apoyo que prestó a los armenios, sobre todo a su metropolitano, el obispo Domiciano, en su esfuerzo por la evangelización de aquel territorio. Mas donde pudo San Gregorio desarrollar todo el celo en que su noble alma se abrasaba fue en las empresas misioneras de Occidente, y en primer lugar en lo que constituye uno de los timbres de gloria de su pontificado, que fue la misión de San Agustín en Inglaterra, de la que San Gregorio fue el alma y el sostén más eficaz. Pero de ello se hablará en el capítulo siguiente.

III.

SAN GREGORIO MAGNO Y EL PATRIMONIO DE SAN PEDRO *>

De suma importancia en el pontificado de San Gregorio Magno y en el desarrollo ulterior de la Iglesia fue el esfuerzo realizado por este Papa en la organización y robustecimiento del llamado patrimonio de San Pedro. A esta acti40 Ante todo debe tenerse presente el Registro de Gregorio Magno, donde el Papa se ocupa muy frecuentemente del asunto de la administración del patrimonio. Véanse además: FABRE, De patrimoniis Romanae Ecclesiae usque ad aetatem Carolinorum (Lila 1892); MORESCO, M., 11 patrimonio di S. Pietro (Turin 1916); SPEAHING, The patrimony of the Román Church in the time of Gregory the Great (Cambridge 1918); LETURIA, P. DE, Del patrimonio de San Pedro al tratado de Letrán (M. 1928).

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vidad se refieren multitud de documentos conservados en el Registro de San Gregorio, cosa tanto más de notar cuanto que ninguno de los Papas que le precedieron parece se interesó por un asunto tan trascendental. 1. Origen y primer desarrollo de los Estados del Papa.— El patrimonio de San Pedro debe ser considerado como la base sobre la cual más tarde se fundaron jurídicamente los Estados del Papa, y consiste en u n conjunto de posesiones que fueron adquiriendo los Romanos Pontífices a partir del momento en que, por ley de Constantino el Grande del año 324, se declaraba la capacidad de la Iglesia para recibir o heredar toda clase de bienes. A medida, pues, que se afianzaba la posición del catolicismo dentro del Imperio romano ya cristianizado, se concibe fácilmente que se fueran acumulando en torno a la cabeza suprema de la Iglesia diversas donaciones, que engrosaron constantemente los dominios del Papa y lo constituyeran en uno de los señores más prestigiosos de su tiempo. Ya Constantino el Grande, aun prescindiendo del contenido de la falsa donatio Constantini, construyó para la Iglesia grandes basílicas, le proporcionó grandes palacios y le hizo grandes donativos de muy diverso género. Estos donativos tenían u n a triple procedencia. En primer lugar, la necesidad misma en que se veía la Iglesia en el cumplimiento de su misión religioso-social, la obligaba a procurarse los medios materiales necesarios para ello. Esto pudo realizarse desde el punto en que, obtenida la más completa libertad, que rápidamente se transformó en favor imperial, iba aumentando el campo de sus actividades. En relación con esta necesidad económica y como complemento de la misma, está el segundo factor que contribuyó a incrementar las posesiones del Papa. Efectivamente, muchos cristianos ricos y poderosos, sintiendo particular agradecimiento por los bienes espirituales y tal vez por algún insigne beneficio recibido, con sus donativos, hechos a los apóstoles San Pedro y San Pablo, ponían a disposición del Papa algunas posesiones territoriales para aumentar con ellas el esplendor del culto y el prestigio del Papa. No hay duda que el sepulcro de los apóstoles San Pedro y San Pablo y otros grandes santuarios de Roma y de la Iglesia occidental ejercían u n influjo fascinador en muchos cristianos, moviéndolos a actos de la más espléndida generosidad con el Papa. En tercer lugar, ejercieron u n influjo decisivo en la consolidación y robustecimiento de los dominios pontificios las circunstancias políticas en que Italia y Roma se encontraban. Ya se ha visto antes la situación especial que crearon al Papa, primero, las invasiones de los bárbaros, y luego el dominio de gran parte de Italia por los bizantinos. Frente

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a Atila y Genserico y en multitud de ocasiones, ellos fueron quienes salvaron a Roma de verdaderas catástrofes materiales, para lo cual no sólo era necesario el prestigio espiritual, sino también un ascendiente real y aun material del Romano Pontífice al lado de los demás señores seculares. La posición real en que se colocó de hecho el Papa durante las invasiones se consolidó más todavía desde que los bizantinos se apoderaron de gran parte de Italia. Pero la debilidad de los bizantinos en la defensa de este ducado frente a las acometidas de los lombardos, puso a éstos en la precisión de defenderse por sí mismos, y, por consiguiente, aumentar cada vez más su fuerza material y aun su independencia. 2. San Gregorio y el patrimonio de San Pedro 41 .—San Gregorio Magno se encontró con estas realidades, y así, se comprende fácilmente que, con el justo afán de afianzar el primado romano y con él todo el cristianismo, contribuyera eficazmente a dar una forma definitiva a los dominios del Papa. Precisamente en esto consiste su mérito especial en orden al desarrollo de los Estados pontificios. Al subir él al trono papal, existían ya diversos territorios, no sólo en torno a Roma, sino también en Sicilia y en regiones lejanas, como en Oriente. San Gregorio supo gobernarlas, organizarías, hacerlas producir, sacar de ellas los medios que necesitaba para sus grandes empresas y conseguir que le sirvieran de base para hacer respetar más y más los derechos del Papa. Particularizando algo más, según se deduce de los Registros de Gregorio Magno, la Iglesia poseía alguna clase de territorios en toda Italia, sobre todo en Roma mismo, en sus proximidades, y en Sicilia, que prácticamente era posesión suya; en el África, las Galias, los Balcanes y hasta en las cercanías de Constantinopla 42 . En sus escritos se dirige el Papa a los administradores de estas diversas posesiones, dándoles las órdenes convenientes para su recta administración 43. En estos escritos aparece Gregorio como un 41 Por todos estos hechos, la realidad era que, en tiempo de San Gregorio Magno, el Papa poseía u n conjunto de bienes, propiedades o feudos repartidos por toda la cristiandad. Todo este conjunto es lo que se designa como patrimonio de San Pedro y forma la base o punto de p a r t i d a de los Estados pontificios. Además de las obras citadas en la n o t a precedente, véanse: G R I SAR, H., Eín Rundgang durch die Patrimonien des hl. Stuhles um das Jahr 600 en ZKathTh (1887) 321s, 526S; FABBE, Les colons de l'Eglise romaine au VI siécle: Revd'HistLitt (1896) 74s; DOIZE, Les patrimoines de l'Eglise rom. aux temps de St. órégoire en Et. 99 (1904) 672s. Un buen resumen puede verse en AIGRAIN, R., Le patrimoine de l'Eglise romaine en FLICHE-MARTIN, V 543s. 42 Véase AIGRAIN, l . c , p.545. Respecto de Sicilia, véase lo que dice Gregorio Magno {Registro 9.29): «Patrimonium sanctae Romanae cui Deo miserante servimus Ecclesiae in partibus Syracusanis, Catanensibus, Agrigentinis vel Messanensibus constitutum.» 43 Sobre la administración del patrimonio, véase el resumen de AIGRAIN, l . c , 547s. Pueden verse buenos testimonios en Registro 1,1-2; C, 49-53,56-57; 9,28,31. Véase también Liber Diurnus 54-56.

C.l. LA IGLESIA EN TIEMPOS DE SAN GREGORIO

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organizador y administrador de primer orden. A él se debe el que desde entonces siguieran u n a línea ascendente de prosperidad los dominios del patrimonio de San Pedro. Aprovechando debidamente todas sus posesiones y haciendo valer los derechos que sobre ellas tenía, San Gregorio llegó a ser de hecho el ciudadano o señor más poderoso del vasto Imperio bizantino. Los gobernadores o administradores de sus múltiples latifundios formaban un verdadero ejército. Las rentas que le producían empleábalas el Papa, en primer lugar, para cubrir los gastos de la administración y fomento de los mismos dominios; pero, además, utilizaba una gran parte de su producto en las grandes obras de caridad que emprendía y en los trabajos de misiones. Por esto solía decir que él no poseía riquezas propias, sino que se le había confiado la administración de los bienes de los pobres.

IV.

ACTIVIDAD LITERARIA DE SAN GREGORIO MAGNO

44

Quedaría incompleta la imagen que hemos trazado de la actividad de San Gregorio Magno, si no tratáramos de presentar a la debida luz su obra literaria. Porque San Gregorio sobresalió como gran escritor, por lo cual es justamente considerado como uno de los últimos Santos Padres de la antigüedad, gran lumbrera de la Iglesia occidental, al lado de San Ambrosio, San Jerónimo, San Agustín y San León Magno. Los escritos de San Gregorio responden perfectamente al conjunto de su actividad pastoral y de gran vigilante de la Iglesia. Por esto podemos decir que con ellos continuó ejerciendo un influjo semejante al que había ejercido durante su pontificado. Gran moralista y orador práctico y sencillo, dirige todo su afán a la instrucción y orientación de los fieles cristianos. 1. Obras morales.—San Gregorio, como moralista, es conocido por dos obras fundamentales. La primera, comenzada durante su estancia como apocrisario en Constantinopla, es el célebre Comentario al libro de Job. A España le cabe u n poco de gloria en esta obra; pues San Leandro de Sevilla, compañero de Gregorio en Constantinopla como enviado del rey visigodo, contribuyó eficazmente con sus ruegos a que la pusiera en ejecución. Vuelto Gregorio a Roma 44 Además de las obras generales citadas en las notas 1 y 2, pueden verse las monografías referentes a cada uno de los géneros literarios, que indicaremos a continuación. En particular véanse: BARDENHEWER, V 284s; ALTANER, trad. cast. 318s; Morales sur Job libros 1 y 2, introd., texto y trad. por R. GIIXET, O. S. B., y A. DE GAUDEMARIS, O. S. B., en Sourc. chrét. (P. 1950).

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 640 y retirado al monasterio de San Andrés, continuóla con gran interés, si bien consta que al mismo tiempo dio comienzo a otra muy importante también, la Regla pastoral. Finalmente, la terminó durante los primeros años de su pontificado. Es, sin duda, la obra más valiosa de San Gregorio y desde luego de un volumen muy considerable, pues comprende 35 libros. Originariamente eran homilías y tratados, pero finalmente recibieron todos una transformación uniforme, si bien en la materia desarrollada no debe buscarse ninguna clase de unidad. Esta se la da únicamente el libro de Job, del cual San Gregorio hace comentarios de muy diversa índole. Unos consisten simplemente en ilustraciones históricas; otros, en consideraciones alegóricas, tan conformes con el gusto de la época; otros, finalmente, contienen aplicaciones prácticas a la vida moral cristiana. Esta última tendencia práctica y moral es la que predomina en el Comentario al libro de Job, de tal manera que se advierte claramente el interés del autor por aprovechar toda clase de ocasiones para hablar de las virtudes y de los vicios y tratar ampliamente de las cuestiones fundamentales de la moral cristiana. Para San Gregorio, este fin moral era el principal de su obra, por lo cual él mismo la designaba como «libros morales». Así se explica el hecho de que bien pronto este Comentario al libro de Job recibió comúnmente el título de Moralia, y como tuvo tanta difusión en toda la cristiandad, se hablaba comúnmente de las Morales de San Gregorio Magno. El complemento de esta obra fundamental de San Gregorio y como el punto culminante de sus escritos morales, lo forma la célebre Regla pastoral. Como en la misma introducción se dice, trátase de «cómo se llega a la cumbre del oficio pastoral, y, u n a vez se ha obtenido por caminos legítimos, cómo se debe vivir y cómo con una vida ejemplar debe desempeñarse el cargo pastoral; finalmente, con una enseñanza recta y legítima, debe cada día someter a un serio examen la propia debilidad». Es, pues, un tratado sobre los deberes de los pastores de almas, particularmente sobre el deber de la enseñanza, que en la mente de San Gregorio abarca todo el cuidado pastoral, lo que él denomina «el arte de las artes». Compuesto, según todas las probabilidades, al principio de su pontificado, este libro presenta claramente el ideal que San Gregorio Magno se había formado del importante cargo del pastor de almas, por lo cual deseaba proponerlo a todos los obispos con el objeto de que todos intensificaran su actividad y contribuyeran a la renovación y consolidación de la

Cl. LA IGLESIA EN TIEMPOS DE SAN GREGORIO

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Iglesia. Junto con las Moralia o Comentario al libro de Job, tuvo esta obra gran aceptación, por lo cual fue bien pronto traducida al griego y al anglosajón. Claro indicio de ello es la gran multitud de códices medievales que contienen ambas obras o u n a de ellas 45 . 2. San Gregorio como orador. Sus homilías.—San Gregorio fue un ejemplo viviente de lo mismo que tanto recomendaba. De ello dan testimonio las homilías que se46 nos han conservado, tenidas por él ante el pueblo romano . No se trata de sermones o panegíricos con ocasión de las grandes festividades, sino simplemente de alocuciones homiléticas, excelente modelo de este género de predicación, en que el santo Pontífice expone con sencillez la Sagrada Escritura. A la cabeza de todas las que se han conservado deben colocarse 40, que glosan diversos pasajes del Evangelio y, según todos los indicios, fueron tenidos durante el primer año de su pontificado. No mucho después, seguramente entre 592 y 593, predicó sobre algunos fragmentos del profeta Ezequiel. Posee también homilías de santos, como la maravillosa en honor de Nereo y Aquiles, tenida en su iglesia. Es una verdadera desgracia para la literatura patrística de este período, tan escaso en escritores eclesiásticos de algún mérito, el que no se nos hayan conservado más que estas homilías. Por algún escrito del mismo santo y otros testimonios contemporáneos, sabemos que pronunció otras muchas homilías sobre los Proverbios, el Cantar de los Cantares y otros libros del Antiguo Testamento. Todas ellas, como las que se han conservado, se distinguían por su sencilla elocuencia, plenitud de doctrina y celo ardiente por el bien de las almas. Mas no parece llegaran a redactarse en una forma completa, debido, sin duda, a la debilidad de salud, ya crónica en el santo durante los últimos años de su vida. Para completar esta falta, el abad Claudio hizo unas notas o resúmenes de estas homilías; pero, al serle presentadas a San Gregorio para recibir su aprobación, las encontró poco exactas y prometió revisarlas detenidamente; mas no lo pudo hacer. Por esto no pueden tomarse estos apuntes como obras definitivas de San Gregorio. En general, podemos decir sobre el carácter de sus obras homiléticas, que se distinguen por su solicitud pastoral y por la tendencia algo exagerada a la alegoría y más aún a la apli45 Sobre la importancia de estas obras pastorales de San Gregorio Magno pueden verse los tratados generales sobre este Papa. En particular véase AIGRAIN

en

FUCHE-MAHTIN,

46

homil

V

26S.

Véanse en particular: MARTIC, V. S., De genere dicendi S. Gregorii in 40 ín Evang. (1934); SCHWANK, H.. Cregor der Crosse ais Prediger (1934).

¡f." de la Iglesia 1

SI

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 642 cación moral de la Escritura. No llega a la elevada concepción y altura estilística de San León Magno, pero le sobrepasa en la abundancia y fecundidad de doctrina y en el calor y elocuencia popular de su expresión.

3. Epistolario y hagiografía 47 .—La importancia de los documentos pontificios contenidos en su Registro se ha podido ver en lo que anteriormente queda expuesto. Las 848 piezas que comprende, editadas recientemente en u n a edición crítica, nos dan una idea aproximada de la actividad de este gran Pontífice y del influjo que llegó a ejercer en su época. Estos escritos son la mejor muestra del carácter de San Gregorio. Prácticos por su misma naturaleza, pues son los instrumentos ordinarios de su gobierno, van dirigidos a toda la cristiandad y están llenos de la más elevada sabiduría y conocimiento profundo de los hombres. Son modelo del estilo de negocios; pero juntamente indican gran alteza de miras en el modo como dirige y encamina, por ejemplo, la gran empresa de la conversión de Inglaterra, cómo da instrucciones y normas para la organización del patrimonio de San Pedro y cómo defiende, frente a los poderes seculares, los derechos de la Iglesia y del primado pontificio. Todavía debemos conmemorar otro género literario en que se distinguió San Gregorio Magno: la hagiografía48 y géneros afines. Es célebre su obra Cuatro diálogos sobre la vida y los milagros de los Santos Padres en Italia y sobre la inmortalidad del alma. Es una composición literaria que escribió con gran interés, y aun diríamos con ilusión, como lo prueba la forma de diálogo que le dio, al estilo de los de Platón. Lo mismo debe decirse de la poética introducción, en que se finge a sí en la soledad, lamentándose de no haberse dedicado a u n a vida tan santa, lejos del mundo, a imitación de los santos solitarios del desierto, cuando he aquí que se le presenta un amigo de la infancia, con quien en la intimidad conversa sobre la vida maravillosa de algunos de estos ilustres santos. El valor de estos diálogos es escaso, si bien la narración no deja de poseer el atractivo que le comunica su ingenuidad y sencillez primitiva. Contrasta sobremanera la credulidad que se refleja en toda esta obra con la alteza de miras, conocimiento de los hombres y talento especulativo y práctico que demuestran los numerosos documentos de su 47 Es bien conocida la importancia fundamental del epistolario de San Gregorio Magno. Está contenido en el Registrum Gregorii, cuyo texto puede verse en las obras indicadas en la nota 1. Además de estos trabajos, pueden verse: NORBBEG, D., ln «Registrum» Gregorii M. studia critica (1937); DUNN, M. B.. The síyle oí the letters of St. Gregory (Washington 1931); O'DONNELL, J. F., The vocabulary of the letters of St. Gr. (Washington 1934). 4a Dialogi de vita et miraculis Patrum itaticorum, Véase-, TRAÍNA, G., SU¿ «DialoghU di Greg. Magno (Palermo 1937).

C.l. LA IGLESIA EN TIEMPOS DE SAN GREGORIO

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Registro. En lo primero, Gregorio era sencillamente hijo de su tiempo, tan inclinado a todo lo maravilloso y extraordinario. En lo segundo, aparece su propia personalidad. Mas como la afición a lo sobrenatural continuó durante toda la Edad Media, por esto se explica que los Diálogos de San Gregorio constituyeran durante todo este tiempo uno de los libros más leídos de la literatura patrística latina. Digamos, para terminar, que San Gregorio es conocido igualmente por sus grandes trabajos litúrgicos. Ante todo, a él se debe fundamentalmente un Sacramentario, especie de misal de su tiempo, en el que reunió todas las misas propias entonces en uso. Además, él recopiló un Antifonario, o manual de antífonas y partes cantables de la misa. Complemento de esta actividad de San Gregorio es el haber organizado y dado u n a forma característica al contó litúrgico, que por esto ha sido designado como canto gregoriano 49. 4. Juicio de conjunto.—San Gregorio marca un estadio importantísimo en la historia de la Iglesia. Romano de nacimiento y de convicciones, se sentía sumamente apenado por la caída de Roma y del Imperio romano occidental, y por esto se deja llevar a las veces de la añoranza de aquella Roma antigua, señora del mundo, convertida ahora en juguete de las pasiones; mas, penetrado profundamente de la importancia de esta misma Roma como centro de la cristiandad y de la necesidad del primado romano para mantener la unidad de la Iglesia, pone en juego su indomable energía para mantener el prestigio pontificio frente a toda clase de dificultades. Llevado de su ardiente celo de la gloria de Dios, defiende en toda su amplitud la ortodoxia, fomenta en Oriente y Occidente la conversión de los infieles y sobre todo es el alma de la gran obra de la conversión de Inglaterra por medio de San Agustín y sus 39 compañeros. San Gregorio Magno no dejó piedra por mover para ensanchar el reino de Cristo y consolidar la Iglesia. Fue gran favorecedor y promotor insigne de la nueva Orden de los benedictinos, a la que él mismo perteneció y a la que dio toda su fortuna y erigió muchos monasterios. Fue un apóstol infatigable, dedicándose a la cura de almas con un celo ejemplar, del que nos ha dejado el incomparable testimonio de sus homilías y la preciosa Regla pastoral. Fue escritor de primera línea, digno de ponerse al lado de los mejores Padres latinos, ejerciendo con ello un influjo intenso é ininterrumpido. 49 Véase a r r i b a p.627. En particular, JUAN DIÁCONO, Vita Greg. II 6-10,17. El mismo indica otras actividades litúrgicas de San Gregorio Magno.

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Los pontificados que le siguieron hasta fines de la Edad Antigua a través del siglo vn, tuvieron generalmente poca importancia, si bien hemos de decir, en honor suyo, que supieron mantener el honor de la Iglesia. En medio de la nueva contienda dogmática que se suscitó a mediados de este siglo, el monotelismo, el papa Honorio 1 (625-638)so no manifestó la energía necesaria en aquellas circunstancias, como se verá en su lugar correspondiente; en cambio, San Martín I (649-655) supo mantener el prestigio de la Iglesia y la pureza de la fe, rechazando todos los subterfugios de la herejía y muriendo heroicamente en el destierro, mártir de la ortodoxia. Al aprobar los papas Agatón (678-681) y León II (681-683) el concilio sexto ecuménico, tercero de Constantinopla (nov. 680-sept. 681), dejaron, por un lado, bien asegurado el dogma católico, y por otro vieron reconocido por todo el mundo el primado pontificio 51.

CAPITULO

II

La Iglesia en la Gran Bretaña. San Agustín de Inglaterra 52 En las islas Británicas, donde tanto debía florecer el cristianismo, y particularmente el monacato, a partir del siglo vn, penetró el cristianismo lentamente y como por etapas. Consta por el testimonio de Tertuliano (Ad lud. 7) que ya en el siglo n el Evangelio de Cristo había hallado acogida en los inaccesibles parajes de los británicos. Sin embargo, la historia de estos primeros siglos permanece en la penumbra, y solamente conocemos algún hecho suelto, como que en el sínodo de Arles de 314 tomaron parte tres obispos británicos. Como se ve, este hecho es sintomático, pues si de aquellas apartadas regiones pudieron presentarse en Arles tres obispos, puede suponerse que había otros, todo lo cual supone algunas cristiandades sólidamente establecidas. 50 51

Véase su bibliografía más adelante, p.744s. Sobre la intervención de todos estos Papas en la cuestión del monotelismo, véase abajo, p.749s. 52 La fuente a n t i g u a más importante es: BEDA EL VENERABLE, Historia ecclesiastica gentis Anglorum ed. C. PLUMMER 2 vols. (O. 1896); ed. MIGNE: PL 90-95. Pueden verse además: Chronica Minora en MonGermHist. Auct. Ant. 13.255S; ID., Historia Britonum ibíd. l l l s . Entre las obras m o d e r n a s pueden consultarse: HADDAN, A. W., Councils... relatifs to Great Br. and lreland 2 vols. (O. 1869-78); ZIMMES, H., Keltische K. en Britannien und lreland: RealenzprTh (1901); WATKIN, E. J., artic. England: LexThK 3 881-888 (1959); CHADWICK, N. K., Studies in the Early Brit. Church (Cambridge 1958); BLAIR, P. H., The World of Beda (L. 1970); DAURAS, L.-HURY, CH.d'. Le Catholicisme en Angleterre (P. 1970); MORRIS, J., The Age of Arthur. E History of the British Isles from 350 to 650 (L. 1973).

645 Estos datos sobre la primera penetración del cristianismo en las islas Británicas se refieren a la Gran Bretaña, en donde desde el siglo ni o iv antes de Cristo dominaban diversos pueblos, que recibieron la común denominación de bretones. Conquistados más tarde por los romanos, hicieron alianza con ellos, y de esta manera se defendieron contra los pictos y escoceses, que habitaban la parte septentrional de la isla, la Caledonia y Escocia. Por lo que a Irlanda se refiere, los primeros conatos de penetración del Evangelio tuvieron lugar después del año 400. El primero lo efectuó el obispo Palladio junto con otros cuatro misioneros. Habiéndose introducido en Irlanda (Erín) hacia el año 413, parece que encontraron allí algunos cristianos procedentes del País de Gales, pero que apenas consiguieron resultado ninguno positivo. Por esto consta que poco después el mismo Palladio se dirigió a Escocia, donde murió. C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

I.

PROGRESO DEL CRISTIANISMO EN IRLANDA Y RETROCESO EN LA GRAN BRETAÑA 53

En este estado se hallaba el cristianismo en las islas Británicas, cuando a mediados del siglo v se produjeron dos hechos importantísimos para el porvenir religioso de estos territorios. Por una parte, la actividad de San Patricio en Irlanda, que le ha merecido el título de patrono de la isla, y por otra, la invasión de los anglosajones en la Gran Bretaña, que cambió completamente la situación política y religiosa de toda la región. 1. San Patricio, misionero de Irlanda 54 .—Efectivamente, el primero que introdujo el cristianismo en Irlanda de una manera consistente, fue San Patricio. Nacido, según parece, en Kilpatrick, en Escocia, hacia el año 389, de padres 53 Además de las obras generales citadas en la nota precedente, véanse BELLESHEIM, Ceschichte der Kath. K. in a Irland 3 vols. (1890-91)- STOKER G T lreland and the Celtio Church (1172) 6. ed. (L. 1907); POULET,' Les chrétientés celtiques (P. 1911); PLUMMER, C , Lives of lrish Saints (O. 1922); RÍAN, JOHN, Irish Monasticism (Dublín 1931); GOUGAUD, L., Les chrétiens celtiques (P. 1911); ID., Les scribes monast. d'Irlande en RevHistEccl 27 (1931) 293-306- ID Caeli'c Pioniers of Christianity, VI-X1I Cent. (Dublín 1923); ID., Christianity in Celtic Lands (L. 1932); PHILIPS, W. A., History of the church of lreland from the earhest times to the present doy 3 vols. (O. 1933-34); DOWDEN J , The Celtic Church in Scotland (L. 1917); JUGLIS, B., The story of lreland (L. 1956)- PEPLER, C , The English religious heritage (L. 1958); CHADWICK, N. K.-HUGHES, K., etcétera., Studies in the early British Church (Cambridge 1958)- GUYNN A artíc. Irland: LexThK 5 754-758 (1960); ID., artíc. Irland: RelGGeg 3 894ss- ID artíc. en EncCatt 7 196-212; JACKSON, W., History of the Church of lreland (Dublín 1953). 34 Pueden verse en particular: BURY, J. B., The Ufe of St. Patrik (L 1905)MORRIS, W. B., Life of S. Patrik 6.a ed. (L. 1908); GALLICO, P., The steadfast man. A Ufe of St. Patrik (L. 1958); RYAN, J., etc., Patrik (Dublín 1958); CARNEY, J P The problem of St. Patrich (Dublín 1961); RYAN, J., S Í . Patrick, Apostle of lreland: Studies 50 (1961) 113-151.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 646 cristianos, contando dieciséis años fue hecho prisionero p o r unos piratas y conducido al norte de Irlanda, donde se vio forzado a servir a u n cabecilla indígena en la guarda del ganado y en los oficios más humillantes. Habiendo logrado a los seis años escapar de este cautiverio, pudo llegar al continente, y allí en diversos monasterios recibió u n a sólida instrucción religiosa. Estos monasterios fueron Marmoutier y Leríns, que se hallaban entonces en su primer apogeo; pero su maestro propiamente tal fue el obispo San Germán de Auxerre (t 448). Precisamente entonces había surgido en la Iglesia occidental la herejía del pelagianismo, y como sus primeros propagadores, Pelagio y Celestio, provenían de la Gran Bretaña, habían dejado allí el rastro de sus errores, que habían cundido bastante entre las cristiandades británicas. Por esto San Germán organizó desde el año 423 una campaña misionera en la Gran Bretaña, en la cual le acompañó el joven Patricio. Allí permaneció éste hasta el año 426, esgrimiendo de esta manera las armas de su celo apostólico y preparándose para la gran misión de Irlanda. Vuelto Patricio al continente, después de m a d u r a r detenidamente el plan que había concebido, se dirigió a Roma, donde recibió los poderes necesarios para la misión de Irlanda, y, habiendo sido consagrado obispo en las Galias, entró finalmente en Irlanda el año 432. Este año marca el principio de la magna obra realizada en Irlanda por San Patricio, digno de ser comparado con los grandes apóstoles de todos los tiempos. El haber vivido en el cautiverio de Irlanda le había servido para conocer la lengua y, sobre todo, las costumbres de la región. Esto no obstante, las dificultades fueron inmensas. Como todo misionero, tuvo que comenzar por roturar el terreno donde había de sembrar la semilla del Evangelio. Recorriendo diversas regiones de la Isla Verde, reunía grandes masas de la población indígena y les anunciaba las conmovedoras verdades de la religión católica, sobre todo la vida y muerte del Redentor. Según consta principalmente por los más antiguos biógrafos del santo, sobre todo Tirechan y Muirchu, las regiones donde más intensamente trabajó San Patricio fueron las de Airgialla, Ailech y Connacht, en el Meath, es decir, la parte septentrional de la isla. En su obra apostólica no estuvo solo el apóstol de Irlanda. Algún historiador habla de auxiliares galos; otros, de británicos y aun romanos. Tenemos noticia particularmente del británico Mochta, del escocés Isernino, otros dos de nacionalidad desconocida, Auxilio y Fiave, y, finalmente, Benen, que le sucedió en la sede de Armagh. Con la gran actividad desplegada desde un principio

C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

647

por Patricio y sus colaboradores, no es de sorprender que el resultado fuera consolador. Mientras, por u n a parte, los druidas y los elementos más fanáticos del paganismo indígena se revolvían contra los apóstoles de Cristo y se ponía de su parte el reyezuelo principal de la isla, Loegaire, eran precisamente algunos cabecillas y gente de la nobleza los que se convertían a la nueva religión. Con esto ganó el cristianismo en consistencia y penetró también rápidamente en las masas. San Patricio inició entonces su sistema favorito, que fue en adelante característico en Irlanda y en las islas Británicas: la fundación de monasterios, que se convirtieron en centros de cultura y de irradiación religiosa en todas partes. Es admirable, según atestiguan los biógrafos de San Patricio, la afluencia de la gente más distinguida a estos monasterios. Muchos hijos e hijas de nobles se sometieron al yugo de Cristo; por lo cual el biógrafo Tirechan puede hablar de monjes de San Patricio y atestiguar que en Irlanda «los hijos y las hijas de los reyes se habían convertido en monjes y vírgenes de Cristo, sin que se los pueda enumerar». De esta manera, transcurridos unos pocos años, Irlanda quedó sembrada de casas religiosas. El rnoriasterio d e Armagh, fundado hacia el año 444, fue constituido en sede de San Patricio y centro religioso de la Irlanda católica. En general es digno de notarse el sistema introducido de diócesis-monasterios con régimen de obispo-abad. Hasta su muerte, ocurrida hacia el año 461, continuó trabajando con creciente intensidad. Consta igualmente que celebró varios sínodos, en los que se trató de organizar mejor la jerarquía católica y dar la mayor consistencia a las conquistas realizadas. A la muerte de San Patricio (461) existían ya en Irlanda varios obispos y eran muy numerosos los clérigos y monjes. La iglesia de Irlanda tenía como puntos de apoyo los monasterios, y aun los mismos obispos procedían del monacato; así se explica que después de San Patricio tuvieran un éxito tan rotundo los monjes irlandeses y británicos. Hacia el año 490, Santa Brígida inició la rama de religiosas en Irlanda con el establecimiento de monasterios femeninos, que rápidamente alcanzaron gran desarrollo. El monasterio que más fama alcanzó en Irlanda fue el célebre de Bangor. 2. Invasión de los anglosajones en la Gran Bretaña55.— Entretanto, tenían lugar en la Gran Bretaña acontecimientos trascendentales. Cuando, a principios del siglo v, los em55 Véanse las obras generales, en particular: SCOTT, A. B., The British nation, its People and its Church (Edimburgo 1918); FUNK, J. X., Zur Cesch. der altbr. Kirche en KgAbhl 1,431 (1897); HODGKIN, TH., History of England (L. 1906); CABRQI, F., VAngleterre chrét. avant les normanas (P. 1909) en BiblEnseignHist

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 648 peradores romanos, apretados por los diversos pueblos bárbaros invasores, retiraron de la Gran Bretaña las legiones que mantenían allí sus derechos, los bretones recobraron su libertad. Pero, al mismo tiempo, los pictos y escoceses, sin encontrar la férrea oposición romana, se lanzaron a u n a serie de incursiones que sembraban por todas partes la desolación y el exterminio. Así, pues, hacia el año 449, respondiendo al grito de angustia de Wortigern, jefe de los diversos pequeños estados bretones, desembarcaban sus primeras tropas en la isla de Thanet, al sudeste de la Gran Bretaña. Pero la inteligencia con los bretones duró muy poco tiempo. Rápidamente entraron en Inglaterra nuevas avalanchas de anglosajones, con lo cual se vio claramente que se presentaban en plan de conquistadores. Con esto se inició una encarnizada lucha de exterminio contra los bretones. El resultado fue que los bretones, parte abandonaron la isla y se trasladaron al continente, donde se asentaron en la Armórica, a la que dieron el nombre de Bretaña, parte fueron aniquilados en el decurso de aquella guerra de exterminio, mientras u n buen número se retiró hacia el occidente de la isla, a las regiones de Gales y Cornuailles. Esta circunstancia explica la conducta posterior de los bretones y sus relaciones con los invasores. Mientras éstos perseveraron durante siglo y medio en el paganismo, después de hacer desaparecer todos los restos de cristianismo existentes en el país ocupado, los bretones, en su mayoría católicos, continuaron fieles a la ortodoxia; pero al mismo tiempo absolutamente separados de los anglosajones, a quienes odiaban a muerte y con quienes no querían ninguna clase de relaciones. En estas regiones de Gales y de Cornuailles continuaron floreciendo durante los siglos v, vi y vn los monasterios ya existentes de Bangor (el inglés), SainAsaph, Llancarvan y algunos otros, y se conservaron las costumbres cristianas primitivas, sin mezclarse siquiera con las que introdujo San Agustín a fines del siglo vi y principios del vn. Igualmente se distinguieron algunos santos ilustres, como San Paterno, San Udoceo, Daniel, Gondelo, y multitud de obispos y príncipes excelentes, como San David, obispo de Menevia (t 544).

3. El cristianismo en Escocia y Caledonia 56 .—En diversas ocasiones hemos aludido a los pictos y escoceses, que ocupaban el norte de la Gran Bretaña, las regiones de CaledoEccl; OMÁN, C H . , England befare the Normana Conquest (L. 1910); DOBLE, C. H., y L. KEBBIBION, Les saints brétons (Brest 1933); BABING-GOULD, FISHEB, The Uves of 56tha British Saints I (L. 1907). Pueden verse en particular: BELLESHEIM, A., Gesch. der kath. Kirche in Schottland 2 vols. (1883); SKENE, W. F., Celtio Scotland 3 vols. (Edimburgo 1887)ANDEBSON, A. O., Early sources of Scottish History (Edimburgo 1923), '

649 nia y Escocia. Entre los pictos, que moraban en el sur de Escocia, propagó el cristianismo desde el año 412 un misionero británico, el obispo Niniano. Más tarde trabajó también otro misionero llamado Gildas. En cambio, la parte más septentrional de Escocia y la Caledonia permanecía aún pagana. El misionero providencial de estas regiones, como lo había sido de Irlanda San Patricio, fue el abad San Columba, de quien se h a hablado en otro lugar 5 7 . El monasterio de Hy o lona, que él estableció, fue en adelante el centro de irradiación de toda su actividad misionera. Poco a poco se fue convirtiendo al cristianismo toda la región; el rey de los escoceses, Conall, hizo donativo de toda la isla a San Columba, el cual tuvo poco después el consuelo de bautizar al rey Brid y gran parte de su pueblo. C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

II.

CONVERSIÓN DE LOS ANGLOSAJONES. SAN AGUSTÍN DE INGLATERRA 58

Los anglosajones, a medida que fueron eliminando o aniquilando a los bretones y estableciéndose en la mayor parte de la Gran Bretaña, fueron organizando una serie de siete pequeños reinos, que es lo que se denominó la Heptarquía, y de sur a norte, tal como los fueron conquistando, se llamaban: Kent, con la capital en Canterbury, fundado ya en 453; Sussex, Wessex y Essex, fundados entre 477 y 495, cuya capital era Londres; Estanglia, Mercia y Northumbria, con la capital en York, organizados durante el siglo vi. Desde su entrada en Inglaterra, hacia 450, hasta fines del siglo vi, no se hizo prácticamente nada por su conversión. Los cristianos bretones, reducidos al país de Gales y a Cornuailles, odiaban a muerte a todos los anglosajones, y éstos les respondían con el desprecio, por lo cual tampoco hubieran recibido de los bretones enseñanza ninguna religiosa. La salvación tuvo que venir de fuera, y Dios se la preparó al pueblo anglosajón en la persona del gran pontífice San Gregorio Magno y del insigne misionero San Agustín de Inglaterra, con el ejército de monjes que lo acompañaron y siguieron 59 . 57 58

Véase p.609. P a r a esta parte, la m á s importante de la historia antigua de Inglaterra, véanse las fuentes citadas en la nota 52. Asimismo BASSENGE, aA., Die Sendung Augustins (1890); BROU, A., St. Augustin de Cantorbery 4. ed. (P. 1900); HOWORTH, H., St. Augustine of Canterbury (L. 1913); ID., The golden days of the early Euglish Church (L. 1917); ID., Saint Gregory the Great (L. 1912); BBOWNE, G. F., Augustin and his Companions 2. a ed. (L. 1897); BRECHTER, S., a r t í c Angelsachsen: LexThK 1 538-539; ID., Die Quellen sur A. Mission Gregors d. Gr. (Münster 1941); ID., artíc. Augustinus v. Canterbury: LexThK 1 1102. 59 Es célebre la tradición transmitida por BEDA, Jiist. Eccl. 2,1; PABLO DIÁCONO, Vita Greg. 17,21. Ella atribuye a Gregorio Magno la respuesta a los que le dijeron que aquellos hombres eran ingleses: «Non angli, sed angelí.»

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P.F.

EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750)

1. Principio de la obra de San Agustín.—Entre los grandes ideales que supo concebir y realizar San Gregorio Magno, no es el menor el de la conversión de los anglosajones. Siendo abad del monasterio de San Andrés, por él fundado, concibió por vez primera esta idea. El primer camino que intentó fue la evangelización de los anglosajones por medio de su misma gente. Para ello echó mano de su agente en los dominios pontificios de la Provenza, el presbítero Cándido, y le ordenó la adquisición de algunos esclavos ingleses que solían presentarse en el mercado de Marsella 60 . Pero, en todo caso, este medio era muy lento, y, entretanto, Gregorio quiso realizar más rápidamente el ideal concebido. La Providencia le ayudaba de una manera eficacísima. Hacia el año 496 llegaban a Roma noticias consoladoras sobre la buena disposición de Etelberto, rey de Kent. A ello contribuía el hecho de que este príncipe había tomado por esposa a Berta 61 , hija del rey franco Cariberto, católica y sumamente piadosa, que había llevado consigo como capellán a Liudhardo, quien con su buen ejemplo y trato delicado había ido preparando el camino p a r a el cristianismo. A esto se añadió otra circunstancia que favorecía la empresa ideada por el Papa. A principios del año 596 murió el rey de Austrasia, Childeberto, con lo cual quedó Brunequilda única gobernadora de todos los estados de Austrasia, Neustria y Borgoña. Ahora bien, como Brunequilda era enteramente adicta y favorable a Gregorio Magno, el camino obligado de la Gran Bretaña, que eran las Galias, quedaba completamente abierto al Papa. San Gregorio Magno aprovechó inmediatamente la oportunidad. Escogió, pues, al abad Agustín, con otros 39 monjes de San Andrés 62 , los cuales partieron en la primavera de 596 con el entusiasmo del que marcha a una grande empresa. Llegados a la Provenza, se detuvieron unos días en el célebre monasterio de Leríns; mas he aquí que, mientras Agustín se ocupaba en el despacho de algunos asuntos de importancia, sus compañeros perdieron enteramente los ánimos escuchando las descripciones que les hacían sobre la extrema crueldad de los anglosajones y la suma dificultad de u n a lengua enteramente desconocida. 60 B1

Véase Registro 6,10. De esta circunstancia h a b l a en particular GREGORIO DE TOUHS, Hist. Franc. 4,26;62 9,26. Podría p r e g u n t a r s e por qué no llamó el Papa a los monjes de lona, escoceses, o a los bretones del país de Gales, que estaban tan cerca, o bien a los irlandeses, que eran de hecho los evangelizadores de Europa. Recuérdese que por el mismo tiempo San Columbano, proveniente de Irlanda, realizaba en el continente u n a incomparable obra de evangelización. ¿Por qué, pues, tanto él como otros monjes escoceses o irlandeses no iban a la G r a n Bretaña? Seguramente, en el fondo, la razón era el odio profundo que estos pueblos cristianos profesaban a los invasores de sus islas, los anglosajones. Por la misma razón, y tal vez por desconocer el movimiento religioso de Irlanda y Escocia, Gregorio Magno no echó mano de estos operarios y acudió a los que tenía m á s cerca.

651 Con estas disposiciones era imposible continuar el viaje. Por esto, Agustín volvió a Roma a recibir nuevas órdenes, y como el papa Gregorio persistía con más energía en la realización de su plan, bien provisto de cartas especiales de recomendación para los príncipes y obispos galos, para Brunequilda y, sobre todo, para el rey de Kent, Etelberto, y la reina católica Berta, volvió Agustín a Leríns a juntarse con sus monjes 63 . Todo esto y la palabra ardiente del Papa y de su abad Agustín devolvió a los noveles apóstoles su primer entusiasmo. C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

2. Primeros resultados de la misión.—En la primavera del año 597 desembarcan los misioneros en la isla de Thanet, el mismo lugar donde siglo y medio antes habían arribado los anglosajones. Inmediatamente enviaron un mensaje a Etelberto, con la súplica de que se les otorgara el permiso de permanecer en su reino y predicar el Evangelio. Etelberto se presentó personalmente rodeado de sus guerreros y vio cómo desfilaron delante de él los misioneros llevando u n a gran cruz y dirigidos por su abad Agustín, que sobresalía por encima de todos. Luego escuchó atentamente la relación que éste le hizo sobre sus planes acerca de la evangelización de la Gran Bretaña y, sobre todo, la exposición sumaria de la obra redentora de Cristo, y, lleno de sincero agradecimiento y de verdadera simpatía hacia la nueva doctrina, les concedió amplia libertad para predicarla en todos sus dominios. Agustín y sus misioneros pusieron al punto manos a la obra. Dejando la isla de Thanet, se dirigieron a Dorovernum (Canterbury), que era la capital del reino de Kent, y allí junto a la capilla de San Martín, utilizada por el capellán de la reina Berta, Liudhardo, establecieron su primera residencia y comenzaron a difundir la palabra de Dios. La primera conversión notable fue la del mismo rey, ya preparada por la suave influencia de la reina y el trabajo lento y reposado de su capellán. El y las masas del pueblo, entre el cual se mezclaban los grandes del reino, escuchaban con suma atención las enseñanzas del Evangelio M. El ejemplo del rey y de la nobleza era un sermón viviente que a todos movía e impulsaba a escuchar e instruirse. Con esto se pudo llegar al gran acto realizado en las Navidades de 59765. Efectivamente, esta fecha marca el punto de partida de la conversión en masa del reino de Kent y de todo el pueblo 63 64

Véanse Registro 6,52,50,47,57, y BEDA, Hist. Eccl. 1,24. La fecha comúnmente conocida de la conversión del rey de Kent es el 1.° de 65junio de 597, vigilia do Pentecostés. Beda no la señala. P a r a estar más autorizado, el 16 de noviembre del mismo año 597 recibió Agustin en Arles ia consagración episcopal, y en las. Navidades bautizó a más de mil ingleses. Así lo atestiguan BEDA, l . c , 1,27, y, sobre todo, la carta de San Gregorio a Eulogio, patriarca de Alejandría (Registro 8,29).

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 652 anglosajón. Etelberto, con su prudencia acostumbrada, quiso dejar en plena libertad a sus subditos, y así gran número de nobles, guerreros y masas del pueblo continuaron recibiendo la instrucción necesaria, hasta que en las Navidades del mismo año se celebró el bautismo de u n a inmensa multitud, que algunos elevan a diez mil, entre los que se hallaba la mayor parte de la nobleza. Era un acto que recordaba el que u n siglo y un año antes había realizado Clodoveo en las Galias, y el que más próximamente, ocho años hacía, en 589, acababa de celebrar en España el rey visigodo Recaredo. Era el principio de la cristianización del pueblo anglosajón, no menos ilustre en los anales de la Iglesia católica medieval. Así se explica la alegría que experimentó San Gregorio Magno al tener noticia del acto realizado, por la relación que le hicieron el presbítero Lorenzo y el monje Pedro, enviados expresamente a Roma por San Agustín. Su ensueño era ya una realidad. Sin poder contener su entusiasmo, escribió inmediatamente dando cuenta de tan halagüeñas noticias a su íntimo amigo Eulogio, patriarca de Egipto, que lo había estimulado siempre a llevar adelante esta empresa; a Brunequilda, la regente de Austrasia y Neustria; a la reina Berta, que tanta parte había tenido en aquella obra, y, sobre todo, a San Agustín, héroe principal de la conversión anglosajona 66.

3. Continúa la evangelización de la Gran Bretaña.—Por su parte, Agustín procuró desde este momento asegurar definitivamente y promover con mayor intensidad la conversión de Inglaterra. Para ello precisamente, ya antes de Navidades, se había dirigido a Francia y recibido allí del obispo de Arles la consagración episcopal. Por otra parte, el presbítero Lorenzo y el monje Pedro, enviados a Roma, volvieron bien pronto cargados de reliquias y preciosos instrumentos del culto, que tanto fascinaban a los pueblos paganos convertidos, y, sobre todo, volvían acompañados de nuevos misioneros 67 . También el rey Etelberto contribuyó de u n a manera decidida y eficaz a la prosecución de la obra comenzada. Siguiendo las huellas de Constantino, cuyo ejemplo indudablemente le pusieron los misioneros ante sus ojos, colmó a la Iglesia de favores sumamente apreciables. Hizo donación de su propio palacio, que al poco tiempo quedó transformado en monasterio-residencia del obispo. En lugar de un templo pagano adosado a él, hízose ahora levantar un templo 66 Véase Registro 11,36. Es muy interesante esta carta del Papa a San Agustín, por los consejos prácticos que le da. 67 Véase BEDA, O . C , 1,29.

C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

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cristiano dedicado a San Pancracio, y no mucho después erigió el rey a sus expensas el gran monasterio que más tarde tomó el título de San Agustín de Canterbury y vino a ser tumba de los reyes y de los primados de Inglaterra. A esto se añadió luego la catedral, que, a imitación de la de Letrán, estaba consagrada al Salvador. La obra de evangelización hizo de esta m a n e r a rápidos progresos. El año 601 envió San Agustín de nuevo a Roma como legados al presbítero Lorenzo y al monje Pedro, quienes informaron detenidamente al Papa sobre el estado de la gran misión e insistieron de nuevo en la necesidad de misioneros. A estas peticiones se añadían otras más apremiantes. La rapidez del crecimiento de aquellas cristiandades creaba problemas de difícil solución. Por esto rogaban al Papa diera instrucciones amplias y convenientes para la solución de aquellos conflictos. San Gregorio Magno recibió esta segunda vez a los legados ingleses con grandes muestras de benevolencia, y, dando u n a prueba clarísima de su talento organizador, los proveyó de una serie de instrucciones amplias y detalladas sobre la liturgia, los matrimonios y relaciones con el episcopado franco 68 . Más aún, dando ejemplo de comprensión y de lo que hoy día se llama acomodación, dio, en lo referente a los lugares de culto y a las costumbre indígenas, disposiciones acertadísimas. Respecto de los templos, «no conviene, decía, derribarlos, sino solamente los ídolos en ellos existentes. Después de haberlos rociado con agua bendita, que se coloquen altares y reliquias cristianas; pues si estos templos están bien construidos, se los puede hacer pasar del culto de los demonios al del verdadero Dios. De esta manera, el pueblo, viendo que no se destruyen los santuarios, se convertirá más fácilmente» m (Reg. 11,76). De u n a manera parecida decidía San Gregorio en lo tocante a las costumbres nacionales: «Como hay costumbre de hacer sacrificios de bueyes a los demonios, es conveniente cambiarla en una fiesta cristiana. Así, las fiestas de la Dedicación y de los Mártires podrían celebrarlas por medio de banquetes fraternales, y en vez de inmolar animales a los dioses, podríanse matar para comerlos en acción de gracias a Dios. Así, dejándoles alguna satisfacción sensible, se los dispondrá mejor a las alegrías del alma; porque es imposible querer cortarlo todo de un golpe al alma salvaje». No H!! Esta amplia respuesta del Papa forma u n verdadero libelíus o tratado y ocupa en el Registro el n . l l 56s. Su autenticidad ha sido discutida; pero a hoy día es comúnmente admitida. Véase DUCHESNE, Origines du cuite chrét. 4. ed. (1908) p.100. Téngase presente que en la primera edición Duchesne h a b í a defendido lo contrario. Véase igualmente CABROL, artíc. Brétagne, Grande Liturgie en DictArchT.it. 69 Véase Registro 11,76.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 654 creemos se hayan dado normas más prudentes sobre esta materia. Junto con estas instrucciones, los legados Lorenzo y Pedro recibieron importantísimas concesiones. Ante todo, el Papa enviaba a San Agustín una carta privadísima, llena de las más consoladoras palabras. En ella le concedía el palio arzobispal y lo constituía primado de toda la Gran Bretaña 7 0 . Además, volvían a Inglaterra acompañados de varios misioneros, destinados a ser valiosos auxiliares y columnas de la nueva iglesia anglosajona. Eran Justo y Melitón, futuros arzobispos de Canterbury, y Paulino, apóstol de Northumbria. Con todo esto y gran cantidad de reliquias y cartas para Brunequilda y los príncipes y obispos francos, volvieron los legados a Inglaterra, donde se iniciaba sobre estas bases una nueva organización de la iglesia anglosajona.

4. Establecimiento de la jerarquía 71 .—Ante la perspectiva de la conversión rápida, no solamente del reino de Kent, sino de toda la Heptarquía, que San Gregorio veía ya como hecho inmediato, presentó ya el Papa un plan completo de la jerarquía anglosajona. En realidad, el plan era prematuro; sin embargo, prueba el optimismo con que se miraba el desarrollo de la conversión de toda la Heptarquía. Toda la región anglosajona la dividía en dos provincias eclesiásticas, con las dos sedes metropolitanas de Londres y York, cada una de las cuales debía comprender doce obispados. En vez de Londres, se vio bien pronto que era preferible Canterbury como metrópoli de la región meridional. El metropolitano de Canterbury debía ser al mismo tiempo primado de Inglaterra. Este cargo debía desempeñarlo, mientras viviera, el mismo San Agustín. Por este tiempo se dio comienzo a la evangelización del reino de Essex, cuya capital era Londres, al frente del cual se hallaba el rey Sabereth, sobrino de Etelberto. Para esta empresa fue destinado Melitón, el cual obtuvo rápidos progresos, coronados con la conversión del mismo rey. El año 604 fue éste bautizado e inmediatamente erigida la sede episcopal de Londres y su primer obispo, Melitón. Mientras los compañeros de Agustín empleaban toda su actividad en la consolidación y mantenimiento de las cristiandades de Kent y en la conversión de Essex, San Agustín realizaba una intensa labor que pudiéramos denominar diplomática. Mas, por desgracia, éste era el punto flaco de su carácter. Esto se manifestó de una manera ostensible al 70 Registro 11,35,37. 71 Ibíd. Véase también BEDA, 1,32; BOULAV, F. R. H. DU, artíc. Canterbury: LexThK 2 920-922 (1959); ID., artíc. Canterbury: DictHistGéogr 11 785-812; SMITH. R. A. L., C. Cathedral Priory (Canterbury 1943); DUNNING, P. J., artíc. Bangor: LexThK 1 1222; ID., artíc. en DictHistGéogr 6 496ss; LXOYD, J. E., Christianity in Celtio Lands (L. 1932).

655 querer por este tiempo entablar e intensificar las buenas relaciones con las iglesias bretonas del país de Gales y Cornuailles. Ocupado desde u n principio en la ingente labor de evangelización del territorio anglosajón, no parece haberse preocupado de estas iglesias, tan absolutamente cerradas a todo influjo exterior. Pero, al organizar definitivamente la jerarquía católica en la Gran Bretaña, pensó él también en la necesidad de unificar toda la isla. Además, allí existían ya muchos núcleos importantísimos de católicos y monasterios, como el inglés de Bangor, que rebosaban de hombres llenos de celo apostólico. Precisamente entonces hacían falta gran número de misioneros. Así, pues, creyó que era necesario llegar a una inteligencia con aquellos viejos católicos. Bien pronto se convenció de que la división era mucho más profunda de lo que él se figuraba. El año 601 celebróse una reunión entre San Agustín de Canterbury y los obispos y literatos bretones, representantes de su pueblo. Dos eran los puntos fundamentales que se debían resolver 72 . El primero, que los bretones abandonaran u n a serie de ritos especiales que divergían del uso romano y, sobre todo, que aceptaran el cómputo romano de la Pascua y administraran el bautismo según el rito romano. El segundo asunto era que se unieran con Agustín para la evangelización de los anglosajones. Pero los bretones estaban muy lejos de acceder a estas propuestas. Su aceptación llevaba implícito el reconocimiento de la autoridad de San Agustín, que ellos no admitían. Su odio contra los anglosajones parecían extenderlo a los misioneros que vivían con ellos. Encerrados en sus territorios desde la invasión anglosajona, seguían, juntamente con los irlandeses, el ciclo pascual antiguo, llamado de los ochenta y cuatro años, eliminado en el Occidente por el sistema introducido por Dionisio el Exiguo en 525 y patrocinado por el Papa. Además, tenían una serie de particularidades en la liturgia, es decir, en la consagración episcopal, administración de los sacramentos del bautismo y matrimonio, celibato, etc. Estos son los ritos denominados cuídeos (servidores de Dios), que no suponen ningún error dogmático. Convencidos, pues, como estaban, de que estos ritos representaban los usos de la Iglesia primitiva, se negaron en absoluto a abandonarlos. Esta fue, en realidad, u n a de las mayores dificultades que se opusieron durante más de u n siglo a la unión de las iglesias en toda la Gran Bretaña. Además, tampoco quisieron en modo alguno unirse a San Agustín y a los misioneros romanos, a quienes se identificaba con C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

72 La tradición señala como lugar de esta reunión el llamado «Encina de San Agustín», cerca de Bristol.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 656 los anglosajones, sus mayores enemigos 73. Por esto San Agustín, según refiere Beda el Venerable, en tono rudo y poco diplomático sin duda, pero proféticamente, les anunció que, ya que no querían ayudarle a llevar a los anglosajones la vida, ellos, por justos juicios de Dios, les traerían a ellos la muerte. Y así sucedió en realidad, pues nueve años más tarde, Edilfried, rey de Northumbria, invadió el país de Gales y pasó por las armas a unos mil doscientos monjes de Bangor, que eran los que más fomentaban el antagonismo antisajón, e hizo arrasar el mismo monasterio. Según parece, San Agustín no salió de Kent en sus trabajos apostólicos; por lo cual hay que rechazar algunas noticias medievales, que nos lo presentan recorriendo todos los reinos de la Heptarquía. No había sonado todavía la hora de la conversión de los demás territorios, fuera de los dos indicados, y aun éstos tuvieron que pasar por una terrible prueba, que estuvo a punto de destruir el cristianismo recientemente introducido. Al morir San Agustín el 26 de mayo de 60574, nombró como sucesor suyo en la sede primada de Canterbury a su más fiel colaborador, Lorenzo. Fuera de él, sólo había dos obispos; el de Rochester, Justo, y el de Londres, Melitón. De los planes grandiosos de San Gregorio Magno se había realizado solamente u n a pequeña parte. Al morir él en 604, un año antes que San Agustín, dejaba abierto el campo y bien trazado el plan de conquista y la división de la jerarquía. Su realización completa se reservaba a los sucesores de San Gregorio.

5. Luchas y nuevos avances del cristianismo.—Durante los dos decenios que siguieron a la muerte de San Agustín, las dificultades se fueron acumulando, hasta el extremo que toda la obra llegó a correr verdadero peligro de desaparecer. Hasta la muerte, ocurrida en 616, del rey de Kent y gran protector del cristianismo, Etelberto, el nuevo primado Lorenzo y los misioneros romanos continuaron con ardor juvenil la obra comenzada. Un nuevo esfuerzo realizado para obtener la unión con los católicos bretones fracasó por completo 75 . A esto contribuyó la guerra entonces existente entre el rey de Northumbria, Edilfried, y los escoceses católicos, a quienes infligió una sensible derrota; pero, sobre todo, acabó de exasperar a los bretones la invasión realizada por el mismo Edilfried sobre el territorio de Gales. A este tiempo se debe la construcción de la iglesia de los 73 74 75

Véase BEDA, 2,2. BEDA, 2,3. Puede verse también allí el epitafio dedicado a San Agustín. BEDA (2,4) refiere que, habiendo ido a Kent u n tal Dagan, obispo de los bretones, no quiso ni siquiera sentarse a la mesa ni alojarse en la misma casa con ellos.

657 Apóstoles, ejecutada por el rey Etelberto en Canterbury. En ella fueron sepultados honoríficamente los restos de San Agustín, San Liudhardo y la reina Berta. Igualmente, en Londres, el rey católico Sabereth construía la catedral de San Pablo y poco después hacía levantar un monasterio y la que fue luego la célebre abadía de Westminster 7 é . Pero a la muerte de estos dos reyes católicos, el año 616, comenzaron a caer sobre las nacientes cristiandades anglosajonas graves calamidades. Sus dos hijos y sucesores eran paganos, y, por lo mismo, se manifestó bien pronto u n malestar creciente. Por u n a parte, muchos personajes influyentes, al faltarle al cristianismo el favor real, comenzaron a darle muestras de poca simpatía, volviendo ellos mismos a las veces al paganismo. Melitón, obispo de Londres, y Justo, obispo de Rochester, se vieron constreñidos a abandonar sus diócesis. El mismo Lorenzo estaba ya a punto de dejar la sede primada de Canterbury, cuando, según refiere la tradición, se le apareció el apóstol San Pedro y le reprochó su cobardía, con lo cual se decidió a permanecer firme en su puesto. Sea porque este hecho le abriera los ojos, sea por alguna otra razón desconocida, es lo cierto que el rey Ealbat, de Kent, sufrió entonces u n a transformación completa y se convirtió al cristianismo. El peligro había pasado. Como era natural, los obispos Melitón y Justo regresaron; el cristianismo empezó a hacer nuevos progresos. Al morir Lorenzo en 619, le siguió Melitón como arzobispo de Canterbury, y al morir éste en 624, le sucedió Justo. Era el único obispo católico en el territorio anglosajón 77 . Los años siguientes, 624-634, trajeron una nueva crisis y, finalmente, el triunfo y empuje decisivo del Evangelio en la Gran Bretaña sobre unas bases enteramente nuevas. Los instrumentos de la Providencia fueron esta vez el monje y obispo Paulino, la reina Ethelberga y los reyes de Northumbria Edwin y Oswald, a los que deben añadirse los monjes irlandeses de Hy o lona, llamados por este último. C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

6. Conversión de Northumbria 78 .—Efectivamente, cuando el año 624 Justo sucedía a Melitón en el primado de Canterbury, parecía iba a extinguirse la luz del Evangelio. Pero entonces precisamente preparábanse nuevos misioneros. Edilberga o Ethelberga, hija de Etelberto y cristiana fervorosa, se había casado con el rey de Northumbria Edwin. Este concedió a su esposa toda clase de facilidades en el ejer76 Esto sucedía el año 610, en el cual Melitón hizo u n viaje a Roma, donde el 77 p a p a Bonifacio IV le rindió toda clase de honores. Véase BEDA, 2,4. Véase BEDA, 2,5-7. 78 Véase p a r a todo esto BEDA, 2,9-12. Asimismo, AIGRAIN en FLICHE-MARTIN, V 292s.

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cicio de su religión, por lo cual, a petición suya, el obispo de Canterbury consagró obispo al monje Paulino y lo envió como misionero a Northumbria. Con el favor decidido de Edilberga y el consentimiento de Edwin, Paulino desplegó extraordinaria actividad en la ciudad de York, capital del reino. Esto marca el principio de u n a nueva etapa en el cristianismo de la Gran Bretaña. El mismo rey Edwin se sintió ganado para el cristianismo. Sin embargo, antes de dar el paso decisivo, quiso reunir u n a asamblea de los nobles del reino. En ella apareció claramente la inclinación general a conceder amplia libertad a los misioneros y a la nueva doctrina. La exposición viva y conmovedora que hizo Paulino delante de la asamblea tuvo efectos inmediatos. Hasta los mismos sacerdotes de los ídolos se declararon convencidos. El rey y gran número de nobles recibieron el bautismo. Se repetía en Northumbria el acto realizado en Kent por San Agustín. El nuevo instrumento de Dios era Paulino. La nueva sede de la región septentrional era York, conforme al plan de San Gregorio Magno. Desde allí debía esparcirse el cristianismo en todas direcciones. Pero antes de llegar a su expansión definitiva debía pasar por u n a crisis peligrosa. Paulino se entregó inmediatamente a la ardua tarea de evangelizar toda aquella región de Northumbria. Al tener noticia de lo ocurrido, el papa Honorio I (625-638) envió cartas afectuosas de felicitación y aliento al rey Edwin y al obispo Paulino 79 . Además, enviaba a éste el palio en señal de distinción y como insignia de su dignidad arzobispal. Mas estas cartas ya no llegaron a sus destinatarios. Entretanto, habían tenido lugar acontecimientos trágicos en la Gran Bretaña. Coligados los bretones católicos con el fanático Penda, rey de Mercia, uno de los Estados de la Heptarquía, cayeron de improviso sobre Northumbria, destronaron y mataron a su rey Edwin y sembraron la consternación en todas partes. De momento, la tierna planta del cristianismo quedó tronchada ante la furia de aquella tempestad. Los cristianos de Northumbria volvieron al paganismo, mientras Paulino se refugiaba en Kent en 634, donde rigió más tarde el obispado de Rochester. Pero la tempestad fue pasajera. El sucesor de Edwin, su sobrino Oswald, había abrazado el cristianismo en Irlanda durante su destierro, y poco después había entablado íntimas relaciones con el gran monasterio escocés de lona. Una vez se hubo asegurado en el trono, lo primero que hizo fue castigar duramente a los bretones. Luego proclamó de nuevo

659 el cristianismo en sus dominios, y para consolidarlo de un modo definitivo, llamó en su auxilio a los monjes de lona, los cuales no pudieron negarse a secundar los nobles deseos del monarca anglosajón. De este modo entraron los monjes celtas de lona, tan enemigos antes de los anglosajones, en la región de Northumbria, donde bien pronto comenzó a florecer el cristianismo. El gran héroe en esta nueva campaña de evangelización de la Gran Bretaña fue el monje irlandés San Aidán, el cual, nombrado obispo, residió en la isla de Lindisfarne. Con el apoyo del rey Oswald, el cristianismo hizo rapidísimos progresos. Así surgieron en todo el territorio e islas vecinas multitud de monasterios: en Lindisfarne, Ripon, Whitby, Peterborough, Jarrow, etc. C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

7. Evangelización de toda la Heptarquía80.—La marcha victoriosa del cristianismo ya no pudo contenerse. Mientras York y Northumbria se constituían en nuevo centro de irradiación católica, y, con la nueva fuente de misioneros procedentes de lona y el apoyo de Oswald, evangelizaban toda la Northumbria y, atravesando sus fronteras, pasaban a la Mercia y aun llegaban hasta Essex, también desde Roma y del país de los francos enviaban nuevos misioneros. Desde el año 634 comenzó a penetrar el cristianismo entre los sajones occidentales, en la región llamada Wessex. El papa Honorio, que, siguiendo las pisadas de San Gregorio, cifraba su mayor gloria en la evangelización de la Gran Bretaña, envió al obispo Birino, monje italiano, quien se instaló en Dorchester y trabajó con tanto celo, que murió al poco tiempo. Sucedióle el obispo franco Leutherio o Eleuterio, quien consiguió dar consistencia a la obra del Evangelio en esta región. A la región de Mercia le vino la luz del Evangelio, sobre todo, después que el año 655 su rey Penda fue aniquilado y muerto en batalla contra Oswy, rey de Northumbria. Desde este momento, la Mercia fue anexionada a Northumbria, y como ésta era ya cristiana, se extendió rápidamente la doctrina del Evangelio a los nuevos territorios. Su primer obispo fue Diurna, con su sede en Leicester. El matrimonio de un hijo de Penda con la hija de Oswy y el bautismo de aquél afianzaron el cristianismo en la Mercia. En Estanglia penetró el cristianismo más lentamente y como por etapas. Ya el mismo Lorenzo, sucesor de San Agustín, había predicado el Evangelio en este territorio hacia el año 619. Pero el rey Redwald, que había favorecido a los misioneros y aun parece que se había convertido, se volvió al paganismo y cerró luego la puerta a la fe cristiana. Hacia el año 636 volvió a abrirse nueva brecha en esta región. Esta 80

79

Véase BEDA, 2,13-14.

Ibíd. 3.24S.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 660 vez el impulso provenía de su propio rey Sigeberto, quien, desterrado en Francia, había recibido la luz del Evangelio, y, al volver a Inglaterra en 630, llevó consigo al obispo galo Félix. Con la ayuda de algunos monjes irlandeses consiguió éste introducir la fe cristiana en este territorio. Así, pues, hacia el año 655 estaba ya evangelizada casi toda la Heptarquía. El sueño de San Gregorio Magno y de San Agustín de Canterbury era casi una realidad. Quedaba únicamente la región de Sussex, a la que solamente habían llegado algunos rayos de la luz de la verdad. Veinte años más tarde, entre el 680 y 685, al terminar este período, sonó también la hora para el Sussex. Su apóstol providencial fue San Wilfrido, quien, providencialmente desterrado de Northumbria, empleó su celo apostólico en la evangelizar o n de este territorio, donde erigió un célebre monasterio 81 .

8. Unidad definitiva. Teodoro de Tarso (t 690).—A través de innumerables dificultades, después de ochenta años de trabajos apostólicos, quedaba concluida la cristianización de la Gran Bretaña anglosajona. Pero más importante, si cabe, que la misma conversión fue la realización de la unidad religiosa y jerárquica, especialmente difícil en las islas Británicas. La resistencia provenía de las diversas iglesias de origen celta, sobre todo los bretones del país de Gales; pero no menos también de los escoceses e irlandeses, que tenían como foco principal de irradiación y de intransigencia con los anglosajones, el célebre monasterio de lona. Pero Dios deparó algunos hombres providenciales hasta conseguir la más perfecta unidad jerárquica en todo el territorio. El papa Honorio I trabajó de nuevo con especial interés en la unificación, sobre todo en lo que se tomaba como santo y seña de la misma, que era la aceptación del cómputo pascual romano. Pero desde el monasterio de lona se opuso u n a resistencia irresistible y no se pudo verificar la unión 82. El primer hombre providencial fue San Wilfrido, quien parecía reunir en sí todas las cualidades para esta obra. De origen anglosajón, había recibido en Escocia toda su formación cristiana y como además había recorrido la Galia y visitado detenidamente Roma, conocía perfectamente el ambiente genuino de la Iglesia católica 83 . El rey Oswy, de Northumbria, hombre de profundas convicciones católicas, organizó en 664 u n a discusión, en la que, de una parte, se hallaba el obispo Colman, acérrimo partidario de las costumbres celtas, y por otra, el monje Wilfrido, futuro arzobis81 Ibíd. 4,13. 82 Véase en AIGRAIN, l . c . 301s. u n a vista de conjunto sobre los esfuerzos realizados en Escocia, y en particular desde lona, por llegar a la unión. 83 Sobre San Wilírido poseemos, ante todo, el relato de BEDA (5,los). Además, biografías por EDDI, admirador exagerado de su héroe; FRIDEGOD y EADMER. Las tres h a n sido publicadas por RAINE, Historians of the Church oí York I (1879) p.ls.

C.2. LA IGLESIA EN GRAN BRETAÑA

661

po de York. La discusión fue vivísima. Al fin tuvo que intervenir el rey, el cual se puso de parte de Wilfrido y de Roma. El argumento definitivo fue que el Papa era el sucesor de San Pedro y, por tanto, el representante de Cristo. Colman no quiso someterse; renunció a su sede y se retiró a lona, último refugio de la resistencia. Esta unificación se consolidó definitivamente, gracias a la actividad del célebre Teodoro de Tarso 84. Una horrible peste había causado estragos incalculables en el clero cristiano de la Heptarquía, En circunstancias tan apuradas, el papa Vitaliano (657-672) envió a Inglaterra como primado de Canterbury a uno de sus hombres de confianza, el monje Teodoro, residente en Roma, originario de Tarso. Conocido ya por su ciencia y virtud, fue consagrado obispo en Roma el año 668, y el año siguiente iniciaba en Canterbury sus trabajos de organización. Aunque de edad avanzada, el nuevo primado quiso recorrer personalmente toda la isla, y, ayudado del abad Adriano y otros hombres eminentes, dio en todas partes a la Iglesia u n a organización sólida y definitiva. En septiembre de 673 celebraba en Hereford, de Essex, u n concilio general que ponía las bases del nuevo sistema establecido, que luego en diferentes concilios se fue consolidando y completando. El punto básico era la unión íntima con Roma, con la cual se mantuvo desde entonces la Iglesia anglosajona en directa y continua comunicación. Las particularidades de los ritos y excepciones celtas, tanto de los bretones como de los irlandeses, fueron eliminándose rápidamente. El mismo monasterio de lona, que gozaba de u n influjo decisivo, pero que no se había rendido todavía al primado de Canterbury, fue deponiendo su actitud rebelde hasta la sumisión absoluta, que sucedió poco después. A esto añadió una actividad cultural y literaria, que dan a Teodoro de Tarso un nombre ilustre entre los hombres más cultos de su tiempo, y juntamente sirvió a la consolidación de esta misma unidad religiosa. Así lo prueban las muchas escuelas de teología, matemáticas, latín y demás lenguas clásicas que estableció en los diversos territorios, y en donde recibieron formación algunos hombres eminentes, que luego se distinguieron de u n modo especial. A ellos pertenecen el obispo de York Tobías y el abad Albino. Complemento indispensable y consecuencia natural de estos trabajos culturales de Teodoro de Tarso, fue la protección constante de la vida monástica. Por esto no puede sorprendernos que en todas partes surgieran monasterios, que 84 Teodoro de Tarso es la figura más eminente de la Iglesia de Inglaterra a fines del siglo vn. Al principio de su actuación, ordenando de nuevo a los bretones, siguió u n a costumbre griega. Véase SALTET, Les réordinations (P 1907) p.88s.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 662 tanto renombre debían d a r a la vida cristiana anglosajona en la Edad Media. Benito Biscop (f 690), uno de los m á s activos colaboradores de Teodoro de Tarso y uno de los hombres providenciales de la nueva organización de la iglesia anglosajona, fundó los dos grandes monasterios: el de Wearemouth, dedicado a San Pedro, y el de Jarrow, dedicado a San Pablo. Ya antes había regido como abad el célebre monasterio de San Pedro de Canterbury, en donde le sustituyó Adriano, compañero de Teodoro. Especial mención merecen también los monasterios de Malbesbury, que llegó a u n gran apogeo con el abad Aldhelin, que luego fue obispo (f 709); el de Evesham y, sobre todo, el de Glastonbury, llamado luego monasterio de los Santos85. Todos estos monasterios ejercieron m á s tarde u n influjo decisivo en la vida religiosa del país, albergaron con frecuencia en su seno reyes y reinas y gran número de nobles y fueron verdadero plantel de obispos y santos, que justificaron la opinión medieval de que Inglaterra e r a la isla de los monjes y de los santos, de donde partieron frecuentes caravanas de misioneros para extender la cultura cristiana en el centro de Europa, como las expediciones de San Wilibrordo y de San Bonifacio. La Gran Bretaña pagaba de esta manera con creces el bien espiritual que había recibido de las iglesias del continente por medio de San Agustín, Paulino, Teodoro de Tarso y tantos otros misioneros.

CAPITULO

III

La Iglesia en las Galias y en Alemania Al mismo tiempo, la Europa central seguía u n desarrollo sumamente agitado. Después de las grandes invasiones del siglo v, no encontraba una solución estable y definitiva; los dos Estados que formaron más tarde, a través de los siglos medievales, el sostén principal del cristianismo en el centro de Europa, Francia y Alemania, estaban m u y lejos de su estabilización definitiva cristiana. I.

LA FRANCIA PE LOS MEBOVINGIOS



A la muerte de Clodoveo el año 511, el Estado cristiano de los francos gozaba de relativa prosperidad. Desde el punto de vista religioso, se llega a un apogeo sólo comparable 85 80

véase

Véase BEDA. 4,18; 5,19; Historia Abhatum 1-12 ed. PLUMMER, I 364s( etc. Para las fuentes y bibliografía de la Iglesia merovingia de este período, página

498.

En

particular:

PROU,

SCHNÜRER,

DILL,

CLEROS,

BUHLER

y

c.3. LA IGLESIA EN LAS CALÍAS Y EN ALEMANIA

663

con el de la Iglesia visigoda del siglo siguiente. El esplendor de este apogeo sigue todavía iluminando todo el siglo vi, en el que aparecen figuras insignes como u n San Avito de Vienne, u n San Cesáreo de Arles y u n San Gregorio de Tours. Sin embargo, aparecen ya los gérmenes de división y decadencia religiosa, la cual se hace más evidente en el siglo vn, a partir de 638, durante el reinado de los reyes llamados holgazanes. Al finalizar este período el año 682, la Iglesia franca se hallaba en u n estado de gran postración, que hacía cada vez más necesaria la obra de regeneración de San Bonifacio, de la primera mitad del siglo vin. 1. Los sucesores de Clodoveo.—Siguiendo la costumbre antigua germánica, se cometió el error de dividir el territorio entre los cuatro hijos de Clodoveo. Entonces fue cuando se estableció la división entre Austrasia, que era la parte oriental, y Neustria, la occidental de las Galias. Al sur de las mismas se fijaron otros dos territorios: la Borgoña, en el oriente, y la Aquitania, hacia el occidente. Precisamente cuando más falta hacía u n a autoridad fuerte y única que, apoyándose en la Iglesia, fomentara la prosperidad creciente de la nación, se vio al territorio casi continuamente dividido, con la consiguiente debilitación que esto trajo consigo. Así, fuera de los cortos reinados de Clotario I (558-561), Clotario II (613-628) y el gran Dagoberto I (631-638), que gobernaron a todas las Galias nuevamente unificadas, Francia tuvo constantemente diversos reyes, que se hacían la guerra unos a otros. Pero los hijos de Clodoveo, Teodorico, Clotario, Childeberto y Clodomiro, a u n con el reino dividido, mantuvieron la idea de la unidad. Por esto es digno de señalarse que, en estrecha colaboración, emprendieron diversas campañas contra los enemigos que los rodeaban y lograron ensanchar notablemente el territorio franco. Así acabaron con la independencia borgoñona, completando de este modo la unidad de la patria 8 7 . Del mismo modo lograron conquistar la ProHAUCK. Entre las fuentes, véanse en particular; GREGORIO DE TOURS, Historia Francorum y u n a serie de documentos, ed. ARNDT y LEVISON en MonGermHist. Script. Rer. Merov. (1884-1920) En la sección Auct. Ant. de MonGermHist h a y también documentos importantes: Chronica Minora y Scriptores Rer. Langob. Además pueden verse: MARIGNAN, A., Etudes sur la civilisation franc.: I, La société mérov.; II, Le cuite des saints sous les mérov. (P. 1899); VAN DER ESSEN, Etude crit. et littér. sur les «Vitae» des saints mérov. de Vane. Belgique (Lovaina 1907); LECLERCQ, C , La législation relig. tranque de Clovis a Charlemagne (Lovaina 1936). Véase en particular el b u e n resumen de AIGRAIN, R., en RUCHE-MARTÍN, L'Eglise tranque sous les mérovingiens V 329s; ERVIS, E., Die frankischen Teilungen und Teilreiche 511-613 en Abhandl. d. Akad. d. Wiss. u n d d. Lit. Geistes u n d sozialw. Kl. fase.9 (Maguncia 1952); EWIH. E., artíc. Merowinger: a LexThK 7 311-312 (1962); RASSOW, P., Deutsche Geschichte im Überblich 2. ed. (Stuttgart 1962) 48-67. 87 Véanse: CHAUME, Origines du duché de Bourgogne I; MARTIN, P.-E., Etudes crit. sur la Suisse a l'époque mérov. p.73s.

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750) 664 venza de los ostrogodos 88 . Pero donde obtuvieron victorias más señaladas Teodorico y Clotario, fue en la parte oriental, donde consiguieron dominar a los turingios y anexionar esta región a los dominios heredados de su padre 89. En manifiesto contraste con los hijos de Clodoveo, sus sucesores, a partir de la muerte de Clotario I en 561, entran en un pertíodo de guerras fratricidas, que deshacen política y religiosamente a la nación. Son tristemente conocidas en la historia las trágicas rivalidades entre Sigiberto I y Brunequilda, reyes de Austrasia, y Chilperico I y Fredegunda, reyes de Neustria, que han dado lugar a la epopeya de los Nibelungos. Estas rivalidades, comparables con las que más tarde ensangrentaron el suelo de Europa entre los güelfos y gibelinos, se prolongaron luego durante varias generaciones y tuvieron efectos desastrosos; porque no solamente quebrantaron la unidad nacional, sino que sembraron por todas partes el odio y la más espantosa miseria; pues ni unos ni otros se pararon ante el asesinato, incluso de los clérigos, de los religiosos y religiosas, y la destrucción de innumerables monasterios e iglesias.

2. De Brunequilda a Dagoberto I (575-638).—Brunequilda, hija del rey visigodo Atanagildo y mujer de exquisita educación y gran talento, como regente de Austrasia, gobernó con mano firme por su hijo Childeberto II (575-596) y sus dos nietos Teodoberto II (596-612) y Teodorico II (596-613). La lucha que emprendió con el fin de domar a la nobleza rebelde y de sujetarlo todo a su dominio absoluto, le creó innumerables enemigos, no sólo entre los grandes de la nación, sino entre los eclesiásticos y religiosos. Sin embargo, esto no debe hacernos olvidar el apoyo decidido que prestó a la obra cultural y evangelizadora de la Iglesia. Además, ella fue uno de los apoyos más eficaces de San Gregorio Magno en sus múltiples actividades en la evangelización de Inglaterra y en la dirección de las iglesias del centro de Europa, por lo cual su correspondencia con este gran Papa forma una parte importante del Registro de San Gregorio 90 . aa Véase MANTEYER, La Provence du I au XII siécle p.22s. " Véanse: GBEGOBIO DE TOUBS, Hist. Franc. 4,7-8; AIGRAIN, R., Sainte Radegunde (P. 1918); LOBENZ, Die thüring. Katastrophe vom 1. 531 (1891). A la muerte de Childeberto, en 558, quedó Clotario I, por tres años, único rey de todo el territorio de los francos, si bien dejó en la Historia el triste recuerdo de u n a vida inmoral y llena de violencias. De este modo aparece la antítesis de su esposa. Santa Radegunda, cautiva suya en 531, que llevó en la corte u n a vida de ángel y ejerció u n influjo extraordinario. Véanse: FOBTUNATO, Vita Radegundis; BANDONIVIE, Vita Radegundis. 90 La figura de Brunequilda ha sido constantemente falseada en la Historia, incluso por algunos hombres eminentes contemporáneos suyos. Entre ellos,' Desiderio de Vienne la llama «segunda Jezabel». Véanse: Vita Columbani I 29' ed. KBUSCH en MonGermHist, Script. Rer. Merov. 4 loes; Vita Desiderii anonyma 14; ibíd. III 643. El verdadero juicio que debe formarse sobre esta mujer extraordinaria puede verse en KUBTH, G., Etudes tranques I 335s. Véase también Registro 6,5; 8,4; 9,213; II 46,49; GUGGENBEBGEB, K., artíc. Brunhilde:

C.3.

LA IGLESIA EN LAS GALIAS Y EN ALEMANIA

665

Esto no obstante, el absolutismo de su gobierno hirió de tal manera a los grandes del reino, que, uniéndose éstos con su rival Fredegunda y, a la muerte de ésta, con su sucesor Clotario II, emprendieron u n a guerra civil, que entre sus innumerables víctimas tuvo también a la misma Brunequilda (613), a la que siguió el asesinato de toda su descendencia. Triste fin el de esta reina, símbolo del resultado de las guerras fratricidas. Clotario II pudo entonces reinar solo, desde 613 a 628, sobre la sangre de sus víctimas. Por esto mismo todo su reinado aparece manchado con este estigma vergonzoso, si bien de hecho la vida religiosa continuó en sus vastos territorios con un desarrollo normal y de relativa prosperidad 91. Esta prosperidad religiosa aumentó durante el reinado siguiente de Dagoberto I (628-638). Es cierto que este rey, uno de los más gloriosos del período merovingio, emprendió de nuevo la lucha contra la nobleza, entre la que se contaban muchos obispos y abades de monasterios; pero también es verdad que fue un gran protector de la Iglesia y de la vida monástica 92 . Así, a él se debe la fundación de los monasterios de Salinac, Jouarre y otros; él hizo esculpir y decorar con preciosos mármoles la capilla de San Dionisio, convirtiéndola en sepultura de los reyes. De todos modos, los reyes merovingios, bajo esta capa de magnificencia y fervor religioso, ocultaban su verdadero natural violento y licencioso. 3. Final del período merovingio (638-682).—Después del reinado de Dagoberto, que elevó el reino merovingio a su máximo esplendor, comenzó rápidamente la decadencia. Esta aparece, en primer lugar, en la división que se efectúa inmediatamente entre los dos hijos de Dagoberto. Poco después son ya cuatro partes separadas, Austrasia, Neustria, Borgoña y Aquitania, que se mantienen durante u n siglo. Pero lo que manifiesta de u n a manera más evidente el estado de postración del reino, es la conducta de sus reyes. Desde el año 639 comienza aquella serie de reyes merovingios que han pasado a la Historia con el denigrante apelativo de holgazanes. Eran príncipes que entregaban todo el peso de los negocios a sus ministros, denominados mayordoLexThK 2 727; KUBTH, G., La reine Br.: Etudes franques 1 (Bruselas-P. 1919); BBION, M., Frédegonde, et Br. (P. 1935). 91 El mejor exponente de la prosperidad relativa de la vida religiosa fueron los concilios merovingios. Uno de los más célebres es el celebrado en octubre de 614. Véanse: MAASEN, Concilla aevi merovingici 185-192; HEFELE-LECLERCQ, III l,250s. 92 Una de las glorias del rey Dagoberto es el haberse rodeado de hombres eminentes; a ellos pertenecían, entre otros, el célebre Cuniberto, obispo de Colonia, y el referendario Dado, que luego fue obispo de Ruán y es conocido con el nombre de Saint. Ouen. Véanse: Vita Andoini ed. KBUSCH en MonGermHist, Script. Rer. Merov. 5 536s; VACANDARD, E., Vie de saint Ouen (P. 1902),

666

P.F. EL CRISTIANISMO RENOVADO (590-750)

mos de palacio, dedicándose ellos mismos a las diversiones, al vicio o bien al arte y aun a la piedad. Algunos de ellos, como Sigisberto II y Dagoberto II, se retiraron a la vida religiosa. Aparte otros inconvenientes, este estado de cosas trajo consigo una nueva serie de guerras civiles. Pues como cada una de las cuatro regiones tenía su mayordomo de palacio y cada uno de éstos deseaba mantener su prestigio y fomentaba las ambiciones personales, acometían empresas fratricidas de unas regiones con otras, en las cuales unas veces predominaba u n a región, otras otra. La consecuencia fue un aumento creciente de la anarquía y el desorden, que caracteriza el estado del reino merovingio a fines de este período. Esta misma situación de inseguridad aparece en el estado de la Iglesia.

II.

LA IGLESIA MEROVINGIA

1. Mirada de conjunto 93 .—Echando ahora una mirada de conjunto al estado de la Iglesia de Francia, el cristianismo había penetrado en todo el territorio, mas su penetración era todavía muy superficial. Por esto vemos que las costumbres de los diversos pueblos que poblaban las Galias, particularmente los francos, no estaban conformes con el espíritu cristiano. Los reyes, aunque cristianos de nombre y protectores del cristianismo, vivían frecuentemente una vida de libertinaje, que en nada difería de la de los paganos, y, por otra parte, se dejaban llevar de sus pasiones, sobre todo del odio y ambición, de tal manera, que no se detenían ante el asesinato y los crímenes más horribles. Así se explica fueran entre ellos tan ordinarias las guerras fratricidas y los asesinatos de príncipes y de reyes. Sobre este fondo de corrupción de costumbres, desbordamiento de pasiones, barbarie y crímenes de todas clases, la Iglesia fue trabajando incesantemente, y no puede desconocerse un progreso lento, pero real, en el mejoramiento de las costumbres durante el período merovingio. Este mejoramiento aparece de un modo particular en el período de apogeo de Dagoberto I, en el primer tercio del siglo vn, coincidiendo con la introducción y robustecimiento de la familia religiosa de San Benito y el aumento del prestigio religioso en todas las regiones. Mas fue de corta duración, pues en la segunda mitad del mismo siglo, junto con la anarquía general de todo el territorio, aparecen de nuevo en aumento el crimen y la inmoralidad. 33 Además de otras obras sobre ]a época y la Iglesia merovingia. véase la excelente síntesis, ya citada, de AIGBMN, R., en FUCHE-MARTIN, V 3