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Portuguese Pages 556 [542] Year 2015
J . Qu elhas dos Santos
FUllDAPl(nTOS A6ROAPIBl€nTAIS DA UTIUZA(ÃO DOS ADUBOS ECORR(THJOS
Publíndústria
ÍllDICE 1111111 DE IIJ11II
PlmCIO
LW IOIIEBETII.
1.1, FATORESOECRESCIMENTO VEGETAL 1.1.1. f,U01HgeMtlcos
5
1.1.2. Fatore$ amblencals:
1)
1.2. LEIS 00 CRl:SCIMENTO l>roETAL
15
1.2.1 .lefdominimo
16
1.2.J, Lei dos acréscimos de rendime,,to dec:rtscem~s
20
RESUMO
2l
2.1111111:AollEBElll.
2S
2.1. MACFlONUTRIENTES PRINOPAIS
26
2.1.LAzoAAIOS
60
221. G61cio
62
2.2.2. Magné,lo
64
2..2.3. Eni,;ofte
67
2.3. MICRONUTRIENTES
6B
2.3.1. Micronu11iemes catiões
75
2.l.2. Miaonurnent!S aniões
7B
2.4.ELEMENTOS BENHICOS
7B
2.4.1. Sódfo
78
2A,2. Sllcio
79
2◄ ,3. COt»lto
BO
M.4.NumíOO
81
2.◄.S. Oulios eleorncmt0$ eventu~
2.5. EUMENTOS TôXICOS 2.6. INTERAÇôES
oe NUTRIENTES
te bMfficos
$4
85
!6
2.6.1. AntagOniSmo lôtlieo
91
2.6.2. Sine , ~ iónico
91
1.7. ABSORÇÃO 005 NUTRIENTES
91
2.7, I, Al)foxlmac;ãodos nutriêntfS
93
V .2. Teo,lisda abso1ção
93
1~
.,ww.:Al[FIRIUIAD€Dlllllll.08
1~
~I afll.Vf.S NOÇilESSOBlll:ACOMPOSIÇÃO DOS S~LOS
105
31.1 h~solda
109
3.l.2fM t ~
,n
3.1.lfa:stgllSOSil
112
l l FERTIUOAOE DO SOLO( SUA AVAllA(,ÃO
11 l
321. Má!M d.ti ten M
153
ll.lAná!isede...,..,
159
3 2 3. Anâll$E' biológica
16-1
Rf.S\AIM) 166
'l flll1I.IIIIIIII
161
4.1.AOOSOS
167
4.1.1. AspetOS(Jf'fJiS
118
4.1.2 Adlbos azotados
194
4. 1.3. Ach.11>0i fosfaiados
201
4.1.◄. Adubos Po!JSSiCO~
20J
•.1S. Adubo< COITl)OIIO
os01~mc~
218
◄, 1.8
219
Actvt>os m1ner0-orgàn1cos
4.l(ORRETIVOS
220
4.2,1. Co,1e1.NOS mlned.3 íenilv.1(30
!(,I
RESVMO
,,,,.
6. AIIPEIUII Pllllnme 1111 ftl!IIUJll(l1o
?~,,
6.1. CEREAISDE ouro-~OANV,es Agrárias. onde as matérias apresentadas no livro e,am, pelo menos no que se refere aos S primeitos capítulos. dadas com a necessãria p,oiundldade nas lkenclat1;ras de S anos. têm agora que se «adaptar-, em termos de quantidade e/ou de p,ofundidade, aos seve,os cortes lmpostos pelos períodos letivos muito mais cunos das novas •licenciatura~ de três anos. Aquela realidade (que, Infelizmente, Mo parece fácil reverter), quando Inserida no contexto em que nos p,opusemos apresentar esta justificação, su.sclta uma pergunta sobre o segundo ponto que indiC~mos: seOr ftequénoa, as mesmas tl?flt)'ó Os prnnec,os produtos a s«,em usado!. com o objetlvo de mame, O!. solos em conchçOO de continuarem a p1oduzi1 te1ão sido, soh,etudo. subst~nc1as . Planroi melhoradoi em certos aspetos quoli101ivos: as plantas. sobretudo quando alime11ta&s com maiotes quantidades de azoto (Caplwlo 2. 1,1.). s.lo suscetíveis de originarem produ1os com menor valor biológico (p0< exemplo, com menoc teor de aminoácidos essen· ciais. como acontece com a lisina), ou mesmo cenos inconvenientes para a saúde dos con· sumidores (plantas com excessivos teor,es de nitratos ou de amidas}. Ora, à semelhança do
q ue já se está conseguindo com a obtenção de sorgos que não acumulam âcido cianídrlco. pode admitir•se que, pa,a Jguals fatores dim~ticos e edállcos, as o l~lnr.:t\. ;Jtta~s de uma mais ativa metabolização do azoto, não acumulem produtos tóxicos. Assim, se,Apassivei, sem Inconveniente de natureza qualitativa, permitir que as p(antas absorvam mais azoto~. dentro de cenos limites. originem mc1iores p.-oduçôes. Em resumo, muito poderá ainda se, feito no ámblto da modífkação dos fato,es genéticos em sentido mais favorãvel ao valOf quantitativo e/ou qualitativo das colheitas; mas não podem ig~ norar•se as lnte,~relaçóes que, necessariamente, sempre deverão existir com os outros fatores de produção. de entre os quais nao podetá deixar de se atender âs necessidades alimentares. provavelmente diferentes.. das novas espécies e/ou cultivares. Por outro lado, e sobretudo nos casos das plantas uansgênicas, isto e!. quando se 1ec0He â manipulação direta do ADN (como acontece oos Jâ reíe,fdos milhos resistentes à piro/e. vulgar• mente chamados milhos transgénicos}, deverá (e,•se o especial cuidado de garantir que os pro· dutos vegetais assim obtidos não sejam suscetíveis de virem a ter efeitos prejudiciais na satlde dos consumidores.
Será também conveniente aJe.
1.12. fllTOR(S IIPIIEl1lllS Estes fatOfes, condicionantes do ambiente em que a planta se vai desenvolver, estão associados, fundamentalmente. âs características do dlma e do so4o, e â ocorrência de pragas. doenças e lnfes• tanta Embora, como é fácil de p r-lPnv>nrr, f1m1umP colocadas il disposlç~o d~ planta
D
.• ...••• ... .
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E
Após aquela lei le, s.c:to fofmulada, vâuos inves:tigado,e-s renu11am, lle flOVO. exprm'l1-la tnatemaucarnente. Dessas tentativas, viria a [er maior exito a do qu1'mico atem.ão Mitschedich, o qual em 1909, com base num vasto número de ensaios{cerca de 27 000}, viria a dedub:r, pata o ramoascen• dente da curva (figura 1.4) a exp,essão:
dyldx=c,//1-y) em que: dye dxsão, respetivamente, o ac,êsclrno de rendimemo e de fator de c,escimento; A é o chamado rendlmemo mâx1mo ob1enível (re1ldlmen10 ideal), is10 é. o rendimento que se obteria se rodos os fato,es de c1e-sc.imenlo estivessem presentes ein Quantidades ótimas: y ê o ,endlmento (rendimento real) que de facto se obtêm; c, é um coeficiente {consta.me} de pro$.X)1ci0natidade. A expressão anterior pode.ti também tom.1r a form.i
dy=c, (/1-y)dx que permite dar à lei dos ,endimenros decrescentes· que. a partir da apresema~ão da equação de Mltscherlich, ficou também conhecjda po1leideMi1scherlich • um ouuo enunciado: o acréscimo de rendimento p,ovocado pelo aCte e.aso, tinha que apa,e,ce, mo1rs vma cons.rnnr!' que, não pode. taf como a anterior, ser realmente coostante. V.irios investigadores. tais como Wilcox, H.agln e Spilman. vi1iam a apresemilr equações que consideravam ser m;ils rigorosas do que a de Mitsehe,hch. Acontece, llO entanto. que nenhuma delas pode eliminar o principal ponto fraco, ou seja, deixa, de u111i2.;ir com1antes que não são ver dadeiras con'>tanles. Sem ser, propriamente, po, qualquer fficlior exatidão relati•.-amente à equaç~o de Mitschertich. coruidera•se haver um ceno m1eresse ~m referir os contributos apresentados por Btay e P0f Hon"lés. O primeiro chamou a atenç~ para o facto de ;i u1illzação dos nu1riemes pela planta depender. não só da quantidade, mas tarnbém da moMk1ode Mais con,cretamen1e. Brt1y diz que, quando a mobilidade de um nutriente no solo diminui. a quantidade que ê nec~sâria para produzir na planta um determinado feiro tem de ser ma10f. Esta noção, como vâlias vezes !rã se, referido. apre· sel\la o maioc intesição do nitrito de amóniO, NH#NO:, de ac°'do com a reáÇãO:
Reação do ácido niuoso, HNOJI com compostos aminados s cullivados,as peida~ po1 lavagem at•ngern, em m~c.1.a, 28 ~.g/h,1/ano A die,,agem externa (e,osão) também é suscetivel. ein alguns cond,ctanahsmos. de p1ovoc,1, cli?vadas perdas por a,,a~tamento. Ago,a, as diíeu~n1es fo1mas de azolo ~•do 1guahnen1e ctnas 1adas. urna vez que ê o prõp,,o solo a se, imastado De 1101;.11 q~,e ~ !\as camadas supc11ic..1,s que ex.1s,e ma10, 1eo1de maté,ia Ofgârnca (e. por isso de azoto, ,S que, como \e disse, 95% a 989ó do azoto se enconua na forma org.\n,cil) e Que, s3o píenientes de devoluções de instalações 1ndustria1s e do solo, de resktuos orgtinlcos finamente drvididos a,,astados da supe,ííc,e cenesue ~ lo vemo. de fo,mas de azoto mais .solúveis originadas nas descargas elétricas. ele. O contributo das chu-.ras para o azo10 do solo seIP
vada em ~ los acidos. Ora, quando se corrige a acidez, l\avcrã, na maiO< parte dos c.1sc,s. aumento da d,sponib•~I) ri!? fós•
f0to. seja em coosequéncia de uma mcuor desofção de fósloro adsorvido, se,a de•11do ,., m1nerahr.aç..;o
do fós/oroorgánko. Como exemplo do primeiro caso pode citar-se a já refenda eqUclÇão de adsorçáo do HfO.
,
auavés do Fe(OH}J: Fe/OHJ, +H,PO, fe/OH)jlfO, .oH Verifica-seque. e-íetívame.-lle. ao couigir•se ,1 acidez aumenta aatMóade do OH QUe faz que predomine a ,eação inve Moscovile > reld~pato
a1e11de1d cauoockxfe{fo1m.1s de f)OldSVô 1>111 "flOtl1b,10 u,m ,1•,r.,11 1 çclo do 'iOlo), à intensidodP{po1âss10 n,l soluç.ío do "SOio} C' ao fndt·tomono. dMSf'), m,11\ om,1 1PZ. pela relação enuc as variações dd capac.idade e da 1nte11Sid,Jde. Ern 1guald.1d•~ de rJuH~ f,110,,-,. fµ ainda. à semelhança do fósforo) ;i plan1a rec-â mai\ gmanua de ter com1n11,v1ilfr'lí'nl,.. uma rn,110, possibilidade de absorve, pot,b~,o qodndo o rnd(:e ldrnj))io ~ ,c- elemenm fo, ,;il.,.vado. mo P quando o fat(){ capacidraçâo ede adsorção. como ac:omec:e nos sok>s arenosos e pobres em mat~1ia 0193nica, o potàssjo deslocat+Se--á facilmente
pela ação das Aguas e fic.arã bas1an1e s\Jjcito ao auastarnento; em solos com elevada capaadade de fixação e de adsorção. 56 serAo de recear, pra1icameme, as perdas por e1osão. Estes faclos i,ao reOeur• se, naturalmente, no modo como de~ se, conduzida a aplkaçãodc fenilizantescontendo po(ássio. EXPORTAÇÃO
/ IPLANTA r
,COLHEITA 1~
-
ABSORÇÃO
ôÔ >"- \,! - z
a:..,
EXPORTAÇÃO
/
ANIMAJSI
1CORRETIVOS 1 ◊f0s, pelo arrastamento das águas de 1ega), a substituição de alguns adu~ por out1os mais concenuados em macronurrientesprincipais(enquanto o sulfato de amónio. com 21 %de azoto. tem 24% de en• xofre. a ureia, com 46%de azoto. não tem enxofre). etc.. conduzem a que, comecem a aparecer. u,n pooco por todo o mundo, situações em que a íectilizaç~o na.o pode dispensar algum, ou alguns, dos macronuuiemes scrundãtios. Incluem-se nos macronu11lemes secundãrios. como se referiu. os nutrientes cólôo, mogné5io e enxofre.
2.2.1.CÁLCIO O cálcio eobSOIVldo pelas plan1as na fo,ma iónica. isto é, Ca'·. nas quais se enconua em quantid,a·
des Que, embo,a muito variãveis com as espécies. são de um modo ge,al elevadas, situando-se. nocmalmente, entre 0,5% e 3% na matêria seca. Trata-se de um elemento essencial, na medida em que desempenha um papel fundamental na es1abllidade das membranas celulares, no conttolo da absorção de vános outros elementos {nomeadamente do azoto, estando, p01tan10, associado ao metabolismo azotado). na uansloca· Ç- azoto, fôsfoso e potássio·, é b.stante pouco móvel na planta. Este fac10. aliado afunção que. como se disse. desempenha na estabilidade, crescimento e divisão celular, raz que a> defici"ncias de cãlcio se manifestem, a901a,
nas parte mais ,ovens. traduzindo-se por um a1ro6arnento do crescimento, tanto da paHe aéftJ (Fo1ografia 4) como do sisiema radicular.
Por outro lado, e ainda em consequência da sua reduzida mobilidade, as deficiências de cálcio manifestam-se, com alguma frequência, nos frutos. Éo caso, por exemplo, do bitter pitda maçã. No entanto, nesta como noutras «anomalias» dos frutos, a causa não pode ser, apenas, atribuída ao cálcio, mas também às suas relações com outros nutrientes (sobretudo azoto, potássio e magnésio) e com as disponibilidades de água. O cálcio apresenta no solo um comportamento algo semelhante ao do potássio, consequência de, tal como este, formar iões positivos (catiões). Assim, vamos também encontrar o cálcio em minerais primórios (feldspatos), os quais, de um modo geral, são agora menos resistentes à alteração do que no caso do potássio. Esta fração do cálcio, como é óbvio, não é absorvida pelas plantas, atuando como uma reserva que irá sendo mobilizada à medida que os minerais se alterarem. O cálcio, ao contrário do potássio, não é, praticamente, fixado nos espaços interlamelares dos minerais de argila, facto que se atribui ao maior tamanho do seu ião hidratado. Ainda ao contrário do que se verifica com o potássio, o cálcio é suscetível de formar compostos de mais baixa solubilidade, tais como fosfatos, carbonatos e sulfatos. Acontece, no entanto, que, em condições de intensa lavagem, aqueles compostos acabam sempre por se solubilizar. Quer dizer, o cálcio, nas regiões de clima húmido, também não apresenta grande possibilidade de retenção química nos solos, e, sendo assim, o cálcio da solução do solo terá um reduzido significado. Devido à lavagem que o cálcio pode sofrer, um solo, embora derivado de rochas ricas em cálcio, pode apresentar-se com pequena quantidade de cálcio nas camadas superficiais. Assim, tomando como exemplo o calcário, para o efeito aqui identificado apenas com o CaC03, é fácil compreender-se, com base no equilíbrio heterogéneo ' CaC0 (sólido~ CaC03 (dissolvido) ➔ Ca + + 2
3
que à medida que
O
Ca 2+ (ou o
co
2 ·) 1
co
2 3-
for sendo arrastado, a dissolução do CaC03 (sólido) vai au•
mentando. O cálcio, formando o catião Ca2+ é, tal como o potássio, adsorvido no complexo de troca, constituindo, quase sempre, o catião largamente predominante naquele complexo. De notar que o Ca2+, devido à sua carga (++) e à sua baixa capacidade de hidratação, é retido com u1na energia
superior à de outros catiões, nomeadamente os formados pelo potássio (K+), sódio (Na+) e magnésio (Mg2+). Excetuam-se, no entanto, aquelas posições de troca que tenham particular afinidade para a adsorção do K➔ • Deve salientar-se, entretanto, que a e11erg ia com que o cálcio é adsorvido nos minerais de argila e, consequentemente, a disponibilidade para as plantas, estão deperidentes do tipo de mineral de argila predominante. Assim, em consequência de uma rete11ção mais enérgica, a montrnorilonite só permite a satisfação das exigências da maior parte das culturas em cálcio quando a representação do CoJ, no complexo de troca é da ordem de 70% da capacicJade de satL1ração. A CJL1li11ite, Delo contrário, retendo O cálcio menos er1ergicamente, pode ceder este elemerito en1 qua11tidade suficiente para muitas culturas, descJe que a represer,taçao daqlJele ca tião no con,plexo ele troca não seja inferior a 40% - 50%.
Este r"clo ap1e~enta, natu,ahncr,1e. inte,esoluta e n,o rndUZJda pelo baixo pHdo solo), poderá aphca,-se um sal de molibdénio, usando· se, ma,s frequentemente, o mohbdato de sódio, No/.fo/J/IPDe nota,, po, firn,queseadmnee~tll umcer1oaruagor11smoenueomohbdetlloeoenxof1e,
11áo es1a,ido a,nda bem escla,ecK.to se tal antagonismo decoue de fenórnenos fisiolôgic:os denuo da ptan1a, ou se é conseq~ia, sobretudo, da acidifKaç~o que é causada pelas 11ansfo,mações do en,of,e no solo ((apl1ulo 2.23.).
Cloro: Ult,mo dos últimos el-ementos a ser reconhecido como essencial o cloro. embora se considere ser neces~rio às plantas em quantidades da ordem de um reduZido número de ppm, encontra-$e normalmente em quantidades multo mais ek?vadas, situando·se enue 0.2~ e 2%. O facto de poder ser absorvido (na forma de cloretiâo. CI ). em quantidades ek?vada~ sem que. por isso, seja fitotóxico, leva a que. se rosse vtmi ado o critê-rk> de distingui, os mac:ronuoienres dos m ,cronutriente-s apenas com base na fitotoxicidade. odoro devia ser considerado (como, afiá5o, ainda é para alguns autores) um macronvuience secundãrio. As íunçôes do cloro na planta, também ainda não completamente esclarecida5o, parecem
e5otar associadas. sobretudo, à neutralizaç~o de ca tiôes e ao ajustamento osmótico. De íacto, tudo parece 1ndlcar que, em termos bioquímicos,. o cloro tenha um compoftamento ,nerte. Recorde-se. e ntretamo, que. como se d isse. o C/ pode contribuir para uma redução do teor d e NOj nas p lantas. As deficiências de cloro nas culturas prat.C:amente nunca oconem. a nao ser que se consaderem casos e>ctremos em que se reúnam elevadas exigências das plantas, solos multo lavados e afastados de zonas marítimas (nas proximidades do maf bas1am a.s brisas marítimas para arrastar para os solos quantidades de cloro suficientes}. Já os excessos de cloro, pelo contrário, podem levanta, diversos pcoblemas. Assim. o cloro, o.ao sendo adsorvldo no complexo de troca, sendo pouco absorvido pelas culturas e n~o for• mando compostos insolúveis com os constituintes normais dos solos, terá tendência a perma· necer e a contribuir p.1,a ô aumento da s.ilinid~de {Capitulo 12.1.). Sahente•se, tambêm, o facto de o C/ poder conlribuii para um aumento de mobilidade, e canse-Quente possibilidade de poh.Jfçâo das águas, devido a fo,ma, aniões que, ao conttârio dos catiões. não são p,ec1pitados nem adsorvidos no ,complexo coloidal dos solos. Assim. com o cádmio, Cd1', íorma o a nião CdCl,1', de ac0tdo com .a rea CdCI/ P°' oouo lado. há culturas que são partícula unente sensíveis ao elCCesso de cloro. quer em ter· mos quamítativos q uer em lermos qualitativos. No primeiro caso cnconuam•se. de um modo geral. todas as plantas sensíveis à s.:it1ntda~. em partictilar aquelas em que o cloro. atraves de
efeitos especificas, possa ser ainda mais p,ejudr lambem, prmc1palmen1e, o 1eor de açüca,. Esta Uhima ação esta,ã 1c.-la • c:,onada com uma malor .1ttv1dade fCMos.s1n1êtica, que petmlte â planta focai ma,s ca,bono. e com d 1egv~~(lO dr1 ilbetlvra dos estOl'nM oo, m~l,s genei-,camenie. com uma met1or perda de água e de antdudo ca1b6mco De qualquet modo, s.al-.•o num ou nou110 caso de culturõs cx,.gentes {por exemplo, na cit3d;J bcte-11aba sa do qve com a'.I ca,ênclds. Líeuvamcn1e, o i6d10, para além de ser mwto su~tivcl de aunlCnt.11a p1e,ss.)o osmótica e, PCM ,s~. a condu11w:Lldc dJ solução do solo (IÚO foima cornpos1os 1.1\SO!úve,s e é Pouco absorvido pfllas pi.amas), emn ele1nilmoque. rl;\da J sua elevada . dmdJ 11d cuhurd do""º'· o !11lic10, como Jd fo, ,efeudo a propós,10 do íe110 e do manganes10 {tapitulo
l.3 1.). parece desempenhar um impo11ante papel no aumento da quanodade de oxigén10 mo~ lecular (O) que é veiculado peta parte aérea da planta para a ra,i, criando a,s,m condições para a oiudac;ão do Fe'· e do Mn'' e reduzindo, dcstc modo, a poss1btlidade de es1es -serem füo1óx1cos. Atendtmdo a que o silício é urn dos elem('OlOS rna1s burw:J;inies da crusta terrestre. normal mente nun no solo, No emanio. há jâ tabelas Que estabelecem os teore~ mJx1mos que podem cx1sm nos solos agricolás, bem como nos couetiVOs 01gãnicos. cm par1icutar &amas de esgotos, destinados a serem us.ados como íemt1zames (Capítulo 4.2_2.).
2.6. IRTERACÕES DE RUTRIERTES Os elementos veta1--,e-ia po, uma depress~ na abso,ç.\o de po,tJssiO c;ua,\00 a planta, f)OC" exemplo, em consequência da pi"uca da calagem. dt!ipóe de elevadds quanlidades de cálcio; o antagonismo potclS\IO•ma91W-S,n ocoue,ia, P0f exemplo, nas f)3Stagens. e man1festar·se·1a por uma depressão oo tl?Q, dP magné'StO pcOV'OCada por eventuars adubações potássicas intensas. f,;)(10 que te, ,a 1e,peicuss6e~ desf;:wo,~ve,s na Sdúde dos ammats. 011911\ilndo a doenç-a vul9cumen1e conhecida p01 rcran,adopos10 OU!l-lQuer des,es fenornenos tem sido conside1ado de ca1ãter unlversal. ,sto é, suscetível de 0S calcítk:os e magnesianos usados em p,esenc;a de doses crescenies de potássio.
Modalidades
K
Mg
O.S de K,0 + catcáno calcí1ico
1,64
0,33
1,0 de K O+ calcário calcíoco
1,99
0,33
2.0 de K,0 + calc~riOcak:ílOCO
2,31
0,32
l ,52
0,62
1,0 de K:,0+ cakârio magnesiano
1,88
0.63
2.0 de K10 + calcá, ,o magnesiano
2, 18
0.63
0.5 de K.O + calcário mag,1e-siano
-
Os valores indicados. referentes também à média dos teOfes de potãssio e de magnésio obrldos nos d iferentes corres, mostram que. tal como no ensaio antcr10r, o aumento da adubaçlio e con~ centraçâo de potássio não diminuiu o teor de m9nês10 do bcfs,m. e que a aphcaçãode mag~s,o pa1ece causar uma ligeira dep,essiio r,a concenHaç~o do po1ãssio. Estes factos estanam, mais uma vez. de acordo com a preferência da planta, com elevada CTCR. para absorver cataões b1valenres. Na Tabela 2.7 apresentam-se resultados extraidos dum uabalho efetuado em vasos. com a cultura do ~ rgo, que tinha p01 ob,ettvo avaliar a míluência do potâsstO e do rnagnês-0.
1.• Corte
K,O aplicado
(g/vaso)
1.5
K ---
2, 17
3,0
2,61
2,º Corte
~ 6
O,S2
.~
6,0
3,20
0,4'1
...
K
Mg
1,21
0,40
1.6res, também ,ere,entes Js conccnt,açoes do potãssio e do m.KJ1\és.o •'kl sub)tl111Clil sec.
fOOstram que, tamo no pm,-..eiro COfno no Seles t("!luhados. fo1Ob1c os valore) 1efeudos nt1 Tat,el;, 2.3 Pos1e1t0rmeme, f01 efetuado, sobo,-entação do auto,. um uc1balho{G1âoo. M, 1939) en'1Que jà w p10. embora com uma extensão m,1110 va11ável com o volurne e a capilcidade de 1,oca da ,a,z e dO!i (otoidcs do ~k>. ap1esc-nte, globalmen1e. um conu1bu10 1ela1ivarnente ba,xo PM3 a ap10)C1mação dos 1õcs.jâ que a!t 1aiz~ apenas ocupam, em médl3, cerca de 1%do volume do solo O nu,--o de mo\~O e um fenômeno ba!ieado no movl!nento COl'tvOChYO dos K>es cm drr~~o à 1a11 de-_.1do ao fluxo de ~ua, o qual se,~ consequência. ~btemdo. da uanspiraçâo cfa pldnta. No cnun10. a agua do solo. l'IO!i seus movimenlO!i de percolaçâo e de t>vapor.Jç.io. liunbêm pocle,á contnbtJI, para colocai j1..1nto à raiz O'\ tões que uansporia. O conurbuto do flu~o íle massa pa,a a apmxnnação glob..11 dos elemen1os às 1a1.ies depende- de vá11os fa101es. tendo. oa1u,alf'I\P.111e, tec'ld~nc,a Piêlld ser mais rnóve•s. cm 1)(1111cula1 do a.z010. ealeio, rTklÇJftt.½10 e enxofre.
Ad1fuWooco11c quando u,n ~o se ,,,ove de uma zona ecn q-oe se c-ncont1a em concentrJ{;âo Mev"óa pa1t1 ouua em que a sua concJ)e(.IÍ1Cô de determinado ião, De, depende da sua drfusão na água. 0 1~1, do volume de poros ocupados P0f agua, 8. do fa10: dp 1011uo'l1dade, f. (que exp11me a rac1l1da,de com Qve o 1ào w Pode movt?1 pe1ante os •obsttiuck> (Capitulo 2.1.2.), e mu110 pooco móvel, e O nu 111-t"ottôco de ca,g.a negauva, o qual pe,mitirla a atração e entrada de catiões mediante um processo sele11vo.
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Na absorção pode ainda d1s.11ngu11 se em,e obsot{óo passivo e nóSOl{ÕO ot1vc. No pnme110 caso. a c:oncenuaçao do nutllente no intenor é infe1.0r à que se deduz do câkulo da diferença de poumc,al. no segundo caso, a concemração do nuuicme no intc,101 ê supeno, ~ que se dedut. isto é, faz·se comra um gradit?nte ele1roquin11co. CX outuentes, excetuando poss1velmcmc o calc10 e POUCOS mais, ~o. de um modo geral ab· sorvidos de forma a11va
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R€SUl"IO M plantas. a semelhança dos ouuos seres v,vos. Só podem prod,.1t11 se torem conven1entt>1nen
te alimentadas A alimentação das plantas é cons11tuldi1 por vá1KJ~ elementO\ nutri11vos, vuk]auri~nte designa
.. dos ÇIOI
tlUlrlC'OI~ \.'C\1tle11S.
Algun~ nuu1cn1c.>, \.