Atlas de História Moderna (até 1815)

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Copyright © 1973by Colin McEvedy Estehvro foi publicado originalmente no Reino Unido pela PenWin Books Ltd., em 1973 T{tulo original The Penguin atlasof modern history (to 1815) Capa

Mariana Newlands Imagens de caT>a

The marriage settlement,da s6rie de pinturas Marriage a la mode, de William Hogarth (a National Gallery Collection; com a permissao do Conselho do National Gallery, Londres.

National Gallery Collection / Corbis / LatinStock Mapa de Pietro da Cortona. Araldo de Luca / Corbis / LatinStock A4apas

BernardoJoffily Assist&ncia editorial EstelaCavalheiro PrepaTagao

Leny Cordeiro in(bceremissivo RenataSirn6es Revisdo

Otacilio Nunes Ana Maria Barbosa

Dados Internacionais de Catalogagio na Publicagao (CIP>

(camara Brasileirado Livro, sp,Brasil

McEvedy, Colin Atlas de hist6rla moderna rat& 1815) / Colin McEvedy ; tradugio Bernardo Jofiny. – sao Paulo : Companhia das Letras, 2007,

Titulo original: The Pengpinatlas of modern history (to 18151 Bibliografla ISBN978-85-359- 1115-2

1. Atlas 2. Hist6ria moderna I. Titulo

07_7855

CDD-911.0903

Indlce para cat£logo sistemitico: 1. His{6ria rnoderna : Atlas 911.0903

[2007] Todos os direitos desta edigao reservados i EDITORA SCHWARCZ LTDA.

Rua Bandeira Paulista 702 cj. 32 04532-002– sao Paulo – sp Telefone (11) 3707-3500 Fax(11) 3707-3501 wwwcompanhiadasletras.com.br

ATLAS DE HISTORIA MODERNA

meados do s6culo xv, a invengao daprensa de tipos m6veis por Gutenberg, de Mainz,

Introdugao

0

paS OSeuropeus na frente dos outros pOVOS.A16m disso, a nova escala de produl;ao de

hvros, possibilitadapelaprensatipogr£fica, estimulou a demanda de informac;io em inicio da era moderna 6 marcado pelas viagens de descobrimento. Em conse-

tal nivel que impulsionou ainda mais a oferta. Desde entao, at6 o s6culo xx) o fosso

qD6ncia, este atlas, ao contririo dos volumes de hist6ria antiga e medieval, nao pode se limitar ao uso de um anico mapa como base: requer o uso de um mapamandi. Mas este ainda & euroc6ntrico – na realidade, ainda mais do que seusprede-

entre o Ocidente e o resto do mundo aumentou em escala crescente e acelerada

cessores,porque o foco agora se encontra na Europa, e nao na areaque engloba a Europa e o Oriente Pr6ximo. O resto do mundo 6 considerado apenasum palco no

melhores a serem descobertas. Essapostura nao existeem sociedadesiletradas, que

Aflexibilidade d fruto dessesdoisfatores. Basicamente decorre da id6ia de que existem diversas respostas,que algumas sao melhores que outras e que ha outras ainda v8em suast6cnicas como um presente dos deusesdesdeo inicio dos tempos. No s6culo xv, os europeus haviam reunido riqueza, cultura e flexibilidade intelec-

qual os europeus atuam.

A 6nfasena Europa nao precisa serjustificada. Operiodo considerado 6 aquele em

tual e criado uma tecnologia mais avangada e que se desenvolvia mais rapidamente do que qualquer outra. Os sucessoseuropeus na era dos descobrimentos e posterior-

que os europeus dominaram primeiro o alto-mar e, em seguida,uma grande extensao da area do globo terrestre, Ehminaram dois povos ancestrais – os siberianos e os amerindios – e tomaram suasterras. Conquistaram a India e a Indon6sia. Apenas os

mente costumam ser atribuidos apenasa essesavangost6cnicos: seCort&s e Pizarro

africanos, protegidos por sua pobreza e doengas,e os povos do Extremo Oriente,

nao & verdade? Mas! na realidade, o valor das armas & question£vel. Levavam tanto

ainda fortes o bastante nessemomento para evitar os estrangeiros, mantiveram sua

tempo para serrecarregadasque amaior parte dasbatalhassetornavaumaluta corpo

integridade poHtica.Mesmo assim,a enorme expansaoeurop6ia do tr£fico de escra-

a corp(Jantesque um arcabuzeiropudessedispararum segundotiro. Como nem Cort6s nem Pizarro possuiammais que uma dQziade arcabuzeiros,uma dada teda sido

conquistaram imp6rios com um punhado de homens, foi porque possuiam armas,

vos alterou a organizagaoda Africa, e a importagao de prata e de armas de fogo foi um fator revolucion£rio nas sociedadeschinesaejaponesa. O crescimento do poder da

aproximadamente o namero maximo de tiros disparadosporbatalha – uma contri-

Europa 6 obviamente o evento mais significativo do pedodo. E f£cil contar a hist6ria da Europa e de sua expansao ultramarina: o objetivo maior deste atlas 6 oferecer uma sintese desse momento hist6rico. Tarnb6m 6 necess£rio

buigio diminuta em combatesenvolvendocentenasde pessoas.Contribuigao um

considerar asraz6es subjacentes da supremacia europ6ia. Tendo a crer que essa supremacia estava baseada em tr&s vantagens inter-relacionadas: os europeus eram

que as clavas de pedra e de madeira dos nativos. Por6m, a grande vantagem de Cortds tende a ser desconsideradanessetipo de comparagio. o amerindio lutounamaior

mais ricos, mais versados e mais flexiveis do que seuscontemporaneos. (Vistos do

parte das vezes no sentido de arrebatar cativos para sacriHcios: a glOria pessoal era

nosso angulo, elespodem parecer incrivelmente pobres, ignorantes e rigidos; todavia, em comparagio com associedadesextra-europ6iasda 6poca, acredito que essa

obtida atrav6sda capt-urade prisioneiros nas linhas inimigas, Os espanh6islutavam

afirmagao sejav£lida.) O fato de que eram mais ricos d provavelmente o fen6meno que antecede os

nao havia apenas um fosso tecno16gico entre o amerindio e o espanhol – havia tamb&m um fosso estrat6gico. Asuperioridade nasarmas tornoupossivel o &xito dos con-

demais. E como naquele tempo o cultivo da terra era a principal atividade humana e

quistadores: a habilidade com a qual essavantagem foi explorada foi o que cHou o

a agricultura a principal fonte de riqueza, a razao da prosperidade europ&iadeveser

Imp6rio Espanholno Novo Mundo.

pouco maior foi dadapelos cavalos,que eram desconhecidos,temidos e muito mais ateis; e a maior de todas foi a do ago das espadas dos espanh6is, muito mais mortais

para destruir a forga coesa do ex6rcito inimigo. Era um conceito superior. Portanto,

buscada na lavoura. Atualmente 6 consenso que a “arma secreta'’ do agricultor euro-

A importancia da estrat6gia assimcomo das t6cnicasna hist6ria dos axitos euro-

peu era o arado. Esseinstrumento fora desenvolvido aos poucos durante o fim da AntigOidadee o inicio da IdadeM6dia at6 setornar capaz de revolver e drenar o solo

peusaparecemais claramente naconquista da india pelosbritanicos. No embate deci-

da zona extremamente amida do norte da Europa. Uma s6rie de pequenas melhorias

sivo, a batalha de Plassey,a disparidadenum6rica era taOgrande que de imediato se atribui a vit6ria britanica a superioridade das armas.De que outra maneira oitocen-

nos pormenores e no equipamento auxiliar e o crescenteemprego de outras maqui-

tos britani(.-os, auxiliados por 2200 indianos, poderiam derrotar o ex6rcito de Bengala,

nas – sobretudo rnoinhos de £gua e de vento – mantiveram

vidade. Tratava-se de um crescimento modesto, mas, com a oportuna ajuda da Peste

composto por mais de 50 mil homens? Na realidade, no que diz respeito ao poder de fogo, osbengalis estavam em vantagem: possuiam 53pegasde campanha contra vinte

Negra, foi suficiente para manter astaxas de crescimento da populagao. Cada s6culo

dos blltanicos: tinham tamb6m um nimero bem grande de conselheiros franceses

da Idade Maha via a Europa um pouco mais pr6spera e capaz de administrar suas

para fazer um uso razo£vel, se nao exemplar, dessasarmas. Plassey nao foi sequer a vit6ria de uma quinta-coluna. Clive superou ascondig6es desvantajosas do campo de

o aumento da produti-

nquezas.

A efici6ncia econ6mica somava-sea instrugao. No inicio do s6culo xv, os povos

batalha, conduzindo, paralelamente a campanha militar, uma habilidosa Werra de

europeus eram certamente tao instruidos quanto qualquer outro, senao mais: em

intrigas. O raja foi levado a desconfiar de seusgenerais e vice-versa. Mas nao hi regis6

lberg, de Mainz,

I de produgaode informagao em iculo xx, o fosso e acelerada id6iade que eMshi outras ainda esiletradas, que tempos. lbilidade intelecais rapidamente ntos e postenorCort&s e Pizarro )ossuiam armas, L,evavamtanto auma luta corpo Como nem CorI dazia teria sido a – urna contrl-

tro de deserg6es atC Clive ter mostrado que podia esmagar seusinimigos no campo de batalha. Vent_euem Plasseye Bengala atrav6s do uso habilidoso de recursos extre-

que torna ascomparag6esentre o inicio e o fim do s6culo especialmenteenganosas,

mamente reduzidos. Ponderou corn cautela cadadecisao,nao s6 porque seuspanos

na Inglaterra, maislenta. Portanto, ata a prata serregularmente distribuida, uma uni-

recursosnao Ihe permitiam nenhuma margem deerro, mas tamb6mpelofato de que, no s6culo xvlll7 eranoprocesso dedecisao que repousava, em altima instancia, asupe-

dade espanhola de moeda – ainda que equivalente a unidade inglesa, em termos de

rioridade europ6ia.

os recursos espanh6is.

mas tarnb6m as diferengas no ritmo do aumento, Na Espanha, a inflagao foi rapida;

prata em barras – comprava menos. No final do s6culo XVI,os dados superestimam 4. Em casos como o do imp6rio espanhol e o do austriaco, formados por Estados agregados1 6 pret_iso escolher, em teoria, entre somar os rendimentos totais dos Esta-

Nossa compreensio acercade um assunto 56 pode ser considerada segura quando

dos que os constituem ou somar os valores remetidos por eles ao Tesouro central

dispomos de dadosquantific£veis, Dos tr6s fatores considerados, o que devedasermais

Caso se trate dos rendimentos dos Estados Unidos, o que esti em questao & o rendi-

f£cildetraduzir em n6meros6ariqueza.Osdadosreferentesaoproduto nacionalbruto

mento do governo federal, nao o do governo federal mais o rendimento dos governos

da maior parte das nag6es hoje em cta estio disponiveis e, embora tenham suas limita-

dos estados. Federal pode parecer o termo mais apropriado para designar o rendi-

g6es–particularmente no casode economias isoladas,como a russa–, oferecem um vasCOpanorama do nivel de vida e dos recursos nacionais. Ficadamos muito satisfeitos

mento do “governo espanhol’', Mas o governo espanholpoderia estar utilizando as tropas e os navios de gperra mantidos pelo vice-rei da Sicilia, beneficiando-seassim dos rendimentos locais da Sicilia. Inversamente,boa parte do tesouro central (casteIhano) era despendido no governo local da Castela.Os c£lculos simplesmente nao

sedispus6ssemos desseselementospara oin{ciodoperiodo moderno.Infelizmente nao hi dados confi£veis, e astentativas de recuper£-los nao passam de meras especulag6es

quantitativas. Obtivemos, no entanto, dados relativos a rendimentos, que t6m certo

eram efemadosde forma a permitir uma estatistica“federal Calculei o rendimento governamental durante o periodo compreendido entre

valor. Eles oferecem urn indice do poder nacional que 6 v£lido (com algumas reservas) para um momento particular e, numa extensao menon para comparaQ6es ao longo de

1483e 1648em ducados venezianos de ouro. O ducado era, entao, a unidade padrao

:ontribuigio um

todo o periodo. Podemos,apartir deles,ter uma visio do ranking dasnag6eseurop6ias

para as transag6es comerciais. Condnha 3,5 gramas de ouro puro e nunca era desva-

los e muito rnais rto marsmortals

e suas alterag6es. Inclui essesdados nasnotas que acompanham os mapas econ6micos

lorizado, O florim de Florenga,o escudo(coroa) da Frangae o cruzado de Portugal tinham valor equivalente: os florins da Borgonha e da Alemanha tinham o mesmo

rntagem de Coro lutounarnaior

e mencionei certas reservas que devem ser levadas em conta ao consider£-los. Essas reservas sao importantes o suficiente para que as levantemos tamb6m aqui. 1. Na primeira parte do nosso periodo, a maioria dos Estadosainda se encontrava

peso, mas apenas 80% de ouro fino, e eram propoKionalmente

descontados.

Para o periodo compreendido entre 1648 e 1815, utilizei a libra esterlina como uni-

16riapessoal era panh6islutavam 3erior. Portanto,

no processo de transigao de uma organizagao feudal para uma economia monet£da-

dade padrio. Naquele tempo, a proporgao ouro /prata se estabilizara, a libra nao

Aparcela do poder estatalexercidade forma tradicional nao sereflete nos dadosreferentes ao rendimento. E correto afirmar que a organizagio feudal estavaem franca

estavadesvalorizadaem relagio a nenhum dos dois metais e, embora “esterlino” se

lol – havia tam-

decadancia e que os Estados que nao Hzeram a transigao – como a Po16nia – decli-

:1o &xito dos con-

feita simplesmenteporque a libra se tornou a mc)edadominante no periodo, e seria

naram1 perdendo suapotencia. Mas, no inicio do periodo, tais Estadoscontavam com verdadeiros ex6rcitos e eram vigorosos em sua politica externa.

pedante exprimir as transag6es econ6micas mundiais na mc)edade um Estado menos

Foio que cHou o

referissei prata, a Gra-Bretanhamantinha o padrio-ouro. A conversio para a libra 6

importante. A proporgao de troca era de 2,1ducadospor uma libra

2. Os dados disponiveis sobre os rendimentos seriam muito pouco satisfat6rios dos 6xitos euro-

para um contador moderno. No casode algunspaises,sao totalmente irregulares, e

No embate deci-

somos obrigados a nos fiar em estimadvas da 6poca, de vahdade duvidosa. Quando existem, em geral & dificil distinguir se exprimem unidades reais ou imagin£rias da contabilidade de entao, serepresentam os rendimentos esperados ou alcangados,e se

e de imediato se

nanerra oltocerr)eito ao poder de

incluem os custos,normalmente astronf)micos, da arrecadagao.Algumas vezes, a moeda sedesvalorizou tao rapidamente ou os rendimentos governamentais flutua-

lnhacontravinte

ram de maneira tao descontrolada que uma estatistica representativa 6 mais urna

Iheiros franceses

rcito de Bengala,

Antes de finalizar este t6pico, 6 necessirio ressaltar que os dados referentes ao rendimento dao uma id6ia do poder de um Estado, mas nao fornecemnenhuma

indicagao

sobre a riqueza per capita. Os paisesdo norte da Europa por certo tinham uma receita per capita relativamente elevada no inicio do nossopedodo, embora os dadosreferentes ao rendimento per capita fossem muito mais balxos que nos paises mediterraneos,

cujos sistemasde cobranga de impostos eram mais evoluidos ou mais rigorosos.

1. Todas essasmoedaspoderiam ser usadas como unidades de c£lculo, ou seja, representar um

nao foi sequer a

questao de escolha que de c£lculo. 3 . Embora seja f£cil levar em conta desvalorizag6es ocasionais – basra tomar a

)sasdo campo de

mc)edade menor valor como unidade –, o mesmo nao ocorre com algumas infla-

llidosa guerra de

g6es. A inflagao mais importante & a resultante do aumento dos pregos causado pela

expressosem ducados,seasmoedas em questio eram de fato de ouro. Por exemplo, ao final do

Wasnao ha regis-

importagao de prata dasAm6ricas no s6culo xvi, Nao 6 apenaso aumento de pregos

perlodo, o ducado veneziano de prata vaha ametade do ducado de ouro.

namero frxo de moedas de prata. Moedasde prata teoricamente equivalentes eram, is vezes,cunha' das com o mesmo nome. Como a moeda de prata era periodicamente desvalorizada,e a proporg50 entre o ouro e a prata estavasendo alterada em favor do ouro, hi que vedficar, quando os valores sao

7

–tenham

sido nomeados com clarezapelos historiadores, oprocesso em si continue

desdtuido de denominagao.Essefen6meno ocorre gragasi maneira como os histoNo que diz respeito i instrugao, a quantificagao 6bvia & a porcentagem da pc)pu-

riadores de hoje trabalham, e esseprocesso ainda deve continuar sem uma denomi-

lagao capaz de ler e escrever.Se dispus6ssemos de dados do periodo compreendido

nagao pr6pda por um longo pedodo, pois oshistoriadores costumam restringir-se a um draco s6culo e freqaentemente a uma anica geragao.Nessaescalatemporal, as

entre 1500e 1815,6 bem provivel que mostrassem um aumento de aproximadamente 5% para cerca de 50% de adultos do sexo masculino no norte da Europa. Uma

tend6ncias evolutivas de longa duragio sao invisiveis. As oscilag6esentre altos e bai xos – dentro de uma visio de maior alcance, ef6meras e corriqueiras – aparecem

quantificagao alternativa e mais confi£vel 6 dadapelo crescimento do mercado livreiro. O namero detitulos publicadospor ano, quecirculavaem torno demil no

aos historiadores de curto prazo com a mesmamagnitude que assumempara os da

final do s6culo xv, passou a mana dos 2 mil no final do s6culo seguinte. Em 1815foi dez vezes isso: o ritmo de produgao era de aproximadamente 20 mil titulos por ano.

6poca. Uma modificagao na linha de base de alguns poucos pontos percentuais passa despercebida

Essass6ries, na realidade, demonstram melhor a diferenga entre a sociedade

A recusa em considerar os elementos exteriores a sociedade particular que se esti estudando 6 um dospontos fortes dohistoriador. Nada 6maisf£cil ou perigoso do que uma 6nfase retrospectiva nos elementos sociais que s6 irao adquiririmportancia pos-

moderna e a medieval que os dadosreferentesa instrugao. Tomemos, por exemplo, os dadoscomparativos de um Estadonao desenvolvido como a Turquia. Constantinopla montou sua prensa tipogr£fica em 1726;em 1815,o namero total de titulos produzidos na primeira cidade do isla era 63. Isso equivale a uma taxa anual de menos do que um. O fosso de instrugao entre a Europa e a Turquia (50% e 5%) envolve um fator de dez; o ritmo de publicagao, um fator de 10 mil. Um fosso dessa

teriormente. No pedodo de curta duragio analisadopelo historiador pode haver pouco espagopara uma perspectivade longa duragao: masa longa duragio, em si, 6 um objeto de estudo valido,

Tc)memos uma met£fora da biologia. O entom61ogo estuda seus insetos como

envergadura representa uma diferenga fundamental, que existia tamb6m emtermos

animais de pleno direito, e nao como veiculos intermediarios entre os virus e os

de crescimento social. '

homens. No entanto, raro seria o entom61ogo que nao assumisseespontaneamente

Quando consideramos o altimo dos tr 8sfatores, a flexibilidade intelectual, nos situamos diante de uma nova dificuldade. At6 entio, est£vamos sofrendo com a falta

que sua visio dos insetos foi enormemente enriquecidapela teoria da evolugio, Ele mant6m em perspectivatanto o casoespecincoquanto a teoria geral. Ao contr£rio, o

de dados. Agora adentramos uma area onde hi falta de notag6es. Nao dispomos, na

historiador procede como Lineu: para ele, cadaesp6ciede sociedade& uma criagio

atualidade, de uma escala a partir da qual possamos mecIir e graduar as atividades do

especial, um f6ssil inico, encerrado no ambar do tempo.

passado. Ningu6m pode duvidar de que, se a concessaodo pramio Nobel para desco-

Tal postura & compreensivel,pois nao existenenhuma teoria hist6rica geral. Na

bertas cientificas tivessecomegado no ano 1500,de la at6 o inicio do s6culo xx mais de 90% dos pr6mios teriam sido recebidos por europeus ou individuos de culturas deri-

verdade, os esforgos dos historiadores no sentido de elaborar vis6es inteligiveis de civilizag6es parecem sempre ser antievolutivos: as sociedades sao vistas como indivi-

vadas da europaa. Por6m, como os pramios Nobel nao eram concedidosem 1500,

duos que nascem, florescem um dia e morrem, para serem substituidasporoutra, um

porenquanto nao hi nada a ser dito a esserespeito, a nao ser que, quando forpossivel

individuo quase idCntico. Esse antropomorfismo

avaliar retrospectivamente a atividade intelectual, sera surpreendente se os dados

tinto daquilo que de faro ocorre, a subsdtuigao continua de uma esp6cie de sociedade

nao mostrarem um fosso entre a Europa e a Asianesseperiodo, vasto o suficiente para

por outra. que & mais forte que a anterior do ponto de vista num aico, militar ou eco-

constituir mais uma diferengafundamental,

nomico.

simplista 6 obviamente muito dis-

Talvez a visio ciclica reflita a formagao exclusivamente humanista do historiador.

Os historiadores chineses,cuja formagao era toda baseadanum limitado repert6rio A premissa subjacente, na avaliagao anteriorsobre a evolugao da Europa no inicio

do periodo moderno, 6 que o desenvolvimento era continuo. Certamente, cada

de “cl£ssicos“, criaram uma hist6ria de seu pais tao dominada pela teoria dos ciclos que os tragos das enormes diferengas existentes entre os sucessivosimp6rios chineses

s6culo teve suas recess6es e colapsos, e algumas vezes uma dada area – a Italia e a

foram praticamente eliminados. Uma formagao cl£ssicapoderia muito bem predis-

Espanha sao exemplos disso– pode ter retrocedido durante um longo periodo, Poran, naoh£ davida de que, tomando tanto a Europa como um todo quanto o norte

1.Ofato de a Onicaprensa tipogr£fica de Constantinopla ter interrompido suasatividades entre 1730e 1780enovamente em 1800mostra que essadiferenga nao tem nenhuma relagio com atecno.

da Europa em particular, a prosperidade,a instrugao e o conhecimento aumentaram

logia da imprcssio em si, mas com a demanda social do produto. A inveng50 nao apcnas ocorreu na

s6culo ap6s s6culo no nosso periodo.

Europa (o que poderia ter sido um acidente ): foi li que eIa tevc axito,

Esseprogresso me parece ser o elemento mais importance da hist6ria europ6ia.

e mesmo da hist6ria mundial, no periodo. Portanto, 6 curioso que, embora alguns

2. O premio Nobel foi primeiramente concedido em 1901: o primeiro premio de ci6ncias confe. rido a um n5o-europeu foi o de fisica, em 1930,recebidopelo matem£tico indiano C. V Raman. Desde

aspectos do processo – notadamente a Revolugao Industrial inglesa de 1780-1815

entio, dois chinesese doisjaponeses tamb6m ganharam o pr6mio de fisica 8

so em si continue

por a este tipo de raciocinio: tudo 6 medido por uma trnica s6rie de padr6es; as socie-

maneiras de recorrer ao bolso de seus cidadaos, e o ex6rcito permanente comegou a

ra como os histo-

dades evoluem em diregao a essespadr6es, dedinam e entao lutam para sereerguer,

crescernum ritmo aceleradissimo.Na Franga,por exemplo, daspoucas centenasdo

:rn uma denomi-

numa rnonotonia

s6culo xvi, chegou-se aos 150 mil no s6culo XVII.Essa& uma verdadeira revolugao: em

de Sisifo

rrn restrlngrr-se a

E provavelmente muito cedo para seproduzir algo de trtil no sentido de uma teo-

cala temporal, as

ria geral. Nao podemos ainda classificar as sociedades como se deve, muito menos

entre altos e bailras – aparecern

com a seguranQa necess£ria para uma discussao relevante de hip6teses evolutivas. Todavia. a ausEnciade um sistema para avaliar as tend&ncias a longo prazo 6 um fato

rmem para os da

importante na produgao historiogr£fica atual, que introduz um elemento de distor-

)ercentualspassa

gao. Porque, quando uma tend6ncia se torna discernivel dentro do intervalo conside-

determinado periodo, a sociedademudou a engrenagem,e a mudangafoi completa Admitindo-se o crescimento populacional, o ex6rcito permanente da Franga6 aproximadamente do mesmo tamanho hoje em dia E tamb6m uma mudangade significado pouco profundo, Como feito administrativo, estavadentro da capacidadede um Estadotao pouco desenvolvido como o otomario. E,nessesentido,representavaapenasum retorno i capacidadeadministrativa

ratio pelohistoriador, seu significado acabasendoenfatizado de forma desproporcio-

existente no Imp6rio Romano. Sejam quais forem os fatores que conthbuiram para

-icular que se esti

nal. Tc>memoscomo exemplo uma revolugao cientifica do s6culo XVIIou uma

rperigoso do que

Revolugao Industrial do s6culo XVIII. sao de fatofen6menos:

que a sociedade europ6ia se desenvolvesse, a capacidade de manter um grande ex6rcito nao estava entre eles

importancia posador pode haver

mas o emprego do termo

rcvolugio'’ tende a conduzir a hip6teses incorretas sobre o crescimento da ci6ncia e

A revolugao do ex6rcito teve seu paralelo no mar. No curso do s6culo XViI,a marinha britanica e outras, formadas por alguns navios, que serviam como um nacleo em

duragao, em si, 6

da indOstria. Uma revolugio tem um inicio e um fim: uma revolugao cientifica ou industrial devechegara um termo em determinado momento. No entanto, ningu6m vai acreditar quc ospassosda revolugio cientifica e da RcvolugaoIndustrial tenham

:USrnsetos como

se reduzido

ltre os virus e os

mudangas ainda esti aumentando. O que houve foi que, nos s6culosXVIIe XVIII,o ritmo de mudangasatingiu um nivel que era perceptivel no intervalo de uma vida, ou

A tonelagem dos navios europeus aumentava regularmente, e a cada s6culo a exten-

spontanearncntc da evolugio. Ele

que pode ser percebido pelo historiador de uma anica geragio,

marinha profissional foi um evento:o crescimento do com6rcio maritimo, um pro.

1. Ao

contr£rio,

o

I

de 6 uma criagio

st6rica geral. Na es inteligfveis de stas como indivi-

by

iasporoutra, um nente muito dis£cie de sociedade o, militar ou eco-

I

ap6s os s6culos xvii e XVIII. Os dados disponiveis

Recentemente, a revolugio

serie de revolug6es que os historiadores identificam no nosso periodo. EIa abarca

cesso continuo. Pode haver alguma davida sobre qual deles foi mais importante? Pode parecer que estou me estendendo demais sobre esset6pico. Mas, do mcu

v£rios fenamenos, que avangaram passo a passo:uma revolugao no equipamento

ponto de vista, o termo “revolug50 industrial“ alcangouuma posigaotaopoderosa na

militar (a introdugio do arcabuz); uma revolugao nas titicas (com aelaboragio de um programa eficiente de exercicios militares coordenados para arcabuzeiros e lancei-

nossa manara de pensar o processo de industrializagio que merece uma abordagem

ros); uma revolugio no recrutamento (porque as novast£ticasrequeriam treinamento e nfvel profissional);uma revolugio na escalanum&ica. Ji a revolugio das

rica e criou muitos problemaspr£ticos. Por ter originado a teoria econc-)mica do

armas & uma revolu9ao do tipo industrial – um processo tao antigo qu,Into a humanidade, que continua atC nossosdias. As revolug6es nas t£ticas e no recrutamento sao tempor£rias, ou seja. fen6menos de segunda orcIem. Mas a mudanga na escalanum6-

volvida num curto periodo de investimento intenso de capital. Seguindo atC o fim

uito bem predis-

guarneciam as duas ou crasfortalezas reais mais importantes. Com o aparecimento

teoria dos ciclos

uasativida,lesentre elagio com a tecno) apt’nas oc’orreu

sao, a escala e a importancia econ8mica da marinha mercante cresciam. A criagio da

militar, ocorrida entre 1550 e 1650, veio somar-se a

np6rios chineses

ritado repert6rio

constituir frotas permancntes, tt)rmadas por dazias de embarcag6es especializadas Nesse caso, a tendCncia de !onga duragao por tr£s da revolugio & claramente visivel.

mos;tram que o ritmo das

rica 6 outra questao. Observemo-la em detalhe No inicio do s6culo XVI,o reinado da cdstandade contava, para sua defesa, com a obrigagao de todo homem adulto e em boas condig6es de pegar em armas para repehr um invasor. O ntrmero de soldados profissionais disponiveis em tempos de paz era da ordem de algumas centenas. Essaspoucas centenas protegiam a pessoa do rei e

Eado historiador

torno do qual os galec-)es mercantes se reuniam em tempos de guerra, passarama

em grande escala.Na verdade,nao contribuiu para a formagao de uma teoria hist6arranque'’–aid6ia de que uma sociedadeestagnadapodesetransfbrmaremdesenessa''revolugao industrial" forgada,a economia supostamente estaria em condig6es de dar um arrancada no sentido do crescimento auto-sustentado. 1. Os dadossao os seguintes: Soldddos

( cm rnilh6es )

ExCrdtopen?unalte (crn milhares )

(por mil habitantcs )

r. 50

350

7

r. 25

180

7

Populdk-cio

Imp6rio Romano finicio do s6culo l\’ )

das armas e de t£ticas que demandavam treinamento profissional, o recrutamento

Imp6rio Otomano

feudal dellou de ser parte efetiva da m£quina do Estado. Entretanto, como o Estado nao tinha meios de pagar por um ex6rcito permanente, o resultado foi que em tem-

(fim do s6culo X\'II )

na

Franga fim do s6culo x\'ll )

pos de paz ele ficava quase sem det-esa,e mantinha apenas um reduzido namcro de

19

150

8

io de ciencias confc-

hc)mens– entre 15mil e 30 mil – em tempos de guerra. Essemontante estavatao

( 1832)

32,5

350

10

C. V Raman. Dost]e

obviamente abaixo da capacidade de guerra que cada Estado tratou de retificar a

(1962 )

46, 5

415

9

situagao, o que se concretizou no curso do s6culo xvll. O Estado encontrou novas 9

Essaid6ia sebaseavana hip6tese de que a era da Revolugao Industrial foi a fasecrucial da transformagio

da Gra-Bretanha numa sociedade desenvolvida, e na observa-

gao de que, durante esseperiodo, a Gra-Bretanha estava investindo grandemente no seu produto nacional bruto. A observagao procede: de fato, a generalizagao de que

uma industrializagao aceleradae um alto nivel de investimento andamjuntos Cevidente. Mas a evolugao da Gra-Bretanha para uma sociedade desenvolvida comegou muito antes da Revolugio Industrial, que representou apenas um est£gio de maturidade dessasociedade. Igualar industrializagao e progresso 6 tao ing6nuo quanto igualar vida e respiragao: ignora-se o periodo de desenvolvimento fetal, durante o qual o mecanismo de respiragao 6 formado. No momento em que o beb6 respira ou a sociedade se industrializa,

o trabalho real de desenvolvimento

ja foi realizado.

A evolugao da sociedade progressista na Europa – visto que a Gra-Bretanha foi apenas a primeira numa flotilha de paises navegando nesse rumo – 6 a aut&ntica mat6ria da hist6ria. Entretanto, certamente nao 6 o processo que os paises subdesen-

volvidos de hoje deveriam estudar. Seusdetalhessao discutiveis, quando nao totalmente obscuros, e o desenvolvimento como um todo levou s6culos. O pais subdesenvolvido precisa de um modelo mais claro e de um resultado mais rapido. Isso existe no Japao, que num curtissimo periodo – basicamente nos anos 1868-89– se transformou de sociedade estagnada em desenvolvida. Ningu6m pode negar o car£ter

revolucion£rio dessasduas d6cadas,pois oJapao tornou-se, desdeentao, uma socie-

dadeindustrial bem-sucedida.E qualquer um pc)dever que a revolugio foi social, envolvendo a troca de velhas id6ias e objetivos por novos, de inspiragao europ6ia. S6 depois disso o pais comegou a industrializar-se

A hip6tesedo “arranque”dominou a teoria do desenvolvimentonosanosposteriores a SegundaGuerra Mundial. Encorajou nag6espobres a pedir, pegar emprestado ou obter secretamentetanto dinheiro quanto pudessem, Os resultados foram lament£veis. Muitas nag6essubdesenvolvidasse encontram sobrecarregadascom uma divida externa tao pesada que suaschances de decolar diminuiram ao inv6s de

aumentar. Essaexped6ncia simplesmente tornou claro que o que os paisessubdesenvolvidos devem importar sao novas atitudes. Abandonar crengas arraigadas 6 um processo mais doloroso do que pegar dinheiro emprestado. Todavia, o pais subdesenvolvido pode pelo menos se considerar feliz, pois, a diferenga de uma esp6cie animal

em extingao, pode se dar uma segunda chance, adotando caracteristicas dos seus rivais mais bem-sucedidos,

Na preparagio dos dois primeiros volumes destas6rie,tive o pdvil&gio de manter discuss6esfreqtientes com Peter Fison. Pouco depois de ter comegado a trabalhar no presente volume, ele contraiu leucemia, vindo a falecer em 1969,aosquarenta anos,

Muitos me ajudaram desdeentao, masningu6m poderia ocupar seu lugar: estelivro 6 dedicado a essehomem inteligente, loquaz e vigoroso.

10

O atlas

O mundo em 1483

Os povos pr6-colombianos do Novo Mundo nao haviam domesticado nenhum animal em larga escala,' ponanto o estilo pastoral inexistia nas Am6ricas. No M6xico,

uma sofisticada agricultura de irrigagao sustentavauma populagao consider£vel:o I . POPULA9AO

N

enhuma esp6cie Quniformemente

resto da Am&rica Central tamb&m era razoavelmente povoado, assim como a cordiIheira do Andes, na Am6rica do Sul. Nas outras partes, havia tdbos dispersas de agridistribuida dentro de seuhabitat, mas a esp6-

cultores ou de semi-agricultores primitivos, havendo uma presengadominante de

cie humana 6 a inica a possuir uma hist6ria de 10 mil anos de distribuigao irre-

coletores no oeste dos Estados Unidos e no Canada, ao norte, e no Chile e na Argentina, ao sul. A Am&ica Central abrigava talvez urls 5 milh6es de habitantes; o conti-

gular. No altimo s6culo e meio, a forga motriz por Erasdesseprocessofoi claramente a industrializagao, e sua expressaomaterializou-se na concentragao urbana. Nos s6culos anteriores ao xix, entretanto, a ind6stria e ascidades tinham importancia demografica marginal. Asvariag6esna densidadepopulacional eram motivadaspela produtividade agricola.

nente como um todo, algo em torno de 11 milh6es.= No que diz respeito aos coletores, pc)de-secalcular com folga I milhao de habitantes para cada uma dessasregi6es: Novo Mundo, Asia e Indon6sia – Australia, lsto 6, menos de 1% dapopulagao mundial sugerida pelos dadosindicados, que somam algo

A produtividade agricola era determinada pelo chma e pelo conhecimento t6c-

em torno de 400milh6es

nico: num pals quente, eram ast6cnicasde irrigagao asrespons£veispor grande parte da produtividade. Assim, no s&culoxv, entre asdensidadespopulacionais mais altasencontravam-sepaisescomo o Egito, cuja densidadepor qui16metro quadrado se situava ha muito na casadas centenas. A agricultura dos paises temperados favorecia densidades na casa das dezenas, e o pastoreio – mc)do de vida caracteristico da

estepe asiatica –, densidades de algumas unidades. A densidade m6dia dos coletores de alimentos estava provavelmente em torno de um para cada 25 qui16metros quadrados. No Velho Mundo havia tr6s areasagricolas principais: a Europa, com cerca de 70 milh6es a 75 milh6es de habitantes, a India, corn 100 milh6es a 120 milh6es (altissima

densidadeno vale do Ganges),e a China, com 110milh6es a 130milh6es (altissimas densidadesno vales do Huang-Ho e do Yang-Ts&),Entre a Europa e a India, situavamse os paises do Oriente Pr6ximo, com faixas densamente povoadas por camponeses,

estabelecidos numa terra £rida, ocupada por pastores n6mades. Essazona abrigava

cercade20milh6esa30 milh6esdehabitantes,dosquaisde2milh6es a3milh6eseram n6mades. As principais zonas agricolas portanto podem ser consideradas como (1) a

faixa cobrtndo a Europa continental (e a costa sul do Mediterraneo), o Oriente Pr6ximo (numericamente inferior e sem continuidade) e a India; (2) uma areaisoladado Extremo Oriente cenuada na China, mas incluindo oJapio (com cerca de 15milh6es de habitantes), a Cor&ia (3 milh6es) e o Vietna (3 milh6es). Havia agricultores no resto do Sudeste Asi£tico, nas Filipinas e na Indon6sia, mas apesar da tecnologia da 6poca essazona tinha uma populagao reduzida. A outra anica area agricola significativa era

1. Osperuanos haviam domesticado aIhama: elesa utilizavam (de maneira pouco eficiente) como animal de carga e tosquiavam a la da alpaca.

a Africa, ao sul do Saara.Ali, os dadospopulacionais sao meramente especulativos, mas parecerazoavel calcul£-los entre 25 milh6es e 35 milh6es, aproximadamente,

2. Nameros muito mais elevadosforam levantadosrecentemente,e embora eu nao acredite

visto que aporgao oeste do sudao tinha o dobro da densidade da arearestante.

que apopulagio do M6xico possa ter algum dia alcangado amana dos 15 milh6es ou 20 milh6es de

Osn6mades aut6ndcos dominavam as terras depastagem asi£ticas.Estasse estendiam da estepeda regiao sul da Rassia, atravessando o Turquistao, atC a Mong6ha e a

habitantes, proposta por alguns, ha forte indicagao de que a populagao da Am6rica Central tenha sofddo grandes oscilag6es.Um dessesciclos de altos e baixos deixou aregiio sul (maia)permanen. temente arruinada no s6culo x: talvez o mesmo tenha ocorrido na area do M6xico central, quando

Mancharia. Na larga faixa que vai do Tibete em diregaoao sul, algo como 5 milh6es de n6mades conseguiam sustentar-se e manter os agricultores afastados das areas

os espanh6ischegaram. Dessaperspectiva, os sangrentos dtos religiosos dos astecas(que sacrificavam mais de 20 mil pessoaspor ano) poderiam representar uma resposta adaptada a um problema

apropriadas a agdcultura.

de superpopulagao, 12

:sticado nenhum ricas. No M6xico, o consider£vel: o

1483

im como a cordiciispersas de agriga dominante de

Chile e na Argen-

bitantes; o conti-

a

lilhao de habitan-



Australia. Isto 6, quesomam algo •

ucoeficiente)como 9ra eu nao acredite es ou 20 milh6es de 6rica Central tenha

I (maia)permanenico central, quando tecas(que sacrifica' adaa um problema

1 milhao de habitantes

10 milh6es de habitantes



1 JAPAO 15

2. AS CULTURAS LETRADAS E SEU CONHECIMENTO GEOGRAFICO

cute, Malaca e Cantao. Rotas acess6riasenglobavam ao sistema asFilipinas e o arquip61ago indon6sio.

td o fim do s6culo xv, a instrug50 estavaconfinada ao Velho Mundo e, dentro

Gragas a essarede comercial, os ge6grafos do Velho Mundo possuiam um quadro

dele, as principais sociedades agricolas. A China dominava a area do Extremo Oriente, pois todos os asi£ticos odentais usavam a escrita silabica derivada dessepais e viviam de acordo com os rnoldes culturais chineses.De fato, entre os seusvizinhos,

razo£vel e apurado de seuhemisf6rio. As pegas que faltavam eram o nordeste da Sib&

A

ria e a Africa Central e Meridional. A AfrIca era a que maisintrigava. Durante s6culos, caravanas transaarianas trouxeram ouro emp6, marfim e escravos do Sudio ao Mech-

terraneo; portanto, havia alguma informagao disponivel a respeito da bacia do Niger.

apenasosjaponeses possuiam uma identidade nacional pr6pria; o resto aceitava a China como o centro do mundo e fmica fonte legitima de autoridade pohtica.

Na costa oeste, comerciantes £rabes,a procura das mesmasmercadodas, tinham estabelecido postos ao sul, at& a altura do tr6pico de Capric6rnio. A costa oeste foi

A situagao na Europa, no Oriente Pr6ximo e na india era muito distinta. A forma

explorada pelaprimeira vezpelosporrugueses, no s6culo xv. Eles alcangaram o golfo

alongada dessaareae o fato de a concentragao populacional se dar nasbordas e nao no centro conduziram i heterogeneidade cultural e polidca. A escrita alfab&ica e o fana-

da Guin6 em 1471e logo estabeleceramli um com&rciosimilar ao dos £rabesno Oriente. No entanto, sua ambigao nao foi totalmente satisfeita:pretendiam, nave-

tismo religioso eram praticamente os anicos fatores em comum. Em conseqaencia, se

gando, ultrapassar a Africa em diregio a India. Por azar, a exploragao da Guin6 foi

aChina constituia, na maior parte do tempo, um imp6rio unido, nenhum Estadojamais abrangeu nda a extensao da Europa a India. O Imp&rio Romano, o cahfado £rabe e os

decepcionante. A costa virava para o suI de novo e continuava nessa diregao de forma

varios imp6rios indianos saoasexpressi)espoliticas dessaestrutura tripartite. O cristianismo, o islamismo e o hinduismo expressama mesma chvisaoem termos culturais.

Nesseestagio,um observador imparcial com certeza teria feito suasapostasno islamisrno, e nao no cristianismo. O islamismo havia dominado o Oriente Pr6ximo

O periodo medieval correspondeu ao apogeu dos n6mades turco-mong6is e da

por aproximadamente oitocentos anos.As minorias cristis ali instaladashaviam se

estepe asiatica. Embora fosseenorme, a China promoveu conquistas sangrentas:

tornado muito fracaspara alimentar alguma revanche e, de qualquermaneira, no que

aparentemente infinita.

nem o Himalaiap6de proteger a India da invasaode Tamerlao,* o Turco. Em diregao

diz respeito i efici6ncia mihtar, nenhum Estado cristao estava em condig6es de com-

ao oeste, a Horda de Ouro submeteu a Rassia a escravidao. Mas os assaltosnamades

petir com a otomano. Expandindo-sedo Marrocos a Kazan, numa s61idamuralha de paisesislamicos, ele seerguia entre a cristandade e o resto do mundo conhecido.

maisdevastadorese continuosforam osque atingiram o C)rientePr6ximo. No s6culo XiII,o poder politico £rabe havia sido definitivamente derrubado, e as dinastias turcas seestabeleceram por toda a regiao, ocupando seu lugar. O violento ataque turco teve

Alguns enclaves cristios, como a Ge6rgia e a Abissinia, estavam encolhendo,

efeitos positivos e negativos: na Anat61ia, uma imigragao maciga criou uma nova

negros do Niger e os da costa leste da Africa, os habitantes dos oasis da Rota da Seda no Turquistao e os habitantes das ilhas indon&sias ao longo da Rota das Especiarias

enquanto a expansio islamica prosseguia firmemente em diregao ao leste e ao sul. Os

nagaoque veio a constituir o Imp6rio Otomano; foram os turcos que deram a dina-

estavam adotando o islamismo de forma crescente. A anica carta que a Europa tinha

mica da segunda fase da expansao islamica. Os £rabesji tinham tornado dos cristaos

na manga era o crescimento da instrugao. A combinagao da escrita alfab6dca com a prensa de caracteres m6veis (inventada na Alemanha em meados do s6culo xv) abriu

ascostassuI e leste do Mediterraneo e dos hindus a porgao inferior do vale do Indo. Os turcos tomaram o sul da RQssia e os Balcas e conquistaram

quase tudo o que res-

o caminho para uma sociedademais informada e eficiente. No curso do s6culo xv, a

tava da India. Foi um grande feito, que sustou o crescimento populacional.

tecnologia europ6ia comegou a passar a asi£tica para tr£s.

Nemo Velho nemo Novo Mundo souberamdaexistanciaum do outro no periodo pr6-colombiano,

mas associedades letradas do Velho Mundo estavam conectadas por

rotas comerciais e tinham um largo conhecimento umas das outras. Um dos caminhos que ligavam o Oriente e o Ocidente era a Rota da Seda,que atravessavaa Asia Central (a seda chinesa, por ser a melhor do mundo, era muito requisitada no Oddente). Sua vitahdade –embaixa no s6culo xv –variava de acordo com a indole dos 1.A via maritima do Oriente para o Oriente Pr6ximo 6 conhecida como a Rota das Especiarias.

n6mades. Maisimportante em escalae de fluxo mais constante, o com6rciomaritimo

varias especiariasprocediam da Indon6sia – o cravo-da-india e a noz-moscada especialmente das

estendia-se nas costas leste e suI da Asia, onde se sobrepunham s6ries de navios ara-

Molucas,macis e canfora dasoutras ilhas do arquip61ago. A pimenta provinha principalmente da

bes,indianos, chinesesejaponeses,conectando o Cairo e Nagasaki via Aden, Cali-

India; a canela, do Ceilio; o gengibre, da China.

A importancia dasespeciariasnesseperiodo pode parecerridicula casonao seleve em conta o * Tamerlao (Timur. o Coxo) (1336-1405), conquistador turco e fundador do segundo Imp6rio

quanto a dieta da &pocaera insossae o fato de asespeciariasserem uma mercadoria ideal do ponto de vista dos comerciantes, por ter volume reduzido, mas prego emargem de lucro elevados.

Mongol. (N. T.)

14

lipinas e o arqui

1483

liam um quadro

Her

rordeste da Sib6 )urante s6culos, Sudio ao Medi-

rbacia do Niger. adorias, tinham \ costa oeste foi angaram o golfo

o dos £rabesno

S r

eterrdiam, nave:ao da Guin& foi hregao de forma

FI/ f '\

suas apostas no

)riente Pr6ximo .ladas haviam se

rnarlelra, no que ndig6es de com)lida muralha de

L ,I " { I

PH

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:8 gIll ++++ff

// I – 3 do com6rcio e da

o papado, Portugal e Inglaterra (0,3 cada).O resto tinha O,2ou menos, O trono germanico nao tinha nenhum rendimento. Os Estadossituadosfora da regiao do Mediterraneo, a Europa Ocidental, como Hungria, Lituania-Po16nia,Escandin£viae Ras-

indastria da 6poca: os holandesesforneciam produtos importados e controlavam as exportag6es dosprodutoresprim£rios do norte da Europa, do B£ltico atCa Espanha;os

sia, eram perif6ricos para a economia monetaria, e seu funcionamento dependiada obrigagao do servo para coffr o-s$nhor e do senhor para com o rei. Em outras pala-

italianos do norte faziam o mesmo nas areasagdcolas do Mediterraneo (Espanha, sul da Italia e palsesislamicos), a16mde transportar as especiarias e sedas do Oriente na altimaetapa de suapassagempela Europa. Os dois centroseram conectados por rotas

vras, sua estrutura ainda era feudal Os dados apresentados omitem violentas flutuag6es anuais; portanto, devem ser considerados com cautela. Tamb6m sao enganosos por partir de um entendimento

atrav6s da Franga e da Alemanha, e os navios venezianos navegavam todos os anos para Antu6rpia, a Veneza do norte,

da contabilidade que, fora da Italia, era praticamente desconhecido.Os orgamentos

Contrastando com capitaisadministrativas, como Paris, Cairo e Constantinopla,

eram baseados mais na expectativa que na realidade, e o resultado disso 6 que o d6fi-

as cidades do norte da Italia e dos PaisesBakos eram centros criadores de riquezas.

cit era cr6nico, e os empr6stimos governamentais,com taxasde juros exorbitantes (de 10%a 30%),uma pr£tica continua. Quando seatingia o ponto critico, os reis tra-

Em conseqa6ncia,eram extremamente valiosas para seus Estados.Mais que isso, constituiam a fonte de receita ideal de qualquer governo–produto dos altos impostos dos quais a riqueza podia serespremida na melhor dasformas, dinheiro liquido, A

dicionalmente langavam mio do recurso de multar aqueles que Ihe haviam empres-

tado dinheiro (se eram italianos), massacr£-los(se erarnjudeus), desvalorizar a

Europa Ocidental, ap6so interladio da idade dastrevas,havia retornado a economia

moeda (mais uma vez) ou, se estivessemtotalmente encurralados, vender parte de

monet£ria, e dinheiro era uma necessidadepremente. Gragas ao seupoderfinanceiro,

seus direitos legais ou dominic)s pessoais. Conforme a lei se impunha na Europa, a

asmaiores cidades do norte da Italia conseguiram

aplicagio dosexpedientesmaisviolentos tornou-se impossivel;por6m, seasfa16ncias

marIter-se como Estados independentes. Administravam seus orgamentos de maneira moderna e impunham impostos que rendiam anualmente cerca de urn

reais eram menos sangrentas, nem por isso eram menos freqaentes, A maior parte dos Estados mais importantes

ducado por cabega. Nenhum Estado agricola podia rivalizar com esse ritmo; apenas

entrou em fa16ncia por v£rias gerag6es seguidas. Entre

os pequenos principados germanicos, a situagao era aindapior: asenormes somas

o Egito, com seuscamponesesconcentrados ao longo de uma ampla via natural7

implicadas em pagamentos excepcionais– um dote de princesa poderia perfeita. mente excedero rendimento anual do Estado – contribuiam para uma atitude de

poderia aproximar-se disso. Os sult6es mamelucos chegavam talvez a dois tergos de

ducado por cabega:o m£ximo que os igualmente desp6ticos otomanos poderiam obter era um tergo de ducado.

indiferenga que se instalou sem dificuldade no seio da aristocracia educada. Muitos

principes arruinados entretinham funcion£rios da corte em seuspal£cios enquanto

Na Europa Ocidental, o despodsmo estavaa16mdo alcance, embora nao da aspiragao, da maioria dos reis. Por s6culos,seus saditos haviam se acostumado a uma socie-

esperavam acontecer algo que mudasse sua situagao,

dade feudal, com suas dizimas fixadas pela tradigio e suas obrigag6es cumpridas arrav6s do servigo. Ospagamentos em dinheiro eram excepcionais e feitos apenas em casos

1. Considerando como cidade as povoag6escom mais de 30 mil habitantes. 2.A Inglaterra foi um produtor exclusivamenteprim£rio at6 meadosdo s6culoxiv, quando come.

de compensagao por agravos, determinados por deputag6es, parlamentos ou Estados. Na Franga e em Castela, os reis se sobrepuseram a esses corpos representativos1 em

gou a transformar uma proporg50 crescentede sua Ia em tecido. No fim do s6culo xv, ele ainda era enviado aosPaisesBaixospara acabamento edistribuigao. Assim, nesseperiodo, aInglaterra pode ser

parte porque aslongasguerras de hbertagao contraingleses e mugulmanosforneceram

considerada um Estadoem transigao entre afase de produg50 prim£ria e a comercial 3. Uma pessoaastutapoderia, 6 claro, ganhar dinheiro em situag6esaparentemente impossiveis.

um pretexto impec£vel para o decreto de impostos, mais particularmente porque os

Em 1514,por exemplo, um operador sagazcomprou o arcebispadode Mainz (possuidor de urn dos setevotos necess£riosi eleigio do imperador germanico), embora seu rendimento ji estivesseintei.

nobres – a araca fonte de oposigao de fato perigosa – eram isentos dos impostos que

votavam. Em Castela,obtiveram atCuma parte nos rendimentos. A Inglaterra7 por

ramente absorvido no pagamento dosjuros de suadivida pablica. Peloarcebispadoe pelo direito de vender indulgancias, pagou ao papa 40 mil ducados, quantia que praticamente recuperou com a

outro lado, aceitou a nova dinastia Tudor, em 1486,com a inica condigao de que o rei 'vivesse do que Ihe pertencia”, isto 6, governasse o pais com o rendimento de seus pr6-

venda de indulg6ncias. Na eleigao imperial seguinte, a de Carlos v, quatro anos mais tarde, vendeu seu voto por 90 mil ducados.

prios Estados, a16m do produto dos impostos alfandeg£rios. A m&iia do rendimento na 28

o rendimento do

rsadito

1483

)S, seus tesouros

tado ocidental dos rendimentos Ite: Franga (2,75), gonha (0,5 cada) nos. O trono ger-

i regiio do Medi =andin£via e Rasento dependia da Em outras pala -Canto, devem ser

m entendimento ). Os orgamentos iisso & que o d6fi

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Atrav6sdoSaara

CAIRO© es dos duques – o ducado da Borgonha (A no mapa), o condado da Borgonha (B), Artois e a Picardia (C), Flandres (D) e os PaisesBaixos (E) –, apenasA, C e D

Lusacia-si16siaformavam um enclaveeslavodentro de uma areagermanica, e eram, em geral, politicamente unidas. O imperador era eleito pelos arcebisposde Mainz,

se encontravam dentro das fronteiras francesas.Os duques aproveitaram-sehabil-

Trier e Co16nia e pelos governantes da Bo6mia, de Brandemburgo,

mente das invas6esinglesas na Frangapara satisfazersuas ambig6es, abandonando os

da Sax6nia e do

Palatinado (Estado composto de duaspartes, uma no m6dio Reno e a outra no angulo

inglesesapenasquando os franceses,derrotados, reconheceram por algum tempo a

compreendido

independ6ncia da Borgonha. Unir os Paises Baixos com a Borgonha propriamente dita era a pr6xima etapa do programa. O homem que resolveu o problema da Borgonha foi Luis xl, que subiu ao trono da

entre a Bo6mia e a Baviera).

Apesar da posse da coroa imperial, a riqueza dos Habsburgo mantinha-se, na

maior parte do tempo, num patamar muito balxo. No inicio do s6culo,haviam dado um saIto com o vantajoso casamento que linesproporcionou o reino da Bo6mia

Franga em 1461. Como fosse traigoeiro e bem-sucedido, os admiradores o considera-

(incluindo a Moravia e a Lus£cia-Si}6sia), assimcomo o reino da Hungria. Infeliz-

vam maquiav61ico,masseusrecursosintelectuais eram muito limitados, seusimpulsosnaturais pouco controlados, e seustragos de car£ter,borISe ruins, eram, na ver-

1.Luis XItamb6m comprou uma parte de Aragao, situadano norte dosPireneus (por 300 mil duca dos), eherdou a Provenga.

dade, os de um camponas. Sua principal caracteristica era a tenacidade, e o anico 30

imento de que o )stos e gastava di. mada, ele subor-

1483

Quando o duque Paises Baixos e a suigo, que derros anexou imediaPRINC. DE

herdeira da Bor-

RIAZAN

o presuntivo do rlvando os Paises de batalha, acei-

concedida, como eliminada; nesse carecla

REINa

DA POLO NIA

havia fracassado anto como Reich

acima da capaciluase anarquia foi

;,tendo que admiLspiragio de auto-

renda, e urna vez :sestavam dispos-

minios farniliares no Imp6rio. m o norte da Ita na regiao inferior legais, mas os IM PER

:ontinha perto de

na metade leste

:rania. Brandern te, a Austria. No ria, a Moravia e a rmanica, e eram

bispos de Mainz da Sax6nia e do

I outra no angulo mantinha-se,

na

IIO, haviam dado

:eino da Bo6mia Hungria. InfelizConquistas

us (por 300 mil duca-

de Luis XI (Franga)

Paises Baixos borgonheses

MAN 0

mente, os povos locais nao se acomodaram ao governo germanico: em 1459,a possi-

Problemasde nomenclatura:

bilidade de eleger a monarquiapermitiu-lhes

os Palses Baixos e a Sav6ia

tirar os Habsburgo do poder. Os hQnga-

ros votaram em um de seusnobres, osbo6mios fizeram o mesmo e, quando aquele que haviam escolhido morreu, ofereceram o trono ao principe coroado da Pole)nia Os hQngaros venceram a disputa entre astr 6s coroas – Habsburgo, h(mgaros e polo-

N

neses–, tomando a Moravia e a Si16siadasforgas boQmio-polonesase, em 1485,uma boa fatia da Austria dos Habsburgo.

intrinseca se da entre o norte e o sul. A porgao norte evoluiu para as atuais Paises Bai-

xos: seus habitantes sao holandeses. No passado, o Estado holand6s era conhecido

como Provincias Unidas, a Repiblica Holandesa, ou Holanda, e sua populagao foi

(marcado com um circulo). No angulo formado pela Suiga,pela Austria e por Milao,

chamada de holandesa ou flamenga. Emprego o termo “Holanda” no sentido estrito

esti a Confederagao dos Gris6es (marcada com um G), pouco tempo depois absor-

da provincia de Amsterda, e “flamengo”, como faz o uso moderno, para denominar

vida pelos suigos ( 1497).

os habitantes de lingua holandesa da regiao sul dos PaisesBaixos.

O quebra-cabega italiano tamb6m precisa ser detalhado. Veneza e, numa menor

A porgao sul dos Paises Baixos passou a constituir a B61gica. A situagao ali era (e

extensao, G6nova eram abastadas e poderosasporque eram os canais atrav6s dos quais

ainda 6) mais complicada, porque a area 6 metade flamenga (de lingua holandesa) e

os produtos do Levante e do Extremo Oriente chegavam i Europa. Embora sua exten-

metade de lingua francesa. Cobigadapela Franga e defendida por espanh6is, holandeses,germanicos e ingleses, tornou-se a “arena de galos da Europa”, um status que perdeu apenas com o reconhecimento geral de suaindepend&ncia em meados do s&culo

sao territorial fossereduzida, seusnavios dominavam o Mediterraneo (Ganova em segundolugar;Aragao emterceiro),dispondo,noAdHadcoenoLevante, deuma sHe de basesdeixadaspelas Cruzadas. Milao e Florenga (F) tamb6m eram pequenos Estaeaonivelmaisavangado

do capitalismoitahano, delespodiamanter

Em ocasi6es diver-

denotando essestermos controle politico por potanciasnao neerlandesas.A divisio

esquerda, a Als£cia superior (Sundgau) e, na margem esquerda, o alto Baden (Breisgau). Entre a Austria e a Baviera, encontra-se o bispado independente de Salzburgo

comparagao com o resto da Europa. Entretanto,nenhum

Norte e pelas fronteiras modernas da Franga e daAlemanha.

sas, v£das partes foram citadas como sendo borgonhesas, espanholas ou austriacas,

Alguns dos enclavesmenores da Germania merecem uma nota. As duas pequenas areasdos Habsburgo repartidas nos dois lados do alto Reno sao, na margem

dos,ricosgragas isuamanufatura

este atlas, os Paises Baixos compreendem a area triangular limitada pelo mar do

XIX.£ compreensivelque o pais tenha problemas de identidade. A palavra “B61gica’ E, em si, um termo conscienciosamenteneutro, tornado de empr6stimo do periodo

em

um ex6r-

romano, 6poca em que uma tribo celta, denominada belga, ocupava a area

cito de peso. A Sav6ia e os Estados menores ao norte e ao suI de Florenga nao tinham

muita import£ncia, e o Estado pontificio era igualmente inoperante no sentido tem-

A Sav6ia, outro Estado fronteirigo do s6culo xv, foi entao repartida entre a Franga

poral e dispunha depouco controle fora de Roma. O sul da Italia, conquistado por Ara-

e a Italia. O Estado tomou o nome da provincia de Sav6ia, situada no lado franc6s dos

gaoem 1442,masgovernadocomo reinoindependente por urn ramo ilegitimo da casa

Alpes, mas seusprincipais recursosprovinham

aragonesa, era o maior Estado da Italia. Dk a hist6ria que Lourengo, o Magnifico, de

tinguir asprovincias, empreguei ostermos “transalpina” e “cisalpina”. “Cis” significa

Florenga,gragasa suashabilidades diplomaticas, manteve o equila)rio do poder na

“deste lado” e “trans”, “do ladD de la”. Esses termos, de origem latina, sao utilizados

peninsula; em termos militares, foi a ausancia de poder que manteve tal equila)rio.

do ponto de vista romano. (As exceg6esaessa regra sao a Transcauc£sia, vista do ponto

do Piemonte, no lado itahano. Para dis-

de vista de Moscou, e a Transilvaraa, que significa “al&m dasflorestas”, da Hungria.)

Caminhando em diregao ao leste, os paises eram maiores, mas a populag50 d menos densa(razao pela qual os maiores Estados da Germania se situavam ao longo de suafronteira leste). A Po16niaera um Estado feudal com monarquia eletiva, quase tao desprovido de autoridade central quanto a Alemanha. Na Idade M6dia, perdera o litoralb£ltico para os Cavaleiros Teut6nicos, ficando condenada a um papelsecund£rio, nasmargens da cristandade. Os lituanos do norte mostraram-se mais fortes: repe-

liram os CavaleirosTeut6nicos(eoutro grupo similar, os CavaleirosLiv6nios, que haviam conquistado a Est6nia e a Letdnia), tirando vantagem do decHnioda Horda de Ouro para se tornarem mestres de toda a Rassia central. A uniao da Po16nia e da Lituania chou um poder forte o bastante para afastar os Cavaleiros Teut6nicos (que

haviam incorporado a ordem da Liv6nia em 1237).A primeira vit6ria polonesa veio em Tannenberg, em 1411. Ap6s uma segunda, cinqaenta anos depois, os Cavaleiros

foram forgadosa abrir mao de grande parte de seu territ6rio e a mostrar reconhecimento pelasterras prussianasque mantiveram

32

A Europa em 1520 UNIDADES POLfTICAS itada pelo mar do Im ocasi6es diver-

Firmemente estabelecidosno baixo Danabio no inicio do s6culoxv, os otomanos

llas ou austriacas,

quasenao alteraram sua posigaodurante esses6culo.De inicio, o fato de nao terem

lndesas. A divisao

avangado mais se deveu a necessidade de ehminar os enclaves cristaos ao sul; Maom&

atuais Paises Bai-

I1(1451-81) dnha que conquistar nao s6 Constantinopla como v£rios outrosterrit6rios dos bizantinos e dos cruzados, nos Balcas. No pedodo seguinte, a responsabilidade recai sobre a inefici6ncia de Bayazid I1(1481-1512),filho de Maom6. Bayazid foi um pouco a16m– mais especificamente, tomou quasetodas as fortalezas venezianas na

Ids era conhecido

;ua populagao foi no sentido estrito

Gr6cia continental–,

, para denominar

mas na maiorparte

do seu reinado nao fez absolutamente nada.

A leste, canto os mamelucos quanto os persas eram hostis e, em caso de confhtos em situagao ali era (e

outros lugares,Bayazidrecusava-se a tomar partido. O Estadootomano, que era uma

lgua holandesa) e

maquina militar, mostrou-se incapaz de tolerar tal indecis5o; uma revolta do ex6rcito entronizou o filho de Bayazid, Sehm, o Cruel, e pas a maquina novamente em funcio-

)anh6is, holanderm status que perneados do s6culo

narnento

palavra “B61gica

stimo do periodo

riosasem quatro anosmostraram que asespadasotomanasnao ha\damperdido o flo, Os persasforam varridos da Turquia oriental e do norte da Mesopotamia em 1514-5.

a a area.

Um sultao mameluco foi morto ao defender sem sucessoa Siria contra a invasao de

Ida entre a Franga 3 lado francas dos

Sehm, em 1516.O sultao seguinte (e altimo) foi capturado e executado quando as for-

Selim decidiu combaterpdmeiro seusdvais mugulmanos. Quatro campanhas vito-

gasotomanas ocuparam o Egito, um ano depois. Mestre de todo a Oriente Pr6ximo,

italiano. Para dis-

\b \n 7#

a”. “Cis” significa

Selim morreu em 1520. Oprimeiro

ato de seu sucessor, Suleiman, foilimpar

a fronteira

europ6ia, eliminando a cabega-de-pontedos hangaros em Belgrado (1521), No outro extremo do Mediterraneo encontravam-se os cdstaos, que preparavam

na, sao utilizados /

sia,vistadoponto

a ofensiva. Fernando v e Isabelfinalmente tomaram Granada, em 1492.O espirito das

ls”, da Hungria.)

Cruzadasfoi revivido nessaconquistatardia e pareciater chegadoo momento de organizar uma invasao em grande escalano Norte da Africa. Essaoperagao se mos.

Frontelr8s trancl

traria inatil, e Fernando v nao estava muito enrusiasmado, mas o sucesso f£cil e ines-

perado dos pdmeiros ataquesespanh6iso encorajaram a tentar conseguir o controle do litora1. Foi muito bem-sucedido – em 1510 a maioria dos portos mais importantes haviam tombado no assalto maritimo' –, mas enquanto as terras do interior permanecessem hostis, esta seria uma realizagao bastante fr£gil. Com os recursos e a

1.AexcegaodArgel, que osespanh6istomaram mas perderampoucodepois, em 1516.(Elesmantiveram uma ilhafortificada at6 1525.)Oschefes da resistdnciamugulmana na cidade eram os irmaos Barbarossa, que transmitiam as comiss6esdo sultao. Fizeram de Argel o centro de um poder maritimo e terrestre efetivo, que reconhecia a suseraniaturca. Os Barbarossanao eram, como se db com freqa6ncia, renegadoscristaos, mas filhos de um janizaro. Osjanizaros, a tropa de elite do ex6rcito otomano, eram recnrtados ainda criangas dentro das comunidades cristassubjugadaspelos otomanos ecriados pelo Estadocomo mugulmanos e como soldados.

forga de trabalho da Espanha sendo desviados cada vez mais para as atraentes opor-

combatendo continuamente no interior, acaboupor deteriorar-se.

de cristandade fazia sentido estava se encerrando, e mesmo diante da agressao turca Carlos nunca conseguiu pacificar a Europa. O Estado-nagao era a unidade que contava, e nessestermos Carlos era simplesmente o rei da Espanha,com interesses opos-

Em 1483,Carlos VIIIherdou uma Frangaforte e um direito relativo aotrono de N£poles. O direito mais legitimo cabia a Fernando v, mas Carlos viii esperava

tos aos da Franga em relagio ao vicuo de poder na Germania e na Italia. E a Franga retomou a ofensiva. No ano em que Carlos atingiu a maioridade (1515), os franceses

suborna-lo, cedendo a provincia fronteiriga de Aragao, que Luis xl tinha adquirido

coroaram um novo e arrojado rei, FranciscoI. Ele imediatamente liderou o ex6rcito

do pai de Fernando v. Carlos VIII tamb6mpensou

gao, por este, de Artois, da Picardia e do condado da Borgonha. Quase tudo o que

francds atrav6s dos Alpes, obteve uma vit6ria decisiva sobre os suigos numa batalha em Marignan, que durou apenasdois dias, e retomou Milao.= Tamb&m desafiou Carlos na eleigao ao trono germanico que se seguiu a morte de Maximiliano. Mas Carlos

Luis XIhavia conquistado foiperdido, de maneira que Carlos VIIlp6de marcharsobre

levou a coroa imperial, ap6ster gastado cercade 850 mil ducadosem subornos. Em

N£poles e retroceder (1494-5), enquanto Fernando v se certificava de que a guardgao francesa seria expulsa assim que Carlos viii partisse. Em 1498, Carlos VIII bateu com a cabega na verga de uma das portas do castelo de Fontainebleau e morrell,

No mesmo ano, cedeua seuirmao Fernandoaspossess6es dosHabsburgonaGerma-

sendo sucedido por Luis XII,ainda mais inepto que o pai e que reivindicava tanto

Depois, dedicou-se inteiramente i tarefa de proteger a Italia e a Germania ocidental

Milio quanto N£poles.

dos franceses

Seguiu-se uma invasao ligeiramente menos insensata da Italia, resultando na ocupagaofrancesa de Milao (1499)e, um ano maistarde, numa partilha consentida

teirigas foram tomadas da Po16nia (especialmente Tchernigov, em 1500, e Smolensk,

de Nipoles entre Fernando v e Luis XII.Os aliados em pouco tempo se desentende-

em 1514).Pskovfoi anexadaem 1510.A Horda de Ouro desintegrou-seem 1502.

tunidades abertas na Italia e no Novo Mundo, a condigao dos ex6rcitos espanh6is,

poder satisfazer a reivindicagao de

Maximiliano de herdar a totalidade da Borgonha, aquiescendonuma nova ocupa-

1521,seu ex6rcito no norte da Italia expulsou, mais uma vez, os franceses de Milao.

nia oriental – sobre asquais pairava a ameagacrescentede uma ataque otomano.

As primeiras d6cadasdo s6culo xvi foram favor£veis a Moscou. V£rias cidades fron-

ram (o que era sua intengao desdeo inicio). A guerra resultante, que misturou bataIhase um torneio, num frltimo suspiro do estilo medieval, terminou com a vit6ria completa do gran capitdn espanhol Gonzalo de C6rdoba. Fernando v adicionou a coroa de Napoles a sua colegao, e o palco do confiito deslocou-se para o Norte. O papa, a Suiga, Veneza e Fernando v formaram uma coalizao para expulsar os fran-

cesesda peninsula, objetivo que atingiram em 1512.No mesmo ano, uma guerra direta com a Franga, atrav6s dos Pireneus, detr a Fernando v a oportunidade de anexar Navarra A descoberta e o proclamado monop61io do Novo Mundo (ver p. 20), a lideranga assumida na ofensiva da guerra crista contra os infi6is, a sucessao de vit6rias na Ita

lia sobre os melhores ex6rcitos de que a Frangapodia dispor, tudo isso tornou a estr6ia espanhola nas relag6es internacionais tao espantosa em retrospecto quanto era para seus contemporaneos. Numa 6poca em que ainda buscava sua pr6pria unidade, a Espanha havia conquistado uma posigao na Europa que rivahzava com os s6culos de proemin&ncia francesa. A sorte estava sorrindo para o ex6rcito espanhol,

mas Fernando v merece sua parte do cr&dito. Sempre pronto a fazer acordos, acei-

tando freqaentemente aparte menon cIeacabava,namaioria dasvezes,ficando com o bolo inteiro A 6nica filha sobrevivente de Fernando e Isabel,Joana,casou-secom Filipe, filho de Maximiliano com a esposaborgonhesa. Filipe morreu aindajovem,Joana aproveitou a ocasiio para darvazao a sua insanidade, sendo declarada incapaz; os dom{nios conjuntospassaramparaseufilhomaisvelho,Carlos.Essaheranga ses Baixos, os territ6rios

dosHabsburgo

na Germania,

2. Essefoi o fim do interlidio suigo na hist6ria militar europ6ia. Desde que haviam derrubado o

fabulosa – os Pai-

61timo duque da Borgonha, os lanceiros suigos eram considerados imbatfveis e um componente

o reino espanhol com suas pos-

sess6esno Mediterraneo e no Novo Mundo – fez Carlos pareceruma reencarnagao

(mercen£rio ) fundamental de todos os ex6rcitos europeus.Os suigosnem sempre agiam em interesse pr6prio, mas suas v£rias interveng6es na Italia resultaram num avangode sua fronteira meridional,

de Carlos Magno e £rbitro da cristandade ocidental. Todavia, a era em que o conceito

que Francisco 1prudentemente respeitou,

34

da agressaorurca

1520

unidade que conn lnteressesOPosItalia. E a Franga 515),os franceses liderou o ex6rcito

PR INCI PAD 0 DE M0 SC 0 U CANATO DE

:IROS

gosnuma batalha

KAZAN

IIOS

l6rn desafiou Car-

REIN

NAM ARCA

liano. MasCarlos :m subornos, Em ancesesde Milao ;burgona Germaataque otornano. rmania ocidental

t./v–’

RE IN 0 DA ING LATER RA

R EI N o DA

POL 6 NI A

CanatodaCrim6ta

irias cidades fron500, e Smolensk, i-se em 1502

Principado

daMoldavia RE IN 0 DA

RE IN 0 DA

HUNG RIA

SUIQA

FRANCA TEN

\BP ERIE )ADO

IRTUGAL

EMIRADO DE FEZ

raviam derrubado o e urn componente aglarn ernrnteresse

onteira meridional.

EMIRADO DE TLEMCEN

r A heranga de Carlos V

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P a x a 1a t o d e

A rg e

1

1S S

ET+Hgo

„„„11111 B= Condado da liliil11 1111111 Obtido por J Maximiliano

Borgonha

OMAN 0

necessidade de uniio diante dos turcos e prometendo aos bar6es recompensas espeta-

A Europa em 1559

culares, A Bo6mia(a16m da Moravia e da Si16sia)votou nele, mas oshtmgarosmais uma

vezpreferiram um barao local. Os turcos apoiaram este Qltimo e expulsaram Fernando

UNIDADES POLfTICAS

da Hungria. Parecia que Fernando teria de se contentar com metade do pr8mio, masno

final sua tenacidade acabou Ihe proporcionando uma porgao da Hungda. Deteve as arlos v comegou bem. Seurival franc6s, Francisco 1,mais arrojado que inteligente, deixou seusdireitoslegais ditarem suaestrat6gia e optou por uma nova invasao da Italia, em 1524.A16mda Espanha,a Italia era o ponto mais forte de Carlos. Na batalha de Pavia, o ex6rcito de Carlos praticamente aniquilou os franceses,e o pr6prio Fran-

C

invas6es rurcas na Austria em 1529 e 1532 e, embora nia conseguisse reunir um ex6r-

cisco 1foi feito prisioneiro em 1525. Carlos pediu um resgate de 2 milhC)es de ducados e

seuprotegido, o leste (a Transilvania), o desempenho de Fernando na defesado cristianismo impressionou os principes germanicos. Quando Carlos v abdicou em favor do filho Filipe II, eles insistiram para que Fernando recebesseo titulo imperial.

cito que rivaHzassecom o otomano, pc-)debater os hfmgaros quando a retaguarda do sultao se retirou. ApCISuma geragao de guerra, asruinas do Estado hfmgaro foram tacitamente divididas: Fernando tomou o oeste e o norte, e o sultao, o vale do Danabio e

ofereceu urn tratado altamente favor£vel, mas Francisco 1serecusou a abrir mao da dis-

puta – e mesmoa transferi-lapara um terreno maisfavor£vel.Repudiou o tratado (e

A expansaootomana nesseperiodo tem sido mencionada apenasna medida em que afetou os Habsburgo,uma abordagemque nao da a verdadeiradimensao de um imp&rio que avangavaem todas asfrentes. Durante o longo reinado de Suleiman, o

impediu o pagamento do resgate) assim que se viu favre. Em 1528,suastropas encontravam-se novamente em Milio e, mais do que isso, marcharam sobre N£poles. Mas, ao

fim desseano, Carlos persuadiu G6nova a abandonar os franceses,deixando-os sem a mahnha que os mantinha na peninsula. A posigao indefrnida de Milao s6 foi resolvida

Magnifico (1520-66), os ex6rcitos otomanoshaviam

alcangado a Arg&lia, a Hungda, o

quando esta foi anexadaa Espanha,em 1535,mas a Italia inteira (exceto Veneza e Sav6ia)ficou efetivamentesob o controle espanhol,apartir de 1530.

golfo P6rsico (1535) e Aden (1547). Os venezianos perderam suasaltimas posig6es na

Na (;ermania, a posigao de Carlos era e continuou sendo mais precaha. Os territ6rios dos Habsburgo (cedidos ao irmao Fernando) mal conseguiam manter suapr6-

anexado em 1489); os Cavaleiros de saoJoao foram expulsos de Rc)des ( 1522; Carlos v

pria defesa.O poder imperial era apenasnominal, e a unidade que ainda restavaao

em Viena, em 1529e em Malta, pelos Cavaleiros, em 1565–, mas nunca vencidos.

Gr&cia continental (1540; ainda conservavam as ilhas, incluindo Chipre, que haviam os reinstalou em Malta), Os ex6rcitos de Suleiman foram repelidos

–particularmente

Imp6rio Germanico estava ameagadapela sublevagaoreligiosa, politicamente

A Reforrna acabou com os CavaleirosTeutanicos. Em 1525,o mestre teut6nico

expressana Liga dos Principes Protestantes. Ap6s algumas campanhas improvisadas,

declarou-se luterano, dissolveu a ordem e converteu seu$dominios num simples

Carlos conseguiu derrotar a Liga e preservar sua autoridade legal; tamb6m manteve suaheranga borgonhesa a salvo dos assaltosfranceses. Embora essasvit6rias fossem

ducado polon8s. Isso langou os Cavaleiros Liv6nios – que haviam restabelecido sua

essencialmentedefensivas,representavam um feito consider£vel,sobretudo porque os franceseshaviam finalmente concluido que a Germania era o ponto fraco dos

vulneraveis. Em 1558,Ivan, o Terrivel, o primeiro principe de Moscou a proclamar-se tsar detodos osrussos,concluiu que a Liv6niaera um lugarapropriado para iniciar uma conquista do Ocidente que complementaria seuavangosquasepacificos no Oriente –

independ6nciada ordem teut6nica em 1513– no limbo e ostornou tentadoramente

Habsburgo. Ao contrario da conquista da Italia, que, mesmo bem-sucedida, seria um dreno dos recursos franceses,os ganhos ali iriam fortalecer o Estado. Os fatores estra-

o canato de Kazan havia sido derrotado em 1552, e o de Astraca em 1556. Os ex6rcitos

de Ivan avangaram facilmente nos primeiros tempos, mas nao tardou para que a Pole)nia, a Dinarnarca e aSu6cia (quehavia repudiado o dominic) dinamarquas em 1523)descobrissem um idCntico interessepela Live-)nia,e como asv£rias forgas hbertadoras con-

t6gicos estavam todos a favor da Franga, e Carlos manteve a linha apenas porque seus soldados levaram vantagem no campo de batalha.1

Como cruzado, Carlos v foi menos feliz. Tomou Tfrnis em 1535,mas falhou estrondosamente no esforgo de conquistar o forte de Barba-roxa em Argel, em 1541

vergiram para a provincia, o avango de Ivan comegou a parecer menos eficiente

A partir de entao, a posigao crista no Norte da Africa desmoronou. Em meados da

d6cadade 1550,os turcos haviam conquistado o controle do interior da Arg61iabem

1.A gperra s6 chegou ao fim com o Tratado de Cateau-Cambr6sis,em 1559,quatro anos ap6sa

como da costa, e os poucos fortes espanh6is que permaneceram tinham uma impor-

abdicagaode Carlos v e dois depois de uma importante vit6ria espanholaem St. Quentin. na costa holandesa.A Frangaobteve o direito de guarnecer ascabegas-de-pontedo alto Mosela (em Metz, Toul

tancia diminuta do ponto de vista pratico.

eVerdun): tamb6m ganhou Saluzzo,da Sav6ia,e conservou Calais,que havia sido tomada dos ingle-

Enquanto Carlos v preservava a posigao dos Habsburgo no mundo, seu irmio Fernando cuidava dos interessesfamiliares. O reino hfmgaro fora herdado pelo rei da Bod-

ses no arlo anterlor.

Carlos v reagrupou varios Estadosmenores da Germania e da Italia. A Sax6niatinha sido dividida em 1485:avelha linha havia apoiadoo avangodosprotestantes contra Carlos v; ent50, eleremodelou a

mia, em 1490,e os Habsburgo tedam direito legal a esseatraente territ6rio seo rei morressesem filhos. A invasao da Hungria pelos turcos, ha muito esperada, transformou isso em realidade – o rei estavaentre as vitimas da devastadora vit6ria dos turcos em

fronteira, transferindo o eleitorado para alinha mais recente, em 1547.Florenga incorporou Siena,em 1551,e o principado de Parma (Pno mapa)foi desligadode Milao, como recompensa pela cooperagio

Mohacs(1526).Fernando entrou em agao,brandindo seudireito legal, proclamando a

do papa (o papa o manteveem sua familial portanto ele nao se tornou parte do Estadopontificio),

36

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I I

Xerifado de Marrakesh

+ Guarnig6es espanholas

B = Condadoda Borgonha

P= Parma

Wo

MAN o

do Norte pelo mau tempo e pelos ingleses. Batida por ambos, s6 conseguiu retomar

A Europa em 1600

o caminho de casa contornando

as llhas Britanicas – e espalhando seus navios nau.

fragados pela costa I . UNIDADES POLiTIC AS

T

A id6ia seguinte de Filipe ( 1590)foi ordenar a Parma que interviesse na Franga. Ah, Henrique IV, embora huguenote, estava prestes a ser o sucessor do trono franc6s,

anto a Espanha quanto a Franga estavamexauridas quando o Tratado de Cateau-

vago com a extingao da dinastia dos Valois. A intervengio foi inatil: Henrique lv tor-

Cambr&sis foi assinado,e as “guerras religiosas" internas deixaram a Franga

noIr-se o rei inquestionavel (e converteu-se ao catolicismo), em 1594. A aus6ncia de Parma nos PaisesBaixos permidu a Mauricio, filho de Guilherme de Orange, tomar

arruinada at& o fim do s6culo. Os tr6s netos de Francisco 1,que nao gozavam de boa

sa6de e sealternaram no poder entre 1559e 1589,tiveram que enfrentar uma simagao de resolugio dificil, masde forma algumaimpossivel: a minoria huguenote (pro-

toda a areanorte do Renoe algumasterrasvizinhas. Emboraum armisticio nao tenha

testante) nao era numerosa, e um Estado forte como a Frangapoderia tersolucionado a questao com firmeza. No entanto, a monarquia deixou-se enredar em compromis-

preensivel que a nova Repablica Holandesa fossefortemente protestante; sua cdagao

sido assinado at6 1598, a situagao congelou-se com a morte de Fihpe, em 1598, £ comfoi a anica obra duradoura do mais cat61ico dos reis.

Na transigao do periodo medieval para o moderno, a Inglaterra perdeu seu tradi-

sos que ultrajaram a opiniao cat6hca e em massacresque horrorizaram o mundo protestante. Embora o rei tenha ordenado a Noite de sao Bartolorneu (o massacre dos

cional imp6rio na Franga: no s6culo XVI, o pais ainda procurava redefinir seu papel. Henrique vll (1485-1509),fundador da dinastia dos Tudor, restaurou a confianga na

huguenotes em Paris, em 1572),nao se tratava de um ato de governo, mas de uma Filipe ll tamb6m nao foi muito feliz. Em 1566,sua Intransigencia ao lidar corn os

monarquia e a ordem no reino; seu filho, Henrique viii (1509-47),podia governar como um autocrata. Entretanto, na esferada politica externa, Henrique vlll nao con-

protestantes levou os holandeses i desobediancia civil. Os holandeses eram extremamente ciosos de seusdireitos constitucionais, mas Filipe II nao estavadisposto a nego-

seguia pensar em nada adl para fazer, e suasanicas ag6esse reduziram a uma s6rie de floreios antifranceses, que faziam pensar nos tempos aureos, sem no entanto alcan-

ciar: ordenou a seu general Alba que marchassesobre o pais,vindo da Italia, e extir-

gar resultado nenhum. Sua filha, a cat6hcaMaria, que esposouFilipe II da Espanha,

passenao s6 aheresia, mas tamb&m a liberdade dapopulagao. Esseera o tipo de tarefa

deu continuidade a tradigao antifrancesa. Morreu sem filhos (1558), sendo sucedida

que Alva apreciava:o terror que instituiu rapidamente eliminou qualquer sinaI de

por Isabel,sua meia-irmiprotestante, que gradualmente reverteu suapolitica, termi-

oposigao. Os rebeldes fugiram para a Inglaterra ou a Germania e, sendo marinheiros,

nando por aliar-se a Franga e a declarar guerra a Filipe ll. Isso fazia sentido, pois o

continuaram

poder maHtimo ing16sestava crescendo, e os imp6rios ultramarinos da Espanha e de Portugal eram ao mesmo tempo ricos e vulner£veis. No entanto, mesmo ap6s a derrota da armada, os pIanos de um dominio maritimo ing16s nao se concretizaram Foram os holandeses os primeiros a desafiar a Espanha e Portugal em alto-mar.=

abdicagao. A multidao dominou asruas, e as facg6es,o pais.

aluta(egarantiram

suasobrevivancia) datmica maneirapossivel–

ata-

cando a marinha mercante espanhola no canal da Mancha. Filipe II, aparentemente senhor da situagao, pressionou

a rainha Elizabeth,

da Inglaterra,

a expuls£-los de seus

portos; desesperados, os “miser£veis do mar” navegaram para casae tomaram algumas cidades costeiras (1572). Para surpresa de todos, conseguiram reunir as provin-

Em seu esforgo para conquistar a Liv6nia, Ivan, o Terrivel foi derrotado tanto

ciasmaritimas (Holanda e Zelandia). A guerra contra o dominio espanhol comegava aficars6ria.Alvavencia facilmentetodas asbatalhasformais,masnaoconseguiaerra-

pelos suecos (que se apoderaram da Est6nia)quanto pelos poloneses (que conquista. ram a Liv6nia e retomaram algumas cidades na fronteira russo-polonesa)

dicar os rebeldes da faixa maritima do pais. Embora o sucesso rebelde se hmitasse a suportar o cerco, quatro anos de resistdncia foram suficientes. Em 1576, a administra1. Filipe nao foi muito mais feliz em suas Cruzadas.Quando os turcos invadiram Chipre, organi.

gao espanhola faliu, os soldados se revoltaram, e o pais inteiro ficou do ladD do lider rebelde, Guilherme de Orange. Fihpe rechagou a oferta de Orange de reconhecer a soberania espanhola em troca

zou uma frota consider£vel, que conquistou a bela vit6ria de Lepanto (1571).Todavia, Chipre havia caido dez semanas antes da batalha, que, no final das contas, nao teve resultado pr£tico. Em 1574, Tanis foi definitivamente perdida e,quatro anos depois, os sonhos de conquista do interior do Norte da Africa desvaneceram-separ completo quando o rei porrugu6s Sebastiaoliderou uma grande invasaono Marrocos, sofrendo uma derrata catastr6fica nabatalha de Alcacer-Quibir. Ironicamente, esse

de garantias de tolerancia religiosa e liberdade civil: um novo general, o duque de Parma, trouxe outro ex&rcitoda Italia, e a guerra recomegou. Em 1586,Parma havia repelido Orange de volta quaseat6 a zona costeira. Nesseponto, Filipe ll fatalmente ampliou a areado conflito. Como a rainha protestante Elizabeth vinha ajudando os

desastrecristao foi a causado anico sucessopolitico de Filipe ll. Reclamou o trono do falecido Sebastiao e, em 1580,conseguiu assumi-lo. 2. Elizabeth pode nao ter antevisto o futuro, mas ao menos limpou o passado.Um dos legados da

rebeldes, Parma recebeu ordens de se preparar para invadir a Inglaterra. Para tanto, a Espanha reunira uma Rota no Atlantico dotada de forga sem precedentes. No verao

tradicional inimizade com a Frangaera a alianga franco-escocesa.Elizabeth subsidiou o partido protestante na Esc6cia de maneira tao eficaz que este conquistou o controle permanente, etendo mor-

de 1588,Parma esperou, em Dunquerque, a armada que o conduziria atrav&sdos

rido sem filhos completou o servigo, pois o rei da Esc6ciafoi seu sucessor( 1603). Nos altimos anos de

estreitos. A armada conseguiu abrir caminho pelo canal, mas foi arrastada para o mar

seu reinado, Elizabeth tamb6m fez que a autoridade inglesa se estendessea Irlanda.

38

rrsegLrruretornar seus rlavlos nail-

1600

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ante; sua criagao )erdeu seu tradi-

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REINO DA

efinir seu papel. u a confianga na

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INGLATERRA

POLO NIA

podia governar LPAISES BAIXOS

que VIII nao conma uma s6rie de

ESPANHOIS

AUSTRIA

o entanto alcan-

Principado

)e n da Espanha, sendo sucedida

da Moldavia

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DA

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SAVOIA

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'am Chipre, organidavia, Chipre havia ) pratico. Em 1574, o interior do Norte u uma grande invaIronicamente, esse ) do falecido SebasXerifado de Marrakesh

Um dos legados da chou o partido prorente, e tendo morqos trltimos anos de la

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Guarnig6es espanholas

B = Condado da Borgonha

P = Parma

OMAN 0

mas o rigor de suavisio e da disciplina social que exigia era um apelo para aqueles que

2. POPULAgAO E RELIGIAO

0

se identificavam com a Reforma a ponto de lutar por eIa.O calvinismo teve um prohomem 6 um animal pecador,dado ao arrependimento e a penit6ncia;uma das

gresso limitado na atmosfera relativamente tolerante da Germania, ao passo que,

garantias mais importantes oferecidas a um cristao 6 que o verdadeiro arrepen-

para os huguenotes perseguidos, os holandeses prontos a lutar e os escoceses rebel-

dimento serarecompensadopeloperdao de Deus.Desde os seusprim6rdios, a Igreja

des,Deus falava corn a voz de Calvino

enalteceu nao apenas a sinceridade aparente do pecador reformado, mas as evid6n-

A Germania demonstrava toler£ncia apenasno sentido de que era pohticamente dividida, e qualquer um (excetoosanabatistas)poderiaencontrar um principado cujo

cias objetivas de seu arrependimento,

tais como peregrinag6es, doag6es em dinheiro

em vez das peregrinag6es, e outras doagOesem dinheiro. Estava razoavelmente esta-

governance compartilhasse suaf6. A16m de suas inovag6es teo16gicas, a rehgiao refor-

belecido que o gesto e a emogao nao se equivaliam, mas no s6culo xv a crescente

mista atraia os principesporque liquidava uma organizagao i qual deviam fidehdade

necessidadededinheiro por parte da Igrej a ocasionou uma atitude progressivamente

e que levava parte de seu dinheiro, substituindo-a por outra menor, mais obediente e

leviana em relagao a venda de indulg6ncias. Essesperd6es espirituais poderiam ser

obtidos (por um prego) para cada pecado cometido por qualquer pessoa,viva ou

que transferia o excedentede suaspossesara o Tesouro principesco. Conseqaentemente, o progressoinicial da reforma luterana foi rapido, Em 1540,ganhou o tergo

morta. As vendas eram transmitidas aos legados papais especialmente selecionados

nordeste da Germania, os reinos escandinavos e aspossess6esb£lticas dos Cavleiros

por seu poder persuasivo.

Teut8nicos e dos CavaleirosLiv6nios. Na Suiga,e nos dois tergos restantes da Ger-

No aspecto econ6mico, a credulidade 6 como qualquer outra demanda e tem sea

mania (excluindo os territ6rios dos Habsburgo), os reformistas tamb6m progrediram; e quando Henrique ViiIda Inglaterra se declarou o chefede uma Igreja nacional (em 1534),o esforgode the confedr uma identidade genuina acaboupor faza-lo adotar a f6 reformista

ponto de satisfagao:para manter a cotagao de uma moeda como a indulg6ncia, 6 pre-

ciso ter uma mao moderadano centro emissor. Nao foi o que ocorreu aosoficiais do tesouro papal, que, compreensivelmente, queriam vender cada vez mais. A Reforma

Os altimos triunfos dos reformistas – na Esc6cia e nos PaisesBaixos – vieram

comegou quando o cr&dito eclesi£sticogermanico entrou em colapso devido aos excessoscometidos pelo frei dominicano Tetzel (1515-7),em beneficio do arcebispo

mais tarde e a custa de mais sangue. Foram as altimas vit6rias, pois a onda ji alcangara as maiores pot6ncias, cujos governantes nao tinham nada a ganhar esposando a causada Reforma. A Franga e a Espanhahaviam sido fortesobastante nopassado para obrigou o papado a fazerconcess6es. Sua Igrejaj£ tinha urna natureza mais ou menos

de Mainz (ver p. 28,nota de rodap6 3). Desiludidos, osgerm£nicos migraram de Tetzel e suaspromessas exageradaspara Martinho Lutero, um monge agostiniano cujas

davidaste6ricassobreasindulg6nciasrapidamente evoluiram parao repadio a supremacia papal (1520).O nacionahsmo dos germanicos, politicamente frustrado, oscilou em favor de uma Igreja reformada e germanico. Protegido pelo eleitor da Sax6-

nacional e pagava uma porcentagem de seus rendimentos ao tesouro secular, Os

Habsburgo e os Valois mantinham sua antiga f6, e quando um Bourbon huguenote

nia, Lutero p6de estabelecer as basesda religiao pro£estante.

alcangou o trono franc6s, sua conversao ao catolicismo foi ditada pelos interesses do nino. No fim do s6culo, o papado havia retomado a confianga e proclamado a Con-

Ao colapsodo monop61iotradicionaldo catohcismoseguiu-sea emerg6nciade novas formas de heterodoxia. Durante a Idade M6dia, as massas oprimidas estiveram

inclinadas a irrupg6es milenares, nasquais o desesperogerava uma crenga na imin Gn-

tra-Reforma. Se estanao conseguiu recuperar os principados perdidos, conseguiu apagarqualquer trago protestante nas vastas areasque ainda seencontravam sob o

cia do retorno de Cristo, acrescido de uma indiferenga em relagao a propriedade pes-

domlnio

soal ou – ainda mais alarmante – a um sendmento de que a propdedade deveria ser

Osdadospopulacionaisreferentesaos6culoxvi cont&muma margemdeerro consideravel, mas astend6ncias dominantes estaoamplamente definidas. Durante o

compartilhada. Compreensivelmente explodiu uma revolta (no sudoesteda Germa-

cat61ico

nia) em 1524.Lutero logo se desligou dos rebeldes e da seita anabatista que Ihe fornecera os credos fundamentalistas. Desligar-se 6 dizer pouco: a veem6ncia de suapoIGmica “contra as hordas de camponeses assassinose ladr6es” da mais mostras de seu realismo que de sua compaixao. Mas essasrevoltas eram sempre abafadas, e Lutero

s6culo houve poucas alterag6es em torno do Mediterraneo; na area entre o Atlantico

estava determinado a criar uma Igreja ativa e progressista. Obteve sucesso,enquanto

menos impedi-los de invadir suas pastagens.

e o mar do Norte houve um aumento de cerca de 25%, e na Pole)nia e na Rassia um

aumento de cerca de 40%. O rapido aumento na Europa do leste deveu-seao conti-

mio declinio dos n6mades, que nao podiam mais rechagar os camponeses, muito

os camponeses eram massacrados (assim como todos os anabatistas em todos os pai-

sesat&o final do s6culo). Quando um grupo de uma ala esquerdaseincorporou ao movimento reformista, longe de ser anarquista, exagerou na sobriedade luterana Onde Lutero havia atacado a corrupgao e o excessode dogmas no catolicismo, o francds Calvino combateu a corrupgao e o naufr£gio moral do individuo. A quase teocra-

cia que estabeleceu em Genebra (1541)mant6m-se apenas durante seusanos de vida, 40

para aqueles que

mo teve urn prola, ao passo que,

1600

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bom tergo menores que os de qualquer outro pals. Em fins do s&culo XVI,os holande-

3. CIDADES, COMERCIO E RENDIMENTOS

A

sessozinhoseram taofortesquanto todososhabitantes dosPaises Baixostinhamsido no inicio, e o crescimento holand6s ainda estava se acentuando.

Europa tornou-se cadavez mais pr6spera no s6culo xvl. Parte dissose deve a fatores intrinsecos – tanto a populagao quanto a produgao estavamcrescen-

Enquanto o norte prosperava, a Italia estagnava. Veneza & o paradigma disso, e a

do –, e outra parte foi conseqa6ncia da expansao do mercado, seguindo asviagens

descobertada rota do Cabo para o Oriente pelos portugueses 6, a primeira vista, a

de descobrimento.

explicagao evidente. No entanto, o volume de especiarias trazidas a Europa dobrara no curso do s6culo xvi, e metade do tr£fico escoou pelas viastradicionais que levavam a Veneza. Houve quedas nos pregos e no lucro, como resultado desse aumento do

No entanto, a opiniao da 6poca, que associava a riqueza aos metais

preciosos, credita essaprosperidade ao afluxo da prata vinda do M6xico e do Peru. De

acordo com essateoria, nao apenasa Espanhateria se tornado mais rica – o que de faro aconteceu, em termos de rendimento governamental – como os espanh6is teriam se transformado no povo mais pr6spero da Europa. E isso certamente nao

volume, e alguns prejuizos (como sempre) devidos a belicosidade otomana, mas nenhum dessesfatores foi essencial. O que realmente pas a Italia e o Mediterraneo em

ocorreu .

segundo lugar, atr£s dos holandeses e do mar do Norte, foi o custo mais elevado de

Os colonos do Novo Mundo precisavam de manufaturas. A Espanha era um pro-

suasmercadorias e servigos. Em meados do s&culo, os navios venezianos haviam

dutorprim£rio e nao setransformaria numa nagaocomercial de um dia para o outro –principalmente porque a sociedadeespanholaera obcecadapor um conceito ainda

parado de navegar nos Paises Baixos: no fim do s&culo, um namero crescente de

navios inglesese holandesesestavaentrando no Mediterraneo. Ademais, emt)ora a frota veneziana em 1600ainda mantivesse asproporg6es de 1500,metade de seus

medieval de status e tinha dificuldade de mudar o que quer que fosse. A16m disso, era

razoavel esperar que a indastria existente na Espanha se beneficiasse da demanda

maiores navios era agora de construgao holandesa.

colonial. Por azar,asconseqa6nciasdanosasdo afluxo de prata anularam quaisquer

A maior parte dos produtos comercializadosmanteve-seinalterada durante o

vantagens de um mercado teoricamente protegido. O mecanismo, que nao foi entao detectado, era simples. Como mais dinheiro s6 podia encontrarexpressio em pregos mais elevados, uma onda de aumento de pregos se difundia atrav6s da Europa sem-

s6culo XVI,mas algumas fontes mudaram. O agacar mediterraneo ji sofria a concor-

r6ncia das novas plantag6esnas Can£riasquando Colombo descobriu a Amaica: o agQcarbrasileiro logo suplantaria os dois, O outro anicoproduto de exportagio digno

pre que um novo carregamento de prata chegavaa Sevilha. O efeito era sentido em pdmeiro lugar e de mc)do mais intenso na Espanha, opaispermanentemente do movimento

inflacionario.

de nota do Novo Mundo (fora a importantissima prata) era o couro, primeiro das

no topo

Antilhas, depois do M6xico. Dentro da Europa, as mudangas mais significativas ocor-

Os custos espanh6is foram aumentando, seus produtos

reram em etapas.As estatisticasdesseperiodo saofugidias, mas a produgao anual de

perderam a competitividade,eaindastria declinavade forma constante.Pormais que a politica fosseprotecionista, os produtos maisbaratos dos europeusdo norte – dos

carvao pulou de cerca de 300 mil toneladas em 1500(belga e britanica numa prc)porgao de dois para um), para cerca de 1 milhao de toneladas em 1600(numa proporgao de tr£s para sete). Menos expressivos, mas eloqaentes quanto a crescente preocupa-

holandeses em particular – nao podiam ser mantidos fora da Espanha, ou longe do alcance dos navios espanh6is que navegavam rumo is Am6ricas.

gao com as despesas, sao os dados relativos i exportagao sueca de ferro. Esta cresceu

O “prego da revolugao” do s6culo XVI– provocado nao s6 pelasimportag6es de prata mastamb6mpela crescentevelocidadeda circulagaoque decorreu de uma vida comercial mais vigorosa – foi acompanhadopelo aumento dos salinas. Todavia,

apenasmil toneladasem 1500(o que equivaleda a menos de 1%da produgio total, de cerca de 125 mil toneladas, para a area coberta pelo mapa) para 5 mil toneladas em 1600(mais de 3% do total de, talvez, 150 mil toneladas). A Europa se transformava em um (mico mercado: enquanto em 1500ospregos do trigo variavam do baixo custo dos

isso significava apenas cerca de metade da rapidez do aumento dos pregos, de maneira que o valor real dos sal£rios declinou. O resultado foi uma redistribuigao de renda em favor dos empreendedores. Mais uma vez, foram os holandeses, no centro

produtores b£lticos para o alto custo dos mediterraneos num coeficiente de sete, em 1600essecoeficiente caiu para cinco.

da rede comercial da Europa do norte, que colheram os frutos. Essastend£ncias econ6micas favor£veis aos holandeses explicam sua capacidade de manter a longa luta pela independ6ncia. A divisao que a revolta imF)asao pais foi

Os rendirnentos do ano 1600sao aproximadamente osseguintes(em milh6es de ducados venezianos): Castela, 7,8 mais 2 de prata americana; Franga, 5,5; Imp6rio

C)romano, 4; N£poles, Venezae Portugal, 2; Milao, 1,5; Repablica Holandesa, 1,1;

seguidade uma transfer6nciado seu centro econ6mico para a regiao liberta do norte:

a B61gicaconservadoramal p6demanter seuvelho nivel (Antu6rpia,na realidade,

Inglaterra, 0,9; Aragao e Sicilia, 0,6; Austria, Sav6ia e Po16nia,0,5. O total acumulado

declinou), enquanto a Holanda revolucion£ria progrediu, e Amsterda tornou-se a cidade de maior crescimentona Europa. Em Amsterda, o mercador evoluiu para o

pelo Imp6rio Espanhol ( 15,5) di uma id6ia exagerada dos seus rendimentos por causa

capitalista, consciente dos custos e dos lucros do cambio e do aumento dos pregos. A

da Europa.

efici6ncia dessanova sociedade fica cIara no seu aspecto mais essencial: a navegagao.

Em 1600,a populagao urbana da Europa alcangou 5% do total, contra 2,5% no inicio do s6culo. Nos PaisesBaixos, a proporgao chegou a 15%.

do rapido aumento da innagao na Espanha e em suaspossess6esem relagao ao resto

Tanto o prego inicial quanto os custos operacionais dos navios holandeses eram um 42

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das cidades o 30-40 mil habitantes • 50.70mil habitantes

© 80-120 mil habitantes

@ 250 MIL HABITANTES

A Europa em 1634

da fronteira – esperavam explorar o medo protestante do ex&rcito cat61ico de Tilly e puseram a Baixa Sax6nia sob sua protegio) que era ilus6ria, como demonstrou a vit6ria f£cil de Tilly em Lutter (1626).Havia um segundo ex&rcito, sob as ordens de

UNIDADES POLfTICAS

Fernando II, que respaldavaTilly em sua campanha. Reunida e liderada por Albrecht von Wanenstein, proc6nsul de Fernando 11na Bo&mia, essaforga tornou viavel uma

A

o seconverter ao catolicismo, ao mesmo tempo que prometia tolerancia aos protestantes,Henrique lv reunificou a Franga.Seu ministro Sully recomp6s as finangas,e uma guerra facil contra a Sav6ia,que permitiu a anexagaode territ6rios em torno de Lyon, compensou a perda de Saluzzo (1601). Em 1600, Henrique lv

politica pr6pria dos Habsburgo. Quando Fernando 11ordenou a Wallenstein que lim-

estava pronto para invadir novamente o circulo espanhol. Seu assassinato naquele

tambCm ficaram alarmados,pois – indiferentes i religiao – nao tinham interesse

ano pas urn termo a esseprojeto, assim como ao governo forte na Franga. A primeira

em um imperador com poder efetivo.Agora que a questaobodmia havia sido resolvida, os principes insistiam que nao havia mais razao para lutar. A menos que Fer-

passeMecklenburgo, os germanicos perceberam os pIanos de estender a dominagao dos Habsburgo atC o B£ltico. Isso alarmou os suecos, que transferiram suas tropas para Stralsund, a fim de impedir que Wallenstein a tomasse. Osprincipes germanicos

d6cada do reinado de Luis XIIIfoi convulsionada porbrigas de facg6esaristocr£ticas, e

nando ll quisesse arriscar a sucessio dos Habsburgo ao imp6rio, deveria despedir Wallenstein, o que fez nao sem relutancia

foi apenas com o advento do poder do cardeal Richelieu, em 1624, que a Franga, mais

uma vez, conseguiu manter uma politica externa ativa. No outro extremo da Europa, a Rassiapassoupor um desastroso“periodo de con-

Nesse periodo, o cardeal Richelieu estava encarregado da politica francesa. Ele ali-

turbag6es'’, com a morte de Boris Godunov, em 1605.Godunov havia governado em

mentava grandes esperangasde se aproveitar da continuagao da guerra na Germania e nao tinha nenhuma intengio de concordar com a paz apenaspara satisfazer as conveni&ncias germanicas. A guerra, no mirlimo, havia unido os esforgos dos Habsbur-

favor de Fi6dor, o filho mentalmente incapaz de Ivan, o Terrivel; em seguida,com a morte de Fi6dor em 1598,passoua faz8-1oem nome pr6prio. Porbn, nao conseguiu fundar urna nova dinastia, e a confusao sucess6riaque seinstalou deu espagoaos ini-

go e, assim como estava subsidiando os holandeses contra os espanh6is, faria o

migos da Rassia.Em 1611,os poloneses tomaram Smolensk; em 1612, ocuparam

mesmo com os suecos e os Habsburgo da Austria. Richelieu encontrou no rei sueco,

Moscou e puseram o principe coroado polon6s no trono dos tsares. Em 1613,os sue-

Gustavo Adolfo, o perfeito instrumento para sua politica Gustavo havia chegado ao trono da Su6cia em 1611,aos dezessete anos de idade .

cos ocuparam Novgorod. Mas esseera o momento da virada: no mesmo ano, uma revolta nacional expulsou os poloneses da capital, e os russos empossararn nova-

Sua coroa fora reclamada tanto pelo rei da Dinamarca quanto pelo rei da Pole)nia. O reino era taopobre que 6 de espantar que nutrissem algum interesse por ele.Al&m da guerra com os dinamarqueses e poloneses1Gustavo herclou um conflito antigo com

mente urn tsarnativo – Mikhail Romanov, filho do patriarca de Moscou. Ao custo de cess6esconsider£veis de territ6rio, apaz foi restabelecida com os suecos(1617) e com os poloneses (1618). A Rassia lambeu suas feridas e esperou.

a Rassia acercada Finlandia. Como os ex6rcitos que a Su6cia podia reunir eram replarmente vencidos por todos, menos pelos russos, o melhor a fazer era garantir a paz corn os dinamarqueses epoloneses e concentrar a atengao na Finlandia. Gustavo con-

O centro de tensao da Europa transferiu-se para a Germania. Em 1618,os protestantes da Bo6mia revoltaram-se novamente contra o dominio dos Habsburgo cat61icos da Austria. A coroabo6mia foi oferecida ao eleitorprotestante do Palatinado, que a aceitou. Essaindiferenga grosseira as legalidades que obcecavam os principes da

seguiu comprar os dinamarqueses com a promessa de 400 mil ducados (o dobro do rendimento anual da Su6cia, mas o aumento do prego do cobre exportado Ihe permi-

Germania retirou todo suporte do eleitor: nenhumprotestante importante o apoiou,

tiu saldar a divida em quatro anos)9e os polonesesconcordaram com uma tr6Wa,

e embora Fernando 11da Austria fossefraco demais para atacar quem quer que fosse, recrutou tanto os cat61icosda Baviera quanto os protestantes da Sax6nia para a causa

porque estavam ansiosos para explorar o “periodo de conturbag6es” na Rassia. Gustavo soube aproveitar a oportunidade que havia criado: o tratado que extraiu de Moscou Ihe detr nao s6 as disputadas fronteiras da Finlandia, como tamb6m a provincia da ingria, na orla meridional do golfo (1617). Ele voltou-se entao para a Pole)nia.Uma s6rie de campanhas na Live)nia testou o novo equipamento e as t£ticas que ele estava introduzindo no ex6rcito:' em 1626f a Liv6nia foi conquistada, e o ex6rcito se fortaleceu na batalha. Descendo a costa prussiana, Gustavo demonstrou que havia se tor

dos Habsburgo. O general b£varo Tilly conquistou a Bo6mia e o Alto Palatinado; os saxoes, a Lus£cia e a Si16sia(1620). Entao, com ajuda espanhola, Tilly conquistou o Paladnado Renano (1622). Fernando recompensou generosamente seus aliados: os sax6esficaram com a Lusacia, osb£varos, como Alto Palatinado (e seupoder de voto

eleitoral),enquanto aEspanhaficou coma AltaAls£cia.Seuspr6pdosrecursosforam muito aumentados. Se tivesseadquirido a Bo6mia por heranga pacifica, seu poder

teria sofrido asrestrig6estradicionais; ja o confisco macigode territ6rios que se

1.Tratava-se, em grande parte, de elevar o ex6rcito sueco aos padr6es europeus. A anica inova-

seguiu a repressao da revolta deu-lhe controle efetivo sobre a nagao e suasriquezas. Em 1623,Tilly mudou-se para o norte da Germania e dispersou as reduzidas forgasprotestantes, ainda em armas. Os dinamarqueses – que reclamavam v£rias areas

gao importante de Gustavo foi a criagao de um corpo mc’)velde artilharia, Nao era dificil, para um paispequeno como aSu&cia,levantar um namero suficiente de homens para uma guerra europ6ia, pois os ex&rcitos nessetempo raramente excediam25 mil homens, etodos

44

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Xerifado de Marrakesh

n+I :IIIIIrgiT!; jS01f0 (1630 a 1632)

)peus. A anica inova;uficiente de homens i mil homens, e todos

espanholas

B = Condadoda Borgonha

Cherkessk

ram-se e atacaram novamente. Ao cair da noite, dominaram o campo de batalha, enquanto Wallenstein batia em retirada.

nado o senhor do B£ltico oriental. A Po16nia, ainda que relutante, finalmente consen-

tira numa tr6gua com basena situagio existente, Isso incluia asposig6essuecasem todos os portos prussianos; os ped£gios arrecadadosdobraram os rendimentos de

Ap6s Lutzen, os dias lendirios da forga expedicion£ria sueca chegaram ao fim, mas o poder ofensivo ainda se mantinha mais no campo sueco que no imperialista

Gustavo e pagaram seu ex&rcito, que havia mais do que dobrado. Os enviados de Richelieu haviam organizado essatr6gua: em seguida, ofereceram

Em especial quando Wallenstein esteve a ponto de agir por conta pr6pria, e Fernando

a Gustavo um subsidio anual de 200 mil ducados se ele invadisse a Germania. O

II teve de mandar assassina-lo.Entao, em 1634,Madri concordou que um novo ex6rcito espanhol,que teria de passarda Italia, via Germania, para a intermin£vel guerra

monarca nemprecisava doestimulo:havia assistido, consternado, ao avango dopoderio dos Habsburgo, e estava ansioso para organizar uma agio ofensiva a fim de prote-

ger tanto seuspartidirios religiosos quanto sua hegemonia no B£ltico. Em 1630,

nos PaisesBaixos, cooperaria com o ex6rcito imperiahsta durante a sua passagem.: Perto de Nordlingen, pequena cidade bivara, as forgas reunidas do mundo dos Habs

desernbarcou na Pomerania com 20 mil homens

burgo encontraram-se face a face com os suecos e seus aliados germanicos. Os suecos

Os principes germanicos – mesmo os protestantes –nao ficaram muito satisfeitos em va-lo. O eleitor de Brandemburgo tinha raz6es para se incomodar, pois em 1618 havia herdado o ducado da Prassia (sob a suserania polonesa), e a maior parte

atacaram e, embora tivessem uma forga superior i do inimigo (numa proporgao de

dos direitos dos portos que a Po16nia acabara de entregar aos suecos na realidade Ihe

g6es que se segujram,

aproximadamente dois para um), foram retidos pelos espanh6is, assalto ap6s assalto, at&perderem o impeto. O ex6rcito protestante foi totalmente destruido naspersegui

pertencia.= O eleitor da Sax6nianao queria de forma alguma seindispor com os Habs-

O ex6rcito espanhol marchou para a B61gica,aforga expedicion£ria remanescente

burgo, pois, mesmo que os protestantesfora da Germania tivessem sofddo, a Sax6nia havia conquistado a Lusacia. Ambos deixaram claro que nao era o casode fazer

da Su6cia reuniu-se gradualmente no norte. Os Habsburgo e osprincipes germanicos

tor de Brandemburgo a aceitar uma alianga decisiva; em setembro do mesmo ano, a

concordaram com uma paz geral. Richelieu, que ainda subsidiava os suecos e o (rnico ex6rcito germanico protestante (da Als£cia) que restara, viu que um novo fator seria necess£rio para evitar essasolugao. Nove meses depois da batalha de Nordhngen, a

invasao injustificada da Saxc')niapar Tilly forgou seu eleitor a tamb&m entrar no

Franga declarou guerra.

uma cruzada anticat61ica. Gustavo desconsiderou-os. No inicio de 1631, levou o elei-

campo de Gustavo.Em Breitenfeld (B no mapa), a Su6ciae a Sax6nialutaram lado a lado. O ataque de Tilly varreu os sax6es do terreno, mas estancou no flanco dos suecos: no momento em que estesiltimos contra-atacaram, seu ex6rcito se desintegrou.

De um momento para o outro, o equilibrio do poder na Europa havia mudado. Deixando a invasao da Bo6mia para os sax6es,Gustavo marchou para o oeste, em diregao ao Reno. Passouo inverno de 1631-2no Palatinado, mobilizando podeosEstadostinham o direito legal de ordenarum levantamentofeudal que possibilitassereunir um

rosos ex6rcitos germanicos para invadir a Baviera e a Austria na campanha seguinte.

namero de individuos v£rias vezessuperior a esse.O problema era que o recrutamento de mao-de'

Tilly retrocedeu para a Baviera, e Fernando II, desesperado,convocou Wallenstein

obra destreinada era totalmente inatil na guerra daquela 6poca,que requeria nivel profissional e o

mais uma vez. Na primavera de 1632,Gustavo avangou contra a Baviera, bateu Tilly

trabalho coordenado entre os lanceiros e os arcabuzeiros.O fato de a Espanha,devido aprata amen-

e deixou o pals devastado.Wallenstein expulsou os sax6esda Bo&mia e entrou cautelosamente na Baviera. Evitou o ataque de Gustavo, permitindo que Fernando II

supremacia no s6culo xvI e inicio do XVII.Gustavo empregou um sistema de recenseamento seletivo

respirasse aliviado: a campanha estava acabada, e o assalto suecohavia sido contido.

para reunir um ex6rcito nacional, que depois treinou e pagou, seguindo um padrao profissional. O

carla, ser o anico pais capaz de manter um ex6rcito profissional de qualquer tamanho explica sua

estratagemafoi pag£-lo. Apesardo aumento constante do ntrmero de homens em armas,podia faz6-

Uma vez separados os combatentes, Wallenstein transferiu seus homens para o

lo porque havia sido muito bem-sucedido, e suasconquistas mantiveram seus cofres cheios.

norte, na Saxe)nia – hibernar no territ6rio inimigo parecia ser melhor a coisa a

2. O eleitor de Brandemburgo tamb&m herdara Cl&ves, Marca e Ravensburg (C, M e R no mapa),

fazer, em termos de politica e de abastecimento. Gustavo correu em seu encalgo,

3. Osespanh6issempre estiveram preparadospara operar ao longo do Reno,para manter aberto o caminho vital para a B61gica.Tentaram ocasionalmente apassagemmaritima para os PaisesBaixos,

surpreendeu suas forgas enquanto estavam dispersas em torno de Lutzen (L no

mapa) e langou um ataque imediato. Foi muito precipitado. Pappenheim, o

mas perderam uma frota na Zel£ndia, em 1631,e outra, ainda maior, uma armada real, foi destruida pelo almirante holand6s Tromp, em £guastenitoriais inglesas,em 1639,

segundo comandante de Wallenstein, aindaestavaa um dia de marcha do campo de batalha e voltou a tempo de atingir o flanco sueco.Os dois ex6rcitos, encurralados

O front dos PaisesBaixosregistrou poucasmudangasap6sa retomada da guerra, em 1620:os espanh6istomaram Breda em 1625;os holandeses, Maastricht em 1632.

ao mesmo tempo, lutaram encarnigadamente, Pappenheim foi mortalmente

4. Forgas suecas importantes tinham sido destacadas para uma guerra contra a Po16nia. Os russos

ferido no inicio da tarde: Gustavo, que liderava uma carga de cavalaria, tomou um

tentavam recuperarSmolensk, eos suecosesperavamuma oportunidade mais favor£vel.Na ocasi50,os

tiro de mosquete no brago, foi arrastado na confusao,derrubado do cavalopor

poloneses detiveram os russos sem muita dificuldade e, ap6s Nordlingen, conseguiram forgar ossuecos

outra bala nas costas e caiu morto no chao. Os suecos estremeceram, recompuse-

a devolver os portos que haviam ocupado desde1629.No conjunto, foi um desastrepara os altimos.

46

:ampo de batalha,

chegaram ao fim. Ie no imperialista,

a infantaria a tarefa de enfrentar todo o ex6rcito franc6s. A cavalaria espanhola nao

A Europa em 1648

tinha uma reputagao excepcional:ji ostrrrios, os regimentos de infantada profissional que haviam garantido a hegemonia espanhola por mais de um s6culo, eram outra questao. Foipreciso uma longa tarde de fogo de artilharia e de assaltoscombinados de cavalariae infantaria para venc6-1os.Uma vez terminado o trabalho, nao haveria mais quartel. Rocroi nao significava apenasuma derrota espanhola: era a

UNIDADES POLiTICAS

:6pria, e Fernando

lue um novo ex6rtermin£vel guerra : a sua passagem.i mundo dos Habsranicos. Os suecos ima proporgao de ;saIto ap6s assalto,

uidonasperseguiiria remanescente

lcipesgermanicos )s suecos e o (Irlico

m novo fator seria de Nordlingen,

a

Um anu depois de Nordlingen, a impressao era de que Fernando II faria do Imp6-

rio Germanico um verdadeiro Estado e de si o primeiro imperador efetivo desdeos tempos medievais. A Baviera (agora ocupando asduas metades do Palatinado), a

destruigao de um instrumento insubstituivel As coisasnao correram melhor para os Habsburgo austriacos. Na segundabatalha

Sax6nia (a16m da Lus£cia, oferecia-se Magdeburg) e Brandemburgo

de Breitenfeld, em 1642, os suecos esmagaram asforgas imperiais tao completamente

(a Pomerania Ihe

pIanos de Fernando de reforgar sua autoridade se suasaquisig6es fossem confirma-

quanto da primeira vez. Os suecosentio partiram (1643)para bater os dinamarqueses, mas a tr6gua nao trouxe muito alivio a Fernando Ill, que tinha asnoticias de

das. Mas obter o consentimento

dos principes germanicos significava ganhar apenas

Rocroi para digerir, Sua reagao foi r£pida e sensata: na conferancia de paz de Vestf£lia,

metade da batalha: Fernando tamb6m precisavaevitar que francesese suecosrompessem a promessa. Ele deveria tercomprado uma e outra, mesmo que o prego fosse

Fernando nao ocultou o faro de que estava abrindo mio de todo o projeto imperial. Ap6s quatro anos de negociagao, foi possivel conciliar as reivindicag6es conflituosas

elevado, mas o otimismopela

dos diversos beligerantes, e um tratado foi assinado

havia sido prometida, embora aindaestivessecheiade suecos)concordaram com os

vit6ria em Nordlingen o fez perder sua grande opc)rtu-

sax6nicas enviadas contra eles, em 1636, e, novamente, em 1638; no fim desse ano,

Nao havia davidas sobre quais eram os vencedores. Os suecos ficaram com a Pomerania ocidental, Wismar e Bremen-Verden, a16mde uma indenizagao de 2

assaltaram a Bo6mia mais uma vez. C) ex6rcito subsidiado pelos franceses na Als£cia

milh6es de ducados,(Tamb6m levaram asilhas Bornholm e C)esel,um par deprovin'

tamb6m fez uma ofensiva em 1638,atravessandoo Reno, para tomar o Alto Baden.

cias norueguesas e a costa oeste de Gothland, como resultado da vit6ria sobre a Dina-

Fernando III (que sucedeuao pai em 1637) encontrou a estrutura que comandaria

marca. ) A Franga obteve a posse total da cabega-de-ponte do Mosela e da Alta Als£cia,

mais vacilante do que supusera.

a16mde uma suserania propositalmente mal definida sobre o resto dessaregiio. Como resultado dessasconquistas, todos os territ6rios situados entre a velha fronteira francesae o alto Renoficaram dentro da Franga.

nitIade, Os suecos, reagrupados no nordeste, bateram as forgas imperiais e as forgas

Os conflitos que romperam no Imp6rio Espanhol nesse mesmo periodo eram

;sibilitasse reunir um ltamento dc mio-denivel profissional e o

devido a prata amentamanho explica sua :enseamento seletivo addo profissional. O 'm armas, podia fazaofres cheios

menos esperados ainda. Em 1640,astentativas de obrigar Aragao apagar taxasna escala imposta por Castela provocaram uma inflamada revolta em Barcelona. Os rebeldes convidaram os franceses a retomar a suserania da regiao (que haviam mantido em tempos medievais) e a contribuir para sua defesa:Richelieu o fez com gosto. Mais tarde, no mesmo ano, os portugueses tamb6m chegaram a se revol-

Os rearranjos internos em pequena escalana Germania refletiram o fim do ideal imperial e cat61ico, O Palatinado renano e seu voto eleitoral foram restaurados a sua

familiaprotestante original. (A Bavieraconservou o Alto Palaanadoe conquistou um voto eleitoral pr6prio,)Brandemburgo ficou com Halberstadt, Minden e a promessa de Magdeburg, para compensar suasperdas na Pomerania. A Saxania manteve a

tar. Seuimp6rio ultramarino nao prosperaradesdeque a uniao com a Espanhase estabelecera,e por isso eles reivindicavam novamente um rei nacional. O esforgo

Lus£cia. Fernando III, que conseguira deter a invasao franco-alsaciana da Baviera e sueca da Bo&mia ard que o tratado de Vestf£lia fosse assegurado, agora podia respirar novamente. Com excegao da Lusacia e da Alta Alsicia – ambas perdidas por seu

espanhol no sentido de esmagar essasrevoltas falhou por completo: em vez de mandar reforgos para os campos de batalha da Europa, Madri pedia ajuda a Bruxelas e a Milao.

Para a16mda impossibilidade logistica, Bruxelas nao podia fazer nada. O que

pai –, havia conseguido manter seusdominios heredit£rios intactos. Assim terminou a Guerra dos Trinta Anos, embora o conflito franco-espanhol

havia sido uma guerra ofensiva contra os holandeses setornara uma operagaode

perdurasse, como antes. Poucos meses antes da assinatura do tratado de Vestf£lia,

; (C, M eR no mapa ).

conquista contra holandeses e franceses, e embora o ex6rcito situado nos PaisesBai-

), para manter aberto

xos fosseo melhor de que a Espanhadispunha, era dificil manter uma operagaoem duas frentes. Em 1637,os holandeses retomaram Breda. Em 1643, foi a vez do desa-

Enghien capturou e aniquilou um segundo ex6rcito espanhol, na batalha de Lens, uma derrota que fez mais que contrabalangar o fato de que os holandesestinham acabado de assinar uma paz definitiva com a Espanha (os holandeses, que viam

fio francCs. O duque de Enghien, escolhido por Richelieu para comandar o ex6rcito

longe, estavamagora mais preocupados com o imperialismo franc6sdo que com o

franc6sna suagrande ofensiva,marchou contra uma forga espanholabastantesuperior, sitiando o forte fronteirigo de Rocroi. Assumindo o comando da ala direita da

espanhol)

cavalaria francesa, Enghien derrotou os advers£rios, atravessou o centro do campo

hist6ria. O rei Carlos I e seu Parlamento desentenderam-se em 1652,e na guerra civil

e golpeou o flanco da ala direita da cavalaria espanhola, na altura em que a ala

que se seguiu o rei foi derrotado e preso (1645). Trds anos mais tarde, logrou conven-

esquerda francesa comegava a ceder. Os cavalos espanh6is dispersaram-se, deixando

cer os escoceses a adotarsua

para osPaises Baixos,

Ida real, foi destruida

guerra, em 1620:os I a Po16nia.Os russos or£vel.Na ocasi50,os liram forgar os suecos

le para os trltimos.

Enquanto esseseventosocupavam o continente, os inglesesseguiamsua pr6pda

47

causa, mas estesforam

facilmente

derrotadospor

Crom-

well, general do Parlamento. Essasegundaguerra serviu apenaspara destruir o acordo que o Parlamento ainda considerava possivel. Quando os soldados vitoriosos regressaram a Londres, ignoraram o Parlamento e levaram o rei Carlos ajulgamento (1648). Ele foi decapitado no Allo-Novo, legando a seu filho uma Irlanda que Ihe era

fiel (e uma Esc6ciatamb&m inclinada a s&lo), mas a Comunidade Britanica governada por uma junta militar, na qual Cromwell era a figura dominante

48

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1648

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+ Xerifado de Marrakesh

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+ Guarnig6es espanholas

B= Condado da Borgonha

M = Magdoburg

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O mundo em 1648

haviam sido turvadas pela presengada populagao mulata (europeu-negro) e mestiga (europeu-amerindio), tao numerosaquanto a de europeus puros.=

I . POPULAg’AO

em 1648.Desde 1483,ascomunidades agricolas haviam aumentado suaja elevada

0

populagio para porcentagens consideraveis: algo entre 30% e 40% na Europa (alcangando os 100 milh6es), na ChIna (entao com 175 milh6es) e no Japao (entao com 20 milh6es), enquanto o crescimento da India, de menos de 20% (para 130milh6es), ainda 6elevado o suficiente paratornaroaumento de suapopulagiobastante superior ao total

Todasessas mudangas tiverampouca importancia para apopulagao total do mundo

comportamento dosespanh6isnoNovo Mundo eracruel:osnativos recalcitrantes eram massacrados; os submissos, escravizados. Levados a trabalhar nas pro-

priedades e nasminas de seusnovosdonos,esses desafortunados morreram aosmaha-

do Novo Mudo. A areado Oriente Pr6ximo, o coragaodo mundo islamico, 6 a anica

res. Os caribenhos, que originalmente contavam algo em torno de 100 mil, foram dizimados; em v£rias ireasprincipais, apopulagao caiu a um tergo do nivelpr6-colom-

regiao do Velho Mundo que teve pouco ou nenhum crescimento populacional.

biano. No seu ponto mais baixo, em 1600,o namero de pessoasnas Am6ricas havia sido provavelmente reduzido a apenasmetade do que era no s6culo anterior. A crueldade dos conquistadores era, talvez, excepcional mesmo para os padre)es do s6culo XVI. A tradigio impiedosa dos cruzados ainda estava muito viva na Espanha

(Granadas6 caira em 1492),e a conquista era uma cruzada entre os infi6is. O medo do elevadonamero de nativos tamb6m encorajou o uso do terror. Mas, seos espanh6is eram cru6is, perdiam na comparagao com ossanguinirios astecas:a tirania nao era um fen6meno novo no M6xico. Na verdade, a magnitude da cat£strofe demogr£fica isenta os conquistadores: nenhum povo do s6culo xvi poderia planejar um evento dessaescala. Os assassinoseram europeus, mas eram micr6bios, nao hc)mens; entre eles, o mais devastador era o da variola

A populagao do Novo Mundo era o alimento ideal para o virus da variola, por se tratar de pessoas diferentes geneticamente e sem defesas imuno16gicas e, no M6xico,

vivendo aglomeradas.A mortalidade foi elevadissimano inicio, e como a virul&ncia da doenga aumenta conforme eIa se espalha rapidamente, logo se tornou ainda maior. S6 depoisde muitas gerag6es,os amerindios comegarama adquirir resistan. cia, e suas populagC)es, a recuperar-se. Em meados do s&culo xvii, os nimeros

ainda

sesituavam um pOtICOabaixo do nivelpr6-colombiano, mesmo contando os imigrantes (europeus) e aspopulag6es importadas (negros).

Os imigrantes nao eram muito numerosos. Um s6culo e meio ap6s a descoberta do Novo Mundo, havia ali apenas meio milhao de europeus, dos quais IOO mil se esta-

beleceram no Brasil, 250 mil na Am6rica espanhola e 100mil (dos quais metade eram ingleses) nas PequenasAntilhas. As co16nias inglesas da costa atlantica da Am&rica do

Norte contavam apenas 50 mil (os franceses do Canada e os holandeses da Nova

Holanda somavam apenasmil cada). O total de negros era menos da metade do

1.A contrapartida do Novo Mundo foi asifilis, que hoje em dia 6 uma doengacr6nica e de desen-

namero de europeus, concentrando-se, na sua maioria, no Brasil – a agricultura

volvimento lento, mas que era uma infecgao s6ria quando varreu a Europa na d6cadade 1490. 2. O carregamento anual de escravosda Africa para o Novo Mundo no periodo 1550-1650parece

segundo o sistema de plantation hmitava-se, at6 entao, a especialidade do Brasil, que

ter sido por volta de 10 mil, o que significa que perto de 1milhao de negros devem ter sido exportados da Africa at6 1648.A maior parte da diferenga entre essedado e a populagao prov£vel do Novo

era a cana-de-agacar. Como as co16nias inglesas das Antilhas tamb6m comegassem a produzir ag6car, a populagao escrava aumentourapidamente

(de 10% a 50% nas d6ca-

Mundo de um quarto de milhio nao se devei mortalidade da viagem (que era de aproximadamente 20%), nem aproporgio sexual desfavor£vel(dois hc>menspara cada mulher), mas a taxa inadequada

das anteriores e posteriores a 1648; os proprietarios ingleses mais pobres emigraram

para a Am6rica do Norte, detxando o volume total da populagio quase na mesma). Essesdadossao todos aproximados: nao s6 asinformag6es saoescassas,como no Bra-

de reprodugao, resultante da condigao escrava. Parte consider£vel da importag50 anual sedestinava a compensaresse d6ficit. A populag50 negra s6 veio a setornar auto-sustentada ap6s asemancipag6es do s6culo XIX

sil e na Am6rica espanhola as disting6es entre europeus, negros e amerindios ji 50

leu-negro) e mestiga S

agaototal do mundo

1648

rtado sua ja elevada % na Europa (alcan[apao (entao com 20 a 130 milh6es), ainda

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2. UNIDADESPOLITIC AS

0

tico: em 1648 retomaram

Luanda, e em 1654, Recife. Os ataques da Companhia falha-

ram, masnao foram infrutiferos, pois osholandesesagora dominavam a maior parte s holandeses custaram a atacar os imp6rios ultramarinos da Espanha e de Por-

do com6rcio escravo e boa porgao do com6rcio geral no Atlantico. Opedodo de 1600a 1648assistiu a derrocadadapretensao espanhola e portuguesa

tugal, mas, quando o fizeram, foi em escalae de maneira condizente com sua

hderanga madtima mundial. Enquanto ingleses e franceses se hmitavam a assaltos e

com relagaoa posselegitima de todo o Novo Mundo. As primeiras co16niasbem-

pirataria, osholandesesforam para ficar, tendo como objetivo destruir a redeib6rica de com6rcio e substitui-la par uma pr6pria. O lucro baseava-seno com6rcio, nao na piratada, e, embora o holand6s tivesseboas raz6es para odiar a Espanha,amava o

sucedidas fundadas pornao-ib6ricos

lucro mais do que odiava quem quer que fosse.

b&m colonizaram Essequibo, na Guiana, em 1616. O grupo seguinte estabeleceu-se

Portugal, naquela altura sat61iteda Espanha,foi o primeiro alvo do empreendimento holand6s. Em 1602,v£rias companhiasholandesas,que haviam estabelecido

nas Pequenas Antilhas – as primeiras a serem ocupadas foram sao Crist6vao e Bar-

foram na costa atlantica da Am6rica do Norte –

Virginia (inglesa, 1607),Acadia (francesa, 1605),Nova Franga(1608), Terra Nova (inglesa, 1610),Nova Inglaterra (1620)e Nova Holanda (1624).Os holandesestam-

bados, pelos ingleses, em 1624 e 1627, e Guadalupe e Martinica, pelos franceses, em

relag6es comerciais com a Indon6sia durante os Qltimos doze anos, foram reunidas

1635.No Caribe, comoja foi mencionado, osholandesestomaram Curagaoem 1634,

para formar a Vereenigde Ost-Indische Compagnie (Companhia Holandesa das Indias Orientais), conhecida por voc. Seuprogressofoi triunfal: em uma d6cada,os

e, nas GrandesAntilhas,

portugueses foram expulsos do com6rcio de especiarias. Em 1619,Jan Coen, o homem da voc no lugar certo, tomouJacarta dosjavanesese,sob o nome de Batavia, transformou-a em capital de urn imp6rio da Companhia das indias Orientais que monopolizou o tr£fico de especiariasnos dois s6culosseguintes.A Companhia tam-

(na Am6rica do Norte), na pirataria (no Caribe) e no tabaco(em ambos).Por6m,

b6m substituiu os portugueses, at6 entao os inicos europeus autorizados a comercializar com oJapao (1641), a16mde desaloja-los de Malaca ( 1641), do Ceilao e do sul da

ration da cana-de-ag6carcom o trabalho escravo,introduzido pelo Brasil.

india (1638-58). Embora os portugueses se mandvessem em pontos isolados, como Macau, Timor (e astropas espanholasdas Filipinas ocupassem o forte originalmente

metade da Sib6ria em diregao ao lago Baikal e ao rio Lena, enquanto outros grupos

portuguas em Tidore, nas Molucas, at6 1663),o com&rcio da areaentre a India, o Su-

din£ria foi a de Dejniov e Poiarkov. Dejniov navegou aEdo fim da costa setentrional,

deste Asiatico, a Indon&sia e oJapao estava agora sob o controle da Companhia e rendia aos acionistas dividendos consideraveis

contornou o cabo que hoje leva seu nome e atravessou o estreito de Bering (1647-8);

Os 6xitos da Companhia dasIndias Orientais levaram a criagao da Companhia das Indias Ocidentais (wic), para desenvolver uma tarefa similar no Atlantico. Os investidores holandeses foram menos felizes nesse empreendimento e houve alguma difi-

nuncatomou conhecimento de suasdescobertas; mas aviagem convenceu os siberia-

culdade em obter uma subscrigao adequada, pois os terminais amedcanos do comdr-

recebido de forma hostil quando tentou desembarcarna margem direita do Amur,

cio no Atlantico nao eram fortes isolados, mas co16nias.Por outro lado, os postos escravistasportuguesesna Africa eram vulneraveis e talvez fossepossivelconquistar

pois o rio marcava a fronteira norte do Imp6rio Chin6s. Seos chinesesaindaestives-

o Brasil. A Companhia das indias Ocidentais, criada em 1621, comegou bem,

suasfronteiras nao iam a16mda metade meridional da Mancharia. Mas,no inicio do

tomando Salvador,na Bahia–capital do Brasil– em 1624.Entretanto, osportugue-

s&culoXVII,o imp6rio Ming sedesintegrara, e astribos dos manchus,reunidas numa revolta vitoriosa contra os Ming desde1626,haviam estabelecidosua pr6pria dinas-

os franceses apoderaram-se da ilhota de Tortuga, ao largo de

Hispaniola (1640). A economia dessas co18nias baseava-se, originalmente,

nas peles

enquanto as co16niasda Am&rica do Norte produziam um tabaco de boa quahdade, a folha caribenha era de segunda categoria, e a economia dasco16nias insulares permaneceu inst£vel at6 meados do s6culo XVII,quando se desenvolveu o sistemadeplanEm 1648, o avango dos cossacos haviaestendido o dominio dos tsares para al&m da

avangados alcangavam os confins orientais do continence. A expedigao mais extraor-

seu relat6rio foi guardado nos arquivos locais de Yakutsk, de maneira que Moscou nos de que naohavia rota terrestre para a Am6rica. Poiarkov viajou na diregao sudeste

a partir do alto Lena, alcangouo Amur e navegouo mar de Okhotsk (1643-6).1 Foi

sem sendo governadospela dinastia Ming, isso nao tehanenhuma conseqa6ncia, pois

sesa recuperaram no ano seguinte, e os poucos anos de guerra que se seguiram, apesar de militarmente bem-sucedidos, esgotaram os cofresdaCompanhia. O almirante

tia em Pequim, em 1644. (Um principe Ming ainda mantinha as provincias do

Piet Hein salvou a situagao,realizando a proeza com a qual todos os piratas sonha-

sudoeste em 1648,mas seus dias estavam contados.) Os imperadores manchus ado'

vam: capturar a armada que carregava a prata espanhola, em 1628. Tal faganha per-

taram uma politica de fronteiras agressiva,nunca negligenciando o perimetro origi-

mitiu a Companhia pagar um dividendo de 75%e montar uma segundaexpedigao

nal de suas terras,

contra o Brasil, que tomou Recife. Expedig6es complementares estabeleceram uma feitoria armada em Curagao, no Caribe (1634), e tomaram alguns postos portuguesesde com6rcio escravona Guin6 (Mina, 1638)e na costa ocidental da Africa (Luanda, 1641). No entanto, a Companhia continuava perdendo dinheiro, enquanto os porngueses,num derradeiro esforgo, reconquistavam suasprincipais possess6esnoAtlan-

1. O mar de Okhotskja havia sido alcangadopor uma expedigao,que tomou uma rota mais direta a partir do Lena (Moscovitin, 1639);um navio holand6s tamb&m visitou a areaalguns anosdepois.

52

daCompanhia falhanavarna rnaror parte

1648

}anholaeportuguesa

leiras co16niasbem&m6rica

do Norte

Marde

f\kIln+el



(1608), Terra Nova Os holandeses tam-

uinte estabeleceu-se sao Crist6vao e Bar, pelos franceses, em

m Curagaoem 1634, Tortuga, ao largo de inalmente, nas peles em ambos). Por&n, co de boa qualidade, )16niasinsularesperreuosistemadeplanIIO Brasil

)stsarespara alam da

ranto outros grupos edigao mais extraor-

la costa setentrional, o de Bering (1647-8); raneira que Mloscou :onvenceuossiberia)unadiregaosudeste khotsk (1643-6).'Foi em direita do Amur, rinesesaindaestivesaconseqa£ncia,pois ta. Mas, no inicio do :hus, reunidas numa io sua pr6pria dinas ha as provincias do dores manchus adolo o perimetro origi-

lou uma rota maisdireta ea alguns anos depois.

Nova AFranga

A Europa em 1681

recursos na glorificagio de sua pessoa,da corte e do pais – que para ele, formavam uma coisa 56. Como osparisiensesnao necessariamente compartilhavam essasid6ias, a corte foi transferida para o vilarejo vizinho de Versalhes. A construgao de sua resi-

UNIDADES POLfTICAS

0

d6ncia consumiu varios anos de seu reinado, sendo uma forga-tarefa que chegou a

contar com 30 mil homens, produzindo um pal£cio com uma fachada que media fim da Guerra dos Trinta Anos na Germania deixou a Espanha face a face com

aproximadamenteoitocentos metros de comprimento. A pompa da monarquia

uma Frangavitoriosa- O tesouro pablico espanhol entrara em bancarrota, e o

ganhara um cen£rio que provocava a inveja de todos os monarcas estrangeiros. Noexterioc Luisxlvviu-sediante de uma situagaopohdca que nao poderiasermais favor£vel. A Franga estavase recobrando com rapidez, ao contr£rio da Espanha, pois osholandesesestavam prontospara discutir apartilhadaB61gica. No entanto, essanao

ex6rcito espanhol estava desmoralizado; a perda da B61gicae da Borgonha parecia

iminente. Mas o golpe de miseric6rdia nao seconcretizou. A classem6dia parisiense, revoltada com os impostos altos e arbitr£rios, rebelou-se contra o governo de Maza-

era a opiniao do monarca francCs–para o qual ningu6m podiarepartir suag16ria–,

rIn, sucessorde Richelieu. Alguns aristocratas francesestamb6m o desaprovavam, dando ao movimento a lideranga de que precisava; a Espanha forneceu fundos e armas. O ano de 1652assisdua Enghien, o vencedor de Rocroi, ocupar Paris com seu

e em 1667-8, ele invadiu a B&lgica por conta pr6pria. Os holandeses forgaram a nego. ciagao de uma tr6gua com um ultimato a serlevado a s6rio, por apoiar-se na Inglaterra

ex6rcito mercenario.

e na Su6cia.Luis XIVlogo quebrou essa“triplice alianga”, comprando suecose ingle-

A aliangarebelde durou pouco. Os objetivospuramente interesseiros da aristocra-

ses. Seu ex6rcito desceu o Reno e invadiu Amsterdi (1672). A invasao parecia devasta-

cianao tinham lugar no programa de reforma constitucional, e asclassesm6diaslogo

dora, mas, na realidade,sucumbiu quando os holandesesinundaram o pais,Luis xiv

decidiram que a autocracia real era preferivel i anarquia feudal. Em 1655,a rebeliio (conhecida como a Honda, de “funda”, engenho infantil de arremessar pedras) tinha chegado ao fim, Mazarin retomara o poder, e asfrentes de guerra haviam sido restauradas. Todavia, a Fronda havia esgotado temporariamente a Franga, e o ex6rcito fran-

teve que retroceder (ele nunca mais participou pessoalmente de uma campanha), e o

c6sprecisou do apoio ing16spara suascampanhas finais. A Espanha saiu do processo de paz, estabelecido em 1659,praticamente sem perdas financeiras. ' Os cossacosda curtra do Dnieper repudiaram o controle polon6s em 1648.Em 1653, pediram a protegio do tsar russo e, com a guerra que se seguiu, os russos nao tiveram

pela inimizade comercial, comegou a persuadir-se da importancia de deter a Franga, Luis XIVpodia comprar o rei, mas nao o pais, e como o que havia sido restaurado ap6s a morte de Cromwell era uma monarquia estritamente hmitada, o Parlamento ing16s

draco resultadoduradouro de seu ataquefoi queosholandesesconfiaram seugoverno a Guilherme III de Orange, que se dedicou a frustrar seus pIanos, A16m disso, os ingle-

ses,cujo pendor protestante a favor dos holandesesera geralmente contrabalangado

tinhacondig6esdeinsistir numareaproximagaocom osholandeses(1674).Nomesmo ano, a Austria e Brandemburgojuntaram-se aos holandeses.Luis xlv retaliou, mandando os suecosatacar Brandemburgo; ele levou a melhor nas batalhastravadasna

dificuldades em avangarsuasfronteiras atCo Dnieper. O rei polon6s aproveitou o momento para reavivar uma querela puramente dinistica com os suecos, que,junto com os brandemburgueses, invadiram o pais, ocupando Vars6via e Crac6via. A Po16nia parecia a ponto de se desintegrar, mas o eleitor de Brandemburgo fez suastropas retrocederam quando Ihe foi prometida a soberania sobre a Prassia oriental, e os sue-

B61gica e no Reno. No armisticio de 1678-9, teve que devolver Charleroi i Espanha, mas ganhou o condado da Borgonha, o reconhecimento

do protetorado franc6s sobre

a Lorena e uma cabega-de-ponteno alto Reno. Suaposigao diplom£tica ainda era forte

cos foram obrigados a se retirar devido a um ataque dinamarqu6s. Os suecossubjugaram os dinamarqueses t5ofacilmente quanto doze anos antes – as provincias dinamarquesas na Su6cia foram definitivamente anexadas–, mas esse

o bastante para forgar Brandemburgo a abrir mao da maior parte de suasconquistas

foi o ponto alto do poderio sueco.Durante cinqaenta anosde beligeranciavitoriosa, a lista de seusinimigos foi aumentando. Isolados,dinamarqueses e poloneses eram

conquistou Smolensk, Tchernigov, Kiev e certasvantagens sobre os cossacosna curva do Dnieper(Kievdeveria serresgatada pelospoloneses,masestesnunca conseguiram

muito fracos para constituir uma ameaga,os austriacos, por demais distantes, e os russos, at6 entao, ineficazes. Por6m, com os holandeses– que temiam ser excluidos do B£ltico sueco – e os brandemburgueses – que cobigavam a Pomerania sueca –, a

juntar a soma necess£ria). Os turcos tamb6m fizeram progressos, gragas a uma vigorosa dinasda de grio-vizires, os K6prala. A conquista de Creta foi concluida (1669),

questao era diferente. Em 1658,navios holandeses transportaram um ex6rcito de

vania (1664, 1675) e a Pod61ia,juntamente

brandemburgueses e outros para a ilha de Fynen, onde os suecos foram gravemente

cos do Dnieper. Mas essasvit6rias foram conquistadas contra Estados fracos, que nao

derrotados. Embora a Frangatenha intervindo e evitado que seu velho aliado fosse destituido de seusterrit6rios, era obviamente o momento de a Su6ciaaquietar-se. Em 1659,Luis XIVatingiuamaioridade. O ambientena Frangaera favorivel i auto-

podiam enfrentar a capacidadeotomana de sustentara guerra; em compensagao,no

cracia, assim como o monarca. Gragas a Colbert, o eficiente ministro das Finangas, os

1.Os ingleseslevaramDunquenlue, que os francesescompraram delespor 700mil ducatIos.Tanger assim como Bombaim(atual Mumbai) couberam iInglaterra. como dote de uma rainhaportuguesa

na Pomerania (o ataque sueco ali falhara completamente) A disputa entre a Rassia e a Po16nia foi resolvida em 1667, em favor da Rassia, que

foram tomadas da Austria duas porg6es da Hungria e da Po16nia (1672-6), a Transitcom interesses poloneses sobre os cossa-

campo de batalha, o desempenho turco era mediocre

recursos governamentais cresciam em ritmo constante; Luis logo empregou esses 54

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O rei da Su6cia, Carlos XII, na &poca com dezoito anos de idade, era um verdadeiro

A Europa em 1701

descendente de Gustavo Adolfo. Em agosto de 1700,aniquilou os dinamarqueses, em outubro estava na margem oposta do B£ltico enfrentando o ex6rcito de Pedro, na Est6nia. Em novembro, atacou os russos furiosamente, vencendo abatalha de Narva

UNIDADES POLfTICAS

e fazendo-os recuar, humilhados. Depois, foi para os quart6is de inverno, ponderar sobre qua! seria seu objetivo na pr6xima campanha, a Pole)nia ou a Rassia. Seuex6r-

A

chavedapolitica dosgrio-vizires K6prala daTurquiaeramanter o ex6rcito ocupado: guerras externas significavam paz no interior. A grande superficie do Imp6rio fornecia normalmente pelo menos um foco de distbrbio e, quando tudo o

cito nao tinha mais que 10mil hc)mens. Entre 1689e 1697,Luis XIVtentou ampliar asfronteiras da Franga, gragasa uma

mais falhava, reviviam-se velhas disputas. Em 1683,o melhor pretexto disponivel era

“Grande Alianga” que reunia praticamente todas as pot6ncias da Europa, Seus gene-

o expirar da tr6gua de vince anos com os austriacos, Kara Mustafa, o terceiro vizir

rais foram competentes em comandar uma luta que avangava em marchas e contramarchas na fronteira belga, mas a coalizao contra ele mantinha-se firme – suabase

K6prula, decidiu tratar a questao com grande pompa. Liderou pessoalmente o ex6rcito no que seria amais espetacular investida do s6culo. O alvo era Viena, a cidade que

anglo-holandesamostrou-se invencivel a partir do momento em que Guilherme de Orange setornara rei da Inglaterra (1688).1No final, Luis XIVnao p6de sustentar a

havia resistido a Suleiman, o Magnifico, e cuja captura seria prova inconteste do sucesso da dominagao K6prahi.

luta: na Paz de Nijmegen (1697), teve que restituir as poucas fortalezas que havia tornado, a16mde algumas dasquais se apoderara em guerras anteriores.

Uma vez cercada a capital austriaca, rudD comegou a correr maI. A artilharia turca era inadequada, a defesa, vigorosa, e o cerco desandou. O imperador teve tempo de

Nessaaltura, uma questaodinasticadetr a Luis XIVa oportunidade de obterganhos

empregar os servigos mercen£rios dos principes germanicos e do rei da Po16nia, cujo

espetaculares sem esforgo. O rei da Espanha nao tinha filhos, e as casas reais tanto da

ex6rcito de apoio pegou os turcos, por demais confiantes, de surpresa e quase os ara-

Franga quanto da Austria aspiravam i sucessao. Por6m, obviamente, nenhuma delas

quilou. Kara Mustafa foi garroteado sob ordens do sultao, mas seusatos eram mais

iria obta-la. Em conjunto com outras pot6ncias, concordaram entao em fazer uma

diHceis de corrigir.

divisao na qual a Franga receberia as possessC)es espanholas na Italia, enquanto a Aus-

Com asnoticias da vit6ria, uma onda de excitagao se espalhou pela Europa: a libe-

tria obteria a B61gica,a Espanhae o Imp6rio Espanholultramarino. Ningu&m levara em conta osespanh6is (lividos diante da perspectiva de desmembramento), e todos ficaram chocadosquando o rei da Espanhafez um testamento, no leito de morte, legando tudo ao candidato franc6s(1700).Mesmo Luis XIVficou momentaneamente

ragao dos Balcasparecia uma possibilidade real. Numa atmosfera que lembrava as Cruzadas, Venezae o papado comprometeram-se a ajudar, enquanto os ex6rcitos austriacosdesciam o Danabio em cbregaoa Buda (1686),conquistando uma vit6ria retumbante no campo de Mohacs (1687),e cruzavam o Danabio para liberar Bel-

perplexo. Todavia, a heranga era irresistivel e, embora soubesse que aceit£-la signifi.

grado (1688).Esse,por6m, foi o fim do avango.Os turcos reorganizaram-se,retoma-

cava declarar guerra, ele o fez; as tropas francesas marcharam sobre a B&lgica e, com

ram Belgrado e contra-atacaram via Transilvania. Foram necessariasmais duas vit6-

a coniv6ncia de Sav6ia, sobre Milao

rias – a segunda,um golpe brilhante do principe Euganio, o melhor general dos

Assim, no verao de 1701,a Europa estavaem guerra, e osgenerais emitiam suas

Habsburgo – para consolidar a posse da Hungria pelos austriacos. Em 1699,o sultao reconheceu suasperdas e assinou uma paz definitiva. A cat£strofe de Viena permitiu ganhos reladvamente f£ceis aos outros inimigos

ordens de invasao. Carlos XII avangou contra os poloneses no rio Diu. O principe Eug6nio, liderando um ex6rcito dos Habsburgo, atravessou o Tiro I, para contestar a

dos turcos. A Po16nia reconquistou a Pod61ia. Veneza expandiu sua provincia da Dal-

continente, manobrou os contingentes da Grande Alianga a caminho dobaixo Reno.’

ocupagaofrancesadeMilao. O duque de Marlborough, emiss£riode Guilherme III no

macia e, numa explosao surpreendente de energia, apoderou-se do Peloponeso. O tsar Pedro da Rfrssia tomou Azov e estabeleceu um controle total sobre os cossacos

do Dnieper. Embora estivessesatisfeito por adquirir um porto no mar Negro, o objetivo real de Pedro era possuir um no Baltico. Sua ambigao era fazer da Rassia um Estado ao 1.Alinhagem real dos Stuart (escoceses)nunca fez grande sucessona Inglaterra. Em 1688,apolldca absolutista epr6-cat61icade Jaime Il custou-lhe o nono, oferecido pelo Parlamento i f[lhaprotes-

estilo ocidental, e, com uma s6rie de decretos reformadores, ele imp8s brutalmente as id6ias iluministas aos sfrditos subjugados. Sua engenhosidade foi perceber que

tante Maria. EIa era casadacom Guilherme de Orange, que aceitou, em seu nome e no da esposa 2. O imperador austriaco tinha poucos recursos em dinheiro, mas podia conferir titulos cobiga-

suasreformas morreriam com ele a menos que pusessea Rassiaem contato com o Ocidente. Essecontato s6 poderia existir atrav6sdo Baltico, o que significava uma

dos. Em 1692,Hannover foi elevadaa condigaode eleitorado como recompensapor seuapoio a

guerra com a Su&cia.Pedro aliou-se a Dinamarca e a Po16nia,e os tr6s declararam guer-

Grande Alianga. Em 1701, em retribuigao por sua promessa de auxilio na nova guerra, o eleitor de

ra em 1700

Brandemburgo foi autorizado a intitular-se rei da Prassia.

56

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XERIFADO DO MARROCOS

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A Europa em 1715

anterior: um processo desgastante no qual os recursos superiores da Grande Ahanga

terminariam por compelir Luis XIVa aceitar seustermos. A morte de Guilherme I . UNIDADES POLfTICAS

(1702)contradiria essaan£lise.Um general teimoso e mediocre, que insistiu em liderar o ex6rcito ahado, acabou levando o duque de Marlborough a assumir o comando

E 1967,a coroa polonesa pertencia a Augusto, eleitor da Sax6nia, e os soidados

m junho de 1701, Carlos XII forgou os poloneses a se retirarem de Dvina. Desde

das forgas anglo-holandesas.

sax6esreforgavam asforgas polonesas. Carlos XIIficou tao impressionado com o axito

Marlborough, nos PaisesBaixos, quanto Euganio, na Italia, superavam em argacia os

militar deles que preferiu dirigir sua campanha seguinte contra os poloneses, e nao

comandantes franceseslocais. No entanto, asperdas francesasforam reduzidas, e

contra os russos. Em 1702, tomou Vars6via, dep6s o eleitor do trono polonas e insta-

Luis xiv encontrou, no eleitor da Baviera, um aliado para manter os austriacos ocupados, Em 1704,um ex6rcito franco-b£varo ameagou Viena, forgando Marlborough

As campanhasiniciadaspoderiam ter interrompido os avangosde Luis xiv: tanto

lou um titere de sua confianga. Nos trEs anos que seseguiram, perseguiu Augusto pela Po16nia; nesse interim, o tsar Pedro voltou obstlnadamente

e Eug6nio a defend6-la.Em Blenheim, no alto Danibio, ambos os advers£rioslevaram osfranco-b£varospara a batalha, Marlborough e Eug&niodominaram o campo desdeo comego. Violentos ataques em ambos os flancos forgaram o comandante

a costa do Baltico e

– como prova da seriedade de suas inteng6es – principiou a construgao da nova capital, sao Petersburgo, em territ6rio sueco. No inicio de 1706,Carlos XIIparecia nao terchegado a parte alguma: na realidade, encontrava-se no lesteda Po16nia, onde derrotou mais um dos ex6rcitos russo-poloneses que apareciam regularmente na prima-

franc6s a enfraquecer seu centro; a forga principal de Marlborough divicbu o entio ex6rcito franco-b£varo em dois, imobilizou a metade sul contra o rio e obrigou-a a se entregar. Quebrara-se o feitigo da invencibilidade francesa,

vera. No entanto, naquele verao, ele acabou resolvendo o problema polon6s marchando na diregio oeste, para o interior da Saxf)nia. A ocupagao de seu eleitorado levou Augusto a abdicar da coroa polonesa em favor do protegido de Carlos XII, Estanislau Leszczynski. Carlos XIIagora estava livre para cuidar de seu verdadeiro inimigo: Pedro, da Ras-

quando Marlborough venceu a batalha de Ramillies e os expulsou dos PaisesBalxos espanh6is e Eugenio ganhou a batalha de Turim, empurrando-os para fora da Italia.

sia. Partiu no verao de 1708, pretendendo alcangar Moscou no outono. Por6m, os rus-

Oudenard e Malplaquet ( 1708-9)o mantiveram ali. As tentativas aliadasde conquis-

sos lutaram melhor do que o esperado na Po16nia ocidental. A16m disso, queimaram de alcangar a fronteira. Impedido de avangar e sem condig6es de retroceder, dirigiu-se

tar a Espanha fracassaram, mas, como Luis XIVestivessepreparado para reconhecer que seu neto, agora rei da Espanha, seria excluido para sempre da sucessaofrancesa, isso nao parecia constituir um obst£culo maior para a paz. Na verdade era, e a guerra

para o sul, para a Ucrania, onde seu ex6rcito foi reduzido i metade pelo rigoroso

arrastou-se at6 que os britanicosz abandonaram repentinamente seus aliados. No tra-

inverno russo; na primavera, os sobreviventes foram massacrados por Pedro na bataIha de Poltava, em 1709. Os inimigos dos suecos aproveitaram para se unir. Quando

tado de Utrecht (1713),a Austria ficou com os PaisesBaixosespanh6is,Milao, N£po-

Carlos XIIregressou ao seupals –pela Turquia, em 1715–, quasealdo, exceto a Su6cia, havia sido perdido. Voltou a lutar at6 ser mono, ao invadir a Noruega, em 1718. Uma s6rie de tratados (1919-21) pas termo a Grande Guerra do Norte. A Su6cia conseguiu retomar a Finlandia, Wismar e parte daPomerania. O resto da Pomerania ficou para a Pr(!ssia, e Bremen-Verden para Hannover, enquanto Pedro levou as provincias

frota em posigaode combate no Mediterraneo, conservaram as basesque haviam

Nos anos seguintes, a situagao dos francesespiorou. Especialmente em 1706,

Luis xiv voltou ao ponto de partida, e asvit6rias finais de Marlborough e Eug6nio em

as colheitas tao devastadoramente que Carlos XIIficou sem suprimentos antes mesmo

les e a Sardenha. Sav6ia adquiriu a Sicilia. Os britanicos, que haviam disposto uma conquistado na regiao.

Luis XIVconservou suasfronteiras anteriores e conquistou o prestigio de ter um membro de sua familia no trono da Espanha. O prego foi alto. A arrogancia isolara a

Frangadiplomaticamente, enquanto a derrota havia manchado a honra de seu ex6rcito. O pais estavatao exaustoe empobrecido que levaria uma geragaointeira para retomar sua posigaopolitica e militar. No inicio do reinado de Luis XIV,os olhos da

do B£ltico. sao Petersburgo comegou, entao, a brilhar como capital europ6ia: a lagubre Moscou ja nao era mais a cabega da Rassia, apenas seu coragao.

Os otomanos recuperaram-sebem nesseperiodo. Derrotaram Pedro e retoma-

Europa estavam voltados para Versalhes; cinqaenta anos depois, o rei Sol ainda man-

ram Azov, em 1711, expulsando os venezianos do Peloponeso, em 1714.A16mdisso,

tinha o fausto e o brilho de sua corte, mas o mundo seguia seu pr6prio caminho.

nao tiveram que combater os austriacos,que estavamtotalmente ocupadosem sua luta contra Luis XIV.'

1. Entre 1701e 1715,os Estadosbarbarescos–Arg6ha, Tunisia e Tripoli–libertaram-se

do domi-

nio otomano. Os argehnosaproveitaram aguerra na Espanhapara tomar Oran e Mezalquibir, em

A Guerra de SucessaoEspanhola ( 1701-13)foi a iltima de Luis XIV.Quando suas

1708;os espanh6isrecuperaram-nos em 1732, 2. Os ingleses e os escocesestornaram-se britanicos com auniao de 1707.A coroa fora herdada

tropas tomaram possedos territ6rios que ele desejavaadquirir, iniciou um vigoroso avango estrat6gico. Do ponto de vista t£tico, o ex6rcito franc6s dnha quinze anos de vit6rias atras de si, de maneira que Luis XIVtinha boas raz6es para estar confiante.

pelo eleitor de Hannover em 1714,mas essaligagao com aGermania era, e permaneceu, puramente

dinastica

58

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culagao cresceu, a linguagem simplificou-se, e asnovas disciplinas baseadasna obser-

2. POPULAQAOE RELIGIAO

vagao empirica ganharam foRa. Entre os grandes nomes, encontram-se os fundado-

res do mundo moderno: Galileu, Descartes,Harvey, Hooke, Newton, Boyle, Huygens,Malpighi, Leeuwenhoek Conforme essenovo mundo do pensamento surgia, afastava-sedos antigos centros deconhecimento no norte do Mediterraneo, em diregaoa Paris,Amsterdi e Londres, seguindo a transfer6ncia do centro de gravidade econ6mico para o triangulo

E tes,tendo um aumento de 30%.A Irlanda liderou o crescimento populacional, ntre 1600 e 1715, a populagao da Europa passou de 90 a 118 milh6es de habitan-

passando de 1 milhao para 2,5 milh6es. A multiphcagao hlandesa foi o inicio de uma

tr£gica confirmagao da teoria malthusiana: a introdugao recente da batata permitiu a populagao camponesa, assoladapela mis6ria, crescer num ritmo que a impedia de escapar da pobreza. Enquanto a Esc6cia, com um crescimento moderado de 33%, entrava no s6culo xviii em boas condig6es, o S6culo das Luzes viu a Irlanda ficar pau-

que reunia a riqueza da Europa. Aqui se encontravam as cidades maiores e de maior

crescimento, e tamb6m de maiorimportancia comercial, Tratava-se,igualmente, das

latinamente para tr£s do restante da Europa Setentrional. O perigo da depend6ncia de uma fmica cultura 6 normalmente ilustrado pelaexplosaopopulacional irlandesa, que culminou na grande fc)me de 1846-7.Na realidade, o dano permanente para a

populag6es maisinstruidas. A riqueza abundante 6 indispens£vel para que a educagao deixe de ser excepcional; o mesmo se da em relagao a imprensa. Nao ha correspon-

sociedade irlandesa ocorreu no periodo de elevagao das taxas populacionais e das

pela tradigao protestante –, mas entre a instrugao e as sociedadesevoluidas. Os protestantes, com sua 6nfase no acessoindividual a Biblia na lingua vern£cula, davam mais valor a instrugao do que os cat61icos,e o tergo protestante da Europa era certa-

d6nciaentre o protestantismo e o g6nio cientifico – embora essaid6ia sejacultivada

crescentes privag Oesculturais.

Ap6s a Irlanda, com suataxa de crescimento de 150%,vern a Rassia,com aproximadamente 75% (descontando os territ6rios anexados).Esseritmo tinha uma base

mente mais instruido do que a porgao cat61ica.Mas essamesma areaja era provavel-

saud£vel: o aumento da colonizagao da estepe. O resto da Europa atingiu algo pr6-

mente mais rica e cuka no inicio da Reforma. Tanto a Reforma quanto a revolugao

ximo da taxa m6dia de crescimento de 30%, com excegao da Espanha, mal governada,

cientifica podem ser vistas como conseqa&ncias sociais da imprensa de Gutenberg.1

e dos B£lcas, explorados. O isla continuou estagnado.

A demografia dos blocos religiosos em 1715mudou pouco em relagao a 1600.A area ortodoxa expandiu-se, e o avango russo em detrimento

da Po16nia ocorreu jus-

tamente a tempo de evitar a conversao dos ortodoxos da regiao ao catolicismo, A tend6ncia mais significativa do periodo deII-se no sentido da uniformidade religiosa den-

tro de cada Estado. Em todos os lugares havia pressaocontra os grupos religiosos minorit£rios, que ia desde as discriminag6es fiscais e legais at6 a franca perseguigao. Os menos convictos ou mais conformistas modificaram seushabitos, aopasso que os

maisfervorosos migraram ou foram expulsos.Com osintercambios dasminorias, os holandeses ficaram ainda mais calvinistas, e osbelgas, mais cat6hcos, C)mesmo ocorreu nas areas cat61icas e protestantes da Germania. Esse processo continuo foi mais

importante que asdr£sticasexpuls6es– um quarto de milhao de mugulmanos da Espanha, entre os anos 1600e 1616,200 mil huguenotes da Franga em 1685 Essasperseguig6es levam a crer que a religiao continuava a desempenhar, no con-

tinente europeu, um papel de grande importancia. lsso provavelmente severificou na primeira metade do s6culo XVII,quando a crescente efici6ncia da m£quina do Estado erafreqaentemente empregadaemprol do preconceito religioso;nao6ocaso na segunda metade desses&culo, na qual o chma politico – ao menos no norte da

Europa – tendia a tolerancia. Os sentimentos e asinstituig6es religiosas entraram em franco declinio; a partir dessemomento, ainflu£ncia das crengasreligiosas sobre o comportamento social foi diminuindo a cadageragao. 1.A instrugio na Idade M6dia era praticamente confinada ao c16rigoeaos mercadorese nao deve ter excedido os 5% da populagao mascuhnaadulta. Ap6s a difusao da imprensa, o ritmo aumentou

A medida que a pressao da Igreja afrouxou, os hc)mens da ci6ncia fizeram sua apa-

rigao. Em 1600,seu namero era irris6rio, seu pensamento, limitado pelos preconcei-

constantemente, alcangando,em 1715,50% ou mais no norte protestante, 25%ou menosno sulcat6lico. Em certa medida, essadiferenga diz respeito a maior taxa de urbanizagao: os citadinos sempre

tos medievais,e sua linguagem, torcida pela necessidadede contemplar aship6teses da Antigaidade. No decorrer do s6culo,seu namero aumentou, a liberdade de espe-

foram mais letrados que os camponeses.

60

las baseadas na obser-

ntram-se os fundado-

qewton, Boyle, Huy-

171 5

'a-se dos antigos cen'aris, Amsterda e LonISmaiores e de maior 'a-se, igualmente, das :1para que aeducagao

a. Nao ha corresponsa id6ia seja cultivada

les evoluidas. Os proua vern£cula, davam

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rico para o triangulo

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Cada simbolo representa 1 milhao de cat61icos protestantes. ortodoxos ou mugulmanos.

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a quanto a revolugao

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1886

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Alguns Estados europeus aumentaram estrondosamente seusrendimentos no

3. CIDADES, COMERCIO E RENDIMENTOS

s6culo XVII.Outros viram suasrendas dechnarem. Em milh6es de libras esterlinas, os

A

lideranga holandesa sobre os outros paises cresceu na primeira metade do

dados references as maiores potencias sao: Franga, 7; Gra-Bretanha, 5,5; Austria e RepQblica Holandesa, 2,5; Rassia e Espanha, 1,6; Veneza, Portugal e Turquia, 1,3;

s6culo XViI, em termos de volume comercial e tonelagem de navios. Essa situa-

gao modificou-se

nas d6cadas de 1650 e 1660, quando os ingleses decretaram uma

Prhssia, 1,2.' Os rendimentos austriacos derivavam, grossomodo,em iguais propor-

s6rie de leis de protegio inavegagao, reforgando-as com uma politica naval agressiva,

g6es da Austria-Hungda, da B&lgica, de Milao e de N£poles: isto 6, quadruplicaram

Nas trasguerras navais entre ingleses e holandeses que se seguiram, ashonras foram

com a Guerra de SucessaoEspanhola. Os holandesescontinuavam a contar com a maior renda per capita, mas estavam esgotando seusrecursos. A Holanda logrou

igualmente repartidas, mas os ingleses atingiram seu objetivo. A rapida expansao comercial da Inglaterra, que antes havia beneficiado canto ingleses quanto holandeses, agora favorecia exclusivamente os primeiros, e a capacidade dos navios ingleses comegou a aumentar de forma crescente. Em 1715,os mercado naval holand8s ainda era o maior dos dois, mas deixaria de sd-lo em apenasvinte anos. Embora tenha sido abeligerancia inglesa, mais do que suasvit6rias, que forgou os

aumentar sua divida para 90 mah(>esde libras no decorrer da guerra, o que demonstra seupoder de cr6dito, mas essaenorme soma (quase o dobro da divida da Gri-Bretanha na 6poca) sobrecarregava seriamente aeconomia nacional. Osfranceses sairam

holandeses a dividir asrotas maritimas, o desenvolvimento

samente metade dessaquantia nasd6cadas seguintes

da guerra com uma divida de 120milh6es, uma quantia maior em termos absolutos, mas mellor em relagao a seusrecursos; aIdn disso, trataram de deflacionar cuidado-

dos navios de guerra e o

aparecimento da marinha de guerra como servigo profissional selaram o declinio da Repablica. No final do s6culo XVII,enquanto os franceses e os ingleses construiam as

Em termos econ6micos, asmonarquias absolutistasnao foram brilhantes. As iniciativasde Luis XIVou abortaram (como astarifasprotecionistas de Colbert) ouforam

novas frotas de guerra, osholandeses seretiraram da competigao. Seus navios tinham

despropositadas (como as f£bricas de tapete e de espelhos, montadas para suprir as

que obterseu ganha-pao, e, se os indianos nao podiam mai$ estarpresentes na frente

demandas dos pal£cios reais), A obra mais importante

de batalha, entio a Armada Real do aliado britanico (pois setratava do periodo da Grande Alianga contra Luis xiv) teria de lutar por eles.

do transporte pabhco: legou aseupaisomelhor

Colbert tentou udhzar, na Franga, o mesmo recurso empregado pelos ingleses. Ele barrou asimportag6es holandesase construiu uma esquadra que, em teoria, era equivalente abritanica. Foi consideravelmente bern-sucedido no Mediterraneo, onde o com6r-

cerca de 240 qui16metros. Na Rassia, Pedro, o Grande, forgou o crescimento da indas-

de seu governo foi a melhoria

sistema de estradas da Europa, assim

como o primeiro canal de comportas de certa envergadura – o canal do Midi, com

tda siderQrgica,que rapidamente tornou o pais auto-suficiente nessamat6ria e em pouco tempo um exportadorbem-sucedido. Masasmelhoriasimpostaspelaautocra-

cio franc6s superou o holand6s.i Conseguiu tamb6m manter a Franga nas atividades

cia nao tiveram a qualidade auto-reprodutiva, a caracteristica mais apreciavel dos

maritimas mds rent£veis para os europeus: o trafico de escravos e o comacio do a$car

grandes avangos ingleses

caribenho. Entretanto, as ambig6esde engrandecimento da Europa de Luis xiv arruinaram seusplanos.O rei tratou astarifas de Colbert como um trunfo nasnegociag6escom os holandeses,e em pouco tempo asbarganhou. Como suasguerras continentais oscilassem de vit6rias est6reisa derrotas ruLnosas,seusex6rcitospassaram a absorver todos oshomens e o dinheiro do qua1 o reino podia dispor; os navios ficaram apodrecendo no porto. Os ingleses tornaram-se os senhores dos mares sem ter, para tanto, travado bata-

Ihas violentas,ja que praticamente nao encontraram advers£rio i altura.

Em 1715,a crescenteprosperidade da Inglaterra fez que Londres chegassea ter duas vezes o tamanho de Amsterda. Essa expansao metropolitana aumentou a demandaporindastrias,oquelevouosfatores

decrescimento aoutrossetores da eco-

nomia. A produgao inglesa de carvao (para a qual Londres constituia o principal mercado) passou de 700 mil toneladas, em 1600, para 3 milh6es, em 1715 (aproximada-

mente 85% do total da produgao europ6ia). Parabombear £guadasminas mais

1.O com6rcio italiano no Mediterraneo continuou adecrescer,muitas vezesde maneira catastr6-

profundas, Newcomen construiu a primeira m£quina a vapor, e uma versao desta comegou a operar em Tyneside, em 1708. No ano seguinte, um serralheiro das

Rca.As exportag6esvenezianasde roupas em 1715foram apenas10%do que tinham sido em 1600. 2.A produg50 de ferro na areacoberta pelo mapa havia chegadoa aproximadamente 200 mil tone-

ladas;asexportag6essuecas,a 30mil toneladas.

Midlands, Abraham Darby, iniciou a primeira de uma longa s6rie de tentativas para fundir o ferro atrav6sdo coque. Isso era mais do que necess£rio,pois o desflorestamento havia praticamente esgotadoo suprimento de carvao de lenha.z

3. Para converter em ducados venezianosde ouro, 6 preciso multiplicar por 2,1. As comparag6es com 1600saorazoavelmente validas para ospregos que semantiveram est£veisem meadosdo s6culo; a prata escoavapara o Extremo Oriente assimque chegavada Am6rica

62

: seus rendimentos

no

s de libras esterlinas, os •

retanha, 5,5; Austria e

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odo, em iguais propor-

isto 6, quadruplicaram uavarn a contar corn a ;os. A Holanda logrou guerra, o que demons. 'o da divida da Gra-Bre-

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ral. Osfrancesessairam

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que tinham sido em 1600. timadamente 200 mil tone-

ar por 2, 1. As comparag6es iveisem meadosdo s6culo:

0

• 30-40 mil habitantes

o 50-70 mil habitantes

e 8Cb120 mil habitantes © 250mil habitantes @ 500 MIL HABITANTES

ecairo

O mundo em 1715

O vencedor dessesacordos foi indubitavelmente a Inglaterra. Seus colonos na Amaica do Norte estavam prosperando e consumiam cada vez mais produtos ingleses; sua aposta na india semostrava cada vez mais proveitosa. Embora os holandeses

UNIDADES POLfTICAS

continuassem a ser os lideres do com&rcio mundial, o fosso que os separava dos ingleses estreitava-se rapidamente. A Franga ocupava um pobre terceiro lugar: seus colo-

N

nos na Am6rica do Norte eram pouco numerosos e sem proveito do ponto de vista econ6mico; seu com6rcio em outras partes estavaarruinado devido a guerra com as

o inicio da colonizagao, todos os paises europeus estabeleceram o monop61io legal do comacio

de suas co16nias. Como nenhum deles pudesse oferecer uma

principais pot6ncias maritimas,1 Portugal vinha por alamo, tendo conseguido man-

gama completa de mercadorias a pregos competidvos, o contrabando era end6mico. As tentativas de suprimi-lo pioraram ainda mais a situagao: a despesa com a guarda costeira tinha que ser coberta pelos impostos alfandegarios, o que aumentava ainda mais o fosso entre os pregos dasmercadorias Hcitase os dascontrabandeadas.

ter suas bases na India gragas a intercessao inglesajunto

aos holandeses, mas havia

perdido osportos mais setentrionais da Africa Oriental para o sultao de Mascate. Os

£rabes,por fim, restabeleceramseudominio tradicional do tr£fico de escravosda costa oriental

Como a indastria espanhola nao fossecompeHtiva, a economia hispano-ameri-

Em 1662,osmanchushaviam concluido a conquista da China e voltavam suaaten-

cana orientou-se para o contrabando, de maneira que o namero de mercadorias con-

embora cru6is, eram inateis – acabaram por ensin£-los a armar-se e a organizar-se.

gao para a periferia de seu imp dio. Em 1683,anexaram Formosa (que havia sido tomada dosholandesesfaziavinte anos,por um almirante ming refugiado). Em 1686, destruiram um posto avangadocossacoestabelecidono baixo Amur dois anos antes e impuseram uma fronteira queIhesdeuumalarga extensaodo territ6do norte desse

Os contrabandistasdas Antilhas tornaram-se cors£rios,numa verdadeira confraria

rio. Em 1696,uma incursio dos calmucosmergulhou a Mong6ha Exterior na confu-

internacional que tinha seus pr6prios capitaes e almirantes.

sao; os mosqueteirosmanchus

trabandeadas excedia o das importag6es oficiais. A resposta espanhola foi aumentar

o policiamento e aspunig6es,mas, como de costume, a repressaotravou uma bataIha perdida com a economia. Ademais, os ataques aos contrabandistas – que,

Durante meio s&culo,oscorsariosforam o flageloda Espanhano Catibe. Original-

expulsaram

os invasores, e a regiao tornou-se

um pro-

tetorado manchu. A Sib6ria,alestedolagoBaikal,tinha agorauma fronteiradefinida,

mente – na d6cada de 1640– agiam com permissio francesa, utihzando Tortuga,

que nao era nenhuma das escolhas russas.

uma ilhota da costanorte de Hispaniola, como base.Depois que osinglesestomaram aJamaica, em 1655, transferiram-se para Ii. Era sob a protegao dos ingleses que os corsarios executavam seus golpes mais audaciosos – incluindo o saque do Panama, em

1671–, e seudeclinio iniciou-se logo que a Inglaterra seconvenceu de que SIlaspossess6es caribenhas nao estavam mais ameagadaspela Espanha e necessitavam de lei e

ordem. Noiniciodad6cada de 1680,hou\reum akimorecrudescimento, quandovados grupos de cors£rios atravessaram o istmo e aterrorizaram a indefesa costa pacifica da

Am6rica espanhola. Os desentendimentos entre ingleses e franceses e sua rivalidade dividiram a confraria cors£ria em unidades nacionais, que agiam como forgas oficiais auxiliares. Ospoucos contrabandistas que se dedicaram a pirataria contra todas as bandeiras tiveram carreira curta. O jogo chegou ao fIm: com o tratado de Utrecht (1713), a Espanha chegou a conceder aos ingleses alguns direitos legais sobre o com&rcio.

Com a tomada da Jamaica,os inglesessatisfizeram seu apetite por ilhas caribe. nhas; o mesmo sucedeu com a Franga, em 1697,quando tomou aporgao oeste de His-

paniola (antigamente chamadaSantoDomingo e hoje Haiti). As ilhas tinham apenas um produto, o agicar, mas uma boa quantidade destebastava.Em outras areas,o

1. Em 1715havia algo em torno de 400mil colonos na Am&rica do Norte britanica e20 mil na Nova

mapa colonial tamb6m estava sedefinindo. Com o fim dasguerras anglo-holandesas, osholandeses aceitaram a perda da Nova Holanda, em troca da liberdade de agir com

Franga.O fato de os comerciantes de pele terem coberto toda a regiao dos Grandes Lagos levou os francesesasuperestimar sua forga; no mapa, a Nova Frangaaparecetao extensaquanto a areabritanica. Essatend6ncia acentuou-se com a exploragao do Mississippi. (As cabeceirassuperiores foram

independ6ncia na Guiana; uma divisao similar ocorreu a leste do Cabo – que os holandeseshaviam colonizado em 1652–, reservando a maior porgao do com6rcio

descobertasporJohet, que pardra do lago Michigan, em 1673;LaSalle navegourio abaLxoat6 suafoz, em 1682.)Anunciou-se imediatamente a provincia de Louisiana, abarcando toda a bacia do Missis-

indiano para a Inglaterra e do com&rcio indon6sio para a Companhia Holandesa das indias Orientais

Hmo afoz do rio e algunsfortes maisacima.

sippi. Uma geragao mais tarde, a inica coisaque restou de tudo disso foi um pequeno povoado pr6-

64

:laterra. Seuscolonos na Ivez mais produtos ingle;a. Embora os holandeses Iue os separava dos ingle-

terceiro lugar: seuscoloroveito do ponto de vista

lo devido a guerra com as I, tendo conseguido manos holandeses, mas havia a o sultao de Mascate. Os do trafico de escravos da

C;ompanhla

da Baia

a de Hudsor

:trina e voltavam sua aten-

Formosa (que havia sido ringrefugiado). Em 1686, ixo Amur dois anos antes ) do territ6rio

norte desse

AMERICA

DONORTE IMPERIO RUSSO

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fortebritanica e 20 mil na Nova o dos Grandes Lagos levou os

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navegou rio abaixo at6 sua foz, rcando toda a bacia do Missis-

foi um pequeno povoado pr6-

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io extensa quanto a area bata-

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do Cabo+,

mente atraidas para a disputa. Os franceses apoiaram o ataque b£varo i Austria; britanicos, hanovedanos e holandeses uniram-se para evitar o avango francas nos Paises

A Europa em 1750

Baixos austriacos. A Espanha e a Franga atacaram os austriacos e os savoianos na Italia

UNIDADES POLfTICAS

0

As hostilidades seguiam irregulares e intermitentes e, embora a guerra tenha perdurado at6 1748, os inicos a sedistinguirforam

sganhos da Austria com a Guerra de SucessaoEspanholaforam enormes: sea Austria era poderosa o bastante para mant&-los, issoja era outra questio. Os

o marechal franc6s Saxe e Frederico II, da

Prassia. Saxe obteve algumas vit6rias importantes rianas e holandesas e terminou

sobre as forgas inglesas, hannove-

por conquistar a totahdade dos Paises Baixos austria-

espanh6is nao acreditavam que fosse. Em 1717,deram um golpe ao retomarsuas provincias italianas, ocupando a Sardenha e invadindo, no ano seguinte, aSicilia (que per-

cos. Frederico rI,cuja carreira militar seiniciara deforma nao muitobrilhante em Moll-

tencia a Sav6ia).Gragasa frota britanica no Mediterraneo, os austriacosnao tiveram

agressivo e £gil nas id6ias. Foi o anico a tirarpartido

dificuldade em derrotar os espanh6isfora da Sicilia; mantiveram essaaquisigao,

outras fronteiras anteriores i guerra foram restauradas, a Pr(rssia conservou a Si16sia.z

cedendo, em seu lugar, a Sardenha a Sav6ia (1720). C)orgulho espanhol foi acalmado pela promessa de que d. Carlos – um principe espanhol, embora nao pertencente a dinastia reinante – receberia Parma e Florenga quando seusatuais governantes, que

Finlandia em 1743;haviam tirado Azov dos turcos em 1736– durante a desastrosa

nao tinham filhos, morressem. Nesseinterim, o principe Eug8nio teveuma esmagadora vit6ria sobre os turcos em Peterwardein, estendendo a fronteira austriaca at6

per. Os turcos suprimiram o principado da Val£quia em 1716,

witz (onde fora obrigado a bater em retirada), tornou-se um h£bil estrategista – da disputa, pois enquanto todas as

Provocados por um temer£rio golpe sueco, os russos tomaram outro pedago da guerra para a Austria – e anexaram, ao mesmo tempo, o territ6rio cossaco do Dnie-

Save(1718).A nova Austria, com seu territ6rio engrandecido,teve um bom desempenho nessaprimeira prova Os franceses nao ficaram muito satisfeitos com essedesfecho e comegaram a for-

mar uma coalizao anti-Austria. Perceberamque o principal requisito para triunfar seria manter os britanicos e os holandeses neutros, de modo que prometeram nao tocar nos PaisesBaixos austriacos. Entao, aliados com a Espanha e a Sav6ia, declara-

ram guerra (1733).Ashostilidadesque seseguiramforam um desastrepara a Austria, que estava isolada. No Reno, os franceses avangavam como queriam – evitando ir longe demais para nao alarmar britanicos e holandeses. Na Italia, as forgas francesas

e savoianasempurraram os austriacos quasepara fora da Lombardia, enquanto um contingente espanhol invadia N£poles e a Sicilia. Estabelecida a paz, a Franga ficou com a Lorena, d. Carlos trocou Parma e Florenga por Napoles e pela Sicilia, muito mais importantes, e a Sav6ia avangou suas fronteiras em detrimento da austriaca

1. Essaguerra & chamadade Guerra da SucessaoPolonesa(sic).Eis aexplicag5o:desdeque os russosrestauraram o eleitor da Sax6nia no trono polon6s, durante a Grande Guerra do Norte, a Po16nia

Milao.' Poucosanosdepois, a Austria foi novamente humilhada, de forma quaseines-

passou a ser praticamente um sat61iterusso. A maior parte dos polonesesseressentia dessasituagao,

perada,pelos turcos. Infligiram-lhe uma s6rie de derrotas, entre 1737e 1739,que invalidaram a maior parte dasconquistas obtidas em Peterwardein.

e quando em 1733 os nobres tiveram a possibilidade de eleger um novo rei, nao escolheram o candidato saxao (russo), mas o polon6s Leszczynski – o mesmo que, anteriormente, havia sido o rei titere de Carlos XiI,da Su&cia.A Su6cia,nessemomento, estavafora dajogada, por6m a filha de Leszczynski

Nessa conjuntura, a coroa austriaca passou, em 1740, para as maos de Maria Teresa. Embora a ascensaode uma mulher a um imp6rio taoheterog6neo como o dos

havia esposadoo rei Luis xv da Franga,de forma que havia grande esperangade que a Frangaapoiasse o movimento de independ6ncia. Mas acreditar nisso era ignorar a geografia. No ano seguinte, um

Habsburgo tenha criado v£rios problemas de ordem legal, as dificuldades foram resolvidas, e o direito de Maria Teresaa sucessaofoi previamente reconhecido por

ex6rcito russo entrou no pais e anunciou novas eleig6es,que revelaram uma surpreendente guinada em prol do candidato saxao,que seinstalou logo em seguida no trono.

quase todos os Estadoseuropeus. Nenhuma grande pot6ncia quis servir-se dessepretexto. Todavia, no mesmo ano em que Maria Teresa assumiu o trono na Austria, Fre-

A Frangacompensou o ocorrido, nomeando o fugitivo Leszczynski duque de Lorena. Isso atrelou ashostilidades do leste asdo oeste,fazendo que astr6s guerrasde 1701-13,1731-5e 1740-

derico ll tornou-se rei da Prfrssia.Determinado a aproveitar ao m£ximo o ex6rcito e o

8 recebessemdesignag6es artificialmente associadas– Guerra de SucessaoEspanhola, Polonesa

tesouro de guerra cuidadosamente reunidos por seupai, Frederico ll invadiu a Si16sia austriaca e declarou a provincia parte do Estadoprussiano. A razao legal que apresen-

tou era claramente esparia,ja que a vit6ria de suastropas em Mollwitz representava urn argumento rnarsconvrncente.

e Austriaca Devido a nomeag50de Leszczynski como duque de Lorena, o ducado nao foi oficialmente incorporado a Franga at6 sua morte, em 1766.O primitivo duque de Lorena recebeu Florenga e casou-se

com Maria Teresa 2. A Austria perdeu um pequeno terdt6rio na Italia, Parma, recuperado em 1738 e cedido ao irmao de d. Carlos; Sav6ia conquistou mais uma parte de Milao.

As outras pot6ncias, aproveitando a abertura feita por Frederico II, foram gradual66

e b£varo a Austria; brita. rango franc&s nos Paises

-b

ISe ossavoianosna Italia ra a guerra tenha perdu:£s Saxe e Frederico

\ M pER 10 RUSSO

II, da

brgas inglesas, hannovelos Paises Baixos austria-

nuito brilhante em MollIm habil estrategista –

a, pois enquanto todas as lssia conservou a Si16sia.' maram outro pedago da – durante a desastrosa REINO DA GRA-BRETANHA

rit6rio cossaco do Dnie-

RE IN 0 DA POL 6 NI A Sax6nia

Cherkessk

RE IN 0 DA

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explicagio:desdequeosrusesseressentiadessasituagao, ' rei, nao escolheram o candirmente, havia sido o rei titere

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angade que aFrangaapoiasse lgrafia. No ano seguinte,um uma surpreendenteguinada

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.cessaoEspanhola,Polonesa XERIFADO DO MARROCOS

I recebeu Florenga e casou-se PAXALATO DE TRIPOLI

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’nski duque de Lorena. Isso as de 1701-13, 1731-5e 1740.

perado em 1738 e cedido ao



NAPOLES

por6m afilha de Leszczynski

lo nao foi oficialmente incor-

MAN O

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eGuerra do Norte, a Po16nia

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I

O mundo em 1763

Para os estrategistas de Paris, parecia haver uma anica reagao possivel ao avango ultramatino da Gri-Bretanha: uma invasao das Ilhas Britanicas. A condigao essencial

era uma agaobem-sucedidada frota francesa,mas como ningu6m acreditassepoder derrotarosbritanicos, os estrategistasdecidiram adiaresseproblema e concentrar-se

UNIDADES POLiTIC AS

A

nos detalhes. O resultado foi deplor£vel. A frota do Mediterraneo deveria encontrar a do Atlantico em Brest.Juntas, iriam apanhar um ex6rcito reunido em Quiberon, na

safrde comercial da Gra-Bretanha florescera de maneira tao evidente durante a

longa disputa com Luis XIV,e a de seusinimigos – e ahados– declinara tao profundamente, que 6 surpreendente que na geragao seguinte a paz tenha se firmado no

costa meridional da peninsula de Brest. Assentariam esse ex6rcito na Esc6cia ociden-

pais, Na realidade, foi apenas em 1739que os militaristas conseguiram desencadear

ex6rcito nos PaisesBaixos (a Austria era aliada da Franga nessaguerra) e o conduzi-

uma guerra com a Espanha,que foi apenasuma pr6via do conflito geral europeu dos anos 1740– a Guerra de SucessaoAustriaca–, do qual logo setornou parte. Abeligerancia mostrou-se, em pouco tempo, um mau neg6cio. A m£quina de guerra britanica enferrujara desdea 6pocade Marlborough, e o principal oponente dosbritani-

dam ao sul da Inglaterra. Acreditavam que osalmirantesbritanicos estariam sempre

cos, a Franga, provou-se capaz de sustentar com 6xito uma operagao maritima,

Hawke e sua esquadra de bloqueio foram afastados pelo vento, mas Hawke sabia exa-

enquanto fazia progressos consider£veis no continente europeu.

tamente para onde os franceses sedirigiam e alcangou-os assim que la chegaram. As

tal, contornariam pelo mar o norte dasllhas Britanicas,embarcariamum segundo

um passo atr£sde cadamanobra. Na realidade, estavam um passoadiante. Assim que a frota francesa chegou ao estreito de Gibraltar, foi alcangadapelos inimigos britani-

cos e dispersada.A frota atlantica conseguiu escaparde Brest, quando o almirante

duas frotas entraram na baia de Quiberon durante uma violenta tempestade, no-

O embate seguinte– a Guerra dos Sete Anos – nao tardou. A primeira batalha tanha – a India. A situagao nessepais se comphcara devido a fragmentagao do Imp6-

cando tiros de artilharia. A noite trouxe uma pausano enfrentamento, cujo desfecho pareciaincerto. No dia seguinte,revelou-sea total derrota dos franceses.Um tergo de

rio Mongol. O imperador mongol dominava pouco mais que Delhi, a capital, e nem

seus navios foi invalidado de urna maneira ou de outra; os restantes encontravam-se

sempre; o poderhavia sido transferido para os governadores dasprovincias do norte e

dispersos e desmoralizados.

decisiva ocorreunopontomais

remoto das areas de conflito entre a Franga e a Gra-Bre-

Depois de Quiberon, a marinha real realizou boa parte dos seusintentos no

do sul (Oudh e Bengala, Hiderabade, Misore e a Carn£tica), enquanto os maratas hindus controlavam o territ6rio do meio. Britanicos e franceses haviam se limitado, at6

veis.Entao, em 1756,o governadorde Bengalafoi insensatoe atacou o postobritanico

mundo. Em 1762,quando os francesestentaram convencer a Espanhaajuntar-se a guerra, a respostabritanica foi imperiosa – ocupagaoimediata de Havana e Manila No ano seguinte, a paz foi assinada,e seustermos mostraram o quanto a guerra no

de Calcuta. Nao poderia haver pior momento para tal provocagao: os britanicos, pre-

mar havia sido unilateral; a Franga retomou suasilhas do Caribe (havia um hmite para

cavidos em relagao aos franceses,possuiam mais tropas na India do que nunca e contavam com um comandante experiente e en6rgico, Clive. Este desembarcou em Ben-

a quantidade de agicar que a Gri-Bretanha podia consumir), mas cedeu o Canadae

gala, venceu facilmente uma batalha em Plasseye instalou um governador de sua

rit6rio a16m do Mississippi foi transferido para a Espanha. Esta devolveu a F16rida e

escolha (1757). Poucos anos depois, dispensou seu titere e assumiu o governo. Nesse interim, a provincia vizinha de Oudh ji havia aceitado a protegao britanica. Bengala sempre fora a mais populosa das provincias indianas. Nessa 6poca, tinha

teve de reconhecer os pequenos povoados britanicos na porgao continental da Amd-

entao, a apoiar lados opostos, envolvidos nas disputas que dividiam essestronos inst£-

renunciou ao direito de fortincar seuspostos comerciais na india. Seu direito ao ter-

rica Central–em

cerca de 35 milh6es de habitantes e renda de 2 milh6es de libras. A aquisigao de recursos desse quilate fez que apot8nciabritanica

Honduras e na Costa do Mosquito. Prevaleceu a vontadebritanica

O Imp&rio Chin6s alcangouo apice de sua extensaoterritorial no pedodo com a anexagaodo Tibete ( 1720)e do Turquistao chin£s(1755-1759).Na extremidadeoriental da Asia, os russos encarregaramo explorador dinamarqu6s Bering de fazer um

sesituasse muito melhor na india do que

reconhecimento dapassagempara a Am6rica. Em suaprimeira viagem, ele demons-

seus advers£rios franceses, cujos enclaves foram em breve ehminados. A16m disso, o tesouro bengali se mostrou grande o bastante para a tarefa que a geragao seguinte de

trou que nao havia conexao por terra (algo que o esquecido Dejniov havia afirmado um s6culo antes); na segunda, alcangou o Alasca.

magnatasbritanicos seprop6s: a conquista de todo o subcontinente. Em outros territ6rios, os britanicos tiveram um comego mais instavel. Todavia, conforme a marinha real reforgavao bloqueio dos portos francesesno Atlantico, o poderultramarino francasfoi esmorecendo.Em 1759,uma expedigio britanica nave-

gou ardsao Lourengoe tomou Quebec,o coragaodaAm&ricado Norte francesa. Outras expedig6es se apoderaram de algumas ilhas francesas no Caribe e de postos escravistasna Africa Ocidental. O imp&rio colonial franc6s estavasendo desfeito pega por pega.

68

reagaopossivel ao avango icas.A condigao essencial DAta

Ingu6m acreditassepoder

dA

;.'-'-""£.;.......'"'--::;"':---;::':,,..„,.„,„~ =

problema e concentrar-se

1763

f_II

:rraneodeveriaencontrar reunido em Quiberon, na 4t11

Calmucos,

Armada. 38. 52, 70: Real, 46n3,

62 94

tamI7dmEstadosbarbarescos Agricultura, 6, 12, 50, 90, 94

Armas 6 9 4611354 64 vertam_ bin, arcabu,

AWirre, Lope de,24

'Arranque”, teoria do, 9, 10

Alasca, 68, 86

Artico, oceano, 86nl

Albuquerque,Matiasde,20

Artois 30,33

Bascos IO’ ~ '

Alc£cer-Quibir,

Aspern1

Batalhade Saintes,D9, 70

Bonaparte’ Napoleao vet Napo- canal da Mancha, Q4, 38,78

38nl

81

tambdmotomanosnonorteda

Africa e Estadosindividuais

_ ..

Calvino, Joao, 40

Barbarossa,, 33nI, 36

Bonaparte’JeN?niHlo’80

Camboja, 16

B„,e1.n,,

BonapaFte’ JosF’ 80’ 81’ 86

c,n,da,

Bonaparte, Luis, 80

Canelis 32 92

Q7, 47

Assemb16iafrancesa, 74

B„dh, d, Nn, „„ Ab„q„i,, bai,

Algodao, 92,94

Astecas,12nl, 16,16nl, 50

B,t,t,,

Almeida,Franciscode,20

Astraca,H5,36

Batava, repabhca, 74, 80

Alpacal 12nl

Atahualpa, inca, 20

60, 90; p„g,

da, 90nl

leao

. .

B')rg')nha; no fim da Idacie Mddia’ 30; rendimentos’

28

Batavia ve;Jacarta Borgonha, condado de,30, 33, 54 Atantico1 oceano1181221247387 Baviera, 30, 72112;Guerra de Su- Borgonha’ ducado de’ 30 cessio Austriaca, 68; Guerra Bornholm’ U3’ 47 52168, 78

Alva, duque de,38 Amarelo, rio vcr Huang-Ho

Adantico, oceano,40 Auerstadtf 80

de SucessaoEspanhola, 58; Boston,D4, 70 Guerra dos Trinta Anos, 441 BotanYBaB88ni

Amazonia, B7, 24; Am&rica Cen-

Augereau, marechal, 80nI

46947; gperras napoleonic.'asT Bourbon, reis da Franga, 40 80; renchmentos794 Boyle, Robertl 60

tral, 12, , 12111,18, 68, 86

Augusto 1da Saxe)nia (II da Po16-

Am6rica do Norte, 24, 50,52, 64, nia), 58 68,70, 88,90tH, 92 Austerlitz, 80

Bayezid111 33

Brandemburgo, 30,46, 47,54

Bayreuth, 761121 77

Brasil, 18,20, ,22112,42, 50, 52, 80,

Am6ricas, populagao, 12, 50, 88 Amerindios, 16, 50, 88

Belgas160

Amsterda, R4, 32,42, 54, 60, 62, 88188M

Australia, 12, 24, 88n3 Austria, 30, 32, 54, 66, 66712 , 68, 72,

72n2;Guerra dos Trinta Anos, 44, 46; guerra revolucion£ria

64

Bonaparte’ Eh?a’ 80

Alexandre 1,tsar, 81

(Sundgau), 32, 44

ltre 1795e 1815,aumentaram

Bukovina W5, 72n2

Blenheim T5 58

Alsacia, S5,46, 47, 74; Superior

s Unidos. Os propriet£rios de

Buda U5, 56

Birmania 16

Africa, Norte da, 26, 33, 36 ver

rio foram capazes de aumen-

depois Carlos XIV da Su6cia,

BatHa(Salvador), 52

pulagao’ 12’ 88

ma das plantag6es das Indias

batalha de, 46; se-

rio Britarrico ver Inglaterra

80111

I a vapor que andou com lnhauma locomotiva nos

inuou a ser uma ind6stda pre.

e Jamaica; Grandes

primeira

Bengala, 6, 7, 16, 68

Bernadotte, marechalde Franga, Bruxelas R10, 47

Indias Ocidentais; Grandes, 20. 52 ver tambdm Cuba. His-

nd Trevithick, que cons-

francesa, 74, 76;guerras napole6nicas, 80; invas6es turcas,

88n2,94

B61gic.-a9 421461131 54>56174; com-

posigao e definigao, 32; rendimentosI 62 95

Breda, R4, 46 rd, 47

Breisgrau verBaden, alto Breitenfeld (B no mapa 41), 46;

12, 50, 68, 70„2 , 86, 88 nl

Can£rias,iihasE6, 18,42 Canela, 14nl, 18 canfora,

14111

Cando K4, 14 Capric6rnio, tr6pico de, 14

Caribe, mar CIO, 52, 649681707

78, 86, 88n2, 92 ver tambem Antilhas,indiasOcidentais Caribenhos1 50 Carlos I da Inglaterra, 47

Carlos v, imperador; e protestantes alemaes, 3611l;eleigao,

28113, 34;guerrascontra a Franga, 34, 36; guerras contra tur-

cos, 36 Carlos viiI, da Franga, 33

Carlos xll da Su6cia, 56, 58

Carlos, d. (depois Carlos III da Es-

Companhia Britanica das indias Orientais, 70

populagao, 60; rendimentos,

De Soto, Hernando, 24

7, 42, 94; sucessaoespanhola, Flamengo, flamengos ver Paises Baixos 56, 58, 66; uniao politica, 30;

panha), 66 Carnatica, 68

Companhia Holandesa das in-

Carneiro Branco, turcos do, 16, 20

Companhia Holandesa das In- Dejniov, cabo F2, 52, 68

Carnot, organizador, 74 Carolinas, 24

Carregamento de prata do Novo Mundo, 7, 20, 22, 42, 52

Carteret,Philip,22 Cartier, Jacques, 24 Carvao, 42, 62, 92

dias Ocidentais verwlc dias Orientais ver voc

Confederagao do Reno, 80 Conquistadores, 22, 24, 50

6, 14 nt, 16, 20,

Declaragao de Independ6ncia, 70 Dejniov, 52 Del Carlo, Juan Sebastian, 22 Delhi,J5, 16, 20, 68 Descartes, Ren6, 60 Desmatamento,

62

Constantinopla (Istambul) X7, 8, Desvalorizagao da moeda, 28

8 nI, 28,33,81

Dias, Bartolomeu,

18

Castela, 7, 28, 30, 42, 47

Contrabando, 64 Contra-Reforrna, 40

Cateau-Cambr6sis Q10; Tratado

Coque, 62, 92

de, 36nl, 38 C£ucaso, monte 25, 72

C6rdoba, Gonzalo de, 34

Diret6rio,

Cor6ia, 12, 16

Dill, 20

Cavaleiros de saoJoao, 36

Coroa (moeda francesa, escu- Dividas nacionais, 12

Cavaleiros Liv8nios, 32,36, 40 CavaleirosTeut6nicos, 32,36

Coronado,Francisco de, 24

do), 7

Cazaques,16 Cazaquistao,86 Ceilao, 14nl, 52,86 Chi, 70, 92

Cors£rios, 20, 64

Chams, Champa, 16 Chancellor,Richard, 24 Charleroi R10, 54 Chile, 12,86

Couro, 22, 42

China, 14, 18, 20, 22, 64, 92; po-

pulagao, 12,88 Chipre Y9, 36, 38111 Cidade do M6xico (Tenochtitl£n),

B4,16,20 Cidades, 12, 24. 28, 34, 38, 42, 60.

62,92

Dinamarca, 36; Grande Guerra do

Norte, 56; Guerra dos Trinta Anos, 'H, 47; rendimento, 94 74

Dnieper, rio X4, 54, 56, 66, 72 Domesticagao de animais (Novo

urbanizagao,92 Especiarias, Ilhas dasverMolucas

Fontainebleau,R5, 34

Estados Gerais (Franga), 74

Franga, 30, 54, 70, 72; Canada, 68,

Estados Unidos da Am6rica, 7, 12, 24, 86, 88; Constituigao, 90; crescimento econ6mico,

Forth e Clyde, canal, Q2, 94n3

70;Guerra dos Sete Anos, 68, 72, 74, 78–82, 76; Guerra dos

Estepe, 14, 16, 20, 26, 60, 90; Francisco 1,34, 36, 38 populagao e densidade,12

C6rsega S7, 72n2 Cort6s, Hernan, 6, 20

Ducado veneziano, 7, 7nl, 62n3

Dunquerque,P9,38,54nl

Estrada de ferro, 94 Estradas,62

Cossacos, 20, 52, 54, 56, 64, 66

Dvina, W2, 58, 72

Eug6nio, principe, 56, 58,66

Crac6via V4, 54

Elba, rio, T3, 80

Europa, populagao, 26, 40, 90, 92 Explorag6es holandesas, 24

Cravo-da-india, 14nl

Eldorado, 18,20

Frederico II da Pr6ssia, 66, 72

Friedland (F no mapa 75), 80

Frobisher,Martin, 24 Fronda, 54 Fynen, T2, 54

Galicia, V5, 72 Explorag6esportuguesas,14,18, (;alileu, 60 42 Creta W9, 54 Elizabeth da Inglaterra, 38,38n2 Gama, Vasco da, 18, 20, 24 Crim6iaY5, 26, 72 Enghien, duque de (depoispNn. Expulsao; dos huguenotes, 60; Ganges,rio, K5, 12,16 Cristandade, 9, 14, 16, 26, 30, 32, dos mouros da Espanha,60 cipe de CondO, 47,54 34 Extremo Oriente, 6, 12, 14, 32, Genebra, R6,40 Escandinavia;rendimentos, 28 Gengibre, 14n1 62rL3 Cromwell, Oliver, 47, 48, 54 Esc6cia, 38nl , 40, 47, 48, 60, 68, 92 Ge6rgia (Transcauc£sia),14 Cruzadas, 32, 33, 56 Escrita alfab6tica, 14 Eylau, 80 Gibraltar, N8, 68 Escudo, 7 Cruzado (moeda portuguesa), 7

Ferdinando III da Austria, 47

Cisalpina, repablica,76nl Clark, William, 86

Curagao C10, 52

Espanha;economia e indastria,

Fernando de Aragao, 18, 30, 33 Ferro, fundigao, 16, 42, 62, 62n2,

Cldves,46n2 Clive, Robert, 6, 68

Dalmacia U7, 56, 80

68; Guerra dos Trinta Anos,

Dan(lbio, rio W6, 26, 33, 36, 56, 58,80, 81 Danzig (vermapa 79), 76,80 Darby,Abraham, 62,92

47; guerras na Italia, 33, 36; Filipe da Borgonha, 34 guerras napole6nicas, 78–82; Fihpe ll da Espanha, 201I1,38 imp&rio mediterraneo, 34,36, Filipinas, 14, 20, 22, 52; popula38; imp6rio no Novo Mundo, gao, 12

Davis, estreito E3, 24

7, 20, 22, 38, 50, 52, 56, 64, 68;

Davis, John, 24

independ6nciaamericana,70; Finlandia,golfo da,VI, 44

Colombo, Crist6vao, 18,22, 42 Co16nia,30 Comboios, 20

Formosa (Taiwan), L3, 64

Trinta Anos, 46,47 78nl , 94; populagao escrava, guerras na Italia, 34, 36, 36nl ; Re88nl ; rendimento, 94n2 forma, 40; rendimentos, 28, Estados, llha dos (mapa 19),24 42,62

Eslavos,30

Colbert, Jean, 54, 62

Florenga, T7, 32, 36nl, 66, 66nl

Espirito Santo(mapa 19),22 Essequibo,C6, 52 EstadosverParlarnento

Est6nia, Vl, 32, 38, 56

Mundo), 12

Flandres(D no maI>a27), 30

Especiarias, Rota das, 14, 14n1, F16rida,24, 68,70, 86 28, 42 Florim, 7

Cuba B9, 18, 20

Coen,Jan, 52

Fi6dor, 44

Davout, marechal, 80, 80tH, 81

42, 64; Guerra dos Sete Anos,

96

92, 94

Finlandia, 44, 58, 66, 81

Goa, K6, 20 Godunov, Boris, 44

Gothland, T2, 47 Granada,P8, 30,33 Grande Alianga; contra Luis XVI, 56,58,62;contra Napoleao,86 Grande Arrn6e, 78,80 Grande Guerra do Norte, 56,58, 66nI GrandesAntilhas verAntilhas

r }4

Grandes Lagos dos Estados Unidos, 64nl

Holanda, 32, 38, 42, 62, 78 ver tam-

IS

Gr&cia, 33, 36

Holstein,T3,30

(D no mapa 27), 30 „ T7, 32, 36111,66, 66nl

Gris6es, 32

Honduras, B5, 68

Groenlandia, E4, 18, 24

Hooke, Robert, 60

64nl, 68, 70, 70tH; Imp&rio na

Jamaica, B9, 18, 64, 86

24, 68, 70, 86

Guadalupe. D9, 52 Guatemala, 86

Horda de Ouro vert£rtaros

india, 64, 68,70

Janizaros, 33nl

7

Horn, cabo (mapa 19), 24

supremacia naval, 64, 68, 70, 78;

'bleau, R5, 34

Guerra Civil Inglesa, 47

Huang-Ho (rio Amarelo), 12

Inglaterra, hist6ria econf)mica;

Guerra dos Sete Anos, 68, 70

Hudson, baia e estreito, 24

economia

Guerra dos Trinta Anos, 44, 46,

Hudson, Henry, 24 Huguenotes, 38, 40 Hungria, 28, 30, 32, 54; conquista

;o, flamengos ver Paises

(Taiwan),L3, 64 :lyde, canal, Q2, 94rL3 0, 54, 70, 72; Canada, 68,

47, 54

uerra dos Sete Anos, 68,

Guiana, C7, 52, 64, 86

, 78–82, 76; Guerra dos

Guilherme I de Orange, 38

I Anos, 46, 47

Guilherme

la Italia, 34, 36, 3611l; Re1, 40; rendimentos,

28)

) 1,34, 36, 38 ) 11da Pr(rssia, 66, 72 i (F no mapa

III de Orange, 54, 56,

56111 , 58

Guin&,F8,14,52 GustavoAdolfo,44,56 Gutenberg, Johann, 6, 60 Guzer£, 20

75) f 80

r, Martin, 24 14

2, 54

Habsburgo, 30, 32, 34, 36, 40, 44,

46,47,56, 66

Habsburgos ver Maximiliano, Carlos v e Austria

r 5, 72 ;0

bart Paises Baixos

Ivan, o Terrivel, 36, 38, 44

Indulg6ncias, 28n3, 40

inflagao, 7, 42 Inglaterra, explorag6es;Imp6rio Jacarta (Batavia), M5, 52 na Am6rica do Norte, 52,64, Jaime II da Inglaterra, 56nl

austriaca, 56; conquista turca, 36

gao, 12, 88

LUbeck, T6, 80 Lucca, T6, 80 Luis XI, 30, 33 Luis xll, 34

populagao, 88nl; rendimentos, 28nl, 42, 62, 94; urbani-

Jefferson, presidente, 86

LUIS XIII, 44

Joana, a Louca, 34

Luisxiv, 54,56,58

zagao e industrializagao, 62, 92, 94

Joliet,

Lus£cia, 30; Guerra dos Trinta

28112;

Louis,

64111

Anos, 44, 46, 47

Inglaterra, hist6ria poHtica; cone- Kara Mustafa, 56

Lutero, Martinho, 40

Lutter,T4,44

xio com Han6ver, 58; guerra Kazan, 92 civil e Comunidade Britanica, Khmers, 16

lena (J no mapa 75), 80

47; Guerra de Sucessao Aus-

Igreja cat61ica, 26, 40, 74, 90

Maastricht, 46 tH

llhasJ6nicas, V8, 76, 76nl , 80

triaca, 66; guerras com holan- K6prala,54,56 deses,62;guerras com Luis XIV, Kunnersdorf, U4, 72 56, 58; guerras napole8nicas,

Imp6rio Germanico (Sacro Imp6-

78–82vertamb£nrParlamento La, 12111,28111,92, 94

Mackenzie, Alexander, 86, 86111

Madri,P7,46,47,81

56; estrutura, 30; Reforma, 40;

ing16s;guerrasrevolucion£rias Lacerda, Francisco de, 86 francesas,74, 76;Reforma na, Lannes, marechal, 80, 81

rendimentos, 28; reorganiza-

40;sob osTudor, 38

Leeuwenhoek, Anthony van, 60

Magalhaes, Fernao de, 22, 24

Leipzig, 92

Lena, rio, G2, 52, 52nl

Magdeburg, 47 Maia, 12111,16nl

Lens, Pla, 47

Mainz, S4, 6; Arcebispado de, 28

lgreja ortodoxa, 26nl

rio Romano-Germanico),

36,

paniola,Santo Domingo Halberstadt, T4, 47

lo, K5, 12,16 R6,40

Han6ver, 56n2, 58, 58n2, 72, 80

:, 14nl

Harvey, William, 60

Transcauc£sia),14 , N8, 68 20

Havana, B5, 68

Hawke, alrnirante, 68 Hein, Piet, 52

6, 64, 68, 70; populagao, 12, 88 indias Ocidentais, 52, 78 ver ram-

; Boris, 44

Henrique lv da Franga, 38, 44

i, T2, 47 P8,30, 33

Henrique vii da Inglaterra, 18,38

ban Antilhas Indias Orientais ver Indon6sia

Kiev, 54, 92

Lutzen, 46 Lyon, R6, 44

Macau (mapa 19), 22, 52

Magalhies, estreito de, 22, 24

nI , 36, 42, 54, 58, 81; rendi-

Ira Vel P&rsia

rnentos, 28, 42

Irlanda, 47, 48; grande fome, 38 Lepanto, V8, 38nl n2, 60; populagao, 60 Ler e escrever, capacidade de, 6,

Malabar,20

Isabel de Castela, 18, 30

Malaca, L5, 14,20, 22nr , 52, 86

Imp6rio Romano, 14, 26 Incas do Peru, 16, 20, 22

8, 14, 16, 60, 60111

India, 14, 18, 52; algodao da, 94; Isla, 8, 18, 26, 33, 60 Franga na, 68; Inglaterra

na,

lslandia, islandeses, 18, 24

Leszczynski, Estanislau, 58, 66n I Leuthen, U4, 72, 72111

lstambul vcr Constantinopla

Levante, Y9, 32 42,

62n] ; Guerra de Sucessio Aus-

Liga dos Principes Protestantes,

Mamelucos, 20, 28, 33, 76

triaca, 68; Guerra de Sucessao

Espanhola, 56, 58; Guerra de

Ligaria, Repablica da, 76nl

62;contra Napoleao186 rm6e, 78,80 ;uerra do Norte, 56,58,

Himalaia,J4, 14,86 Hinduismo, hindus, 14, 16,68

indico,ocearlo,K7,20,22

SucessaoPolonesa,66nl;guerras revolucionarias francesas,

Lisboa, N7, 18

Hispaniola, C9, 18, 20, 52, 64 ver

Indo, rio,J5, 14, 86

\ntilhas verAntilhas

Hohenlinden, T5, 78

Indigenas pueblos, 24 Indon6sia, 14, 14trl, 52, 86, 88113; populagao, 12

36

Lituanos, 32 vertamb6m Po16nia

Liverpool,Q3,92 30;reinonapole6nico,80;ur- Liv6nia,V2, 32,36,38,44 Lombardia,T5,66,76 banizagao, 28, 92 74; no Imp6rio Germanico,

97

Malaga,N8, 30

Libra esterlina, 7

Italia; contlito franco-espanhol, Lewis, Meriwether, 86 34, 36; declinioecon6mico,

tt3, 30,40

Malaia, peninsula, 18 Malpighi, Marcello, 60 Malplaquet, QIO, 58 Malta, T9, 36,76

Henrique VIIIda Inglaterra, 38,40 Indias Orientais Holandesas ver Hiderabade, 68 Indon6sia

nmb an Santo Domingo

Lourengo, o Magnifico, 32 Luanda, G8, 52

Huygens, Christiaan, 60

isco da, 18,20, 24

Jianga; contra Luis XVI!

62, 92 Louisiana, C4, 24, 64nl, 86

Java, 52

medieval,

gaoporNapoleao,78,80 Ingda, W1, 44 Haiti, 64,86,88nl vertambdmHisImp&rioOtomano,14,26,33,33 instrugao, 6, 8, 14, 16, 60, 60111

Hargreaves, James, 94

Japao, 10, 18, 20, 50, 52; popula-

Londres, Q4, 24, 26, 47, 48, 60,

Manchester, Q3, 92

Mancharia,J2, 12,52 Manchus,52, 64 Manila, L4, 22, 68 Mantua, T6, 74 Maom6

Il, sultio,

33

Maquina a vapor, 62

Maratas, 68 Marengo, S6, 76, 80 Maria I da Inglaterra, 38 Maria 11da Inglaterra, 56nl Maria Teresa, 66, 66nl , 72 Marianas, ilhas, 22 Marlborough,

duque de, 56, 58, 68

Marrnont, marechal, 80n1 Marrocos, 14, 38nl Martinica, D9, 52

Mong6is, 14,16,20 Mong61iaExterior,J3, 64 Mons, 16 Montezuma, 20 Montreal, C4, 24

NovaFranga,D4,52,64ni

Pappenheim, 46

Populagaomundial, 12,88

Nova Gales do Sul, 88n3

Paraguai, 86

Portugal, 7, 30, 38, 52, 80, 81, 94;

Nova Granada, B6, 86 Nova Guin6, 88n3

Paris, RS, 28, 38, 54, 60, 68, 74, 81

Nova Holanda, 50, 52, 64

Parlamentos, 28, espanhol, 81

Praga,U4, 72,72nl

Moravia (M no mapa 27), 30, 36

Nova Inglaterra, C4, 18,52,70

Moreau, general, 74, 76, 78 nl Moscou, Y2, 26, 32, 34, 36, 44, 52,

ingl&s, 47, 54, 56nl Parma, cidade-Estado, 36nl, 38,

Prata, rio da, B8, 20, 24

Nova Zelandia, 88n3

58

Mascate, 16,64 Mauricio de Orange, 38 Maximiliano, 30, 33 Mazarin, cardeal, 54

Mecklenburgo,T3,44 Mediterraneo,

M3, 14,22,52 vertambhn Indo- Noruega, noruegueses, T5, 18, Papado,Estadopontificio, 28,40, Populagao europ6ia, 26, 40, 60, n6sia 56 88,90 47, 58

T9, 32, 34, 42, 62,

76, 78, 81

Novgorod, Wl, 44 Novo M6xico, 24

Moscovitin, 52nl Mosela,S4,36 nl , 47

Noz-moscada, 14nl

Mosquito, Costado, A5, 68,70 Murat, Joachim, marechal de Ob, rio, G3,24 Franga,rei de Napoles, 80nl,

Oesel, Vl, 47

81

Oirates, 16

M&xico, 16, 22, 24, 42, 86; populagao, 12, 50

Valtelina, 76

Oran, P9, 58nl

Nagasaki,K3, 14

Orgamentos

Napo, rio, B6, 24

gamentos, 28 ver famb6m ren-

Napoleao Bonaparte, 72n2, 78–82

dimentos

Michigan, lago, C4, 64nl

N£poles (reino), 33, 36, 58, 80, 81, 94; rendimentos, 28, 42, 62

Midi, canal(mapa59),62 Midlands,Q3,62

Orinoco,rio, B6,24 Ormuz,J5,20

Narva, M/1, 56

Oudenard, Q10, 58

Milao, S6, 32, 34, 36, 36 nl, 47, 56,

58, 66, 66n2, 76n2, 74; rendirnentos, 28, 42, 62 Mina, F8, 52 Minden, S4, 47

Navarra,30,34 Oudh,68 Navios de guerra, desenvoivi-

Negro, rio, 24 Negros, 14, 16, 50, 50n2 ver tambarr tr£fico de escravos

Misore, 68

Nelson, almirante, 76, 78

Mississipi, rio, C4, 64n1, 68

Newcomen, Thomas, 62

M6dena, T6, 72 ra, 76 nl

Newton, Isaac, 60

Moedas e cunhagem, 7

Ney, marechal, 80nl

Mogul, imperadores da India, 20

Nice,S6,76n2

Mohacs, V6; primeira batalha,

Niger, rio, F7, 14, 16, 86

36; segunda batalha, 56 Mold£via, 72n2

Nobel, pr6mios, 8 Nobreza, 28, 32, 66nl, 74

Mollwitz,

Noite de sao Bartolomeu,

Molucas (Ilhas das Especiarias),

N6rnades, 12, 14, 26, 40

Peloponeso, V8, 56,58 Pequenas Antilhas ver Antilhas P6rsia (Ira), 16, 20, 86

PaNco, golfo, H6, 20, 36 Peru, peruanos, 12, 16,20, 24, 42, 86 Pesca da baleia, 24 Peterwardein, V6, 66

Picardia, 30, 33

Pimenta,14nl, 18 Pirataria, 52, 64

Negro,mar,Y6,56

Ming, dinastia da China, 16, 52, 64

C4, 66

Passagem noroeste, 24 Pavia, S6, 36

Piemonte , 32

Pacifico, oceano, 16,22, 24, 86

mento dos, 62

Passagem nordeste, 24

Pequim, 52

e realizagao de or-

Orellana, Francisco de, 24

P9, 58nl

Parma, duque de, 38

Pegu, 16

N£poles(cidade),T7, 1

Mezalquibir,

66, 92

Pedro, o Grande, 56, 58, 62

Okhotsk, mar de, H2, 52, 52nl

Menda6a, Alvaro de, 22

Mesopotamia, H6, 33 Metz,S5,36nl, 92

Nova Zembla, G3, 24

Park, Mungo, 86

PaisesBaixos; Borgonheses, 30; Pireneus, 30nI definigao, 32; Espanh6is, 34; Guerra dos Trinta Anos, 46, Pizarro, Francisco, 6, 20, 24 46n3; guerras com a Inglater-

Pizarro, Gonzalo, 24

K5,6;batalhaem,68 ra, 66; guerras napole6nicas Plassey, Pod61ia, W4, 54, 56 (?erumb6mRepQblicaBatava), Poiarkov, 52 78–82

imp&rioultramarino,18nl,20, 22, 64; rendimentos, 28, 42, 62

Prensa,6, 14,60 Produgao de livros, 6, 8 vcr tambanimprensa Protestantes,36,36711 , 40, 46,60, 90vcr [amb£mhuguenotes Provenga, R6, 30nl Prov{ncias Unidas ver Paises BaiXOS

Pr6ssia,V3, 46,54;Guerra dosSete Anos, 72; guerras napole6-

nicas, 78–82;guerras revolucion£rias francesas,74; reino, 56n2, 58, 76n2; rendimentos, 62, 94; repartig6es da Po16nia,

72;sucessaoaustriaca,66 Pskov,WI , 34 Quebec,D4, 68 Quiberon, P5,68 Quito, 24 Rajastao, 16

Raman,C.V, 8n2 Ramilhes,sla, 58 Ravensburg, 46n2

Recife,D8,52 Recrutamento,

9, 44nI

Reforma, 36, 40, 60

Po16nia, 7, 32, 34, 36, 44, 46, 54, Regensburg, T5, 81 56, 58; divisao, 26nl , 72, 66n] . Reino Unido verInglaterra, Esc6dimentos, 42, 94; revolta dos, 76; rendimentos, 28, 42 cia, Irlanda 38; sucessao austriaca, 66; su-

indastria e urbanizagao, 28; ren-

38

cessao espanhola, 58, vcr tam-

P61os geograficos,24

ban voc, WIC

Poltava, 58 62,94;geral,7,28 Pomerania, U3, 30, 46, 47, 54, 58, Reno, rio, 30, 46, 47, 54, 56, 66, 72 72, 74, 76, 80

Palatinado, 30, 44, 46, 47, 72n2 Panama, B5, 20, 22, 64 98

Rendimentos; especificos, 28, 42,

rgao europ6ia, 26, 40, 60, 90

Repablica Holandesa ver Paises sao Salvador (Bahamas), 18 Baixos Sardenha, S8, 86

rgaomundial, 12,88

Revolugao cientifica, 9, 60 Revolugao Industrial, 8, 9, 10,94

;al, 7, 30, 38, 52, 80, 81, 94;

)6rioultramarino, 18111, 20, 64;rendimentos, 28,42,62 U4, 72,72nl rio da, BB,20, 24

, 6, 14,60 gao de livros, 6, 8 ver mm-

lmprensa

Revolugio mihtar, 9 Richelieu, carded, 44, 46, 47, 54 Rio da Prata, vice-reino do, 86 Rio Grande, B4, 24

Robespierre,74 Rochefort, Q5, 78 Rochosas,montanhas, C3, 86

Save, rio, U6, 66

Suleiman,o Magnifico, 33,36, 56 Tr£fico de escravos, 6, 20, 62, 64, 88712 Sav6ia, 32, 36, 44, 56, 58, 66, 74, Sully,duque de,44 80; definigao, 32, 66 n2, 76 nI ; rendimentos, 42, 94 Saxe, marechal, 66 Saxe)nia, 30, 40; Guerra dos Trillnapole6nicas,

36nl,

Rocroi, R10, 47, 54

'er lamban huguenotes lga, R6,30nI

Roma, 26

Scheldt, rio, R9, 74

Romanov, dinastia, 44 Romanov, Mikhail, tsar, 44

Schouten, William, 24 Sebastiao de Portugal, 38nl Seda, Rota da Seda, 14, 28

Rossbach, U4, 72, 72 nI I, V3, 46, 54; Guerra dos Se-

78–82;

rendimento, 94; sucessao polonesa, 66n1

Rassia, 14, 26, 28, 32, 44, 54, 56, Selim, o Cruel, 33

Venezuela, 86 Verden, S3, 47, 58

Transporte, 20, 62 Trevithick, Richard, 94

Verdun; 36n1 Verrnelho, mar, H6, 20tH

Tabaco, 52, 92, 94

Trier, S4, 30

Versalhes, R5, 54, 58

Taiwan ver Formosa

Trigo, 92; pregos do, 42 Trinidad, D10, 18, 86

Vestf£ Iia, Paz de, 47; reino de, 80

Tanger,N8, 54nl

Triplice Alianga (Paises Baixos,

16, 26 Tasman, 88n3

Tromp, almirante, 46n3

WI, 34

gOesda Po16nia,72vertambdm Sifilis, 50nr Moscou, Sib6ria Si16sia, 30, 36, 44, 66, 72 Siria, 33, 76

c, D4, 68

Saara, deserto do, F7, 12, 16

:on, P5, 68 24

Sacro Imp6rio Romano-Germa-

Inglaterra, Su6cia), 54

tamb hn Henrique

28, 38 va

vii, Henri-

que VIn,Maria, Elizabeth

Taxas alfandeg£rias, 28, 64

Tunis, S9, 38nl

Taxas dejuros, 28

Turcos ver cazaques, otomanos,

TchernigovX3, 34,54 Teares hidr£ulicos, 94

t£rtaros, uzbeques,turcos do Carneiro Branco

Tenochtitl£n ver Cidade do TurquestaochinasJ4,68 M6xico

81

Vietni, 12, 16 Vijayanagar (Bisnaga), 16

Tripoli, 58nl Tudor, reis da Inglaterra,

Taxagao vcr rendimentos

mentos, 28, 62, 94; reparti-

Viena, U5, 36, 56, 58, 74, 78, 80,

Tannenberg, V3, 32 Tarifas, 62 Tirtaros da Horda de Ouro, 14nt,

guerras napole6nicas, 78–82; Sib6ria, H3, 14, 20, 52, 64 Sicilia, T8, 26, 30, 58, 66, 80; renpopulagao,60,90

94;repartig6esda Po16nia, sucessaoaustriaca,66

Virginia, 52, 70 Visrula, rio, 80 voc(Companhia das IndiasOrientais), 52 Wallenstein, Albrecht von, 44, 46 Watt, James, 94 \vic (Companhia das Indias Oci.

Tyneside, 62

dentais), 52 Wismar, T3 , 47, 58

Smolensk, X2, 34, 44, 46 a3, 54 Socotra, H6, 20 rd

Terrade Baffin,E3, 24 Terra do Fogo (mapa 19), 22, 24

Ucrania, X4,58

Yakutsk, C2, 52

nico vcr Imp6rio Germanico Saf£vidas, 20

Songhais, 16

Terra Nova, D4, 18, 52

Spitzbergen, F3 , 24

Tetzel, Johann, 40

Yang-Tse, rio, 12 Yorktown, C4, 70

io, 16

Salomao, ilhas (mapa 19), 22

Stephenson, George, 94

Thorn,U3,76

Ulm (Uno mapa 75),80 Unidadesde c£lculo,7n1 Urais, montes, 20

1,C.V, 8n2

Saluzzo, S6, 36111,44

Stralsund, T3 , 44

Tibete, 12, 68

Urbanizagio, 28,60n1, 92

ies, SIC),58

Salzburgo, T5, 32, 78 San Martin, 86

Stuart, reis da Inglaterra, 56 nI

Tidore, M4, 52 Tilly, general, 44

Tilsit, V2; Tratado de, 80,81

Uruguai, 86 Ushant, P4, 70 Utrecht, 92;tratado de, 58,64

Timbuctu,

Uzbeques,rurcos, 20

;burg, 46n2

D8,52

Santa Cruz (mapa 19), 22

Sucessao espanhola, 56, 58, 66, 66 nI

arnento, 9, 44111

Santa Fd, trilha de, 86

Sucessao Polonesa, Guerra de.

la, 36,40,60 ;burg, T5, 81

Santo Domingo,

64, 86 ?er tam-

ban Haiti, Hispaniola

Jnido verInglaterra,Esc6Irlanda

SantoDomingo,C9,18,86 saoCrist6v50,D9,52

nentos; especiHcos, 28, 42,

sao Lourengo, D4, 24, 68

?4; geral, 7, 28

rio, 30, 46, 47, 54, 56, 66,

sao Luis (Africa Ocidental), 70

74, 76, 80

saoPetersburgo, W 1,58

E7,

F7, 16, 20

sudao, 12, 14

Timor,M4, 52 Timur (Tamerlao),14nt

Sudeste Asi£tico, 12, 16

Timarida,

Su&cia, 36, 44, 54, 72; exportagao de metais, 44; Grande Guerra

Tirol, T6, 56, 80

66n1

28,

Transoxiana, H5, 16, 20

IS,78–82; guerras revolularias francesas,74;reino,

dimento, 7, 42

Levante, 36; rendimentos, 42

Transilvania, 32,36,54,56

Tasmania, 88113

Siena, T7, 36nl

nio, 42, 76nl; possess6es no

Sydney,88n3 Symmington, William, 94n3

58; Guerra dos Sete Anos, 72; siao ver Tailandia

produgao de ferro, 62, 72; rendi-

Veneza, T6, 32, 34, 56, 62; decli-

Transcauc£sia, 26, 32

rnos, 72; guerras napolee)-

2, 58, 76n2; rendimentos,

V6neto, 80

Sundgau verAls£cia Superior Suvarov, Aleksander, 76

ta Anos, 44, 46, 47; guerras

tantes, 36, 36nl, 40, 46, 60,

cias Unidas ver PaisesBai-

Suiga,ConfederagaoSuiga,30,32, Toulon (mapa 89 n- 23), 92 34, 40,76 Trafalgar, cabo, N8, 78

dinastia, 20 vertamb£m

Valaquia, 66 Valmy,RS,74 Valois, reis da Franga, 38, 40

Mogul

Vancouver,D2, 86

do Norte, 56, 58;Guerra dos Tobago, DIC), 70

Variola, 50

Trinta Anos, 44, 46, 66n li ren-

Torruga, C9, 52, 64

Vars6via, V4, 54, 58, 80; ducado

dimentos, 44, 94

Toul,S5.36nl

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Yunnan, K4, 16

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