Os Vikings - História de uma fascinante civilização 8528902285

Versão melhorada. Funciona em qualquer programa. Contem texto em OCR.

323 5 147MB

Portuguese Pages 296 [149] Year 2004

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD PDF FILE

Recommend Papers

Os Vikings - História de uma fascinante civilização
 8528902285

  • 0 0 0
  • Like this paper and download? You can publish your own PDF file online for free in a few minutes! Sign Up
File loading please wait...
Citation preview

o

Gio

O Es

;

E

JOHANNES BRONDSTED

OS VIKINGS

E

HISTÓRIA DE UMA FASCINANTE CIVILIZAÇÃO

Ti

Tradução:

E

e

e

RO

Mercedes Frigolla e Claudete Agua de Melo Revisão:

Suely Bastos

ÍNDICE

Capa:

Sérgio Ng

1. Antes dos Vikings

IH. HI, IV; V. à VI? VIE: VIII. IX.

Titulo original: THE VIKINGS

O Copyright by The Estate of Johannes Brondsted O Copyright 2004 by Hemus

x.

so

cao

a

PI

Os ataques Vikings, 5.0 Em a O século LX [ocre reco o fam rol ct no Ron re SR O século X :.=. =. or roer Ro RR RUN RR E O século XLS. er RR SO Armas e ferramentas mt Vestuário e jóias 17 emp o Transportes JS Ret oe det Det ERR Cidades, fortificações e campos ......... COM os

X. Moedas, pesose medidas... .....ccccccccccc.

XIV. Crenças religiosas e costumes referentes ao sepultamento

dos mortos, «Fo Te XV. A poesiaeo espírito Viking... ................. Epílogo: | O lugar dos Vikings na história européia... .........

TE = = E Tr a

Impresso no Brasil / Print ed in Brazil

ata

Visite nosso site: Www.hemu s.com.br

ore

Seleção bibliográfica ,........ccccccccrccr. LIVRARIA, DISTRIBUIDORA E EDITORA

25 39 59 75 97 105 115 125 167

XL, Inscrições rúnicas H52 fe ass e Da 185 XII. Arte «isa een sra nro o o Pe RR DI 199 XIII. O modo de vida Viking... ................ RE RE209

Todos os direitos adquiridos e reservada a propriedade literária desta publicaç ão pela

HEMUS

9

247 281 287

289

CAPITULO |



ANTES DOS VIKINGS

;

L

A - PR à CEP 80011-976 | adm

a

/:

Há milhares de anos atrás, nas igrejas e conventos do norte da

França ouvia-se uma prece, que dizia: “Ô Deus, livre-nos da fúria

dos homens do norte!”. Esta prece era amplamente justificada. Os

chamados

“homens

do norte” eram

os Vikings, constituídos por

dinamarqueses, noruegueses e suecos, cujas espoliações estendiam-se

desde privados atos de pirataria e ataques litorâneos a formidáveis invasões em busca de terras para serem colonizadas. A atividade Viking teve início antes de 800 d.C. e estendeu-se por mais de dois séculos. Durante esse período, os Vikings deixaram suas marcas não

só na Europa Ocidental, como também através do Mediterrâneo,

desde Gibraltar até a Ásia Menor, na atual Rússia Ocidental, onde os

empreendimentos comerciais escandinavos uniram Bizâncio e Arábia à Suécia. Como pôde tudo isso acontecer? Por que a Europa permitiu que dinamarqueses e noruegueses dominassem grande parte da Inglaterra, Irlanda e França, e que os suecos formassem uma classe domi-

nante na Rússia Ocidental? Por que a Escandinávia era tão forte e

o resto da Europa tão fraca? Que forças internas levaram aos ataques Vikings? Para responder à primeira pergunta, é preciso examinar os séculos imediatamente precedentes à era Viking e tentar avaliar o desenvolvimento político, social e comercial do tempo. O mais importante exame deste período é feito pelo proeminente historiador belga Henri Pirenne. Uma de suas teorias é que a verdadeira linha divisória

entre a Europa clássica e a medieval está não no período de migra-

ção, por volta de 500 d.C., mas durante o reinado de Carlos Magno, por volta de 800 d.C. O rompimento com o passado, segundo ele, se aprofundou mais em 800 do que em 500 d.C. Vamos examinar mais de perto o argumento de Pirenne. As terras do último Império Romano, ou România, como era chamado no século IV, formavam uma unidade que cercava o Medi-

-————

9

o

terrâneo, o grande lago romano. O Mediterrâneo não dividia países,

mesma forma que encontramos pessoas louras na África do Norte,

mas os unia, e formava a rota ao “longo da qual navegavam a reli-

provavelmente descendentes de habitantes pré-germânicos. Desta forma a România sobreviveuà ocupação de sua parte ocldental; suas tradições clássicas, embora em constante declínio, foram conservadas. Os ostrogodos, visigodos, borgonheses, vândalos e francos puderam governar seus novos países, o que eles fizeram exatamente como os romanos haviam feito antes deles. Prova disto

gião, a filosofia e o comércio”. Os cultos do Egito e do Oriente estenderam-se sobre ele, a adoração dos Miltros, do cristianismo, e, mais tarde, do monasticismo. Ao lóôngo do Mediterrâneo eram trans-

portados tesouros e artigos luxuosos vindo do Leste, como o marfim,

a seda, especiarias, papiros, vinhos e .óleo. Em troca, o Ocidente mandava suas exportações, principalmente escravos. A moeda corrente deste império era o chamado ouro solidus constantino. Este grande sistema comercial foi organizado e liderado principalmente | pelos empreendedores sírios e judeus. Qual foi o efeito sentido pela România quando das migrações que

é que, nesses novos Estados, o rei era onipotente, assim como os imperadores romanos o tinham sido anteriormente. Os povos germã-

nicos, ao conquistarem esses países, não destruíram a cultura clássica; muito pelo contrário. Tendo, durante séculos, sido vizinhos do

Império Romano, haviam aprendido a respeitar o que viam, não sen-

do uma surpresa, então, o fato de imitarem as instituições sociais e

aconteceram nos séculos IV e V? Os domínios ocidentais, incluindo-

políticas romanas, mesmo que somente as formas externas. Enquanto isso, porém, a vida intelectual e a educação declinavam. A Igreja era a única força intelectual a fazer valer seus direitos, mas, como nos tempos romanos, era servil à autoridade secular; e os funcioná-

se também a Itália, foram conquistados por tribos germânicas inva-

soras, perdendo-se o controle político sobre elas, o que, de fato, foi

- uma catástrofe, mas não significou, como pensaram certa vez, o fim da cultura clássica na parte ocidental da România. Primeiramente, os invasores germânicos formavam apenas uma pequena minoria nas terras conquistadas. Não existem números exatos, mas alguns historiadores fizeram as seguintes estimativas: havia 100.000 ostrogodos na Itália; na Espanha e na França havia um número equivalente de visigodos, além de mais de 25.000 borgonheses no sudeste da França. Diz-se que o exército vândalo, que

atravessou o Estreito de Gibraltar em direção à África do Norte, tinha 80.000 homens, ou provavelmente não mais que um por cento dos habitantes da próspera província norte-africana do Império

Romano, pela qual foi absorvido. É sumamente improvável que estes exércitos germânicos recebessem reforços de suas terras nativas; pelo contrário, seus efetivos foram certamente reduzidos em conse-

quência do clima estranho. Está bem claro que a germanização dos territórios conquistados aconteceu somente em uma limitada extensão. Foi presumivelmente

completa naquelas regiões onde os idiomas germânicos foram mais

tarde encontrados, ou, em outras-palavras, somente numa pequena

faixa ao norte do Império Romano. Além disso, a única manifestação lingiúística de influência germânica é constituída por um certo número de palavras, aproximadamente 300, encontradas no idioma francês. Nenhuma língua românica mostra significativa influência na

fonética ou sintaxe. O que evidentemente ocorreu na Itália e na Europa Ocidental pouco após as migrações foi que os conquistadores germânicos foram virtualmente absorvidos pela população local,

Tipos germânicos são encontrados entre os habitantes da Itália, da

10

rios civis eram recrutados na laicidade, e não no clero. Os novos ter-

ritórios germânicos, assim como o último Império Romano, eram dirigidos por governos absolutistas; os cargos administrativos eram ocupados por leigos, enquanto a base financeira era constituída por taxas e impostos mais arrecadados, principalmente, em moedas de ouro. Esses Estados não eram de fato Estados nacionais, pois

seguiam o padrão das primeiras províncias e cidades-satélites roma-

'

nas. Na verdade, aquele padrão foi renovado quando, no século XI, as tropas do imperador bizantino Justiniano reconquistaram gran-

des áreas do antigo Império Romano Ocidental e, sob ele, o Mediterrâneo mais uma vez tornou-se um “lago romano”. Houve então

uma reação germânica por parte dos lombardos, que atravessaram os

Alpes e se fixaram no norte da Itália, não interrompendo, porém, as

linhas gerais de desenvolvimento, por terem sido também romanizados no decorrer do tempo. A vida continuou como antes, quando os

sírios e judeus eram os principais importadores de artigos de luxo vindos do Oriente. Os países do Mediterrâneo mantinham estreito contato entre si de forma que, por exemplo, camelos africanos eram importados como animais de carga para a Espanha e a França. A pequena cidade francesa de Narbonne constitui um exemplo típico, pois, nos últimos seis séculos godos, romanos, judeus, sírios e gregos viveram lá lado a lado. Os soberanos germânicos da Europa Oci-

dental governavam seus países com homens de tradição, educação

e hábitos romanos. O latim e as letras continuaram, embora estives-

sem em declínio. Em resumo, a Europa Ocidental havia mudado sob

11

os novos dirigentes, mas as mudanças foram insignificantes. Assim, no século XII, veio a grande catástrofe que levaria ao acontecimento mais importante da história européia: foi a ascensão do

poder árabe e o rápido e violento ataque ao Ocidente. Maomé morreu em 632, e, dois anos mais tarde, veio a devastação. Nesta época

o Império

Bizantino,

cujas

províncias

derrotado

o exército

persa

em

rodeavam

o Mediterrâneo

no ano

de 627, embora

Oriental, estava no auge de sua força. O Imperador Heráclio havia Nínive,

sofrendo grandes perdas, o que ocasionou seu enfraquecimento militar. Nenhum perigo imediato era aparente para o Império Romano

Oriental, muito menos vindo da parte dos árabes beduínos. O ataque

foi bem-sucedido por ser inesperado. No ano de 634, os árabes atravessaram a Jordânia, conquistando Damasco em 635, toda a Síria em 636, Jerusalém em 637 e o Egito em 641. Nada parecia parar esse exército fanático, cujos métodos militares eram novos e cujo desprezo pela morte era desmedido. De um só golpe retirou de Bizâncio suas mais valiosas províncias, Posteriormente, os árabes aventuraram-se

a uma

guerra marítima

e somente foram repelidos através da arma secreta bizantina denominada “Fogo Grego”, um tipo primitivo de lança-chamas. Nos sessenta aos setenta anos seguintes eliminaram a resistência

ao longo da costa norte-africana, e no ano de 711 atravessaram o Estreito de Gibraltar. No ano seguinte, toda a Península Ibérica estava sob o seu domínio. Penetraram mais ao norte da França e só foram decisivamente interrompidos vinte anos mais tarde, por Carlos

- Martel em Poitiers, e repelidos em direção aos Pirineus. Neste meio

tempo, tinham estendido o seu domínio, incluindo a Sicília e o sul

da Itália. As costas do norte da Itália e sul da França foram atacadas não havendo ali nenhuma frota para empreender uma resistência aos

atacantes. O Mediterrâneo Ocidental se tornou um oceano árabe, Há uma diferença marcante entre essas conquistas árabes e as invasões germânicas de dois ou três séculos anteriores. Os árabes não foram absorvidos pelos povos conquistados, principalmente porque sua guerra era de caráter religioso. Seu monoteísmo muçulmano era totalmente irreconciliável com todas as outras religiões, e mais espe.

cialmente com o cristianismo. As tribos germânicas, por outro lado

eram ou cristãs ou politeístas, tolerando .outras religiões. Mais que isso, os povos germânicos eram culturalmente inferiores âqueles que

tinham conquistado, estando, portanto, aptos para adotar sua civilização. Com os árabes, acontecia exatamente o contrário, pois tra-

ziam consigo sua própria fé e cultura; não exigiam a conversão dos povos conquistados, sentindo por eles nada mais que desprezo,

12

exigindo apenas sua rendição incondicional. Para onde quer que fos-

sem, Os gregos e latinos eram substituídos pelos árabes. Se Os povos subjugados

quisessem

sobreviver, tinham

que aceitar, progressiva-

mente, a religião e o idioma de seus conquistadores.

Quais foram as consequências para aquela parte da Europa que

lutou e evitou, a invasão árabe? O Império Franco, potência que levou a ameaça árabe a uma trégua, estava no limiar de sua era dourada. Mas por que teria o centro de gravidade da Europa Ocidental mudado, naquela época, dos países do Mediterrâneo, com sua rica € próspera vida comercial, para os pobres e agrários territórios francos do norte? A primeira e mais importante causa foi a destruição do comércio sulino. A invasão árabe tinha divido o Mediterrâneo em dois. Na metade oriental, onde o Império Bizantino sobreviveu sob a proteção de uma forte e eficiente esquadra, o comércio ainda con-

tinuava, enquanto que no lado ocidental os árabes o tinham elimi-

nado. A França, o mais importante país da Europa Ocidental, passou por uma revolução. Todos os artigos que até então haviam sido

importados pelos sírios e outros comerciantes do Oriente desapare-

ceram, tais como o papiro, o óleo, a seda, especiarias e ouro, Mais

importante ainda, muitos comerciantes naturais do sul da França estavam enfraquecidos ou arruinados, e em seus lugares surgiram comerciantes oriêntais que atuavam como intermediários entre O mundo cristão e o árabe. Uma conseqgiiência imediata da perda do comércio foi o rápido declínio na renda real, deixando o rei cada vez mais nas mãos da nobreza fundiária. Esta foi a razão principal

para o eclipse social e político dos merovíngios no século VII. O sul da França foi certamente mais afetado por essas mudanças que as províncias francas do norte, pois suas cidades decaíram, enquanto o norte, cuja sociedade era essencialmente baseada em propriedades de terras, manteve-se. Foi, então, do norte do território franco que

os ancestrais da última dinastia carolíngia, de Pepino e Carlos Magno, vieram. Eles eram uma família fundiária belga da área ao redor de Liêge, onde ainda hoje existe a família Pepinster. Profundas diferenças são observadas na condição da França sob o domínio carolíngio nos séculos VIILe IX, em comparação ao estado de coisas sob os merovíngios nos séculos VI e VII. A economia estava agora baseada na agricultura em vez do comércio; a prata tinha substituído o ouro como padrão monetário; a Igreja havia expulsado a laicidade. O latim era uma língua aprendida e falada somente dentro da Igreja (singularmente como resultado das atividades missionárias da Inglaterra anglo-saxônica); entre a laicidade, o latim vulgar foi substituído por dialetos regionais. A prática e

13

harmoniosa escrita que havia sido comumente usada para fins comer.

ciais entre indivíduos, foi substituída por uma elegante e cuidadosa.

décadas mais tarde os ataques Vikings recomeçaram, e pelo resto do século o norte da França foi palco de ataques brutais, planejados em grande escala e sempre vindos pelo mar. A Dinamarca era a fonte principal de ataque. No século VIII a Inglaterra foi dividida em pequenos reinados: Mércia, Wessex, Essex, Kent, Ânglia Oriental, Nortúmbria e outros. O mais poderoso dos reis ingleses na última década do século VIH foi Offa de Mércia (que se denominou Rex Anglorum). Na época

mente estruturada minúscula, que iria tornar-se a base das próximas

escritas medievais da Europa. A chamada Renascença Carolínpia com sua concentração na linguagem e na literatura da Grécia e de Roma era limitada aos letrados, e não chegou aos homens comuns

Estas opiniões foram expostas por Pirenne no seu polêmico livro

Mohammed and Charlemagne.

Nem

todas as suas alegações podem

ser aceitas, Por exemplo ele data o começo do declínio merovíngio

de sua morte, em 796, ele dominava, direta ou indiretamente, todo

por volta de 640, época em que a interferência árabe com o comér-

o sul da Inglaterra. Ele foi o primeiro dirigente inglês a empreender no exterior alguma política importante. Em boas relações com Carlos Magno, pelo menos por períodos intermitentes, era um

cio do Mediterrâneo mal havia começado. Mas, de um modo geral

suas considerações estão corretas. Sua tese principal é que não teria havido “nenhum Carlos Magno sem Maomé”, que o desenvolvimento. do Império Carolíngio só é compreensível com referência à penetração árabe na Europa Ocidental. O impulso da campanha árabe pro-

homem

teria sido provavelmente um baluarte contra os ataques Vikings na

Inglaterra. Mas, durante uma geração após a morte de Offa, o sul da Inglaterra foi dividido por disputas internas até que, em 825, Egberto, o rei de Wessex, estabeleceu controle sobre todo o sudeste

duziu uma França agrária e militarmente forte, orientada agora em direção ao norte, O poder do Império Franco no começo do século IX certamente não favoreceu os Vikings. Prevenido pelos esporádicos ataques ocor-

da Inglaterra, e por um certo período até mesmo sobre a Mércia. Seu sucessor foi seu filho Ethelwulf. Este poder real no sul da Inglaterra-

ridos por volta de 790, nas costas da Inglaterra, Escócia e Irlanda,

era totalmente inadequado para manter os Vikings afastados. Nem a Nortúmbria nem a Escócia eram suficientemente fortes no século

cristianismo, e então

estendera

mz—õÊtãtãõíõíõíõísíáísíãíããssSsãa88a

relações entre França e Dinamarca estavam muito tensas, à beira de uma guerra. | lembrar que Carlos Magno tinha reprimido cruelmente do noroeste da Alemanha, convertendo-os, pela força, ao:

zm

período as na verdade Deve-se os saxões

a

e em certo grau na França, Carlos Magno fortificou suas costas do norte com uma sucessão de torres de vigia, faróis e guarnições. Como resultado a França ficou livre dos ataques Vikings durante o perío-

do de vida de Carlos Magno, a despeito do fato de que neste mesmo

suas terras limitayam com os eslavos ocidentais e dinamarqueses. O rei dinamarquês Godofredo era audacioso, ativo e pronto para

e as defesas costeiras do país ao norte foram negligen ciadas

14

Duas

e E e mp mo e

814, seu filho Luís, o Piedoso, assumiu o Epério! PR apa ele começou a se desintegrar. Os francos tornaram-se mais f) EE

e

prande

q

Mas não durou muito. Quando da morte do

e

mente a atenção de Carlos Magno voltou-se para a Itália, A paz reinou novamente, e os piratas do norte respei enquanto Carlos Magno o DNS eg a

O

atacar ambos, os eslavos (ao longo do Báltico) e os frísios (das costas bém. Mas, no momento crítico ele morreu (em 810), e simultanea-

IX para organizar uma A Irlanda, um país como provou a invasão certamente resistiram,

eficiente defesa contra os ataques Vikings. primitivo e dividido, foi outra vítima fácil, norueguesa logo depois de 800. Os irlandeses e seus anais de 807 em diante estão repletos

de batalhas com os noruegueses que os invadiam pelo mar; batalhas essas que, se formos crer nos cronistas, os irlandeses sempre vence-

ram, Por tudo isto, os irlandeses não conseguiram afastar os Vikings,

e após uma geração de batalhas os noruegueses estavam firmemente fixados em muitos-lugares, tanto no oriente como no ocidente da ilha. | Antes de concluirmos esta revisão dos ataques na Europa Ociden-

suas fronteiras até o Elba. Assim

marítimas do norte). Ele não se amedrontou com o poderoso imperador franco, e estava perfeitamente preparado para atacá-lo tam-

de tão forte caráter que, se tivesse vivido por mais tempo,

tal, é preciso considerar um ponto importante, que explica melhor a supremacia dos Vikings: o fato de que todos os seus ataques eram feitos pelo mar: Os Vikings eram habilidosos navegadores, mais ousados no oceano do que os anglo-saxões ou os francos, e tinham

embarcações muito melhores. Certamente eles não eram guerreiros marítimos treinados e invencíveis; por mais de uma vez lemos sobre suas derrotas pelas frotas anglo-saxônicas ao longo das costas inglesas. Entretanto, destacavam-se como construtores de navios. Cons-

truíam frotas.de velozes e espaçosas embarcações, projetadas para o transporte de seus exércitos, e as usavam com velocidade e mobili15

|

dade. Foi-esta mestria, insuperável na maior parte da Europa

lhes deu decisivas vantagens em seus ataques em tão grande mibr

grande e aberto, sem mastro ou vela, e somente com uma quilha

lado, e a Suécia de outro, era que a Suécia já era um reinado organizado e antigo (baseado em Uppland), suficientemente forte para ocupar-se com a expansão colonial além de suas fronteiras. Estas extensões de seus territórios eram, por uma parte, para a Letônia € Estônia, e por outra, mais além em direção ao leste para as margens do sul dos lagos Ládoga e Onega. A base para estas operações era

pano colocado no alto do mastro, até as magníficas velas das embar-

norue é s uese marq dina es êner cong seus que antes bem pa Euro na gueses. Pouco antes da Segunda Guerra Mundial haviam sido descobertas,

de costas. O desenvolvimento destas embarcações Vikings pode E acompanhado desde o período de migração. Algumas das primeiras e relevantes descobertas arqueológicas, como a embarcação encontrada

em Nydam, Jutlândia do Sul, na Dinamarca, mostra um bote a Pa

rudimentar. Claro que descobertas arqueológicas são fortuitas, e um simples bote não prova que tais embarcações eram um padrão. Mas outras descobertas, como as pedras pintadas e esculpidas achiadas na Gotlândia, ilustram a vagarosa evolução das velas entre os séculos VI e VIII, ou seja, a partir de um pequeno e não muito útil retalho de

cações Vikings. Simultaneamente, outros desenvolvimentos, cularmente o da quilha, transformaram o bote num navio.

!

parti-

É estranho que a vela tenha demorado tanto para aparecer no

Norte, uma vez que ela era conhecida desde tempos imemoriais por

gregos e romanos no Mediterrâneo. Através de fontes literárias nós sabemos também que a vela apareceu na Holanda no século I d.C, pois Tácito conta do chefe batavo, Civilis, que, durante uma revista à sua frota no ano de 70, imitou o costume romano, permitindo que seus homens usassem seus mantos coloridos como velas. César, de fato, registra que, por volta de um século antes, os vênetos, tribo de navegadores da costa atlântica francesa, usavam velas de couro grosso. Sidonius Apollinaris, bispo de Clermont em 470, descreve os saxões retornando ao lar com “panos inchados”. Parece estranho, então, que as velas tenham levado tanto tempo para alcançar a Escandinávia, mais estranho ainda ter demorado ainda mais para chegar à Inglaterra. Por volta de 560, o historiador bizantino Pro-

Uppland (onde viviam os Svíar) e a ilha Gotlândia no mar Báltico. Se tais manobras eram consideradas como sendo ataques Vikings, então obviamente os Vikings suecos estavam deixando suas marcas

perto da pequena cidade de Grobin (não muito longe de Liepaja ou Libau), na costa letoniana, algumas covas pré-históricas contendo

objetos do tipo glotândico, que foram atribuídos a um período bem anterior à Era Viking. Arqueólogos suecos e letonianos, continuando as escavações locais, encontraram um extenso cemitério contendo pelo menos mil covas para incineração, cujos conteúdos e

classificações inquestionavelmente apontavam para à Gotlândia do século VIII. Logo depois outro cemitério quase tão grande quanto

o primeiro e da mesma época foi encontrado, mas desta vez os con-

teúdos indicavam inegavelmente serem de origem sueca e não gotlândica. Este local também tinha covas de incineração, mas com uma

diferença, cada cova estava coberta por um túmulo. O cemitério

central sueco, além do mais, era um cemitério estritamente militar,

ao passo que no de Gotlândia foram encontradas muitas covas de

Pode-se dizer certamente então que os anglo-saxões, os francos e

mulheres, e maior número de jóias do que de armas; esses fatores indicam que este era um cemitério civil estabelecido em condições pacíficas. Essas descobertas parecem confirmar as suposições existentes a respeito das condições políticas na Suécia no período anterior aos ataques Vikings. Os gotlândicos eram comerciantes pacíficos; os suecos (Svíar) homens de guerra. As descobertas de Grobin indicam que uma guarnição militar sueca estava estacionada lá e que os gotlândicos lá se encontravam como comerciantes.

navegação. É significativo que nenhum destes povos tenha se lançado

encontraremos na biografia de Ansgar (escrita em 870 por Rimbert,

cópio escreveu a respeito dos ingleses: “Estes bárbaros não usam.

velas, mas dependem totalmente dos remos”. Uma afirmação que parece confirmar totalmente o navio real de meados do século VII sem mastro nem vela, encontrado em Sutton Hoo na Ânplia Oriental.

os irlandeses não podiam competir com os Vikings na náutica ou a ataques de represália aos países Vikings. Esta supremacia no mar explica por que os Vikings fóram capazes de assolar e conquistar tão vastas áreas da Europa Ocidental, embora não explique a penetraçã

na Europa Orlental, onde não havia oceano para ostentar su

macia, mas onde, apesar disso, foram bem-sucedidos.

E

ir

No século VIII a diferença entre a Dinamarca e à No ruega de um

16

Se nos voltarmos agora da evidência arqueológica para a literária,

discípulo de Ansgar e seu sucessor como Arcebispo de Bremen) referência ao fato de que o povo de Courland, conhecida hoje como

Letônia, tinha sido atacado pelos suecos e dinamarqueses; e que O rei sueco Olaf, liderando um enorme exército, atacou e incendiou uma cidade conhecida por Seeburg, defendida por não menos de que sete mil guerreiros. A respeito desta evidência, o arqueólogo

17

sueco Birger Nerman, que comandou as escavações em Grobin, ley

tou a questão se de fato os dois cemitérios poderiam ter pertencido

à antiga Seeburg. É muito mais provável, entretanto, que Crobin

seja a cidade guerreira que os suecos fundaram depois da destruição

período que precedeu o avanço Viking. Das três maiores forças da

época, os francos eram poderosos demais para os ferozes nortistas, enquanto os bizantinos árabes se encontravam longe demais para se envolverem com eles. Fora do domínio destas três forças havia fraqueza. Dos fatos que precederam a atividade Viking, o que resta para ser examinado é a condição interna dos três países escandinavos durante

de Seeburg; mas as evidências arqueológicas e literárias não satisfa.

zem plenamente neste caso. Todavia, existe uma clara evidência da

expansão sueca ao leste no século VIII (pré-Viking), que durante

o século IX levou à colonização das redondezas do Velho Ládopa

exatamente ao sul do lago Ládoga. Deveremos examinar o signifi-

cado destes movimentos em direção à Rússia: vejamos agora o que

os séculos VII e VIII. Mais uma vez temos que nos voltar para a

estava acontecendo no sudeste da Europa e na Ásia Oriental.

arqueologia em busca literárias. Não há dúvida de como as numerosas e dia comprovavam. Há

No século VIII duas forças estavam estabelecidas naquelas áreas, ambas tão poderosas e tão distantes da Escandinávia que parecia

excluir qualquer probabilidade de conflitos com os Vikings. A primeira delas, baseada em Constantinopla, era o Império Bizantino, o sucessor do antigo Império Romano Oriental; a segunda, e rela-

Das monarquias escandinavas, a do centro sueco era a mais forte e antiga. Sua força é sugerida pela expansão do século VIII, mencionada acima, para as terras ao redor do Báltico e as regiões próximas ao lago Ládoga. Uppland estabeleceu contato, também, com a Fin-

árabes, que já tinham dominado a Pérsia no século VII, estavam tam-

bém pressionando em direção norte, para as estepes siberianas do sul e ocidente (a antiga Cítia). No século VIII estas regiões eram habi-

o...

tadas por turcos nômades e entre eles e os bizantinos havia, ao norte

khazares no sul e os búlgaros no norte, organizaram e dominaram um

grandioso comércio ao longo do Volga. Pouco se sabe sobre a condi-

ção da Rússia Central e Ocidental nesta época; a probabilidade é que,

como nos outros territórios eslavos bem acima do Elba, estas regiões

eram divididas livremente entre tribos conexas sem nenhuma homo-

geneidade política, enquanto as vastas e impenetráveis florestas bloqueavam qualquer manifestação significativa de povos ou culturas. Era esse então o estado peral da Europa e Ásia Ocidental no 18

e pr

em duas direções: uma indo para os Balcãs e a outra estabelecendo-se no Volga, voltaram-se para o seu próprio Khaganate, cuja capital era a Bulgária. Com o decorrer do tempo, nestes dois Khaganates, os

=

em direção norte para a Rússia, os quais lógo depois se ramificaram

e

entre a vertente sudeste dos Urais e a costa norte do Cáspio, impe-

caso até a Criméia. Eles também impediram que os búlgaros fossem

significativas descobertas de Uppland e Gotlânuma clara influência estilística das tribos ger-

os suecos através do Báltico, a despeito da presença dos eslavos na área intermediária do norte germânico; a situação confirma os primeiros relatos semi-históricos a respeito do antigo reino Uppland.

A esfera bizantina de interesse pelo norte espalhou-se sobre as margens do mar Negro, e da Criméia para as planícies da Ucrânia. Os

dindo os turcos nômades de se espalharem pelo Ocidente, obtendo desta forma uma fronteira pacífica com os bizantinos desde o Cáu-

que a Suécia era o mais avançado desses países,

máânicas do sudeste, e deve ter havido conexões culturais entre elas e

tivamente nova, era o Califado Árabe, com sua capital em Bagdá.

do mar Cáspio, o vasto e independente Khaganate dos khazares, com sua capital, Itil, no delta dó Volga (seu governante tinha o título turco-ávaro de “Khagan”), Estes khazáres fecharam a ampla brecha

de evidências, uma vez que nos faltam fontes

lândia no oeste e com a Noruega no oeste. Descobertas arqueológicas provam concxões cruzadas suecas e norueguesas ao longo da velha rota comercial que leva de Jamtland até Trondelag. Mais tarde, no século VIII, a Noruega tinha conexões marítimas diretas com a

França merovíngia,| como mostram os objetos encontrados nas escavações norueguesas. A Noruega também parece ter tido uma população viril e ativa, embora a terra fosse dividida entre um número de tribos deficientes de uma liderança unificada. Para a Dinamarca, a evidência arqueológica é insuficiente, embora

recentemente tenha sido estabelecido que uma cultura individual

existiu nas áreas ao leste da região — Zealand, Skane, Bomnholm —, caracterizada por sua produção de armas e seu estilo artístico. A falta

de descobertas arqueológicas pode ser enganosa; enquanto é razoável

tirar conclusões positivas de um material arqueológico rico, é perigoso tirar conclusões negativas da falta dele. Por que as descobertas arqueológicas são escassas? Não necessariamente porque a terra era

muito pouco povoada. Talvez porque o costume ordenava somente o sepultamento de pequenas (simbólicas) mercadorias esculpidas, ou até mesmo nada; ou porque a religião proibia o sepultamento de

dádivas aos deuses; ou, ainda, porque os locais onde elas se encon-

19

-

tram estejam sob as cidades modernas. A ausência d € estoques de

tesouros tanto pode indicar paz e prosperidade (de mo qu nã o e do havia necessidade

de. ocultar bens na terra) como subpopula

Em suma, pobreza de material arqueológico não indica

ir

mente pobreza econômica. Na verdade, quando os primeiros ni

de luz pairaram sobre a história da Dinamarca (por volta do ano

800), encontramos a figura do Rei Godofredo, um guerreiro forte o bastante para lutar contra o próprio Carlos Magno. Isto não identi.

fica um país fraco, e também mostra que a monarquia era conhecida na Dinamarca nessa época, embora não saibamos qual a extensão do

território que estava sob o domínio de Godofredo. Respondemos

a nossa primeira pergunta sobre a força e a fra-

queza da Europa dentro e fora da Escandinávia no começo da Fra Viking e suas causas subjacentes. Mas, e a respeito dos fatores inter-

nos que lançaram os Vikings aos seus inúmeros e muito difundidos ataques por um período de mais de dois séculos? O que é imediatamente óbvio é que mais de um fator deve ter contribuído para isto. Vamos examinar algumas teorias apresentadas por historiadores e arqueólogos.

superpopulação. Esta foi a tese apresentada por Johannes Steenstrup. Ele se referia ao que chamava de “tradição normanda”, preservada em uma porção de fontes literárias, tanto pelos europeus ocidentais quanto pelos escandinavos. Esta tradição se aplicava, pen-

sava ele, primeiro e principalmente à Dinamarca, embora o restante da Escandinávia pudesse também ser incluído. Isso se devia a que, no começo da Era Viking, as terras escandinavas eram superpovoa-

das, circunstância essa que explicaria os relatos comuns dos europeus ocidentais a respeito das enormes dimensões dos exércitos Vikings, como, por exemplo, nuvens de tempestade, enxames de pafanhotos, ondas do oceano, etc. Há também muitos relatos sobre os milhares

perdidos em batalha pelos Vikings. Embora devam ser feitas concessões ao exagero natural, esses relatos devem conter um tanto de vel-

dade.

A razão tradicionalmente sugerida para esta superpopulação era a prática comum da poligamia entre os Vikinps, que se orgulhavam muito da quantidade de filhos que pudessem gerar; era comum par a

eles ter concubinas, amantes e subesposas: Steenstrup também cita

como outras evidências de superpopulação o hábito que havia no

Norte, particularmente entre as classes mais baixas, de matar os recém-nascidos não desejados, expondo-os ao frio.

|

A tradição normanda contém mais dois pontos, que, se estive-

20

rem corretos, podem ajudar na explicação dos ataques Vikings. O primeiro é a menção ao exílio compulsório de homens jovens, orde-

nado de tempos em tempos como um resultado da superpopulação (embora é provável que isto não seja historicamente exato). O segun-

do é o fato dos Vikings terem sido adeptos de um sistema de primogenitura; e isso teria criado um excesso de homens jovens prontos para buscar a fama e a fortuna fora de suas pátrias. Em geral, é provável que a Escandinávia fosse superpovoada no princípio da Era Viking, e isso deve ter sido uma causa contribuinte para os ataques. Divergências internas. As leis escandinavas de sucessão eram tais que toda vez que um rei, conde ou chefe dominante garantia a sucessão, deixava pelo menos um “pretendente” ambicioso e descontente,

que iria para o exterior em busca de alianças influentes ou riquezas, para que, quando voltasse, pudesse pressionar sua reivindicação com mais força. Este tipo de situação não é uma causa suficiente para explicar as numerosas invasões Vikings.

Diferenças sociais.

Sob este tópico acha-se a sugestão de que cer-

tas classes ou elementos da população da Escandinávia eram forçados

a deixar suas terras natais. Entretanto, não há nenhuma evidência de

que qualquer coisa do gênero tivesse acontecido. Os primeiros ataques Vikings não parecem ter tido nenhuma relação com as distin-

ções sociais na Escandinávia.

Pressões externas. Esse argumento pode ser desprezado. Não há nenhuma evidência. Os primeiros ataques Vikings não apresentam nenhuma semelhança aos grandes movimentos do período de migração.

Catástrofes climáticas. Uma causa fregiiente de migração na História tem sido a perda das safras e a consequente fome, devido às mudanças nas condições climáticas. Essa era a razão pela qual os nômades asiáticos atacavam frequentemente seus vizinhos. Foi, provavelmente, um dos fatores do ataque huno à Europa, que levou

a grandes migrações, e possivelmente do ataque címbrico da Jutlândia na época da República Romana (no final do século Il a.C.). Geó-

logos escandinavos, trabalhando nas jazidas de turfa, descobriram evidências de muitas variações climáticas no Norte, mas nenhuma datando dos princípios do século IX. Além do mais, os primeiros

ataques Vikirigs não eram de forma alguma movimentos migratórios; eles tinham todas as intenções de regressar com seus despojos e glória. 21

Condições mercantis,

Esta é indubitavelmente a mai OT Causa dos

ataques Vikings, talvez a mais importante de todas. Como vimos anteriormente

neste capítulo, quando a invasão ára

be

TOmpeu

q

comércio do Mediterrâneo Ocidental e do sudeste da França, havia um

crescimento correspondente da atividade mercantil do norte d França. O rio Reno tornou-se uma enorme via, e novas bri dades comerciais desenvolveram-se na costa do mar do Norte parti.

cularmente para os frísios de mentalidade comercial, estabelecidos

onde hoje se situa a Holanda. Já no século VIII, o comércio frísio estava bem estabelecido nos países da região do mar do Norte a quando Carlos Martel conquistou a Frísia no ano de 734 fez reviver 'o comércio franco do mar do Norte através da habilidade e experiência dos frísios, Até aquela época não havia sido fácil para a Dinamarca, especial. mente para a parte sul, participar do comércio do mar do Norte. Em primeiro lugar, o Elba não era um rio escandinavo e, em segundo, havia falta de bons portos na costa ocidental da Jutlândia. Para alcançar o Báltico a partir do mar do Norte, as embarcações

Avaliando esses fatores, há um que não pode ser negligenciado — o modo de vida dos Vikings. Estou pensando aqui em seu temperamento, conforme consideramos que eles devem ter sido: orgulhosos, aventureiros, ansiosos pela glória, desejosos de se subressaírem em batalhas e com certo desprezo pela morte. Essas qualidades de hero ísmo

e virilidade, combinadas

com

suas habilidades mercantis, fez

deles uma raça poderosa e perigosa. Antigos historiadores monásticos, em seus registros sobre os Vikings, enfatizavam a esperteza, a crueldade e a traição desse povo guerreiro. As sagas, por outro

lado, os mostram de outra forma, contando sobre a ousadia, gene-

rosidade, franqueza e autodisciplina destes famosos guerreiros. Não há dúvidas de que coletivamente eles possuíam todas as qualidades que lhes eram atribuídas, elogiosas ou não: os Vikings não eram todos iguais, mas tinham em comum uma determinação audaciosa

que fez com que seu período fosse o maior da história do Norte.

tinham que circundar o perigoso ponto norte da Jutlândia — o Skaw (Skagen) — e muitos capitães sem dúvida preferiram o caminho direto para a Noruega. Logo depois do ano 800 a situação mudou.

'O grande imperador dos francos subjugou os saxões e estendeu sua fronteira ao norte para acima do rio Elba. Para evitar maiores expansões, o rei dinamarquês, Godofredo, construiu uma fortificação poderosa, conhecida hoje como “Danevirke” (a fortaleza dos

dinamarqueses). Esta barreira servia a dois propósitos: como prote-

çdo contra ataques vindos do Sul e também para proteger uma nova

rota comercial que atravessava o sul da Jutlândia, vinda do Eider no

ocidente, até o fiorde Slie no oriente, o que eliminava a longa é perigosa viagem ao redor do Skaw. Esta nova rota comercial, com

sua parte oriental e mais vulnerável protegida pelo Danevirke,

oferecia atraentes perspectivas de riqueza e poder para os dinamar-

queses. As oportunidades de obtenção do domínio de rotas comerciais | altamente exploradas, como o eram pelos países do norte. também

estimularam uma atividade que no passado invariavelmente seguia. o desenvolvimento do comércio em larga escala — a pirataria. Sempre que os mares e costas não er o comércio, e os piratas Vikings O EANoG a Eca a

A expansão do comércio, e a fascinação das riquezas

ue

riam ser obtidas pela pirataria, foram sem dúvida dois dos

importantes fatores que estavam por trás dos ataques Vik ings. 22

ode-

Vig

ais: 23

CAPÍTULO

Il

OS ATAQUES VIKINGS

As proezas dos Vikings eram de grandiosa escala. Eles abrangeram toda a Europa. No este estes homens do Norte desceram os grandes

rios da Rússia em direção ao Cáspio e ao mar Negro, No oeste, nave-

mn

mem

mm

—.——s

eee

garam ao longo das costas atlânticas, passaram pela Espanha árabe através do Estreito de Gibraltar, e foram tão longe de modo a alcançar o Mediterrâneo. Isso não foi tudo; atravessaram o selvagem e desconhecido Atlântico até alcançarem Feroé, Islândia, Groenlândia e também a América. A direção de cada uma das três áreas de terras escandinavas corresponde, ou melhor, determina a esfera de influência que seus Vikings dominavam. Os próprios nomes dos três países são pistas para sua remota história. A Suécia é chamada em sueco de “Sverige”, derivado do antigo escandinavo Sviariki, o reinado dos Svíar. Não é por acaso que o próprio nome da Suécia mantém uma referência a autoridade real

Se

=

e realeza. Como vimos, a Suécia tinha uma monarquia bem esta-

2

belecida muito antes da Era Viking. Dinamarca significa o marc

=

dos dinamarqueses, marc significando “país fronteiriço desabitado”. No contexto atual, marc deve ser a região do canal da Península da Jutlândia, o perdido e destrilhado sul do Danevirke, que dividia os

dinamarqueses dos saxões no sudoeste,e dos eslavos no sudeste. Gradualmente o nome marc dos dinamarqueses foi se abreviando para Danmark, e veio a ser usado para o país todo.* Quando consideramos o quanto a história da Dinamarca estava ligada a disputado

território fronteiriço do sudeste de Slesvig do Sul, temos que concordar que era apropriadamente designada.

* Isto deve ter acontecido antes de 900. Em um dos escritos do Rei Alfredo, o prefácio para sua tradução da história mundial de autoria de Orosius, a que nos referiremos posteriormente, há a primeira referência existente a respeito do nome Dinamarca (Denemearcan). Não há nada de incomum no fato de um topônimo vir a ser usado para o país inteiro; o nome francês para a Ale-

manha, Allemagne, é derivado da província de Allemagni, no Reno superior.



sm

25

O nome

da Noruega

também

tem suas

ti as antig

:

raízes, diferentes daquelas da Dinamarca e Suécia - À Norueg a tornou-se um rein a

dional, e então com o Mediterrâneo; A França foi também uma região explorada por norueguesese dinamarqueses-lado a lado.

bem depois que seus vizinhos escandinavos, quan do Harald

abelo Fino impôs unidade em muitas tribos independen tes na pri-

A outra direção para a qual se desenvolveu o interesse da Noruega

meira parte do período Viking. Escritores romântic os escandinavos do século XIX algumas vezes usavam a forma “Norrige ”, mas esse é apenas um nome inventado, tirado de “Sverige”, Certamente a Noruega

também

foi o Norte, em direção às ilhas Feroé, Islândia e Groenlândia, e a iniciativa nesse desenvolvimento partiu do Rei Harald Cabelo Fino, que no fim do século IX tinha grande parte da Noruega sob seu domínio, forçando, assim, muitos noruegueses nobres e camponeses livres à emigração. Essas últimas expedições norueguesas no Atlântico não "eram em busca de pilhagem, mas sim ousadas tentativas de ocupa-

tinha o seu marc, o seu território setentrional,

“Nordmarken”, mas este nome não foi aplicado para todo o país, como aconteceu na Dinamarca. O nome “Norge” tem uma base na história mercantil, como está

ção dós desolados e remotos territórios, feitos sob circunstâncias

especiais.

mais evidente em suas formas inglesa e germânica: Norway e Nor-

A Suécia volta-se para o Leste, Não é necessário fixarmo-nos neste ponto básico, uma vez que já tratamos de sua expansão no Báltico

wegen respectivamente. O que significa “North Way” (north — norte,

way — caminho; caminho norte), a rota comercial ao longo da exten-

no início do século VIII; e veremos, mais adiante, como sua influên-

sa costa norueguesa, de Skiringssal (no lado ocidental do fiorde de Oslo) no sul, até o mar Branco no Norte. Segundo o Rei Alfredo,

cia mercantil continuou a penetrar na Rússia e mais ao sul, até Bizâncio e Arábia. Sem dúvida o Báltico foi partilhado pelos suecos e dinamarqueses.

nesta rota os comerciantes do norte traziam peles de foca, couro cru e dentes de morsa. Durante a «Bra Viking, a Noruega frequentemente

Ao sul da Península Escandinava está a Dinamarca, que é consti-

tuída pela Jutlândia e muitas outras ilhas menores. A Jutlândia está

era chamada de “Nordmannaland”, a terra dos homens do Norte,

a sobre prevaleceu nome do mercantil significado o finalmente 'mas

fisicamente unida ao centro do continente europeu, mas no período Viking as terras áridas do sul de Slesvig separavam convenientemente a Dinamarca de seus vizinhos sulinos: os saxões no sudoeste e os eslavos no sudeste. Somado a esta barreira natural estava o fato de que os Vikings preferiam usar o mar ou os rios como meios de comu-

simples descrição da terra de seus habitantes. cada por desempenhado papel o determinou Um fator geográfico do abaixo Bem Vikings. ataques nos um dos três países escandinavos montacadeia longa a estende se Escandinava Península centro da Essa país. do dorsal espinha a forma que Quilha), nhosa Kglen (a de ponto do e devastada; é árida agreste, cadeia é particularmente para

nicação, sendo essa a razão principal do fato de eles se expandirem

não ao sul, mas ao sudoeste ao longo das costas frísias e francas, e diretamente à oeste para a Inglaterra. O avanço sulino dos curiosos e aventureiros dinamarqueses os levou mais além, para toda a costa

voltada uma faces, duas em terra a divide colonização, vista de

o leste e a outra para o oeste. € no ea oc de an gr ao o çã re di em e st oe o ra pa e -s A Noruega voltou ,

francesa, forçando o Estreito de Gibraltar e, junto com os outros povos escandinavos, até o Mediterrâneo.

to an rt po s, se ue eg ru no os te en lm pa ci in pr m ra suas inúmeras ilhas. Fo esmp te e o st va no se rra tu en av de de da li bi sa on sp que assumiram a re a ri ve de e qu do to en im ec nh co um nh ne tuoso Atlântico Norte, sem

Os ataques Vikings eram inspirados por vários motivos. Por esta razão, um mero relato cronológico deles produziria um padrão

obscuro e contraditório, e portanto deve-se fazer um esforço para

haver além dele.

classificá-los de acordo com seus vários motivos e objetivos. O estudioso sueco Fritz Askeberg propôs a seguinte classificação:

em. e a-s idi div a eg ru No da sse ere int de era esf a que er Pode-se diz , ada lor exp ser a ra mei pri a foi que , al on di ri me te par a duas partes:

1 2— 3-— 4-—

s se ue eg ru no os que a, óci Esc da te nor do m alé as ilh as ia ang abr

enend est te en am iv at ad gr e ing Vik o od rí pe do cio iní no am ar up oc

nde gra e n Ma de a ilh a a, and Irl a , sas oce esc tas cos as até lá de do-se parte da costa do mar Irlandês que, neste período, deve, justificadamente, ter sido denominado de mar Norueguês. A partir disso pene-

Tal divisão, como o próprio Askeberg salienta, não pode ser aplicada universalmente, e muitos dos ataques tinham, sem dúvida, motivos

traram profundamente na Inglaterra, às vezes entrando em contato

——

o

ar

com os dinamarqueses e também com a França setentrional e meri-

26

Ataques piratas comandados por indivíduos. Expedições políticas. Aventuras colonizadoras. Penetração comercial.

21

diversos. Mas, desde que seja lembrado que est a cl | de forma alguma cronológica, serve para colocar o pr ja nãoé

Odo Viking

em perspectiva.

Ataques piratas comandados por indivíduos A primeira categoria, a dos ataques privados de pirataria, é q

menos interessante, embora seja, provavelmente,

a

nos vem à mente quando pensamos nos contos populares

a

- Vikings. Um historiador norueguês alegou que esses ataques Vikings eram verdadeiras proezas de exploração, e que as pilhagens ad dr

das não passavam de saques legítimos, mas este ponto de vista ch à ser ingênuo. Ataques desse tipo eram numerosos durante o períod Viking, mas alguns poucos exemplos típicos merecem ser mencions dos. O mais conhecido, e também o primeiro de que se tem con heci. mento no oeste, é a pilhagem e a destruição, em 793, da igre

mento. De um lado da pedra estavam gravados vários símbolos da cristandade: a cruz, O gol e a lua, as mãos de Jesus, e devotos orando. No outro lado os atacantes são vistos suspendendo suas espadas e machados de batalha e avançando em fila única, estranhamente vestidos com jaquetas volumosas e calças estreitas. Essa pedra de Lindisfarne é um monumento comovente, esculpido, talvez, por algum monge anplo-saxão que teria presenciado este primeiro exeraplo de um saque Viking. No fim do século VIII e começo do século IX, muitos ataques noruegueses similares aconteceram no norte da Inglaterra, na Escócia

Nortúmbria. Nesta Ilha Santa, São: Cuthbert trabalhou como prior e bispo por volta de um século antes. Lindisfarne era uma espécie de

e na Irlanda. Algumas dessas espoliações, conhecidas através de fontes literárias, parecem ter sido lançadas do que é agora o solo escocês: do Caithness e Shetlands, as ilhas Órcades e as Hébridas. A evidência arqueológica mostra que, quando os ataques Vikings tiveram início, as ilhas já eram de certa forma colonizadas pelos noruegueses, que provavelmente as haviam encontrado virtualmente desabitadas. Elas estavam convenientemente situadas como bases para ataques em ambos os lados da Escócia e nas crônicas podem

O Anglo-Saxon Chronicle relata que presságios terrificantos E sgnta luminosos e voadores, presenciados em 793) foram seguidos de fome coletiva, e que pouco depois desses dolorosos eventos, em junho, bárbaros assaltaram a comunidade da ilha e saquearam a casa de Deus. Esses selvagens eram os Vikings noruegueses, que massacraram

onde, incidentalmente, os Vikings entraram numa desastrosa tempestade que lhes causou grandes perdas humanas. Em 795 houve assaltos ao mosteiro Columba em Iona, e na pequena ilha irlandesa de Rechru (Lambay). Neste ano os noruegueses atacaram também a costa do País de Gales. Em 797 saquearam Kintyre na Escócia, e a

- serviço de Carlos Magno na França, escreveu horrorizado ao Rei

Assim foram os primeiros ataques piratas, que alcançaram o auge no século IX. Eles eram realizados mais por capitães menos importantes do que por reis e condes, os quais tinham em mente objetivos

mosteiro da fraca e indefesa ilha de Lindisfarne, à direita &

ado »

filial da famosa Iona nas Hébridas, e muito famosa no mundo cris tão como um dos lugares de peregrinação mais sagrados da Inelaterra

alguns monges, roubaram e incendiaram o mosteiro. Alcuíno, famoso e letrado sacerdote natural da Nortúmbria, que estava naquela época

thelred da Nortúmbria e a seus colegas na Inglaterra, dizendo que

po mortal foi uma punição de Deus pelos pecados do povo. : viu outro sinistro presságio no boato de que durante a Quaresma a o”

E Rs

fanaTa

e

Pi E E lan

Prot

pel

tinham caído do teto da Igreja de São Pedro em

que um dos mais nobres santuários da cristan-

pix a Igreja de São Cuthbert, pudesse ter sido pro-

E vagens — um fato como esse era considerado impos-

é Implorou a Deus que salvasse seu país. Essa retumbante e sa a Ei real seen rviu Ving kire ngntna ú io apropriado à agressão ióiz paaçãoDaid tal como um prelúd Durante

as

ser encontrados registros de numerosos assaltos. Em 794 houve um ataque ao mosteiro de Monkwearmouth (perto de Sunderland),

ilha de St. Patrick, ilha Man. Em mente a devastaram.

802 e 806 voltaram a Iona e nova-

bem maiores. Foram os noruegueses que começaram, mas os dina-

marqueses e suecos logo seguiram o exemplo. Esses pequenos ata-

ques continuaram a ocorrer durante todo o período Viking. Expansão política

Como exemplo de atividade Viking neste setor, Askeberg menciona as operações militares realizadas no início do século IX pelo rei dinamarquês Godofredo, parcialmente ao sudeste contra os eslavos

(vênedos e obodritos) das costas bálticas, e parcialmente contra a Frísia, isto é, contra Carlos Magno, É dito que Godofredo mudou a cidade eslava de Reric (provavelmente em Mecklenburgo) para a cabeceira do fiorde Slie em Slesvig, e pouco antes de sua morte

29

em 810 ele lançou um inesperado e bem

plane

uma província do império de Carlos Magro. Ce uma faia : rísia, embarcações ele abriu caminho através das defesas costeiras e q o

o país, impondo um tributo de 200 libras de prata. Esse não lol

ataque

de pirataria, como

tampouco

uma aventura coloniz E

(embora, como já foi mencionado anteriormente, seja difícil Fa uma distinção entre as duas). Foi um ataque calculado e uma o er ção de guerra repentina em que se pretendia a conquista rm

ritórios que eram política e comercialmente valiosos

Godofredo.

IVO Ra

Colonização

As maiores campanhas Vikings no oeste foram, entretanto, sem

dúvida alguma, motivadas por um impulso colonizador, e são essas justamente, que dão maiores demonstrações de poder do período Viking. Ocorreram na última metade do século IX e no início do

século X, sendo concluídas na primeira metade do século XI. Embora os líderes fossem predominantemente dinamarqueses e noruegueses, OS suecos também tiveram atuação nelas. Durante esta época, grande parte do norte da França, Inglaterra e Irlanda foi ocupada e governada pelos Vikings. As invasões, geralmente, não eram lideradas

por chefes de estados, mas sim por homens de posição elevada. Esses líderes frequentemente tinham poderes equivalentes, sem nenhum comandante supremo. Os Vikings insistiam nessa igualdade. Quando os francos no rio Eure perguntaram aos Vikings quem era seu líder, estes responderam com a célebre frase:-“Nós somos todos iguais!"”* Foram invasões desse tipo que penetraram em Hamburgo e em Paris, as quais, sob o domínio dos filhos de Ragnar Lodbrok, alcançaram

a Inglaterra, e, sob Rollon, o norte da França; e enquanto isso os

Expansão comercial

O quarto e último tipo de atividade Viking compreende as jornadas em busca de novas oportunidades comerciais. Resta pouca informação sobre essas jornadas ao oeste, mas muito sobre as do este.

Estudiosos suecos insistem em dizer que a intensa atividade por parte dos Vikings suecos no sul e sudeste tinha fins comerciais. A pressão mercantil exercida pelos Vikings durante trezentos anos e o signifi-

cado das suas atividades durante esse período serão considerados mais detalhadamente em capítulo posterior.

A origem da palavra “Viking” Em um livro a respeito dos Vikings é natural tentar estabelecer o Rusia real da palavra “Viking”.

razoável supor, embora a evidência não seja conclusiva, que a palavra seja de origem escandinava, porque raramente é usada em

fontes literárias contemporâneas fora da Escandinávia. Os anais francos usam a palavra Normanni, os anglo-saxões os denominam de Dani, e embora esses termos certamente se refiram respectiva-

mente aos noruegueses e dinámarqueses, parece que frequentemente eram usados para os “homens do Norte” em geral. Nas crônicas permânicas eles são denominados de Ascomanni, isto é, “homens de madeira”, porque suas naus eram feitas de madeira. Em fontes irlan-

desas eles aparecem como Gall (forasteiro), ou Lochlannach (nor-

tistas), e para o primeiro eram algumas vezes adicionadas as palavras “branco” (para os noruegueses) ou “preto” (para dinamarqueses),

presumivelmente devido às cores de seus escudos ou de suas malhas. Nas fontes bizantinas e árabes os Vikings suecos são denominados

líderes Vikings noruegueses atacaram a Irlanda. O método comu-

Rus, palavra emprestada

goria das expedições colonizadoras devem ser incluídas as já mencionadas jornadas norueguesas ao Atlântico, nas Feroé, Islândia e:

gregos no último período Viking originariamente significa “agente

mente adotado era que o exército ocupasse 08 campos de base ao longo das costas nos meses de inverno, e no verão avançassem em direção à sua meta: a colonização do país invadido. Dentro da cateGroenlândia. Aqui, entretanto, não havia necessidade de lutar por

colônias; era simplesmente uma questão de tomar as terras que esta-

vam quase ou completamente desocupadas.

|

* Eles mantinham, todavia, uma d Isciplina rigorosa entre suas forças, principalmente no fim do período Viking: um capitão e seus guerreiros obviament e estavam longe de serem iguais.

30

dos eslavos

que, por sua vez, a tiraram

dos finlandeses, cuja designação para sueco é Ruotsi. Segundo Stender-Petersen, Ruotsi é uma palavra sueca que significa “remadores”, e ele também afirma que a palavra fápayyor (do antigo escandinavo Vaeringiar) dada aos guerreiros escandinavos pelos comercial capaz de dar segurança pela sua parte de um negócio”.

Na Espanha os Vikings eram conhecidos pelo termo árabe Madjus

(mágicos pagãos).

-

Adam de Bremen, historiador eclesiástico germânico, escrevendo aproximadamente em 1075, afirma que o termo “Viking” era

usado pelos próprios dinamarqueses. Ele escreve: “... os piratas a quem eles (os dinamarqueses) chamam de Vikings, mas nós (os ger-

mânicos) chamados de Ashmen”. Qual a origem da palavra? É de

31

|

origem escandinava ou é um termo estrangeiro? Se for escandinava deve ser relativa à víg (batalha), Ou a vík (r ia.

noções encontraram pouco apoio, Uma teoria que teve aceitação considerável, sendo apoiada, por exemplo, pelo linguista sueco Elias Wessén, é a que deriva Viking da palavra escandinava vík (enseada) já mencionada, Nessa teoria um Viking é aquele que habita um riacho ou enseada, tal sendo o esconderijo natural de um pirata à espera de saque. Fritz Askeberg con-

cho, enseada, fiorde, ou baía). A primeira é semanticamente nla sível, mas duvidosa em termos fonolópicos. A derivação o ss

(baía), por outro lado, encontrou maior apoio; um Viking era um pirata que ficava escondido em fiordes, enseadas, ou numa bafa esperando que passassem embarcações para então atacar.

Voltaremos a esta explicação mais adiante.-Foi também sugerido que a palavra era relativa ao local norueguês denominado Vík, as terras dos dois lados do fiorde de Oslo, de modo a significar um homem

testa dizendo que não havia nada caracteristicamente Viking no fato

de hospedarem-se numa enseada abrigada — todos os marinheiros faziam isso — enquanto que os Vikings escolhiam ilhas que serviam

daquela região; mas esta teoria é inaceitável, pois as fontes

como

literárias mostram que o povo desta região era chamado de Vikverjar ou Vestfaldingi (o último termo, que significa homens de Vestfold,

de Jeufosse no rio Sena serviu durante muitos anos como quartelgeneral dos Vikings em seus ataques sobre Paris. Mais tarde, os Vikings mudaram-se para algumas ilhas perto de Rouen, atualmente

é usado nas crônicas francas que falam sobre o ataque Viking sobre Nantes em 843). Se, por outro lado, a palavra “Viking” não é de origem escandinava, pode estar relacionada à palavra “acampamento” do inglês

parte do continente, mas ainda chamado Le Houlme (a ilhota). Na

boca do Loire está a ilha de Noirmoutier, famosa pelo seu vinho e sal, onde em 834 os Vikings se estabeleceram tão completamente

que os nativos partiram. Os Vikings tomaram as casas do continente e por um longo período usaram a ilha como uma base para seus ataques na região situada atrás das margens do Loire”.

antigo “wic”, do latim vicus. Nessa teoria, os Vikings eram, para os anglo-saxões, “o povo do acampamento”. Essa etimologia foi formulada pelo grande lingiista norueguês, Sophus Bugge, e de fato essa palavra existia no inglês antigo bem antes da Era Viking. O estudioso

Askeberg dá outros exemplos: a ilha de Groix, ao sudeste da Bretanha, onde uma embarcação funerária norueguesa foi encontrada; a ilha de Camargue, onde os Vikings tiveram um acampamento

sueco Wadstein sugere ainda outra explicação: ele concorda que a palavra se origina do latim vicus, que ele interpreta mais como “cidade” do que como “acampamento”. Os Vikings eram, então, “habitantes da cidade”, e como os habitantes das primeiras cidades

permanente em 860; a ilha de Walcheren na boca do Scheldt, usada

pelos líderes dinamarqueses Harald e Rorik; e Thanet e Sheppey, no-

Tâmisa, que serviam como alojamento de inverno em 850 durante

«a grande invasão dinamarquesa na Inglaterra. Se, diz Askeberg, os' piratas escandinavos tivessem sido nomeados de acordo com a região

eram principalmente comerciantes marítimos que estavam frequentemente bastante preparados para negociar tanto com armas como

que eles favoreceram para montar seus ataques, seriam chamados de

com dinheiro, a mudança para o significado “pirata” não seria improvável. Wadstein considerava que a cidade de Slesvig fornecia um excelente exemplo, a palavra “Viking” talvez tendo se originado nela; um “Sles-viking”” seria um pirata báltico típico daquela cidade. A autoridade dinamarquesa sobre o princípio da Era Viking, Johannes Steenstrup, discorda categoricamente de Bugge e Wadstein,

“Eyings” (ilhéus, ou habitantes de ilhas), e não Vikings.

Askeberg tem sua própria hipótese. Segundo ele, o substantivo masculino vikingr era usado só na Dinamarca e na área ocidental da Escandinávia (na Escandinávia Oriental a palavra era veringi). Era usada, entretanto, não só para denominar os nortistas, mas tam-

bém com o significativo genérico de “guerreiro do mar que faz longas viagens partindo de sua terra natal”, O substantivo feminino víking

alegando que a palavra Viking é por demais raramente usada em

fontes anglo-saxônicas para ser de origem do inglês antigo; ele concluiu que deveria ser escandinava. Refutou Wadstein salientando que os habitantes de muitas cidades estrangeiras, cujos nomes termina-

significava “ataque náutico em litorais distantes”, **

O primeiro elemento de “Viking”, diz ele, não é do escandinavo

vam em vic, nunca foram conhecidos como ““Vicingar””.

Várias outras explicações foram oferecidas: que a palavra está

——o—————e—õ—

me

** Ambos referem-se somente aqueles ataques Vikings que se encaixam nas duas primeiras categorias mencionadas na pág. 28.

O

32

* Estes Vikings eram os Vestifaldingi mencionados acima.

2

relacionada a Víkja (mover, pirar, passar), trazendo à mente um pirata indo embora com seus espólios; ou o substantivo wikan (uma foca) porque os Vikings eram caçadores habilidosos, mas essas

refúgio e bases das quais lançavam os ataques. Assim, a ilha

33

antigo vik (enseada), mas deriva de vikja (mover-se, desviar);

seu

significado básico é “'curva vazante, esconderijo ou retiro”, Landi

vikr, por exemplo, significa “a terra retrocede” ou “curvar-se para

— dentes de morsa, pele de urso e plumas de aves —, da longa viagem que tinha feito ao redor do cabo do Norte para o mar Branco. As

trás”. O substantivo feminino viking, então, originariamente signif. cava desvio, saída, ou ausência; e o substantivo masculino ví kingr, 46

morsas, diz Ottar, têm dentes bastante fortes, e da sua pele podem

Essa interpretação engenhosa e que se adapta tão bem à modema concepção da palavra Viking não teve, entretanto, grande aprova. “ção, embora mereça consideração.

que leva mais de um mês, mesmo com ventos favoráveis. As descri-

“aquele que faz um desvio”, ou ta!”

“aquele que se ausenta do lar”

Primeiros registros Existe muito pouco material disponível na literatura contempor4nea sobre os povos, terras e cidades da Escandinávia durante o perfodo Viking. O que existe, sobrevive apenas por acaso. Três escritores

de tipos bastante diferentes deram suas contribuições. No final do século IX o rei anglo-saxão Alfredo, o Grande, escreveu sobre rotas comerciais do mar do Norte e no Báltico. O mais viajado comerciante árabe, Al-Tartushi, deu um relato da sua visita à Hedeby (Hedeby e Slesvig) aproximadamente nos meados do século X. Cerca de cem anos depois o historiador eclesiástico germânico Adam de Bremen descreveu a geografia e os povos da Escandinávia, a cidade de Birka.e o templo na Velha Uppsala. Alfredo, o Grande, rei de Wessex, o grande adversário dos Vikings

na Inglaterra, era um homem altamente educado que esforçou-se seriamente na tarefa de instruir seu povo. Ele mesmo assumiu a responsabilidade de traduzir para o velho inglês a história mundial, escrita por volta de 400 pelo monge espanhol Orosius, e suplementou-a com uma narrativa do conhecimento contemporâneo sobre as terras e os povos da Europa Setentrional e Central. Para esse propósito ele empregou, pelo menos em parte, fontes primárias; quer dizer, ele confiava nas experiências e opiniões de viajantes naquelas terras. No que dizia respeito à Escandinávia, ele referiu-se às conversações

que tinha tido com o norueguês de Helgeland, Ottar, sobre o comércio e a indústria setentrional norueguesa, as rotas comerciais para O sul, para Skiringssak na costa ocidental do fiorde de Oslo, e daí para

Hedeby. Registrou também o que ouviu do anplo-saxão chamado Wulfstan a respeito de uma viagem que havia feito em direção ao Oriente, partindo de Hedeby, no Báltico, até a cidade de Truso, na foz do rio Vístula. Esses primeiros relatos são, obviamente, de maior

importância. Ottar contou ao Rei Alfredo sobre seu lar no remoto Norte, de seus rebanhos de renas, do tributo que ele adquiria dos finlandeses 34

ser feitas excelentes cordas. Aqui está o “Caminho do Norte”, a grande rota comercial, que ele conhece muito bem, principalmente o trecho meridional que vai de Helgeland a Skiringssal, uma viagem ções que Ottar fez dos países e ilhas são, em seus traços principais, dignas de confiança, e ele dá um esplêndido quadro geral da geo-

grafia e das características naturais do norte da Noruega: as largas devastações no orlente e a estreita faixa costeira habitável no ocidente. Ele se aventurou pelo sul, chegou ao fiorde de. Oslo e Slesvig simplesmente porque sabia que lá os mercados para seus produtos eram muito melhores; tanto Skiringssal como Hedeby eram próspe-

ras cidades-mercado; mas vamos ver, com as palavras do Rei Alfredo, o que Ottar disse sobre a passagem ao sul do fiorde de Oslo: “De Skiringssal ele disse ter navegado cinco dias até o porto cha-

mado aet Haepum (Hedeby), que fica entre os vênedos, saxões e Angeln, e pertence aos dinamarqueses. Ao deixar Skiringssal teve a

Dinamarca a bombordo e o imar aberto a estibordo por três dias, e

depois disso mais dois dias de navegação antes.de alcançar Hedeby, e durante este período, Gotlândia (Jutlândia) e Sillende (Jutlândia do Sul) e muitas outras ilhas estavam a estibordo. Aí os anglos

tinham vivido antes deles virem para este país (Inglaterra). Durante

dois dias, ilhas pertencentes à Dinamarca estavam a bombordo””. Também através do Rei Alfredo, sabemos do comerciante anglosaxão Wulfstan a respeito de sua viagem de Slesvig em direção este

| entrando no Báltico: “Wulfstan disse que partiu de Hedeby e veio para Truso depois de sete dias e sete noites, e que a embarcação estava o tempo todo com as velas içadas. Wendland ficava a estibordo, enquanto que a bom-

bordo estavam Langeland, Lolland, Falster e Skane, todos pertencen-

tes à Dinamarca. Depois disso Burgendaland (Bornholm), que tem

seu próprio rei, foi vista a bombordo;e, depois, primeiro a terra chamada Blekinge, é então More, Oland e Gotlândia, todas pertencentes

aos suecos. Logo acima da foz do rio Vístula, Wendland permaneceu - aestibordo o tempo todo”. Como a de Ottar, essa descrição é um relato geográfico digno de confiança de uma das primeiras rotas comerciais, e juntas constituem nosso primeiro conhecimento real do Norte. Uma outra fonte de informação, um pouco mais antiga (de 880), é a biografia de Ansgar de autoria de Rimbert, a quem sucedeu como

35

Arcebispo de Hamburgo e Bispo de Bremen. Est ão incluíd OS ne st biografia inúmeros relatos valiosos de testem unhos oculares, princi, palmente dos suecos, mas também de din amarquetes, A biografia do próprio Rimbert pode ser mencionada também, embora Siga q

padrão um pouco estereotipado de trabalhos hagiográfi cos.

| Por volta de 950, Hedeby foi visitada po TUM Comerciante árabe chamado Al-Tartushi, do

califado de Córd oba. Embora o O riental deva ter se sentido completamente fora de seu elemento sob aqueles céus setentrionais, ele nos proporcionou uma breve

" Hedeby — Slesvig, a cidade localizada na cabeceira o RR “Slesvig é uma grande cidade localizada no longín quo fim do oceano mundial. Ela possui fontes de água fresca, seu pov o venera

Sirius, exceto alguns que são cristãos e têm uma igreja. É feita uma festa para homenagear sua divindade e para comer e beber. Qualquer

curto para a Noruega é de Skaw até o cume Vendsyssel. O solo árido da Jutlândia é esparsamente cultivado, e existem grandes cidades onde somente os fiordes penetram na nação. Fyn está separada da Jutlândia por um desfiladeiro estreito que se estende do Báltico até a cidade de Aarhus, de onde pode-se navegar para Fyn, Zealand, Skane ou diretamente para a Noruega”. Mais quinze ilhas dinamarquesas são mencionadas: “Quando já se passou pelas ilhas dinamarquesas, súrge um murído novo na Suécia e Noruega: dois vastos países nórdicos ainda muito pouco conhecidos pelo nosso mundo. O bem informado rei da Dinamarca me contou que se demora um

mês ou mais para viajar pela

Noruega, e que é difícil viajar pela Suécia em menos de dois meses”. Adam comenta sobre o solo fértil da Suécia produzindo ricas

pessoa que abata um animal, seja este um bol, carneiro, cabra ou um

colheitas e abundância

mente abastecida de propriedade e tesouro. A alimentação principal dos habitantes é o peixe, que é abundante. As pessoas costumam jogar uma criança recém-nascida no mar em vez de manté-la. Além disso, as mulheres têm o direito de reclamar a separação; elas mesmas O fazem toda vez que assim o desejam. Há também uma maquiagem

duas, três ou mais mulheres, de acordo com seus recursos, e os ricos e os príncipes têm muitas mais. Eles são excelentes lutadores na terra e no mar, e embora tenham regras de antiga linhagem, a monarquia

porco, amarra-o numa vara do lado de fora dé sua casa para mostrar que fez seu sacrifício em homenagem ao deus. A cidade é pobre-

artificial para os olhos; quando a usam, sua beleza nunca desaparece,

pelo contrário, ela aumenta tanto nos homens quanto nas mulheres”. Posteriormente ele acrescenta: “Eu nunca ouvi um canto tão horrível quanto o dos slesvigers — é como um rosnado saindo de suas gargantas, como o latido de cachorros, só que ainda mais brutal”. Temos,

então,

um

Hedeby, nos quais há Adam de Bremen burgo por volta de países escandinavos maior parte do seu

certo

número

de

fatos

específicos

sobre

muita pouca razão para-não acreditar. escreveu sua história dos arcebispos de Ham1075. Algumas de suas informações sobre os eram de primeira mão, mas é evidente que a conhecimento, particularmente sobre a Dina-

marca, foi obtido do seu superior, Adalberto, Arcebispo de Bremen,

e de seu amigo pessoal, o rei dinamarquês Swein Estridsson. Historicamente falando, os trabalhos de Adam estão longe de serem dignos

de confiança, embora valha reportar aqui algo do material do seu quarto volume, cobrindo a geografia e a etnografia do norte:

A Dinamarca é constituída quase que inteiramente de ilhas; sua

parte principal, Jutlândia, estende-se ao norte do rio Eider, e de lá

de mel, e sobre a criação de gado, que, diz

ele, ultrapassa a dos outros países. Muitos artigos estrangeiros são importados, e aos suecos não falta nada. Ele então se entusiasma pelas virtudes dos suecos, de tal forma que nos faz lembrar a descrição de Tácito sobre os germânicos; mas acrescenta, entretanto, que os suecos são bastante imoderados sobre mulheres. Cada sueco tem

depende do desejo do povo. Entre as cidades suecas citadas por . Adam estão Birka, Skara, Sigtuna e Uppsala Antiga. Desta última ele descreve o famoso santuário sobre o qual falaremos novamente no Capítulo XIV. Segundo Adam, a Noruega é o país mais remoto do mundo e estende-se ao norte numa latitude extrema. Suas montanhas escarpadas e o frio intenso faz com que suas terras sejam as menos férteis, apropriadas somente para pastagens de gado. Os rebanhos pastoreiam bem longe nessas terras devastadas. Os noruegueses são bravos guerreiros que não se abrandam por modos de vida luxuosos: “Forçados pela pobreza de sua terra natal, aventuram-se no mundo afora para trazer de volta de seus ataques os artigos que outros países produzem abundantemente”. Eles são frugais no seu modo de comer, assim como são simples em suas vidas e hábitos. Adam também cita a selva e a fauna ártica da Noruega; os auroques, os alces, a raposa azul, a

lebre e o urso polar. Das cidades, só é citada Trondheim. Finalmente

ele cita Helgeland, Islândia, Groenlândia e Wineland (na América do Norte) como os países mais ao norte.

leva-se cinco ou sete dias para chegar em Aalborg. O caminho mais 36

37

CAPITULO Il! O SECULO IX

Os dinamarqueses Godofredo,

impetuoso

e cruel

governante

da

Dinamarca,

foi

assassinado em 810, enquanto ousava, sob os próprios olhos de Carlos Magno, apoderar-se da costa da Frísia. Sua morte fez com que os planos da Dinamarca se interrompessem temporariamente,

mas o que aconteceu com o Rei Godofredo deve ter sido uma lição

para Carlos Magno, pois ele estimulou um vasto programa de defesa costeira a fim de proteger sua fronteira no norte. Seu filho e sucessor, Luís, o Piedoso, levou em frente estas precauções, e frotas francas foram estacionadas em nascentes de rios não só na Frísia, mas também ao longo de toda a costa nordeste da França, incluindo o Sena, e perto de Bolonha uma antiga torre de vigia do tempo do

TT

E

=—

Imperador Calígula foi convertida num farol primitivo. Durante os primeiros vinte anos de seu reinado, Luís, o Piedoso, conseguiu - proteger o país dos ataques do norte — exceto por duas pequenas escaramuças Vikings em 820, uma em Flandres, a outra na foz

do rio Sena. A França estava enfraquecida não pela invasão, mas

pelo conflito interno entre o imperador e seus filhos, o que gradual-

mente esgotou seus recursos. Quando Luís, em 834, tinha através de

árduos esforços mais uma vez estabelecido sua posição, o primeiro ataque dinamarquês em grande escala desde a morte de Godofredo foi lançado na costa da Frísia. As defesas costeiras foram completamente invadidas, e os dinamarqueses, sem hesitar, voltaram-se

para Dorestad — o centro comercial da Frísia —, que foi capturada e saqueada.

À riqueza e os bens de Dorestad haviam sido sempre uma grande

tentação para os Vikings dinamarqueses. A cidade situava-se quase no centro da Holanda, a sudeste de Utrecht, não muito distante do

local onde um antigo afluente, o Lek, se juntava a um dos afluentes do rio Reno, “o sinuoso Reno”. Atualmente os rios correm por diferentes cursos, mas uma pequena cidade próxima de onde costumava 39

ser a junção ainda é chamada de Wijk. bij Duurstede (“o pequeno

local próximo de Dorestad"). Arqueólogos “holandeses encontra.

ram a localização de uma fortaleza carolíngia construída antes do

período Viking, provavelmente pelo próprio Carlos Magno. Entre ; fortaleza e a bifurcação do Reno situava-se Dorestad, estendendo-se

por mais de meia milha ao longo do rio, protegida por paliçadas e rtões.

mo

primeiros textos, Dorestad é chamada de Emporium, que

significa “cidade-mercado”. No primeiro período Viking ela e Quen.

tovic (talvez a atual Calais) eram os principais portos comerciais do

Império Franco nas costas do mar do Norte. Quentovic era o centro do comércio com a Inglaterra, tendo uma alfândega e uma casa da moeda. Dorestad não era menos importante: lá eram cunhadas as famosas “moedas de Dorestad”, de Carlos Magno, avidamente solici. tadas e, na verdade, copiadas pelos povos do Norte. De Dorestad, também, navegavam as grandes embarcações frísias transportando

os produtos da França para a Noruega e os países bálticos. No seu apogeu, entre 780 e 834, Dorestad era reputada como o maior centro comercial: do norte da Europa. O assalto dinamarquês a Dorestad, em 834, foi seguido de muitos

outros, a despeito de todo empenho por parte dos francos a fim de

restabelecer as defesas costeiras. Por repetidas vezes os habitantes assistiram sua cidade sendo destruída e saqueada pelos Vikings. Entretanto era preciso mais do que fogo e saques para destruir as antigas cidades. Já que as razões pela sua existência perduravam, era bastante simples reconstruir as simples casas de madeira e res-

taurar as paliçadas e fortificações. Dorestad sobreviveu por mais uma geração. Foi então em 864 que a verdadeira catástrofe atingiu a cidade, mas desta vez não foi outro ataque Viking. Uma suc essão de marés, seguidas de grandes enchentes, colocou um fim decisivo

a esta desafiante cidade. Muitas partes da Frísia e Holanda foram inundadas, e as enormes dunas de areia que outror a se estendiam

desde a costa até a Inglaterra foram varrid as. Es des crita na crônica com as seguintes palavras:

efe

“Estranhos portentos foram observados no o cé ; u, de pestes, tempestades, marés e inunda ções. As det do Raso Furnas levadas de volta pela invasão do mar, af ogando milhares de pessoas

lugar foi tomado por outras cidades com condições fluviais mais estáveis, assim como Utrecht e Deventer.

Não foi somente o poder do império Franco que havia mantido os dinamarqueses reprimidos até 834. Os problemas internos da ' Dinamarca também contribuíram, Havia rivalidade entre os filhos do Rei Godofredo e um pretendente chamado Harald, que tinha se insinuado

com

o Imperador

Luís, o Piedóso, tornando-se

um

cristão. Em 827 Harald finalmente foi expulso da Dinamarca* pelo filho de Godofredo, Horlk, que permaneceu como rei até morrer em 854.

Horik não favoreceu aventuras de pirataria individuais; ele queria

que qualquer ataque Viking dinamarquês estivesse sob sua direção. Em 845 ele enviou centenas de embarcações para o Elba a fim de

destruir Hamburgo e, ao mesmo tempo, enviou Ragnar Lodbrok com

uma pequena frota para o Sena a fim de capturar Paris. Poucos anos antes desses acontecimentos, o Imperador Lotário havia sido forçado a ceder a ilha de Walcheren na desembocadura do Scheldt para dois * mãos Vikings chamados Rorik e Harald — o último sendo provavelmente o pretendente expulso da Dinamarca em 827.

Luís, o Piedoso, faleceu ém 840 e o Império Franco entrou num

período de declínio e de divisão, que teve fim quando o Tratado de Verdum, de 843, dividiu o império entre os três filhos do imperador: o oriente para Luís, o Germânico, o ocidente para Carlos, o Calvo,

e o centro para Lotário. Entretanto, eles não estavam em boas rela-

ções entre si, e, acima de tudo, tinham dificuldades em controlar

seus subordinados feudais. Era uma oportunidade perfeita Vikings e eles prontamente aproveitaram-se dela; as grandes da França pelos dinamarqueses e noruegueses começaram. em diante seus exércitos devastaram a França: Rouen, Paris,

para os invasões De 840 Chartres

e Tours eram os objetivos principais, e as forças ocupantes eram fortes o bastante para invernar na França. Logo Carlos, o Calvo, foi forçado a ceder, livrando-se dos invasores dando-lhes ouro dinamarquês. De volta ao sul da Dinamarca, Horlk ainda reinava, e evidentemente de um modo mais astuto e perspicaz. Embora ele próprio não fosse um cristão, percebeu as vantagens diplomáticas que poderiam ser conseguidas se os missionários cristãos tivessem acesso ao

seu país, e muitas vezes ele foi muito condescendente com Ansgar, cujas duas visitas à cidade sueca de Birka somente foram possíveis

* Antes de sua expulsão, entretanto, Harald conseguiu assegurar, embora

por pouco tempo, uma posição na Dinamarca para aquele grande missionário do Norte, Ansgar,

?

41

através da intervenção de Horik. Finalmente, entretanto, seus in

morto foi ele 854 em e fortes, muito mostraramse gos com quase toda a sua família, exceto um mado Horik.

Poucos

a

0

depois

anos

tm

e cha-

bém

à Mêncio. a ajuda dos fra com Harald), com relação em nado psd nico iene qria mt cogutmea ncos, conseguiu dos

|

ds TR

a » 4 Párte que vai entre q outras patavras a região do canal da Penfn. sula da Jutlândia que controlava a rota comercial até O florde Slie, b N

sm E - s É exatamente por quanto tempo ele governou nesta pos. ção estratégica. E Com referência ao jovem rei dinamarquês, Horik, diz-se ter ele

sido simpatizante do cristianismo, e ter expulsado de Slesvig o conde anticlerical Hori. Depois dele, e certamente durante toda a segunda metade do século IX, a História não fala sobre nenhum

Os francos e também Carlos, o Calvo, buscaram outros métodos, além do pagamento com dinheiro dinamarquês, para manter os

Vikings afastados. A solução parecia ser as fortificações, principal-

«mente quando elas incluíam barreiras de madeira ou pedra jogadas

através dos rios, que era o meio de acesso favorito dos Vikings. Os Vikings realmente nunca gostaram de atacar posições fortemente fortificadas, e preferiam muito mais tomá-las por ardis e estrata-

gemas. As famosas histórias de sepultamento simulado* de Hasting

em Luna, que, a propósito, os Vikings acreditavam que fosse Roma, no norte da Itália, e do uso dos pássaros pelos Vikings, colocando

fogo sob suas asas, contra as fortalezas de madeira, ilustram sua astúcia. Carlos, o Calvo, começou construindo uma ponte que atravessava

governante dinamarquês de muita importância. Era como se durante todo este período a Dinamarca estivesse aplicando todas as suas

o Sena em Pitres, sul de Rouen, o que impediria que as embarcações Vikings penetrassem mais profundamente no vale do Sena; mas esta

que

estavam ocupados em outra parte do norte da França, no ocidente,

energias no estrangeiro. As figuras influentes da Dinamarca eram muito mais príncipes independentes do que monarcas; capitães

barreira parecé nunca ter sido completada. Entrementes os Vikings

faziam alianças convenientes e vantajosas entre si, a fim de NS | | tizar suas aspirações para as conquistas estranoeir 48 5 pilhagens Durante esse período as invasões do norte da França e do e sr | da Inglaterra foram realizadas, principalmente, por estes Vikings |

Sul da Brotanha, por exemplo, onde os atacantes noruegueses força vam seu caminho pelo rio Loire. O pior estava por vir: lá aconteceu à pasado Tp oenttnçado squ u u A NRD a França, Flandres, Bélgica e o ocidente da Alemanha. Esta invasão,

p ; pação dos noruegueses e suecos. Um sumário dos desenvolvimentos na França por volta do ano de

Alfredo, o Grande, culminou na sua vitória em Edington, Wiltshire, no ano de 878. Quando essas notícias chegaram aos ouvidos de uma “frota recém-chegada ao Tâmisa, a maioria de seus líderes decidiu

dinamarqueses, embora, até mesmo então. h nada Eremita E

900 será útil a esta altura. . Por volta de 860 uma campanha de sete anos foi travada pelos Vikings dinamarqueses e noruegue ses contra os francos na região de Jeufosse, uma ilha no Sena, a noroeste de Paris, mencionada anteriormente. Carlos, di os nortistas que havi »

:

Os,

o

C

Cal

vo, decidiu desalojar 9

zação por seu irmão Lotário. Enorme s e a ilha, po 1 rém em vão, ; e no ent retanto o terceiro irmão, Luís, o e

8º.

ao

a França pelo sudeste, forçando Carlos a deixa

Subsequentemente, entretanto, outro Viking saqueador, Welund, comandando d os Vikings de Jeufoss e uzentas embarcações, ofereceu-se para retirar cinco mil libras de peste E ga Den do pera ea Este tipo de oferta não era rar Pra

sempre prontos a lutar como

terrâneos. No século IX

eh

Pa

PRADO,

O entre os Vikings, os quais estavam

eo

contra seus próprios con-

à muitos chefes Vikings que cultiva-

O estrangeiro, vendend o s » pela maior oferta,

oia

a

de na verdade, teve início na Inglaterra, onde a defesa decidida

voltar-se para o continente. Reforçados por outros bandos na vizinhança, o “Grande Exército” navegou para a Bélgica, e em abril de 878 alcançou o Scheldt, com Ghent como seu primeiro alvo. Durante os treze anos seguintes, “não havia um caminho”, diz a crônica, “que

não estivesse cheio de mortos, sacerdotes e leigos, mulheres, crianças e recém-nascidos. O desespero se alastrou pela região, e parecia que todos os cristãos iriam perecer”. Não se pode dizer que os Vikings não

encontraram

nenhuma resistência; ambos os reinados oriental

e ocidental francos (aproximadamente equivalente à Alemanha e França atuais) defenderam-se furiosamente. Estes dois países tinham sido criados seguindo o acordo feito em Meersen em 870, quando o império de Lotário foi dividido entre dois novos reis, ambos com o nome de Luís. O Luís da parte oriental (III) não foi muito bemsucedido em seus conflitos com os Vikings. Ele perdeu seu único filho na batalha de Thuin, adoeceu e morreu poucos anus depois * Veja pág. 51,

43

deixando os vales do Reno e do Moselle à mercê dos nortistas. O Luís da parte ocidental, neto de Carlos, o Calvo, e filho de Luís, o Gago (aparentemente, OS carolíngios nomeavam seus reis baseando-se mais em suas deficiências do que em seus pontos fortes), foi mais bem. sucedido. Em 881 ele derrotou o grande exército em Saucourt, perto

do Somme. Os francos cantavam trlunfantemente: “Deus, preserve-o e honre-o”, Mas esta oração não foi respondida. Pouco depois este bravo soldado, que não tinha ainda vinte anos, foi morto — embora não em batalha. A história nos conta que ele avistou uma moça muito bonita e atraente e correu atrás dela; para salvar-se, ela fugiu

passando por uma passagem baixa, e ele, perseguindo-a, ultrapassou a passagem matando-se. Quando seu jovem bravo e capaz irmão,

Carloman, faleceu em 884, também em consequência de um acidente, a responsabilidade de defender a Francônia ocidental caiu sobre

os inadequados ombros de Carlos, o Forte. Ele já havia mostrado sua incapacidade quando, em 882, enfrentou o inimigo com um gigantesco exército atrás dele em Esloo, perto de Maastricht, e os subornou em vez de lutar. Três anos depois, quando os Vikings não estavam progredindo em seu assédio em Paris, que foi fortemente defendida

o povo do Norte. As ilhas de Thanet e Sheppey eram comumente usadas como bases para estes ataques; de seu acampamento em

Thanet o capitão dinamarquês: Rorlk (que tinha se estabelecido na Frísia) saqueou a Cantuária e Londres por volta do ano de 850.

Entretanto, no ano seguinte ele foi derrotado pelo Rei ZEthelwulf de Wessex, o qual governou a maior parte da Inglaterra meridional, e que por alguns anos foi capaz de instilar nos Vikings um profundo respeito pelo lutador saxão ocidental. Na totalidade está claro que a Inglaterra medirional era capaz de se defender e às vezes até de derrotar os Vikings em seu próprio elemento — as águas costeiras.

Portanto, em 865, quando os ataques Vikings foram intensificados,

eles foram lançados numa direção mais para o norte e baseados na

Ânglia Oriental. Este foi o ponto de partida de um ataque por um

exército

selvagem unido comandado

pelos três filhos de Ragnar

Lodbrok, Ivar, o Sem Caráter, um estrategista mais astuto, Ubbi e Halfdan. Este exército se voltou para a Nortúmbria e capturou York no primeiro dia de novembro de 866. Em 867 invadiu a Mércia e

por Count Odo, Carlos, o Forte, entrou em cena com uma força intensa, e mais uma vez se acovardou. Primeiramente, ele deu dinhei-

tomou Nottingham, depois que o povo da Mércia pagou dinheiro dinamarquês e os Vikings se retiráram para posições confortáveis atrás das muralhas romanas de York, onde passaram o inverno. À partir daí o exército seguiu na direção sudeste para Peterborough

fizeram de que deixariam o país, e, em segundo lugar, ele permitiu

Foi então que ocorreu a revolta de Wessex, a qual foi defendida pelo

ro dinamarquês em troca de promessas renovadas que os Vikings

que passassem pelas duas pontes que bloqueavam um progresso mais extenso no rio Sena, e se dispersaram sobre toda a região. Os Vikings

continuaram a incendiar e saquear toda a região rural por muitos

anos. Foi somente em 892 adversário, na forma de uma reuniram rapidamente o que e retornaram para suas bases vido poucos anos depois. O

que o grande exército encontrou seu grande fome e pestilência. Os Vikings restava de seus homens e embarcações, em Kent, onde seu exército foi dissoldescanso que a França teve do invasor

Viking foi breve; no verão de 896 embarcações Vikings estavam

novamente navegando pelo rio Sena, aumentando pradualmente em

raia, ao ponto de o rei franco, Carlos, o Simples, não saber mais

oq e fazer. Entretanto, por volta do ano 900, o caráter das invaes Vikings do território franco mudou, Deixaram de ser meros ataques de pilhagem e começaram a assumir um propósito mais determinado e pacífico; de ten tat iva s del ibe rad as tor nar amfato se , de e, a Na Inglaterra a infiltração c

marquês na desembocadura E pe

ui 835 com um ataque dina-

dd pinta . subsequentes estes assaltos persistiram, com Durant

44

ne

e Ely, capturando e matando o Rei Edmundo da Ânglia' Oriental.

Rei Athelred e seu irmão Alfredo, o último sendo o famoso líder

que afinal provou ser o único homem capaz de manter os Vikings encurralados. Em 8 de janeiro de 871 os ingleses safram-se melhor na batalha

em Ashdown, embora a vitória não tivesse sido decisiva; três. meses mais tarde ABthelred morreu e foi sucedido por Alfredo, que, para

ganhar tempo, à princípio ficou satisfeito em subomar os Vikings.

Durante 871 e 872 eles mantiveram-se em Londres, e Halfdan emer-

giu como comandante supremo do seu exército. Alguns anos mais tarde eles avançaram novamente em direção ao norte e dividiram suas forças. Uma parte sob o domínio de Halfdan penetrou na Nortúmbria, e com York como base começou um sistema de colonização definitivo, a primeira tentativa dinamarquesa do tipo a

ocorrer na Inglaterra. Halfdan dividiu a têrra entre seus homens,

participou em muitas batalhas. contra os pictos e britânicos no sul da Escócia, e então desapareceu da história. Uma suposição é a de que ele foi para a Irlanda do Norte e lá encontrou sua morte. A outra parte do exército Viking, comandada por três capitães, estabeleceu sua sede em Cambridge e de lá recomeçaram os ataques. 45

terras ao de o alt ass Seu . sex Wes de o red Alf e d o ad in violentos ao re sua e l; ne an Ch de as st co s na is va na s ue ataq

aldeia, vila. Mesmo

or

propriedades rurais de “toft” e o prado de “eng”.

m co do or ac de e, qu a ns te in o tã a er o ed fr Al a ConBiada da npâ e a p E s na se ond ga ri ab , vo ti gi fu a lenda, ele se tornou um te en lm na fi e el , is ce fí di is ma as ci ân st un rc tanos. Entretanto, nas ci rma na di os ou ac at m, si as e, as rç fo s va no conseguiu arregimentar

de on al nt ie Or ia gl Ân a ra pa am ar cu re o tã en s ng os derrotou. Os Viki instigação, a instigação com cristão tornado se tinha seu rei, Guthrum (o qual de Alfredo), seguiu o exemplo de Halfdan repartindo terras entre

vápnatak, palavra usada nas sessões da remota “Thing” ou assembléia. As pessoas reunidas mostravam sua concordância com uma

decisão tomada ou uma sentença passada, batendo seus escudos ou sacudindo suas lanças, e isto era chamado de vápnatak, “empu-

u ece man per s dre Lon ão. zaç oni col de iva tat ten a num ens seus hom

nas mãos dos dinamarqueses até que em 886 Alfredo a libertou,.

nhar armas”. Posteriormente esta palavra foi usada para o lugar onde a “Thing” era feita, e então para toda a região onde os homens que

Alfredo era agora o reconhecido líder da Inglaterra livre. Entretanto, ele ainda tinha que lutar em batalhas, principalmente após

participavam da “Thing” se reuniam. Tanto Thingoe (antigo escan-

892, quando o “Grande Exército” retornou do continente. Mas, quatro anos mais tarde, em 896, as forças Vikings dispersaram-se, Alfredo, um dos maiores governantes da Inglaterra, morreu três anos depois, em 899. A posição da Inglaterra na época de sua morte era a seguinte: todo o sul da Inglaterra, inclusive Londres, estava livre sob a liderança de Wessex; o norte do Tâmisa até Chester, e para o oriente de uma linha coincidindo aproximadamente com a antiga Roman Watling Street, era a região ocupada e colonizada pelos dinamar- queses e chamada de Danelaw — compreendendo partes da Mércia e

dinavo pinghaugr, “talude de assembléia”) como Thingwall (antigo escandinavo pingvôllr, “campo de assembléia”) são encontrados em nomes de locais no norte e oriente da Inglaterra. Yorkshire até hoje está dividida em três “Ridings”, Leste, Oeste e Norte; Riding deriva do antigo escandinavo pridiungr “uma terceira parte”, Os Vikings de Danelaw. sem dúvida tomaram para si as proprie-

dades mais substanciais, e os habitantes nativos tiveram que ficar em segundo lugar dentro da comunidade agrícola. Entretanto, não

há razão para se crer que os anglo-saxões foram expulsos ou escravizados pelos invasores, embora haja poucas evidências sobre este ponto.

Deira, como também Ânglia Oriental. Nestas áreas os Vikings se esta-

beleceram como fazendeiros, uma sociedade de homens livres com suas próprias leis, costumes e idioma, este último ainda evidente nas denominações dadas aos locais desta parte do país. O centro de Danelaw era a área em volta das “Cinco Aldeias”: Lincoln, Stamford, Leicester, Nottingham e Derby — mais ou menos a área do rio Humber e do Wash no Oriente, até o País de Gales e a Mércia Ocidental no Ocidente: Mais ao norte, a área centralizada em York era

Os noruegueses

alguns exemplos. Denominações dinamarquesas dadas aos loc ais são

abundantes: bem mais da metade dos nomes estabelecidos primei ra . mente em Lincolnshire são de origem dinamarquesa, pa rticularmente perceptíveis aqueles terminados em “by” e “thorpe”, si gnificando 46

esse =

colonização dinamarquesa, Os camponeses, ao usarem o dialeto local, ainda usam muitas palavras dinamarquesas: “lathe” para celei-' ro, bigg” para cevada e “bairn” para criança, só para mencionar

=

ocupada também pelos Vikings, mas muitos deles eram de origem

denominações dos locais, Lincolnshire deve ter sido um centro de

as

Os escandinavos introduziram suas próprias divisões territoriais na Inglaterra anglo-saxônica, e os nomes destas também sobreviveram em alguns locais. Em muitas áreas do norte, por exemplo, quarteirões, distritos (como são denominados em qualquer outra área), são conhecidos como “wapen-takes”, que deriva do antigo escandinavo

e nt me va si ci de e 8, 87 a de er av im pr ) na re hi ts il (W on gt in queses em Ed

norueguesa. Julgando pelos traços ainda existentes no dialeto e nas

hoje, fazendeiros em Lincolnshire chamam

No século IX a Noruega não era unificada por monarcas poderosos, como acontecia com a Dinamarca. Aparentemente, reis dinamarqueses exerceram poderes consideráveis na primeira metade do século: na verdade, o domínio do Rei Godofredo incluía parte do sul da Noruega. A Noruega no mesmo período, e de fato muito mais tarde, foi dividida entre numerosos reis e condes locais. Na segunda metade do século, época de que pouco se sabe sobre os reis dinamarqueses, começou a se desenvolver uma monarquia na Noruega. Isto estava diretamente relacionado com a grande vitória de Harald Cabelo Fino em 872 (ou possivelmente poucos anos depois) no .

fiorde Hafrs e a subsequente ascensão de seu poder. Na verdade,

foi seu regime que levou à colonização norueguesa das ilhas Feroé e da Islândia, pois os homens que faziam parte de tais expedições eram os descontentes e os refugiados de sua tirania. Por outro lado, 47

te en in nt co no , sas oce esc as ilh nas s se ue eg ru no s que ata ros os primei mais ed als

taques de pirataria comuns, e que somente us a finalidade de anexar novos terriaiii

desarborizadas de Shetland, Órcades e Hébridas eram

uenor os m râ ca ar mb se de ali do an qu o mp te to mui há das ita hab já gueses no final do século VIII. Este fato é provado pelas construções

ainda existentes — como, por exemplo, as torres conhecidas como “brochs”, e também a investigação arqueológica. Entretanto, O povo | picto não poderia oferecer nenhuma resistência efetiva, e em breve uipélagos tornaram-se bases norueguesas para ataques sobre cio ponte e, particularmente, sobre a Irlanda. Nos últimos

. vinte e cinco anos do século IX a situação mudou devido à unificação da Noruega sob o domínio do Rei Harald Cabelo Fino, seguiu seus inimigos pelo mar do Norte, capturando as ilhas

que perOrcades

e estabelecendo lá um poderoso condado sob sua soberania direta.

- Bei antes disto, no entanto, os Vikings noruegueses tinham se

estabelecido na Irlanda. Uma ilha verdejante com um clima brando

era um prêmio que merecia que se lutasse por ele. Os ataques Vikings na Irlanda aumentaram em intensidade depois de 800; o primeiro registro nos anais irlandeses data de 807. O país estava dividido em numerosos pequenos reinados que estavam consolidados, pelo menos teoricamente, em duas alianças — sul-oeste e norte-este —, condições favoráveis para um avanço rápido e bem-sucedido na ilha.

Durante vinte anos os noruegueses foram os dominadores de muitas partes do país, tanto no leste como no oeste; eles haviam ido para ficar. A Irlanda tinha sido cristã por aproximadamente quatrocentos anos, o núcleo da educação clássica na Europa durante o período

zade entre dinamarqueses e noruegueses, e aliaram-se aos então

recém-chegados. Juntos impuseram uma grande derrota sobre os noruegueses em 851; mais tarde, porém, no mesmo ano, sua sorte mudou. Foi então que apareceu em cena outro capitão da Noruega, Olaf, o Branco, que reconquistou Dublim, restaurou a supremac ia norueguesa e, finalmente, afugentou os dinamarqueses da Irlanda, Nos vinte anos subsegiientes Olaf governou em Dublim, e seu irmão

em Limerick. Aquela foi uma época difícil para os irlandeses. Seu ódio pelos intrusos, expresso numa linguagem tipicamente ornada e pitoresca,

pode ser captado nesta passagem de uma crônica contemporânea: “Se cem cabeças de ferro endurecido pudessem crescer num só

pescoço, e se cada cabeça possuísse cem línguas aguçadamente indestrutíveis de metal temperado, e se cada língua pritasse incessante-

mente com uma centena de inextirpáveis altas vozes, elas nunca

seriam capazes de enumerar as desgraças que o povo da Irlanda — homens e mulheres, leigos e sacerdotes, jovens e velhos — tem sofrido nas mãos destes guerreiros, cruéis pagãos”. 4 O fato de que na Irlanda os Vikings eram principalmente noruegueses é provado por fontes escritas, mas mesmo se tal prova não

existisse, a evidência de topônimos e a arqueologia estabeleceriam a conclusão. Túmulos datando dos séculos IX e X na Noruega contêm

muitos objetos e jóias de origem irlandesa; apenas algumas descobertas similares têm sido feitas na Dinamarca e na Suécia. Em 870 Olaf, o Branco, foi chamado de volta à Noruega, e o governo de Dublim foi assumido pelo seu irmão Ivar. Os noruegueses

passaram o resto do século em lutas; ora entre si, ora contra os dinamarqueses sob o domínio do Rei Halfdan no norte da Inglaterra.

de migração e também a base para uma atividade missionária exten-

Finalmente, em 901, os irlandeses tomaram Dublim dos noruegueses.

em tesouros artísticos, muitos dos quais agora tinham caído nas mãos dos Vikings. Em 839 o capitão norueguês Turgeis chegou com

mar Irlandês. Grandes áreas do sudoeste da Escócia e do noroeste da Inglaterra estavam em seu poder, e sua ocupação prolongada neste século e no seguinte é comprovada pela abundância de topônimos noruegueses em Cumberland, Westmorland, Lancashire, e até mais ao leste na Nortúmbria e Yorkshire. A ilha de Man tampouco escapou disso, e ali também, principalmente no norte da ilha, há muitos topônimos que atestam o estabelecimento norueguês. Os atacantes noruegueses foram também ao sul. Sem dúvida eles

siva e fanática no continente, Seus inumeráveis mosteiros eram ricos

uma grande frota no norte da Irlanda e sé declarou, como relatam os anais: “Rei de todos os estrangeiros em Erin”, Ele era um soldado ativo e um pagão confirmado. Fundou Dublim e tentou substituir

O cristianismo pelo culto de Thor; em Armagh, o mais sagrado santuário da Irlanda cristã, ele oficiava como o mais importante sacerdote pagão. Entretanto, os irlandeses aprenderam, gradativamente, a resistir de forma mais ordenada; em 884 eles O a

afogaram em Lough Owel.

capturaram e O

Poucos anos depois os Vikings dinamarq ue se s ap areceram na Irlanda. Os irlandeses astuciosamente tiraram proveito da in imi-

48

Os noruegueses eram também ativos em outras áreas ao redor do

participaram, junto com os dinamarqueses, em grandes batalhas do norte da França; mas os solos francos preferidos para ataques ficavam ao longo da costa atlântica, particularmente o estuário do Loire, que servia como uma passagem para o centro da França. Um de seus

49

inúmeros ataques foi em Nantes em 843, quando aquela florescente cidade foi saqueada e incendiada pelos vestfaldingi (os norudgueses

como Hasting chegou numa cidade italiana, agora desap »acida, chamada Luna, a qual ele pensou que fosse Rorra, e a capturou através do famoso estratagema do sepultamento simulado*. Em 262

de Vestfold no fiorde de Oslo). Subseguentemente eles se detiveram longamente numa pequena ilha na desembocadura do Loire chamada Noirnoutier (Novo Mosteiro), de onde eram capazes de controlar o extenso comércio da região, o qual consistia principalmente em vinhos e sal. Também dessa base conveniente eles eram capazes de

a expedição estava de volta à Bretanha via o Estreito de Gibraltar

e a costa espanhola. Uma fonte irlandesa relata minuciosamente que os Vikings trouxeram

penetrar as mais baixas extensões do Loire, e intrometer-se nos negó-

número de prisioneiros negros, o que parece bastante provável.

Devemos

cios da França setentrional. Pode-se pensar que estes empreendi-

mentos

teriam satisfeito o desejo norueguês

Cabelo Fino aparecer em cena, embora as condições criadas por ele na Noruega devam ter estimulado a colonização das Feroé e da

costas da Europa setentrional, mas nem os noruegueses nem os dinamarqueses pararam. À frente deles estava a Espanha e o Mediterrá-

Islândia. O primeiro estabelecimento nas Feroé, de acordo com fontes escandinavas medievais como a Saga dos Ilhéus de Feroé (no

neo, onde as duas nações parece terem atuado juntas. Esta foi uma

continuação direta do trabalho dos Loire-Vikings noruegueses, enquanto que os dinamarqueses atuavam no Mediterrâneo sob dois

Flateyjarbók) e a Saga do Rel Harald de Snorri, ocorreu durante o reinado de Harald Cabelo Fino, em outras palavras, no último perío-

líderes: Bjôrn Cara-de-Ferro, filho de Ragnar Lodbrok, e Hasting.

do do século IX. Fontes estrangeiras contemporâneas não mencionam as ilhas Feroé, embora tenha sido salientado que o geógrafo irlandês Dicuil, que viveu na França, provavelmente estava se referindo às Feroé quando mencionou, num documento que data por volta de 825, “as inúmeras ilhas na parte norte do mar Britânico -as quais podem ser alcançadas a partir do norte das ilhas britânicas em dois dias se o vento é favorável”. E ele prossegue: “Estas ilhas, sem nome e desabitadas desde tempos remotos, estão agora abandonadas por eremitas que tinham buscado lá isolamento, devido à chegada dos piratas do norte. Estas ilhas estão repletas de ovelhas e de muitas variedades de pássaros marítimos”. Estas referências aplicam-se

Fontes literárias (entre elas uma árabe) mencionam duas campanhas na Península Ibérica: a primeira em 844, a segunda poucos anos

depois (859-62), a última penetrando no norte do Mediterrâneo. A primeira expedição de 844 seguiu a costa da Galícia até a cidade cristã de La Corufia; mas aqui os Vikings não tiveram sorte. Os nativos mostraram-se tão fortes que as embarcações Vikings com suas velas vermelhas (como relatam as fontes) passaram ao largo. Navegaram ao longo da costa portuguesa, e finalmente alcançaram e capturaram Lisboa. Pouco depois Cádiz e até mesmo Sevilha tiveram a mesma sorte, uma façanha extraordinária, considerando que estas duas cidades estavam bem no centro do poderoso Califado de

admiravelmente às Feroé, e a consideração de que os eremitas celtas nas suas devotas perambulações — que a história frequentemente registra pelos mares do norte, devem ter alcançado esse grupo isolado de ilhas e lá se estabeleceram com sua religião cristã e suas ovelhas, não é de todo improvável. Quando os emigrantes noruegueses que procuravam por terras férteis chegaram nestas ilhas distantes por volta do ano de 800, evidentemente não as encontraram total-

Córdoba. Porém, a esta altura a sorte dos Vikings mudou, e após

uma grande derrota estavam felizes por trocar seus prisioneiros por

comida e roupas, e logo toda a frota estava de regresso à terra natal.

A segunda aventura foi muito mais ambiciosa: sob a liderança de

Bjórmn Cara-de-Ferro e Hasting, uma frota de sessenta e duas embarcações partiu da Bretanha. Desta vez, porém, eles encontraram a costa

mente devastadas, e a expulsão dos eremitas celtas que haviam buscado refúgio lá, deve ter sido um problema fácil de resolver. Esta

da Espanha fortemente protegida, e somente puderam saquear Algeciras no Estreito de Gibraltar. De lá foram para Nekor em Marrocos,

primeira colonização das Feroé pelos noruegueses teve a forma de

e oito dias depois navegaram em direção norte passando pelas ilhas Baleares indo para o litoral sul da França, onde montaram um acam-

O a oc O om eua mm ss —

50

e

campanha pertence a história relatada por historiadores francos, de



para O leste em direção ao norte da Itália, onde pilharam Pisa. A esta

O

pamento na ilha de La Camargue no delta do Reno. Ali permanece-

habitantes da área costeira e do delta. Em 860 os Vikings se voltaram

considerar ainda as aventuras dos noruegueses pelo

Atlântico Norte. Estas tiveram início sem dúvida antes de Harald

de expandir-se pelas

ram por algum tempo, causando grande incômodo e prejuízo aos

de volta com eles para a Irlanda um certo

* Os Vikings diziam que Hasting havia morrido como cristão e eles miviadicaram um sepultamento cristão na igreja da cidade para ele. Mas, durante à cerimônia, Hasting repentinamente ressuscitou, matou o bispo & saqueou & cidade apolado por seus homens que tinham estado secretaments armados o tempo todo.

51

intermitentese casuais chegadas de grupos ou famílias imigrantes, e não foi, portanto, suficientemente importante para ser mencionada

na literatura islandesa do século XIII. Ela registra somente os estabe-

lecimentos ocorridos após Harald Cabelo Fino ter expulsado um

grande número de dissidentes de seu reino unificado. Assim, a Saga , ban Kam m Gri o mad cha em hom um via “Ha diz: oé Fer de us Ilhé dos que foi o primeiro homem a estabelecer-se nas ilhas Feroé nos tem. pos do rei Harald Cabelo Fino. Naquela época muitas pessoas fugi. ram (da Noruega) devido à tirania do rei. Alguns fixaram-se nas

ilhas Feroé é ali construíram fazendas; outros foram para outras ter. ras desabitadas”. Há também a história do foragido chamado Nadd.Odd que se apoderou de terras nas Feroé aparentemente em meados

' do século IX. Na Islândia também há razões para se supor a existência de alguma habitação celta dispersa antes da chegada dos noruegueses, apesar de Snorri afirmar que a colonização da Islândia pela Noruega era inteiramente devida à pressão exercida por Harald Cabelo Fino. Aqui também podemos nos referir ao trabalho do irlandês Dicuil, o qual diz que monges irlandeses haviam encontrado seu

caminho para a Islândia. E finalmente é relatado no Islendingabók de Ari Frodi (cerca de 1130) que na Islândia os noruegueses encontraram cristãos irlandeses, chamados papar, os quais logo partiram,

“pois não viveriam lado a lado com pagãos”.

Fontes escandinavas escritas mencionam três homens distintos como sendo os primeiros a chegar na Islândia. Quem realmente foi o primeiro a chegar, não se sabe. Havia Nadd-Odd, mencionado acima, que numa viagem da Noruega para sua casa nas ilhas Feroé foi desviado da rota devido a uma tempestade, e foi parar numa terra desconhecida — Islândia — e que por sua conta a chamou de “Snowland”*.

O segundo foi o sueco Gardar, que também caiu de sua rota no norte

da Escócia, e então encontrou a Islândia, Invernou ali e, de volta à

Suécia, deu à ilha o nome de “Gardasholm”. O terceiro foi um norueguês, Floki, natural de Rogaland, que soube da descoberta de

“Snowland” feita por Nadd-Odd, e partiu em busca da ilha com três embarcações, navegando via Shetlands e Feroé. Chegou ao seu destino e lá ficou durante o inverno, duas vezes em condições difíceis,

mas acabou concluindo que o lugar era muito pequeno para o seu gosto, e retornando o chamou de “Iceland” **, Estas três viagens.

ocorreram muito provavelmente bem antes da ascensão de Harald Cabelo Fino ao poder na Noruega.

A mais importante fonte de informação sobre a colonização da Islândia no fim do século IX e começo do século X é o famoso islán-

dês Landnámabók (o livro da tomada de terra), que data de pouco

depois de 1200. Ali são mencionados os nomes de uns quatrocentos

colonizadores, e muitas vezes também os lugares de onde vinham. Muitos deles eram da Noruega ocidental, alguns vinham das colônias norueguesas nas ilhas escocesas setentrionais-e na Irlanda; poucos vinham da Noruega ocidental e da Suécia, e nenhum da Dinamarca.

É importante que se perceba o influxo da Irlanda, pois isto apóia

a opinião expressa pelo arqueólogo norueguês Shetelig, de que “os elementos celtas devem ter feito muito para fazer distinguir os islandeses dos noruegueses, e provavelmente deram uma valiosa contribui-

ção à posterior literatura islandesa”. A maneira correta e tradicional com que um colono escolhia seu . ponto. de colonização no novo país era a de jogar o suporte de seu assento ao mar e segui-lo conforme fosse arrastado pela água ao desejo dos deuses. Onde esse suporte ancorasse, o imigrante tomaria posse da terra para si próprio e para seus seguidores, construiria sua casa e um templo para os deuses. No final do século, milhares de colonos haviam construído seus lares na Islândia. Um dos primeiros, o norueguês Ingolf Arnason, descobriu que o suporte de seu assento havia ancorado numa praia na costa sudoeste da Islândia,

num local onde as primaveras eram quentes e enevoadas. Fixou-se lá,

nomeando

o lugar de Reykjavik, que significa “bafa de fumaça”,

e atualmente esta é a capital do país. Essa nova comunidade da Islândia conservou o sistema legal norueguês bem como o seu idioma. Porém, isto não perdurou muito no século seguinte, pois antes

que isto acontecesse os islandeses começaram a considerar-se um povo nórdico independente. Os suecos

Voltemo-nos agora para a Suécia. Em capítulo anterior foi feita uma referência ao Volga Rússia durante o século VIII, com seus dois Khaganates (ou impérios) — o Khazar no sul e a Bulgária no norte. À situação se apresentava de tal modo que se tornou uma tarefa lógica que os escandinavos ativos unissem, através do Volga, estes dois grandes poderes, e que explorassem completa-

mente as óbvias oportunidades comerciais. Os suecos eram as pessoas * Terra de neve. (N.T.) ++ Terra de gelo. (N;T,)

52

certas para esta tarefa. As suas aventuras colonizadoras e mercantis tiveram início no Báltico, foram mais tarde desenvolvidas ainda em 53

direção oriental, para OS lagos Ládopa e Onega. O firme desenvol.

do as tur ontro entres astacul a vimento do comércio ocasionou um enc l e p m é b m a m , a g l o V do o h n i m a c lo pe só o ã n norte e do sul, rota mais próxima (embora provavelmente mais perigosa), abaixo do Dnieper para o mar Negro e Bizâncio. Este encontro — obviamente não somente um, sob circunstâncias específicas — aconteceu nas primeiras décadas do século IX. Há dois tipos de evidência que

provam que isso realmente aconteceu, sendo uma arqueológica e a outra literária. Ao norte da pequena e moderna cidade de Staraya

Ládoga (antiga Ládoga), perto do extremo sul do lago Ládoga, arqueólogos russos escavaram uma grande aldeia. As camadas mais profundas e antigas deste local provam ser de origem finlandesa,

No alto delas foram encontrados os vestígios de quarteirões de casas de madeira com lareiras de pedra, poços quadrangulares de madeira, estábulos, etc., e outros vestígios que provam com certezá que desde

o princípio do século IX até a metade do século XI houve naquele

local uma grande colonização de origem sueca. Quando os colonos suecos ou “rus” cheparam na terra que agora tem o seu nome, foi ali que eles se fixaram em primeiro lugar.

Aldeigjuborg, nome deste lugar em antigo escandinavo, faz com que consideremos por um instante a situação desta cidade com referência às suas comunicações com o sul e o leste. Entre o lago Ilmen e o lago Ládoga passa o rio Volkhov; Aldeigjuborg ficava aproximia-

“damente a seis milhas ao sul da entrada deste rio no lago Ládoga,

No período Viking qualquer pessoa que quisesse viajar para o sul seguiria uma rota indo de Aldeigjuborg ao longo do rio Volkhov para a cidade de Novgorod (Hólmgarôr em antigo escandinavo). De lá o caminho continuava através do lago Ilmen e ao longo do rio Lovat,

Por esta rota a região oriental de Polotsk era alcançada, perto da qual três grandes rios têm suas nascentes: o Dvina, que passa pela baía de Riga; o Volga, que desemboca para o leste, e o Dnieper, que vai dire-

tamente para Kiev e para o mar Negro. Se, por outro lado, o viajante

de Aldeigjuborg desejasse viajar para as terras do Leste, ele poderia ir tanto pelos rios Syas e Mologa para o Volga, ao norte de Rostov, ou navegar pelo rio Svir, que se junta aos lagos Ládoga e Onega; e de - Onega seguir o rio até o quase circular mar Branco, onde iria encontrar o centro comercial de Byelosersk, e ir mais adiante ao sul ao longo do Syeksna em direção do Volga. Desde Aldeigjuborg, portanto, ambos os caminhos ofereciam aberturas para homens audazes e aventureiros à procura de oportunidades comerciais. As peles, O mel e os escravos iam através de um território ocupado por tribos

de finlandeses e permianos abaixo do Khaganate dos búlgaros. De lá

54

segulam em frente, cuidadosamente protegidos, pelo caminho do Volga, para o Império Khazar, para Itil e através do mar Cáspio juntando-se às rotas das cavernas para o Califado de Bagdá.

A evidência literária para os contatos via Oriente, entre a Suécia e

o longínquo sul, vem, muito estranhamente, de uma fonte da Europa Ocidental — França, Ela existe devido ao acontecimento casual de que, na primavera de 839, mensageiros dos rus para o imperador

bizantino, Theophilus, foram impedidos de voltar pelo caminho que

tinham vindo por causa da inquietação entre as tribos no Dnieper.

Uma missão bizantina estava para partir, enviada por Theophilus ao imperador franco Luís, o Piedoso, e ela levou os mensageiros sob sua proteção, até a cidade de Ingelheim no Reno onde Luís estava

residindo. Sabemos disso através de uma crônica escrita aproximadamente vinte anos mais tarde pelo bispo franco Prudentius, que possivelmente estava em Ingelheim naquela época. Ele conta que

Luís, que tinha sofrido ataques Vikings em seu império, insistiu em

examinar os mensageiros dos rus, a fim de convencer-se de que eles não eram espiões Vikings. Prudentius não diz se eles foram embora, mas revela dois itens de grande interesse para os historiadores: o primeiro é que o Imperador Theophilus em sua carta a Luís escreveu que os mensageiros declararam que tinham sido enviados pelo Khaganate de rus; O segundo é que os próprios mensageiros disseram a Luís que não eram suecos, embora fossem “de origem sueca”. O

estudioso dinamarquês Stender-Petersen foi o primeiro a reconhecer o significado desta evidência. Prudentius. nada mais diz sobre a terra de origem dos mensageiros, mas o ponto principal está claro: os homens eram de um Khaganate de rus do norte, onde quer que

tenha sido. Portanto, antes da metade do século IX, os colonizadores suecos haviam feito, no norte da Rússia, uma colonização tão inde-

pendente que eles podiam enviar seus próprios embaixadores ao distante imperador bizantino. Stender-Petersen sugere que estes emigrantes suecos, OS rus, eram originariamente fazendeiros que, reconhecendo as importantes possibilidades de comercializar com o Oriente, decidiram desenvolvê-las

primeiramente pelo caminho do Volga e mais tarde pelo Dnieper. Esta interpretação está aberta a hipóteses, mas não há dúvida no

fato de que a expansão sueca era de caráter essencialmente mercantil. Esta diferença é notada entre as atividades Vikings no norte da Europa e os empreendimentos suecos no Oriente; as jornadas suecas

eram empreendidas não em busca de pilhagens, mas sim de novos

mercados. É difícil dizer o quão independente era de sua terra natal

(o reinado de Uppsala) este Khaganate rus no norte da Rússia.

55

As

multas

moedas

orientais e outros

objetos,

particularmente

do século X, encontrados na Gotlândia e no centro comercial de

entre outros lugares”,

interesse nesse tipo de negócio. Historiadores é arqueólogos escan-

que, quando o Khaganate dos rus enviou embaixadores ao impera-

no fim do século IX a Suécia era politicamente ativa em desenvolver o comércio entre a Europa Oriental e Ocidental, assegurando para si própria o controle não somente das longas rotas através da Rússia, como também do porto para o mar do Norte, Hedeby, que foi cair

Petersen seja de opinião de que o Khaganate veio a existir numa data anterior, e na região do Volga superior do nordeste da Rússia. Até

agora não há nenhuma evidência conclusiva para as duas alegações.

Dendminar esta complexa atividade de “as bases do Império Russo” significa provocar violentas discordâncias entre historiadores

de seus governantes: Hóskuld e Dyri. Por volta de 860 este avanço já tinha progredido de tal forma que os rus foram capazes de atacar Bizâncio, que, entretanto, foi capaz de defender-se. Sabe-se que

Birka em Uppland, sugerem que o reinado sueco tinha um profundo

Desta

dinavos comumente consideram como bem fundada a crença de que

O príncipe rus Hóskuld, que capturou Kiev, adotou a fé cristã,

mas seu exemplo parece não ter sido seguido extensivamente pelo

povo rus, € seus. sucessores em Kiev mantiveram o paganismo por muito tempo.

Excluindo

gorod.

56

Rússia — no oriente e ocidente, guerreiras e pacíficas — lá, gradual-

mente, desenvolveu-se uma atividade comercial muito difundida cujos líderes foram os “varangianos”. Aparecem nomes escandinavos nos registros da região, um pouco influenciados pelos termos russos: Helgi passa a ser Oleg; Yngyvar, Igor; Valdemar, Vladimir; etc. Não há nenhuma colonização no sentido de os suecos terem se apoderado

de terra com a intenção de fixarem-se permanentemente nela. O

motivo deles era estabelecer (frequentemente pela violência) rotas comerciais unindo centros mercantis que, no tempo devido, tornaram-se cidades. Tal fato é confirmado pelo escritor árabe

ao sul, para Smolensk,

o so O O O ——s——

rus estendeu-se

1

Lado a lado com estas incursões escandinavas do século IX na

toda a família e todo o povo rus com eles. É relatado, além disso,

Daí o povo

que originou-se, como

Dnieper, e fazendo isso entrarara em conflito com os rus de Nov-

escolhidos como governantes, e os três concordaram em ir, levando

(Hólmgarór).

de Novgorod,

começando em Polotsk no Dvina. Liderados por um homem chamado Rôgnvald, os Vikings aventuraram-se para o sul ao longo do

necessita de ordem. Venham e nos governem”. Três irmãos foram

novos morreram, e Rurick assumiu todo o poder; foi então para o sul e construiu nas margens do Lago Volkhov a cidade de Novgorod

o Khaganate

vimos, de Aldeigjuborg, houve outra linha de expansão escandinava,

mosteiro-caverna de Kiev, dá o seguinte relato sobre a origem do - povo rus: “Os varangianos vinham de além do mar e requeriam tributo do povo finlandês e eslavo. Eles foram afugentados, mas no devido tempo irromperam divergências entre os povos, e tornaram-se tão pungentes que disseram: 'Deixem-nos encontrar um príncipe que nos governará e julgará justamente”. Foram então pelo mar ao encontro dos varangianos, dos rus (pois os varangianos eram chamados de rus, como outros eram chamados. de suecos, normandos, anglos e godos), e disseram aos rus: “Nossa terra é grande e fértil, mas

Isborsk, ao sul da Estônia. Dois anos depois os dois irmãos mais

é legítimo assumir-se

houve, logo depois disso, contatos mais amigáveis entre os gregos e os IUS.

A Russian Primary Chronicle, ou Nestor's Chronicle, datando de pouco depois de 1100, tida como coligida pelo Monge Nestor no

perto do mar Branco (em Byelosersk), e o terceiro, Truvor, em

Chronicle*

Há, no entanto, certeza de que o povo rus penetrou rapidamente no sul ao longo do Dnieper até Kiev. Sabemos o nome de dois

europeus ocidentais e orientais. Tal expressão é de qualquer forma enganadora, implicando o estabelecimento do Grande Estado Russo. Na Rússia Oriental, ao longo do Volga, haviam Khaganates independentes que nada deviam à colonização sueca, e também muitos Estados no sul da Rússia lado a lado com territórios bizantinos. Todavia é interessante notar como as tradições de sua origem desenvolveram | uma forma fixa na literatura dos próprios rus, um tipo de mito com relação ac nascimento da nação com um núcleo de verdade histórica.

cidade de Aldeigjuborg (Ládoga Antiga). O segundo, Sineus, fixou-se

em Nestor's

dor bizantino em 839, sua capital era Novgorod, embora Stender-

em mãos suecas por volta do ano de 900.

que o irmão mais velho, Rurick, foi para Ládoga e lá construiu a

narrativa

lbn

Rustah, que relata sobre os rus em meados do século X: “Eles não têm nenhuma terra, mas vivem inteiramente com o que importam dos países dos eslavos”.

fator um o tornad se tinha sueca cia influên a 900 de Por volta

* Crônica de Nestor. (N.T.)

57

muito importante na Europa Oriental; uma grande rede de rotas fluviais tinha sido estabelecida, e pelo menos dois Khaganates escan-

dinavos permanentes haviam sido fundados, um com base em Noygorod e outro em Kiev.

CAPITULO IV O SÉCULO X

Os dinamarqueses A primeira parte do século X parece ter sido uma época difícil

para os dinamarqueses. Seus prolongados conflitos na França e Ingla-

terra, especialmente as sérias derrotas que sofreram na Bretanha em 890 e em Louvain em 891, tinham solapado suas forças, tanto que

quando os suecos, por volta de 900, atacaram o sul da Dinamarca,

os dinamarqueses foram incapazes de apresentar uma defesa efetiva. Naquela época o rei da Dinamarca era Helgi (se não for uma figura mítica). Ele foi derrotado por “Olaf, que veio da Suéciae apoderou se do reinado dinamarquês pela força das armas”. Nossa autoridade para isso é Adam de Bremen, que fez esse registro em 1075, mencionando como fonte seu contemporâneo, o rei dinamarquês Swein Estridsson. O sueco Olaf governou no sul da Dinamarca por algum tempo com seus-filhos Gnupa e Gurd, e foram sucedidos por Sigtryg,

filho de Gnupa. A esposa de Gnupa, Asfrid, erigiu duas pedras rúni-

cas em memória a Siptryg, que foram encontradas não muito longe de Hedeby na cabeceira do fiorde Slie em Slesvig. Essas duas

inscrições (juntamente com o depoimento de Adam de Bremen)

sul no reinou sueca real casa a que de prova grande uma oferecem da Dinamarca durante uma geração. Depois, ficamos sabendo que, icos. germân os com to confli num ido envolv esteve Gnupa em 934,

condidas to respei a lo capítu último no dito foi que do Sob a luz os que de fato O nte eende surpr é não ias, europé ções comerciais de elo O era que y, Hedeb lar contro para os ansios suecos estivessem suecos Os o. Báltic O e Norte do mar do cio comér o ligação entre

estendé-las mesmo até e ades, ativid duas as nar combi agora podiam para o seu próprio grande centro, Birka, no lago Malar.

França da norte no ses arque dinam s Viking O que aconteceu aos fontes his-

As 900? à iores poster e ores anteri nte atame imedi nos anos

Vaast Santo de Anais Os o. assunt neste ntes retice tóricas são muito Flodoard,

Reims, de monge o e 900, de ano do volta cessam por 58

59

s mai s ano te vin o nt me da ma xi ro ap iva rat nar “somente dá início à sua de tar is ma os an m ce que n, ti en Qu São de go ne cô o tarde. Dudo,

a, di an rm No da es qu du os re sob co ni gí ne pa o escreveu seu fastidios

que é , to an et tr en to, cer é que O a. nç ia nf co de no dig é re nem semp

. an rm No da e qu du ro ei im pr O -se nar tor a iri de tar s mai que Rollon, em o nd ta lu s ng ki Vi s seu m co ulo séc do da ca dé ra ei im pr a dia, passou sua À or, fav Seu à re mp se m ne te sor a m co na Se do e val no as alh bat s ma s, uê rq ma na di era ele que a lar dec do Du a: ert inc é e ad id al on ci na fontes escandinavas chamam-no de norueguês. Seu exército era sem se uce le be ta es on ll Ro s. uê rq ma e na nt di me te an in om ed pr da vi dú firmemente no norte da França e, a despeito de ocasionais contra-

tempos e derrotas, não foi fácil livrar-se dele. É mais provável que

ele fosse o verdadeiro governante da Normandia durante um certo tempo, antes que o rei franco Carlos, o Simples, lhe transferisse o cargo sob a condição de que jurasse fidelidade e protegesse a Normandia de outros ataques Vikings. A elevação oficial de Rollon ao ducado, que aconteceu em São Clair-Sur-Epe em 911, marca um estágio importante na história da França. Rollon cumpriu as promessas feitas a Carlos e defendeu o país contra seus compatriotas. Estabeleceu seus homens na terra para cultivá-la e apoiou Carlos em problemas subsequentes. Quando a violência abalou os territórios do rei, Rollon, em aliança com seus amigos noruegueses, os Vikings do Loire, manteve a ordem na Normandia até que Carlos pudesse restabelecer sua autoridade. Desta forma o ducado da Normandia surgiu como uma colônia escandinava nas margens do baixo Sena, estendendo-se ao nordeste em direção à Picardia (no rio Bresle) e a sudoeste em direção à

Bretanha (em Saint-Malo), enquanto que através do Canal da Mancha

situava-se o atraente e próspero sul da Inglaterra. O ducado de Rollon abrangia aproximadamente as atuais províncias do Sena

Inferior, Eure, Calvados, Uramcha, e a maior parte do Orne. Os topô-

nimos da província dão um grande testemunho de sua origem escandinava, especialmente perto do Sena, a via navegável pela qual os Vikings chegaram. Há inúmeros nomes de aldeias com os sufixos do

antigo escandinavo: -tofte, -garde, -lond, -torp. Outros têm como pre-

fixos nomes pessoais de origem escandinava, tais como: Thorbjórm,

Asmund, Ulf e Ragnar. Rollon foi batizado em 912, e naquela época as grandes invasões Vikings no território franco estavam terminadas.

Um ou dois ataques menores ocorreram no século X, mas, no geral, Rollon e seus sucessores fizeram-se respeitar amplamente. Na Inglaterra, durante as primeiras décadas do século X, os

Vikings dinamarqueses 60

não

tiveram muita

sorte. Eduardo,

o fi-

lho mais velho de Alfredo, o Grande, era um guerreiro obstinado

e habilidoso que, juntamente com sua irmã Athelfizd (a “Senhora dos Mercianos”), agora com sucesso, tinha provocado uma guerra em Danelaw. Sua estratégia consistia em estabelecer e guarnecer um número de fortalezas que serviam como bases para ataques ao inimigo. Os dinamarqueses foram forçados a retroceder, sofrendo uma derrota após outra; não havia reforços disponíveis em sua terra

natal. Eles também foram duramente pressionados no norte da Ingjaterra, ora pelos anglo-saxões, ora pelos noruegueses e bretões, penetrando no noroeste da Inglaterra e da Escócia. Por volta de 918 os prejuízos e retiradas dos dinamarqueses tinham se tornado tão consideráveis que os anglo-saxões eram os donos da região logo acima do rio Humber. No norte, o norueguês Rôgnvald, vindo da Irlanda e que havia capturado York em 920, foi forçado a fazer

apressadamente

as pazes com o invencível. Eduardo que, após o

falecimento de sua irmã em 918, havia anexado toda a Mércia ao seu reino. Em 924 Eduardo morreu e foi sucedido por seu filho Athelstan, outro bravo guerreiro que, em 927, conquistou toda a Nortúmbria e também York. Dez anos mais tarde ele encontrou as forças unidas de seus inimigos no norte e noroeste lideradas por Olaf de Dublin,

e as derrotou num lugar chamado Brunanburh, que nunca foi localizado. Athelstan tornou-se um dos maiores reis de Wessex e da Inglaterra; o Rei Harald Cabelo Fino enviou-lhe uma embaixada com o presente de um magnífico navio Viking. Quando Athelstan morreu em 939 ele era o soberano de Wessex, Mércia, Nortúmbria,

York, Danelaw, e de algumas partes da Cornualha. No decorrer do ano 940 seu irmão e sucessor, Edmundo, estava com sérios probleDublim. de noruegueses invasores com batalhas em envolvido e mas dos inimigos cruéis como aparecem dinamarqueses os Nessa época Em anglo-saxões. Os com aliança em resistiram que noruegueses, voltado, havia que banido um por assassinado foi 945 Edmundo

noruso tarde, mais anos Alguns trono. o herdou Eadred irmão seu e

mais e Nortúmbria da rei como surge Sangue de guês Eric Machado tarde de York, lutando, entre outros, contra um dos reis de Dublim.

por assumidos foram domínios seus e 954 em expulso foi Ele Eadred, que morreu no ano seguinte sem ter tido filhos. Por algum esta a e Vikings, Os com problemas teve não tempo a Inglaterra

Dinamarca. na acontecendo estava que o considerar vamos altura a rc ma na Di da sul no o ec su o rn ve go o X lo cu sé Nos anos 30 do ses que

ue rq ma na di Os am er o nã , to an et tr En . ar in rm “ estava por te 4, 93 Em . os ic ân rm ge OS m si s ma , os ec minando os su estavam do

61

uma , sia Frí da tas cos as cou ata pa, Gnu , eby Hed de co sue rei o

aventura insensata que provocou vingança imediata do rei germânico

Henry, o Caçador de Aves Selvagens, que atacou Hedeby, derrotou

Gnupa e o forçou a aceitar o batismo. Dois anos depois Henry mor.

reu. Adam de Bremen (mencionando como fonte Swein Estridsson)

dá o seguinte relato a respeito do fim do governo sueco na Dina. marca: “Quando ele (Sigtryg, filho de Gnupa) havia reinado pouco

tempo

ainda, Hardegon,

filho de Swein, que era proveniente da

'Nortmannia, tomou-lhe os poderes reais”. Agora Nortmannia pode

significar ou Normandia ou Noruega, portanto é impossível dizer

de onde este Hardegon era proveniente ou quem era ele. O governo sueco chegou ao fim logo depois de 936, e a próxima dinastia de

reis da Dinamarca estava ligada não a Hedeby e Slesvig, mas sim a Jelling, na Jutlândia do Sul. Aproximadamente em 940, em Jelling, viveu o primeiro rei de que se tem conhecimento desta linha, Gorm, o Antigo, e sua rainha

Thyri, cuja pedra rúnica memorial a reverencia como Danmarkar bót, que quer dizer “a restauradora da Dinamarca” — uma distinção

cuja tradição atribui à melhoria que Thyri deu ao grande baluarte, o Danevirke, ao-longo da fronteira sulina. A inscrição diz: “O rei Gorm fez este monumento para sua esposa Thyri, a restauradora da Dinamarca”. Hans Brix interpretou a inscrição de modo que a frase “restauradora da Dinamarca” referia-se ao próprio Gorm, mas os filólogos em geral não aceitam esta suposição. Gorm era pagão, e foi construída uma câmara de sepultamento feita de madeira numa grande colina em Jelling, como uma sepultura dupla, indubitavel-

mente para ele e sua esposa. Ligado a esta colina, que ainda existe, o arqueólogo dinamarquês Dyggve encontrou um enorme lote triangular de solo emoldurado por pedras verticais, marcando, assim, um local consagrado. Pode-se assumir que Gorm morreu durante o ano de 940, e nada mais sabemos sobre ele. A respeito de seu famoso

filho, Harald Dente Azul, sabe-se muito mais, pois foi sob o seu domínio que a Dinamarca voltou a ter sua força anterior. Entretanto, esta recuperação não começou imediatamente. Em primeiro lugar, havia claramente uma forte influência germânica na Dinamar-

ca, que se revelou no estabelecimento das três primeiras dioceses deste país. Adaldag, arcebispo germânico de Hamburgo, tornou-se

primaz do reinado, Assim o cristianismo foi introduzido oficialmente na Dinamarca por volta da metade do século X, quando Harald ainda

era pagão. No devido tempo, sem dúvida sob a pressão germânica de

Otto I, Harald foi batizado pelo padre Poppo, que, perante a pre-

sença de Harald, submeteu-se à prova do fogo como uma demonstra-

62

ção do poder do cristianismo. Este fato deve ter ocorrido

por volta

de 960. Nesta época também Harald tomou armas contra É eli

estimulado por sua irmã Gunnhild, viúva do rei norueguês Eric

Machado de Sangue, que fora exilado para a Inglaterra. Gunnhild queria recuperar o trono da Noruega do irmão mais novo de seu último marido, Hakon. Harald Dente Azul concordou em ajudája nesse propósito, mas a princípio não teve sucesso. Hakon não somente o fez retroceder, como também tomou a ofensiva, e em 957 atacou a Jutlândia e Skane, e também apoderou-se de toda a

Zelândia. Depois deste episódio, a maré voltou-se a favor de Harald, que expulsou os noruegueses da Dinamarca, invadiu a Noruega e, numa batalha decisiva em Hordaland, derrotou e matou Hakon.

Pouco depois de 960 ele era o único monarca dos dois países. Foi esta façanha que o Rei Harald Dente Azul, com justificável

orgulho, acentuou no monumento que ele construiu em Jelling em

celebração a seus pais, o Rei Gorm e a Rainha Thyri, e também em

sua própria honra, A grande pedra Jelling (Il. 19b) é uma obra de arte notável, decorada com entalhes nos quais as figuras de Cristo crucificado e a de um leão enorme, circundadas por ornamentos em forma de laços, ocupam posições dominantes. Na legenda lê-se: “O Rei Harald mandou fazer este monumento em memória a seu pai,

Gorm, e sua mãe, Thyri. Harald, que venceu toda a Dinamarca € Noruega e fez dos dinamarqueses cristãos”. Este memorial tem sido

chamado de “o certificado de batismo dos dinamarqueses”, e certamente a consolidação do cristianismo na Dinamarca foi a mais duradoura das três grandes realizações do Rei Harald, Logo começou a desenvolver-se uma inquietação na Dinamarca. Harald Capa Cinza (filho de Eric Machado de Sangue) esteve no poder por algum tempo, mas o exilado Conde Hakon, cujo pai,

Sigurd, havia sido queimado vivo por Harald Capa Cinza, solicitou

asilo a Harald Dente Azul, e eles vingaram-se matando Harald Capa Cinza numa batalha no fiorde Lim na Jutlândia. A Noruega estava

sobeum como norte no estabelecido Hakon Conde o agora dividida, rano independente, e governando o oeste como um vassalo a serviço de Harald Dente Azul, enquanto que no sul da Noruega o próprio Harald era rei. Assim estava a situação imediatamente após 970.

vindo vez desta perigo, sério um época mesma nessa Entretanto, vincomo 974, Em Azul. Dente Harald por enfrentado foi do sul, germáimperador o Holstein, em dinamarqueses gança por ataques

auxílio pediu Harald Rei O Hedeby. e Danevirke atacou II Otto nico

recuado. Otto manter pôde não assim mesmo mas Hakon, ao Conde estabelá distrito, O todo dominou e Danevirke em Otto penetrou 63

oy per a rot der À a. id ec am gu e nt me sa ro go vi eza tal tecendo uma for

brigas entre Harald e o Conde Hakon, disputas estas intensificadas

tra o rei sueco Eric, o Vitorioso, que ocupava partes da Dinamarca,

zado. O resultado foi que Hakon assumiu independência na sua parte do

preço muito alto. Na última década do século as atenções de Sweln

que Swein foi capturado pelos eslavos e, finalmente, resgatado a um

- pelo fato de Harald ter insistido com que o Conde Hakon fosse bati.

o á-l jug sub a par ld ra Ha de os orç esf os que to an qu en a, da Norueg

Barba Forcada voltaram-se para a Inglaterra. Após a morte de Eadred em 955 houve um longo período de paz na Inglaterra, durante pelo menos um quarto de século. O elegante sucessor de Eadred, Eadwig, o Justo, morreu jovem, e seu irmão

. ros ífe rut inf se mra ra st mo a eg ru No da sul

Somando-se aos problemas de Harald, seu filho, o violento e virtualmente pagão Swein Barba Forcada, agora começava a fazer valer os seus direitos, embora Harald ainda fosse o soberano nominal da Dinamarca. Os dinamarqueses viraram-se contra os germânicos no sul, anulando o seu poder. Em 983, o forte que o imperador Otto II

Edgar tornou-se rei. Sua coroação foi adiada, mas, quando esta aconteceu em Bath, em 973, a cerimônia solene da sagração foi combinada com um evento de grande esplendor. Príncipes escandinavos

e celtas atuavam como remadores do navio do rei, e Edgar adotou

havia construído perto de Danevirke foi tomado através de um ardil

o presunçoso título de “rei da Inglaterra e governante dos reis das

e incendiado, e depois disso Hedeby foi sitiada. Duas pedras rúnicas originárias da região de Hedeby celebram os guerreiros mortos naquela ocasião. Uma inscrição refere-se à época “na qual os homens sentaram-se em tomo (sitiaram) Hedeby”; a outra pedra, também citando a batalha de Hedeby, proclama ter sido ela erigida pelo rei Swein (o que deve referir-se a Swein Barba Forcada, que, presumivelmente como representante de seu paí, comandou as forças dinamarquesas nesta batalha). Logo depois disso ocorreu um rompimento de relações entre Swein e Harald, e o último escapou ferido indo para uma fortaleza Viking — construída possivelmente por ele mesmo — nas costas bálticas da Germânia, Jumne ou Jomsborg, onde situa-

ilhas e oceanos”. Sabe-se que ele concedeu algum grau de autonomia

a Danelaw. Com sua morte em 975 a paz foi interrompida e maus tempos vieram novamente. Seu filho mais velho, Eduardo, um príncipe violento e turbulento — que, no entanto, foi mais tarde reconhecido como um santo —, foi assassinado após quatro anos de governo,

pelos partidários de seu meio-irmão Athelred. Assim, este homem jovem, fraco, inconsistente, obcecado pela culpa do assassinato de seu irmão (pela qual certamente ele não era responsável), tornou-se rei, sendo apelidado de thelred Unrad — Athelred “Não-Aconse-

lhado”. Um governante irresoluto era a última coisa de que se precisava no momento, pois os ataques Vikings haviam recomeçado e estavam se intensificando. Entre 980 e 982 houve ataques menores no sul e nas costas ocidentais, mas de 988 em diante os ataques

se atualmente Wolin. Ali morreu por volta de 986 o grande Harald Dente

Azul, “injustamente

ferido e banido por amor ao Cristo”,

como escreve o devoto Adam de Brémen. Ele foi sepultado em Jelling, mas na sua própria igreja da Santíssima Trindade Roskilde: Em Jelling, Harald havia previamente destruído o tuário pagão de seu pai, Gorm, erguendo em seu extremo sul

e

foram mais pesados e feitos não só pelos dinamarqueses, como também pelos noruegueses, particularmente no Ocidente. O ano de 991 foi um ano particularmente desastroso para a Ingla-

não em sanum

terra, pelo fato de ter começado então o método fatal de subornar os Vikings com pagamentos de dinheiro dinamarquês (danegeld),

grande memorial, e tinha, como parece, preparado uma transferência (translatio) dos restos mortais de seus pais de uma câmara de madei-

milhões de libras de prata ano após ano, o que trouxe nada mais do que uma pausa temporária. Na realidade, os Vikings navegavam de

ra da colina do norte para um cemitério cristão. Swein Barba Forcada era um governante poderoso e ambicioso. Sem ser cristão, ele tolerava o cristianismo e apoiava o bispo da

um lugar para outro e vendiam a paz local em troca de pagamentos

à vista. No sul os normandos observavam com simpatia e interesse

este habilidoso sistema de seus parentes escandinavos e, de fato,

Jutlândia, Odinkar, mas somente por questões políticas. Sua pri-

deixavam seus portos disponíveis, se fosse necessário. Esta forma de apoio era fiscalizada por um negociador papal, que fez um pacto

meira ação após haver assegurado as fronteiras sulinas da Dinamarca foi atacar a Noruega, um esforço no qual foi- auxiliado pelos Jom —

entre os ingleses e franceses, confirmado em Rouen em março de

Vikings de Wolin, liderados pelo Conde Sigvald; mas a tentativa

991, embora tenha resultado efêmero. No mesmo ano, Os atacantes

Hjorungavag na Noruega Ocidental, o que deve ter acontecido por

em , sa mi Tâ ao ou eg ch ele do an Qu ). do za ti ba (naquela época já

falhou.

volta de 900. Há também uma história não autêntica no sentido de

que Swein Barba Forcada empreendeu uma guerra sem sucesso con-

64

on as gv yg Tr f Ola er líd so mo fa o am uí cl in as les ing tas cos Vikings nas 994,

O Conde Hakon ganhou uma batalha marítima decisiva em

|

a. cad For ba Bar in Swe s uê rq ma na di rei o pel o ad nh pa estava acom 65

de s õe aç rc ba em m ce s no me ou is ma de a id un Com uma esquadra , ns me ho l mi is do s no me lo pe e, nt me el av ov pr e, so ur rc pe grande

s ng ki Vi os e , ue aq at ao iu st si re de da ci a s ma s; atacaram Londre al. fin e ra er at gl In da e st de su o r ea qu sa em r ta en nt co tiveram que se

af Ol al, loc o ar ix de ra pa a at pr de ras lib l mi s ei ss mente aceitar deze

ar st ui nq co de fa re ta à se rca di de ra pa m be r po iu rt pa on Tryggvas a Noruega; Swein Barba Forcada retornou por mais que nove anos. Seu retormo será Entrementes os ataques Vikings ao longo nuaram intermitentemente durante os anos

à Inglaterra, embora não discutido posteriormente, das costas inglesas conti. de 990.

Os noruegueses

O século X também trouxe à Noruega épocas problemáticas e destinos variados para os vários soberanos, ocasionalmente intercaladas por períodos de paz e progresso. Na década de 30, três anos antes de sua morte em idade avançada, Harald Cabelo Fino renunciou a seu trono em favor de seu filho Eric Machado de Sangue, que era, evidentemente, mais Viking do que rei. Ele permaneceu no trono somente por poucos anos e preferiu, quando seu irmão mais novo Hakon, filho adotivo de Athelstan (posteriormente chamado de

“o Bom”), foi chamado de volta à Noruega, deixar o país sem dar um golpe. Foi para a Inglaterra onde por duas vezes ocupou o trono, mas foi assassinado logo depois disso. Sua viúva, a dinamarquesa

Gunnhild, irmã de Harald Dente Azul, voltou para a Dinamarca e, como foi mencionado acima, incitou os dinamarqueses a atacar o rei norueguês, seu cunhado, Hakon, filho adotivo de Athelstan. Em 960, no segundo desses ataques, Hakon foi assassinado. Ele havia

se mostrado um bom monarca, redigiu códigos legais — as leis do Gulathing e dos Frostathing — e organizou uma milícia que o habilitou a conservar somente uma pequena guarda pessoal de homens

armados e mesmo assim certo de ter apoio no caso de um ataque

repentino. Ele era bastante sensato para abster-se de forçar campo-.

neses completamente pagãos ao cristianismo. No todo, parece ter sido digno do título “o Bom”.

Os filhos de Eric Machado de Sangue agora voltavam da: Inglaterra, e entre eles estava Harald Capa Cinza, que tornou-se rei da

Noruega e mostrou um forte contraste em relação a Hakon, o Bom,. tanto no caráter como nos atos. Ele era rude tanto com o grande quanto com o pequeno. Era tão hostil à prática de sacrifícios pagãos

que procurou reprimi-los pela força, e seu reinado foi seguido por'

tempestades, falta de colheitas e fome. Capa Cinza não governou. 66

por muito tempo; como foi mencionado acima, ele foi assassinado

às margens do fiorde Lim na Dinamarca, lutando contra o Conde

Hakon que, assessorado por Harald Dente Azul, vingou o assassino de seu pai, Sigurd. Após este acontecimento, que ocorreu por volta de 970, a Noruega foi dividida em três partes. Vimos o resultado desta

divisão: como Harald Dente Azul, assistido pelo Conde Hakon, foi

derrotado pelos germânicos em Danevirke, e como a inimizade foi subsequentemente desenvolvida entre Dente Azul e Hakon. O Conde

Hakon retornou ao seu próprio domínio como o pagão que sem-

pre fora, e, alguns anos mais tarde, em Hjorungavag, resistiu com sucesso a um ataque dos Vikings-Joms na Noruega ocidental. Ele

finalmente encontrou o seu fim quando Olaf Tryggvason, a figura mais pitoresca de todos os Vikings noruegueses, voltou da Inglaterra em 955, recentemente crismado na sua fé cristã pelo rei inglês em Andover, e totalmente determinado a conquistar e converter a

Noruega. O Conde Hakon foi assassinado por um de seus criados, e Olaf foi proclamado rei pelo povo de Trondelag. Seu problema

agora era unir os vastos territórios dispersos da Noruega. O que acon-

teceu em Trondelag no norte foi muito diferente do que podia ser feito ou dito no sul ou sudoeste, especialmente na própria terra natal de Olaf, a província de Vik.

Em seus esforços para unificar e consolidar, Olaf colocou-se con-

tra as exigências e pretensões do rei dinamarquês, Swein Barba Forcada, o qual sustentava uma tradicional supremacia dinamarquesa sobre o sul da Noruega. Fra inevitável também que os dois filhos do Conde Hakon, Eric e Swein, se tornassem os maiores inimigos de

Olaf. Olaf Trypgvason parece ter sido muito mais um guerreiro do que um diplomata. De qualquer maneira, ele não pôde impedir que

Swein Barba Forcada, através de uma série de alianças matrimoniais habilidosas, ganhasse os favores do rei sueco, Olaf Skotkonung, filho

de Eric, o Vitorioso. Ele uniu em matrimônio um dos filhos do Conde Hakon, Swein, à irmã de Skotkonung; e o outro, Eric, à sua

Barba Swein o própri o esco, parent o etar compl para e, própria filha; Forcada casou-se com a mãe de Skotkonung, viúva de quem certa

vez foi seu inimigo, Eric, o Vitorioso; criou, assim, uma rede de alianças tecida inteligentemente. de naval a batalh na fim ao chegou vason Trygg Olaf com Sua briga Svold no ano 1000. Discute-se se o local da batalha foi em Oresund

à para os aspect dois Havia ia.. Germân da as báltic costas ou fora das seus r mante em falha sua foi deles Um . vason Trygg Olaf de situação Conde pelo e ga Norue da pelos traído foi ele — unidos partidários aostent osa majest sua a foi outro O gs. Vikin Jomsdos Sigvald, líder 67

ção pessoal. A despeito de sua gigantesca embarcação de grande

porte, o Long Dragon — O maior navio de guerra já visto no norte —.

incorporada à Inglaterra. Olaf Cuaran mais tarde invadiu O noro-

por uma força superior. Swein Barba Forcada tornou-se então suse.

dito, na batalha de Brunanburh em 937. No ano de 940 ele e Eric

este da Inglaterra, vindo a ser derrotado finalmente, como já foi

a frota de Olaf mostrou-se fraca demais. Ele foi derrotado e morto

Machado de Sangue foram alternadamente reis em York: houve

rano de toda a Noruega, embora os dois condes, Bric e Swein, que

então, um longo período de paz na Inglaterra sob o Rei Edgar. Antes . de deixarmos este sumário sobre a influência norueguesa nas regiões

haviam sido seus aliados, exercessem autoridade abaixo dele no norte do

país.

Esta

era então

a situação

por volta do

ano

1000

inglesas, irlandesas e escocesas, é preciso referirmo-nos à Sigurd, o Forte, o mais poderoso dos condes das Órcades, que se tomou o

na Noruega e

Dinamarca. Vejamos agora o que aconteceu no século X na esfera de

soberano de todas as ilhas escocesas e irlandesas, incluindo a ilha de

interesse da Noruega no oeste, nas antigas regiões para caça Viking

Man, cujas cruzes de pedra do século X mostram uma significativa

ao longo das costas e ilhas do Atlântico, e, primeiramente, o que

mistura de motivos e tradições, tanto norueguesas quanto celtas, pa-

se passou na Irlanda e nas áreas irlandesas, escocesas e inglesas. Nós

gãs e cristãs,

completamos nosso último estudo dessas regiões com a conquista

Os Vikings noruegueses no século X iam para o sul em direção

irlandesa de Dublim em 901. Este fato foi uma grande desgraça para os noruegueses. De suas bases no norte da Inglaterra, principalmente na Nortúmbria, eles preparavam sua vingança, Eles de fato revidaram duas vezes — em batalhas em Confey em 916, e Climashogue em

à França, saindo da Irlanda e do mar da Irlanda, como já o haviam

feito antes. Já nos referimos à participação dos noruegueses na colonização da Normandia — Rollon pode ter sido um norueguês. Na ilha de Groix, além das costas sulinas da Bretanha, foi encontrado um

919, onde os irlandeses foram derrotados num horrível massacre — e com essas vitórias asseguraram o controle de grande parte da

monumento

na forma de um monte funerário de um Viking norueguês erigido por

Irlanda por mais de quinhentos anos. Esse foi o período em que a dinastia de Ivar floresceu no reinado de Dublim, uma dinastia que inclufa nomes tão e Gudrôd. Diz um Olaf Cuaran que a norueguesa. “Havia

famosos cronista Irlanda um rei

volta de 900. O monumento continha relíquias de uma cremação: um

navio, escudos, armas, artigos domésticos, ferramentas, fragmentos

de fios de ouro e prata entrelaçados em tecido e várias outras coisas. Neste local algum Viking vindo de muito longe, talvez da Irlanda

quanto Sigtrygg, seu filho Olaf Cuaran irlandês que foi durante o período de realmente foi penetrada pela influência norueguês em cada província, um chefe

do Norte, havia morrido e foi sepultado com rituais pagãos. Durante um ataque irlandês num povoado norueguês em .Limerick em 968,

haviam capturado, de acordo com o cronista, “as mais valiosas posses dos Vikings, suas lindas selas estrangeiras, ouro e prata, tecidos trançados de todos os tipos e cores, cetins e sedas escarlate e verde”. Isso parece ser uma reserva onde os Vikings armazenavam os espólios conseguidos em ataques no Oriente e na Espanha.

em cada clã, um prior em cada igreja; um chefe de polícia em cada

vilarejo, um guerreiro em cada casa”, um meio mais efetivo de aquartelar. Além de controlar grande parte da Irlanda, Olaf Cuaran, assim como Sigtrygg, lutou extensivamente no norte e noroeste da Ingla-

terra. O cristianismo alastrou-se entre os noruegueses na Irlanda: o próprio Olaf Cuaran faleceu como monge" em 981, no mosteiro

Os noruegueses também foram ativos na região do Loire durante

o século X, como nós sabemos através das alianças com os Vikings

de Iona. No ano precedente, os noruegueses sofreram uma grande derrota em Tara — a primeira vitória irlandesa de alguma importância

de Rollon do Sena. Sabemos também de ataques na Península Ibérica na década de 60 dos anos 900: no território ao redor de Lisboa e em Astúrias, onde o santuário peregrino de Santiago de Compostela foi atacado. Foram provados contatos com os árabes ao oeste do Mediterrâneo, através de achados de moedas de prata árabes feitas no sul

em muitos anos. Com isso, a sorte dos irlandeses melhorou, e em Brian Boroimhe eles encontraram um governante com uma extra-

ordinária destreza política e militar. Pouco após o ano 1000 ele

conseguiu assegurar a soberania de toda a Irlanda, incluindo Dublim.

da Espanha e na África, e no oeste da Noruega. Não há dúvida algu-

No norte da Inglaterra, e particularmente na Nortúmbria, os noruegueses haviam fortalecido em muito suas posições contra

» ma de que a penetração norueguesa foi ampla. Não devemos deixar de fazer referência à “esfera de interesse

os ingleses e dinamarqueses, durante o século X, em grande parte

do Atlântico Norte. Em primeiro lugar a Islândia. Pelo que diz o

como resultado da liderança de guerreiros como Rôgnvald e Sigtrygg

Landnámabók, a emigração para a Islândia chegou ao fim por volta

(que morreu cristão). Entretanto, depois de 926, a Nortúmbria foi

ma

ão mm da

mo no

a

69

Es

68

da atividade norueguesa ao longo das costas atlânticas

e ar dic vin rei ava cis pre ilha na se gas che que a íli fam a cad : 930 de estabelecer um pedaço substancial de terra. A Islândia era um país estranho — algumas partes boas, outras más —, sem árvores e bastan.

te difícil de cultivar, mas tinha extensões de boa pastagem. Pássaros e ovos eram numerosos nas rochas, havia abundância de peixes nos rios, nenhuma falta de focas e baleias no litoral e grande quantidade

de madeira flutuante nas praias. Enormes rebanhos de ovelhas esta. vam se espalhando gradativamente no interior e um homem, segun. do diz o Landnámabók, pôs-se a contar suas ovelhas, mas não teve paciência de continuar quando chegou às duas mil e quatrocentas, O número de cavalos também aumentou com o decorrer do tempo,

Alguns dos mais importantes colonizadores estabeleceram suas próprias leis de corte, mas logo tornou-se necessário organizar a justiça em maior escala, e diz-se que um homem chamado Ulfljot foi enviado à sua pátria na Noruega ocidental para estudar métodos de lei e justiça. Três anos depois ele retomou à Islândia, e em 930 à Althing foi estabelecida, e então Ulfljot tornou-se o primeiro

Lôgsôgumaôdr (porta-voz das leis). A sessão anual da Althing era feita no verão, num local chamado Thingvellir, na parte sudoeste

da ilha. Lá as pessoas reuniam-se para ouvir as leis proclamadas, depositar suas solicitações, venerar seus deuses, exibir suas habilidades, e comprar e vender. Várias Things locais foram estabelecidas na ilha. 7 - A história de como a Islândia tornou-se cristã é tão dramática quanto tudo o mais na história da saga da ilha. Teve início com uma série de esforços mal-sucedidos no fim do século X. Primeiramente, em 981, o islandês Thorvald voltou para a ilha acompanhado por um sacerdote saxão chamado Fridreck. Seus ardentes esforços

missionários, entretanto, acabaram em matança, proscrição e, por fim, na sua expulsão da Islândia. O zeloso e fanático Olaf Tryggvason enviou missionários à Islândia em duas ocasiões. Primeiramente ele enviou Stefni em 987, mas este parece ter sido um homem da índole veemente de Olaf, pois ele também foi retirado da ilha. Os próximos missionários de Olaf eram um islandês e um germânico (Thangbrand), que após algum progresso inicial acharam-se envolvidos em matança e banimento. Por fim velo o sucesso. Dois islandeses, Hljalti Skeggjason e Gizur, o Branco, chegaram da Noruega. Corajosamente, começaram por demolir um santuário para os deuses,

e então, com uma multidão de seguidores, foram para a Thing e pro-

clamaram a mensagem de Olaf Tryggvason, pedindo aos habitantes da ilha que aceitassem o cristianismo. Naquele momento ocorreu uma erupção vulcânica, e o fato foi prontamente interpretado como

70

um sinal de cólera dos antigos deuses. Desenvolveu-se uma escara-muça, mas O porta-voz das leis, Thorgeir, em cujas mãos oc aso foi colocado, mostrou-se dono da difícil situação. No terceiro dia ele reuniu

as pessoas

prevenindo-as severamente a respeito da divisão

que iria distribuí-las se não chegassem a um acordo. O povo compreendeu os problemas envolvidos, e, diz a fonte islandesa, “concordou-

se então pela lei, que todos deveriam tornar-se cristãos, e que todos

que não eram batizados deveriam então passar a ser; mas certas leis

antigas permaneceram, tais como o abandono de crianças e comer

carne de. cavalo. O sacrifício dos antigos deuses em segredo também

era permitido, mas, se presenciado por outros, acarretaria a sentença

de expulsão da ilha por um período de três anos. Poucos anos depois

esta remanescência de práticas selvagens foi abolida”.

A decisão de manter sacrifícios secretos por um tempo pode pare-

cer ingenuidade, mas sem dúvida serviu como uma válvula de segurança. Thorgeir, ele próprio um pagão, sabia com exatidão o que

estava fazendo. Esta ocasião extraordinária, provavelmente a única,

na qual um povo inteiro, embora pequeno, decidiu mudar sua reli-

gião, mostra que a situação era propícia para uma mudança de crença tão radical, e que a religião tradicional tinha perdido o seu poder. Foi desta forma, simples porém dramática, que a Islândia adotou o cristianismo no ano 1000. Cerca de cem anos antes deste incidente acontecer, a Groenlândia

foi descoberta por um norueguês chamado Gunnbjôrn. Sua chegada foi involuntária: ele navegava da Noruega para a Islândia, mas foi desviado de seu trajeto e viu o oriente da Groenlândia, provavelmente somente de longe. Ele não sentiu nenhuma tentação em conhecer melhor o lugar e, retornando para a Islândia, chamouo de Recife Gunnbjômn. Quase cem anos se passariam antes que aquela terra fosse alcançada novamente. Em 982 um homem chamado

Eric, o Rubro, nascido em Jaeren na Noruega, foi banido

da Islândia por três anos por haver cometido um homicídio. Ele decidiu passar o período de seu banimento viajando, não para O sul ou leste, mas em direção oeste, para ver melhor aqueles rochedos,

sobre os quais as pessoas ainda comentavam. Assim encontrouà Groenlândia, e deve-se pressupor que, com seus companheiros, abriu

seu caminho ao sul em direção à impenetrável e obstruída pelo gelo

costa oriental da grande ilha; rodeou o Cabo Farewell, e finalmente

alcançou a parte sul-ocidental, a mais acessível e hospitaleira da

ilha. Em algum lugar ali o audacioso grupo de homens invernou, €

no verão seguinte fizeram um acampamento num fiorde que Eric, o Rubro, consequentemente batizou com o seu nome. Ele foi mais

NH

além 20 Ióngo da costa ocidental em direção à moderna Godthaab,

“nomeando vários lugares”; permaneceu no país por mais dois inver.

nos, e então, vencido seu exílio, retornou para à Islândia de sua engenhosa expedição. Desejando voltar ao país que havia descoberto acompanhado pelo maior número possível de pessoas, Eric chamou-o de Greenland*, esperando que esse nome atraente induzisse as pessoas a irem com ele. Foi bem-sucedido, pois ainda haviam muitos, na Islândia, ansiosos para viajar, possivelmente

porque já havia lá

uma certa carência de terras. Assim, no verão seguinte eles partiram

com uma frota de vinte e cinco embarcações transportando os emi.

grantes, suas mulheres e animais domésticos. É em 985 ou 986, após uma viagem perigosa, uma pequena maioria chegou ao seu destino,

pelo mesmo homem: Leif Ericsson, filho de Eric, o Rubro. Voltaremos a falar sobre ele posteriormente. Os suecos

A Suécia no início do século X era tão forte quanto era fraca a

Dinamarca — daí a ocupação sueca de partes do sul da Dinamarca

naquela somente comando trado ao

Hedeby

época. Sabemos, através dos relatos de Wulfstan, que não a Gotlândia, como também Oland e Blekinge estavam sob sueco. Essa esfera de domínio sueco havia agora se alassul, Slesvig, onde um príncipe sueco havia se fixado em e controlava

seu trânsito comercial. Entre a descrição de

Podemos assumir que mais colonizações ocorreram rapidamente nos anos que sucederam. A Groenlândia e a Islândia eram semelhantes, oferecendo mais ou menos os mesmos meios de subsistência, e o clima lá era aproximadamente o mesmo que hoje quando está em suas melhores condições (isto é, mais brando do que na Idade

Wulfstan, que não menciona o comando sueco no sul da Dinamarca, e a expulsão do rei sueco Sigtryg de Hebedy por Hardegon pouco

onde construiu sua fazenda (Brattahlid), que foi escavada pelo: arqueólogo dinamarquês Poul Ngrlund em 1932, Num primeiro estágio a colonização da Groenlândia estava concentrada em dois grandes e separados distritos, a “Colônia Oriental”

do sul de um tipo de topônimo com um nome pessoal como prefixo e como segundo elemento o sufixo -by. Este tipo é comum na área ao redor do lago Malar, o que sugere que o domínio sueco não era uma conquista local com propósitos mcrcantis, mas sim uma real tentativa de colonização e estabelecimento permanente. Entretanto é improvável que uma curta permanência de menos de cinquenta anos tivesse deixado traços tão permanentes — a menos que se

Média). Eric, o Rubro, resolveu fixar-se à frente do fiorde de Eric,

no sul, onde localizavam-se Brattahlid e a Thingplace Gardar (próximo da atual Julianehaab); e a “Colônia Ocidental” no norte, ao sul da atual Godthaab. Investigações arqueológicas dinamarquesas descobriram restos de aproximadamente: duzentas fazendas ou pro:

priedades na Colônia Oriental e cerca de cem na Ocidental, um total

bastante considerável, embora nem todos estes locais tivessem sido

estabelecidos na época de Eric. A agricultura nunca foi largamente praticada na Groenlândia, e o povo alimentava-se de seus animais ML facas cavalos, carneiros, porcos e'cabras) e dos produsa ais (manteiga, leite, came e queijo), como também da e pesca. À fazenda de Eric, o Rubro, em Brattahlid, onde viveu pelo resto de sua vida, consistia de uma casa com muitos cômodos,

feita de pedra e relva e um grande corredor (com um po ço no ceno

E

Eeitoro do qual estavam os estábulos e as despensas. Paredes

é relva protegiam do frio penetrante, e um pouc o mais ima nas montanhas estavam os cele iros e os apriscos. | A in tr od intro ução do cr| istianismo n a Groenlân di a e a descoberta da América pelos escandin avos foram ambas realizadas

* Terra Verde. (N.T,)

72

TRIO

depois de 936, há um período de cerca de quarenta anos representando o período do domínio sueco do sul da Dinamarca. Não se sabe

qual a extensão da área ocupada na Dinamarca pelos suecos. Talvez

seja significativa a distribuição em Slesvig e nas ilhas dinamarquesas

admita que a população sueca permaneceu no sul da Dinamarca . | após a queda de seus reis. As fontes dizem muito pouco a respeito das condições políticas e ocorrências na Suécia no início do século X. Duas pedras rúnicas

originárias de Skane descrevem em termos semelhantes uma bata-

lha em Uppsala que terminou em derrota para os dinamarqueses.

Uma delas fala de Toki: “ele não fugiu de Uppsala”, a outra diz de Asbjôrn: “ele não fugiu de Uppsala, mas lutou enquanto tinha

armas”. Esta informação, combinada com o que é revelado por fon-

tes islandesas recentes, sugere que o reinado sueco em Uppsala, sob o domínio de Eric, o Vitorioso, foi violentamente atacado pelos dina-

marqueses, e pelo sobrinho de Eric, o famoso Viking Styrbjórmn, que buscou o trono, mas que Eric venceu uma vitória decisiva na bata-

lha que aconteceu na planície de Fyris, perto da Antiga Uppsala*. A Suécia participou de outra batalha famosa logo depois disso: à aDin a ou tom bém tam c Eri que de , men Bre de am Ad de ção rma * A afi marca de Swein Barba Forcada, não é considerada digna de confiança.

73

s; ne e nt me or ri te an do ta la re i fo já ilha de Svôld, onde, como ,e seus aliados do

no

o filho de Eric, o Rei Olaf Skotkonung

rotaram Olaf Tryggvason.

Quando consideramos os empreendimentos suecos no exterior no século X — estivessem eles guerreando ou desenvolvendo o comér. cio — encontramos, como já aconteceu anteriormente, que sua

CAPITULO V

indubitavelmente a Suécia participou ativamente em muitos desen.

O SECULO XI

expansão estendeu-se em primeiro lugar para O oriente. No entanto,

volvimentos na Europa Ocidental: por exemplo, havia suecos junto com Rollon na Normandia. A Rússia era o centro principal da ativi. dade sueca no exterior no século X. À grande rota Volpa através

dos Khaganates dos búlgaros e dos Khazares ainda era navepada

por comerciantes suecos; e, por uma feliz casualidade, uma testemu.

nha ocular árabe anotou o que viu das ações dos russos nas regiões do Volga. Trata-se de Ibn Fadlan que, pouco depois de 920, era embaixador especial do Califa de Bagdá para o Khaganate dos búlgaros, e esteve por algum tempo na sua capital, a Bulgária. Sua animada narrativa descreve sua árdua viagem via Samarcanda e Bucara, e relata minuciosamente como no Volga encontrou comerciantes russos e suas mulheres, sobre os quais ele comenta de uma maneira alegre e animada (ver págs. 241-2). A julgar pela quantidade de moedas árabes encontradas em solo

sueco, 0 curso da prata de fontes árabes nas partes do sul da Ásia Central diminuiu no século X e acabou completamente no começo

do século XI. As minas de prata foram espotadas e o comércio encontrou outras rotas. Para os suecos na Rússia, isto significou um uso

mais extensivo das rotas comerciais ocidentais, especialmente aquela

ao longo do Dnieper ao mar Negro e Bizâncio. Em dois tratados,

de 911 e 944, entre os rus e os bizantinos, aparecem muitos nomes. escandinavos — mais em 911 do que em 944.:A impressão é de que os suecos estavam gradativamente se assimilando aos eslavo s. Em 965 o príncipe de Novgorod, Sviatoslav (ou Sv ei nald), conre a fortalez

a

a E

a Khazar

de Sarkel, Do seus Ae

filhos, qa

(ou Valdemar) e Jaropolk recebeu Kiev. Com

dead é retorços vindos de sua pátria, a Suéc ia, Vladimir avançou ovre Kiev em 980, e conseguiu matar seu irmão. Os dois Khaganates

TUSsOS estavam agora unidos, e Kiev ; tornou-se a capital de um rei nado rus que se estendia :

Ia

Doraito e

Por toda a Rússia ocidental, desde Dnieper

peioBa. Vladimir foi batizado em 987 e tomou-se

do

cio foram mantidas. 74

o

Sua morte, em 1015, foi proclamado santo.

que reinou, as relações amigáveis com Bizân-

Os dinamarqueses e os noruegueses

No início do século XI na Dinamarca, Swein Barba Forcada destacou-se como um soberano inconteste. Desde suas investidas em

Londres em 994 e os ataques subseqiientes ao sul da Inglaterra, esse

país deve ter estado

freqilentemente

em seus pensamentos. Do

ponto de vista Viking, as condições não eram desfavoráveis para rea-

lizar esses sonhos de conquista. Athelred Unraed havia cometido um

erro tático que tem sido descrito como um crime político, e que certamente foi uma bobagem política — ordenar o massacre de todos os dinamarqueses em seu país, acontecimento esse que ocorreu em 13 de novembro de 1002, dia de São Brice. Este massacre, no qual a irmã de Swein Barba Forcada, Gunnhild, foi assassinada, provocou um ódio violento, e Swein lançou duas expedições punitivas

em 1003 e 1004 a Wessex e Ânglia Oriental. Outros ataques ocorreram nos anos seguintes, embora não sob a liderança direta de Swein.

A partir de 1009 os ataques dinamarqueses na Inglaterra foram comandados por Thorkel, o Alto (talvez um irmão do Conde Sigvald,

de Jomsborg), que finalmente entrou para o serviço de Athelred. Em 1013 então, Swein Barba Forcada reassumiu o comando e com

frota e exército lançou uma rápida e habilidosa campanha. Num curto período de tempo ele destruiu o reinado de Athelred e avançou

sobre Londres, agora defendida por Thorkel, o Alto. À cidade não

cedeu, e Swein decidiu não perder mais tempo em atacá-la, mas voltou-se para Wallingford para assegurar seu domínio sobre Wessex, e de lá seguiu para Bath. Então Londres rendeu-se e AEthelred fugiu ao encontro de seu cunhado, o Duque Ricardo II da Normandia, com O qual sua esposa Emma já se refugiara. Thorkel, o Alto, permaneceu

na Inglaterra, mas com um poder tão inferior ao de Swein a ponto de

não causar-lhe maior ansiedade. A tarefa de Swein estava agora consumada, e ele aceito como o soberano da Inglaterra. Mas, em 3 de

75

. gh ou or sb ln Ga em te en am in nt pe re fevereiro de 1014, morreu

o. pl an es br no os e qu i fo e rt mo a su de ta ia ed A consegilência im andia, e fize-

rm No na d re el th /B ra pa e nt me va no e -s am saxões voltar r. to re a ri ve de ed lr he Et s, õe iç nd co as rt ce b so ram um pacto de que,

er lfd O s. ese rqu ama din 08 tra con a alh bat a çar ome rec e lar nar ao que in, Swe de ho fil t, Cnu ra ago era a err lat Ing da sul no dinamarquês que to uan enq a, err lat Ing na pai seu com has pan cam participara de ava est Ele . rca ama Din na ra ece man per ho, vel s mai ão irm seu Harald, efa tar em, jov tão m me ho um a par efa tar nde gra uma empreendendo essa que se tornou mais dura porgus o belicoso filho de Z8thelred, laIng da s te an nd ma co dos um ra ago era ro, Fer de a Edmundo Car

terra. Nessas circunstâncias, Cnut resolveu regressar à Dinamarca a

fim de levantar, com a ajuda de seu irmão Harald, novas forças para um ataque decisivo sobre os ingleses. Ele estava com sorte porque,

inesperadamente, Thorkel, o Alto, que por um certo período de

tempo havia estado a serviço de ZEthelred e era um guerreiro experiente e um valioso aliado, mais devido à sua astúcia do que à força

de sua frota, uniu-se a ele. Talvez o melhor de tudo foi o apoio vigo-

roso de seu cunhado, o Conde Eric, da Noruega. Em 1015 Edmundo Cara de Ferro, agindo contra os desejos de seu

pai, apossou-se do poder nas cinco aldeias, e, portanto, em Danelaw. Pouco depois Cnut e seu irmão Harald chegaram com uma grande frota perto da costa sul, encontrando-se com Edmundo Cara de Ferro e Eadric de Mércia — este último um caráter indigno de confiança

que, durante os acontecimentos subsegientes, mudou de lado por

jutaram numa batalha campal em Ashingdon, Essex, onde no momento mais crítico Eadric e suas forças fugiram, transformando uma

vitória iminente para Edmundo em uma grande derrota. Ambos os lados estavam agora exaustos e o tempo era propício para um acordo. Este foi feito quando eles se encontraram numa ilha

no rio Severn e num ambiente mais solene concluíram um tratado,

por meio do qual Edrhundo teria Wessex e Cnut o resto da Ingla-

terra, inclusive a inconquistável Londres. Mal estava esta paz concluída, quando o bravo Edmundo, que havia vivido à altura de seu apelido “Cara de Ferro”, morreu repentinamente em novembro de 1016. A consequência foi que Wessex agora reconhecia Cnut, que

assim tomou-se rei de toda a Inglaterra. Sob ele, o Conde Eric gover-

nou na Nortúmbria, Thorkel, o Alto, na Ânglia Oriental, e o traiçoeiro Eadric, que logo depois foi assassinado por instigação de Cnut,

na Mércia. Primeiramente Cnut assumiu ele mesmo o governo direto de Wessex, mas logo depois disso dividiu essa província (e Mércia também) em condados menores.. Já em 1018 Cnut deixou claro que ele queria que a Inglaterra

fosse considerada e tratada não como uma colônia, mas sim como

um reinado independente com ele mesmo como seu governante escolhido. Ele tomou duas medidas importantes para demonstrar isso: despediu a grande frota e enviou-a de volta à Dinamarca, pagando seus homens com a maior soma de dinheiro dinamarquês já coletada na Inglaterra: 10.500 libras de prata da própria Londres e 72 mil do resto do país. Ele manteve para si próprio uma pequena frota

mais de uma vez. As batalhas entre as forças rivais tiveram resultados variáveis, com Cnut fazendo um bom progresso em Wessex, e (via Mércia) também na Nortúmbria, onde o conde anglo-saxão foi

reduzida para dezesseis. Depois convocou uma assembléia nacional em Oxford, onde foi resolvido que a nova Constituição deveria ser

evitando Danelaw, onde Edmundo era muito forte, foi novamente

depois, o irmão de Cnut, o Rei Harald, faleceu na Dinamarca sem

deposto

e substituído

pelo

conde norueguês, Eric. Cnut, então,

pessoal

de aproximadamente

quarenta

navios, que mais tarde foi

uma aceitação no juramento das leis da época do Rei Edgar. Logo

através da Mércia para Wessex e preparou-se para um ataque de verão contra Londres, onde Ethelred e Edmundo estavam acampados com

ter tido filhos, e em 1019 Cnut retornou à sua terra natal, em parte

escolhido pelos londrinos como seu sucessor. Antes que Cnut tivesso tempo de isolar a cidade, Edmundo manifestou-se e reconquistou

gista tão bom quanto seu adversário, e, após o fracasso de Cnut na

ambos os objetivos, logo voltou à Inglaterra, onde, por razões que não conhecemos, baniu Thorkel, o Alto, que regressou para a Dinamarca. Era aparente para Cnut, entretanto, o perigo de ter como inimigo um homem com tão poderosas relações como Thorkel tinha na Dinamarca, e em 1023 Cnut retomou para aquele pais e se re-

ganhando vantagem de tamanha extensão que o oportunista Eadric

que Thorkel exercia: estes diziam que Thorkel govemaria a Dina-

seus exércitos. Aithelred morreu lá em abril de 1016, e Edmundo foi

Wessex; Cnut, deixando um exército para atacar a capital, foi atrás

de Edmundo. Este, entretanto, mostrou ser um guerreiro e estrate-

captura de Londres, Edmundo o derrotou numa batalha em Otford

de Mércia, mudou suas afeições de Cnut para Edmundo. Esse lucro mostrou-se duvidoso, pois no outubro seguinte os dois exércitos 16

para lá assumir o trono e, por outra, para garantir que não fossem

feitos novos ataques Vikings contra a Inglaterra. Tendo alcançado

conciliou com

Thorkel. Os termos do acordo revelam a potência

marca na ausência de Cnut, e que cada um deles deveria adotar O filho do outro (isto é, como um refém). Após a morte de Thorkel rK

en. pre foi to pac o ios cur te nes to pos seu 4) 102 em te men vel pelo Conde UIf, que era casado com Estrid, irmã de Cnut

rr

o filh -se nou tor , nut dac Har , ma Em e t Cnu de o filh assim, o único

foj t Cnu ca épo ma mes ta nes nte ame mad oxi Apr UIf. de o tiv ado Af, a, ueg Nor da do vin vez ta des , igo per o nov um por do ameaça um dos descendentes de Harald Cabelo Fino, Olaf, filho de um nobre e ant Dur . mas ble pro do san cau ava est i, nsk Gre ald norueguês, Har sua juventude ele tinha adquirido experiência em ataques Vikings na Inglaterra, sob o comando de Thorkel, como também a serviço

do Duque Ricardo, da Normandia. Enquanto o Conde Eric estava na Inglaterra, ele percebeu suas chances de tomar o controle da

Noruega: assim, começou pelo sul, e por vclta do ano 1016 ele

tinha derrotado o irmão de Eric, o Conde Swein em Trondelag,

no nortê da Noruega. Daí em diante, Olaf Haraldsson, mais tarde chamado Santo Olaf, dominava a Noruega, embora tivesse conseguido muitos inimigos que, descontentes com o seu governo rigoroso, frequentemente pediam ajuda à Cnut na Inglaterra. Cnut, entretanto,

estava ocupado e resolveu adiar seu acordo com a Noruega.

Isso

deu a Olaf uma pausa, e ele não demorou em tirar vantagem dela,

Seu aliado natural era a Suécia, cujo rei governante Ônund Jacob,

filho de Olaf Skotkonung, estava muito preocupado com a mudança

do equilíbrio de potências escandinavas que resultaria se a Dina-

marca, Inglaterra e Noruega estivessem sob o domínio de um mes-

mo rei; e o interesse de Ônund na situação cresceu pelo fato de

que sua irmã estava casada com Olaf. O ano de 1026 foi o escolhido para o ataque conjunto sobre Cnut, é Olaf e Ônund estavam contando muito com as relações tensas que haviam se desenvolvido entre

Cnut e seu cunhado, o Conde UIf, para fazer do último um aliado em

potencial. Como local de batalha, os suecos e os noruegueses esco-

lheram a nascente do rio Helge, em Skane oriental. Para este encon-

tro vieram as embarcações de Onund do nordeste e as de Olaf do ocidente, seguidas pela frota de Cnut que veio do fiorde Lim atra vés de Kattegat. Raramente uma batalha tão importante foi contada de maneira tão contraditória. Diz-se que os suecos mantiveram-se, mas todas as consequências políticas e militares da batalha apontam

nada pelo assassínio de Ulf em Roskilde sob instigação de Cnut, o qual reparou O feito concedendo grandes bens à viúva de UIf, sua

própria irmã Estrid. Na Páscoa de 1027 Cnut estava em Roma para a coroação de Conrad II como Sagrado Imperador Romano, e foi

recebido como um dos monarcas líderes do mundo. Tornou-se amigo

de Conrad, e chegou a um acordo com ele a respeito das fronteiras

sulinas da Dinamarca. Tudo o que lhe restou para fazer foi assegurar

seu império no mar do Norte, onde o único problema restante era a Noruega. Lá

Olaf

Haraldsson

ainda reinava, embora

estivesse agora em

conflito aberto com os nobres noruegueses, um dos quais ele havia matado. A situação era oportuna para uma intervenção, e em 1028

Cnut levou uma frota combinada de dinamarqueses e ingleses à ação,

ancorando em uma porção de lugares ao longo da costa norueguesa, tomando o país inteiro sem lutas. Olaf retrocedeu para o fiorde

Oslo e de lá partiu em direção oriental para Gardariki (Rússia). Cnut agora convocara um parlamento em Trondheim (Nidaros), e lá pro-

clamou seu filho Hardacnut como rei da Dinamarca, e o filho do

Conde Fric, Hakon, como rei da Noruepa.

No inverno de 1029 Cnut deixou a Noruega levando consigo um número conveniente de reféns para garantir que a paz não fosse perturbada. Todavia, houvera tumultos e durante o mesmo ano Hakon foi afogado enquanto visitava a Inglaterra; em seu lugar Cnut colocou seu jovem filho ilegítimo, Swein, como soberano da Noruega, embora sob a direção de Alfgifu, mãe do menino. Ela, entretanto,

falhou em suas tentativas de introduzir na Noruega os sistemas dina-

marqueses de taxações e justiça. Mesmo antes de ele haver iniciado seu governo mal-sucedido do país, houve um acontecimento sensa-

cional: Olaf Haraldsson, na liderança de um exército, retornou via Suécia para recuperar a Noruega. Ele foi derrotado pelos camponeses de Trondelag na famosa batalha de Stiklestad em 1030. Logo depois

disso, os noruegueses pareciam haver lastimado sua hostilidade

contra Olaf, o Zeloso, que, embora severo, era adepto do cristia-

Cnut como vitorioso; os suecos foram reprimidos, Olaf regressou.

nismo, Desenvolveu-se um sentimento nacional tão grande contra “Elfgifu e seu filho que eles foram forçados a retirar-se, primeiramente para o sul da Noruega, em 1033, e mais tarde, em 1035, para

pedra rúnica desse período, originária da Jutlândia, erigida para

Santo Olaf, que tinha sido trazido da Rússia por nobres noruegueses.

d Noruega, e a Dinamarca nunca mais foi ameaçada por eles. Uma

um homem chamado Full, talvez se refira a essa batalha nas palavras:

»

66

quem encontrou sua morte no oriente através do mar, quando

reis estavam lutando”. Pouco depois dessa" batalha, a tensão entre Cnut e UÍf foi solucio- .

78

a Dinamarca. O sucessor ao trono norueguês foi Magnus, filho de

Não há dúvida de que Cnut, o Grande, foi uma personalidade poderosa. Ele não se parecia em nada com seu pai. Havia um traço de violência nele, que freqiientemente revelava, mas antes de tudo

ele era um estadista de profunda perspicácia. No que dizia respeito 19

a seu reino principal, a Inglaterra, ele trabalhava para dois fins, Em

im e, a Igrej a com ções rela boas ar olid cons pára r, luga primeiro segundo, para cultivar o princípio de que seu governo era uma cont;. Fi; nuação do governo nacional anglo-saxão da época do Rei Edgar, tinha também

pretensões internacionais; prudentemente assegurou

as fronteiras do sul da Dinamarca, e no fim de sua vida arranjou um casamento diplomático entre o filho do Imperador Conrad e sua própria filha Gunnhild. Ele salvaguardou e melhorou as rotas pere.

grinas da Inglaterra e Escandinávia para Roma, e desenvolveu rela. ções amistosas com o soberano de Aquitânia, A única nação com. a qual ele falhou em obter boas relações foi a Normandia, onde

Ricardo II, que faleceu em 1026, foi sucedido um ano depois pelo ambicioso Robert, que não mantinha um relacionamento favorável

com Cnut.

|

Ô

Não é possível dizer se Cnut realmente esperava que seu império

do mar do Norte, que abrangia três países amplamente separados, sobrevivesse a ele. Mesmo um homem com a determinação de Cnut encontrou extrema dificuldade em manter a união destes países. Era

difícil, por exemplo, desarraigar da mente anglo-saxônica o senti. mento de que ele era um conquistador estrangeiro, quando ele foi obrigado, praticamente, a cercar-se com seus housecaris, uma escol-

ta escandinava cuja disciplina rigorosa os fez supremamente eficientes. O processo de assimilação poderia ter sido completo se Cnut — que de qualquer forma havia promulgado um completo código de leis para a Inglaterra — tivesse vivido mais tempo; mas ele morreu em 1035, e quase que imediatamente começou o processo de desintegração.

Dois filhos eram agora candidatos ao trono inglês. Um era o rei dinamarquês Hardacnut, o outro era Harald Pé-de-Lebre, um dos filhos de Cnut com ZElfgifu. Em 1035 Hardacnut estava na Dinamarca, Harald na Inglaterra, e as duas mães, Emma e /Elfpifu, insis tiam nas reivindicações de seus respectivos filhos na Inglaterra. Após um período de alvoroço, Harald foi proclamado rei da Inglaterra

em 1037 (embora sem uma coroação ou sagração), e a rainha Emma,

mãe de Hardacnut, foi exilada para Flandres. O império de Cnut no mar do Norte estava assim novamente dividido, apesar de que

Hardacnut na Dinamarca ainda alimentava sua ambição pelo trono

inglês. Isso ele mostrou em 1040, indo ao encontro de sua mãe em Flandres com uma frota poderosa, a caminho de atacar Harald Pé-deLebre, mas Harald morreu repentinamente e Hardacnut, então, subiu

ao trono da Inglaterra sem nenhuma dificuldade. Entretanto, ao mesmo tempo, ele perdeu o controle da Dinamarca, que lhe foi tira" 80

do pelo rei Magnus da Noruega. Logo depois disso, uma tentativa dinamarquesa

para derrubar o novo regime — liderada por Swein,

filho do Conde Ulf e Estrid, irmã de Cnut, o Grande — acabou em

completo fracasso. Além do mais, Hardacnut não estava predesti-

nado a desfrutar o trono inglês por muito tempo; ele morreu em 1042, e foi sucedido por seu meio-irmão (o qual presumivelmente ele já havia indicado) Edmund, o Confessor, filho de Ethelred II.

Com a-morte de Hardacnut o período de domínio dinamarquês na Inglaterra chegou ao fim, mas estava longe de acabar com os ataques Vikings ao país. Como veremos, nem mesmo a conquista normanda em 1066 colocou um fim nesses ataques. Na Dinamarca, o norueguês

Swein

Estridsson governava

quando

com Magnus

Magnus

como

aniquilou um

ocupava

Conde

o trono, e sob ele

da Jutlândia. Ele estava

poderoso exército vêneto em

Slesvig do Sul. Em meados de 1040, o meio-irmão de Santo Olaf,

Harald Hardrada, retornou de Bizâncio e apresentou a Magnus sua

reivindicação de ele formou uma cortado relações (onde havia sido

uma parte do trono norueguês. Ao mesmo tempo, aliança com Swein Estridsson, que havia então com Magnus e estava vivendo em exílio na Suécia criado na casa real, e da qual ainda recebia apoio).

Magnus e Harald chegaram a um acordo, e concordaram em partilhar

os poderes reais na Noruega. No momento

começou

a ficar realmente

exato em que a situação

crítica para Swein Estridsson, Magnus

morreu (em 1047) devido a uma queda que sofreu de seu cavalo.

Imediatamente Swein foi proclamado rei da Dinamarca em Jutlândia, e lá agora seguiu-se um período penoso de dezessete anos (com um intervalo por volta de 1050), durante o qual Harald FHardrada atacou a Dinamarca numa série de incursões que Swein foi incapaz de repelir. Mas, embora fosse continuamente derrotado, ele mostrou uma destreza incomum em sobreviver aos contratempos, tendo

grande resistência e perseverança. Finalmente, em 1064 uma certa paz foi alcançada com Harald, que estava preparando um ataque na

Inglaterra, onde foi morto dois anos mais tarde. Swein foi capaz de voltar suas atenções à reconstrução de seu país e à política da igreja dinamarquesa,

a qual estava lutando para ficar independente da

Germânia e da Inglaterra. Ele continuou sendo um soberano da

Dinamarca astuto e capaz até sua morte em 1076, em cuja época o

período Viking já havia terminado.

Agora, algumas palavras sobre a Inglaterra. Por volta de 1060 duas

campanhas

foram lançadas na Escandinávia:

a primeira em 1066,

Imediatamente antes da conquista normanda, vinha da Noruega, liderada pelo rei norueguês Harald Hardrada. Voltaremos a este

81

osterlormente,

quando

examinarmos

as

condições

d

. ra er at gl In da a av in nd ca es o sã va in de ça ea ma am

Noruega. À segunda campanha, em 1069, foi iniciada na Dinamarca,

pelo astuto Swein Estridsson que, embora desejasse ansiosamente ada Forc a Barb n Swei por s feita ra ater Ingl da as uist conq as renovar e Cnut, o Grande, não estava disposto a submeter todas as suas

Os noruegueses

Na Noruega, como vimos, as condições após a batalha decisiva

de Svôld permitiram que Swein Barba Forcada mantivesse suprema soberania sobre o país todo e exercesse governo direto no sul,

forças a tal aventura; era arriscado demais para ele. Comprometeu.se enviando contra a Inglaterra uma frota de 250 embarcações coman.

enquanto que sob ele o Conde Swein governava Eric Trondelag. Esses condes eram os filhos do arranjo desagradava a muitos, particularmente cioso líder Olaf, filho do norueguês nobre do

dadas por seu irmão Asbjôm. Três dos filhos de Swein participaram

desta campanha, da qual também participaram muitos noruegueses, Chegando perto da costa de Kent, a frota rumou para o nórte, ao longo do litoral, em direção à desembocadura do Humber, onde o

Após a morte de Swein Barba Forcada, em 1014, e enquanto seu

exército desembarcou e foi unido a uma grande força anglo-saxônica, a qual tinha sido convocada na esperança de derrotar William, o

filho Cnut, juntamente com o Conde Fric, tinha muito o que fazer na Inglaterra, Olaf regressou à Noruega, fez um rápido progresso no sul (sua terra natal), e em 1016 atacou e derrotou o Conde

Conquistador. As tropas unidas marcharam para York, cuja pequena

Swein numa grande batalha naval, em Nesjar na foz do fiorde Oslo.

guarnição normanda foi prontamente incendiada. Os exércitos inva-

sores conseguiram uma vitória, e, se tivessem sido melhor guiados, poderiam muito bem ter alterado o curso da história; mas entre-

tanto, virou-se contra o exército anglo-saxão, e enquanto ele estava ocupado com isso, os dinamarqueses avançaram novamente sobre York ea capturaram. William então resolveu ir embora de York sozinho, mas pôs-se metodicamente a devastar grandes áreas de Yorkshire com fogo e destruição, afugentando os habitantes e pre-

e e TT Te

suas frotas e entrincheiraram-se na ilha de Axholme. William, por-

Durante a década seguinte ele foi o rei da Noruega, e mostrou-se um

E

garam-se à pilhagem e, quando ouviu-se o boato de que o Duque William estava se aproximando, os dinamarqueses voltaram para

atraíssem nenhum

do Humber, e para lá foi o rei Swein quando chegou da Dinamarca

Ely, e no mesmo ano Swein voltou para casa com a frota.

Após sua morte em 1076, Swein Estridsson foi sucedido por seus

cinco filhos, cada um por sua vez. O segundo deles, Cnut (mais tarde chamado Santo Cnut) planejou com seu sogro, o Conde Robert de Flandres, e o rei norueguês Olaf Kyrrl, conquistar a Inglaterra. Em 1085 uma grande frota foi congregada no fiorde Lim, na Jutlândia, mas antes que ela pudesse navegar, ocorreu uma rebelião na Dina marca, no decorrer da qual Cnut foi morto. Com ele pereceu a últi 82

É E

e

em 1070. Na primavera, dinamarqueses e anglo-saxões capturaram

quistador, chegaram a um acordo, pelo qual provavelmente William teve que pagar uma recompensa. Os dinamarqueses abandonaram

Olaf permaneccu.na Noruega, em condições de constante ção, e quando por fim Cnut, o Grande, moveu-se contra a em 1028, com sua maciça frota anglo-dinamarquesa, Olaf ceder e partir. Foi para a Rússia mas, já em 1030, regressou

inquietaNoruega, teve que para casa

. de Jamtland, no norte da Suécia, decidido a recuperar seu reino per-

apoio local. Entrementes, a frota dinamarquesa permaneceu na foz Ely e Peterborough, mas durante o verão Swein e William, o Con-

aliou-se ao monarca sueco Onund Jacob, e isso levou à batalha, já mencionada, dos três reis no rio Helge, na qual Cnut triunfou.

Eua que logo iria renunciar ao seu apelido material “o Forte” em avor do mais espiritual Santo Olaf, marchou para o Ocidente através

cruel tática da terra arrasada contra Mércia e Nortúmbria — nova para garantir que futuras invasões não

severo governante que fez muitos inimigos, não somente pela sua zelosa defesa do cristianismo em oposição às formas tradicionais de cultos religiosos. Olaf, esperando um ataque de Cnut, o Grande,

via Suécia, onde Onund Jacob ajudou-o com forças e equipamentos.

venindo futuras revoltas contra ele naquelas áreas. Ele aplicou esta mente

Vestland, e o Conde Conde Hakon. Este ao jovem e ambisul, Harald Grenská.

dido da Noruega. Desde então, Olaf seria considerado pelos noruegueses e pela sua igreja como seu maior santo e soberano, de mo do que iremos agora considerar esta campanha crucial na história norueguesa com certa minúcia.

: pa pessoa que viaje hoje em dia em Jamtland, para o oeste, o o da antiga rota da Suécia para a Noruega, passará pela peq ue-

es = de Froso (a ilha do deus Frey) que se localiza no meio do a or (Storsjôrn), o lago sagrado do povo Jamt. Lá existe um cat ro ao ar livre, lindamente situado; uma rampa coberta de E desce em direção oeste, e mais abaixo fica um min úsculo via 8, tl e acima dele os olhos avistam o ocidena

O

lago, sobre os baixos montes azuis até que eles sejam

Os pela árida cadeia de montanhas de Kglen, que marca a 83

ER

. as em nt ue eq fr e, vr li ar ao o lc pa e st ne , a da Noruega. Hoje s m o ad se ba é ma te jo cu drama musical Arnijot,

o

“0 rei nos alimentou bem, eu ainda tenho gordura em torno das raízes de meu coração!”"*. O rei Olaf, segundo Snorri, tinha escoJhido cuidadosamente o campo de batalha. Ele tomou sua posição

do na io nc me o, ec o su ir re er gu um i fo t jo nl Ar . af Ol o nt panha de Sa i D de g in Th o ad gr sa r ga lu no r ta ma r por Snorrl, proscrito po m u e -s ou rn to , af Ol a e -s ir un ra pa voluntariamente e -s eu ec er of e El “ cristão, e caiu lutando sob a bandeira de Olaf na grande batalha a - Stiklestad. Essa representação ao ar livre oferece aos viajantes no | norte da Suécia uma excelente introdução à saga de Olaf. Trondelag é acessível, a partir da Suécia, por três rotas, como n; época de Olaf. Todas elas começam perto de uma grande montanha |

nhosa 'que se projeta entre os vales e próporciona, em direção orien. a Noruega, com um exército de, provavelmente, dois mil homens,

|

Snorri relata que, dos três caminhos, ele escolheu o do meio, aquele | que atualmente passa por muitas cabanas e cruza a cadeia monta. |

nhosa de Kglen no vale norueguês Inn, ao sul de Stiklestad. No cos

tado norueguês do Kglen, perto de Sul, eles encontraram um campo-

nês que se queixou ao rei a respeito de soldados que estavam des truindo suas colheitas. Daí em diante, o rei predisse que os campos iriam dar um esplêndido rendimento, e assim aconteceu. Quando

Olaf atravessou o Kglen, teve a visão de toda a Noruega diante de si | Então, foi ao encontro de sua sorte no campo de batalha que el |

mesmo escolheu, Stiklestad. Olaf chegou lá, com seus mercenários, poucos dias à frente do

inimigo, decidido a remover os nobres e camponeses de Trondelag.

O exército deles, liderado pelos grandes proprietários de terras Kalf

Arnason e Thorl Hund, era muito maior do que o de Olaf — fator que ' determinou o resultado da batalha. Stiklestad, como notou Brógger,

foi a primeira batalha campal conhecida na história da Noruega. Durante os séculos IX e X, todos os combates importantes acon

a se revelar, e logo o Rei Olaf foi cercado e caiu sob sua bandeira, assassinado por golpes das três principais armas de todos os Vikings:

espada, lança e machado. Seu meio-irmão, Harald Hardrada, de quinze anos de idade, que iria tornar-se o último e talvez o mais

bárbaro dos reis Vikings, foi “ensangiientado” nesta amarga ocasião, mas conseguiu escapar após a batalha. A batalha de Stiklestad acon-

de 13.700 metros de altura, chamada Areskutan, uma massa monta.

tal, uma vista da metade de Jamtland. Dali o Rei Olaf pártiu para

num campo ligeiramente mais elevado, de onde liderou uma descarga tão intensa que quase o levou à vitória; mas números começaram

teceu em 29 de julho de 1030. Quanto à declaração de Srorri que

diz que o sol estava encoberto durante a batalha, devemos fazer uma | correção: o eclipse solar só ocorreria no ano seguinte. Historiadores noruegueses discordam violentamente a respeito da natureza e significado dessa batalha. Os primeiros estudiosos afir-

mam que os inimigos de Olaf na Noruega eram os nobres e os proprietários de terras, e seus defensores, os camponeses e plebeus; eles

idealizavam Olaf como um homem motivado pela fé no futuro de seu país e que desejava dar sua vida por esta crença. Entretanto,

autoridades de gerações posteriores afirmam que os amigos de Olaf eram

os nobres

menos

importantes

que uniram-se

a ele contra a

grande nobreza, como os condes de Lade. Eles não encontram em

Olaf nenhum motivo particularmente idealista, mas sim uma paixão

pela vingança e uma rebeldia Viking. Olaf prometeu às suas tropas, que não eram todas norueguesas, recompensas em forma de terras e propriedades na Noruega quando a vitória fosse alcançada. A última batalha de Olaf certamente não foi combatida por motivo religioso; de fato, os cristãos eram representados no exército de Trondelag

por camponeses que o derrotaram em Stiklestad, e realmente um bispo dinamarquês fez uma preleção antes da luta começar. Naquela

teceram no mar. Harald Cabelo Fino, bisavô de Santo Olaf, con |

época, a Noruega já era um pais cristão e a campanha de Olaf não

em pequena escala. A estratégia de uma batalha campal seguia 0

possamos chegar perto da verdade se considerarmos os homens do

— tão densa quanto possível, “de modo que o céu escure cia”. Depois

o do reino da Noruega — contra um rei Viking disposto à vinça.

quistou a Noruega com seus navios. Houve combates de terra, mês

seguinte padrão: ambos os lados descarregavam uma rajada de flechas

dessa rajada (a descarga de artilharia, digamos) vinha o arremesso de lanças, e finalmente o combate corpo a corpo, com espada é. una Snorri relata vívida e concisamente o desenrolar da batalha e dilklestad. A narrativa contém incidentes inesquecíveis, tais como a morte de Thormod, o bardo de Ol af , no tal de campanha após a batalha. Ele arrancou a flecha do pei“htoospidiz endo secamente:

84

pode ser considerada uma cruzada contra uma horda pagã. Talvez

norte da Noruega como defensores naturais dê Trondelag — e, porÀ Saga de Santo Olaf, de Snorri, não revela nenhuma qualidade x

a

Sar À narrativa de Snorri fornece infor mações interessantes sobre a prátic a

ir pe

Vikings,

suas habilidades em diagnosticar ferimentos, etc. Veja

85

m seu herói. Ele não parece ter um caráter mais simpár:

raqueo a maioria dos líderes Vikings — certamente menos da Olaf Tryggvason. Todavia, pouco depois de Stiklestad, a lenda desen.

volveu-se e transformou Olaf, o Forte, em Santo Olaf, Existem boa. tos de curas milagrosas. A esta altura, a Igreja teve sua participação

nessa história; estava prestes a ter uma notável ascensão de poder

na Noruepa, e suas ascendentes riquezas poderiam ser fortalecida

por um santo, especialmente um que tivesse sangue real. A Igreja certamente planejou ter um em Olaf, e o resultado pode ser caleu. lado pela estimativa de que duzentos anos depois havia, na Noruega,

" um sacerdote para cada cento e cinqiienta habitantes, dois mil deles no total. Santo Olaf foi um fator poderoso para que a Igreja alcan.

çasse tal poder. Perto de Stiklestad está o antigo estado real de

Haug, e algum tempo depois da batalha, o filho de Olaf, o jovem Rei Magnus, estava discutindo a luta com dois líderes, Einar Tham.

barskelfi e Karl Arnason. Snorri relata o que aconteceu: “Venham comigo”, disse Magnus, “ao campo de batalha e mostrem-me onde

ze de r po o, tã En . is po de os an morte do e-úlsetimo, dois no poder, tornando-se o mais temível mantev Hdr

Noruega

pi

poco

Da

a pin norte.

O sua época. Ele JR



aixão

stridsson

por lutar, e

participou de

na Dinamarca;

conse-

0. 105 em by de He e nt me ta le mp co incendiar e destruir

tas en ul rb tu s sua tou vol € n ei Sw m co reconciliou-se o pel vez sa des a, err lat Ing a tra con para uma campanha

tiu par lá de e s, de ca Ór nas ns me ho e uniu seus navios

e a ci có Es a pel te par em ado ili aux 6, 106 de mt setembro us lês ing rei do o mã ir o, xã sa ogl an , tig Tos também pelo exilado Conde r.

Harold

Godwinesson,

que

tinha sucedido

Eduardo,

o Confesso

a do an rd ta re ava est que nal rio ent set to ven o Auxiliado pelo mesm

ald Har e, mm So do io uár est no , or ad st ui nq Co ô m, armada de Willia tas cos das o ng lo ao sul ao o eçã dir em a gui sse Hardrada agora pro epen s, õe aç rc ba em tas zen tre de ta fro a um m co as les ing e sas escoce

trou no rio Humber e ancorou no rio Ouse. Lá desembarcando, o

meu pai caiu”. Einar respondeu: “Seria melhor se você perguntasse ao seu pai adotivo, Kalf, pois ele lutou lá naquele dia!”. Quando

exército norueguês foi para York, e, em 20 de setembro, venceu

estava você então, Kalf?”, “Aqui”, disse Kalf, “onde estou agora!”,

uma certa simpatia pelos invasores. Harald agora voltava para sua

chegaram ao local, Kalf disse: “Foi aqui que ele caiu”. “Mas onde Magnus tornou-se sombrio: “Então, seu machado podia “Mas ele não o tocou”, gritou Kalf, montando em seu embora. Na mesma noite ele fugiu do país, assim como o outro grande líder dos camponeses, havia feito algum

alcançá-lo?”; cavalo e indo Thori Hund, tempo antes.

Agora o Rei Magnus se aventurava numa campanha de extermínio

contra aqueles que haviam levado os homens de Trondelag contra

seu pai em Stiklestad, de modo que a insatisfação cresceu naquela

região. Quem tomou conta da situação foi Sighvat, que havia sido

O bardo favorito de Olaf. Ele compôs um poema — o equivalente à uma carta-aberta aos jornais — no qual advertia o Rei Magnus |

para que não fizesse uma profunda divisão entre o trono 6 O povo,

como Olaf havia feito. O aviso foi considerado e Magnus mudou seu modo de agir. Ele compilou o código de leis conhecido como

Grágds, tornou-se popular entre seu povo e ganhou a alcunha de

“O Bom”, a qual seu pai nunca havia desfrutado. Magnus não assu" miu plenos poderes até 1035, quando “Blfgifu (nomeada regente por seu filho Swein, por Cnut, o Grande) foi retirada da NoruegáMagnus deixou atrás de si uma boa fama, tanto em seu país como o

86

nbém

na Dinamarca, que ele conquistou. Aproximadamente

> O meio-irmão de seu pai, Harald Hardrada, reg res sou dé zâncio rico e

famoso, e compartilhou com Magnus o reinado da

uma batalha em Fulford, ao sul da cidade, cujos habitantes tinham

frota, após ter feito um

acordo

com o povo de York, para uma

futura ajuda deles na sua tentativa de conquistar a Inglaterra. Então reuniu reféns de vários lugares, e os recebeu em seu acampamento na ponte Stamford, algumas milhas a oriente de York. Entremen-

tes, o rei inglês Harold não estava ocioso. Ele avançou em marcha rápida, partindo do sul, e alcançou a indefesa York em 24 de setembro e no dia seguinte pegou os noruegueses completamente desprevenidos, na ponte Stamford. Essa campanha, admiravelmente executada, deu a Harold uma vitória completa, na qual tanto Harald

como Tostig foram mortos. Olaf, filho de Harald, foi forçado a render-se e a voltar para seu lar com o resto da expedição, tendo

Dara que nunca mais atacaria a Inglaterra. O bravo e habilidoso ; a , Ea teve somente um breve prazer de sua brilhante vitóhá A o depois, o Duque William da Normandia fez seu desemE= E E ho sul da Inglaterra; Harold imediatamente fez outra ti

et Or

ais

a

a para encontrá-lo,

TSE

ad

e em 14 de outubro de 1066, na

Harold foi morto. A conquista normanda havia Errada

e sucessor na Noruega, Olaf Kymi,

nte e cinco anos, quase até a virada do século, U-Se um homem de paz. Com ele o período Viking, no que ditezila respeito à própria No ruega, chegou ao fim. 87

uç. nor a” nci luê inf de as fer “es nas ada olh a um dar ra ago s mo Deve

Islândia e Groenlândia O desenvolvimento

guesas no Ocidente, € observar O andamento das atividades Vikinps

0, 100 ano no e nt me da ma xi ro ap s, ade Órc as ilh As . tes par as naquel

do independente

Estado

cristão

islandês no século XI pode ser contado resumidamente. A aceitação

eram governadas pelo poderoso é independente Conde Sigurd Digrl,

do cristianismo aconteceu facilmente como sabemos, pois o povo o havia escolhido por sua própria vontade. Pode-se dizer que os 3antuários pagãos desapareceram logo e foram substituídos por igrejas

o Forte, casado com a filha do rei escocês Malcolm. Ele exerceu seus poderes não somente sobre as Órcades, mas também sobre Caithness, as Hébridas e a ilha de Man,

simples construídas com grama. No século XI a Islândia tinha três administradores cristãos eminentes de uma única família: paí, filho

Em 1012 na Irlanda, Brian Boroimhe (em irlandês: “tributo”,

o monarca

posterior

supremo, atacou O rei de Leinster, que se aliou a um

e neto, O primeiro desses era Gizur, o Branco, que estava presente

outro sub-rei de Brian, Sigtrygg Barba Macia, o soberano norueguês de Dublim. Siptrygg, temendo que Brian Boroimhe recapturasse

na reunião decisiva da Althing em 1000, quando o cristianismo foi

aceito. Ele enviou seu filho Isleif para a Germânia para uma educação eclestástica, e em 1056 Isleif foi ordenado pelo Bispo Adal-

Dublim, pediu ajuda a Sigurd Digri. Assim, uma feroz e sangrenta

batalha aconteceu em Clontarf, em 23 de abril de 1014, na qual o

bert de Bremen para ser o primeiro bispo nativo da Islândia, com

irlandês triunfou, mas tanto Brian Boroimhe como Sigurd Digri mor:

sua sede em Skalholt. Ele morreu em 1080, preocupado (segundo

reram no campo de batalha. Dublim não foi atacada e Sigtrygg, que

as lendas) com as múltiplas dificuldades que envolvem um bispo.

não havia tomado parte na batalha em Clontarf, continuou reinando

Seu filho, Gizur, seguiu-o como bispo (de 1082 até 1118) e mostrou: se bem dotado em sabedoria, autoridade e persuasão. Evidentemente

ele foi o pricomo rei de Dublim por muitos anos. Incidentalmente,

meiro monarca na Irlanda a cunhar moedas. Sigtrygg, como seu pal, terminou sua vida como um monge penitente no monastério de lona,

ele era um daqueles admiráveis prelados em que forças física e espiri“tual e coragem estão reunidas. Diz-se que durante sua época houve

Na Irlanda, durante o resto do século houve uma série de escaramuças e tumultos entre os noruegueses e irlandeses, das quais não emergiu nenhuma personalidade marcante. Entretanto, por volta da

paz em toda a Islândia; que o povo podia mover-se de um lado para

outro sem armas, e tão grande era o prestígio de Gizur que “todos, jovens e velhos, pobres e ricos, mulheres e homens, faziam o que o

metade do século XI, as Órcades nos fornecem esta marcante perso-

bispo ordenava”. Esse período de tranquilidade, que perdurou não somente durante toda a época do Bispo Gizur, mas para além do século XI, não pode ser atribuído inteiramente às realizações de uns

nalidade em Thorfinn, o Poderoso, um descendente do Rei Malcolm

da Escócia. Embaraçado nessa época numa intriga com um parente,

Rúgnvald, a quem ele havia planejado matar, Thorfinn foi durante

poucos homens. É difícil dizer no que outros fatores ajudaram, pois

os vinte anos seguintes o grande conde das Órcades, até que, nã

não havia, tanto antes como depois, uma ausência total de problemas. A Constituição da Islândia, estabelecida em 930 num padrão

época de sua morte, em 1064, ele havia se tornado soberano reco: nhecido por todo o noroeste da Escócia.

norueguês, tinha um parlamento que consistia em assembléia legislativa presidida pelo porta-voz das leis e judiciária, dividida em qua-

A ilha de Man também tinha seu “rei” poderoso (aproximada:

tro grupos, um para cada quarto da ilha, suplementada depois do

mente em 1080-95) no islandês Godred Crovan, que conseguiu estender o seu governo até Dublim e Leinster. Em três ocasiões no fim do século um rei da Noruega visitou esses velhos lugares frequenta

ano 1000 por um tribunal de apelação. A despeito disso, o país não havia desfrutado a paz. As autoridades responsáveis pelas decisões

legais não tinham os poderes para garantir que.elas fossem executadas. Assim, durante o século ou a partir de 930 o país tinha sido

dos pelos Vikings. Era Magnus Pé Descalço, filho de Olaf Kyrrl, quê

colocou as Órcades, as Hébridas e a ilha de Man sob o domínio 03

abalado por inimizades sangrentas entre famílias e rivalidades. Então, por mais cem anos seguiu-se o período de paz, e depois disso a luta

Noruega. Ele morreu durante uma campanha em Ulster, em 1104”.

e O derramamento de sangue dos séculos XII e XIII. Entretanto, é

hora de deixar a Islândia e falarmos a respeito da mais remota das Colônias escandinavas, a Groenlândia.

* A ligação entre as Órcades c a Noruega foi mantida com divisões ocasio:

nais até o século XV, quando o Rei Christian I da Dinamarca e Noruega & transmitiu,

Escócia.

: Embora as fontes nem sempre concordem, diz-se que Leif, filho

como Segurança, para os dotes de sua filha, ao Rei James IH dê

e Eric, o Rubro, fez uma visita a Olaf Tryggvason na Noruega no

89

Es

Fm

88

outono de 999. Lá ele foi batizado e ordenado pelo re; us à Groenlândia e imediatamente pregar e proclamar a fé cria

Par

essa missão deram-lhe dois assistentes. Leif aceitou a ac

ds

entusiasmo, e logo descobriu que seu evangelismo desapr

[ q

a rt Ce . es nt da un rc ci s to ri st di os ar or pl ex m ia tros ou mento, € , ão em al um i, rk Ty o ad am ch m me ho e um qu o t n noite, fo va ta es if Le de o iv ot ad pai € o, br Ru o , ic Er de um dos velho s amigos e El o. rt pe m ra ra nt co en o e a sc bu a um desaparecido. Iniciaram então

pal, que presumivelmente nunca aceitou o cristianismo, Por Outro

jado, foi permitido que sua mãe construísse uma pequ

ena Capela

de que

último

empreendimento

Viking

deve

ser registrado

QUe ocorreu nos remotos confins da “esfera de influência noruegues» a”: o descobrimento da América do Norte. De acordo com as sagas, Bjarni Herjolfsson e seus aliados deixaram a Islândia e foram ne

Do essa a

Um

Dee

O descobrimento da América

Dona

quase que simultaneamente na passagem do século, a pesar a Groenlândia só teve seu próprio bispo no século XII.

ERES

onde ela e os outros convertidos pudessem reunir-se para forma foi introduzido o cristianismo na Islândia e na G roenlândia,

EE

Ea

E pr O

ma

a

a

iddin

ele encontrou a ilha com

se

e entre a praia €

havia pedras; a ilha, em que ele colocara o nome “Hellu-

: Pedra” ou talvez “Terra de Ardósia”) parecia ser

2 à oa qualidade”. Depois ele alcançou uma terra plana

vtada à qual denominou “Marktand” (“Terra Florestal”, é

passar o inverno ali, uma vez qu

floresta de bordo, nas proximidades, - Nos rlos e no mar eles encontraram

po s No , ns mu co am er as ir de vi de on tai nascido num país lo co a ir de ma e as ir de vi am ar rt co Nas seguintes eles colheram uvas, pa am ac am ar nt va le o rã ve no e ; cando tudo isso em sua embarcação m co m ra za ti ba es el e qu a rr te a do an ix mento e partiram para casa de aram

lv sa s ele a lt vo de o nh mi ca u se Em o. o nome de Terra do Vinh , id hl ta at Br o lv sa a am ar nç ca al e a, ch ro a um de náufragos

alguns fazenda de Eric, o Rubro,

a Groenlândia no ano de 986, mas durante a viagem perderam seu rumo é por três vezes avistaram terras, embora não desembarcass em A primeira terra avistada era uma costa muito arborizada, como tam: bém o era a segunda; mas a terceira terra vista era uma ilha roc hos: com geleiras. Algum tempo depois Leif Ericsson comprou o navio de Bjamie deixou a Groenlândia, provavelmente em 992, com trinta e cinco | home ns para encontrar e explorar a terra que B Bjarni havia desco-

do an ur rm mu — o çã ta ci ex de an gr de claramente num estado ri e El s. ho ol us se o nd ra gi € s ta re alemão genuíno, fazendo ca e a, ri be sa te en am rt ce ele € , as uv e as ir a area havia encontrado vide ucos

a em Ericsfjord na Groenlândia. Noutra

o ad am ch foi if Le , em ag vi a su ós ap e, qu to di parte é

Leif, o Sortudo.

e, , qu ld va or Th , if Le de o mã ir do ia ór st hi a m co ua in nt co ga A sa

ns me ho ta in tr m co iu rt pa o, mã ir u se ão de aç rc ba o em a nd empresta , ho” Vin do rra “Te na f Lei de s ana cab nas nça ura seg em am “e chegar

onde ficaram para o inverno. No verão seguinte exploraram a costa

ocidental do país, que acharam muito bonita, com bosques, praias com areias brancas, numerosas ilhas e águas rasas. Em uma das ilhas eles encontraram um tipo de barracão de madeira, mas não encontraram nenhum sinal de atividade humana. No outono voltaram para sua base na cabana de Leif, e passaram o verão seguinte explorando as costas do norte e oriente. A quilha quebrou durante uma tempestade enquanto circundavam um promontório, e depois de instalar uma nova jogaram a velha no promontório que eles chamaram

de

Kjalames

(“Promontório

da

Quilha””).

Continuando

viagem para o oriente, eles encontraram fiordes cobertos de bosques e passaram ao lado de um promontório tão bonito que Thorvald exclamou: “Esta é uma terra formosa, aqui estabelecerei minha

a

fazenda”. Todavia, na praia encontraram três embarcações com nove homens; houve então uma luta da qual oito dos nove homens mor-

reram, Logo depois disso eles foram atacados por um grande número

de homens em embarcações,e esses Skraelingar atiraram neles, mas

finalmente fugiram. Thorvald, entretanto, foi ferido por uma de suas flechas e morreu devido aos ferimentos. Ele foi enterrado no pro-

montório, como havia pedido, tendo cruzes erigidas em sua cabeça e Pés, e chamaram o local de Krossanes (“Promontório da Cruz”). Retornaram, então, para as cabanas de Leif para o inverno. Colhetm uvas e coletaram madeira para carregamento; e quando chegou

à primavera, navegaram para casa, alcançando Ericsfjord “com gran91

des notícias para Leif”. Outra narrativa conta como o islandês Thorfinn Karlsefni aventu. rou-se para a “Terra do nho”

Vi

com três embarca

sessenta homens. Primeiramente chegaram na “Terra de Pp

ra”

e

depois na “Terra Florestal”, após navegarem por estranhas ! longas ias

com fundas e machados

de pedra, e ficaram espantados com os

machados de ferro dos escandinavos. Depois disso Karlsefni conclui

que seria muito perigoso permanecer na terra de Hóp, e, abandonando a idéia de estabelecer-se lá, retorna para Straumfjord entre Hóp e

pra arenosas, chegaram ao promontório com a quilha de E mbarca. ção, o “Promontório da Quilha”, Perto: dali, der

Keelness. Deixando grande parte de seu povo lá, vai em direção ao norte com um navio para procurar Thorhall, e após uma busca inútil,

esposa, notáveis por sua rapidez em corridas. Eles y

Snorri. No verão seguinte todos eles voltam para casa via Markland, onde capturam e levam consigo dois meninos Skraling. Um de seus

fiorde e deixaram dois indivíduos, dois britânicos,

um

h dm

na

depois com uvas e sementes de trigo. Entraram em E a uma ilha na sua nascente onde se aninhavam tantos pássaros NI

se podia colocar um pé entre os ovos. Uma corrente poderosa fo

dava o arredor da ilha, e foi então que dominaram o fiord de Straumjjórôr e a ilha de Straumey (straumr = “corrente”), Ali = ram o inverno com seu gado. Havia muita grama, mas pouco alimen: to para seres humanos. Em sua fome oravam a Deus: um deles

Thorhall, o Caçador, por outro lado apelava a Thor. Uma baleia estava encalhada ali por perto: era de tipo desconhec ido, até mes-

mo por Thorfinn Karlsefni, que era entendido em bale ias. À baleia o era comestível, todos ficaram doentes e jogaram sua carn e de : ta Es am Com a vinda da primavera, puderam contar com ovos

prá conta a se

à caça é pesca; porém, a essa altura Thorhall, o Caçaescontente e ansioso para voltar à Groenlândia e assim

sin ma embarcação e nove homens. Um temporal vind o ma E evou para a Irlanda, e lá Thorhall morreu. O grup o de es e Eta ao sul por um longo caminho, até que encontranin am atravessava um lago em direção ao mar, é somente al do E E conseguiram entrar no rio. Eles denominaram o

eita altas

P.

em solos baixos crescia trigo e em solos mais altos

» & em todo riacho havia abundância de peixes. Nas maré s eles cavavam bur acos, e quando a maré baixava encon travam

hi nguado dentro deles. Na selva havia vários tipos de animais, e decldiram então pass gado o onde e nevava não onde lá, ia solto” deixado ser podia habitant

mente Ena



urante o ano todo. Encontraram então os .

Reeiinasg e a princípio negociaram pacifica-

conhecid O pelos +habitant DCO-hes faz end ver as mel has e leit eite (que era deses) tanto, manifestou-se unia dios troca de peles de animais. Entre:

Mo ROO PINado, que eram aids des ra

costuradas em co

escandinavos

jogando

Pe

dras

* ambos os lados; os Skraelings lutavam

volta para passar O inverno em Straumfjord, onde nasce um filho seu,

navios, que se apresentava carcomido, afunda, mas a embarcação de Karlsefni finalmente alcança Ericsfjord na Groenlândia,

A última história nas sagas da Terra do Vinho fala sobre Preydis,

uma violenta mulher Viking, filha ilegítima de Fric, o Rubro. Ela se

empenha numa viagem pela Terra do Vinho com duas embarcações,

acompanhada por dois irmãos islandeses, Helgi e Finnbogi. Chegam às cabanas de Leif na Terra do Vinho, onde passam o inverno, mas ali surgem problemas. Freydis idealiza um plano para matar os dois irmãos e, ademais, com seu próprio machado, mata todas as mulhe-

res; no verão seguinte, ela volta para a Groenlândia.

Isso é o principal que as sagas relatam a respeito da Terra do Vinho. Os estudiosos antigos costumavam ser céticos em relação a esse material, e rejeitavam a história toda como ficção, mas essa atitude foi agora abandonada. Em seu lugar há o reconhecimento da verdade que está oculta por trás dessas lendas, isto é, que os antigos

escandinavos da Groenlândia, por volta do ano 1000, realmente descobriram e exploraram um extenso país não-ártico que só pode

ter sido parte do continente norte-smericano. Mas, onde se situava?

Oride se localizava a Terra do Vinho? Foi escrito mais a respeito

do assunto, embora não haja nenhuma conclusão comumente aceita;

não há evidência suficiente — náutica, astronômica ou antropológica

— nas sagas para apontar com precisão a localização da Terra do

Vinho. Nem

a América do Norte proporciona nenhum material

arqueológico que leve a um exame crítico. Na minha opinião, não

há razões para duvidar que os antigos colonizadores escandinavos

da Groenlândia descobriram a América no final do período Viking ou na Idade Média, e que tentaram estabelecer uma base permanente lá. Na última tentativa, evidentemente, não foram bem-sucedidos, A América, ao contrário da Groenlândia é da Islândia, não era desabitada quando os escandinavos a descobriram, mas tinha 7 SEE população que aparentemente era hostil — pelo qual não deve ser criticada, considerando O comportamento, o lândia

dinavos! As sagas deixam bem claro que os homens da Groen

93

fizeram sérios esforços para colonizar a América do Norte, m

com cação comuni de linhas As eles. para demais era tarefa

e = N

eram muito extensas, enquanto que as próprias bases eram no

fracas. Entretanto, o esforço deve ser considerado como uma = são final do espírito de aventura e energia Vikings. Falhou

do ao mar Negro € Bizâncio. O Imperador Romano Oriental em Constantinopla recrutou uma escolta de escandinavos — os varan-

to

glanos — da qual Harald Hardrada havia sido membro; e a palavra “varangiano”,

Pre

fonte de energia era muito distante e muito fraca, senão a história

- através dos locais das cabanas de Leif, ou encontrando ruínas de outras casas escandinavas, como aquelas que têm sido escavadas grande

escala na Groenlândia

pelo arqueólogo

Brattahlid, por exemplo. Tais descobertas confirmariam a presença dos escandinavos na América bem antes de Colombo. Ser ia válido

conduzir uma busca sistemática para tal evidência, ao longo da cos ta Atlântica desarborizada da América do Norte, por levantamen to acrofotogramétrico feito por aviões de baixa altitude e baixa veloci .

dade, nas linhas visuais daquelas realizadas por arqueólogos dina.

marqueses na Groenlândia. Os suecos

|

Sabe-se como as fontes a respeito da história política da Suécia no-século XVIII são escassas. Já mencionamos Olaf Sk otkonurig que, com a ajuda de dinamarqueses e noruegueses, lutou contra Olaf

anteriormente Significado

um

mercador

Na literatura islandesa recente, fala-se de uma importante façanha Viking — uma expedição iniciada na Suécia, por volta de 1040, con-

dinamarquês

Poul Nórlund — as ruínas da própria fazenda de Eric, o Rubro, em

havia

fiador, agora significava um guerreiro Viking. Estes suecos foram até Atenas. O grande leão de mármore encontrado no porto de Pireu, e que está agora em Veneza, tem um adorno rúnico envolto em seus ombros, mas a inscrição nele infelizmente desgastou-se..

mundial ter-se-ja desenvolvido de várias formas diferentes. Seria interessante se pudéssemos encontrar a Terra do Vinho em

que

|

tra países muçulmanos no Oriente (“Serkland”) liderada por Yngyar, o Viajado, filho de Emund. Sua campanha é comemorada numa

porção de pedras rúnicas provenientes de Uppland, Suécia (as assim chamadas pedras de .Yngvar); mas não há registros dignos de con-

fiança sobre isso. Durante o reinado de Santo Vladimir e seu filho

Jaroslav (que era casado com Ingigetd, filha de Olaf Skotkonung) na primeira parte do século XI, o Império de Kiev era poderoso o bastante para fazer a rota do Dnieper segura contra ataques dos : nômades orientais. Posteriormente dois fatores ajudaram a enfraquecer o Império Russo Ocidental baseado em Kiev: as Cruzadas trouxeram o comércio diretamente através da Europa, ao invés de trazê-lo pela tortuosa rota dos caminhos marítimos da Rússia; e os nômades asiáticos —

Tryggvason em Svbld em 1000: e seu filho Onund Jacob que em

os kumans — aumentavam seus ataques sobre o Ocidente de tal forma que a rota do Dnieper tornou-se cada vez mais perigosa. Entre-

O Rei Stenkil quarenta anos depois. Entretanto, não se deve const

com certeza que foi a atividade sueca que criou as seguintes cidades

companhia de Olaf Haraldsson foi derrotado por Cnut, o Grande, em 1026. Esses dois reis suecos eram cristãos, como tam bém o foi

derar Século pro, onar

que XI: Dos seu

toda a Suécia adotou a fé cristf na primeira pa rt e do ao contrário, parece que a luta religiosa perdurou após três países escandinavos, a Suécia foi o último a aban paganismo. Como veremos adiante, o templo pagã o em prosperando quando Adam de Bremen escreveu nos.

anos de 1070. A “esfera de influênci a” suec

durante o século XI. Os dois K a na Rús| sia havia mudado muito haganates rus de Novgorod e Klev

ntal, Ocide o Russ ão Crist rio Impé único um em piStace ualmente elementos suecos deram lugar a eslavos, e onde a influência menina aumentou contin uamente. A rota comercial diminuição da produ olga tinha perdido sua importância devidoà

tanto, quando

relembramos as realizações dos rus, podemos dizer

russas: Novgorod,

Izborsk,

Polotsk,

Byelosersk,

Rostov, Murom,

Smolensk, Chernigov e Kiev. Esse extenso desenvolvimento! das rotas orientais por comercian-

tes suecos e guerreiros no século XI teve um profundo efeito sobre a própria Suécia, pois a evidência arqueológica mostra os muitos milhares de moedas árabes encontradas em solo sueco — dirhems

cúficos* — devem ter sido quase todas levadas pela rota do Volga; elas pertencem aos séculos IX e X, e significativamente não há quase

nenhuma do século XI. Naquela época a rota do Volga havia se tornado insegura, e o Califado de Bagdá havia perdido suas minas de prata para os invasores orientais. Por outro lado, à Suécia obteve . “ + q a fim do uma parte substancial do dinheiro dinamarquês inglês do

Século X e também da primeira metade do século XI. Milhares de * Moedas com inscrições cúficas, uma forma antiga de escrita rabo

95

moedas anglo-saxônicas

desse

período

Suécia, principalmente na Gotlândia.

têm

sido

en

Contradas

na

Armas

As armas de ataque Viking consistiam em espada, machado, lança e arco e flecha. Dessas armas as mais importantes eram a espada e o machado: qualquer Viking respeitável sempre as levava consigo. A espada é muito conhecida devido às numerosas descobertas

na Escandinávia — mais de duas mil na Noruega, muitas na Suécia, mas comparativamente poucas na Dinamarca. De certa forma essa distribuição é responsável pelo fato de que essas espadas são geral. mente descobertas em sepulturas, e que o cristianismo, que proibia o enterro de armas com o morto, atingiu primeiramente a Dinamarca

e depois a Noruega e a Suécia. A espada era indubitavelmente a prin-

cipal arma Viking, com o machado em segundo lugar. Durante o período imediatamente precedente à Era Viking, o tipo mais popular de espada, especialmente na Noruega, era a do tipo de um só corte,

mas os Vikings preferiam a espada de ferro comprida, geralmente larga e de dois cortes, com o punho composto de quatro elementos: uma peça transversal perto da lâmina (o anteparo ou punho inferior),

então o cabo achatado estreitando-se a partir da lâmina, outra peça

transversal (o punho superior) e, finalmente, um pomo triangular ou semicircular frequentemente segmentado. Os anteparos eram comumente retos, mas formas curvas também ocorriam. A lâmina era sol-

dada e às vezes embutida; o punho ricamente gravado e dourado,

ou marcheteado com ouro, cobre, prata ou nigela; portanto àespada

Viking era comumente uma arma de grande esplendor. Os Vikings,

realmente, adoravâm riqueza é cor nas suas armas, apetrechos é rou-

pas. A bainha é raramente encontrada, mas sua ponteira de bronze sempre permanece; é triangular e possui trabalhos ornamentais com

aberturas no material com figuras de animais. As primeiras espadas Vikings eram bastante simples, as posterigmose” se 3 ar tu en ac a e os pl am is ma s ro pa te tendem a desenvolver an o os ad id cu um m ra ze fi os av in nd ca es s go lo eó qu Ar . mo po do tação

96

97

estudo tipológico dessas espadas Vikings, e classificaram-nas em I m a “de vinte categorias: norueguesas, dinamarquesas, suecas € eScan is d]. navas, antigas e recentes. Também foram desenterrados res nas várias “esferas de influência” Viking — Inplaterra » Irlanda .

França, Rússia, etc.

Onde eram manufaturadas essas espadas Vikings? Na Escandin

via, no estrangeiro, ou em ambos os lugares? A resposta prováy é

que algumas eram produzidas no próprio país e outras importad

Uma espada é um produto complicado, e suas várias partes nem ei pre eram feitas pelo mesmo artífice. Provavelmente havi à r especia. listas diferentes para lâminas, punhos e outras partes da monta pe

Por exemplo, supõe-se que um punho de espada decorado o so; “desenho distintivamente escandinavo, com um “animal preso” q algo no estilo Jelling, provavelmente era feito na própria Escandiná.

via. Por outro lado, uma lâmina apresentando a marca de fabricação “Ulfberth” ou “Ingelri”, certamente foi moldada no estrangeiro

aparentemente na França. Sem dúvida ferreiros escandinavos em geral tinham a habilidade técnica para manufaturar espadas; as quantidades de ferramentas de ferro e de ferreiros encontradas entre os

Vikings, particularmente entre os noruegueses, prestam teste munho para a importância do ofício de ferreiro entre os Vikings. Surge então uma segunda questão: Quem fazia as melhores espadas? Não há dúvida quanto à resposta, eram os francos; e para isso há evidências literárias. Em primeiro lugar, o repetido impedimento na expor-

tação de espadas e outras armas, imposto por Carlos Magno e Carlos, .. Calvo,

até atingir o ponto de haver pena de morte para os que não ê te a lei. A proibição de Carlos Magno aplicava-se tanto para is E e pára O norte — para os Avars e os Vikings — ea rs DS especificamente atraída para isso, o que sugere

RAE es

entemente eram forjadas nas ferrarias dos monas-

trato Proibição de Carlos, o Calvo, era expressamente dirigida E di

Por que seus artífices proveriam esses as ne armas do mundo?

a ii a e candinais ari uperioridade das espadas francas sobre as

(A História de Cs js o na anedota contada em Gesta Caroli Magni

ndo Vasaiaão Ea e

ESTO) do imperador franco Luís, o Germárono recebendo presentes de homenagem

dos “reis dos n ormandos”, esca

ndinavas, as quais for

Entr

e esses presentes estavam espadas

uma invenção, mas mes mo assim lo gro u seu intento. Outra indicação do mesmo tipo ocorre no relatório do árabe

98

Ibn Fadlan, que descre-

veu, de um modo especial, as espadas que ele viu os mercadores russos carregando em Bulgar: com lâminas largas, achatadas e entalhadas, “com o padrão franco”.

A região do Reno e Colônia, em particular, era um importante

- centro de manufatura. Diz-se que a Inglaterra importava “boas espa" das de Colônia”. Outros árabes atestam a importação das espadas para o Oriente, parte delas da França (através de intermediários judeus) e parte vindas dos rus. Entretanto, eles relatam que, às vezes, os árabes assaltavam as sepulturas dos guerreiros rus para furtar as

esplêndidas espadas enterradas junto com o morto; da declaração de Ibn Fadlan citada, é provável que tanto as espadas rus importadas

como os objetos das sepulturas rus fossem armas francas. Os árabes,

que eram forjadores de espadas, raramente teriam dado tal louvor

às lâminas escandinavas. Essas observações também têm base arqueológica. Um estudioso sueco trouxe à luz uma descoberta da Era

* Viking de Oland, no Báltico, consistindo em cinco lâminas de espadas damasquinadas com a marca de manufatura “Ulfberth”. Aparen-

temente essas lâminas foram importadas dos francos para que os punhos fossem instalados na Suécia, pois os artífices escandinavos eram tradicionalmente famosos pela sua produção em incrustar ou gravar punhos de bronze.

Enquanto que a espada era comum a todos os países na Era Viking, o machado era uma arma característica escandinava. No

período

Viking, geralmente

a acha-d'armas era, se não obsoleta,

pelo menos arcaica na Europa, e estava se degenerando em uma arma

cerimonial, heráldica ou decorativa. Por outro lado, nos países nór-

dicos a acha-d'armas alcançou uma renascença. Para os povos mais atormentados da Europa Ocidental, a acha-d'armas de punho largo tornou-se o símbolo distintivo dos sanguinários Vikings. A pedra de Lindisfame traz um entalhe de Vikings em coluna de marcha carregando suas duas principais armas, o machado e a espada, ergui-

dos bem acima de suas cabeças. A acha-d'armas Viking tinha muitas

variedades de formas, mas havia dois tipos principais:o mais antigo,

chamado skeggóx ou “machado com farpas”, era uma herança do século VIII, enquanto que o machado de lenha com seus cantos

curvos e largos adquiriu popularidade por volta do ano 1000. O fio

cortante do machado de lenha era frequentemente feito de ferro especialmente endurecido e soldado na arma. Os dois tiposcairce machado tinham o gargalo angular e, às vezes, eram decorados prata requintada incrustada na lâmina e no gargalo. Um

a

de lenha com uma incrustação de prata excepcionalmente bon! a

foi encontrado durante as escavações do forte Viking dinamarqu

99

em Trelleborg.

A lança era também comumente usada entre os Vikings: pode.

va & er es pr i fo o s. Nã ng ki Vi s do ma ra ar ei rc te a a er e r qu dize 0 o Sã o. rr fe de a nç la de a nt po e a nt nenhum cabo, some formato elegante com uma nervura central pontiaguda e uma emb i n u , M bo ca a do se nt opo à nd ta us ca aj ni de cô da vi ca ra de du ca

vezes essa embocadura tem lóbulos laterais ou “asas”, essas cabe “aladas”

são

indubitavelmente

francas.

Alguns

exemplares

ni

recentes são ricamente incrustados com padrões geométricos de

prata ao longo da base da lâmina; indubitavelmente essas lanças

seriam cuidadosamente devolvidas ao seu proprietário depois da batalha, se ele tivesse a sorte suficiente de estar vivo.

Finalmente há o arco e flecha, uma arma antiga que, como con. firmam as sagas, teve uma atuação importante em muitas bata.

lhas Vikings. Nem os arcos (certamente de um tipo simples longo)

nem os cabos das flechas sobreviveram. Em contraste, as cabeças das flechas são comumente encontradas em túmulos (inclusive de mulheres): com pontas fortes e perigosas, que devem ter possuído um considerável poder penetrante quando liberadas de um arco

forte. As vezes são encontrados ao lado do morto em montes com

em

pouco mais de quarenta, Elas eram carregadas em aljavas cilfncas. “Outra arma Viking também usada como ferramenta era a faca de ferro. A faca de um corte só, com um cabo de madeira ou osso,

era carregada pelos homens em seus cintos e pelas mulheres (como Ibn Fadlan relata em seu relato Volga) numa corrente usada sobre

o peito. Em túmulos da. Era Viking é comum encontrar a mulher morta deitada com sua faca sobre o peito ou cintura.

O mais importante equipamento de defesa dos Vikings era o

»scudo de madeira, a armadura de malha de ferro e o capacete de

couro ou ferro. Poucos exemplares têm sido encontrados, mas eles pi conhecidos por registros pictóricos e por referências literárias. ps era redondo, achatado e não muito grosso, frequentemente

a E À reforçado no centro por uma saliência redonda de ferro.

TER do Pi tipo estavam pendurados em fileiras ao longo do alca: de als fo navio Viking norueguês de Gokstad. A armadura stand (ese eram usados somente pelos nobres, e apenas

rt

e provavelmente de couro, de formato aproxima:

Esse for pon pos é emp mat tud siv res o elm o tad ent o e de modelos orientais. Tapeçarias urdidas do navio no rueguês Oseberg retratam armaduras de m

um capuz na cabeça.

100

Drancas cobrindo o corpo todo e com

Alguns anos atrás, uma análise das armas recuperadas das sepul-

turas dinamarquesas revelaram o fato de que o equipamento com-

— a flech e arco , lança ado, mach da, espa — ue ataq teto de armas de

caso um em nte some e a; ltur sepu a únic a num do ntra enco nunca era a espada, o machado,à lança e o escudo acompanhavam um guer«elro. Como via de regra somente uma ou duas armas eram enconndo segu em ado, mach o nte ume com mais o, corp tradas junto ao

lugar a espada e em terceiro a lança. Entretanto, a investigação só foi que do res meno bem são que s, uesa marq dina tas ober desc sobre feita as norueguesas e suecas.

Tratando-se do tema das armas Vikings talvez seja apropriado

que nos refiramos àquela estranha espécie de guerreiro Viking conhecido como “frenético”, o violento lutador meio louco que possufa

r, ng ga ks er ”, rs as be lh ta ba re de eb “f a e to qu an te qu an en ic if rr força te estava atrás dele, recaindo posteriormente em estupor e letargia. Snorri, na Ynglinga Saga, fala desse tipo de guerreiro como sendo

inspirado pela fúria de Odin. Ele escreve:

“Odin poderia ocasionar que em batalha seus inimigos fossem. acometidos de cegueira, surdez ou terror, a ponto de suas armas não

cortarem melhor do que varas; enquanto que seus homens recusavam-se a usar armaduras de malha e lutavam como cães loucos ou

lobos, batendo seus escudos; eles tinham a força de ursos ou touros. Matavam o inimigo, enquanto que nem fogo nem ferro os impres| sionava”. A palavra berserk é derivada de “bare sark”, “sem camisa”— isto

é, sem armadura — ou de “usando camisa”, uma referência à crença de que o homem pode assumir qualquer aparência, e mesmo a da natureza dos animais*, Esses berserks são freqiientemente mencionados na literatura da antiga Escandinávia. Nils Lid é da opinião que

eles eram considerados como psicopatas, selecionados pela sua força excepcional e ferocidade para formar corpos especiais a serviço de um rei ou capitão. Assim, durante uma batalha, eles se incitariam

mutuamente ao frenesi louco.

a lh ta ba de lo va ca o , e lo va ca o a s er ng ki Vi s do to ri vo fa al im an O

de um

guerreiro (bem como

seu cachorro) era, com freqiência,

enterrado juntamente com ele. Os apetrechos de montaria — esporas,

estribos, rédeas, freio, sela, arreios, broquéis, etc., ofereciam Ep oportunidade para finas ornamentações. Em umã us mT Birka, Suécia,

foi encontrada

uma rédea feita de Gr

com tachas de bronze prateado, e na ilha de Langeland,

n

al q

4

bo”. lo de “peles * Houve outros guerreiros fanáticos chamados ulfhesnar,

101

o esp o, itã cap um de a cov na s, do ra nt co en am for , rca ama Din estribos adornados com desenhos em baixo-relevo feitos e mM na mapní. fica prata de elegante padrão. Um cavaleiro Viking em todo x

Seu Atr . ver a pen a a eri val que cia rên apa a um esplendor deveria ter avés a um o: ad lh ta en eio arr o do ca lo co era da crina do cavalo madeira com engastes de bronze com orifícios através egdosa a Lang Noru na s da ra nt co en as sel As . 3c) (11. eas réd as passavam

de madeira e parece que eram colocadas bem para a frente ça 0 a p em ss ta on ap se as nt mo o em qu de de modo que as pernas

cavalo, k s epe est nas os ad nt ve in nte ame ari gin ori — a frente. Os estribos Eurásia — apareceram durante a Era Viking, na Escandinávia, de o

formas, ambas de ferro, mas derivadas de modelos primitivos em couro e madeira. Uma das formas é uma versão em ferro de um

simples correia estreita de couro; a outra, copiada em ferro, em geral finamente marchetada, era do mesmo tipo da correia, junto com seu

os trabalhos que eram difíceis demais para o leigo. Sepulturas desco-

mar: Viking ro ferrei do s menta ferra bertas na Noruega ilustram as limas,

retas, ou curvas s cabeça com s tenaze os, pesad telos leves e dades finali para s menta ferra outras de além cinzel, tesouras, bigorna, especiais.

O equipamento

de muitos outros tipos de artesãos também

veio à luz em sepulturas na Noruega e na Suécia — tais como facas, s lâmina as e res furado ar, aplain de ferros dos, macha , cinzéis, brocas

dos serrotes.

Implementos

agrícolas

encontrados

incluem a sega

facas e milho e grama cortar para nas peque foices foice, do arado,

para cortar galhos e folhas de árvores; equipamentos para pesca

incluíam anzol, lança, arpão e pedras para afundar a rede. Dos equi-

pamentos domésticos foram encontrados a maioria dos artigos neces-

sários para costura, fiação e tecelagem — agulhas, rocas, pentes, teares, tesouras e ferros de alisar — e toda a bateria de utensílios

suplemento retangular feito de madeira para descansar o pé. As

para cozinha, tais como caldeirões de bronze ou ferro, prateleiras

nhos em prata ou cobre (Ils. 3a e b). Outro item dos apetrechos de

e panelas feitas de pedra-sabão. As descobertas suecas e norueguesas

barras verticais do estribo eram com freqiiência decoradas com dese.

montaria, de acordo com a evidência norueguesa, era um tipo de

guizo, cujo barulho destinava-se, provavelmente, a manter os espíri. * tosdo mal afastados. Ferramentas

Que os Vikings eram artífices habilidosos é mostrado pelas numeTOSAS descobertas de produtos manufaturados — navios, carretas, tecidos, jóias, bem como pelo grande número de ferramentas para fer o era s artífice os todos de nte importa mais O

gre ep que ferro de ntas ferrame as sem básicas; eram ades habilid suas ni : : Ei coisas como arar as terras, a construção de casas, 0 di ne Am is teriam sido bem mais pobres, enfim, teria havido mais baixo. Os três países escandinavos é há e Ap bia

bles eram quit Ep tempo como extrair o ferro das jazidas. Nisso s depósito de rtas descobe as provam como escondidos de o E a ntes, as fabricad ferro de barras de as (centen a-prima di f O casa). em Eciiado Rs o O era um membro da comunidade altamente res

que ele pudes

Pei como minas na

Raia

A

tia

ag

as

ele pará eram enterradas juntamente comconta-no s

outro mundo.

A Saga de Egil

e seu pai, Skallagrim, construiu para ele um

O lado do promontório, enterrando-o com seu cavalo,

e correntes, frigideiras, espetos, grelhas, ganchos, bacias de madeira

foram especialmente frutíferas. Na Noruega, antigas jazidas de pedrasabão foram escavadas de modo que foi possível descobrir o processo técnico dessa indústria antiga, através dos cortes em forma de anel nas paredes de onde o talco era extraído, passando pelos vários processos rudimentares, até se aperfeiçoarem completamente na forma

de bacias e panelas finamente alisadas. Somente um antigo ofício, que havia sido em tempos mais remotos praticado com habilidade no norte, parece ter sido negligenciado nos tempos Vikings — a cermica, Na Noruega a cerâmica quase desapareceu, para ser substituída por recipientes de madeira, panelas de pedra-sabão e caldeirões de ferro. Existe alguma cerâmica da Dinamarca — principalmente tigelas de forma hemisférica com bases arredondadas, em artigos de barro

liso, preto ou marrom, sem alças ou pernas. Apenas na Suécia foi encontrada cerâmica de uma classe melhor — bem queimada e decorada. Algumas delas são de Birka, talvez importadas da Finlândia. O fato de que em Birka e Hedeby, que eram centros de comércio na Era Viking, tenha sido encontrada excelente cerâmica, com freqlência pintada ou com ormamentos plásticos, que foram importadas

da arte à que de ade verd à nder esco pode não a, da Renânia e da Frísi

fabricação da cerâmica era negligenciada nos países Vikings, embora

menos na Suécia do que no restante da Escandinávia. Finalmente, restam dois outros campos da perícia

dos Vikings: o dos artigos de vidro e o das moodas a cadinhos e outros testemunhos da produção de vidro fo

entr ea

a 103

trados — embora isso não invalide a visão de que os vidros mais encontrados nas sepulturas dos nobres tenham sido importad

finos |

referência às moedas, ficou estabelecido que os países esc 08. Com as estavam cunhando bem antes do século IX, mas a mao avos

mais tarde.

CAPITULO VII

Oria

VESTUÁRIO E JÓIAS

Vestuário Como se vestiam os Vikings? Adoraríamos ser capazes de ver os homens e mulheres Vikings, observar o corte de suas roupas, ter uma

impressão geral de seu modo de vestir, da moda ou modas dos tempos Vikings. Isso não é. completamente impossível. Três tipos de

fontes podem ser usadas. Em primeiro lugar, os descobrimentos arqueológicos que se dividem em dois grupos distintos: fragmentos de roupas Vikings, nos fornecendo indícios de sua técnica e detalhes, e a representação dos Vikings por eles próprios, que nos dão uma idéi geral. A segunda fonte nos é dada por descobertas européias fora da Escandinávia; e a terceira fonte compreende descrições das roupas Vikings na literatura. . O achado arqueológico escandinavo que permite a melhor impres-

são do costume Viking no século IX é o navio de Oseberg, ao sul da Noruega, um esplêndido tesouro trazido à luz há mais de cinquenta anos e que ainda nos revela novas características e novos detalhes.

Nesse navio foi encontrado um pacote de tecidos fortemente acondicionado que, depois de anos de paciente tratamento dos materiais que se encontravam estragados, revelou seu conteúdo: uma tapeçaria em tecido, destinada a ser dependurada no grande salão. Tais tapeça-

rias para serem colocadas nas paredes eram comuns na Era Viking. O paralelo mais conhecido fora da Escandináviaé o famoso bordado conhecido como a Tapeçaria Bayeux. Na- antiga Escandinávia uma

peça de tapeçaria como a de Oseberg era chamada refill ou tjald.

A de Oseberg tem uma altura de oito polegadas, um fato que Robert Kloster explicou dizendo que ela seria colocada no salão de modo

que as pessoas sentadas pudessem vê-la e estudá-la. Se ela fosse Ei

alta, não poderia ser vista em um salão escuro é cheio de

Sei

se fosse muito baixa, poderia ser obscurecida pelas fabeças ada daí a és soas que estivessem à mesa. Não havia muito espaço, te en lm pa ci in pr am er g er eb Os de a ri ça pe ta As cores originais dessa 104

105

o vermelho e o marrom amarelado. Ela tinha numerosas (;

e Na tapeçaria da temas Os simples. uma moldura decorativa mente tirados de mitos, contos e poemas históricos, Vemos vt

enga)

de malhas de ferro, Valquírias, cavaleiros; há carretas abertas de is assentos e vagões cobertos, o último parecido com os vagões das cam

dessé tipo solto, que usam muito material, eram certamente apro orladas para pessoas ricas é nobres que gostassem de mostrar sua

são elas r que dita acre a ado lin inc é se ão que ens ext tal em e ment apoiadas em algum tipo de suporte, como uma crinolina. Calças

Ene arma em frenéticos) guerreiros (Os berserks relros em profusão, pinas. Entre essas representações, preenchendo os esp

tramos pássaros, linhas em ziguezague, suásticas, desenhos aços,

riqueza. É lugar-comum que, sempre e em todo lugar, as modas são

s. co ri s do ão aç nt te os de jo se de lo pe ditadas pela vaidade e ria eça tap na da tra mos rio tuá ves do a peç ra cei ter uma da ain Há s dua em o and min ter to, man ou ga, lon a cap uma de se taOseberg. Tra

ENcon.

pareci.

dos com nós, etc. As armas representadas são principalmente lan

e setas, mas há também muitas espadas e machados. A piidômindo

pontas que quase chegam ao chão, e usatla também de duas maneiras

cia da lança é impressionante — ela é encontrada em todo lugar, não somente nas mãos dos guerreiros, mas também soltas. Ao primeiro

— com as pontas dos lados ou atrás e na frente. Esse manto, nova

mente, é bem representado nas pedras gotlândicas. Lembramo-nos do relato de Ibn Fadlan, quando ele diz que os mercadores ras

olhar os cavalos parecem estar em um bosque de flores altas pare. cidas com tulipas; não é um bosque de flores, mas uma densa floresta

usavam seus mantos- atirados de um lado de modo a conservar um

de lanças mortais. As cenas na tapeçaria de Oseberg sem dúvida representâm uma batalha em terra — não há nenhum navio à vist a,

braço livre. E as gravações gotlândicas confirmam. O manto longo

pendendo livrementé dos ombros é uma imponente peça do ves

Elas são difíceis de serem interpretadas, mas uma delas, uma cena

tuário. Sua aparência nada tem de militar, mas possuí uma dignidade que se associa melhor com as outras vestes civis dos Vikings. Onde,

de batalha particularmente vívida, com lanças, escudos, berserks e um guerreiro solitário em um carro de guerra, foi explicada por

como acontece ocaslonalmente, os líderes escandinavos são mostra-

Big Hougen como uma ilustração da batalha de Bravalla. com 0 Rei Harald Hilditônn no carro de guerra. |

dos em desenhos de outras terras durante a Era Viking, eles estão

usando esse manto solene sobre a jaqueta comprida até os joelhos

Os costumes que aparecem na tapeçaria de Oseberg são muito

e de mangas longas. É assim que Cnut, o Grande, aparece em um

interessantes. Alguns homens usam capacete e armadura de malha, - € levam um escudo branco e oval e lanças; mas outros parecem estar em roupas civis, embora carreguem também.a indispensáve l lançã.

manuscrito (iluminado) inglês, que mostra o rei e sua rainha sob

anjos esvoaçantes, colocando uma grande cruz de ouro no altar da nova catedral em Winchester.

Suas roupas consistem em uma malha de 14 aparentemente grossa

Na tapeçaria Oseberg há diversas mulheres vestidas de modo ms

que chegava até a metade da coxa ou um pouco mais para cima.

lhante, em costumes longos que podem também ser vistos em várias fontes suecas — as pedras entalhadas de Gotlândia (Tjángvide, por

Às mangas são longas e o casaco, embora ocasionalmente abotoado,

-peralmente pende solto. Mesmo assim, parece ser feito sob medida:

exemplo) e quatro pequenas figuras de prata suecas. À perita em

rem €

perfeitamente na cintura. Esse casaco ou jaqueta é familiar a descobertas Vikings no Norte; por exemplo de pedras

tecidos Agnes Geiger, em esmerada análise de fragmentos de tech da ento ecim conh o noss o ntou aume , Birka de as ltur sepu dos das

it od da Gotlândia, uma pedra norueguesa e uma estatueta de el j Skane. É do mesmo tipo do casaco que é mostrado nã pe Doi

nas 'Podrastdá

qunlos miss

Os dois Vikin

106

esa

ia

ce

aparece em alguns dos homens mostrados

O árabe Ibn Rustah, no século X, diss

Usavam calças largas, presas nos joelhos.

8º mostrados na pedra Smiss.i-Nãr (Gotlândia) estão

a E e o e

Eni Corto digas, joelhos — o mesmo tipo de calças, embora com

SO 1, pi

“rgas e moles, quase como um calção folgado, fe

a

(de novo como nas pedras de Gotlândia e

OO

chadoSabaiso E

e ii

mulher rica Viking usava uma fina camisa, às vezes

e

Da fárto

roupa das mulheres ricas dos tempos Vikings. Junto destap e ta

e

“ss

indisfame já mencionada anteriormente. cad calças são mostradas na tapeçaria de Oseberg: elas

ados em um duelo, e suas calças largas salientam-ss horizontal-

Pã sem mangas que, quando atirada pra trás, mostrava a bexacuro e seus braços, pelos quais as mulheres

|

radas. Ela devia aparentar uma figura imponente andando Su,

vestido florido, adomada com colares e broches

cúpulas das quais pendiam, de finas correntes, s remo Deve s. chave e faca has, agul para recipiente

se aci en id ev , ng ra sp m, ge la ce te de a ic cn té a m U . os oc bl is do ienta e |

sua aparência quando, mais tarde, nos referirmos aos Comentários de Ibn Fadlan a respeito das mulheres do povo rus, O cabelo era usado em um grande nó preso atrás por uma rede ou então sob uma

nas sepulturas de Birka. s as o d ss a ne r t n o c n s e no s fi i s a o m d i c e r t a os n i se m r e t Não é fácil de

capá. Às jovens era permitido, evidentemente, um costume menos

sepulturas eram importados ou de produção local. A seda, sem dúvida, vinha do estrangeiro, mas é provável que uma grande parte dos

formal, como é mostrado em um lado do vagão Oseberg pela alegre

jovem usando saias curtas e botas longas. é ge | Não raro, os homens eram representados com chapéus pontudos ou com a parte superior arredondada. Os chapéus eram feitos de

materiais elaborados, mencionados acima, eram

feitos pelos peritos

escandinavos. Um exemplo de um material importado é a lã de tex-

tura extremamente fina encontrada em Oseberg e Birka, que lembra um tecido de lã penteada, e tão precisamente tecido que sugere pro-

couro ou pario, devendo-ser cortados ao redor da cabeça, As mulhe. res também eram algumas vêzes mostradas com toucas ou vestidos que incluíam um tipo de gorro para a cabeça. Os sapatos para mulhe. res costurados em couro marrom também são descoberta de Oseberg,

dução em massa ou em uma escala que dificilmente poderia ter sido organizada dentro da Escandinávia. Agnes Geiger é inclinada a pensar que esse fino material é de origem franca, identificando-o com o famoso “tecido frísio”” chamado de pallia fresonica nos textos

Os Vikings amavam o esplendor. Em suas sepulturas, especial.

francos, que

mente aquelas de Birka, restos de materiais decoradode s maneira

Magno considerava valioso para apresentar ao

Carlos

Califa Haroun Al Raschid em troca de um elefante branco. Finalmente, em conexão com o costume Viking, deve ser mencio-

requintada foram encontrados. Incluem seda chinesa, bordados com

linha de ouro de extrema finura e habilidade técnica vinda de Bizân-

nado um refill ou tapeçaria de aldeia de Skog na Suécia do Norte,

cio e do Oriente, passamanaria, brocado pesado de ouro e cordões:

agora preservada no Museu de Estocolmo. Ela perteríce aos últimos

pregueados da mais fina qualidade. As sedas e muitos dos outros

anos do período Viking e mostra um certo número de figuras, alguns

materiais eram, certamente, importados, -mas às vezes mostram um estilo indubitavelmente nórdico. Um exemplo do esplêndido equipa:

mento de um guerreiro Viking vem de uma sepultura de Mammen

seres humanos, outros claramente incluem longas calças folgadas em tapeçaria de Oseberg. Essa moda, toda a Era Viking, do século IX até

vesseiro; somente fragmentos de seu manto permaneceram, mas eles

Jóias

na Jutlândia Central. Juntamente com o morto estavam sua achad'armas com incrustações de prata e sob sua cabeça havia um trámostram que ele havia sido adornado com bordados em padrões livres. Seus dois braceletes ou punhos de 1%, cobertos de seda é traba-

deuses, vestidos com roupas que muito parecidas com aquelas da ao que parece, foi usada durante. o século XI.

Como os Vikings — homens e mulheres — se adornavam? O único

adorno do homem, além do hlaô já mencionado, era o bracelete, O

lhados com linha de ouro, foram preservados, como também o foram algumas fitas de seda, finamente confeccionadas, na forma de flâmu:

anel trançado ou torcido de ouro ou prata tão frequentemente men-

ornamento chamado hlaô descrito nas sagas, que os Vikings usavam

Ouro ou prata,

cionado nas sagas como o presente que um rei ou conde dava a seus

vassalos ou escaldos. As mulheres tinham mais jóias — anéis de

las, a parte mais larga delas mostrando delicado bordado em ouro em um elaborado padrão de elós. Essas fitas são provavelmente 0

como

aqueles dos homens, mas frequentemente

maiores, jóias usadas no pescoço ou talvez nos cabelos, bem como

nã testa. Mesmo os guerreiros mais duros apreciavam vestir-se de

conjuntos

de broches

desses ar

usados no peito. A composição

maneira tão fina; de acordo com a saga Skarphedin, o mais desapledado entre todos os filhos de Njal usava seu elegante Jlaô de seda

juntos de fechos para o vestido geralmente seguia uma forma-pa ae

mente sessentê imada aprox em como ia, Jutlând da ra sepultu Nessa das sepulturas

de um terceiro broche de tipo diferente. As vezes Obrio es

quando iaà Thing.

'

com um par de broches em bronze dourado, lembrando

E

forma elíptica, de

de Birka — e também nas descobertas de Gotlândi a —

era arredondado, mas comumente ele tinha à forma

as fitas de seda e 14 são feitas coma técnica chamada “tecelagem em

de três folhas, em bronze ou prata. Estudo Ene

E

a

o

audi

So dê

Eirandoira DM dé era conjunto do principal elemento um enquanto

bloco

+ UM método antigo de manufatura util izado na Escandinávia. Na sepultura da rainha dé Oseberg foi

ei

pria Escandinávia, o outro era derivado de umê mo

nd

encontrado um tea! de fitas, pronto para funcionar 'e contendo não menos do que cit" 108

abóbada, o casco de uma a

de

109

Os broches em forma de tartaruga .são nati vos, desenvolvi dos

do um bem conhecido protótipo escandinavo, Nos primeiros tempos Vikings, eles eram de forma simples, decorados com figuras para. das de animais que eram claramente desenhados e facilmente distin. " guíveis. Mais tarde eles assumiram uma forma mais elaborada: sobre

| |

uma estrutura arredondada, dourada e lisa, uma segunda Peça em

adicionada e um complexoum , ornamento um tanto degeneradoem

|

Com o uso de aberturas e o tratamento geralmente mais Plástico do

|

- forma de animal, era colocado na rede básica da moldura decoratim, |

ornamento (especialmente no desenvolvimento de grandes relevos, | que frequentemente tinham a forma de cabeças de animais ou figuras

|

forma de tartarugas tomaram uma aparência quase barroca. O broche em forma de trevo não era de origem escandinava mas franca, e começou como um ornamento para os homens. As roupas francas para homens constavam de grande número de tiras — tiras

|

tão proeminentes que dominavam todo o desenho) esses brochesem

para ós ombros, cintos e tiras para a espada. Todas essas tiras pos

sufam pontas metálicas oblongas em sua extremidade, decoradas

|

de de fita. Um tipo comum no último período Viking é o broche o rata, arredondado e filigranado, dividido em quatro seções

CS quais eram gravados motivos de animais. Certamente, o tipo de

ornamentação indica o período, bem como a origem desses objetos.

Aqueles com ornamentos de plantas, no puro estilo carolíngio, ou

com ornamentos em forma de animais, característicos das ilhas

Britânicas, são claramente importados: mas os prateiros e ourives

Vikings eram

artífices habilidosos, e com frequência descobre-se

. terem eles copiado os trabalhos francos; os produtos mostravam,

então, competência e uma invariável força resistente, mas não atin-

glam a fineza e a elegância dos originais estrangeiros.

Já em 900, antes da metade do período Viking, os ourives e prateiros escandinavos encontraram, entretanto, um estilo próprio. Seu aprendizado no: desenho estava acabado e daí em diante eles passaram a produzir trabalhos independentes em estilos que eram

completamente próprios. Um tipo favorito, especialmente no leste

da Escandinávia, era o broche penannular, outro era o bracelete

com desenhos de folhas, especialmente as da folhagem acanto. Quan: do três dessas pontas se encontrassem, éra natural combiná-las em

de prata pesada, podendo ter desenhos em baixo-relevo ou com a superfície apresentando “nós” grossos ou botões; um terceiro era

usados como uma decoração onde quer que as três tiras se cruzas:

dades, pesados e chanfrados. Todos esses eram provavelmente de

que se vê nas miniaturas francas. Sem dúvida eles estavam entre à pilhagem que os Vikings trouxeram de seus ataques. Um brocie em forma de trevo de três folhas, de ouró, esplendidamente dec ora do, foi encontrado em um depósito de tesouros na Noruega, datando

Certos tipos de ornamentos em prata são raramente encontrados nas sepulturas Vikings, mas são comuns nesses depósitos que os arqueólogos chamam de “depósitos de prata” ou “tesouros”, que são

um complexo formado por três lóbulos, que poderiam então ser

sem; daf então o broche de três folhas para ser colocado no ombro

do século IX, Esse tipo de broche, em forma de três folhas, embele: zado com as ornamentações em forma de folhas, de características

a Tn ie tipo clássico, encontrou, então, seu caminho para particuian e dos guerreiros Vikings não requeriam

um bracelete em espiral com ornamentos, impressos em extremi-

origem báltica.

particularmente abundantes na Gotlândia. Esses depósitos não eram provavelmente

oferendas

votivas

aos

deuses, consequentemente,

parece ter havido dois motivos principais para enterrá-los. O primeiro é que os objetos eram enterrados por causa da crença comum

de que eles seriam úteis na vida depois da morte. Uma fonte literária do século XIII, a Ynelinga Saga, de Snorri, observa que aquilo

mulher Ale “po de omamento; ele deu, então, o broche àresua milhar nd É O broche em forma de trevo passoua ser usado

- que um homem enterrava na terra, ele iria apreciar em Valhala, O segundo é que, em tempo de guerra ou outro infortúnio, às Pest

X e no desenho escandinavo, foi substituída por um id forma de animal. As jóias podem também ter uma Náca ii

má-las. Cada explicação tem alguma justificativa, embora unas estudio confiem demais na segunda quando eles esboçam O

de folhas

a E poesia Pouco tempo depois, sua decoração

EE VIEGD Era ÃO im Higem E E é binação de

iai

o

-

qutros tipos de enfeites para o vestuário na

armado de maneira igual”, de bronze, tevê ante ao tipo de três folhas, derivado de uma com

Provavelmente O metal. de fitas de midad es broche simplples e extre oblongo também se desenvolveu de uma extremi 110

escondiam suas posses valiosas na terra e não sobreviviam para en a guerra.

Depósitos de prata do século IX são bastante raros, a E Epa

mais numerosos à medida que a Era Viking se aa e aa sistem de três tipos de objetos: jóias pequenas, P

rada io Ta

moedas, Objetos de ouro são escassos, uma vez q DO ORAR oem período Viking, a prata substituiu o ouro como O p

111

valor. A produção de prata, especialmente nas minas árabes, havia tado O ouro romano.

e por tipo de adorno pessoal encontrado nos depósitos mais antigos de prata é o bracelete em espiral já mencionado, com suas extremidades características. Em depósitos mais recentes, entre. tanto, prevalecem outros tipos: braceletes retorcidos ou trançados e pargantilhas, broches com filigranas arredondadas, ornamentos com

padrões em espiral e em forma de videiras (cópias de originais carolíngios ou talvez ingleses), e correntes longas finamente executadas (mostrando a influência de técnicas têxteis) terminando em cabeças de animais e, algumas vezes, carregando amuletos na forma do mar. telo de Thor. Deve-se enfatizar novamente que esses objetos são raramente encontrados em sepulturas, um fato que sugere que leis definidas, ou pelo menos tradições, devem ter orientado a escolha

so is da vi dú m Se X. lo cu sé do l na Escandinávia depois do fi uma “crise de prata” oriental, que obviamente afetou o agia

E dera

oucas moedas foram emitidas e elas eram de metal falsie saulo onde a maior parte dessas moedas estrangeiras foi

a a er ha il de an gr sa es e qu ra st mo e qu o a, di ân emgr ada é a Gotl ind ca Es da l su o do to de o e ic lt Bá io do rc mé e co 'd ea ár ar à

a US

à das em

contagem feita há alguns anos atrás das moedas encon-

Gotlândia

deu o seguinte

: mil; resultado: arábicas25

a rc ma na Di a da to ra Pa l. mi : 30 as ic ân rm ge l; mi s: 18 ca ni anglo-saxô a ra pa E 0. 90 8. l; mi 4 0; 80 3. : am er s te os números corresponden a. rc ma na Di a ra pa e qu do s re no me a nd ai am er es el a eg Noru

Isso tudo, certamente, referente a moedas estrangeiras, mas os

Vikings também

cunhavam

suas próprias moedas, em seus países

ou no estrangeiro, e nós voltaremos a esse assunto.

dos objetos dignos e próprios para serem enterrados juntamente com o morto.

A “prata quebrada”, o segundo componente dos depósitos, espe-

cialmente os mais recentes, era usada para pagamento de bens com-

prados. Às vezes as escalas também eram enterradas (são também encontradas em sepulturas). Trata-se de pequenas balanças desmon-

táveis providas de pratos, e os pesos estão contidos em caixas redon-

das de bronze. A “prata quebrada” consiste de pedaços de anéis e outras barras e lingotes, além de moedas que não eram, entretanto,

usadas como dinheiro. Em muitos casos, fragmentos de finos traba-

lhos orientais em metal mostram que, quando o negócio assim o exigisso, o Viking não hesitava em cortar em pedaços o mais bonito dos tesouros de arte. |

O terceiro elemento nos depósitos são as moedas, a maior parte delas completas e não danificadas. Isso é, em geral, significativo para se datar tais depósitos. As moedas predominantes são as do Leste. Não somente no século IX, mas através da maior parte do século X,

os depósitos contêm grande número de moedas árabes — dirhems vindas ps

DE

em sua maioria dos capitães Samanide de Sama rkand —, mês

a

carolíngias e anglo-saxônicas. Foi somente depois

= pagamentos de danegeld pela Inglaterra, no final do Oni na primeira metade do século XI, que as moedas anglocas se tornaram abundantes. No mesmo período, as mocdss DT apa

receram da Saxônia e da Renânia, o que confirmê que à mineração da prata começou no Harz mente na metade do séc a p r o x i m a d a : Ulo X. As moedas bizantina

s são raras por

todo o período Viking. As moedas árabes não foram importadas

112

113

208SON RAEDER Cao

CAPITULO

VINIA

q

CX. POSTAL 11 CURITIBA - PR CEP

TRANSPORTES

80011-970

EE

Navios

li bi ha a su o de ã ç a z i l a e r a m e r p u s Os navios: dos Vikings foram a o t n o p o i ; fo l a i r e t a m a r u t l u c a dade técnica, o ponto mais alto de su a posse mais valiosa. su é r e z a r p u se de , r e d o p u e s l a de t fundamen u ra o pa t n e s e r p e r o i v a n , O s o g e r g 08 a u r o a O que o templo represent p de da li bi ha a um de o sã es pr ex sa io on rm os Vikings: a completa e ha , ou a rr te da e ng lo e nt me ca fi ci pa rara. Se o navio negro deslizando , es st ha as su m co s da on as do an fr chi a” como uma “cabra marinh os mã as su r po o it fe s, ng ki Vi s do ta ri vo fa ele foi sempre a criação que l ura nat É . sia poe sua em do ra mb le e nt me sa uo et af habilidosas e de as tr os am as ri vá do va ser pre nos ha ten r ula tic a Noruega em par a, st co a ns te ex a su de a us ca r po e, qu navios da Era Viking, uma vez . vo po o tr ou er qu al qu e qu do mais os noruegueses conheciam o mar u o m a h c , on ss im gr la al Sk il Um poeta islandês do período Viking, Eg as ondas que batem contra o penh asco da rochosa costa norueguesa de

, a m i t í r a m la or na , Lá . ” a “cinturão de ilhas em torno da Norueg

três grandes diques foram construídos nos tempos dos Vikings, é

de. ida ter pos à a par do da ar gu foi ng ki Vi o vi na um em cada um deles o Jad no e, Tun em o: Osl rde fio no s s navios foram encontrado Os trê

ios nav s trê Os l. ta en id oc do la no g, er eb Os em oriental, em Gokstad e nos ê gd By em ng ki Vi o vi Na do u se Mu no je ho tos vis podem ser

arredores de Oslo. uediq so en im um em 67 18 em do va ca es foi O navio de Tune va a t s e o i v a n O . túmulo de aproximadamente 80 m de diâmetro a vi ha e qu l, azu ma la em enterrado norte-sul, colocado na direção ro cont en De s. lo cu sé dos preservado seu bojo de madeira através s i a n i m r e t s u e s ros, st ma de ma or af at pl a um va ta es ra ei as à parte tr sua plataforma

em é o, vi na do a ad ur am da ém al ma la na do penetran havia sido construída uma câmara mortuária

por um teto plano. O compartimento h

€ os le de ro nt de s ma s, to mo re os mp em te 115

coberta

|

os restos mortais de um homem e um cavalo, o último q 2

te enterrado de pé. Muito pouco sobreviveu: uma pá de irem gos pedaços de madeira esculpida e algumas contas, O na %

pobremente preservado no solo, tinha aproximadamente 20 m da omprimento,

4,5 m de largura e 1,5 m de profundidade de y

a

cesso. Os remo

hm sou o Atlântico de Gokstad são À hà mais antigos da Idade de Ferro da Escandinávia, sado com

os navios

indi mostram vários. melhoramentos na construção:

dondado é substituído por uma verdadeira quilha que

acatt até à parte inferior da quilha. Era feito de carvalho, po a sido colocado no dique com

8 gala pare serve

da cetimônia de sepultamento. Shetelig descreve esse navio de Tune como uma boa embarcação, muito bem-acabada, destituída de deco. ração; acomodava-se em águas baixas, sendo bastante próprio para navegar em águas pouco profundas, tais como os estuários. Data de

di RD

di

=

oo



de remos haviam sido reovidos ao

aproximadamente do final do século IX. | O navio de Gokstad (Il. 8), em um dique de 49 m de largura e Sm

de altura, foi escavado em

1880. Estava profundamente

enterrado em lama azul, que o havia preservado, com sua proa vol: tada para o oceano. O mastro havia sido cortado ao nível do telhado de madeira da câmara mortuária que havia sido construída trans versalmente à popa da embarcação. Essa câmara também havia sido pilhada tempos atrás, como indicava um grande buraco no lado do navio e na parede da câmara. Dentro dele havia sido enterrado um capitão, elegantemente vestido e armado, deitado em sua cama. Um exame do esqueleto mostrou que ele havia sido um homem de físico forte, de meia-idade, de mais de 1,80 m de altura. Ele estava bem equipado para sua viagem: havia três barcos a remo e cinco cam as na proa do navio; à meia-nau havia uma abundância de utensílios

de cozinha, tais como caldeirões de ferro e bro nze, pratos, copos, castiçáis, barris e pás de madeira; estavam incluídos também um tabuleiro de madeira para jogos e um trenó entalhado. Na câm ara mortuária

havia fragmentos de roupas de lã e seda, enr iquecidos com trabalhos em linha de Ouro, os restos de uma bolsa de couro, um machado, uma fivela de cinto de ferro e tiras de chumbo e bronze dourado.

Fora da câmara foram encontra dos os ossos de um pavão, é perto do navio os remanescentes de dezoito animais mass a

— doze cavalos e seis c achorros aproximadamente.

crados

O sepultamento data do ano do 9 00,

O navio, que era const

o

tn

adamente 23 m de comprimento, 5,5 M in cer imadamente 2 m de profundidade da amurada

líquido de isto

EAR ii

com os equipamentos, tem um peso

de perto de 32 toneladas registra das: cio : truíUmdo facsími le do navio Stradas, cons em 1893, atraves

116

principais tes doCompá: navio e à prancha, a à balizacomponen

das Aga

asa

dorsal e é forte o bastante para no à pa roa e o cadaste de popa são, cada um deles,

— na

madeira; das dezesseis fileiras de pranchas,

abaixo do nível da água, e as carreiras de tábuas estão

ei a TO re

as

aiustando-se à de baixo, calafetadas com

rat

às balizas por ramos de vime que

de s eira carr das al eri mat do as tad cor has tan cas o de pe uma io. nav ao a dav o uçã str con tipo de o p sm tr au a-n mei A . cas ras em tempos de bor

us

ra

e een

bloco de carvalho no qual im

o. c eret s tro mas ta o die ve r orta a para o mei no D T ício orif a”), acom um tro-peixe ER do ipa equ era io nav o s, vela Além do mastro 'e das , trado encon foi e ond ue diq no eve est to s. Enquan para dois s, udo esc dois e ta trin a rad amu uia ha fundo 4 is cada orifício de remo, dependurados de tal maneira ão aaa

cobria o seguinte até a metade. Os escudos eram rr mente de preto e amarelo e formavam uma linha

asda

ia

O

proa até a popa. Isso servia de decoração gre aaa estivesse no porto, não quando estivesse navega a 2d cita voltar a esse ponto quando considerarmos,o SBN o do navio-sepultura. O leme era feito de um único De

de carpostanio

valho, tendo uma forma parecida com a lâmina de E : Nida ds largo, com um comprimento de aproximadamente

alhetas de estibordo por uma castanha rebitada e

sistente.dE Atra Tadoo

e da baliza do navio, havia um orifício para

ai

aê altura de

modo a facilitar ao piloto quando em ad

ee o fac-símile do

vés do leme, através dessa castanha e finalmente à da grossa de vimeiro. No pescoço do leme, a cana era pie

o capitão norueguês Magnus Andersen coma navio

Gokstad

até a América em

la popa. Quando --

ne

“Este leme

1893, ele Mc lRÍvS da argúcia

deve ser considerado como uma das provas Cor

jose mari

e habilidade de nossos antepassados na construção, homem poderia nheiraria. O leme é trabalho de um gênio... governar um navio com ele em qualquer desconforto”.

tipo do

do

O mastro do navio, estimado como tondo a

dass

da altura de

“117

aproximadamente 12 m, era feito de pinho, À vela era

mente quadrada, mas maiores detalhes de sua forma ou

PrOvavel. cor

não

são dados pela descoberta. As sagas e outras fontes literárias falam de

velas listradas de azul ou vermelho, ou de algumas inteiramente ver. melhas. As pedras de Gotlândia usualmente representam velas qua. driculadas. Na proa do navio de Gokstad está sua âncora de ferro completamente enferrujada; e aí também estão os remos de pinho: alguns com

5 m de comprimento e outros ainda um pouco mais

as, cet lan de a rm fo em e as en qu pe s na mi lâ longos (de até 6 m), com

Os orifícios dos remos estão um pouco mais altos em direção da proa e da popa do que quando eles estão à meia-nau. Nem no navio de Gokstad nem no de Oseberg há qualquer traço de bancos para

remadores e não houve oportunidade, diz Shetelig, de testar as quali.

dades do navio sob remos durante a viagem do fac-símile, simplesmente porque não havia disponibilidade de remadores adequada-

mente treinados. É possível que os remadores usassem seus próprios assentos presos de alguma forma, como bancos. O passadiço do navio de Gokstad também foi conhecido: uma estreita prancheta de abeto vermelho, com aproximadamente 7 m

de comprimento, com um orifício em uma das extremidades para .

firmá-lo e degraus cortados em sua parte superior. Foram encontradas também nesse navio quatro fortes pranchas, com cabeças de animais esculpidas em suas extremidades: foram tidos como os . espigões de uma tenda que seria montada na praia quando o navio ancorasse. As cabeças de animais não tinham apenas o intuito de decorar. Os Vikings pensavam que elas seriam efetivas para afastar qualquer perigo que pudesse ameaçar aqueles que estivessem dor-

mindo na tenda. Não menos do que oito camas, ou fragmentos delas,

estavam à disposição do Viking sepultado no navio de Gokstad, duas - delas com cabeças de animais lindamente esculpidas para protegê-lo.

Presumivelmente essas duas pertenciam à tenda. Fragmentos de cobertores e edredons tornaram-se conhecidos também, dos quais

as cores sobreviventes eram principalmente o preto e o amarelo €,

E EE ei vermelho, Shetelig e o Capitão Magnus Andersen atesta m notável atençã par com os detalhes que distin Navio de aOL isti gue m O ção o para

Finalmente chegamos ao navio de Oseberg (Il. 10), que celebrizou as revelações da arte e do espírito dos Vikings. Ele foi encontrado

em 1903, e escavado no ano seguinte de um dique originalmente com

cerca de 3 m de altura e aproximadamente

18 m de diâme-

tro, feito de turfa, que, com o subsolo de lama azul, agiu como um conservante

11R

que manteve

intactas as maravilhosas per

enta

navio. Essa embarcação, como às outras duas, orientavae a, md a proa voltada para O sul do oceano, PD se nobv, variaram o na vio de certa maneira e os ladrões pressã

astante ocupados na antiguidade. O navio pedra am

de sepultura ma

do dique, e a câmara mor-

dels na popa continha os restos mortais de duas mulhe-

foi ancora

o cinc e vinte de er mulh m jove uma s, dela uma de ind tuária do res. O ad de idade, estava disperso: somente uma pequena parte

a dentro da câmara, e um pouco mais fora dela. Os ladrões

; iq

e mr

ados ress inte nte arme icul part e ent tem den evi estavam

o a

Ena a lh ve is ma er lh mu a e r) ve mo re os ladrões tentaram e

Halfdan, seu pai. porque

e ea pe , no Fi lo be Ca ld ra Ha i Re do ó av e o Negro, re e de o nt me ri ob sc de do ta da à ta us aj se Essa teoria dr o ma gu al em do ci te on ac ter ve de to o sepultamen

ver seu corpo. À outra mulher era mais velha, entre sessenes algude s sinai rava most o elet esqu seu e = Caetanth anos de idade, a que luir conc ável razo É te. artri o com tal s, osso dos a soa seu foi e qu de es (d e br no ma da a a, or nh se nvem fosse a |

m f à ou nt se re ap r ge og Br W. A. s uê eg ru no criada. O arqueólogo F ; E a, As ha in Ra à a er a ur lt pu se na m ve teoria de que a jo segunda

metade do

século

IX. Exames

dos depósitos de pe

e: em o, vi na O . ro mb te se ou to os ag em se ude to indicam que o even en ne aa aç nt me rm pr a su is po a, oc ép la ue aq ra pa o lh tanto, era ve ao estilo que era usado aproximadamente em 800, p in a dé o vi na o , se ba mo co o iss se ond ma To . ng ki Vi o períod

g

seria cem anos mais velho do que os de Tune e Gokstad.

s, ma ca : do di ên pl es to en am lt pu se um m ra ve ti es er lh As duas mu e o E ad aç mt ge s le de m (u is rr ba e s ca ar as ri , vá ns do re , travesseiros ed

à

e

as ir ce be ca ra pa s na lu co as ic íf gn ma ro at silvestres), qu

, es lh ta de em ta ri sc de já a ri ça pe ta a s, cabeças de animai as ir ce be ca às mo co , ão nç te in el áv ov alguns guizos de ferro, com a pr ões ladr Os espíritos. maus os afugentar de com cabeças de animais,

de sepultura entraram pelo sul, depois de cavarem -

até a

túnel

proa do navio é cortarem os finais de grandes

Naraondá

chegaram à câmara mortuária, Enc

buraco aberto no teto. Na proa do navio e maior valor carruagem

histórico e artístico: em primeiro

com

quatro

rodas, de madeira o

também

duas tendas, três camas,

m

quando

um

Er

ainéis esculpidos, esc

” icas, dois

de mão, um barril redondo com inscrições dê e

madeira, algumas tábuas e remos, uma gr”

2

aos objetos do

e quatro trenós — três deles ornamentados com ficas. Há

a

de

âncora-reserva, banheiras de madeira, pranchas para desemb e numerosos outros objetos. Na popa foram encontrados ute A de cozinha: uma faca de ferro e machados com pegadores a

de madeira, púcaros, dois caldeirões de ferro, um com suporte e a

moinho manual. Sobre algumas pranchas de carvalho estava mia

Aqui e ali, pelo navio, foram encontradas frutas, grãos e gica dois tipos de maçãs, nozes, avelãs, trigo, agrião e a planta-tint s azul, conhecida como Ísatis. E O naviô de Oseberg está, em sua maior

parte, be

Foi construído totalmente em carvalho, exceto as Pri dane :

das, que são feitas de faia. Suas dimensões são de aproximadament

21,5 m de comprimento, 5 m de largura e perto de 1,5 m de profundidade da amurada até a quilha. Embora seu desenho e cons.

trução lembrem as dos outros dois navios, a embarcação de Oseber é claramente uma construção mais fraca. Ela contém um

pi

número de depósitos para provisões; não há provisão para o fecha: mento dos orifícios dos remos contra as águas fortes, e os remos de pinho (quinze pares) são curtos (3,5 a 4 m), elegantemente decorados, sem uso, claramente

construídos para o funeral.

O mastro

e 0 leme eram novos e não designados para uso prático. Por essas

Tazões Shetelig é inclinado a acreditar que o navio usado para 0 sepultamente de Oseberg era uma velha embarcação que havia sido colocada no dique e que foi reparada para sua última viagem. Mes não era ando para tra: era novo, entretanto, o da fede

à pu horn

Ear

sua e ar

ou viagens longas; era um navio de luxo, e destina:

uas linhas elegantes e magníficas e sua ornamentação

ainda atraem qualquer pessoa que venha vê-lo em

ver

e ums do Navio Viking, perto de Oslo. Ninguém o des

bro

laio as seberg. Escreve ele: “As amuradas correm baixo

das rete intérp oso afetu o ip, Shetel n Haako que 0 do descobertas uma

Erê

e

a navio do di lácie e

o longae reta, para acomodar os remos em

extremidade cada sobre em4.Sm em subir então para rada, o nível curva íngreme para mais de ente

finas e

A proa é decorada de cada lado com E

cem com ornamentos

são de fato POR,

;

aiian Prior

que se pare forma de plantas, mas que não são. Eles

eríodo Viking começou, e ainda assim não

ncado : degenerar. Em outro lugar do navio de

de 300 sa

havia ain mos outro estilo de ornamentação, novamente baseado Oseberg Vê de animais, mas de um

caráter

diferente. São animais

em formas criações barrocas feitas sem preocupação pela delicadeza tilo é destituído de qualquer elegância e confia para poderoso, ainov Uma . esco grot or hum e rras esa O e linhas. apresentações biza u pa pad Deríodo Viking, e que foi certamente inspirada na da s, ng ki Vi s do e rt pa r po , al on ci en nv ainda fresca€ não-co pai

ro ca ça an Fr da s õe le de a rm fo em s clássica com motivo

s, ng ki Vi os o id rt ve di e o íd ra at r te m ce re pa s ra tu ia cr s sa Es . gia lín 08 o nd ca lo co s, ta ba ro ac de s po ti s que OS transformaram em novo as e patas fortes, os

rg la s ce fa m co y e s s I a ur st po a um em animais | . s re do ra agar g “animais do an in rm te , ta al l ra pi es a um em be so E do navio -s Oseberg tá es o vi na do pa po da ta al is ma em uma cabeça de cobra. A parte . te en rp se da a ud ca à va ra st mo ael e faltando, mas presumivelment en fr en do an qu so lo bu fa o tr ns mo um O navio inteiro, então, parecia rpo gordo co u se m co e o, nd ha il br a ud ca e ça be tava as ondas, sua ca i t s n 7 . . cheio de homens

ng ki Vi o vi na o , ia pé ro eu a ic ut a ná iv ct pe Visto através da pers uol ev so es oc pr um de io íc in O e qu do is ma o sã representa a conclu

remo a os rc ba o s nt do me vi ol nv se de de s lo cu sé de l na tivo. Marca o fi ra vi re os eg pr m co s ra gu se s e ta os ep br so construídos de pranchas

m co s do pa ui eq os vi na em m ra ma or dos, que gradualmente se transf período Viking, esse “navio comquilha, mastro e vela. Por todo o , ut Cn de os vi na s re io ma Os r. io prido” tornou-se constantemente ma

o de i v a n O e qu do s re io ma s ze ve as o Grande, eram provavelmente du s vs na — o pi cí in pr em o m s e m o mas eles permaneceram

Gokstad,

a ri ça pe ta À . io rc mé co O ra pa to an qu as destinados tanto para batalh Gel

, ng ki Vi o od rí pe mo ti úl o m co de ci in de Bayeux, cuja data co uso para todas as finalidades. Com o os o mesmo tipo de navio em s po ti is do e a ss ce ão nç fu de e ad do período Viking, essa unid : ara velocidade

ê

tos de navios são desenvolvidos: um Naa o comércio; - mobilidade em batalha, e o outro com capacida um para a guerra e o outro para a paz. Carros e trenós

5 s, da on as o ad rn ve go r te m de po Os navios de transporte

os indiví-

rá pa do to mé or lh me O a? rr te r po e am av viaj cavalo, 9 — anos mil 2 por sido tem e or sua mon — duos era

O grande apreço e afeição que 08 Vikings tinham P

a

Mas O cavalo, por si só, não resolve o problema do. transpo

re

8a

Para isso os Vikings tinham dois veículos tradicionais: o es *

trenó. No navio de Oseberg foi encontrado o famoso carr O de é quatro rodas (Il. 9) provido de rodas pesadas, com um cubo central varals longos. O corpo curvo. do veículo é completamente coberto o entalhes que não são somente decorações, ma s si gn if ic tes Iustra. ções de mitos e lendas. Algumas pessoas poderão dizean r que esse é um claro exemplo de uma carruagem sagrada, ricamente decorada, para uso religioso, e que, portanto, não prova que carros de quatro rodas fossem comumente empregados como meio de transporte ng Escandinávia dos Vikings, especialmente porque as estradas lá nã

de os rt be co s ho ec tr os ns te ex os e, rt em o do No viagens

as ng lo as em ss ja ra co en lo ge de os rt » os cobe

l a — os Vikings usavam esquis também. É aparente que, nº g plagosé or trenó ou

a dúvid Sem no. inver o te duran terra por u viajo Olaf ; invésssidea, EO o t n a S à Rú h

m

+

r



. l i c á f s i a m era muito

devem ter sido muito úteis. Uma resposta a esse argumento é que , de fato, boas estradas pavimentadas já existiam na Dinamarca nos tempos romanos; e nós não devemos ser tentados a assumir, pe la

horrível descrição feita por Adam de Bremen da Jutlândia e de outros terr itórios do norte, que o norte era um “deserto se m cami.

nhos. Outrã evidência é encontrada na tapeçaria Oseberg, qu e repre. senta pelo menos duas variedades de transporte de qu atro rodas — uma aberta e outra coberta. Sem dúvida era poss ível dirigir carros de quatro rodas e coches, protegidos por cavaleiros at ravés de grande s trechos das planícies da Escandinávia. Aind a outra indicação da existência de estradas utilizáveis no último perí odo Vikingé

7

ras rúnicas suecas que, prestando tributo ao homem para quem elas eram erigidas, frequentem ente mencionam que entre seus feitos estava a construç ão de uma ponte; essa frase “construir uma ponte” usualmente significava co ns tr ui r -u ma estrada firme através de um chão pant anoso. Há boas razões para concordar com Sune Lindavist de que is so, com frequência, implica O melhoramento e a reno

vação de rotas já existentes usadas por cavaleiros e carruagens. Existem todas as ra zões para se acreditar

que OS carros e as carruagens eram amplam ente usados no-norte. durante

o verão, e no sul da Escandinávia na primaver a e no outono também, quando a neve estava ausente. Mas, e a respeito do inverno! A resposta, completamente simp les, é que no inverno o tran sporte que os Vikings possuíam seus trenós.

preservados de madeira finame8ntfeoraem encontrados três trenós bem n t a l hada é com bases em forma de tobop4 e corpos

desta Cáveis com cab com os lados ricamente decorados (1, 12) 8

a

animais,

Há ainda um quarto trenó, menos ornamentado, um si mples trenó de trabalho, tatambém com o cor po destacável. Os resíduos de um trenó foram também encon trados no 122

navio de Gokstad. É eviden te

123

CAPITULO IX

S O P M A C E S E Õ Ç A C I CIDADES, FORTIF

Cidades

:

e t n e m l a u d a r g a v a n i d n a c s e e d a d e i c o s à g n i k i V o d o í r Durante o pe is do e v u o H s. da uí it st in m a r o f s e d a d i c as al qu no o gi tá es atingiu o cidades Vikings: fatores conflitantes

trabalhando

na criação das

is ma , ro ei im pr o e nt ce es or fl is ma o t n a u q — a ri ta ra comércio e pi s da za li ca lo m a r e s de da ci as e t n e m e t n e u q e s n o C . o d n u g lucrativo o se r po as ad rc ce e s de or fi s i e v á g e v a n s a m s to ei tr es de a m i c de e na part e s s e c e t n o c a e qu de go ri pe O e r p m e s a i v a H . as iv ns fe de s õe fortificaç € s o d a m r a m a v a t s e r a m do s e r o d a c r e m OS s a m , s o g i m i n ataques i e t n e u q e r f as is co as m, si as o m s e M . s a m r a as su ar us o m o c sabiam s ma ; s a d a m i e u q s de da ci € s o d a e u q a s m a r e os vi na l; ma m a i mente al qu do , o i c r é m o c do e d a d i s s e c e n à a er o d e m o e qu do e rt fo mais . to en st su u se o ra pa te en lm ta to m ia nd depe s ho ol mo co , as ic lt bá as st co s da e e rt No do r ma do o Ao long s i a m s do s re ga lu os s, ng ki Vi s do s de da ci s a d i c e r a p a s e d as cegos, estão ta ro a do in gu se , a p o r u E a d e t r o N do o i c r é m o c de s o r t n e a di antigos c ân tl Ju da a st co da o ng lo ao o n e R do a r u d a c es el qu da do vento, da embo s e r o d a c r e m s no s o m r a s n e p Se e. rt no es el e qu er qu até o lago Malar no de on rê pa ou m e s s e i v es el e qu er qu e d n o de de es tempos — nt ha il rv fe z ve a m u , is ia rc me co s de da ci s da ; d a t s e r o D de ia fossem —, um quadro ís fr de da ci à : e t n e m à m e v s no , s a t r o m na Di a na or ag e m é b m a t vida e, rt no o ra pa is ma , a c r a m Hedeby, no sul da Dina fiorde Lim, Grobin na Letônia; à escandino , je Hg m l o h d n i L = l su marca, NO €, a; rk Bi a ec su a o; us Tr a n a nava-eslava Wolin; a estoni s da ci re pa sa de s de da ci as ss de s o m e b a s e qu O l. sa gs Noruega, Skirin

Que traços elas deixaram?

m a n o i c n e m á j m é b m a t re b , a o e d s a n o r i c a l a f o ã Grobin já foi men t n e s o m a V . s i a r tu nã as rç fo r po l na fi o ã ç i u r t s e d e sua

Hedeby.

Hedeby , e d r o i f l e v á g e v a n s a m to estrei do cabeça Ela se situava na 125

E

bia

a

o sul de Slesvig partindo do B

chamecas”. Por três lados — nes

is : sul — ela era defendida por uma grande fortificação sem. circular, mas ao leste era totalmente aberta ds águas da enseada do Haddeby Nor. A cobertura de grama das fortificações defensivas ainda são impressionantes, embora estejam menos formidáveis por causa da decadência de seus antigos revestimentos de madeira, Den.

tro dessas defesas, a cidade tinha aproximadamente Sessenta acres, agora campos férteis, e em circunferência foi a maior cidade do

norte durante o período Viking. Havia dois portões na parede, ao sul e ao norte, e provavelmente um terceiro a sudoeste. De 1900

até a deflagração da Segunda Guerra Mundial, com algumas inter.

rupções, os arqueólogos alemães escavaram o local onde se situava Hedeby e a área ao redor.

Suas escavações mostraram

que

a fortificação semicircular não

era a princípio tão alta e larga como parece agora. Ela cresceu em estágios sucessivos, de uma fortificação relativamente baixa e sim-

ples com uma paliçada e um fosso até um complexo defensivo de

dimensões extraordinárias. Por outro lado, sua circunferência permaneceu aparentemente constante. Ou a fortificação foi originalmente construída incluindo um espaço maior do que a área real da cidade, tendo em vista sua expansão futura, ou então ela não foi construída

antes que a cidade tivesse já atingido um certo tamanho. A última hipótese parece ser a mais provável.

4g. 36). O solo pantanoso da.extremidade norte de Haddeby

(veja a serU De

as fundações mais profundas das casas de uma ma. or P raticamente satisfatória. E qualquer pessoa que visite o lugar esbavaçÕES onde áreas inteiras estiveram um dia descobertas deve

partir com à impressão de um restolhal no qual o anjo da morte esse cortado, cuidadosamente, com sua gadanha, noventa por 13). (Il, humanas habitações as todas de superior parte to da

Desses remanescentes ficou estabelecido que as casas de madeira vertiincluíam algumas que eram construídas de aduelas (pranchas

painéis com armação em construção de eram outras cais unidas), construídas ainda outras e estruturais, madeiras as entre de taipa

com rua, a para empena sua tinham casas Às toros. de como cabanas centro no ficavam lareiras as e trás de parte na celeiros e cavalariças cidade da ocidental, e alta mais posterior, do assoalho. Na paite “afunchão com taipa de construções pequenas foram encontradas canto. um ocupava lareira a qual no solo, no cavado dado”, E fundição de traços Há Hedeby. em Vários ofícios floresceram e fundição chifre, € osso usavam que indústrias ferro, tecelagem, de vidro, cunhagem de moedas e pena E

bronze, fabricação ce Reno do importada louça de Cacos barro. louça de bertas pertencem ao início do século IX. Muito poucos

R e imp Pepe o

= ama fortificação da Dentro agrícolas foram encontrados.

Um cidade. da ocidental parte na ambos cemitérios, havia dois s ma e) st oe est le o çã re di na colocados

Nos tempos Vikings um riacho atravessava a cidade, cortando a parede do lado oeste e fluindo para Haddeby Nor; a embocadura

| tuído ti ns co a er l, su ao , te an st di is ma , outro O . eúdo cont o pouc m “com e t e rep

riacho era da maior importância para a cidade Viking, uma vez que

dância de conteúdo, tais como armas € ) ca a cremação, antigo, um cemitério com sepulturas par de. Os ossos foide recente animais cida

desse riacho ficava na parte mais velha da cidade, Esse modesto

a abastecia de água potável. Ele se mostrou valioso também para

os arqueólogos porque sucessivos depósitos de lixo em seu Jeito —

camadas reconhecíveis depositadas umas sobre as outras — ofere-

ceram um Índice físico para a cronológia relacionada às várias fases

da ocupação da cidade, Os escavadores puderam também observar

18 mudanças na relação entre os vários edifícios de madeira da cida-

é 8 O rio, percebendo que em certas épocas as casas foram consuídas bem próximas ao riacho, apoiadas em estacas de madeira,

| Ea outras fases as casas foram construídas bem longe do rio, sepa: hab espaço aberto. Nessa parte mais baixa de Hedeby

o

quase todas as casas haviam cavado um poço equi”

àSa um cano de madeira (de excelente trabalho de tanoaria)

«SSPeO

26

com as observações do mercador árabe Al-Tartushi

dOS poços de água fresca quando da sua visita no século X

bun-

'

mente descoberto perto do portão sul da encontrados em muitas dessas partes da

os dos animais usados para a alimentação,

tmn

ram

principalmente

confirmam que 08

uilar. Carneiros é

porcos e bois eram a carne mais abundante € POP o. mas muito cabras eram também utilizados para à a rea e gatos poucos cavalos e galinhas, e nenhum tipo de EM os variedades de eram evidentemente conservados nas Ei 5 avelã, noz, maçãs,

plantas e frutas foram encontradas: : cevada, tHBO, as, framboezas, morancerejas, ameixas, abrunhos, sabugueiros, une

gos silvestres e lúpulos.

um ia ec er of r, No A angra, Haddeby m ra ra nt co en s re do ha ul rg me os

by. de He to natural para th

4 uma linha de idpao licçaodamo,

t, ar ap a vi ha e qu m, 0 50 1. de o nt me ri mp co do o. Ão sul, a aproxim Em 1953

defesa para o port

v r e s e t n e m e t n are

300 m na direção

nordeste do estuário, e a uma profundidade de aproximadamente

a existência da cidade a um final. Em cima dessa camada não havia

truído de pranchas sobrepostas e seguras com pregos revirados, que

relíquias. Nos depósitos superiores do leito do rio foram descobertos os restos mortais de dois homens e um cavalo, queimados; esses,

3 m, os escavadores encontraram os destroços de um navio cons.

havia sido queimado, feito de carvalho e freixo, com cerca de 145 m de comprimento e 3 m de largura, uma embarcação de superfície inferior bastante chata, própria para navegar na costa e presumivel. mente de construção local; e, dentro dele, foram encontrados os

restos mortais de um homem cuja face havia sido ferida. A questão da origem e da idade de Hedeby será considerada quando mencionarmos o seu relacionamento com a fortificação vizinha, o

famoso Danevirke; mas, visivelmente, a cidade deve sua existência à rota de comércio entre o Mar do Norte e o Báltico. Era um centro

mercantil, algumas vezes nas mãos dos dinamarqueses e outras nas

traço de lixo e nem outras indicações de atividade humana ou de

assim como o navio no porto, parecem ser relíquias do grande fogo

de 1050 que destruiu a cidade de Hedeby para sempre — ou pelo menos quase para sempre. As fortificações de Hedeby existirão,

presumivelmente, pelo mesmo espaço de tempo que a fortificação de Danevirke, e é digno de nota que, quando em aproximadamente 1160, o Rei Valdemar reforçou o Danevirke com sua forte parede

de tijolos vermelhos, cem anos já se haviam passado desde a destruição de Hedeby. A cidade deve ter tido uma vida atenuada depois de 1050, porque Adam de Bremen conta a história de sua pilhagem

mãos dos germânicos ou suecos*, A evidência da sorte final de

e incêndio pelos vênedos já em 1066.

fontes arqueológicas. A História atesta claramente a situação que emergiu em meados do século XI, quando o rei Swein Estridsson,

da Dinamarca, e o rei Harald Hardrada, da Noruega, se defrontaram. Aproximadamente em 1050, enquanto Swein estava ocupado no

cenário da primeira missão cristã na Dinamarca, onde o monge Ansgar esteve ativo entre 826 e 829 como o precursor da plena introdução do cristianismo na Dinamarca, o que iria acontecer 150 anos mais tarde. De acordo com o mercador árabe que visitou

para atacar Hedeby, pilhando-a e queimando-a totalmente. Quando Swein, voltando do sul, aproximava-se do lugar, os navios de Harald,

até que Harald Dente Azul fosse convertido. A igreja cristã mais

Hedeby é dada não somente por fontes literárias, mas também por

sul com o imperador germânico, Harald aproveitou a oportunidade

carregados do saque, fugiram. Swein os perseguiu e os alcançou em Lzso, em Kattegat, onde Harald, para tornar seus navios mais leves e escapar, foi forçado a atirar ao mar a rica pilhagem de Hedeby — de modo que ela flutuou ao sabor do vento do mar da Jutlândia, como o escaldo Thorkeik, o Formoso, diz em sua canção. Outro escal-

do, um norueguês que estava com o Rei Harald (citado por Snorri),

celebrou a sorte de Hebedy em uma canção triunfante: “Queimada em ódio foi Hedeby do começo ao fim. Foi um feito valente e do

qual Swein sofrerá. As chamas subiam altas das casas quando, na

noite passada antes da madrugada, eu contemplava do braço da fortaleza”. Esse “braço” é sem dúvida a extremidade norte da grande

fortaleza semicircular, onde ela entra no Haddeby Nor, e de onde, mesmo hoje, pode-se ter a melhor vista de todo o povoado.

Durante as escavações da área de Hedeby. perto do porto, a .cama

da superior de muitos lugares mostrou consistir de solo grosso com

carvão de lenha e cinza — evidência da catástrofe pelo fogo que levou * Há razão para acreditar que foram

m a P ruíra semicircular, quando eles capt uraram a cida08de suecos que const por volta do ano 900. 128

arede

Na história eclesiástica escandinava,

Hedeby

é famosa como o

Hedeby em meados do século X, lá havia um pequeno grupo de cristãos, mas a religião não criou raízes realmente na Dinamarca,

antiga na Dinamarca era sem dúvida a de Ansgar, em Hedeby, ou em: seus arredores, mas todos os esforços para localizá-la foram inúteis. Era sem dúvida construída de madeira e, como vimos, as

partes mais baixas das construções de madeira foram preservadas no solo pantanoso perto do porto; mas nada do que possa ter sido a igreja de Ansgar foi encontrado.

Slesvig

a Perto de Hedeby, ao norte do fiorde Slie, fica a moderna de Slesvig, que não se pôde provar, através de evidências gs

picas, que tenha existido antes do século XI. O segundo elemento “vig vem do latin vicus (“cidade”) e foi incorporado nos tempos dos. s C os it mu de s me no aos — ém mb ta s Vikings — e bem ante

a E ta cos na o, ic ân rm ge te es ro no no s te an comércio import 2 da Mancha e na Inglaterra: entre esses estão pas,

Duurstede (Dorestad), Quentovic (Calais), Lundenwic (

a p s E E de da ci “a a ic if gn si o, tã en Eoferwic (York). Slesvig,

em mo ti úl o ”; as ec am ch s na de da ci “a , e Hedeby 7 na tra duç ão com o nome at Hazpum, “nas charnecas , DO) Edo narradoque Alfredo, o Grande, fez de Orosius (aproX129

res, o norueguês Ottar e o anglo-saxão Wulfstan. Além do mais, há

uma importante declaração feita cem anos mais tor anglo-saxão, O cronista Ethelweard, de que de Angel “é na linguagem saxônica chamada de marquês, Hedeby”. Portanto, existem todas as

tarde por outro escri. a capital da Província Slesvig, mas em dina. razões para se acredi.

tar que na cabeceira do fiorde Slle, na Era Viking, ficava a cidade

de Hedeby, e que ela tinha dois nomes, o saxônico Slesvig e q dina. marquês Hedeby. Depois da destruição de Hedeby em 1050, a maior

parte dos sobreviventes mudou-se para o norte do fiorde, lá fun. dando a atual Slesvig, e o antigo nome “Hedeby” foi gradualmente

suplantado por “Slesvig”. Wolin

A próxima cidade Viking a ser considerada fica na embocadura do Oder no Báltico, nas margens sul da “esfera de influência”

Viking. É descrita por Adam de Bremen, nos anos de 1070, como

“a bem conhecida cidade de Jumne, que permite aos bárbaros e aos gregos (isto é, mercadores gregos ortodoxos), naquelas partes, uma ancoragem muito proveitosa”. Adam continua: “Como tantas histórias quase inacreditáveis têm sido contadas em louvor a essa cidade, penso que vale a pena mencionar alguns pontos

de interesse: é, por exemplo, a maior cidade da Europa, habitada por eslavos e outros povos, tais como os gregos e os bárbaros. Mesmo aos

saxões em visita é permitido viver lá em igualdade de condições

no Dievenow

sugerem

que bem

chamar à cidade Viking de Wolin.

poderia ter sido af — vamos então



As descobertas mais significativas estavam localizadas bem no

centro do quadrado da cidade de Wolin: grossas camadas de entulho dos quais O estrato

inferior data do último período dos tempos

com do data foi as louç e ões truç cons de u ece man per que Vikings. O

ande exatidão; as várias formas de construção de casas — de tábuas,

meia-esquadria, cabanas de toros — representadas no lugar incluem

mas últi (as ngs Viki pósões truç cons o com bem ngs construções Viki datam de aproximadamente 1200). Há uma mistura semelhante de

estilos e técnicas na cerâmica, alguns escandinavos e outros eslavos. A conclusão, então, é que onde fica agora a presente Wolin, na saída oriental do rio, os Vikings começaram a se estabelecer aproxima-

damente no ano 1000 e gradualmente assimilaram-se à população

existente. Havia sem dúvida boas oportunidades de comércio nesse lugar, embora os elogios de Adam de Bremen fossem provavelmente | um pouco exagerados. Outro problema que, há muito tempo, tem despertado o inte-

resse dos historiadores é se essa Wolin, ou a escandinava Jumne, é

=”

idêntica ao mítico “Jomsborg” dinamarqueses do século XI e (Sven Aggesen, Saxo, a Saga of A tradição dinamarquesa conta

mencionado nos escritos históricos nas sagas islandesas do século XII the Jomsvikings e a Knytlinga Saga). que, quando Harald Dente Azul foi

estejam ainda ligados às suas ilusões pag4s, eles são no entanto mais

banido da Dinamarca por seu filho Swein, ele se refugiou na terra dos vênedos, ensinando-os a praticar a pirataria, e estabeleceu uma base para essas operações em Jomsborg. Outra versão é que, enquan-

de mercadoria dos países nórdicos e a cidade é bem provida de todas

do a ela uma guarnição vêneda, colocando-a aos cuidados de capitães

desde que não revelem que são cristãos. Mas, embora os habitantes

honrados é hospitaleiros do que qualquer outro povo. Há abundância as coisas boas e preciosas”.

Outros escritores que mencionam

a cidade na embocadura do

Rs chamam-na não Jumne, mas Jumneta (ou, erradamente: Vine-

), Julin ou Wolin. Os filólogos concluíram que esses são dois nomes

para o mesmo lugar, comparável a Hedeby-Slesvig; e, com base nesse

rgunançã, Jumne ou Jumneta seria o nome escandinavo para ela, Ê a ou gem o nome eslavo — uma conclusão de todo aceitável

e

que a cidade tinha provavelmente uma população mista de

vos e escandinavos. Os arqueólogos, por outro lado, tentaram

Dean | Em q al

Pe COnrar O lugar ou lugares em questão.O Oder possul

no centro, e Dievenow, no leste. Swin e, Oeste , o vi o esses estuários ficava a cidade que Adam de Bremen men

orável? As respostas diferem, mas grandes escavações dentro e ao redor da pequena e moderna ci dade de Wolin

130

to esteve no auge do poder na Dinamarca, ele fundou Jomsborg dandinamarqueses. As sagas islandesas são influenciadas por idéias românticas. De acordo com ela, Jomsborg era uma base militar puramente escandinava, uma colônia Viking independente, uma comunidade guerreira ideal conduzida por princípios Eb onde não se permitiam mulheres e onde grandes guerreiros € B ae eram educados: figuras tais como Palnatoki, Earl Sigvald, E

a sa famo à ada situ va esta Ali mn. bjór Styr , son Aka n Vag Robusto,

dela Joms-Viking, governada com severa disciplina; de Su a e

artificial bem desenhado, capaz de acomodar trezentos

Joms-Vikings partiam para suas campanhas históricas,

ar fam

Te

O dos vêne dos terra na d Svl a, ueg Nor Hijorungavag na ssoaram através

e Fyrisvold na Suécia. O esplendor de gire ca dos tempos sem que tivessem sido afe

resultado de suas sofrer

batalhas— já que Joms-Viking parece ter se distinguido Pos

131

oloriosas derrotas!

Por trás dos quadros coloridos que as sagas apresentam está Cert mente o fato histórico que, por todo o período Viking, do tempo do Rei Godofredo no início do século IX até o destruidor de Jomsborg Magnus, o Bom, exatamente antes da metade do século XI, os lo

deriam depender da vaga descrição de Wulf stan. Somente a descoria de traços de uma colônia Viking poderia dar a eles algo para continuar, e nessa conexão 08 estudiosos germânicos anteciparam

nicas do Báltico, onde os eslavos — obotritas e vênedos — viviam. Há um merecido castigo histórico no fato de que a Dinamarca, quando

ag reivindicações da cidade de Elbing, na cabeceira.do Golfo de Da nz N ig e n . si h u cidade foi descoberto neste local, mas m | depósitos espalhadosnal de dearma s Vikings foram encontrados e, mais importante, um grande e parcial cemitério escandinavo da Era Viking

ataques por parte dos vênedos que, no século XII, mostraram-se to adeptos da arte da pirataria tão vagarosamente adquirida, que foi

so encaixa nas observações de Wulfstan de que o Vístula formava a ronteira entre Wendland, no oeste, e Estland (Estônia), no leste;

marqueses tiveram um

interesse vital nas extensas costas germi.

sua cobiça por pilhagens cessou, tornou-se, ela própria, a vítima de somente nos anos de 1160 que os dinamarqueses e saxãos consegui. ram detê-los.

A questão de se Wolin era de fato Jomsborg não está ainda deter.

minada. A solução do problema seria favorecida se a cidade ou sua vizinhança pudesse produzir evidências arqueológicas de uma fortaleza Viking que correspondesse, em certo grau, ao relato das sapas, mas tais evidências não surgem. Se as relíquias. Vikings descobertas

em Wolin tivessem aparecido fora da área onde Jomsborg estava

sendo procurada, ninguém teria sonhado em relacioná-las com aquela fortaleza. Truso

Nossa próxima cidade desaparecida é Truso. A primeira menção sobre ela foi feita pelo viajante Wulfstan no prefácio para a versão

de Alfredo, o Grande, da história mundial de Orosius. O relato de

Wulfstan foi redescoberto no início dos tempos modernos — 1589 — Pelo

geógrafo inglês Richard Hakluyt, o primeiro a perceber seu

significado; e, desde então, ele tem sido bastante estudado tanto pelos historiadores como pelos geógrafos. Co mo mencionamos

pp Wulfstan descreve sua viagem de Hedeby para Truso; por sete | é noites, diz ele, seu navio esteve constantemente com as velas pe do lado direito estava Wendland!, e do lado esquerdo ge and, Lolland, Falster e Skane — todos esses lugares per ten

complicado da posição de Truso no

e o tempo todo a estibordo,

pouco um ato rel um se ue-delSeg ta Vístula.

Em seus esforços

08 estudiosos perceberam quão pouco eles

" Wendland, a terra d os vênedos, (N T.)

132

roi encontrado perto da ferrovia de Elbing. A posição de Elbing

e o nome Truso pode estar relacionado ao lago semi-seco perto de

Elbing, chamado lago Drausen. Se Truso fosse realmente lá, deveria

ter havido uma mistura de populações e excelentes possibilidades de comércio. O largo. rio Vístula se dirige ao sudoeste, profundamente dentro do continente, e sua nascente não era muito longe de Dniester, que flui para o mar Negro e fornece uma rota para Bizâncio. Enquanto estamos no Báltico, é apropriado mencionar uma mercadoria da maior importância nessas regiões, muitos séculos antes dos Vikings — o âmbar. Na Idade do Bronze, a fonte principal de

fornecimento era a costa ocidental da Jutlândia, mas na Idade do Ferro a situação era inteiramente diferente. É significativo que nos primeiros tempos imperiais, Pliny, ao descrever a busca dos comerciantes romanos de âmbar, não mencione a Jutlândia ou outras áreas do mar do Norte, mas fale somente das regiões bálticas. A provisão

de âmbar na Jutlândia se esgotou ao tempo dos Vikings, mas era ainda abundante no Báltico. Truso deve ter sido um mercado muito

propício para o comércio dessa resina. Birka

A última das cidades Vikings desaparecid m a s r a a s , pea nã c ques u e m c e c o r o e c n B a é t i n r r t t o k i d o a e l d , as, mais famosa

na ilha de Bjorko, no lago Malar, no leste da Suécia. A ilha, co m o Hede

by, é bem escondida do mar aberto; para alcan ç á l o a , primeiro penetrar pelo arquipélago sueco, nav istmo onde fica agora Estocolmo, e então peagraar à grande pia a ;

do lado oriental do lago Malar. E lá, no centro dojcana l,

tds

rotas navegáveis norte-sul e este-oeste se cruzam, fica à d a c o m Bjorko, solitária e isolada hoje, mas agitada de vida € im SB

O comércio nos tempos Vikings. Birka fica no P dg

ocidental da ilha e sua fama como um mercado para P e

produtos escandinavos

atraía estrangeiros de muitas

ç outros frísios

rito 133

anglo-saxões, germânicos, bálticos, gregos e orientais, Que Isso não b desco ricas pelas o nciad evide é boato ou ro é somente exage

em muitas sepulturas, nas quais foram encontradas prata Pi

artindo da fortaleza até o porto ocidental e protegendo a cida-

rabe, a frísio o tecid ia, Renân da vidro , tinos bizan sedas e brocados

de em direção do lado da terra, com um comprimento de aproxi-

ma

orres quadradas de madeira. Birka possuía três portos: um artifi. cial, a oeste, que desapareceu completamente, e dois naturais na

“francas.

Esplêndidos produtos

escandinavos foram também

bertos nessas antigas sepulturas: primeiramente, e mais importante foram os remanescentes de mantos feitos de peles de urso ra

» “POR, marta, lontra e castor; e outros artigos tão valiosos como armações de rena, dentes de morsa, âmbar e mel. Nossas fontes de informação a respeito de Birka são em parte literárias e em parte arqueolópic As últimas

evidências

consistem não

somente

de descobertas &

sepulturas, mas também de remanescentes da própria cidade

podem ser vistos hoje. Uma descrição da cena poderia ser em priada. Um visitante aproximando-se da ilha de Bjorko pelo sul tá,

madamente

457 my; ela deve ter sido reforçada por uma fileira de

costa norte — Kugghamn (recebeu esse nome por causa de um tipo, de navio frísio, o kogge) no oeste, e Korshamn (“porto cruzado”),

no leste. Ainda

mais

para o leste, próximo de Salvik, parece ter

havido um porto de superfície inferior plana para barcos menores, Salvik significa “o lugar de venda e comércio”, enquanto que Korshamn deve ser uma corruptela do original “Kornhamn” — “porto de cereais”. Um dos peritos sobre Birka, o arqueólogo Holger

Arbman, chamou a atenção para a segunda possibilidade, e também

em primeiro lugar, ter a visão de uma rocha nua, por causa do sul do local onde se situa Birka, elevado por uma moderna cru z de pedra (de desenho irlandês, por mais estranho que pareça) eripida

preferência realizados no inverno quando as peles mais finas estariam disponíveis. Ele cita, para apoiar essa tese, o fato de que muitas

Nessa rocha ficava a fortaleza e o lugar de réfúgio da cidade , cercada por uma muralha de terra e pedras, de 7 m de altura por 15 m

seus pés e que na “Terra Negra” foram encontrados muitos machados para gelo e patins feitos de ossos de vaca e cavalo.

em memória da missão de Santo Ansgar em Birka no século IX*

de lado, de construção oval e com três portões: um na face norte um na face sul e outro na face leste em direção da cidade. Do lado

de fora do portão norte foram encontradas relíquias da guamição

da fortaleza. Na direção norte-oriental desse portão fica uma área chamada “Terra Negra” e esse é o lugar-real da cidade histórica de Birka, Às escavações ali não encontraram, como em Hedeby, a parte p

i

das fundações das casas, mas somente fragmentos de barro

E ado, formados em dois tipos-padrão diferentes, dos quais se - uz que houve dois tipos de casas em Birka, um construíd o de

SE E de madeira calafetada com barro. Encontra-se no solo e se E misto de carvão, cinzas e materiais orgânicos que lhe E aged uma area de ocupação de trinta acres de Bira ade da área de Hedeby. A muralha defensiva

de He altdourabi, PSé oecona sidera velmen de date emai d s Dabaixa o e maisprimio G A franto ca, do que & ente sobrevive a parte norte dessa fortaleza Cur va, * A Suécia e a Din Ansgar, mas a Dinamarca relvinMNA dica precedência sobrados ma Hedeby vez que ele viveu antes d

con

Entorno de

Birka, primeiro no reinado do

feroz rei Olaf,

134

SF Outro lado, ele piso: can dus doulieto

dio 25 anos entre elas — com os suecos em enigno rel Bjôm e depois durante o reinado do

.de que os grandes mercados de Birka eram de para a probabilidade

das pessoas enterradas nas sepulturas de Birka tinham ganchos em

Embora Birka seja menor do que Hedeby, ela possuí uma coleção de sepulturas bem maior e mais fina: milhares delas têm fornecido a famosa coleção que se encontra agora no Museu de Estocolmo. Em nenhuma outra cidade antiga escandinava foram descobertos tantos e tão diversos objetos e relíquias como nessa. Na parte leste da parede defensiva, em campo aberto e levemente ondula-

do, há 1.600 túmulos, grandes e pequenos, colocados desordenadamente sob pinheiros e vidoeiros; esse é o maior cemitério de Birka. Entretanto há vários outros: entre a “Terra Negra” e o cume da

fortaleza, por exemplo, há uma série de túmulos; na área ao sul € sudeste da fortaleza podem ainda ser contados quatrocentos túmulos espalhados. Do outro lado da ilha, para o leste, há outro isolado Birka, de sepultu ras ricas mais das Alguma s sepultu ras. de grupo grandes câmaras de madeira, foram encontradas não sob túmulos,

mas debaixo de cavidades produzidas por sedimentação, a terra ten

do afundado à medida que a câmara mortuária apodreceu € desmoro-

da ro nt de s do ra nt co en m ra fo ie ÉS Sc go! to en am nou. Doi ois lugares para sepult parede defensiva da cidade, um perto do por

pos

O outro ao sul de Kugghamn. Por quanto tempo exi mais próspera de todas as cidades suecas Vikings? Não tanto

. a d a n o i c n e m j já 0 5 trofe de 10 antes

de Birka começou

ge E Julgando-see ppelos remanescentes, O e t n e c s e n a m e V s o l e s o d n a g i , como Hedeby,

do ano 1000. Bika não foi

o

destruída pelo fogo,

135

deixando uma grossa camada de cinzas para marcar o fim da Cidade. e

bias

e a

(Dinamarca)

Es

Pra TAS

!

u

>

à

ma

PE

í

mid

Fer ;

Md

fee

ray

a)

2

a

A. Punho de espada

Ei

50

PA

k

:

e e

r

E)

o

ea

Co

É fg=

*

metade do século foi encontrada nas sepulturas. A última descoberta datável é um depósito de prata, descoberto na “Terra Negra”, no qual nenhuma moeda é mais recente do que 963 ou 967. Assumiu. se, embora não haja certeza, que Birka foi destruída pelas forças

dra

de s e l p m i s a d a p s E B. ferro

DR

outros lugares da Suécia, nas quais a última quantia substancial da danegeld foi paga; e, de fato, nenhuma moeda cunhada depois j

a

ser datadas de um período posterior ao final do século X. Não há exemplos de moedas de Birka do rei inglês Athelred II, comuns ;

m

é que, simplesmente, não aconteceram descobertas que pudesse,

dinamarquesas que partiram para conquistar a Suécia no final do século X, mas foram derrotadas pelo Rei Fric, o Vitorioso, na grande batalha de Fyrisvold descrita nas pedras rúnicas. Se isso é verda.

a

4

js

ri

E Em

Ê

- RREO E

»

&

E

DR

al

=

qa

Lil

pd L

ay

nl

4aE

:

aê bl

” ri

Sigtuna, a meio-caminho

us

Ela

:

É

:

E:

RI

a

do

ão

-

é

Do

ça

a as” =,

“Umas poucas palavras sobre Sigtuna. A cidade era favoravelmente situada na costa sul de uma península na parte mais larga do lapo

e

Sigtuna

oii a

=

a

outros lugares do lago: principalmente entre Birka e Uppsala,

Lo

TO

Gotlândia, e o comércio local do lago Malar foi dividido entre os

7

ur

ATA

e

975; sua função como centro do comércio báltico foi assumida por

E

PR

deiro ou não, Birka desapareceu da história aproximadamente em

Malar. Escavações feitas revelaram ruínas de casas e a produção de

material, o qual, em sua maioria, é posterior ao ano 1000. Tratava-se de uma cidade comprida, que se estendia por cerca de 550 m ao longo das margens do lago, é cerca de 180 m pela terra adentro. Foi cristianizada cedo — talvez mesmo desde a sua fundação — e possuía várias igrejas. Certamente as primeiras moedas da Suécia foram cunhadas em Sigtuna: as moedas de Olaf Skotkonung, copia das dos desenhos anglo-saxões e certamente feitas por um fabricante

de moedas anpglo-saxão. Nelas constava à inscrição SIDEI, represen-

tada por SI (TUNE) DEI ou “Deus de Sigtuna” — possivelment umae peça de propaganda, dirigida contra a vizinhança pagã da Antiga Uppsala. O filho de Olaf, Rei On und Jacob, também teve moedas

cunhadas em Sigtuna.

É possível que as moedas fossem cunha das

simultaneamente também em Birka, embora não haja certeza desse “1 s ica fato. Duas pedras rún ulo séc do te par ra ei im pr da cas sue a oci ass falam" de uma

dicos da Islândia declaram

Adam de Bremen (aprox. 1070

cidade (civitas magra) e 136

de ç descreve o lugár como uma graf ra que ela era a sé do primeiro bispo

) a i c é u S ( s a d a p es e d s o d a nt me na or | os nh C. Pu

1

sueco, Adalward, 0 Jovem. É possível, embora não se tenha Certez;

que a primeira Sigtuna ficasse em Signhildsberg, à aproximadamente quatro quilômetros de distância da presente cidade, e que seu esque. ma seguisse um plano anglo-saxão. Escavações em Sigtuna revela

ram, como em Birka, um solo ocupado grosso e de cor escura, uma «Terra Negra”, onde foram encontrados os remanescentes de Casas

primitivas com chão de barro e paredes de taipa, tão grandes quanto casas de toros de madeira.

Outras cidades Vikings Além de Sigtuna, há três cidades suecas existentes que tém suas

origens.no último período Viking. São elas: Skara, em Vastergotland,

Lund, em Skane, e provavelmente Talje, a moderna Sodertalje, perto de Estocolmo.

A Dinamarca possui mais uma cidade perdida da Era Viking: um

lugar abandonado com uma parede semicircular, em Brovold na ilha de Als, onde as relíquias Vikings determinam a idade do lugar. Há também, no entanto, muitas cidades modernas que têm suas raízes nos tempos Vikings, algumas delas também registradas como sedes episcopais. Na Jutlândia há Slesvig, Ribe, Aarhus, Viborg, Aalborg;

r

Ei

e

A

: Ta

Edo RATE e

DEE ici a e £

i.

eE

E,

e RR

am

E Rome

à

ng e

a

om ço q RE

à

a

à

Ea Ea Ro A pa vd gdeE a Pa a RO RD E a Hai eapa z A k e o

ES ER

ate

a

:

Ee

Rise ia e

E

EE

EM



ae

:

ERRE

Es

Ra

eq

e EM, nm

a

As da

&

E

SdmARE ' a

ESasd Ro

a

eta

mo E

destio e

e

=

PER

Rc

O ÉAI

mo

: pr, MA

aa

e

E

EE

ig

a

ds

fp

id PRAnda do ac E ta EA Bo au

DE

o

gs

=



k

Ed

E Dra pis foi dai eo

pin sp

ENE

ata

pra e Coas cnge siat

e

RO a

pn mr

mpi; od pous.

Meses ca

og cg i

RA is

mas t cb ai o Pp Be

À

EIA

po



pierncio: VA cdt dh Ensaio PARA O

A

nrF ATA E

:

Reertios

INSCRIÇÕES RÚNICAS

e

é

E”

a

a PRE,

dede putico

CAPÍTULO XI

id

e

,

o

ao

ho

7 DS t

Y

O

a



o sc no co m la fa s ng ki Vi os e qu É através das inscrições rúnicas as o sã as El m. ge ua ng li a ri óp pr com suas próprias vozes é em sua e nt me el av nt me la m ja se ra bo em s, te an rt po im is ma s ta re di es font o sm Me a. rm fo na as ad ip reot te es te en em nt ue eq fr o it mu breves e de s do mo os e br so , os uc po s ao a vi da to , go al m ze di s no as el m, assi da época.

s ai ci so s e õ ç i d n o c € s ça en cr expressão,

Origens e objetivo e rt No no as id ec nh co am er já s na ru as ng ki Vi o od rí pe do io íc in No as er úm in s na te en am ad si ma de os rm te de s no m e S s. lo cu sé os it há mu a um e nt me so s o m e r a n o i c n e m s, na ru s da em ig or da to ei sp re a s teoria « z di a El . el áv ov pr is ma à r Se ce re pa e qu la ue aq o, çã ta re rp te in única e nt vi de te is ns co e qu o, ic ân rm ge co ni rú to be fa al go ti an is que o ma do ia cr i fo k, ar th fu de o d a m a h c é a or ag e qu e es er ct ra ca e quatro damente, OU

ma xi ro ap 0, 20 o an no o ic pelo próprio povo germân influência romana, direta OU indireta, imediatamente depois, sob a s se Es . al on di ri me pã ro Eu da ou mais alfabetos e era baseado em um

o m o c » s na ru de a d i r p m o c is ma io ér «c à — es er ct ra ca o r t a u q e e nt vi do a us , as tr le s ei ss ze de de posterior, istingui-lo

.

3>

do

ê qu 0 s, ca ti ís er ct ra ca s re la gu an TD ja as rm fo e m tê no período Vibiking — a c a. ir de ma em a ur cult

é chamado

pa

es da a ic cn té da m va ri de sugere que eles

o A e qu mo co do vi ha ter ve de Através de todas as épocas

B. Estatueta em bronze do deus Fray

o * a um , da ia cr mcé re a it cr es da ca em tomo de , o v o p O a as ad on ci le se € as uc po r po mente 8s m am so ac Us av ns pe e, rt No do s vo po os e assi como qu de o ci fí ne be em ados us Ser am ri de po e poderes ocultos e ad nt ve in am er o nã conhecessem. Esses poderes a E o a: ir de ma né ou a dr pe na as tr le as entalhavam o bi sá mais o É s ado ert lib ser poderiam próprias

runas e somente

o av in nd ca es to mi no o id et fl re é to Esse concei

185 24

dos deuses: mesmo assim, não lhe é atribuído ter inventad

nas, mas somente tê-las encontrado e libertado delas os boo

iCOS. Ê Uma outra confirmação dessa atitude é dada pela prática, c

rca, sejam escondidas em sepulturas ou erigidas como

E

te

A aa de , Vikinp Era à s dente prece nte atame imedi s século nos curtas inscrições rúnicas — de conteúdo mais ou menos midi a

em armas, jóias e implementos: era com frequência uma frase

mas significativa, e, às Vezes, somente o nome do possuidor: aj

período romano, pela rota do oceano, da embocadura do rio Reno

e

mas vezes somente na parte de dentro do objeto, onde não E an exposto à visão geral, mas onde 6 feitiço poderia trabalhar em nu do. Em uma ponteira de bainha de espada, por exemplo,

memoriais. A prática de erigir monumentos com inscrições provavel. mente chegou à Noruega através da Germânia Ocidental no último

está =

vado: “Possa Márr (o nome da espada) não poupar ninguém” Bo

runas investiriam a espada de potência irresistível. E em outra: “Pu Alla, possuo a espada Márr”, uma fórmula designada para ni

o valor da arma para seu dono. Tais runas mágicas escondidas podem

também ser encontradas na parte posterior do broche de uma mulher

ou no lado de dentro da saliência de um escudo. Uma crença seme.

lhante nas runas mágicas é mostrada pelo entalhe do alfabeto rúnico

inteiro em uma pedra que formava o lado de uma sepultura do século IV em Kylver, na Gotlândia; somente o morto seria beneficiado por seu poder. Outra inscrição rúnica, cortada na parte inferior de uma laje de pedra que cobre uma sepultura de cerca de um século antes da Era Viking em Eggjum, Sogn (Noruega), declara que nem a pedra e nem as runas haviam jamais sido expostas à luz do sol e que as runas não haviam sido entalhadas com uma faca de ferro. Em outras palavras: a pedra e as runas eram dedicadas em segredo ao homem morto e a mais ninguém. Essa, a mais longa entre todas

a para ado viaj ter deve ica prát a a, ueg Nor da ; rca ama Din através da

suécia pela antiga rota que vai de Trondelag para Jamtland, e depois

para Uppland e outras províncias da Suécia central. raemo com para e ida ond esc ia mag a par as, run de uso Esse duplo

usos dois os pre sem Nem . ing Vik o íod per no" o aberta, continuou

eram diferenciados.

Uma

pedra erigida primariamente como um

e foss ca, mági a mul fór uma de ção adi memorial poderia receber a r fica dani e ess pud que soa pes er lqu qua re sob dição aberta uma mal

ez talv , etas secr vras pala de po gru Um Ou , nto ou remover o monume

stas logi runo os para vel nsí ree omp inc ca, éri num ia envolvendo mag a usad era s ero núm com ia mag a que de ida dúv há modernos. Não ns algu ora emb — vas ina and esc as run de res uto str con pelos mestres ar voc pro a o mod de ia ânc ort imp sua ado ger exa filólogos tenham forte reação contra mais cautelosos.

suas interpretações por parte dos estudiosos

O “Futhark”

os mp te os ra pa ng ki Vi épr o od rí pe do o Quando da transiçã ssub m ra fo s na ru de ie sér ga ti an da os gn si ro at qu e e Vikings, os vint .

k” ar th fu o im lt “ú O s, ei ss ze de de r no me to un nj co tituídos por um

o it mu o sid m te e qu o nt su as é o çã ma or sf an tr Por que ocorreu essa irún es çõ ri sc in de ro me nú o en qu e pe nt me va ti la re o m Co . do ti deba

as r ca fi ti en id e de da ui in nt co a ar in rm te de l ci cas disponíveis, é difí

E primeiras inscrições, ordena ainda que a pedra não seja jamais eo : luz do dia. Então, nesses primeiros tempos, as runas germá-

formas transicionais. A mudança foi claramente uma simplificação apur o sid ter de a po rm fo re a ess ra pa o zã ra a e , co ni rú a em do sist

a diária. Não há dúvida de que elas eram, em primeiro lugar, im bolos mágicos e sa O para empregar poderia iniciado o que grados Tt Es ou bem s na ru as , ng ki Vi a Er à or ri te an e nt me ta ia ed á Da no período im o nd se m va ta es as el e: nt re fe di se desenvolvido em algo aa do perio, po ti e ss de es çõ ri sc In do Viking ora a ncontrEaD e na Noruega, embora não

nê ru s Un a um e qu ar ic if gn si ve de s co ti né fo s re lo número de va

ep

Pepe

eram usadas na literatura ou para finalidades práticas da

ia éc Su na o, br je Mi Em na Dinamarca. Uppland, por exemplo, há uma pedra cais Tue, o

ni rú a dr pe A . co ni rú o xt te um a cavaleiro sobre um mo co a id ig er da vi dú m se foi ) ga ue stfold (Nor

Nes E aaa de a for o tã es ia ar iç it fe ou s ca gi má s na ru as PE questão. Não são conhecidas pedras rúnicas do período pré-Viking

186

mente prática: mas o uso de menos signos rúnicos para 0 mesm” te Ta ” sm me si em e qu r to fa um — cobre vários sons relacionados

cii senta ao intérprete moderno das últimas inscrições uma série o culdades. descobertas =

ser m de po s na ru de es ri sé - Três diferentes

marques!, indu últimas inscrições: em primeiro lugar, daà dià naD ed C to em s da ra nt co en o sã e qu , s” 'comun da e a] ng e da to em e rd ta is ma l (e ta en id oc ia éc , Su e) Skan em

segundo, as runas sueco-norueguesa! dia

Noruepa meridional e ocidental, que também SE e i na e nt me al ci pe es e, st oe norueguesas do

lugar, as chamadas runas de Halsinge, UM

e

is

-

cursiva, que prevaleceu na Suécia do norte, produzida pela q mi Ssão runa. da haste de cada forma de

Distribuição Na Dinamarca a maioria das pedras rúnicas pertencem ao período

cri ins das es alh det m co as Tições tem s pu s dl ira nin Dor a l Viking — deixemos as pedras falarem Seria útiEra únicas da

s e p i c n í r p e is re a s a i Referênc

As referências mais importantes nessa categoria são aquelas que

950-1050, e elas são distribuídas de maneira bastante equilibrada por todo o país, embora com especial concentração no Sudoeste

falam da casa real dinamarquesa de Jelling. As duas pedras de Jelling

de Bornholm possui, como um grupo posterior todo seu, algumas

erigida por Harald Dente Azul em homenagem a seus pais, Rei Gorm e Rainha Thyri. A última é a mais comovente pedra rúnica de toda a Escandinávia, incluindo em sua inscrição um resumo das realizações

de Skane e no oeste da Jutlândia (Randers, Aarhus, Slesvip), A lh

pedras rúnicas do século XI. Na Noruega há uma concentração delas na região de Jaeren, no sul de Stavanger, e Ostland tem alguns vxem.

plos decorados especialmente interessantes. A ilha de Man, uma coli. nia norueguesa, possui cruzes rúnicas dos séculos X e XI, Na Suécia as pedras rúnicas são encontradas em todo o sul e centro do país: Uppland é a província onde elas são mais abundantes, com um total

de aproximadamente 1.000 pedras. Esse grupo de Uppland pertence principalmente ao século XI e se distingue por sua abundância de ornamentação. Entre todos os países escandinavos, a Suécia pode reivindicar o fato de possuir o maior número cerca de 2.500 no total.

de pedras rúnicas,

Valor histórico

O que revelam as pedras rúnicas? Em primeiro lugar, elas nos

falam um pouco a respeito das personalidades líderes dos círculos aristocráticos da comunidade: os reis, capitães e guerreiros. O homem

que erigiu a pedra com fregiiência colocava seu próprio nome e sem pre, sem dúvida, o nome do homem em cuja memória a pedra havia sido erigida; o último era algumas vezes caracterizado brevemente.

Algumas vezes o mestre que havia esculpido a. pedra tinha também

o seu nome colocado, e com certa freqiiência uma pedra registra

que ela foi erigida em memória de alguém que morreu durante uma

batalha em terra estrangeira, em um ataque ao este ou oeste, OU dentro da própria Escandinávia. Ocasionalmente

a posição

social

do morto é registrada, sua posição no Airô ou no sacerdócio pagão: Com menor fregiiência uma pedra rúnica menciona ocupações de

paz, como a construção de uma estrada ou de uma ponte. À inscri-

ção pode expressar um desejo de algum tipo, como, por exemplo,

de que a pedra permaneça por longo tempo

naquele lugar, que ;

morto possa apreciar sua sepultura, que o deus Thor santifique 8º runas ou que o Deus cristão auxilie a alma do morto. Muitas das últimas pedras Vikings mostram influê ncia crist4. 188

(11. 18), que já foram mencionadas, uma erigida pelo Rei Gorm pará sua esposa, à Rainha Thyri, chamando-a de Danmarkar bót, e a outra

do próprio Harald como rei — a afirmação final pomposa de que ele era o “Harald que conquistou toda a Dinamarca e a Noruega, e que

cristianizou os dinamarqueses”. Há na Jutlândia três pedras dessa categoria, uma de Sgnder Vissing, outra de Laborg e a terceira de Bekke, sendo que todas elas se referem,ao que parece,ao Rei Harald

e sua mãe, a Rainha Thyri. A casa real sueca em Hedebyé homena-

geada em duas pedras rúnicas dessa localidade, ambas erigidas pela - Rainha Asfrid e dedicadas a Sigtryg, seu filho com o Rei Gnupa. As vutras duas pedras de Hedeby se referem provavelmente a Swein Barba Forcada: uma erigida pelo housecarl de Swein Thorolf para seu companheiro Eric, um dos mais ilustres guerreiros, que “encontrou sua morte quando os homens se sentaram ao redor (sitiaram) de Hedeby”*; a outra erigida pelo próprio Rei Swein e onde está ins-

crito: “Rei Swein erigiu esta pedra em memória de seu housecar! Skardi, que viajou por todo o Ocidente, mas que agora encontrou sua morte em Hedeby”. Referências a chefes e nobres

Uma pedra rúnica dinamarquesa está entalhada com vários sím-

bolos cristãos — suástica, a roda do sol e o tricómio — e sua inscri-

”. lgv Sal em r pul , ald Hro de ho fil ld, nva Gun de ra ped “A : ção Um diz pul puir ocupava, provavelmente, um po posto religioso, mas o teor é qa resumido que não se pode determinar quem,

Gunnvald ou seu

pai

Hroald, era pulr. Dois capitães dinamarqueses eram casados com um mes a e só uma prov avel era ment e que Ragn hild , mada O primeiro era Gunnulf, da Zelândia, um feiticeiro P Ge

era um chefe e sacerdote de Fyn chamado All

:

a a Gigi

as ná Zelândia)

a

ones foi Gunnulf: sua pedra rúnica (em Tryggevé its, iz:

189

“Ragnhild, irmã de UIf, erigiu esta pedra e construiu este túmy

Baco. ulf, Gunn do mari seu de na forma de um navio, em memória hoje melhore;

são ns home os Pouc . Narfi de filho dote e feiticeiro, pedra esta uir destr que le aque rati* um seja nascidos do que ele. Que ou arrastá-la daqui”.

— e : ld hi gn Ra m co os lh fi os ri vá a nh ti e qu Depois, morre Alli, pedra (em Glavendrup, Fyn) declara: “Ragnhild erigiu esta pedra em memória de Alli Sólvi, sacerdote de vé, o mais valoroso pegn do liôt. Os filhos de Alli fizeram este

monumento em memória de seu pai, e sua esposa em memória de seu marido. Soti esculpiu estas runas em memória de seu patrão;

possa Thor consagrá-las. Que seja um rati aquele que destruir esta

pedra ou arrastá-la para outra pessoa”,

Arrastando a pedra para outra pessoa pode ser interpretado como

em Skane, declara:

“Tonna

erigiu esta pedra em memória de seu

marido Bram € (isto é, juntamente) seu filho Asgaut. Ele foi o melhor entre

OS possuidores

de

terra

€ O mais peneroso com

referência à

comida”. Bram foi, evidentemente, um proprietário de terras que

oferecia mesa farta. Outro mérito

|

bastante valorizado pelos Vikings era à prestrsza

do proprietário em empregar seus homens em serviços de utilidade

pública, tais como abrir uma estrada através de pântanos, aterrar caminhos alagadiços e construir uma ponte sobre rios. Pareca prová-

vel que eram os clérigos que persuadiam os nobres a agirem dessa

maneira, porque encontramos mais fregiientemente elogios a um homem por ter “construído uma ponte” nas inscrições rúnicas cristís. Um exemplo clássico é encontrado em Uppland, onde Jarlabanki, um grande proprietário de terras, refere-se a si mesmo em

usá-la para homenagear algum outro homem morto, uma forma de economia que é evidenciada pelas pedras assim usadas em Tillitse,

várias pedras rúnicas, duas das quais se encontram ainda na estrada que atravessa a aldeia (Taby) onde ele viveu, e onde ele aterrou os pântanos e construiu estradas. Essas duas pedras atestam que

Fyn, também se refere ao entalhador Soti, a quem ela descreve como

vivo, e construiu esta ponte para o bem de sua alma. Ele era o único

Com frequência as inscrições enfatizam a linhagem honrosa da pessoa que elas homenageiam: “um capitão altamente nascido”, “um guerreiro de descendência muito boa”, “um capitão de nobre

gem pelo purgatório. Há ainda hoje, nas vizinhanças, três outras pedras semelhantes a essa. Mais ao norte na Suécia, na pequena ilha

em Lolland, e em Alstad, na Noruega. Outra pedra, em Ronninge,

|

|

“filho de Asgaut com o escudo vermelho”.

linhagem”, “um guerreiro dos mais nobres”, “uma mulher de nobre nascimento”, “um homem de nobre nascimento”, etc. Ainda melhor,

sem dúvida, é a pedra que incorpora a árvore genealógica da família ou uma parte dela, como na pedra do norte da Suécia, de Malsta,

que proclama: “Freymund erigiu esta pedra em memória de Fe-Gylfi, filho de Bresi; e Bresi era filho de Lini, e Lini o filho de Aun, e Aun filho de Ofeig, e Ofeig o filho de Thori”.

Referências sobre a vida Viking

Duas qualidades especialmente apreciadas pelos Vikings oram

a hospitalidade e a generosidade: elas eram, algumas vezes, especial-

mente referidas nas pedras memoriais. A pedra rúnica de Sovestad, *O que a palavra ratl signific

proscrito. +



gnifica só pode ser presumido: talvez

significa

“housecarl” (hir6).

190

“santuário

+

sagrado”, Pegn significa

Lu

5,

um espírito

“chefe”; |

6

significa

“Jarlabanki erigiu essas pedras em sua própria honra, enquanto ainda

proprietário de Taby. Possa Deus auxiliar sua alma”. Ele bem poderia ter em mente que essas ações beneficentes ajudariam sua passade Froso (ilha de Frey) no lago Stor, Jamtland, já mencionado, viveu outro prande proprietário de terras cristão, Austmann Gudfastarson, que homenageou a si mesmo em uma pedra onde inscreveu: “Austmann, o filho de Gudfast, mandou erigir esta pedra e construir

ponte, esta ponte, além de tornar Jamtland cristã. Asbjórm fezema Sxane, Trion e Stein entalharam as runas”. A pedra de Kallstorp, diz: “Thorkel, filho de Thord, fez essa ponte para Seu irmão Vragí — a palavra “para” significando provavelmente quê, on ponte, ele desejava beneficiar seu irmão no outro mundo. De o ra semelhante, a inscrição em uma pedra de Sodertat pa Ed

Estocolmo, diz: “Holmfast mandou limpar o terren? - : Dar papos Nasby. em viveu que Geir, pai seu de memór ia em ponte auxiliar sua alma. Holmfast mandou limpar o terreno cm a de Clambém) sua boa mãe Engano =" a Dinamarca há também pedras



tipo.

Uma,

as

que hoje

eriziu esta

idades bá peaiencontra na igreja de Fjennslev, nã Zelândia, dia: pedra e fez esta ponte”; e em um pântano Er | desde então essa

mente uma pequena ponte cruzando UM 5, ponte tem o nome de “Sassebro” (ponto de

131

é mas o, tip se des o pl em ex um e nt me so ste exi a eg ru No Na do na io nc me já p or st li Ka de a dr pe à poucas que, como

entre aquelas

do a alm a r cia efi ben a par da uí tr ns co foi te declara que a pon

to

do o ad met à e nt ce en rt pe a, ud nt po € a alt , ada alh ent ra ped a Esta é deland, e e

Ha em a, nn Dy em e nt me al in ig or século XI, que estava

de ; rel est a e Pai o , us De m ra st mo es alh ent Os o. Osl em ra está ago diz ção cri ins a s; go Ma s Rei s Trê os s, alo Belém, e abaixo, em cav “A filha de Gunnvôr Thririk fez esta ponte para Astrid sua filha

Ela era a moça mais habilidosa de Hadeland”. Essa boa ação prati. cada por uma proprietária de terras para sua filha morta é uma das muitas provas de que a mulher gozou de um alto grau de liberdade e respeito entre os Vikings. Uma outra pedra entalhada norueguesa, esta também erigida por

uma mulher, merece ser mencionada. Trata-se da esplêndida pedra

(agora em Oslo) de Alstad, em Ringerike, que fala da propriedade

de uma família abastada e da viagem de uma moça para encontrar

seu noivo. Diz a inscrição real: “Jórun erigiu esta pedra em memó.

ria de Ol-Arni que tomou sua mão em casamento e a levou para

Jonge de Ringerike, de Ve para Qlvestad. A pedra de -Ogmund come-

mora essa ocasião”, A pedra é uma obra de arte na qual há elepantes desenhos de uma caçada, com cavalos, cães de caça e falcões. Não

é de admirar que Ogmund quisesse seu nome inscrito nela. Há, no

entanto, uma inscrição adicional e bastante significativa na base da pedra: “Tgli erigiu esta pedra em memória de Thorald, seu filho,

que encontrou sua morte em. ..”. Este é um claro caso de furto

do memorial de outra pessoa, uma ação atrevida perpetrada por

lgli; mas, como a pedra não era protegida por uma maldição sobre

quem a danificasse ou a roubasse, ele evidentemente decidiu correr

o risco. Outro exemplo do mesmo tipo (dessa vez dinamarquês) é a pedra rúnica de Tillitse, em Lolland, que diz: “Askel, filho de

Sulki, mandou erigir esta pedra em sua própria honra. Este memo-

rial que Askel fez permanecerá enquanto a pedra existir. Possa Cristo e Santo Michael auxiliar sua alma”, Em outro lugar da pedra, entre:

tanto, há uma inscrição adicional: “Toki esculpiu as runas em memó

ria de sua madrasta, Thora, uma mulher de boa família”. Referências a guerreiros

Espera-se que um tema comum das inscrições rúnicas Vikings seja

a comemoração da bravura de seus guerreiros em ataques à0 Oeste ou Leste, mas quase todas que pertencem a esse tipo são suecas, a

pertencem à última parte do período Viking. Há, entretanto, algu Noruc B? da assas sinad os Vikin gs para erigid as memor iais mas pedras 192

e da Dinamarca, como

por exemplo a pedra Stangeland de Jaeren,

no sul de Stavanger, na Noruega, que se refere a Steinthori “que caiu

na Dinamarca”; e na Dinamarca há a pedra de Kolind, na Jutlândia, em memória de Tofi, “que encontrou sua morte no Leste”, e a pedra de Uppakra (Skane) para Toki “que encontrou sua morte no Leste”,

que Suécia da leste o e centro o é e entretanto, raridades, de Trata-se proporciona grande número desse tipo de pedra, falando dos grandes

ataques Vikings ao Oeste e especialmente ao Leste.

Dos ataques ao Oeste há uma comemoração na pedra de Grinda em Sodermanland, erigida por dois filhos “em memória de um bravo

pai. Gudve viajou para o Oeste, para a Inglaterra e recebeu uma parte

de geld. Ele atacou fortalezas na Germânia bravamente”. O danegeid é de novo mencionado na pedra de Orkesta em Uppland: “Mas UIf

recebeu danegeld por três vezes na Inglaterra. A primeira foi dada por Tosti. Depois por Thorkel. E depois por Cnut”. Esses homens eram sem dúvida as famosas personalidades históricas, Thorkel, o Alto, e Cnut, o Grande. Outra pedra rúnica em Uppland é dedicada a “Geiri que era um membro dos housecarls no Oeste”, o celebrado hirô de Cnut, o Grande. Outro Viking com um nome semelhante é mencionado na pedra Harlingtorp, em Vastergotland: “Tola erigiu esta pedra em memória de seu filho Geir, um homem muito bom. Ele morreu em uma estrada do Oeste durante um ataque Viking. A maior parte das pedras suecas Vikings, no entanto, naturalmen-

te se refere a campanhas ao Leste mais do que ao Oeste;e Uppland e as outras províncias do lado oriental da Suécia possuem muitas pedras dos séculos X e XI, quando famosos mestres fabricantes de

runas e artistas como Asmund Karason, Lifstein, Balli é Dpi inscreveram e decoraram um imenso número de pedras memoriais parz bravos Vikings que haviam parecido no Leste. Austrleio, austrferô,

austrveg eram termos gerais para muitos lugares na Suécia maior” do leste, mas muitos países e lugares individuais são especificamente

mencionados nas pedras suecas: “Semgal” é uma parte da Letônia, “Domesnes” fica em Courland, “Virland” na Estônia (os die

fica Ape Eno En ncia freqlê mais com ou Grécia a ser “Grikkjaland” pode Báltico); “Holmgard”

é Novgorod,

“'Gardariki”

and” ca ende “Serkl (que signifi “terra da seda”) compre 28 (MA , E sei o , ao sul e ao sudoeste do mar Cáspio. “Jerusalém

exatamente o que o nome diz. Vamos citar algumas suecas das estradas do Leste.



o d s a n u r m e à t , d plan p U , d E e r pedra. uma de Ambos os lados s a t s e r a h l a t n e do a d l a v e a s s o P . Viking Rôgnvald. Um lado diz: “Rógn d E m e u e r mãe, filha de Ongm. Ela mor

Tunas para Fastvi, sua

193

s auxiliar sua alma”. À outra diz: “Rôgnvald mandou en

pe ino ant biz Ilô O ”. 116 da te nd em Bizâncio ele foi comandan ntinopj,

sta Con de a, ian ang var rda gua à , dor era imp do a cer à escolt te importante tan bas o içã pos uma o, fat de ha, tin ld nva Rôg for, se Hgby em ra ped nde gra a um em s çõe cri ins s dua as rad ont enc Foram

Ostergotland (Hl. 16a); a primeira diz:

“Thorgerd eriglu esta pedra

oy». preg os re ent te, Les no reu mor que tio, seu r, Ozu em memória de na segunda é-nos dito mais à respeito de Ozur e seus irmãos: “Gui o Bom, teve cinco filhos. O bravo Asmund caiu em Fyris. Ozy mor

o duel um em do ina ass ass foi m fda Hal . gos gre os re ent “eu no Leste, Karl morreu em casa. Morto também está Bui”. Assim, uma fam. lia Viking podia perder todos os seus homens. À pedra de Angeby Uppland, registra que Bjóm

caiu em

Virland

(na Estônia) e que

d, lan Upp by, Bro de ra ped A as. run as ou alh ent on) ras (Ka und Asm fala de um Viking, Eystein, que foi para Jerusalém e morreu na Grécia (talvez Bizâncio). Uma pedra de especial interesse é a de Sjusta, Uppland, que declara a respeito do guerreiro Spjallbodi: “Ele encontrou sua morte em Holmgard [Novgorod] na igreja de Santo Olaf. Qpi entalhou as runas”. Uma inscrição de Iuringe, Sodermanland (Il. 16b) primeiro relata em prosa que a pedra é um memorial

para Oquo

Thorstein, erigida por seus filhos Ketil e Bjôm, seu

Onund, seus housecarls e sua esposa Ketillaug, então irrompe irmão em um poema de louvor aos dois irmãos — o morto Thorstein e 0

s do leste da Suécia, datando, ao que pare nia sé o m e s seu Y referem-se a Yngvar (e ar ngv O de cas sue as dr pe as e a, es pr em de an gr foi morto em sua erigi-

a t m as ot ri at mp co os it mu das como memoriais para seus o : a u cai e “El : mo co ses fra em dos comemoram os ataques a rad E e “El ou a”. alm sua ar ili aux us De do Leste com Yngyar. Possa

trou sua morte na tropa de Yngvar”, ou “Ele viajou para 0 ac E

a ua: o de pe pi

Uma série

ngs

suecas se referem

Ani

aa ue jeg p) de ie níc pla da a lh ta acontecimento: a celebrada ba o Uppsala, onde o rei sueco Eric, o Vitorioso, derrotou seu turbulento sobrinho Styrbjôrn que, com uma força que incluía guerreiros dinamarqueses e os Vikings Jomborg, estava tentando obter o trono. Há duas dessas pedras em Skane, uma de Hallestad, outra

) a” al ps Up de iu fug não le (“E ki To m ia ge na me ho s Ela de Sjorup. e Asbjórn (“Ele não fugiu de Uppsala, mas lutou enquanto teve

arma”). Outra pedra semelhante é aquela já mencionada de Hôgby celebrando, entre cinco irmãos, o bravo Asmund, filho de Gulli, que também “caiu em Fyris”. Referências a ocupações de paz As pedras rúnicas da Escandinávia raramente mencionam atividades pacíficas, exceto por referências ocasionais, que já indicamos, à abertura de uma estrada ou à construção de uma ponte. Ainda assim

ainda vivo Onund — assim: “Ketil e Bjôm erigiram esta pedra em memória de Thorstein, | seu pai, e Ônund em memória de seu irmão, e dos housecarls de

há uma, agora bastante danificada, de Mervalla, em Sodermanland,

homens de seu país e foram para longe guerrear. Eles cuidaram de

Swein era aparentemente um próspero mercador de paz, que seguia uma rota regular através do Báltico.

seu igual, e Ketillaug de seu marido. Esses irmãos eram os melhores

seus housecaris. Ele caiu lutando no Leste, na Rússia. Ele estava nê

frente de batalha, o melhor dos compatriotas”.

Finalmente citamos a pedra rúnica do castelo de Gripsholm: “Tola mandou erigir esta pedra para seu filho Harald, irmão de Yngvar Eles foram embora corajosamente, em busca do ouro distante, é a

Leste eles deram para as águias — morreram no sul — em Serkland.

tals Com lha. bata em ar mat a ific sign as águi as Dar (comida) para

que registra que “Sigrid mandou erigir esta pedra em memória de seu marido Swein. Ele navegava com frequência para Sempgall [Letônia]

com seu excelente navio ao redor de Domesnes [Courland]". Esse de s ado anj arr m era s ica rún ras ped das tos tex os es vez Muitas

forma métrica. As frases, vigorosas mas esplêndidas, são fortemens dua de tos tex 08 ão est de, ida ios cur de ulo tít a , ui Aq te rítmicas.

e ing Tur de ra ped A ma. aci s da na io nc me m ra fo que s pedras rúnica (1, 16b) diz:

palavras um país escandinavo comemorava seus valorosos filhos.

— ok i nd la á — a nn ma ra st be — ir be ru vá ôr oc Br í l fel nn Ha — vel la ar sk hú — na si u ld É liSi úti — He

em parte real e em parte fictícia, da última parte da Era Vikins

landmanna bestr.

O Yngvar a que se refere a última pedra é uma figura notável,

a posterior sueca: Yngvar, O Viajado, aparece em uma saga islandesmuit com os com e ent tam jun foi, que o, suec real cipe prín como um Fº nd la rk Se à sa ro st sa de e l íci dif ha an mp ca panheiros, para uma uni ês dt pe o nc ci e e nt vi e qu do s no me o nã o, fat De Leste distante. 194

orrostu — astr É Górôum — liôs foringi —

A pedra de Gripsholm (veja página 194) diz:

a i r a t s u a e — i l l u g t a i r r a i f — a l i g n e r d u r beir fo — ? Serklandi

a l r a n n u s u ó D — u f erni gá

: v as dr pe as m, ge ua ng li Adicionada a esse esplendor de da a nt me na or a ci ên ar ap a m u m com frequência tinham també de pl Up de s na ru de es or ut tr ns co s re esplêndido colorido. Os mest d an Pl s co es ab ar de ão iç ad tr a um m ra ve ol nv se de ondul XI lo cu sé do co a

a p a r q e u c e i a m o t U i m v o d e c o r a t i v i o n s t . e i a r e nimais amente

quência e que tinha à intenção de afastar os maus espíritos e també decorar é a grande máscara humana com a barba trançada e olhe redondos. Navios eram usados somente para efeito ornamental Sim bolos significativos bem como ilustrações de mitos cristãos ou Ed

são encontrados em pedras de todos os três países escandinavos:em

Dyna, na Noruega (1). 22b), Jelling, na Dinamarca (1, 19b), Sparliya (Il. 17a), Altuna, Hunnestad, na Suécia, e nas pedras entalhadas da Gotlândia. A pedra de Ramsund, em Sodermanland, representa q mito de Sigurd, o assassino de Fafni. Através de vestígios de pintura

que foram ocasionalmente encontrados em pedras rúnicas, pode-se

shetelig como “memoriais cristãos inspirados pela cultura celta, mas noruegueses em sua linguagem e runas, e mostrando visivelmente » sobrevivência das tradições pagãs”. Essas pedras de sepultura Manx

são frequentemente decoradas com uma grande cruz celta em relevo, com entrelaçamentos celtas, circundadas quase sempre por figuras que ilustram mitos pagãos nórdicos, como o de Odin e o lobo Fenni, Sigurd O assassino de Fafni, etc.; também seus padrões decorativos

ão em alguns casos do tipo nórdico. Um exemplo semelhante é a na Killaloe, de o cemitéri no ada encontr eta incompl pedra de cruz im “Thorgr diz: que esa noruegu rúnica o inscriçã uma com Irlanda,

erigiu esta cruz”.

Pedras rúnicas erigidas pelos Vikings para um companheiro que

mas raras, são viagem uma em ou eiro estrang ataque um em morreu existem. No Museu. Guildhall, de Londres, há uma pedra rúnica

de caixão um de lado O ente, antigam , formava e tement que aparen

concluir que a cor era usada para enfatizar tanto o texto quanto o

do início do estilo no leão um de figura a com a decorad , defunto

fradas; algumas usam runas secretas ou um modo de escrever obscuro que não será nunca corretamente interpretado. O exemplo clássico

que havia desaparecido. A pedra, provavelmente dinamarquesa, foi

ornamento. As cores favoritas eram o amarelo, o vermelho e o azul, Não são todas as pedras rúnicas existentes que podem ser deci-

século XI, tendo uma inscrição rúnica incompleta: “Ginni mandou colocar esta pedra e Toki. ..”, O restante do texto, contendo o nome da pessoa enterrada, estava provavelmente no outro lado do caixo,

é a famosa pedra de Rok, em Ostergotland (Il. 17b) contendo a mais longa inscrição rúnica da Escandinávia — cerca de 800 caracteres — que começa: “Essas runas são entalhadas em memória de Vasmod

azul. colorido de sinais claros a mostrav quando 1852, em encontrada , aparência em icante insignif bastante e sueca origem de pedra, Outra em agora (está Dnieper delta no , Berezanj de ilha na ada encontr foi

do”, Essa inscrição enorme, cheia de runas secretas, números mágicos e de passagens enigmáticas e inescrutáveis, tem dado margem

seu para a sepultur essa fez “Grani pedra: na assim ado registr tendo tamado mencion ser deve isso, a ão associaç Em Karl”. companheiro nº agora encontra se que clássico e mármor de leão bém o celebrado há levado foi onde para Veneza, de naval arsenal antigo entrada do

— mas Varian os entalhou, o pai em memória de seu filho condena:

ao aparecimento de grande e controversa literatura entre os especialistas, um dos quais afirmou haver uma relação entre ela e o forte de Trelleborg, na Zelândia. Pedras rúnicas fora da

SE

Há alguma pedra rúnica fora do Norte? A pergunta é, na realida

de, dupla: (a) Os Vikinps erigiram pedras para suas famílias em terras

que eles colonizaram? (b) Eles erigiram pedras para aqueles que tom

baram mortos em ataques a países estrangeiros? A resposta é sim pa as os iate 7 xemplos do primeiro tipo são as cruzes de

pedra ricamente deco”

radas anglo-dinamarquesas, que foram E no norte da Ingla terra, muitas delas com inscrições rúnicas e motivos de animais do

tipo escandinavo. Há também as cruzes rúnicas noruego-célticas ná

ilha de Man (algumas delas do mestre fabricante de runas, Gaut)

Essas últimas foram

196

descritas pelo estudioso norueguês Haakon

Odessa). Lá o Viking sueco Grani perdeu seu companheiro Karl,

muito tempo atrás pelos venezianos que o encontraram Do porto

não caso o todo em l, memoria um é não leão Esse grego de Pireu. de um ore trata Se que inegável é mas navo, escandi um memorial esquerdo ombro seu que vez uma (sueco), mento rúnico escandinavo e

do fita ou lista uma de centes remanes os tem ainda

E X séculos dos Uppland de rúnicas pedras daquelas das

EE

cada

mente a inscrição está tão apagada que não pode ua, q confiar à desejo sueco Viking um que o saber — seria interessante e agr um leão grego. ia ni Finalmente antes de deixarmos às pedras Da pé do para darmos umê olhada na

mos retornar à Suécia

paker, em

Sodermanland.

od

largo, é tomado por uma cruz Ci

do frontal, que é bastante luxuosa, Os braços deados por decorações

e a parte superior da qual, entretanto, estão 19

197

c da ca lo co tá es uz cr da or ri fe in e rt pa 4s, enquanto que a e r a fit Na . ng ki Vi o o antigo navio pagã

O IDEda um navio, o ad lh ta en tá es , al im an um de gá pa ça be ca à m te e qu , na or nt a co e os lh u , se rn jô db Ly de a ri mó me em a dr pe “Gunnar erigiu esta

0

CAPÍTULO XII

ar ac ed sp de se a rr te “A : ge in ls Ha de s na ru te e então parcialmen em 8) 24 na pi pá a ej (v ok ar gn ra : as vr la pa as tr ou Em , u” cé to al do á ir ca e r; de po m ué ng Ni ? os tã is cr ou os gã pa o, lh fi Seriam os dois, o pai e o

ARTE

dizer: mas de uma coisa eles sabiam: todas as coisas perecerão,

A arte decorativa

Nos três séculos do período Viking os países nórdicos desenvolial enc ess te en on mp co o cuj a iad var e a ric a tiv ora dec e art veram uma era um desenvolvimento do animal-ornamento nativo e tradicional.

No período entre 800 e 1100, entretanto, ela foi estimulada por influências externas: vindas de vários lugares, do Leste e do Oeste, com os quais os Vikings tiveram contato. Havia três esferas principais

de arte na Europa Ocidental capazes de influenciar o Norte: a irlan-

desa, a anglo-saxônica e a franca (carolíngia-ottoniana). Alem dessas havia alguma influência — embora pouco significativa — do Oriente que alcançou o Norte de modo direto por causa das relações entre a Rússia e a Suécia, ou indireto, via Europa Ocidental. Os motivos de animais, entretanto, sempre predominaram durante a Era Viking;

ornamentos baseados em plantas desempenharam somente um papel secundário.

O período pré-Viking

va ti ra co de te ar da o nt me vi ol nv se de o s mo ar er id ns co de s te d An iam s ex mo ve de , XI e X , s, IX lo cu sé s do m u da ca s em a E king

. ns ki Vi éo pr od rí pe o e nt ra u du di re og pr a el o " brevemente com Ecs Os povos germânicos compartilhavam uma preferência pelo “ornamento em suas formas de decoração. E nisso eles não

tais as, raç ras out m co ceu nte aco o sm me o o, fat de mitos sozinhos:

ca nun Sul do s ico mân ger os pov Os aos irlandeses e os citas. f te Nor do bos tri as mas , ilo est e ess por s do iramente domina oTam inte-n Praticaram a constantemente e com intensidade, por quinhentos

anos, Já em 700, o animal-ornamento estava declinando entre OS uou tin con ele via iná and Esc na mas , ais ent tin con POVOS germânicos à florescer por todo o século VIII. Por volta do início da Era Viking do ten e, dad ili hab sua de geu apo no ava est O artista escandinavo ia hav a Est e. art sua de a tic prá na o em tr atingido um refinamento ex

198

199

a

ado mais elevado de desenvolvimento: portanto, todas

lidados abertas ao artista haviam se esgotado. O desenho

de animais — intrincado, caprichoso é refinado — está apora bem

distante de seus protótipos dos séculos Vle VII. Sua elaboração está

agora no mesmo nível de muitos dos supremos trabalhos de mestres

irlandeses contemporâneos. Ao mesmo tempo, entretanto, as identi. dades dos motivos foram preservadas, não sendo desintegradas como

haviam sido na primeira fase do animal-ornamento teutônico. Cada animal pode ser perfeitamente visualizado — exatamente como na arte irlandesa — apesar de todas as suas curvas e voltas, Muita deli.

beração entrou na invenção de todos os tipos de fantásticas variações

de cabeças e pés dos animais. Mas os meios que O artista usa para dar ao modelo refinamento e elegância — dividindo os membros dos animais e dando às juntas uma ênfase elaborada e decorativa — são perigosos. Desde que nenhum estilo de arte tem o poder de colocar

um. termo a seu próprio desenvolvimento, eles levam à degeneração do animal-ornamento em padrões lineares fáceis, baseados por sua vez meramente no exagero de tais convenções.

Esse tipo de desen-

volvimento, embora seja atraente, leva, inevitavelmente, ao declf-

nio. Por todo o século VIII o estilo revela suas fraquezas internas. Somente uma injeção de força nova poderia salvá-lo do colapso. Assim era a situação artística na Escandinávia no final do século VII. Vejamos agora a Era Viking. Das três esferas de arte da Europa Ocidental com as quais os Vikings estiveram em contato, podem ser notadas as seguintes características. A irlandesa possuía um desenvolvimento inteiramente independente do estilo animal, que era tão antigo quanto o estilo

germânico, mas eles não permitiram que seus desenhos, embora

intrincados, degenerassem. A arte decorativa anglo-saxônica empre-

gava, no sul da Inglaterra, um estilo de animal influenciado pelo irlandês, e no norte um motivo particularmente frutífero emprestado dos

artífices sírios que haviam imigrado para o norte da Inglaterra — isto é, um ornamento regularmente encurvado, videiras com

arabescos e animais — saltando, pulando decorativamente

Rear

sp

na

rata

— dispostos

dentro delas, Ao adotar esse desenho

sírio os

foram gradualmente dando maior ênfase ao animal do

videiras; e nos séculos VIII e IX, novos padrões desse tipo se a forma popular

ENO animais que rn

|

ou voando

de decoração em cruzes de pedra 0

vo norte da Inglaterra. A terceira influência merovíngios do século VIII usavam motivos etade orientais 08 carolíngios adotavam e metade bárbaros; enquanto que

200

O tipo naturalista clássico de ornamento-

mente o acanto), um grupo de motivos que con

ottoniano.

folhas (particulartinuou no período

Vamos agora observar, século a século, os progre ssos da arte decocativa escandinava durante o período Viking. O século IX

O século começou material temático, uma mento escandinavo da novo animal. Durante

justamente vez que era decadência. o século IX

com uma infusão de um novo necessário salvar o animalorraDe fato, o novo motivo era um ele apareceu em todo lugar na

arte decorativa do Norte, ocorrendo com variações mais ricas e mais

surpreendentes, e com mais nuanças nas madeiras entalhadas da

grande descoberta de Oseberg, na Noruega. Pode-se perguntar como

um simples motivo de animal pôde, no prazo de um século, transformar as tradições decorativas de três países. E o que aconteceu foi precisamente isso, A invenção que alcançou esse resultado é chamada de “animal agarrador”. Tratava-se de uma criatura com-

posta, fantástica, uma mistura de leão, urso, cachorro, e Deus sabe

o que mais; um

ser pequeno e feroz, cheio de vigor e animação.

Nunca era visto parado: suas patas estavam sempre agarrando algo,

ou a Si mesmo ou um animal das vizinhanças ou as bordas ou cantos da moldura. Sua cabeça era grande, seus olhos tão redondos e solenes

quase a sugerir que usava óculos; a testa era calva e havia um comprido tufo de cabelos na parte posterior de sua cabeça. Seu corpo era

com freqiiência alongado até se tornar uma linha fina. Essa invenção fantástica parece ter capturado imensamente a imaginação Viking,

pois ela dominou sua arte decorativa no século IX. A energia incan-

sável e a mobilidade do “animal agarrador”, que se expressava por seus membros sempre agarrando algo, deu a ele possibilidades sem

fim do ponto de vista do desenhista, porque ele podia desenhar Es

imagem dentro de molduras ou jaulas de vários formatos, é sua pel

geria e virilidade eram evidentemente qualidades que EPs

mente para os Vikings. O “animador agarrador” foi, al dica versátil e regeneradora na transformação da o novo ani escandinava. É importante acentuar o fato de ER RA

mal que não poderia ter-se desenvolvido a par Os de bronze do isso é demonstrado pelo fato de qu ca em suas próprias o novo anima! é *O misturado aos desenhos Século IX da Gotlândia molduras especiais, lado a lado — mas nunca . parece posfamiliares antigos. P que sta respo Uma notável? al anim esse veió onde De

201

u: ph So s uê rq ma na di o os di tu es lo pe 80 18 em cid a sível foi oferefoi subsequentemente apoiada pelo norueguês Haay é a de que O animal

it

ia figura Compost

realista, ões vers das gs tas artis os sobre cto impa do por causa der po o e de cida fero A uras. criat dos carolíngios de leões e outras de avam gost que e, Nort do s povo dos gosto no desses animais caiu própria, ia

E po

maneira de vo moti o izar estil à animais, e eles passaram

teve o efeito de que O motivo dominante se tornasse uma figura de animal com à forma de fita, desenhada harmoniosamente na forma de um S, com freguência cruzando simetricamente outro animal de

mesma. forma. À cabeça com o tufo na parte de trás (agora parecida com a de um cachorro) é mostrada de perfil. A origem dessa nova l “anima o que de s dúvida tenho não mas ível, discut é influência de Jelling”, que recebeu esse nome por causa de uma pequena taça

quais nas cas ísti cter cara s jaula ou uras mold as que Shetelig ressaltou . encon ém tamb são ados sent apre os “animais agarradores” eram bronzes os a, acim mos nota como ra, Embo tradas na arte carolíngia. da Gotlândia mostrem que o novo motivo animal era isolado do

Jelling” tenha provindo da longa e íntima associação dos norue-

século IX, ele já havia penetrado e se fundido ao antigo, para pro-

de que esse estilo seria um ressurgimento da arte escandinava do

antigo, o material de Oseberg indica que, por volta da metade do

de prata encontrada em Jelling, Jutlândia, na qual ele aparece, é de inspiração irlandesa. Provavelmente, a maior parte do “estilo

às vezes levantada, gueses com a Irlanda. Não posso aceitar a teoria,

duzir no final do século um novo estilo, chamado pelos arqueólogos com o mesmo nome do lugar onde os primeiros exemplos foram encontrados: Borre, perto do fiorde Oslo. Esse “animal Borre” retém da tradição antiga o corpo alongado do animal, embora um

século VIII, para com a qual ela não tem semelhança. Esse estilo Jelling, com o animal em forma de fita, não deve ser confundido com a ornamentação encontrada na grande pedra de Jelling (1. 19b)

e a cabeça parecida com uma máscara. O que é significativo sobre o novo estilo é seu vigor desinibido, algumas vezes mesmo uma rudeza de superfície;o refinamento anterior é abandonado em favor de uma expressão robusta e primitiva, Assim, o “animal agarrador” destruiu a fauna decorativa da arte nórdica, Os artistas Vikings erâm bastante indiferentes às plantas e flores como base de decoração; não estando ainda conscientes de sua

pedra rúnica possui três lados; a maior parte da inscrição é entalhada

tanto mais grosseiro; e do “animal agarrador”” ele emprestou as patas

beleza, eles se voltavam para os animais quase que em todas as ocasiões. No entanto, parece que eles viram possibilidades no manu: seio carolíngio de formas clássicas de plantas, especialmente o

acanto.O broche dourado de três lóbulos de Hon, Noruega, que

foi trazido por um Viking norueguês, era uma obra-prima do trabalho do ourives carolíngio — o broche era completamente coberto com exuberante acanto (Il. 18), Revelações como essa induziram

aqueles Vikings que trabalhavam com metal a tentar fazer broches

Eongns e de três lóbulos com decorações semelhantes, mas com

pouco sucesso, Suas cópias rígidas e mal-feitas dos motivos florais

logo cederam, de novo, lugar a seus favoritos de antigamente, 08 animais. Eles deram o melho adrões de vinhas dos desenhos

r de si nos esforços de copiar os p

os em filigrana, prata; mas aqui também os carolíngi animais se ir nara

202

usualmente em

O século X O estilo Borre C ontinuou no século X, mas uma nova influência

anteriormente mencionada, o esplêndido monumento que o Rei Harald Dente Azul erigiu para seus pais em Jelling. Esta famosa

na parte mais larga entre linhas horizontais, como em um manuscrito; em um dos lados há uma figura de Cristo, e em outro um e juba sua tem que ntal, orname “leão” belo um — animal grande sua cauda adornadas com folhas, e uma cobra enroscada sobre seu corpo e garganta. Esse grande leão de Jelling, relacionado aos animais das pedras rúnicas suecas de cerca do ano de 1000, é uia

os m també são o como (assim a ingles arte pela inspirado animal” e “grand O . pedra) mesma na s trado florais encon

e art da iva der os ad aç el tr en os nt me na or m co dado dos “animais ânglicos” das cruzes de pedra do norte

otra

engrinal-

aaa

| O século XI

.

oed pr o h n e s e d o o d i c e l e b a O grande leão de Jelling pes js est a o d o í r e p do te an st a] re o minante para a arte decorativa durante 19

ras ped s a n : os nh ma ta ios vár em es vez as Viking. Ele aparece divers esda st oe no eja igr i E a r i n E E A e rúnicas do leste da Suécia; em madeira em a P os ad lh ta en ús ba s no s, so os em ); es rn (U a eg Noru (IL. es ues ueg nor de bronze SUSCOS Ch mai ros; em metal, em cata-ventos 19a)

e e

nos

pessoais de prata

- bronze. É o motivo principal

artistas

nto, e Ta Er a puráni XI. século do arcdiao da a de Ringerike”. Vikings parecem mais simpáticos do que an dq como revelam as bonitas pedras

Nesses motivos, os acantos e maços nas extremidades e arranjados jado a

Há pouca dúvida de que ho. moin rede de forma m mente eriçado ou € influência da arte do sul da Inglaterra, como

decifrados na Escola de Winchester, Tambés, guie ps visto pon lugares da Escandinávia encontram-se influências sobre a

à “Viking do século XI, uma circunstância devida provavelmente (como sugere Holmavist) às extensas atividades eclesiásticas ingle.

ani. do ente nesc rema mo últi O o. temp ele naqu cas na Escandinávia mal-omamento pagão escandinavo, antes que ele fosse decisivamente substituído pela flora e fauna da arte românica, pode ser visto no

a. últim na o lhad enta ras, videi e s linha de rede sua com , leão” “grando

para ira made de ura mold bela na ou a, Suéci da leste do a rúnic pedra

porta, que se encontra agora na pequena igreja de Umes no oeste da

Noruega. E assim terminamos O que tínhamos a dizer sobre a arte decorativa Viking.

A arte pictórica Além da arte decorativa, o período Viking também produziu uma

fina arte figurativa — da qual temos vários exemplos, pequenos e grandes. Os temas dessa arte eram em grande parte tirados dos mitos e dos contos heróicos, e às vezes mesmo da história recente. Os exemplos seguintes são derivados em parte dos três países escandinavos, e em parte de suas colônias estrangeiras. | Um grupo importante é constituído pelas grandes pedras memoriais entalhadas e pintadas da Gotlândia. Uma delas, a pedra de Lillbjáirs, representa um grande cavaleiro, sem dúvida um morto, cavalgando para Valhalá: uma representação fina e severa na qual

o orgulhoso movimento dos cavalos é particularmente bem apresentado. À pedra de Lirbro (Il. 222) é um exemplo típico dessas pedras-sepulturas de nobres da Gotlândia. Na base está o navio do guerreiro morto,

sua tripulação armada

manejando

a amurada €

segurando as cordas, e o timoneiro, de cima da popa, maneja a com-

prida direção dos remos. A vela quadrada é esticada à medida que

O alto peito do navio respira as ondas espumosas que, quando se

vê melhor em outras pedras desse tipo, são habilidosamente forma-

a E

comer espirais. Muitas das pedras entalhadas da Gotlândia

essa possessão mais preciosa dos ta Vikinos ; ad E tinlcotdo a E E brilho do sol, ela desliza sobre as ondas; é circulares na parte Era

do pré-Viking. O

pesa

E

Prep

ornamentação”

s antigas pedras da Gotlândia do perio

navio na pedra de Liirbro não tem, de fato, nada “8 qUe estão representadas nas três seções superio-

tra uma batalha em progresso; o céu está

fervi

homens. No lado direito, um guerreiro está Dri im e no lado esquerdo, em um edifício, dois homens

as E fgui é é seu cavalo,

cem estar prestando juntos um juramento. A se cão do espadas pare-

o cavalo de oito pernas de Odin, Sleipni, ao lado do e

mostra

de um homem está deitado; e, no lado esquerdo há três mi s re io a ada esp a um si e ant andando, cada qual segurando

a par d (evi iro vale ca oso ulh org um tra mos ão seç o chão. A terceira ente-

mente morto) seguido de seus homens, chegando aos

Valhalá, onde ele recebe as boas-vindas de um homem

portões de

com um

como de bebida. A finalidade da pedra-quadro de Lirbro é =.

tanto, mostrar, em primeiro lugar, na base, o costumeiro emblema da nobreza, o navio, e, acima, a morte do herói no campo de batalha

(onde Odin o está ajudando) e sua chegada final a Valhalá, Outras

pedras-quadros

da Gotlândia retratam cenas e episódios

míticos, tais como aqueles que conhecemos de Edda e outras fontes

literárias da Antiga Escandinávia: Odin cavalgando Sleipni; Thor pescando para a serpente Midgard, usando uma cabeça de boi como

isca; a oficina de ferreiro de Vôlund (Weland, como ele é conhecido

na literatura inglesa), ou ele próprio com sua pele coberta de penas; Loki e sua esposa Sigyn. Não são todas essas pedras-quadros, no

entanto, que podem ser interpretadas, em parte porque alguns dos mitos que elas retratam não são conhecidos por outras fontes,e em parte porque não podemos saber se as cenas que estão sendo retratadas são reais ou se são façanhas da vida gloriosa do homem morto. Outro grupo de pedras-quadros são as cruzes, já mencionadas, da ilha de Man, nas quais as influências pagãs celtas e norueguesas são combinadas com as influências cristãs.

e art sua de s nte sce ane rem ros out , via iná and Esc na ali, e Há, aqui

pictórica, gravadas em pedra, cortadas em madeira e compostas em

tecidos. Alguns deles já foram mencionados, mas os seguintes devem ser referidos aqui. Em Ramsundsberg, Sodermanland, Suécia (IL

20b) é representada a história heróica do assassinato de Fafni, de um

modo ingênuo, mas bastante lúcido, dentro de uma fita oval — ne ao mesmo tempo representa o dragão Fafni é contém as runas. esquerda para a direita, vemos o ferreiro morto, Regin, Su? e foles); bigorna, tenazes, martelo, E isgçõos ( ads entre| suas ferramentas decapitada os dedos

O herói Sigurd cozinhando o coração o iai em uma em sua boca (voltando-se ao mesmo tempo pare * igurd drvore, pois que agora ele entende sua linguagem); o cavalo de Sig arte superior; €; amarrado a uma árvore, com os dois pássaros a do o dragão

finalmente, a própria grande façanha — Sigur

205

é l su no , b) 22 . (M a n n y D e ad st Al de as dr pe As . da pa com sua es caçando e os Três o tã pi ca , m e u t n e m a v i t c e p s e r , m Noruega, mostra o i p a ; ia éc Su na , d n a l p p U , na tu Reis Magos.A pedra rúnica de Al th o sf Go de uz cr o de t n e m g a r f o a; di de Hgrdum, no norte da Jutlân

) es nt a re s fe lo di a ti r és m o e b am m e tr ( ; us d il n as s a el da l r to e b em Cum

fantástica tentativa de Thor de suspender a própria serpente Midpard

Há também os entalhes na famosa carruagem de Oseberg, que tem

duas versões do conto de Gunnar na cova da serpente, e a tapeçaria

de Oseberg, com suas cenas de cavaleiros, guerreiros, carros e armas e a árvore sagrada de Odin com três homens sacrificados na forca

pendendo oscilantes de seus galhos. Sabemos por fontes literárias da Escandinávia que era um cos-

tume Viking pintar figuras nos escudos e decorar o grande salão com tapeçarias e quadros. Há evidência similar a grandes entalhes de madeira também, como, por exemplo, o famoso relato de Adam de Bremen das três estátuas de deuses do templo pagão da Antipa

Uppsala. Estatuetas de prata, bronze e âmbar (algumas delas certamente figuras de deuses, Frey por exemplo) podem ser pequenas

reproduções usadas como amuletos de uma escultura apora perdida de grandes proporções. Os temas favoritos para a arte pictórica entre os Vikings — seja em pintura, entalhe ou tecelagem — parecem ter sido tirados dos mitos e contos heróicos. Especialmente populares eram incidentes tais como a luta de Odin contra o lobo, Fenri, e com o gigante, Thjazi; as façanhas de Thor contra os gigantes e sua pesca da ser-

pente Midgard; a cremação de Baldr; Gefjon arando com seus bois, o conto de Weland; o assassinato de Fafni por Sigurd; Gunnar na cova da serpente. E ainda permanecem muitas representações que

não conseguimos interpretar. Sem dúvida certas formas estilizadas se tornaram símbolos significativos e bastante conhecidos de histórias

particulares: um homem cercado de serpentes espera por Gunnar; um homem ferindo com sua lança um dragão, Sigurd; um homem

conquista normanda de 1066. É claro que as mulhe

E o eram mulheres Vikings, embora a Normandia rim md colônia criada somente 150 anos antes da conquista normanda, Por. santo, pode-se suger ir que, desde que a idéia de celebrar realizações

contemporâneas na arte era aceita na Normandia por volta de 1070 não seria uma idéia inteiramente estranha aos Vikings em seus países

na mesma época. Entretanto, deve-se admitir que a semelhança não é grande. A tapeçaria Bayeux é uma expressão de um sistema feudal estrangeiro muito diferente do modo de vida escandinavo. Um duque normando era um monarca mais absoluto do que um rei Viking. Na

Normandia o povo era reprimido por um duque despótico que criava ao seu redor uma corte complacente e obediente. As tradições escan-

dinavas na

Normandia

foram misturadas com costumes feudais

estrangeiros, de modo que é melhor não irmos mais longe na hipó-

tese provocada pela tapeçaria Bayeux. Mas, se nos: voltarmos para

outra arte Viking — o notável. Era bastante elogiado pelo escaldo nada mais do que um

um fenômeno verso escáldico — observaremos aceitável que um conde ou um chefe fosse por suas gloriosas façanhas;e isso parece ser pequeno passo dessa prática para aquela de

pintar ou entalhar as façanhas de alguém que havia morrido recentemente, ou que ainda estivesse vivo, numa pedra tumular ou na parede do grande salão.

CX. POSTAL 11 CURITIBA - PR CEP 80011-370

qua fia

pescando tendo como isca a cabeça de um boi, Thor, etc.

e derá que os Vikings nunca representaram acontecimentos recentes

contemporâneos? É concebível, por exemplo, que as esplêndidas cenas nas pedras da Gotlândia representem os feitos de um homem ps Não é fácil responder a essas perguntas. Alguns estudiosos ins

que tal ação seria completamente estranha à mente escan-

uma é não essa que provar, possa não eu embora

e idéia- im possivel, Escrevi há pouco que os temas da arte pictórica recente.

Eu

tinha

em mente

a tapeçaria

207

4

CAPITULO XIII O MODO DE VIDA VIKING

n e m e r B de m a d A de to la Q re

Pode-se dizer alguma coisa a respeito das condições de vida e

da organização social dos “Vikings em seus países, embora as fontes

contemporâneas

sejam particularmente exíguas e, além do mais,

nem sempre dignas de confiança. Já nos referimos à descrição dos

vos escandinavos e de seus países feita por Adam de Bremen no desele onde 1075, nte dame xima apro em ng, Viki odo perí final do em m) orde nesta ega, Noru e ia Suéc ca, amar (Din es país três os creve ; detalhes.

ram egui cons eles que diz nos ele s, uese marq A respeito dos dina 20 Tél

taxa uma vam paga ngs Viki seus que a, tari pira da vés atra muito

próxi m vivia que aros bárb os r pilha de io ilég priv dinamarquês pelo

mos ao mar Norueguês (isto é, o Kattegat € O Skagerrak), mas que oen” traiç e ndo-s volta , légio privi desse am sav abu cia eles com fregiiên

conse eles quê im “Ass . otas atri comp rios próp seus mente contra sem piedade como eSCravOS,

os em-n vend , nhos vizi seus har apan guem

mes costu os e leis As ” iro. ange estr um e qu seja para um amigo ou para s go ti ar os it mu de m ta ns co : os pl dé dá como exem u eses, acrescenta Adam, dinamarqqu dd trazem conflito entre a justiça e a razão; “Se as mulheres forem dEsonraial elas serão vendides ea

mente, mas

se os homens forem E

a

a

cha pr eles crime, outro uer qualq ou o traiçã é oa Da é o puniçã de forma uma Nenh à Serem cólisdõe ou a escravidão é conhecida por eles. Mesmo A ug os dinamãr condenado, é honroso que ele permaneça

queses detestam lágrimas € Jamentações é

RE ouiraf expressões

alto grau que ningu+m

é tã0 em eis, saudáv os deram consi de aflição que seus de morte pela ou os pecad seus chora por

Os suecos são caracterizados por Adam de

lhança é pm O hospitalidade deles,

ele lida com a nobre frugalidade e | isso não deva ser tomado co E TETO uma Mo

implicação de que à última qualidade não estivesse presente de fato

É sai

“Aos

que Adam se expressa, em sua prosa bastante tortuosa. suecos

nada

falta

a não

ser à arrogância

que

nós amamos

ou melhor, adoramos. A vaidade vazia deste mundo —-ouro, prata

esplêndidas posições, peles de marta ou de castor, todas essas coisas ve adoramos até à loucura — nada significa para eles, Eles mos. tram falta de moderação somente no que se refere às mulheres: todos

os homens, cada um de acordo com os meios que possui, têm duas, três ou mais esposas ao mesmo tempo; o abastado e o nobre têm numerosas esposas. Os filhos de todas essas uniões são aceitos como

legítimos. Entretanto, a pena de morte é invocada se um deles tiver

relações com a esposa de um vizinho, ou estuprar uma virgem, ou pilhar a propriedade de algum vizinho, ou fizer a ele uma injúria,

Todos os povos do Norte são notórios por sua hospitalidade, mas os suecos excedem a todos. Eles consideram vergonhoso recusar abrigo e comida dos viajantes, e há uma viva competição entre eles pelo

privilégio de entreter um estrangeiro. Eles mostram a ele toda cortesia, pelo tempo que ele desejar ficar, e é apresentado a todos os amigos do dono da casa. Essas boas características estão em seus costumes”, Os suecos provêm de várias tribos, e se distinguem por sua força

r ricas colheitas.

Vivem

pacificament | é COM Os suecos

às vozes atacados pelos dinamarqueses (n ão

sem retaliação),Fo que qesão

tão pobres quanto eles... Eles (os nor uegueses) 340 0

frugal, que apreci grandaement e a quanto no que se refere aà comid são frustrados somente, conforme saceídotes. Em muitas partes da de gado são altamente estimados,

trabalho de suas próprias mãos”, Graças

aos

simpli cidade, .,e aSeus moderação eu 0 hábitos aos ouvi dizer, pela j Noruega e da Suécia os o vivendo como patriarcas e pelo

arqueólogos, sabemos que, na época de Adam de

Bremen, os três povos nórdicos haviam vivido em seus países atuais

por mais de 10 mil anos — um longo período durante o qual eles

foram fortalecidos por uma única imigração de população indoeuropéia vinda do sul e do sudeste, lopo depois do ano 2000 a.C. Sabe-se bastante sobre o desenvolvimento de sua cultura material e

de sua indústria durante as Idades da Pedra, Bronze e Ferro. Embora

tênha sido somente durante o período Viking que os três povos nórdicos tenham aparecido sob a luz da História, e desse modo parecendo aos historiadores como um fenômeno ríovo, eles são arqueologicamente uma raça antiga; de fato, temos suficiente conhecimento arqueológico para corrigir mesmo uma fonte contemporânea como, por exemplo, o próprio mestre Adam de Bremen, quando ele declara

e por suas armas; eles lutam tão bem no dorso de um cavalo como o fazem no mar, e possuem a habilidade belicosa de manter os outros

. que a agricultura era desconhecida na Noruega. As evidências arqueológicas provam, de fato, que os noruegueses haviam praticado a agri-

antiga, mas o poder do monarca é limitado pela vontade do povo;

atividades principais, especialmente no Norte, fossem a criação de

povos do Norte sob controle. São governados por um rei de linhagem

cultura por muitos séculos, embora seja igualmente correto que suas

O que eles decidem em conjunto o rei deve ratificar, a menos que ele

proponha uma solução melhor do que a deles, caso em que eles às

gado, a caça e a pesca. | Sobre a fertilidade e a adaptabilidade aos cultivos

que se refere à igualdade política em tempos: de paz — na guerra eles são completamente obedientes ao rei ou ao líder apontado por aquele por causa de sua habilidade. Se eles se encontram com proble-

ele, é- completamente impossível (sterilissima omnium regionum). O solo da Jutlândia é estéril (ager sterilis); mas as ilhas do sul da Dinamarca são férteis (frugibus opulentas), como o são também

vezes aceitam, embora de modo relutante. Este é o modo deles no

ua

durante uma batalha, chamam por um de seus muitos

S, € se a vitória for asse pn eus eradesimento,

eles dão a ele a precedência em

à Nos referimos às observações de Adam de Bremen sobre as

práticas de pirataria dos noruegueses. E ele conta ainda sobre eles: Eles conseguem

e sua lã para ro elitência de mi : iiênci

210

viver de seu gado, usando o leite para comida

E consequência, o país dá condições para à bravos guerreiros a que atacam com maisis fre:

ER dos paises

escandinavos, Adam dá várias avaliações diferentes. A Noruega, diz

Skane, Fyn e as ilhas adjacentes (opulentia frugibus, frugibus plenae); a Suécia é extremamente fértil (fertilissima), mas o é bemEt

ca aclamada largamente é que Zelândia, a aparentémente, dutividade (opulentia frugum celeberrima). Falando sobr

estéril da Jutlândia, Adam diz:

“Sem contar as áreas de terras situadas pr

mente toda a região se parece com um de

óximas aos rios, pratica-

serto, uma terra de sal, um

vasto desperdício. A Germânia inteira é Co terrificantes, mas a Jutlândia é ainda Pp ae

is

b ar

por causa das colheitas pobres que ela produz,

de densas florestas

a

deixa sua terra a águas por

211

cult; lugar um r ntra enco ifícil o tivad B difíc É as. pirat de as hord ua habitável — com exceção das áreas ao longo dos fiordes, | . onde há consideráveis cidades” retó. da s usuai eros exag s pelo sos famo Esses comentários são

quano ade verd de o muit da, dúvi sem haja, rica de Adam, embora dro que ele traça da Jutlândia — cujo ““vasto desperdício” é certa. mente suas grandes charnecas. Adam é em geral muito consciente

dos grandes trechos de campo selvagem espalhados pela Escandi.

návia; e ele nota que as rotas marítimas devem ser as preferidas, até onde haja o perigo dos piratas. As dificuldades das viagens nas regiões. selvagens durante os tempos Vikings são

descritas prafica-

mente em Austrfararvisur, um poema que Sighvat Thordarson, o escaldo islândico de Santo Olaf, escreveu depois de retornar de uma viagem a favor do rei ao capitão sueco Rôgnvald, em algum lugar do distrito Malar. Sua rota era através da floresta do Ed, dos limites sul da Noruega e do centro da Suécia: “Era dif ícil para os homens penetrar na floresta Ed”, E o poema continua: “.. . não era por prazer

que eu, em humor sombrio, lutei as treze milhas* através da floresta

do Ed; Deus sabe o que sofremos. Dos homens do rei, todos tinham bolhas nos pés — eu tinha feridas em ambos os meus”. Além do Danevirke no sul do Slesvig não havia fronteiras fixas

está ros ont enc tais de a eir int ie sér a Um registrada, No Old

hook de Vastergotland — uma fonte sueca medieval - é maia uma conferência dos três reis em Danaholm. Esta ilha era dividida em três: “Uma part e é possuída pelo rei de Uppsala, outra pe lo re i dinamarquês e a terceira pertence ao rei da Noruega, Quando ac on-

teceu o encontro, O rei dinamarquês segurava as rédeas do rei de Uppsala e O rei norueguês segurava O seu estribo”, Apar entemente o rei sueco ocupava a posição mais elevada, embora não devamos nos esquecer de que essa fonte é sueca!

Ocupações Os escandinavos no período Viking tinham, como vimos, muitas

centenas de anos de experiência no passado. Suas principais atividades eram em parte aquelas antigas de caça e pesca, e em parte as mais recentes, da agricultura, pecuária, e finalmente o comércio. Todas essas cinco ocupações eram com frequência praticadas simultanea-

mente no sul da Escandinávia. O implemento de agricultura mais importante era o arado, do qual os Vikings conheciam muitas variedades. Havia dois tipos antigos de arôr, o cajado-arôre o arco-arôr, como também o arado

mais efetivo provido de aiveca, roda frontal e relha feita de madeira

feitas pelo homem entre os países escandinavos, e as fronteiras natu-

reforçada com ferro ou inteiramente de ferro. Alguns dos campos

de Bremen, o rei sueco Edmund e o rei dinamarquês Swein concordaram em definir os limites entre seus dois países. A linha demarcatória corria desde a extremidade norte da província de Halland (não longe da atual Gotemburgo), norte de Skane, ao longo da fronteira sul de Smaland, ao Báltico, próximo de Karlskrona. Naquela

durante os tempos Vikings; mas, através de evidências que temos da agricultura durante a Idade do Ferro (isto é, antes dos tempos dos s depoi é, (isto a Médi e Idad da e part ma últi a nte dura e ngs) Viki

rais eram formadas pelo oceano e pelo deserto. Chegando ao final do período Viking, entretanto, durante a época em que viveu Adam

época Halland, Skane e Blekinge pertenciam à Dinamarca, e Oland

eram planos e largos, outros estreitos e encarpados. Não sabemos exatamente que regiões particulares da Escandinávia eram cultivadas

Vikings), é possível pelo menos apontar as regiões que 08 Era

neses Vikings preferiam lavrar. Na Suécia a área preferida

faixa larga que ia da moderna Gotemburgo, em dc

am

ca a

seis dinamarqueses, que colocaram seis pedras demarcatórias. Naque-

E entre os dois grandes lagos, para a região malar e à E ari a ENG lago do leste o regiã a ico, Bált do lado Uppsala. Pelo

Bohuslan era norueguesa, O rio Gota era a ligação estreita da Suécia

Na Noruega, que na última parte dos tempos

à Suécia. A fronteira foi definida por uma comissão de seis suecos é

le tempo a Gotlândia era um país independente, e a província de

com O Kattegat; por toda a Idade Média os três países nórdicos se

encontraram na embocadura do rio Gota, e foi lá — conforme apren

demos de fontes literárias da Islândia, contemporâneas ou um pouco posteriores do final da Era Viking — que os reis escandinavos S encontravam em ocasiões de cerimônia, fosse nas ilhas Brann, no ramo sul do estuário, ou na ilha Dana (Danaholm), no próprio rio. * Equivalem a oitenta e cinco milhas inglesas

212

s área nsas exte as como bem ura, lavo a priada para

ie

din

as TCE

q “6 ter cem pare is férte mais ões até: o rio Gota, as regi vales de (stland, 20 lizadas em Bohuslan e Vik, mais ao norte de Trondelag. Na Dinasudeste em Rogaland, e ainda mais ã0 norte € » e Halland, no oeste marca

o arado era comumente

usado at pa dantes,

e norte da Zelândia, em Fyn e nas ilhas

e no norte da

ei erland € Vendsyssel.

Jutlândia — principalmente as regiões de a ajuda da arqueologia da Essas áreas, toscamente definidas com forem randemente (espeE Idade do Ferro e da história medieval, diferem £

ialmente no que se refere à Noruega e à Jutlândia) no relato latino cialmei

de Adam de Bremen.

assim como para muitos Outros, a prática nórdicos,

past

ipa

bear

fortemente relacionada com crenças da fertili.

am for o, mpl exe Por . iga ant te tan bas é o diss cia dên evi A

Suécia 1 pedras da Idade encontradas no norte Rd OR ental a. hadas uaado da figu do Bronze, datando de aprox

infado

Citado

ras

icultor e seu gado eram dadas uma forte ên ase fálica” quan.

era menos im

ortante do que a agricultura, é no nort

importante. E justificável quando Adam de Bem

Í

es Es as

da que nos dirigimos mais para o norte, a ag ricultura deixa ; medi-

Os animais domésticos dos Vikings eram o como 'o ge ai : neiro, a Ca , bra, O porco e também o Cachor , O Carro e q pato, Nas partes

os primeiros três sulcos no campo, dirigindo a relha e nos ei eo dentro do ventre fértil da mãe-terra. Esta é uma evidência de

2.000 anos antes do período Viking. Em nossa própria época, 1,000

anos depois dos Vikings, existem camponeses suecos de maneiras antiquadas que participam de cerimônias antigas no início da lavra da primavera, praticando ritos inventados há muito tempo atrás,

para trazer fertilidade a seus campos. Nessa época do ano, por exem-

plo, um fazendeiro sueco e sua esposa comem e bebem em compa-

nhia de seus cavalos (que puxam o arado) e dos arados nos campos,

porque é vitalmente importante, nesse período decisivo da semea.

dura, que tudo o que se relaciona com o processo esteja unido em camaradagem, para fazer contato com a gratificação do ano anterior e ficarem unidos contra as forças malignas. A dona da casa leva para o campo a bebida, um bolo e carne de porco que foi cuidadosamente guardada da festa do solstício no Natal; o bolo terá, provavelmente a forma da roda do sol; o agricultor e seus animais deverão comer

um pedaço dele, a sobra será esmigalhada juntamente com as semen tes, de modo que os fragmentos do bolo, juntamente com a semente

nova, Sejam colocados dentro do solo recém-arado. O fazendeiro traz três copos de bebidas: um para o lavrador, outro para atirar aos cavalos e o terceiro para o arado. Então a semeadura pode começar. Assim, bem antes da Era Viking e bem depois dela, a associação da agricultura com a magia religiosa persistiu.

Outros implementos de agricultura dos Vikings eram a foice, para a colheita do milho, a segadeira, para o feno, uma faca afiada,

para o corte de galhos e folhas para a forragem do gado, a pá e a enxada. Todas essas

ferramentas foram encontradas nas sepulturas suecas € norueguesas, Nos lupares de plantações existem fragmentos

do próprio milho ou as impressões dele no barro. Investigações feitas

period

a Sugerem que, em comparação com as descobertas da

io

O centeio era a colheita mais importante durante O

permita ts » enquanto que as proporções de cevada € ga

escandinavo de Po Os mesmas. A cevada era do po ils ntigaaromente , Noas sul da Escandinávia a pecuária não

214

pessoas começaram à se apossar da s regiões montanhosas baixas do leste da Noruega (os modernos campos seter) como te e que na época merovíngia (séculos VII e VIII) as árearras para caça s de agricul-

tura e caça foram largamente estendidas para dent ro da s mo nt anhas. Os cemitéri

os mais antigos de que temos conhecimento no s se te rs datam desse tempo. Nos tempos Vikings esse desenvolvimento continuou e alcançou seu ponto mais alto. No que se re fere à Noruega, no entanto, as atividades básicas das regiões montanho sas habitadas eram a pecuária nos seters, a caça e a produção de ferro. Finalmente, o quinto método dos Vikings para ganhar a vida: o comércio. Os dois principais produtos exportados para o sul da Europa, peles e escravos, são mencionados com fregiência nas fon-

tes literárias, No relatório de Ottar para o Rei Alfred sobre o comé r-

cio de peles (ver páginas 34-5) há muitos dados sobre o comércio de escravos. A vida de Rimbert conta .como, em uma visita a Hedeby, O santo viajante deu seu cavalo em resgate de uma pobre mulher “Scrava. Adam de Bremen faz fregientes referências ao comércio de escravos, nas descrições dos rus, os árabes deixam claro que os

escravos eram um de seus mais importantes (se não o mais impor-

tante) produto de comércio. O último Laxdoela Saga (o qual, na verdade, es

pelha as condições do período pré-Viking) fa z referências diretas ao comércio de escravos. A maior parte dos escravos 0 ter

sido mulheres, presumivelmente memb ros da classe Esq US adquiriam seus estoques de produtos humanos em at ad SeUsS viz

a

inhos eslavos.

Casas

Não havia um padrão úni

co de casa

inávia

Viking. Ao navadoEsc iná igasVikitrad ng.içõeAOs s and das antvia

contrário, havia vários tipos: alguns deri s a r t u o a e s a c i t á m i l c de Construção, outros em resposta ds con dições

215

os suecos conheceram

a

6

(Casa comprida”

dos di

circunstâncias naturais, tais como a disponibilidade de material de construção, etc. Países com grande disponibilidade de madeira naturalmente encorajavam a construção de casas de madeira, varian.

gueses da Primeira

enquanto que as regiões desprovidas de árvores forçavam o uso de pedras, barro e grama. Onde as florestas existiam em uma escala

durante O período Viking, a típica faze nda s compreendia vários edifícios Pequenos separad a dependência do homem dos materiais para co

do de tipo de acordo com o tipo de floresta (decídua ou conífera),

moderada, a tendência era para a variedade no tocante aos estilos

de casas, e aqui as influências externas — através de contátos de comércio, etc. — têm uma parte importante. Existem ruínas de casas Vikings na Suécia, embora sejam poucas

Idade

do Ferro — um edifício e Teses 6 norue-

de pilares livres para servirem como Suportes e co de terra que abrigavam tanto os seres human

m duas fileiras |

Elas existiram em Oland e Gotlândia no = foi quanto os animais,

e grandemente espalhadas. O local onde havia uma casa de cerca de 17,5 m de comprimento por 6,5 a 7,5 m de largura foi escavado em

sem à mão, uma vez que essas unid ades pequenas prestam. à construções principalmente em madeira, E me pe, 0 barro, a grama é OR pilares são adaptáveis a constr uções tal como a da “casa comprida ou grande salão. Variações de am bos os tipos

as paredes eram feitas de toros com enchimento

cidades como Sigtuna eram usadas casas pequenas de madeira cons-

Levide, Gotlândia. O teto era apoiado em pilares internos livres e de taipa. Casas

Vikings desse tipo também foram encontradas nas ilhas Aland. Rela. cionado a isso, existe um local no “Triângulo”, em Sigtuna, de uma pequena casa quadrada com paredes de varas colocadas ladoa lado (sobre uma base de madeira) através das quais o vime era tecido

horizontalmente para segurar um reboco de barro. Em Glia, perto

de Estocolmo, as ruínas de uma pequena construção externa sem lareira foram escavadas, mas infelizmente não é possível dizer a que tipo de casa pertence — suas paredes poderiam ter sido de taipa com ou sem uma viga para servir de fundamento, ou de alguma forma mais robusta de trabalho em madeira. Outra descoberta — provavelmente do período Viking = desta vez perto de Onbacken, Halsingland, mostra uma grande casa retangular feita de troncos de árvores colocados juntos, com

acabamento

externo de grama,

mas também há incerteza quanto ao tipo representado. No lago Tingstâde, na Gotlândia, há um forte de madeira, peculiar, possivelmente da Era Viking, chamado o “Baluarte”, com estruturas primitivas de madeira, em parte lembrando as casas de toros emoldu-

radas (veja abaixo) e em parte lembrando aquelas com cantos for-

mados pela justaposição de paredes de tábuas horizontais. Cantos de madeira da Era Viking foram também encontrados em Sigtuna.

Essas e outras descobertas têm estabelecido os amplos limites das

construções Vikings suecas. Como se poderia esperar de um país

com vastas florestas, havia, em adição à casa de taipa, vários métodos de construção em madeira: paredes de toros horizontais juntando-se tab Justapostos; casas com moldura de toros nas quais O ento horizontal era colocado entre madeiras estruturais

Com paredes formadas de aduelas ou pranchas colocadas vertical»ment e. No período pré-Viking

de casas eram conhecidas na Suécia durante os tempos Vikings. Em

truídas umas perto das outras, Embora as descobertas arqueológicas esclareçam menos sobre a

construção de casas dos dinamarqueses do que sobre a dos suecos, certas suposições podem ser razoavelmente aceitas. Por exemplo, se

a casa comprida tradicional da Jutlândia, mencionada acima, da Idade do Ferro, era comum na Noruega e nas colônias do Oeste,

é provável que ela tenha sido usada na Dinamarca. Ruínas de tais

casas deverão ser encontradas mais cedo ou mais tarde. Também há ruínas de casas inteiramente construídas de madeira na Dinamarca: as grandes construções dentro do campo militar de Trelleborg. As

casas de Fyrkat e Aggersborg, por outro lado, são de taipa nos lados

compridos

e de entabuamento horizontal nas extremidades das

empenas. À solidez das construções nas fortalezas foi, sem dúvida, planejada para o uso da guarnição, mas há também alguma evidência disponível sobre moradias comuns. Sob Aggersborg foi encontrada

uma aldeia na qual as casas lembravam aquelas dos campos— Com lados longos e curvados — mas em uma escala muito menor, € Fm casas

tinham

também

construções externas Ra

a

Lindholm Hgje, perto de Aalborg, foram encontradas EE E E das e retangulares e estábulos. Um exeníplo na uma câma-

Os tijolos não-cozidos e semelhante à ps

ra mortuária em um túmulo ao norte de fo enco

de um edifício de aduelas

ram

n

em Lund, Skane. Finalmente, em ea

vários tipos de pequenas casas de cida

di

Eid nescentes

E St. Maria Minor,

escavações descobriram

a de taipa, edifícios

angular, a extremidade

da es tr ei ta ex â tr em id ad e a pranchas da, ad ue de la s mais larga de cada uma sendo encaixa duas de as it fe é, to is , as pl du m a r e s e pared s a j u c s a s a c e , Próxima a RR

217

is, tais como a disponibilidade de m im TR com prande disponibilidade de mae naturalmente encorajavam a construção de casas de madeira, Varian.

ou coní (dec de flor o tipo com acor de de tipo do fera esta ídua do ) “enq

uanto que as regiões desprovidas de árvores forçavam o uso do

dras, barro e grama. Onde as florestas existiam em uma escala moderada, a tendência era para a variedade no tocante aos estilos de casas, e aqui as influências externas — através de contátos de

os SUECOS conheceram a “casa comprida”dos 1 dinama gueses da Primeira Idade do Perro Ida” umdosedifíc i

de pilares livres para servirem como suportes Pl de terra que abrigavam tanto os seres fi

a ândi Gotl e d Olan em m tira exis Elas

duas fileiras

manos q

durante o período Viking, a típica faze d

compreendia vários edifícios pequenos ins ns Provavelmente

comércio, etc. — têm uma parte importante.

Existem ruínas de casas Vikings na Suécia, embora sejam poucas

e grandemente espalhadas. O local onde havia uma casa de Cerca de 17,5 m de comprimento por 6,5 a 7,5 m de largura foi escavado em

Levide, Gotlândia. O teto era apoiado em pilares internos livres e as paredes eram feitas de toros com enchimento de taipa. Casas

Vikings desse tipo também foram encontradas nas ilhas Aland, Rela. cionado a isso, existe um local no “Triângulo”, em Siptuna, de uma

pequena casa quadrada com paredes de varas colocadas lado:a lado (sobre uma base de madeira) através das quais o vime era tecido horizontalmente para segurar um reboco de barro. Em Glia, perto

de Estocolmo, as ruínas de uma pequena construção externa sem lareira foram escavadas, mas infelizmente não é possível dizer a que tipo de casa pertence — suas paredes poderiam ter sido de taipa com ou sem uma viga para servir de fundamento, ou de algu ma

forma mais robusta de trabalho em madeira. Outra descober ta — provavelmente do período Viking = desta vez perto de Onbacken , Halsingland, mostra uma grande casa retangular feita de troncos

de árvores colocados juntos, com

mas

também

há incerteza quanto

acabamento

externo de grama,

ao tipo representado.

No lago

Tingstáde, na Gotlândia, há um forte de madeira, peculiar, possi velmente da Era Viking, chamado

o “Baluarte””, com estruturas

primitivas de madeira, em parte lembrando as casas de toros emolduradas (veja abaixo) e em parte lembrando aque las com cantos for-

mados pela justaposição de paredes de tábuas ho rizontais. Cantos de madeira da Era

Viking foram também encontrados em Sigtuna. Essas e outras descobertas têm estabelecido os amplos limites das

construções Vikings suecas, Como se poderia espe rar de um país

em ângulos Justapostos; casas co m moldura de toros nas quais O retas; e finalmente ag “é era colocado entre madeiras estrutural $ d as ou Casas -barr is”, com paredes formadas de aduel pranchas coloc 216

adas verticalmente: No período pré-Viking

o barro, a grama e os pilares são adaptáveis à a da “casa comprida” ou grande ndo Nas de ER de casas eram conhecidas na Suécia du rante os tempos Vikings. Em cidades como Sigtuna eram usadas casas pequenas de madeira construídas umas perto das outras.

Embora as descobertas arqueológicas esclareçam menos sobre a construção de casas dos dinamarqueses do que sobre a dos suecos, certas suposições podem ser razoavelmente aceita s, Por exemplo, se

a casa

Idade

comprida

do

tradicional da Jutlândia, mencionada acima, da

Ferro, era comum

na Noruega e nas colônias do Oeste,

é provável que ela tenha sido usada na Dinamarca. Ruínas de tais

casas deverão ser encontradas mais cedo ou mais tarde, Tamb ém há ruínas de casas inteiramente construídas de madeira na Dinamarca: as grandes construções dentro do campo militar de Trelleborg. As casas de Fyrkat e Aggersborg, por outro lado, são de taipa nos lados compridos e de entabuamento horizontal nas extremidades das empenas. A solidez das construções nas fortalezas foi, sem dúvida,

planejada para o uso da guarnição, mas há também alguma evidência

disponível sobre moradias comuns, Sob Aggersborg foi encontrada uma aldeia na qual as casas lembravam aquelas dos campos — com

lados longos e curvados — mas em uma escala muito menor; e essas

Casas

tinham

também

construções

externas

semi-escavadas. Em

Lindholm Hgje, perto de Aalborg, foram encontradas casas compridas e retangulares e estábulos. Um exemplo de construção em

08 tijolos não-cozidos e semelhante à paliçada é dado por uma FERE

ta mortuária em um túmulo ao norte de Jellin g, € OS ii MES de um edifício de aduelas foram encontrados sob St. esco

em Lund, Skane. Finalmente, em Hedeby, ni a, ed if íc eios taip de a, cas cid as de cas ade pe as : de qu ti en vá po as ri s os d ? peq cais de corte triangul à exar trem ,idade

e aduelas com pranchas verticais de da à extremidade est reita da mais larga de cada uma sendo encaixa é isto é, feitas de duas

Próxima, e casas cujas paredes eram duplas, ME

217

camadas de entabuamento amarrados em cada lado dos pilares estru.

cais. Outro

material usado nessas regiões era q grama. A erEns extensões de pastos das ilhas atlântica

turais retos.

Aparentemente a moradia dos camponeses dinamarqueses s; m, co a as “c a um de , ng ki Vi o od rí pe mo ti úl o e nt desenvolveu, dura prida” simples, compartilhada por homens e gado, em várias edifica. cões — celeiro como tornou

- construção,

terra, e outras finas e resistentes, como um tapete. A madeira aparece

em alguma extensão porque, embora as ilhas fossem desprovidasd e árvores, o mar produzia uma provisão de madeira flutuante sufi ciente para a construção de casas. É rarament |

um do ro e ss De . lo gu ân um do an rm fo dois paralelos ou três e outros armazéns foram acrescentados às “casas compridas” a se nd ze fa a a rm fo a ss De s. re s no te me en nd pe de in es ad id un gradualmente uma série de edificações, de forma que, mesmo .

o plano quadrado, de quatro elementos, era conhecido no último período da Era Viking — como foi mostrado pelas escavações em

Lindholm Hgje no norte da Jutlândia. Na Noruega, a “casa comprida” dinamarquesa, construída este. oeste nas linhas já descritas, apareceu no sudoeste (Rogaland e Lista) no período de migração. Sítios da Era Viking foram encontrados em Langset e Nygard, em Gudbrandsdal. Lá encontramos grandes

edifícios retangulares, de cerca de 16,5 por 7 m,e 24,5 por 16,5m,

nas quais uma pedra era a base para paredes de madeira com enchimento de barro, e o teto se apoiava em pilares livres internos. Elas eram, presumivelmente,

as casas de fazendas dos capitães. Uma

fazenda semelhante a essa foi identificada em (Qvre Dal, mas ela não pode ser- definitivamente datada do período Viking. Todas essas casas, em locais com florestas do este da Noruega, eram presu-

mivelmente construções de aduelas ou de toros horizontais que se

juntavam e se justapunham nos cantos. Incidentalmente o madeira-

mento nos cantos, embora de forma primitiva, é também ilustrado na câmara mortuária do navio de Gokstad (aproximadamente do ano 900).

|

Casas Vikings fora da Escandinávia são muito mais raras no Este do que no Oeste. Alguns edifícios pequenos com madeiramento nos

cantos foram encontrados na Rússia durante as escavações no Velho Ládoga (Aldeigjuborg); uma casa de fazenda, em Novgorod, mostra sinais de uma técnica semelhante, como também algumas câmaras mortuárias na Ucrânia. No Oeste, casas Vikings são conhecidas não da Inglaterra, Normandia ou mesmo Irlanda, mas de algumas ilha s escocesas, as Feroé, da Islândia e da Groenlândia. Nessas áreas O

clima é úmido e ventoso e não há florestas. Os construtores, portanto, tiveram que usar outros materiais que não a madeira. Desses,

O primeiro era a pedra. Nas ilhas Órcades e Shetlands eles usaram pedras naturais planas ou lajes, que se prestavam admiravelmente

para paredes construídas sem ar

das pedras do campo o

218

gamassa. Nas Hébridas eram ut

iiza-

- blocos de lava; na Groenlândia, lajes natu-

ama para

algumas delas sólidas, durávei

.

locais dutávais da Era Viking nas ilhas : Hébridas, ) Ôrcados ) Shetlaand ndos e Feroé; deve-se, usualmente, traçar interferências das prátic asco d 2 “ca a sa que é usu al cre nça A tem pos . construção dos últimos 21 prida” 409 VikVibiing foi trazid a da parte oci+dental da Escandinávia parMi-a essas ilhas, onde elas continuaram por séculos, A “casa comprida” construída de pedra de Jarlshof, Shetland, foi continuamente aumentada por todo o período Viking. Estamos melhor informados sobre a Islândia, onde grandes locais foram descobertos e datados do último período Viking. Exemplos são as ruínas de Hofstaôir, perto de Myvatn, no norte da ilha (que já.

se acreditou que fossem as ruínas de um templo pagão), e o local em Skallakot, em Thjorsardalur, não longe de Hekla, no sul. HofstaSir

era uma “casa comprida” imensa, de 35,5 m de comprimento, construída no sentido norte-sul com paredes grossas é ligeiramente curvadas e uma lareira no centro. Na sua extremidade norte havia um

pequeno aposento, separado do salão, com uma porta que se abria

para fora. O salão tinha uma porta na de leste. Em Skallakot, também, havia da”, de 25,5 m de comprimento, com truídas de grama, com largura de mais

extremidade norte da pareuma “grande casa compriparedes inteiramente consde 2 m e tão curvada que

a casa era quase de formato oval. Havia também uma lareira para

O langeldar no centro do assoalho. O escavador, Aage Roussell, res salta que o gado não era conservado nessa “casa comprida”, de modo que,

presumivelmente,

os Vikings

tinham construções externas

ou currais. Ele diz ainda: “Um comprido aposento central,O skdli (salão) servia

como

sala de estar, jantar e de dormir; a alimenta-

ção era preparada numa das extremidades dele, talvez atrás de a tabique de madeira”. Nesse aposento comprido foram encon ci a

duas fileiras de orifícios feitos com pedras, onde foram en ermana” Os pilares que serviam de apoio ao teto. Os langpallar Sd

er

da parte central e eram divididos por iai mando compartimentos para dormir. O sk ar

ÃO

laterais) tinham

de número

assoalho colocados em um nível mais alto q

de pessoas para festas, mas €

raeserespondo às

de fumaça. Essa moradia de um só aposento *

É

219

recentes casas de modelo antiquado das ilhas Órcades, Hébridas :

elas de nenhum tipo e mesmo hoje há casas co nelas nas ilhas Hébridas. Sem dúvida, as janelas a pareceram primeiro nas casas de madeir e no iníci O

der o plano da “casa comprida” pela adição de aposentos ao skáli

É possível que os Vikings tivessem algo desse gênero em suas casas de madeira, mas nós não temos evidências a respeito disso,

descrições

feitas nas sagas (que

Idade Média), mas combinam

claramente

muito bem

se aplicam Somente à

com

as condições das

Shetlands. A verdade deve ser, conclui Roussell (e, acertadamente penso eu), que na Islândia logo se desenvolveu a idéia de sc esten.

— vestíbulo, eldhus (cozinha), copa e banheiro, criando assim um

padrão totalmente novo: a “casa comprida” medieval com anexos Não foi senão bem mais tarde, no século XIV, que a chamada “caça.

passagem”, com aposentos construídos dos dois lados do corredor

começaram a existir.

As escavações de Poul Nórlund, na Groenlândia, desenterraram

locais de casas do último período Viking e da Idade Média; a própria fazenda de Eric, o Rubro, foi escavada — em Brattahlid, no “Povoamento do Este”, e isso mostra que o primeiro modo de cons truir casas na Groenlândia foi a “casa comprida” com um único aposento — o skili; mais tarde foram acrescentados outros dentro

do espaço disponível, Além de Brattahlid há o grande salão em Hvalsey, também no Povoado do Este; o skáli de Eric, o Rubro, media aproximadamente 15 m de comprimento por 4,80 m de largura, com sólidas paredes de grama com espessura de mais de 3 m: um canal de pedra conduzia água por toda a extensão, desde a parede de trás. O skáli de Hvalsey era de 14 por 4 m. Na Groenlândia como na Islândia, várias construções externas pequenas foram gradualmente sendo acrescentadas, e, finalmente, na Idade Média, esse padrão foi substituído pela “casa-passagem” que garantia melhor

proteção contra o frio. A “casa-passagem” pode ter-se originado

na Groenlândia, mas não antes que o período Viking tivesse chegado

a seu final. Desta casa, até o último tipo, a grande “casa central”, com todos os seus aposentos concentrados em um grande bloco, desenvolveu-se na Groenlândia no decurso da Idade Média. É estra-

nho que a maior parte do nosso conhecimento sobre as casas escandinavas nos últimos tempos Vikings e na Idade Média deva ser der io da distante Groenlândia,

Ma pergunta que pode ocorrer a Visualizar

qualquer

pessoa

que tente

0 Viking em casa é: sua casa tinha janelas? Não sabemos

q certeza; nem a arqueologia nem a literatura oferecem indícios esclarecedores,

CO

+

Assume-se

tenha aaa

Rc

» Beralmente, que as janelas não aparece-

como “vidraça”, AS Ei co

da Idade Média, e

sr

até que o vidro

de porcos e membranas fetais serviam compridas do noroeste da Escandinávia,

“+ CHHS Brossas paredes feitas de pedras, terra e grama, não tinham

220

a,

eram, provavelmente, estrei.

tos orifícios usados para espreitar, protegidos por gelosias internas

Estrutura social Vejamos agora a organização social dos Vikings: a divisão de sua sociedade em classes, a importância da família, a posição da mulher, o poder do rei, O código de leis. Podemos partir do famoso

em islandês antigo (talvez influenciado por idéias celtas) chamado Rigspula (A Canção de Rig). Ele conta as origens das classes sociais em uma história com três repetições do conto popular, os incidentes divididos por listas de nomes. De acordo com a prosa introdutória

do poema,

Rig é idêntico ao deus Heimdal, Ele está viajando para

longe. Primeiro ele chega a uma casa de campo com uma porta entre-

aberta e uma fogueira no chão, onde vive um casal cansado e esfar-

rapado, Ai (o bisavô) e Edda (a bisavó), que oferecem a comida de

que dispõem: “pão sujo, granuloso, espesso e cheio de cascas”, mas

com uma tigela de sopa e vitela fervida. Ele os aconselha e vaí para a cama com eles; fica por três dias e noites, e nove meses depois Edda dá à luz um filho, Thral (servo) de quem é dito que “a pele de suas mãos era entugada, os nós delas inchados, suas unhas curtas, seu rosto feio, seus dedos grosseiros, suas costas curvadas e seus calcanhares compridos”, mas era um bom trabalhador. Depois chega a à fazenda uma garota chamada Thir (serva): “suas pernas Rm 7 nte Sci iz nar seu sol, pelo s mado quei os braç seus s, seus pés sujo Esses dois produzem filhos, um bando inteiro deles, qem fi a

ré são s nome seus os s todo e , avos escr de lia famí nos, uma

dos. Eles fazem os trabalhos mais duros, cuidam A porcos é dãs ta a é s cerca cam colo cabras, adubam os campos, Novamente Rig está viajando. Ele chega a um sá pe ERREI

(o avô) e Amma

(a avó), ambos trabalhando.

cobrindo a testa e uma barba bem cuidada e com um

está habilidosamente construindo um tear; el em torno o lenç um os, ombr os e sobr | JA linho nos cabelos, está virando a roca é eles conselhos, vai para a cama com eles Depois de nove meses, Amma tem um

a

Ep

do pescos irando a agulha. Bº rte depois de is um menino lhos brilhantes.

Karl (camponês), vermelho, robusto € “si

cards pô

ao de

Rigig dád: a três dias. chamado Ele ama

221

seu trabalho: cuidar do gado, lavrar, construir casas de Madeira

levantar celeiros, construir carroças é seguir O arado, A seguir Chega

uma noiva para ele: “com as chaves da casa e usando uma jaqueta

de pele de cabra”. na canção, e eles se E de novo Rig a direção sul; sua

Eles têm muitos filhos cujos nomes sgo listados | tornam a estirpe camponesa. está viajando. Ele chega a um salão voltado para porta, decorada com anéis, encontra-se aberta,

Ele entra. “Havia lá um casal sentado no chão, que estava cheio de vergas

olhando um para O outro, seus dedos ocupados — Fadir (o pal) é

Modir (a mãe). E o grande fazendeiro torcia uma corda, cur vava

um arco, fazia flechas; enquanto isso, a esposa olhava para seus próprios braços, afofava suas roupas, endireitava suas mangas. No

seu peito havia um broche, sua roupa era azul, sua capa reta, sua cauda longa. Seu peito era belo, sua testa mais bela ainda e seu

pescoço mais branco do que a neve recém-caída.” Rig os aconselha, “Modir apanhou um pano de linho claro e cobriu a mesa; então ela apanhou pão fino, de trigo, e colocou sobre a toalha, Em tigelas adomadas de prata, ela serviu came de porco e de aves. Havia vinho

no jarro; a caneca de prata era pesada. Eles beberam e conversaram, o dia estava se acabando.” Rig foi para a cama com eles, ficou por irês dias e noites, e depois de nove meses Modir teve um filho, Jarl (conde) e o emb rulhou em sedas. “Seu cabelo era loiro, suas bochechas bril hantes,

seus olhos tão penetrantes quarto os de uma serpente jovem”. Jarl cresceu; fez arcos, cavalgou, caçou: é um bom guerreiro e nadador. Rig encontra-se com ele, ensina-o runas, dá 2 ele o seu pró prio nome e o convida para tomar posse de suas antigas propriedades. Imediatamente Jarl vai para a guerra; ele esporeia seu cav alo, fere com sua

espada, faz a guerra, mancha a terra de sangue, mata seus inimigos. Então ele ganha dezoito fazendas, e dá ricos presentes em ouro e

cavalos para seus amigos. Casa-se com Ema, a filha de Hersi: bonita, e e sábla, suas mãos são

delgadas. Eles tém filhos (cujos nomes O dados), os meninos tão valentes quanto o pai, espe cialmente O

mais jovem, Kon (“rei”). Ele aprende a ler runas da sorte e da vida, e discute os mistérios rá

abrandar as

nicos

com seu pai. Logo ele é capaz de

suácia é valor.. + é n esse ponto a cançção " aud de Rig & seSe ij nterromp e, O

Este poema pitoresco distingue os trés Viking — O servo, O camponês e o conde. são interessantes: Os meninos-servos, Homem do Gado, Estúpido, Desajeita Feio, Grumoso, Gordo, Preguiçoso, Tri

longas. As meninas-servas são Grumosa, iei Faladeira, Nariz Sujo, Briguenta, Saia Os filhos dos camponeses têm nomes mais dignificantes: Homem

Livre, Guerreiro, Bravo, Largo, Ferreiro, Colono; e as garotas:

Rápida,

Noiva,

Esposa,

Mulher,

Tecelã, Ornamento, Modesta. E

dos filhos do conde ficamos sabendo que Bur Cfilho”) era o mai s velho, e os outros eram Criança, Jovem, Nobre, Herdeiro, Estirpe

Descendência,

Filho, Moço, Kin e Kon, o mais jovem: todos eles

praticavam esportes. É a-canção termina esquecendo-se de dar os

nomes das filhas do conde. Nessa linguagem vívida, as três classes da comunidade Viking são descritas. Na classe mais alta, o rei, escolhido pelos chefes, é

primus inter pares, o primeiro entre seus iguais. Conhecemos essa

situação pela descrição de Tácito dos povos germânicos, de aproximadamente 100 d.C. Lá aprendemos que o poder do rei era limi-

tado pela assembléia do povo, isto é, dos homens livres. Era difícil,

virtualmente impossível, que o rei tomasse uma decisão em oposi-

ção à assembléia dos capitães, que eram seus iguais em tudo, a não

ser no nome. Nos primeiros tempos Vikgins, quando o Norte era dividido em muitos clãs livremente associados, um chefe tornou-se

rei simplesmente pela nomeação de um grupo de outros chefes.

Nos últimos tempos Vikings, quando a monarquia se tomou um instrumento mais poderoso, a regra tornou-se a herança ao invés da nomeação. Muito significativa no modo de pensamento do início

do período Viking do final do século na margem do rio guntou: “Qual é o

foi a resposta dada pelos Vikings X a um mensageiro dos francos. Eure, na França, saudou os navios nome de seu mestre”? “Nenhum”,

“somos todos iguais.”

dinamarqueses O mensageiro, Vikings e perfoi a resposta,

Depois do rei, mas perto dele em posição, estavam os jarlar (con-

des) que possuíam riqueza suficiente em terras € pc

terem um corpo de housecarls, possuírem navios e pie

Re

tar sua importância. De seu modo de Fido aro creo is s e

pelo Rigspula. Para eles a família e as propriedades hereditárias, q

istência exi sua de centro o eram velho, mais filho o para passavam

223

como mostram os significativos nomes dos filhos dos Condes no Kina da espinha dorsal dos povos Vikings era a classe camponesa — de poucas possessões, mas homens livres. No Rígspula o primeiro dos filhos do camponés é chamado “Homem Livre”, o seguinte

“Guerreiro”, e somente bem para o final da lista vêm nomes como “Ferreiro” ou “Colono”. Nas duas classes sociais superiores, condes

e camponeses, as mulheres gozavam de alta estima e inteira liber. dade, como atesta abundantemente a literatura escandinava, Por fim os servos, os escravos, necessários à comunidade mas

pouco considerados por ela. Das condições de vida do Servo, grau de

independéncia, direitos (ou melhor, da falta deles) sabemos pouco, mas é claro que ele era pouco mais do que um escravo. Matar um

servo não era um crime maior.

|

Nosso conhecimento dos sistemas. legais da sociedade Viking é

exíguo: fontes primárias contemporâneas são quase que inteiramente inexistentes. Alguma coisa pode ser deduzida a partir de textos legais

e da literatura do início da Idade Média (pós-Viking), mas tais con-

clusões devem ser consideradas com cuidado. Temos um extenso conhecimento apenas no que se refere à posição na Islândia. Entre-

tanto, o que pode ser positivamente avaliado sobre todos os países

nórdicos é que as leis Vikings eram baseadas nas ações da instituição chamada Thing — a assembléia dos homens livres. | Nos tempos Vikings a Dinamarca era dividida em várias centenas de regiões (heruô, em antigo escandinavo), cada qual com sua pró. | pria Thing. A Thing era uma reunião de homens livres em idade é

qualidade para pegar em armas, que se encontravam é colocavam

as leis em vigor, pronunciavam julgamentos e discutiam assuntos

de interesse dentro da comunidade. A lei era consuetudinária, pas-

sada adiante oralmente de uma geração para a outra, era, portanto, de

responsabilidade dos membros mais velhos “da Thing lem brá -la s e preservá-las, sua memória apojava-se nas fór

mulas aliterativas, nas

quais eram expressas em palavras.. A punição por assassinato ou a = violência era baseada em uma escala de pagamentos com-

de mtbrios (mannboetr); o castigo inteiro era cobrado pelo crime

* matar um homem ou por cortar o seu nariz; a metade, por tirar

um olho; um quarto, por uma orelha, etc, O julgamento era pronunciado pelos membros da Thing, mas o c u m primento da pena era algumas vezes bast ante difícil. Em uma contenda entre uma família

dificuldade. Essa era uma fraqueza essencia] no sistema legal O primeiro elemento da palavra heraô é talvez hery (Cexércit Ss

do antigo escandinavo, e a palavra pode ter se originado em ai )

obrigação de fomecer

uma quota de puerreiro

de guerra. No último periodo Viking as decis

a escolha do rei, declaração de puerra ou problemas fundamentais

de justiça — eram alcançadas nas grandes asse mbléias regionais chamadas

Landping, que aconteciam em Viborg, na Jutlândia, Ringsted

na Zelândia, e Lund, em Skane,

Disputas complicadas eram com frequência decididas por duel os (hólmganga) travados segundo regras tradicionais elaboradas, ou

por jármburôr (prova de fogo — ordália), uma aprovação de que o caso era para ser decidido pela lei da força superior ou pelo julpamento dos deuses. O roubo era um crime perigoso porque o castigo

era a forca — não por causa de algum ponto de vista moral, mas sim por causa da suposição de que o culpado, evidentemente sendo (pela

natureza de seu crime) um homem pobre, somente poderia pagar

com sua própria vida. A punição mais pavorosa era o banimento,

e aqueles que se recusavam a aceitar a decisão da Thing local e cujo caso ia, portanto, à corte superior do Landping, arriscava-se a essa

sorte terrível. Era impossível viver por muito tempo como um pros-

crito da comunidade, isolado, privado dos direitos legais, rejeitado pelos companheiros; só havia duas escapatórias, fugir do país ou

morrer, O homem

que respeitasse e obedecesse as tradições não-escritas Vikings e as leis que existiam desde os tempos imemoriais nada tinha a temer. Sc ele tivesse “boa sorte” poderia esperar apreciar uma vida próspera e variada. No verão, um conde ou um capitão poderia organizar e liderar um ataque Viking, ou juntar-se com outros para semelhante e lucrativo, voltando no inverno

um empreendimento

carregado do material saqueado. Ou ele poderia tornar-se um comerciante por sua própria conta. Quando ele se encontrava em casa, tinha de cuidar de sua propriedade, poderia servir como juiz nã Thing, e, como um sacerdote, fazer-se responsável pela verificação

de que as formas públicas de adoração fossem corretamente observadas.

2

edi

asda

Na Dinamarca prevaleciam também condições semelhantes às a Suécia: uma comunidade fortemente integrada bascada E LS

hereditária de terras, governada

pelas leis e hábitos Ep

forme ditadas pelas Things, responsabilidade nodes Toda de homens e navios em tempos de guerra, € e dl timo princípio,

sempre sujeito à aprovação do povo. À respeito do

225

a biografiaA de Ansgar nos diz, com efeito, que as questões maiores i s pela vo nt ad e d ci di da pel s o Co ns el eram de em ho Bi rk ma a, p o teal. Mais tarde, devereis mos pe tratar dos doisO Pocovo n. do

que a

por decret dad

do comportamento Viking: sorte e honra,

Vém da Suécia algumas informações interessantes sobre Os duelos

como um método para resolver disputas de honra entre indivíduos

ou famílias. O fragmento de lei mais antigo da lei sueca revela o Orgu-

lho e a sensibilidade dos Vikings, e a brutalidade de sua crença no

direito do mais forte. Esse fragmento declara que, se alguém insultar seu vizinho dizendo “Você não se parece com um homem e nem

possui um coração de homem”, ou “Eu sou um homem tão bom quanto você”, então os contendores deverão ser convocados para

um lugar onde três estradas se encontram, Se o ofensor comparecer, mas o ofendido faltar, então este último deverá ser considerado como merecedor dos epítetos a ele dirigidos; sua honra é manchada ' e não mais será permitido que ele faça um juramento ou que sirva como testemunha, Entretanto, se o acusado comparecer, mas não o seu agressor, então o primeiro gritará três vezes: “Covarde!”,

fazendo uma marca no solo. O acusador é desprestigiado por não sustentar o que disse. Se os dois homens se encontrarem, lutarem

e o agressor morrer, tudo estará bem: o crime em palavras é a pior

ofensa possível, e uma língua solta trouxe a sua morte. É aparente

que se abusava do duelo, como aconteceria mais tarde na França e na Alemanha, | Na Noruega, existia o mesmo padrão de vida social: Things locais para cada bygô ou região, e outras regionais para posições mais

dlite de um exército maior, A Islândia não possufa rei, Sua Org

ascada na prática do oeste na Noruega, nas teor

elotidos

|

na lei posterior do Gulaping. Uma Conti nas Things foi aceita por toda a ilha a partir de 930, Em RN a Thing comum, a Althing, era convocada, o divulg todo ve % ador taco

as leis, mas o poder real era exercido pelos sac erdotes-capitães. os godar.

Subsequentemente a ilha foi dividida em quatro partes (fjórdungar), três com três Things locais, e a out ra com quatro

Como os g06ar eram ao mesmo tempo sacerdotes e chefes temporais,

seria mais próprio descrever o Estado livre da Islândia como uma

oligarquia, uma união de capitães sem rei, | Antropologia Viking

Embora a antropologia nos tenha fornecido algumas indicações

a respeito do tipo humano a que os Vikings pertenciam, os esqueletos dos locais de povoamento e das sepulturas que foram examina-

dos e avaliados não fomecem dados satisfatórios, em parte porque

os remanescentes são poucos, e em parte porque há dificuldades de serem datados com exatidão. Nesse aspecto a Dinamarca é melhor

do que a Noruega e a Suécia, embora somente cerca de cingienta esqueletos dinamarqueses, que foram sujeitados a testes antropoló-

elevadas para fazer face aos problemas maiores, e que ficavam sob

gicos, vieram de sepulturas datadas com certeza do período Viking. Na Noruega, aproximadamente sessenta remanescentes foram tes-

na Dinamarca, o indivíduo, com

datados com certeza como Vikings. Na Suécia, o material, além de

a orientação de chefes e homens idosos e experientes: aqui, como

obter compensação fontes primárias de Viking não existem, dos códigos de leis

o apoio de sua família, tentava

por injúria (mannboetr). Da Noruega, também, informação sobre a organização legal da Eta e temos que confiar em deduções tiradas a partir medievais posteriores, aqueles do Frostuping e

tados, mas somente um pouco mais da metade deles puderam ser

ser escasso, encontra-se grandemente espalhado. Alguns dos esque-

letos avaliados do cemitério de Skeljastadir, na Islândia, são sem

dúvida da Idade Média. Os esqueletos dinamarqueses, na maioria das vezes, possuem

do Gulaping, os quais, de acordo com as sagas, foram traçados por

crânio longo" (dolicocéfalo) do tipo usualmente chamado iris

podemos concluir que na Noruega, como na Dinamarca, era obriga:

mente oblíqua, órbitas dos olhos baixas. A altura dos homens p do ter sido ao redor de 5 pés e 8 polegadas (1,70 m), ja doa

Hakon, o Bom, para Trondelag e Vestland, respectivamente. Deles

ção de cada região arrecadar o leidangr, um imposto de homens e navios para a defesa comum nas emerpências nacionais. Como na Dinamarca e na Suécia, o poder do monarca era limi tado pela vontade soberana do Povo que se expressava nas Things. Seria errado,

a entanto, subestimar a posição real entre os Vikings. O corpo de ousecarls do rei, a hirô, que

originalmente havia sido pouco mais

226

um crânio delgado, graciosamente formado, a face baixa é Ea

material de Trelleborg descobriu muito desgaste na coroê o: fecal

. mas com uma baixa incidência de cáries (menosO de ao geral Sueco é insignificante demais para permitir qutos is do que os Vikings mas parece que os Vikings suecos eram grs ss e dida e qu a nç re fe di — a i v á n i d n a c s E da do oeste io pc cé ex ra tu al a e br so as ic áb ar s õe aç ar cl de as hoje e que confirma

227

nal dos rus. Dos crânios masculinos noruegueses, mais de três quar-

tos deles são longos, cerca de um sexto, médios, e poucos (aproxima.

damente 1/14) são curtos. Dos femininos, cerca da metade sgo lon.

gos, um terço, médios, e um décimo, curtos. Desses números parece

que as mulheres Vikings norueguesas mostravam menor tendência

para terem crânios longos (dolicocéfalos) do que seus homens,

Estudiosos intrópidos podem tentar explicar essa diferença pela suposição de que os noruegueses obtinham muitas de suas mulheres

em seus ataques aos países celtas, como a Irlanda; mas, em minha

opinião, o material norueguês (cuja data, em todo caso, é duvidosa) é por demais exíguo para oferecer resultados estatisticamente satisfatórios. Tudo o que se pode dizer com certeza desses cingiienta e cinco crânios masculinos e trinta e cinco crânios femininos noruegueses

é que eles pertencem ao tipo nórdico. O material da Islândia revela um crânio mais curto do que o dinamarquês e o norueguês, fato que o estudioso islandês Jón Steffensen atribui à influência dos irlandeses*. De acordo com

o Landnámabók,

84%

dos coloniza-

dores islandeses vieram da Noruega, 3% da Suécia, e cerca de 12% das ilhas britânicas. Dessas proporções espera-se uma conformidade maior entre o crânio norueguês e o islandês do que há, e Steffensen

está, portanto, disposto a acreditar que o elemento irlandês entre os primeiros habitantes da Islândia era um número muito maior do que aquele dado pelo Landnámabók, Entretanto, o material islandês

não pode ser inteiramente atribuído ao período Viking, e é com certeza pequeno demais para permitir qualquer uso estatístico substancial, Com base nas evidências disponíveis, a altura média dos

islandeses parece ter sido de 5 pés é 8 polegadas (1,70 m). Uma deduç

ão curiosa dos exames dos ossos da canela das pernas das mulheres islandesas era que deviam se sentar com muita frequência na posição de cócoras. Há sinais de tuberculose, mas os dente s são fortes e saudáveis, embora as coroas estivessem desgastadas — prova:

velmente, de acordo com Steffensen, por caus a da areia no peixe Seco € na came seca qu e eles comiam,

Aparência

Qual seria a aparência B O que não daríamos s p para ter um retrato contemporâneodos Vikings?

de Olaf Tryggvason, ou Harald Dente

228

Azul, ou Eric, O Vitorioso? Tudo o qu e temos são madeiras ocasionais ou osso

s entalhados em forma de cabeças. representadas de

tal maneira como a sugerir que são retratos, Há tr ês cabeças ao redor da carruagem norueguesa de Oseberg (veja 1), 23 4) e uma pequena

cabeça de homem, de osso, de Sigtuna, na Suécia (NM . 23b). Por certo que existem muitos outros entalhes de cabeça humana, mas elas são máscaras mágicas para afastar os espíritos malignos ou para serem

usadas como temas em peças de decoração, e não podem, portan-

"to, ser consideradas como tentativas da arte retratista, Duas das cabeças de Oseberg (as de barba) parecerm-me expressões conscientes

de um propósito artístico. Elas me dão a impressão de serem mais

do que representações naturalistas, e embora o artista usasse modelos para o seu trabalho — velhos capitães em humor benigno — ele

parece ter desejado oferecer mais do que uma mera semelhança, Não

hesito em usar a-expressão “expressionismo” para descrever esses dois entalhes. A terceira cabeça na carruagem de Osebergé de um

tipo totalmente diferente, a representação realista de um homem

guloso, selvagem e sem coração. A quarta cabeça = aquela de Sigtuna

— é igualmente realista; mas enquanto que o Viking de Oseberg se

parece com um plebeu rude, o retrato de Sigtuna é de um homem de alto nascimento, um conde, com uma cabeça finamente formada, barba cutta sobre o seu queixo forte e saliente, o cabelo bem tratado e fino perfil que se prolonga em seu capacete cônico. Assim deve

ter sido a aparência de Styrbjórn ou Thorkel, o Alto. Essas quatro

cabeças parecem revelar a presença de notável talento po entre os Vikings; somente podemos lamentar que outros exemplos não tivessem sobrevivido.

- Comportamento e o “Hávamál” Sobre as maneiras, comportamentos, hábitos de som e experiência dos Vikings, sabemos muito pouco das si tais porâneas, mas algumas das manifestações literárias porca asEU

como os poemas e sagas de Eddic, ajudam a atirar uma

sobre a mentalidade deles. Por certo que'é PR te

roblema

apl ica do E E ce determinar o quão longe esse tipo de stemunho com segurança a um período de dois a três séculos, DR ratura fosse realmente escrita; mas, onde o Faso adiar nesse

impregnados de crenças e atitudes pagãs, 614

celebrado poema

sentido. É uma visão comumente aceita que jor” (isto é, Odi n), Hávamál,

“Os Provérbios Daquele que : : one Vik ings da Norueincorpora a sabedoria e a experiência dos gapmos, conselhos e repreenis or af ém nt co l á m a v á H O . ia nd lâ e da Is

ga

229

vez es cínicos, algumas vezes

realidades, algumas

sões — algumas a. in mb co e, qu — os er nc si e os ri sé s ze ve s ma gu al e s, co ti ás rc sa vezes lj. ir rea a et r fl ta re di s re mo ac de po e ia qu ár di da vi a m u dos, revelam s: le de os pl em ex ns gu al ão st e ui Aq . dade da Era Viking

«Deixe inimigo ando o e

que que um das

o homem que abre uma porta fique na visão de um esteja atrás dela. visitante chega, gelado até os ossos, de sua viagem montanhas, ele necessita de fogo, comida e roupas

secas.

Um homem deve ser reticente, refletido e intrépido em batalha; alegre e ativo até a morte. Um covarde pensa que viverá para sempre se evitar seus inimigos, mas da velhice ninguém escapa, mesmo se tenha sobrevivido às lanças. Um visitante deve partir no tempo certo, não prolongar a boa

acolhida; mesmo um amigo se torna odioso se permanecer tempo demais na casa de seu anfitrião. Um homem

não deve se afastar uma

polegada de suas armas

quando nos campos, pois ele nunca sabe quando precisará de

sua lança.

Deve-se ser amigo do amigo de um amigo; mas do amigo de um inimigo ninguém deve ser amigo.

Fui jovem há muito tempo atrás; viajei sozinho e me perdi, mas

encontrei a riqueza em uma companhia. É o prazer do homem.

Um homem deve ser moderadamente sábio, nunca sábio demais. O homem cuja mente é livre de cuidados não conhece sua sorte com antecedência. Um homem que deseja tomar a vida e as possessões de outro deve levantar-se cedo. Um lobo deitado em sua toca nunca consegue comida, e nem um homem dorminhoco alcança a vitória. A cerveja não é tão boa para os homens como se diz: quanto mais um homem bebe, menos controle ele tem de seus pensamentos. E você não confia em um homem, e ainda assim deseja que ele e faça bem, fale amavelmente com ele; mas pense que ele é falso é o atraiçoe em troco de suas mentiras.

pa do mem coxo pode montar um cavalo; um homem sem mãos

pode 230

ser um pastor; um surdo pode matar; é melhor ser cego do

que ser queimado na pira funerária, Um homem mo rto não tem utilidade para ninguém,

O gado morte, OS parentes morrem, , eu uma

coisa

morrer”.

que

rópri

sei jamais morrerá: a pci

morrerei,

mas há

que deixamos 20

ingênuo; vigie a traição; estime um amigo e não C incomode ou irrite um amigo fazendo co

dade; engane seu inimigo, se puder, com falsas palavras

A palavra parece ter significado muito para os Viking s: ele influenciados por sua potência e temiam sua permanência. A última citação feita acima, do Hávamál, é realmente um lembrete de es

o homem deve dar o melhor de si para merecer um bom obituário, Alguns povos modernos dão importância demais a essa última sen-

tença, dando a ela uma importância ética, enquanto que elaé sim-

plesmente um lembrete de que a palavra falada pode ser um tributo à memória de um homem ou à condenação dela, Os Vikings eram

suscetíveis aos versos satíricos (n/ôviísur) e havia um sistema, cuida-

dosamente preparado, pelo qual os insultos de tais versos poderiam

ser eliminados ou tomados ineficazes por duelos.

As citações que seguem, tiradas do Hávamál, são todas da primeira e mais unificada parte do poema. A parte posterior é mais uma coleção de fragmentos, alguns deles espelhando experiências pessoais. O misógino fala:

“Ninguém deve confiar nas palavras de uma garota ou de uma

mulher casada, porque seus corações têm a forma de uma roda que gira e elas são inconstantes por natureza.”

Há um grande número de proibições contra excessos, em bebida €

em amor, e apelos ao cultivo da amizade, da razão e da moderação. “Seja

cauteloso,

mas

sem exagero; seja bem cauteloso com à E

veja e a mulher de outro homem. Cuide também para que 05 tê

drões não o façam de tolo.

o tod de livre esteja que bom tão é Nenhum homem tão mau a ponto de nada valer.

e e] ; Mau m me ho um a s ma le ob pr s Jamais confie seu

buirá com bondade suas confidências.

Jamais brigue com um tolo. Um homem sábio Há

mal; e nem

nunca retri-

com frequência 231

evitar discussões, enquanto que um tolo discutirá sem causa Ou razão,

Não quebre uma aliança com um amigo; seu coração se te. Ontris iar. conf pode que em o amig o r perde você se á tecer

O Hávamál entra até mesmo em detalhes simples, tais como aco ee a aliviar para noite a durante levantarem-se a selhar os homens

reza, ou fazerem uma boa refeição pela manhã se eles estiverem de partida para uma longa viagem através das montanhas e dos fiorde s Entretanto, relacionar Odin com os conselhos triviais dad os no

Hámaváil somente pode ser considerado como uma idéia de nois de algum editor posterior, Odin era o menos trivial dos deuses,

Comida

As sagas falam bastante sobre comida e bebida; mas suas evi dén.

cias pertencem ao tempo dos escritores das sagas, nos séculos XIII e

XIV, mais do que ao período Viking. É lícito conjeturar que a dieta diá

ria dos Vikings incluía pão de farinha integral feita de centei o papa de aveia e cevada, peixe (especialmente arenque), carne de car . neiro, cordeiro, cabra, cavalo, boi, bezerro e porco, queijo, mantei ga e creme, e, para beber, a cerveja, o hidromel e (entre os saudáveis) o vinho. Carne de baleia, came de foca e came de urso polar eram uma alimentação importante, particularmente na Noruega e na Islândia.

À carne cozida parece ter sido preferida à carne assada: O Rigspula conta que, mesmo na cabana miserável de um servo, a carne cozida

de vitela foi oferecida a Heimdal, e, em Valhalá, a carne cozida do

porco Scchrimni foi servida aos guerreiros escolhidos. Caldos feitos . de várias cames devem ter sido um prato familiar, e os Vikings eram também práticos nos métodos de secar a came e o peixe. A ave de caça era igualmente um item extra na dieta Viking. Os vegetais mais comuns eram o repolho e a cebola, e maçãs, bagas e avelãs eram

abundantes. O mel era bastante usado, largamente co mo a base

paraà preparação do hidromel doce fermentado. A preservação da - Comida mereceu importante consideração por parte dos Vikings, e pata essa finalidade eles aprenderam a fazer uso do gelo, do sal

era necessário ao povo fazer sua refei ção diária com algas, cascas de árvores e líquen.

Hábitos alimentares As casas Vikings eram mobiliadas com me

de mesa e pratos; e como utensílios para pa

da

— mas não garfos. Parece ter sido um cost ume Viking comer E

vezes por dia, uma refeição chamada dagverôr pela manhãe ae

chamada nattveôr no final do dia, O hábito que tinha o Rei Harald Hardrada de comer somente uma vez por dia atraía a atenção porque era insólito. A respeito desse monarca um tanto tirânico, é relatado no Flateyjarbók que ele era servido em primeiro lugar, como era

direito e correto, mas, quando as outras pessoas presentes acabavam

de ser servidas, ele já havia acabado de comer a sua parte e imediata-

mente batia asperamente com a faca na mesa, indicando assim que a comida deveria ser retirada. “Havia muitos”, é o comentário magoado, “que não estavam de forma alguma satisfeitos,”

Ásseio pessoal Tem sido bastante discutida a questão a respeito do asseio do povo Viking. Seriam eles limpos? As sagas dão aos islandeses e aos noruegueses um atestado de limpeza. Uma das primeiras sentenças do Hdvamál conta de um visitante que foi encontrado à mesa por seu anfitrião “com água, uma toalha e sinceros votos de boasvindas”. Mais adiante continua: “Recém-lavados e bem alimentados, cada homem deveria partir para a Thing, mesmo se não estivessem muito bem vestidos”. Um dos dias da semana, o sábado (laugardagr em antigo escandinavo), era nomeado como o dia para se lavar (laug — “banho”); o estudioso islandês Skúli Guôjónsson nota uma

referência no Landnámabók a Thorolf Mostrarskegg que acreditava que certa montanha fosse sagrada, de modo que “ninguém deveria voltar para a sua direção uma face não lavada”. Um relato bem dife-

rente (veja páginas 241-2) é feito dos rus suecos, que são descritos

uma Em sujos. extremamen te sendo como Fadlan Ibn árabe pelo

visita à região do Volga, em aproximadamente 920, ele os encontrou apos como as mais sujas criaturas de Deus. Eles não se Debe

fazerem suas necessidades naturais e nem se lavavam depois E

do cardápio, é no extremo norte b 0. ito desp a e Ent bisão ret e . Tena » ant o, es de todos sofriam tais

232

ia

Naturais,

tas áreas da Escandinávia e alimentos que, mui quando as colheitas falhavam,

e

refeição. “São como burros vadios”, acrescenta Tbn. Outras ES a A árabes são, no entanto, menos críticas. Us d e asseio, seu com cuidadosos mais sido terem terra parece os cabelos, penteavam les com uma fonte literária que diz que eles P 233

avam banho aos sábados e mudavam com fregiiência as roupa

ia “nara vencerem com mais facilidade a castidade das br res e procurarem as filhas dos nobres para suas amantes”, Todas a

evidências, como elas se apresentam, formam uma base pobre para generalizações a respeito dos Vikings da Noruega, Islândia, Suécia e Dinamarca. A provável verdade é que o asseio não era um hábito

incomum, entre os Vikings, mas que eles o praticavam com moderao, eir dad ver ão sab am suf pos s ele Se . ais eci esp es dad ali fin a par e ção

não se sabe; mas, para lavar suas roupas mais grosseiras (como as pessoas continuaram a fazer até tempos depois na Islândia) provavel. mente eles guardavam urina de vaca, que contém o precioso elemen.to de limpeza, a amônia. Medicina

A ciência da medicina provavelmente estaria em um estágio bastante tosco, embora existam todas as razões para se acreditar que esses povos guerreiros tivessem desenvolvido alguma habilidade no tratamento de ferimentos graves. Skúli Guôjónsson, o estudioso islandês já mencionado, chamou a atenção para o famoso conto de Snorri sobre a morte de Thormod Kolbrunarskald depois da batalha de Stlklestad em 1030, um conto que revela algum conhecimento médico. (Thormod,

vamos

relembrar, mortalmente

ferido, tira a

flcha de seu peito e, observando os pedaços de carne que haviam aderido às farpas, diz: “Eu ainda tenho gordura ao redor das raízes do meu coração!”) O conto de Snorri faz uma descrição das manei-

ras pelas quais os feridos foram tratados em um celeiro depois dessa

batalha, As mulheres ferviam água (para esterilizá-la?) e colocavam panos sobre os ferimentos; depois, preparavam uma papa feita de cebolas e outras ervas, que os feridos eram induzidos a comer. Se,

subsequentemente, um cheiro de cebolas fosse sentido no ferimento do ventre de um homem, significava que seus intestinos haviam sido

perfurados, O que inevitavelmente resultaria em morte por peritonite; em outras palavras, uma refeição era usada como teste para fazer

O diagnóstico, que é exatamente o que fazemos nos dias de hoje!

Esse fato explica a observação enigmática feita por Thormod quando lhe é oferecida a papa. “Leve isso embora, Não estou sofrendo da

doença da papa”: isto é, seu ferimento não se localizava no ventre, mas em seu coração,

Jogos

JoJogos de tabuleiros eram muito popupullares er itre os Vikings (a história do jogo de xadrez entre Cn ut, o Grande, e o Conde Olaf é

234

hecânida Já o emjogo,100 O d.Cxad , rezTácitleao b emvo con germ ic). o pel

oa a paixão do Topa por inter. médio dos árabes, vindo da Índia, tornando-se gra nde men te no Norte durante os tempos Vikings. Outros jogos de lab Popular

também

favorecidos, tais como o Jogo de damas e o da gansos, 6 O nome em antigo escandina vo

ia

par a um tab ule iro afibo 5 foi emprestado do galês. Houve descob ertas arqueológicas tanto d tabuleiros quanto das peças que o compõem, No navio de Cok stad

(900) foi encontrado um tabuleiro com um jogo diferente em cada um de seus lad os; e durante a escavação americana em Ballinder

na Irlanda, em 1932, foi encontrado um tab uleiro bem ouiectads

presumivelmente para o jogo da raposa-e-gansos, que está apora no

Museu Nacional de Dublim, Ele é decorado em um estilo noruegocelta e é considerado como tendo sido feito na ilha de Man no século X. Houve várias descobertas de peças para os jogos de xadrez

e damas do período Viking e do início da Idade Média, Vida familiar

Nas épocas de paz parece que os Vikings possuíam uma forte inclinação para a vida familiar. Os casamentos eram arranjados através de acordo entre as famílias, e os conflitos surgiam somente se

os desejos dos jovens diferissem dos de seus familiares. A família

era uma poderosa unidade de proteção dentro da comunidade maior Um homem apegava-se à sua família e menos claramente definida.

em todas as circunstâncias, e dela ele obtinha assistência e apoio em tempos de lutas e problemas, em troca, era seu dever auxiliá-la 2

sustentá-la. Se falhasse, ele poderia incorrer na pior das consegiências: ostracismo e proscrição. Mas nesse poder da família havia ap bém perigo. A um indivíduo não era permitido conservar-Se Age E e mesmo até levando aumentar poderiam e as obrigações

amante da paz a grandes dificuldades. Esta é a razão pel E

Hávamál incita os homens a serem prudentes, ee em Dm brados e conservar amizades — porque senão eles po trar sozinhos e sem ajuda quando problemas não

di

as sia

cem casca OU

em sempre Si saio coro é amigo umem uma colina árida. e fnportáaos sem E homem Um sozinho folhagem,

guarda, evite arrogância com homens me

antever sua sorte, pois

:

e a espa cia O louve “Não ia. experiênc própria mulher antes que seja queimada, U tenha sido ultrapasado a ee

envia difundida pode, ue se case; O E Essa prudência cê de bebé-la.”

de fato, parecer em certos casos uma virtude obst inada e nega t mas ela claramente nasceu das condições perigosa Os Vikings apreciavam

os Vikings alguma impressão notável na coo munidade estrangeira? , te en an rm pe ão iç bu ri nt co a um eles

vivamente a sátira e er

tante suscetíveis quando ela era aplicada ao seu p am também bas. mento.

O Hávamál

a usa com

fregilência, por exemplo quand

0 comenta a respeito da hospitalidade econômica que “dá boas-vindas como um convidado somente se eu não mph de sitado de nada pata comer, ou se dois presunt

dependurados no teto de meu anfitrião

nei

om a

um”, Os Vikings tinham um olho penetrante para com as mnndo

dades e as fraquezas de seus vizinhos, uma característica us pelo extremo gosto que eles tinham por apelidos, que eram

si

E

gados nada menos do que para reis e nobres: Harald Dente Amil Swein Barba Forcada, Harald Cabelo Fino, Harald Hardrada (“o Tirano”), Eric, o Vitorioso, Magnus, o Bom, Thorkel. o Al nar Lodbrok (“de calças cabeludas”). Muitos desses idos e ni rem a alguma deformidade física: Sigurd Serpente-no-olho, Ivar Sem Caráter; bem como outros apelidos tais como “costas de gato” e pé torto”. Um dos mais estranhos é “cabeça de suco”, Se ele se

referia a eczema no rosto ou na cabeça ou a um homem que gostasse de tomar o suco de vegetais (isto é, um vegetariano) é uma especulação que não podemos determinar. Também os apelidos eram com

frequência desenvolvidos a partir de uma situação memorável na qual o homem se tivesse envolvido. Havia também, frequentemente, um elemento de paradoxo satírico no apelido, como Finnur Jónsson

ressaltou: assim, sabe-se que Thord, o Baixo, era de altura excepcionalmente alta, e outro Viking, que se afligia por causa de sua tez bastante escura, era conhecido como “o Loiro”.

Os Vikings no estrangeiro ia modo, equipados material e espiritualmente, partiam Os campanhas, levando consigo sua cultura, habilida a Dor

estran des nida comu adas suas recém-fund peiras do Lie enças, para entre os irlandeses, anglo-saxões, francos € eslavos e nas ih ç oeste,

do Atlântico el as longínquas do Atlântico. Certamente que nas ilhas eita tones co não encontravam rivalidade e competição, podendo solo o para s paíse seus de e ament diret ra cultu sua tat Etrc virgem. sua cultura em e era bem difererite quando eles tinham que impor possuíssem seus

E estrangeiras bem estabelecidas e que já

ios estilos de vida e, de fato, na maioria dos casos, uma cultu raPrópr igual ou superior. Nessas circunstâncias, deixaram 236

rizeram

u apenas efêmera?

Na Irlanda Na Irlanda os noruegueses encontraram uma comunidade dividi da

entre numerosos reinos pequenos, unidades

politic

dentes que foram incapazes de organizar uma resistência mito Doo

;

solidada. Eles encontraram também uma igreja cristã com muitos séculos de idade, independente de Roma, fortificada por suas pró-

prias tradições e práticas separadas e concentrada em numerosos monastérios. E, finalmente, eles se chocaram contra um povo de

temperamento fanático e inflexível, que não possuía inclinação para

a coexistência pacífica com estrangeiros. Por outro lado, os noruegueses eram um povo duro que preferia a força bruta à diplomacia,

e assim sendo não havia probabilidade de fusão cultural entre eles

e os irlandeses. De fato, não foi senão depois que o período Viking

estivesse terminado, no final do século XII, que parece ter ocorrido tal integração de culturas; mas, então surgiram os ingleses — a fusão

anglo-saxônia-normandia — chamados pelos próprios irlandeses para

começar um comando que iria durar mais de sete séculos. Embora os noruegueses não atingissem uma colonização real na Irlanda, e não conseguissem ocupar áreas substanciais no interior

irlandês, não há dúvida de que seus séculos de permanência ao longo

“da área costeira deixou uma influência marcante no país. Eles esta:

beleceram uma série de portos fortificados no leste, sul e oeste, em as e ch, eri Lim e k Cor , ord erf Wat d, for Wex , lim Dub o com s are lug redondezas desses prósperos centros de comércio foram ocupadas

e dess de cida a hum nen qual pela ão raz A por colonos noruegueses. e ond de ção dire a — a and Irl da te nor no a tipo tenha sido fundad obje 0 era não nda Irla à que de a ser e dev — es ues ueg vieram os nor os r ona ssi pre m ria que eles que e es, içõ amb suas de tivo principal , ras ntu ave ras futu s essa Fara . tal den Oci opa países costeiros da Eur trampolim

um , ida dúv sem era, a and Irl da sul o ponto mais ao ii ai no ea oc ste tri e do la so de o ra pa a av lt melhor, que se vo Essas

cidades

costeiras prosperaram

como

centros de comércio;

i i s ese and irl os 8, 96 em , do an qu Dublim tornou-se rica; e a pi a ric a um m ra va le s ele , ck ri me Li de a cidade norueguesa aos m ra na si en s se ue eg ru no Os as. sed e ns ti ce a, at pr ão aç eg de ouro, o, j çã ga ve na e br so € os vi na de ão uç tr ns co deses muita coisa sobre a os at nt co r ce le be ta es , ão ns te ex a rt e éles conseguiram, em uma ce . ês nd la ir or ri te in O € s ro ei st co s o t n entre seus povoame

237

Na Inglaterra | Situação diferente se desenvolveu na Inglaterra, e dentro do Danelaw, onde uma colonização permanente Urente marcas distintas. Havia lá a divisão administrativa do país = “hundreds” e “wapentakes”. Um “hundred” deve ter sido ma trito que

representava

uma

centena

de alguma coisa:

no

talvez, ou arados; “wapentake” se refere à própria Thing, a mn

bléia onde

as decisões eram confirmadas pelo brandir de

cms

(vápnatak). A partir daí, “wapentake” velo a significar a área cober pelos

dinamarquês chegou à Inglaterra de. espada na mão. m ele veio para ficar e manejar O arado e lavrar o solo, Sem dúvArteida d e s a l ojou uma parte da população nativa, mas não há evidérc: dj sa sua iron procurou

exterminá-la, Ele

trouxe

modo de vida, e seu efeito foi sentido até na Idade Média; foi um

longo período de tempo antes que as leis e os costumes Vikin assimilassem ao sistema feudal, A única parcela de sua Es o os Vikings no estrangeiro abandonaram rapidamente foi sua rel igião

membros da Thing, o distrito de onde eles vinham. A pala : “hundred” é talvez um termo inglês antigo (germânico comum), mas “wapentake” é dinamarquês, embora os dois termos, ao que

pagã, a despeito de exemplos de posição, como o comportamento - na Irlanda, por volta de 840, do pagão fanático Turgeis. A fé pagã deve ter sido fraca, ou a religião que eles encontraram no estrangeiro

poderiam usar qualquer uma das palavras para um simples distrito A influência dinamarquesa pode também ser traçada nos códigos legais e nas instituições. No Danelaw, por exemplo, o montante da multa imposta por crime variava de acordo com a posição da vítima, enquanto, em outros lugares da Inglaterra, ela era avaliada de

os Vikings não demoraram para adotar o cristianismo, algumas vezes

parece, eram usados como sinônimos. O grande historiador ini Sir Frank Stenton nota que, no século XI, as fontes anglo-saxônicas

acordo com a posição do agressor, uma diferença que ilustra a concepção nórdica da igualdade entre os homens livres, A ajuramentação de jurados, desconhecida nas regras anglo-saxônicas de lei, possivel.

mente originou-se com os dinamarqueses no Danelaw, onde doze homens livres em cada “wapentake” eram chamados para jura-

rem não acusar um homem inocente ou proteger um culpado. Além disso, esses decretos do Danelaw, preservados no chamado Código de ZEthelred II, afirmavam que o veredito de oito dos onze jurados

seria aceito — O primeiro exemplo na Inglaterra, diz Stenton, do

princípio do veredito por maioria dos jurados. tb O ee principal dessas comunidades do Danelaw eram os ed a pobres. Os sokemen, como eles eram chamados, a ' ma ça aos donos das grandes propriedades, tanto des id = em obrigação, mas o solo que eles ocupavam era E sao ta condição fundamental da sociedade do Danelaw HdC ao Doi io a camponesa, e está claramente refle-

opinias

:

8 Guilherme, o Conquistador, onde muitos

dinamarqueses encontrados. Os topônimos(quedin terminam por -by, -thorp, etc.) são

a memória da população cam

am arqueses do Danelaw preservam

forte demais, uma vez que na Irlanda, Inglaterra, França e Rússia

sem dúvida por razões políticas, como quando, na Normandia, Rol-

lon aceitou a nova fé, em 912, Na Normandia

A Normandia, concedida a Rollon à frente de um exército nór-

dico, em 911, foi durante os quase três séculos seguintes um ducado misto nórdico-franco. Seu desenvolvimento posterior foi bastante

diferente daquele do Danelaw na Inglaterra. Sua proximidade com os impérios franco e germânico colocou-o sob a influência do feudalismo, um princípio fundamentalmente diferente do padrão escandinavo de govemo; e os colonizadores da Normandia tiveram que

aceitar o inevitável. Parece que Rollon discerniu essa necessidade de

composição com um feudalismo estranho — e por seu oportunismo estabeleceu-se como único governante, e os futuros duques da Normandia como chefes absolutos suprémos. Durante a época de Rollon

e seus sucessores nada se sabe a respeito das Things ou assembléias

semelhantes de homens iguais e livres, e muito pouco de quaisquer práticas de governo no padrão escandinavo. “Hundreds” não exis-

tiram na Normandia. O duque e seus notáveis detinham todo O

poder em

uma

administração centralizada e

militarizada. Há uma

história característica daquele estado de coisas, que conta como,

Normandia da camponeses os 1000, ano no em aproximadamente das uso ao direitos seus reclamar para assembléia uma convocaram

O tio, seu mandou Rollon Duque madeiras, lagos e rios do país. O Conde Rudolph, juntar esses delegados, mutilou-os a todos, pe

is à suas para volta de mandou-os e pé, um ou mão uma tando

AO € madeiras as possuía realmente quem para provar sabemos se esses infelizes eram habitantes francos ongina” ' provavelmente,

também

os

camponeses

escandinavos estivessem 239

entre as vítimas dessa lição selvagem para provar quem exercia pode. rês finais na Normandia. As únicas. assembléias permitidas no ducado

em diferentes — lá eram os celtas a Inglaterra os anglo-saxões erampelo a 8 uma — enquanto que relacionada aos Vikings invasores. Por pila

séculos X e XI, ele se encontrava a caminho disso. Se os guerreiros da

Viking,

eram reuniões de membros eclesiásticos e civis da corte do duque, Ainda que o feudalismo não estivesse inteiramente desenvolvido nos

história familiar que gritaram “Somos todos iguais” fossem homens

de Rollon, eles iriam logo aprender um lema diferente,

Na. Normandia, como no Danelaw, os Vikings deixaram prova de

sua presença em muitos topônimos: sufixo como -bec, -bu, dique, tot, são escandinavos puros (bekkr, bu, dfk, topt), como o são tam.

bém -torp e -tved; e os primeiros elementos de nomes que termi.

nam em -ville e -tot. A maioria desses topônimos escandinavos na Normandia parece ser de origem dinamarquesa, mas vários deles são

noruegueses. Não é certo se o próprio Rollon era dinamarquês ou

norueguês. Fontes escandinavas posteriores afirmam que ele era da Noruega, mas fontes mais antigas (tais como o franco Dudo, que nasceu por volta de 960) dão-no como dinamarquês. Tudo considerado, o forte desenvolvimento do feudalismo na Normandia não obscurece totalmente a impressão deixada no país pelos Vikings. Na Rússia

Considerando-se o impacto causado devemos ter em mente que seu motivo “de interesses mercantis. Os suecos não intenção de conquista e colonização,

pelos Vikings suecos no Leste, predominante era a expansão penetraram na Rússia com a como os dinamarqueses fize-

ram na Inglaterra e França; eles partiram para estabe lecer e manter extens

as rotas de alguma maneira a “mos, eram postos nização. Enquanto

comércio. Esses empreendimentos lembram de colonização norueguesa na Irlanda, a qual, como de comércio, cercados por estreitas áreas de coloos noruegueses estabeleceram seus centros de

comércio nas regiões costeiras, os suecos no este o fizeram no interior

e.nos- rios. Assim, em certos períodos, Novg or od, Smolensk e Kiev eram sem dúvida cidades eslava s comand adas por guarnições

suecas, O Brande cemitério de Gnezdovo, pert o de Smolensk (sobre o qual falarei posterio rmente) parece indicar a presença de guerrei-

TOS suecos e mercadores nessa base militar florescente e ativa. Mas não foram criadas na Rúss

ia — pelo menos em uma escala significa-

A — aquelas colônias agrárias permanentes que foram desenvolvias no Danelaw e na

Normandia, As rotas de comércio er am extensas demais e os países que teriam qu e ser pacificados eram vastos

deve-se

dizer,

as

extensas

rot mundo asbi de comé

CIO suecas que iam desde sua terra natal até o das, o reino de Kiev e as cidades da Rússia-Ocide sua nature eslava e logo a infilt sueca dias ,

za

ração

tornaram capítu Histór;ia. mente doum Ládoga e simp(aleregião ),lo na daFinlând da -sRússia norte

ticos do Norte, a colonização sueca foi

“AGIA é nos países bg].

Rússia, do que há sobre o que aconteceu na Europa Ociden ta l, Há testemunho arqueológico oferecido pelas sepulturas escandinavas

descobertas na Rússia, que revela uma mistura de nórdicos, eslavos e orientais; e

árabes do século

há o testemunho literário dado por dois escr itores X, Ibn

Fadlan e Ibn Rustah — q primeiro falan-

do sobre os rus suecos do Volga e o segundo sobre aqueles que se estabeleceram no que era presumivelmente a Rússia Ocidenta l. Ibn Fadlan diz: | “Eu vi quando os rus chegaram em sua missão de comércio e ancoraram no rio Atul [Volga]. Eu nunca havia visto pessoas de físico mais perfeito; eles são todos tão altos quanto uma tamareira e de cor avermelhada, Não usam casaco ou manto, mas cada homem carrega uma capa que cobre a metade de seu corpo, deixando. uma

mão livre. Suas espadas são feitas no padrão franco, largas, chatas

e estriadas. Cada homem tem (tatuado em seu corpo) árvores, figuras

e outros desenhos desde as pontas dos dedos até o pescoço. Cada

mulher carrega em seu peito um recipiente feito de ferro, prata,

cobre ou ouro — o tamanho e a substância dependendo da riqueza de seu homem, Junto ao recipiente existe um anel carregando sua

faca, que é também presa ao seu peito. Ao redor do pescoço a es

anéis de ouro ou prata; quando um homem punto io ele faz um anel de ouro para sua esposa ; Tio e 10 mil faz dois; é desse modo a mulher ganha um novo anel ps her tem

dirhems que seu marido adquire, e com frequência uma ii ve rdes

muitos desses anéis. Seus omamentos mais Has por um feitas de barro. Eles dão qualquer coisa par a antilhas para suas

dirhem eles obtêm uma dessas contas é fazem pars mulheres.

às s da to e tr en s ja su is ma as o sã Eles

criaturas de Deus. Não se

241

limpam depois de fazerem suas necessidades naturais gi

m lay suas mãos depois das refeições. São como burros vadios E leg chegam de suas terras distantes, deixam seus navios ao longo das

do Atul, que é um grande rio, e lá eles constroem grandes Margens madeira. Dez ou vinte deles podem viver em uma mesma ca

a de

que cada um tem um divá onde se sentam e se divertem com «tendo

garotas escravas, que foram trazidas por eles para Serem ma Ele poderá fazer amor com uma delas na presença de seus co

a

nheiros, sendo que, às vezes, isso pode se desenvolver EM UM a Ops , pública, e, se um freguês comprar a garota, o rus não a

antes de ter terminado com ela, Todos os dias eles lavam o rosto e a cabeça , todos eles usando

a mesma água, que é tão suja quanto se possa imaginar. Eles fazem assim: a cada manhã uma garota

traz para seu dono uma grande bacia

de água, onde ele lava seu rosto, mãos e cabelos, pen teia-se, para depois então assoar o nariz e cuspir dentro da água. Toda a sujeira

que houver nele vai para dentro da água. Quando ele termina, a “garota toma a mesma bacia e a leva a ou tro homem — que repete as mesmas operações — até que a bacia tenha serv ido a todos os homens da casa. Ao final, todos eles assoaram o nariz, cuspiram e lavaram o

rosto e os cabelos na mesma água. Depois de ancorarem os navios, cada homem de sembarca carregando pã

o, carne, cebolas, leite e nabib [cerveja?], coloca nd oos ao pé de uma grande estaca de madeira com um rost o parecido com o do ser humano, cercado por figuras menores, e atrá s delas altos postes no chão. Cada homem se prostra defronte da gr ande estaca é recita: “Oh, Senhor, venho de lugares di stantes com tantas garotas, tantas pe

les de animais (e quaisquer outros produtos que ele este ja

carregando). Agora faço a você essa oferta”, Ele entã o apresenta sua

dádiva e continua: Por favor, mande-me um. merc ad or que tenha muitos dinars e dirhems e que faça negócio co migo sem demasiada permuta. E então ele se retira. Se, depois disso, os negócios não

acontecerem rapidamente e bem, ele volta à estátua para apresentar. rasa Ana, Sade resultados continuarem demorados, ele se

dee

ni

o)

guras menores, implorando por sua interces O,

árvore até que se transforme em um farrapo, pela aç ão do t e mpo e do vento”.

Segue-se uma descrição do funeral de um capitão (vei 4 (veja páginas pitão 270-1), e então Ibn Fadlan continua:

“É costume que o rei dos rus tenha em seu castelo um: guarda

pessoal de 400 homens de confiança dispostos a morrer por ele . Ca da um desses homens possui uma garota escrava para cuidar dele,

lavá-lo e servi-lo, o uma outra para dormir com ele, Esses 40u sen. tam-se sob o trono real: uma plataforma grande e adorada que também acomoda as quarenta garotas escravas de seu harém. Com freqiiência o rei mantém relações sexuais com uma delas em público. Quando ele deseja urinar, não precisa se incomodar em deixar o trono: um vaso lhe é trazido para essa finalidade; e quando ele deseja

cavalgar, seu cavalo é levado a buscá-lo no trono e, ao voltar do passeio, ele só desmonta quando chega ao trono. Ele tem um representante para liderar seus exércitos em batalha, lutar ontra seus inimigos e realizar audiências com se 1s assuntos”. Ibn Fadlan era membro de uma delegação diplomática que foi

enviado em 921/2 do Califado de Bagdá para Bulgar no Volga. Seu

relato de experiências pessoais cria a impressão de que os rus da região do Volga eram uma organização de negociantes de peles e escravos, uns brutos tanto no que se referia à higiene quanto ao comportamento sexual, Se suas mulheres eram escandinavas ou não, não sabemos; mas o que emerge dos comentários de Ibn Fadlan é que, ex. geral, esses rus conservavam suas maneiras e hábitos suecos

no que se referia a armas, punições, navios-sepulturas e sacrifícios Por outro lado, eles parecem estar sob influência estranrel

ei É ERON

com jóias e pelos trajos dos chefes mortos (veja páginas

que minhas necessidades fossem satis-

Cabras, ou bois, alou o 2 de retribuir”. Depois do que ele sacrifica tante ele coloe; Ha 08 quais ele distribui como esmola. O rese das estátuas, a grande e as pequenas, € 88 242

vorem. Se eles apanham um ladrão, o venduram em uma

SSe8 sdO as esposas, as filhas e os filhos de nosso Senhor".

e ca da fi gu ra , pe di ndo que elas intercedam por ele é TE din elas. Com fregiiência os negócios acontecem €

feitas q

junta-se novamente aos outros; se m : no entanto, for um servo, eles de ixam que os cachorros e os abutres o de

igiosos.

“eira

m assuntos exemplificados pela sobrecarga de

o dis té

E

em outros hábitos, tais como o tratamento de doentes e O E se E a

arem (se eram tatuagens) eles seguiam a prática ei assimilação sabemos. Entretanto, o que parece indicar o início

da

(a um costume estrangeiro, turco) é à descrição da casa do rei rus, 243

uma crua mistura de hirô e harém, Ibn Rustah, astrônomo, geógrafo, parece ter escrito vinte trinta anos depois de Ibn Fadlan. Sobre o povo rus, ele diz: “Eles ficam em uma ilha (ou península) em um lado coberta de florestas e mato, a qual gasta-se três dias par a pé, e que é pantanosa e insalubre. Eles tém um prínci

ip

Hagan-Rus, Eles navegam para saquear os as-Sagaliba

ao redor) trazendo-os cativos e depois vendendo-os em

Bulgar (cidades do Volga). Não possuem campos cultivad Os 6 dependem, para

suas provisões, do que eles conseguem obter das terras dos as-Sagaliba. Quando nasce um filho, o pai irá até a criança, recémnascida, com a espada na mão e, atirando-a ao chão, diz: 'Eu não deixarei para você nenhuma propriedade: você terá somente o que puder obter com esta arma". Eles não possuem propriedades, aldeias ou campos; seu único negócio é comercializar com zibelina, peles de esquilo e de outros animais, e o dinheiro que ganham nessas transa-

ções guardam em seus cintos. Suas roupas são limpas e os homens

enfeitam-se com braceletes de ouro. Tratam bem os seus escravos e usam roupas finas desde que exercem. o. comércio com grande

energia, Possuem muitas cidades. Lidam com firmeza uns com os

outros, respeitam seus convidados e são hospitaleiros e amigáveis para com os estrangeiros que se refugiam com eles e para com todos

aqueles que usualmente os visitam. Não permitem que ninguém

moleste os seus convidados ou façam a eles qualquer dano ; se al gu ma pessoa se at rever a insultá-los ou a cometer qualquer injustiça, eles os auxiliam e os defendem. Usam espadas Sulaiman. Se um Brupo deles é desafiado a lutar, eles se juntam como se fossem um só

homem, até que a vitória seja alcançada. Se dois homens di scu-

tem, o caso é considerado pelo príncipe, em cuja presença ambos defendem su

as respectivas causas, e se eles concordarem sobr e seu

poder, sua decisão é aceita, mas se eles não concordam, o príncipe

diz então para que eles resolvam sua disputa com suas espadas —

é que vença a espada mais afiada! A luta acontece na presença de

Parentes dos contendores, que observam com as espadas desembainhadas; e o hom em que melhor se sair do duelo, ganhará também a causa Há os atibba (feiticeiros

Como se fossem os d TE

ES

) que exercem grande poder;

. eles agem

onos de tudo. Dizem às pessoas que home m, Ser sacrificados em homenag em ao Suas ordens, não há m

attiba pega então odo de fugir a Oferta, humana ou animal, , e E

delas.

|

para Deus. " É Eles são coraiojosos em batalha

O

tório de outra tribo, persistem até que a so en o ne tamente. Levam as m ulheres COMO prisione pieiras e fazem os homens se tornem ser vos, São tém troa o apaarência e são audaciosos, mas sua

eles sempre lançam seus ataques e folgadas (cerca de 100 varas de + quando as vestem, enrolam-nas aí

do desejam se aliviar, vão em grupos de qu atro levando de modo a se pr otegerem, Há pouca segurança entre

funerais de seus notáveis (veja página 274). Não há que Ibn Rustah tenha sido uma teste munha ocular nada que sugira do que ele relata, mas, embora suas

histórias sejam sem dúvida baseadas em outras | fontes, elas possuem um cunho de verdade e confiança, Muitos estudiosos acreditam que a ilha na qual ele diz que os rus se estabeleceram seja Novgorod, o que é bastante provável, mas não suscetível

de prova. Há um significado especial em sua asserção de que os rus não era

m um povo agrário, que eles não tinham campos, nem aldeias, mas muitas cidades, o que quer dizer que eles se concentravam em cidades -guarnições fortificadas, das quais og remanesce ntes foram encontrados

em

grande

número,

por exemplo, na província de

Smolensk. Ele menciona especificamente o produto principa l que eles comercializavam: escravos — tomados das tribos eslavas das vizinhanças e trazidos para os mercados do Volga — e peles. Ele não

sugere

qualquer

característica não-nórdica entre eles, exceto as

espadas orientais e as calças largas. Tudo o mais que é descrito é nórdico: hospitalidade,

coragem, resolução de disputas por combate

Simples, sacrifícios humanos e com animais, manipulação de navios é Costumes de sepultamento dos mortos. Não temos a impressão de governos solidamente estabelecidos; eles vieram mais tarde. Em

meados do século X a organização era essencialmente aquela de uma companhia de comércio. Sua posição e atividades foram comparada s,

de fato, à dos judeus, por Ibn Horradadbeh que escreveu, nos anos

de 840, os primeiros relatos árabes sobre os suecos. Esses Vikings mercadores suecos devem ter levado um século ou mais para lançar as bases de um sólido Estado político.

mil. tenha expirado, dizendo: “Esto é um sacrifício

245

CAPÍTULO XIV

CRENÇAS RELIGIOSAS E COSTU REFERENTES AO SEPULTAMENTO DOS MORTOS Nos grandes poemas de Elder Edda, particularmente Voluspá (“A Profecia de Sibyl”) e em Gylfaginning (“A Ilusão de Gylfi”), onde o escritor cristão Snorrl Sturluson, através de várias fontes, recria as

crenças religiosas de seus ancestrais pagãos, a literatura islandesa nos oferece um quadro esplêndido e altamente colorido da antiga religião da Escandinávia. Não se trata simplesmente de um relato resumido

das crenças nobres. Ao contrário. Mitos antigos, contos, tradições do tipo que variam grandemente entre si e também quanto aos lugares

de origem, crenças e modos de pensamento, tanto os novos como os antigos, nativos e estrangeiros, são todos combinados pelo grande sentido de composição de Snorri, e organizados como um todo como se fosse uma história. A obra fala-nos da criação e do fim do mundo,

das batalhas dos deuses e dos gigantes, e do panteão escandinavo,

com suas duas categorias de deuses: os sir e os Vanir. No centro fica a casa dos deuses, Asgard, onde o poderoso Odin tem seu grande salão Valhalá com suas 640 portas, e seu trono Hlidskjalf, de onde

ele pode contemplar toda a criação. Este céu dos deuses é separado da terra pela ponte Bifrôst, o trêmulo arco-íris; o disco da terra é cercado pelo grande oceano, casa da serpente Midgard, e em suas

praias mais distantes estão as montanhas dos gigantes, Jótunheim,

onde se situa a sua cidadela Utgard. Sob o disco da terra está Hel,

a terra dos mortos.

O que aprendemos a respeito do grande freixo Yegdrasil, ele mesmo um mundo do bem e do mal, da alegria e da tristeza, parece-

nos uma canção vinda de um mundo completar

Ypedrasil é On

pipantesco: sua coroa alcança as nuvens, se

é

sob e Jôtunheim até Hel, até vão raízes três a oca suas

estão E Pia Midgard, a terra dos mortais. Ao pé de Yggdrasil e 6 Ur à outro o e sabedoria, deus da

um pertencente a Mimi,

en tem que águia, à senta-se árvore da galhos Nos do destino. rse a Um o. nt ve do e o mp te do ão aç olhos um falcão, descorado pela 241

nte -inquieta-se na raiz da árvore e, entre ela e a

a,

qu Apetia corre de cá para lá levando palavras malignas Qua comem os brotos jovens da árvore e seus lados estão apodrecendo “O freixo Yggdrasil sofre e suporta mais do que os homens pes 0, bem!” Mas os Noms dão consolo e renovação no poço de Te » onde eles tiram diariamente água para Yegdrasil, de modo que ele não seque. As abelhas são nutridas pelo mel do orvalho de Yegdrasi]

Em um lugar sagrado, perto do poço de Urd, os deuses se encontram para sua Thing, e aqui vivem os três superiores dos Norns, as deusas

do passado, presente e futuro, que se cham am Urd, Verdandi e Skuld. No centro do mundo acima dos h umanos ficam as residências dos deuses, onde vivem as duas raças de de uses, os Asi e os Vanir

Mais tarde deveremos retornar a esse panteão nórdico; no entanto, por ora, vamos tratar rapidamente da concepção nórdic a do fim do mundo — Ragnarôk. Nada existe para sempre, e quando os deus es tiverem cumprido

os seus destinos o final de todas as coisas chegará. Este é o evento relatado de maneira. tão práfica no conto de Snorrl, Vóluspá. O primeiro sinal da chegada do fim será a vinda de aconte cimentos espantosos € terríveis e desejos desesperados — “tempo da es pada”, “tempo do lobo”, fratricídio e incesto. Os galos irão cantar no sa lão

de Odin, em Hel, e nos bosques de sacrifícios. O horror e o receio

supersticioso crescerão. É o tempo dos monstros gigantes: o cão de caça de Hel, Garm, uivará, o lobo Fenri é liberado de suas correntes, e suas mandíbulas se estirarão da terra até o céu. A serpente Midgard transformará o oceano em espuma e vomitará veneno sobre a terra. O gigante Hrym atravessará os mares em seu navio Naglfar, cons-

truído de unhas de homens mortos, e os filhos de Muspel velejarão

para diante tendo Loki como líder. A árvore Yggdrasil tremerá, o céu se partirá em dois, as rochas desmoronarão; em Jótunheim

haverá estrondos, os anões choramingarão. Odin estará de vigi a, Heimdal soprará seu corno, a ponte Bifróst se quebrará e o gigante

Surt avançará, cuspindo fogo. Então haverá a batalh a final entre deuses

e monstros. O lobo Fenri devora Odin, mas é ent ão assassi-

nado por seu filho, Vidar, que esmaga as mandíbulas do animal com Seu sapato pesado. Thor mata a serpente Midgard, mas depois de dar nove passos cai morto por causa de seu veneno. Ty e o cão Garm matar-se-ão um ao outro: como também Hei mdal e Loki. Surt mata Frey e queima tudo com suas chamas. O Sol tor na-se negro; as estrelas desaparecem. Ainda assim, a esperança sobrevive; a terra levantaE na do oceano. Os dois deuses inocentes de AEsir, Baldr » Voltam; e no sal 248

ão dourado vive Gimli, o puro. A águia voa

vamente por sobre a cach oeira trovejante, o Sol b ri lha mais uma na sobre um mundo recémcria

do. Embora o cristi anismo não seja mencionado, este conto implica a emergência de u ma nova fé tr iu nrante

para uma humanidade recriada, É

um drama de morte e res

Os deuses

A religião nórdica, como a egípcia, a grega e a romana, era politoísta. Havia numerosos deuses, cada um governando uma necessi-

dade ou ação humana em particular. Em sua hierarquia, os deuses

variavam

consideravelmente

em

poder e posição: alguns estavam

no auge de seu poder, outros eram aparentemente muito velhos e quase esquecidos; alguns figuravam no topo da lista de precedência,

outros eram figuras. secundárias. Vejamos as principais divindades em Asgard. Odin

Entre eles, Odin é o supremo:-uma figura magnífica, ífica, dominadoraà,

demoníaca e sádica. Ele é destruído por sua paixão pela sabedoria; por ela, ele sacrifica um olho e pode até enforcar-se. Impiedoso, s iro rre gue dos e rra gue da s deu o é ele o, açã cor sem " caprichoso, | de ouro, ane auto-renovador o Gungni, lança, a tem Ele mortos.

E pos prardado, Ê Sleipni. patas, oito de cavalo veloz o Draupni, e os todos de trazidas são lhe notícias as e lobos dois

dois corvos. Ele conversa com a cabeça fonina descobre as runas e conhece seu poder secreto. com seu séquito, através de montanhas € ge

denados e nos campos de batalha como uma ego cha um usando e longa capa uma por coberto só,

0f

ii

6 em 8 As e a Dê

o fee

da

sa a

Odin é também o deus dos escaldos; ele

pode fe

grande ternura, a paixão da alma. Conhece fe ar doa

ico,

a

:

risios

penetrar nas profundezas da alma. É o dae Ee PURA crata, um deus perigoso. Às vezes ele € 6 muito justamente, desde que ele gd RR

não devemos tomar a expressão Odo Dn

tre as divindades; mas como denotando

Siad

cla não se apli-

consiste de reis, condes, capitães, as

mágicos e poetas. Os guerreiros pen

rem em batalhas dedicad

à Valhalá, onde eles são

Odin no QUdi de atrás estará os militares, que sabedoria € O

arrolados em LS seu objetivo de poa Ragnarók. Para todos os mistérios, Odin u conhecimento de

ne as artima-

249

nhas, sejam elas fraude, astúcia ou traição, e se ele é duro para com os outros, o é também para consigo próprio. Su

preenchem vastos limites: do frio cinismo até o

às caracter Ísticas

síaco; da ferocidade até o êxtase, Thor

Entre Odin, o maior e o mais profundo dos deuses nórd icos, e o próximo do sir, o poderoso barba vermelha Thor, com sua carruagem puxada por uma cabra e seu martelo poderoso , há uma conside. rável lacuna. Odin é o deus do grande, enquanto que Thor é o deus

do homem comum. O humor que está faltando nas de scrições de Odin é apropriadamente proeminente nos relatos de Thor.

Numerosas lendas e anedotas são contadas a respeito de Th or, o

forte é fiel protetor do camponês Viking, e do magnífico lutador

que sempre encontra alvos para seu martelo entre os gigantes. Quan-

do ele corre atrás das nuvens com sua equipe de bodes, os tr ovões ressoam, e quando caminha com seu martelo, Mjóllni, em suas mãos ,

é irresistível. Não usa de astúcias ou estratagemas, e embora seja com

frequência logrado pelas artimanhas dos gigantes, no final sempre vence. Os povos do Norte inventaram muitas história s vívidas de seus feitos: ele arranca o grande caldeirão de cerveja dos pigantes , recupera o martelo roubado, pesca para a serpente Midgard, encontra estranhas aventuras com Utgardaloki, o rei dos gigantes, a quem

ele visita acompanhado

do inteligente, mas nesse caso bastante

desamparado, Loki. | Thor era de temperamento explosivo, mas igualmente fácil de ser

pacificado. O camponês Viking o compreendia e o estimava. Ele não era meramente o objeto de contos divertidos ao redor da fogueira à noite; era a deidade útil que fazia as colheitas crescerem, o deus da agricultura (exceto, talvez, na Noruega). Por essa razão, porque ele era em grande extensão envolvido na vida diár ia das pessoas, parecia

mais real e importante para os camponeses do que o próprio Odin. Isso é ilustrado pelo fato, relatado por Adam de Bremen, de que era à sua imagem, e não a de Odin, que ficava na posição central do tem-

Plo de Uppsala, onde os três deuses principais, Odin, Thor e Frey, eram cultuados. Thor era

também invocado nas cerimônias de casamento para abençoar a noiva com fertilidade, e é ele e não Odin que

é invocado nas pedras rúnicas para consagrar as runas. Quando, em tempos Vikings posteriores, tomou-se necessário um símbolo para ad

potência da Cruz, os Vikings escolheram o martel o de Thor, + a de Odin. E, finalmente, Thor era uma divindade mais popular do que Odin — seus favores eram procurad os não somente

250

lo fazendeiro, mas também pelo ferreiro » Pelo pescador, pel o do m a r i perto mais encontrava se nheiro; ele homem comum do que o e violento Odin,

complexo, inatirgível Ty

Ty é uma deidade menos claramente d

duas. Sabemos que ele é bravo e virtuoso » Que ele perde uma mão

- quando o lobo Fenri é amarrado, e que no Ragnarók ele luta com

Garm, o cão de caça de Hel. As fontes escandinavas contam pouco

mais que isso a seu respeito.

Esses três sir, Odin, Thor e Ty, não são de maneira alguma

recém-chegados ao panteão germânico, Todos eles são mencionados,

sob nomes romanos, no famoso livro de Tácito sobre os povos permánicos, escrito em aproximadamente 100 d.C., onde Mercúrio,

Hércules e Marte correspondem, respectivamente, a Odin, Thor e Ty, e onde é dito que Mercúrio era o principal deus germânico e o

único para quem eram feitos sacrifícios humanos. Mercúrio (bem

como o deus grego Hermes) tem em comum com Odin o fato de

ser guia dos mortos, usar uma capa e um chapéu largo é carregar uma bengala (ou lança). Além disso, entretanto, não há muita semelhança

entre eles; Mercúrio não mostra

a selvageria tão característica de

Odin — um atributo derivado, segundo alguns estudiosos, da proximidade dos povos germânicos do Leste com as hordas asiáticas selvagens que entraram em massa na Europa durante o período de migração. Esse tipo mongol

de Odin deve ter primeiro

viajado para à

jnávia com as conexõe ac s Suécia, e então para o restante da Escandinávi: culturais góticas que ligavam o mar Negro ao Báltico. Cormparas E

com Hércules é aceitável até certo ponto, se não consi Era trovão e o martelo. Thor deve ter sido um antigo deus = sr E

bem como também um deus do trovão e da gre a uma contraparte parcial de Marte; seu nome escan

E E a

Ele é, na realidade, um Rei do Céu arcaico, posterio

Ri

ou Ti, é cognato do latim Júpiter, o grego Zeus e o ARA

nado. a Não é possíveape l dizer quão

a

entr trindad ta e e) fe ET

RafaiRs EO FORO: povos germânicos (talvez não muito ant a observou que as raças germánicas adoravam Íorçê ana ] io) (Ód a am o Sol e a Lua. Os povos germânicos chamav em homenagem a esses deuses: terça-feira (Ty), q

quinta-feira (Thor). Baldr

d r,

Í

F |

251

círculo de deuses. Snorri conta esta história famosa sobre ele. * o genial e amigável deus encontrou sua trágica morte em bo

de visco disparada por seu irmão cego e inocente: co

pt

echa

fe funerár Rica, MO ele estava deitado na pira ia; como toda a natureza lamentaya: como

deuses tentaram libertá-lo de Hel, mas foram impedido ds , 140 8 polas maqui. nações do perverso Loki. A figura de Baldr é única na mitolo a escandinava e um enigma que os estudiosos ainda nã B. O de ci fr ar am Alguns sugerem influências cristãs das lendas da Idade Média; outros | lhanças com os mitos orientais do observam seme deus da fertilidade, para os quais a natureza morta chora e se l amenta, mas essas com. parações falham em não considerar o fato de que, no mito de Baldr o tema da ressurreição está totalmente ausente. O historiador dina. marq

uês medieval Saxo Grammaticus conta também a hi st ór ia de Baldr, mas se

u material é completamente diferente do de Sn orti, e não é de grande interesse. Comparado à trinda de composta po Thor e Ty, Baldr é uma deidade muito jovem.

r Odin,

A arte Viking deriva pelo menos um de seus temas a partir do

mito de Baldr — aquele de como os deuses, tentando lanç ar o pesado navi

o funerário no oceano, mandaram chamar a feiticei ra Hyrrokkin, em Jótunheim, que vem cavalgando um lobo, usando uma cobra como rédea, e que empurra o navio funerário para dentro da água com uma violência que faz a terra balançar e enfurece Thor . Esse

acontecimento é representado em uma pedra esculpida datada de

aproximadamente 1000, de Skane. Ela mostra a giganta cavalgando ,

com um chapéu pontudo, sua língua de serpente pendida, a cobra

usada como rédeas para seu magnífico lobo, que galopa com as man-

díbulas abertas, orelhas em pé e uma cauda longa ornada de borlas.

Essa pintura vívida não pode ser ninguém mais do que Hyrrokki n. Heimdal

Heimdal é o deus com o corno de guerra que toca no Ragnarók .

último, s tempos Vikings permaneceu como um A tância. Entretanto

!i

us sm , seu nome forma um elemento em certos topô. nimos escandinavos, essa evidên cia sugerindo que ele era conhec ido

e cultuado no sul da Noruega e No centro da Suécia , mas não na q é ge ra l Dinamarca. Ei À cosconc lu sã o à ue Nos temp os Vikin gs UI er era uma UÍÍ gs esqu ecim do ento , deidade antiga e já a caminho Os Vanir

Entre os deuses que encontramos, há tré S que ndo pertencem 20 Esir, mas a uma raça diferente e aparentemente mais vel ha, chamada Vanir — representantes de uma religião que no pe ríodo Viking estavam perdendo

terreno para os deuses do Asir, Esses três são Njórd,

Frey e Freyja. De acordo com Snorri, as duas raças de deuses entraram em acordo depois de uma batalha e deram-se mutuamente

reféns. Os três reféns Vanir que foram viver em Asgard foram aqueles acima

mencionados,

e todos eles eram deidades do crescimento,

concepção, fertilidade e vida sexual. Em outras palavras, antigos deuses da fertilidade, que os sir não conseguiram substituir.

Njórd era o mais velho deles; de fato, em sua irm4 ele gerou Frey

e Freyja. Nos mitos ele é casado com Skadi, uma giganta que gostava de viver nas montanhas, enquanto Njórd preferia as praias e o mar. Ele é o governante dos ventos e o deus dos navegantes; ele também “dá a riqueza. O nome Njórd é cognato de Nerthus, a quem Tácito nomeia como a deusa (não o deus) da fertilidade do noroeste germánico. Uma confusão de sexos como esta não é rara na história da religião. Há sem dúvida alguma relação entre Njórd e Nerthus, e vale notar, de passagem, que (como ressaltou Wessén) os topônimos suecos que terminam em -njard são femininos. Tácito chama Nerthus de “Mãe Terra”; ela mora em um bosque “em uma ilha no poa | À cada primavera ela é conduzida por seu sacerdote ao E

ilha, com. grande cerimônia em uma carruagem sagrada cober 4

Ele é perspicaz, vigilante e alerta, o guarda dos deuses e o guardião

puxada por bois, sendo recebida em todos os lugares RES rs = a alegria. As armas são postas de lado e a festa é universal. a

círculo dos deuses nórdicos ,

das, em segredo, em um lago, por servos que, ls nas Cr E LEÊ O trabalho, são sumariamente afogados. Os arqueô Fig dos a pensar, como veremos posteriormente, is iate

da ponte Bifróst. Vóluspá chama os seres humanos de “filhos de Heimdal”, e Heimdal é o deus errante que em Rigspula cria as três classes sociais. Ele é Loki, velhos inimigos, matam-se mutuamente em Ragnarók. Além disso, Heimdal não é muito bem definido no UI

e

O deus e dana caça é UII, que se sobressai na arte de manobrar O arco flecha de

| esquiar. Sua posição na hierarquia é ainda mais obscura do que a de Heimdal; não há mitos a espa dele e nos

252

e a

de sua visita cerimonial, sua carruagem e sua roupa pe

Romana,

essa deusa-terra promotora da fertili a

tempos bastante primitivos na Escandinávia, provave Id

2

a

a

á E fotté e o mais célebre dos três Vanir, em Asgard, era O -

t tem no a tu tá ] es jê cu , al xu se o çã la re da filho de Njórd, Frey, o deus

253

plo de Upsala se distingue por um falo gigantesco,

Parece que ele

inspirou particular devoção na Suécia, como evidenciado por esta.

tuetas eróticas (. 24b) e amuletos, e pela tradição de Procissões de carruagem no estilo de Nerthus. Ele era aparentemente popular tam.

bém na Islândia, em Trondelag, e na Dinamarca. Esse deus da fecun. didade e do crescimento, da chuva e do brilho do Sol, é acompanha. do em Asgard por seu porco sagrado, Gullinbursti, Há um famoso

mito do amor apaixonado de Frey pela filha do gigante, Gerd dos

braços brancos. O culto de Frey deve ter alcançado a Noruega e

a Islândia vindo da Jutlândia, em cujo lago central, o lago Stor (Stôrsjôn), ficam as ilhas de Norderôn e Frôsôn (ilha de Njórd e

ilha de Frey). Na Islândia, Frey é ocasionalmente chamado de “o deus sueco” (Sviagoô). O terceiro dos Vanir é Freyja, irmã de Frey, em todo o seu com.

plemento feminino. Seu nome significa “senhor” e o dela “senhora”.

Uma deusa do amor e da fertilidade, ela tem em Edda a reputação

de conceder seus favores com muita facilidade; por exemplo, ela é

acusada por Loki de ser a amante condescendente dos deuses e dos

duendes, e é dito que ela comprou o seu magnífico colar, o men Brísinga, de quatro anões a um preço vergonhoso. Ela também possui uma carruagem, mas que é conduzida por gatos (lembra a

carruagem conduzida por leões de Cibele). As mulheres estéreis invocam sua bênção, e ela é a deusa da morte, não somente de todas as mulheres, mas também da metade dos guerreiros mortos em batalha.

Essas três deidades Vanir são sem dúvida deuses bastante antigos;

mais velhos do que Odin e Thor, e mais velhos mesmos do que Ty.

À questão que surge é: Quais deuses eles desalojaram quando, possi-

Velmente durante os poucos últimos séculos antes de Cristo, eles vieram para os povos germânicos? Eles sem dúvida possufam seus

deuses da natureza, como notou César, e pode-se supor que eles cultuassem também seus antigos deuses da Idade do Bronze. Sabemos, por descobertas arqueológicas da Idade do Bronze e por pedras

pintadas, que eles adoravam um deus de mãos grandes e dedos ásperos, ocasionalmente armado com um machado, que parece ter sido o deus do trovão; que eles também adoravam uma deusa nua

adomada com um colar, e uma deusa sentada em uma carruagem. A última é evidenciada nas descobertas do início da Idade do Ferro

ar POL exemplo, a carruagem contendo os pertences de mulheres,

encontrada em Dejbjerg, no oeste da Jutlândia. Essa deusa que dirige a carruagem é possivelmente a mesma Nerthus que, se a suposição

“*E Correta, deve ter derivado da Idade do Bronze. É razoável

234

qui

8 durante os tem pelos rivais “Esir, orig inaram-se antes da Idade do Noca ms

Loki O último

dos sir

em

A

diabo, e, depois de Odin, o deus mais singular e de um gigante e, de muitas maneiras, uma persesontralanidho. Ele é filho ade dividid a. , Embora filho de um gigante e casado com um a giganta, Angrboda de qu em

herda

três monstros terríveis, a serpente Midpar d

0 lobo

Fenri, e Hel, ele vive com os “Esir e em certo ponto se tornou irmão de sangue de Odin, cuja personalidade comple xa combina com a sua de várias maneiras, Loki aprecia a sátira mas não tem senso de

humor) ele é astuto, traiçoeiro e não possui nenhuma capacidade

para a amizade; suas palavras picantes podem ferir e chocar, e seus ataques a praticamente todos os deuses e deusas são invariavelmente traiçoeiros e cruéis; ele é sempre animado por interesse pessoal. Tanto o Edda quanto Snorri tratam desse caráter desagradável

e sua perpétua malícia, Ele é também um excêntrico sexual capaz

de dar vida a tais extravagâncias, como o cavalo de oito patas de Odin, Sleipni. O mais notório de seus crimes é sua investigação do assassinato de Baldr — o crime que finalmente determinou sua sorte. Ele tenta escapar, transformando-se em um salmão, mas os sir O capturam e o prendem a uma pedra debaixo de uma serpente que

está destilando veneno. Sua segunda esposa, Sigyn, consegue apanhar O veneno,

mas

terra estremecer.

sempre

que ela perde uma gota, seu tremor faz a

Nesse estado de dificuldade ele sobrevive até o

Ragnarôk, quando, depois de se libertar e de juntar forças com os

inimigos dos Asir, ele e Heimdal matam-se mutuamente. No jargão modemo, Loki seria considerado um psicopata entre os deuses; com base em sua discórdia com os deuses, ele tem sido compara-

do a Prometeu e Satã: mas não tem a e plêndida rebeldia do primeiro e nem os desejos ardentes secretos de Lúcifer caído. E

ama o mal pelo mal em si; possui muita perspicácia com relação

qualidades vulneráveis de seus inimigos, e assim ele nutre ES re reza maligna e desenvolve cada matiz e aspecto do pecado. Sua Ea g queza éé sua paixão de experimentarr o0 q quanto ele poendealmefantzee,r-se elemalivai

no sem ter que aceitar as consequências — €, EN longe demais e traz a catástrofe sobre si mesmo.

iNã 7

a

A

P O ju st if qu ic e as se m ca ra ct er ís ha ti vi ca do s Vikings deve ter

255

que eles tinham com a personalidade desta deidade b nação tem os deuses que merece. Loki tem aspectos em comum

com

o Mefistófeles da Idade Média — e aqui pode-se ressaltar uma relaca 0 O quanto antiga tão figura uma é não Loki com o cristianismo.

Thor e Ty, e de maneira alguma tão antigo quanto os Vanir. Na ver.

dade, ele não é um deus no sentido de ser uma figura à quem os

homens são compelidos a adorar. Ele é mais um produto da especula.

nome do deus pode estar lipad

ele — um bosque, uma colina, baía, uma ilha, etc.

Formas de culto

ção mitológica.

os deuses cultuados em várias localidades. Odin era conhecido em

forneçam algumas informações. A fonte literária mais j ri ma do s Br em de en Ad am por fei ta de sc ri çã o conhecida mado do norte, aquele da Antiga Uppsala, ainda florescente, qu an do escreveu, por

estão espalhados por todas as terras escandinavas, com exceção da Islândia. O nome Thor é comum em toda a Escandinávia, inclusive na Islândia. Na Noruega e na Suécia Thor aparece com frequência

“Esse povo possui. um santuário célebre chamado Uppsala, não muito longe de Sigtuna e Birka. Nesse templo, inteiram ente coberto de ouro, estão três ídolos que as pessoas adoram: Thor, como o

esse 0 caso da Dinamarca, onde seu nome é comumente associado

Odin e Frey colocados em ambos os seus lados. Seus campos de ação

Deuses e topônimos

Os topônimos escandinavos oferecem indícios para se identificar

uma grande área, visto que os topônimos que incorporam seu nome*

em combinação com elementos como -hof (“templo”); mas não é com lundr (“bosque”). Na Noruega, Thor nunca é ligado com um elemento agrário como

-akr (“campo”)

ou -vin (“prado”), o que

volta de 1070, como o centro do paganismo e da forte

resistência ao cristianismo. Aqui está o seu relato:

deus mais poderoso, tem seu trono no centro do salão, com os de

são os seguintes: Thor, conforme se diz, governa o ar — trovão, relâmpago, tempestade, chuva, bom tempo e as colheitas. O segun-

do, Odin [isto é, fúria],é o deus da guerra, que inspira aos homens

sugere que não era uma deidade agrária como na Dinamarca e na Suécia; o mesmo acontece na Islândia, onde Thor não é encontrado com finais agrários. Ty ou Ti raramente aparece nos topônimos noruegueses ou suecos, mas é comum na Dinamarca. O nome Baldr aparece esporadicamente em todos os países escandinavos; e o de

Thor, que tem o cetro, lembra Júpiter. Algumas vezes essas pessoas

e no este da Suécia, mas não na Dinamarca. Os nomes dos três Vanir,

talidade como um tributo a alguma grande realização que eles tenham feito — a recompensa, de acordo com a biografia de Santo

e no este da Suécia, bem como no extremo norte da Jutlândia. Na

Ligados aos deuses existem os sacerdotes, que oferecem os sacri-

Heimdal aparece tão pouco que chegamos à conclusão de que ele não era cultuado. UIl é incorporado em muitos topônimos da Noruega

Njôrd, Freye Freyja, são difundidos: eles são abundantes na Noruega

Dinamarca, Njôrd aparece em topônimos na Zelândia e em Fyn; Frey e Freyja também aparecem nessas duas ilhas, como também no sul da Jutlândia. A julgar pelos topônimos, Loki, como Heimdal, não era cultuado, Em muitos lugares a palavra “deus” ou “sagrado é usada ao invés de qualquer deus em particular, Com frequência, esses topônimos possuem como segundo elemen-

to O objeto que é consagrado ao deus, Terminações como -hov ou

hof mostram que ele possuía uma casa ou templo; -harg ou -tuna significa seu local de sacrifício; -hylde, a base de um

* Incidentalm ente, topônimo encontrados com 0 nome A ui

256

ídolo; -Vi, O

suecos terminados em : -tuna não são nunca

a coragem para lutar contra seus inimigos. O terceiro, Frey, dá paz e prazeres sensuais à humanidade. Este ídolo é, portanto, dotado de um poderoso falo. Odin é representado armado, ao estilo de Marte;

também elevam homens à posição de deidades, dotando-os de imor-

Ansgar, que foi concedida ao Rei Eric.

tícios do povo. Se há a ameaça de doenças ou fome, eles oferecem

sacrifícios ao Ídolo Thor; se guerra, a Odin; e se um casamento está

para se realizar, eles sacrificam a Frey. Há também um festival em

Uppsala a cada nove anos, comum a todas as províncias da Suécia.

O comparecimento a esse evento é compulsório e é uma prática

universal que reis e todas as pessoas mandem ofertas à Uppsala e

— uma coisa cruel — aqueles que tenham se tomado cristãos e assegurar isenção pelo pagamento de uma multa. Nessa nas 0, ?

sacrifício envolve a morte de nove seres masculinos gesto as = Criaturas, com cujo sangue os deuses são apaziguados.

Us Corp

rio tuá san um , plo tem ao o im óx pr ue sq bo um em os ad ur são depend secon em ivina, € , ina div o com da era sid con é ore árv tão sagrado que cada

“257

e

quência da morte e da decomposição das vítimas. Cachorros e " los são dependurados ao lado de seres humanos, e um pb t disse que viu lá setenta e duas carcaças pendendo lado a lado

À

propósito, dizem que as canções cantadas durante a Cerimônia são

numerosas e obcenas, de modo que é melhor nada dizer à respeito

delas”. Algumas adições posteriores a esse relato são:

“Perto do templo, há uma grande árvore, cujos palhos são verdes tant

tivos sobre as casas e as colheitas. Ag dtsip doras de poderes amigáveis, e era import admiração e respeito, assim como se

Vikings, as dísir eram cultuadas em U pesto no Morte. Nos tempos

que acontecia no inverno, em fevere 0, € ou duendes, eram deidades de disto

Com a

lua-cheja. Os dlfar

o no verão como no inverno; a que espécie ela pertence ninguém

sabe. Há também lá uma fonte 'onde são feitos os sacrifícios pagãos. Um homem é jogado dentro dela e, se ele não reaparecer, é sinal de

que os desejos do povo serão satisfeitos”,

E mais adiante: | “Uma corrente de ouro cerca o templo, dependurada no telhado,

saudando os visitantes de longe com seu brilho, uma vez que o tem. plo está situado em uma planície, como um anfiteatro cercado pelas

montanhas”. | Uma fonte literária bem mais antiga, o germânico Thietmar de Merseburg (1000) descreve uma festa de sacrifícios, que acontecia a cada nove anos, no més de janeiro, em Lejre, na Zelândia. Aqui, diz Thietmar, em frente das pessoas, noventa e nove seres humanos e noventa e nove cavalos, sem contar os cachorros e os galos, eram

sacrificados aos deuses, para que eles protegessem o povo contra os poderes malignos e como expiação pelos seus pecados. Não fica claro se essa f.sta ocorria durante os tempos Vikings ou antes. Uma festa pagã de sacrifícios era chamada blót. Snorri descreve aquelas que aconteceram em Lade, em Trondelag: todos os campo-

neses tinham que comparecer, levando cerveja e carne de cavalo, As paredes do templo eram besuntadas por dentro e por fora com o

sagradas. “Não se aproxime, miserável” temo a fúria de Odin, nós adoramos mulher perversa”, escreveu Sighvat, » * Que mê mandaria embora como se eu fosse um lobo, disse que estava se p reparando para o álfablót””. Nessas ocasiões não havia lu Bar para a tradic ional hospita-

lidade nórdica.

Outras espécies de seres invisíveis que frequentavam as habitações humanas e com as quais era prudente estar em bons termos er am os veettir, e, mais abaixo ainda na escala, os trolls.e os gnomos , mas esses não eram realmente adorados.Um exemplo notável da sobrevivência em uma área remota de um culto primitivo é relatado em um conto chamado Volsapáttr — “À história de Vôlsi”. A cena é uma fazenda solitária no norte da

Noruega onde viviam o fazendeiro e sua esposa, o filho e a filha, O servo e sua esposa. Vôólsi é o nome dado ao pênis de um cavalo,

truídas no chão do templo e dedicada a Odin; Njórd, Frey e o deus

cuidadosamente preservado pela esposa e embrulhado em um pano de linho. Todas as noites, os seis habitantes da fazenda passavam o objeto de mão para mão, endereçando a ele versos curtos. Essa cerimônia se tornou um hábito notumo daquelas pessoas até que Santo

de tal festa, o que ele fez somente em parte e com relu-

esperados, atirando o pênis pagão para o cachorro e ensinando o cristianismo à família ignorante. Tal mistura de sexualidade magia

sangue dos cavalos, sendo que a came era cozida em fogueiras cons-

menor Gragi, antes que fosse comida. Há a história famosa de que os camponeses de Trondelag forçaram o rei cristão Hakon, o Bom, à

pp ancia.

Olaf e alguns companheiros de viagem chegaram ao lugar sem serem

estavam sem dúvida longe de ser excepcional entre os primitivos

Não somente os deuses principais, mas também as divindades 7 o TeS, 08 disir e os álfar, eram celebrados com sacrifícios. Os

camponeses escandinavos.

os E niquícias, e, talvez, também relacionados à Freyja em ua capa-

tuásantuá , pagãos ênci os templ a ncias referê tura, litera na hadas espal Há, rios e festas de sacrifícios, além dos relatos já tao de

disir eram seres femininos, possivelmente relacionadns às fylriur

Pero

ind

258

na deusa da morte, Era prudente estar de bem com É dE

delas com ofe endas de sacrifícios, porque 655

à morte e possufam também certos poderes prote

Lugares de culto

sobre a blót de Trondelag, o de Adam de Bremen so re ess e

de Uppsala e o de Thietmar sobre os sacrifícios em

Lejre.

stóri em Beowulf, incidentalmente, pode ser relacionado à história,

d do 259

salão do Rei Hrothgar, chamado Heorot (“veado”) em Lejre:e são, sem dúvida, um pouco mais velhos do que a Era Vikir ambos

tanto, que tipo de evidências pode oferecer a arqueologia E

or

plos, santuários ou lugares anexos sagrados? Deve-se admitir bra evidências são exíguas e certamente não suficientes para

reconstruções. Um bom exemplo é a escavação de Ejnar Dto

permiti

o altar-mor da igreja românica de Jelling*, no sul da Jutlândia ed Dyggve encontrou os remanescentes

de uma

"

Igreja construída dé

aduelas com uma abside retangulano r lado este, quatro grandes estacas de telhado formando um quadrado no centro da Igreja, e na

desenterradas (embora em menor número na Din a cmi é e Jutlânde lon ge mas , Sué na cia e ) No dia que na ruega impre-sunsifãorome da idéia Viking referente ao após pda pa

revelam uma grande complexidade e variedade de práticas e cre

elas

renças, Ocorriam tanto o sepultamento quanto a cremação; e casos, alguns em ção; c grandes em feito era o sepultamento

outros em modestos caixões; em um

no

barco,

grande navi

ou, ocasionalmente, em ia barco simbólico feito de

pedras, ou em uma carruagem. Fá sepulturas sob imensos túmu. los, e sepulturas sob campos planos comuns; os artigos encontrados

extremidade oeste um espaço aberto cercado por pedras. Ele encontrou também traços de um edifício de madeira ainda mais antigo

nas sepulturas são às vezes ricos, outras vezes pobres, e outras vezes

grande trave de apoio havia sido embutida. Acredita-se que a primeira dessas duas descobertas seja a igreja

víngios) os costumes:de sepultamento variavam entre os três países

— os remanescentes de um piso feito de barro através do qual uma

que o Rei Harald Dente Azul construiu depois de sua conver são ao

cristianismo, enquanto que a construção mais antiga é, geralmente,

considerada os remanescentes de um templo pagão de seu pai, Gorm. Igualmente, Sune Lindqvist encontrou sinais de um templo sob a igreja de pedra da Antiga Uppsala, embora esses sinais fossem insuficientes para justificar a reconstrução do famoso templo que ele fez.

Os remanescentes que nos darão a forma e o plano de um templo pagão ainda estão para serem descobertos. Por que são eles procurados sob as igrejas de pedra da Idade Média? A razão é que, geralmente, se descobre que elas foram construídas sobre igrejas mais antigas, as quais, por sua vez, presume-se tenham sido construídas

sobre templos pagãos demolidos. Na Islândia, certas “casas compridas” com seções especiais nas extremidades (para ídolos?) têm sido interpretadas como templos, mas sem certeza. Em J elling, aproxima-

damente há dez anos, Dyggve identificou uma grande área triangular,

que havia sido cercada por pedras verticais, presumivelmente um vé

ou lugar sagrado. Áreas triangulares anexas similares foram localizadas por ele em outros lugares da Dinamarca. Retornaremos com detalhes ao difícil problema de interpretar as descobertas de Jelling

— túmulos, vé, templos, igrejas feitas em aduelas e pedras rúnicas. Idéias a respeito da morte e costumes referentes ao sepultamento A atitude Viking, referente à morte, é, até certo ponto, revelada pelas descobertas de sepulturas. Centenas de covas Vikings foram Rar

reais, 260

ste é O lugar onde estão dois grandes túmulos e duas pedras rúnicas

totalmente ausentes. Há duas razões principais para tão grande variação de práticas. À primeira é que nos tempos pré-Vikings (mero-

nórdicos, e continuaram depois no período Viking. A segunda razão

é que a religião Viking é bastante indefinida em sua doutrina sobre

a vida depois da morte. Vamos considerar esses dois pontos mais detalhadamente. Variações referentes aos costumes de sepultamento dos mortos

Na Dinamarca, nos tempos merovíngios, desenvolveu-se a tendência de oferecer somente oferendas simbólicas de sacrifícios e artigos para serem sepultados juntamente com o morto. Fragmentos de objetos ou miniaturas simbólicas eram usados frequeritemente em lugar de outras genuínas. Na Noruega e na Suécia por outro

lado, essa tendência era bem mais rara, e era costume frequente

deixar depósitos ricos e preciosos com o morto. Outra diferença era que, nos tempos merovíngios, na Noruega e na Suécia, era comum

sepultar o homem morto em seu navio — enquanto que esta prática era quase desconhecida na Dinamarca. Na Suécia e na Noruega há muitos sinais de navios-sepulturas dos séculos

VII e VII; E

Viking — a despeito do fato de que, dr

dr

160% 08 restavam apodrecido, havia ou quando o navio era queimado para razões as todas Existem existência. sua tes para confirmarem Ea E. nos existentes básicas diferenças essas se acreditar que Re e ps a foram VIII e VIL VI, dinavos nos séculos tas pródigas e ricamente decoradas aparece Dinamarca.

PERA

bietos simbólicos em

- Um aspecto do estiloéciadinamarquê s para objetos Cm d Ma no o nã io nav UM 0: 188 “ra ? eg ru No na e Su na re or oc pulturas

se

Havia, provavelmente, uma razão prática P

* poderia ser desperdiçado,

morto era colo261

cado em um navio simbólico formado por um arranjo de pedr O impacto do cristianismo foi um fator a mais na criação da cons plexidade dos háb

itos Vikings, porque o cristianismo proibia a pê. tica da cremação e requeria uma simples sepultura de E om madeira orientada este-oeste, e destituída de qualquer outro conteúdo

que não o morto. As práticas cristãs podem ser descobertas na Dinamarca e na Noruega no final do período Viking, mas quase nada na Suécia, que adotou a fé cristã aproximadamente cem anos depois dos outros dois países (depois de 1100). No que diz respeito à cremação, durante o período merovíngio foi uma prática muito

mortos, € aí em um certo sentido el

Valhalá ou o Céu a intervalos, Ou

estavam

sempre

com

suas famílias, e por essa razão era obriga-

ção da família manter sempre a sepultura ou o túmulo em ordem,

de maneira que aquele que tivesse partido jamais se sentisse tão esquec

ido a ponto de ser obrigado a se tornar um fantasma vinga-

tivo. Um caminhante depois da morte era terrível e perigoso, e a única saída para os parentes seria abrir q sepultura e matá-lo pela

segunda vez. A. W. Brógger acredita que muitas das sepulturas vio-

mais comum na Suécia e na Noruega do que na Dinamarca ; mas como

ladas que os arqueólogos notaram podem ser explicadas desse modo: não se tratava sempre de simples pilhagem. Uma única explicação

e na Noruega. Na Noruega existem muitas sepultura s datadas do período merovíngio, e sepulturas em navios da Era Viking, onde os cadáve res eram sepultados sem serem cremados. Seria falso, entre-

ser dada, já que os Vikings não possuíam uma teoria fixa, clara e geralmente aceita da natureza do que havia depois da vida. Essaé a razão pela qual há tantas variações, mesmo no que se refere a um

sobre as práticas funerárias; numerosos fatores determinavam os métodos adotados — costumes locais, riqueza, posição soci al e a

Considere-se, por exemplo, os navios-sepulturas dos Vikings bem-nascidos. Depois de sua morte, o rei ou o capitão é entronado em seu navio. O que determina o próximo passo? Será ele cremado?

Além do mais, as próprias tradições pagãs não eram unânim es

dentro do navio? As respostas.a essas questões devem ter sido condi-

a cremação não era inteiramente desconhecida na Dinamarca

o sepultamento em terra também não era descon hecido na Suécia

tanto, assumir que a cremação por si mesma denote uma religião em particular. Não havia regras fixas e inalteráveis na Escand inávia importância relativa da tradição cristã ou pag4.

na matéria. O que a antiga religião familiar e a crença nos sir ensinam sobre a vida após a morte? Para onde ia o morto? Ess as

questões estavam além da maioria dos Vikings. A mitologia regis-

trada nos poemas édicos e por Snorri afirma que os guerreiros mortos em batalha iam ou para Valhalá de Odin ou para a fortaleza de Freyja. Para esta última iam também as mulheres que morriam. Presumivelmente, todos os criminosos, proscritos e covardes iam para Hel, O quão profundamente os Vikings acreditavam realmente

nisso? Nunca saberemos com certeza, mas é usual entre os povos

que aceitam o politeísmo que o indivíduo selecione um deus do panteão

e deposite

sua

sorte inteiramente

nas mãos

da deidade

escolhida. Se esse não fosse o caso, o que aconteceria par a todos

o» que não eram criminosos, guerreiros ou mulheres, para onde “eles iriam? Tudo isso para explicar os ensinamentos da religião formal. A religião da f amília também tinha um forte domínio sobre a mente e o espírito do Viking. A unidade familiar era indispensável na morte

tanto quanto o era em vida porque, afinal de contas, era a família que construía e preservava

à sepultura, túmulo ou cemitéri o, onde quer que o morto fosse sepultado. Aí a família conservava seus 262

cobrindo todos os tipos diferentes de sepultamento Viking não pode



único tipo de sepultamento.

Será o navio queimado? Deve uma câmara mortuária ser construída.

“cionadas pelo que era considerado ser a finalidade do sepultamento. Iria o defundo velejando em seu próprio navio para o outro mundo E Ou seria a finalidade mais importante enterrá-lo em uma c mortuária apropriada,

considerando o navio apenas como um con

lo, no navio-sepu í eltura de de sepultura (como, por exemplo, teúdo Hedeby-Slesvig, onde o navio estava ereto sobre sua quilha é -sepul-la navio afque da profunda câmara mortuária). Por ou tro lado, o úniconitic

tura dinamarquês conhecido, o de Ladby, Fyn, 8 Too Go] aa ias homem ali sepultado iria com seu navio em direção para Valhalá, e as âncoras do navio estavam ja a aa proas prontas para serem lançadas quando dao

Uma terceira variação é encontrada no caso Oseberg, cuja popa estava ancorado porra

norueguês de

da a uma grande da como segura no

pedra, de modo que a pessoa morta era considere tro mundo. Dos da 3 para 0 OU exemplos norueporto até o distante dia de sua parti s os nde três gra r x e o as tur pul navios-se não queimados jo am . var seus navios No único kstad e Oseberg. preserveie

LO

pregos

ceram em terra.

A segunda

forma

pé o vi na do as nh li as e t n Ladby, some

RS

candinavos era uma s e s e r b no s o d o r r e t n e de 263

grande câmara funerária de madeira, ocasionalmente (como os navios-sepultura) coberta por um imenso túmulo de terra, e outras

vezes sob um campo plano. Os cadáveres não eram cremados, e eram

com frequência acompanhados por seus cavalos, cachorros, armas e ferramentas. O tipo comum de sepultura dinamarquesa (também encontra da

com frequência na Noruega) é simples, de terra, na qual o guer reir o era ente

E

ndentes aos martelos pagãos de Thor, Co

sido tão característica dos Vikings, à = à tolerância que pareçe

Thor são encontrados em uma mesma sep

antigo desejasse se assegurar dos favores de ambos og deuses, sem eles. entr e considerar a rivalidade

rrado sem ser cremado, com suas armas, e a mulher com suas jóias. Correspondendo a esta, na Suécia e na Noruega, há as sepul. turas de cremação com ou sem um barco e com ou sem um túmulo

baixo; padrões simbólicos de pedras (em forma de navios, ovais ou triangulares) na superfície das sepulturas são muito comuns. Uma variante interessante, do forte de Fyrkat, na Jutlândia, é aquela de

uma mulher deitada em uma carruagem (semelhante em construção

âquela encontrada no navio de Oseberg) colocada em uma sepultura de terra: um ritual que sugere que ela era imaginada estar viajando para seu destino final,

Principais cemitérios Foram encontrados na Escandinávia três cemitérios principais: em Birka, Hedeby e Lindholm Hgje. Em Birka, no leste da Suécia, cerca

de 2.500 sepulturas foram identificadas em vários locais ao redor

da cidade, e cerca de mil delas foram examinadas pelo arqueólogo Stolpe nos anos de 1870 e 1880. As sepulturas pertenciam a uma grande variedade de tipos: havia sepulturas de enterramento e cremação, algumas com ricos conteúdos, outras pobres. Nas grandes câmaras funerárias, onde o morto não era cremado, os cadáveres eram geralmente de homens, e lá eles eram deitados com suas armas, equipamentos de montaria, comida e bebida, cavalo e cachorro —

e ocasionalmente com uma mulher, esposa ou serva. O maior espe-

Cialista vivo em Birka, Holger Arbman, notou uma câmara funerária peculiar, que continha duas mulheres, uma ricamente vestida e a outra deitada numa posição estranha, retorcida. Ele deduziu que a senhora morta havia sido enterrada com sua serva viva, que morreu

sufocada na câmara funerária, e ele cita a evidência de Ibn Rustah

(veja pág. 274). A maioria das mulheres em Birka, com raras exce-

ções, eram sepultadas em simples sepulturas de cremação em Birka, sinais de um barco dado ao homem Dá Pa em Birka, evidenciada

a

264

ao

caixões de madeira. Há muitas e essas com freqiiência contêm morto. A influência cristãé tamem parte pela ausência de con-

108 que não o morto em algumas sepulturas, e em parte

presença ocasional nas sepulturas de pequenas cruzes, corres-

por outro lado, o cemitério situado mais ao sul continha poucas sepulturas, todas elas câmaras funerárias. Em nenhum dos dois havia

sinais de cremação, e elas continham corpos de homens e mulher es

Na maioria dos caixões não foram encontrados quaisquer artigos que tivessem sido enterrados juntamente com o morto; mas alguns

dos homens tinham suas armas com eles, e um grande número de mulheres haviam sido enterradas com suas posses. As câmaras funerárias eram mais ricamente supridas: os homens às vezes com escu-

dos, lanças, um balde de madeira, ou uma bacia de bronze, e a única mulher lá encontrada estava com seus omamentos, facas e chaves. O cemitério de Hedeby, que data do início do século IX até a metade do século XI, contém cerca de 3 mil sepulturas, das quais 350 foram examinadas; é o cemitério principal da cidade. O outro cemitério era pequeno (somente dez covas examinadas);

ele data de a partir de 900 e foi, provavelmente, estabelecido pelos

conquistadores suecos da cidade; suas sepulturas mostram um grande relacionamento com as câmaras funerárias de Birka, embora elas não sejam tão ricamente supridas.

Dificilmente se observa influência cristã nas sepulturas de Hedeby; mesmo nos cemitérios onde há caixões, as sepulturas mais antigas (que estão cavadas no sentido este-oeste) são tidas como sendo E

o Além Slesvig, de sul no cristian ismo do início o que do antigas

mais, sepulturas não cremadas, com poucos conteúdos, são a

tradas na Dinamarca datadas do século VIII, bem antes do advento | do cristianismo no Norte. Lindholm em situado está Viking o cemitéri grande O terceiro

de , cidade-irmã dela TOTO

Hgje no norte da Jutlândia, a noroeste de nao cr Sundby. Aí, em uma grande colina em parte colonização datado de diça, foram encontrados: (a) um ass local, em parte coberto

400 a 800; (b) um cemitério ao sul de 65110 entre datando € Teia, ore 1000 a 1 100, construída parcialmente n

a aldeia, datando de

tda cemitério arenoso. : 26

Os arqueólogos escavaram grandes áreas do cemitério e en

perto de 700 sepulturas, a maioria delas de cremação, Th. una

encarregado dessas escavações, fornece a seguinte descrição do cemi

tério: “As sepulturas de cremação são todas parecidas, Sejam cercadas por pedras ou não. À cremação dos corpos não era evidentemente

feita naquele local, mas em outro, ainda desconhecid O por nós, e os conteúdos das sepulturas — tais como ornamentos, c

rosa dinastia da qual vieram Gomm H Forcada e Cnut, o Grande, Em eh arald Dente Azul, Swein Barba g, há u

monumentos arqueológicos: (a) dois grandes Siro

ma

pedras rúnicas, uma erigida pelo pagão Gorm

e a outra erigida pelo cristão Harald para vs pal, Com (c) os remane

a scentes de dois edifícios de madeira sob o altar-mor

facas, fusos, pedras de amolar, caixas de madeira, a

'da presente igreja românica, u m deles provavelmente a igreja de Ha

funerária eram levadas ao cemitério, espalhadas em uma mente ds

não marcadas (bautasteinar), um vé ou santuário DRE Te

com uma fina camada de terra. Um

mortuária

damas, um cachorro, um cameiro e (mais raramente) um cavalo e uma vaca — haviam sido cremados com os corpos. As cinzas da ira

solo de cerca de uma polegada (um *ponto de cremação”) e cobertas

navio sacrificial poderia estar

colocado sobre as sepulturas”. Muitas dessas sepulturas eram cercadas por amostras de pedra de várias formas — ovais, redondas, quadradas ou triangulares. As mais interessantes eram as em forma oval pontuda, chamadas “formas de navio”. A noção que havia por detrás disso era evidentemente oferecer ao morto um navio simbólico, uma representação dele ao

invés de um genuíno, que era por demais valioso para ser desper-

diçado. Por essa razão, parece ser improvável que um navio verdadeiro fosse queimado na pira funerária. Ramskou concluiu, de seus exames das sepulturas de Lindholm Hgje, que esses arranjos de pedras eram tratados com pouca piedade pela comunidade, é que as pedras eram geralmente removidas para serem usadas em outro

sepultamento. Era somente no sepultamento que aquelas pedras simb ólicas assumiam algum significado; uma vez que sua finalidade

simbólica havia servido, e o espírito do morto tivesse começado a sua viagem, as pedras não tinham mais importância. Um número

considerável de sepultamentos não cremados foi também encon-

trado em Lindholm Hgje. Raramente encontrou-se armas dentro

delas (ou nas sepulturas de cremação) e não há razão para se assumir

influência cristã nos costumes de sepultamento. Uma caracteris-

tica interessante desse lugar é que a aldeia do século XI, que foi em parte construída no topo do cemitério, continha casas retangulares E elípticas do tipo daquelas de Trelleborg; mais importante nda, ela mostrou, pela primeira vez na história da construção de aldeias dinamar um

quatro elementos

quesa,

exemplo de fazenda com um plano de

É por último, mas não men os importante, há sepulturas Vikings em Jelling, no pr sul da Jutlândia. No século X, este era O lugar da pode: 266

rald e sob ela o templo pagão de Gorm; (d) os. remanescentes de uma grande área triangular cercada, formada d eoaê

dos dois túmulos de terra revelaram ao norte uma grande câmara. dupla de madeira, que havia sido arrombada e pilhada

de quase tudo, inclusive os esqueletos. A do sul era um cenotáfio

(isto é, um memorial sem uma sepultura) que, no entanto, conti-

nha um curioso “edifício” simbólico de galhos delgados, tendo na parte superior os remanescentes do que parece ter sido uma torre de vigia. Este túmulo cobria a extremidade sul do mencionado 'vé ou santuário, que foi assim parcialmente destruído quando o

túmulo foi construído.

-A ordem cronológica desses remanescentes de Jelling e dos acontecimentos a ele relacionados pode ser estabelecida com alguma confiança. Primeiro vem o vé de Gorm e, associado a ele, o túmulo

ao norte, o templo pagão e a pedra rúnica erigida para a Rainha

Thyri. O seguinte é a contribuição de Harald Dente Azul, incluindo a introdução do cristianismo e a destruição dos elementos pagãos, sua igreja de aduelas é construída no local do templo pagão; um

novo túmulo (o do sul) é construído sobre parte do vê pagão; os

€ norte ao câmara da tirados são Thyri e Gorm de centes remanes

levados para a igreja cristã (translatio), e a grande DO

cristã de Harald é erigida para seus pais entre 05 dois túmulos.

pa de , românica igreja da ão construç a é final o lviment desenvo ! a r altar-mo 0 que modo de feita lá, agora a que se encontr Pe está situado no lugar antes ocupado pelo templo e depois arqueolo go ao raçada desemba ia cronolog de aduelas, Devemos essa O , as is co as tr ou e tr en , , u i r b o c s e d e u q , e v g g y D r a n j E s ê dinamarqu m e m é b m a t o d a r t n o c n e a i v a h ele já

vé ria

alo

do que

re sa s e d a d i r u 1 c s b o as rt ce , o t n a t n e o N . a c r a m a n i D da i re outros lugares o , o l p m e x e r o p e, - Por qu

ipe to dest local de

l u m ó t m u o m o C al pagão Ençe

d construiu um cristã e n i c to ? ra mo me co ele em qu Sa (o do SD o fi tá no Ce . lo mu tú do ro nt de de palhos

bólico

267

cidos no período Viking: há o caso do maior túmulo

Noruega, Raknehaugen, que também não contém sepultura, Jelling é o maior monumento funerário da Dinamarca do S te e a pedra rúnica do Rei Harald é memorável pela s últi o PAR g da inscrição: ... e ele fez os dinamarq7 ueses cristãos”, um glorioso da vitória oficial do cristianismo na Dinamarca. ps conhecido

n

Sepulturas fora da Escandinávia

É razoável perguntar em que extensão sepultura

encontradas fora da Escandinávia. Seria pi nO me trássemos na Europa Oriental ou na Europa Ocidental: e com ms as encontramos na Rússia, onde grandes cemitéri os foram ecnsidos e também na Europa Ocidental, onde há trinta anos arqu eólogos dinamarqueses, orlentados por Haakon Shetel ig, empreenderam

a exame sistemático de museus e coleções com o objetivo de estabelecer, ainda que em esboço, o número de sepulturas Vikings conhecidas

no Ocidente. O resultado dessa pesquisa é dado aqui, re sumidamente: na Escócia e nas pequenas ilhas da sua costa oeste foram enco ntradas trinta sepulturas norueguesas Vikings, nenhuma delas de cr emação e em sua malor parte de mulheres. Algumas eram navios-se pulturas.

As ilhas Hébridas e Órcades possuem aproximadamente o mesmo número, e de novo a maioria de mulheres. Um navio-sepult ura foi encontrado nas ilhas Órcades. As ilhas Shetlands produziram algumas sepulturas de mulheres, nenhuma delas de cremação. Na Irl anda, o maior cemitério Viking é um local grande e destruído perto de Dublim (Kilmainham e Islandbridge). Aí foram encontrados qua renta espadas, trinta e cinco pontas de lança, vinte e cinco bossas

de escudos, alguns machados e pontas de flechas, e artigos de mulhe-

na E

E

como ornamentos, fusos, chaves. Outras descobertas em

m mostraram oito espadas, sete pontas de lança e alg uma s ossas

de escudos e pontas e flechas. Fora da área de Dublim for am descobertas duas sepulturas de homens e duas de mulheres — todas

E



Sinais de cremação. Na ilha de Man foram encontradas dez

turas também sem traços de cremação, todas de homens. E na

glaterra dezesseis sepulturas semelhantes, sendo três de mulheres.

No continente europeu

parte ocidental, somente alguma

ecid o. sepulturas são conhnhec idas: uma de homem (sem ser cremado) em

Eae

a Lone

conhecida na Burra

pe

na ilha de Groix, ao norte da Bretanha,

a é a única sepultura de cremação Viking

uropa Ocidental. A raça e o sexo daqueles que foram

268

dade é sugerida pelas conhecidas esferas de interesse dos países

Vikings; desse modo, as sepulturas Vikings na Escócia, Irlanda, ilha

de Man e noroeste da Inglaterra são provavelmente norueguesas; aquelas em Danelaw e no leste e sul da Inglaterra são dinamarque-

sas; as no norte da Inglaterra e na França podem ser norueguesas ou dinamarquesas. Isso não exclui a possibilidade de que algumas

das sepulturas sejam suecas, mas não há possibilidade de se provar.

Na Europa Oriental, pode-se, de modo semelhante, assumir que as sepulturas Vikings são predominantemente suecas. Em contraste com aquelas do Ocidente, as sepulturas Vikings na Rússia geralmente mostram sinais de cremação. Ao sul e sudeste do Ládoga existem vários túmulos grandes (do tipo “Volkhov”)-cobrindo sepulturas de cremação, e além dessas há centenas de tâmulos menores (tipo “finlandês”), alguns contendo sepulturas em terra e outro de cremadúvida sem são tipos, os ambos de sepulturas, dessas Muitas ção. à Yaroslay, em Rússia, na sul, ao Mais suecos. Vikings dos relíquias nordeste de Moscou, há dois grandes cemitérios contendo sepulturas

caracfortes possuem quais das conteúdos os em terra e cremação, há Moscou, de leste a Vladimir, de terísticas nórdicas. Na província

nas nórdicos elementos os aí mas cernitérios, também grandes que do mais não indicam € evidentes menos são muito

sepulturas:

is Sta eslavo. ambiente o sobre influência uma modesta ak uma essencialmente sido ter parece Rússia Ocidental,

a en e há poucas descobertas escandinavas lá; mas à aa mais ao sul, em Smolensk, Chemigov e Kiev. À oeste 65 asian

e russo cemitério maior o fica Gnezdovo, em coa io LSSO E O Várias túmulos. mil 3 cerca de o t n por arqueólogos russos nos anos dé e m a t l u p e s o a e t n e refer ,

O m o c s o d a r r e t n e eram

E : jeto obje tida sendo que 08quan era aa cremaçã cremaçã de.so russoDé Avdusin O o, PR O estudio a

Res E Groningen, na Holanda; uma de mulher, também

cremado. no dic”. “it Pitres, na Normandia; e um navio-sepultura

oposto

enterrados nas sepulturas podem ser determinados pelos objetos narra sepulturas, mas é possível somente dizer se estas são escandinavas e não escocesas, irlande xôni francas; não é possível diferenciar as a marquesas e suecas no estrangeiro, porque suas armas, ferrament as e omamentos são bastante parecidos, Até certo ponto a nacion ali-

O



eslavo,

mas

com

E es 0 suecos. os element s umeroso fato de a maioria n

, deduz, do

sueco Holgar Arbman, pol outro lado ecos, que ele era um cémis dos

conteúdos

das Sep ulturas A SST

tério do século X de uma grande

a de guerreiros é mer-

ara

cadores, O que parece lógico; a presença de elementos eslavos ng é muito surpreendente em uma colônia fixada no cent ro do terrk

portanto, bastante interessado em de “cob rir mais a esse respeito.

tório eslavo.

Um dia eu ouvi que um de seus líder es havia morrido. El es 0 colocaram sem demora em uma sepultura e o cobriram, e ele ficaria ali

Em Chernigov, bem como em seus arredores, a no rdeste de Kiey há muito mais túmulos. O maior, de cerca de 9 por 35 metros, ch a. ma do

por dez dias, até que terminassem de cortar e costur ar sua vesti-

“Tjernaja Mogila”, foi escavado nos anos de 1870, e provou

menta. Se o morto é pobre, eles fazem um navio pequeno, colocamno dentro dele e o queimam. Entretanto, se ele é rico, eles dividem

conter em seu centro uma casa-sepultura de madeir a, não cremada

com os esqueletos de dois homens e uma mulher, cercados po r uma qu

sua propriedade em três partes: uma para sua família, uma para pagar sua vestimenta e a terceira para fazer nabid [provavelmente um tipo

antidade de objetos, alguns suecos (incluindo uma espada), ma s a maioria era objetos eslavos ou persas. Também as roup as, bem

de cerveja escandinava] que eles bebem no dia em que a mulher escrava do homem a ser sepultado é morta e cremada juntamente

como um capacete cônico, eram eslavos. Outro grande túmulo nesse lugar, datado do século X, provou conter um se pultamento semelhante, não cremado. Sepulturas como es sas bem podem ter sido feitas para nobres suecos que se haviam parcialm ente incorporado ao ambiente eslavo, uma vez que suas roupas (c omo ressalta Arbman) têm muita semelhança com aquelas desc ritas adiante por Ibn Fadlan como tendo sido usadas no sepultamen to de um certo capitão su

com

com uma caneca em suas mãos. Quando um capitão morre, sua

família pergunta às suas escravas e servos: “Quem de vocês deseja morrer com ele? Então um deles diz: “Eu quero”; e uma vez que

tenha dito isso, a pessoa em questão é forçada a fazê-lo, não havendo mais possibilidade de arrependimento. Mesmo se ela desejar voltar

enciado pelas vestimentas eslavas, bem como por seus equi pamentos, quanto mais para o sul eles se dirigiam, Finalmente, al gumas sepultu

atrás em sua decisão, será impedida disso. Aquelas mais desejosas são em sua maioria as mulheres escravas. Então, quando este homem morreu, éles perguntaram às mulheres escravas: “Qual de vocês deseja morrer com ele?” Uma delas res-

ras dos séculos X e XI, tanto de homens quan to de mulheres, foram encontradas em Kiev, a maioria não cremada, e de novo indi-

cando, pelos objetos encontrados, um certo grau de assi milação entre suecos e eslavos,

pondeu: 'Eu quero”. E, a partir desse momento ela foi colocada sob

os cuidados constantes de duas outras escravas, que cuidavam dela

Também na Polônia há alguns traços da influéricia dos Viking s

até o ponto de lhe lavarem os pés com suas próprias mãos. Eles então começaram a preparar o sepultamento do homem morto,

suecos sobre os eslavos. Perto de Lodz, em Lutomiersk, sob um cemitério judeu, foram descobertas 125 sepulturas, a maioria não cremada, e consistindo, como de regra, de profundas câmara s de madeira, algumas delas contendo ricos conteúdos (tais como equipamentos de montaria) de origem mista escandinava, eslava e sueca

coisas tais como cortar sua vestimenta, etc., enquanto que todos os

dias a mulher condenada bebia e cantava como se em antecipação

de um acontecimento jubiloso. Quando chegou o dia no qual o capitão e sua escravapet

do Dnieper. Em seu total, esses remanescentes data m da primeira parte do século XI.

ie

ara

mporâneo

morte e do depois da vida. Fontes literárias podem tam-

indicações sobre o assunto. Aqui está um relato conde uma test

emunha ocular de um sepultamento e cre-

mação em um navio, que aconteceu no rlo Volga em 922. O narrador

qu ando seus capitães morrem, a cremação e tá a parte mínima de todo o procedimento do funeral,

é eu estava,

Eles são profundamente viciados em nabid, que

bebem noite e dia; e com frequência um deles é encontrado morto

eco, O rus sueco parece ter-se tornado mais e mais influ-

O que os arqueólogos descobriram sobre as sepultura s “US Costumes, no tocante ao sepultamento dos mortos naVikings e Europa Oriental, reforça nossa impressão geral de crenças vagas e móveis a respeito da

seu senhor.

mados, eu me dirigi ao local onde seu navio estava

Ele havia sido arrastado para a praia e para ele

estacas de bétula e outra de madeira. AO e de

:

io o Pá

ra ss

ê

ERR

ES aê

jado algo que parecia um grande depósito, ã ira. Agora as pessoas ei Fo caido E s o navio foi arrastado e colocado sobre Km

aa É ie encontrava ainda na sepulaa nav io no col oca foi do Ent ão, irad o da a nt on de pa d rn TaDOfes E ain da não o haviam retira RS a ele tura; s

um

banco de madeira, senda q é bizantino. Aproximou-se então

almofadas de dibag [seda Da de “o Anjo da Morte”, € enc a arr era da Ela ban co. o bra qu à , mul heras, almofadas SO O O cadáver até matar a escega velha ess um a rav a. ela espalhou

de todo o cerimonial, desde vestir

271

Notei que ela era uma mulher-gigante, velha, uma figura pesada

Ele s ago ra a lev am em direção que estava usando

eles removeram a terra do caixão de madeira, bem como também tiraram o caixão. Despiram então o cadáver, tirando as roupas com as quais ele havia morrido. Notei que o corpo dele havia se tornado

que iria matá-la. Depois ela tir dota, “o Anjo da Morte", aquela zelos, dando-os às filhas da mulher conh

É e deu-os à a do navio, Ela tiro u dois braceletes

e repugnante. Quando foram para a sepultura do homem morto

negro por causa do frio intenso. Quando eles o haviam colocado na sepultura, haviam lhe dado também cerveja, frutas e um alaúde, que

eles agora retiravam. Estranhamente o cadáver não cheirava, e nada

nele havia mudado, a não ser a cor da pele. Agora eles o vestiam com meias, calças, botas, casaco e um manto de dibag adomado com botões de ouro; colocaram em sua cabeça um chapéu de dibag e

pele de zibelina; e carregaram-no para a tenda no navio, onde o colocaram no lençol, com apoio de almofadas. Então, eles trouxeram

nabid, frutas e plantas aromáticas, colocando esses produtos ao redor de seu corpo; trouxeram também pão, came e cebolas que lançaram

à frente-do morto. Então, apanharam um cachorro, cortado ao meio, que atiraram aos pedaços dentro do navio, e depois disso pegaram

todas as armas do homem morto e as colocaram ao lado dele. E depois trouxeram dois cavalos, fizeram-nos correr até que ficassem

suados, depois do que os cortaram em pedaços com espadas, jogando a carne dêntro do navio; o mesmo aconteceu com duas vacas. Então,

elés apanharam um galo e uma galinha, mataram-nos e os atiraram

"dentro do navio. Nesse meio tempo, a escrava que desejou morrer andava para cima e para baixo, entrando em uma tenda depois da outra, e o dono de cada tenda mantinha relações sexuais com ela

dizendo: “Diga a seu senhor que eu fiz isso por amor a ele”.

Era agora a tarde de sexta-feira e eles levaram a escrava para algo

|

que eles haviam feito que se parecia com uma moldura de porta.

Ela, então, colocou suas pernas nas palmas dos homens e ficou alta o suficiente para olhar por cima da moldura, dizendo alguma coisa

em uma língua estrangeira, depois do que eles fizeram com que ela

intérprete disse-me: “Agora, » COIco! m isso ela está dize ndo adeus a todas as suas amigas”. Deram-lhe, então, ou tra caneca. Ela a tomou e cantou uma canção longa; mas a mulher idosa dis se à ela que se

apressasse, bebesse e entrasse na tenda onde estava seu senhor. Quan do olhei para seu rosto, ela parecia completamente desnorte ada. Ela queria entrar na tenda e colocou sua cabeça entre ela e o navio, Então, a mulher tomou sua cabeça e conseguiu fazê-la entrar, e ela própria a seguiu. Então os homens começaram a bater os escudos

com

as varetas de madeira, para não deixar que seus gritos fossem

ouvidos, de modo que as outras moças não ficassem amedrontadas e evitassem morrer com seus. donos. Seis homens entraram na tenda e todos eles mantiveram relações sexuais com ela. Depois eles a deitaram ao lado de seu dono morto. Dois seguraram suas mãos e dois "seus pés, e a mulher chamada 'o Anjo da Morte” colocou uma corda

ao redor do pescoço da moça, dobrada em cada extremidade, dandoas para que dois homens a puxassem. Então, ela avançou segurando uma pequena adaga de lâmina larga e começou a cravá-la entre as

costelas da escrava para cá e para lá enquanto os dois homens estrangulavam-na com a corda até que ela morreu. O parente mais próximo do morto agora apareceu. Ele tomou um volcostas suas afastou, se ele Então acendeu. o e madeira de pedaço

tadas para o navio e seu rosto para a multidão, segurando o pedaço

a levantaram de novo e ela fez o mesmo que havia

de madeira em uma mão e a outra em seu traseiro; e ele estava nu. incennavio o sob colocado haviam eles que Enquanto isso a madeirá

vez e ela repetiu o que havia feito na primeira e na segunda vez.

trazia um tição e o atirava na pira, de modo que o fogo tomou conta

descesse. Então,

feito antes. Eles a desceram de novo é a levantaram pela terceira

Então, eles deram a ela um frango, do qual ela cortou a cabeça €

diou-se. Então as pessoas vieram com galhos € tábuas; cada uma do madeiramento,

depois do navio, da tenda e do tonta Pipes

deu: “Da primeira vez que eles a levantaram, ela disse: Olhe! Vejo meu pai e minha mãe. Da segunda vez ela disse: Veja! Vejo todos

en quando terrível, ventania uma soprou após, Logo escrava. chamas subiram e o fogo ardeu ainda mais. € , te re rp té in u me ra pa a is co Eu ouvi um dos rus dizer alguma meu a ri as

no Paraíso, e o Paraíso é belo e verde e com meu senhor estão homens e meninos, Ele me chama. Deixe-me ir, então!

terra, os vermes e os campos 05

jogou fora; eles tomaram o corpo da ave e atiraram para dentro do

navio. Eu perguntei ao intérprete o que ela havia feito. Ele respon-

08 meus parentes mortos sentados ali, E na terceira disse: Veja! Vejo meu senhor 272

a, av at tr se e qu do i te un rg pe o d n qua i. te un rg pe , ê? qu r Po . s” lo to o sã , “Vocês, os árabes vocês atiram quem vocês amam

+ porq

273

outro lado, os queimamos rapidamente e eles vão para o Paraíso no

mesmo instante”. O homem caiu na risada e, sendo perguntado qual

a razão daquilo, ele disse: “Seu senhor, por amor a ele, mandou esta ventania, para levá-lo já! E isso foi provado, porque tanto o navio

quanto a pira, a moça e o cadáver, haviam já se tornado cinzas e

depois poeira. No local onde ficara o navio eles construíram algo parecido com um túmulo redondo. No centro dele foi colocada uma

grande estaca de bétula, na qual eles escreveram os nomes do homem morto e do rei dos rus, e então a multidão se dispersou”,

Ibn Fadlan foi um observador agudo e um bom narrador, que não

Branco”, eles não veriam razão pela

dizer, dar a ele uma oportunidade e

Olaf ordenou

ão Viking Gaukathorl que adotasse q cristianismo filosoficamente o homem replicou : “Se eu d deus, não será pior acreditar no Cristo do outro...” — uma resposta que ode, René no ES ao e

mente que Gaukathori era 2.8 a

TS aa dr

e , entre-

tanto, é o de Helgl, o Magro. No Landn imabó k é dito dele que “es; bastante confuso em sua fé; acreditava

porque pedras apropriadas não estivessem disponíveis nas redon-

em Cristo, mas invocava Thor nos casos de problemas marítimos e grandes necessidades ” A religião sir era aristocrática, e tinha pouco a oferecer ao homem comum no tocante ao que ele poderia encontrar depois da vida. E, consequentemente, ao final, ele voltou-se para o monoteísmo cristão, cheio de significado, com sua esperança e ajuda para todos. Assim triunfou o cristianismo.

estivesse no Paraíso, ele deveria ter um lugar seu na terra. Túmulos memoriais vazios semelhantes eram conhecidos, como vimos, nos

Quando começou o período Viking, por volta de 800, todo o Norte era pagão. Levou 150 anos para levar a Dinamarca ao cristianismo,

dá a impressão de ser inclinado ao exagero. Não vejo razão para não acreditar no relato do que ele testemunhou ou das interpretações que ele faz do que viu. Uma informação significativa que ele fornece

é que os Vikings construíram um túmulo memorial, um cenotáfio, dando a ele uma inscrição rúnica em um pedaço de madeira, decerto

dezas. É evidente que eles pensavam que, embora o homem morto

países Vikings. | Algum tempo depois de Ibn Fadlan, aproximadamente na metade do século X, outro escritor árabe, Ibn Rustah, tinha o seguinte para dizer sobre os Vikings: j “Quando morre um de seus notáveis, eles fazem uma sepultura parecida com uma grande casa e o colocam dentro. Juntamente com ele, colocam suas roupas, os braceletes de ouro que ele usava, e, além disso, muita comida, recipientes para bebidas e moedas. Colocam

- Ainda

assim,

a nova fé não conseguiu uma conquista rápida.

200 para a Noruega e Islândia, e mais de 300 anos para a Suécia. Por que será que a bem organizada Igreja Romana — com sua poderosa atividade missionária e sua prudência tática em procurar sempre

converter em primeiro lugar as pessoas pertencentes aos níveis mais

altos da sociedade — demorou para suplantar a fraca dinastia dos

deuses nórdicos? A resposta é que a força real da antiga religião

residia em elementos tradicionais como os ritos e práticas da fertilidade. Uma mudança de deuses no topo da sociedade pode ocorrer facilidade; porém

mais abaixo na escala há uma resistência

também sua esposa favorita, ainda viva. Então a porta da sepultura

com

Esse comentário condiz com a evidência arqueológica da sepultura de Birka já mencionada, e também com o túmulo de Chernigov.

hábitos e observâncias religiosas, baseadas nas necessidades da vida e a de toda a existência, e que já tenha milhares de nos qua

À vinda do cristianismo

aceitação do cristianismo no Norte, como no restante da pera somente começou a ter um progresso real à medida que ei E

é selada e ela morre lá”,

A variedade de ritos dos Vikings no concernente ao sepultamento dos mortos revela exatamente o quão vagas e complexas eram suas crenças religiosas. No tempo devido aquelas crenças seriam suplan-

tadas pela claridade da fé cristã. Uma religião que oferece ao homem

comum conceitos vagos e contraditórios do que ele encont rará depois da vida não é uma religião potente e este é o caso de toda fé politeísta. A crença nos sir com seus muitos deu ses era sem dúvida

tolerante para com as influências estrangeiras , e se um ou mais deuses fossem oferecidos aos Viking s, tais como “o Cristo:

274

natural a qualquer religião nova que procure interferir com antigos

de mudança nesse nível da sociedade leva muito tempo;é de tato, à nismo

assumiu

antigas superstições € costumes, autorizan

viverem sob uma nova forma.

O cristianismo na Dinamarca

Eno

a

a Na Dinamarca o desenvolvimento do cristianismo oa DEDE oa E do, em 823, o Arcebispo Ebo de Reims foi

dor e pelo papa de converter as terras pagãs

ro sucesso real não aconteceu antes de 826,

pelo convertido foi Jutlândia), (da ao trono, Harald

ão

-

Imp

Tinte

275

próprio julgamento de Deus. Poppo concordou im ediatament

o Piedoso, e pelo Monge Ansgar. Quase nada adveio desse fato, já que logo depois Harald e Ansgar foram banidos. Não foi senão vários anos mais tarde, em 849, quando Ansgar era arcebispo de Hamburgo,

no dia seguinte o rei apanhou uma barra de ferro em brasa e pa a Poppo para

segurá-la como uma prova de sua fé. Poppo tomou a barra ardente e a carregou pelo tempo que o rei desejou, mostr

com sua sé em Bremen, que começaram a aparecer os sinais dos primeiros progressos reais, durante os reinados de Harik, o Primogênito, e de seu sucessor Harik, o Mais Moço, em Hedeby. Foi permitido a Ansgar construir uma igreja em Hedeby (os remanescentes da qual

não foram ainda encontrados); e depois de um breve interlúdio do sentimento anticristão, que aconteceu aproximadamente em 854 —

durante o qual o pagão Conde Hori, depois da morte.de Harik, o

Primogênito, fechou a igreja —, o cristianismo reviveu e fez bons

progressos sob Harik, o Mais Moço. Muitas pessoas foram batizadas:

outras aceitaram o prima signatio da cruz, como uma preliminar ao

batismo; e outra igreja foi construída, em Ribe. Os próprios reis, no entanto, retrocederam. Nenhum dos Hariks

foi batizado, a despeito de um apelo urgente do papa (mandado por iniciativa de Ansgar em 864), em termos como: “Desista de adorar

falsos deuses e servir ao demônio, porque seus deuses são feitos pelas

mãos humanas e são surdos, mudos e cegos. Que salvação podem eles trazer a você, eles que, sendo insensíveis, não podem salvar-se a

si próprios?” Essas exortações eram frequentes. Em 723, Bonifácio, o missionário da Germânia, recebeu do Bispo Daniel de Winchester a ordem de usar O seguinte argumento para raciocinar com um pagão: os deuses pagãos antigos eram eles mesmos, nascidos e criados; mas quem havia criado o mundo antes que eles existissem? — E o Monge Hucbald (900) usava uma exortação da qual o teor era: “Deus nos criou, não nós mesmos; mas os ídolos que vocês reveren-

ciam são feitos de ouro, prata, cobre, pedra ou madeira; eles não vivem realmente, nem se movem, ou sentem, porque são feitos pelo

depois sua mão indene e convencendo todos os

na

0 ay

ficou convencido e determinou. que daquele momento em diante

.

Cristo fosse reconhecido como seu único Deus, A grande pedra rúnica de Jelling porta uma inscrição que mostra que Harald consí-

derava-se como responsável pela introdução do cristianismo na Dinamarca. Seu filho, Swein Barba Forcada, conquistador da Inglaterra,

foi um cristão indiferente, mas seu filho, Cnut, o Grande, foi ardente

na nova fé. Por volta do século XI, o cristianismo firmou suas raízes

na Dinamarca e o Rei Swein Estridsson (1047-76) devotou seu longo

reinado a tentar liberar a jovem igreja dinamarquesa do domínio do bispado germânico de Bremen, uma realização que, de fato, não ocorreu antes de um certo tempo. Em geral pode-se afirmar que o cristianismo foi estabelecido na Dinamarca com assistência efetiva da monarquia, mas não por coação real. O cristianismo na Noruega

O primeiro rei cristão da Noruega foi Hakon, o Bom, filho de Harald Cabelo Fino. Ele morreu em 960, aproximadamente na mes-

ma época em que Poppo alcançou seu milagre espetacular, mas a crença pessoal de Hakon de forma alguma significou que a Noruega tenha sido convertida à fé. Ele havia sido educado pelo rei anglosaxão Athelstan, e trouxe a nova fé da Inglaterra para a Noruega. O povo protestou e rejeitou os missionários de Hakon, e o rei não era forte o bastante para forçar a conversão ou sensato o suficiente para desejá-la; de fato, quando ele morreu, foi-lhe dado um funeral

ser humano e não podem auxiliar outras pessoas ou a eles próprios”,

pagão. Seu sucessor, Harald Capa Cinza, trabalhou de modo diligente

sueco Gnupa, em Hedeby, pelos conquistadores germânicos, pouco se sabe dos progressos do cristianismo na Dinamarca por cerca de um século. Entretanto, em 960, ocorreu o episódio — relatado por um contemporâneo, o saxão Widuking — do padre Poppo, cujos esforços valentes converteram Harald Dente Azul ao cristianismo.

vel, e o governante seguinte da Noruega, Conde Hakon de Lade

Ansgar morreu em 865, e sem contar a conversão forçada do rei

Os dinamarqueses admitiram, diz Widuking, que Cristo era um Deus,

mas sustentaram que outros deuses eram maiores, seus sinais e seus

milagres mais poderosos. Não, disse Poppo; Deus o Pai, o Filho e o Espírito Santo eram o único Deus: os restantes eram simplesmente ídolos. O Rei Harald (“ativo no ouvir, mas vagaroso no falar'”) perguntou a Poppo se ele poderia submeter essa asserção arrojada ao

“276

(segundo Snorri) pela causa do cristianismo, mas sem sucesso notáconversão A Thor. de devoto e confirmado pagão um 95), era

di

da

Tea Olaf Olafs, dois pelos conseguida finalmente foi Noruega Elm persuasivos esforços cujos (1014-30), (995-1000) e Santo Olaf desejando Tryggvason, Olaf que característico É violentos e cruéis. zommorreu), ele (onde Svôld de batalha da insultar os suecos antes

cm permanecerem à aconselhou os e pagãos de bou de sua condição sua de depois anos Eri inze a ificiai Qu casa é lamberem suas tigelas sacrificiais. DE icone havia já morte, quando o oeste da Noruega is

governante 08 derrotistas, métodos seus pelos nismo,

eram Ambos Swein. e Eric Lade, filhos de Hakon de

271

tolerantes o suficiente para permitir que outros continuassem suas práticas pagãs. Não foi senão depois que Santo Olaf assumiu o poder

que essa tolerância desapareceu, sob sua mão dura a Noruega foi

guesa necessitava tão desesperadamente. Na Islândia a conversão foi

Jovem, de Sigtuna — incluindo a proposição de demolir pela força o templo pagão da Antiga Uppsala. O Rei Stenkil era simpatizante

com Thorvald,o Viajado; e no ano 1000 o cristianismo se tomou

em

convertida e Santo Olaf se tomou o santo que a jovem igreja norue-

rápida. As atividades missionárias começaram seriamente em 981 legalmente a fé do país.

-

vras e expressões cristãs em pedras rúnicas suecas revelam a lenta penetração do cristianismo, e em 1060, um tipo especial de ação foi planejado pelos dois bispos — Egino de Skane e Adalward, o Mais

O cristianismo na Suécia

Ansgar levou a primeira missão cristã para Birka, na Suécia, em 829, depois de uma viagem perigosa, na qual ele quase foi morto pelos piratas. Foi bem recebido pelo Rei Bjorn em Birka, que permi. tiu a construção de uma igreja; depois de ter trabalhado lá por dois anos, período durante o qual a jovem igreja sueca foi incorporada

ao sistema eclesiástico romano, ele se tornou bispo de Hamburgo, com direitos de jurisdição sobre a comunidade de Birka. Entretanto, tais direitos não eram mais que meras formalidades; a “ipreja” de Birka era fraca e nenhum impacto sério foi feito, nem mesmo quando Ansgar revisitou o lugar na metade do século. A religião pagã “permanecia intata. Mais tarde, nos anos 930, mais uma missão foi despachada, novamente de Hamburgo, sob o Arcebispo Unni, mas essa também foi somente um interlúdio. Assim, no início do século

XI, quando a Dinamarca e a Noruega já haviam gradualmente aceitado o cristianismo, a Suécia era ainda um país completamente pagão. A batalha para tentar converter a Suécia tornou-se séria, e durante os cem anos seguintes seus muitos vizinhos cristãos fizeram esforços enérgicos para promover uma mudança de religião na Suécia, Um desses vizinhos era a igreja germânica do norte, centrada em Hamburgo-Bremen; outra era a igreja inglesa ativa na Suécia

e como consequência da conquista dinamarquesa da Inglaterra; e influências semelhantes eram exercidas pela Noruega, Dinamarca e França, e mesmo da igreja ortodoxa do oeste da Rússia. O paganismo sueco, entretanto, mostrou-se um inimigo poderoso, e a bata-

lha oscilou -para a frente e para trás durante o século XI. Adam de

Bremen, nos anos de 1070, pintou um quadro sombrio do paganismo persistente. O grande templo pagão da Antiga Uppsala, descrito

por ele, era ainda a cidadela da religio pagã nórdica, e de fato uma

base da qual fortes contra-ataques eram lançados sobre o cristianis-

Re

Ainda assim vários reis apoiaram os cristãos — Olaf Skotkonung,

a Jacob, Emund, Stenkil — e sob o primeiro um bispado foi

abelecido, de Hamburgo-Bremen, em Skara, Vastergotland. Pala-

“28

mas não permitiria essa evangelização forçada, e quando ele morreu,

1066, os pagãos vingaram-se expulsando o bispo de Sigtuna. O

bispado de Skara estava vago, e o paganismo permaneceu fortemente entranhado não somente em Uppland, mas também em Gotland e

Smaland. Sabe-se que houve, por volta do final do século, o banimento do rei cristão Ingi e a dominação do pagão Blót-Swein — embora essas posições tenham sido, subsequentemente, invertidas.

As condições na Suécia no início do século XI foram descritas pelo monge anglo-dinamarquês 4lnoth, de Canterbury, nessas palavras:

“Desde que as coisas vão bem, e tudo esteja sem problemas, os

Svíar e os Gautar parecem dispostos a reconhecer Cristo e a honrálo, embora como uma mera formalidade; mas quando as coisas vão

mal — má colheita, estiagem prolongada, tempestades e mau tempo, ataques inimigos ou incêndios — eles perseguem a religião a qual parece que eles nominalmente honram, e eles o fazem não somente

com palavras, mas também com ações; então se vingam dos cristãos e procuraram expulsá-los do país”. Esse quadro caracteriza o final do capítulo sobre a guerra religiosa

no eu rec apa des e ent elm vav pro a sal Upp de plo tem O , cia na Sué rou ent ca sue tã cris eja igr a po tem mo mes Ao . XII ulo séc início do é ne, Ska em d, Lun de ês rqu ama din spo ebi arc do e dad ori sob a aut

e ent end pre sur É s. ico mân ger pos bis dos le tro con do saiu o desse mod

ar, liz sta cri se a par po tem to tan do ora dem ha ten ão zaç ani sti que a cri diná o ísm ote mon O e qu de via pré são clu con uma vez que era uma o ísm ite pol O re sob ria ece val pre Sul do do ica nif sig mico e cheio de ele que po tem de o íod per go lon O so, dis sar estagnante do Norte. Ape E não de mos bre lem nos que a par ve ser demorou para prevalecer

, S C az cap u ece man per que igo ant o ísm ite mizar o poder desse pol to mui Há . nte ame dic ora esp -se pelo menos, recobrar-se é reafirmar a seri que é, isto : zam ati enf s oso udi est peso na conclusão que alguns a f as re sob r ece val pre smo ani sti cri relativamente fácil para o a barr

ar ass rap ult a seri cil difí s mai bem mas religiosas nórdicas; ão gi li re a el qu da s trá r po a vi ha e qu xa le mp co a ur lt cu da

a Er

E n ai E ca ri de as gi tura tão enraizada em antigas ma pe a íli fam e a nr ho de os ic rd nó difícil substituir os conceitos . mula ética de amar seus vizinhos

279

CAPÍTULO XV A POESIA E O ESPÍRITO VIKING

Obviamente

os Vikings tinham suas idéias a respeito do homem

perfeito. O que nos é apresentado no Rígspula: o jovem chefe Viking em toda a sua glória,o louro conde de olhos penetrantes, um cava-

leiro e caçador destemido, habilidoso com todos os tipos de armas de guerra, o líder que vence homens e conquista terras e cujos filhos se tornam reis. O quadro talvez seja um pouco fútil e falso. Uma

melhor impressão do ideal Viking é encontrada nas figuras heróicas,

tanto dos contos escandinavos quanto da história Viking. Algumas dessas figuras têm suas raízes no solo nórdico, outras no sul da Ger-

máânia, mas de onde quer que sejam suas raízes, elas eram figuras

reais e vitais na imaginação Viking. Bjarki e Hjalti são dois exemplos: ambos foram fiéis até a morte ao lado de seu rei assassinado, Hrolf.

Outros exemplos são Starkad, o flagelo implacável da timidez; o sábio Hamlet; o astuto Ragnar Lodbrok; os orgulhosose predestina-

dos amantes Hagbard-Signy e o assassino de Helgi Hunding, Sigrun, cujos amores resistiram além da morte. Há também a grande tragédia dos Volsungs com seu triângulo fatal entre Sigurd, Brynhild e Gudrun. O quão poderosamente esse assassino de Sigurd Fafni repremuitas pelas mostrad é o escandi nava imagina ção prendeu a Suécia, na madeira, € pedras em sagas, de ciclo desse sentações heróis, os entre de, esqueça mos nos não É Man. de ilha na e Noruega

não escandin ava história Na Vingado r. Vôlund (Weland),o Grande pode haver dúvida que Cnut, o Grande, Olaf Tryggvason, Santode investid os dias, seus nos foram, outros e Hardrad a Olaf, Harald sejam figuras, às então, são, Essas populare s. heróis dos glória toda a lendárias ou históricas, que mostram aqueles tributos que 05 Vikings reverenciavam

abandono

e procuravam

imitar: coragem, bravura, ad

ao amor, desprezo pela morte, generosidade, força

e crueldad e, balança, da lado outro no e, mente, fidelidade;

ntes Com Da Te cias derrisão, ódio e astúcia. Esses eram os ingredie da Idade Média, com Suas grandes tradições, sagas islandesas

281

vam os heróis dos desaparecidos tempos Vikings.

A poesia escáldica norueguesa e islandesa é uma forma literária

elaborada, limitada por regras rígidas. Sua complexidade se com.

para à da arte ornamental contemporânea. Ela faz uso da aliteração

e tem também rimas internas dentro da linha do verso. Seus praticantes usam circunlóquios pitorescos, metáforas vívidas, evitando

o nome comum de uma coisa, e as formas dos complicados versos

são construídas sobre regras rígidas. Não era fácil dominar a arte — difícil do escaldo. Os circunlóquios já referidos — kenningar

eram grandemente admirados pelos escandinavos, que amavam mis-

térios e enigmas à medida que faziam as expressões mais vívidas.

Os melhores kenningar não são simplesmente um jogo hábil de palavras, mas a expressão poética da experiência. Aqui estão alguns exempios. O primeiro escaldo norueguês conhecido, Bragi, o Velho, do século IX, descreve a fileira de escudos nos lados de um navio

como “folhas nas árvores da floresta do rei do mar”. As cenas de batalha tinham a preferência dos escaldos. Uma batalha é referida como “tempestade estrondosa de Odin”; “a canção mágica das Valquírias””; e “o grito das lanças”. O navio é chamado “o corcel das ondas”, a espada “'o peixe da batalha-tempestade”, a flecha “a abelha que fere”. O maior de todos os escaldos escandinavos conhecidos, o islandês Egil Skallagrimsson, chama as ondas ao longo das: rochosas costas da Noruega de “o cinturão de ilhas espalhadas ao redor da Noruega”; e para descrever como seus amigos de dentro desse cinturão dão a ele braceletes de prata, ele emprega imagens

floreadas como: “eles deixam a neve do cadinho [prata] cair sobre a alta montanha do falcão [o braço)”. Parece que nos últimos tempos Vikings quase todos os escaldos

eram islandeses. O último escaldo norueguês importante é Eyvind Skaldaspillir, enquanto que os maiores de todos os últimos escaldos

eram islandeses: o poeta do amor, Kormak, e os dois poetas da corte

de Santo Olaf, Sighvat e Thormod. O último foi o homem que cunhou o bon mot quando arrancou uma flecha de seu coração na

batalha de Stiklestad. Egil Skallagrimsson possuía uma técnica impecável e um vasto arsenal de sentimentos, capaz de expressar paixão,

“terror, vingança e felicidade; depois da morte de seus filhos ele escre-

veu o poema “Sobre a Perda de Seus Filhos” (“Sonatorrek”), no

qual o ódio e a amargura iniciais são combinados com uma calma e equanimidade finais.

É um exercício tentador, embora perigoso, comparar a poesia

Viking com a arte decorativa Viking. O animal ornamental não naturalista do início do período: de 800 foi substituído (a) no século 282

motivo do “grande | anjmal”, Que corres pondência pode se e trada na poesia Viking que vai do século IX até o sea x? ati dioso norueguês Hallvard Lie tentou descobrir um desenvolvimento comparável do estilo métrico, mas o estabelecimento de tais para-

lelos parece extremamente difícil,

O maior poema islandês que sobrevive é Vóluspá (“A Profecia de Sibyl”). Ele ultrapassa todos os outros em poder e força profética, é pa tanto a melancolia trágica quanto a esperança inspiradora. É uma visão profética do que havia sido e do que seria. Os AEsir são mais nomeados do que representados no poema. Para o poeta eles não eram o grande final da existência; eles deveriam pagar

por seus atos culposos. Acima deles havia uma força maior. A parte

central do poema descreve o Ragnarôdk, o fim do mundo, em uma grande série de visões. Tudo é consumido por fogo, e quando o incêndio termina, um novo sol nasce e a vida é renovada. Vôluspá sugere que a religião dos 4sir havia perdido o seu poder, ela era

claramente inadequada do ponto de vista espiritual. O poeta está

preparado para uma mudança religiosa e isso revela a significativa convicção de que, quando o Ragnarók estiver terminado, haverá tão somente

um deus, o Poderoso. Deverá isso ser tomado como uma

premonição, uma confidência, da vinda do deus cristão? Manifes-

tadamente o criador de Vóluspá era um pensador profundo e um ad grande poeta.

ada inspir a que do mais e envolv anto, entret , Viking to espíri O

cado signifi seu o todo er entend se para e , poetas dos ssão expre devemos descer das alturas poéticas e observar como Se expressava Deve. Vikings dos nto rtame compo no e diária vida na seu espírito nado, mencio já poema um o, exempl por novo, de remos considerar , embora ) or Superi é que e Daquel bios Provér (“Os o Hávamál com verdade

seja dita, ele não seja tão superior! O poema lida

Va nos todos Nem . comuns tos contex seus pessoas comuns em e ele nos dá indícios valiosos da conduta pio

heróis ou príncipes, Da o, lendári valor no está não ênfase a Aqui diário. ao nível

“” Dê mas pesca, princi sidade genero a sobre não : comum senso antica, mas na abstinência +€ . , "5.. mia doméstica: não sobre a paixão romântica O Hávamál é frio 'e sensato “sinho. vizin ) do esposa pela no respeito o. ic át pr o t n e m a t r o p m o c do o vr e u q o primeiro li , a s e d n a l s i o g e u r o n da literatura

, g n i k i V a d RU i v a d o r i e d a d r e v o x e l f e r m u e c e m o f s no s ng ki Vi reasunmdivoelmente A os ri óp pr s do es sõ vi às r a t n e s e r p e r m a r a E estudiosos tent 283

a respeito da existência humana e da condição do homem, bem como de tudo que o cerca. O influente estudioso dinamarquês Vilhelm

Grgnbech enfatiza, a partir dessas fontes, duas notáveis caracteristicas dos Vikings: primeiro, a importância que eles davam à honra (sua própria e a de sua família), e, segundo, sua crença na sorte na vida e nos empreendimentos de um homem.

Os Vikings tinham sua família como

de suas vidas. Era uma instituição de dela os indivíduos perecessem. Ela é viver sem ele, mas não o contrário. dos a se auxiliar e, se necessário, a

a parte mais importante

continuidade, embora dentro a dona do homem, que pode Os seus membros são obrigase vingar uns aos outros, e a

honra da família é suprema. Se um homem comete um crime que

tem como castigo a sua expulsão da família, ele se condena à pior das sortes: ser um proscrito, porque nenhum homem pode ser uma entidade em si mesmo, ele é parte do tecido de uma família. Per-

tencer a uma família de alta estima é uma bênção rara, mas pertencer a alguma família é uma necessidade humana. Não pertencer a nenhuma família é pertencer à espécie mais baixa, a dos servos, o homem

de quem mal se pode dizer que tenha uma alma. Se um homem tem sorte, sua honra floresce melhor, a honra

significando não fama ou fortuna, mas estima e segurança. Em todos

os casos, a honra do indivíduo era a da família também, daí a importância da vingança coletiva de uma ofensa feita a um membro de uma família. A vingança poderia significar o assassinato ou o pagamento de uma compensação pela parte culpada. Se uma compensação tivesse que ser papa, era importante usar o equilíbrio exato:

o preço não deveria ser alto demais, e nem, por outro lado, tão baixo de modo a fazer a família injuriada sentir-se ofendida. Muita habilidade diplomática era necessária para chegar-se a um equilíbrio desse

ouro, todos viam; , apreciação mútua! Ambos estay am satisf isfei



o conde pela fama de seus feitos, o escaldo pela volebeiiado de nos

habilidade

poética. Quando a testa enrugada de Egil foi suavizada

pelo presente de um anel de ouro recebido na corte inglesa, não foi

apenas o ouro que lhe deu satisfação, mas o reconhecimento público

de sua destreza poética. Entretanto, esse tipo de coisa tinha suas

desvantagens: levava a uma dependência exagerada do que as pessoas “diziam sobre as outras e uma consideração excessiva por comentários satíricos. O Viking era desesperadamente sensível à sátira, ao escár-

nio e à fofoca maliciosa: temeroso por si mesmo, embora pronto para infligir essas farpas às outras pessoas e alerta para descobrir as faltas. alheias, para ouvir o sarcasmo cortante, Ele era vulnerável à malícia que gostava de empregar. Os Vikings foram um povo complexo. Suas raizes residem em uma tradição de liberdade antiga, não-feudal, e por um longo perío-

do de tempo eles estiveram isolados em suas longínquas terras do Norte, sem contato com o restante da Europa. Eles eram autocons-

cientes e naturalmente inteligentes de um modo ingênuo, que

reagiam mais prontamente a uma oportunidade de ação rápida do que a uma que exigisse perseverança, e dotados de paixão por aveny s. ada ous turas O impacto dos Vikings foi extenso, mas superficial. Sem dúvida,

a a par a nci scê rve efe a nov uma e os uls imp tos mui m ara lev s ele ca íti pol o açã orm nsf tra a um nh ne m ira duz pro não mas , Europa os ent tal os cad mar de o pov um am for s ele e, ent alm Fin fundamental. as ert cob des nas s cia dên evi las amp am xar dei is qua artísticos — dos . esa and isl a tur era lit da os our tes s nde gra nos e s ica lóg arqueo

tipo, de tal modo que, se o caso fosse invertido, ainda assim as partes

continuariam a considerar o pagamento justo. Esse princípio fundamental da responsabilidade e da-obrigação da família deve ter criado uma característica obstinação no caráter Viking, bem como uma repressão da disposição de qualquer indivíduo de esquecer uma afronta ou um mal, porque não havia como escapar da família. Os Vikings mantinham sua posição na comunidade não somente pela sua aceitação dos laços familiares, mas também adquirindo um

grande círculo de amigos; a solidão era um destino terrível, mas mover-se entre amigos e receber elogios por suas ações era de fato uma bênção. Para o Viking, a aprovação era como a chuva sobre um

prado ressequido. Quando o escaldo cantava os elogios a um conde, todos ouviam; e quando o conde o recompensava com um anel de 284

285

EPÍLOGO O LUGAR DOS VIKINGS NA HISTÓRIA EUROPÉIA

Os ataques Vikings não eram migrações de povos inteiros. Embora

eles tenham sido descritos como tal, e mesmo vagamente associados às grandes migrações européias do século V, os ataques Vikings não eram movimentos de povos sob pressão. Durante todo o período entre 800 e 1100 não houve pressão externa sobre os escandinavos que pudesse ter causado uma migração: esse elemento não estava . presente nas expedições que partiram da Dinamarca para a Inglaterra

e para a Normandia; da Noruega para a Escócia e Irlanda; da Suécia para a Rússia. A pressão política que mandou os noruegueses para a Islândia era puramente local e parcial. Em resumo, as causas dos ataques Vikings eram inteiramente diferentes daquelas que motivaram os movimentos na Europa do século V, e não há relação entre esses dois fenômenos históricos. A Escandinávia chama o período compreendido entre os anos 800'e 1100 de um período ou época da história, mas como são essas palavras justificadas na perspectiva da história européia? A Escandi-

os e ngs Viki ues ataq os te: inen cont do e part a uen peq návia é. uma -rizá auto a poss que cia rtân impo uma ram tive ção niza colo feitos de ? péia euro ória hist na a époc uma o com ados ider cons m sere a los ia uênc infl ma algu m cera exer ngs Viki os l enta Ocid Na Europa foi ra ater Ingl à es, rior ante a aind odos duradoura. Como em perí

1100 e a.C. 500 e entr s veze rsas dive por invadida pelo continente annorm s, uese marq dina , xões o-sa angl d.C.: pelos celtas, romanos,

povo o qual do l racia ma lga amá o m ira duz pro sões inva s essa e dos: dos o temp no m rera ocor sões inva inglês foi criado. Duas das cinco era, o bém tam ta quin à ava; ndin esca te Vikings; a quarta foi claramen Essa . iais tanc subs s nsõe dime de m fora s amba mas indiretamente, e

opa Eur a para a ativ ific sign fato de é influência sobre a Inglaterra

c pa im do os ad lt su re os e, nt ie Or No o r p à e u q z ve a m u , e t nen a rm pe ou l ta vi o tã mo co ser considerado t t a n s e t n a t i b a h s ao o ã ç a l re m e s o d a g e h c m é c e r s g n i porção dos Vik

287

vos era bem menor do que no Ocidente. Ainda assim, a infiltração sueca não foi um episódio sem importância na história da Rússia, Sobre a Europa central, evidentemente, não houve impacto Viking,

principalmente por razões mercantis. As rotas continentais de comércio dos Vikings iam do Leste, sobre as imensas planícies russas e ao longo de seus extensos rios, diretamente para os mercados bizan-

tinos e árabes; não havia Alpes intransponíveis para enfrentar, e nem

impérios poderosos para cruzar. Na história da Europa central a expressão “Era Viking” não tem sentido. O sul da Europa também não foi afetado pelos Vikings. Embora os pequenos reinos normandos do sul da Itália tenham alcançado alguma importância depois dos tempos Vikings, durante as Cruzadas, seu relacionamento com os Vikings é longínquo. Embora os bizantinos e os árabes tivessem

encontrado a presença e a influência dos Vikings, não se pode

afirmar que o comércio rus no Volga ou a guárda pessoal escandinava do imperador bizantino seja historicamente importante o sufi-

ciente para justificar o termo “período Viking” na história daqueles dois grandes impérios. Portanto, como uma época na história européia, o termo “Era Viking” pode ser tomado somente em um sentido

limitado. Em comparação, o termo significa mais para os escandinavos do que para os outros europeus.

O que os Vikings deram à Europa? Para começar, eles conduziram-se dona pro, saques e assassinatos; mais tarde sangue na colonização. Ou então, de - os Vikings ter ensinado à Europa. Por

O que eles receberam dela? Danaorum: destruição, estueles gastaram suas energias € outro modo, nada poderiam outro lado eles tiraram muito

da Europa, embora tenha levado um longo tempo para que eles usassem o que tomaram. Levaram 300 anos — por mais estranho que pareça — para que aprendessem a construir em pedra e tijolos ao invés de madeira e barro. Levaram 300 anos também para que a nova religião penetrasse em todos os três países escandinavos. Mas quan-

do, finalmente, essas mudanças culturais, materiais e espirituais foram

completadas,

começou

na Dinamarca, no século XII, um

período notável de construção de igrejas durante o qual a nova técnica e a nova fé trabalharam juntas. E o cristianismo revelou O mesmo poder na Noruega e na Suécia. Quando afinal a Era Viking desvaneceu-se na história, os Vikings haviam recebido da Europa mais do que eles haviam dado; e o Norte que eles haviam deixado

para trás, animado por essas influências européias, não enfraqueceu, mas mudou, sendo levado a uma nova vida cultural.

SELEÇÃO BIBLIOGRÁFICA

CAPÍTULO I A. DOPSCH, Wirtschafiliche und soziale Grundlagen der europdischen Kulturentwicklung aus der Zeit von Cisar bis auf Karl den Grossen, I e II. Viena, 19234,

H. PIRENNE. Mahomet et Charlemagne, Bruxelas, 1935. Tradução para o inglés: Mohammed and Charlemagne, Londres, 1939,

H. PIRENNE, 'Un contraste économique: Mérovingiens et Carolingiens.' Revue belge de philologie ef d'histoire, 19223. ung der Grând zur bis Reich ische frink das und n anne Norm Die W. VOGEL,

Normandite. Heidelberg, 1906. R. H. HODGKIN, A History of the Anglo-Saxons, 11. Oxford, 1939, a, 1958. Uppsal . Funde und en abung Ausgr burg, n-See Grobi AN, B. NERM 218 pp. 1876. , hagen Copen I. e, nnern Norma JOHANNES STEENSTRUP.

CAPÍTULO II 2. 6-8 187 , en ag nh pe Co . LIV , me ne an rm No , UP JOHANNES STEENSTR 19046. A. BUGGE. Vikingerne, 1 e 11. Christiania [Oslo], 1925. , rg bo te Gó tid. al mm ga i pa ro eu st Va och en rd No . E. WADSTEIN s, 1930. T. D. KENDRICK.4 History of the Vikings. Londre 1944. a, sal Upp tid. al mm ga 1 n te en in nt ko och FRITZ ASKEBERG. Norden ). ss. e 115 pp. g', kin “Vi a vr la pa da to ei sp re a eta especialmente 1935. o, lm co to Es , led ter Vis 1 ar ng ki Vi . ER RG H. EBMAR em, STENBE . 55 19 o, lm co to Es g. in ik rv te Ós | r ea Sv . AN BM AR H, 1883. y, et ci So xt Te h is gl En y rl Ea ” s. lu os Or 's red Alf H. SWEET. “King Oslo, l. bic Ara es nt fo m ru ca ni an rm No SEIPPEL. Rerum ALEXANDER 1: 1876; II: 1928. õfe nh te rs Fi e ch is an rm ge an n te nd sa Ge G. JACOB. “Arabische Berichte von , 1. de un sk lk Vo n he sc ut de r zu n le el Qu aus dem 9. und 10. Jahrhundert'. lim-Leipzig, 1927. H. PIRKELAND. 'Nordens

Kkilder. ke is ab ar r te ef n re de al el dd mi historie à

,

. 54 19 , lo Os . er ft ri sk is em ad Ak sap sk iden r die fa en ng ku nd ha Ab .! ht ic er eb is GAN. “Tbn Fadlân's Re

TO À, DALI . 39 19 g, zi ip Le 3. IV XX , l. s Vo e d n a l icum. if Kunde des Morgen nt po e ta es cl ec s i s n e g r u b a m m sta Ha Ge . or st gi ma , S I S N E M E R B ADAM 1917. g, zi ip Le rve no He . er dl ei hm Sc Ed. H. B.

CAPÍTULOS Ill a V

.

H.

29. 19 , en id Le n. we eu le de m Id vroegste onze en HOLWERDA. Dorestad Oxford, 1947.

England, Anglo-Saxon STENTON. F. *

288

ss.

289

Scandid an ta ss Ru t en ci An n ee tw be s on ti la Re VILHELM THOMSEN. The a no. st vi re ão iç Ed . 77 18 , rd fo Ox e. at St n ia ss Ru navia and The Orlgin of the

ADA BRUHN HOFFMEYER, Middelalderens tvexpzed nhagen, 1954 (com sumário em inglés), das P. PAULSEN, Axt und Kreuz bel den Nordgermanen. Berlim, 1939, ineo Wikingerzeltliche D. SELLING. und fru frihmittelal TRA, elalterliche Keramik In Schweden,

1954. H. PASZKIEWICZ. The Origin of Russia, Londres, 1953. , us rh Aa a. ic ng ra Va . EN RS TE PE RDE EN A. ST ussisch-R ch is in nt za By en st te dl r de m le ob . Pr s EN Da RS TE PE RA, STENDE , pp. 165 vo oe di Me l de ta or St : II l. Vo i, on zi la ” Re n. ge un eh zi Nordischen Be e ss., ed, Comitato internaz. di sclenze storiche, X congresso internaz, Roma, 19535. rste HertuJOHANNES STEENSTRUP. “Normandiets Historle under de syv fó k. ls Se k, ns de Vi ke ns da , kgl t . De s) cê an fr em o ri má su om * ger 911-1066 (c Skrifter ,7. Reekko. Copenhagen, 1925. s en ve na di an s sc ne on rs pe de ms no . s Le ES RI UT GA S D DE AR IG AD JEAN

BIGQRN HOUGEN, 'Osebergfunnets billedvev.” Viking, Vol, IV. Oslo, 1940,

autor. lo pe , 19 19 , en ag nh pe Co 1, er ft ri Sk e ed ml Sa em s dinamarquê . et bi ge ga do La s da d un it ze er ng ki Wi r de n ne an rm e W,J. RAUDONIKAS.'Di No Estocolmo, 1930.

Normandie de 911 à 1066, Lund, 1954. EJINAR DYGGVE. 'The Royal Barrows at Jelling. Antiquity, 88. Dezembro de 1948, pp. 190 e ss.

EINAR DYGGVE. 'Gorm's Temple and Harald's Stave-Church at Jelling. a, . XXV, 1954, pp. 221 6 ss. Acta ArchaeologicVol

H. SHETELIG. “An Introduction to the Viking History of Western Europe.” Viking Antiquities in Great Britain and Ireland, Ed, por H. Shetelip, Parte I, Oslo, 1940. P. DU CHATELLIER

e L, LE PONTOIS. 'La sépulture scandinave à barque

de I'fle de Groix.' Bulletin de la Soc. Arch. du Finistére, Vol. XXXV.

Quimper, 1908. . 1909 VI, b, Clu ing Vik the of ook a-B Sag n.” Spai in ings “Vik N. SSO FAN J. STE K. GJERSET. History of Iceland, Londres, 1924. Culture P. NORLUND e M. STENBERGER. 'Brattahild. Researches into Norse

agen, 1934. enh Cop 1. 88: Vol, nd, nla Grg om ser esi del Med ? and enl Gre in

LIS JACOBSEN. Svenskeveldets fald. Copenhagen, 1929. , lmo oco Est n, nne nvâ For ar.' Bulg à lan Fad n d'Ib age Voy 'Le T. 3. ARNE, | 1941. ohae Arc a Act ." ung sch For che etis sovi die und age rfr ige Var “Die E., ARN J. T. logica XXI. Copenhagen, 1952. 1915. W. HOVGAARD, The Voyages of the Norsemen to America, New York, H. HERMANSSON, 'The Problem of Wineland.” Islandica, Vol. 25, 1936. J. BRONDSTED. 'Norsemen in North America before Columbus.” Smithsonian Institution, Annual Report, 1953. Washington, 1954, pp. 367 ess.

CAPÍTULOS Vle VII

JAN PETERSEN. 'De norske vikingesverd. En typologisk-kronologisk studie over vikingetidens vaaben." Videnskapsselskapets skrifter 11. Hist.-filos, aula n9 1. Oslo, 1919. JAN PETERSEN. Vikingetidens smykker. Stavanger, 1928. JAN PETERSEN. 'Vikingetidens redskaper” (com sumário em inglés). Skrifter utgitt av Det norske Videnskaps-Akademi t Oslo 11 Hist.-filos. aula nº 4. | Oslo, 1951, C. A. NORDMAN. 'Vapnen 1 Nordens forntid.” Nordisk Kultur, Vol. XIIB, Vaaben, pp. 46 e ss. Estocolmo-Oslo-Copenhagen, 1943,

290

u s r e t n U Birka, aus. den Grábern.” ilfunde 1938 AGNES GEIJER, 'DieHI.Text ngen suchu Unter , da Uppsala, und Studien, Vol.

SUNE LINDQVIST. Gotlands Bildsteine, III, Estocolmo, 1941-2, K. FRIIS JOHANSEN, 'Le trésor d'argenterie de Terslev.' Mémoirez de la société royale des antiquaires du Nord, 1908-13, pp. 329 e s. R. SKOVMAND, 'Les trésors danois provenant de I'époque des vikings et du Moyen Áge le plus ancien jusqu'aux environs de 1150) Aarbdger for nordisk Oldkyndighed og Historle, 1942, pp. l e ss.. S. GRIEG. 'Vikingetidens skattefund', Universitetets oldsaksamlings skrifter, Vol, II. Oslo, 1929. . M. STENBERGER. Die Schatzfunde Gotlands der Wikingerzeit, Vol. 11 Fundbeschreibund und Tafeln, Lund, 1947; Vol. 1 Text, Estocolmo, 1958.

CAPÍTULO VIII H.

SHETELIG.

'Tuneskipet." Norske

Oldfunn.

Vol. 1. Christiania [Oslo],

1917. o], [Osl nia stia Chri rd, efjo Sand ved d sta Gok fra t ibe gsk Lan N. YSE OLA N. NIC 1882. et. A, W. BROÓGGER, HJ. FALK, S. GRIEG e H. SHETELIG. Oseberg funn

Utgitt av Den norske stat, Vols. I-IV. Christiania | Oslo], 1917-1928. forgjengere og s Dere ne. kipe nges Viki IG. TEL SHE H. e R GGE A. W. BRO s, their

Ship ng Viki The s: inglê o para ão duç Tra . 1950 , Oslo . etterfdlgere ancestry and evolution. Oslo, 1953. SIÓVOLD.

Oseberg funnetog de andre vikingeskipsfunn. Oslo,

THORLEIF 1957. shge fri und vor zur ise kre tur Kul n che dis nor im en Wag H. MÓTEFINDT. 'Der e ss. chichtlichen Zeilt.' Festschrift Eduard Hahn, 1917, pp. 209 ngar,

Handli s et se Mu ka dis Nor es. icl Veh d le ee Wh and es edg 'Sl . GOSTA BERG nº 4. Estocolmo, 1935, pp. 65 e 155 es. SUNE

LINDQVIST.

'Fãrdesitt och firdemedel.

Citado no livro do autor:

Svenskt forntidsliv. Estocolmo, 1944, pp. 248 e ss.

CAPÍTULO IX t, gg rs de un sk gi lo eo ch ar , ke ir ev an “D D. SOPH. MULLER e C. NEERGAARrt idsminder 1, Copenhagen, 1903.

beskrevet og tydet.' Nordiske Fo . ne ee Tr d un ei hl Sc en ch is zw it ze er Wiking H. JANKUHN, Die Wehranlagen der Neuminster, 1937. . 43 19 , im rl Be ). 79 93 (1 bu ha it Ha in H. JANKUHN, Die Ausgrabungen iúnster, um Ne . it ze er ng ki Wi r de tz la sp el nd H. JANKUHN, Haithabu, ein Ha

bis 1956. g un er nd wa er lk Va der g Ausgan m vo te ich sch hge Fri e 'Di . HI l. H. JANKUHN, Vo s, in te ls Ho gwi es hl Sc chte hi sc Ge it ze er ng ki Wi r de de zum En Neumiinster, 1955-7.

291

H.

JANKUHN.

“Die

frihmittelalterlichen

Sechandelsplátze

im

1958, , dau Lin IV. . Vol n, ge un ch rs Fo und ge tri Vor Ostseeraum."

Nord-

P. KERMODE. Manx Crosses, Londres, 1907, H. SHETELIG, “Stil- og tidsbestemmelser 1 de nordi em Opuscula archaeologica Oscari Montelio dica g

und

runestone: H. Arbman, Svear | Qsterviking.

OTTO KUNKEL e K. A. WILDE. Fumne, “Vineta', Fomsburg, Fulin: Wolin. Stettin, 1941.

B. EHRLICH., Kongress. H. ARBMAN. H. ARBMAN,

SOB MUL HUS LER LLER:. H, SHETELIG.

H. ARBMAN. Em Situne Dei, Sigtuna fornhems ârsbok, Sigtuna, 1942, H. ARBMAN, 'Hague-Dike. Les fouilles en 1951 et 1952. Meddelanden fran Lunds Univ's, hist. museum, Lund, 1953.

POUL NORLUND. “Trelleborg." Nordiske Fortidsminder IV I. Copenhagen, 1948 (com sumário em inglés).

C. G. SCHULTZ. “Vikingetidshuset paa Trelleborg,' Fra Nationalmuseets Arbejdsmark, 1942, pp. 17 e ss. PALLE LAURING e A. HOFF-MQLLER. “Trelleborghusets rekonstruktion. Aarbéger for nordisk Oldkyndighed og Historie, 1952, pp. 108 e ss. (Com sumário em inglês). J. LARSEN, 'Rekonstruktion af Trelleborg.” Aarbgger for nordisk Oldkyndighed og Historie, 1957, pp. 56 e ss. (com sumário em inglés). C. G. SCHULTZ. 'Aggersborg. Vikingelejren ved Limfjorden. Fra National. museets Arbejdsmark, 1949, pp. 91 e ss. H. P, L'ORANGE. “Trelleborg-Aggersborg og de kongelige byer i Qsten. Viking, Vol. XVI, 1952, pp. 307 e ss.

Mus, 1943, pp. 294 e ss. SUNE LINDQVIST. 'Osebergmiistarna.* Tor, Uppsala, 1948. T. D. KENDRICK, Late Saxon and Viking Art, Londres, 1949, H. SHETELIG. “The Norse Style of Ornamentation in the Viking Settlements.” Acta Archaeologica, 1948. H. SHETELIG. Classical Impulses in Scandinavian Art from the Migration Period to the Viking Age. Oslo, 1949, H. SHETELIG. 'Religionshistoriske drag fra vikingetidens stil-historie, Viking, 1950. W. HOLMQVIST. 'Germanic Art During the First Millennium, A.D." Kungl

Vitt Hist. och Antikv. Handlingar. Estocolmo, 1955, SUNE LINDQVIST. Gotlands Bildstelne, Vols. I-II. Estocolmo, 1941-2. H. SHETELIG. 'Billedfremstillinger i jernalderens kunst." Nordisk Kultur, Vol, XXVII, Kunst, pp. 214 e ss,

|

A, W. BROÓGGER. 'Ertog og gre. Den gamle norske vegt.' Videnskapssels-

kapets strifter, Vol. II. Hist.-filos., aula nº 3, Christiania [Oslo], 1921. T. 3. ARNE, Ia Suêde et "Orient, Archives d'études orientales publiées para F, A. Lundell, Vol, VIII, Uppsala, 1914.

CAPÍTULOS XIII a XV ADAM BREMENSIS, magister. Veja acima no Capítulo II.

Nordisk Kultur, Vol, VI, Runerne, pp. 83 e ss. (Magnus Olsen, J. Brêndum-

Oslo, rie. histo ningboset norsk | er Studi gárd. ti seter Fra . GEN HOU RN BJG

1947, Nordisk Kultur, Vol. XVII, Bygningskultur: Suécia, pp. 31 e ss.; Noruega, 108 e ss. (Aa. pp. Norte, Atlântico do Ilhas Stenberger); (M. ss, e 59 pp. Roussell), Estocolmo-Oslo-Copenhagen, 1953. n-

1942, Norges innskrifter med de yngre runer, Vols. 1 e ss., ed. Magnus Olsen. Oslo,

|

E

Á

age enh Cop . Isles tish Scot the in s tom Cus ng ldi Bui se Nor LL, AA, ROUSSE Londres, 1934.

(com sumário 1943 Copenhagen, Stenberger. M. ed. Island. 1 Forntida gardar em inglês). 88, 1934 Vol. 1930; 76, Vol. Grqnland, om P, NORLUND. Meddelelser (Gardar, Herjolfsnes, Brattahlid).

e e ei

E

a

293



292

Dr

P, V. GLOB. Ard og plov 1 Nordens oldtid. Aarhus, 1951 (com sumário em inglês).

Nielsen, Otto v. Friesen). Estocolmo-Oslo-Copenhagen, 1933. LIS JACOBSEN e E. MOLTKE. Danmarks Runeindskrifter, Copenhagen,

inglês). Copenhagen, 1952, E. WESSÉN. 'Om vikingatidens runor) Filologiskt Arkiv VI (com sumário em alemão). Estocolmo, 1957. E. WESSEN, 'Runestenen vid Rôks kyrka.' Kuhgl, Vitt. Hist. och Antikvitets Akademiens Handlingar, série filolog,-filosof. Estocolmo, 1958.

1955,

J-E. FORSSANDER. “Irland-Oseberg.: Meddelanden fran Lunds Univ. Hist,

Nordisk Kultur, Vol. XXIX, Mgnt. Dinamarca: G. Galster, pp. 141 e ss.; Suécia: B. Thordeman, pp. 7 e ss.; Noruega: Hans Holst, pp. 95 e ss. Estocolmo-

A. BAKSTED, Malruner og troldruner, Runemagiske studier (com sumário em

Estocolmo,

G. ARWIDSSON. Vendelstile, Email und Glas. Uppsala, 1942,

CAPÍTULOS X a XII

1944 ess. Sveriges runeinskrifter, Vols. 1 e ss., ed. Sgderberg, Brate, Wessén, Kinander, Jungner, Uppsala, 1900 e ss.

em

Die Thier-Ornamentik im Norden, Osebergfunnet, Vol, II, Christiania [Oslo], di dad JOHANNES BRQNDSTED. Early English Ormament. Londres, 1924, Nordisk Kultur, Vol, XXVII, Kunst, pp, 124 e ss, (Jan Petersen, Sune Lindqvist, C. A. Nordman). Estocolmo-Oslo-Copenhagen, 1931. H, ARBMAN. Schweden und das karolingische Reich. Estocolmo, 1937. H. ARBMAN, “The Skabersjó Brooch and some Danish Mounts,” Meddelanden “Jfran Lunds Univ, Hist, Mus, 1956, pp. 93 e ss, N:; ÁBERG. “Keltiska och orlentaliska stilinflytelser 1 vikingatidens nordiska konst." Kungl, Vitt, Hist, Antikv. Handlingar, Estocolmo, 1941 (com sumá| rio em inglés),

I. Balf, histor.

'Der preussisch-wikingische Handelsplatz Truso.” Riga, 1938. Birka, Sveriges dildsta handelsstad, Estocolmo, 1939. Birka, Untersuchungen und Studien, Vol, I. Estocolmo, 1943,

Oslo-Copenhagen, 1936.

a 1 E

The Guildhall runestone; Víct, Hist. Co. London, L,pp.167e ss. The Berezanj

, lse gge ers Und isk tor his skogi aol ark En r, die stu rke evi Dan . UR CO VILH. LA Copenhagem, 1951.

,

R. MEISSNER. Beitráge zur Geschichte der deutschen Sprache und Literatur,

Vol. 57, 1933 (ab. Rígspula).

), JEAN 1. YOUNG. 4rkiv fôr nordisk filologt, Vol. 49, 1933 (ab, Rigspula K. V. AMIRA. 'Recht." Paul, Grundriss der germanischen Philologie, 1913, . 1936 e. cht chi ges hts Rec he isc man Ger IN, WER SCH CL. V.

V. GRONBECH. The Culture of the Teutons, Vols, I-II, Londres-Copenhagen, 1931.

Anthropology. Dinamarca: Acta Archaeologica, Vol. VII, 1936, pp. 224e ss,; P. Ngrlund,

Trelleborg,

1948, pp.

112 e ss.;-Noruega: K, E. Schreiner,

Crania Norvegica, Oslo, 1946; Islândia: Fomtida gárdar i Island, ed. M, Stenberger (pp. 227 e ss., por Jón Steffensen). Copenhagen, 1943.

Folkekost og Sundhedsforhold i gamle Dage, Cope-

SK. V, GUDJONSSON. nhagen, 1941. A. BUGGE. Vesterlandenes indflydelse paa nordboemes og serlig nordmende-

und S Studien, Vols, 1 e II, Die Gráber. H, ARBMAN. Birka, Untersuchungen und gen Estocolmo, 1943.

H. JANK SE DD UHN.IDASHalthabu, TH.

ein Handelspla t der Wikingerzeit, splatz

Neumtinster,

RAM IV, SKO “Lindrien 953U, rg holm, do, Preliminary ry Re Report, j Acta Archaeologica, Vol,

ng Antiquities in Great Britain and Ireland, ed, H, Shetelig. Oslo, O. ALMGREN. 'Vikingatidens gravskik i verkligheten och í dem foram litteraturen." Nordiska studier tillignade Adolf Noreen, Uppsala, 1904.

194

H. ARBMAN. Svear| Osterviking. Estocolmo, 1955, pp. 81 e ss. (Gnezdovo).

H. LTJUNGBERG. Den nordiska religionen och kristendomen, Studler 61 er det nordiska religionsskiftet under vikingatiden, Uppsala, 1938,

nes ydre kultur, leveset og samfundsforhold, Christiania [Oslo], 1905.

A. WALSH, Scandinavian Relations with Ireland during the Viking Period,

| Dublim, 1922. F. M. STENTON. Anglo-Saxon England, Oxford, 1947 (pp. 495 e ss., 'The Danelaw”). JOHANNES STEENSTRUP, Veja acima nos Capítulos HI a V. H. BIRKELAND. Veja acima no Capítulo II.

JAN DE VRIES, Altnordische Literaturgeschichte, Vols, III. Berlim, 1941-2,

F. JÓNSSON. Den oldnorske og oldislandske litteraturs historie, Vols. I-II. Copenhagen, 1920-4.

G. VIGEUSSON e F. YORK POWELL. Corpus Poeticum Boreale, The Poetry of the Old Northern Tongue from the Earliest Times to the Thirteenth Century, editado, classificado e traduzido com Introdução, Apêndice e Notas, Vols. 1 e II. Oxford, 1883. , altgermanische Dichtung. Potsdam, 1941. A, HEUSLER.Die G. NECKEL. Die altnordische Literatur, Leipzig, 1923.

DE VRIES. Altgermanische Religionsgeschichte, Vols. I e II, Berlim, 1956-7. FR, VON DER LEYEN. Die Gótter der Germanen, Munique, 1938. G. DUMÉZIL. Loki. (Les Dieux et les hommes, Vol, 1). Paris, 1948.

JAN

M. OLSEN.

Farms and Fanes of Ancient Norway.

The Place-Names of a

Country Discussed in their Bearings on Social and Religious History. . Oslo, 1928. ' Nordisk Kultur, Vol, V, Stednavne. Estocolmo-Oslo-Copenhagen, 1939.

S. K. AMTOFT. Nordiske Gudeskikkelser 1 bebyggelseshistorisk Belysning. º Copenhagem, 1948. NILS LID, “Scandinavian Heathen Cult Places. Folk-Liv, Vols. XXI e XXI

Estocolmo, 1957-8.

F. STRÓM. 'Diser, nornor, valkyrjor, Fruktbarhetskult och sakralt'kungadôme i Norden.” Kungl, Vitt, Hist, Antikv,. Akad, Handlingar, série: filolog.filosof. (com sumário em alemão). Estocolmo, 1954. E. DYGGVE em Acta Archacologica, 1954, e em Antiquity, 1948; veja acima no Capítulo III, A. W. BROGGER e H. SHETELIG. Vikingeskipene. Oslo, 1950, pp. 92 e ss.

J. BRONDSTED.

'Danish

Inhumation

Graves of the Viking Ago." Acta

Archaeologica, Vol, VII, 1936. TH. RAMSKOU, “Viking Age Cremation Graves in Denmark; Acta Archaeologica, Vol, XXI, 1950,

294

AGRADECIMENTOS Nossos agradecimentos são atribuídos pela permissão de reproduzir as ilustrações neste livro: ilustrações IC, 2A, SA, 164, 168, I7A, 17B, 194, 19B, 224, 23B, 24B à Antikvarisk-Topografiska Arkivetr, Estocolmo; ilustrações 7A, 8, 9, 10, 11, 12, 204, 21, 22B à Universitetets Oldsaksamiing, Oslo; ilustrações 34, 3B, 20B à Sophus Bengtsson; ilustração óD à Lennart Larsen, National-museet, Copenhague.

NOTA As palavras citadas no antigo norueguês são dadas na forma que assumem nórdiuas líng das rão pad eto dial o do era sid con e ent alm ger , ndês isla go no anti

locas, mas que talvez difira um pouco do que era realmente usado na época é forem em rec apa ngs Viki oais pess es nom Os . ções cita às tes den pon res cal cor por o com a, izad util é esta da, eci onh rec ma for uma há ndo qua : rsas dive mas forma

uma em s dado são s ido hec con os men es Nom da, dra Har ald Har exemplo Eirik uês ueg nor igo (ant gue San de o had Mac Eric : ués tug por em: te equivalen da pta ada ma for a num ou ) agri hárf inn aldr (Har o Fin elo Cab ald blósox), Har os dad são res luga dos es nom Os i). Kyrr fr (Olã y Kirr Olaf : do antigo islandês tanto em sua forma portuguesa quanto em sua forma local,

295

lohannesBrondsied

listória

Entre 000

de

! E

TOO d.l., homens vindos da Escandinávia invadiram ferozmente q Europa, e

Rússia, chegaram até o Mediterrâneo, então sob domínio árabe, estabeleceram : olpura Groenlândia e aventuraram-se até a América. através do inóspito Atlântico o

va

Quem eram estes corajosos bárbaros que se lançavam a0s mares em ellegante barcos dir

puderam subjugar nações mais civilizadas como a Inglaterra, a Jrlandã ca 'Tança, e tornar-se a class +

dominante na Rússia Ocidental? Por que eram tão fortes?

Eat

Neste clássico estudo são examinadas as origens da fascinanteraçaNiking; os motivos das invasões, seus hábitos de vida e de guerra, suas crenças e deuses pagãos, suas armas € ornamentos, navios e construções. Desenvolvendo uma séria pesquisa arqueológica, interpretando as inscrições rúnicas e a literatura medieval islandesa; 0 autor lraz até nossos dias a história deste povo guerreiro que tanto impressionou 0

mundo com sua audácia.

e

SBN 85-289-0228-5

188528

Ó