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Portuguese Pages 175 [177] Year 1978
O
MUNDO
DA
ARTE
ANTIGUIDADE CLASSICA P
DONALD Diretor Museu
E. STRONG de
do Departamento Br itãânico ; Londres
o
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BRASIL
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A
Q
ENCYCLOPAEDIA
Ant igui dades
Grega
e
Romana
-
a
BRITANNICA
PUBLICAÇÕES
LTDA.
do
Arte
da
Mundo
O
PLANO GERAL DA OBRA Dr.
Diretor do
Lommel,
Andreas
MUNDO ANTIGO Professor Giovanni
do
Garbini,
Museu
de Etnologia
ANTIGUIDADE CLÁSSICA Dr. Donald Strong, Diretor-Assistente do Departamento e Romana
do
Oriente
do
Estudos
de
Instituto
de Munique
Próximo,
Roma
de
Universidade
PRIMITIVA
E
PRÉ-HISTÓRICA
A ARTE
Museu
Britânico,
de Antiguidades Grega
Londres
CRISTANDADE CLÁSSICA E BIZANTINA Professor Jean Lassus, do Instituto de Arte e Arqueologia,
Paris
Sorbonne,
MUNDO ISLÂMICO Dr. Ernst J. Grube, Diretor do Departamento Islâmico, Museu York
Metropolitano de Arte, Nova
MUNDO ORIENTAL Jeannine Auboyer, Diretora do Museu Guimet, Paris Dr. Roger Goepper, Diretor do Museu de Antiguidades
do
Extremo
Oriente,
Colônia
MUNDO MEDIEVAL Peter Kidson, do Instituto O RENASCIMENTO Andrew Martindale,
Catedrático
de East Anglia
Universidade
O
Courtauld
de
Instituto
Courtauld
ARTE MODERNA Norbert Lyton, Gerais,
da
de História
Catedrático
Kitson,
de
Diretor
Escola
do Departamento de
Arte,
1966, THE HAMLYN COPYRIGHT, PLANEJAMENTO GERAL DA OBRA: REVISÃO ORTOGRÁFICA: 1978
Edição
em
língua
da Arte,
do
Londres
Arte,
Chelsea
Londres
de Belas Artes,
Escola
da
BARROCO
Michael
Arte,
de Arte
Histórica
e Estudos
Londres
PUBLISHING GROUP LIMITED TREWIN COPPLESTONE E BERNARD
S. MYERS
portuguesa
— Supervisão Técnica: Aracy Abreu do Amaral e José Roberto Teixeira Leite E Revisão do Texto: Milton Pinto, Roberto Mello, Vanede Nobre e Joaquim Gonçálvez Pereira M Tradutores: Álvaro Cabral, Áurea Weissenberg, Donaldson Garschagen, Henrique Benevides, Lélia Contijo Soares, Sílvia Jambeiro e Vera N. Pedroso E Produção Editorial: EXPED — Expansão Editorial E Composição, Impressão e Acabamento: AGGS — Indústrias Gráficas S.A.
Páginas
da da
anteriores;
parte sul do página 66.
Detalhe
Parthenon.
do
Veja
frontispício
figura
23
Indice S
Introdução
Objetivo
O Caráter da Arte Grega
A
LO
Resumo
12
A
Histórico
Idade
do
Arte
Grega
e os
Deste
Livro —
Nosso
Conhecimento
Arte
Clássica.
O Desenvolvimento da Civilização — O Mundo Helenístico — A
A Idade do Bronze e a Grécia Antiga — Origens da Arte Cretense — Os Palácios de Creta — Palácios Tardios — Pintura Mural Cretense — A Escultura Cretense — A Pintura Cretense Tardia — Os Primórdios da Idade do Bronze na Grécia — Os
Túmulos
lácios
da
Sobre
Romanos.
Creta na Idade do Bronze — Os Gregos de Micenas — Grega — A Expansão Grega — As Cidades-Estados Ascensão de Roma.
Bronze
Os Primórdios Arte Grega
e Intenção
de
Lajes
e Tumbas
—
Levantadas
Arte
de
Cretense
Micenas
e Arte
—
As
Micênica
Cidadelas
—
do
Declínio
Mundo
do
Micênico
Mundo
—
Micênico.
Pa-
As Eras das Trevas — O Aparecimento de Uma Nova Arte — O Estilo Geométrico — As Origens da Escultura Grega — Primeiras Edificações Gregas — Os Gregos e o Oriente — Primórdios da Escultura Monumental — História Inicial da Arquitetura Grega — A Decoração dos Edifícios — A Arte do Século VI — Pintura em Vasos Atenienses — Figura-Negra e Figura-Vermelha — A Escultura do Século VI — O Kouros e a Kore — A Grécia Jônica — A Escultura Arquitetônica do Século VI — As Realizações da Arte Grega Arcaica.
61
A Arte das Cidades-Estados
A Revolução na Arte Grega — O Grande Artista do Século V — O Templo de Zeus em Olímpia — Atenas sob Péricles — As Esculturas do Parthenon — Policleto e a Escultura Atlética — O Desenvolvimento da Pintura — A Arquitetura nas Cidades-Estados — A Acrópole de Atenas — As Realizações do Século V — Guerra do Peloponeso — Relevos Tumulares Atenienses — A Escultura do Século IV — Escopas e Praxíteles — O Retrato no Século IV — Lisipo de Sicião — O Desenvolvimento da Pintura Ilusionística — O Mosaico de Alexandre — Novas Formas na Arquitetura.
/6
O
Helenístico
Caráter Complexo da Arte Helenística — Nosso Conhecimento Sobre a Arte Helenística — A Arte Helenística e os Romanos — A Escultura Figurativa Helenística — A Escultura Helenística de Grupos — Realismo e Retrato — A Escultura em Relevo — O Friso da Gigantomaquia de Pérgamo — A Escola Neo-Ática — “Objets d'Art” Helenísticos — O Desenvolvimento da Pintura — As Cópias Romanas de Pinturas Helenísticas — A Decoração Mural Helenística — As Paisagens da Odisséia —- A Pintura Arquitetônica — A Vila dos Mistérios — Os Mosaicos do Século I aC. — Arquitetura e Planejamento Urbano Helenístico — Pérgamo sob os Atálidas — Novos Métodos de Construção — O Tratamento das Ordens — A Arte Helenística.
Gregos Fora
As Exportações Gregas — Artistas Gregos no Exterior — A Influência das Artes Helênicas no Exterior — A Arte Grega e os Etruscos — A Arte Etrusca e o Problema de Suas Origens — O Desenvolvimento do Poder Etrusco — Roma e a Etrúria — Os
105
Mundo
Artistas
do Mundo
Arte
131
O
Grego
dos Etruscos
Império
e a
Romano
Vilanovenses — A Fase Orientalizante — Período Inicial da Escultura Etrusca — Esculturas em Terracota da Etrúria Meridional — Esculturas Etruscas dos Séculos V e IV acl.
—. A Escultura Helenística na Itália Central — A Pintura das Tumbas Etruscas — A Pintura Primitiva — As Tumbas Primitivas de Tarquínia — Pinturas de Fases Posteriores — Pintura e Desenho em Vasos do Século IV — A Arquitetura Etrusca e os Romanos — Desenho e Decoração de Templos —- Métodos de Construção — Ainda sobre Roma e a Etrúria.
O Gosto Romano pela Arte Grega — As Tradições da República Romana — Relevos Corhemorativos Romanos — A Arquitetura Republicana — A Fundação do Império — A Ara Pacis em Roma — O Desenvolvimento do Relevo Histórico — A Retratística da Arquitetura Romana — A Pintura Decorativa e a Propaganda — As Realizações Romana — O Gosto Privado Romano sob o Império — Os Sarcófagos Romanos — A Arte Romana nas Províncias e Além — O Declínio da Tradição Clássica — A
Arquitetura Romana Tardia — Novas Tendências na Escultura de cófagos Tardios — Os Retratos do Império Tardio — As Pinturas Arte
Pagã
e Arte
Cristã,
Relevo — Os Sar. das Catacumbas —
das
O
=
OA
A
É
to
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ma
Índice
ál
10 11 12 13 14 [5 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 21 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 e 42
43
e
45 46 47 48 49 50 51 51 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 65
Cabeça cicládica antiga Vaso de Festo Relevo pintado de cabeça de touro de Cnossos Lírios brancos em um jardim Afresco-miniatura de olivais e dançarinas de Cnossos Pintura de peixe voador de Milo Vaso com desenho de polvo A sala do trono de Cnossos Ríton com cabeça de touro, de Cnossos A deusa das serpentes Palácio de Cnossos Jarro do estilo palaciano de Cnossos Figuras minóicas de deusas ou devotas de Gazzi Sarcófago da Hágia Triada Cabeça de mulher de Tirinto Lâmina de adaga de bronze Vista da cidadela de Micenas O vaso do guerreiro Alicerces das construções palacianas em Tirinto As muralhas de Tirinto Cratera heládica de Chipre
Ânfora protogeométrica Cena de funeral Homem centauro Vaso coríntio Cabeça de grifo Vaso para misturar água e vinho Pintor Nessos. Górgona correndo Apolo de Mânticlos Detalhe de jarro de armazenagem Leoa atacando touro O monstro de três corpos
Kore
nº
a Cores
IHustrações
de
Tebas
679
Kouros de bronze do Pireu O conviva de banquete O cavaleiro Rampin
Exequias, vaso ático de figura negra O “Templo de Netuno”, em Peasto Parte do friso do Tesouro de Sifnos, Delfos Aristocles. Estela de Aristion A cratera de Vix e um detalhe do friso Pintor de Andócides. Anfora “bilingue” Relevo do Palácio de Persépolis Jovem de Crítios Pintor Cleofrades. Teseu matando o minotauro Pintor de Pentesiléia. A morte de Pentesiléia Acrópole de Atenas, vista do Sudoeste Pórtico de Cariátides do Erecteum Estátua de Zeus, o Poseidon, do Cabo Artemesion Figura reclinada de divindade fluvial Pintor de Aquiles Alexandre de Atenas. Jogo de Prendas
Pintor de Peleu. A musa Terpsícore
Cena do friso da balaustrada do Templo de Nike Pintor de Meidias. O rapto de Leucípidas Cena de vaso terentino Pintor do Ciclope. Anfora lucânia primitiva Cabeça com elmo, de Tegéia Base de coluna de um templo de Ártemis em Éfeso. Estátua de um jovem de Antikythera Laje do friso das amazonas do Mausoléu Teatro em Epidauro Estátua de Mausolo
17 18 19 20 21 22 22 23 24 25 25 26 27 27 28 29 29 30 30 31 32 41 42 43 44 As 47 48 49 50 50 51 51 52 s2 53 54 54 55 55 56 81 81 82 83 84 84 85 85 86 87 87 88 88 89 89 90 90 91 92 92 93
67 66 e 68 69 10 71
72 73 74 75 76 7 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 433 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128
de de
Mosaico Mosaico
de
Cabeça
94 94, 95
pedra de Pela Alexandre e detalhe
95
berbere
A Stoa de Átales, Atenas Grupo de Atena, do friso do Grande Pérgamo
Altar em
96 96
ornamentado
105
Farnese
108
Diadema
Assunto para conversa Afrodite, Pan, Eros Vaso em forma de cabeça Tetradracma de Antimaco da Báctria Cabeça-retrato de um cidadão de Delos
105 106 106 106 107
Mural de Pompéia Paisagem da Odisséia
108 109
A
Tazza
Mural
uma
de
villa
em
109
Boseoreale
Dioscúrides de Samos. Músicos Pombas em torno de uma salva Figura de mulher sentada, de Cerveteri Bracelete de Preneste Ornamento
etrusco da tumba
Barberini, Preneste
Copa com esfinges, da tumba Bernardini, Preneste A emboscada de Troilo Corrida de bigas O cegamento de Polifemo Músicos da Tumba dos Leopardos Conviva etrusco em banquete Apolo de Veio Pintor de Nazzano. Taça Banquete fúnebre etrusco Sarcófago das amazonas de Tarquínia Retrato
de
Velia
Mosaico
da cúpula
de Santa
Costanza
120
146 146 147
Foro Romano Busto de cidadão romano Estátua equestre de Marco
Basílica de Constantino, Roma Nereidas e monstros marinhos
113 114 114 115 116 116 117 118 119 119
145 145 146
Pompéia
Aurélio Bodhisattva da Escola Gandhara, Índia Busto de mulher de Palmira Retrato romano de homem, de múmia A entrada do palácio de Diocleciano em Termas de Caracala, Roma Tetrarcas de S. Marcos, Veneza
112, 113
137 138 138 139 140 140 141 141 142 142 142 143 143 143 144 145
O orador Retrato de homem com barba Cabeça de um jovem de Fiesole Cabeça de romano do início do Império O Imperador Augusto A Maison Carrée em Nimes Ártemis Efésia Crítios de Atenas. Mitra matando o touro Jarro policrômico Estatueta de moça Mural da Vila de Lívia O cavalo de Tróia Teseu triunfante Perseu salvando Andrômeda O Foro de Augusto Coliseu de Roma
Mural da Casa dos Vettii, Teatro em Orange Aqueduto de Niímes
110 110 111 112
Split
148 148 149 150 150 150 151 152 152
Ca beça
de
Apolo,
Museu
Olimpia , Gr écia. a
Introdução É mais fácil visualizar uma
do que
Os números colocados nas margens referem-se às ilustrações: em negrito para as ilustrações a cores, em itálico para as
em
estátua ou
obras de arte de qualquer
um
templo
outra época,
grego
e a própria
familiaridade dificulta a apreciação da magnitude das realizações gregas. Precisamos recordar constantemente que toram os gregos quem descobriram os métodos de representar o homem e a natureza na escultura e pintura que nós aceitamos como naturais, e que, muitas vezes, quando observamos na história da arte grega algum passo vital para a compreensão do corpo humano, das regras da perspectiva, do modelado na cor etc., estamos observando algo que ocorre pela primeira vez. ALCANCE
E
JBJETIVO
DESTE
VOLUME
A palavra “clássico” tem diversos significados. No título desta obra significa, em termos gerais, grego e romano, um de seus sentidos mais universalmente aceitos. Mas quando falamos de arte clássica entendemos muito mais do que a produção artística dos gregos e romanos. Os gregos do séc. V acreditavam que as mais elevadas aspirações do espírito podiam ser expressadas numa perfeição da forma humana baseada na harmonia e proporção; que humanidade perfeita implica a perfeição de uma ordem universal. O espírito clássico e a tradição clássica na arte perduraram enquanto este ideal, esta crença fundamental na humanidade, permaneceu a fonte de inspiração, e todos os renascimentos clássicos têm procurado recapturar este ideal. O presente livro trata de um longo período de tempo: três mil anos, do terceiro milênio a.C. ao séc. IV d.C. Seu tema é a origem e o desenvolvimento da arte grega e a difusão da tradição helênica. Cada porção deste longo período traz a sua contribuição. Existem, naturalmente, épocas em que o estímulo criativo era mais forte, mas do ponto de vista da arte ocidental, e mesmo da civilização do ocidente, todo o desenvolvimento da tradição clás-
sica, desde seus inícios até o final da época romana, é de vital importância, Este livro encerra-se no séc. IV d.C. não porque a tradição clássica estivesse morta mas porque a fé cristã, enquanto continuou a inspirar-se nas tradições artísticas pagãs, introduziu na arte conceitos fundamental-
mente diferentes de verdade e beleza. Este livro pretende oferecer um apanhado geral da arte clássica em termos da história da época e, explicando as circunstâncias em que tal arte“foi produzida, fornecer uma base para sua compreensão. Uma história da arte não precisa, € não deve, julgar. Nem oferecer conceitos objetivos de julgamento. Pode, porém, desencorajar falsos valores en-
fatizando as diferentes metas e ideais das diversas épocas, e as circunstâncias em que as obras foram produzidas. A arte dos gregos do séc. VIII parece, à primeira vista,
revelar uma evolução aparentemente simples, lógica e até mevitável para o naturalismo. Parece fácil dividir em períiodos de preparação, grande realização e declínio; há quem considere uma estátua arcaica menos desenvolvida ec portanto inferior a uma figura do séc. V. As esculturas do grande templo de Zeus em Olímpia foram definidas como maior
toscas, o grupo de Laocoonte foi considerado a escultura de toda a antiguidade. Muitos julgamentos
preto
e branco.
dessa espécie, válidos ou não, são feitos na de todo o desenvolvimento da arte clássica. NOSSO
CONHECIMENTO
DA ARTE
ignorância
CLÁSSICA
Somente a partir do séc. XIX foi possível elaborar um quadro razoavelmente completo da arte clássica. Com o esfacelamento do mundo antigo, a maior parte das obrasprimas de pintura e escultura foram perdidas e nunca serão recuperadas. Bronzes foram fundidos, quadros destruídos, esculturas de mármore queimadas para limo; os grandes edifícios sobreviveram só porque tinham utilidade prática. Um milênio mais tarde a Renascença italiana inspirou-se na arte antiga e começou a estudá-la. Artistas e escritores julgaram toda a antiguidade excelente e perfeita, mas a arte clássica de que tinham conhecimento não era mais do que uma pequena parte do todo, e sem os antecedentes gregos não podiam julgar o valor, e muito menos a originalidade, das obras romanas que conheciam. No séc. XVIII o estudo científico da arte clássica foi mspirado pelo grande Winckelmann, mas ele não conhecia nenhuma obra-prima grega autêntica, nenhuma obra do período arcaico, e ainda não dominava a segiiência cronológica das peças conservadas. Hoje, poucos estariam de acordo com os elogios incondicionais que ele fez às primeiras estátuas recuperadas da cidade enterrada de Herculano em 1711, e poucos aceitariam a opinião de seu contemporâneo, o Marquês Venuti, sobre uma pintura de Teseu e o Minotauro, de Pompéia, que julgou “a coisa mais linda do mundo, muito mais bonita do que o trabalho de Rafael”. Os mármores, como hoje sabemos, eram cópias perfeitas de obras gregas, e as pinturas murais eram feitas por artífices inspirados por obras-primas do passado. Não podemos compartilhar essa admiração total do séc. XVIII pelas escolas greco-romanas, pois a partir do séc. XIX a escavação dos locais gregos tem proporcionado um quadro mais completo do desenvolvimento da arte e da arquitetura no mundo clássico. E, contudo, é preciso recordar que esse quadro continua apresentando lacunas. A realidade é que possuímos apenas duas ou três obras de escultores famosos na antiguidade, e não conhecemos uma única pintura famosa. É verdade que sabemos alguma coisa a seu respeito por intermédio das cópias romanas, mas a cópia nunca pode substituir o original. Existem ainda períodos sobre os quais temos pouca infor-
mação, sendo remota a perspectiva de alterar-se a situação.
Depois de Pompéia, por exemplo, há poucos remanescentes da pintura decorativa romana. Novas descobertas, naturalmente, continuam vindo à tona, e servirão para ampliar o nosso conhecimento atual.
O Caráter da Arte Grega A arte na vida dos gregos, pelo menos até a época hele-
“obra-primas” famosas e pagavam fortunas por gregas. Duas tradições distintas começaram a se uma tradição viva, que leva adiante a história clássica, abordando novos problemas e temas
nística, tinha uma posição muito diferente daquela que ocupa hoje. A arte grega, desde seus primórdios, sempre
teve
uma
função
prática,
fôsse
de
ornamentar
os
templos
dus Heuses. OM enfeitar um jarro. Em todos os níveis o artista era considerado um membro útil da sociedade, respeitado por sua habilidade artesanal. A arte era uma atividade inteiramente profissional, no melhor sentido da palavra, e como mantinha um nível artesanal geralmente elevado, a arte grega parece produzir em larga escala
volvendo
nal num vaso, uma figura maravilhosa num espelho de vidro. O artesão era submetido a longo aprendizado na oficina do mestre, e isso, sem dúvida, explica em parte o caráter intensamente conservador da arte grega como na escultura,
temas
o fato de um número limitado de
pintura e arquitetura ter sofrido rela-
tivamente poucas modificações durante um longo período. Mas embora, como nos recordam frequentemente, os
grego não tivessem uma palavra para “arte” em oposição a “artesanato”, sabiam que a grande arte é muito mais do que um notável exemplo de habilidade técnica, e que deve sua grandeza à força criadora do artista. Dizia-se que o escultor Fídias, com suas estátuas dos deuses do Olimpo, acrescentara algo à religião olímpica; Policleto teria incorporado a própria Arte às suas estátuas de homens. No séc. Va. C. acreditava-se que a finalidade da arte era didática, era criar formas perfeitas de homens e deuses, ilustrar Os temas nobres que expressavam o triunfo da civilização grega sobre os bárbaros. O mundo antigo acreditava que os ideais gregos, baseados no conceito da forma perfeita, tivessem sido plenamente realizados na segunda metade o maior dos 20 do séc. V a. C. O Parthenon era certamente revetemplos dóricos; o trabalho dos escultores do séc. V na ideais natur eza e form a da perfe ita lava a harmonia representação da figura humana. moO séc. IV, e o período helenístico que se seguiu, tempo dificou todo o caráter da arte grega. Ao mesmo do séc. V, ideal do inati ngíve l perfe a ição reco nheceu que que haviam arte da aspec tos para atenç ão sua voltou foi por anter ior, arte a criti cou Se sido negligenciados. sua
falta
de
variedade,
e
buscou
inspiração
em
toda
a
que temas elabo rar à come çou natureza e humanidade, ou nunca ignor ados deli bera dame ou nte antes haviam sido Te do apar ecim O ento anter ior. perío do aproximados no nova evolução, dessa exem plo elogi iente mais o trato é
de gêner os os todos à orig em deu mas o período também
pintura
e escultura hoje incorporados
à tradição
artistica
Ás técni cas. das dese nvol vime nto pleno do Ocidente, e ao amviaja r artis ta ao perm itia m condições da época, que através do
plamente
e ser empregado
por patronos
técnicas,
e uma
que se volta diretamente para como fonte de inspiração.
obras de grande habilidade, certa e, mente , obras -prim as num plano relativamente simples — um desenho excepcio-
um todo, bem como
novas
ricos
vasto mundo grego, proporcionaram novas oportunidades passado pelo respe ito O técni cas. e idéia s de difus ão para a de “obra
moderno também deu origem ao nosso conceito por meno s respe itada é que obra de de arte”, ou seja, oa fama. e belez a sua por que razões práticas do OS Teis E helên icos; TEIS OS entre gêner o do mos coleções de cópia s enco mend avam al. II sécul o Pérgamo no
tradição
a arte dos
pinturas formar; da arte e desen-
“classicizante”,
sécs.
V e IV
A ARTE GREGA E OS ROMANOS Os romanos do séc. II a.C. herdaram o patrimônio artístico dos reis helenísticos. À medida que crescia seu entusiasmo pela arte grega, duas tradições estabeleceramse claramente. Por um lado, como connoisseurs do antigo, colecionavam originais das obras-primas famosas e encorajavam novas e prósperas escolas de copistas; neste sentido não exigiam nada de novo, apenas obras ecléticas que combinavam os aspectos mais populares de uma série de escolas favorecidas pelo gosto da época. Por outro lado, como os reis helênicos, tornavam-se patronos dos artistas e artesões gregos que esculpiam estátuas, pintavam e erguiam edificações em Roma e na Itália. No início o patrocínio trazia uma certa culpa, expressa na atitude de romanos da velha escola como Marcus Porcius Cato, o Censor, que liderou o ataque ao luxo e gosto pelas coisas gregas. Mas sob o Imperador Augusto realizou-se a aproximação total entre as idéias romanas e a arte grega. Assim como a Eneida, de Vergílio, é uma epopéia romana apesar da inspiração grega, a Ara Pacis é um monumento romano, embora seus escultores e muito de seu estilo sejam gregos.
A opção dos romanos filelenos garantiu a sobrevivência da tradição artística grega durante todo o Império. Também não deve ser subestimada a contribuição romana ao desenvolvimento e evolução daquela tradição. Reconhecemos ser aos romanos que devemos não só grande parte
de
nosso
conhecimento
da
arte
grega,
mas
a cria-
ção de uma “tradição clássica” na arte. As construções e monumentos esculpidos do Império são muito diferentes dos
gregos,
mas
fazem
criativo
uso
de
temas
gregos
e,
ao menos até o final do séc. II d.C., os romanos conservaram profundo respeito pela forma grega na escultura e na pintura. Desde o início notamos importantes diferenças de gosto entre gregos e romanos, € à medida que o Império cresce aparecem novas idéias, religiosas e artísticas, que são diretamente opostas às clássicas. O conflito entre formas clássicas e anticlássicas de arte representativa no Império Tardio constitui um estudo fascinante. O anticlássico triunfa no estilo bizantino, mas O triunfar irá e inspiração de fonte como sobrevive clássico novamente
na
civilização
do
Renascimento
italiano.
Histórico
Resumo CRETA
NA
IDADE
DO
A primeira civilização a surgir no mundo grego nasceu na Creta minóica, a Creta do lendário Rei Minos, cuja redescoberta é uma realização do nosso século. O co-
nhecimento
Próximo, floresceu
dos
metais,
possibilitou do terceiro
chegando
ao
Egeu
do
Oriente
o surgimento dessa civilização milênio a.C. até c. 1400 a.C.
que Por
volta de 2000 a.C. os senhores das cidades minóicas construiram grandes palácios em várias partes da ilha, dos quais o mais conhecido é o grande palácio de Minos, em Cnossos. Sua riqueza e prosperidade forneceram os recursos para financiar construções monumentais e rea-
lizações
artísticas,
destacando-se
a pintura
cromática
de-
corativa, a escultura em pequena escala, viva e naturalista, e o refinado trabalho de gravação de pedras preciosas e metais valiosos. OS
GREGOS
DE
MICENAS
Quase ao mesmo tempo em que truídos em Creta, os primeiros
chegavam
ao
continente.
Por
os palácios eram conspovos de língua grega
volta
de
1600
a.C.
eles,
também, haviam se tornado ricos e poderosos; a primeira manifestação daquilo que chamamos cultura micênica aparece nos aparatos funerários dos chamados Túmulos de Lajes Levantadas de Micenas, descobertas por Schliemann no final do séc. XIX. A civilização micênica era muito diferente da cretense. Os locais micênicos eram cidadelas
fortificadas governadas por senhores feudais. Sua arquite-
tura tinha pouco em comum com a de seus vizinhos cretenses, mas para pintura e escultura os micênicos recorriam a Creta. Os artistas cretenses decoravam seus palácios, faziam vasos e outros objetos de luxo. Por volta de 1400 a.C., ao que parece, os micênicos haviam conquistado Creta, usurpado seu poder no Egeu e afirmado sua influência em todo o Mediterrâneo. Durante a época mais próspera do poder micênico, de 1400 a 1200 a.C., as tendências de sua arte e certas formas artísticas específicas parecem ter ligação indiscutível com a arte grega posterior. Existem elos definidos entre os desenhos arquitetônicos micênicos tardios e as construções da Grécia clássica, e talvez indicações do surgimento de novas idéias artísticas na pintura e escultura. Mas tudo isso foi interrompido pelo colapso do mundo micênico no séc. XII, e seguiu-se um período de pobreza e obscuridade conhecido como a Idade das Trevas grega.
O DESENVOLVIMENTO
DA CIVILIZAÇÃO GREGA
Durante o período de obscuridade o mundo histórico grego tomou forma. A destruição das cidades e cidadelas micênicas está associada a uma invasão por outros povos de língua grega — a invasão dórica. Esta invasão, que destruiu a cultura micênica, também propiciou a migração em larga escala de gregos do continente à Ásia Menor, onde fundaram cidades e estabeleceram as bases da colonização grega do outro lado do Egeu, Embora todas as artes
de
luxo
tradição de cerâmica decorada prosseguiu, e constitui nosso principal documento histórico da época. O estilo protogeométrico de decoração em cerâmica parece ter surgido em Atenas por volta de 1000 a.C., e caracteriza-se
BRONZE
tenham
cessado
na
Idade
das
Trevas,
a
pela
ornamentação
abstrata,
composta
de motivos
geomé-
tricos cuidadosamente organizados, formando desenvolvimento subsegiiente da arte grega.
a base
ao
grego
Quando fim,
o sistema feudal do mundo
as divisões
geográficas
maram-se, dando lugar nome de cidade-estado,
do
do
micênico chegou
continente
fir-
à comunidade a que damos o e que os gregos chamavam de
pólis, centro urbano controlando arredores rurais limitados pelas montanhas e elevações que dividem o território.
A monarquia foi substituída pela aristocracia, e quando os gregos aparecem na história todas as características
básicas da vida helênica estão presentes. As ligações com
o mundo micênico são profundas. A epopéia grega, que seria a principal fonte de inspiração da arte grega, veio se desenvolvendo através dos séculos, e a religião olímpica
foi formada como a religião comunal das cidades-estados. No séc. VIII a.C., as cidades-estados gregas, governa-
das por aristocracias hereditárias, haviam recuperado muito de sua prosperidade; iniciou-se período de expansão comercial e colonização do Mediterrâneo. Com o aumento da riqueza e a crescente prosperidade foram empreendidas as primeiras tentativas de arte monumental: os enor-
mes vasos funerários do estilo geométrico desenvolvido em Atenas, o movimento pela construção de templos e, logo, a confecção de grandes estátuas de culto. No estilo geométrico tardio a figura humana tornou-se novamente
parte do repertório da arte representativa, e há cenas nar-
rativas que parecem inspiradas na epopéia homérica, temas
perenes na história da arte clássica. A partir de então o desenvolvimento da arte clássica é claro e contínuo. A
EXPANSÃO
GREGA
Este desenvolvimento é fortemente condicionado pelas circunstâncias históricas. No séc. VII, o comércio e colonização gregos puseram as cidades-estados em contato com as antigas civilizações do Oriente. No Egito, os gregos viram os gigantescos templos e as imagens de culto dos faraós, e suas primeiras estátuas maiores foram inspiradas nesses modelos. A influência da arte oriental foi tão acentuada durante esse período que a fase da arte grega que segue o geométrico dos sécs. IX e VIII é geralmente denominada “orientalizante”. Mas os temas orientais não foram apenas assimilados à arte grega; foram adaptados a uma tradição viva e em pleno desenvolvimento.
A prosperidade comercial criou problemas para as aristocracias que governavam as cidades gregas. Produziu uma classe de comerciantes abastados importantes para o
bem-estar do Estado, mas sem voz ativa no governo; o lavrador-camponês também estava insatisfeito. Criaram-se
assim condições para a ação revolucionária que eclodiu na maioria das cidades-estados durante o séc. VI. Durante o início do período arcaico os aristocratas eram os principais patronos das artes; no período revolucionário foram substituídos pelos “tiranos”, indivíduos geralmente
da classe dos mercadores que subiam ao poder como de-
fensores dos elementos
Atenas
de
Psistrato
insatisfeitos nas cidades-estados
(um
dos
tiranos
mais
famosos)
A
ds
rica, alegre, colorida; a corte deste tirano estimu lava as realizações artísticas, fornecendo condições que só iremos encontrar novamente entre os reis helênicos. AS
CIDADES-ESTADOS
A tirania foi seguida
forma de democracia
em
muitas
cidades-estados
semelhante à que governou
por uma
Atenas
durante sua época de grandeza no séc. V. A democracia ateniense foi estabelecida no séc. VI, e foi sob esta forma de governo que contribuiu para o esforço concertado das cidades-estados contra as invasões persas. O resultado
aumentou enormemente seu prestígio e deu-lhe a liderança da liga formada para proteger as cidades gregas, sobretudo as da costa
asiática
persa. As Guerras
e as ilhas
Médicas
do
também
Egeu
contra
favoreceram
o poder
o rom-
pimento total com as tradições da arte arcaica. Não existe maior contraste do que entre a beleza decorativa das figuras de donzelas dedicadas à Acrópole nos últimos anos do séc, VI e a severidade da figura feminina esculpida nos anos que se seguiram à guerra. Os ideais das autoconfiantes cidades-estados, agora principais patronos das artes, encontram sua maior expressão nos ambiciosos projetos de construção de Péricles, na Acrópole. A Guerra do Peloponeso destruiu as cidades-estados, rompendo seu vigor político, minando sua fé nos velhos deuses, encorajando o individualismo e o luxo. Enquanto a arte do séc. V parece a expressão da sociedade em que foi criada,
e o artista um
servidor voluntário
de sua vida
social e religiosa, as metas e ideais do séc. IV são menos definidos. A perfeição limitada da forma ideal alcançada no séc. V já não satisfaz, a religião olímpica deixa de inspirar. Os deuses de Praxíteles despem sua majestade e transformam-se em criaturas elegantes e humanas. O individualismo crescente reflete-se nos retratos, cuja popularidade aumenta. O declínio econômico das cidades-estado fora trabalho procurar a gregos artistas mais leva dos país entre os bárbaros abastados à beira de seu mundo. O artista já não trabalha para as pequenas comunidades da Grécia, mas viaja intensamente. Sua posição indepen-
dente é aos poucos reconhecida pelos patronos. Embora
as obras de arte de maior envergadura fossem ainda em prograndes poucos estado, pelo financiadas grande parte jetos de construção foram realizados na própria Grécia. O
MUNDO
HELENÍSTICO
a, ni dô ce Ma da o in re o , IV c. sé A partir de meados do ntro da ce O e -s ou rn to e, dr an ex Al o lh fi u lipe e se sob Fi
sde da ci s da r de lí mo co iu rg su a i n ô d e c a cultura grega. A M estados,
contra
a vontade
da
maioria
e as conquistas de
za li vi ci à es nt zo ri ho s vo no m ra Alexandre no Oriente abri a coseg gr a ur lt cu a um de e dr an ção prega. O sonho de Alex cessu us se de o d n u m O s ma mopolita nunca se realizou, egos
gr s do o e a qu it do ol op sm co is ma o it mu a er s re so s do e a, ri Sí na , as id uc lê se s do Os novos reinos clássicos.
ptolomeus,
no
Egito,
foram
fundados
em
terras
orientais
- € havia soberanos semi-helenizados até na Índia. A arte helenística deve muitas de suas características a essa nova conjuntura. A arte é novamente colocada a serviço de patronos particulares, e em consequência desliga-se da vida religiosa e política. Importantes acontecimentos políti-
cos podem ainda inspirar projetos artísticos grandiosos, mas de modo geral os temas preferidos pelos artistas são seculares e muitas vezes pessoais, seguem seus próprios caminhos, desenvolvendo novas técnicas, procurando matéria entre todas as raças e idades e explorando todas as emoções.
A ASCENSÃO
DE
ROMA
No séc. II a.C., Roma já dominava a maior parte da península itálica. A derrota de Cartago na segunda Guerra
Púnica aproximou-a cada vez mais dos reinos helenísticos que conquistou um a um. Na época de Augusto o
Império
Romano
estendia-se da Espanha
à Síria e era
controlado por um sistema uniforme de governos que durou 300 anos. Na história da arte, o fato de Roma ter
se entusiasmado pela arte grega é de fundamental importância. As colônias gregas no Sul da Itália e na Sicília, e
o
gosto
fileleno
dos
etruscos,
já
haviam
lançado
as
bases para a expansão da cultura grega; e o Império Romano, apoiado num governo forte, difundiu-a por Tegiões da Europa que ainda não haviam sofrido sua influência. Transformou o mundo civilizado em algo semelhante ao sonho de Alexandre de uma cultura grega cosmopolita. Os romanos garantiram a sobrevivência da tradição grega, e a prova da força daquela tradição está no fato de que o cristianismo, surgido entre os judeus da Palestina
romana,
desenvolvido
sob
a influência
do
mis-
ticismo oriental, e protestando violentamente contra os ideais pagãos, tenha mesmo assim continuado a inspirar-se na arte pagã.
A
Idade do Bronze
A Idade do Bronze arte
grega
consideração.
e
nem
muitos
sempre é incluída nos livros sobre autores
recusam-se
a
tomá-la
em
A arte da Creta minóica parece, à primeira
vista, tão alheia aquela dos gregos históricos que o recente conceito de que “a arte pictórica européia começa com Minos” parece indefensável. Pelo momento podemos deixar a questão de lado. Hoje em dia, o estudo da Idade
do Bronze como introdução à arte clássica parece inevitável. Desde que Schliemann realizou as escavações de Micenas no final do séc. XIX, a base histórica da era heróica da Grécia passou a ser universalmente aceita, e essa era heróica forneceu matéria para grande parte da arte e literatura gregas. Desde que Ventris, mais recente-
mente, decifrou a escrita conhecida como Linear B, encontrada em Creta e na Grécia micênica, e determinou que a
língua é uma forma primitiva do grego, quem quiser estudar a Grécia clássica terá que se voltar ao menos até a época em que se acredita terem chegado os primeiros povos de língua grega à península, digamos por volta de 1900 a.C. E desde que as descobertas arqueológicas no Egeu demonstraram a íntima relação entre a arte e a civilização da antiga Creta e a dos gregos micênicos, somos quase que obrigados a começar a história na época em que a civilização da antiga Creta começou a florescer. ORIGENS
DA
ARTE
CRETENSE
Antes da introdução dos metais em Creta, a ilha era habitada por povos neolíticos, vivendo em comunidades agrícolas. Uma arte simples já se manifestava na decoração da cerâmica de uso diário com desenhos incisos, e nas figuras em argila, de homens e animais, modeladas por artistas primitivos. A introdução dos metais por volta do terceiro milênio a.C. começou a tranformar as comunidades agrícolas. Creta está situada numa posição favorável ao comércio com o Mediterrâneo oriental, e é de lá que chega o conhecimento do trabalho com metais. A influência egípcia faz-se sentir em Creta desde cedo, e também há contato com as ilhas Cíclades e a Anatólia. Escaravelhos de marfim, camafeus e figuras inspiradas em modelos egípcios têm sido encontrados na
ha,
e algumas
das
formas
da
cerâmica
parecem
vir
da
Anatólia. As importações cícladas incluem os ídolos de mármore característicos da primitiva Idade do Bronze no Egeu. Estes ídolos reduzem a figura humana a uma fórmula simples que faz um forte contraste com as tentativas espontâneas de naturalismo observadas nas figuras neolíticas, e não deixa de ser significativo que sejam limitados à área do Egeu, onde anos mais tarde a arte grega iria se aproximar do problema da representação da figura humana de uma forma semelhante. Apesar das influências estrangeiras marcantes, a arte cretense nesse período primitivo já começa a revelar seu caráter individual. Motivos decorativos, tais como espirais e meandros, aumentam o repertório da ornamentação neolítica na cerâmica pintada primitiva, e começamos a apreciar o penetrante sentido decorativo dos artistas cretenses e sua síntese imaginosa de forma e decoração. As pequenas figuras em argila e outros materiais têm forma e estrutura simples, mas já revelam um profundo interesse pelo gesto
e movimento. Os temas prediletos para pequenas terracotas são animais e devotos femininos e masculinos; os humanos já são vestidos como os cretenses que conhecemos através de pinturas e esculturas posteriores. OS
PALÁCIOS
DE
CRETA
Por volta de 2000 a.C., a civilização cretense já estava formada. Nessa época o país parece ter sido controlado por uma série de soberanos poderosos, que construíram os
palácios
que
corhecemos
graças
não
a
às
escavações
do
século atual. O palácio de Cnossos é desse período, os de Mália e Festo não muito posteriores. Sir Arthur Evans, o primeiro a escavar e restaurar Cnossos, denominou a civilização cretense da Idade do Bronze de “minóica”, em homenagem ao lendário Rei Minos que lá reinou. Os palácios minóicos sofreram inúmeras modificações e acréscimos desde 2000 a.C. e sabemos pouco sobre sua forma original, Ao que parece os palácios eram projetados em grande escala, e o vasto pátio central em torno do qual as construções eram agrupadas, inicialmente como blocos isolados, é um aspecto original. Eram feitos de alvenaria sólida, e provavelmente serviam-se de arquitetura colunária para sustentar os tetos. Não há grande pintura nem escultura ligada aos palácios em sua forma primitiva. A cerâmica minóica desse período, porém, é das mais bonitas que sobreviveram do mundo antigo, e a de desenho mais imaginativo. Uma variedade de cores — laranja, vermelho, amarelo e branco — é aplicada ao fundo escuro do recipiente; os temas são de padrões abstratos ou de plantas. Essas versões de plantas,
embora
imitem
natureza,
revelam
um
profundo conhecimento de sua estrutura e são aplicadas magistralmente às formas que enfeitam. A grande jarra
ilustrada na lâmina 2 é excepcional pelo fato de usar um
peixe como tema central da decoração; o estranho motivo em forma de bolha que parece surgir da boca do peixe tem sido interpretado de várias formas em termos de natureza, mas é um excelente exemplo da riqueza de ima-
ginação decorativa dos minóicos nesse período. A medida que o tempo passa, aumenta a tendência a imitar a natureza mais de perto, e algumas das gravações de sinetes,
entre as melhores peças remanescentes da arte minóica, já começam a apresentar características do vigoroso estilo
naturalístico associado à arte minóica daquele grande periodo.
PALÁCIOS
TARDIOS
O aspecto atual da maior parte dos palácios cretenses se deve ao trabalho de reconstrução empreendido a partir
de
1650
do
palácio, substituindo
a.C.
Em
Cnossos,
Sir
Arthur
Evans
fez
uma
tentativa heróica de recriar a aparência de certas partes colunas
de madeira
outras de concreto, reconstruindo sistemas de iluminação. Fragmentos nas escavações foram empregados coração das paredes; o resultado é
perdidas
por
aposentos, escadarias e de pintura encontrados para reconstituir a deque hoje o palácio pa-
rece uma ruína antiga e moderna ao mesmo tempo. Hoje,
uma
que
visita a Cnossos
deixa
perplexo.
é uma
experiência
Atravessamos
inesquecível e
corredores
e aposento
13
após
toda
aposento sem
parte
vemos
recordar
provas
um
de
ponto
uma
vida
de parada;
confortável
por
e até
luxuosa, restos de uma vida palaciana e religiosa ainda hoje mal compreendida, As grandes salas dos apartamentos oficiais a oeste do pátio desapareceram quase todas, menos
parte
do
andar
térreo
reconstruído
por
Evans;
somente no lado leste, onde se presume estivessem situados os apartamentos particulares do palácio, é que as galerias de pilares, as escadarias colunárias e as clarabóias foram inteiramente reconstruídas. Ainda estamos longe do mundo grego; ocasionalmente, o estudioso da arquite-
tura clássica sente-se familiarizado com as colunas de madeira reconstruídas, pois seus elementos de coroamento parecem
As pinturas murais
constituem
nosso
que decoram
melhor
o estilo dórico clássico.
com
ter algo em comum
ponto
os aposentos do palácio
de
contato
com
que ali viveu. A visão do chamado Salão do Trono
tra uma das tentativas de reconstruir um esquema
Rr
g
aa!
|
a!
Ns
4
povo
mos-
decora-
tivo completo a partir de fragmentos sobreviventes; tentativas semelhantes foram feitas por Evans em outras par-
de
tes do palácio. Essas pinturas permitem uma visão da vida
5 nr
+
o
PR A eai CU TE isE deraEspe nd
Mite
a
sk
da
+
Aa
da corte, dos jogos e rituais do povo, embora tenham chegado num estado lamentavelmente fragmentário. A
PINTURA
MURAL
nos
CRETENSE
A técnica da pintura mural chegou a Creta do Egito e do Mediterrâneo oriental, mas a pintura cretense, parte da qual data de 1600 a 1400 a.C., é muito
a maior diferente
das obras egípcias. As técnicas usadas incluem estuques pintados em relevo e verdadeiros afrescos, ou seja, a aplicação de cor à argamassa da parede enquanto úmida. Ás cores são limitadas: vermelhos, azuis, verdes e amarelos fortes são as mais empregadas. O tamanho das pinturas vai do monumental à miniatura. Entre as primeiras pinturas, de cerca 1600 a.C., está
a ilustrada na lâmina 4, parte de um
com
cenas
jardim
de
numa
vila
de
aposento decorado
Amnisos,
costa,
na
perto de Cnossos. Três lírios brancos emergido de um cálice de folhas são combinados num desenho simples de
grande beleza, que revela o mesmo senso agudo de estilização decorativa baseada em formas naturais que observamos na cerâmica cretense anterior. As realizações mais notáveis dos artistas cretenses dessa época são suas tentativas de dar vida à ilustração do mundo dos homens e da natureza. Sua técnica é limitada, sua variedade cro-
mática pequena, sua arte desconhece os princípios da pintura ilusionística. Suas convenções são simples: o homem é vermelho, a mulher é branca. Figuras, desenhadas com
pada,
duros traços esquemáticos e coloridas com tinta cha-
aparecem de perfil, ou numa
tada de cabeça em
perfil,
corpo
de
combinação frente
desajei-
e pernas
de
perfil. Contudo, quando querem mostrar ação, os artistas o fazem com uma espontaneidade viva que é inteiramente
convincente. Seus estudos da natureza revelam uma obser-
vação
|. Ídolo cicládico. Terceiro milênio a.C, Mármore; 49 cm de altura. British Museum, Londres. Uma das , numerosas figuras femininas nuas de pé, feitas nas ilhas Cíclades.
atenta.
É
uma
arte
que
parece
querer
correr
antes
Os de andar, é contudo nada parece fora de seu alcance, do fragmentos de uma cabeça de touro, em tamanho maior
uma que o natural, de um relevo pintado que decorou um esé Cnossos, de palácio do norte entrada na logeia
14
do
Palácio de
Cnossos.
Vestíbulo
ocidental
2 —
Corredor
da
3 —
Propileu
sul
a e
| —
A e—qo——e
dá
i
|
À
]
Plano
Ã
A.
D
4 — Pátio central 5 —
Propileu
6 —
Sala das pilastras
7 —
Sala
norte
e
) | |
trono =
Grande
escadaria
9 —
Salão
da
colunata
I0 —
Salão
dos
Machados
11
Salas
do
mégaron
da
T
= nasE
mm
n
'
O o Ss
do
8 —
—
“DO Od
procissão
Duplos rainha
3 tudo brilhante do animal lançando-se ao ataque. Na cena Ilustrada na lâmina 5, que vem de uma miniatura, grupos de espectadores num jardim de oliveiras estão assistindo a um festival de dança, e aqui o artista adota um emprego de cor corrida, quase impressionista, para sugerir a massa da assistência. Podemos apreciar melhor as realizações da pintura minóica durante esse período se a compararmos com a arte representativa dos gregos do séc. VI a.C.
A ESCULTURA CRETENSE A escultura contemporânea a essas pinturas murais revela o mesmo domínio do detalhe e do movimento na-
turalista. O vaso de cabeça de touro, ou ríton, de esteatita
negra, de Cnossos, é esculpido com plasticidade tridimen9 sional segura; uma figura em marfim de um acrobata de Cnossos é uma excelente imagem de movimento vigoroso. No conhecido Vaso da Colheira, de Hagia Tríada, encontramos um estudo perspicaz das fisionomias dos ceifeiros cantando e um profundo conhecimento do movimento. Alguns dos mais notáveis trabalhos cretenses em relevo podem ser apreciados nas duas taças de ouro decoradas em repoussé, descobertas na tumba circular, em Váfio, no Peloponeso, e que pertencem certamente ao 2 século XV a.C. em Creta. Detalhe de uma dessas taças mostra uma cena impressionante: o touro atacou um caçador e uma caçadora, atirando um deles no ar. Não há melhor representação de ação violenta em toda a história da arte clássica. Figuras como a faiança Deusa das Serpentes de Cnossos adotam uma fórmula representativa 10 mais simples, mas o artista traz a mesma observação precisa da natureza e atenção ao detalhe em seu trabalho.
A PINTURA
CRETENSE
0
10
eo
L
L
l
30
so
50
(1
TARDIA
A fase “naturalista” da arte cretense teve pouca duração, o que talvez fosse inevitável. Os ceramistas da época tentaram empregar formas variadas da natureza na decoração dos recipientes, e o resultado mais brilhante foi o “estilo marinho”, ilustrado pelo Vaso de Octópode na lâmina
7. Por volta de 1450 a.C., evidenciam-se novas influências artísticas na cerâmica de Cnossos. Recipientes do estilo palaciano mostram uma tentativa renovada de re- 12 duzir o mundo da natureza à ordem e simetria decorativa, e, embora a técnica seja outra, o resultado aproxima-se dos estilos primitivos da cerâmica cretense. A influência
da
arte
representativa
egípcia
afrescos posteriores, especialmente
pode
ser
observada
nos
nas cenas de procissões.
Há um formalismo rígido nas cenas rituais pintadas no famoso sarcófago de alabastro de Hagia Tríade, que per-
tence ao séc. XIV a.C. Os artistas estavam, evidentemente, 14 desistindo da imitação livre da natureza; o naturalismo cretense chegara ao fim. O surgimento de novas tendências artísticas em Cnossos
por volta de 1450 a.C. tem sido associado por alguns arqueólogos à chegada dos gregos do continente. Descobertas arqueológicas parecem confirmar este ponto de vista, e nos túmulos da época há provas da existência de um povo mais guerreiro, como foram os gregos micênicos. Num dos conhecidos vasos do estilo palaciano aparece um dos elmos de presas de javali característicos da armadura micênica. Pouco depois da presumível chegada dos micênicos, o palácio de Cnossos foi destruído, segundo o atual ponto de vista, por volta de 1400 a.C.
2. Taça de Váfio. 1500 a.C. Ouro; 9 cm de altura. Museu Nacional de Atenas. Componente de um par de taças trabalhadas em repoussé. Encontrada na tumba circular, em Váfio, na Lacônia. A cena mostra um touro atacando um caçador e uma caçadora.
Devemos agora voltar de Creta ao continente grego e considerar o desenvolvimento inicial do povo continental, que, ao que parece, havia usurpado o poder dos minóicos no mundo do Egeu.
mann nos Túmulos de Lajes Levantadas do famoso Círculo de Túmulos em Micenas, e das descobertas efetuadas mais recentemente no segundo Círculo Tumular no mesmo local.
OS
OS
PRIMÓRDIOS
DA
IDADE
DO
BRONZE
NA
GRÉCIA
Os primórdios da Idade do Bronze no continente grego são conhecidos como Heládica Inicial, e esta começou
algo depois da Idade do Bronze em Creta. Seu caráter também difere, tendo afinidades sobretudo com as ilhas
gregas e a Idade do Bronze na Anatólia. As formas características de cerâmica que são associadas com essa fase, a “molheira” e a taça de duas alças, foram também en-
contradas em Tróia e outros locais da Anatólia, e é pro-
vável
que
pertençam
àquela
região.
A
arquitetura
das
duas áreas também apresenta semelhanças notáveis. A casa-mégaro, que seria a unidade simples de construção mais importante do posterior palácio micênico, encontra-se também nas' duas regiões. A fase Heládica Média, que se inicia no início do segundo milênio, é associada à invasão de novos povos que hoje se acredita terem sido os primeiros de língua grega a alcançar à península, Os invasores da fase Heládica Média introduziram novas teanteriores das algumas (embora arquitetônicas formas nham sido conservadas), novos rituais fúnebres e novas formas de cerâmica. Construíram nos mesmos locais que mais tarde iriam se tornar importantes cidadelas micêni-
cas. O nível de vida parece Heládica
origem
à
Inicial,
cultura
principalmente
mas
um
aumento
micênica
através
ter sido inferior ao da fase geral
primitiva,
das descobertas
da riqueza
que
deu
conhecemos
notáveis
de Schlie-
TÚMULOS
DE
LAJES
LEVANTADAS
DE
MICENAS
Os Túmulos de Lajes Levantadas são uma série de sepulturas retangulares talhadas na rocha, com paredes de cascalho, teto de madeira e lajes de pedra. No séc. XIV a.C., quando foram construídas as maciças muralhas de Micenas, as sepulturas foram encerradas por círculos de lajes de pedra verticais unidas. As sepulturas, especialmente as do Círculo de Schliemann, eram carregadas de preciosidades,
o que leva a crer pertencessem
à casa real de
Micenas. Sabemos pouco sobre a cidadela em que esses micênicos viviam, pois as muralhas e o palácio de Mice-
nas
pertencem
a uma
fase
posterior,
mas
sua
presença
faz-se viva entre nós através das impressionantes máscaras mortuárias em ouro, encontradas sobre o rosto dos homens. Apesar de saber que estes homens viveram muito antes dos senhores aqueus da epopéia homérica, eles nos são mais familiares do que os minóicos. Seu caráter guerreiro, seu amor à caça, refletidos com tamanha clareza no conteúdo dos túmulos, lembram os heróis de Homero. Os objetos encontrados nos Túmulos de Lajes Levantadas são os bens pessoais dos mortos. Os homens são enterrados com suas armas, ricamente decoradas, e recipiente de metal precioso; as mulheres usavam jóias extravagantes e tinham recipientes de ouro e prata para seu uso particular. Tendo em vista o caráter predominantemente minóico da decoração desses objetos, acreditou-se
3. O Círculo tumular de Micenas. Séc. XIV a.C. Diâmetro de 27,5 m. O duplo muro circular foi erguido a fim de encerrar os tumulos de lajes levantadas na dinastia dos reis micênicos, sepultados entre 1600 e 1500 a.C.
fosse produto de saque, mas uma análise mais atenta demonstrou que, embora os objetos sejam obra de artesãos minóicos, foram elaborados de acordo com o costume e gosto micênicos. A arte dos Túmulos de Lajes Levantadas pode ser considerada minóica no mesmo sentido que a arte romana é grega. Os micênicos empregavam artistas cretenses, mas encomendavam temas e decorações de acordo com seu gosto. Supõe-se que um artista cretense tenha vindo ao continente decorar a belíssima adaga marchetada
ilustrada
na
lâmina
16.
A cena,
de
ouro,
prata
e
esmalte negro aplicados a uma lâmina de cobre presa à adaga, representa um episódio em que quatro soldados e um arqueiro combatem um leão que já abateu um deles. É uma cena de ação vigorosa, ainda deve ser obra de um excelente artista
que exagerada, e cretense. A pros-
peridade permitiu aos senhores de Micenas empregarem melhor
do
talento
cretense
em
todos
os
ramos
e desta maneira satisfazer sua admiração ofícios de uma civilização superior. AS CIDADELAS
DO
MUNDO
pelas
das
o
artes,
artes
e
MICÊNICO
O grande período do mundo de 1400 a.C., na época em
micênico inicia-se por volta que se acredita tenha sido
destruído o palácio de Cnossos. Nessa data os micênicos dominavam o Egeu, tinham relações comerciais com o Me-
diterrâneo oriental e ocidental, com a Europa central, e estavam estabelecendo colônias em toda sua área de influência. As grandes cidadelas de Micenas, Tirinto e outras, 17 adquiriram no séc. XIV a sua forma atual. Os locais são caracterizados pelas maciças muralhas defensivas construídas em torno ao palácio real, para servir de refúgio em caso de perigo. Essas muralhas eram feitas de grandes blocos quadrados de alvenaria comum, ou de enormes blocos de talho irregular cuidadosamente encaixados para dar a aparência de uma superfície nivelada; os gregos clássicos acreditavam que os Ciclopes haviam construído as mura-
lhas,
e não
sem
razão.
Em
Tirinto,
“as
muralhas
mais
ciclópicas de toda a Grécia” chegavam a ter 17,5 m de espessura. A Grande Porta do Leão em Micenas, que é 20,4 a entrada principal da cidadela, é o primeiro exemplar de escultura monumental ligada à arquitetura encontrado no mundo
grego. Como
vimos,
não havia escultura monu-
mental no mundo minóico, mas aqui a entrada majestosa, com suas enormes vergas de pedra, é emoldurada por um (Continua
na pág. 33)
1. Cabeça
cicládica
Esta cabeça,
ídolo do tipo foi
encontrada
na ilha de Amorgos nas Cíclades, onde. na é poca, foram produzido s muitos
idolos
de ste
tipo.
E
Ss eg
1.
Es
figura
TU
enorme
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de Atenas.
Ter ceiro Eh
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ilustrado
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LO Ba
o
a
2 (à esquerda). Vaso de Festo. 1900-1700
a.C. Cerâmica: 50 cm de altura. Museu de Heráclion, Creta. O desenho, baseado
em padrões curvilíneos, mostra um peixe com algo semelhante a uma enorme bolha saindo de sua boca; as hachuras talvez representem a malha de uma rede. Neste estilo primitivo de decoração da cerâmica cretense, as representações do mundo animal eram raras, embora muitos dos motivos
decorativos sejam inspirados em formas naturais. As espirais são características
da arte cretense.
44 em de AR ] Creta. Este ane É | exemplo do natur op Ss
parte de uma à
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4 (à esquerda). jardim.
1600
Lírios brancos em
a.C.
Afresco;
1,89
um m
altura. Museu de Heráclion, Creta. Mural da Vila de Amnisos, perto de Cnossos, O desenho mostra três Jírios brancos nascendo de um cálice de
de
folhas. Esta pintura é um dos exemplos mais antigos da pintura minóica
em
afresco,
S (em cima). Afresco-miniatura de 50 olivais e dançarinas de Cnossos. 14
aC. Afresco de aproximadamente 35 cm de altura. Museu de Heráclion, de Creta, A cena apresenta grupos espectadores, sentados entre às oliveiras, assistindo a uma dança O ritual executada por mulheres.
método “impressionístico” de sugerir o grupo de assistentes é interessante: para os homens, manchas castanho-avermelhadas com uma série de cabeças rusticamente pintadas e, para as mulheres, manchas brancas com o mesmo tipo de desenho esquemático sugerindo as cabeças,
6 (em cima). Pintura de peixe-voador de Milo. Séc. XV a.C. 23 cm de altura. Museu Nacional de Atenas. Este afresco foi encontrado no Palácio de Filacopi,
na ilha de Milo. A pintura, que é
certamente obra de artista cretense, constitui um ótimo exemplo da observação atenta da natureza que, somada ao forte sentido decorativo, caracteriza o melhor da pintura cretense.
7 (à esquerda).
polvo.
1500
a.C.
Vaso
com
Cerâmica;
desenho de 28 cm
de
altura, Museu de Heráclion, Creta. Este pequeno frasco, do tipo chamado “taça de alça em estribo”, foi encontrado em
Palaicastro,
a leste
de
Creta.
E um belo exemplar do “estilo marinho” empregado na pintura de vasos cretenses. A superfície é pintada com a representação de um polvo que nada entre algas, coral e conchas; um naturalismo vivo é combinado com excelente senso decorativo.
8 (à direita). A sala do trono de Cnossos. Está situada no lado ocidental do pátio central, O aposento está equipado com bancos de pedra ao longo das paredes e um trono alto de espaldar elevado, de alabastro. As pinturas, mostrando grifos numa paisagem, são restaurações modernas baseadas em fragmentos achados nas escavações. À decoração
da sala do trono pertence a um tardio do palácio.
período
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cretense. Foi achada Palácio de Cnossos. naturalística no Pequeno
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de touro, ça be ca m co n to Rí ). xo ai mb 9 (e atita (pedrate Es C. a. 00 15 s. so os Cn de tura. Museu al de cm 26 a; gr ne o) bã sa Vasilha ritual Heráclion, Creta. de touro entalhada em forma de cabeça
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10
(à direita).
A
deusa
das
serpentes,
1600 a.C. Faiança; 29,5 cm de altura. Museu de Heráclion, Creta. Esta estatueta,
de uma
mulher
que segura
serpentes nas mãos, foi achada no Palácio de Cnossos. Não se sabe ao certo se representa uma deusa, uma rainha ou uma secerdotisa. A vestimenta
é típica da mulher cretense da corte, com seios desnudos, cintura fina e longas saias de babados.
11 (embaixo). Palácio de Cnossos, Vista parcial dos aposentos reais da .ala leste do Palácio de Minos, em Cnossos. Nesta área foi possível restaurar os aposentos, de modo a aproximá-los do aspecto original. As colunas vermelhas, com seus capitéis negros acolchoados, que sustentam a escadaria, são reconstruções em concreto das colunas originais de madeira. Os aposentos desta área parecem apartamentos particulares; salas de recepção, dormitórios, salas de banho e
dependências
identificados.
sanitárias
foram
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lolita raro mi hdi RS DER
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12 (à esquerda). Jarro do estilo palaciano
de
Cnossos.
1450
a.C,
mostra duas mulheres trazen do libações para um altar. Elas estão acompanhadas por um homem toca ndo lira. À direita, três homens tr azem oferendas para uma imagem em frente à fachada de um edifício.
Cerâmica:
[| metro aproximadamente de altura. Museu de Heraclion, Creta. Este jarro de grandes proporções, para armazenagem, é decorado com o desenho de machados duplos e ornamentos vegetais. O vaso foi amplamente
restaurado.
mas
ilustra bem
o chamado
“estilo palaciano” que predominava em Cnossos por volta do ano 1450 a.C.. no qual o naturalismo decorativo cede lugar
a desenhos
mais
formais.
13 (à direita). Figuras minóicas de deusas ou devotas de Gazi. Séc. 13 aC. Terracota. À figura maior tem 77 cm de altura. Museu de Heráclion, Creta.
Estes ídolos pertencem ao período posterior ao colapso do poder Minóico. Formas simples e esquemáticas, com corpo cilíndrico, prevalecem sobre o naturalismo da escultura primitiva
de
Creta.
14
(embaixo).
Sarcófago
da
Hágia
Triada. 1400 a.C. Alabastro com 1.37 m de comprimento. Museu Nacional de Atenas. Pequeno sarcófago de alabastro, com cenas pintadas nos quatro lados, encontrado na Hágia Triada, villa real próxima de Festo. No lado aqui ilustrado. a cena da esquerda
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29
15 (a esquerda). Cabeça de mulher de Tirinto. Séc. XIII a.C. Afresco; 30.5 cm de altura. Museu Nacional de itenas. Este belo fragmento de pintura pertence a um friso processional que decora o interior do palácio de Tirinto. O vestido da mulher e o estilo da pintura são cretenses, mas o rosto é greco-micênico, assemelhando-se ao das mulheres do período arcaico.
16 (em cima). Lâmina de adaga de bronze. Séc. XVI a.C. Incrustações, ouro, prata e nigela (esmalte preto) em cobre, para decorar a lâmina de
bronze; 23,8 cm de comprimento. Museu Nacional de Atenas. O desenho incrustado na lâmina da adaga mostra quatro soldados e um arqueiro combatendo um leão. Um dos soldados
foi derrubado pela fera, que já está ferida por uma lança. O estilo é
provavelmente
minóico.
17 (embaixo). Vista da cidadela de Micenas. Micenas fica no lado norte da planície de Argos; o pico da Montanha do Profeta Elias ergue-se ao fundo. Esta cidadela, a mais famosa das cidadelas micênicas, ocupava uma posição estratégica bem defendida e era protegida por poderosas fortificações e muralhas construídas no séc. XIV aC. Os edifícios palacianos estão no topo da colina.
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4
18 (a esquerda). O vaso do guerreiro. 1200 a.C. Cerâmica. Altura 30 cm. Museu Nacional de Atenas. Este vaso é de pouco antes da data tradicional da
Guerra
de Tróia.
Seis guerreiros
aparecem em marcha, trajando peitorais, capacetes e perneiras e carregando escudos
redondos.
19 (à esquerda, embaixo), Alicerces das construções palacianas em Tirinto. Séc. XHI a.C. Os planos da construção palaciana em Tirinto estão mais conservados do que em Micenas. Do mégaron ainda restam a lareira central
e a base
da
do
rica
trono,
decoração
Para chegar-se atravessar uma
pátios.
O
pátio
assim
como
interior.
ao mégaron era série de galerias logo
diante
do
resquícios
preciso e
mégaron
tinha um pórtico coberto em três lados ce ao ar livre ficava um altar. 20 (embaixo). As muralhas de Tirinto. Séc. XII aC. A cidadela micênica de Tirinto foi construida numa faixa longa e estreita que se eleva da planície de Argos, não muito distan te de Micenas. As muralhas cercavam o palácio do soberano e uma área que servia de refúgio em época de pe rigo.
31 Foram construídas durante o período mais próspero da civilização micênica e descritas por Pausânias como “as mais ciclópicas muralhas da Grécia”. Alguns dos blocos de pedra empregados chegam a ter quase 2 metros de comprimento.
helaádica
Cerâmica.
de
Chipre.
Museu
do periodo micênico tardio O friso principal representa
1350
Britânico,
de
nO.
42
Londres.
cm
cavalos
de
Este
vaso
foi achado em Maroni, Chipre. dois carros puxados por dois
ec
conhecidos
decadência
cada
como
de
com
um
dois
condutores.
heládico-levantinos,
estilo
Rr
altura.
Cratera
EeEE
|
do
período
ilustram
micênico
este,
como
Vasos
bem
tardio.
a
33
relevo que mostra dois leões hera ldicamente ladeando uma coluna e o entablamento, simbolizan do o palácio de Micenas.
Os
leões
e a coluna
têm
caráter
minóico,
escala da concepção arquitetônica é micênica. PALÁCIOS
E
mas
|
a
TÚMULOS
Esses grandiosos projetos arquitetônicos são a principal contribuição micênica à história da arte, À primeira vista,
as
ruinas
dos
é o mais
19
palácios
bem
em
si são
preservado,
desanimadoras.
Tirinto
e só o andar térreo pode ser
visitado. 'O traço mais característico é o mégaro, uma forma de casa cujas origens remontam ao continente grego e à
Anatólia. Um mégaro, geralmente, comporta três elementos: um pórtico aberto com colunas sustentando a entrada, uma antecâmara e uma sala principal, retangular,
com
lareira
leus;
o pátio
central,
que
era a sala de
recepção
e a sala
de colunatas.
O plano
Entroda
de estar, o teto do mégaro era sustentado por quatro colunas. Em Tirinto o acesso ao mégaro era feito através de uma série de pátios e entradas com colunatas, ou propiprincipal
era rodeado
Portão oeste
geral aproxima-se mais da Grécia clássica do que qualquer
coisa observada em Cnossos ou outras regiões de Creta. Os edifícios palacianos eram ricamente decorados com afrescos na técnica minóica, mas os temas são muitas
vezes micênicos. O mégaro de Micenas tinha afrescos com temas guerreiros; em Pilos, cenas de paz eram aparentemente combinadas com outras de guerra. No palácio de Tirinto as pinturas incluíam temas puramente decorativos, entre os quais um friso com enormes escudos em forma de oito, e um friso processional com mulheres trajando, ao que parece, roupagens da corte minóica. A cabeça de uma mulher está ilustrada na lâmina 15. A simplicidade estudada e a nitidez das linhas parece afastar-se no naturalismo espontâneo da pintura cretense e aproximar-se da arte grega arcaica; é notável a semelhança desta mulher micênica com uma grega do período arcaico. As enormes câmaras mortuárias de Micenas e redondezas estão entre as maiores realizações arquitetônicas dos micênicos. O
emprego de modilhões, encontrado nas galerias da cidadela de Tirinto, era efetuado com mestria, criando uma
câmara abobadada com plano circular. O chamado Tesou-
ro de Atreu, o mais famoso túmulo de Micenas, tem 14,5 m de diâmetro e a cúpula pontiaguda mede 13,2 m de altura. Os
modilhões
são talhados
de modo
a dar a impressão
de
uma abóbada contínua. A entrada do túmulo, que evidenos temente servia de local de sepultura comunal para
soberanos de Micenas no séc. XIV a.C., é alcançada por
meio entrada
de
A passagem cortada na rocha, uma extensa propriamente dita era decorada com arquitetura
aplicada de pedras coloridas mente
de
ornamentadas,
consistindo
cada
lado
da
de colunas
porta,
rica-
sustentando
um entablamento elaborado. Fragmentos dessa arquitetura
encontram-se A ARTE
DE
hoje no
CRETA
E DE
Museu
Britânico.
MICENAS
luência da inf a , co ni cê mi eu og ap do o od rí pe o e nt Dura não arte e da técnica cretenses domina a arte da corte,
só na
ciosos
pintura,
e jóias.
como
As
também
no
modificações
trabalho
de metais
fundamentais
do
pre-
ponto
4.
O
Portão
do
Leão,
Micenas.
Séc.
XIV
aC.
A
entrada
principal da fortaleza de Micenas, com O famoso relevo acima do pintel mostrando dois leões ladeando uma coluna.
34
de vista
artistico
podem
ser melhor
observadas
nos
pro-
dutos mais modestos do artesanato em cerâmica, e são modificações que muitos consideram sinal do surgimento
do espirito
artístico grego.
O abandono
das formas
natu-
rais por uma espécie de ornamentação mais estilizada já toi observado na cerâmica do chamado estilo palaciano de Cnossos, e nas épocas micênicas posteriores esta ten-
dência
18
21
se desenvolve
até encontrarmos
temas
decorativos,
cuja base naturalista é dificilmente reconhecível, e outros francamente abstratos e geométricos. Alguns assemelham-se à decoração geométrica que caracteriza a decoração em cerâmica das épocas pós-micênicas, até percebermos a ausência da rígida simetria e execução precisa que caracterizam aquele estilo. Outra antecipação notável da arte grega posterior é o surgimento, nos vasos micênicos tardios, de cenas de figuras dispostas numa área de friso em redor do corpo do
vaso,
O conhecido
Vaso do Guerreiro,
de Micenas,
minóica, aproximam-se mais dos gregos históricos. Criaram uma arquitetura monumental, que tem muito em co-
mum com a arquitetura grega. Não se pode observar o andar térreo do palácio de Tirinto, com sua sucessão ordenada de pátios e entradas para o mégaro, sem pensar nos projetos clássicos. A forma do mégaro em si aproxima-se do templo grego posterior; isso pode ser porque muitos dos locais nas Acrópoles foram transformados em santuários dos deuses, como aconteceu no palácio de Ti-
rinto. Do mundo micênico, pouco sobreviveu, além da lembrança, nem sempre precisa quanto aos detalhes, preservada nos poemas de Homero. A escrita de Micenas desapareceu por completo. Mas se a arte, cujas origens iremos discutir no capítulo seguinte, é produto de um novo espírito criativo, não se pode negar que parte de sua
inspiração
provém
diretamente
do
mundo
da
Idade
do
Bronze.
mostra
uma fila de soldados de partida; no canto esquerdo uma mulher acena em despedida. Este vaso, de cerca 1200 a.C., nos aproxima da imagem que temos dos aqueus que disputaram a Guerra de Tróia. Os vasos da chamada classe
Levantino-Heládica, do séc. XIII a.C., ilustram temas semelhantes; um exemplo, de Chipre, no Museu Britânico,
mostra o tipo de naturalismo decadente que parece conduzir inevitavelmente à extinção total da arte representativa,
que,
tempo
que observamos
na
realidade,
teve
lugar
com
o colapso
final
do mundo micênico. As tendências contraditórias da arte micênica tardia dificultam a sua compreensão. Ao mesmo
a sobrevivência precária de uma
arte naturalista baseada nas realizações dos artistas cretenses, surge um novo gosto pela ordem e simplicidade das formas abstratas. O DECLÍNIO
DO
MUNDO
MICÊNICO
O mundo micênico chegou ao fim por volta de 1100 a.€. Os grandes palácios foram destruídos, as relações de alémmar interrompidas e todo o sistema da soberania micênica sucumbiu. No capítulo seguinte, iremos examinar o que aconteceu a seguir, mas aqui devemos considerar a significação do mundo da Idade do Bronze em termos da história da arte grega, e justificar a inclusão deste capítulo num livro sobre arte clássica. Os cretenses, como sabemos, não eram gregos, e o fato evidencia-se em sua arte. Os gregos iniciaram sua busca da forma ideal na arte a
partir de um sentido formal severamente ordenado. O estudo da natureza era secundário. Os minóicos, por outro lado, inspiraram-se na natureza, e embora nem sempre a imitassem, estavam sempre conscientes de sua presença. O contraste entre o espírito grego e o minóico é profundo. Nada mais diferente da simetria ordenada da arquitetura grega do que o planejamento informal, aparentemente descuidado, dos palácios minóicos. Na realidade, não teriamos necessidade de prefaciar um estudo
da “arte clássica” com micênico
não
um
tivesse herdado
capítulo minóico se o mundo a arte dos cretenses,
servin-
do-se dela para seus próprios fins. Os micênicos, como sabemos, eram gregos, e, embora grande parte de sua produção artística seja de inspiração
5. Interior do chamado tesouro de Atreu, Micenas. Cerca 1400 a.C, 14,60 m de diâmetro por 13,40 m de altura. À maior e mais bem conservada das tumbas circulares de Micenas.
de
a
E
Os Primórdios da Arte Grega A
IDADE
DAS
A chamada
Não
há
TREVAS
repertório
Idade das Trevas
dados históricos,
grega já não é tão obscura.
é verdade;
apenas
uma
vaga
lembrança, em épocas posteriores, das catástrofes que trou-
xeram o mundo micênico ao fim. Mas a arqueologia, na medida do possível, está preenchendo as lacunas entre a queda do mundo micênico e o surgimento histórico das cidades-estados gregas no sec. VII a.C. A tradição grega associava a queda de Micenas com a invasão de um novo povo de língua grega, os dóricos, que se estabeleceram no
continente e dominaram vários centros micênicos, trazendo consigo, ao que parece, o uso do ferro, diferentes costumes fúnebres e um novo modo de vida. A invasão dórica não só estabeleceu o padrão do povoamento na Grécia continental, como concorreu, também, para a mi-
gração de gregos para ilhas da costa asiática da Turquia,
formando a base do mundo grego oriental. A arqueologia hoje esclarece o curso. dessa migração, e a lenta recuperação da riqueza que tornou possível as realizações dos gregos históricos. O
SURGIMENTO
DE
A invasão dórica estimulo artístico,
UMA
NOVA
ARTE
não parece ter trazido nenhum novo e é em Atenas, que afirmava não ter
sido tocada pela invasão, que melhor se evidencia o surgimento de um novo espírito artístico no séc. XI. Aqueles
que consideram a arte grega em termos de suas realizações do séc. V, ficam surpreendidos ao saber que esta começou com uma fase inteiramente abstrata em que nem a figura humana nem a natureza tinham lugar. Nessa idade de pobreza e obscuridade, o único documento da história de arte são os vasos pintados que tinham utilidade doméstica e fúnebre. O estilo de pintura que sucedeu o submicênico é conhecido como protogeométrico, fase primeira de uma tradição ornamental baseada em padrões geométricos, predominante até o final do séc. VIII a.C. Há uma grande diferença entre um vaso submicênico e um protogeométrico, entre o naturalismo decadente de um e o formalismo rígido do outro. A diferença pode ser 22 observada na forma dos vasos, que têm traços muito mais precisos e as várias partes mais claramente definidas, no arranjo simétrico das faixas ornamentais e na exatidão circom que são aplicados os motivos ornamentais — Os culos concêntricos feitos a compasso, padrões quadriculana sobrevivem micênicos elementos Certos dos precisos. toma cerâmica, mas com o protogeométrico a arte grega também. novos rumos, e uma disciplina inteiramente nova va não-representati fase esta que surpreendente início de É grega; constitua a base para o desenvolvimento da arte da provirtudes as modestos inícios nesses mesmo mas porção, simetria, clareza e precisão, em que sé fundam presentes. claramente estão já realizações, maiores as suas O ESTILO
GEOMÉTRICO
O estilo protogeométrico de surgido em Atenas por volta rou o mundo artístico grego trica. O desenvolvimento do
pintura de vasos parece ter de 1000 a.C., e Atenas lidedurante toda a fase geoméestilo geométrico revela um
—
crescente
—
ziguezagues,
losangos,
labirintos
até que no séc. VIII a.C. os vasos eram inteiramente
cobertos de faixas ornamentais. AS figuras eram raras. Há um pequeno cavalo, colocado quase por acaso num vaso
protogeométrico do séc. X, mas é só no séc. VIII que seres humanos e animais passam a ocupar posição de destaque nos planos dos pintores de cerâmica. Quando aparece a figura humana, é uma criatura estranha, pintada em silhueta com a cabeça de perfil e reconhecível pelo espaço reservado com uma mancha no lugar do olho; o corpo é visto de frente, em forma de triângulo;
os braços parecem palitos de fósforo; as pernas estão de perfil com nádegas arredondadas e barriga da perna musculosa. Não é preciso lembrar que o pintor geométrico não tenta representar aquilo que vê; mas também não deixa dúvida quanto àquilo que significa. Desenha as quatro rodas de um carro de perfil, porque sabe que o veículo tem quatro rodas, ainda que não sejam visíveis
de seu ponto de vista. Nessa base torna-se possível representar cenas complicadas de forma compreensível. Os vasos do chamado estilo Dipylon feitos em Atenas, por volta de 750 representam o ponto máximo da arte geométrica. Os maiores vasos Dipylon (o detalhe ilustrado na lâmina 23 é de um vaso de mais de 1,5 m de altura) eram usados para marcar a posição dos túmulos no cemitério Dipylon de Atenas, e podem ser considerados as primeiras tentativas de arte monumental na Grécia primitiva. As composições de figuras, embora de tamanho relativamente reduzido, ocupam posição de destaque. A
'cena aqui ilustrada é típica: o morto no esquife, cercado pela família e lamentadores; um enorme dossel quadriculado emoldura a cena. Outros vasos do mesmo tipo têm frisos secundários com um cortejo de bigas e guerreiros armados, e alguns vasos contemporâneos retratam cenas de batalha de vários tipos, provavelmente inspiradas em temas da poesia épica grega. Assim sendo, ocupam posição de liderança na tradição de representação mitoló-
gica na arte grega, principal inspiração dos helênicos, e nos trazem da Idade das Trevas ao período histórico grego.
ORIGENS
DA
ESCULTURA
GREGA
Os documentos da história da escultura durante esse período são ainda mais escassos do que os referentes à pintura. Evidentemente não houve escultura monumental de espécie alguma durante a Idade das Trevas, mas houve uma produção considerável de trabalhos menores em bron-
ze e terracota.
Em
Creta,
bronzes
de
formas
humanas
e
animais eram feitos num estilo minóico decadente muito depois do colapso da civilização minóica. Outras regiões continuavam a produzir figuras de estilo quase indefinível. No séc. VIII, torna-se comum um estilo de figura que se aproxima da fórmula geométrica observada na cerâmica. Pequenos cavalos de bronze com corpo curto e cilíndrico, cabeça quase cilíndrica, pernas compridas e robustas, são as contrapartidas em terceira dimensão das figuras pintadas. Seres humanos eram também representados segundo a fórmula geométrica. O grupo em bronze de um homem e um centauro, talvez Hércules e Nessos, no Museu Me-
36
o pleno
desenvolvimento
para a figura humana,
grandes,
pescoço
com
comprido,
do
esquema
geométrico
rosto triangular longo, olhos
corpo
triangular
e coxas
tes. A inscrição revela que a estatueta era dedicada
for-
ao
deus Apolo, por um certo Mantiklos. Nessas obras de escultura menor os artistas gregos encontraram sua primeira fórmula simples e direta de representação de figuras humanas e animais, que seria a base do desenvolvimento da arte grega posterior. PRIMEIRAS
CONSTRUÇÕES S
Do mesmo modo
GREGAS
que na pintura e na escultura, a origem
dos estilos arquitetônicos gregos remonta à Idade das Tre-
vas. Temos ainda menos informações sobre essa forma de arte. “As construções remanescentes da Idade das Trevas”, diz A. W. Lawrence, “são poucas e de qualidade deplorável”. É possível, contudo, acompanhar o processo que levou à elaboração da construção grega mais caracteristica, o templo. Não havia templos na Idade do Bronze, e não sabemos quando começaram a ser construídos. A
religião olímpica dos gregos, que contém elementos da Idade do Bronze e outros posteriores, concebia os deuses com forma humana. Isso levou à criação de imagens de
culto,
que
logo
necessitaram
um
abrigo
adequado.
Assim
sendo, é natural que os primeiros templos tenham a forma de uma casa. Na Idade das Trevas, a casa polia ser circular, elíptica ou retangular e, sem dúvida, os primeiros templos assumiram essas formas. Mas a forma retangular logo predominou. Um dos templos mais antigos sobreviventes, em Thermon, na Etólia, foi projetado sobre o plano de um mégaro micênico; teria sido construído com tijolos de barro e teto de toras de madeira. Um modelo de templo simples com átrio e teto alto chegou até nós do período geométrico. Desenvolvimento vital ocorreu
muitos
outros.
Essas
adaptadas
com
idéias
dos gregos da Anatólia, dos contatos gregos no Egito e não
modificaram
o
caráter
U
local viva e
|
essencial da arte grega; as idéias estrangeiras chegavam e
eram
em plena evolução.
genialidade
à tradição
arredondadas.
No
vaso
ateniense de c. 700 a.C., os leões
são de inspiração oriental, mas o principal ponto de interesse está no tratamento da cena das bigas no friso supeperior; os cavalos têm um movimento mais natural do que os cavalos geométricos, e, em lugar da combinação estranha de frente e perfil que caracteriza o estilo de figura puramente geométrico, as figuras aparecem sempre de perfil. Nesse vaso o destaque das cenas figurativas
excelente
cerâmica
influenciada pelo recém-descoberto
re-
exemplar mais antigo conhecido. Sabemos que no início do séc. VII o templo grego, construído de tijolos de barro e madeira, já assumira sua forma fundamental, e as bases
do séc. VII é o chamado jarro Chigi, no Museu de Villa Giulia, Roma, encontrado na Etrúria. O corpo do vaso é decorado com faixas horizontais de ornamentação figu-
em pedra estavam lançadas.
e um tema mitológico, o Julgamento de Páris. Muitos dos vasos pintados nessa época nas cidades gregas orientais são alegremente coloridos. Um dos grupos mais conhe-
OS GREGOS
E O ORIENTE
rativa com cenas de caça e de batalha, um cortejo de bigas
cidos, feito em Rodes, é decorado com faixas de figuras de animais e ornamentação sobre uma tira branca que
cobre o corpo do vaso.
grega. Em 750 a.C., quando o estilo geométrico
INÍCIO DA ESCULTURA MONUMENTAL
seu
apogeu
em
Atenas,
as
átrico
cidades-estados
alcançara
gregas
S
come-
çavam a fundar colônias, o comércio com O Mediterrâneo
Oriental foi restabelecido, a arte grega estava aberta a novas idéias nascidas da imitação dos objetos importados
e daquilo que os gregos viram no exterior. Ao mesmo tempo, a prosperidade revigorada possibilitava grandes
projetos na arquitetura e na escultura. As chegavam principalmente do Mediterrâneo
novas idéias Oriental, de
|! | EL E
27
| |
) ' ,
y | | | | | | | | |
|
e a silhueta pura é amenizada por algumas cores, entre as quais o branco e o roxo. 'O mais famoso vaso coríntio
Na arquitetura, pintura e escultura, a Idade das Trevas, que assistiu à lenta recuperação da prosperidade da Grêcia, estabeleceu as bases para o desenvolvimento da arte I
|
À
pertório oriental. No continente, em Corinto, líder dos estados comerciais gregos, que já produzia um tipo requintado de cerâmica geométrica sem figuras, desenvolveu-se estilo que adotou inicialmente frisos horizontais de animais reais e imaginários, e logo acrescentou composições 25 figurativas, inclusive cenas mitológicas, às suas fontes de inspiração. Foram os pintores de Corinto que desenvolveram a técnica de figura-negra que iria dominar a cerãmica grega até o final do séc. VI. Nessa técnica, as figuras são pintadas em silhueta escura sobre o fundo natural
da argila; detalhes anatômicos, que aos poucos captam o interesse do pintor, são designados por traços incisos,
para o desenvolvimento das Ordens gregas de arquitetura
|
evidencia o desenvolvimento do gosto pela pintura de figuras nesse período. No séc. VII, muitos centros do mundo grego produziam
quando as colunatas foram dispostas em torno ao prédio principal do templo, criando a forma essencial dos tem-
plos gregos posteriores, e isso talvez remonte a 750 a.C. O primeiro templo de Hera em Samos, deste período, é o
t
A influência oriental pode ser primeiro observada na cerâmica com a introdução de novos elementos decorativos, um novo repertório de padrões formais e naturalistas e todo um mundo de animais estranhos, reais e fantásticos. 26 Não há ruptura brusca com o estilo de figura geométrica;
o que vemos é um relaxamento dos princípios rígidos da Zi pintura geométrica, a silhueta severa cede lugar a um desenho esboçado e as formas anatômicas tornam-se mais
| >
E difícil estabelecer as origens da escultura monumental
na Grécia. As únicas obras de escultura sobreviventes da Idade das Trevas são pequenos bronzes e terracotas. Exis-
tem indícios nas tradições helênicas posteriores de que as primeiras imagens de culto tenham sido feitas de madeira, mas pouco se sabe sobre sua história. As causas históricas do surgimento da escultura monumental no séc, VII são
=
mostra
uma variedade de fontes: comerciantes fenícios, dos
am pipi dee
tropolitano de Nova York, é de c. 750 a.C. O Apolo em bronze de Boston, que parece obra dos beócios de 700 a.€.,
;
31
= A “Kore” de Auxerre, Cerca de 640 aC. Pedra calcária; 65 cm de altura. Louvre, Paris. Pequen a estátua de uma jovem no chamado estilo dedálico, possivelmente
feita
como
bastante
pendiosos,
oferenda
evidentes; e no
votiva.
a prosperidade
Egito,
como
dis-
projetos
permitia
no resto do Oriente,
os pgre-
os viram templos e estátuas de homens e deuses que lhes serviram de inspiração. Em meados do séc. VII os gregos já recorriam a seus depósitos locais de pedra e mármore
+
com que esculpiram grandes figuras, tanto imagens de culto como estátuas de homens. A arte grega, partindo de uma atitude puramente nãorepresentativa, desenvolveu fórmulas geométricas para a representação de homens e animais. À procura de um esquema ideal da forma humana e divina, inspira-se agora nas realizações da arte egípcia. A escultura grega do séc. VII está associada ao mítico Dédalo de Creta, que segundo a lenda foi o primeiro escultor grego. No séc. VII o estilo dedálico predomina no continente e nas ilhas gregas. A influência do cânon geométrico pode ser observada na forma da figura masculina, de ombros largos e cintura fina, mas os elementos orientais se fazem sentir no penteado que é muitas vezes uma versão da peruca egípcia, e nas poses das figuras. A figura de uma jovem ilustrada é uma obra dedálica de c. 640 a.C. Seu longo rosto triangular e penteado tipo peruca, além da simplicidade das formas sob a túnica comprida, são típicos desse
estilo.
vistosamente
Seu
vestido
colorida
é decorado
como
toda
com
incisões,
a escultura
e era
arcaica.
No final do séc. VII, os artistas gregos haviam desenvolvido uma forma de figura masculina de pé, inteiramente livre de convenções geométricas e, embora fortemente influenciada pelos modelos orientais, com caracte-
o,
rísticas próprias. A figura 7 representa uma estátua de mármore, em tamanho maior do que o natural, dedicada ao santuário de Poseidon no cabo Sunion, no extremo
sudeste da Ática. Ilustra perfeitamente o cânon simples da escultura masculina. A figura está de pé e em posição frontal, com a perna esquerda adiante, braços tensos do
espécie de acréscimo decorativo; as partes essenciais do "corpo são claramente definidas e sujeitas a uma regra estabelecida de proporções, enquanto que os músculos e ossos formam padrões na superfície do mármore. A obra já possui as qualidades de grandeza e proporção que caracterzam as melhores esculturas gregas. As figuras femininas do mesmo período aparecem sempre vestidas, e não são sujeitas a um único esquema rígido. Nas estátuas femininas mais antigas, a parte inferior do corpo sob as vestes pode se apresentar plana ou cilíndrica, com as | dobras da roupa indicadas por linhas verticais, mas há al a mesma simplicidade e qualidade monumental, e a mesma tentativa de encontrar uma fórmula clara e direta. a
RE =
E
cd
jk
.
P
lado e punhos cerrados. Os detalhes são representados com simplicidade e vigor. Os olhos são grandes e amendoados, as orelhas grandes e esculpidas de modo a formar uma
HISTÓRIA
INICIAL
DA ARQUITETURA
GREGA
O desenvolvimento da arquitetura durante o séc. VII se processou rapidamente. A forma básica do templo grego, j
como
vimos,
foi criada
durante
a Idade
das Trevas,
mas
as ordens da arquitetura grega só começaram a se definir no séc. VII O melhor exemplo da pesquisa da forma ideal a ser aperfeiçoada que caracteriza os gregos en-
7. “Kouros” de Sunion, Cerca de 600 a.C. Mármore; 3,05 m de altura, Museu Nacional de Atenas. Encontrado num poço perto do templo de Poseidon em Sunion junto com restos de outras estátuas. Esta estátua foi montada de fragmentos. O braço esquerdo é moderno.
C.
A
ordem
dórica
contra-se na arquitetura dórica. Suas origens remontam as estruturas de madeira da primeira escultura grega, 38 como revela a observação de seus elementos básicos. As colunas erguem-se sem base do chão, e são caneladas em toda sua extensão; os capitéis consistem de um modelado convexo mais largo (equino), e um estreito bloco quadra-
do
(ábaco).
as
colunas:
A
série de blocos
arquitrave
de
acima
série de painéis
vergas
simples
retangulares
encontra-se
(métopas)
é composta
entre
o
de
distribuídos
friso,
blocos
dividido
salientes,
uma
entre
numa
cada
um com três ressaltos verticais separados por sulcos (tríglifo). O coroamento é feito pela cornija, um beiral proeminente em pedra vergada para baixo na parte interna é decorado com lajes retangulares e cavilhas ressaltadas. Muitas dessas características originam-se diretamente
dos protótipos em madeira. Os tríglifos do friso vêm do tratamento decorativo dispensado às extremidades das vigas do teto, e há uma explicação semelhante para o detalhe
da parte interna da cornija; a coluna € O capitel devem ter sido baseados em originais de madeira. A ordem dórica estava firmemente implantada por volta de 600 a.C., e à partir de então sofreu poucas modificações,
38
A
a não
forma
ser no sentido de um
dos capitéis,
progressivo
as proporções
das
refinamento.
várias partes,
desenvolvem-se e modificam-se, mas a forma básica permanece a mesma. O templo de Hera, em Olímpia, de c. 600 a.C., apresenta um projeto plenamente desenvolvido, com uma cela retangular, pórticos em colunatas em cada extremidade, uma colunata em torno, um telhado em declive criando o espaço triangular (frontão) entre as cornijas horizontais e inclinadas, e uma disposição clássica padrão com seis colunas na fachada. Este templo particular foi construído originalmente em madeira, mas já existiam templos de pedra em meados do séc. VII a.€. Em contraste com o dórico, a segunda das duas gran des ordens da arquitetura grega, O jônico, popular sobretudo nas cidades-estados na Grécia asiática, não alcançou uma forma canônica até o final do séc. V a.C. Suas ort gens são mais obscuras; as formas primitivas do capitel jônico, com suas volutas características, admitem varia-
ções consideráveis, e os detalhes da superestrutura diterem
dis ordens duas às início O desde Mas lugar. em lugar de tinguem-se com clareza; as colunas jônicas têm bases te. seccionadas e o sistema de estriamento é bem diferen A arquitrave é escalonada e não lisa, & à corja é mar(denttes salient unidos blocos de fileira uma por cada culos) abaixo da proeminência principal. Por vezes, um Dão lmente inicia mas uzido, introd é uo contín friso plano
39
D. Plano do templo de Hera, Olímpia
mo
2
8. Medusa e seu filho Crisaor. Início do séc. VI a.C. Mármore, com 3,15 m de altura. Museu de Corfu, Grécia. Grupo central do frontão do Templo de Ártemis em Corcira.
associado com os dentículos. da Grécia asiática são mais
grandiosa
claramente
Samos,
do
e do
nos
que
os
projetos
enorme
Os primeiros templos jônicos ambiciosos e de escala mais
dóricos; do
templo
pode
ser
de Ártemis
em
isso
templo
do
séc.
VI
observado a.C.
Éfeso,
em
de
c. 560 a.C. Em ambos havia uma fileira dupla de grandes colunas rodeando o edifício principal, e proporcionalmente esses primeiros templos jônicos poucas vezes chegaram a ser superados por construções posteriores. A DECORAÇÃO
DOS
EDIFÍCIOS
A evolução das formas padrão dos templos gregos no séc. VII deu origem a novas espécies de escultura e pin-
tura ligadas à sua decoração. Fragmentos de escultura dedálica de c. 640 a.C., encontrados no local de um templo na Acrópole de Micenas, parecem ser os exemplos mais
antigos de escultura feita para decorar as métopas de um friso dórico. Se um templo primitivo era feito de madeira, as métopas seriam de terracota pintada, e há fragmentos
de métopas de terracota datando da segunda metade do séc. VII, oriundos de um templo dedicado a Apolo em Thermon, na Etólia. São, na realidade, os primeiros exemplos de pintura monumental que sobreviveram da Grécia arcaica; seu estilo é coríntio, intimamente ligado ao dos
vasos contemporâneos. Um dos melhores fragmentos mostra uma
mulher
sentada,
com
excelente
desenho
de
con-
torno e manchas de cor: branco para o rosto e os braços, preto para o cabelo, roxo para o vestido. É essencialmente a mesma técnica empregada pelos pintores de vasos, em
escala maior. O espaço triangular do frontão do templo exigia ornamentação. O exemplo mais antigo sobrevivente da escultura em frontão, do início do séc. VI a.C., vem do templo de Ártemis na colônia coríntia de Corcira (Corfu). A solução encontrada para o problema da inclinação do frontão não é das mais satisfatórias, mas a Górgona
gigante no centro é uma criação magnífica. Aparece ajoelhada, pose usual para representar a ação de correr, e é ladeada por duas panteras leoninas heráldicas; o resto do espaço triangular é ocupado por figuras menores: seus filhos, Crisaor e Pégaso, ao seu lado e grupos de figuras nas extremidades. Alguns excelentes fragmentos de frontões primitivos foram também encontrados entre as ruínas da pilhagem persa da Acrópole de Atenas: trata-se de um grupo, de escala e caráter impressionantes, representando uma leoa atacando um touro. Data de c. 600 a.C. e per- 31 tence a um mundo em que monstros e criaturas exóticas ainda tinham o poder de aterrorizar os homens. A es-
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Reconstrução
Templo
do
frontão
de Ártemis,
em
Em
600 a.C. a temática da pintura e da escultura grega,
vem
como
da arquitetura
de templos,
já esta-
vam firmemente estabelecidos. O período da influência é oriental termina e a arte grega começa a trilhar seus próprios caminhos. Embora não tenha chegado até nós nenhum exemplo de pintura monumental do séc. VI, foram conP P a servados muitos vasos pintados, alguns da mais alta qualidade. Há um acervo de esculturas originais maior do que ve d à codo da arte orega oi ni e qua Denis 1º P dere º segun E nstru u sobrevive rali =
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Corcira.
A ARTE DO SÉCULO VI
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cultura associada aos edifícios dificultava o agrupamento das figuras, o que serviu de estímulo ao desenvolvimento da escultura grega de figuras.
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VASO ATENIENSE A última fase da arte grega arcaica coincide com o desenvolvimento da pintura em cerâmica que se realizou em Atenas. Os vasos desta época são decorados com a técni. ca da figura-negra, silhueta negra pintada sobre o fundo vermelho-vivo do barro cozido, os detalhes internos das figuras desenhados com traço inciso e algumas cores, sobretudo roxo e branco. É uma técnica exclusiva do pintor de vasos; nas pinturas murais ou painéis da mesma época, embora prevaleçam os mesmos princípios de desenho em contorno preenchido a cor, havia maior variedade cromática em comparação com a escultura colorida do mesmo período. Mas os vasos dão uma idéia clara da evolução
da arte representativa no séc. VI a.C.
O vaso que aparece na lâmina 28 é um dos últimos exemplos dos enormes vasos funerários dentro na tradição da cerâmica de Dipylon, obra de artista atuante em 23 Atenas c. 600 a.C., e que pintou em estilo ampliado, de acordo com as proporções do vaso. No pescoço do recipiente, num painel, aparece o episódio em que o herói Hércules mata o centauro Nessos, cena mitológica popu: pop lar. O detalhe ilustrado mostra uma das duas horrendas 28 irmãs da Medusa, que aparecem no corpo do vaso, fugindo da cena de sua decapitação. A posição ajoelhada, com a sea as pernas em perfil, convenção anterior para figuras em icão de 'cortida. É ainda moui empresada. & 0 pintar poSIção E 4 Pra, Pa virou de frente as 6enormes cabeças e a parte superior dos corpos para revelar sua aparência aterradora. O pintor 3
de
Nessos,
assim
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denominado
de suas
por
causa
limitações um
O estilo de figura-negra em
da
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tude por volta de 560 a.€., quando o tirano Psístrato esta-
va no poder. Seu mecenato inspirou grandes realizações =
na arquitetura, a
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tência de um programa de construção na Acrópole com-
parável ao empreendido sob Péricles no séc. V. A Atenas de Psístrato era cosmopolita; os artistas chegavam de todo o mundo grego, inclusive das cidades jônicas. O adiantamento da pintura reflete-se na decoração dos vasos. Os pintores que executavam esses recipientes de luxo muitas vezes
assinavam
seus
nomes:
outros
não
são
conhecidos
pelo nome, mas seu trabalho em vasos diferentes pode ser reconhecido. Exequias, que pintou o vaso apresentado na
lâmina
37
(Museu
Britânico),
talvez
seja
o
maior
pintor de vasos de figura-negra de Atenas. Na ânfora citada, o tema escolhido foi o conhecido episódio de Aquiles matando Pentesiléia, a rainha das Amazonas, e mostra o momento em que o herói mergulha a espada no corpo da guerreira, que, de joelhos, procura desesperadamente (Continua
na pág. 57)
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cialmente pelos arquitetos mais acadêmicos. Os romanos por sua vez serviam-se de versões locais inspiradas em modelos do Sul da Itália. Durante o séc. 1 aC. uma influência nova e direta do mundo helenístico levou à adoção geral de formas mais ortodoxas das ordens, mas O passado essencialmente não-grego da arquitetura romana iria sempre inspirar uma frívola desconsideração pela pureza e um gosto pela elaboração exagerada do detalhe ornamental. A ordem coríntia foi adotada como a ordem romana por excelência devido a suas possibilidades desorativas mais ricas, e as combinações de ordens, que parecem
ter agradado
tanto
aos
romanos,
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do capitel compósito, fusão de jônico e coríntio. A severa ordem dórica foi quase inteiramente rejeitada para a construção em grande escala. Na ornamentação, como no
método e plano de construção, enormemente do grego.
A FUNDAÇÃO
o gosto
romano
diverge
DO IMPÉRIO
A fundação do Império Romano por Augusto não provo-
cou nenhuma romana, mas
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patrocínio.
AU PAXUVUUVYNUIUA O
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Estado
romano
passou
a ser o principal
patrono das artes, e os melhores talentos eram recrutados para servir um programa de propaganda idealizado por Augusto e seu círculo de conselheiros. A construção de novas cidades em toda a Itália e nas províncias deu novo
ACTA SNC PT OyDR Aa “UA 1
O
O
mudança fundamental no caráter da arte alterou inteiramente as características do
PERTO
estímulo à arquitetura e às artes. O governo de Roma continuou a empregar artistas e artesãos gregos para alcançar seus objetivos, mas seu trabalho tinha caráter especificamente romano por expressar metas e ideais romanos. É uma época de anonimato nas artes. O artista foi rebaixado a artesão, seu trabalho admirado pela habilidade. Conhecemos poucos nomes de pintores e escultores, e são
LAAS TTVESEN
ONA
L. A ordem coríntio-romana.
quase todos gregos. Satisfaziam todos os aspectos do gosto romano: grandes edifícios e monumentos comemorativos,
retratística, cópias de obras-primas gregas, escultura e pin-
tura decorativas. Mantiveram viva a tradição clássica durante o Império. Só por volta do final do Império, a partir do início do séc. III d.C., é que iremos encontrar ten-
dências artísticas que se opõem ao ideal clássico. São produto de circunstâncias diversas da época — o declínio geral do Império, as modificações das crenças religiosas
e outras — e, de várias formas, nos levam a uma concepção fundamentalmente diferente do propósito e caráter da arte bizantina e medieval. A “ARA
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ROMA
O primeiro grande monumento escultórico da época do Império é a Ara Pacis, em Roma, altar monumental encerrado num recinto retangular ricamente decorado, erguido entre 13 e 9 a.C. para comemorar o estabelecimento da paz no mundo romano. Os melhores artesãos disponiveis foram contratados para esculpi-lo. Há requintados arabescos de ornamento floral em baixo-relevo trabalhados no melhor estilo helenístico, painéis figurativos com composições alegóricas e cenas da mitologia romana, guirlandas de flores e de frutas, e um friso com um cortejo de figuras comemorativo do ato dedicatório do altar em 13 a.C. Toda a decoração ilustra com eloquência a maneira com que o talento grego foi posto a serviço das idéias imperiais. O friso na figura 64, um cortejo, merece toda nossa atenção, pois nele vemos idéias gregas e romanas numa combinação das mais harmoniosas. Há algo do ideal ateniense na concepção severa e nobre da cidadania romana contida nas figuras, e a clareza do estilo neo-ático lembra o friso do Parthenon, mas aqui as figuras principais não são os cidadãos ideais do séc. V a.€. na Grécia, mas retratos de romanos importantes da época. Sua presença dá ao friso um sentido de acontecimento real, de atualidade histórica,
135
O DESENVOLVIMENTO
DO
RELEVO
HISTÓRICO
A Ara Pacis lançou as bases para os relevos comemorativos e decorativos imperiais. A comemoração de acontecimentos históricos fornece alguns dos melhores exemplares de escultura, mais tipicamente romanos. Os dois painéis esculpidos da galeria do Arco de Tito estão entre os mais famosos. Um deles mostra parte do cortejo triunfal de
Vespasiano
Jerusalém, No
63.
Copa de Hoby. Período de Augusto. Prata; 10,9 cm. Museu Nacional da Dinamarca, Copenhague, Esta cena em relevo em uma (de um par) das taças de prata encontradas no túmulo de um homem rico na ilha de Laaland, mostra Príamo solicitando a Aquiles a devolução do corpo de Heitor.
outro,
e Tito, com
levado
vemos
o produto
para Roma
Tito
em
sua
do saque
depois
biga,
do templo
de
da guerra judaica.
coroado
pela
Vitória.
O painel processional emprega com a maior sutileza diver- 65 sos planos de relevo para dar efeito de massa e movimento, evolução que nos leva além das últimas realizações da escultura em relevo grega, até algo que podemos considerar especificamente romano. A força da tradição grega pode ser observada com maior destaque no painel em que as figuras alegóricas, simbolizando os diversos elementos de que era constituída a população romana, foram concebidas dentro das tradições artísticas gregas. Na realidade, durante o início da fase imperial podemos observar a aspiração romana à representação direta e objetiva dos fatos em franca competição com uma forma alegórica em grande parte inspirada em modelos gregos. No excelente friso em espiral na Coluna de Trajano, 66 que retrata as campanhas dácias do Imperador, predomina o estilo realista, com uma abundância de detalhes precisos. Durante
a época de Adriano e dos primeiros Antoninos,
o
estilo alegórico grandioso tende a se afirmar numa expressão pomposa e excessivamente confiante das idéias imperiais, O que contribui para inspirar a forte reação ao classicismo que iremos discutir mais adiante neste mesmo capítulo. A RETRATÍSTICA
64. Cortejo romano. Séc. IX a.C. Mármore; 1,57 m de altura. Parte do friso da Ara Pacis (Altar da Paz) em Roma, mostrando membros da família imperial e oficiais em um cortejo. O altar foi construído entre XIII e IX a.C. a fim de comemorar a volta de Augusto das províncias ocidentais do Império.
E A PROPAGANDA
Os retratos do Imperador eram um dos principais veículos da propaganda imperial. Os generais da República tardia já haviam adquirido o hábito helenístico de cunhar sua imagem em moedas, e recorriam aos artistas gregos para esculpirem seus bustos e estátuas. A criação de uma imagem pública satisfatória do Imperador era um problema sutil e complexo. Os conselheiros artísticos de Augusto ofereceram-lhe soluções brilhantes. Preservaram para nós as feições do Imperador, mas o trataram com uma pureza quase clássica, que confere a sua aparência ascética uma majestade quase divina. Podia ser tudo para todos. Ora o 102 cidadão romano devoto, dedicado, vestindo sua toga, um grande homem entre seus pares, ora o símbolo prepotente do poder imperial apresentado na famosa estátua de Pri-
ma
Porta,
no
Vaticano,
em
que
aparece
fardado,
numa
pose clássica, executando um gesto de autoridade simples, mas altamente expressivo. Nem todos os imperadores se serviram destes ideais em seus retratos, Vespasiano, que
67
se orgulhava de sua origem simples, itálica, prefere uma semelhança terra-a-terra, despojada de idealizações, que
nos lembra a retratística romana da República, e nas mãos dos melhores artistas transmite força de personalidade e firmeza de propósitos. Não podemos imaginar Vespasiano se sujeitando ao retrato cômico, como a estátua
68
de Cláudio no papel de deus Júpiter, e ninguém desejaria retratá-lo assim. Trajano, “melhor dos Imperadores”, pro- 69 jeta nos retratos que chegaram até nós uma maravilhosa imagem de benevolência, e Adriano, barbado, entusiasta 79 de tudo que é da Grécia, parece quase herói grego. Os 65.
Espólio
Tito, Roma.
d.C.
80
de Jerusalém.
Mármore.
O
Arco
de
O relevo da passagem do Arco mostra parte do
cortejo triunfal de Tito no ano 71, depois da conquista da Judéia. Entre os espólios do templo de Jerusalém,
a mesa de pão ázimo, trombetas e o candelabro de sete hastes.
do
Foro
de
Augusto,
Coluna de Trajano, Roma.
Ronan
Roma.
113 d.C. Detalhes do relevo
do friso em espiral na coluna de mármore erguida no Foro de Trajano, a fim de comemorar as vitórias do Imperador sobre os Dácios. A coluna tem 38 metros de altura,
incluindo
a base,
fazendo
dele uma
Sprdas comparável
divindade
as grandes criações do passado. Os imperadores Antoninos 75
foram
prejudicados
pelas
preocupações
técnicas
dos
es-
uma forte predileção pelos fino acabamento das fei-
cultores da época, que tinham contrastes marcantes entre o
e o friso tem
entre os melhores estudos de personalidade do período romano. AS REALIZAÇÕES
0d
Aa...
na
i ) onoonoonnaa RE
66.
Plano
set Core
a pureza 76 grega em
ções e o cabelo desordenado, profundamente sulcado. Contudo, alguns retratos de particulares da mesma época estão
rj atentos
O.
retratos de seu favorito, Antínous, combinam clássica de suas feições aos ideais da escultura
50 metros de extensão.
DA ARQUITETURA
remanescentes
ROMANA
A arquitetura ocupa lugar de destaque no programa de propaganda do Império Romano. A reconstrução de Roma como capital digna de um império universal fora iniciada por Júlio César, e sua política foi levada adiante por seu sucessor Augusto, que se gabava de ter encontrado a cidade de Roma construída de tijolos e tê-la deixado feita de mármore. Edifícios dentro dos padrões romanos foram erguidos por todo o Império: foros, basílicas, arcos triunfais, teatros e anfiteatros, templos e santuários. Como já vimos, as formas básicas da maior parte dessas construções haviam sido criadas no final da República, mas agora
surgem com nova magnificência, fazendo grande uso de mármores lisos e coloridos. Conjuntos de edifícios eram projetados em escala grandiosa, e o desenvolvimento da técnica de construção em concreto recoberto por tijolo,
no início do Império, deu às construções romanas um caráter inteiramente diferente. Na lâmina 112, vemos o Foro de Augusto, em Roma, construído pelo Imperador
para ampliar a área administrativa da cidade e como monumento ao prestígio imperial. O Foro consiste de uma úrea aberta ladeada por duas colunatas e absides semi-
circulares, tendo ao fundo o majestoso templo de Mars Ultor. O desenho do templo e da área total do Foro é caracteristicamente romano, mas o detalhe arquitetônico tem
muito
do espírito grego.
A
influência
niense é particularmente marcante,
do séc. V
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e pode ser observada
nas cópias das Cariátides do pórtico de Frecteu, em Ate-
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nas, que decoram a ordem superior das colunatas laterais, e também no entalhe dos perfis ornamentais. A simplicidade classica e a moderação do Foro de Augusto foram substituídos por um estilo decorativo mais elaborado, considerado tipicamente romano, exemplificado pelo templo de Vespasiano divinizado, no Foro. O período dos imperadores Flávios assistiu a mais um programa ambicioso de construção em Roma. Foi erguido o Palácio Imperial na colina Palatina, construídas novas termas, foros imperiais, templos e outros edifícios públicos. O mais famoso monumento da arquitetura flávia é o Colt-
seu
de
Roma,
o maior
dos
anfiteatros
romanos
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dos
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98. O orador. Séc. 1 ou II a.C. Bronze; 1,80 m de altura. Museu Arqueológico, Florença. Esta famosa estátua foi encontrada em Sanguineto, perto do lago Trasimen. Uma inscrição informa que o nome da figura é Aule Metele, versão etrusca do nome romano Aulus Metellus, que está representado como um orador fazendo um gesto pomposo com o braço direito para enfatizar um ponto. A figura é uma das estátuas-retrato mais interessantes que chegaram até nós.
99 (em cima). Retrato de homem com barba. Séc. II a.C. Bronze, 32 cm de altura. Museu dos Conservadores, Roma. Esta cabeça foi identificada, sem muita razão, como sendo de 1. Junio Bruto, o
fundador da República Romana. A estrutura rígida da cabeça e o tratamento achatado
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que
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barba
e do
cabelo
a obra pertença
tradição retratista etrusca. engastados, são de esmalte e marrom.
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100 (em cima). Cabeça de um jovem de Fiesole. Bronze; 29,6 cm de altura. Louvre, Paris. Cabeça de jovem, encontrada nos arredores de Fiesole, não muito distante de Florença. Este retrato de um jovem de rosto cheio é uma peça plena de vida dentro da tradição etrusca final, tendo uma excelente expressão de momento e individualismo acentuado.
101 (à direita). Cabeça de romano do início do império. Bronze. Palazzo Barberini, Roma. A figura de que este detalhe faz parte segura nas mãos dois bustos de seus ancestrais, provavelmente do pai e do avô, Embora esculpida no período Augustino, a obra conserva algo do estilo rígido e seco da república tardia.
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1). O Imperador Augusto. Séc. 1 d.C. Sardônix: 12.8 cm. Museu Britânico, Londres. O Imperador está usando aegis e gorgoneion, que simbolizam seu poder e invencibilidade. O diadema de ouro e pedras preciosas foi acrescentado ao camafeu na Idade Média. Este é parte de uma série de camafeus com efigies de membros da Casa Imperial Romana e tem sido atribuído a Dioscórides, o ourives do imperador.
103 (embaixo). A “Maison Carrée” em Niímes. Início do séc. 1 dC. A Maison Carrée em Nimes (Nemausus), na Provença, é um dos templos mais conhecidos e em melhor estado de conservação do Império Romano. Como a maioria dos templos romanos, este se ergue de um pódio (base alta) com um lance de degraus que dá acesso à câmara central. As colunas não formam um peristilo ao longo da nave. mas são continuadas por meias colunas embutidas nas paredes da câmara, esquema chamado “pseudo-períptero”. O templo foi construido durante o reinado do Imperador Augusto.
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ostentando uma coroa torreada, tendo a parte inferior do corpo ricamente ornada com relevos simbólicos, é uma das figuras mais estranhas que chegaram até nós da antiguidade clássica. Esta cópia romana ilustra o gosto romano
na arquitetura.
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104 (embaixo). dC. Alabastro
I0S (em cima). Crítios de Atenas. Mitra matando o touro, Séc. II d.C. Mármore: 1,70 m de altura, Museu de Óstia, Roma. O acontecimento principal da mitologia mitraica foi representado em relevos ou em redor dos relicários mitraicos. Este grupo foi encontrado no Mitreu subterrâneo das Termas de
Mitra em Óstia, porto de Roma. Sua originalidade está em apresentar o deus com túnica helênica em lugar de em trajes persas, como geralmente acontecia. É uma obra de um escultor ateniense.
106 (à esquerda). Jarro policrômico. Séc. III a.C. Vidro; 14 cm de altura. Museu Britânico, Londres. Vaso multicolorido confeccionado por um processo de enrolar tiras de vidro em
estado viscoso em torno de um núcleo de areia. A moldagem de vidro também era usada nos tempos helenísticos, e a técnica de vidro soprado, inventada em fins do período helenístico, foi empregada
durante
toda
a época
romana.
107 (à direita). Estatueta de moça. Séc. I d.C. Bronze; 15 cm de altura. Museu Britânico, Londres. Esta pequenina figura de moça consta como tendo vindo de Verona. O estilo imita, sem muita uniformidade, a escultura grega arcaica. 108 (embaixo). Mural da vila de Lívia. Início do séc. I d.C.; 2 metros. Museu Nazionale delle Terme, Roma. Lívia
era a mulher do Imperador Augusto e sobreviveu ao marido. O Imperador Tibério era seu filho, de um casamento anterior. Cenas de jardim, como a deste
mural da Vila de Lívia em Prima Porta,
eram muito comuns na decoração de interiores das casas romanas no início do Império.
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109 (em cima). O cavalo de Tróia. Séc. I d.C. 39 cm. Afresco. Museu Nacional de Nápoles. No primeiro plano desta composição o cavalo de madeira está sendo arrastado para dentro da cidade por um grupo de homens, iluminados por uma luz fantasmagórica. As torres e muros da cidade são vistos na penumbra do fundo da cena. Os efeitos de luz, pintados numa técnica impressionista rápida, dão à cena uma atmosfera sobrenatural e dramática. Pertence a uma casa de Pompéia.
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110 (embaixo, à esquerda). Teseu triunfante. Séc. I d.C. Afresco; 92
Museu Nacional de Nápoles. Neste quadro, mural de uma casa em Pompéia, Teseu, tendo matado o
cm.
Minotauro, é saudado pelas crianças atenienses cujas vidas acaba de salvar. A direita há um grupo de espectadores.
Uma série de versões deste tema foram encontradas em Pompéia, provavelmente inspiradas por uma famosa pintura grega. O original data provavelmente do séc IV ou HI al.
111 (embaixo, à direita). Perseu salvando Andrômeda. Séc. I d.C. Afresco. 1,22 m. Museu Nacional de Nápoles. Existem várias versões deste tema entre os murais de Pompéia e acredita-se que a inspiração venha de um quadro famoso do séc. IV a.C. ou do “período helenístico. Esta pintura evidencia considerável domínio da modelagem em cor e do emprego de luz e sombra.
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que era o edifício principal. Diante do templo havia um pátio espaçoso, ladeado por colunatas em dois pavimentos; o pavimento superior era ornamentado por cariátides copiadas do Frecteum de Atenas. A série de foros imperiais Toi construída pelos Imperadores a fim de expandir o centro administrativo da capital. 113 (em cima, à direita). Coliseu de Roma. 70-80 d.C. Grande anfiteatro
construído Flavianos
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[12 (em cima). O foro de Augusto. Completado no séc. II a.C. Esta vista do lado sul mostra a robusta muralha dos fundos do Foro e a base e três colunas do Templo de Marte Vingador,
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114 (embaixo, à direita). Mural da casa dos Vettii, Pompéia. 70 d.C. Afresco. A parede foi decorada no chamado “Quarto Estilo” de pintura mural de parede,
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Dourada de Nero, em Roma. O robusto edifício elíptico servia para as exibições dos gladiadores e outros espetáculos. Calcula-se que comportasse 45.000 pessoas. Esta construção é o mais belo exemplo da habilidade dos arquitetos romanos em sustentar um pesado auditório sobre arcadas e abóbadas. Os métodos clássicos arquitetônicos foram empregados na decoração externa do edifício.
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pintados
painéis
com imitações, e perspectivas de arquitetura a distância. Este esquema pertence aos últimos anos de Pompéia, pouco antes da destruição de 79 dl,
115 (na extremidade, à direita). Teatro em Orange. Séc. I d.C. Interior do Teatro Romano de Orange (Arausio), Provence, um dos teatros em melhor estado de conservação do Império Romano. A parede maciça ao fundo da cena, característica dos teatros romanos, tem projeções torreadas e foi originalmente decorada com arquitetura de mármore trabalhado. A muralha externa do anfiteatro foi descrita por Luís XIV como “a mais bela muralha do meu reino”.
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116 (em cima). Aqueduto de Niímes. Séc. I d.C. 270 x 49 metros. Pont du Gard, um aqueduto que leva água de Uzes a Nimes na Provence, é um dos mais belos exemplos da magnífica obra de engenharia realizada em todo o Império Romano. Tem três planos de arcadas, seis embaixo, dez no centro e uma série de arcos menores no plano superior sustentando o conduto.
117 (embaixo). O Foro Romano. Vista da área central do Foro Romano do lado oeste, olhando para o Templo de Antonino e Faustina, que foi transformado em igreja cristã na Idade Média. As três colunas da direita pertencem ao Templo de Castor e Polux. A Basílica de Constantino e o Coliseu podem ser vistos a distância.
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romano. Cerca 19 cm. Museu
Modelagem granada,
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de 160 d.C. Bronze: Britânico, Londres.
olhos
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147 119, Estátua equestre de Marco Aurélio. 161-180 d.C. Bronze: 5.08 m de altura. Roma. Esta estátua do Imperador se ergue na Piazza del Campidoglio, em Roma. É possível que já tenha figurado sobre o arco do triunfo erigido para comemorar as
vitórias do Imperador. Durarte a Idade Média, julgou-se que esta estátua, o mais belo bronze imperial sobrevivente, representasse Constantino, o Grande, fato ao qual deve a sua conservação. Foi
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120 (à esquerda). Bodhisattva da escola Gandhara, Índia. Séc. 1 ou II d.C, Bronze; 91 cm de altura. Museu Britânico
Londres.
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121 (em cima). Mármore; 40,6
Busto de mulher de Palmira. Séc. 11 d.C. cm de altura. Museu Britânico, Londres.
Escultura funerária palmirense que ilustra bem a mistura de elementos greco-romanos e orientais na arte das terras fronteiriças ao Império.
122 (à direita). Retrato romano de homem, de múmia. Séc. II d.C. 40,6 cm. Museu Britânico, Londres (reprodução por cortesia dos Administradores da Galeria Nacional, Londres). Este retrato, pintado em cera colorida sobre madeira,
foi encontrado
em
Hawara,
no Egito.
Retratos
deste
tipo eram colocados entre as faixas das múmias dos sécs. 1 ao IV d.C. e figuram entre os mais belos exemplos de retratos pintados que sobreviveram do mundo antigo.
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Imperador Diocleciano construiu este palácio perto de Salona, na Dalmácia, para seu retiro. O edifício é protegido por muralhas torreadas e parece um campo militar. A entrada que dá acesso às dependências do palácio é formada por quatro colunas de granito com uma arquitrave que se expande num arco sobre as duas colunas centrais. Acima fica um frontão. O pátio fica no final da principal galeria de colunas.
124 (embaixo). Termas de Caracala, Roma. 211-217 d.C. Parte do frigidarium das termas. A arcada da esquerda conduz ao grande vestíbulo que era o compartimento principal do edifício balneário e era coberto por
uma série de três abóbadas de concreto
cruzadas e sustentadas por possantes pilares. Robustas colunas de granito escoram os pilares. As termas continuaram em funcionamento até o séc. VI d.€., quando os aquedutos romanos foram finalmente derrubados.
125 (em cima). Tetrarcas de S. Marcos, Veneza. 284-305 d.C. Porfirio; 1,30 m de altura. Estes dois pares de retratos imperiais estão agora no canto sudosste do Tesouro de S. Marcos, em Veneza. Os retratos são de Diocleciano e seus companheiros de tetrarquia, Maximiano, Hércules, Constantino 1, Galério, todos em traje militar. As figuras foram trazidas da Palestina durante a Idade Média.
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Basílica de Constantino,
Roma.
Esta construção fo! iniciada por Maxêncio entre 306 e 310 € completada
por Constantino.
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dos exemplos
o mais significativos da arquitetura romana do último período. A Basilica
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como modelo as termas romanas.
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uma abside que, originalmente, foi destinada a ser um tribunal, mas foi depois usada para conter a figura
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gigantesca de uma estátua de Constantino sentado, de fragmentos.
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que é a parte do edifício em estado de conservação.
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Este tema de sereias e monstros do mar era um dos mais populares do repertório da arte decorativa romana. Estes ricos mosaicos policrômicos do final da época romana na África estão entre os melhores que chegaram até nós. Este exemplar foi encontrado em Lambese, na Argélia.
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128 (embaixo). Mosaico da Cúpula de Santa Costança. Séc. IV d.C. Santa Costança, em Roma, foi construída como um mausoléu provavelmente no tempo de Constantino, o Grande. Os mosaicos' que decoram a cúpula do ambulatório apresentam uma combinação de temas
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cristãos e pagãos. Neste detalhe aparecem putti colhendo uvas entre as gavinhas das parras, amassando as uvas para o vinho e trazendo os cachos da fruta. Estes são os exemplos mais antigos sobreviventes do emprego da decoração em mosaicos nos murais e abóbadas no mundo romano.
153
113
mais belos exemplos da técnica arquitetônica da época, Aqui vemos a típica mistura romana de detalhes gregos
e construção romana. As paredes externas desse edifício monumental erguem-se em quatro andares de arcos decorados com uma arquitetura de ordens gregas embutidas.
No plano, o auditório ovalado sustentado por compactas
abóbadas de concreto mede 206 m x 178 m e calcula-se que teria capacidade para cerca de 45.000 pessoas. Teatros e anfiteatros, erguidos de acordo com estes princípios, foram construídos por toda parte durante os dois primeiros séculos do Império. Um dos mais bonitos e melhor conservados é o de Orange, Provença, região onde as cons115 truções remanescentes recordam a grandeza do Império Romano. O Pantheon,
erguido
na
época
de
Adriano,
há
muito
uma das construções romanas mais admiradas, tem uma história que vem desde a Antiguidade Clássica, e hoje é uma igreja cristã. O grande recinto circular, abobadado, 71 do templo, iluminado por uma clarabóia circular no alto, tem uma área de cerca de 47 m2. As paredes eram decoradas
elaboradamente,
com
nichos
e revestimento
de
mármore colorido. Diante da rotunda há um pórtico com seis colunas coríntias sustentando o frontão. Os romanos haviam aperfeiçoado de tal forma as técnicas de construção em concreto que eram capazes de cobrir áreas enormes com abóbadas e cúpulas de concreto, servindo-se do mesmo método para construir os grandes conjuntos de edifícios que serviam às diversas finalidades das termas públicas. Por todo o Império, continuaram a dar à sua arquitetura o acabamento do detalhe tradicional grego. A combinação resultou nos arcos triunfais romanos, geralmente erguidos para comemorar triunfos militares. Consistem de uma ou mais arcadas, ladeadas por colunas emou
butidas
inteiras, encimadas
por um
entablamento,
aci-
ma do qual o ático geralmente serve de base para um grupo de carros (bigas) esculpido. Arcos do Triunfo foram erguidos desde o final da República até o final do 91 Império. O GOSTO
PRIVADO
ROMANO
SOB O IMPÉRIO
Já tratamos dos monumentos públicos do início do Império, por apresentarem tantas características especificamente romanas. Mas, a longo prazo, foi o gosto privado do romano que mais contribuiu para manter viva a tradição grega durante o Império. Foi a plena adoção da arte grega pelos patrícios abastados da República tardia que mais hele-
105
nizou a tradição romana, e no início do Império o gosto pelas coisas gregas em nada diminuiu. Os romanos continuaram a empregar os copistas de escultura e pintura grega. A escultura no período romano não apresenta quase nenhuma nova figura típica, a não ser as novas
divindades de aparência helênica e as personificações de
idéias
imperiais.
As
vezes,
vemos
aspectos
de
um
gosto
73 diferente, assim como o aumento da popularidade do mármore colorido para estatuária. O gosto privado dos 104 romanos durante o Império pode ser melhor observado no interior das casas, que conhecemos de Pompéia e Herculano. Cópias de escultura e mobiliário, em estilo grego, eram usadas nos jardins e nos aposentos. A pintura
67. O Imperador Augusto, 27 a.C. 14 d.C. Mármore: 2,01 m de altura. Museu do Vaticano. Esta estátua foi encontrada na Vila de Lívia, em Prima Porta, próximo a Roma. Os relevos no peitoral representam a volta, em 20 a.C., dos estandartes romanos capturados de Crasso na
Batalha
de
Carrhae.
68. Cabeça de Vespasiano. 69-79 d.C. Mármore; 41 cm de altura. Museu Britânico, Londres. Esta cabeça retrata o Imperador Vespasiano e foi encontrada durante as escavações de Cartago em 1835-36.
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69.
Cláudio
foi
encontrada
como
Júpiter.
41-54
d.C.
Mármore:
2,54
m
de altura. Museu do Vaticano. Esta estátua do Imperador Cláudio como Júpiter, com uma águia e coroa de folhas,
70.
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Mármore;
74 cm
de:
altura. Museu Britânico, Londres. Busto-retrato do Imperador Trajano encontrado na campagna romana em 1776.
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71. O Pantheon. 126 d.C. Vista externa do Pantheon, Roma, construído no reinado de Adriano. Um pórtico clássico compõe a frente da rotunda de tijolos que já foi revestida de mármore e estuque.
em
72. Pantheon — Vista interna. A decoração do edifício, que está em contínuo funcionamento desde os tempos romanos, já foi muita alterada. Uma reconstrução parcial do painel original de mármore pode ser vista nesta ilustração.
“3
Figura do Egito.
145 d.C. Mármore; 1,51 m de altura (a figura), Palazzo dei Conservatori, Roma. Personificação do Egito, parte de uma série de figuras de províncias do Templo
grega
de
Adriano
era
a
divinizado,
principal
ofertado
inspiração
em
145
os
decoradores
para
d.C.
os afrescos nas paredes.
interior, que pintavam
de
O melhor
exemplo do gosto fileleno é a vila construída por Adriano perto
em Tivoli,
Roma.
de
Nesse
local,
o imperador
fez
construir um grande conjunto de edifícios, muitos dos quais copiados, ou inspirados por aquilo que vira em suas
viagens pelas províncias. Os interiores com cópias de esculturas, pinturas e
foram decorados mosaicos gregos.
Embora
imperadores,
certamente
o
mais
fileleno
dos
gosto não constituía exceção entre os romanos. PINTURA
seu
ROMANA
DECORATIVA
Podemos considerar aqui dois aspectos do gosto privado romano: os interiores pintados e os sarcófagos de pedra. A pintura em afresco já foi mencionada pelo fato de esclarecer algo da história tardia da pintura grega. Não estamos aqui interessados nos esquemas posteriores de decoração romana,
a não ser enquanto esclareçam
as linhas
gerais do desenvolvimento da pintura antiga, mas algo deve ser dito a seu respeito. O Segundo Estilo, no início, buscava criar uma ilusão de espaço, com perspectivas arquitetônicas, paisagens ou composições figurativas, dentro dos limites de um esquema arquitetônico unificado. No Segundo Estilo posterior, da época de Augusto, a unidade da arquitetura foi rompida pela introdução de grandes composições em painéis e, mais tarde, a tentativa de criar impressão de espaço foi abandonada por muitos pintores que passaram a preferir superfícies planas, com decoração baseada nas formas arquitetônicas, mas tratada como arabesco, de intenção puramente ornamental. Colunas e candelabros delicados eram usados para emoldurar composições em painel, destacando-se contra o fundo plano e de
colorido
brilhante.
Ainda
mais
tarde,
no
chamado
Quarto Estilo de Pompéia, há um meio-termo entre a decoração plana e a perspectiva arquitetônica, e durante 114 sua história posterior que, a partir de 79 d.C. apresenta documentação escassa, a decoração de paredes romana continua a servir-se de elementos ou divisões arquitetônicas como base de seus esquemas. Os quadros incorporados aos diversos esquemas romanos de decoração continuam a inspirar-se no repertório da pintura grega. Os
pintores continuam a representar cenas épicas, paisagens, naturezas-mortas, cenas da vida cotidiana com as técnicas e os: estilos inventados pelos últimos artistas gregos. É difícil calcular qual a contribuição romana ao repertório. Na época de Augusto, era moda a pintura de jardins dando a ilusão de uma abertura na parede com vista para o jardim. Um aposento na Villa de Livia, em Prima Porta, era todo decorado assim, num estilo que consegue transmitir efeitos convincentes de luz, atmosfera e detalhe natura108 lista vívido. Os grandes painéis são geralmente inspirados em modelos gregos de períodos diversos, e cenas mitoló-
gicas e épicas eram as mais populares. Pinturas como a cena da lâmina 111, que mostra Perseu salvando Andrômeda, são provavelmente adaptações de obras-primas gregas posteriores, e mostram como às técnicas do modelado em cor e dos efeitos de luz já eram dominadas até por pintores
de
talento
moderado.
74. Cabeça de Mitra. 200 d.C. Mármore; 37 cm de altura. Museu Guildhall, Londres. Cabeça do deus Mitra encontrada nas escavações de Wallbrook Mithacum, Londres, em 1954.
Foi feita na Itália e levada à Inglaterra.
75. 2 m
O Antínous de Farnese. Período de Adriano. Mármore; de altura. Museu Nacional de Nápoles. Estátua de
Antínous, Antínous,
jovem bitinino, favorito que morreu afogado em
representado
como
do Imperador Adriano. 130 d.C., está aqui
Hermes.
A época romana pouco teve a acrescentar ao desenvolvimento da técnica, mas o surgimento, em pinturas posteriores do Segundo Estilo, de algo que podemos denominar uma
técnica
“impressionista”,
pode
ser
atribuído
aos
ro-
manos. A técnica é usada especialmente, e com particular sucesso, nas paisagens fantásticas: vistas imaginárias com edifícios, casas e cenas de porto. Abandonam o modelado preciso da tradição grega por impressões cromáticas, obtidas através de pinceladas rápidas, que permitem ao artista realizar efeitos poderosos de luz e sombra. Um dos mais marcantes exemplos do emprego dessa técnica é a pintura mostrada na lâmina 109, em que se vê o cavalo de madeira entrando à noite em Tróia. Uma luz fantasmagórica recobre o todo, e os traços cortantes que iluminam as figuras em primeiro plano prestam grande dramaticidade à cena. É uma das peças narrativas mais vívidas que chegou
até nós do mundo
antigo. A técnica impressionista apa-
rece inicialmente como uma experiência no tratamento de luz e cor, não como uma reação deliberada ao “classicismo”. No Império Romano tardio, porém, quando existia de fato uma reação maior e mais positiva aos princípios
da pintura pagã, esta técnica encontrou pronta receptividade entre os artistas e se tornou uma influência poderosa na evolução
da pintura.
76. Cabeça de Adriano. 117-138 d.C. Mármore; 90 cm de altura. Palazzo dei Conservatori, Roma. Adriano foi o primeiro imperador romano a usar barba, detalhe que acentua o idealismo grego em seus retratos. SARCÓFAGOS
ROMANOS
Os primeiros sarcófagos romanos ilustram, talvez melhor que tudo, a inspiração inteiramente grega das artes decorativas romanas. Na época de Adriano, esquifes de pedra para sepultamento eram muito populares entre as classes mais abastadas, e substituíram a prática anterior de cremação, em que as cinzas eram colocadas em urnas de pedra e altares funerários. Estes sarcófagos eram ricamente
decorados com ornamentos
em relevo, às vezes com
temas puramente decorativos, geralmente com cenas da mitologia grega. Os temas são evidentemente inspirados em orginais gregos (pintura e escultura), e os sarcófagos fornecem a escultura mais viva e de melhor técnica remanescente da época romana. As composições, como as do Sarcófago de Gigantomáquia, no Vaticano, e o Sarcófago de Orestes, no Museu Laterano, apresentam figuras em poses e movimentos violentos que lembram as cenas do
Altar de Pérgamo. À medida que os sarcófagos se tornam
mais altos, o agrupamento de figuras complica-se, e os escultores encontram soluções notáveis para os problemas que se apresentam. Nunca será demais enfatizar a importância dos sarcófagos na história da arte romana. Sua produção não só ocupou os escultores da Itália, mas, devido
77.
Netuno
Balneário
de
em
sua carruagem,
Netuno,
Óstia.
Fins do séc. II d.C.
Este
mosaico,
Mosaico.
composto
de pedras pretas e brancas, mostra Netuno sendo transportado através do mar em sua carruagem puxada por cavalos marinhos. TR) js
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à amplitude da demanda, tornou necessária a criação de oficinas nas províncias orientais do Império. Sarcófagos
feitos na Ásia Menor e em Atenas são testemunho das técnicas e estilos daqueles centros, e no séc. III os sarcófagos tornaram-se a principal fonte de informações sobre
a história da escultura romana A ARTE
ROMANA
78 79
em geral.
NAS PROVÍNCIAS E ALÉM
Nos primeiros dois séculos do Império, os estilos da arte e arquitetura romana difundiram-se pelas províncias e sua influência se fez sentir mesmo além das fronteiras. É interessante comparar o caráter da arte nas províncias gregas e orientais com o das províncias ocidentais, que não tinham a experiência da arte helenística. As províncias gregas, fornecendo artistas treinados nas técnicas da arte helênica, foram as que mais contribuíram para manter acesa a tradição grega. No Otidente, a mistura do grecoromano com tradições nativas pôde dar origem a um “classicismo” decadente, de proporções pouco harmonio78. Sarcófago de Melfi. Fins do séc. 1H d.€. Mármore; 1.65 m de altura. Melfi. Sarcófago colunário ricamente
Melfi, na decorado, feito na Ásia Menor e encontrado em colunas, lHália. Figuras de deuses € heróis, de pé entre as
completam
a decoração.
sas
e detalhes
antiestéticos.
Quando
os
elementos
locais
representam uma contribuição positiva, uma união produtiva é o resultado, como no retrato vigoroso de um príncipe helvécio ou na conhecida escultura do frontão do templo de Sulis-Minerva, em Bath,
80 ó2
Além das fronteiras orientais do Império, a arte clássica encontrava-se com a oriental. As cidades caravançarás de Dura-Europos e Palmira nos legaram esculturas e pinturas
que, apesar de revelar influência romana marcante, são de espírito nitidamente oriental. Obras de arte romanas 121
importadas
a influência
revelam
na escultura
exercida
da
Índia nos primeiros séculos do Império. O problema das
Ar
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“URSS.
PF FRA
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Mas
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A
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79. O Sarcófago de Aquiles. Séc. III d.C. Mármore; 1,31 m de altura. Museu Capitolino, Roma. Os relevos representam a descoberta de Aquiles entre as filhas de Licomedes. As figuras do morto e sua mulher estão reclinadas
sobre 80.
a tampa
Cabeça
de
deste sarcófago chefe
helvécio.
feito na Grécia.
Séc. I d.C.
Bronze;
26 cm.
Museu Histórico de Berna. Retrato, provavelmente de um jovem príncipe da Helvécia, moldado em excelente estilo romano.
A cabeça
vem
de
Prilly
(Vaud).
influências estrangeiras e provinciais na evolução da arte 120 romana em geral é extremamente complexo. O papel das províncias orientais, que criaram novas técnicas e foram responsáveis pela divulgação das idéias orientais, é bastante evidente, mas como dizer até que ponto as províncias ocidentais influenciaram o lento declínio da tradição clássica no Império tardio? Deixando estes problemas de lado, observamos que a impressão mais marcante transmitida pela arte romana como um todo é de uniformidade. Por toda parte, na época, de sua prosperidade, os provincianos romanizados sonhavam viver como os
romanos,
enfeitar
suas
casas
com
esculturas,
mosaicos romanos. Os monumentos públicos truídos de acordo com padrões estabelecidos cidades mais importantes. Ainda. que com o mundo romano as tradições nativas tenham
afirmar-se
em
oposição
à arte representativa
pinturas
e
eram consem todas as colapso do começado a clássica,
as
influências romanas foram bastante profundas para influir de forma decisiva no desenvolvimento futuro da arte em todos os países a que chegaram. O DECLÍNIO DA TRADIÇÃO CLÁSSICA
A parte final deste capítulo trata do declínio do Império
Romano
e da
tradição
clássica
na
Seria,
arte.
contudo,
arriscado enfatizar o aspecto do declínio e não levar em consideração o surgimento de uma nova e poderosa tradição inspirada por novos ideais que rejeitavam os antigos. Se analisarmos a arte de Roma nos sécs. II e IV d.C.
somente em função da tradição clássica, só veremos o de-
clínio. Iremos observar que a pintura e a escultura afastam-se dos padrões estabelecidos no início do Império, a habilidade técnica dos escultores é evidentemente inferior,
e os pintores perdem a capacidade de tratar a linha e a
cor como antes. Isto pode ser explicado em função da decadência econômica e política do Império Romano. Po-
demos
declínio
até mesmo
da tradição
pensar ter resolvido clássica
na
arte.
os problemas
Mas
estaremos
do
nos
iludindo se deixarmos de observar que a rejeição de grande parte do que é essencial à tradição clássica parte de uma
reação proposital aos ideais e metas da cultura pagã. Na realidade, as causas do declínio da tradição clássica cons-
tituem um dos problemas mais complexos de toda a história da arte antiga. Nossa principal fonte de informações é uma tradição imperial que se esforça para preservar os valores antigos, e indícios de mudança significativa são às vezes difíceis de reconhecer. Manifestam-se de tantas tormas diferentes; podem ser diferenças técnicas ou métodos de expressão inteiramente novos. Podemos encontrar o quadro às vezes confuso, devido ao fato de empregarem, deliberadamente, estilos anteriores, e expressa-
rem novas idéias em linguagem simbólica oriunda da arte
“1. Relevo de Taxila, Punjab. Séc. II d.C. Pedra; 38 cm. O desenho dos frisos, mostrando guirlandas sustentadas
pelos
putti, com
bustos
nos de
escultura
Bath.
Séc.
II d.C.
classico mas o trabalho um artista indiano.
*2.
Górgona
Museu
de
de
Bath,
Inglaterra.
intervalos, é basicamente
Parte
é obra
Pedra
central
do
de
de
Bath;
relevo
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2,50
O motivo . th Ba em a rv ne Mi sli Su de frontão do templo do com a central é um medalhão esculpido decora ias aladas. vitór por ntada suste gona £or a um de cabeça
m,
83. Capitel Coríntio, Séc. I d.C. Pedra; 1 metro de altur:. Museu Cirencester, Inglaterra. Capitel coríntio decorado com bustos nos quatro lados e encontrado em Cirencester. A figura selvagem mostrada aqui, lembrando Sileno, representa provavelmente um deus celta da fertilidade.
| 6)
pagã. Mas uma coisa é certa: a partir da época dos An: toninos, os velhos ideais da arte clássica deixam de satisfazer às aspirações dos homens, e é esta a lição fundaROMANA
tardia. TARDIA
Observemos, inicialmente, o indício de modificação mais evidente na arquitetura, visto que neste campo a decadência se faz sentir menos. É verdade que as condições eco-
nômicas do Império tardio deram origem a períodos em que pouco foi construído, e a prosperidade das cidades provinciais estava em franco declínio. Mas até a época de Constantino, quando encerraremos nosso panorama, grande número de projetos de construção ambiciosos foram empreendidos em todo o mundo romano, sobretudo sob a Tetrarquia, e durante o reinado do próprio Cons-
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Roma
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Primeiros Jogos Olímpicos
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Heródoto, o Pai da História Tulcidedes escreveu História da Guerra do Peloponeso Demóstenes, orador ático. Filip 384-322
430-359
HISTÓRIA
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384-322
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Sófocles.
480-428
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Platão escreveu diálogos socráticos 429-347 Ésquilo escreveu as tragédias mais antigas sobreviventes
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Parthenon de Atenas, de Fídias Estela de Hegeso c. 400
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Romano
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Petrônio escreveu o “Satíricon”
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Basílica de Maxêncio
c. 306-310
Sêneca, filósofo e dramaturgo Lucano escreveu épica sobre a Guerra Civil 125 Apúlio escreveu "O Asno Dourado"
m. 65 m. 65
Ênio escreveu épica sobre a história romana poemas
203 Arco de Sétimo Severo Termos de Caracala 211-217 Termas de Diocleciano 298-306
Tácito, historiador do c. 55.117 Márcio, epigramista c. 40-102 Juvenal, o satírico c. 60-127
escreveu comédias
Terêncio
195-159
Leptis Magna
c. 390
Plutarco
69-140
Macedônia
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40Nova Comédia Mimos de Herondas Políbio escreveu, 98-17 184
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Lívio escreveu História de Roma
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Tivoli construção
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Tetrarcas
dos
Estátuas
lucrécio, “Sobre a Natureza das Coisas” 94-55 Catulo, primeiro poeta lírico romano 87-58 Salustio escreveu história 86-35 Virgílio escreveu À Eneida e Geórgicas 79-19 "Odes" de Horácio 65-8
|
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Arco de Tito
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Atenas
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Preneste Villa de Adriano c. 121-127 Programa dz Augusto em Roma
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Pinturas no Terceiro
Estilo
Samotrócia Pasíteles, escultor e artesão ativo no Sul da Escola neo-ática em Atenas Monumento de Paulo Emílio em Delfos Iniciada cópia mecânica da escultura grega Ara Pacis 13.9 d.C. Vênus de Milo
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Pinturas da Villa dos Mistérios, Pompéia
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| ROMANA
[100 A REPÚBLICA
Fundação
de
Constantinopla
Concílio de Nicéia 3541-363 tenta
Juliano, o Apóstata,
reinstaurar
O
paganismo
284
Índice 38
Acrópole (Atenas) 49; esculturas da
9,
16,
25,
Actium,
Batalha
Medicula
161,
Afrodite
Ágora 67, Alexandre, 101,
3-3, 84
67,
103,
71,
11, 11,
34, 40,
M,
de
46
131
79,
57, 63, 65, 67-9, 58-9, 61, 66, 134,
33,
102, 172, 70 o Grande 11, 36
74,
94
61,
72,
Amazonas 65, 66, BO, 97-8, Andrômeda 74, 156, 111 Apolo 7, 36, 61-2, 124, 125, Aquiles 57, 67, 90, 98, 127, 37, 48, 88
Ara
Pacis,
A
ÁTCOS:
— —
9,
134-5,
64,
helenístico 102 romano 102, 130, 85-6, 91-2
—
etrusco
minoana
—
10,
heládica
—
126,
77,
58,
63
15, 17, 29, 93 157, 164, 63, 79, fig.
135,
N
136,
161,
162,
12-16,
334,
(primitiva
4 fig.
e média)
A,
15,
33,
miceniana (última heládica) 10, 33, 34, 36, 3, 4, fig. B, 17, 19, 20 grega arcaica 9, 10, 36, 38-40, fig. D, fig. E, fig. F, 38 grega do 59 e 4º séc. a.C. 9, 11, 63, 65-8, 101-2, 19, 20, 26, 49, 50 helenística 9, 74-6, 101-2, fig. G, fig. 1, 61, 64, 70 etrusca 104, 121-3, 126, 129-30,
— — — —
fig.
79-80,
15,
57,
36
16,
61,
fig.
H,
132-3,
J
— romana 129-34, 136, 153, 157-8, 160-1, 71, 83, 84, 91, figs. K, LM, N, O, P, Q, 103 112, 113, 115, 116, 117, 123, 126 Argonautas 67, 129 Ártemis, Templo de (Córcira) 39-40, 8, fig. E
— —
acrópole 11, 34, 57, 63, 65, 67-9, 49 acrópole (escultura) 11, 40, 58-9, 61, 665, 134, 9, 16, 25, 31-3, 36, 46 — ágora 67, 102, 172, 70 — cemitério de Dipylon, escultura em relevo 60, 14 — vasos de Dipylon 35, 40, 23, 28 — Erechtheum (templo de Athena Polias e Poseidon Erechtheus 63, 68, 136, 153, 50
—
—
— —
—
—
—
Parthenon
9, 63,
65, 67-8,
20
Parthenon (escultura) 63, 65, 22, 23, 52 Propílea 63, 67, 68, 26 Stoá de Átalos II 101, 70
templo
de
Athena
Nike
ria sem asas) 68, templo de Hefesto
templo
do
Baco,
Bacanálico
—
Basílica de Constantino Balneários de Caracalla 124 Bizantino, Estilo 9, 161,
Bronze,
Idade
do
— cretense minoano — prego 15-34, 36 — anatólico 15 Bronze, Figuras de 8
da
21,
Vitó-
102
155,
134,
162,
79
160, 166, (Roma)
156,
117, 160,
155,
126 fig.
P,
10,
coríntia
—
—
gregas
(59
e
40
61,
66, 72, 73, 25, 356, 51, 62, 69 helenísticas 72, 77, 78, 98, 39, 69
—
etruscas
e
—
romanas
80,
98-10
etrusco-itálicas
136,
77,
Bronze, Trabalhos de — Eregos arcaicos 9, 58, — helenísticos 98, 75 — etruscos 123, 129, 59 — campáânico 123 —
a.C.)
vilanovense
Bryaxis Buchero
(escultor) 172
122
70
99, 103,
122-6,
101, 26,
62,
56,
107, 35,
63,
57,
36
vilanovense
—
de
basílica
Coríntia,
fig. L Ciclopes, Ciclopes,
67,
122,
117
62,
128,
Constantino
de
153,
Constantino
Ordem
68,
75,
102,
119,
161, 9,
130,
172,
166,
e
133-4,
20,
59,
83,
90
—
estilo
—
grega
“dedálico” 10,
16,
6-8, 10-4, 39, 40
16,
fig.
grega
5º
—
92,
118.9 41-2 —
—
arcaica
45
do
8,
65, 68-73, 15, 60-2, 65, 69
helenística
e
37,
4
10,
E,
Górgona 40, 158, 8, 62, 28 Granulação (ouro) 122, 172, Greco-bactrianos, Reis 80, 76
Halicarnasso, Mausoléu Mausolo) 70, 72, 75, Heládico — primitivo —
tardio
12,
Herma
35-6,
12,
fig.
e
2,
123, F,
4,3,
6,
35-40, 24,
29,
9,
53 57-60,
31-6,
helenística
68-73
76-80, 97-B, 31-5, 37-48, 40, 60-3, 65, 69, 73-4 etrusca e etrusco-itálica 121-6, 31, 53-8 84, 92-3, 98-100 romana 8, 9, 61, 126, 131-2, 134-6, 153, 155-8, 161-4, 31, 33, 42, 60-2, 64-70, 73-6,
78-90, 92 vilanovense
celto-ligúrica
(v.
39,
15,
33,
micênico)
24,
de
32, 43-4,
Alexandre,
133,
Ordem
134,
36,
Jerusalém,
o
Grande
100,
39, 60,
122,
65,
fig.
Templo
65
172
37,
39,
61,
—
etrusca
—
templo
Julgamento Júpiter —
— —
—
122,
85,
de
estátua
98,
de
136,
5
palácio
de
Minos
de
Atenas
Lekythos
Lisícrates 35,
(Lácio)
de
36,
10, 9
67,
75
172,
Sicião
39,
62
121,
53
129-30
12
10, 6,
de
de
130,
(escultor)
12-6,
33,
Fig.
A,
61,
155,
dó,
105
80,
125,
33
(escultor)
Grupo
130,
70
172, 79
Discóbolo
O
124,
69
14,
Kritios
70
102,
37
afresco
14, 14,
80
36
86
(escultor)
cerâmica escultura
72,
65
Capitolino
3, 8, 11 Kore 37, 58, 124, Kresilas (escultor)
Lísipo
72
Páris
do
Kephisodotos Knossos —
33
135,
172
124,
67, 68, 75,
H,
de
15, 15
helenística
Latium
103-130
93
Ísis, Túmulo de (Vulci) 123, 53 Issus, Batalha de 74, 66, 68 Ítalo-coríntios, Vasos 127
Laocoonte,
103
34,
172,
Lancellotti,
122
— jbérica 103, 51 -— indiana 103, 158, 41, 120 inisca, Arte e civilização 11, Eurípides 67
85-7
de (túmulo de 80, 97, 126, 63,
e médio
Homero 10, 15, Hídria 66, 90
—
49 séculos 8, 9, 11, 61-3, 20-4, 29-36, 46, 51-2, 56,
primitiva
125
Joalheria — minoana — micênica
39,
61
Hera, Templo de (Samos) 36 Herculano 8 — pintura em mármore 73, 54 — mosaico 101, 82 — interiores 155 Hércules 36, 40, 57, 59, 61, 77,
53
155
Epidauro, Teatro de 75, 64 Eros 79, 74 Escultura — egípcia 10, 12 — cicládica 12, 1, 1 — minoana 10, 12, 14, 16, 10, 13
Septumius
Helenístico, Período 9, 11, 72 74, 102, 130, Helvécio, Príncipe 158, 80 Hera, Templo de (Olímpia) 38, fig. D
Echinus 38 Egito 10, 11, 12, 13, 14, 36, 37, 60, 76, 80, 98, 121, 122, 155, 6, 45, 49, 73, 78 Elgin, Mármore de 65, 21, 22, 50, 52 Éfeso, Templo de Artemis 39, 71, 75, fig. 1, 61
60,
155
Gauleses, Gaulês 78, 97, 121, 126, 131, 41, 71 Geométrico, Estilo 34, 36, 37, 103, 122, 127, 6, 22, 23, 24, Gandhara 103, 158, 120 Gigantomaquia (friso) (Pérgamo) 97, 157, 71
Iônica,
10,
O,
o
Dórica, Invasão 35 Dórica, Ordem 9, 13, 38, 39, 60, 61, 65, 67, 68, 101-2, 130, 134, 172, 19, 20, fig. C, 38, 70 Dura Europos 158
9,
13
Grifo, Cabeça de 26 Gymnasium 102
160,
Ciclópico 16, 127, O pintor dos 59
-—— romana
Galerius
53
12,
Fibula 122, 172, 84 Fiesole: cabeça de bronze 126, 100 Flaviano, Período 153, 113 Fortuna YVirilis, Templo de (Roma) 132-3 Forum de Augusto (Roma) 136, 153, fig. 112 Forum Romanum (Roma) 117 Frinéia 71 Funerárias, Urnas — vilanovense 121, 52 — etrusca e etrusco-itálica 123, 126, 57
Gaius
52
Dario 74, 103, 45, 66 Dedálico, Estilo 37, 39, 123, 6, Delos — grupo esculturado 79, 74 — estátua 80, 77 — mosaicos policromos 99 Dioniso 65, 71, 21, 32“
persa
sécs,
(Roma)
Eutenia 78 Evans, Sir Arthur Exedra 172
ródia 37 “orientalizante” 10, 36, 103, 127, 25 helenística 73, 98 etrusca e italiana meridional 73-4, 103, 121-2, 126-7 129, 55, 58-9, 90, 94
— arco
12-34
— pregas arcaicas 36, 37, 57, 58, 24, 29, 34-5
de
47-8, 55, 57 bilingie 57, 43-4 campo branco ático
—- micênica
165-6, 123, 128
Templo
Chiton 58, 69, 172, 33 César, Júlio 131, 136 Coliseu (Roma) 153, 113, 117 Constaftino, o Grande 160, 166,
Épico
131,
101,
(templo
Olímpico
129
Augusto 9, 11, 77, 156, 64, 67 102
134,
69, 28, 56 67-8, 19
Zeus
— teatro 67 Átrium 172 Atrium tuscanicum
98,
33
figura negra ática 36, 40, 127-8, 37 figura vermelha ática 66-7, 73, 104,
Atenas:
— —
71,
Catacumbas (pinturas) 166, 127, 128 Cavalo de Tróia 156, 109 Cella 38, 172 Centauros, Centauro Nessus 36, 40, 61, 65, 123, 15, 24, 28, 74 Cerâmica — minoana 10, 12-5, 334, 2, 7, 10, 12 — heládica primitiva e média 15 — micênica 10, 33-5, 18, 22 — levanto-heládica 34, 21 — proto-geométrica 10, 35, 22 — geométrica 10, 34-7, 103, 127, 23, 27 — Dipylon 35, 40, 23, 28
60,
57,
Vênus
Cartago 11, 121 Castor e Pollux,
65,
130
Arquitetura:
—
76,
Capitolina,
LERISTI
Abacus
62,
8,
132 72,
18
79,
77,
42
78,
Macedônia, Reino da 11, 61 133, Maison Carrée (Nimes) 162, 119 Marco Aurélio Mármore 37, 63, 123, 7 coloridos — mármores
Perúgia
Pesto:
Podium 155,
136,
99,
131
Antônio
Marco
103
12
de
Palácio
Mallia,
Pérsia, Persas
124-5 Marte, Figura de bronze de 70, 72, 80, (Halicarnasso) Mausoléu 126, 63, 65 Medusa 40, 59, 8, 13, 28, 78
Mégara
104
—
—
103,
97,
70
— -—
helenístico romano Tetrato
101,
97-9,
74,
99, 101, 155, 166, de múmia 122
66-8
82-3,
127-8
Neo-ática, Escola 97-8, 131, 134, 172, 48 Neptuno, Templo de (Paestum) 38, 77, 38 Nessus 36, 40, Z4 Nigela 16, 172, 16 Nikias (pintor) 71 Nimes* (Nemausus) —
aqueduto
116 -— templo
romano
romano
(Pont
du
(Maison
Gard)
carrée)
153 Palatino, Monte (Roma) escultura funerária 158, Palmira: Pan 79, 74
Pausânias 75, 20 Pégaso 40, 8 Guerras do 11, 61, Peloponeso, 70, 73 Pérgamo 9, 76, 77, 78, 97, 131, —
acrópole
prande
e
altar
102
edifícios
97,
Zeus
de
— gigantomaquia e frisos Péricles 11, 57, 61, 63, 67, Perséfona 27
Persépolis,
Perseu
40,
Palácio 59,
103
15
121
74,
de
103,
156,
13,
66,
67,
689,
41,
102
de Telefos 97, 68, 69, 74, 79
45
28,
1H
templo
de
172
mosaicos
Polifemo Pompéia
71
Neptuno
104
127,
38,
16
59,
166,
70,
124,
126,
9
Romano, Período (imperial) 11, 76, 77, 102, 129, 131-66 Roma — Ara Pacis 9, 134-5, 64, fig. N — Arco de Constantino 161, 162, 91, 92 — Arco de Sétimo Severo 85 — Arco de Tito 135, 65 — Basílica de Constantino 160, 166, 117, 126 160, fig. P, 124 — Balneário de Caracala — Balneário de Diocleciano 160 — (Coliseu 153, 113, 117 Esquilino,
Monte
8,
79,
100,
131,
42,
— -— — — — —
Forum de Augusto 136, 153, fig. O, 117 Romanum Forum Pantheon 153, 71, 72 Santa Costanza 166, 128 templo de Antonino e Faustina 117 templo de Castor e Pollux 117 153 templo do deificado Vespasiano
— — —
templo de Marte Ultor 136, 112 templo, Via S. Gregório 126 coluna de Trajano 135, 162, 66
— —
Saque
templo templo
de
Salamina Samos
— —
da “Fortuna Virilis” 132-3 do deificado Adriano 73
Tróia
66,
(Chipre)
templo estátua
129,
47
94
de Hera 36, 39 arcaica de 58, El
126
80
112
14
14,
minoano
helenístico 97, 46 fenício e egípcio
— —
etrusco romano
— —
das
Sarcófago
121, 123-4, 155-7, 162,
103,
126, 164,
Amazonas
Sardônica 98, 135, 78, 102 Sátiros 78, 124, 74, 92 Sete
Síria
102,
76,
11,
Sófocles Stoá
67,
172
79,
Tarquínia —
vaso na
44
Mundo
122
pintado
sarcófago
—
do
Maravilhas
K
fig.
136,
132-3,
romano
—
90
Religião 9, 10, 11, 36, 66, 67, 69, 127, 153, 166 Renascença 9, 79, 101, 166 Rodes 37, 77, 79, 42, 25 172,
40
Sarcófagos
Casa do Fauno: mosaico de Alexandre 74, 97, 98, 101, 66, 68 — Casa dos Vettii: afresco 155, 114 — Vila de Cícero: mosaico 101, 82 — Vila dos Mistérios: afresco 101, 79 — pinturas murais 8, 74, 99-100, 156, 166, 109-11 Praxíteles (escultor) 11, 70, 71, 72, 76, 77 Precioso, Trabalho em metal — minoano 10, 14, 15, 16, 33, 2, 16 —- micênico 15-6, 16 — helenístico 98, 63 — etrusco 122, 85-7 Príamo 94 Púnica, Guerra (segunda) 11, 131
14,
etrusco
—
127-8
78,
pan-helênico 60, 39 prego do séc. 59 67
— —
38
—
Rhyton
Samotrácia Santuários —
39,
estatuária
—
153, 71, 72 9, 63, 65, 20
Pantheon (Roma) Parthenon (Atenas)
—
153,
133,
Oinomaos 61 Olímpia — escultura 65, 70 — templo de Hera 38, 71 32, fig D — templo de Zeus 7, 8, 61-2, 63, 67, Olimpo 43, 44 Orestes, Sarcófago de 157 Orvieto, Templo de 124 Óstia, Mosaicos de 77
130
Policromia
15, 33, 34, 36, 172 Megaron Metope 38, 39, 58, 59, 60, 172, 13, fig. € Micênica, Civilização 10, 12, 14, 15, 16, 33-4, 35, 60 Minotauro 8, 66, 47, 110 Mosaicos
—
11, 57, 61, 63, 65, 67, 76, 103,
pintado
túmulos
127-9,
romana
126
122 88,
129, 91,
49
128-9, 58, 78-9, 87-8
(Tarquínia) 71,
75,
77,
96
129,
96
103,
61
96 95,
97
Teatro, grego 67, 75, 132, 58, 64, 82; helenístico 74, 79, 101, 44; romano 101, 132, 136, 153, 115 Terpsícore 73, 55 Terracota, Sarcófagos de (Etrúria) 121, 124 Terracotas — minoana 12, 13 — prepa primitiva 37, 39 — helenística 79, 73 — etrusca 122-4, 126, 84, 92-3 —
Tetrarquia 160, 125 Tritão 32 128 Túmulo dos Augures (Tarquínia) 127, 88 dos Touros (Tarquínia) Túmulo 128, 91 (Tarquínia) Túmulo dos Leopardos
Vênus 70, 71, 77, 33, 38 Vênus Genetrix 70 Vênus de Milo 77, 38 Vergílio 9 Vitória 69, 78, 40, 56 Vitrúvio 129-30 Volterra 126, 57
73,
Vulci
Xanto Xerxes
Zeus
103 57,
62,
123, 53, 55
121,
103
63,
51
altar
de
Zeus
(Pérgamo)
prande
—
grande templo de Zeus (Olímpia) 61-2, 15, 17 templo do Zeus Olímpico (Atenas)
—
71
126,
97,
—
7,
8, 102
ci f
Eboraci
e
BRETANHA
Ao Londinium
(Londres)
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