Atlas colorido de anatomia veterinaria de equinos 8535250387, 9788535250381

'O Atlas Colorido de Anatomia Veterinária do Cavalo' apresenta um registro fotográfico das dissecações mostran

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REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO
AGRADECIMENTOS
BIBLIOGRAFIA
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
Capítulo 1: CABEÇA (INCLUINDO A PELE)
Importância clínica da pele
Importância clínica da cabeça
Capítulo 2: COLO (PESCOÇO)
Importância clínica do colo (pescoço)
Capítulo 3: MEMBRO TORÁCICO
Importância clínica do membro torácico
Capítulo 4: TÓRAX
Importância clínica do tórax
Capítulo 5: ABDOME
Importância clínica do abdome
Capítulo 6: MEMBRO PÉLVICO (PELVINO)
Importância clínica do membro pélvico (pelvino)
Capítulo 7: MÃO E PÉ (EXTREMIDADES DISTAIS)
Importância clínica das extremidades distais
Capítulo 8: PELVE (INCLUINDO A COLUNA ESPINAL)
Importância clínica da pelve
A importância clínica da coluna espinal
Capítulo 9: DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CABEÇA, COLO, MÃO E PÉ
Importância clínica do diagnóstico por imagem
ÍNDICE
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ATLAS COLORIDO DE ANATOMIA VETERINÁRIA DE EQUINOS 2ª Edição Raymond R. Ashdown, BVSc PhD MRCVS Emeritus Reader in Veterinary Anatomy, University of London, London

Stanley H. Done, BA BVetMed PhD DECPHM DECVP FRCVS FRCPath Visiting Professor of Veterinary Pathology, University of Glasgow Veterinary School, Glasgow Former Lecturer in Veterinary Anatomy, Royal Veterinary College, London

MOSBY

Table of Contents

Title page Copyright REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO AGRADECIMENTOS BIBLIOGRAFIA APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO Capítulo 1: CABEÇA (INCLUINDO A PELE) Importância clínica da pele Importância clínica da cabeça Capítulo 2: COLO (PESCOÇO) Importância clínica do colo (pescoço) Capítulo 3: MEMBRO TORÁCICO Importância clínica do membro torácico Capítulo 4: TÓRAX Importância clínica do tórax Capítulo 5: ABDOME Importância clínica do abdome

Capítulo 6: MEMBRO PÉLVICO (PELVINO) Importância clínica do membro pélvico (pelvino) Capítulo 7: MÃO E PÉ (EXTREMIDADES DISTAIS) Importância clínica das extremidades distais Capítulo 8: PELVE (INCLUINDO A COLUNA ESPINAL) Importância clínica da pelve A importância clínica da coluna espinal Capítulo 9: DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CABEÇA, COLO, MÃO E PÉ Importância clínica do diagnóstico por imagem ÍNDICE

Copyright © 2012 Elsevier Editora Ltda. Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Mosby – um selo editorial Elsevier Ltd. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros. ISBN: 978-85-352-5038-1 Copyright © Elsevier Ltd. This edition of Color Atlas of Veterinary Anatomy, volume 2, second edition, by Raymond R. Ashdown and Stanley H. Done, is published by arrangement with Elsevier Limited. First edition: 1987 Second edition: 2011 ISBN: 978-0-7234-3414-6 Capa Folio Design Ltda. Editoração Eletrônica Arte e Ideia Identidade Visual Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras Rua Sete de Setembro, nº 111 – 16º andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ Rua Quintana, nº 753 – 8º andar

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NOTA Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas profissionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informações, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profissional. Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especificado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certificar-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da administração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas. Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou propriedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos,

instruções ou ideias contidos no material aqui publicado. O Editor CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ A851a v.2 Ashdown, Raymond R. Atlas colorido de anatomia veterinária do cavalo, volume 2 / Raymond R. Ashdown, Stanley H. Done; fotografias de Susan A. Evans; radiografias oferecidas por Elizabeth A. Baines; [tradução de Marcelo Fernandes de Souza Castro]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. 2v (368p.) : il.; 30 cm Tradução de: Color atlas of veterinary anatomy : the horse, 2nd ed. Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-352-5038-1 1. Cavalo - Anatomia. 2. Anatomia veterinária - Atlas. I. Done, Stanley H. II. Título. 11-7882. CDD: 636.1 CDU: 636.1:611

REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO

REVISÃO CIENTÍFICA Caio Biasi (Caps. 3 a 9 e Índice) Professor de Anatomia Veterinária da Universidade Bandeirante de São Paulo – UNIBAN, da Universidade Paulista – UNIP e da Universidade de Sorocaba – UNISO Francisco Javier Hernandez Blazquez (Caps. 1 e 2) Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

TRADUÇÃO Marcelo Fernandes de Souza Castro Mestre em Anatomia Veterinária pela USP (doutorando) Professor de Anatomia Descritiva dos Animais Domésticos da UNIP (Campinas, São José dos Campos e São Paulo) Professor de Anatomia Topográfica Veterinária da UNIP (Campinas, São José dos Campos e São Paulo)

AGRADECIMENTOS As dissecações e fotografias utilizadas neste livro foram realizadas no Royal Veterinary College, University of London. Somos muito gratos ao Departamento de Anatomia pelo fornecimento das instalações especializadas, sem as quais este trabalho não teria sido possível. Gostaríamos de agradecer especialmente a Stephen W. Barnett, BA, MIST, antigo Chefe de Técnicas Anatômicas, pelo aconselhamento e assistência. A tarefa de preparar e cuidar dos espécimes antes e durante as dissecações foi realizada por Douglas Hopkins e Andrew Crook. As fotografias para as Figs. 8.31–8.35 foram realizadas por Alan Coombs (Departamento de Anatomia Veterinária, University of Bristol) e aquelas para as Figs. 8.48–8.53 foram efetuadas por Malcolm Parsons (Departamento de Cirurgia Veterinária, University of Bristol). A ideia de produzir um atlas de anatomia dos equinos foi baseada em nosso programa docente anual de dissecação equina. E somos muito agradecidos ao editor do projeto, aos diagramadores e ilustradores por seu trabalho árduo e por manterem conosco o seu otimismo e entusiasmo. Lizza Baines forneceu as radiografias para esta nova edição com a Elsevier, e nós somos gratos por seu auxílio em todos os aspectos do novo capítulo sobre a imagem radiográfica. Londres 2011 RRA, SD

BIBLIOGRAFIA Vários artigos originais foram consultados durante a realização desta obra, mas nossas pesquisas foram baseadas, principalmente, em diversos livros-textos de Anatomia. Gostaríamos de reconhecer a nossa dívida especialmente com os relacionados a seguir, os quais foram nossa companhia constante durante a preparação dos espécimes e do texto. Berg R. Angewandete und topographische Anatomie der Haustiere. Jena: Fisher, 1973. Bradley OC, Grahame T. The Topographical Anatomy of the Limbs of the Horse, 2nd Edn. Edinburgh: Green & Son Ltd., 1946. Bradley OC, Grahame T. The Topographical Anatomy of the Thorax and Abdomen of the Horse, 2nd Edn. Edinburgh: Green & Son Ltd., 1946. Bradley OC, Grahame T. The Topographical Anatomy of the Head and Neck of the Horse, 2nd Edn. Edinburgh: Green & Son Ltd., 1946. Butler J, Colles C, Dyson S, Kold S, Poules P. Clinical radiology of the horse, 3rd Edn. Chichester-Oxford: Wiley-Blackwell, 2008. Calderon W F (n.d.) Animal Painting and Anatomy. London: Seeley Service. Chauveau A, Arloing S, Lesbre F-X. Traité d’Anatomie Comparée des Animaux Domestiques. 5e édition. Paris: Baillière-Tindall; 1903. Dittrich H, Ellenberger W, Baum H. Sisson S, ed. The Horse. A Pictorial Guide to its Anatomy. London: Fisher Unwin, 1907. Leipsic: Dieterich. Ellenberger W, Baum H. Zeitzschmann O, Ackernecht E, Grau H. Handbuch der vergleichenden Anatomie der Haustiere, 18th Edn., Berlin: Springer-Verlag, 1943. Field EJ, Harrison RJ. Anatomical Terms. Their origin and derivation, 3rd Edn. Cambridge: Heffer, 1968.

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Nickel R, Schummer A, Seiferle E. Schummer A, Wilkens H, Vollmerhaus BK, Habermehl KH, Siller WG, Wright PAL. The Anatomy of the Domestic Animals Vol 3. The circulatory system, the skin and the cutaneous organs of the domestic mammals. Berlin, Hamburg: Paul Parey, 1981. Nickel R, Schummer A, Seiferle E. Frewein J, Wille K-H, Wilkens H. Lehrbuch der Anatomie der Haustiere Bd. I Bewegungsapparat, 5 Auflage, Berlin, Hamburg: Paul Parey, 1984. Popesko P. Getty R, Brown J, eds. Atlas of topographical anatomy of the domestic animals, Vols I–III. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1971. Sack WO, Habel RE. Rooney’s Guide to the Dissection of the Horse. Ithaca: Veterinary Textbooks, 1977. Schebitz H, Wilkens H. Atlas der Röntgenanatomie des Pferdes. Berlin, Hamburg: Paul Parey, 1978. Schmaltz R. Atlas der Anatomie des Pferdes. 2 Teil. Topographische Myologie. Berlin: Schoetz, 1909. Schmaltz R. Atlas der Anatomie des Pferdes. 1 Teil. Das Skelett des Rumpfes und der Gleidmassen, 4,5 Auflage. Berlin: Schoetz, 1924. Share-Jones JT. The Surgical Anatomy of the Horse. London: Williams, Norgate, 1907. Sisson S, Grossman JD. The Anatomy of the Domestic Animals, 4th Edn, revised. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1953. Sisson S, Grossman JD. Getty R, ed. The Anatomy of the Domestic Animals, 5th Edn., Vol. 1. Philadelphia: W.B. Saunders Company, 1975. Tagand R, Barone R. Anatomie des Equides Domestiques. Lyon: École Nationale Vétèrinaire, 1950–1957. Taylor JA. Regional and Applied Anatomy of the Domestic Animals. Parts I-III. Edinburgh: Oliver & Boyd, 1955–1970. Vollmerhaus B, Habermehl K H (n.d.) Topographical Anatomical Diagrams

of Injection Technique in Horses, Cattle, Dogs and Cats. Marburg, Lahn: Hoechst, Behringwerke A.G.

APRESENTAÇÃO Este livro é voltado para estudantes de veterinária e cirurgiões veterinários. Aspectos importantes de anatomia topográfica são apresentados em uma série de fotografias coloridas de dissecações detalhadas. Os componentes anatômicos são identificados em desenhos coloridos que acompanham as fotografias, e a nomenclatura é baseada na Nomina Anatomica Veterinaria (2005). Os termos em latim são usados para músculos, artérias, veias, linfáticos e nervos, mas termos habituais no Brasil e anglicismos também são utilizados para muitos outros componentes. Quando necessário, a informação precisa para a interpretação das fotografias é oferecida nos capítulos. Cada seção começa com fotografias de figuras da superfície da região, realizadas antes da dissecação, e com fotografias complementares de um esqueleto equino articulado que ilustram as características ósseas palpáveis importantes desta região. As dissecações e as fotografias foram especialmente preparadas para este livro. Os cavalos usados neste trabalho eram de várias idades e raças (dois garanhões, um macho castrado, três éguas e alguns potros recém-nascidos). Os espécimes foram fixados, na maior parte, em posição anatômica de estação, utilizando-se os métodos de rotina empregados no Departamento de Anatomia do Royal Veterinary College. Todos os esforços foram feitos para assegurar que a posição final correspondesse ao nível normal de estação. Em quatro casos, o neoprene látex vermelho foi injetado nas artérias e o neoprene látex azul também foi injetado nas veias da fêmea gestante. As dissecações seguiram o padrão de procedimentos de dissecação utilizados pelos professores no Royal Veterinary College por muitos anos. O objetivo dessas dissecações e fotografias é revelar a topografia do animal, como ela seria apresentada ao cirurgião veterinário durante o exame clínico de rotina. Assim, as vistas laterais predominam, e nós tentamos, o

máximo possível, evitar fotografias de partes removidas do corpo ou usar vistas de ângulos incomuns ou de posições corporais incomuns. É nossa determinação assegurar que este livro seja capaz de auxiliar os estudantes e cirurgiões veterinários a ver, sob a superfície externa dos animais levados aos seus cuidados, os músculos, ossos, vasos, nervos e vísceras que fazem parte de cada região do corpo e de cada sistema orgânico. Uma significativa diferença entre esta e a edição anterior é a adição de radiografias e tomografias, que foram colocadas em um novo capítulo no final do livro. Uma segunda grande diferença é a inclusão de notas clínicas no início de cada capítulo principal. Essas notas evidenciam as áreas anatômicas, que são de significado clínico específico. Nós percebemos que essas adições ao livro acrescentaram considerável interesse por sua utilização, especialmente por parte dos aspirantes à cirurgia veterinária.

INTRODUÇÃO RRA, SD A extensão do currículo veterinário está em contínua expansão, e muitas disciplinas se desenvolvem profundamente, embora a duração total do curso seja constante. Como resultado disso, há uma pressão para se alocar cada vez menos tempo para algumas disciplinas, das quais a Anatomia é um exemplo importante. Além disso, nos departamentos de Anatomia, o desejo de enfatizar mais os aspectos funcionais e aplicados da disciplina, a anatomia radiológica e a teratologia faz com que seja cada vez mais difícil alocar tempo necessário para a dissecação individual de cada espécie por cada estudante. Uma solução óbvia para esse problema é confiar mais e mais nas dissecações preparadas para o ensino da anatomia topográfica. Isso poupa muito tempo do estudante, mas existem grandes desvantagens. Primeiramente, o estudante perde a oportunidade de adquirir habilidades manuais e é incapaz de ver e sentir os componentes anatômicos conforme eles são progressivamente revelados pelo bisturi e pelas tesouras. Em segundo lugar, significa que o estudante deve dominar, rápida e sucessivamente, as complexidades que, certamente, eram mais bem compreendidas pelos métodos tranquilos de 40 anos atrás. Nada pode compensar completamente a falta da dissecação individual para um profissional experiente, suplementada pelo inteligente uso de métodos gráficos para armazenar o progresso de seu trabalho. Entretanto, a nossa experiência de muitos anos no Royal Veterinary College nos convenceu de que o trabalho de um anatomista qualificado, analisado com cuidado e critério, gravado e anotado, pode ser mais útil do que as dissecações individuais em animais de grande porte, realizadas precipitadamente por um grupo de estudantes inexperientes. Um problema no ensino da anatomia topográfica de espécimes

preparados é a dificuldade de oferecer, para os acadêmicos, material preparado suficientemente qualificado da ampla gama dos estágios de dissecação de regiões específicas. Esperamos sinceramente que este atlas fotográfico de dissecações ajude a compensar essa deficiência dos espécimes preparados. Para aqueles estudantes que têm a capacidade de efetuar as suas próprias dissecações detalhadas, este atlas oferecerá um registro permanente do que eles observaram, ou deveriam ter visto, durante cada estágio (frequentemente transitório) da dissecação. A sequência de dissecações apresentadas neste volume é uma versão expandida da utilizada por nós na série de 20 sessões de 3 horas na anatomia topográfica do cavalo. Cada estágio de trabalho foi fotografado com o intuito de mostrar mais estágios de cada ampla dissecação do que poderia ser apresentado em nossas demonstrações práticas em aula. Esperamos que isso possa compensar a perda do aspecto tridimensional, que é inevitável nas fotografias de dissecações. Nós tentamos apresentar a progressão das dissecações exigidas conforme elas ocorriam. Nos casos em que o espécime estava fora do padrão ou em que não alcançamos plenamente o sucesso para a demonstração de todos os componentes anatômicos como planejado, nós não o substituímos por um espécime diferente na sequência; isso teria partido o “fio da narrativa”. Ocasionalmente, em nome da clareza, revertemos as fotografias das dissecações feitas por um antímero, de modo que se adequassem prontamente à sequência principal, mas, quando isso foi realizado, ficou claramente indicado nas legendas. Em todos os locais de dissecação, ocasionalmente, foram montadas vantajosas demonstrações extras. Em algumas regiões, fizemos isso para avaliar uma diferença de procedimentos de dissecação ou um espécime diferente. Os estudantes devem ter cuidado ao lidar com esses extras como se fossem opcionais ou complicações desnecessárias – pois, frequentemente, eles são de importância considerável. Um comentário é necessário sobre a técnica de dissecação mostrada nestas fotografias. Em várias instâncias não removemos todo o tecido conjuntivo dos componentes anatômicos que estão sendo expostos. Em

dissecações ‘completas’ frequentemente é impossível preservar acuradamente a relação topográfica original de vasos e nervos. Além disso, cada dissecação estimula o estudante a pensar que os desenhos de livros-textos são reais e que tecido adiposo, fáscias e tecidos areolares não devem existir. Tentamos fazer com que as fotografias representassem os componentes como eles realmente aparecem durante o curso de uma dissecação real. Não é nosso objetivo, como professores de Anatomia Veterinária, estimular os estudantes a se afastar dos laboratórios de dissecação, longe dos espécimes e mantê-losnos conforto das carteiras em seu estudo da prática da anatomia topográfica. Em vez disso, tentamos oferecer um atlas com o qual eles possam ampliar seu estudo individual das dissecações do cavalo no período em que as dissecações não puderem ser avaliadas. Este não é um atlas de anatomia veterinária aplicada, mas destinado a estudantes de veterinária; considerável ênfase é oferecida àquelas regiões e àqueles componentes anatômicos que parecem importantes para o médico veterinário. Sempre que possível, as fotografias foram realizadas para prover as informações sobre o animal conforme ele é observado em um exame clínico de rotina – outras vistas foram utilizadas apenas ocasionalmente, mesmo sendo elas algumas vezes mais informativas de um ponto de vista estritamente anatômico. Espera-se que os estudantes de clínica e os médicos veterinários possam considerar este conhecimento de grande valia no exame, diagnóstico e tratamento do animal em estação. O pesquisador também pode encontrar algo relacionado aos seus questionamentos de anatomia topográfica, sendo iluminado por estas fotografias de dissecações. Sabemos que suas necessidades são diversas e imprevisíveis e fizemos nosso trabalho de várias séries de dissecações, tão completas quanto possível, com isso em mente. Radiografias e tomografias foram adicionadas a esta nova edição na esperança de trazerem uma introdução útil para um aspecto progressivamente importante da anatomia veterinária.

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CABEÇA (INCLUINDO A PELE)

Importância clínica da pele A superfície do corpo do cavalo é importante clinicamente. Qualquer parte é suscetível a traumatismos por causa das atividades realizadas pelo animal. Por exemplo, os pôneis colidem com obstáculos, puros-sangues com cercas e cavalos de caça com qualquer fator de risco pelo campo. Portanto, a pele do cavalo pode ser facilmente lesionada. Os cavalos reagem com violência ao estresse, especialmente na presença de outros cavalos, então há uma possibilidade real de ser escoiceado. Os traumatismos na cabeça são sempre perigosos; danos encefálicos, bem como fraturas cranianas, podem aparecer, e os efeitos neurológicos podem ser detectados por um exame neurológico completo. A pele é um dos maiores e mais importantes sistemas do corpo do cavalo. O exame físico da superfície do cavalo auxiliará a avaliar a condição corpórea geral. Também, a própria pele pode ser examinada, e a distribuição das lesões e as áreas de lesões podem ser anotadas. As manifestações clínicas podem incluir alopecia (perda de pelo) e prurido (coceira). O exame físico pode detectar, também, sinais de traumatismo na forma de ferimentos, dilacerações, queimaduras, lesões térmicas, inchaço agudo (edema), picadas de insetos e mordidas, particularmente as minúsculas mordidas do Culicoides, e as consequências de qualquer lesão inicial. Existem muitas consequências do traumatismo de superfície e estas incluem inflamação, infecção, edema, hematomas, infecções crônicas dos ferimentos, linfangites (edema linfático, particularmente na parte distal dos membros) e a púrpura (desordem imunológica). A pele também mostrará as evidências de distúrbios sistêmicos generalizados. Ela pode evidenciar desidratação, congestão, edema, possivelmente icterícia etc. e pode tornar visível quando o cavalo está sofrendo por qualquer forma de má nutrição. Muitas dessas condições podem requerer tratamento, e um completo conhecimento da anatomia será importante, particularmente se técnicas de diagnóstico (p. ex., radiografia,

ultrassonografia, diagnóstico por bloqueios nervosos), tratamentos (ataduras, ferraduras corretivas) e cirurgias forem requisitados. Existem também técnicas de diagnóstico que podem ser aplicadas sobre a pele – estas incluem raspado de pele, técnicas de coloração, culturas microbiológicas e técnicas de biopsia. Uma das mais importantes verdades é que o cavalo tem as quatro extremidades tocando o solo; estas podem ser facilmente lesionadas. Lembre sempre do velho provérbio que os primeiros locais a serem olhados como foco de claudicação são as extremidades. Os ferimentos perfurantes são comuns, e estes podem progredir para abscessos da sola e outras anormalidades discutidas na seção sobre os pés. As perfurações das úngulas por pregos de ferraduras colocadas incorretamente, ou pela perda de uma ferradura por traumatismo, são também acidentes relativamente comuns. O tratamento de feridas constitui um tópico completo. Existem quatro fases: inflamação e debridamento, reparo, maturação e cicatrização da ferida. O acesso à ferida é importante. As feridas no tronco frequentemente cicatrizam pela contração e são tratadas por meio de limpezas diárias (lavagem da ferida e debridamento), porque elas não são limpas e tampadas facilmente. As feridas nas partes distais dos membros frequentemente são complicadas por edema e é comum cicatrizarem com a formação de tecido de granulação edematoso. A cicatrização por “primeira intenção” resulta de suturas, mas as feridas que podem estar infectadas, ou muito extensas para a sutura, cicatrizam por “segunda intenção”, e esse reparo é terminado por tecido de granulação. As feridas requerem tratamento e perda de tempo – no cavalo, a cura de feridas insignificantes é característica de alguns casos. Existem muitos fatores que retardam a cura das feridas, e estes estão fora do escopo desta introdução. Hoje, uma nova área completa da cirurgia equina é possível, usando-se enxerto de pele para reparar essas anormalidades da cicatrização de feridas. Há uma infinidade de condições da pele nos equinos. Muitas destas são parasitárias e incluem os piolhos, as sarnas de vários tipos e uma miscelânea de condições parasitárias da pele que incluem oncocercoses, infestação pelo

ácaro da colheita, dermatite da linha média ventral de equinos e parafilaríases. Doenças bacterianas da pele são muito difusas e incluem infestações exóticas específicas, assim como o mormo (uma zoonose). Muito mais comum é um círculo completo de infestações bacterianas oportunistas, que incluem aquelas envolvendo Dermatophilus (alopecia no dorso associado a fortes chuvas); em vários casos em que existem organismos piogênicos envolvidos, as feridas progridem para formar abscessos. As micoses incluem Sporothrix, histoplasmose e, mais rotineiramente, infecções micóticas da pele (tinea). Uma variedade de reações de hipersensibilidade ou similares a elas também é vista, incluindo hipersensibilidade a Culicoides, pênfigo urticário e lúpus eritematoso. Doenças nodulares da pele e papilomatose neoplástica podem ser vistas, mas não são comuns. A exceção provavelmente é o sarcoide, comum em todos os cavalos; ele é um tipo de tumor fibroblástico da pele. Além do mais, os melanomas ocorrem em cavalos tordilhos. Outras condições variadas da pele incluem queimaduras solares e fotossensibilização, as quais podem ser de origem hepatógena e associadas a plantas tóxicas, especialmente a tasneira ou erva-de-santiago (Senecio).

Importância clínica da cabeça Iremos considerar agora as várias regiões e componentes na cabeça dos equinos, mas as doenças da laringe e do divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) estão discutidas no capítulo 2. As membranas mucosas dos olhos, da boca e do nariz oferecem um bom acesso ao sistema cardiovascular e ao estado geral do corpo. Elas podem revelar cianose (cor azulada), que mostra uma falha na oxigenação, podendo estar pálidas (anemia), que amareladas, como na icterícia, para as quais há várias causas nos cavalos. A orelha é frequentemente envolvida em lesões de superfície, mas pode também sofrer infecções. Eles podem demonstrar dor ao serem manuseados, corrimentos, edemas e comportamento anômalo da cabeça e orelha. Doenças específicas incluem infecções parasitárias, como Otodectes, e também lesões por pequenas picadas de moscas. Os sarcoides (tumores fibroblásticos) são encontrados por todo o corpo. Eles ocorrem de muitas formas sobre a pele e geralmente são vistos na orelha, podendo estar ocultos, verrucosos, nodulares, fibroblásticos, malevolentes ou de tipos misturados. A otite média (inflamação da orelha média com a cavidade do tímpano) pode resultar na ruptura da membrana do tímpano e pode estar associada à extensão do divertículo em doenças da tuba auditiva ou à difusão hematógena de bactérias formadoras de pus. O olho é frequentemente examinado para oferecer uma avaliação geral da saúde. O “olho fundo” (perda do tecido adiposo da periórbita na cavidade do olho) pode ser causado por desidratação, ou por desgaste e emagrecimento. É normalmente uma das primeiras anormalidades notadas em um exame clínico completo. O olho pode apresentar perda de coloração. A membrana mucosa ocular pálida pode sugerir um dos vários tipos de anemia. Pode ser uma excessiva destruição das hemácias, resultante de falha renal ou hepática. A isoeritrólise neonatal, na qual os potros têm imunidade adquirida para as hemácias, também é uma possibilidade. As éguas produzem anticorpos para as hemácias dos potros, os quais estão concentrados no

colostro, e os potros recebem esses anticorpos quando mamam. O exame dos olhos é feito muito frequentemente como parte de um exame pré-compra. O olho normalmente está envolvido em fraturas das regiões da órbita e da periórbita, associadas a traumatismo nas corridas ou caças. Cavalos jovens que tombam sobre o dorso podem fraturar o osso basisfenoidal ou a parte basilar do occipital e, ocasionalmente, a parte petrosa do osso temporal. O prognóstico para essas fraturas é bom, se o próprio globo ocular não estiver envolvido no processo. Há vários desenvolvimentos anormais do olho que podem ser observados, incluindo microftalmia, anoftalmia e endoftalmia sobre a esclera. A esclera está primariamente acometida. As neoplasias orbitais também podem ocorrer, mas são raras. As pálpebras são frequentemente afetadas por traumatismos (lacerações palpebrais são muito comuns), os quais causam inflamação. O entrópio e o ectrópio (inversão e reversão dos cílios sobre pálpebras anormais) também são encontrados nos cavalos. Existe uma completa variedade de condições oculares, muitas das quais requerem especialistas em investigação oftálmica e estão fora do objetivo deste capítulo. Um dos diagnósticos mais diretos inclui inflamação da conjuntiva (conjuntivite). Corpos estranhos podem ser visualizados no saco conjuntival. O ducto lacrimal pode estar estreito ou bloqueado. Os problemas corneais podem incluir inflamação (ceratite), ulceração e corpos estranhos. A ceratite bacteriana, viral e micótica pode ocorrer. O trato uveal (íris, corpo ciliar e coroide) pode estar envolvido em doenças como uveítes equinas, aguda ou recorrente. Neoplasias, como o carcinoma das células escamosas da terceira pálpebra, são raras. As cataratas congênitas e adquiridas não são comuns, nem os glaucomas. O fundo do olho do cavalo é alvo para uma considerável gama de variações. Alterações podem incluir descolamento, hemorragia, atrofia e inflamação da retina. Neuropatia do nervo óptico, neurite óptica e atrofia do nervo óptico raramente são diagnosticadas. A membrana mucosa nasal deve ser inspecionada como verificação da saúde geral do animal. Corrimentos nasais podem ser muito variados e incluem fluido seroso, mucoso, mucopurulento ou corrimentos purulentos e

franca hemorragia. Eles podem se originar do próprio nariz ou de qualquer parte do trato respiratório, incluindo os seios e o divertículo da tuba auditiva ou mesmo dos pulmões. As narinas devem ser examinadas, pois elas podem mostrar uma variedade de mudanças, incluindo hipertrofia da prega alar, ateroma do divertículo nasal (falsa narina) ou traumatismo e necrose da cartilagem alar. Corpos estranhos e pólipos nasais são comumente encontrados, mas amiloidose, “nariz torcido”, doenças fúngicas e ateroma são raros. Nas narinas, uma hemorragia específica chamada epistaxe (idiopática) pode ser vista em cavalos de corrida. Ela está associada à corrida. A hemorragia pulmonar induzida pelo exercício (HPIE) também é observada nas narinas. As narinas são locais comuns de laceração. O trato respiratório cranial (superior) é realmente importante na prática equina. Cavalos que colidiram contra obstáculos, ou foram escoiceados, podem sofrer traumatismos graves da cavidade nasal. Muitos tipos de lesão podem ocorrer, e novos diagnósticos são adicionados o tempo todo, particularmente como resultado das técnicas de imagem. Essas lesões incluem fraturas das paredes dos seios paranasais ou das passagens nasais; nesses casos a epistaxe será a característica mais óbvia. A cavidade nasal provê uma via para levar a sonda ou o endoscópio ao estômago. O endoscópio pode ser usado para examinar os seios paranasais, a faringe, a laringe, a tuba auditiva, o divertículo da tuba auditiva, a traqueia e os brônquios principais do trato respiratório caudal (inferior), e também o esôfago e o estômago. Ele pode ser usado para se realizar imagens de anormalidades anatômicas ou lesões, bem como para lavar, drenar e coletar fluidos e tecidos ou corrimentos para cultura, ou citologia. Ele também pode ser utilizado para a biopsia. A intubação nasotraqueal é uma técnica muito usada para a investigação de doenças respiratórias. O colapso dinâmico das vias aéreas pode ser revelado pela endoscopia traqueal. A prega alar é rebatida, e o tubo é passado ao longo do meato nasal ventral para a faringe e então para dentro da traqueia, via laringe, com a cabeça elevada, para prevenir que o tubo seja deglutido. Para a intubação orotraqueal, a língua

deve ser afastada, um espéculo é colocado na boca, e o tubo é levado suavemente para ser deglutido. Radiografias, ultrassons e testes de exercício, incluindo endoscopia de exercício, também são usados para examinar essas estruturas. A cabeça é obviamente a parte mais cranial do corpo e, assim, particularmente propícia ao traumatismo. Nesses casos pode haver deformidade facial ou aumento (edema). Fraturas de mandíbula ocorrem com frequência, especialmente para o corpo e a região incisiva da mandíbula. Na parte dorsal, o osso incisivo é o mais comumente afetado. Essas fraturas são frequentemente reparadas cirurgicamente, possivelmente sob bloqueio nervoso e sedação; bandagens, talas ou pinos e ampla fixação por parafusos podem ser necessários. Essas fraturas podem ser acompanhadas por problemas dentários, e outros casos podem se seguir à extração. Infecções das margens gengivais podem causar alveolite dental. Um dos pontos-chave de relacionamento anatômico na cabeça do cavalo está entre a cavidade nasal, os seios paranasais e os dentes. Os seios paranasais se desenvolvem como uma invasão progressiva da díploe dos ossos da cabeça pelo epitélio da cavidade nasal. Os seios tornam a cabeça leve, isolam o encéfalo das variações de temperaturas externas e facilitam a desobstrução mucociliar de detritos inalados (olhe a poeira em um estábulo após a cama ou o feno terem sido jogados fora!). Essas cavidades dos seios estão normalmente cheias de ar, ressonantes e revestidas por mucoperiósteo. A presença de corrimentos nasais pode ser a primeira indicação de uma sinusite, que pode subsequentemente ser confirmada por radiografia e endoscopia. As sinusites podem estar associadas a micoses ou neoplasias. Os corrimentos podem ser mucopurulentos, mucoides ou serosos. Os lados esquerdo e direito da cabeça têm seios paranasais que são separados por um septo mediano. Em cada lado, dois seios maxilares (rostral e caudal) se estendem progressivamente na díploe da maxila pelo meato nasal médio através da abertura nasomaxilar. O amplo seio maxilar caudal se estende caudalmente nos ossos esfenoidal e palatino para formar o seio esfenopalatino. Ele também se estende através da abertura frontomaxilar para

formar o seio frontal. O seio frontal se estende na parte caudal do primeiro osso endoturbinado do etmoidal (a concha nasal dorsal) para formar o seio conchal dorsal. O seio frontal também se estende no segundo osso endoturbinado do etmoidal para formar o seio conchal médio. O pequeno seio maxilar rostral também se estende caudalmente na parte caudal da concha nasal ventral através da abertura conchomaxilar para formar o seio conchal ventral. (Essa anatomia é complicada pela presença da bolha conchal, que fica ventral à abertura concho-maxilar.) O seio frontal tem uma parte conchal e outra frontal, drenando dentro do seio maxilar caudal através do forame frontomaxilar. O seio etmoidal e o esfenopalatino também drenam para o seio maxilar caudal e, assim, para o meato nasal médio. O seio maxilar rostral tem uma via de drenagem para o meato nasal médio pela abertura nasomaxilar. Esse seio é dividido por um compartimento ósseo lateral e um compartimento conchal medial (com a concha ventral). Esses compartimentos são separados pelo canal infraorbital e por uma lâmina de osso unindo-o ventralmente às raízes dos dentes. No cavalo jovem, o componente lateral é quase completamente ocupado pelas raízes dos dentes molares. Com a idade, as raízes regridem junto ao assoalho dos seios e eles aumentam em área. O seio conchal ventral é acessível para cirurgias através do assoalho do seio concho-frontal. As inflamações dos seios podem ocorrer por extensão das superfícies de outras mucosas. Se elas se tornam cheias de exsudato mucopurulento, devem ser drenadas por trepanação, porque a abertura para a drenagem natural não fica em um ponto ventral no sistema dos seios. O tratamento das sinusites envolve a trepanação de um orifício no osso sobre o seio. O seio frontal, que está dorsal e medial à órbita, pode ser trepanado ao longo de uma linha do ângulo medial do olho (canto) até a linha média, a 1 cm caudal ao ponto médio dessa linha. O seio maxilar caudal é trepanado a 3 cm lateralmente ao canto medial e 3 cm dorsalmente à crista facial. O seio maxilar rostral pode ser trepanado no meio do caminho da linha do canto medial à extremidade rostral da crista facial. Por meio desses pontos de trepanação, amostras podem ser coletadas dos seios e podem ser feitas culturas para exames

bacterianos e antibiogramas. Os seios podem ser lavados e tratados. Cistos nos seios, pólipos e neoplasias ocorrem com pouca frequência. Existem quatro outras condições envolvendo a cabeça que requerem algum conhecimento de anatomia. Em certas ocasiões os cavalos podem mostrar salivação aguda (sialoadenite idiopática). Até mais raramente encontramos oclusões dos ductos salivares e possível mucocele. Agitar a cabeça é um fenômeno equino. “Morder partes do estábulo” é um vício neurótico habitual, que pode produzir gasto extremo nos dentes incisivos. Pode sugerir uma anormalidade na dieta, em que satisfaz uma necessidade digestiva funcional que ajuda a compensar a demanda por causa de um hábito alimentar insatisfatório. Por último, pode ocorrer uma miopatia do masseter. Nesta, há atrofia do músculo, provavelmente causada por danos do nervo massetérico, o qual é superficial e facilmente lesionado em acidentes. Os linfonodos são importantes. A infecção estreptocócica conhecida como garrotilho (causada por Streptococcus equi) é uma severa infecção purulenta particular dos linfonodos mandibulares, mas pode se estender a outros linfonodos da cabeça e do colo e até mesmo no tórax. A doença epizoótica denominada mormo, causada por Pfeifferella mallei, também afeta gravemente os linfonodos da cabeça. Qualquer infecção local pode causar aumento dos linfonodos parotídeos, retrofaríngeos e mandibulares. As desordens do trato alimentar afetando a cavidade oral são menos comuns do que as alterações nos dentes ou na cavidade nasal. As lesões traumáticas na língua podem ou não incluir lesão do nervo lingual. Paralisia da língua pode indicar botulismo. Estomatite viral e ulceração oral também são esporadicamente diagnosticadas. Os dentes dos cavalos são hipsodontes (coroa alta), compostos de esmalte (duro e quebradiço, 98% inorgânico), dentina (levemente maleável, 70-80% inorgânica), cemento (com afinidade estrutural com o osso) e polpa (flexível). Os dentes incisivos decíduos erupcionam após o nascimento. O dente incisivo central (i1) erupciona em até 2 semanas, o segundo incisivo (i2) com cerca de 6 semanas, e o terceiro incisivo (i3), por volta de 6-9 meses (você pode lembrar 8 dias, 8 semanas e 8 meses, mais facilmente). Com 2

anos de idade, então, muda o incisivo central; com 3 anos de idade, o segundo (lateral - médios) incisivo; e com 4 anos de idade, o terceiro (cantos) incisivo. Se todos os dentes incisivos permanentes (I1, I2, I3) já estão desgastados, o cavalo está com 5 anos de idade. Os potros têm 3 dentes prémolares decíduos. Os dentes pré-molares permanentes (P2, P3, P4) são geralmente designados como dentes da mastigação 1, 2 e 3 em textos clínicos. Eles erupcionam aproximadamente em 2,5; 3; e 3,5-4 anos. Os dentes molares (M1, M2 e M3) são normalmente chamados de dentes da mastigação 4, 5 e 6 em textos clínicos. Eles erupcionam em 1; 2; e 3,5-4 anos de idade. Nos cavalos jovens, as alterações no desenvolvimento dos dentes podem incluir retenção de dentes decíduos, deslocamento de dentes da mastigação (pré-molares e molares) e cistos dentígeros, os quais são comumente mostrados como um trato de corrimento na base da orelha. Os dentes também podem adquirir alterações, como margens pontiagudas (as quais necessitam de raspagem – um esporte enérgico para os jovens e justos!), superfície oclusal ondulada (“boca ondulada”), ou perda do anel de esmalte (“boca de cisalhamento”, ou boca de 18 meses). Em casos de lesões traumáticas, os dentes podem estar lascados. As doenças dos dentes podem ser vistas como “deixar o alimento cair da boca” (desperdiçando a comida dos cantos da boca), distorção facial, edema facial e corrimento nasal. O crescimento excessivo do dente ocorre se o dente oposto tiver sido perdido. A doença periodontal também é possível. Ocasionalmente, os dentes da mastigação podem estar deslocados e pode haver um dente suplementar. As cáries dentais podem ocorrer, acompanhadas por periostite alveolar, como resultado da fermentação bacteriana que causa a erosão do esmalte. O dente rostral da mastigação pode ser removido por extração oral, principalmente pela bucotomia lateral. Isso envolve remoção da parte alveolar do osso, tomando-se cuidado para não lesionar o nervo facial. A retropulsão, com um puncionador, também é usada para a remoção dos dentes da mandíbula e da maxila. Os dentes da mastigação superiores 4 e 5

(M1 e M2) são retirados através do seio maxilar, e o 6 (M3), através do seio frontal. Neste você deve trepanar (fazendo um orifício no osso) o dente a ser extraído e então retirá-lo. Deve-se tomar cuidado para não lesionar os dentes adjacentes. As complicações ocorrem, incluindo lesão colateral, sequestros dental e da parte alveolar do osso e fistula oronasal. Na mandíbula, a retropulsão precisa ser feita cuidadosamente por causa da passagem do ducto parotídeo ao longo da margem ventromedial do corpo da mandíbula, com os vasos faciais. Eles se curvam lateral e dorsalmente em íntima relação com as raízes dos dentes molares. Lesões dos nervos periféricos ou nervos cranianos não são comuns. Existem provavelmente duas exceções: lesão do nervo facial e lesão dos nervos associados ao divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) (p. ex., aqueles que atravessam o forame lácero). O nervo facial pode ser lesionado por um traumatismo, e isso leva a paresia e paralisia. Todos os três ramos podem ser afetados junto ao nível do núcleo (na ponte), mas os ramos auricular, palpebral e bucal podem ser lesionados separadamente na face. O local de lesão junto à face indicará qual nervo e, assim, quais músculos serão afetados. Os ramos bucais provavelmente são os mais expostos sobre o corpo da mandíbula e o músculo masseter. Lesão do nervo facial em qualquer ponto levará a anormalidades da expressão facial. Todos os ramos serão afetados, se a lesão (como fraturas do osso hioide, ou do assoalho do crânio, ou lesões do divertículo da tuba auditiva) ocorrer próximo da base do encéfalo. Os bloqueios nervosos locais podem ser feitos na cabeça, principalmente para facilitar reparo de feridas (p. ex., nervos auriculopalpebral, lacrimal, zigomático ou infratroclear). No passado, bloqueios dos nervos mentuais e mandibulares para cirurgias dentais eram feitos, mas a anestesia geral atualmente é a opção mais segura. Ocasionalmente, ambos são usados juntos. Uma análise detalhada de doenças do sistema nervoso central, especialmente de doenças infecciosas, está além do escopo desta introdução clínica, mas uma breve lista deve incluir encefalite B japonesa, encefalite equina por protozoário, raiva, encefalite do oeste, do leste e venezuelana e infecção equina por herpes-vírus e agora, é claro, infecção pelo vírus West Nile.

Recentemente, uma encefalomielite específica por protozoário (associada a Sarcocystis neurona) tem se tornado um problema nos EUA. Doenças não específicas generalizadas, como vasculites, epilepsia, ataxia e mieloencefalite degenerativa equina, devem ser listadas. A doença do neurônio motor em equinos, o botulismo, o tétano e intoxicações por organofosforados devem ser incluídos nesta lista. A hiperplasia linfoide da faringe é uma condição inflamatória da mucosa da faringe. Traumatismo da faringe, laceração e corpos estranhos podem ser encontrados. Deslocamento dorsal do palato mole ocorre normalmente durante a deglutição, mas pode ocorrer de modo anormal durante uma corrida ou um exercício rápido; é diagnosticado pela endoscopia. Nessa condição, a margem livre do arco palatofaríngeo se torna deslocada da posição normal, a posição subepiglótica. O tecido mole livre é então inalado para dentro da rima da glote, causando obstrução respiratória aguda. Isso pode ser causado por fadiga ou distúrbio do próprio palato mole, ou por doença da epiglote e condições que causam respiração oral e desconforto faríngeo. Lembre-se que o cavalo respira pelo nariz obrigatoriamente. A articulação temporomandibular é de considerável importância para a veterinária. Pode estar traumatizada, levando ao deslocamento, mas as doenças nessa articulação podem seguir uma bacteremia e septicemia. Se infectada, pode ser palpada; muito frequentemente há aumento na cápsula articular, e o fluido pode ser aspirado. Clinicamente, há considerável dificuldade em deglutir (disfagia), levando o cavalo a deixar cair a comida da boca e possivelmente à assimetria dos músculos masseteres. A laringe e a tuba auditiva, incluindo o divertículo da tuba auditiva, estão descritos na seção sobre o colo e os problemas clínicos de obstrução das vias aéreas.

Fig. 1.1 Características superficiais da cabeça: vista rostral. A pele sobre os pontos ósseos palpáveis sofreu tricotomia. Este jovem castrado era um ruão vermelho, com junção de estrela e faixa sobre as regiões frontal e nasal dorsal. A posição do vórtice de pelos é variável, e pode haver dois

vórtices.

Fig. 1.2 Ossos da cabeça: vista rostral. Os detalhes palpáveis dos ossos mostrados na Figura 1.1 estão coloridos em vermelho. O forame mentual também é mostrado (Figs. 1.4 e 1.5).

Fig. 1.3 Lábios e dentes incisivos: vista rostrolateral. O terceiro dente incisivo inferior temporário erupciona com cerca de 6-9 meses de idade, e aos 18 meses esse dente geralmente está bem desgastado. Os pelos de ambos os lábios formam vórtices de pelos divergentes, e aqueles sobre o lábio superior podem ser longos, formando um “bigode”.

Fig. 1.4 Características superficiais da cabeça: vista lateral esquerda. A pele sobre os componentes ósseos palpáveis recebeu tricotomia. A região nasal é nitidamente côncava, e a região frontal é propriamente convexa. Esta forma de tigela é característica do cavalo árabe.

Fig. 1.5 Ossos da cabeça: vista lateral esquerda. As características ósseas palpáveis mostradas na Figura 1.4 estão coloridas de vermelho. O crânio não é, entretanto, do mesmo formato “em tigela” (côncava).

Fig. 1.6

Narina: vista rostrolateral esquerda. A asa medial foi levantada para exibir o óstio nasolacrimal, usando-se uma haste de vidro colocada no meato nasal dorsal. Uma seta azul indica a entrada dorsal para o divertículo nasal. A cavidade do divertículo é mostrada na Figura 1.7. Mais detalhes da narina a fresco estão indicados nas Figuras 1.39-1.41, incluindo a relação com a cartilagem alar.

Fig. 1.7 Componentes superficiais da cabeça: vista lateral esquerda. Detalhes adicionais desta dissecação são mostrados nas Figuras 1.8-1.11. A parede lateral do divertículo nasal foi removida. Uma pasta amarela foi injetada dentro do divertículo da tuba auditiva esquerda e esta aparece na

narina esquerda.

Fig. 1.8

Componentes superficiais das regiões parotídea e massetérica: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 1.7.

Fig. 1.9 Componentes superficiais das regiões da face: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada da dissecação mostrada na Figura 1.7. Os forames dos nervos são revelados na Figura 1.12. Detalhes adicionais da narina estão visualizados nas Figuras 1.39-1.41.

Fig. 1.10 Componentes superficiais das regiões craniana e facial: vista craniolateral esquerda. Esta figura não mostra os finos ramos do nervo lacrimal, os quais, junto com aqueles dos nervos auriculopalpebral e frontal, formam um plexo nervoso superficial. No lado direito, as incisões

da pele que irão expor os seios paranasais (Figs. 1.35-1.38) são observadas.

Fig. 1.11 Componentes que atravessam a incisura dos vasos faciais: vista ventrolateral esquerda. Esta vista, a qual é uma parte da dissecação mostrada na Figura 1.7, mostra os componentes palpáveis nas margens, ventral e caudal, da mandíbula. A incisura dos vasos faciais é um sulco distinto na margem ventral da mandíbula, observada na Figura 1.23.

Fig. 1.12 Forames e nervos infraorbital e mentual: vista lateral esquerda. As partes de cobertura dos músculos labiais (indicada por linhas azuis pontilhadas) foram retiradas para expor os forames e revelar o relacionamento entre os músculos e os forames.

Fig. 1.13 Região parotídea após remoção da glândula parótida: vista caudolateral esquerda. O ducto parotídeo recebeu um pino (alfinete) em seu lugar após a remoção da glândula. Um tubo plástico foi inserido dentro da parte mais dorsal do divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) e uma pasta de plástico amarelo foi injetada para preencher esse divertículo e a tuba auditiva (Fig. 1.7). Os limites do triângulo de Viborg estão indicados em verde.

Fig. 1.14 Mandíbula após remoção do músculo masseter: vista lateral esquerda. A maior parte do músculo masseter foi removida, e a veia transversa da face foi seccionada para expor o côndilo, o ramo e o corpo da mandíbula. As veias desta região são mostradas injetadas com látex azul na Figura 1.43.

Fig. 1.15 Componentes que repousam medialmente à mandíbula: vista lateral esquerda. A remoção da maior parte da mandíbula do lado esquerdo revela os músculos pterigóideos e os componentes associados. O nervo alveolar inferior estava seccionado no forame mandibular; o fim da secção, assim, demonstra o nível do forame sobre o aspecto medial da mandíbula.

Fig. 1.16 Componentes que repousam medialmente aos músculos pterigóideos: vista lateral esquerda (1). O músculo pterigóideo medial foi removido, mas a fáscia faríngea, a qual recobre o osso estiloioide e os componentes associados, foi preservada. As dissecações dos componentes apoiados à fáscia faríngea estão indicadas nas Figuras 1.17-1.21.

Fig. 1.17 Componentes que repousam medialmente aos músculos pterigóideos: vista lateral esquerda (2). Remoção da fáscia faríngea e de duas partes do músculo digástrico expôs os componentes apoiados sobre a parede da faringe. Esta figura ilustra a anatomia geral dos ossos, músculos,

vasos sanguíneos e linfonodos. A Figura 1.18 mostra os nervos da região.

Fig. 1.18 Componentes que repousam medialmente aos músculos

pterigóideos: vista lateral esquerda (3). Esta é uma vista aproximada da dissecação na Figura 1.17 para mostrar os nervos da região. Detalhes adicionais serão mostrados nas Figuras 1.20, 1.21 e 1.25-1.27.

Fig. 1.19 Parede bucal: vista lateral esquerda. Os músculos miloióideo e bucinador foram parcialmente retirados.

Fig. 1.20 Glândulas mandibular e sublingual: vista lateral esquerda. A parede bucal foi removida, expondo a superfície labial da língua e os dentes superiores da mastigação. A glândula mandibular foi deslocada levemente em sentido rostral, para demonstrar os vasos e nervos que

repousam caudalmente a ela.

Fig. 1.21

Componentes que repousam medialmente à glândula

mandibular: vista lateral esquerda. A glândula mandibular foi deslocada ventralmente para revelar os vasos, os linfonodos e os nervos. Detalhes adicionais dos componentes caudalmente ao divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) estão mostrados na Figura 1.26.

Fig. 1.22 Glândula sublingual e dentes superiores da mastigação: vista lateral esquerda. A prega sublingual e a parede bucal apresentam um alfinete. Para detalhes sobre a dentição deste cavalo jovem, veja a Figura 1.24.

Fig. 1.23 Mandíbula e suas relações: vista lateral esquerda. Após dissecação dos componentes profundos (Fig. 1.20), a mandíbula foi

recolocada para mostrar o relacionamento com aqueles componentes e os limites adjacentes. A relação com a superfície e com componentes superficiais consta nas Figuras 1.4 e 1.7.

Fig. 1.24 Dentes da mastigação superiores e inferiores: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de parte da Figura 1.23. O primeiro pré-molar erupciona por volta de 6 meses, e o primeiro dente molar, com cerca de 12 meses. O segundo pré-molar será trocado aproximadamente

com 2 anos e meio de idade. Perceba que o ducto parotídeo se abre oposto à margem rostral (mesial) do terceiro pré-molar neste cavalo.

Fig. 1.25 Relações da faringe: vista lateral esquerda. A parte média do osso estiloioide, as glândulas mandibular e sublingual e partes dos linfonodos retrofaríngeos lateral foram removidas. Detalhes adicionais desta dissecação estão mostrados nas Figuras 1.26-1.28.

Fig. 1.26 Componentes que repousam caudalmente ao divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural): vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de parte do espécime mostrado na Figura 1.25. Os vasos e nervos foram levemente separados uns dos outros; isso altera a relação normal dos componentes (compare com a Fig. 1.21).

Fig. 1.27 Parede da faringe e divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural): vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de parte do espécime mostrado na Figura 1.25. A Figura 1.26 mostra mais detalhes da região caudodorsal desta dissecação.

Fig. 1.28 Músculos da língua: vista lateral esquerda. A glândula sublingual (Fig. 1.20) foi removida para expor os músculos da língua.

Fig. 1.29 Músculos da faringe e glândula tireoide: vista lateral esquerda. O músculo esternomandibular e os principais tributários para a veia jugular externa agora foram retirados. Os componentes ocultados pelos amplos linfonodos estão mostrados na Figura 1.30.

Fig. 1.30 Músculos da faringe e da laringe: vista lateral esquerda. A remoção de quase todos os amplos linfonodos, que repousam dorsal à faringe e à laringe, revela o músculo cricoaritenóideo e o nervo laríngeo caudal.

Fig. 1.31 Faringe e laringe: vista lateral esquerda. Os constritores caudais (cricofaríngeo, tireofaríngeo) e médio (hiofaríngeo) da faringe foram removidos para expor a cartilagem tireoide e outros componentes da laringe e os músculos profundos da faringe (“constritores rostrais”).

Fig. 1.32 Topografia da laringe: vista lateral esquerda. A parede lateral das partes nasal e laríngea da faringe foi incisada. O músculo

cricotireóideo foi removido, e o corno rostral da cartilagem tireoide foi seccionado (Fig. 1.34). O contorno da mandíbula (linhas azuis tracejadas) foi feito a partir da Figura 1.23; sua relação com a laringe varia com a flexão e a extensão da articulação atlanto-occipital.

Fig. 1.33 Componentes superficiais da laringe: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada do espécime mostrado na Figura 1.32. O nervo laríngeo cranial foi seccionado e deslocado para revelar o forame tireóideo.

Fig. 1.34 Laringe após remoção da lâmina da tireoide: vista lateral esquerda. O corno rostral da tireoide foi seccionado (Fig. 1.33). O corno caudal foi desarticulado da cartilagem cricoide, expondo a articulação sinovial. Finalmente, a cartilagem foi seccionada junto ao plano mediano e

removida.

Fig. 1.35 Seios paranasais frontal e maxilar: vista lateral direita (1). A camada externa de osso compacto dos ossos frontal, nasal, maxilar e lacrimal foi removida das partes ocupadas pelos seios, e a parede externa dos seios foi seccionada. Os limites externos associados estão indicados nesta figura. Este cavalo estava com aproximadamente 1 ano e ¼ de idade; uma série de dissecações dos seios paranasais de um cavalo com menos de 9 meses de idade está mostrada nas Figuras 1.54-1.59. Os seios de animais mais velhos estão mostrados nas Figuras 1.44-1.47.

Fig. 1.36 Seios paranasais frontal e maxilar: vista lateral direita (2). Esta é uma vista aproximada de uma parte da Figura 1.35. Neste cavalo jovem, as coroas dos dentes da mastigação, que estão inseridos na parte alveolar dos ossos, reduziram a área dos seios maxilares e ocultam o canal infraorbital, o qual atravessa aqueles seios. A posição do canal infraorbital está indicada pela linha azul tracejada.

Fig. 1.37 Seios paranasais frontal e maxilar: vista dorsolateral direita. Em alguns indivíduos, o seio frontal se estende consideravelmente em direção caudal no seu aspecto medial. Esta imagem do seio maxilar mostra que, nesta idade (por volta de 1 ano e ¼), o limite ventral do seio é restrito pelos dentes da mastigação, mas em animais mais velhos se estende bem abaixo da crista facial. O canal infraorbital não é visível, mas uma pequena parte do seio maxilar caudal pode ser visto pela abertura frontomaxilar.

Fig. 1.38 Seio paranasal frontal e abertura frontomaxilar: vista dorsal. Neste cavalo de 1 ano de idade, o canal infraorbital não pode ser visto na abertura frontomaxilar. Em cavalos mais velhos ele é claramente visível, repousando logo medial ao alvéolo do último dente molar. Compare com as Figuras 1.47 e 1.59.

Fig. 1.39 Narina: vista rostral. Esta figura e as Figuras 1.40, 1.41 são de um pônei não embalsamado, para suplementar aquelas de espécimes embalsamados (Figs. 1.1, 1.6).

Fig. 1.40 Vestíbulo nasal e ducto nasolacrimal: vista rostrolateral esquerda. A narina esquerda está sendo mantida aberta para revelar o óstio nasolacrimal. Em alguns cavalos, 2 ou até 3 óstios nasolacrimais podem estar presentes.

Fig. 1.41 Cartilagem alar da narina: vista rostral. A cartilagem é prontamente palpável na asa medial e na comissura ventral da narina.

Fig. 1.42 Características superficiais do olho: vista lateral esquerda. Este espécime foi fotografado logo após a retirada do sangue e da morte para suplementar as características superficiais vistas na Figura 1.64. As pálpebras estão seguras para abrir os ângulos e as comissuras entre elas. Os corpos negros superiores (grânulos irídicos) estão visíveis; os corpos negros inferiores não podem ser vistos.

Fig. 1.43 Veias da região massetérica: vista lateral esquerda. As veias foram injetadas com látex azul via veia cefálica, e o músculo masseter foi removido.

Fig. 1.44 Dentes da mastigação de um cavalo de 6 anos de idade: vista lateral direita. As placas externas dos ossos maxila, zigomático, lacrimal e mandíbula foram parcialmente removidas nesta cabeça macerada para demonstrar os alvéolos dentários e as partes não erupcionadas dos dentes da

mastigação de coroa alta. As raízes calcificadas se formaram em todos os dentes, com exceção do terceiro molar. Os seios paranasais estão visualizados na Figura 1.45.

Fig. 1.45 Seios paranasais de um cavalo de 6 anos de idade: vista dorsolateral direita. Esta é uma parte do crânio mostrado na Figura 1.44. A relação de alvéolo dentário nos seios maxilares é claramente evidenciada, mas deve ser lembrado que a parede membranosa dos seios se perde durante

a maceração (compare com a Fig. 1.46). A extensão conchal dos seios frontal e maxilar rostral é frequentemente designada como seios separados (seio conchal dorsal e ventral pela NAV).

Fig. 1.46 Canal infraorbital e seios paranasais de um cavalo de 9 anos de idade: vista lateral direita. Em animais mais velhos, as coroas dos dentes da mastigação se tornam curtas e os alvéolos dentários não tornam oculto o canal infraorbital quando visto pela lateral. (Compare com as dissecações de animais mais jovens mostradas nas Figs. 1.35 e 1.59.) Neste espécime desidratado, a membrana mucosa dos seios paranasais foi preservada. O seio frontal é visualizado na Figura 1.47.

Fig. 1.47 Canal infraorbital e seios paranasais em um cavalo de 9 anos de idade: vista dorsal. O canal atravessando o seio maxilar caudal é claramente visível através da abertura nasomaxilar neste animal mais velho (compare com as Figs. 1.38 e 1.59). Este espécime desidratado é observado em vista lateral na Figura 1.46.

Fig. 1.48 Características de superfície das regiões cranianas em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsal. A posição do vórtice de pelos divergentes em relação ao ângulo medial do olho varia entre os indivíduos. As posições estimadas do seio frontal e do cérebro indicadas aqui são baseadas na dissecação mostrada na Figura 1.52. As linhas delineadas da base de cada pina para o ângulo medial do olho do lado oposto irão passar no meio do cérebro.

Fig. 1.49 Componentes superficiais das regiões cranianas em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsal. Os músculos da orelha externa foram seccionados e retirados para revelar o osso frontal e os músculos temporais.

Fig. 1.50 Fossa temporal e seio paranasal frontal em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsal. As partes dorsais dos músculos temporais foram retiradas, e as partes caudais dos seios frontais foram expostas pela remoção das placas externas dos ossos frontais. Os processos coronoides da mandíbula não estão visíveis na fossa temporal.

Fig. 1.51 Topografia do cérebro em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsolateral esquerda. As raízes do crânio foram removidas. A camada fundida de dura-máter e endósteo craniano foi ligeiramente separada do osso, exceto no plano mediano, onde a foice do cérebro está aderida à crista sagital interna do crânio.

Fig. 1.52 Topografia do cérebro em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsal. Os ossos parietal, frontal e etmoidal foram seccionados e retirados para exibir a extensão completa do hemisfério cerebral esquerdo e o grau pelo qual o seio paranasal frontal sobrepõe a cavidade craniana.

Fig. 1.53 Hemisfério cerebral esquerdo em um cavalo de 1 ano de idade: vista dorsolateral esquerda. As camadas externas das meninges

(dura-máter e endósteo cranianos fusionado, junto com a membrana aracnoide) foram removidas no lado esquerdo para expor a cavidade subaracnóidea, na qual fica o encéfalo rodeado pela delicada pia-máter.

Fig. 1.54 Ossos da região facial do potro: vista lateral esquerda. A remoção do periósteo dos ossos da face deste potro mostra a posição dos seios paranasais e dos alvéolos dentários entre as placas superficial e profunda dos ossos planos. As suturas ósseas foram pintadas em branco

Fig. 1.55 Dentes da mastigação superiores do potro: vista lateral esquerda. A remoção da placa superficial do osso maxilar expôs as coroas e as raízes dos dentes da mastigação. Os pré-molares decíduos erupcionam no tempo do nascimento. O primeiro dente molar erupciona aos 6-9 meses de idade. Os dentes inferiores da mastigação e os incisivos deste potro estão mostrados nas Figuras 1.57 e 1.63.

Fig. 1.56 Lábio superior e narina do potro: vista rostrolateral esquerda. Detalhes adicionais desta região estão mostrados na Figura 1.57. Veja também a Figura 1.6 para características de superfície e Figuras 1.391.41; Figura 1.12 para as dissecações dos músculos.

Fig. 1.57 Componentes da narina e do espaço nasoincisivo do potro: vista rostrolateral esquerda. A narina foi dissecada para expor a cartilagem alar e o osso incisivo. A parede da cavidade nasal que repousa no espaço nasoincisivo foi retirada para mostrar a prega alar e a parte ventral do divertículo nasal. O terceiro incisivo decíduo erupciona aos 6-9 meses de idade.

Fig. 1.58 Seios paranasais e ducto nasolacrimal do potro: vista lateral esquerda. Um marcador branco foi colocado no ducto nasolacrimal. Detalhes adicionais desta dissecação são mostrados na Figura 1.59.

Fig. 1.59

Seios paranasais frontal e maxilar do potro: vista dorsolateral esquerda. Neste potro, com cerca de 6 meses, os seios maxilares são pequenos e os dentes se desenvolvem em protuberâncias em seu assoalho ventral. O canal infraorbital está oculto por esses dentes; com o passar da idade, ele se torna uma característica conspícua dos seios maxilares, como avaliado nas Figuras 1.45 e 1.46.

Fig. 1.60 Septo nasal do potro: vista dorsolateral esquerda. A cavidade nasal esquerda e a arcada dental superior foram removidas por uma incisão transversa e mediana. O padrão dos vasos sanguíneos na submucosa do septo é um pouco visível. Um tubo verde foi passado através da cavidade nasal direita e da parte nasal da faringe para penetrar o óstio faríngeo da tuba aditiva. O aparente toro lingual dorsal é um artefato neste espécime; veja Figura 1.74.

Fig. 1.61 Septo nasal cartilaginoso e dentes inferiores do potro: vista dorsolateral esquerda. A membrana mucosa nasal foi removida para mostrar que havia ocorrido, neste potro, pouca ossificação do septo nasal; em um estágio tardio a parte caudal do septo nasal irá ossificar para formar a lâmina perpendicular do etmoidal. O primeiro molar inferior erupciona aos 9-12 meses e o terceiro incisivo decíduo, aos 6-9 meses. Nenhum “dente de lobo” inferior é visto.

Fig. 1.62 Cavidade nasal direita do potro: vista lateral esquerda. A maior parte do septo nasal foi removida para revelar os componentes da parede lateral direita da cavidade nasal. O meato nasal comum não pode ser satisfatoriamente demarcado; ele repousa entre as conchas nasais e o septo

nasal.

Fig. 1.63

Componentes da órbita e do nariz do potro: vista

dorsolateral esquerda. Esta vista da dissecação avaliada na Figura 1.62 mostra componentes em uma superfície de corte transversal, e aqueles da cavidade nasal direita estão visíveis pela medial. A extremidade da epiglote está um pouco fora da imagem no fundo da parte nasal da faringe (Figs. 1.32-1.34).

Fig. 1.64 Características de superfície e contornos dos ossos do olho do potro: vista lateral direita. Na cabeça deste potro jovem, o olho direito (Figs. 1.64-1.71) e a cavidade nasal esquerda (Figs. 1.54-1.63) foram dissecados. A direção dos pelos sobre as pálpebras foi enfatizada por clareamento com peróxido. As linhas azuis mostram o contorno dos ossos do olho traçadas a partir da Figura 1.66.

Fig. 1.65 Componentes superficiais das regiões craniana e facial do potro: vista lateral direita. Detalhes adicionais dos componentes ao redor são mostrados nas Figuras 1.8 e 1.9.

Fig. 1.66 Componentes profundos das regiões craniana e facial do potro: vista lateral direita. Os seios paranasais repletos de ar são detectáveis através da delgada lâmina externa dos ossos da face neste jovem potro. As suturas faciais foram pintadas em branco.

Fig. 1.67 Regiões craniana e facial do potro preparadas para a remoção do arco zigomático e do processo zigomático: vista lateral direita. Partes dos ossos frontal, zigomático e parte escamosa do temporal perto de serem removidas estão indicadas pela linha azul pontilhada (Fig. 1.66).

Fig. 1.68 Órbita do potro: vista ventrolateral direita (1). A superfície seccionada do arco zigomático e do processo zigomático do osso frontal estão hachurados no desenho que acompanha.

Fig. 1.69 Órbita do potro: vista ventrolateral direita (2). O músculo levantador da pálpebra superior, o músculo reto dorsal e a glândula lacrimal foram removidos. A vista é ligeiramente mais dorsal do que aquela mostrada na Figura 1.68.

Fig. 1.70 Nervo abducente do potro: vista lateral direita. O músculo reto lateral foi transeccionado e alfinetado para mostrar o nervo. Note também que, onde a periórbita foi seccionada, a veia profunda da face a atravessa e foi levemente rompida.

Fig. 1.71 Músculo oblíquo dorsal e nervo troclear do potro: vista lateral direita. O músculo reto lateral foi seccionado do globo ocular.

Fig. 1.72 Dentes incisivos de um potro recém-nascido: vista lateral direita. Tanto o primeiro quanto o segundo dente incisivo estão ainda

cobertos pela gengiva, e a distinção entre eles não é fácil de ser percebida neste potro natimorto. A língua foi colocada à esquerda do diastema.

Fig. 1.73 Boca de um potro recém-nascido: vista ventrolateral direita. Neste potro natimorto, o primeiro incisivo temporário superior está apenas começando a romper a gengiva junto da linha média. O primeiro incisivo normalmente erupciona um pouco antes, ou um pouco depois do nascimento. O segundo incisivo temporário geralmente erupciona em 3-4 semanas de idade.

Fig. 1.74 Dentição de um potro recém-nascido: vista lateral esquerda. A descoloração da camada do esmalte torna a coroa mais facilmente visível. Considerável protrusão da coroa pela superfície gengival ocorre antes da real penetração da gengiva. Este potro natimorto mostra uma anormalidade do palato duro, mas a dentição é normal. Note a superfície plana da língua; compare com a Figura 1.60.

2

COLO (PESCOÇO)

Importância clínica do colo (pescoço) As obstruções das vias aéreas resultam de bloqueios em um ou mais de vários locais. Estenose das coanas (no nariz) é a causa mais óbvia. A obstrução também pode ser causada por hiperplasia linfoide da faringe, cistos e defeitos do palato, paralisia da faringe, neoplasia, cistos faríngeos, anormalidades traqueais congênitas e obstrução da traqueia e lesões resultantes da intubação na traqueostomia. É importante lembrar que as doenças do trato respiratório inferior (caudal) podem se tornar aparentes, como corrimentos nasais ou tosses. A laringe fica na junção entre a cabeça e o colo. As cartilagens da laringe estão presas na parede caudal da parte nasal da faringe pelo arco palatofaríngeo do palato mole em um escudo artificial. Isso é desconectado para o ato da deglutição, no qual os músculos palatofaríngeos participam. Na condição de “ronco” ou “assobiar”, o cavalo tem uma inspiração nasal excessiva e pouca tolerância ao exercício. Mais corretamente, a condição é chamada de neuropatia do laríngeo recorrente. Lesão do nervo laríngeo caudal (recorrente) previne a abdução normal, simétrica, da cartilagem aritenoide durante a inspiração. Resulta em turbulência de ar na laringe. Ela é, geralmente, no lado esquerdo. O nervo laríngeo caudal (recorrente) esquerdo é significativamente maior do que o direito. A sugestão etiológica comum é que estiramento ou danos no nervo resultem de seu trajeto ao redor da aorta no tórax. Existem vários graus de lesões. Ela é uma atrofia neurogênica progressiva. O tratamento está além do objetivo desta introdução. Vários procedimentos cirúrgicos foram desenvolvidos ao longo dos anos, incluindo remoção do ventrículo da laringe (ventriculectomia), ligadura protética e aritenoidectomia. Todas essas técnicas necessitam de um conhecimento detalhado da anatomia da laringe. Outros defeitos da laringe podem incluir encarceramento da epiglote, cistos subepiglóticos (estes são usualmente derivados de tecido embrionário do ducto tireoglosso e são frequentemente encontrados em um encarceramento), condrite da aritenoide e

defeitos do 4° arco branquial levando a doenças congênitas. Em cavalos jovens, a hiperplasia linfoide da faringe, provavelmente em resposta a infecções, é um problema comum. No encarceramento da epiglote, a cartilagem da epiglote se torna envolvida por uma prega da mucosa glossoepiglótica, que surge entre a epiglote e a base da língua e que se estende lateralmente como a prega ariepiglótica. Não está claro por que isso ocorre. Edema lateral não é comum. Podem ocorrer paralisias ou paresias da laringe, particularmente quando os linfonodos são danificados por uma infecção com Streptococcus equi (garrotilho). Doença aérea obstrutiva pode envolver a faringe, mas pode estar associada a problemas do divertículo da tuba auditiva. Outras causas de doença aérea obstrutiva incluem enfisema, paralisia da faringe, defeitos do palato, ou deslocamento do palato mole. Ocasionalmente a traqueia é o foco de origem de um problema obstrutivo, sendo o cavalo notoriamente suscetível às doenças respiratórias alérgicas. A traqueia pode ser palpada no colo. Sua posição superficial facilita a aspiração transtraqueal, pela qual material asséptico pode ser coletado do trato respiratório inferior (caudal). Uma incisão é feita através da pele na linha mediana ventral; os músculos em fita são separados, e é feita uma incisão entre os anéis cartilaginosos, pelo ligamento anular, na traqueia. Então, um cateter pode ser usado para injetar solução salina em um lavado traqueal ou por lavagem broncoalveolar. A obstrução traqueal não é comum, mas pode ocorrer seguida de traumatismo ou resultante de pressão por uma massa dorsal à traqueia. A obstrução é normalmente cervical, ocasionalmente torácica. A endoscopia da traqueia é utilizada para investigação de colapso aéreo dinâmico. O sangue pode ser coletado da veia jugular e de outras veias, incluindo a veia transversa da face, a veia torácica superficial caudal ao cotovelo e a veia cefálica no aspecto medial do membro torácico. A veia safena no aspecto medial do membro pélvico (pelvino) também é possível. Para análise da gasometria do sangue arterial, a artéria transversa da face, a artéria facial e a artéria metatarsea dorsal podem ser usadas. O sulco jugular é importante. Ele

contém a veia jugular, um componente importante para anestesia intravenosa, administração de medicamentos e para obtenção de amostras de sangue. O terço cranial do sulco é mais acessado e geralmente é um procedimento com pouco risco. Ele também é o mais usado para a colocação de cateteres na jugular. A veia normalmente tem um pulso jugular visível no terço caudal do colo. A distensão da veia jugular, ou um pulso anormal, sugere doença cardíaca primária, ou compressão cardíaca causada por fluido ou massa no mediastino ou no pericárdio. Trombose da veia jugular (séptica ou asséptica) pode ocorrer após venopunção ou cateterização, e os efeitos sobre o retorno venoso da cabeça podem posteriormente produzir edema da extremidade facial. A glândula tireoide é clinicamente importante. Os potros raramente sofrem de hipotireoidismo, até mesmo sem desenvolvimento de estoques de iodo. Em cavalos idosos, pode haver adenomas da tireoide causando aumento palpável da tireoide, e o hiperparatireoidismo também pode ocorrer. As vértebras cervicais são clinicamente importantes. Os acidentes com equinos durante as corridas ou as caçadas podem causar traumatismo cervical, principalmente na articulação atlanto-occipital. A malformação conhecida como estenose vertebral cervical é mais popularmente conhecida como a “síndrome de wobbler”. Ela ocorre entre os 18 e 30 meses de idade em puros-sangues. Ela é provavelmente de etiologia complexa, mas pode envolver deslocamento de vértebras cervicais, anomalias de desenvolvimento das vértebras cervicais, ou artropatia cervical. Também é possível, usando orientação por ultrassom, realizar a artrocentese das superfícies nos espaços articulares entre os processos cranial e caudal das vértebras, quando a dor no colo é suspeitada. É essencial não puncionar a artéria vertebral. A musculatura cervical é amplamente acessível e não é alvo notável de efeitos adversos, então é um dos mais frequentes locais para injeções intramusculares no cavalo. Os processos transversos cervicais podem ser sentidos em um ponto a 10 cm ou menos da vértebra no terço médio do colo, um palmo de largura à frente da escápula e ventral ao ligamento da nuca é o ideal. Os músculos peitorais algumas vezes são usados, e também a metade distal dos músculos semimembranoso e semitendinoso no membro pélvico (pelvino).

A disfagia (dificuldade de engolir) pode envolver a boca (corpos estranhos na cavidade oral) ou a faringe, contudo é mais comum estar associada ao esôfago. Pode também ser resultado de irritação oral, doença do tronco encefálico ou danos dos nervos cranianos, raiva, ou “doença do pasto” (atualmente conhecida como disautonomia equina). Obstrução esofágica pode ser causada por uma série de fatores, incluindo corpos estranhos, problemas dentários e abscessos retroesofágicos, como o empiema do divertículo da tuba auditiva. Obstrução simples no lúmen do esôfago pode ser causada por alimento, lascas de madeira ou da forragem da cama e pode ser indicada por salivação, ânsia para a êmese e tosse. A passagem de uma sonda nasal indicará o local da obstrução, e então o material pode ser lavado em sentido aboral ou succionado em sentido oral (retrógrado). A perfuração esofágica pode ocorrer por obstrução do esôfago, perfuração por corpos estranhos, ferimentos externos, intubação repetida, extensão de infecções ou lesões, ou mesmo cirurgias corretivas. A esofagotomia deve ser feita sobre o local da obstrução. Ela precisa de uma incisão da pele de 8-10 cm na linha mediana ventral. A posição dos músculos longo do colo, esternocefálico e esternotireoióideo; da veia jugular e dos músculos braquiocefálico e omoióideo deve ser conhecida para ser feita uma esofagotomia com sucesso. A artéria carótida comum, o nervo laríngeo caudal (recorrente) e o tronco vagossimpático devem ser tratados com o máximo de cuidado de ambos os lados. Os linfonodos do colo são valiosas indicações clínicas de alterações patológicas sobre suas áreas de drenagem. Os linfonodos retrofaríngeos laterais são supostamente superficiais, mas não são normalmente palpados, a menos que estejam aumentados com fluido, ou inflamação, ou neoplasia. Os linfonodos retrofaríngeos mediais não são palpados, mas a cadeia cervical profunda de linfonodos pode ser palpada, se aumentada. O linfonodo cervical superficial (popularmente pré-escapular) faz a drenagem da parte caudal do colo, do ombro e da maioria do membro torácico. Ele é um dos maiores linfonodos do corpo do cavalo, e sua drenagem perfaz uma área muito extensa, incluindo todo o membro torácico. Ele frequentemente se apresenta com uma cadeia de linfonodos acessórios e é palpável em cavalos magros,

mesmo quando não está aumentado. As maiores características clínicas da parte caudal da cabeça, margeando o colo, são os divertículos pares da tuba auditiva (bolsa gutural). Eles ficam ventrais ao crânio e dorsais à faringe e ao esôfago. O volume de cada “bolsa” é de, aproximadamente, 300 mL. Os compartimentos esquerdo e direito estão em contato medialmente (na linha média). A arquitetura de cada divertículo é complicada pelo osso estiloioide, o qual divide essa bolsa em compartimentos medial e lateral. O divertículo é revestido por epitélio pseudoestratificado ciliado e é do tipo secretor. Os pontos de drenagem das bolsas na tuba auditiva não estão, infelizmente, nos pontos ventrais do divertículo. Essas passagens estão abertas durante a deglutição e, pela ação da gravidade, drenam quando a cabeça está abaixada. Os óstios faríngeos da tuba auditiva são em fenda, sob dobras de cartilagem, que se abrem na parede dorsolateral da faringe. Os problemas clínicos envolvendo o divertículo da tuba auditiva são encontrados pelo seu relacionamento com os componentes ao redor. O compartimento medial é atravessado pelos nervos cranianos, do IX até o XII, e pela artéria carótida interna; o compartimento lateral é atravessado pela artéria e veia maxilares externas, e o nervo facial fica na superfície dorsal. Assim, qualquer infecção no divertículo da tuba auditiva pode potencialmente erodir e alterar esses componentes, causando uma ampla variedade de sinais clínicos. Também, a bolsa é uma reserva natural para o Streptococcus equi, o causador do garrotilho. A condição mais simples que afeta a bolsa é o timpanismo, o qual ocorre principalmente em potros, sendo frequentemente bilateral, e pode ser sentido e visto como edemas caudais à mandíbula. Nessa condição, o óstio atua como uma válvula sem a possibilidade de retorno; o ar entra, mas não escapa. Pode ser aliviada pela criação de uma fístula com a faringe, ou com a bolsa oposta, ou pela dilatação do óstio. Pode ser por inflamação crônica (diverticulite da “bolsa gutural”); acúmulo de muco nas bolsas, e isso pode causar infecções crônicas e a presença de concreções sólidas ou condroides. O mais grave é uma micose do divertículo da tuba auditiva. Este é um processo invasivo na bolsa, particularmente na parte dorsal de ambos os compartimentos, lateral e medial (junto aos vasos). O processo erosivo pode assim danificar a artéria carótida

interna (compartimento medial) ou a artéria maxilar externa (compartimento lateral). Isso pode resultar em uma hemorragia grave como primeiro sinal clínico, que pode rapidamente ser fatal. Além do mais, a íntima relação com os nervos e outros componentes pode se tornar a causa de paralisia da faringe, hemiplegia da laringe ou paralisia facial. A erosão pode até se estender para a articulação temporomandibular. As complicações podem ser avaliadas por endoscopia, ultrassonografia e radiografia. O tratamento pode ser realizado por uma variedade de procedimentos, como a) uma incisão cranial à asa do atlas; b) pelo triângulo de Viborg, o qual pode originar um acesso restrito; c) uma aproximação parafaríngea com o cavalo em decúbito dorsal, onde uma incisão pela linha mediana ventral é feita, permitindo uma aproximação lateral por laringe, traqueia e músculo cricofaríngeo; ou d) uma técnica conhecida como “acesso Whitehouse modificado”, o qual envolve uma incisão ventral à veia linguofacial. A bolsa sinovial profunda à parte funicular do ligamento da nuca pode se tornar aumentada e infeccionada. No arco dorsal do atlas (C1), a bolsa nucal (atlântica) cranial pode ser a origem do “mal da apara, abscesso na cabeça do cavalo”. Sobre os processos espinhosos de T2-T4, entre as partes funicular e lamelar do ligamento, repousa a bolsa supraespinhosa, a qual pode originar a “cernelha fistulosa – mal da cernelha”. Essas são condições graves que necessitam de tratamento antibacteriano e, possivelmente, drenagem cirúrgica. A Brucella abortus foi incriminada em ambas as condições.

Fig. 2.1 Características superficiais do colo e do ombro: vista lateral esquerda. A crina foi movida para o lado direito para exibir a crista, a qual não estava bem desenvolvida neste jovem castrado. A pele sobre as características ósseas palpáveis recebeu tricotomia. As características superficiais das partes craniais do colo estão mostradas na Figura 1.4.

Fig. 2.2 Ossos do colo e do ombro: vista lateral esquerda. As características ósseas palpáveis mostradas na Figura 2.1 foram coloridas de vermelho. A margem dorsal da cartilagem da escápula está representada por um arame vermelho.

Fig. 2.3 Musculatura superficial do colo. A fáscia superficial e o músculo cutâneo omobraquial foram removidos, mas o amplo músculo cutâneo do colo foi preservado.

Fig. 2.4 Músculos sobre os linfonodos cervicais superficiais: vista craniolateral esquerda. A inserção do músculo cutâneo do colo na fáscia cervical foi removida.

Fig. 2.5

Linfonodos cervicais superficiais: vista craniolateral esquerda. O músculo cutâneo do colo foi rebatido e o tecido adiposo rodeando os linfonodos foi removido.

Fig. 2.6 Conteúdo do sulco jugular: vista lateral esquerda. A margem dorsal do sulco, formada pelo músculo braquiocefálico, foi removida, deixando os componentes do sulco e sua margem ventral (músculo esternocefálico) em posição.

Fig. 2.7 Músculos em fita do colo: vista lateral esquerda. Os músculos braquiocefálico e esternocefálico foram dissecados para exibir os músculos esternoióideo, esternotireóideo e omoióideo. O tendão intermédio não é distinguível em alguns indivíduos.

Fig. 2.8 Linfonodos e vísceras cervicais: vista lateral esquerda. Os linfonodos profundos e o ducto linfático traqueal foram expostos pela remoção do músculo omoióideo e da veia jugular.

Fig. 2.9 Componentes cervicais na entrada do tórax: vista lateral esquerda (1). O membro torácico foi removido.

Fig. 2.10 Conteúdo da bainha carotídea: vista lateral esquerda. A bainha de fáscia foi incisada. Nervos, artéria e tronco linfático associado foram ligeiramente separados da posição por um alfinete preto.

Fig. 2.11 Componentes cervicais na entrada do tórax: vista lateral esquerda (2). Os músculos serrátil ventral e peitoral foram seccionados para expor o esterno, a costela, e componentes cervicais neste local.

Fig. 2.12 Componentes cervicais na entrada do tórax: vista lateral esquerda (3). Os ventres do músculo escaleno foram removidos na maior parte caudal do colo.

Fig. 2.13 Músculos profundos do colo: vista lateral esquerda (1). Os músculos esplênio e serrátil ventral foram removidos. A 1ª costela foi retirada e a 2ª costela sofreu uma pequena secção. A parte cranial da dissecação está avaliada na Figura 1.31.

Fig. 2.14 Músculos profundos do colo: vista lateral esquerda (2). A parte cervical dos músculos eretores da espinha, grupo intermédio (m. longuíssimo), foi removida.

Fig. 2.15 Nervos cervicais e ligamento da nuca: vista lateral esquerda. A remoção do músculo semiespinal da cabeça expôs o ligamento da nuca.

Os ramos dorsais dos nervos cervicais emergem da camada mais profunda dos músculos da coluna.

Fig. 2.16 Ligamento da nuca: vista lateral esquerda. A remoção dos músculos espinais cervicais expôs a larga parte laminar do ligamento e os ligamentos interespinhosos relacionados.

Fig. 2.17

Vértebras atlas e áxis: vista lateral esquerda. Os componentes da faringe foram relacionados com detalhes na Figura 1.26 e nas Figuras 1.32–1.34.

Fig. 2.18 Vértebras cervicais e o ligamento da nuca: vista lateral esquerda. A remoção dos músculos mais profundos (multifídios, intertransversários e oblíquos da cabeça) revelou a inserção cervical do ligamento. Perceba que não há inserção, neste espécime, no processo

espinhoso de C6. Detalhes adicionais desta dissecação estão mostrados nas Figuras 2.19 e 2.20.

Fig. 2.19 As duas últimas vértebras cervicais e a primeira torácica: vista lateral esquerda. O canal transverso abriga a artéria, a veia e o nervo vertebrais. Ele inicia no forame transverso de C6. Não há forame transverso em C7.

Fig. 2.20 Ligamento da nuca na articulação atlanto-axial: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de parte da dissecação mostrada na Figura 2.18.

Fig. 2.21 Ligamento da nuca: vista lateral esquerda. A parte funicular do ligamento foi afastada para o lado direito, para revelar os processos espinhosos de T4 e T5. As bolsas sinoviais estão algumas vezes localizadas entre os processos espinhosos de cada vértebra torácica e a parte funicular do ligamento da nuca. A bolsa subligamentosa supraespinal fica entre as duas partes do ligamento da nuca.

3

MEMBRO TORÁCICO

Importância clínica do membro torácico O potro cresce rapidamente, especialmente do nascimento até a 10ª semana de idade. A fusão das placas de crescimento nos ossos dos membros oferece uma estimativa da idade aproximada do cavalo jovem. Raças leves tendem a ter a fusão mais cedo do que as raças pesadas. A placa de crescimento proximal do úmero se fecha entre 24-42 meses de idade, e a placa distal entre 12-24 meses de idade. No rádio, a fusão das placas de crescimento proximal se dá entre 12-24 meses de idade, e a placa distal, aos 24 meses (ela tem um crescimento contínuo pelas primeiras 60 semanas de vida). A fusão da placa de crescimento ulnar ocorre por volta de 24-36 meses. A placa de crescimento proximal do III metacárpico está fundida ao nascimento, assim como estão as placas de crescimento distais das falanges proximal e média. A placa de crescimento distal do III metacárpico se funde aos 6-9 meses, e as placas proximais das falanges, proximal e média, fusionam por volta de 6-12 meses. No cavalo jovem pode haver anormalidades de conformação, e se houver anomalias de angulação dos ossos, elas são mais bem diagnosticadas por volta de 70 dias de idade. Elas são vistas normalmente como membros arqueados, com deformidades flexurais e contráteis. O cavalo jovem também pode sofrer pela osteocondrose dissecante no ombro e no cúbito (cotovelo), e isso pode ser unilateral ou bilateral. Cistos ósseos subcondrais também podem afetar os cavalos jovens. Os membros dos equinos frequentemente estão sujeitos ao traumatismo, especialmente o membro torácico. Não é fácil separar os componentes que podem estar envolvidos no complexo da claudicação. É importante localizar o(s) local (is) do problema e caracterizar a natureza das alterações patológicas. Isso requer uma boa história (anamnese), uma completa inspeção, um exame físico completo, o qual inclui palpação e manipulação, e, posteriormente, uma avaliação detalhada. O exame clínico irá revelar deformidades, edemas ou

espessamentos, lesões de pele e atrofia muscular. A palpação detecta calor e dor, bem como o local preciso e a consistência do inchaço. A dor superficial normalmente é testada por pressões da pele, e a dor profunda é testada pelo uso de aparelhos de avaliação da úngula, por flexão do membro ou palpação digital profunda. Analgesia é utilizada para as articulações e também para o bloqueio nervoso diagnóstico. Em doenças crônicas, a analgesia induzida pode não bloquear completamente para o diagnóstico das lesões. Se mais de um local ou ambos os membros estiverem envolvidos, pode ser mesmo mais difícil. Após o uso da analgesia nos nervos na parte proximal dos membros, podem ocorrer perda da função motora e passos em falso. A manipulação das articulações permite a avaliação do movimento e detecta restrições, instabilidades, dor e crepitação. Anormalidades da locomoção podem ser detectadas. Esses resultados podem, então, receber investigação adicional pelas técnicas avaliáveis, como as radiológicas, ultrassonográficas, cintilográficas, imagem por ressonância magnética, tomografia computadorizada e uso de anestesia regional e bloqueios nervosos específicos para localizar a área da claudicação. Existem vários tipos de fraturas. A direção e a localização das linhas de fratura em um único osso podem ter um significativo efeito sobre a possibilidade de reparo. O deslocamento relativo das partes fraturadas também é importante. Em alguns casos, a fratura é incompleta. Ela pode ser estável ou instável, mas provavelmente as características mais importantes são se a fratura é aberta ou fechada, pois as fraturas abertas quase invariavelmente são infectadas. O tratamento de fraturas isoladas está além da nossa redução, mas as fraturas dos ossos proximais dos membros são difíceis, frequentemente impossíveis de reparar, e as fraturas distais dos membros são mais acessíveis. Em todos os casos de fraturas recentes há uma claudicação aguda, que evolui continuamente, mas o fato de que todos eles exigem formação de um calo, seguido por subsequente remodelagem, nunca mudará. A recuperação anestésica e os cuidados com essas fraturas após reparo cirúrgico são os aspectos mais cruciais para a ortopedia equina.

A escápula (com quatro centros de ossificação) não é facilmente fraturada, mas o túber da espinha da escápula pode ser fraturado, e a superfície articular da cavidade glenóidea pode ser acometida. A parte proximal do úmero tem três centros de ossificação, os quais se fundem com cerca de 3-5 meses de idade; a parte distal tem dois centros de ossificação. O úmero também não é fraturado comumente, assim como a escápula, por ele estar protegido por uma forte musculatura, mas todos os outros ossos do membro torácico estão mais expostos. Um rádio fraturado requer uma bandagem Robert Jones para prevenir a adução. Fraturas da ulna frequentemente envolvem a superfície articular da incisura troclear. Esse problema e a separação do olécrano (também não raramente seguida de falha ou por um coice de outro cavalo) ambos são vistos como “cotovelo caído”, porque o músculo tríceps se torna incapaz de preveni-lo. Fraturas do osso carpo acessório e fraturas em fragmentos do carpo podem causar lesões da bainha do carpo. As atividades dos cavalos predispõem a uma ampla variedade de lesões articulares, frequentemente associadas a alto estresse, resultante de galope ou salto. Existe uma variedade de doenças articulares, incluindo sinovite idiopática, artrite traumática e osteoartrite. A osteoartrite pode ser primária ou secundária seguida de rupturas mecânicas e inflamação mediada por citocinas (anticorpos associados, danos pelos radicais livres, ou danos enzimáticos). O sinal inicial é quase sempre um resultado de acúmulo de fluido extra na articulação e aparece como um edema de tecidos moles ao redor da articulação. Muitas das articulações com grande mobilidade têm uma cápsula articular ampla pela qual o fluido é facilmente aspirado, mas articulações de pouco movimento, como aquelas do carpo, são muito mais difíceis de aspirar. Esses componentes sinoviais também podem ser afetados por lesões focais externas. Muito frequentemente há um pequeno ferimento, seguido de edema após 2-3 dias, por sua vez seguido por vazamento de líquido sinovial pela articulação. As articulações também são afetadas por contaminação de microrganismos por via hematógena (particularmente em potros), penetração

local, ou extensão local dos componentes periarticulares. Artrocentese seguida por medicação intra-articular comumente é feita quando se está diagnosticando ou tratando doenças articulares. A análise do fluido sinovial auxilia na interpretação de alterações articulares e é de grande importância em cavalos com artrite séptica. Tal análise requer acesso visual, exame do volume de proteínas totais, células inflamatórias e uma análise citológica. A articulação do ombro pode mostrar luxação ou subluxação, particularmente se ocorrer relaxamento dos ligamentos da articulação e dos tendões dos músculos. A analgesia intra-articular da articulação do ombro necessita de um acesso entre as partes cranial e caudal do tubérculo maior do úmero, com a agulha em uma direção horizontal ligeiramente caudomedial, para penetrar na cavidade sinovial. A articulação do cúbito (cotovelo) é muito ampla e frequentemente está acometida por artrite séptica. O higroma de codilho é uma bolsa adquirida na ponta do cúbito. A analgesia intra-articular dessa articulação é possível. O epicôndilo lateral do úmero e a tuberosidade lateral do rádio são palpáveis, e a agulha é inserida entre eles, cranial ou caudalmente ao ligamento colateral lateral, em direção horizontal, aprofundando-se de 4-5 cm. Doenças envolvendo as articulações do carpo são muito comuns. Existem 7 ou 8 ossos no carpo. A fileira proximal do carpo tem os ossos cárpicos radial, intermédio, ulnar e acessório. A fileira distal tem os cárpicos II, III, IV e, algumas vezes, o I. Existem aproximadamente 26-27 articulações separadas entre esses ossos. Essencialmente, existem três articulações – a antebraquiocárpica, a qual rotaciona e desliza; a intercárpica, que é uma articulação de dobradiça simples; e a carpometacárpica, que apresenta pouco movimento. A analgesia intra-articular das articulações do carpo é possível com uma técnica diagnóstica. Com o membro fixado em uma posição flexionada, o local da injeção é facilmente palpável. A articulação radiocárpica é acessada pela localização da depressão entre o rádio e a fileira proximal dos ossos do carpo. Para a intercárpica, a depressão está entre as fileiras proximal e distal

dos ossos do carpo. Para ambas as articulações, a agulha é inserida medial ao tendão do músculo extensor carporradial ou entre este e o tendão do extensor digital comum. Músculos e tendões, com seus componentes associados, são comumente alvo de lesões em qualquer tipo de atividade do cavalo. As rupturas do extensor digital comum, normalmente na bainha sobre o aspecto lateral do carpo, podem ocorrer em potros com contratura cárpica. A cápsula fibrosa palmar da articulação do carpo é densa e intimamente associada ao aspecto palmar dos ossos do carpo formando a parede dorsal do canal do carpo. Ela se continua distalmente para formar a cabeça acessória do tendão do músculo flexor digital profundo (ligamento acessório ou check inferior). A fáscia cárpica sobre a face palmar da região cárpica forma o retináculo dos flexores (ligamento cárpico transverso) entre a margem palmar livre do osso carpo acessório e o aspecto medial do carpo. Isso complementa o arco cárpico, o qual contém os tendões do flexor digital superficial e o flexor digital profundo. As lesões da bainha tendínea flexora do carpo são menos comuns do que os problemas das bainhas dos tendões flexores digitais, mas podem ser uma causa grave de claudicação. Elas frequentemente resultam de fraturas dos ossos do carpo. As bainhas tendíneas se estendem de 4-8 cm proximais ao osso carpo acessório a 5-10 cm distais dos ossos do carpo. A bainha proximal é caudal à parte distal do rádio e cranial ao tendão do flexor digital profundo. O ligamento acessório do tendão do flexor digital superficial (ligamento radial ou check superior) forma parte da parede medial da bainha. A curta cabeça radial do músculo flexor digital profundo se protrai dentro da bainha proximalmente e está inserida no aspecto dorsomedial do tendão flexor digital profundo, aproximadamente 2 cm proximal ao osso acessório do carpo. A meio caminho entre o recesso proximal da bainha e o osso carpo acessório, caudal à parte distal do rádio, a bainha se estende lateral e medialmente para o tendão do músculo flexor digital profundo. Lesões dos nervos do membro torácico geralmente são causadas por traumatismo pelas atividades normais ou por agressão de outro cavalo. Danos do nervo supraescapular, o qual é motor para os músculos supraespinal e

infraespinal, resultam no “ombro caído”. A atrofia dos músculos do ombro pode levar 18 meses para ser resolvida. Danos do nervo radial podem acompanhar as fraturas do úmero. A perda da inervação para os tendões extensores dos dedos causa um cúbito caído e incapacidade para sustentação, resultando em longos períodos de decúbito lateral. Lesões dos nervos ulnar e mediano podem levar à carência da sensibilidade da pele palmar do metacarpo e de palmar a dorsodistal da região digital. Analgesia do antebraço pode ser realizada pelo bloqueio do nervo mediano, 5 cm distal à articulação do cúbito, onde o nervo corre pela face caudal do rádio. O nervo ulnar é bloqueado 10 cm proximal ao osso carpo acessório, em um sulco entre os músculos flexor carpoulnar e extensor carpoulnar (ulnar lateral). Danos do nervo musculocutâneo resultam em uma inabilidade para flexionar o cúbito, por não haver efetiva inervação para os músculos bíceps do braço, coracobraquial e braquial. Há também perda da sensibilidade sobre o aspecto dorsomedial do membro, desde o carpo até a extremidade. O nervo pode ser bloqueado subcutaneamente em cada lado da veia cefálica, aproximadamente na metade da distância entre o carpo e o cúbito, para anestesiar ambos os ramos, cranial e caudal, dos nervos metacárpicos. O nervo axilar pode ser lesionado, o que resulta em flexão reduzida do ombro e instabilidade lateral da articulação do ombro, por não haver efetiva inervação dos músculos deltoide, redondo maior e redondo menor.

Fig. 3.1 Características superficiais das regiões escapular e braquial: vista lateral esquerda. A pele sobre as proeminências ósseas palpáveis recebeu tricotomia. A margem cranial da escápula está coberta pelos músculos subclávio e supraespinal e não é facilmente palpável. O acrômio é pequeno ou está ausente no cavalo e nunca é palpável. O vórtice de pelos divergentes situado logo caudalmente ao úmero é facilmente visualizado, mas não aparece bem nesta vista lateral.

Fig. 3.2 Ossos do membro torácico. Regiões escapular e braquial: vista lateral esquerda. As proeminências ósseas palpáveis mostradas na Figura 3.1 foram coloridas de vermelho. A margem palpável da cartilagem da escápula está indicada por um arame vermelho. As extremidades dos processos espinhosos na região interescapular não foram coloridas.

Fig.

3.3

Características superficiais das regiões braquial, antebraquial e do carpo: vista lateral esquerda. A pele sobre as proeminências ósseas palpáveis sofreu tricotomia. Os componentes superficiais da mão e a localização do toro do carpo (castanha) sobre a face medial do membro na parte distal do antebraço estão mostrados nas Figuras 7.1, 7.3, 7.5 e 7.7. A proeminência lateral sobre a extremidade distal do rádio é normalmente chamada de processo estilóideo lateral, mas está parcialmente na metáfise.

Fig. 3.4 Ossos do membro torácico. Regiões braquial, antebraquial e do carpo: vista lateral esquerda. As proeminências ósseas palpáveis mostradas na Figura 3.3 foram coloridas de vermelho. O processo articular situado logo distalmente à proeminência marcada na metáfise do rádio é o então designado “processo estilóideo lateral do rádio”: ele é, na verdade, a epífise distal da ulna e se articula com o osso carpo ulnar.

Fig. 3.5 Músculos cutâneos das regiões escapular e braquial: vista lateral esquerda. A fáscia superficial, na qual repousa o músculo cutâneo, foi aberta dorsal e ventralmente para mostrar os músculos envoltos por ela. Esses músculos estão mais visíveis na Figura 3.6.

Fig. 3.6 Componentes superficiais das regiões escapular e braquial: vista lateral esquerda (1). A fáscia superficial e os músculos cutâneos foram removidos. Durante a dissecação prévia do colo (pescoço) (Cap. 2), os músculos omotransversário e braquiocefálico (mostrados intactos nas Figs. 2.3 e 2.4) foram seccionados (Fig. 2.7).

Fig. 3.7 Componentes superficiais das regiões escapular e braquial: vista lateral esquerda (2). A parte cervical do músculo trapézio foi removida e o grande dorsal dissecado para mostrar a inserção escapular das partes cervical e torácica do músculo serrátil ventral. A extensão completa deste músculo será vista quando a escápula for removida (Fig. 3.10).

Fig. 3.8 Componentes axilares antes da remoção do membro torácico esquerdo: vista dorsal. Os músculos trapézio, rombóideo e serrátil ventral foram seccionados, a escápula foi abduzida e por cima observa-se a saída do plexo braquial entre as duas partes do músculo escaleno. A Figura 3.9 mostra um estágio adicional desta dissecação da axila.

Fig. 3.9 Componentes axilares antes da remoção do membro torácico esquerdo: vista caudal. O membro torácico foi abduzido agora para se avaliar mais completamente a axila. Os nervos e vasos sanguíneos da axila foram dissecados para revelar suas relações topográficas. Detalhes

adicionais do tronco e membro estão mostrados nas Figuras 3.10 e 3.15.

Fig. 3.10 Músculos peitoral e serrátil ventral após remoção do

membro torácico: vista lateral esquerda. Os músculos peitorais, rombóideo, trapézio e serrátil ventral foram incisados para remover o membro torácico. Os nervos do plexo braquial não estão arranjados para mostrar a disposição antes da remoção do membro. Entretanto, isso é visto na Figura 3.48.

Fig. 3.11

Componentes superficiais do antebraço e do carpo esquerdos: vista cranial. O membro foi removido do tronco. A pele e a fáscia superficial foram removidas para mostrar os vasos e nervos superficiais, mas os músculos do antebraço ainda estão revestidos pela forte fáscia antebraquial. O espécime neste estágio da dissecação também é avaliado nas Figuras 3.12-3.14.

Fig. 3.12

Componentes superficiais do antebraço e do carpo esquerdos: vista lateral. O espécime está no mesmo estágio de dissecação mostrado nas Figuras 3.11, 3.13 e 3.14.

Fig. 3.13

Componentes superficiais do antebraço e do carpo esquerdos: vista caudal. O espécime está no mesmo estágio de dissecação mostrado nas Figuras 3.11, 3.12, 3.14. Sobre o comentário acerca do uso do termo “processo estilóideo lateral”, veja a nota na Figura 7.4.

Fig. 3.14

Componentes superficiais do antebraço e do carpo esquerdos: vista medial. O espécime está no mesmo estágio de dissecação mostrado nas Figuras 3.11-3.13.

Fig. 3.15 Regiões escapular e braquial esquerdas: vista medial. Os músculos que fixam o membro ao tronco foram seccionados, veja Figura 3.10, mas suas inserções na escápula e no úmero foram preservadas. Nenhum cuidado foi tomado para avaliar os vasos e os nervos axilares em

sua posição topográfica correta. Estes serão avaliados nas Figuras 3.43-3.51.

Fig. 3.16 Nervos do plexo braquial do membro torácico esquerdo: vista medial. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura 3.15.

Fig. 3.17 Artéria, veia e o nervo medianos esquerdos na região medial do cúbito (cotovelo): vista medial. O músculo peitoral transverso foi rebatido ventralmente para avaliar a posição da artéria, da veia e do nervo. Esses componentes ficam medial à tuberosidade medial do rádio e ao epicôndilo medial do úmero, sendo revelados pela remoção da fáscia profunda. Nesse ponto o pulso pode ser tomado e o nervo mediano cirurgicamente acessado.

Fig. 3.18 Componentes das regiões braquial, antebraquial e do carpo esquerdas: vista cranial. O longo tendão no músculo bíceps braquial (lacerto fibroso) é claramente observado inserindo-se com o extensor carporradial. Este espécime também é mostrado nas Figuras 3.19-3.24.

Fig. 3.19

Componentes das regiões escapular, braquial e antebraquial: vista lateral esquerda. As fortes fáscias omobraquial, braquial e antebraquial foram removidas. Este espécime também é visualizado nas Figuras 3.18 e 3.20-3.24.

Fig. 3.20 Componentes do antebraço e do carpo: vista lateral esquerda. Esta figura revela a parte distal do espécime mostrado na Figura 3.19.

Fig. 3.21 Componentes das regiões braquial, antebraquial e do carpo esquerdas: vista caudal. O espécime está no mesmo estágio da dissecação mostrada nas Figuras 3.19, 3.20, 3.22, 3.23 e 3.24.

Fig. 3.22 Componentes das regiões escapular, braquial, antebraquial e do carpo esquerdas: vista medial. O espécime está no estágio da dissecação mostrada nas Figuras 3.18-3.21 e Figuras 3.23–3.24. Em comparação com os estágios iniciais de dissecação, mostrados nas Figuras 3.14 e 3.15, detalhes adicionais dos nervos, artérias e veias do antebraço estão expostos pela remoção dos músculos que fixam o membro ao tronco.

Fig. 3.23 Regiões braquial e antebraquial esquerdas: vista medial. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura 3.22.

Fig. 3.24 Antebraço e carpo esquerdos: vista medial. Esta é uma imagem aproximada de uma parte do espécime avaliado na Figura 3.22.

Fig. 3.25 Componentes mais profundos das regiões escapular e braquial esquerdas: vista cranial. O músculo supraespinal foi removido da fossa supraespinal para mostrar o nervo supraescapular e a origem do músculo bíceps do braço. O músculo deltoide também foi retirado. O tubérculo intermédio do úmero não está visível no sulco intertubercular; ele está coberto pelo tendão do bíceps, o qual está moldado sobre o duplo sulco entre os tubérculos maior e menor. Este espécime também está mostrado nas Figuras 3.26 e 3.28.

Fig. 3.26 Componentes mais profundos das regiões escapular e braquial esquerdas: vista lateral. A remoção do músculo deltoide mostra a extensão completa do músculo infraespinal e também do músculo redondo menor.

Fig. 3.27 Sulco do músculo braquial no úmero, músculo braquial e nervo radial: vista lateral esquerda. A cabeça lateral do músculo tríceps foi retirada para revelar o músculo braquial no seu sulco do úmero e os nervos e artérias associados. Em tratados antigos essa característica da “coluna” do úmero era designada de sulco musculoespiral.

Fig. 3.28 Artéria braquial, nervos ulnar e mediano esquerdos: vista medial. O espécime está no mesmo estágio de dissecação mostrado nas Figuras 3.25 e 3.26. As veias foram removidas da região braquial para mostrar mais claramente as artérias e os nervos. O músculo supraespinal foi retirado para mostrar as origens dos músculos bíceps do braço e coracobraquial pela escápula. O músculo tensor da fáscia do antebraço foi removido.

Fig. 3.29 Vasos e nervos profundos do antebraço esquerdo: vista lateral. Parte do músculo extensor digital comum foi removida para mostrar a artéria interóssea cranial e os ramos do nervo radial.

Fig. 3.30 Vasos e nervos profundos do antebraço esquerdo: vista medial (1). Os músculos flexor carporradial e flexor carpoulnar foram parcialmente removidos (Fig. 3.22) para mostrar o nervo mediano com seus ramos musculares e a artéria interóssea comum.

Fig. 3.31 Vasos e nervos profundos do antebraço esquerdo: vista medial (2). O músculo flexor carpoulnar foi retirado para demonstrar os

componentes que ficam profundos ao seu tendão de inserção (Fig. 3.32). Uma parte foi removida do músculo flexor digital superficial para mostrar as cabeças radial e umeral do músculo flexor digital profundo.

Fig. 3.32 Vasos e nervos do carpo esquerdo: vista medial. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 3.31. Os componentes mais profundos estão visualizados nas Figuras 3.41 e 3.42. As regiões mais distais do membro são mostradas nas Figuras 3.36 e 3.40.

Fig. 3.33 Componentes do carpo esquerdo e da epífise proximal do metacarpo: vista dorsal. As Figuras 3.34-3.36 mostram essas regiões no mesmo estágio de dissecação. A extensão aproximada das bainhas tendíneas sinoviais está indicada pelas linhas pontilhadas azuis.

Fig. 3.34 Componentes do carpo e metacarpo esquerdos: vista lateral. O espécime é o que está visualizado nas Figuras 3.33, 3.35 e 3.36. O ligamento acessório do músculo flexor digital profundo também é conhecido como ligamento check inferior ou cabeça cárpica deste músculo. Nota da Tradução: *No Brasil este ligamento era conhecido antigamente como brida cárpica. **No Brasil muitos se negam a usar o termo músculo interósseo, por não haver fibras musculares neste componente anatômico, e usam ligamento sesamóideo proximal ou ligamento suspensor do boleto.

Fig. 3.35 Componentes do carpo e metacarpo esquerdos: vista palmar. O espécime é aquele avaliado nas Figuras 3.33, 3.34 e 3.36. O músculo flexor carpoulnar foi retirado para expor a origem do nervo palmar lateral.

Fig. 3.36 Componentes do carpo e metacarpo esquerdo: vista medial. O espécime é o mesmo observado nas Figuras 3.30-3.35. As artérias desta dissecação estão visualizadas mais claramente na Figura 3.40.

Fig. 3.37 Músculos e artérias do carpo e metacarpo esquerdos: vista dorsal. Este espécime também é mostrado nas Figuras 3.38-3.40. A dissecação indica as três maiores artérias que contribuem para a rede arterial dorsal do carpo. A disposição das bainhas tendíneas sinoviais do carpo é mostrada na Figura 3.33.

Fig. 3.38 Músculos e artérias do carpo e metacarpo esquerdos: vista lateral. As veias, os nervos e o tecido superficial foram removidos para se avaliar os músculos da região. As artérias foram preservadas a fim de ser pontos de referência para a posição de outros componentes superficiais que tinham sido removidos (compare com a Fig. 3.34).

Fig. 3.39 Músculos e artérias do carpo e metacarpo esquerdos: vista palmar. O retináculo flexor, o qual forma a parede palmar do canal do carpo, foi seccionado para expor este canal. Detalhes adicionais do canal e seus componentes estão ilustrados nas Figuras 3.41 e 3.42.

Fig. 3.40 Músculos e artérias do carpo e metacarpo esquerdos: vista medial. Esta dissecação também é mostrada nas Figuras 3.37-3.39.

Fig. 3.41 Canal do carpo esquerdo e seus componentes: vista caudomedial oblíqua (1). Após a abertura do canal do carpo, como mostrado na Figura 3.39, os componentes mais superficiais foram deslocados medialmente para mostrar os tendões flexores mais profundos. O nervo palmar lateral e a artéria radial não passam pelo canal do carpo, mas através do retináculo flexor. Nota da Tradução: *O ligamento acessório do tendão do músculo flexor digital superficial era mais conhecido no Brasil como brida radial e alguns o denominam check superior.

Fig. 3.42 Canal do carpo esquerdo e seus componentes: vista caudomedial oblíqua(2). O tendão do músculo flexor digital superficial foi tracionado do canal do carpo para mostrar seu ligamento acessório, ou check superior, saindo da superfície caudal do rádio. O ligamento acessório do tendão flexor digital profundo é mostrado nas Figuras 3.34 e 3.38.

Fig. 3.43 Componentes da entrada do tórax de um potro jovem: vista medial do antímero direito. A parede torácica esquerda e as vísceras torácicas foram removidas. As regiões cervical caudal e torácica cranial do lado direito estão exibidas. As dissecações subsequentes deste espécime

(Figs. 3.44-3.51) mostram o membro torácico direito dissecado pelo seu aspecto medial enquanto ainda fixo no tronco.

Fig. 3.44 Plexo braquial direito e vasos axilares de um potro: vista medial (1). Os componentes mediais à inserção do músculo escaleno ventral foram retirados para mostrar como os músculos separam o plexo braquial dos vasos axilares na margem cranial da 1ª costela.

Fig. 3.45 Plexo braquial direito e vasos axilares de um potro: vista medial (2). O esterno e a 1ª costela direita foram removidos agora, revelando as origens do músculo subclávio e os nervos do plexo braquial.

Fig. 3.46 Componentes da axila direita em um potro: vista medial (1). As primeiras 5 costelas e o músculo serrátil ventral foram retirados para revelar a axila direita. O músculo subclávio também foi seccionado.

Fig. 3.47 Componentes da axila direita em um potro: vista medial (2). Os músculos peitorais superficiais foram removidos.

Fig. 3.48 Componentes da axila direita em um potro: vista medial (3). Dissecações adicionais revelam melhor os vasos e nervos da região e mostram os linfonodos axilares.

Fig. 3.49 Componentes da axila direita em um potro: vista medial (4). A veia axilar foi reduzida para mostrar a alça axilar, que é formada pelos nervos musculocutâneo e mediano. A remoção dos vasos e nervos toracodorsal e torácico lateral revela mais claramente os músculos da axila.

Fig. 3.50 Componentes da axila direita e região braquial de um potro: vista medial. O músculo peitoral ascendente foi removido.

Fig. 3.51 Artéria axilar direita no potro: vista medial. Os nervos do plexo braquial foram removidos ao redor da artéria axilar para mostrar seus ramos e a artéria braquial.

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TÓRAX

Importância clínica do tórax O tórax comporta dois grandes órgãos que são de considerável importância na clínica médica de equinos, os pulmões e o coração, mas as narinas são os pontos nos quais as anormalidades do trato respiratório, como sangue, excesso de muco, ou um corrimento nasal purulento, são vistas. O verdadeiro teste no diagnóstico clínico é confirmar se essas anormalidades são oriundas do trato respiratório cranial (superior) ou caudal (inferior) e de qual parte componente desses tratos. Outras anormalidades físicas da respiração são mais facilmente detectadas pela observação (movimentação anormal da parede torácica) ou escuta (tosse, chiados ou estertores da respiração por causa da laringe) durante a respiração e são normalmente estas que irão necessitar de exames adicionais, mais detalhados, do trato respiratório. Um dos achados mais comuns é a dispneia (dificuldade respiratória), a qual é vista na doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar); tipicamente, o cavalo afetado tem um segundo esforço expiratório. O trato respiratório inclui uma variedade de componentes clinicamente importantes como as cavidades nasais, a parte nasal da faringe, a laringe e os divertículos das tubas auditivas (bolsas guturais), bem como a traqueia e os pulmões. O exame das membranas mucosas do olho e da boca (palidez, cianoses, tempo de preenchimento capilar anormal) pode sugerir alterações gerais do sistema cardiovascular, como anemia ou hipóxia. O pulso arterial dará informação sobre o coração e a circulação. Este pode ser sentido de várias artérias, incluindo: transversa da face, facial, digital, braquial, femoral e carótida externa. Também a aorta pode ser palpada pelo reto. No cavalo existe também um pulso jugular, o qual pode ser visto da entrada do tórax até a metade do colo quando o cavalo está em posição de sustentação normal (posição anatômica). A área do tórax para uma avaliação clínica é limitada pela presença do membro torácico, da musculatura torácica e da diminuição da extensão dos

pulmões na parte caudal do tórax. A área efetiva para auscultação é limitada caudalmente por uma linha que vai da 18ª costela ao meio do tórax na 13ª costela, ao nível do ombro na 11ª costela, e termina no ponto do cúbito (cotovelo). Para ambos os sistemas de órgãos, avaliações adicionais são feitas usando-se auscultação, percussão, ressonância magnética (trato respiratório cranial e seios), endoscopia, radiografia (principalmente em potros, pela limitação da área e pelo poder do raio X necessário para os adultos) e avaliações laboratoriais. Uma variedade de técnicas diagnósticas pode ser aplicada no tórax. A biopsia pulmonar não é muito usada; técnicas menos invasivas a têm substituído, e o pneumotórax, algumas vezes, ocorre após o seu uso. Se for necessário realizar uma biopsia pulmonar, a metade ventral dos espaços intercostais 7-10 pode ser usada. A endoscopia é amplamente usada para a coleta de amostras de todos os níveis do trato respiratório. A lavagem traqueal e broncoalveolar pode ser feita para a obtenção de amostras microbiológicas e citológicas da parte caudal da 4ª -5ª gerações da árvore brônquica, usando-se solução salina estéril. Aspirados traqueais podem ser succionados diretamente da traqueia pela inserção de uma agulha estéril entre suas cartilagens. Toracocentese (remoção do fluido do tórax) utiliza-se dos espaços intercostais 6-9 de ambos os lados do tórax, com os espaços 7-8 sendo os mais indicados. O local é logo acima da articulação costocondral. A parte caudal do espaço intercostal é usada, porque a artéria, a veia, os linfáticos e o nervo intercostais ficam na parte cranial. Durante este procedimento, cuidados são necessários para evitar a veia torácica superficial. Fluidos pleurais podem ser coletados para exames citológicos e bacteriológicos. Existem muitos exemplos de doenças respiratórias infecciosas, em tempos passados, como a zoonose bacteriana, o mormo. O garrotilho, associado à infecção estreptocócica (S. equi subespécie equi), é uma das doenças mais graves, localizado nos linfonodos do trato respiratório e causando corrimentos purulentos e abscessos. O falso garrotilho é similar e é causado pelo S. zooepidemicus. Outras infecções bacterianas do trato respiratório incluem pneumonia associada a Rhodococcus equi, particularmente em potros e cavalos jovens, quando pode haver mortalidade

superior a 80%. Essa doença pode também causar uma artrite severa com complexos de antígeno/anticorpo nas articulações dos cavalos jovens. Uma segunda categoria de doenças pulmonares está associada a parasitas, incluindo a pneumonia parasítica causada pela migração do P. equorum, e também aos vermes pulmonares, como Dictyocaulus arnfeldii (comumente picadores de jumentos e outros, os quais são carreadores de infestações), e, ocasionalmente, hidatidose. Existem várias infecções virais graves do trato respiratório dos equinos. Uma das mais importantes é a Influenza equina. O herpes-vírus equino pode causar doenças do trato respiratório cranial (superior) e caudal (inferior), laringite específica, faringite e aborto. Outras doenças virais importantes incluem as infecções por Rhinovirus, arterite viral equina, doença do cavalo oriunda da África e anemia infecciosa equina (febre dos pântanos). O edema pulmonar, a síndrome da angústia respiratória aguda e a pneumonia aspirativa também são incomuns. Doenças respiratórias não infecciosas também são importantes. A epistaxe (sangramento nasal) ocorre em, aproximadamente, 5% dos cavalos de corrida após o galope. Hemorragia pulmonar induzida pelo exercício ocorre como um tipo de asma, a qual também pode ser encontrada na doença associada às pastagens de verão. A DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica (atualmente denominada de obstrução aérea recorrente – OAR), é causada pela alergia (hipersensibilidade) ao pó. Ocasionalmente o cavalo pode sofrer de amiloidose, efusão pulmonar (esta pode ser diagnosticada por toracocentese) e pneumotórax, que pode ser aliviado pela inserção de um cateter alto no 13º espaço intercostal e aspiração do ar, bem como nas anormalidades do coração, o tórax do equino também pode sofrer danos nos grandes vasos, como na arterite viral equina, tromboflebite, ou púrpura hemorrágica. A ruptura arterial e o aneurisma (particularmente da artéria carótida interna) têm sido encontrados após lesões das artérias pela migração de larvas de nematódeos. A cardiologia equina é um assunto importante, sendo a auscultação a mais importante técnica clínica. Assim também um eletrocardiograma (ECG), ou ECG de 12 derivações, pode ser efetuado para o diagnóstico e

conhecimento da gravidade do acometimento valvar, pericárdico, miocárdico e de doenças dos grandes vasos. Até os 4 sons cardíacos podem ser auscultados no cavalo normal. O primeiro, o qual marca a sístole, é o fechamento das valvas atrioventriculares (A-V) e a abertura das valvas da aorta e do tronco pulmonar (com válvulas semilunares). A valva atrioventricular esquerda é mais bem auscultada no 5º espaço intercostal esquerdo, a meio caminho entre o ponto do ombro e o ponto do cúbito (cotovelo). A valva A-V direita é mais bem auscultada no 4° espaço intercostal direito, também a meio caminho entre o ponto do ombro e o ponto do cúbito (cotovelo). O segundo som, que marca a diástole, é causado pelo fechamento das semilunares e a abertura das valvas atrioventriculares. A valva da aorta pode ser auscultada no 4° espaço intercostal esquerdo, na altura do ponto do ombro. A valva do tronco pulmonar é auscultada no antímero direito no 4° espaço intercostal, a meio caminho entre o ponto do ombro e o ponto do cúbito (cotovelo). O terceiro som cardíaco ocorre no início da diástole e é auscultado em somente 1/3 dos cavalos. Ele marca o ponto no qual o sangue desacelera, no final do rápido preenchimento ventricular. O quarto som, audível em muitos cavalos, é a contração atrial no final da diástole. Há várias complicações cardíacas possíveis nos cavalos. Insuficiência cardíaca congestiva, podendo ser esquerda ou direita. Pericardites, efusão pleural e miocardites (toxicidade a ionóforos) ocorrem. Ruptura da raiz da aorta resulta em morte súbita com ampla hemorragia dentro da cavidade torácica. Muitos sons anormais podem ser auscultados no exame cardíaco. Eles incluem murmúrios cardíacos, os quais indicam estenose das valvas, insuficiência das valvas, desvios, e murmúrios pré-sistólicos e sistólicos. Batimentos ectópicos também podem ocorrer em alguns cavalos. Desordens do ritmo cardíaco incluem arritmias, taquicardia sinusal, taquicardia ventricular, fibrilação atrial, fibrilação ventricular, bloqueio atrioventricular e bloqueio sinoatrial. Doenças cardíacas congênitas ocorrem raramente em potros. Estas incluem defeito do septo interventricular, persistência do ducto arterioso, forame oval persistente, miocardite e fibrocardites.

Considerações clínicas acerca da coluna na região torácica são discutidas na seção sobre a coluna no Capítulo 8.

Fig. 4.1 Características superficiais do colo, ombro e tórax: vista lateral esquerda. Os pelos sobre as características superficiais palpáveis foram raspados antes de se começar a fixação. A 18ª costela era pequena e não estava facilmente palpável. As projeções superficiais das vértebras

torácicas e cervicais, da cúpula diafragmática e da linha diafragmática de reflexão pleural estão baseadas nas dissecações mostradas nas Figuras 4.17 e 4.22.

Fig. 4.2 Esqueleto da parte proximal do membro torácico e do tórax: vista lateral esquerda. As características palpáveis na Figura 4.1 estão coloridas em vermelho, exceto os processos espinhosos no espaço interescapular. Perceba que neste esqueleto articulado a 18ª costela está ampla. No espécime dissecado esta costela era pequena (Fig. 4.9) e a última costela distinguível e palpável era a 17ª costela.

Fig. 4.3 Músculos cutâneos e fáscia superficial do tronco: vista lateral esquerda. A pele foi cuidadosamente removida para avaliar os músculos cutâneos, os quais estavam logo após a derme, na fáscia superficial. Um estágio inicial da dissecação é avaliado na Figura 5.3.

Fig. 4.4 Componentes superficiais do ombro e tórax: vista lateral esquerda. A fáscia superficial, incluindo os músculos cutâneos, foi

removida. A fáscia profunda também foi retirada dos músculos das regiões escapular e braquial.

Fig. 4.5 Parede do tórax após remoção do músculo grande dorsal: vista lateral esquerda. As origens do músculo oblíquo externo do abdome nas costelas foram seccionadas; a fáscia profunda elástica (túnica flava do abdome) foi dobrada ventralmente no músculo para mostrar o músculo intercostal externo, que fica medial ao músculo oblíquo.

Fig. 4.6 Parede do tórax após a remoção do membro torácico: vista lateral esquerda. A superfície seccionada dos músculos que unem a escápula e o úmero ao tronco foi colocada à esquerda. O músculo oblíquo externo do abdome foi parcialmente removido para mostrar com clareza as

costelas caudais.

Fig. 4.7 Costelas caudais e arco costal: vista lateral. O músculo oblíquo externo do abdome foi removido. Esta é parte da dissecação avaliada na Figura 4.6.

Fig. 4.8 Músculos e nervos da parede do tórax: vista lateral esquerda. O músculo serrátil dorsal cranial e sua origem na parte superficial do ligamento dorsoescapular foram dissecados. Um dos músculos intercostais externos foi removido.

Fig. 4.9 Gradil costal: componentes superficiais na vista lateral esquerda. Os músculos do membro torácico foram agora seccionados para revelar a completa extensão do gradil costal. O músculo intercostal externo no 11º espaço intercostal foi removido para mostrar o músculo intercostal interno. A 18ª costela neste espécime era muito pequena; veja a Figura 4.2.

Fig. 4.10 Entrada do tórax: componentes superficiais na vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura 4.9.

Fig. 4.11 Gradil costal: componentes mais profundos na vista lateral esquerda. Os músculos intercostais externos foram removidos dos primeiros 11 espaços intercostais. Os componentes nestes espaços estão avaliados nas Figuras 4.12 e 4.13. O músculo oblíquo interno também foi retirado. Dorsalmente, o músculo iliocostal também foi removido de dois espaços intercostais.

Fig. 4.12

Componentes dos espaços intercostais: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura 4.11. Os vasos e nervos intercostais foram deslocados do sulco costal. Uma janela foi aberta no 9º músculo intercostal interno.

Fig. 4.13 Fáscia endotorácica dos espaços intercostais: vista lateral esquerda. Os músculos intercostais foram removidos. A fáscia endotorácica permanece intacta nos três primeiros espaços intercostais.

Fig. 4.14 Topografia do tórax: vista lateral esquerda. Os músculos intercostais, a fáscia endotorácica e a pleura dos espaços intercostais foram retirados para avaliar as costelas e as vísceras do tórax.

Fig. 4.15 Vísceras torácicas e costelas in situ, com o gradil costal intacto: vista lateral esquerda. Esta é uma parte do espécime mostrado na Figura 4.14. Neste cavalo de 1 ano de idade, o timo torácico ainda era amplo; esse componente regride após o 1º ano de vida.

Fig. 4.16 Entrada do tórax: componentes profundos pela vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação avaliada na Figura 4.17. Os ventres do músculo escaleno dorsal e ventral foram removidos.

Fig. 4.17 Vísceras torácicas in situ: vista lateral esquerda. As 1ª, 3ª e 6ª costelas foram deixadas no local para mostrar a relação costal com as vísceras. Os pulmões foram fixados em uma posição de expiração (contração). Em vida, a margem caudal, ou basal, fica mais caudalmente, como indicado pela linha azul tracejada: sua posição varia com os movimentos respiratórios.

Fig. 4.18 Pulmão esquerdo após a remoção das costelas: vista lateral esquerda. A linha azul tracejada mostra a posição aproximada da margem caudal, ou basal, em vida enquanto descansa. Os dois lobos do pulmão esquerdo não estão claramente distintos externamente no cavalo.

Fig. 4.19 Mediastino após a remoção do pulmão esquerdo: vista lateral esquerda. O pulmão foi removido pelo seu hilo, deixando somente um pequeno resquício do tecido pulmonar entre o término seccionado de sua artéria pulmonar e o brônquio principal. As veias pulmonares foram

preenchidas com látex vermelho injetado pela artéria carótida comum direita; foi preenchido o ventrículo esquerdo, penetrou no átrio esquerdo (Fig. 4.25) e então entrou nas veias pulmonares. Detalhes adicionais dos componentes desta dissecação estão mostrados na Figura 4.20 (veja também Fig. 4.21).

Fig. 4.20 Vasos e nervos do mediastino cranial: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação vista na Figura 4.19. Um estágio posterior na dissecação desta região é avaliado na Figura 4.24.

Fig. 4.21 Vasos e nervos torácicos em relação às costelas: vista lateral esquerda. Três costelas foram recolocadas em seus lugares após a dissecação dos vasos e nervos torácicos, para facilitar a localização desses componentes em sua relação com as costelas. Veja também a Figura 4.19.

Fig. 4.22 Diafragma e arco costal: vista lateral esquerda. As costelas e os músculos intercostais internos foram seccionados ao longo da linha diafragmática de reflexão pleural para mostrar a extensão caudal da cavidade pleural. As inserções costais do diafragma estão um pouco mais caudais, como indicado na Figura 5.15.

Fig. 4.23 Coração, grandes vasos e nervos do tórax: vista lateral esquerda. O pericárdio foi removido para avaliar o aspecto esquerdo (face auricular) do coração. A cabeça da 1ª costela foi removida para revelar o gânglio cervicotorácico (estrelado). O frágil mediastino ventral caudal foi

danificado durante a dissecação.

Fig. 4.24 Vasos e nervos do mediastino cranial: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura

4.23. O nervo frênico foi seccionado: sua posição é avaliada na Figura 4.20.

Fig. 4.25 Posição das valvas atrioventricular esquerda e pulmonar:

vista lateral esquerda. A janela foi realizada na parede do átrio e no ventrículo esquerdos para mostrar a valva atrioventricular esquerda. Note que o látex vermelho injetado na artéria carótida comum direita (em direção retrógrada) entrou no ventrículo esquerdo, passou pela valva atrioventricular esquerda e preencheu o átrio esquerdo e as veias pulmonares. O tronco pulmonar e o cone arterioso foram abertos: não havia látex vermelho atravessando os capilares pulmonares.

Fig. 4.26 Posição das valvas da aorta e do tronco pulmonar: vista lateral esquerda. A parte cranial do átrio esquerdo foi removida para mostrar a valva da aorta posicionada caudodorsalmente à valva do tronco pulmonar ao nível da 4ª costela.

Fig. 4.27 Coração, artérias e nervo laríngeo caudal (recorrente): vista lateral esquerda. Ambos os antímeros, direito e esquerdo, do gradil costal

foram retirados, e a relação topográfica dos componentes torácicos é considerada alterada. O esôfago e a traqueia foram parcialmente dissecados e as veias foram removidas. O antímero direito deste espécime é observado na Figura 4.40.

Fig. 4.28 Ligamento esternopericárdico e assoalho do abdome: vista dorsolateral esquerda. As vísceras abdominais e o diafragma foram retirados.

Fig. 4.29 Ramos terminais da artéria torácica interna e assoalho do abdome: vista dorsolateral esquerda. O músculo transverso do abdome foi removido no antímero direito para revelar os vasos epigástricos craniais.

Fig. 4.30 Assoalho do tórax: vista dorsolateral esquerda. Após a remoção das vísceras torácicas e do diafragma, o músculo transverso do tórax direito foi dissecado para mostrar o trajeto dos vasos torácicos internos. Os vasos torácicos internos esquerdos, percorrendo ventral aos músculos transverso do tórax e abdominais, não foram expostos.

Fig. 4.31 Topografia do tórax: vista lateral direita. Os músculos iliocostal e longuíssimo foram parcialmente seccionados para mostrar a angulação das costelas. Deve ser lembrado que, em vida, as primeiras cinco costelas estão cobertas pelo membro torácico; o olécrano fica adjacente à articulação costocondral da 5ª costela na posição anatômica (Figs. 4.2, 4.3 e 4.4).

Fig. 4.32 Vísceras torácicas in situ: vista lateral direita. Esta vista corresponde àquela mostrada na Fig. 4.17 pelo lado esquerdo do tórax. A margem caudal, ou basal, do pulmão fica muito mais cranial após fixação do que em vida; a linha azul tracejada mostra sua posição aproximada em vida, quando em repouso.

Fig. 4.33 Pulmão direito e entrada do tórax: vista lateral direita. Três costelas foram mantidas no local para marcar a posição das vísceras em relação ao gradil costal. Detalhes adicionais da entrada do tórax são visualizados na Figura 4.34. Os dois lobos visíveis do pulmão não estão claramente limitados por um sulco externo no cavalo. O lobo acessório do pulmão direito é visto pelo antímero esquerdo na Figura 4.19; ele se posiciona à esquerda da veia cava caudal (Fig. 4.39) na cavidade pleural direita.

Fig. 4.34 Entrada do tórax: vista lateral direita. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime mostrado na Figura 4.33. O nervo frênico foi seccionado logo cranialmente à artéria subclávia.

Fig. 4.35 Nervos e vasos do mediastino cranial: vista lateral direita. A 1ª costela foi parcialmente dissecada para se observar o nervo laríngeo caudal (recorrente) contornando no tronco costocervical direito. A parte mais dorsal da 1ª costela permanece cobrindo o gânglio cervicotorácico

(estrelado) e obscurecendo a sua conexão com outros nervos.

Fig. 4.36 Mediastino após a remoção do pulmão direito: vista lateral

direita. Na remoção do pulmão direito, parte do mediastino que repousa dorsalmente à veia cava caudal foi rasgado: o antímero esquerdo já tinha sido dissecado, e essa parte do mediastino aparece como um amplo espaço escuro.

Fig. 4.37 Coração e grandes vasos: vista lateral direita. O pericárdio foi seccionado para mostrar o átrio e o ventrículo na cavidade pericárdica. A linha pontilhada mostra onde foi realizada uma incisão na parede do átrio para expor a cavidade do átrio direito como na Figura 4.38. Perceba a posição do sulco subsinuoso (Fig. 4.40).

Fig. 4.38 Cavidade do átrio direito e valva atrioventricular direita: vista lateral direita (1). A parede do átrio direito foi parcialmente retirada para mostrar a posição da valva atrioventricular direita (compare com as Figs. 4.37 e 4.39).

Fig. 4.39 Cavidade do átrio direito e valva atrioventricular direita: vista lateral direita (2). A janela realizada na parede do átrio direito, nas Figuras 4.37 e 4.38, foi ampliada para avaliar a aurícula e o seio coronário. Uma janela foi aberta na parede do ventrículo direito para mostrar a cúspide

parietal da valva atrioventricular direita (tricúspide).

Fig. 4.40 Coração, artérias e nervos laríngeos caudais (recorrentes):

vista lateral direita. O espécime está no mesmo estágio de dissecação que o observado na Figura 4.27. Uma ampla parte da parede medial do átrio direito, e sua aurícula foi removida para mostrar o arco da aorta e a origem da artéria coronária direita. Somente a primeira parte dessa artéria está preenchida com látex vermelho. A remoção do gradil costal na posição anatômica alterou muito as relações topográficas do coração (Figs. 4.36 e 4.37). Note a posição do sulco interventricular subsinuoso: ele normalmente é representado de forma muito mais lateral do que está, fato este topograficamente correto.

Fig. 4.41 Valva atrioventricular direita: vista lateral direita. Esta é uma vista um pouco mais dorsal de uma parte do espécime mostrado na Figura 4.40. A artéria coronária direita é vista passando à direita do tronco pulmonar e entrando no sulco coronário. Aqui ela não está com látex e seu lúmen foi aberto quando se incisava o sulco. As linhas tracejadas indicam onde uma parte da artéria foi seccionada mostrando o lúmen do ventrículo direito (Fig. 4.39). A cúspide parietal da valva atrioventricular direita não está visível, ela é observada na Figura 4.39.

Fig. 4.42 Valva da aorta, na vista lateral direita. Parte da parede medial do átrio direito foi retirada, e uma janela foi realizada na parede do cone arterioso para evidenciar duas cúspides da valva da aorta. A terceira cúspide esquerda é vista na Figura 4.26 com a artéria coronária esquerda.

Fig. 4.43 Gradil costal de um potro recém-nascido: vista lateral esquerda. Os componentes intercostais foram removidos para mostrar a extensão da cavidade pleural esquerda e a relação das vísceras com as costelas. A imagem correspondente no cavalo adulto é vista na Figura 4.14.

Fig. 4.44 Pulmão esquerdo de um potro recém-nascido: vista lateral esquerda. As 2ª -5ª e 7ª -11ª costelas foram retiradas, deixando-se suas cartilagens costais, para se avaliar a topografia do pulmão esquerdo.

Fig. 4.45 Mediastino do potro recém-nascido: vista lateral esquerda. A remoção do pulmão esquerdo expôs o mediastino, o qual divide a cavidade pleural em esquerda e direita. Nenhuma tentativa foi realizada para retirar o conteúdo do mediastino. Os componentes que ocupam o mediastino são mostrados, após a dissecação, na Figura 4.46.

Fig. 4.46 Vasos e nervos do mediastino do potro recém-nascido: vista lateral esquerda. Esta dissecação deve ser comparada com aquela da Figura 4.45, na qual a relação topográfica correta dos componentes está preservada.

Fig. 4.47 Cavidade do átrio esquerdo de um potro recém-nascido: vista lateral esquerda. Os vasos e nervos do mediastino foram retirados, e a parede lateral do átrio foi parcialmente incisada. O forame oval tubular, o qual na vida fetal é uma comunicação entre a veia cava caudal (átrio direito) e o átrio esquerdo, já está fechando neste potro recém-nascido. O fechamento anatômico normalmente está completo na segunda semana de vida do potro.

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ABDOME

Importância clínica do abdome O clínico de equinos perde muito tempo atendendo os problemas médicos e cirúrgicos do abdome destes. Isso ocorre principalmente em virtude de cólica (dor abdominal), a qual pode ser originária de qualquer órgão do abdome. A cólica é considerada a causa clínica singular mais importante de óbito de equinos. É também a emergência aguda mais comum. Aproximadamente 90% dos casos podem responder ao tratamento médico, que particularmente alivia a dor, oferece terapia de suporte e previne a desidratação. As técnicas de diagnóstico utilizadas no exame do abdome incluem palpação, auscultação, percussão e exame retal. A radiografia é mais utilizada em potros, e a endoscopia é profícua para as investigações envolvendo as doenças do ventrículo (estômago), particularmente na ulceração gástrica. A ultrassonografia é particularmente utilizada em casos de intussuscepção e para a visualização de deslocamentos das alças intestinais, principalmente do cólon. As técnicas diagnósticas derradeiras são a laparoscopia e a laparotomia (abertura cirúrgica do abdome). Para a laparotomia, o cavalo é comumente colocado em decúbito dorsal, e a cirurgia irá envolver uma incisão na linha mediana ventral. Nessas condições, a maioria do intestino delgado pode ser exteriorizado, mas não o primeiro metro cranial e os últimos 15-20 cm. O ápice e parte do corpo do ceco podem ser retirados. Assim como também podem ser deslocados o cólon ventral esquerdo, o cólon dorsal esquerdo e partes do cólon dorsal direito e cólon ventral direito. Como em um exame retal, a identificação das várias partes do intestino grosso é de fundamental importância nos casos de deslocamento ou torção. O melhor auxílio nessa identificação é a presença das tênias na parede do intestino grosso; o ceco e os cólons ventrais direito e esquerdo têm 4, a flexura pelvina tem 1, o cólon dorsal esquerdo tem 1 e o cólon dorsal direito tem 3 tênias. Um dos fatores-chave para os problemas do aparelho digestório é a inabilidade do cavalo para ter a êmese. Uma vez dentro do canal alimentar, o alimento (não importa se indigesto ou tóxico) lá irá permanecer. Esta é, de

qualquer modo, a anatomia e a disposição peculiar do intestino grosso que, especialmente, predispõe a cólica. Aspectos especiais a esse respeito são os quatro componentes do cólon maior (duas partes dorsais e duas ventrais) de diferentes calibres e pesos; as flexuras (particularmente, a flexura pélvica); o fundo de saco cego do ceco; o extenso intestino delgado, que é livremente móvel; e o considerável estreitamento do lúmen do cólon maior para o cólon menor. O cólon ventral esquerdo e o cólon dorsal esquerdo são livremente móveis. O cólon esquerdo pode tornar-se deslocado para a superfície lateral do ceco, próximo à parede do corpo. A flexura pélvica (pelvina) pode ser deslocada para frente do esterno, lateralmente ao ceco. O cólon esquerdo também pode ser deslocado para a posição entre a parede dorsal do corpo e o ligamento suspensório do baço. Dieta, manejo e presença de infestações parasitárias particularmente “virulentas” do intestino ao redor dos ramos da artéria mesentérica cranial são fatores significantes na ocorrência de cólica. Parasitas intestinais são problemas de menor ocorrência nos dias de hoje, graças aos efetivos endoparasiticidas e ao melhor manejo. A cólica pode ser classificada em leve, moderada ou severa dor abdominal. Ela está normalmente associada a uma obstrução da passagem do conteúdo, causada por uma falha da mobilidade intestinal. Isso causa um aumento na tensão intra-abdominal e resulta em dor pelas tensões nos mesentérios. A isquemia da alça afetada é seguida por estase intestinal, irritação do estrato mucoso e, eventualmente, necrose e inflamação. Várias naturezas de cólica são descritas. Os detalhes estão além do escopo desta introdução, mas eles incluem os tipos espasmódica, impactada, flatulenta, obstrutiva, infarto sem estrangulamento, enterites e casos idiopáticos. Deslocamentos de órgãos, particularmente deslocamento de intestino grosso e torções, podem ocorrer em várias classes de cólica. Cólica espasmódica pode ser responsável por 40% dos casos e pode estar associada ao aumento do tônus vagal. A condição de “doença da grama” (disautonomia equina) em cavalos é essencialmente devida a uma mobilidade diminuída do intestino, resultando em cólica espasmódica. Cólica impactante é

frequentemente resultante de nutrição anormal, incluindo alimento grosseiro, e de carência de um adequado suprimento de água fresca. Pobre dentição com consequente pobre mastigação, deficiência da vermifugação regular e falha na remoção de corpos estranhos da dieta podem contribuir. Inatividade (p. ex., manter-se em repouso por condições ortopédicas) também pode contribuir para o problema. O cólon transverso frequentemente é o local para impactação de enterólitos e fezes e, em potros, de mecônio. Enterólitos são causados pela precipitação de magnésio e cristais de fosfato de amônio em torno de um núcleo como uma pedra, um prego ou outro corpo estranho. Como eles aumentam em tamanho, estão particularmente predispostos a ficar parados no intestino delgado e no cólon transverso. Impactação é muito comum no ceco e na flexura pélvica (pelvina) do cólon. Impactação cecal, se for severa, pode ser seguida por perfuração cecal. Impactação na flexura pélvica (pelvina) frequentemente é causada por uma combinação de forragem grosseira, areia e gás. O ventrículo (estômago) pode tornar-se impactado com milho e forragem, e o duodeno pode ser impactado com alimento grosseiro. A cólica flatulenta é o resultado da produção excessiva de gás associada à fermentação de forragem (usualmente de baixa qualidade). Produção excessiva de gás pode ser detectada pela escuta de um “sibilo” quando a percussão e a auscultação são realizadas simultaneamente. Pode ser aliviada por trocarterização cecal, na qual um trocarte e uma cânula são inseridos dentro do ceco através da fossa paralombar direita. A cólica obstrutiva mais infarto normalmente são resultados dos parasitas nematódeos. O 4° e o 5º estágios do Strongylus vulgaris destroem os vasos sanguíneos pela migração através da parede da artéria mesentérica cranial. O trombo resultante causa oclusão intravascular e isquemia. O íleo pode se tornar espessado (hipertrófico) em resposta à infestação parasitária persistente. Uma forma específica de obstrução ocorre com a areia (colocada junto com a comida) e também a ingestão de corpos estranhos (p. ex., sacos plásticos). A cólica idiopática (em que não há nenhuma causa conhecida

presente) pode, talvez, incluir colite X. A colite pode também resultar de uma utilização prolongada de fármacos (p. ex., a colite dorsal direita com a terapia por fenilbutazona). Além do mais, estrangulamento do intestino pode ocorrer, e também torção. Ambos causarão impactação e obstrução. Vólvulo do intestino delgado ocorre quando um segmento deste rotaciona em torno do eixo maior do seu mesentério. Uma rotação de 180 graus do jejuno também pode ocorrer, e frequentemente o íleo está envolvido por causa de suas inserções fixadas na junção ileocecocólica. Vólvulo do intestino grosso envolve uma rotação das partes dorsal e ventral do cólon em seus eixos horizontais, e isso também frequentemente envolve o ceco. Enterite não é comum em cavalos, mas existe; às vezes, ocorre uma enterite aguda severa em cavalos associada a infecções clostridiais. Isso causa uma cólica aguda, que frequentemente é diagnosticada somente na cirurgia ou em exame pós-morte. Existem mais de 10 parasitas que podem viver no intestino grosso e que causam irritação, a qual pode provocar diarreia. Diarreia severa, com irritação e esforço constante, pode conduzir à intussuscepção. Mudanças bruscas na dieta e infestações parasitárias normalmente são uma causa dessa condição. Existe, também, uma real possibilidade de salmonelose em qualquer cavalo estressado ou que tenha sido submetido a uma cirurgia. Outras condições graves também podem causar enterite aguda, como a febre equina do rio Potomac (associada a Ehrlichia), em certas partes do mundo. Doença inflamatória crônica do intestino também pode ocorrer. Isso usualmente envolve parasitas internos, mas também pode incluir garrotilho, Rhodococcus equi ou, ainda, M. paratuberculosis. Uma sonda nasogástrica pode ser utilizada para distribuir grandes volumes de terapia para a reidratação oral. Disfunções do fígado podem ser investigadas por biopsia percutânea do fígado, entre o 12º -13º espaço intercostal direito, com sedação e anestesia local. Isso deve ser conduzido entre as linhas traçadas do túber coxal até o ponto do ombro e para o ponto do olécrano. O fígado em geral repousa profundamente aos espaços intercostais 10-14, mas pode atrofiar consideravelmente com a idade. Doenças do fígado são absolutamente

comuns no cavalo, provavelmente como resultado de ingestão de plantas do gênero Senecio, particularmente a erva-de-santiago. Frequentemente está associado a danos nos ductos biliares. Isso causa perda de peso, e as investigações devem incluir análises de enzimas hepáticas e testes de função hepática. Em casos graves, a encefalopatia hepática pode ocorrer; sinais nervosos resultam de produtos residuais circulantes. Falência completa do fígado é absolutamente rara,; como há uma vasta reserva funcional no fígado do equino, mais de 70% podem ser danificados antes que isso ocorra. O cavalo é particularmente predisposto a peritonite, provavelmente por causa da fragilidade de seu intestino. Esta pode ser primária ou secundária, difusa ou localizada. É usualmente aguda e difusa e segue a doença gastrointestinal. Hemoperitônio vem depois da migração de larvas do Strongylus através dos vasos mesentéricos craniais, ou depois do parto ou da ruptura de baço ou fígado após acidentes traumáticos. O uroperitônio pode resultar de ruptura da bexiga. No potro, durante a primeira semana de vida, isso deve ser diferenciado de outros tipos de cólica, que são causadas por distensão. Se houver suspeita de um acúmulo de fluido peritoneal, a abdominocentese pode ser feita. Agulhas são usadas para drenar o fluido de um local a cerca de 5 cm caudal à cartilagem xifoide na posição paramediana à direita (isso evita a penetração do baço). Ultrassom abdominal pode ser usado. (O acesso normal para a paracentese do abdome é a linha mediana através da linha alba na área mais confiável.) Hérnias externas são protrusões de um órgão ou parte de um órgão através de uma abertura normal na parede da cavidade. Umbilical, inguinal e perineal são os tipos comuns. Em animais jovens, as hérnias congênitas podem ser deixadas, se forem pequenas, ou reparadas cirurgicamente, se grandes. A maioria das hérnias inguinais fica nesse grupo. Hérnias umbilicais ocorrem em cerca de 2% dos cavalos puro-sangue e são mais comuns em fêmeas do que em machos, e têm um forte componente hereditário. Hérnias diafragmáticas são hérnias internas. Elas podem ocorrer como defeitos congênitos, mas são mais comumente o resultado de traumatismo, como quando um cavalo cai em uma barreira ou obstáculo ou salta, resultando em

um aumento da pressão intra-abdominal. Se o conteúdo abdominal passar através de uma das aberturas normais no diafragma (hiatos esofágico ou aórtico, ou pelo forame da veia cava), isso pode resultar em cólica. Também é possível que ocorra uma herniação interna de víscera abdominal através do forame epiploico. Através desse forame, a cavidade peritoneal maior se comunica com a cavidade menor ou bolsa omental. Esta repousa no quadrante dorsal direito do abdome, situada na superfície ventral do fígado, dorsal à fissura portal. Dorsal ao forame repousa o processo caudado do fígado, a veia porta hepática, a prega gastropancreática e a veia cava caudal. Ventralmente existem relações para o lobo direito do pâncreas, a prega gastropancreática e a veia porta. Cranialmente, repousa o ligamento hepatoduodenal. Caudalmente, repousam o pâncreas e o mesoduodeno. Não existe uma associação real com idade para a ocorrência desta hérnia interna, mas existem sugestões de que essa condição poderia ser mais comum nos cavalos que mordem partes do estábulo ou sugam o ar (o que é oito vezes mais comum). Em cavalos velhos, esse forame pode ser 10 cm mais longo, principalmente em razão da atrofia do lobo direito do fígado. Essa atrofia pode predispor à herniação interna. Nestes animais há a possibilidade de um segmento do intestino delgado passar pelo forame. O intestino pode entrar na bolsa omental da direita para a esquerda, ou pode deslizar através do forame da esquerda para a direita. A quantidade de intestino que desliza varia desde vários centímetros até o intestino inteiro. Todos os limites do abdome podem ter rupturas, as quais não atravessam as aberturas naturais, mas atravessam os defeitos na parede ou nas membranas. Rupturas internas complexas podem ocorrer, como quando o ligamento gastrolienal (gastroesplênico) é rompido e a parte distal do jejuno vai de uma direção caudal para uma direção cranial. A ruptura mesocólica pode ocorrer durante o parto, envolvendo o mesentério do cólon menor. Ela é uma complicação do prolapso retal frequentemente acompanhada por prolapso de bexiga urinária, útero, vagina e intestino ou qualquer combinação destas. Abscessos abdominais normalmente envolvem os linfonodos do

mesentério e estão associados à comum formação de pus pelas bactérias: estreptocócicas, E. coli, salmonela ou Rhodococcus equi. Neoplasias abdominais são raras. Linfoma alimentar é visto de forma rara, mas lipomas são uma causa comum de cólica, especialmente em cavalos tordilhos. Melanomas intestinais ou de outras partes alimentares também são comuns em cavalos tordilhos. As considerações clínicas para a coluna na região abdominal são apresentadas na seção sobre a coluna no Capítulo 8 (pág. 269).

Fig. 5.1

Características superficiais do abdome: vista lateral esquerda. Os pelos sofreram tricotomia na área sobre as proeminências ósseas palpáveis. O umbigo fica no plano mediano, logo cranial ao prepúcio, e sua posição na fêmea é mostrada na Figura 5.55.

Fig. 5.2 Ossos relacionados ao abdome: vista lateral esquerda. As proeminências ósseas palpáveis mostradas na Figura 5.1 estão coloridas de vermelho, exceto o túber sacral.

Fig. 5.3 Músculo cutâneo do tronco: vista lateral esquerda. O músculo fica na fáscia superficial; superficialmente ele está intimamente aderido à derme e forma o “panículo carnoso”. Profundamente a ele, armazena-se na fáscia superficial grande quantidade de tecido adiposo (“panículo adiposo”).

Os nervos cutâneos são observados nas Figuras 5.4 e 5.10. Veja também a Figura 5.9.

Fig. 5.4 Músculo oblíquo externo do abdome e nervos cutâneos das paredes, torácica e abdominal: vista lateral esquerda. Os músculos cutâneos foram removidos. Detalhes adicionais dos nervos estão mostrados na Figura 5.10.

Fig. 5.5 Músculo oblíquo externo do abdome e túnica flava do abdome: vista lateral esquerda. O músculo grande dorsal foi excisado. As origens do músculo oblíquo externo do abdome foram rompidas; o dobramento do músculo que é observado ocorreu por causa da fáscia

externa elástica da túnica flava do abdome.

Fig. 5.6 Músculo oblíquo interno do abdome: vista lateral esquerda. A origem deste músculo do túber da coxa é mostrada na Figura 5.11. As

partes ventrais dos ramos ventrais dos nervos intercostais (e também os nervos lombares; Fig. 5.7) passam entre os músculos transverso do abdome e oblíquo interno do abdome.

Fig. 5.7 Músculo transverso do abdome: vista lateral esquerda. A 18ª costela neste espécime era muito pequena (veja Fig. 5.15 e compare com a Fig. 5.43). A parte mais caudal da origem deste músculo é observada na Figura 5.12.

Fig. 5.8 Músculo transverso do abdome e diafragma: vista lateral esquerda. Esta dissecação avalia a extensão da cavidade abdominal em relação ao gradil costal. Uma vista das vísceras superficiais no antímero esquerdo é encontrada na Figura 5.14.

Fig. 5.9 Músculo cutâneo do tronco em uma potranca recém-nascida: vista lateral direita. O membro pélvico (pelvino) direito foi removido, mas

a fáscia femoral sobre o seu aspecto medial foi preservada. A lâmina femoral, que une a fáscia femoral à fáscia profunda da parede do abdome, também foi mantida (Fig. 5.10). O ílio foi colorido de vermelho. Detalhes adicionais da parede do abdome neste espécime podem ser observados nas Figuras 5.10-5.12.

Fig. 5.10 Músculo oblíquo externo do abdome do potro: vista lateral direita. O músculo cutâneo foi rebatido cranialmente. A fáscia superficial foi removida da lâmina femoral para mostrar as suas inserções nas fáscias profunda do abdome e femoral.

Fig. 5.11 Músculo oblíquo interno do abdome do potro: vista lateral direita. O músculo oblíquo interno do abdome foi rebatido ventralmente, e

pode ser observado que a sonda vermelha foi passada através do ânulo inguinal superficial. A margem caudal do músculo oblíquo interno do abdome, marcada por uma linha azul tracejada, é a margem cranial do ânulo inguinal profundo.

Fig. 5.12 Músculo transverso do abdome do potro: vista lateral direita. O músculo oblíquo interno do abdome foi rebatido ventralmente para se avaliar o músculo transverso do abdome. A fáscia transversa da parte caudal do abdome não está coberta pelo músculo transverso do

abdome. A sonda vermelha está no canal inguinal, e sua extremidade ocupa o ânulo inguinal profundo, caudal ao músculo oblíquo interno do abdome. As duas principais partes do ramo ventral do III nervo lombar são mostradas: a parte mais dorsal (cutâneo lateral do fêmur) é a última da série do nervo espinal cutâneo lateral; a mais ventral (genitofemoral) é a última da série do nervo espinal cutâneo medial.

Fig. 5.13 Vísceras do abdome caudais ao arco costal: vista lateral esquerda. O cólon maior (ascendente) está inflado para imitar a sua condição em vida. Neste espécime o baço se estende caudalmente ao arco costal mais do que no padrão comum, mas perceba que a 18ª costela é

pequena (compare com a Fig. 5.43). Este jovem cavalo foi sangrado após anestesia sob ação do hidrato de cloral.

Fig. 5.14 Vísceras do abdome após remoção parcial da parede abdominal esquerda e diafragma: vista lateral esquerda. O cólon maior foi inflado para mimetizar sua condição em vida. Veja também Figuras 5.43, 5.49 e 5.52.

Fig. 5.15 Arco costal e inserções do diafragma: vista lateral esquerda. Os dois últimos músculos intercostais internos, e a parte intercartilaginosa dos músculos intercostais, foram mantidos. Neste espécime, a 18ª costela muito pequena é uma costela flutuante, mas a sua cartilagem costal é percebida junto ao arco costal.

Fig. 5.16 Vísceras do abdome após a remoção do baço: vista lateral esquerda (1). O arco costal foi retirado. O pulmão direito foi removido na dissecação do tórax e abdome do antímero direito. A linha azul tracejada indica como a flexura pélvica (pelvina) do cólon maior está distribuída

(Figs. 5.24 e 5.32). Uma vista aproximada deste espécime está mostrada na Figura 5.17. Veja também a Figura 5.50.

Fig. 5.17 Vísceras do adome após a remoção do baço: vista lateral esquerda (2). O fundo, ou saco cego, do ventrículo (estômago) está colapsado; sua posição, quando distendido, está indicada pela linha azul tracejada. Detalhes adicionais do hiato aórtico e dos componentes adjacentes estão avaliados nas Figuras 5.19 e 5.20.

Fig. 5.18 Vísceras do abdome após remoção hepática parcial: vista lateral esquerda. O lado hepático esquerdo foi seccionado através de uma incisão sagital (paramediana) à esquerda do plano mediano.

Fig. 5.19 Hiato aórtico e os componentes relacionados: vista lateral esquerda. Os pilares do diafragma, esquerdo e direito, os quais circundam o hiato aórtico, foram seccionados. O rim esquerdo foi deslocado ventralmente para revelar os componentes imediatamente caudais ao hiato aórtico.

Fig. 5.20 Hiatos aórtico e esofágico: vista craniolateral esquerda. Esta é a vista mais cranial do espécime, em um breve estágio posterior de dissecação, mostrado na Figura 5.19. Uma vista lateral direita do espécime, neste estágio de dissecação, é avaliada na Figura 5.37.

Fig. 5.21 Intestino delgado: vista lateral esquerda (1). O longo cólon menor (medindo 300 cm neste espécime) foi removido para revelar o intestino delgado que fica medial a ele e às raízes do grande mesentério.

Fig. 5.22 Intestino delgado: vista lateral esquerda (2). A massa do intestino delgado foi deslocada cranialmente para demonstrar a parte terminal do íleo, próximo a sua junção com o ceco. A raiz do grande mesentério do intestino delgado está entre as partes transversas do cólon (cranialmente) e do duodeno (caudalmente).

Fig. 5.23 Intestino delgado: vista lateral esquerda (3). As dobras do intestino delgado foram rearranjadas para mostrar claramente a transição da parte ascendente do duodeno para o jejuno e a relação da raiz do grande mesentério com o duodeno e o cólon transversos. Note que o íleo é considerado a parte do intestino delgado que está cheia de conteúdo alimentar, e o jejuno é a parte que contém pouco conteúdo.*

Fig. 5.24 Alça do cólon maior: vista lateral esquerda. A flexura pélvica (pelvina) foi colocada para fora do abdome, mostrando a volta completa do lado esquerdo do cólon maior e as suas flexuras: diafragmática, esternal e pélvica (pelvina). A posição topográfica normal dessas partes está mostrada nas Figuras 5.14 e 5.32.

Fig. 5.25 Ceco: vista lateral esquerda. A alça do cólon maior foi removida do abdome (Fig. 5.24). As dobras do intestino delgado foram agora deslocadas cranialmente para mostrar a posição do ápice do ceco no assoalho do abdome.

Fig. 5.26 Origem das artérias celíaca e mesentérica cranial: vista lateral esquerda. A parte abdominal do trato digestório foi agora removida e o rim esquerdo fixado ao teto do abdome. A origem das artérias celíaca e mesentérica cranial e os vasos que se originam delas estão encobertos por um plexo de nervos derivado dos gânglios celíaco e mesentérico cranial. Esses nervos não foram removidos: eles escondem os detalhes dos ramos arteriais. A origem da artéria mesentérica cranial está aumentada por uma infestação de parasitas (Fig. 5.28), e seu aumento (aneurisma pelos vermes) está mais claramente visível no antímero direito (Fig. 5.42).

Fig. 5.27 Origem das artérias mesentérica cranial e caudal: vista lateral esquerda. A remoção do rim esquerdo expôs a origem da artéria renal e a artéria mesentérica caudal que foram dissecadas no mesocólon.

Fig. 5.28 Vísceras do abdome caudais ao arco costal: vista lateral direita. A parede do abdome foi retirada, mas o diafragma e o gradil costal foram mantidos. O intestino grosso foi moderadamente inflado para imitar a condição encontrada em vida. Os vermes nematódeos (Strongylus spp.) são

comumente encontrados na cavidade peritoneal durante as dissecações de cavalos jovens, levando a um intestino pesado por causa dos parasitas. Veja também a Figura 5.42.

Fig. 5.29 Vísceras do abdome, após a remoção parcial da parede corpórea direita e do diafragma: vista lateral direita. O pulmão direito e o frágil mediastino foram removidos durante a dissecação do tórax. Veja também as Figuras 5.44 e 5.46.

Fig. 5.30 Vísceras do abdome: vista lateral direita. O arco costal foi removido; note que a 18ª costela é pequena neste espécime. O mediastino dorsal foi retirado e parte do músculo longuíssimo foi dissecado. Detalhes adicionais deste estágio da dissecação estão mostrados nas Figuras 5.315.33. Por não haver vesícula biliar no cavalo, o autor prefere o termo lobo hepático medial direito para substituir o termo lobo quadrado, portanto esse é o lobo à direita da veia umbilical; cita o autor que está em conformidade com a nomenclatura zoológica para mamíferos.*

Fig. 5.31 Rim direito: vista lateral direita. O ceco e o cólon foram inflados para mostrar a relação do rim direito com a última costela, o duodeno, o fígado e o ceco. O rim direito pode se estender caudalmente ao arco costal, como ao processo transverso da primeira lombar.

Fig. 5.32 Flexura pélvica (pelvina): vista lateral direita. O intestino grosso foi esvaziado e o ceco foi deslocado cranialmente (compare com a Fig. 5.30) para avaliar a flexura pélvica (pelvina) do cólon maior (ascendente). A posição desta flexura varia amplamente, mas fica geralmente próxima, ou até mesmo na cavidade da pelve (Fig. 5.16).

Fig. 5.33 Flexura caudal do duodeno: vista lateral direita. O ceco e o cólon foram esvaziados para avaliar o trajeto do duodeno ao redor do rim direito e da base do ceco mais completamente. No duodeno, a velocidade de passagem do alimento é rápida e o órgão raramente, ou nunca, parece tubular. A completa extensão do duodeno é vista (pela vista lateral direita) na Figura 5.34 e a parte ascendente do duodeno na Figura 5.23.

Fig. 5.34 Vísceras do abdome após remoção parcial do fígado: vista lateral direita. O fígado foi removido após uma incisão paramediana ao longo da linha da veia cava caudal. Um arame azul foi deixado nessa e sua extremidade cranial atravessou o átrio direito e entrou no ventrículo direito.

O intestino grosso foi inflado. Veja também a Figura 5.47.

Fig. 5.35 Relações do pâncreas: vista lateral direita. O intestino grosso foi esvaziado para mostrar a face dorsal do pâncreas. Durante a remoção do fígado a veia cava caudal foi seccionada próximo da entrada no sulco da veia porta hepática, e a veia porta e a artéria hepática foram seccionadas intimamente à porta hepática.

Fig. 5.36 Óstios ileal e cecocólico do ceco: vista craniodorsal. Uma incisão paramediana (sagital) foi feita na parede craniodorsal (curvatura maior) da base do ceco (Fig. 5.34) e o conteúdo foi removido para a exposição dos dois óstios na parede ventral (curvatura menor). Estudos de embriões mostram que o óstio ileal marca a verdadeira junção entre o ceco e o cólon; o óstio cecocólico é, na verdade, uma constrição na parte inicial do cólon.

Fig. 5.37 Relações do pâncreas: vista craniolateral direita. O espécime está no mesmo estágio de dissecação visto na Figura 5.35, mas é visto pela face dorsal do órgão, e sua relação com o ventrículo (estômago) é observada mais claramente. O ducto pancreático que deixa a glândula próxima do ducto colédoco não está distinto (Fig. 5.38).

Fig. 5.38 Papilas duodenais: vista lateral direita. A flexura cranial do duodeno foi incisada (Fig. 5.37) e aberta para revelar a papila duodenal maior (ducto colédoco e ducto pancreático) e a papila duodenal menor (ducto pancreático acessório, veja Fig. 5.39).

Fig. 5.39 Ducto pancreático acessório: vista lateral direita. A flexura cranial do duodeno foi rebatida caudalmente para a exposição do cólon transverso, do corpo do pâncreas unido a ela e do ducto pancreático acessório. Embora esse ducto fique ventral ao ducto pancreático, sua origem no embrião é pelo ducto pancreático dorsal.

Fig. 5.40 Hiato aórtico e os componentes adjacentes: vista lateral direita (1). Parte do pilar direito do diafragma foi removida para avaliar a artéria celíaca, que se origina da aorta no hiato aórtico. A dissecação do espécime na posição anatômica causa uma queda ventral no rim e nos

componentes adjacentes após a secção do pilar do diafragma.

Fig. 5.41 Hiato aórtico e os componentes adjacentes: vista lateral direita (2). Detalhes adicionais revelam a origem das artérias mesentérica cranial e renal logo caudal ao hiato aórtico. Veja também a Figura 5.42.

Fig. 5.42 Raízes das artérias celíaca e mesentérica cranial: vista lateral direita. A parte abdominal do trato digestório foi removida, e o rim direito foi fixado no teto do abdome (Fig. 5.41). O plexo nervoso na raiz da artéria mesentérica cranial não foi dissecado em detalhes. Esta artéria está patologicamente aumentada por vermes nematódeos (Strongylus spp.). A vista lateral esquerda deste espécime é avaliada na Figura 5.26.

Fig. 5.43 Vísceras do abdome de uma égua não prenhe: vista lateral esquerda. As paredes do tórax e do abdome foram removidas, e o pulmão esquerdo foi retirado. O cólon foi moderadamente inflado para ficar semelhante à sua conformação em vida. Note que o baço não se estende caudalmente ao arco costal neste espécime.

Fig. 5.44 Vísceras do abdome de uma égua não prenhe: vista lateral direita. As paredes do abdome e do tórax foram removidas, e o diafragma foi retirado. O ceco e o cólon foram moderadamente inflados para ficar semelhante a sua área em vida.

Fig. 5.45 Trato genital feminino no abdome de uma égua de 1 ano de idade: vista craniolateral esquerda. A parede do abdome foi removida, e os órgãos do trato digestório foram retirados após secção do cólon menor junto a sua transição com o reto. A bexiga urinária vazia ficou totalmente na

cavidade da pelve.

Fig. 5.46 Abdome no início da gestação (1): vista lateral direita

(superficial). Esta égua tinha 8 anos de idade e estava com 3 meses e meio de gestação na época em que ocorreu o óbito. O intestino grosso foi inflado para deixar as condições abdominais semelhantes àquelas em vida. As Figuras 5.46-5.48 mostram a topografia do abdome direito nesta égua. A terminologia relacionada ao lobo hepático direito é usada conforme as Figuras 5.30 e 5.53.

Fig. 5.47 Abdome no início da gestação (2), após remoção do fígado: vista lateral direita. Comparado com o abdome de uma fêmea não gestante, o intestino delgado tende a ser deslocado lateralmente e cranialmente pelas confinadas alças do cólon. O útero gravídico também desloca o corpo do ceco lateralmente. A veia cava caudal foi removida com o fígado.

Fig. 5.48 Abdome no início da gestação (3): ovários e útero pela vista craniolateral direita. Os órgãos do trato digestório no abdome foram removidos para mostrar os órgãos genitais femininos, os quais ocupam a parte caudal do abdome. O feto repousa no corno esquerdo e no corpo do útero e tinha 20 cm de comprimento da cabeça até a garupa. Detalhes adicionais dos órgãos reprodutivos são visualizados nas Figuras 8.57–8.61. Com o avanço da gestação, o útero ocupa uma posição ventral entre as partes direita e esquerda das alças do cólon maior. O ceco está deslocado para a direita, e o intestino delgado e o cólon menor estão deslocados, principalmente, para a esquerda.

Fig. 5.49 Abdome no início da gestação (4): vista superficial lateral esquerda. O baço se estende mais caudal que o comum, mas esse fato também acontecia no espécime observado na Figura 5.13. A flexura pélvica (pelvina) do cólon maior fica mais ventral e cranial do que o padrão; isso

pode ser efeito do aumento do útero gestante (Fig. 5.51). As Figuras 5.495.51 mostram a topografia do antímero esquerdo do abdome nesta égua.

Fig. 5.50 Abdome no início da gestação (5), após a remoção do baço: vista lateral esquerda. O baço se desenvolve no mesogástrio dorsal, e sua remoção precisa da retirada de parte do omento maior. A veia cava caudal também foi removida.

Fig. 5.51 Abdome no início da gestação (6): ovários e útero na vista craniolateral esquerda. A vista craniolateral direita deste espécime está detalhada na Figura 5.48.

Fig. 5.52 Vísceras abdominais do potro recém-nascido: vista lateral esquerda. O cólon não está inflado. Compare a área relativa e a posição topográfica do fígado deste potro com o fígado do cavalo adulto (Figs. 5.14, 5.43 e 5.49).

Fig. 5.53 Veias porta e umbilical do potro recém-nascido: vista lateral esquerda. O ventrículo (estômago) e o intestino foram retirados. Os lobos

esquerdos do fígado foram incisados para exposição da face visceral dos lobos direito e caudado. No final da vida fetal do potro não há clara definição de conexão anatômica entre a veia umbilical e a veia cava caudal; o ducto venoso está ausente. A veia umbilical, como em outros mamíferos, drena para o ramo esquerdo da veia porta.*

Fig. 5.54 Parte caudal do abdome da potranca recém-nascida: vista lateral esquerda. Esta é a vista mais caudal do espécime no estágio de dissecação mostrado na Figura 5.53.

Fig. 5.55 Umbigo e úbere do potro recém-nascido: vista ventral. Parte do lado esquerdo da parede do abdome foi retirada, como observado nas Figuras 5.52-5.54. Esta figura é uma vista ventral do espécime no estágio de dissecação avaliado na Figura 5.54. *

Nota da Tradução: A Nômina Anatômica Veterinária (International Comitee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature; Nomina Anatomica Veterinaria. 5 ed. Hannover, Columbia, Gent, Sapporo USA, 165p, 2005) e a maioria dos anatomistas veterinários não estão de acordo com essa conceituação e divisão das partes finais do intestino delgado. Considera-se que o íleo é apenas o segmento final curto associado à prega ileocecal, independente do conteúdo. A definição anterior está próxima do que é aceito para a anatomia humana.

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Nota da Tradução: A edição brasileira adota a Nomina Anatômica Veterinária (International Comitee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature; Nomina Anatomica Veterinaria. 5 ed. Hannover, Columbia, Gent, Sapporo USA, 165p, 2005), que é aceita por todos os anatomistas veterinários.

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Nota da Tradução: Por não haver vesícula biliar no cavalo, o autor prefere o termo lobo hepático medial direito para substituir o termo lobo quadrado, portanto este é o lobo à direita da veia umbilical, cita o autor que está em conformidade com a nomenclatura zoológica para mamíferos. A edição brasileira irá adotar a Nomina Anatômica Veterinária (International Comitee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature; Nomina Anatomica Veterinaria. 5 ed. Hannover, Columbia, Gent, Sapporo USA, 165p, 2005).

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MEMBRO PÉLVICO (PELVINO)

Importância clínica do membro pélvico (pelvino) O membro pélvico (pelvino) pode ser examinado pela radiografia, ultrassonografia, ressonância magnética e por bloqueio nervoso e anestesia das articulações. A maior diferença entre os membros torácicos e pélvicos (pelvinos) é que no membro pélvico (pelvino) o pé não é a maior fonte clínica de claudicação. Também, o exame do membro pélvico (pelvino) tem muito mais implicações na saúde do que o exame do membro torácico. Em potros e cavalos jovens, traumatismo e genética em qualquer combinação são os maiores contribuintes para problemas de claudicação. Os tempos de fusão epifisária não são sempre um indicador verdadeiro de fechamento de placas de crescimento. Há variações de raças – geralmente as placas de crescimento se fecham mais cedo nas raças menores do que nas raças maiores. Em geral, as placas de crescimento distais se fecham mais cedo do que as proximais. Para o fêmur, a placa de crescimento proximal se funde em 24-36 meses e a distal em 24-30 meses. Para a tíbia, os valores correspondentes são 24-30 meses e 17-24 meses. O maléolo lateral da tíbia tem um centro de ossificação separado, que é observado no embrião como parte da epífise distal da fíbula. O centro de ossificação separado para a tuberosidade da tíbia se funde à epífise aos 9-12 meses de idade e à metáfise em 30-36 meses. A epífise proximal da fíbula se ossifica logo após o nascimento. Dois ou três centros de ossificação separados no corpo fibroso podem permanecer separados por muitos anos. A placa de crescimento proximal do osso III metatársico está fusionada ao nascimento, e a placa distal se funde aos 9-12 meses. Em potros, o período de crescimento mais rápido vai do nascimento até a 10ª semana. A atividade das placas de crescimento determina o comprimento do osso e, de algum modo, a sua forma. Anomalias da ossificação endocondral podem afetar o comprimento do osso e também o alinhamento axial das extremidades dos ossos e a forma

das articulações. Esses efeitos são visíveis no potro. O tornozelo (jarrete) tem seis ossos do tarso – tibial (talo) e fibular (calcâneo), central e ossos társicos I, II (fundidos) e III, IV. A epífise do osso calcâneo está evidente pela 2ª semana e se funde entre 24-36 meses. As fraturas intra-articulares do tarso não são comuns como as do carpo, porque o membro pélvico (pelvino) não está tão frequentemente envolvido nos traumatismos. A articulação coxofemoral é uma das articulações de “grande movimento” do cavalo, e todas estas têm amplos espaços sinoviais, os quais podem ser penetrados por uma agulha. Além do mais, anestesia da articulação pode ser usada com propósitos diagnósticos, para administração de antibióticos e anti-inflamatórios, e coleta de amostras pode ser necessária para culturas ou exames citológicos. As articulações de “pequeno movimento”, por exemplo, o tarso, têm espaços sinoviais menores e são limitadas por grande quantidade de ligamentos colagenosos, tendões e cápsulas articulares. Além do mais, elas são muito menos acessíveis clinicamente. A analgesia intra-articular da articulação coxofemoral pode ser utilizada como um teste diagnóstico. Para chegar à articulação do quadril, que não é facilmente palpável por causa da ampla massa dos músculos glúteos, uma agulha pode ser inserida entre as partes cranial e caudal do trocânter maior do fêmur. A agulha é posicionada em direção levemente cranial, medial e distal para chegar até a cavidade articular. A luxação coxofemoral ocorre, mas raramente, e as tentativas de reduzir o deslocamento normalmente são insuficientes, por ser difícil recolocar a cabeça do fêmur no local anatômico. Osteoartrite da articulação do quadril é rara. As fraturas do fêmur são relativamente raras e pouco pode ser feito para repará-las. As fraturas da tíbia são mais comuns e necessitam de fixação do tipo “Robert Jones”. A articulação femorotibiopatelar é o local mais comum de problemas no membro pélvico (pelvino). A osteoartrite é muito comum nessa articulação. A cartilagem articular do fêmur pode estar 3-4 cm espessa e é a mais espessa das cartilagens articulares para o equino. O côndilo medial do fêmur é um

local comum para cistos ósseos. Fratura da patela ocorre raramente e normalmente é o resultado de um traumatismo direto, geralmente por um chute ou coice. A osteochondrosis dissecans é também bastante comum na articulação do joelho. Essa articulação supre a particular anatomia do fêmur para fixação em extensão. O tubérculo da tróclea do fêmur pode atuar como um “prendedor” para a fibrocartilagem parapatelar e o ligamento patelar medial, permitindo que a articulação seja estabilizada em extensão. Uma das lesões mais comuns do joelho é a fixação proximal da patela, diagnosticada por palpação e radiografia. Nessa condição a patela não está espontaneamente destravada quando as tentativas para a flexão são feitas sobre a articulação. Também podem ocorrer problemas quando a parte lateral da tróclea do fêmur está hipoplásica e não há elevações para prender os ligamentos patelares. Essa condição geralmente é congênita e, nesse caso, costuma ser bilateral. A articulação femoropatelar se comunica com a articulação femorotibial medial e, em 25% dos cavalos, também com a femorotibial lateral. Nos outros 75% dos cavalos, a articulação femorotibial lateral está separada. As duas cavidades sinoviais da articulação femorotibial não se comunicam diretamente uma com a outra. O local de claudicação pode ser detectado por anestesia dessas cavidades sinoviais. A articulação femoropatelar é acessível para a analgesia intra-articular pela inserção de uma agulha proximal à crista da tíbia, lateral ou medial ao ligamento patelar intermédio, com a agulha direcionada ligeiramente proximal. A articulação femorotibial medial é acessível próximo à tíbia, com a agulha inserida entre o ligamento patelar medial e o ligamento colateral medial. A articulação femorotibial lateral é acessível próximo à tíbia, com a agulha inserida caudal ao tendão do músculo extensor digital longo e cranial ao ligamento colateral lateral. A articulação femorotibial é o local de uma variedade de doenças do joelho, incluindo as do menisco, da cartilagem articular, dos ligamentos colaterais e dos ligamentos cruzados (normalmente causada pela rotação sobre o joelho). Todos os componentes citados podem ser avaliados por artroscopia sob anestesia geral. Existem quatro espaços sinoviais no tornozelo (jarrete). O primeiro está na articulação tarsocrural. O segundo está na articulação intertarsal proximal (este se comunica com o primeiro citado). O terceiro está na articulação

intertarsal distal (este se comunica com a articulação tarsometatarsal) e, finalmente, há a cavidade da articulação tarsometatarsal. O tornozelo (jarrete) pode ser investigado usando-se analgesia intra-articular. A articulação proximal (tarsocrural) é penetrada pela inserção de uma agulha de cada lado da veia safena, distalmente ao maléolo medial. A articulação intertarsal distal pode ser encontrada no aspecto medial do tornozelo (jarrete), distalmente à margem proximal do ramo medial do tendão do músculo tibial cranial. A agulha é inserida em direção lateral, horizontalmente, entre o osso III társico e o osso central do tarso. A articulação tarsometatarsal é acessível por via de uma pequena depressão proximal à cabeça do osso lateral “em tala” (osso IV metatársico). Uma agulha é inserida em direção horizontal e ligeiramente distal em uma profundidade de 2-3 cm. Osteoartrite das pequenas articulações do tarso pode ocorrer. Esparavão é um termo descritivo para a efusão sinovial da articulação tarsocrural. É o resultado de uma sinovite de pequeno grau. O edema aparece na parte próximo-medial do tornozelo (jarrete). Essa não é a maior causa de claudicação persistente do membro pélvico (pelvino) em equinos. Osteochondrosis dissecans, uma condição degenerativa da cartilagem, também afeta o tarso, particularmente a projeção intermédia distal da tíbia e a projeção lateral da tróclea da articulação tibiotarsal. A articulação do tarso como um todo pode sofrer de infecção bacteriana e inflamação, similar à inflamação da articulação do joelho. Isso frequentemente resulta em extensiva necrose e posterior colapso articular. Outra importante condição do tarso é a distensão por fluido da articulação tarsocrural, que ocorre dorsomedialmente entre o músculo fibular terceiro e o maléolo medial; dorsomedialmente entre o maléolo medial e o tendão do músculo flexor digital profundo; e caudolateralmente entre o maléolo lateral e o túber do calcâneo. O deslocamento (luxação) tarsocrural é uma condição rara, a qual é virtualmente impossível de curar, sendo uma indicação para eutanásia. Uma considerável quantidade de tempo clínico é perdida com os problemas associados aos músculos e tendões do membro pélvico (pelvino). Rupturas do músculo fibular terceiro (o qual passa da fossa extensora da

epífise distal do fêmur ao aspecto dorsolateral do osso III metatársico, o calcâneo e os ossos III e IV társicos) ocorrem quando há hiperextensão da articulação do tarso, geralmente na corrida. Ele é importante, pois este músculo tendinoso é parte do aparelho de fixação do membro pélvico (pelvino), o qual capacita o tarso e o joelho a flexionarem ou estenderem em uníssono. O higroma de jarrete é a distensão da bolsa subcutânea envolvendo o tendão do músculo flexor digital superficial (TFDS) na ponta do tarso. Em geral, é somente de significância estética. Resulta de trauma. O higroma de jarrete profundo é uma lesão à ampla bolsa sinovial embaixo do tendão, resultando em inchaço de ambos os lados do tendão. Lesão traumática ao músculo semitendinoso resulta em cicatrização, com adesão entre os músculos semitendinoso e semimembranoso. Pode ocorrer ruptura do músculo gastrocnêmio, e tendinite do músculo também é uma possibilidade. Os músculos do membro pélvico (pelvino) danificados mais frequentemente são os maiores flexores junto com suas bainhas tendíneas e ligamentos suspensórios. O TFDS é facilmente lesionado e pode ser parcialmente deslocado (subluxado) quando o cavalo está em trabalho. Mais comumente, isso ocorre lateralmente, mas algumas vezes medialmente. O problema é muito mais intenso quando o tendão também é rompido. A correção cirúrgica desse caso geralmente não obtém sucesso. Há também uma condição específica conhecida pelo nome coloquial de “freio”, o qual é a desmite (inflamação) do TFDS. É visto clinicamente como um edema sobre o aspecto plantar do tarso, aproximadamente 10 cm distal à ponta do tarso. O “freio falso” é um inchaço ou aumento sobre o aspecto proximal dos ossos em “tala” (ossos II e IV metatársicos). Os músculos extensores e suas bainhas tendíneas também podem ser danificados, mas nesses casos as lesões não são graves, e o tratamento conservador geralmente tem sucesso. Lesões ao aparelho suspensor podem ocorrer. Lesões confinadas ao terço proximal do metatarso são normalmente referenciadas como desmite suspensória proximal. Há edema localizado, inchaço, calor, distensão da veia plantar medial e possivelmente dor. A condição pode ser leve, moderada ou severa e pode se tornar crônica. Mais raramente há avulsão (dilaceração), fraturas de todo o tendão e rompimento completo do tendão. Analgesia subtarsal e

ultrassonografia podem ser utilizadas para diagnóstico. Distensão por fluido da bainha tarsal do tendão flexor profundo é conhecida como tenossinovite. Normalmente é causada por trauma. A bainha começa aproximadamente de 5-7 cm proximal ao nível do maléolo medial e se estende distalmente ao terço proximal do metatarso. O inchaço pode ser encontrado de cada lado do tendão calcâneo comum e cranial ao tendão. O nervo femoral pode ser lesionado por ferimentos penetrantes da parte caudal do flanco, que resulta em abscesso. Raramente, o nervo também é danificado por tumores, aneurisma e pressão durante o parto. Como ele inerva o grupo quadríceps do fêmur, o qual flexiona o quadril e estende o joelho, o movimento de avanço fica limitado. O nervo glúteo cranial pode ser lesionado por traumatismo; se isso acontecer, pode ocorrer atrofia dos músculos glúteos. O nervo isquiático pode ser acometido por infecção bacteriana sistêmica, assim como a salmonelose, mas também por processos infecciosos que se estendem pelo sacro e pela pelve. A doença irá afetar tanto o nervo tibial como o fibular. A paralisia do nervo tibial, o qual inerva os extensores do tarso e flexores dos dedos e joelho, não é incomum. O bloqueio diagnóstico pode ser realizado pela injeção em 10 cm proximal ao túber do calcâneo sobre o aspecto caudomedial do membro, no espaço entre o tendão do flexor digital profundo e o tendão calcâneo comum. O nervo fica sob a fáscia superficial, cerca de 1 cm profundamente, e a agulha deverá ser direcionada logo cranialmente ao tendão calcâneo comum, prestando atenção para não penetrar a pele no aspecto lateral. O nervo fibular inerva os flexores do tarso e os extensores do dígito. Pode ser bloqueado 10 cm proximal à ponta do tarso, em um sulco entre os músculos extensores digitais longo e lateral, logo sobre a junção musculotendínea. Isso é proximal ao maléolo lateral da tíbia, no aspecto lateral da perna. O ramo profundo do nervo fibular pode ser bloqueado de 2-3 cm sob a fáscia superficial, e o ramo superficial, de 1-2 cm sob a fáscia. Distal ao tarso, o nervo plantar pode ser bloqueado entre o tendão do flexor digital profundo e o ligamento suspensor. Os nervos metatarseos

plantares podem receber um bloqueio circular sobre a parte proximal do metatarso. Esses nervos são bloqueados axiais aos ossos em “tala”, nas margens do ligamento suspensor, e ao longo da parte cortical plantar do osso III metatársico.

Fig. 6.1 Características superficiais das regiões da pelve e do fêmur de um cavalo castrado: vista lateral esquerda. A pele sobre as características palpáveis recebeu a tricotomia. Uma incisão marca o ponto onde a patela estava pregada à tróclea do femur na posição para fixar a articulação do joelho. O septo intermuscular entre o bíceps do fêmur e o semitendinoso (a designada “linha da carência”) está pouco visível após a fixação (Fig. 6.9).

Fig. 6.2 Ossos das regiões da pelve e do fêmur: vista lateral esquerda. As características ósseas palpáveis mostradas na Figura 6.1 foram coloridas em vermelho, exceto o túber sacral e os processos espinhosos do sacro. Neste esqueleto a patela não está posicionada tão distalmente na tróclea: no cavalo fixado o membro pélvico (pelvino) foi completamente estendido antes da fixação da patela na tróclea.

Fig. 6.3 Características superficiais das regiões do fêmur, da perna e do tarso: vista lateral esquerda. A pele sobre as características palpáveis sofreu tricotomia. A patela também está marcada pela incisão feita na pele para sua fixação junto à tróclea do fêmur.

Fig. 6.4 Ossos das regiões do fêmur, da perna e do tarso: vista lateral esquerda. As características mostradas na Figura 6.3 foram coloridas de vermelho. Os ossos do pé estão indicados na Figura 7.36.

Fig. 6.5 Características superficiais das regiões da pelve e do fêmur: vista caudolateral esquerda. A pele sobre as características palpáveis recebeu tricotomia.

Fig. 6.6 Ossos das regiões da pelve e do fêmur: vista caudolateral esquerda. As características ósseas palpáveis mostradas na Figura 6.5 foram coloridas de vermelho, exceto no túber sacral e nos processos espinhosos das vértebras.

Fig. 6.7 Características superficiais do tarso e do metatarso direitos: vista medial. A pele sobre as características palpáveis recebeu tricotomia. Detalhes adicionais do pé estão mostrados nas Figuras 7.39 e 7.40.

Fig. 6.8 Ossos do tarso e do metatarso direitos em vista medial. As características ósseas palpáveis indicadas na Figura 6.7 foram coloridas de vermelho. Detalhes adicionais do pé são avaliados na Figura 7.40.

Fig. 6.9 Músculos superficiais das regiões da pelve e do fêmur: vista lateral esquerda. Quando livre do tecido conjuntivo, o sulco intermuscular entre o bíceps do fêmur e o semitendinoso (“linha da carência”) foi visualizado claramente. Nos animais vivos, esse sulco é mais bem visualizado se o cavalo estiver em condições ruins. As partes mais proximal e cranial do músculo bíceps do fêmur podem ser consideradas partes do músculo glúteo superficial.

Fig. 6.10 Músculos superficiais das regiões da pelve e do fêmur: vista caudolateral esquerda. Nesta figura e na Figura 6.9, a fáscia glútea profunda e a fáscia lata foram removidas.

Fig. 6.11 Músculos das regiões da pelve e do fêmur: vista lateral esquerda. O músculo glúteo superficial e o tensor da fáscia lata foram removidos.

Fig. 6.12 Componentes superficiais da perna esquerda: vista lateral esquerda. Parte da lâmina mais superficial da fáscia crural profunda foi retirada para demonstrar o nervo fibular superficial. A vista medial da região neste estágio de dissecação está avaliada na Figura 6.13.

Fig. 6.13 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) esquerdo: vista medial. A pele e a fáscia superficial foram removidas e a fáscia profunda, que recobre os músculos, tibial cranial e extensor digital longo, foi retirada. Dissecações adicionais desta região estão observadas nas Figuras 6.28, 6.30 e 6.56.

Fig. 6.14 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) esquerdo: vista lateral esquerda. O músculo bíceps do fêmur foi removido. Detalhes adicionais dos músculos, nervos e vasos estão avaliados na Figura 6.15.

Fig. 6.15 Regiões do joelho, da perna e do tarso: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação

demonstrada na Figura 6.14.

Fig. 6.16 Nervos isquiático e glúteos: vista lateral esquerda. O

músculo glúteo médio foi removido.

Fig. 6.17 Nervos isquiático, fibular e tibial nas regiões da pelve e do

fêmur: vista lateral esquerda. Os músculos médio e profundo foram retirados e o músculo semitendinoso foi dissecado parcialmente.

Fig. 6.18 Músculo quadríceps do fêmur esquerdo: vista cranial. O músculo vasto lateral, o qual foi removido (Fig. 6.17), foi recolocado para demonstrar o músculo quadríceps do fêmur completo com seu osso sesamóideo (patela) e os tendões de inserção (ligamento patelar). O músculo vasto intermédio é avaliado na Figura 6.20. Detalhes adicionais da articulação do joelho são observados na Figura 6.19.

Fig. 6.19 Articulação do joelho esquerdo: vista cranial. A articulação femoropatelar foi pregada e fixada com o ligamento patelar medial e a fibrocartilagem parapatelar suspensos sobre o tubérculo da tróclea (joelho na posição de apoio “travado”). Durante o movimento estes não estão tão

presos e a patela se move livremente no sulco da tróclea.

Fig. 6.20 Músculos vasto medial e intermédio e nervo femoral: vista

lateral esquerda. Os músculos vasto lateral e o reto femoral foram parcialmente dissecados.

Fig. 6.21

Músculos mediais da região do fêmur: vista lateral esquerda. A cabeça pélvica (pelvina) do músculo semitendinoso foi seccionada e o músculo foi deslocado caudalmente para mostrar as duas cabeças do músculo semimembranoso.

Fig. 6.22 Músculos mediais da região do fêmur: vista caudolateral esquerda. O músculo semimembranoso foi seccionado e sua parte distal foi deslocada caudalmente para avaliar os músculos adutor e grácil. Os músculos gêmeos e quadrado do fêmur foram dissecados para mostrar o músculo obturatório externo. Os nervos tibial e fibular foram seccionados.

Fig. 6.23 Pelve, fêmur e músculos associados: vista lateral esquerda. A parte medial do músculo quadríceps do fêmur (músculos vasto medial e intermédio) foi dissecada. Os ossos da pelve e o fêmur, junto com a parte proximal da tíbia, são suficientemente visíveis para permitir uma

comparação com as Figuras 6.1 e 6.2. Detalhes adicionais desta dissecação são avaliados nas Figuras 6.24 e 6.25.

Fig. 6.24 Articulação coxofemoral e músculos mediais da região do fêmur: vista craniolateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de parte da dissecação demonstrada nas Figuras 6.23 e 6.25, documentada de um ângulo mais cranial para observar detalhes complementares da articulação coxofemoral.

Fig. 6.25

Músculos mediais da região do fêmur: vista lateral esquerda. Esta é uma imagem aproximada de uma parte da dissecação demonstrada da Figura 6.23.

Fig. 6.26 Acetábulo e componentes da região medial do fêmur: vista lateral esquerda. O membro pélvico (pelvino) foi removido, e a extremidade seccionada dos músculos foi dissecada para demonstrar as relações entre eles e com os vasos e nervos. Dissecações adicionais desta

região estão avaliadas no Capítulo 8, nas Figuras 8.17 e 8.18.

Fig. 6.27 Componentes superficiais das regiões do fêmur e da perna no antímero direito em um macho castrado: vista medial. Uma janela realizada na fáscia profunda da perna e no tendão do músculo grácil mostra a inserção do músculo semitendinoso na tíbia.

Fig. 6.28 Artéria, veia e nervo safenos esquerdos: vista medial. A dissecação superficial desta região está demonstrada na Figura 6.13. O tendão tarsal do músculo semitendinoso, o qual se combina com a fáscia profunda da perna, foi parcialmente dissecado para se avaliar a veia safena caudal e o nervo tibial mais nitidamente (Fig. 6.29).

Fig. 6.29 Articulação femorotibiopatelar fixada em extensão: vista medial. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação demonstrada na Figura 6.28. A articulação do joelho estava fixada em completa extensão e mostra o “mecanismo de fechamento da patela” em ação.

Fig. 6.30 Regiões do joelho, da perna e do tarso esquerdas: vista medial. Os músculos grácil, sartório e a fáscia profunda foram removidos. Esta dissecação também está demonstrada nas Figuras 6.31 e 6.32.

Fig. 6.31 Regiões do joelho, da perna e do tarso esquerdas: vista cranial. Esta dissecação também é demonstrada nas Figuras 6.30 e 6.32.

Fig. 6.32 Regiões do joelho, da perna e do tarso esquerdas: vista caudal. Esta dissecação é demonstrada também nas Figuras 6.30 e 6.31.

Fig. 6.33 Região do joelho esquerdo: vista medial. Os músculos adutor, semimembranoso e semitendinoso (Fig. 6.30) foram removidos para a exposição da face medial da articulação femorotibiopatelar. A patela foi fixada na posição de apoio.

Fig. 6.34 Região da perna esquerda: vista caudal. O espécime está no mesmo estágio de dissecação observado na Figura 6.33.

Fig. 6.35 Regiões do joelho e da perna esquerdas: vista caudal. A

cabeça lateral do músculo gastrocnêmio foi removida agora (compare com a Fig. 6.34) para demonstrar os músculos flexor digital superficial e poplíteo.

Fig. 6.36 Região do joelho esquerdo e espaço poplíteo: vista lateral esquerda. O espécime está no mesmo estágio da dissecação visualizada na Figura 6.35.

Fig. 6.37 Regiões do joelho, da perna e do tarso esquerdas: vista cranial. A parte média do ventre muscular do m. extensor digital longo foi dissecada para perceber o ventre fibroso do músculo fibular terceiro. A cavidade articular das articulações do joelho e tarsocrural foi aberta para demonstrar suas posições mais apropriadamente. Esta dissecação está também avaliada nas Figuras 6.38 e 6.39.

Fig. 6.38 Regiões do joelho, da perna e do tarso esquerdas: vista lateral. O espécime está no mesmo estágio da dissecação mostrada nas Figuras 6.37 e 6.39.

Fig. 6.39 Regiões da perna e do tarso esquerdas: vista medial. O espécime está no mesmo estágio da dissecação mostrada nas Figuras 6.37 e 6.38.

Fig. 6.40 Tarso esquerdo: vista lateral. A veia safena lateral e o nervo satélite foram encurtados para simplificar a dissecação da região lateral do tarso. O retináculo tarsal foi seccionado para revelar os vasos tibiais craniais mais definidamente. Uma imagem medial do tarso é observada na Figura 6.44. Veja também as Figuras 6.57 e 6.58.

Fig. 6.41 Tarso e metatarso esquerdos: vista dorsal. O retináculo extensor tarsal foi removido e as partes medial e lateral da cavidade articular tarsocrural foram abertas. Esta dissecação também está mostrada nas Figuras 6.42 e 6.43.

Fig. 6.42 Tarso e metatarso esquerdos: vista lateral. O retináculo extensor tarsal foi removido. Esta dissecação também é mostrada nas Figuras 6.41 e 6.43.

Fig. 6.43 Tarso e metatarso esquerdos: vista medial. Esta dissecação também está mostrada nas Figuras 6.41 e 6.42. O retináculo do flexor, o qual fica junto ao aspecto medial do sulco tarsal (Fig. 6.39), foi seccionado para mostrar o tendão do músculo flexor digital profundo e os vasos e nervos plantares mediais ocupando o sulco tarsal (Fig. 6.44).

Fig. 6.44 Tarso esquerdo: vista medial. A artéria safena foi dissecada para mostrar mais nitidamente a origem dos dois nervos plantares a partir do nervo tibial. A parte distal do canal para o tendão do músculo flexor digital medial não foi aberta. Ele está indicado por uma linha azul tracejada. A união deste tendão com aqueles dos outros músculos ocorre um terço do trajeto abaixo do metatarso (Fig. 6.49). Este estágio de dissecação também é mostrado na Figura 6.45.

Fig. 6.45 Tarso esquerdo: vista dorsal. O nervo fibular superficial foi removido e o nervo metatárseo dorsal foi dissecado. Este estágio de dissecação também é mostrado na Figura 6.44.

Fig. 6.46 Componentes profundos da perna esquerda: vista medial. O músculo gastrocnêmio foi dissecado. Este estágio de dissecação também é mostrado na Figura 6.47.

Fig. 6.47 Componentes profundos da perna esquerda: vista caudal. O músculo gastrocnêmio foi dissecado. Este estágio de dissecação é o mesmo da Figura 6.46.

Fig. 6.48 Tendão calcâneo comum: vista caudal. O tendão do músculo flexor digital superficial (Fig. 6.47) foi removido para mostrar a bolsa sinovial entre ele e a ponta do calcanhar e sua inserção no túber do calcâneo.

Fig. 6.49 Sulco tarsal esquerdo: vista plantar. Os tendões do músculo flexor digital profundo foram seccionados e removidos do sulco tarsal, mostrando o sustentáculo do talo, sobre o qual dois tendões do músculo flexor digital profundo deslizam. As origens do ligamento acessório (cabeça tarsal do músculo flexor digital profundo) e do ligamento suspensor (músculo interósseo) também estão reveladas. Nota da Tradução: *Os anatomistas antigos, por influência europeia, denominam este ligamento acessório de brida társica.

Fig. 6.50 Componentes profundos da perna esquerda: vista lateral. O espécime está no estágio de dissecação mostrado nas Figuras 6.48 e 6.51.

Fig. 6.51

Componentes profundos da perna esquerda: vista caudomedial. O espécime está no mesmo estágio de dissecação mostrado nas Figuras 6.48 e 6.50.

Fig. 6.52 Componentes das regiões da pelve, do fêmur e da perna em uma égua: vista caudolateral esquerda (1). Os músculos tensor da fáscia lata, glúteo superficial e bíceps do fêmur foram removidos. Partes dos músculos glúteo médio e semitendinoso foram dissecadas. As regiões da

pelve e do fêmur deste espécime estão mostradas no Capítulo 8 (Figs. 8.62–8.64).

Fig. 6.53 Componentes das regiões da pelve, do fêmur e da perna em uma égua: vista caudolateral esquerda (2). A cabeça acessória do músculo glúteo médio e o músculo glúteo profundo foram dissecados. A cabeça longa do músculo semimembranoso foi seccionada e os componentes perineais superficiais foram deslocados caudalmente à margem caudal do ligamento sacrotuberal largo. A parte média do nervo isquiático e o nervo cutâneo caudal do fêmur foram removidos.

Fig. 6.54 Acetábulo e componentes associados na fêmea gestante: vista caudolateral esquerda. O membro pélvico (pelvino) esquerdo e o ligamento sacrotuberal largo foram removidos. Os cotos dos músculos, vasos e nervos foram dissecados para mostrar sua relação topográfica. Dissecações adicionais desta região neste espécime são avaliadas no Capítulo 8 (Figs. 8.66–8.71).

Fig. 6.55 Parede da pelve direita de uma égua gestante: vista medial. O antímero esquerdo da pelve e as vísceras pélvicas foram removidos. As dissecações deste estágio estão avaliadas no Capítulo 8 (Figs. 8.62–8.92). Estágios posteriores estão nas Figuras 6.59-6.62.

Fig. 6.56 Regiões do joelho e da perna direitas de uma égua. A fáscia superficial e partes da lâmina superficial da fáscia profunda foram removidas.

Fig. 6.57 Componentes superficiais do tarso direito: vista medial. Partes mais distais deste espécime são mostradas na Figura 7.74.

Fig. 6.58 Componentes superficiais do tarso direito: vista lateral. Partes mais distais deste espécime são mostradas na Figura 7.72.

Fig. 6.59 Vasos e nervos, do antímero direito, das regiões da pelve e do fêmur em uma égua gestante: vista medial. A parte isquiopúbica do músculo obturatório interno foi removida. A parede do abdome e a maior parte do músculo grácil foram dissecadas (compare com a Fig. 6.55).

Fig. 6.60 Músculo pectíneo direito: vista medial. Os resquícios craniais do músculo grácil foram dissecados para mostrar o músculo pectíneo e a origem e a terminação dos vasos safenos.

Fig. 6.61 Vasos e nervos femorais e safenos na égua: vista medial direita. O músculo sartório foi removido.

Fig. 6.62 Componentes profundos das regiões da pelve e do fêmur, do antímero direito, em uma égua: vista medial. Os músculos adutor e semimembranoso foram retirados. O ligamento sacrotuberal largo e o nervo pudendo, o qual tem o trajeto associado ao ligamento, foram dissecados para

mostrar os nervos que ficam laterais ao ligamento.

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MÃO E PÉ (EXTREMIDADES DISTAIS)

Importância clínica das extremidades distais Na anatomia dos vertebrados, a extremidade distal inclui o carpo ou o tarso e as regiões distais a essas articulações. O contato entre a extremidade e um solo potencialmente perigoso sob o membro (frequentemente lama ou concreto) produz uma variedade de alterações, as quais podem causar muitos problemas clínicos. O membro pélvico (pelvino) é alvo de enorme estresse e de utilização direta durante a locomoção normal e está geralmente envolvido em trauma. Aproximadamente 60% do peso de um cavalo são sustentados sobre a mão e cerca de 90% de toda claudicação do membro torácico ocorrem na mão. O equilíbrio correto na extremidade é necessário, mas algumas vezes é esquecido. Vários desequilíbrios de conformidade podem ocorrer. A extremidade deveria ser equilibrada e uniformemente colocada ao redor do seu centro de sustentação de peso (ponto médio do círculo da suspensão laminar). No desequilíbrio dorsopalmar, a extremidade terá uma parte dorsal da parede (pinça) alongada e uma parte móvel (talão) reduzida, então o peso é transferido para a parte móvel. O desequilíbrio lateromedial normalmente é resultado de um ‘casqueamento’ desigual, que resulta em um talão cisalhado; um talão (comumente o medial) atinge o solo antes do outro. Em cavalos jovens, as fraturas das placas de crescimento são as mais comuns. Quanto mais jovem o potro sofrer a fratura, melhor será o prognóstico. Se a fratura for transversa, atravessando o osso (como é comum na falange distal) mais do que a longitudinal, ao longo do eixo maior, o osso cicatriza mais rapidamente. Aproximadamente 80% das fraturas da extremidade equina ocorrem nas mãos. Fraturas da parte distal do membro geralmente são agudas, com grave lesão dos ligamentos e edema de tecidos moles. A fratura pode ser fechada ou aberta (exposta a infecção em potencial). Contusões ou ‘dor na canela’ (periostite, doença metacarpiana

dorsal) são resultado de estresse ou fadiga para o osso, em virtude dessa parte do osso receber mais estresse por compressão do que outras partes deste. Fraturas de côndilo, metáfises e diáfise do III osso do metapódio (metacarpo ou metatarso) podem ocorrer. Fraturas em lascas também são muito comuns. Na ‘síndrome metapodial proximal’ ocorrem fraturas de avulsão por estresse das partes corticais proximais: palmar e plantar. As ‘inflamações nas talas’ são exostoses ósseas dos segundo ou quarto metapódios. Fraturas dos ossos segundo e quarto metapódios geralmente ocorrem no terço distal do osso. Elas habitualmente resultam de chutes ou coices, mas também podem ocorrer espontaneamente. Fraturas da falange média ocorrem frequentemente por compressão repentina e torção simultânea, as quais a extremidade normalmente está sujeita. Isso é particularmente grave com paradas bruscas e arrancadas. Fraturas da falange distal (osso pedal) são comuns. Elas frequentemente ocorrem quando o cavalo escoiceia e bate em algum objeto sólido. O pulso digital está aumentado nessa fratura. Se a articulação interfalangiana distal (DIP) também estiver envolvida, pode haver considerável efusão articular. Fratura do osso sesamóideo proximal pode resultar de hiperextensão do aparelho suspensor, alterações degenerativas no osso, trauma direto ou osteoporose. Sesamoidite (mudança óssea ou degenerativa nos ossos sesamóideos proximais) é uma importante doença da extremidade no cavalo. A osteoartrite é um aumento de um ou mais ossos que formam a articulação interfalangiana distal ou proximal. O termo ‘falsa osteoartrite’, que na verdade seria uma periostite, é frequentemente usado quando somente o corpo da falange proximal ou média está afetado. Existem vários tipos de fratura (#) do osso falange distal (osso pedal): Tipo I- fraturas não articulares do processo palmar/plantar Tipo II- fraturas articulares parassagitais da articulação DIP para a margem solear medial e lateral Tipo III- fraturas articulares medianas Tipo IV- fraturas do processo extensor

Tipo V- fraturas cominutivas da falange distal, secundária à penetração de corpo estranho Tipo VI- fraturas marginais não articulares Tipo VII- fraturas não articulares do processo palmar/plantar Inflamação da falange distal (osteíte pedal) é absolutamente comum. ‘Ossos laterais’ é a ossificação da cartilagem ungular da falange distal e é relativamente comum, considerando que cistos ósseos na falange distal são muito raros. Fratura do sesamóideo distal (osso navicular) pode ser na forma de fratura em lasca ou uma fratura sagital simples deste osso sesamóideo. Fraturas cominutivas desse osso são, felizmente, raras, porque elas são impossíveis de reparar. Os problemas das articulações das extremidades envolvem uma quantidade considerável de tempo, perícia, energia e paciência dos médicos veterinários na clínica de equinos. No potro, a causa mais comum de claudicação aguda é artrite séptica/osteomielite. A maioria das infecções é septicêmica, e em no mínimo 50% dos casos várias articulações estão envolvidas. Existem basicamente três tipos de lesões. Uma está relacionada com as epífises, a segunda com as cartilagens epifisárias e a terceira com os ossos cuboides do carpo e tarso. Sinovite vilonodular na forma de uma resposta hipertrófica proliferativa crônica também é comum. As articulações das mãos e dos pés de cavalos mais velhos também estão sujeitas a uma vasta classe de anormalidades. Subluxações ocorrem e devem ser reparadas, elas possuem um prognóstico ruim. Ocorrem luxações nas articulações interfalangianas proximal (PIP) e distal (DIP). Deformidade angular (frouxidão articular) da articulação metacarpo/metatarsofalangiana também é uma possibilidade. Esta é uma desordem interfalangiana similar e possui um prognóstico ruim. A deformidade flexural do boleto é tanto congênita como adquirida. Esta pode ser devida a relativo encurtamento da parte musculotendinosa do músculo flexor digital superficial, do músculo flexor digital profundo, ou dos ligamentos sesamóideos. Artrites traumáticas ou degenerativas da articulação interfalangiana proximal (PIP ou articulação

da quartela) e articulação interfalangiana distal (DIP ou ‘ataúde’) têm sido descritas, e artrites infecciosas da articulação também são conhecidas. As articulações das extremidades são acessíveis para a coleta de amostras de fluidos articulares, ou para a administração de anestesia, ou tratamentos. A articulação metacarpo/metatarsofalangiana é acessível via recesso sinovial palmar/plantar. Este está localizado proximal à articulação, entre a vista palmar da parte distal do terceiro osso metapodal e o ligamento suspensor, ao nível distal da extremidade distal do segundo metapodal. Com o membro em posição de sustentação de peso, a agulha é inserida no ângulo direito do eixo do membro, em uma direção levemente inclinada, em uma profundidade de 2-3 cm. A articulação PIP (quartela) é atingida através de uma posição dorsal e logo lateral ao tendão extensor digital comum (membro torácico) ou longo (membro pélvico [pelvino]) e a nível do, ou logo distal ao, processo palmar ou plantar da falange proximal. Com o membro em posição de sustentação do peso, a agulha é inserida na direção distal e medial. A articulação DIP (ataúde) é localizada achando-se uma depressão que está a aproximadamente 2 cm dorsal à faixa coronária e sobre a linha média. A agulha pode ser inserida medial ou lateralmente ao tendão do músculo extensor digital comum (membro torácico) ou longo (membro pélvico [pelvino]), ou diretamente através do tendão. Com o membro na posição de sustentação do peso, a agulha é inserida na direção distal e palmar ou plantar, em uma profundidade de 2,5 cm. Tendinite é a inflamação da bainha do tendão. Comumente os tendões flexor digital superficial (SDF) e profundo (DDF) são afetados. Esses tendões sofrem grave estresse no membro do cavalo. Eles também são danificados quando os músculos estão fatigados. O SDF é mais comumente danificado porque sofre muito mais pressão em hiperextensão do que o DDF. O dano acontece mais comumente ao nível médio do metacarpo no SDF ou, para o DDF, ao nível da articulação metacarpofalangiana. Ambos os tendões são avasculares, e o reparo irá precisar de um tempo maior. Lacerações tendíneas são muito comuns como resultado de cortes por arames, hiperestiramento, ou lesões contusas. As lesões do DDF causam

levantamento da parte dorsal da parede da úngula. As lesões do SDF causam depressão do boleto para o solo. Os ligamentos das extremidades distais também podem sofrer danos, usualmente como resultado de trauma. Desmite (inflamação de um ligamento) pode afetar os ligamentos sesamóideos distais da articulação metacarpofalangiana. Rompimento do aparelho suspensor também pode ocorrer, normalmente em cavalos de corrida, quando estão em velocidade máxima: uma aguda hiperextensão do boleto pode romper um ou todos os componentes do aparelho suspensor – ligamento suspensor, ossos sesamóideos, ligamentos sesamóideos distais. O local mais comum de receber qualquer tipo de lesão fica na inserção proximal do ligamento suspensor à parte cortical palmar/plantar proximal dos ossos metacárpicos/metatársicos. A síndrome do ‘navicular’ é responsável por 30% de todas as claudicações do membro torácico. A síndrome é uma claudicação crônica afetando a parte palmar da extremidade do osso sesamóideo distal (navicular). Ela envolve a fibrocartilagem da sua face flexora, a parte palmar da articulação interfalangiana distal, o tendão do músculo flexor digital profundo, a bolsa podotroclear (navicular), os ligamentos sesamóideos colaterais (suspensores do navicular) e o ligamento sesamóideo distal ímpar. Há duas teorias para sua ocorrência: a vascular e a biomecânica. Ela é considerada associada a pressão anormal/forças vibratórias entre o tendão do músculo flexor digital profundo e a face flexora do osso navicular. Também, ferimentos invasivos podem atingir o tendão do músculo flexor digital profundo, e isso pode resultar em necrose desse tendão. A penetração na bolsa podotroclear (navicular) pode envolver também o ligamento ímpar, progredir para a articulação interfalangiana distal (DIP) e resultar em artrite infecciosa. A bainha digital do músculo flexor digital profundo se estende à metade do corpo da falange média. Penetração nesta bainha digital pode resultar em tenossinovite infecciosa. A úngula pode ser lesionada por pisar sobre algo pontudo ou por ser escoiceado, e ela fica então facilmente infeccionada por patógenos do solo

natural. Entretanto, quando a úngula está lesionada, pode ser levantada e protegida por curativo rígido e ‘calçados’. Laminite é uma condição específica da extremidade do cavalo, normalmente afetando o membro torácico. Esta é a inflamação das lâminas sensíveis da derme na parede da úngula, sendo essencialmente uma desordem vascular periférica causada por doenças sistêmicas. Liberação de substâncias vasoativas (catecolaminas) pode causar necrose isquêmica. Existem muitos fatores predisponentes diferentes, particularmente sobrecarga de cereais e recuperação pós-operatória de cirurgias de cólica. As laminites podem ser graduadas como 1, 2, 3 e 4. O tipo 1 é de desenvolvimento, o tipo 2 - dor da extremidade e claudicação, o tipo 3 - subclínico (recuperação sem falha mecânica) e o tipo 4 - crônica (leva a deslocamento da falange distal). A progressão normalmente começa com excessiva sobrecarga de cereais, dando elevação no ácido lático, alterando o pH cecal. As bactérias Gram-negativas rapidamente se multiplicam e endotoxinas extras são liberadas. Agentes vasoativos então são liberados e circulam. Isso leva a vasoconstrição, isquemia e necrose. Outra teoria sugerida é que as proteinases são ativadas nas lâminas, e isso degrada o colágeno do tipo IV, o qual insere a úngula na falange distal. Isso resulta em perda do suporte mecânico. Vários outros problemas das extremidades podem ser listados. ‘Erupção da lama’ (também conhecida como calcanhar gorduroso) está associada a infecções bacterianas causadas por Dermatophilus e Staphylococci. Rupturas na parede da úngula no sentido vertical a partir da faixa coronária. ‘Defeito na parede do casco’ é a separação da parede da úngula da falange distal. ‘Necrose crônica’ é uma condição degenerativa dos sulcos central da cunha (ranilha) e paracuneal; está associada a invasão superficial por microrganismos sob condições anaeróbicas. ‘Gangrena’ é uma pododermatite da cunha (ranilha) e sola, crônica, infecciosa, hipertrófica e úmida. O ‘queratoma’ é um tumor benigno incomum da camada córnea entre a epiderme laminar e a derme (cório) na parede da úngula. “Doença da zona alba” é uma desagregação progressiva rara da parede da úngula, na junção entre a parede e a sola. ‘Prego da ferradura’ é uma lesão direta ou uma lesão

por contusão da derme solear ou laminar causada por um prego no casco. A inflamação crônica supurativa da cartilagem ungular é a necrose da cartilagem ungular junto à falange distal; frequentemente é o resultado de corrimentos purulentos e formação de seios abaixo da faixa coronária. A parede da úngula é rígida, exceto na parte móvel, onde as lâminas são inseridas na cartilagem ungular, que pode se expandir (mover abaxialmente) sobre sustentação de peso. Os componentes na parte “rígida”, as regiões do estojo córneo da parte dorsal e lateral da parede também são alvos de movimentos contínuos sobre condições de sustentação de peso, então ocorre um problema potencial de diminuição da circulação sanguínea nessas regiões. A úngula tem uma resposta diminuída em relação à lesão e uma cicatrização lenta, ainda que contenha muitos componentes importantes. Ferimentos superficiais que penetram somente no tecido cornificado podem, todavia, produzir abscesso subsolear. Pododermatite é uma inflamação da derme solear (cório), com ou sem infecção secundária. Feridas profundas que penetram o epitélio germinativo introduzem infecções, normalmente Clostridia. Estas são condições de tratamentos emergenciais, com graves consequências a longo prazo. Feridas que envolvem os componentes sinoviais são particularmente graves e necessitam de tratamento imediato e agressivo. Feridas maiores que 1 cm de profundidade são perigosas quando estas penetram na sola. Feridas de 1,2 cm penetram a úngula e a parede. Feridas acima de 1,5 cm penetram a cunha. Essas feridas penetrantes profundas podem ser classificadas em três grupos: o tipo 1 são as feridas que penetram a derme e causam osteíte séptica na falange distal, com um abscesso no toro distal. O tipo 2, feridas perfurantes penetrantes profundas, progride no terço caudal da cunha e pode acometer muitos componentes anatômicos, incluindo os tendões flexores digitais (o SDF e o DDF). A úngula também pode conter outros componentes que podem ser penetrados, incluindo a articulação interfalangiana distal (DIP), as bainhas tendíneas, os tendões (principalmente o DDF) e ligamentos (sesamóideo distal ímpar e os colaterais da DIP), as falanges média e distal e o osso sesamóideo distal (navicular) e sua bolsa. O

ferimento do tipo 3 penetra a faixa coronária, levando à condrite séptica dos componentes cartilaginosos, como as cartilagens articulares e a cartilagem ungular, e pode se estender subsequentemente para dentro da articulação interfalangiana distal (DIP). Vários bloqueios nervosos são utilizados para identificar o local da claudicação na mão e no pé. A analgesia perineural da região digital distal pode ser alcançada pelo bloqueio dos nervos palmar/plantar lateral e medial, na altura da falange média. A agulha é inserida subcutaneamente sobre o feixe vasculonervoso palpável, logo proximal à cartilagem ungular da falange distal de cada lado. Esse é o bloqueio do nervo digital palmar/plantar. Esses nervos podem ser bloqueados em posição mais proximal pela inserção da agulha subcutaneamente sobre o feixe vasculonervoso palpável, na face abaxial da lateral e então medial ao osso sesamóideo proximal. Esse é o bloqueio nervoso sesamóideo abaxial. A analgesia perineural das regiões metacárpicas distal e digital pode ser conseguida por bloqueio dos nervos palmar lateral e medial, e metacárpico palmar, proximal ao boleto. O local para as injeções subcutâneas é imediatamente distal às extremidades distais (“botões”) dos ossos II e IV metacárpicos, para bloquear os nervos metacárpicos palmares de ambos os lados. Na mesma altura, o local de injeções subcutâneas está entre o DDF e o ligamento suspensor em cada antímero, para bloquear os nervos palmares. Esse é o bloqueio nervoso do ponto 4 inferior para o membro torácico. Para o membro pélvico (pelvino), as mesmas quatro injeções são realizadas, mas existe uma fundamental diferença anatômica. Os nervos metatárseos dorsais permutam fibras com os nervos metatárseos plantares na região da falange proximal, e eles inervam a úngula. Assim, é necessário bloquear esses nervos metatárseos dorsais medial e lateral com bloqueios subcutâneos circulares (bloqueio em anel) na face dorsal dos “botões” dos ossos em “lasca” (os metatársicos acessórios, II e IV). Esse é o bloqueio nervoso do ponto 6 inferior para o membro pélvico (pelvino). Analgesia perineural das regiões metacárpicas e digitais pode ser alcançada por bloqueios palmares lateral e medial, e também os nervos

metacárpeos palmares, logo distais ao carpo. A agulha é inserida profundamente, axial ao osso IV metacárpico, até atingir a face palmar do osso III metacárpico. Aqui o nervo metacárpeo palmar lateral é injetado. O nervo palmar é bloqueado pela inserção da agulha subcutaneamente no mesmo nível dentro do espaço entre o DDF e o ligamento suspensor. Este é repetido na margem medial em relação ao osso II metacárpico. Estes constituem os bloqueios nervosos palmares altos. No membro pélvico (pelvino), somente um local de injeção é suficiente para injetar cada antímero dos nervos. A agulha é inserida logo distal à articulação tarsometatarsal e axial ao osso IV metatársico, até atingir a face plantar do osso III metatársico. Após a injeção do nervo metatárseo plantar lateral neste local, a agulha é parcialmente afastada e uma segunda injeção é realizada entre o DDF e o ligamento suspensor, para bloquear o nervo plantar lateral. Esse procedimento é repetido na margem medial, em relação ao osso II metatársico e o tendão e ligamento. Esse é o bloqueio nervoso plantar alto.

Fig. 7.1 Características superficiais da mão esquerda: vista dorsal. As Figuras 7.3, 7.5 e 7.7 contêm imagens adicionais deste espécime. A pele sobre as características palpáveis sofreu tricotomia. As Figuras 7.2, 7.4, 7.6 e 7.8 mostram os ossos da região. A Figura 7.9 apresenta a face solear da úngula.

Fig. 7.2 Ossos da mão esquerda: vista dorsal. As proeminências citadas na Figura 7.1 foram coloridas de vermelho, exceto o saliente processo estilóideo medial. Para comentários sobre o processo estilóideo lateral, veja Figura 7.4.

Fig. 7.3 Características superficiais da mão esquerda: vista lateral. O espécime foi fixado em posição anatômica, com o membro arrumado para ficar semelhante a sua posição de apoio normal. A pele sobre as características palpáveis recebeu a tricotomia. Em algumas raças de cavalo os pelos longos da região metacarpofalangiana são extremamente desenvolvidos, cobrindo completamente a região da falange proximal.

Fig. 7.4 Ossos da mão esquerda: vista lateral. As proeminências citadas na Figura 7.3 foram coloridas de vermelho. A ulna se funde com o rádio por volta de 1 ano de idade, para formar o “côndilo” articular lateral. A proeminência logo proximal a ele provavelmente é de origem diafisária, mas é comumente denominada de processo estilóideo lateral do rádio. Nota da Tradução: *Esta demonstração não é um consenso para os anatomistas, mas um conceito deste autor.

Fig. 7.5 Características superficiais da mão esquerda: vista palmar. Na face palmar da articulação metacarpofalangiana, o ergot queratinizado semelhante a esporão (toro metacárpico) fica escondido nos longos pelos da região (cirros metacárpicos); está visível na Figura 7.9. Os ovos da mosca do berne, Gasterophilus, estão aderidos aos pelos na face medial do carpo; este cavalo sofreu eutanásia em setembro.

Fig. 7.6 Ossos da mão esquerda: vista palmar. As partes relacionadas à tricotomia na Figura 7.5 foram coloridas de vermelho, exceto para o saliente processo estilóideo medial. O inconstante e variável osso I cárpico não estava presente neste esqueleto, mas a sua posição está indicada no desenho.

Fig. 7.7 Características superficiais da mão esquerda: vista medial. A posição do toro cárpico ou “castanha” em relação aos componentes ao redor é variável, mas ela está normalmente presente em todos os membros do gênero Equus, posicionando-se proximal ao carpo.

Fig. 7.8 Ossos da mão esquerda: vista medial. As partes relacionadas à tricotomia da Figura 7.7 foram coloridas de vermelho, exceto o processo estilóideo medial. O inconstante osso I cárpico não estava presente neste esqueleto, mas sua posição está indicada. Linhas externas para a área da cartilagem medial da falange distal (desenhada) e da úngula foram incluídas (Figs. 7.61 e 7.66).

Fig. 7.9 Face solear das úngulas (cascos): membro torácico esquerdo (acima) e membro pélvico (pelvino) esquerdo (abaixo). A parede está desenvolvida em demasia em ambos os cascos, mas nenhuma tentativa foi realizada para aparar ou prepará-las para esta fotografia que não a escovação.

Fig. 7.10 Componentes superficiais da parte distal da mão esquerda (1): vista lateral. A pele e a fáscia superficial foram removidas. Outras vistas desta dissecação estão avaliadas nas Figuras 7.11–7.12. As regiões do carpo e da parte proximal do metacarpo estão mostradas nas Figuras 3.34–3.36.

Fig. 7.11 Componentes superficiais da parte distal da mão esquerda (2): vista palmar. Outras vistas desta dissecação são observadas nas Figuras 7.10 e 7.12. As regiões do carpo e proximal do metacarpo estão mostradas nas Figuras 3.34–3.36. O ligamento do ergot foi removido na margem medial.

Fig. 7.12 Componentes superficiais da parte distal da mão (3): vista medial esquerda. Outras imagens desta dissecação estão demonstradas nas Figuras 7.10 e 7.11. As regiões do carpo e da parte proximal do metacarpo estão observadas nas Figuras 3.34–3.36. O ligamento do ergot foi removido.

Fig. 7.13 Componentes superficiais da parte distal da mão esquerda (4): vista dorsal. Os nervos e as veias foram removidos, mas as artérias foram mantidas com a finalidade de providenciar pontos de referência para comparação com as dissecações posteriores (Figs. 7.10-7.12). Outras imagens desta dissecação estão mostradas nas Figuras 7.14-7.16. Uma vista dorsal das regiões do carpo e da parte proximal do metacarpo está avaliada na Figura 3.33.

Fig. 7.14 Componentes superficiais da parte distal da mão (5): vista lateral. Outras vistas desta dissecação estão analisadas nas Figuras 7.13, 7.15 e 7.16.

Fig. 7.15 Componentes superficiais da parte distal da mão (6): vista palmar. Outras imagens desta dissecação estão mostradas nas Figuras 7.13, 7.14 e 7.16.

Fig. 7.16 Componentes superficiais da parte distal da mão (7): vista medial esquerda. Outras vistas desta dissecação estão mostradas nas Figuras 7.13, 7.14 e 7.15.

Fig. 7.17 Mão direita: vista medial. O dígito foi serrado através de um plano coronal para produzir os espécimes para as Figuras 7.19-7.24.

Fig. 7.18 Mão direita: face solear da úngula. O dígito foi serrado através de um plano coronal para produzir os espécimes para as Figuras 7.19-7.24. A parede apresentava um amplo crescimento, mas a úngula não tinha sido aparada, somente a escovação foi realizada.

Fig. 7.19 Mão direita: secção coronal através da úngula (1). O plano de secção passa pelo extremo da parte distal do osso sesamóideo distal e pelo ligamento, unindo-se à falange distal (Fig. 7.66). A face interna da cavidade articular e a bolsa sinovial (membranas sinoviais e cartilagem articular) estão indicadas pelos pontos azuis.

Fig. 7.20 Mão direita: secção coronal através da úngula (2). Esta é a parte distal (incluindo a parte dorsal) do espécime mostrado na Figura 7.19. Uma lasca do osso sesamóideo distal (Fig. 7.66) estava inclusa nesta superfície visível do corte, mas ela foi removida da cavidade articular

interfalangiana distal para mostrar a cartilagem da face articular sesamóidea da falange distal.

Fig. 7.21 Mão direita: secção coronal através da úngula (3). Esta é uma vista aproximada da parte medial do espécime avaliado na Figura 7.20. Veja também Figuras 7.75 e 7.76.

Fig. 7.22 Mão direita: secção coronal através da úngula (4). Esta é uma parte do espécime mostrado na Figura 7.21. Os pulvinos do limbo e da coroa normalmente estão sustentados por seus derivados da hipoderme (fáscia superficial), mas parecem contínuos com a derme do tegumento comum. Os túbulos da epiderme da parede estão claramente visíveis e são originados da camada germinativa da epiderme sobre as papilas da derme da coroa. Dissecações da região da coroa estão mostradas nas Figuras 7.577.60.

Fig. 7.23 Mão direita: secção coronal através da úngula (5). Esta é uma vista aproximada da parte lateral do espécime mostrado na Figura 7.20. Uma lasca do osso sesamóideo distal foi removida da face deste corte.

Fig. 7.24 Mão direita: secção coronal através da úngula (6). Esta é uma parte do espécime mostrado na Figura 7.23. Na região de junção entre a sola e a parede, o espaço deixado nas terminações distais da lâmina da derme da parede está preenchido por nova queratina para produzir a zona alba laminada, que é translucente. A cor branca vista na extremidade “preparada” é do estrato interno, não pigmentado da epiderme da parede (Figs. 7.9, 7.18 e 7.59). Dissecações das lâminas da parede estão avaliadas nas Figuras 7.57-7.60.

Fig. 7.25 Componentes superficiais do membro torácico direito (1): vista cranial e dorsal. A pele foi removida, e os vasos e nervos na fáscia superficial foram dissecados. As Figuras 7.25-7.28 mostram a relação entre

os vasos superficiais e nervos do dígito (mostrados nas Figs. 7.29-7.32) e outros componentes das regiões mais proximais do membro.

Fig. 7.26 Componentes superficiais do membro torácico direito (2): vista lateral. Esta dissecação também está demonstrada nas Figuras 7.25, 7.27 e 7.28. Para detalhes adicionais da região digital, veja Figura 7.30.

Fig. 7.27 Componentes superficiais do membro torácico direito (3): vista caudal. Esta dissecação também está avaliada nas Figuras 7.25, 7.26 e 7.28. Para detalhes adicionais da região digital, veja a Figuras 7.31.

Fig. 7.28 Componentes superficiais do membro torácico direito (4): vista medial. Esta dissecação também está avaliada nas Figuras 7.25, 7.26 e 7.27. Para detalhes complementares da região digital, veja a Figura 7.32. A completa extensão do ligamento do ergot está mostrada nesta figura.

Fig. 7.29 Componentes superficiais da mão direita (1): vista dorsal. Nesta figura a pele foi recolocada na posição, após a dissecação dos componentes superficiais, para demonstrar os vasos sanguíneos das camadas profundas e suas origens através dos vasos metacárpicos e digitais (Figs. 7.30-7.32).

Fig. 7.30 Componentes superficiais da mão direita (2): vista lateral. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 7.26. Outras imagens desta parte do espécime estão mostradas nas Figuras 7.31 e 7.32. Veja também Figura 7.29.

Fig. 7.31 Componentes superficiais da mão direita (3): vista palmar. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 7.27. Outras vistas desta parte do espécime estão analisadas nas Figuras 7.30 e 7.32 (Fig. 7.29).

Fig. 7.32 Componentes superficiais da mão direita (4): vista medial. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação avaliada na Figura 7.28. Outras imagens desta parte neste espécime estão mostradas nas Figuras 7.30 e 7.31, mas note que nesta figura o ligamento medial do ergot ainda não estava reduzido. Veja também a Figura 7.29.

Fig. 7.33 Características superficiais do pé esquerdo: vista dorsal. As Figuras 7.35, 7.37 e 7.39 mostram vistas complementares deste espécime. A pele sobre as características palpáveis recebeu tricotomia. Observe que, neste espécime, os componentes palpáveis no aspecto medial da extremidade estão demonstrados no pé direito (Fig. 7.39) e não estão visíveis nesta figura. As Figuras 7.34, 7.36, 7.38 e 7.40 mostram os ossos desta região, e a Figura 7.9 mostra a face solear da úngula. Um registro sobre a terminologia aplicada à proeminência lateral da tíbia é realizado na Figura 7.36.

Fig. 7.34 Ossos do pé esquerdo: vista dorsal. As proeminências relacionadas à tricotomia na Figura 7.33 foram coloridas de vermelho.

Fig. 7.35 Características superficiais do pé esquerdo: vista lateral. O

espécime estava fixado na posição anatômica, com o membro colocado para parecer semelhante à sua posição em nível normal de apoio, mas o metatarso poderia estar mais vertical. A pele na posição da extremidade distal do osso IV metatársico não recebeu a tricotomia; ela pode ser vista na Figura 7.42.

Fig. 7.36 Ossos do pé esquerdo: vista lateral. As proeminências relacionadas com a tricotomia da Figura 7.35 foram coloridas de vermelho. A epífise distal da fíbula se funde com aquela da tíbia durante o primeiro ano de vida. Ele forma parte da face articular lateral e pode contribuir para o maléolo lateral palpável.

Fig. 7.37

Características superficiais do pé esquerdo: vista plantomedial. O espécime é observado por um ângulo ligeiramente medial para mostrar o toro társico (ou “castanha”) mais claramente. Este componente é normalmente superficial aos ossos fusionados 1º e 2º társicos; pode estar ausente no cavalo e não é encontrado em outras espécies do gênero Equus.

Fig. 7.38

Ossos da perna esquerda: vista plantomedial. As proeminências associadas às tricotomias das Figuras 7.37 e 7.39 foram coloridas de vermelho.

Fig. 7.39 Características superficiais do pé esquerdo: vista medial. A área da pele na posição da extremidade distal do osso IV metatársico não sofreu tricotomia; pode ser vista na Figura 7.44. A parede medial da úngula está gravemente lesionada ao longo da face solear (Fig. 7.9).

Fig. 7.40

Ossos do pé direito: vista medial. As proeminências relacionadas com as tricotomias nas Figuras 7.37 e 7.39 foram coloridas de vermelho. As linhas externas da cartilagem ungular medial, e da úngula, foram adicionadas (Figs. 7.61 e 7.66).

Fig. 7.41 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (1): vista dorsal. A parte mais proximal do membro deste espécime está mostrada na Figura 6.41. Esta dissecação também está sendo mostrada nas Figuras 7.42-7.44.

Fig. 7.42 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (2): vista lateral. As partes mais proximais desta dissecação são mostradas na Figura 6.42. Esta dissecação também é avaliada nas Figuras 7.41, 7.43 e 7.44.

Fig. 7.43 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (3): vista plantar. Esta dissecação também está demonstrada nas Figuras 7.41, 7.42 e 7.44.

Fig. 7.44 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (4): vista medial. As partes mais proximais desta dissecação estão mostradas na Figura 6.43. Esta dissecação também é observada nas Figuras 7.41-7.43.

Fig. 7.45 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (5): vista dorsal. Os vasos e nervos foram removidos para mostrar os tendões e ligamentos superficiais mais claramente. As Figuras 7.46-7.48 mostram imagens adicionais desta dissecação.

Fig. 7.46 Componentes superficiais da parte distal do pé esquerdo (6): vista lateral. A maior artéria da extremidade (metatarseia dorsal III) foi retida, junto com a terminação de outros vasos (compare com as dissecações iniciais, Fig. 7.42). Outras imagens desta dissecação estão mostradas nas Figuras 7.45, 7.47 e 7.48.

Fig. 7.47 Componentes superficiais da parte distal do pé (7): vista plantar. A parte móvel da úngula foi ligeiramente levantada, para obter uma vista melhor da face plantar do dígito. Outras vistas desta dissecação estão mostradas nas Figuras 7.45, 7.46 e 7.48.

Fig. 7.48 Componentes superficiais da parte distal do pé (8): vista medial. Nenhuma artéria metatarseia dorsal ocupa o sulco intermetatarsal na margem medial (compare com a Fig. 7.46). Outras imagens desta dissecação estão avaliadas nas Figuras 7.45-7.47.

Fig. 7.49 Tendões flexores do dígito esquerdo: vista plantar (1). Os ligamentos anulares foram removidos das articulações metatarsofalangianas e digitais.

Fig. 7.50 Tendões flexores do dígito esquerdo: vista plantar (2). A metade medial do músculo flexor digital superficial foi incisada para revelar o músculo flexor digital profundo dorsal a ele. O limite proximal da bainha sinovial tendínea digital é visível, mas seu limite distal está na úngula (Fig. 7.66).

Fig. 7.51 Tendão do músculo flexor digital profundo do pé esquerdo: vista plantar. As metades lateral e medial do tendão flexor digital superficial foram removidas. Esta dissecação também é observada na Figura 7.52. A inserção do tendão do músculo flexor digital profundo dentro da falange distal na úngula está mostrada na Figura 7.54.

Fig. 7.52 Tendão do músculo flexor digital profundo do pé esquerdo: vista lateral. O espécime está no mesmo estágio da dissecação observada na Figura 7.51.

Fig. 7.53 Tendão do músculo flexor digital profundo esquerdo: vista plantar e solear. Uma parte de tecido da cunha foi incisada pelo aspecto plantar da úngula para mostrar o tendão e sua relação com os bulbos da parte móvel, a cunha e a sola da úngula.

Fig. 7.54 Osso sesamóideo distal esquerdo (navicular): vista plantar e solear. A remoção de parte da sola mostra a inserção do tendão flexor. Uma janela foi realizada neste tendão para mostrar o osso sesamóideo distal e a bolsa podotroclear. A remoção de parte do tendão do flexor profundo revela os ligamentos intersesamóideos e sesamóideos. Veja também a Figura 7.80.

Fig. 7.55

Ligamentos sesamóideos e osso sesamóideo distal (navicular) esquerdo: vista lateroplantar. A dissecação está no mesmo estágio que a observada na Figura 7.54. Os ligamentos sesamóideos cruzados e curtos estão avaliados nas Figuras 7.78 e 7.79. Veja também a Figura 7.77.

Fig. 7.56 Músculo interósseo (ligamento suspensor): vista plantar. O tendão do músculo flexor digital profundo foi seccionado no sulco tarsal e removido para mostrar o músculo interósseo. Cada tendão deste músculo se une dorsalmente com o tendão do músculo extensor digital longo (Figs. 7.45 e 7.52).

Fig. 7.57 Componentes da parede da úngula: vista medial (1). A parte superficial do estrato médio foi removida da parte plantar da parte medial da parede (quarto) da úngula. Dissecações adicionais são avaliadas nas Figuras 7.58-7.62. Veja também as Figuras 7.75 e 7.76.

Fig. 7.58 Componentes da parede da úngula: vista medial (2). Os estratos externo e médio da parede foram removidos pela parte medial (quarto) da úngula. A profundidade da parede removida pela superfície de contato é indicada na Figura 7.59.

Fig. 7.59 Componentes da parede da úngula: vista plantar e solear. A superfície de contato da sola e da parede foi aparada para mostrar nitidamente a denominada zona alba da parede, a qual forma a junção entre parede e sola (Fig. 7.24). Nas úngulas não aparadas esta zona laminar é

menos evidenciada (Fig. 7.54). As partes removidas da parede medial (Fig. 7.58) estão indicadas por linhas pontilhadas.

Fig. 7.60 Componentes da parede da úngula: vista medial (3). O estrato médio da parede da úngula foi removido pela metade mais dorsal da parede medial, expondo as longas papilas coronárias. A parede total da úngula foi removida pela metade mais plantar, junto com o plexo venoso parietal, para demonstrar a cartilagem ungular medial.

Fig. 7.61 Componentes da parede da úngula e cartilagem ungular medial: vista medial. A remoção de muitas partes restantes do estrato interno da parede expôs a face abaxial completa da cartilagem medial. As lâminas também são percebidas na parte restante da parede da úngula.

Fig. 7.62

Cartilagem ungular medial: vista lateroplantar. A dissecação está no mesmo estágio que aquela mostrada na Figura 7.61. A cartilagem medial se encurva por trás (plantar) e por baixo (distal) do pulvino bulbar, o qual foi removido.

Fig. 7.63 Pé direito: vista dorsal. O espécime foi serrado através do eixo paramediano do membro, para produzir as ilustrações das Figuras 7.65 e 7.66.

Fig. 7.64 Pé direito: vista solear. O espécime foi serrado através do eixo do membro para produzir o material das Figuras 7.65 e 7.66.

Fig. 7.65 Pé direito na secção paramediana: vista medial. Esta é a metade lateral do espécime. Os limites das cavidades sinoviais são indicados pela linha azul pontilhada. A fusão epifisária está terminada nos ossos metatársicos e falanges; isso ocorre com aproximadamente 12 meses de idade (varia de 6-15 meses) em cada osso.

Fig. 7.66 Dígito direito em secção paramediana: vista medial. Esta é uma visão ampliada de uma parte do espécime avaliado na Figura 7.65. Os limites da cavidade sinovial estão indicados pelas linhas azuis pontilhadas. A linha marcada por setas indica o plano de secção mostrado nas Figura

7.19 e 7.20.

Fig. 7.67 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) direito (1): vista cranial e dorsal. A pele foi removida, e os vasos e nervos na fáscia superficial foram dissecados. As Figuras 7.68-7.70 também avaliam este espécime. A dissecação indica a relação entre os vasos e nervos superficiais do dígito (Figs. 7.71-7.74) e aqueles das regiões mais proximais do membro.

Fig. 7.68 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) direito (2): vista lateral. As Figuras 7.67, 7.69 e 7.70 também mostram este espécime.

Fig. 7.69 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) direito (3): vista caudal e plantar. As Figuras 7.67, 7.68 e 7.70 também avaliam este espécime.

Fig. 7.70 Componentes superficiais do membro pélvico (pelvino) direito (4): vista medial. As Figuras 7.67-7.69 também mostram este espécime. As partes mais proximais desta dissecação estão observadas na Figura 6.56.

Fig. 7.71 Componentes superficiais da parte distal do pé direito (1): vista dorsal. Esta é uma imagem ampliada do espécime mostrado na Figura 7.67.

Fig. 7.72 Componentes superficiais da parte distal do pé direito (2): vista lateral. Esta é uma imagem ampliada de uma parte do espécime observado na Figura 7.68.

Fig. 7.73 Componentes superficiais da parte distal do pé direito (3): vista plantar. Esta é uma vista aproximada de uma parte do espécime analisado na Figura 7.69.

Fig. 7.74 Componentes superficiais da parte distal do pé direito (4): vista medial. Esta é uma imagem ampliada de uma parte do espécime mostrado na Figura 7.70. Observe a origem do ramo coronal pela artéria dorsal da falange proximal. Ela normalmente se origina da artéria dorsal da falange média.

Fig. 7.75 Derme da úngula: vista lateral direita. A parte queratinizada (epiderme) foi removida após maceração em água fria, expondo a derme (cório). Muitos pelos foram perdidos neste método de preparação, mas os componentes papilares e laminares da derme se mantiveram preservados.

Fig. 7.76 Derme da úngula: vista solear. O limbo (Fig. 7.75), o toro e a cunha formam o colar proximal (“faixa do sapo ou da ranilha”) ao redor da parede e sola. A moderna terminologia anatômica, entretanto, falha em reconhecer a unidade dessas três partes da úngula.

Fig. 7.77 Ligamentos sesamóideos e plantar do dígito: vista plantar (1). Os tendões flexores superficial e profundo foram dissecados, e o ligamento plantar abaxial lateral foi removido.

Fig. 7.78 Ligamentos sesamóideos e plantar do dígito: vista plantar (2). Os ligamentos reto e oblíquo foram removidos para expor os ligamentos cruzados, os quais ficam próximos da cápsula da articulação metatarsofalangiana.

Fig. 7.79 Cavidade da articulação metatarsofalangiana: vista dorsal. A articulação foi aberta pela sua face dorsal e flexionada para mostrar as faces articulares. A parte plantar da cápsula articular foi dissecada para mostrar os ligamentos sesamóideos curtos associados a ela.

Fig. 7.80 Osso sesamóideo distal: vista plantar e solear. A remoção do tendão do músculo flexor digital profundo levou à abertura da bolsa podotroclear para revelar o osso sesamóideo distal. A excisão parcial do teto da bolsa podotroclear revela a cavidade sinovial da articulação interfalangiana distal. A cartilagem cobrindo a face podotroclear do osso sesamóideo distal mostra evidências de lesões (doença do “navicular”).

Fig. 7.81 Úngula de um feto equino: vista lateral. A massa celular mole se desenvolve na sola e na cunha rapidamente antes ou após o nascimento, e quando o peso é colocado sobre as extremidades distais, elas são rapidamente gastas para expor os componentes rígidos queratinizados que ficam abaixo delas (compare com a Fig. 7.39).

Fig. 7.82 Úngula de um feto: vista solear e plantar. A massa celular de amplo crescimento derivada do ângulo da sola e da cunha oculta a parte inflexa da parede (a barra). Quando o potro começa a andar, entretanto, o tecido mole seca e é gasto. A face solear da úngula rapidamente se torna como a do adulto (Fig. 7.9).

8

PELVE (INCLUINDO A COLUNA ESPINAL)

Importância clínica da pelve A claudicação associada à pelve pode ser investigada por exames clínicos, ultrassonografia, cintilografia, radiologia no cavalo jovem, anestesia local e bloqueio de nervos. A pelve tem uma função muito importante, providenciando a conexão entre a coluna espinal (pelo apoio) e o membro pélvico (pelvino) (pela propulsão). Às vezes, a pelve pode estar sustentando todo o peso do cavalo. Ela transfere todo esforço propulsivo mas, por causa dos fortes ligamentos e das conexões musculares, tem seu movimento muito limitado. Ela é continuamente submetida a forças não compressivas. Pode-se dizer que os ligamentos sacroilíacos e a articulação sacroilíaca são submetidos às forças que mais causam rompimento, se comparadas a todo aparelho locomotor. A pelve dá passagem, através do forame isquiático maior, para a artéria e a veia glútea cranial e para os nervos glúteos; também para o singular e mais extenso nervo do corpo do equino, o nervo isquiático. Além disso, o forame obturado dá passagem para os nervos e vasos obturatórios. Fraturas da pelve são relativamente raras, porque a pelve é protegida por grupos musculares muito fortes. Eles “fazem”, entretanto, com que ocorra a fratura em acidentes traumáticos ou podem estar presentes nas fraturas por estresse. Frequentemente o cavalo com uma lesão pélvica pode estar em choque e muito relutante para sustentar o peso ou se mover. Pode haver fraturas da asa e do corpo do ílio, acetábulo, púbis ou ísquio. A fratura mais comum, provavelmente, é a do túber da coxa. Fraturas pélvicas se apresentam como uma claudicação unilateral ou bilateral muito aguda, de começo repentino, frequentemente após exercício e traumatismo. Os túberes sacrais ou isquiáticos, frequentemente, aparecem com alturas desiguais, quando vistos por trás. A articulação sacroilíaca é clinicamente o componente locomotor mais importante da pelve. Ela é uma articulação do tipo diartrose; tem uma cápsula articular, delgada e firme, com uma capacidade total de somente 1-2 mL.

Existe cartilagem hialina sobre a face da articulação sacral e fibrocartilagem sobre a face ilíaca. A aparência das várias articulações sofre variações consideráveis com a idade e entre os indivíduos. A articulação é estabilizada por três pares de ligamentos sacroilíacos. O ligamento sacroilíaco dorsal é dividido em parte dorsal e parte lateral. Há um ligamento interósseo e também um ligamento ventral. Os animais utilizados em caças e saltos são particularmente afetados por danos nesses ligamentos, o que resulta em dor ‘nas costas’ ou claudicação persistente no membro pélvico (pelvino). As lesões encaixam-se em dois grupos. Primeiramente, existem as lesões agudas, desmites e luxação/subluxação da articulação. Em segundo, há lesão crônica em forma de osteoartrite sacroilíaca ou desmite, ou ambas. Ambas são vistas como claudicação no membro pélvico (pelvino) e/ou baixa performance. As lesões agudas resultam de uma queda, de deslizamento, ou de trabalho excessivo, o que geralmente causa hiperestiramento dos ligamentos dorsal e ventral. Algumas vezes, se a articulação sacroilíaca está particularmente instável, ou oscilante, é possível ver o movimento do túber sacral quando o cavalo afetado se move para a frente no passo. Lesão sacroilíaca crônica resulta de uso excessivo, traumatismo e sobrecarga. Há uma alta incidência de 8% a 15% em cavalos de corridas. Existe comumente uma história de baixa performance, resistência ao salto, falta de impulsão do membro pélvico (pelvino), mudanças de comportamento e dorso dolorido. O exame da articulação por ultrassonografia frequentemente revela alterações degenerativas na articulação. Anestesia da articulação confirmará o foco da claudicação. Para a articulação sacroilíaca direita, uma posição 2 cm cranial ao túber sacral esquerdo, em um ângulo de 45-60 graus da articulação e logo caudal em direção ao trocânter maior do fêmur direito, ao longo do aspecto medial da asa do ílio direito, alcançará a articulação, o mesmo pode ser feito para a articulação esquerda. Lesões neurais na cavidade pélvica podem afetar o nervo obturatório, que algumas vezes é danificado no parto. Esse nervo inerva os músculos adutor, grácil e pectíneo. Perda da adução do membro pélvico (pelvino) resulta em um desequilíbrio, com incapacidade para manter o membro sob o corpo. Traumatismo dos nervos glúteos cranial e caudal ocorre algumas vezes, com uma atrofia resultante do músculo glúteo-bíceps

(bíceps femoral). ‘Rupturas’ ocorrem quando uma parte do corpo é deslocada através de uma fratura em uma estrutura corpórea. (‘Hérnias são deslocamentos através de aberturas corpóreas naturais’.) Rupturas frequentemente estão associadas a coices, sendo pela metade colocada sobre obstáculo, e acidentes de trânsito rodoviário. Danos do tendão pré-púbico, seguidos de ruptura, ocasionalmente são descritos em associação com a presença de potros gêmeos, hidroalantoide ou gigantismo fetal desproporcionado. Ruptura da musculatura abdominal pode ocorrer em seguida a um traumatismo. Hérnia inguinal ou escrotal pode ocorrer em potros (comumente congênita), garanhões, ou (raramente) em éguas, ou em cavalos castrados. Um segmento do intestino delgado, ou parte do omento maior, ou ambos, penetram na túnica vaginal através do ânulo vaginal. Essas partes podem ficar confinadas no ânulo inguinal (hérnia inguinal) ou podem penetrar no escroto (hérnia escrotal). Na hérnia escrotal, o saco hernial compreende a pele do escroto, a túnica dartos e a túnica vaginal do processo vaginal e também contém os testículos e o epidídimo. Se o suprimento sanguíneo para esses conteúdos do saco hernial for afetado (hérnia estrangulada), uma cirurgia é necessária com urgência. O tratamento cirúrgico comumente envolve recolocação do conteúdo abdominal por entrelaçamento da túnica vaginal. O colo torcido do processo é então suturado nas margens do ânulo inguinal superficial (tendões abdominal e pélvico do músculo oblíquo externo do abdome). A túnica vaginal é incisada, e os testículos e os epidídimos são removidos. Hérnia femoral (ou ruptura) ocorre através do anel femoral, ao lado da artéria femoral, e é rara, mas pode ser mais comum em fêmeas do que em machos (como nos casos em humanos). Avaliação da pelve por exame retal não é tão fácil no cavalo como no boi, porque o reto é friável e pode ser facilmente rompido. Isso pode ser usado para avaliação de hérnia inguinal e criptorquidismo (não deiscência testicular). Se um garanhão tiver cólica, isso pode ser usado para investigar se há um encarceramento do intestino no canal inguinal em humanos. O ânulo inguinal superficial está localizado 6-8 cm cranial à eminência iliopúbica no

púbis e 10-12 cm lateral à linha mediana. A região perineal é uma área favorável para a ocorrência de melanoma em cavalos tordilhos. Os tratos genitais de machos e de fêmeas estão associados à região pélvica e serão discutidos aqui. As características intra-abdominais dos órgãos genitais feminino e masculino podem ser vistas por laparoscopia. O cavalo é um animal que acasala ao longo do dia e é poliéstrico sazonal. O exame do trato genital externo e interno da égua é um importante aspecto da prática da criação de cavalos. O exame vaginal usando espéculo e o exame digital são possíveis. Sangramento vulvar ocorre ocasionalmente. Uma das condições mais incomuns é a pneumovagina (sugar o ar), o que constitui um risco subsequente para infecção bacteriana. Pode haver fibrose e saculações do útero. Ultrassonografia transretal é muito útil na gravidez, para avaliar os folículos ovarianos e o corpo lúteo, a presença de ovários pequenos ou hipoplásicos, a presença e a área dos folículos e o estado do útero. É particularmente importante detectar endometrite ou endometriose crônica. O diagnóstico mais importante é a metrite contagiosa equina causada pela Tayloriella equigenitalis, que é a doença genital infecciosa mais importante para a égua e para o garanhão. Cistos endometriais, fibrose periglandular e distensão glandular cística também podem ser encontrados. Mucometra (acúmulo de muco no útero) também ocorre ocasionalmente. Ovários aumentados podem indicar tumores, como os tumores das células granulosas. A endoscopia pode ser usada para coletar amostras microbiológicas e amostras para biopsia endometrial ou citologia. Torção uterina é comum como causa de cólica nas éguas perto do fim do período de gestação (comumente em torno de 8 meses). Pode ser torção de 180-540 graus, cranial à cérvix e à vagina, e uma ruptura de útero pode ser resultado da torção. Placentite é uma ocorrência incomum. Pode ser necessário efetuar ovariectomia por causa de comportamento anormal, para cortar a atividade reprodutiva, ou por condições patológicas como tumor de célula granulosa ou hematomas no ovário. A operação pode ser efetuada através do flanco ou pela linha mediana ventral, paramediana oblíqua ou acesso vaginal. Inflamação

das tubas uterinas (salpingite) também pode exigir a sua remoção. A falha na gestação em éguas é comum como resultado de morte embrionária ou aborto. Diagnóstico de gestação em éguas é possível pelo reto, sendo bom após 28 dias e ótimo por volta do dia 42. Ultrassonografia transretal dará resultados do dia 10 até o final. Usualmente o primeiro exame é feito com 14 a 15 dias. Para detectar gêmeos antes da implantação, faz-se o exame com 16 dias. Os batimentos cardíacos podem estar visíveis perto de 26 a 28 dias. Ultrassonografia transabdominal pode ser usada de 80 dias até o final. Durante a gestação, é possível haver anormalidades no cordão umbilical, insuficiências placentárias, gravidez no corpo uterino, insuficiência de hormônios do corpo lúteo e, a pior possibilidade de todas, torção uterina. Gestação prolongada é rara, somente 1% excede 370 dias. Desenvolvimento prematuro do úbere ocorre ocasionalmente. Existem causas graves de aborto, incluindo agentes bacteriano, fúngico e viral. No último grupo, anemia infecciosa equina, herpes-vírus equino tipo 1 e artrite viral equina são as causas mais importantes. Parto é um momento em que uma intervenção pode ser necessária. A cesariana será essencial, se o segundo estágio do trabalho de parto estiver atrasado, mas é raro dar à luz um potro vivo nascido por essa operação. Do ponto de vista das éguas, isso é preferível do que realizar uma embriotomia. O parto ocorre em três estágios. O primeiro estágio, que dura cerca de 1 hora, é a ruptura das membranas fetais; o segundo estágio dura cerca de 30 minutos, e o potro nasce. No terceiro estágio ocorre a expulsão das membranas fetais e dura cerca de 1 hora. A involução uterina leva cerca de 6 a 10 dias, e o cio pós-parto ocorre de 7 a 9 dias após o parto. Complicações pós-parto incluem retenção de placenta, hemorragia, fístula retovaginal, lacerações perineais, ruptura uterina, hemorragia endometrial, prolapso uterino e endometrite. A distocia (dificuldade no parto) é um evento raro, apenas 4% dos partos passam por esse problema. Isso pode ser seguido por metrite séptica aguda ou vaginite necrótica; ruptura da artéria ilíaca interna, ruptura esta percebida após um longo período da distocia. Intervenções que podem ser necessárias incluem retropulsão, extração forçada, amputação de

partes fetais (fetotomia) ou cirugias cesarianas. A operação tardia requer a laparotomia na linha mediana (celiotomia), com uma incisão ao longo da curvatura maior do útero. O exame de sanidade do garanhão requer avaliações dos conjuntos musculoesquelético, respiratório e cardiovascular, bem como do trato genital, e avaliação do sêmen. O sêmen deve ter uma alta motilidade progressiva, um pH de 7,2 a 7,6, um volume ao redor de 70 mL (absolutamente variável, mas não muito importante), uma concentração de 8 3 106 e, em termos de morfologia, no mínimo 60% deste devem estar normal e 10% ainda móvel após 6 horas. Se uma segunda amostra for realizada no mesmo dia, os valores devem ser, no mínimo, de 50% da primeira amostra. Existem disfunções ejaculatórias, algumas das quais podem ter uma base anatômica, ou uma anormalidade do aparelho locomotor que pode difilcultar a monta. A genitália externa tem de ser examinada. O trauma peniano é absolutamente comum e inclui abrasões, lacerações e ruptura do corpo cavernoso do pênis. O pênis pode ser afetado por uma variedade de condições, incluindo inabilidade de retração do órgão (devida a inanição ou debilidade no pós-parto), hematomas, exantema coital, inflamação (balanite) e, raramente, carcinoma de células escamosas e papiloma. A remoção desses tumores pode precisar de ato cirúrgico. Contração do ânulo prepucial também pode ocorrer, seguida de lesão, atrapalhando a exposição peniana (fimose adquirida). O prepúcio pode ser uma importante fonte de patógenos bacterianos, particularmente para a égua no acasalamento. Exame do escroto pode revelar inchaços adquiridos, traumatismo agudo, lacerações do escroto, torções testiculares, ou mesmo hidrocele (fluido dentro da túnica vaginal). O escroto é uma área que está frequentemente envolvida em traumatismo, então pode mostrar sinais de cicatrizes sobre a sua superfície. A torção do funículo espermático é um evento extremamente raro. Anormalidades congênitas do escroto podem ser resultado de pseudohermafroditismo do macho, ou síndrome da feminilização testicular. Os testículos podem ser palpados, e seu tamanho e sua consistência estão relacionados com a utilização do garanhão de acordo com as taxas de

ejaculação diárias. O testículo esquerdo geralmente é maior e mais pendular do que o direito. Anormalidades podem incluir hipoplasia (revelada no cavalo jovem), degeneração dos testículos devida a trauma, inflamação (orquites) que pode seguir o traumatismo ou a infecção bacteriana, ou ambos, e neoplasias na forma de um seminoma. Também pode ser possível palpar o epidídimo (que está sobre a margem dorsolateral dos testículos) para anormalidades. A cauda do epidídimo está na extremidade caudal dos testículos. A genitália interna pode ser palpada pelo reto. Castração do garanhão (também conhecido como castrado) é uma das cirurgias mais comuns que ocorrem na criação equina e normalmente é efetuada para a prevenção do comportamento masculino, além das necessidades por razões clínicas e cirúrgicas. A exceção para isso é quando o cavalo tem um testículo retido (criptorquidismo). Existem técnicas de abertura e fechamento para a castração. A cirurgia pode ser realizada a campo, em posição anatômica (de estação) ou em decúbito lateral. A cirurgia pode ser seguida por uma variedade de complicações (infecção, hemorragia, inchaços, septicemia, tétano, funículo aumentado, hidrocele, prolapso peniano, evisceração e furunculose), portanto deve ser tomado cuidado com a higienização. No cavalo criptorquídico (‘rig’) ocorre a falha do testículo com o epidídimo na descida para o escroto. Na metade desses casos, o testículo fica retido no abdome (normalmente próximo do ânulo inguinal profundo), e a túnica vaginal está ausente, ou pequena (contendo somente a cauda do epidídimo). Em outros casos, o testículo fica na região ou no canal inguinal. Pode ficar superficial ao ânulo inguinal superficial do músculo oblíquo externo do abdome, mas pode não ser palpável externamente. Nessa posição estará repousando entre a origem da lâmina escrotal lateral e da margem dorsolateral do ânulo (tendão abdominal do músculo oblíquo externo do abdome) e a origem da lâmina escrotal medial da lâmina elástica da túnica flava do abdome medial ao ânulo. O testículo criptorquídico na posição inguinal normalmente é muito menor do que o testículo decíduo, e o escroto pode estar pouco desenvolvido. Na maioria dos casos, este pode ser removido por cirurgia na região inguinal, mas alguns casos necessitam de incisão abdominal paramediana.

A importância clínica da coluna espinal Considerações clínicas da coluna envolvem as regiões da cabeça, do colo (pescoço), tórax, abdome e pelve. As mudanças na conformação, na musculatura e no bem-estar geral do animal podem afetar a coluna espinal. Exame clínico, testes de claudicação, anestesia regional, diagnóstico radiográfico, radiografias contrastadas e cintilografia são amplamente utilizados no diagnóstico. O exame clínico junto com o exercício, tanto de habilidade como de resistência aeróbica, são usados para o diagnóstico. Também, marcas podem ser observadas e inchaços detectados na palpação. Existem somente 36 ossos na coluna vertebral do equino (excluindo a cauda), mas existem muitos ligamentos. Alguns são extremamente poderosos, como o ligamento nucal e os supraespinais, e existem muitos ligamentos menores, como os ligamentos interespinais, sacroilíaco, sacrotuberal, iliolombar, intertransversário e ligamentos longitudinais dorsal e ventral. Os sinais clínicos que sugerem problemas de coluna incluem dor ‘nas costas’ aguda ou crônica, flexibilidade reduzida da coluna, curvatura lateral da coluna, assimetria dos membros e da região pélvica, déficits neurológicos e atrofia dos músculos dorsais e pélvicos. As doenças e alterações da coluna espinal, musculatura dorsal e do sistema nervoso central são algumas vezes extremamente dificeis de ser diferenciadas. ‘Problemas nas costas’ geralmente têm muitos sinais clínicos indeterminados, como performance reduzida, mudanças comportamentais ou temperamentais e dificuldade de controle quando estão sendo montados ou cavalgados. A relutância para caminhar mais rápido ou pular também é uma característica muito comum. Traumatismo vertebral ocorre frequentemente quando o cavalo cai na corrida, quando salta, ou em colisões graves. Fraturas do processo espinhoso, do corpo das vértebras e de arcos neurais são muito comuns nas três primeiras torácicas, as três primeiras lombares e a vértebra T12. Se o cavalo cai sobre o dorso, é mais comum sofrer fraturas do processo espinhoso. Em muitos desses casos o cavalo permanecerá no campo ou será

‘descansado’. Fraturas ou outras lesões das vértebras cervicais, torácicas e lombares não são incomuns neste tipo de traumatismo e podem ser acompanhadas por fraturas de ossos longos e/ou do osso carpo acessório, tornando o diagnóstico mais difícil. Um cavalo que pula na lama tem mais comumente problemas com os tendões flexores digitais superficiais, ou fraturas do osso carpo acessório ou de um côndilo lateral. A coluna pode ser um alvo em uma variedade de condições. Anormalidades de conformação são observadas em potros; escoliose congênita (curvatura lateral) é comum; muito menos comuns são as lordoses (curvatura ventral), as cifoses (curvatura dorsal) e as sinostoses (fusão das vértebras). Os danos musculares que afetam a coluna incluem tensões, miopatias, miosites, doença do músculo branco (deficiência de vitamina E e selênio) e rabdomiólise externa. Tensões ligamentosas também são muito comuns. A falha no alinhamento das vértebras, que pode pinçar os nervos, também é comum. Uma das condições mais comuns é o estresse da montaria ou as fraturas dos processos espinhosos das vértebras torácicas. Espondilite é a inflamação de uma vértebra; espondilite ossificante e discoespondilite estão associadas a acidentes traumáticos e são comuns. Uma das causas mais comuns de ‘dor nas costas’ no cavalo é a condição conhecida como ‘espinhas se tocando’, em que há aglomeramento ou excesso de montaria do processo espinhoso das vértebras sob a área da sela. Ela tem uma alta incidência e uma baixa mortalidade e é causada por anormalidades de conformação. Ela causa pontos de pressão entre os processos espinhosos adjacentes em resposta à persistente fricção, e onde ocorre estresse de montaria persistente, um novo osso se desenvolve como resposta. Cavalos afetados resistem quando correm, têm uma fraquíssima ação do membro pélvico (pelvino) e uma deficiente performance no salto. O peso do cavaleiro normalmente é colocado entre T12-T18, e o local mais comum de lesões está entre T15-T17. Em cavalos idosos há também algumas condições associadas à perda da resistência nos ligamentos ao redor das pequenas articulações das vértebras, causando lesões nos processos transversos e nos processos articulares das

vértebras. Em relação à coluna como um todo, é importante compreender que a maioria das condições é normalmente uma causa comum de anormalidades encontradas na região pélvica. O sacro (com suas vértebras) é uma importante parte da coluna espinal, e os ligamentos sacroilíacos podem ser facilmente danificados (veja a seção Pelve). Uma das condições não mencionadas na seção Pelve é a fratura do sacro. Nesta lesão, os nervos periféricos do membro pélvico (pelvino) (isquiático, fibular, tibial e obturatório) frequentemente estão envolvidos. O nervo femoral é extremamente bem protegido e em que há menor incidência de lesões. Fraturas do sacro também podem causar neurite da cauda equina, que afeta as raízes dos nervos sacrais e caudais. Os problemas neurológicos da coluna equina podem ser investigados por radiografias, ultrassonografias, mielografias e pela coleta e análise do líquido cerebroespinal. O fluido é mais bem coletado com o cavalo sob anestesia geral, em decúbito lateral, com a cabeça flexionada a 90 graus e com um alinhamento da coluna vertebral. A agulha é inserida na linha mediana entre as margens craniais da asa do atlas, em uma profundidade de 5-8 cm. O fluido também pode ser coletado do espaço lombossacro. Para isso, o cavalo precisa ser sedado, contido e colocado na posição de estação com os quatro membros apoiados. A agulha é inserida em uma linha que une as margens craniais esquerda e direita do túber da coxa, na intersecção com a linha mediana. De 1 a 2 cm além dessa intersecção, há uma depressão; a face caudal da 6ª vértebra lombar fica cranialmente, e a margem cranial do 2º processo espinhoso sacral fica caudalmente; a margem do túber sacral fica lateralmente. É importante lembrar que L5 é menos proeminente do que L6 e algumas vezes é dificil de palpar, como a S1 é menos proeminente que a S2. O espaço subaracnoide pode então ser localizado em uma profundidade de 12-13 cm. Doença infecciosa da coluna dos equinos é um fenômeno comum. Em muitas partes do mundo, encefalites virais são comuns, incluindo encefalomielite venezuelana, do leste e do oeste. As infecções pelo herpes-

vírus equino 1 e pelo vírus West Nile também podem ocorrer. Várias outras alterações também afetam o sistema nervoso central, incluindo mieloencefalopatia degenerativa equina (EDM), encefalite verminótica (associada a parasitas aberrantes), mielite protozoária equina, ‘pastagem de L., micotoxicoses esqueléticas, meningite bacteriana, botulismo, hipocalcemia tetânica, paralisia periódica hipercalêmica e meningite fúngica. Doenças neurais de etiologia incerta incluem síndrome cerebral póscorrida de enduro, paresia associada a doenças do neurônio motor superior e inferior, tremores e ataxia. Esta última pode ser induzida por venenos de plantas e pode ser vista como uma falta de propriocepção e uma síndrome envolvendo tanto o sistema vestibular como o cerebelo. Neuroses incluem roer objetos sólidos, balançar a cabeça, doença do sono (pode ser associada a alergia por inalação de antígenos), síndrome da automutilação e ‘sucção de ar’. Danos da cauda normalmente são vistos como uma cauda com ‘torções’ ou com uma tendência para ser flácida. Entretanto, esses sinais podem ser causados por fraturas do sacro, que resultam em danos de nervos e atrofia neurogênica dos músculos sacrais e caudais.

Fig. 8.1 Características superficiais das regiões da pelve e femoral de um animal castrado: vista lateral esquerda. A pele sobre as características ósseas palpáveis recebeu tricotomia. A conformação arredondada da musculatura glútea obscurece o túber sacral do ílio nesta

vista lateral horizontal, e o túber isquiático está similarmente obscurecido pelo músculo semitendinoso (Fig. 8.3). O sulco intermuscular profundo entre os músculos bíceps femoral e semitendinoso (linha da carência) é muito menos conspícuo após a fixação; em cavalos magros, é muito evidente.

Fig. 8.2 Ossos das regiões da pelve, femoral e do joelho: vista lateral esquerda. As características ósseas mostradas na Figura 8.1 estão coloridas de vermelho.

Fig. 8.3 Características superficiais das regiões da pelve e femoral de um animal castrado: vista caudolateral esquerda. As posições das vértebras sacrais e caudais estão mostradas nas Figuras 8.93 e 8.95.

Fig. 8.4 Ossos das regiões da pelve, femoral e do joelho: vista caudolateral esquerda. As características ósseas mostradas na Figura 8.3 estão coloridas de vermelho, exceto pelo túber sacral.

Fig. 8.5 Características superficiais do pênis e do prepúcio de um macho castrado: vista lateral esquerda. Ao nascimento, a parte livre do pênis está aderida à lâmina interna do prepúcio (Fig. 8.47), mas essa aderência se desfaz rapidamente (Figs. 8.48 a 8.53), e em machos castrados e garanhões a parte livre do pênis está separada do prepúcio pela cavidade prepucial. O processo da uretra está fechado em uma cavidade estreita, a fossa da glande; o seio uretral é uma dilatação dorsal dessa fossa, e sua posição está indicada pela sonda.

Fig. 8.6 Entrada da pelve de um animal castrado: vista cranial. O tronco foi seccionado ao nível da 3ª vértebra lombar após a remoção das vísceras abdominais. A bexiga urinária está vazia e totalmente em posição pélvica. O peritônio das regiões inguinais permanece intacto. A região correspondente da égua está mostrada nas Figuras 5.45 (não gestante) e 8.57.

Fig. 8.7 Canal inguinal direito de um animal castrado: vista cranial. Esta é uma imagem ampliada do espécime mostrado na Figura 8.6, em um estágio imediatamente posterior de dissecação. Após a castração, os componentes do funículo espermático atrofiaram. Uma sonda foi inserida no persistente e ainda patente orifício, deixando a cavidade do coto remanescente do processo vaginal.

Fig. 8.8 Região inguinal direita de um animal castrado: vista cranial. A remoção do peritônio e da fáscia transversal revela a musculatura limítrofe do ânulo inguinal profundo. A fáscia ilíaca também foi removida para revelar os músculos com origem no ílio, os quais ficam laterais à região inguinal. A posição do ânulo inguinal superficial, o qual é formado no tendão do músculo oblíquo externo do abdome, está indicada por uma linha azul tracejada.

Fig. 8.9 Parede lateral da pelve: vista lateral esquerda (1). A remoção

da pele e da fáscia superficial expôs os músculos do membro pélvico (pelvino) que ficam laterais aos ossos da pelve. As características superficiais dessas regiões estão mostradas nas Figuras 8.1 e 8.3.

Fig. 8.10 Parede lateral da pelve: vista lateral esquerda (2). O músculo glúteo superficial e o músculo tensor da fáscia lata foram removidos.

Fig. 8.11 Parede lateral da pelve: vista lateral esquerda (3). O músculo bíceps do fêmur foi removido, expondo parte do ligamento sacrotuberal largo, o qual fica estirado das vértebras ao ísquio. Cogita-se que a cabeça vertebral do músculo bíceps do fêmur seja de origem glútea.

Fig. 8.12 Parede lateral da pelve: vista lateral esquerda (4). A remoção do músculo glúteo médio expôs o ligamento sacrotuberal largo, seu forame isquiático maior e os componentes que percorrem a sua lateral.

Fig. 8.13 Ligamento sacrotuberal largo: vista lateral esquerda (1). Esta é uma vista ampliada de uma parte da dissecação avaliada na Figura 8.12. No cavalo, nenhum vaso de grande calibre ou nervo atravessa o forame isquiático menor; os vasos glúteos caudais atravessam um forame mais dorsal e cranial no ligamento sacrotuberal largo (Fig. 8.14).

Fig. 8.14 Ligamento sacrotuberal largo: vista lateral esquerda (2). A remoção da cabeça vertebral do músculo semitendinoso expôs a margem caudal do ligamento, pela qual todos os três músculos ‘esticados da coxa’ se originam. Os três forames no ligamento sacrotuberal largo foram demonstrados com melhor clareza nesta dissecação.

Fig. 8.15 Quadril após a remoção do fêmur: vista lateral esquerda. Após a remoção do membro pélvico (pelvino), os músculos que inserem o membro no corpo foram seccionados para evidenciar os vasos e nervos relacionados ao membro pélvico (pelvino).

Fig. 8.16 Cavidade pélvica e região inguinal: vista lateral esquerda (1). O ligamento sacrotuberal largo foi removido, expondo os músculos e nervos da pelve. A remoção de partes do músculo grácil revela uma imagem superficial das regiões inguinal e do pênis. O próximo estágio da dissecação

está avaliado na Figura 8.20.

Fig. 8.17 Cavidade pélvica após a remoção do ligamento sacrotuberal

largo: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 8.16.

Fig. 8.18 Saída da pelve e raiz do pênis: vista caudolateral esquerda. Esta é uma imagem ampliada de uma parte da dissecação observada na Figura 8.16. A vista mais caudal mostra a relação dos componentes na região perineal.

Fig. 8.19 Região inguinal e pênis: vista lateral esquerda. Esta é uma imagem aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 8.16. A lâmina escrotal (mamária) foi parcialmente removida para revelar os componentes entrando e saindo do canal inguinal, mas o ânulo inguinal

superficial ainda não está distinto. Os componentes escrotais e o pênis do garanhão estão avaliados nas Figuras 8.36 a 8.44.

Fig. 8.20 Cavidade pélvica e região inguinal: vista lateral esquerda (2). Os músculos adutor e obturatório externo foram removidos. O nervo isquiático e o músculo coccígeo foram encurtados. Os músculos iliopsoas e sartório foram encurtados, e a grande veia pudenda externa foi parcialmente dissecada.

Fig. 8.21 Componentes inguinais de um animal castrado: vista lateral esquerda (1). A origem da lâmina escrotal (mamária) lateral através da fáscia profunda do abdome (túnica flava do abdome) foi seccionada na base do ânulo inguinal superficial para revelar, com maior evidência, os

componentes que atravessam o canal inguinal. Uma haste azul indica um dos vários componentes da veia pudenda externa que atravessa os músculos da coxa e não atravessa o canal inguinal.

Fig. 8.22 Componentes inguinais de um animal castrado: vista lateral esquerda (2). O espécime está no mesmo estágio de dissecação avaliado na Figura 8.21, exceto que a fáscia profunda (pela qual se origina a lâmina escrotal/ou mamária lateral) foi removida do tendão pélvico do músculo oblíquo externo do abdome. A fáscia profunda cobrindo o tendão abdominal do músculo oblíquo externo do abdome dá origem à lâmina escrotal (mamária) medial e não foi removida.

Fig. 8.23 Componentes inguinais de um macho castrado: vista lateral esquerda (3). O tendão pélvico do músculo oblíquo externo do abdome foi seccionado para expor o conteúdo do canal inguinal. A margem dorsal (lateral) do tendão abdominal deste músculo pode ser observada – ela forma a margem medial do ânulo inguinal superficial. O músculo oblíquo interno do abdome, ao redor do qual passa a margem caudal do processo vaginal no ânulo inguinal profundo (Fig. 8.25), também pode ser vagamente observado. As vísceras do escroto e o pênis do garanhão adulto estão mostrados nas Figuras 8.36-8.44.

Fig. 8.24 Componentes inguinais de um macho castrado: vista lateral esquerda (4). A remoção do ápice do processo vaginal e do músculo cremáster expôs a margem medial do ânulo inguinal superficial e a origem do ligamento acessório do fêmur pela fáscia profunda do abdome. A origem

da lâmina escrotal (mamária) medial desta fáscia também está bem visível. O ânulo inguinal profundo fica caudal ao músculo oblíquo interno do abdome.

Fig. 8.25 Cavidade pélvica de um macho castrado: vista lateral esquerda. O púbis e o ísquio foram seccionados lateral à sínfise pélvica. O corpo do ílio foi seccionado e o osso coxal esquerdo removido, com o cuidado para preservar os músculos inseridos em sua face interna

(isquiocavernoso e obturatório interno) e na sua espinha isquiática (levantador do ânus). Grande parte do músculo coccígeo foi removida para avaliar o músculo levantador do ânus mais completamente.

Fig. 8.26 Raiz do pênis: vista lateral esquerda. Esta é uma vista ampliada de uma parte do espécime mostrado na Figura 8.25.

Fig. 8.27 Vísceras da cavidade pélvica de um macho castrado: vista lateral esquerda. O músculo obturatório interno foi removido e o músculo isquiocavernoso dissecado do pilar do pênis. A artéria pudenda interna e o nervo pudendo foram deslocados dorsalmente. O reto neste espécime foi torcido junto a sua linha de reflexão peritoneal e a bexiga urinária foi esvaziada e contraída. A glândula bulbouretral foi removida; isso está

mostrado na Figura 8.26. Os nervos hipogástricos, os quais deixam o gânglio mesentérico caudal e penetram na pelve, constam na Figura 8.70.

Fig. 8.28 Pelve após a remoção do osso coxal esquerdo. Detalhes adicionais das partes desta dissecação estão avaliados nas Figuras 8.29 e 8.30.

Fig. 8.29 Articulação sacroilíaca e componentes adjacentes: vista lateral esquerda. A parte média da asa do ílio foi removida para revelar a face auricular (articular) do sacro.

Fig. 8.30 Partes distais do pênis e prepúcio: vista lateral esquerda. Esta é uma vista ligeiramente mais cranial de uma parte do espécime mostrado na Figura 8.28. A maior parte do prepúcio pré-peniano foi removida para mostrar a prega prepucial. A prega prepucial foi parcialmente dissecada para mostrar a parte livre do pênis, a qual ela encobre. A parte livre do pênis está avaliada na Figura 8.5. O pênis do garanhão adulto consta nas Figuras 8.42-8.44. Os aspectos de desenvolvimento estão mostrados nas Figuras 8.46-8.53.

Fig. 8.31 Componentes superficiais da região inguinal direita em um jovem garanhão: vista ventral direita. O membro pélvico (pelvino) direito foi seccionado e o coto está encoberto por um pano verde. A túnica flava do abdome foi incisada para revelar o tendão do músculo oblíquo externo do abdome ao qual ele está intimamente aderido. As Figuras 8.31-8.35 mostram vistas ventrais dos componentes inguinais para comparação com as dissecações laterais do macho castrado mostradas nas Figuras 8.21-8.24. Veja também as Figuras 8.73-8.75.

Fig. 8.32 Fáscia espermática externa e processo vaginal direito em um garanhão de 1 ano de idade: vista ventral. A fáscia espermática externa (escrotal) foi incisada e mantida aberta com ganchos para mostrar o processo vaginal. A parte lateral da fáscia é, na verdade, a lâmina escrotal (mamária) lateral. A parte medial da fáscia não está aderida à margem medial do ânulo inguinal superficial; o tendão abdominal do músculo oblíquo externo do abdome não está encoberto pela fáscia profunda nesta localização.

Fig. 8.33 Ânulo inguinal superficial direito de um garanhão de 1 ano de idade: vista ventral. A fáscia profunda (túnica flava do abdome) contornando o ânulo inguinal superficial foi removida com a fáscia espermática externa (escrotal). O ânulo inguinal superficial (indicado pela linha azul tracejada) está indicado, dividindo o tendão do músculo oblíquo externo do abdome em partes com inserções pélvicas e abdominais. O processo vaginal foi refletido cranialmente para mostrar o aspecto medial do ânulo superficial.

Fig. 8.34 Ânulo inguinal profundo direito de um garanhão de 1 ano de idade: vista ventral. Uma parte do músculo oblíquo externo do abdome, incluindo o ânulo inguinal superficial, foi removida para avaliar o músculo oblíquo interno do abdome. O processo vaginal foi deslocado cranialmente, e o ânulo inguinal profundo está visível logo caudal ao músculo oblíquo interno do abdome. A posição do ânulo inguinal superficial é mostrada pela linha azul tracejada.

Fig. 8.35 Componentes profundos da região inguinal direita de um garanhão de 1 ano de idade: vista ventral. Os músculos oblíquos interno e externo foram removidos da região inguinal para avaliar o músculo reto do abdome e a fáscia transversal. A túnica vaginal foi deslocado cranialmente. A posição do ânulo inguinal superficial está indicada por uma linha tracejada em azul.

Fig. 8.36 Processo vaginal de um garanhão adulto: vista lateral esquerda. A parede do escroto esquerda foi removida. O músculo cremáster foi incisado e rebatido de sua inserção na túnica vaginal para revelar a parte tubular do processo vaginal, o qual fecha o funículo espermático. As Figuras 8.37-8.41 mostram dissecações adicionais de órgãos frescos deste garanhão para complementar as dissecações do macho castrado nas Figuras 8.21-8.30.

Fig. 8.37 Conteúdo da túnica vaginal de um garanhão adulto: vista lateral esquerda. Uma incisão longitudinal através da parede da túnica vaginal (lâmina parietal da túnica vaginal) revela as vísceras que repousam na cavidade desta túnica. O músculo liso recobrindo o funículo espermático é frequentemente chamado de ‘músculo cremáster interno’ – ele se estende distalmente até a túnica albugínea do testículo.

Fig. 8.38 Testículo esquerdo e epidídimo de um garanhão adulto: vista lateral. A parede lateral da túnica vaginal foi removida. Setas indicam a direção do fluxo sanguíneo nos vasos testiculares.

Fig. 8.39 Conteúdo da túnica vaginal direita de um garanhão adulto: vista medial (1). As vísceras retiradas foram arranjadas para mostrar a disposição no corpo. A parede medial da túnica vaginal (lâmina parietal da túnica vaginal) foi aberta para mostrar o conteúdo.

Fig. 8.40 Conteúdo da túnica vaginal direita de um garanhão adulto: vista medial (2). O ducto deferente foi deslocado caudalmente para mostrar a parte vascular do funículo espermático, o qual está ainda encoberto pela lâmina visceral da túnica vaginal e sua camada muscular (‘músculo cremáster interno’).

Fig. 8.41 Conteúdo da túnica vaginal direita de um garanhão adulto: vista medial (3). Os órgãos incisados foram arranjados para avaliar a suspensão peritoneal do testículo, epidídimo e funículo espermático na túnica vaginal aberta.

Fig. 8.42 Pênis e prepúcio de um garanhão adulto: vista lateral esquerda (1). Os órgãos retirados foram arranjados para representar suas

disposições no corpo. Marcadores coloridos foram inseridos na artéria cranial do pênis e em um tronco principal da veia cranial do pênis, que drena o plexo dorsal do pênis para a veia pudenda externa.

Fig. 8.43 Pênis e prepúcio de um garanhão adulto: vista lateral esquerda (2). O antímero esquerdo do prepúcio foi removido para avaliar a ‘dupla’ disposição interna do prepúcio e a parte livre do pênis. O grande depósito de esmegma normalmente encontrado no prepúcio foi retirado.

Fig. 8.44 Pênis e prepúcio de um garanhão adulto: vista lateral esquerda (3). Uma haste de acrílico foi inserida dentro do divertículo dorsal da fossa da glande (seio uretral).

Fig. 8.45 Regiões umbilical, inguinal e perineal de um potro recémnascido. A região perineal se estende do ânus ao escroto e está marcada por uma distinta rafe mediana. A pele envolvendo o prepúcio está marcada por uma rafe e os antímeros esquerdo e direito do escroto estão separados por uma rafe do escroto. O cordão umbilical foi seco por um filamento elástico, com o potro vivo logo após o nascimento (Fig. 8.48). Detalhes complementares deste espécime estão avaliados nas Figuras 8.46 e 8.47.

Fig. 8.46 Óstio prepucial de um potro recém-nascido: vista ventral. A parte pré-peniana do prepúcio foi evertida para mostrar o ânulo prepucial, mas nenhuma tentativa foi feita para protrair a parte livre do pênis da parte peniana do prepúcio.

Fig. 8.47 Pênis não protraído de um potro recém-nascido: vista ventral. Ao nascimento, o epitélio da parte livre do pênis está fusionado com aquele da parte peniana do prepúcio. Somente o óstio externo da uretra e uma pequena parte da glande do pênis podem ser protraídos através do ânulo prepucial. A separação da parte livre do pênis da parte peniana do prepúcio ocorre no primeiro mes após o nascimento (Figs. 8.48-8.53).

Fig. 8.48 Pênis se desenvolvendo de um potro tordilho: 2 dias, vista ventrolateral esquerda. A separação entre o tegumento do pênis e a parte peniana do prepúcio se estende apenas um pouco sobre a coroa da glande durante as 2-3 primeiras semanas após o nascimento; o resto do tegumento do pênis permanece firmemente aderido ao prepúcio. O epitélio aderente do tegumento do pênis e o prepúcio do pênis estão separados pela queratinização da camada média das células ectodérmicas.

Fig. 8.49 Pênis em desenvolvimento de um potro tordilho: 9 dias, vista ventrolateral esquerda. A linha de separação entre o tegumento peniano e o prepúcio do pênis é claramente mostrada.

Fig. 8.50 Pênis em desenvolvimento de um potro tordilho: 15 dias, vista lateral esquerda. A linha de separação entre o pênis e o prepúcio peniano se move para trás gradualmente sobre a coroa da glande durante as primeiras 2 semanas de vida.

Fig. 8.51 Pênis em desenvolvimento de um potro tordilho: 22 dias, vista lateral esquerda. O órgão foi encurvado caudalmente durante manipulação.

Fig. 8.52 Pênis em desenvolvimento de um potro tordilho: 24 dias, vista ventral. Esta figura e a Figura 8.53 mostram o estágio final chegando a completar o processo de separação no final do 1º mês após o nascimento. Aos 24 dias, a separação entre o tegumento do pênis e da parte peniana do prepúcio se estende após a coroa da glande e é rapidamente realizada, passando ao corpo da parte livre do pênis. Entretanto, o frênulo ainda está intacto.

Fig. 8.53 Pênis em desenvolvimento de um potro tordilho: 32 dias, vista ventral. A separação entre a parte livre do pênis e a parte peniana do prepúcio está completa agora. O frênulo, uma união direta de tecido conjuntivo, frequentemente resiste à ruptura após a queratinização das lamelas ectodérmicas (controlada pelos hormônios masculinos), foi separado do resto do pênis pelo seu prepúcio. Neste potro, o frênulo persistente visto aos 24 dias (Fig. 8.52) estava rompido no 32º dia, deixando

uma ferida linear ao longo da superfície ventral do pênis e da parte peniana do prepúcio.

Fig. 8.54 Pênis em desenvolvimento de um potro jovem: pênis protraído de um feto: vista ventral. Neste feto de 9 meses, o pênis ainda está aderido ao prepúcio do pênis e não pode ser protraído através do ânulo prepucial, até mesmo a parte pré-peniana do prepúcio foi evertida. O óstio externo da uretra não está ocluído, e a micção é possível durante a vida fetal. As Figuras 8.49-8.53 mostram o processo pelo qual a coroa da glande do pênis separa-se levemente da parte peniana do prepúcio durante o 1º mês após o nascimento.

Fig. 8.55 Região perineal de uma fêmea gestante: vista caudal. Esta égua estava com 100 dias de gestação. A parte dorsal dos lábios do pudendo feminino (vulva) foi suturada entre si (‘cirurgia de Caslick’), e as cicatrizes permanecem. Esta égua foi fotografada imediatamente antes da fixação ser iniciada. A Figura 8.56 mostra detalhes complementares deste espécime.

Fig. 8.56 Clitóris de uma égua gestante: vista caudal. O polegar foi colocado na comissura ventral do pudendo feminino (vulva) em condição de expor a glande, repousando na fossa do clitóris.

Fig. 8.57 Órgãos genitais e entrada da pelve de uma fêmea gestante: vista cranial. Os órgãos abdominais foram removidos, e a parede do abdome foi seccionada logo cranial ao túber da coxa. A coluna vertebral foi seccionada ao nível torácico caudal. A égua estava no 100º dia de gestação, o feto começando a se posicionar no corpo e no corno esquerdo do útero. As artérias e veias foram preenchidas com neoprene látex vermelho e azul.

Fig. 8.58 Órgãos genitais e entrada da pelve de uma égua gestante: vista craniolateral esquerda. O corpo e o corno esquerdo do útero gestante foram deslocados para a direita a fim de demonstrar a entrada da pelve.

Fig. 8.59 Ovário esquerdo de uma égua gestante: vista lateral esquerda. O ovário esquerdo contendo um único corpo lúteo (gestação de 100 dias) é maior do que o ovário direito. A bolsa do ovário esquerdo estava cheia de algodão, protuberante lateralmente, e a tuba uterina que atravessa sua parede está claramente reconhecível. As fímbrias do infundíbulo foram expandidas para mostrar o oríficio que conduz ao lúmen da tuba uterina esquerda. Veja também as Figuras 8.76 e 8.77.

Fig. 8.60 Ovário direito de uma égua gestante: vista craniolateral direita. O ovário direito foi posicionado para mostrar sua face medial. Ele não contém corpo lúteo e está consideravelmente menor do que o ovário esquerdo. A bolsa do ovário e a tuba uterina estão avaliadas na Figura 8.61.

Fig. 8.61 Bolsa do ovário e tuba uterina: vista craniolateral direita. O ovário direito foi tracionado medialmente, e uma haste foi inserida na bolsa do ovário. A tuba uterina, ou salpinge, corre na mesossalpinge, a qual forma a parede lateral da bolsa do ovário.

Fig. 8.62

Parede lateral da pelve de uma égua: ligamento sacrotuberal, vista caudolateral esquerda. Os músculos superficiais

(tensor da fáscia lata, glúteo superficial, bíceps do fêmur, a cabeça vertebral do semitendinoso e o glúteo médio) foram removidos para a exposição do ligamento sacrotuberal. Detalhes adicionais da parede lateral da pelve nesta égua gestante estão mostrados nas Figuras 8.63 até 8.70.

Fig. 8.63 Nervo glúteo cranial e linfonodo coxal de uma égua: vista caudolateral esquerda. A parte média do músculo glúteo acessório foi removida para mostrar o nervo glúteo cranial passando entre ele e o músculo glúteo profundo. Este nervo supre o músculo tensor da fáscia lata. O linfonodo coxal não está sempre presente no cavalo.

Fig. 8.64

Parede lateral da pelve de uma égua: ligamento sacrotuberal, vista lateral esquerda. O músculo glúteo profundo e o nervo isquiático foram parcialmente dissecados. A inserção do músculo semimembranoso na margem caudal do ligamento sacrotuberal foi removida, e os componentes perineais foram expostos.

Fig. 8.65 Parede lateral da pelve de uma égua: vasos sanguíneos e nervos na vista lateral esquerda. O ligamento sacrotuberal largo foi removido para expor os vasos sanguíneos que ficam profundamente a ele.

Fig. 8.66 Pelve de uma égua após a remoção do membro pélvico (pelvino): vista lateral esquerda. Os músculos que unem o membro à pelve foram encurtados.

Fig. 8.67 Osso coxal de uma égua in situ: vista lateral esquerda. Os componentes que rodeiam o osso coxal foram removidos para mostrar a posição dos ossos e a relação com artérias, nervos e linfonodos. As veias foram removidas para mostrar as artérias e os nervos com mais clareza.

Fig. 8.68 Fáscia ilíaca de uma égua: vista lateral esquerda. O ânulo inguinal superficial está coberto pela lâmina mamária lateral. Os vasos pudendoepigástricos são vistos passando pelo canal inguinal. O conteúdo das lacunas muscular e vascular da fáscia ilíaca também está visível.

Fig. 8.69 Vasos e nervos da pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda. O corpo do ílio foi serrado, e a asa do ílio foi cuidadosamente

removida para expor a face auricular do sacro, a qual forma a articulação sacroilíaca. Os músculos do membro pélvico (pelvino) se originam do túber isquiático, e a face ventral do ísquio foi removida para demonstrar mais precisamente o tendão pré-púbico do músculo grácil.

Fig. 8.70 Região sacroilíaca de uma égua gestante: vista lateral esquerda. Esta é uma vista aproximada de uma parte da dissecação mostrada na Figura 8.69.

Fig. 8.71 Pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda (1). O osso coxal foi serrado nas proximidades da eminência iliopúbica e da sínfise pélvica, e o lado esquerdo foi removido para a exposição do músculo obturatório interno.

Fig. 8.72 Pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda (2). Os músculos do diafragma pélvico (coccígeo e levantador do ânus) foram encurtados para revelar as vísceras pélvicas. A parte remanescente do osso coxal esquerdo foi dissecada do músculo para mostrar a posição do forame obturado.

Fig. 8.73 Canal inguinal de uma égua gestante: ânulo inguinal superficial na vista lateral esquerda. O ligamento suspensório mamário lateral foi seccionado ao longo da margem medial do tendão pélvico do músculo oblíquo externo do abdome, essa linha é a margem lateral do ânulo inguinal superficial. A margem medial nitidamente definida do ânulo (também a margem lateral do tendão abdomial) está exposta.

Fig. 8.74 Canal inguinal de uma égua gestante: ânulo inguinal profundo em vista lateral esquerda. O músculo oblíquo externo do abdome foi removido, mas partes dos tendões de inserção pélvica e abdominal foram deixados na intenção de indicar a posição do ânulo inguinal superficial, o qual fica entre eles. A margem caudal do músculo oblíquo interno do abdome é o limite cranial do ânulo profundo, enquanto a margem lateral do músculo reto do abdome forma o seu limite medial.

Fig. 8.75 Canal inguinal de uma égua gestante: fáscia transversal na vista lateral esquerda. O músculo oblíquo interno do abdome foi removido, mas os tendões pélvicos e abdominais do músculo oblíquo externo do abdome foram retidos para mostrar a posição do ânulo inguinal

superficial. O músculo reto do abdome está claramente visível. A origem dos vasos epigástricos caudais pode ser observada situada no canal inguinal. O músculo transverso do abdome não se estende caudalmente até a região inguinal do cavalo.

Fig. 8.76

Conteúdo da pelve em fêmea gestante: vista lateral esquerda. O resquício do túber da coxa e a parede lateral esquerda do abdome foram removidos para expor o útero e o ovário. Uma linha azul tracejada mostra o limite caudal aproximado da cavidade peritoneal.

Fig. 8.77 Ovário esquerdo de uma égua gestante: vista lateral esquerda. Esta é uma imagem ampliada de uma parte do espécime avaliado na Figura 8.76. A bolsa ovárica foi preenchida com algodão. As várias partes do ligamento largo (mesovário, mesossalpinge e mesométrio) estão indicadas separadamente.

Fig. 8.78 Ovário esquerdo de uma égua gestante: vista cranial. As relações topográficas estão mostradas na Figura 8.57.

Fig. 8.79

Conteúdo da pelve em uma égua gestante: vista craniolateral esquerda. O ureter esquerdo está demonstrado. O ápice da bexiga urinária esvaziada está invaginado (Fig. 8.83); sua relação com a artéria umbilical esquerda ocluída é nitidamente visível.

Fig. 8.80 Vasos e nervos da pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda. A origem da artéria ilíaca externa foi revelada. O ureter esquerdo e a artéria umbilical foram removidos.

Fig. 8.81 Vasos ilíacos internos e externos de uma égua gestante: vista lateral esquerda. Os corpos das vértebras lombares e ‘sacrais’ foram seccionados no plano mediano para demonstrar as artérias e veias ilíacas e os vasos associados a elas.

Fig. 8.82 Artérias ilíacas interna e externa de uma égua gestante: vista lateral esquerda. As veias e os nervos foram removidos para avaliar mais claramente as artérias.

Fig. 8.83 Vísceras pélvicas de uma égua gestante: vista lateral esquerda (1). O reto foi removido e os vasos do ovário esquerdo rebatidos ventralmente para mostrar a topografia do trato feminino nesta égua com 100 dias de gestação. Uma linha azul tracejada indica o limite caudal da cavidade peritoneal na parede da vagina.

Fig. 8.84 Vísceras da pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda (2). O trato feminino foi removido após a incisão da parte caudal da vagina, para avaliar a topografia da bexiga urinária, uretra e ureteres. A bexiga está vazia, e o seu ápice está invaginado para dentro do corpo do órgão.

Fig. 8.85 Vísceras da pelve de uma égua gestante: vista lateral esquerda (3). A bexiga urinária e a uretra foram abertas. Arames foram inseridos nos óstios uretéricos direito e esquerdo.

Fig. 8.86 Parede da pelve de uma égua gestante: vista medial (1). As vísceras foram removidas, mas o revestimento peritoneal e retroperitoneal da cavidade pélvica ainda não foram dissecados. O antímero esquerdo do assoalho abdominal e pélvico foi seccionado.

Fig. 8.87 Parede direita da pelve de uma égua gestante: vista medial (2). O peritônio e o tecido conjuntivo foram removidos para avaliar os vasos, nervos e músculos da parede da pelve. O músculo reto do abdome e a glândula mamária foram removidos.

Fig. 8.88 Parede direita da pelve de uma égua gestante: vista medial (3). A parede do abdome foi dissecada. A parte isquiopúbica do músculo obturatório interno foi removida para analisar a posição do forame obturado.

Fig. 8.89 Face profunda do ligamento sacrotuberal largo de uma égua gestante: vista medial. O nervo pudendo desaparece do campo visual nesta vista medial por causa de seu trajeto entre a lâmina superficial e profunda do ligamento sacrotuberal largo.

Fig. 8.90 Componentes relacionados ao corpo do ílio direito de uma égua gestante: vista medial. O ligamento sacrotuberal largo foi removido para avaliar os nervos que passam através do forame isquiático maior e então percorrem lateralmente a esse ligamento. O músculo sartório foi removido para mostrar o trajeto do nervo femoral e os músculos iliopsoas. Observe que neste espécime as artérias uterinas esquerda e direita se originam das artérias ilíacas internas.

Fig. 8.91 Componentes relacionados ao corpo do ílio direito de uma égua gestante: vista cranial. A dissecação está no mesmo estágio que a observada na Figura 8.90.

Fig. 8.92 Nervo femoral direito e artéria glútea cranial de uma égua gestante: vista medial. Os vasos ilíacos internos e externos foram removidos para mostrar a saída do nervo femoral entre os músculos psoas maior e menor. O trajeto do nervo está indicado pela linha tracejada.

Fig. 8.93 Fáscias glútea e caudal, vista caudal esquerda. As Figuras 8.93-8.103 mostram uma série de dissecações das vértebras caudais (coccígeas) e sacrais e de nervos em um cavalo de 2 anos e meio de idade. Aqui, a pele e a fáscia superficial foram removidas. Os pelos foram tosados sobre as principais partes ósseas.

Fig. 8.94 Músculos superficiais das regiões sacral e caudal esquerda: vista dorsal.

Fig. 8.95 Componentes das regiões sacral e caudal: vista caudodorsal esquerda. A massa de músculo epaxial foi removida das duas últimas sacrais e sete primeiras vértebras caudais.

Fig. 8.96 Componentes das regiões sacral e caudal: vista dorsal. A massa de músculos epaxiais foi removida da vértebra sacral caudal e das 7 primeiras caudais.

Fig. 8.97

Componentes da região caudal: vista dorsal (1). Os ligamentos foram removidos do espaço interarqueado entre os arcos vertebrais da 3ª e da 4ª vértebras caudais para exposição do conteúdo do canal vertebral.

Fig. 8.98 Componentes da região caudal: vista dorsal (2). O tecido adiposo epidural do canal vertebral foi removido do espaço interarqueado para mostrar os nervos caudais no canal.

Fig. 8.99 Componentes da região caudal: vista dorsal (3). O espaço interarqueado foi dissecado e o tecido adiposo do canal vertebral removido para mostrar o arco vertebral da 3ª vértebra caudal. Na 4ª vértebra caudal a lâmina não está fundida e não há processo espinhoso.

Fig. 8.100 Topografia das vértebras caudais e do sacro: vista dorsocaudal direita. Os músculos da coxa e da cauda foram removidos do arco vertebral e as posições desses arcos são visualizadas em relação à região glútea (‘garupa’) e à raiz da cauda.

Fig. 8.101

Topografia das vértebras sacrais e caudais: vista dorsolateral direita. Os pedículos da quinta sacral e das três primeiras vértebras caudais foram serrados para avaliar os nervos caudais pela laminectomia (Figs. 8.102 e 8.103).

Fig. 8.102 Topografia dos nervos caudais e canal vertebral: vista dorsolateral direita. A lâmina vertebral foi removida da quinta sacral e das três primeiras caudais para mostrar a posição topográfica do canal vertebral e seu conteúdo em relação à raiz da cauda e aos processos espinhosos sacrais.

Fig. 8.103 Nervos caudais: vista dorsal. Os arcos das vértebras foram removidos como indicado nas Figuras 8.101 e 8.102, e os nervos espinais foram dissecados.

9

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM DE CABEÇA, COLO, MÃO E PÉ

Importância clínica do diagnóstico por imagem A radiografia é um meio diagnóstico muito utilizado na medicina equina, particularmente na cabeça e nas extremidades distais dos membros, embora equipamentos de grande poder e força sejam capazes de realizar imagens da coluna, da parte proximal do membro e da pelve. Entretanto, para ser capaz de interpretar anormalidades radiológicas apropriadamente, devem-se conquistar conhecimentos da anatomia radiológica normal. Em geral, a extremidade distal dos membros do equino não é tão complexa. Por outro lado, a cabeça é extremamente complexa, e então isso revela a importância suprema de se ter um atlas da anatomia radiográfica normal, ou uma radiografia normal, avaliável, para comparação quando são feitas tentativas para a interpretação dessa área. A indicação clínica mais comum para as radiografias dos membros é a claudicação, e as causas mais comuns de claudicação em equinos são problemas tendíneos ou ligamentosos (tendinites ou desmites), condições inflamatórias (como as laminites que afetam as lâminas da úngula) e traumatismo (lesões de tecido moles e fraturas). Embora a radiografia não demonstre as mudanças primárias em componentes teciduais moles, poderá demonstrar efeitos secundários sobre os ossos, como nas doenças articulares degenerativas ou escleroses (quando o osso se torna denso e duro). No mínimo, duas vistas radiográficas da área afetada devem ser realizadas (projeções ortogonais) e, no caso dos membros, o membro contralateral pode ser “documentado”, a fim de promover um controle para comparação. Na parte distal do membro, é rotina realizar, no mínimo, duas projeções oblíquas adicionais da região de interesse, a fim de se acessar o máximo possível da região. Modalidades avançadas de imagem por secção, como a tomografia computadorizada (TC), possibilitam a apreciação da anatomia sem

sobreposição de componentes encobertos. A TC é de grande valor no acesso a componentes ósseos e é particularmente utilizada na demonstração de fraturas incompletas e para a caracterização de fraturas cominutivas (nas quais o osso é fragmentado em múltiplos pedaços). A ausência de sobreposição promovida pela TC é particularmente usada na cabeça, embora também seja útil para demonstrar alterações nos ossos do membro. Se o equipamento apropriado estiver presente, a TC pode ser feita no animal em posição anatômica com clara necessidade de anestesia geral. A presença das placas cartilaginosas epifisárias (ou de crescimento) deve ser lembrada ao se interpretar as radiografias de membros nos cavalos jovens. Os seguintes tempos de fusão epifisária foram determinados radiograficamente: • Após o nascimento, a epífise distal (maléolo lateral) da fíbula se funde com a tíbia aos 3 meses de idade, aproximadamente. A parte distal da epífise da ulna (processo estiloide lateral) se funde com o rádio um pouco após 4 a 9 meses. • A epífise distal metapodial na articulação do boleto e a epífise proximal das falanges proximal e média se fundem aos 6 a 9 meses de idade, aproximadamente. • A epífise distal do rádio se funde aos 2-3 anos e aquela da parte distal da tíbia se funde consideravelmente cedo (17 a 17,5 meses). A fusão epifisária é um processo gradual. A placa de crescimento epifisário para de produzir novo osso metafisário e se converte em osso, unindo a epífise com a diáfise. O processo pode ser traçado radiográfica ou histologicamente até a fusão completa. Fusão anatômica macroscópica, entretanto, é a ‘completa fusão’, quando uma técnica de maceração falha em separar a epífise da diáfise. Para o cavalo, os resultados de algumas investigações para esses três métodos de estudo estão resumidos por Getty, em Sisson & Grossman (1975, pp. 272 & 298).

Fig. 9.1 Radiografia dos dentes rostrais: vista lateral. O dente canino é maior neste cavalo (provavelmente um macho). O primeiro dente pré-molar (dente de lobo) não está presente.

Fig. 9.2 Radiografia dos dentes da trituração: vista lateral. Compare as raízes de P4 (erupcionado c/ 4 anos) com aquela de M1 (erupcionada c/ 9-12 meses).

Fig. 9.3 Radiografia da mandíbula: vista oblíqua lateral. Cavalo com dentição imatura. O desenvolvimento da coroa dos dentes pré-molares inferiores permanentes (P2-P4) ficam sob as raízes dos dentes pré-molares decíduos (p2-p4). Eles produzem proeminências ósseas palpáveis na margem ventral da mandíbula em sequência cronológica, entre a idade de 1 ano e meio e 3-4 anos. Cada proeminência desaparece após os dentes pré-molares decíduos caírem e a coroa dos dentes pré-molares permanentes sair para estes serem usados. Uma sequência similar de desenvolvimento das proeminências palpáveis ocorre no osso maxilar, entre as idades de 2 e 5 anos, ao nível do forame infraorbital, quando os dentes pré-molares superiores permanentes (P2-P4) se desenvolvem e eventualmente substituem

os dentes pré-molares superiores decíduos. Com aproximadamente 2 anos de idade, o forame infraorbital palpável fica dorsal às proeminências relatadas para p3 e o dente em desenvolvimento P3. Com cerca de 3 anos e meio de idade, todas as três proeminências maxilares estão em linha com o forame infraorbital. Veja a Figura 1.55 e compare com a posição de p2 e p3 e o forame infraorbital no potro com aqueles mostrados para P2, P3 e o forame infraorbital no cavalo adulto (Fig. 1.44). Nenhuma dessas proeminências ósseas, da maxila ou da mandíbula, é vista no cavalo de 6 anos de idade (Fig. 1.44).

Fig. 9.4 Radiografia da mandíbula de um cavalo idoso: vista lateral. O terceiro dente molar erupciona com 3,5-4 anos. M1 e M2 erupcionam com 9-12 meses e 2 anos, respectivamente.

Fig. 9.5 Radiografia dos dentes da trituração e região nasal: vista lateral.

Fig. 9.6 Imagem por tomografia computadorizada da cabeça: plano transversal através dos olhos. No antímero esquerdo, a cavidade oral foi quase obliterada pelos tecidos moles bucais e linguais. O terceiro dente molar mostra três partes, por causa da sua orientação oblíqua na mandíbula

(Fig. 1.44). A parte mais ventral da mandíbula forma o canal da mandíbula: este contém a artéria, a veia e o nervo alveolar inferior, os quais suprem os alvéolos dentários dos dentes inferiores. Na terminação rostral do canal, o forame mentual (Figs. 1.44 e 1.12), o nervo mentual oferece ramos, os quais suprem o lábio inferior e o queixo (mento). O nervo continua com alguns finos ramos dentais, os quais percorrem o osso da parte incisiva da mandíbula para suprir os dentes caninos e incisivos.

Fig. 9.7 Radiografia da região da laringe: vista lateral. A articulação entre os ossos basisfenoidal e basoccipital (base do crânio) é cartilaginosa.

Fig. 9.8 Imagem de tomografia computadorizada da cabeça: plano transversal através das articulações temporomandibulares. O divertículo da tuba auditiva (bolsa gutural) fica entre a base do crânio, os músculos pterigóideos mediais da mandíbula e a parede muscular da

faringe. A articulação temporomandibular tem um movimento feito dobradiça, no qual o disco articular participa. Para a mastigação de comida fibrosa áspera, os dentes da trituração inferiores são tracionados transversalmente através dos dentes superiores da trituração, sendo acompanhado pela ação rotatória dos côndilos, em que um disco articular se move rostralmente e o outro se move caudalmente. Acredita-se que o músculo pterigóideo medial seja o responsável (Fig. 1.15), atuando isoladamente, produzindo esta importante ação de trituração.

Fig. 9.9 Radiografia da região da laringe: vista lateral. A posição da laringe está bem demarcada pela epiglote, pelas cartilagens aritenoides e pela prega ariepiglótica.

Fig. 9.10 Radiografia do topo dos processos espinhosos das vértebras torácicas T2-T8: vista lateral. A osteometria mostra que os processos espinhosos da 4ª e 5ª vértebras, T4, T5, são os mais longos da série. A radiografia, entretanto, mostra que, no cavalo adulto, durante a posição anatômica, o ponto mais alto da coluna é normalmente formado pelos processos espinhosos de T6 ou T7 (Butler et al., 2008). A terminação dos

processos espinhosos de T2-T6 (T7, T8) mostra o centro de ossificação com 1 ano de idade. A cartilagem é gradualmente substituída pelo osso até que, pelos 10 anos, as placas de cartilagem finas que se juntam aos finais ossificados dos processos espinhosos começam a desaparecer. As cartilagens nas extremidades dorsais persistem por um tempo muito maior (Ellenberger & Baum, 1943). Os detalhes mais ventrais nesta radiografia foram perdidos, pela sobreposição das escápulas, de suas cartilagens e dos músculos apendiculares e axiais (Figs. 3.2, 3.7 e 4.15).

Fig. 9.11 Radiografia do carpo: vista lateral. O osso carpo acessório pode ser observado nesta vista. Para o ligamento acessório-metacárpico veja a Figura 3.38.

Fig. 9.12 Radiografia do carpo: vista dorsopalmar (DP). O processo estilóideo lateral da ulna normalmente se funde com o rádio durante o primeiro ano de vida.

Fig. 9.13 Radiografia do carpo: vista dorsolateral-palmaromedial oblíqua (DLPMO). A faceta radial do osso III cárpico e os ossos IV cárpico e metacárpico podem ser observados.

Fig. 9.14 Radiografia do carpo: vista dorsomedial-palmarolateral oblíqua (DMPLO). O osso I cárpico, embutido no ligamento colateral medial do carpo (Fig. 3.13), é inconstante e algumas vezes unilateral.

Fig. 9.15 Radiografia da articulação metacarpofalangeana: vista lateral.

Fig. 9.16

Radiografia da articulação metacarpofalangeana: vista dorsopalmar (DP).

Fig. 9.17 Radiografia da articulação metacarpofalangeana: vista dorsolateral-palmaromedial oblíqua (DLPMO). O osso sesamóideo proximal lateral está em evidência.

Fig. 9.18 Radiografia da articulação metacarpofalangeana: vista dorsomedial-palmarolateral oblíqua (DMPLO). O osso sesamóideo proximal medial está em evidência.

Fig. 9.19 Radiografia do dígito e da úngula (casco): vista lateral.

Fig. 9.20

Radiografia do dígito e da úngula (casco): vista dorsopalmar (DP) ereta. O equilíbrio mediolateral da extremidade pode ser observado nesta imagem.

Fig. 9.21 Radiografia do dígito: vista dorsoproximal-palmarodistal oblíqua (DPrPDiO). Alguma ossificação da cartilagem ungular está presente. O osso sesamóideo distal (navicular) está sobreposto na falange média.

Fig. 9.22 Radiografia do dígito: vista dorsoproximal-palmarodistal oblíqua (DPrPDiO). Esta vista mostra as quatro margens do osso sesamóideo distal (navicular).

Fig. 9.23 Radiografia do dígito: vista palmaroproximal-palmarodistal oblíqua (PPrPDiO). A definição corticomedular no osso sesamóideo distal (navicular) pode ser observada.

Fig. 9.24 Radiografia do tarso (jarrete): vista lateral.

Fig. 9.25 Radiografia do tarso (jarrete): vista dorsoplantar (DP). A epífise distal da fíbula se funde com a tíbia durante o primeiro ano de vida.

Fig. 9.26

Radiografia do tarso (jarrete): vista dorsolateralplantaromedial oblíqua (DLPMO). O túber do calcâneo pode ser observado. (Ele deve estar completamente fusionado com o calcâneo aos 3 anos.)

Fig. 9.27

Radiografia do tarso (jarrete): vista dorsomedialplantarolateral oblíqua (DMPLO). A crista troclear lateral do talo pode ser observada.

ÍNDICE As referências neste índice estão associadas ao número da página, e não ao número das figuras. O índice relaciona as páginas nas quais cada componente foi indicado nos desenhos que acompanham as fotografias. De modo geral, os nomes escolhidos para as indicações nos desenhos estão de acordo com a Nomina Anatomica Veterinaria (2005); o índice lista esses nomes como eles aparecem nas indicações. Artérias, linfonodos, músculos, nervos, veias e seus troncos estão indexados com as abreviações comuns (a., ln., m., n., v., t.), como nas indicações. Para muitos outros componentes, os nomes comuns no Brasil e nomes anglicizados foram utilizados, mas o nome clássico foi mantido nos casos em que é muito mais familiar do que as outras formas (por exemplo, corpo lúteo).

A abertura nasomaxilar, 3, 46 acetábulo, 205, 219, 269, 279, 283, 285, 303–305 alça subclávia caudal, 124, 127, 134 alvéolos dentários, 3, 32, 33, 37–39, 44–46 aneurisma da a. mesentérica cranial, 165 ângulo ocular, lateral, 35, 44 medial, 4, 50 antebraço, 75, 228, 230 ânulo femoral, 269, 304 ânulo inguinal, profundo, 270, 274, 275, 282, 284–289, 304, 307, 308 superficial, 269, 270, 275, 285, 290, 291, 306–308 ânus, 279–281, 306, 313–316 aorta, abdominal, 162–165, 179, 220, 224, 274, 275, 310–312 arco aórtico, 122–132, 134–138 torácica, 126, 128, 135–138, 156–159, 161–163, 165–172 aparelho hióideo, veja os ossos individualmente ápice da língua, 7 arco costal, 116, 118, 120, 122, 146 arco plantar profundo, 255 arco zigomático, 6, 8, 10–12, 22, 33, 50, 51 See also ossos zigomático, maxilar e temporal artéria/artérias, a. alveolar inferior, 15, 25

a. angular do olho, 11, 50 a. auricular caudal, 14–17, 20, 36 a. auricular rostral, 50 a. axilar, 63, 80, 84–86, 89, 91 a. braquial, 89, 90, 92, 93 a. broncoesofágica, 130 a. bucal, 36 a. carótida comum, 24–30, 61–64, 69, 78–81, 126–127, 130–134 a. carótida externa, 11, 14–25, 28, 31, 36, 37 a. carótida interna, 20, 24, 28, 30, 59, 69 a. caudal do fêmur, 195, 201, 218, 219, 224, 276 a. caudal lateral, 319–322 a. celíaca, 161, 163, 165, 172, 174, 175 a. cervical profunda, 66–71, 130 a. cervical superficial, 60–65, 116–127, 132–137 a. circunflexa caudal do úmero, 92 a. circunflexa cranial do úmero, 87, 88, 92 a. circunflexa lateral do fêmur, 203–205, 224, 280, 282, 284–286, 303 a. circunflexa medial do fêmur, 196, 200, 201, 224 a. circunflexa profunda do ílio, 179, 181, 192, 194–197, 220–224, 276, 277, 300–304, 310, 311, 315, 316 a. colateral radial, 88, 94 a. colateral ulnar, 83–85, 240–243 a. cólica esquerda e direita, 164, 165, 179, 181 a. cólica média, 165, 175 a. coronária direita, 137–139

a. coronária esquerda, 126–130 a. da margem solear, 239 a. digital lateral, 100, 101, 232–235, 240–243, 248–253, 262–265 a. digital medial, 101, 233, 235, 241–243, 249, 251–253, 255–256, 258, 262, 263, 265 a. digital palmar comum II, 99–103, 233, 235, 241–243 a. digital palmar comum III, 240–243 a. digital plantar comum II, 263, 265 See also a. plantar medial a. digital plantar comum III, See also a. plantar lateral a. do bulbo do pênis, 288, 289 a. do pênis, 287, 294 a. epigástrica caudal, 220, 291, 300, 308, 314 a. epigástrica cranial, 131 a. escapular dorsal, 66, 84, 118–124, 126–135 a. esfenopalatina, 47 a. esofágica, 178 a. etmoidal externa, 42, 43, 46 a. facial, 10–20, 25, 32–36, 50–53 a. femoral, 195, 201–204, 208, 209, 218–224, 276–279, 282–285, 303, 314– 317 a. gástrica esquerda, 161, 165, 172, 174, 175 a. glútea caudal, 194, 196–201, 218–224, 276, 277, 302, 306–311 a. glútea cranial, 197, 218, 219, 277, 302–311 a. hepática, 165, 172–175 a. ileocólica, 165, 168

a. ilíaca externa, 220–224, 303–306, 314–317 a. ilíaca interna, 220–224, 312–314 a. iliacofemoral, 220–224, 276–280, 302–308, 316 a. incisiva, 45, 47, 48 a. infraorbital, 49 a. intercostal dorsal, 119, 132, 133, 136–138, 159, 165, 176, 180 a. intercostal suprema, 70, 123–127, 129, 130, 138 a. intercostal ventral, 121, 131, 136–138 a. interóssea comum, 87, 88 a. interóssea cranial, 87, 88, 94, 98–101 a. labial inferior, 12, 13 a. labial superior, 11, 32, 36 a. laríngea cranial, 30, 31 a. lateral do nariz, 11, 32, 36 a. lienal, 159–163, 165, 175 a. lingual, 16, 18, 20, 25, 30 a. lombar, 311 a. malar, 52, 53 a. maleolar caudal lateral, 221, 263 a. maxilar, 16 a. mediana, 85, 86, 89, 90, 93–102 a. meníngea, caudal, 69 rostral, 43 a. mesentérica caudal, 144, 165, 181, 300, 301 a. mesentérica cranial, 165, 175 a. metacarpéia dorsal II, 97–99, 101–103, 232–235, 240–243

a. metacarpéia dorsal III, 98–101, 232, 234, 240–242 a. metatarséia dorsal III, 212–213, 221, 250, 253, 262, 265 a. musculofrênica, 131 a. obturatória, 196, 204, 205, 218–224, 276–277 a. occipital, 20, 24, 27, 30, 59 a. oftálmica, 52, 53 a. ovárica, 300, 301, 310, 312–317 a. palatina ascendente, 16, 20, 25 a. palatina maior, 47, 48, 49 a. perfurante do tarso, 212, 217 a. perineal ventral, 219, 303, 310, 313 a. plantar lateral, 213 See also a. digital plantar comum III a. plantar medial, 211, 214, 221 See also a. digital plantar comum II a. poplítea, 220, 224 a. profunda do fêmur, 205, 220, 222, 223, 278, 282–285, 303, 315 a. pudenda externa, 220, 222, 275, 279–289, 313–317 a. pudenda interna, 197, 201, 204, 205, 218–220, 223, 224, 278 a. pulmonar, 126–130, 138, 139 a. radial, 83, 88–90, 95–106, 240–243 a. renal direita, 171, 172, 174 a. renal esquerda, 165 a. retal caudal, 102, 240–243 a. retal cranial, 165, 179, 181, 300, 301, 311, 312 a. safena, 193, 206, 213, 220, 222, 224, 290, 291 a. subclávia esquerda e direita, 126, 130, 133–137

a. subescapular, 80, 84, 85 a. sublingual, 16, 20 a. supraescapular, 79, 80, 84–86, 89–93 a. supraorbital, 52 a. temporal superficial, 50–52 a. testicular, 292, 293 a. tibial, 206–208, 211, 213–215, 221, 263 a. tireóidea cranial, 27–31, 62 a. torácica externa, 63, 65, 84, 85, 116, 118, 120, 122–127 a. torácica interna, 116, 118, 120, 124–130, 133–137 a. toracodorsal, 80, 84, 85, 89, 90, 93 a. transversa da face, 11, 13–16, 36, 50, 51 a. transversa do cúbito, 86, 88–90, 94 a. ulnar colateral, 89, 90, 93 a. umbilical, 220, 223, 224, 289, 310, 311, 315 a. uterina, 301, 308–311, 316 a. uterina direita, 312–314, 316 a. uterina esquerda, 312, 314, 316 a. vaginal, 220, 222, 310–316 a. vertebral, 66, 69–72, 133–135, 138 aa. cecais mediais e laterais, 165 aa. jejunais, 165, 175 articulação, veja pelos nomes individuais articulação costocondral, 110, 118–121, 132, 133 articulação da quartela, See articulação interfalangiana proximal articulação do ataúde, See articulação interfalangiana distal

articulação do boleto, See articulação metacarpofalangiana e metatarsofalangiana articulação do joelho, 186, 194–199, 202, 206–211 cápsula, 208 ligamento colateral, lateral, 186, 195–199, 207 medial, 186, 207, 208 ligamento femoropatelar, 197, 204 See also fêmur, patela, tíbia articulação femorotibial, See articulação do joelho articulação genual, See articulação do joelho articulação interfalangiana, distal (ataúde), 225, 226, 228–231, 236, 244, 246 proximal (quartela), 225, 228–231, 233–235, 244–247 articulação metacarpofalangiana, 228–231, 233–236, 240–242, 338, 339 articulação metatarsofalangiana, 244–251, 253, 255, 259–264, 267 articulação radiocárpica, 77, 96–103, 337 articulação sacroilíaca, 273, 304 articulação temporomandibular, 5, 10, 14, 16, 36, 57 atlas, 70, 72, 332 asa, 57, 69, 72, 271 forame alar, 69 forame vertebral lateral, 69, 72 átrio, direito, 128–130, 136, 137 esquerdo, 126–129 áxis, arco dorsal, 72 dente, 69, 70, 72 processo articular caudal, 69 processo espinhoso, 69, 72, 271

B baço, 144, 145, 156, 157, 176, 180 bainha carotídea, 64, 65 bainha do m. reto do abdome, See m. reto do abdome bexiga, See bexiga urinária bexiga urinária, 274, 275, 288, 300, 312–313 See also ligamentos vesicais boca, ângulo, 47, 48 lábios, 6–9 See also cavidade oral bolsa gutural (divertículo da tuba auditiva), 2–5, 14–18, 28–29, 31, 56, 57, 110, 332–334 parte lateral, 15–17, 20, 22, 24, 25, 29, 269 parte medial, 16, 17, 20, 22, 24, 25, 27, 29, 186 bolsa ovárica, 301, 309 bolsa podotroclear, 236, 238, 254, 255 brônquio, direito, 135, 137 esquerdo, 128, 129 bulbo olfatório, 43

C calcâneo, 186, 187, 211–217, 221, 342, 343 sustentáculo do talo, 246, 247, 342 túber, 186, 189, 191, 211–217, 221, 244–247, 262, 263 canal do carpo, 75, 102, 103 canal infraorbital, 38, 39 canal inguinal, 270, 275, 284–286 carpo, articulação carpometacárpica, 77 articulação radiocárpica, 77, 96–103 cavidade sinovial e bainha sinovial, 102, 103 ossos, See ossos do carpo retináculo extensor, 86 retináculo flexor, 86 cartilagem, veja pelos nomes individuais cartilagem anular, 15, 16 cartilagem aritenoide, 30, 31, 56, 332 cartilagem auricular, 15, 16 cartilagem cricoide, 28, 30, 31 cartilagem escutiforme, 6, 8, 10, 15, 16, 40–42, 50, 51 cartilagem nasal alar, 9, 11, 34, 35, 45 corno, 45, 46 lâmina, 45, 46 cartilagem nasal dorsal, 45 cartilagem tireoide, 20, 25–31 cartilagens costais, 118–122 carúncula lacrimal, 35

castanha, toro cárpico, 231 toro társico, 247 cavidade nasal, meato ventral comum, 3, 4, 34, 35, 45, 110 cavidade oral, vestíbulo, 7 See also boca cavidade pleural, 125, 140 cavidade subaracnóidea, 43 ceco, ápice, 164 base, 166–172, 176, 178 corpo, 162–167, 178 óstio cecocólico, 171 óstio ileal, 171 cérebro, 41, 42 foice do cérebro, 41–43 giros e sulcos, 43 localização, 40 cernelha (espaço interescapular), 57, 58, 76, 325 See also vértebras torácicas cérvice, See útero coanas, 47–49 cólon maior, dorsal direito, 144, 166–173 dorsal esquerdo, 144, 156–158, 160, 164, 180 flexura diafragmática, 158, 162, 164 flexura esternal, 158 flexura pélvica (pelvina), 158, 169, 171 origem, 166 transverso, 144, 161 ventral direito, 144, 166–171 ventral esquerdo, 144, 156–158, 160, 164, 180

cólon menor (descendente), 156–165, 274, 300, 301, 310 haustros, 156 mesocólon, 162–165, 170 tênia, 157 concha nasal, dorsal, 3, 32–39, 43–49 média, 47, 49 ventral, 3, 32, 39, 48, 49 See also osso etmoidal cone arterioso, 126–129 coração, 110, 111, 123–130, 135–139, 270 do potro, 141, 142, 270 cordão umbilical, 270, 285, 295 cordas tendíneas, 128, 137 cório, 226, 266, 267 córnea, 3, 35, 49, 50 coroa, 228–236, 242–251, 253, 255, 262–264, 266, 268 corpo lúteo, 309 See also ovário costelas, 112, 118–122, 130–135 crânio, ossos, 7, 9, 37–46 veja também pelos nomes individuais crista facial, 4, 6, 8, 10, 18, 32, 33, 37, 39, 46, 53 See also ossos maxilar, zigomático crista terminal, 136–138

D dente, See dentição dente de lobo (P1), 21, 23 dentição, incisivos (I, i), 4, 7, 45–48, 54 molar (M), 4, 19, 23, 24, 32, 33, 37–39, 44, 46, 49 pré-molar (P, p), 19, 21, 23, 32, 33, 37, 38, 44–47, 49, 54 See also alvéolos dentários diafragma, centro tendíneo, 120, 122, 123, 132, 156, 158, 160 cúpula, 112, 122 forame da veia cava, 129, 145 hiato aórtico, 145, 159, 165, 171, 174 hiato esofágico, 157, 159–161, 172, 181 inserções costais, 120, 122, 131, 151, 156, 158, 160 parte costal, 132–133 parte esternal, 131, 151, 156 parte lombar, 156–159, 161, 168, 170–172 pilares, See parte lombar recesso costodiafragmático, 122 divertículo nasal, 3, 6, 8–13, 35, 45, 100 ducto arterioso, 111, 142 ducto biliar, 145, 172, 173 ducto deferente, 275, 292, 293 ducto lacrimal, 3, 39 ducto linfático direito, 133 ducto nasolacrimal, 9, 32–34, 46 ducto torácico, 68, 122–134, 138, 141 duodeno, 144, 145, 168–171, 173

dura-máter, 43, 317

E eminência iliopúbica, 304, 316, 317 epiderme, (úngula), 237, 239 epidídimo, 269, 270, 290–293 epiglote, 5, 30, 31, 56, 330, 332–334 ergot (toro metatársico), 235, 264 ligamento, 232, 233, 240, 241, 263–265 escápula, 56, 57, 58, 74, 75, 76, 112 cartilagem, 3, 56, 57, 87, 91, 93 espinha, 91, 111, 145, 271 processo coracoide, 91, 93 tubérculo supraglenoidal, 91, 93 escroto, 269, 270, 290–293 lâmina suspensória lateral, 282–284, 290 lâmina suspensória medial, 283–287, 290, 291 rafe, 290, 295 septo, 291 túnica darto e fáscia, 291 túnica vaginal, 269, 270, 278–282, 285 See also glândula mamária, lâmina suspensória esôfago, 3, 27–31, 56, 57, 63, 68 esterno, cartilagem xifoide, 131 manúbrio, 118, 121 estômago, cárdia, 179 curvatura maior, 158–164, 176, 180, 181 curvatura menor, 159–162, 181 fundo (saco cego), 159–164, 179–181 piloro, 172, 179

F falange, See mão, pé faringe, parte laríngea, 3, 24, 27–31 parte nasal, 29 parte oral, 29 fáscia, veja pelo nome individual fáscia crural (da perna), 193, 206–208 fáscia da cauda, 318, 319 fáscia do antebraço, 83, 85 fáscia femoral (do fêmur), medial, 289–291 profunda, 193 fáscia ilíaca, 283–288, 304–308 fáscia lata, 192 fáscia pélvica (da pelve), 308, 313 fáscia profunda do glúteo, 318 fáscia profunda do metacarpo, 98–101, 235 fáscia transversal, 155, 177, 274, 275, 291, 308, 314 fêmur, 188, 189, 208–210, côndilo lateral, 198, 199, 215, 271 côndilo medial, 198, 199 face articular, 74, 202–205 terceiro trocânter, 188–209, 272, 273, 276, 277 trocânter maior, 186, 188, 189, 197–204, 269, 272, 273, 276, 277 trocânter menor, 202, 203 tróclea, 186, 215, 272, 273 tubérculo, 188, 198, 203, 204, 206–208, 210, 211

fíbula, 186, 187, 189, 190, 199, 271, 325 See also maléolo lateral da tíbia fígado, ligamento coronário direito, 168 ligamento falciforme, 183 ligamento triangular direito, 168, 176, 178 ligamento triangular esquerdo, 159, 176 lobo direito, 167–169, 178 lobo lateral esquerdo, 158, 160, 176, 180, 182 lobo medial esquerdo, 160, 182 lobo quadrado, 167–169, 178 processo caudado, 145, 168–169, 183 filamento terminal, 323 filtro, 6, 7 fissura palpebral, 6, 8, 49 foice do cérebro, 43 forame, veja pelos nomes individuais forame da veia cava, See diafragma forame infraorbital, 6, 8, 11, 22, 38, 39, 44–46 forame isquiático, maior, 196, 201, 205, 277, 302 menor, 196, 205, 277, 278, 302 forame mentual (mandíbula), 18, 11, 13, 22, 37 forame obturado, 269, 303, 306, 307, 316, 317 forame oval (coração), 111, 142 forame supraorbital, 6, 32, 33, 37–39, 46–53 fossa da glande, 274, 295, 296 funículo espermático, 270, 274, 291–293

G gânglio aorticorrenal, 174, 175 gânglio celíaco, 165, 172 gânglio cervical médio, 25, 65, 68, 124–127 gânglio cervicotorácico, 66–68, 123–125, 135 gânglio estrelado, See gânglio cervicotorácico gengiva, 44 margem da gengiva, 3, 21, 39 glande do clitóris, 299 glande do pênis, 294–298 glândula adrenal, 165, 172, 174, 175 glândula bucal, 14, 15, 19 glândula bulbouretral, 288 glândula mamária, 184 ligamento suspensório lateral, 304, 305 See also lâmina suspensória do escroto glândula mandibular, 13–17, 19, 20, 22 ducto, 17–20 glândula parótida, 10–13, 50–53 glândula salivar, See glândulas bucais, mandibular, parótida, palatinas e sublingual glândula sublingual (polistomática), 18, 19, 21 glândula suprarrenal, See glândula adrenal glândula tireoide, 27–31, 56, 62, 66–70 glândulas palatinas, 24–31

H hiato aórtico, 145, 159, 165, 171, 174 hiato esofágico, See diafragma

I íleo, 125, 132, 144, 160–167 ílio, asa, 57, 201, 202, 269, 271 corpo, 186, 200, 202, 205, 225, 269, 278–283, 325 linha glútea, 200, 202, 218, 219 túber da coxa, 145, 188–197, 202, 218, 269, 271, 272–279, 283, 302, 303 túber sacral, 188, 189, 218, 269, 271, 277, 279, 283, 302, 303 incisura nasoincisiva, 6–11, 32, 38, 44–46, 326 intestino, See ceco, cólon, duodeno, íleo, jejuno intestino delgado, See duodeno, íleo, jejuno intestino grosso, See ceco e cólon ísquio, 188, 189, 223, 269, 278–287, 302, 318 espinha, 205 túber isquiático, 188, 189, 192, 196, 200–204, 273, 278–285

J jejuno, 144, 145, 162, 163 junção cecocólica, 168, 169, 171 junção ileocecal, 163

L lábio, inferior, 6–9, 54 superior, 4, 6–9 vulva (pudendo), 218, 299, 307 lábio superior, 6–9, 34, 35, 54 lago lacrimal, 35 laringe, 2, 3, 5, 28–31, 56, 57, 110, 332 ádito da laringe, 29 parte laríngea da faringe, 29, 30 ventrículo da laringe, 31 ligamento, veja pelos nomes individuais ligamento arterioso, 126–130 ligamento acessório do fêmur, 205, 219, 222, 223, 278, 280, 283–287, 289, 304, 305 ligamento cricotireóideo, 31 ligamento cricotraqueal, 31 ligamento da nuca, 56, 67–69, 72 ligamento dorsoescapular, 81, 116 ligamento esternopericárdico, 123, 125, 131, 138 ligamento falciforme (fígado), 183 ligamento flavo, 319–323 ligamento hepatorrenal, 169 ligamento inguinal, 290–293 ligamento interespinal, 68, 72, 320 ligamento largo, 177, 184 ligamento plantar longo (tarso), 211–214

ligamento sacroilíaco, dorsal, 196, 218–222, 280, 302 ventral, 304–306 ligamento sacrotuberal, 194, 197, 200–205, 218, 219, 222, 276–281, 302– 305, 316 ligamento supraespinal, 68, 70, 72 ligamento suspensor, See m. interósseo ligamento vesical (bexiga urinária) lateral, 184, 274 mediano, 184, 300 vestíbulo (da vagina), 312 ligamentos anulares do dígito, distal, 249–253 palmar, 233, 234 plantar, 249–253 proximal, 249–253 ligamentos condrocoronais, 236, 237 ligamentos cruzados (sesamóideos distais), 267 ligamentos do carpo, colateral lateral, 83, 98 colateral medial, 83 ligamentos do cúbito, colateral lateral, 94 colateral medial, 86 ligamentos palmares, articulação interfalangiana proximal, 225, 226, 234, 235 ligamentos plantares, articulação interfalangiana proximal, 225, 226, 250, 252, 253, 255, 256, 258, 259, 267 ligamentos sesamóideos, colaterais, 250, 251 distais, 250–255, 259–261, 267

distal ímpar, 236–239, 254, 255, 257 intersesamóideos, 254, 255, 267 limbo, 228–234, 238, 239, 244–247 linfonodo/linfonodos: ln. aórtico lombar, 174 ln. axilar, 80, 84, 85, 107 ln. cervical profundo caudal, 62–65, 116, 118, 120, 122, 124, 133–137 ln. cervical profundo cranial, 16–20, 24, 27, 59–62, 81 ln. cervical profundo médio, 62–64, 66 ln. cervical superficial, 60–63, 78, 79, 81 ln. coxal, 302 ln. esternal cranial, 124, 126, 133–136 ln. hepático, 183 ln. ilíaco medial, 177 ln. inguinal profundo, 205, 278, 279, 282, 283, 303 ln. isquiático, 196, 277 ln. mandibular, 13–15, 18, 20, 22, 24–29 ln. mediastinal cranial, 124, 134, 137 ln. mediastinal médio, 130, 138 ln. parotídeo, 14, 15 ln. poplíteo, 195, 197, 200, 218 ln. retrofaríngeo lateral, 16, 17, 20, 24, 25, 57 ln. retrofaríngeo medial, 16, 17, 19, 20, 22, 25, 27, 29, 59, 62 ln. subilíaco, 152, 181, 192, 196, 217, 300 ln. traqueobrônquico esquerdo, 124, 130, 142 ln. traqueobrônquico médio, 126–130, 135–138, 142, 170

lnn. anorretal, 279, 280, 303, 306, 316 lnn. cecais, 163, 164, 168–170, 176 lnn. cólicos, 166–171 lnn. cubitais, 88–90, 93, 96 lnn. inguinais superficiais, 278, 279, 282, 306–309 lnn. lienais, 159, 160 lnn. renais, 172, 174, 175 língua, 3, 4, 18, 19, 50, 56 See also ápice da língua, papila lingual, músculos individuais linha temporal, 41, 50 , 32, 41 veja também fossa temporal do osso frontal, linha alba, 131, 145, 275, 300 ‘linha da carência’, 272, 273, 276 linha diafragmática de reflexão pleural, 112, 122, 132

M mandíbula, 3, 4, 16–22, 57, 331 côndilo, 8, 14, 37, 50, 51, 53 incisura vascular, 13, 22 inserções m. masseter, 14 processo coronoide, 37, 38 ramo, 8 manguito flexor, 235, 254 mão, ossos, 228–231 úngula, 236, 237 margem púbica, 310 maxila, 3, 4, 13, 32, 33, 37, 45, 47, 48–53, 57 alvéolos dentários, 3, 32, 33, 38, 39, 44, 46 sulco lacrimal, 46 tuberosidade, 37, 38 See also crista facial, arco zigomático meatos nasais, 42, 47, 48 mediastino, caudal, 135 cranial, 127 dorsal, 126, 130 ventral, 128 mento, 8 mesocólon, 162–165, 170, 274, 275, 300, 301 mesométrio, 309 mesossalpinge, 177, 184, 301, 309 metacarpo, 87, 88, 228–231 metatarso, 187, 191, 244–246, 259

músculo/músculos: m. adutor, 195, 200–205, 207, 219–224, 278, 282 m. aritenóideo transverso, 31 m. bíceps do braço, 82, 85–93 lacerto fibroso, 86–93 m. bíceps do fêmur, 192–194, 272, 273, 276–280, 318–322 m. biventre da cérvice, 67 m. braquial, 75, 85–87, 92, 93 m. braquiocefálico, 59, 133 See also mm. cleidobraquial e cleidomastóideo m. bucinador, 10–14, 18, 36 m. bulboesponjoso, 206, 279–289, 294–295 m. canino, 10, 11, 13 m. capsular, 203, 278–280, 284, 285 m. cleidobraquial, 60, 61, 78, 79, 82, 87–90 m. cleidocefálico, 10, 14, 16, 78, 79 m. cleidomastóideo, 36, 59–61 m. coccígeo, 279–281 m. complexo, 67 m. constritor do vestíbulo, 29, 31 m. coracobraquial, 86, 89–93 m. enrugador do supercílio, 50 m. cremáster, 282–287, 290–293 m. cricoaritenóideo dorsal, 30, 31 m. cricoaritenóideo lateral, 31 m. cricofaríngeo, 15, 16, 19–22, 24–28, 62 m. cricotireóideo, 27–31

m. cutâneo do colo, 58–60 m. cutâneo do fêmur, 194 m. cutâneo do tronco, 78, 79, 83, 84, 113–117, 133, 147–151, 192 m. cutâneo omobraquial, 78, 79, 113, 147–149 m. deltóideo, 78, 79, 86, 87, 148 m. depressor do ângulo da boca, 11 m. depressor do lábio inferior, 10–13, 15, 18 m. depressor do lábio superior, 15 m. digástrico, 14–21, 24–29, 36, 69 parte occipitomandibular, 14, 15 ventre rostral, 16, 17, 19 m. dilatador apical do nariz, 34 m. escaleno dorsal, 63, 64, 79, 80, 116–120, 133 m. escaleno ventral, 61–64, 79–81, 116–120, 133 m. escutoauricular, 40 m. esfíncter externo do ânus, 278–281, 302–306 m. esplênio, 10, 11, 14, 36, 61–67, 81, 116–123, 133 m. esternocefálico, 59–68, 71, 121, 133, 134 See also m. esternomandibular m. esternoióideo, 10, 16, 24, 29, 30, 56, 59, 61–64 m. esternomandibular, 10, 11, 14–16, 20–22, 36, 133 See also m. esternocefálico m. esternotireóideo, 63, 64, 134 m. esternotireoióideo, 27–31, 63–68, 72, 81, 133 See also m. esternoióideo e m. esternotireóideo m. estilofaríngeo, 20, 24–28, 31 m. estiloglosso, 16–19, 24–28 m. estiloióideo, 15–20, 24–31

m. extensor carporradial, 82, 88–91, 94, 98–103 m. extensor carpoulnar, 83, 87, 88, 94, 96, 97, 102 m. extensor digital comum, 82, 86, 87, 92, 94, 98–101, 232–239 m. extensor digital curto, 212–214, 217 m. extensor digital lateral, 87, 88, 94, 98–101, 193–195, 198–199, 202, 207– 212, 214–216, 217, 218, 221 m. extensor digital longo, 193–195, 197–199, 202, 207–215, 217, 189, 248– 255, 260, 262–265 m. extensor oblíquo do carpo, 86–90, 94, 97, 99–102 m. fibular terceiro, 207, 210, 212–214 m. flexor carporradial, 82, 85, 86, 89, 90, 95–97, 102 m. flexor carpoulnar, 83, 85, 88–90 m. flexor digital lateral, 193–195, 202, 206–217, 221 m. flexor digital medial, 193, 206–209, 211, 213–217, 221, 263 m. flexor digital profundo, 87, 88, 94–103, 193, 194, 206, 209–216, 221, 232–239, 248–255, 260, 262–265 m. flexor digital superficial, 95–103, 193–195, 207–215, 217, 220, 221, 232–235, 240–243, 248–255, 260, 262–265 m. frontoescutular, 10–12, 14, 16, 50 m. gastrocnêmio, 193, 195, 199, 200, 203–212, 215, 218, 224 m. genioglosso, 26 m. genioióideo, 19, 21, 26 m. glúteo acessório, 196, 302, 303 m. glúteo médio, 192, 194, 196, 201, 272–274, 276, 277, 318–322 m. glúteo profundo, 277, 278–287, 302, 303 m. glúteo superficial, 192, 318–322 m. grácil, 201, 205, 206, 211, 215, 219–223, 273, 278–283, 290, 291, 303– 308

m. grande dorsal, 78–80, 84, 114–119, 148 m. hiofaríngeo, 20, 24–27 m. hioglosso, 16–19, 25–29 m. ilíaco, 196–205, 218, 219, 222–224, 276, 277, 283–287, 302, 303 m. iliocostal, 61, 62, 64 m. iliocostal da cérvice, 66, 67, 71, 81, 116, 118, 120, 124 m. iliocostal do lombo, 150, 151 m. iliocostal do tórax, 67–70, 81, 116–123, 132 m. iliopsoas, 204, 279, 280 See also m. ilíaco, m. psoas maior m. infraespinal, 75, 78, 79, 86, 87, 91, 92 m. intercostobraquial, 148, 149 m. interescutular, 12, 40 m. interósseo, 98–103, 232–235, 240–243, 248–255, 260–265 m. isquiocavernoso, 205, 278–283 m. levantador da pálpebra superior, 52, 53 m. levantador do ânus, 279–281, 302, 305, 306 m. levantador do lábio superior, 10–13, 23, 34–36, 45–51 m. levantador do véu palatino, 30 m. levantador nasolabial, 10–13, 36, 50 m. longo da cabeça, 27, 29, 61–63, 66–70 m. longo do colo, 62–71, 123–128, 130, 138 m. longuíssimo da cabeça, 10, 11, 16, 20, 59, 61, 66 m. longuíssimo da cérvice, 63–67, 118–124 m. longuíssimo do atlas, 66 m. longuíssimo do lombo, 151

m. longuíssimo do tórax, 63–69, 72, 81, 117–124, 133 m. malar, 10–12, 50 m. masseter, 5, 10–14, 32, 36, 44–53 m. miloióideo, 15–21, 24, 26 m. multifídio da cérvice, 68, 70 m. oblíquo caudal da cabeça, 10, 11, 16–20, 25, 29 m. oblíquo cranial da cabeça, 10, 11, 16–20, 25, 29 m. oblíquo dorsal, 49, 52, 53 m. oblíquo externo do abdome, 113–116, 118–122 tendão abdominal, 154, 290 tendão pélvico, 154, 290, 291 m. oblíquo interno do abdome, 115–121, 150–155, 192–198, 218, 222–224, 276, 277 m. oblíquo ventral, 52, 53 m. obturatório externo, 205, 283–286, 303–305 m. obturatório interno, 201–205, 222–224, 277–279, 287, 288, 302–306 m. occipitoióideo, 16, 19, 20, 25, 69 m. omoióideo, 10–16, 20, 22, 24, 27–30, 36, 56, 59–62, 78, 79 m. omotransversário, 59–66, 78, 79 m. orbicular da boca, 11, 13 m. orbicular do olho, 12, 50–53 m. palatofaríngeo, 16–19, 24, 25, 28 m. parietoauricular, 40 m. parotidoauricular, 10–14 m. pectíneo, 203–205, 209, 222, 269, 278–286, 290 m. peitoral ascendente, 63, 80–86, 89, 90, 93, 113–116, 132–138, 147–149 m. peitoral descendente, 60–63, 78–84, 132–138

m. peitoral transverso, 60, 82, 84, 85 m. poplíteo, 206–211, 215–217 m. psoas maior, 165, 174, 222, 274, 275, 288, 289, 300, 303–306, 308–311 m. psoas menor, 132, 165, 172, 174, 175, 274, 288, 289, 300, 304–306 m. pterigofaríngeo, 18, 19, 24, 27, 28 m. pterigóideo lateral, 15, 16, 18 m. pterigóideo medial, 15 m. quadrado do fêmur, 196, 197, 200, 205, 218, 219, 276–282 m. quadríceps do fêmur, 202, 203, 215 See also m. reto do fêmur, m. vasto intermédio, lateral, medial m. redondo maior, 80, 84, 89–93, 149 m. redondo menor, 87, 92 m. reto, dorsal, 52, 53 lateral, 52, 53 medial, 49 ventral, 52, 53 m. reto do abdome, 116–122, 194, 202, 291, 301, 308 lâmina externa da bainha do m. reto do abdome, 309 lâmina interna da bainha do m. reto do abdome, 131, 300 m. reto do fêmur, 192, 194–204, 218, 219, 276–280, 284, 285, 302–304 m. reto do tórax, 81, 116–120 m. reto dorsal maior da cabeça, 67–69, 72 m. reto dorsal menor da cabeça, 70–72 m. retrator das costelas, 118, 120, 122 m. retrator do bulbo, 49, 52, 53 m. retrator do pênis, 206, 279–289 m. rombóideo, 115–118, 133

m. rombóideo da cérvice, 61–63, 66, 81, 116–122 m. rombóideo do tórax, 67, 68, 81 m. sacrocaudal dorsal lateral, 200, 277, 279, 281, 283, 302–305, 312 m. sacrocaudal dorsal medial, 283–287, 318, 319 m. sacrocaudal ventral lateral, 223, 279 m. sartório, 200, 203–206, 220–224, 278, 279 m. semiespinal da cabeça, 63, 66, 67 m. semimembranoso, 187, 192, 195–208, 215, 218–223, 276–278 m. semitendinoso, 56, 192–209, 218–223, 272, 273, 276, 277, 318–322 m. serrátil dorsal caudal, 114–119, 149, 150 m. serrátil dorsal cranial, 114–119, 149, 150 m. serrátil ventral da cérvice, 59–63, 78–81, 84, 92, 93, 133 m. serrátil ventral do tórax, 63, 78–81, 84, 92, 114–119, 148 m. serrátil, origem escapular, 87, 89–91 m. sóleo, 194, 195, 202 m. subclávio, 59–63, 78–81, 84, 116–120, 129, 132–138 m. subescapular, 80, 84, 89–93 m. supraespinal, 59, 61, 78, 79, 84–93 m. temporal, 32, 33, 40–43, 51–53 m. tensor da fáscia do antebraço, 78, 79, 83–90, 93, 114–119, 148, 149 m. tensor da fáscia lata, 195, 222–224, 276, 277 m. tensor do véu palatino, 18, 25, 30 m. tibial caudal, 195–209, 211–217 m. tibial cranial, 193–195, 199, 202, 206, 214, 217, 221 m. tireofaríngeo, 16, 20, 24–28, 62 m. tireoióideo, 16, 25, 27, 62

m. transverso do abdome, 117–122, 150, 300 m. trapézio, 59, 61, 113–117, 133, 147–149 m. tríceps, 78, 79 m. tríceps da sura, 209, 214, 216, 217 See also m. gastrocnêmio, m. sóleo m. tríceps do braço, 78–82, 86, 93, 113–117, 147–149 m. ulnar lateral, See m. extensor carpoulnar m. vasto intermédio, 200–204 m. vasto lateral, 192–204, 218, 219, 276, 277, 302, 303 m. vasto medial, 197–204, 222–224, 290, 291 m. vestibular, 31 m. vocal, 31 m. zigomático, 10–13, 50 m. zigomaticoauricular, 50 mm. espinal e semiespinal do tórax e da cérvice, 67–70, 72, 117, 133, 151 mm. gêmeos, 197, 201, 204, 205, 278–284 mm. intercostais externos, 81, 92, 114–119, 157 mm. intercostais internos, 116–119, 122, 133, 148–151, 157, 166, 167 mm. interespinais, 67, 72 mm. intertransversários da cérvice, 67, 69, 71 mm. levantadores das costelas, 71, 120

N narinas, cartilagem dorsal, 45 comissura dorsal, 9 comissura ventral, 9 asa medial, 6, 35 asa lateral, 6, 8, 35, 45 prega alar da concha ventral, 9, 35, 45, 46, 48 cartilagem alar, 3, 9, 11, 34, 35, 45, 46 nervo/nervos: n. abducente VI, 53 n. acessório XI, 19, 20, 24, 30, 31, 59, 69 n. alveolar inferior, 15, 17 n. auriculopalpebral, 11–17, 36, 50–53 n. auriculotemporal, 11–14 n. axilar, 79, 80, 84, 85, 89–93 n. bucal, 14–18, 22–24 n. cardíaco cervicotorácico, 127–129, 134 n. costoabdominal, 148, 151 n. cutâneo caudal da sura, 193, 194, 197, 200–204, 208–215, 218–221 n. cutâneo caudal do antebraço, 88–96 n. cutâneo caudal do fêmur, 194–197, 200–204, 218, 224, 276–280, 302, 305 n. cutâneo cranial do antebraço, 78, 79, 92 n. cutâneo do colo (CII), 36 n. cutâneo lateral do antebraço, 82, 91 n. cutâneo lateral do fêmur, 194–197, 219, 222, 223, 276, 277, 302

n. cutâneo medial do antebraço, 86–88, 240, 241 n. digital palmar lateral, 232, 233, 242, 243 n. digital palmar medial, 233, 243 n. digital plantar lateral, 248, 249, 262–265 n. digital plantar medial, 249, 263, 265 n. esplâncnico, 159, 161, 163, 165, 171, 172, 175 n. facial VII, 10–18, 23, 36, 45 n. femoral, 200, 203–205, 219, 223, 224, 278–289, 303–306 n. fibular comum, 195–204, 207–213, 217, 218, 277 n. fibular profundo, 195–204, 207–213 n. fibular superficial, 193–195, 199, 207–213, 216, 217 n. frênico, 63, 65, 81, 116–122, 128, 167, 168, 176, 180 n. frontal, 11, 12, 52, 53 n. genitofemoral, 279, 282–286, 304–308 n. glossofaríngeo IX, 17–20, 24–30 n. glúteo caudal, 194–201, 218, 277–281, 302 n. glúteo cranial, 196, 197, 201, 205, 277–280, 302 n. hipogástrico, 219, 306–308 n. hipoglosso XII, 17–30 n. ilioinguinal, 307, 308 n. infraorbital, 13, 18, 23, 32–36, 44, 45, 49 n. intercostobraquial, 78, 79, 114–119, 148, 149 n. isquiático, 196–205, 218, 219, 224, 277–279, 302–306 n. laríngeo caudal (recorrente), 27–31 n. laríngeo cranial, 17–30, 62 n. laríngeo recorrente (caudal), 64–67, 124–130, 133, 134, 138

n. lingual, 15–18, 21 n. mandibular, 18, 19, 25, 30 n. massetérico, 14, 51 n. mediano, 79, 80, 84–90, 93–97, 102 n. mentual, 18–23 n. metacárpeo palmar lateral, 232, 233, 242 n. metacárpeo palmar medial, 243 n. metatárseo dorsal II, 212–214, 221, 248 n. metatárseo dorsal III, 213, 248–255 n. miloióideo, 15, 17 n. musculocutâneo, 79, 80, 84, 85, 93 n. obturatório, 205, 220–224, 278–283, 287, 303–306, 309 n. oculomotor III, 52, 53 n. olfatório I, 47 n. óptico II, 47, 49 n. palatino maior, 49 n. palmar lateral, 95–103, 232, 240–243 n. palmar medial, 95, 96, 98, 99, 102, 103, 232, 233, 240–243 n. peitoral caudal, 79–85, 116–120 n. peitoral cranial, 84, 85 n. pélvico (pelvino), 219, 220, 304–311 n. peroneo, See n. fibular n. plantar lateral, 211–215, 217, 221, 248, 249, 262, 264, 265 n. plantar medial, 211–215, 221, 249, 262–265 n. pudendo, 219–224, 279–289, 303, 305 n. radial, 79, 80, 84, 85, 89–94

n. retal caudal, 219, 279–281, 302, 303, 311 n. safeno, 193, 204, 206, 219–222, 262, 263, 278, 279, 303 n. subescapular, 79, 80, 84, 85, 89–93 n. supraescapular, 79, 80, 84, 85, 89–93 n. tibial, 193–197, 200–211, 214–221, 263, 277 n. torácico lateral, 79, 80, 84, 85, 116–120 n. torácico longo, 63, 116, 118, 120 n. toracodorsal, 79, 80, 84, 116, 118, 120 n. troclear IV, 53 n. ulnar, 83–90, 93–103, 240–243 n. vago X, 20, 25, 28–31, 69, 124–130, 133–137 See also t. vagal dorsal, t. vagal ventral n. vertebral, 66, 67, 71 n. zigomático, 52 nn. caudais, 319–322 nn. cervicais, n. cervical I, 19, 20, 24, 69, 72 n. cervical II, 10, 14, 70, 72 n. cervical III, 59, 61, 68 n. cervical IV, 59–64 n. cervical V, 59–66, 70 n. cervical VI, 59, 66, 70–72 n. cervical VII, VIII, 71 nn. clúnios caudais, 192 nn. clúnios médios, 192 nn. espinais, 78, 79 nn. intercostais, 114–119, 148–151, 159 nn. lombares, 192

nn. supraclavicular, 60, 61, 78, 79 nn. torácicos, 116–119

O olécrano, See ulna omento maior, 157–164, 269 órbita, 2, 4, 33, 38, 39, 50 forames, 38, 39 osso, veja pelos nomes individuais osso basioide, 29 osso ceratoioide, 29 osso estiloioide, 15–20, 24–31, 57, 330, 332–334 osso etmoidal, 41–43, 46–48, 331 concha nasal, 49 lâmina crivosa, 41, 43 osso incisivo, 3, 38, 44–47, 326 osso lacrimal, 38–41, 44, 50–53 osso nasal, 11, 13, 32–38, 44–46, 50–53, 326 osso navicular, See osso sesamóideo distal osso occipital, côndilo, 70, 72, 186, 271 processo paracondilar, 69 protuberância, 40, 70, 72 osso palatino, 3, 47–49 osso parietal, 40–43 osso temporal, 2, 50, 52 fossa mandibular, 37 See also arco zigomático osso tireoioide, 19, 20, 24–31, 333 osso zigomático, 44, 47–53

ossos do carpo, acessório, 74, 75, 77, 83, 87, 88, 96, 97, 102, 103, 228–231, 240, 241, 271 intermédio, 98 IV, 74, 98, 227, 336, 337 radial, 83 ulnar, 83, 98 See also carpo ossos do tarso, central, 221, 244–247 primeiro e segundo (fusionados), 227, 246, 247, 342, 343 quarto, 227, 244–247, 342, 343 terceiro, 186, 221, 244–247, 342, 343 See also calcâneo, talo ossos frontais, 33, 37, 39–42, 44, 46–51, 53 linha temporal, 6, 8, 32, 33, 37, 40 processo zigomático, 6, 8, 10, 11, 32, 33, 37, 39, 52, 53 sutura interfrontal, 41 ossos metacárpicos, II, 99–103, 227, 228, 230, 336, 337 III, 98–103, 228–235, 240–243, 336–339 tuberosidade, 99–101, 228, 229 IV, 77, 99–103, 227, 228–235, 240–243, 336, 337 ossos metatársicos, II, 187, 191, 213, 214, 216, 221, 228, 231, 244, 342 III, 213, 214, 221, 244–247, 342 IV, 187, 212–214, 221, 244–247, 342 ossos sesamóideos, distal (mão), 230, 236 distal (pé), 245, 246, 254, 255, 257, 260, 268 proximal (mão), 225, 227, 229–233, 235 proximal (pé), 245–247, 251, 252, 254, 255, 260, 267 óstio e papila ileal, 171 óstio prepucial, 290, 294–298 ovário, 177–181, 270, 300, 301, 309–312

corpo lúteo, 309 infundíbulo associado, 301, 309 ligamentos, próprio, 300, 301, 309, 310 suspensório, 301, 309, 310 mesovário, 300

P palato, duro, 47, 48 mole, 4, 5, 29–31, 47–49, 56 pálpebra III, 4, 35 pâncreas, 161–163, 171–173, 179 ducto, 145, 173 panículo adiposo, 147 panículo carnoso, 147 papila lingual, filiforme, 23, 26, 47 fungiforme, 21, 45, 47 valada, 47, 49 parede da faringe, 28, 29 parede do abdome, 164, 166, 168 parte nasal da faringe, 29, 47, 48, 56, 110, 331 parte oral da faringe, 47–49 patela, 186, 188–190, 193–195, 197–199 fibrocartilagem parapatelar, 207, 208 ligamento, 74, 186, 188, 194–198 lateral, 186, 187, 193–200, 206, 272 medial, 186, 187, 198, 199, 206–208, 210 pé, ossos, 244–247 úngula, 256–261 pelve, ossos, 146, 188–190 See also ílio, ísquio, forame obturado, púbis

pênis, 205, 206, 270, 274, 278–290, 294–298 See also glande do pênis, pilar do pênis pericárdio, 121–125 See also ligamento esternopericárdico periórbita, 2, 44, 46, 52, 53 perna, 189–191 pia-máter, 43 pilar do pênis, 288, 289 piloro, 172, 179 pina, 40, 41 pleura, linha diafragmática de reflexão pleural, 120, 122, 132 plexo braquial, 63–66, 71, 79–81, 116–127, 133–135 plexo caudal dorsal, 318–323 plexo celíaco, 165 plexo coronário, 236–239 plexo intermesentérico, 172, 174 plexo lienal, 159, 161, 163 plexo mesentérico cranial, 175 plexo palmar, plexo parietal, 237–239, 261 plexo pélvico (pelvino), 305 plexo plantar, 258, 261 ponto lacrimal, 35 prega genital, 274, 275 prepúcio, 270, 274, 289–291, 294–298 processo coronoide (mandíbula), 37, 38 processo da uretra, 274, 294–298

processo xifoide do esterno, 131 processo zigomático do frontal, 50–53 púbis, 222–224, 270, 300, 307–317 pulmão, incisura cardíaca direita, 132, 133 incisura cardíaca esquerda, 121, 122 lobo acessório direito, 125, 126 lobo caudal direito, 132, 133 lobo caudal esquerdo, 120–123 lobo cranial direito, 132, 133 lobo cranial esquerdo, 120–123 margem caudal esquerda, 120–123 margem cranial esquerda, 120–123 margem dorsal direita, 132, 133 margem dorsal esquerda, 120–123 pulvino coronário, 236, 237 pulvino digital, 236–239, 260, 261

R rádio, 74, 75, 77, 82, 94, 95, 325, 336, 337 processo estiloide lateral, 86, 88, 98, 325 processo estiloide medial, 82, 86, 88, 97–102, 228, 231 tuberosidade lateral, 58, 74, 76, 87, 88 rafe do períneo, 295, 299 recesso costodiafragmático, 122 recesso costomediastinal, 133, 141 recesso faríngeo, 53 rede cárpica dorsal, 93, 98 região perineal, 270, 290, 295, 299 retina, 3, 47, 75 retináculo extensor (carpo), 86, 89, 90 retináculo extensor (tarso), 193, 206, 207, 211, 213 retináculo extensor crural (da perna), 193, 206, 207 retináculo extensor tibial, 210–215 retináculo flexor (carpo), 89, 90, 97, 102, 241 retináculo flexor (tarso), 211 reto, 110, 269, 270, 274, 275, 303–312 rim, direito, 168–175 esquerdo, 160–165

S sacro, 188, 202, 279–281, 289, 310, 311, 318–322 seio comunicante, 42, 43 seio conchal, See seio frontal. seio maxilar seio coronário, 138, 139 seio coronário, 139 seio da v. bucal, 14, 36 seio da v. profunda da face, 14, 36 seio da v. transversa da face, 14, 36 seio das veias cavas seio esfenopalatino, See seio paranasal seio frontal, See seio paranasal seio occipital dorsal, 43 seio palatino See seio paranasal seio paranasal, esfenopalatino, 39, 47 frontal, 32, 33, 37–39, 41–44 maxilar, palatino, 28 caudal, 32, 33, 37–39, 46 rostral, 32, 33, 37–39, 46 seio petroso dorsal, 43 seio sagital dorsal, 42, 43 seio temporal, 42, 43 seio transverso, 42, 43

seio uretral, 274 septo nasal, 34, 47–49, 331 mucosa, 47 sulco coronário, 136 sulco interventricular paraconal, 130 sulco interventricular subsinuoso, 138

T talo, 186, 191, 211–214, 221, 244–247, 342 parte lateral da tróclea, 186, 212–214, 342 parte medial da tróclea, 210, 212–214, 244, 246, 247, 342 tarso, articulação tarsocrural, 186, 211–214 articulação tarsometatarsal, 244–247 características superficiais, 191, 244–247 componentes superficiais, 193 ossos, See ossos do tarso retináculo extensor, 207, 210, 212 retináculo flexor, 75, 211, 216 tecido adiposo supraorbital, 40, 50 tendão calcâneo comum, 187, 206–216 tendão pré-púbico, 269, 275, 304 tendão sinfisial (pré-púbico), 278, 283–287, 304–307, 313 testículo, 269, 270, 290–293 tíbia, 342, 343 côndilo lateral, 189, 190, 195, 272 crista, 189, 193 maléolo lateral, 186, 193, 212–214 maléolo medial, 191, 193, 212–214, 262, 263 sulco do extensor, 189, 190, 272 tuberosidade, 186, 189, 193–195, 197, 215 timo, 121–126, 132–137 toro cárpico, 231 See also castanha toro metatársico (ergot), 241, 245, 264 toro társico, See castanha

traqueia, 3, 27, 56, 57, 62–71, 110, 127, 133–136, 332 trígono femoral, 291 tronco, t. bicarótico, 124, 134, 138 t. braquiocefálico, 4, 13, 130, 136–139 t. costocervical, 4, 15, 134–138 t. linguofacial, 27, 28 t. massetérico, 14 t. pudendoepigástrico, 222–224, 284, 304 t. pulmonar, 123–130, 138, 139 t. simpático, 30, 123–127, 134, 138, 172–176 t. traqueal, 62, 64, 121–123 t. vagal dorsal, 126–130, 158, 163, 168, 180 t. vagal ventral, 126–130, 158, 163, 168, 180 t. vagossimpático, 27–30, 62–64, 125, 126, 133 tuba auditiva (óstio da), lábio medial, 47 na parte nasal da faringe, 49 tuba uterina, 177, 300, 301 infundíbulo, 300, 301 túber da coxa, See ílio túber isquiático, See ísquio túber sacral, See ílio tubérculo intervenoso, 137, 138 túnica albugínea (testículo), 290, 291 túnica dartos, See escroto túnica flava do abdome

túnica flava do abdome, 114–119, 122, 148–151, 192, 196–198, 202, 218, 276, 277, 280, 284–286, 289, 290–291, 301, 304, 306 túnica vaginal, 269, 270, 275, 278, 279, 282–285, 290–293

U ulna, olécrano, 74, 76–78 See also rádio, processo estiloide lateral umbigo, 295 úmero, características superficiais, 76, 112 epicôndilo lateral, 76, 87, 88, 92, 94, 112 epicôndilo medial, 93 sulco do m. braquial, 92 tubérculo maior, 58, 86, 87, 91, 112 tuberosidade deltoide, 58, 76–78, 86, 92, 112 úngula, 226, 234, 236–239, 244–251, 254–261, 266, 268, 325 ureter, 172, 174, 175, 274, 275, 288, 301, 313 uretra pélvica, 313 útero, cérvice, 312 gestante, 178, 179, 181, 300, 301, 309, 310 não gestante, 177

V vagina, 145, 269, 270, 300, 305–312 valva atrioventricular, direita, 136–139 esquerda, 110, 128–130 valva da aorta, 110, 128, 129, 139 valva pulmonar, 110, 128–130 vasos linfáticos eferentes, 133, 134 veia/veias v. alveolar inferior, 25 v. angular do olho, 11, 32 v. axilar, 63, 65, 80, 84, 85 v. ázigos, 135–138, 168–171, 176, 178 v. braquial, 89, 90 v. bucal, 14–19, 36 v. cardíaca magna direita, 136–139 v. cardíaca magna, 128, 130 v. caudal do fêmur, 195, 201, 218, 219 v. cava caudal, 159, 167–175, 274, 275 forame, 129 v. cava cranial, 65, 126, 127, 133, 136–139 v. cefálica acessória, 60, 82, 86, 89, 90 v. cefálica, 65, 78–85, 95–101, 116–127, 133, 134, 240–243 v. circunflexa lateral do fêmur, 203, 204, 205, 224 v. circunflexa medial do fêmur, 196, 200, 201, 224

v. circunflexa profunda do ílio, 179, 181, 192–197, 220–224, 276, 277, 300– 304, 310, 311 v. colateral ulnar, 83–85, 230–243 v. cólica direita, 164 v. coronal, 248, 249 v. costocervical, 127, 128, 135–137 v. da margem solear, 239 v. digital dorsal comum II, 213, 221, 249, 262, 263, 265 v. digital lateral, 232, 233, 240–242, 248–253, 262–265 v. digital medial, 233, 241, 243, 248–255, 262–265 v. digital palmar comum II, 232, 233, 243 v. digital palmar comum III, 233, 240–243 v. digital plantar comum III, 248 See also v. plantar lateral v. dorsal do nariz, 11, 32 v. dorsal do pênis, 206 v. epigástrica caudal, 220, 291, 300, 308, 314 v. epigástrica cranial, 113, 131 v. esfenopalatina, 47 v. esofágica, 178 v. facial, 10–20, 25, 32, 33, 36 v. femoral, 195, 201–204, 218–224, 278–285, 303, 316, 317 v. frênica cranial, 178, 180 v. glútea caudal, 277, 302, 306–311 v. glútea cranial, 302–305, 308–311 v. ileocólica, 168, 176 v. ilíaca comum, 300, 301, 311, 312

v. ilíaca externa, 220, 222–224 v. ilíaca interna, 220, 223, 224 v. iliacofemoral, 277, 278, 280, 302–308 v. intercostal dorsal, 138, 142 v. intercostal, 136, 159, 176 v. interóssea comum, 87, 88, 94 v. jugular externa, 10, 14, 36, 59–68, 78–81, 116–127, 133–135 v. labial comum, 13, 18, 36 v. labial inferior, 18 v. labial superior, 18 v. labial ventral, 307–309, 314 v. lateral do nariz, 32, 36 v. lienal, 159, 163 v. lingual, 25, 28 v. linguofacial, 10–13, 16–24, 27, 36, 59, 61 v. maleolar caudal lateral, 221 v. massetérica ventral, 36 v. massetérica, 36 v. maxilar, 10–20, 24, 25, 36, 61 v. média do clitóris, 313, 314 v. mediana, 83–90, 93–102, 240–243 v. metatársica dorsal II, 212–214, 221, 263–265 v. obturatória, 277, 278–287 v. occipital, 19, 20, 24, 27, 30, 36, 61 v. ovárica, 179, 300, 301 v. palatina maior, 47, 48

v. perfurante do tarso, 212, 217 v. perineal ventral, 219 v. plantar lateral, 212, 213, 221 See also v. digital plantar comum III v. poplítea, 224 v. porta, 172, 174, 175, 179 v. profunda da face, 14, 15, 18, 23, 36, 53 v. profunda do fêmur, 205, 222, 278, 282, 283, 303 v. pudenda externa, 220, 222, 275, 279–289, 302, 303, 316, 317 v. pudenda interna, 197, 201–205, 218, 220, 223, 224, 294, 295 v. pudendoepigástrica, 284, 285, 304 v. pulmonar, 126–130, 160, 168, 170 v. radial, 83, 88–90, 95–102, 240–243 v. safena lateral, 192–195, 206–214, 220–224, 262, 289–291 v. safena medial, 206–214, 224, 262, 263, 314 v. subescapular, 80, 84, 85 v. sublingual, 15–21, 28 v. supraescapular, 79, 80 v. testicular, 290–293 v. tibial caudal, 193, 214, 263 v. tibial cranial, 221 v. torácica externa, 84, 85 v. torácica interna, 148, 149 v. torácica superficial, 78–80, 83–85, 113–115 v. toracodorsal, 80, 84, 85 v. transversa da face, 11–18, 23, 36, 50

v. transversa do cúbito, 86, 88–90, 94 v. umbilical, 182–184 v. vaginal, 222 v. vertebral, 72 v. vorticosa, 52, 53 vv. circunflexas do pênis, 279, 281–289 vv. dorsais do cérebro, 42 ventrículo, direito, 130, 135–139 esquerdo, 126–130, 136–139 vértebra, caudal, 318–322 cervical, 56, 58 lombar, 146, 271 sacral, 188, 271 torácica, 78, 79, 271 See also atlas, áxis vértebras da cauda, 318–322 vértebras torácicas, 58, 70–72, 78, 79, 149, 271 vilos da aracnoide, 42, 43 vômer, 47–49 vulva (pudendo feminino), 218, 270, 299, 307