Anarquismo Basico

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A

n a r q u is m o b á s ic o

Primera edición FAL - CNT Sevilla, Noviembre 1998 Segunda edición Junio 2 0 10 © Fundación de Estudios Libertarios Anselmo Lorenzo c / Peñuelas, 41 2 8 0 0 5 M adrid Tlf.: 91 473 82 48 www.cnt.es/fal

/

e-mail: [email protected]

ISBN XXXXXXXX

D e p ó s it o l e g a l

xxxxxxx I l u s t r a d o r a d e l l ib r o y d e l a c u b ie r t a :

Marisol Caldito Aunión Agradecemos la colaboración de los compañeros del ICEA en la publicación de este libro.

Impreso en España

P r im e r a P a r t e :

el

P oder

Poder y Fuerza...................................................................................................................... 19 A u to rid a d ..................................................................................................................................................... 20 Finalidad del Poder....................................................................................................................................20

La anarquía contra el Poder............................................................................................... 22 La vida sin Estado....................................................................................................................................... 23 C a b e c illa s .................................................................................................................................................... 24 A p a r e c e n l o s e x c e d e n t e s y l o s e s p e c ia l is t a s J efaturas

La aparición del Estado .......................................................................................................................26 El e s ta d o t o t a lit a r io ¿ E s NECESARIO EL ESTADO?

El Estado M oderno. ¿Qué es el Estado? ...................................................................................29 Sistema Democrático. G obierno, Parlamento y Ley............................................................................ 30 ¿ M a y o r ía ? ¿ Q u i é n t ie n e el p o d e r ? ¿ A Q U IÉ N Y Q U É SE V O T A? E s t a d o d e e x c e p c ió n ¿ S u f r a g i o u n iv e r s a l ? T ecnócratas P r iv il e g io s R e p r e s e n t a c ió n d e m i n o r í a s A b s t e n c i ó n y a p a t ía ¿ P a r a q u é s ir v e el v o t o ?

¿ Y POR Q UÉ EN LAS ELECCIONES LA GENTE VOTA EN C O N TR A DE SUS INTERESES? ¿ H a y d e m o c r a c ia e n l a e c o n o m í a ?

Poder J u d ic ia l............................................................................................................................................. 36 E s ta d o de d e re c h o O r ig e n

de l a Ley e n D e m o c r a c ia

C a n t i d a d d e le y e s I n i n t e l i g i b i l i d a d d e l a Ley D e s i g u a l d a d a n t e l a le y S e l e c t i v i d a d d e l a le y e n s u a p l i c a c i ó n J u e c e s y tr ib u n a le s

La le y v a p o r d e l a n t e d e l p u e b lo La le y c o m o m e d id a d e l a j u s t i c i a E l a n a r q u i s m o c o n t r a l a le y

La burocracia y la administración del Estado..................................................................................... 41

El C apitalism o...................................................................................................................... 43 La a c u m u l a c i ó n p r i m i t i v a , r i c o s y p o b r e s , e x p r o p i a c i ó n d e l a r i q u e z a c o l e c t i v a C l a s e s s o c ia l e s P r o p ie d a d p r iv a d a D in e r o y d in e r o i m a g in a r io V a l o r y p r e c io T r a b a j o a s a l a r ia d o P l u s v a l ía

T u s INTERESES Y LOS DE LOS CAPITALISTAS M ercado C o n s u m o y c r is is E v o lu c ió n , d e fe n s a y a d a p t a c ió n d e l c a p ita lis m o E s t a d o d e l b ie n e s ta r o

e s t a d o d e l m a le s t a r

M é t o d o s c ie n tífic o s de e x to r s ió n , fo r d is m o E x p r o p ia c ió n de c o n o c i m i e n t o E x p r o p i a c i ó n d e r e s p o n s a b ilid a d E l a s u n t o de la s u p e r p r o d u c c ió n

La u t o p í a c a p i t a l i s t a P l a n i f i c a c i ó n c a p it a l is t a y e l i m i n a c i ó n d e e x c e d e n t e s ¿ Q u ié n m a n d a e n l a e m p r e s a ? D iv is ió n in t e r n a c io n a l del t r a b a j o , p o s t f o r d is m o T o y o t is m o C a p ita lis m o f in a n c i e r o A r g u m e n t o s de l o s c a p ita lis ta s R esum en

La r e p r e s i ó n

Los medios de control social................................................................................................ 61 La religión...................................................................................................................................................... 61 O r ig e n

de l a r e l i g i ó n

A n im is m o P r im e r a s r e l i g i o n e s M o n o te ís m o y a n tr o p o c e n tr is m o R e lig io n e s m o d e r n a s

La r e l i g i ó n t e h a c e m e j o r a r El f u n d a m e n t a lis m o r e l i g i o s o La r e l i g i ó n y e l a n a r q u i s m o

La fa m ilia ...................................................................................................................................................... 67 La p a r e ja y e l c o m p o r t a m i e n t o s e x u a l F a m ilia y p r o l e

La h e r e n c i a La f a m i l i a y l a e c o n o m í a c a p i t a l i s t a

La escuela

71

C O M P ETITIVID A D A d o c t r in a m ie n t o

Los medios de com unicación.......................

.73

Los partidos políticos......................................

74

Los sindicatos y el Sindicalismo de Estado

76

La te cn ocra cia .................................................

.77

La c i e n c i a y e l p o d e r

La represión directa y dura

.79

La policía

79

E s c a s a e f i c a c i a d e l a p o l ic ía R e l a c i ó n c o s t e / e f e c t iv id a d d e l a p o l ic ía

La f u n c i ó n o b j e t i v a y r e a l d e l a p o l i c í a E f e c t o s s e c u n d a r i o s d e l o s r e m e d i o s p o l ic ia l e s O b j e t iv o s r e a l e s d e l a p o l ic ía M e d io s m o d e r n o s d e c o n t r o l d e l a p o b l a c i ó n

El e jército...................................................................................................................................................... 73 La g u e r r a m o d e r n a

La c á rc e l....................................................................................................................................................... 86 F u n c io n a m ie n t o En f e r m o s m en tales M é t o d o s d e c o n t r o l p s iq u iá t r ic o e n p r e s o s n o r m a l e s O t r o s a s p e c t o s d e d o m i n a c i ó n c a r c e l a r ia

S e g u n d a p a rte :

E l a n a r q u i s m o ................................................................................................. 97

Anarquistas, anarquismo y an a rq u ía ........................................................................................... 99 O rigen del anarquism o.....................................................................................................100 Ideologías y anarquism o.......................................................................................................................... 101 La Id e a ......................................................................................................................................................... 101 Los principios básicos del orden anarquista........................................................................................102 La l i b e r t a d La i g u a l d a d El a p o y o m u t u o El fe d e r a lis m o

La sociedad anarquista. La bella a c ra c ia ........................................................................................... 109 C o n tra to d o

p o d e r y c o n t r a t o d a a u to r id a d

La r e v o l u c i ó n s o c i a l y e l p r o g r a m a a n a r q u i s t a

Economía L ib e rta ria ................................................................................................................................ 111 D i v e r s id a d d e o p c i o n e s e c o n ó m i c a s l ib e r t a r ia s Ec o n o m ía del d o n Po s ib il id a d d e l a o r g a n i z a c i ó n

e c o n ó m ic a a u t o g e s t io n a r ia

M e r c a d o c a p it a l is t a c o n t r a i n t e r c a m b i o l ib e r t a r io

L o s E C O N O M IS T A S D O C TRINAR IO S Y SUS PROGRAMAS La e c o n o m í a a l s e r v i c i o d e l i n d i v i d u o y n o e l i n d i v i d u o a l s e r v i c i o d e l a e c o n o m í a La f ó r m u l a d e l a e c o n o m í a c o l e c t i v i z a d a El e x c e d e n te e n l a a c t u a lid a d ¿ C ó m o s e e f e c t ú a n l a s r e t r ib u c io n e s e n u n p r i n c i p i o ?

La e l i m i n a c i ó n d e l a b u r o c r a c i a i m p r o d u c t i v a e n l a s o c i e d a d l i b e r t a r i a La é t i c a d e l a e c o n o m í a l i b e r t a r i a S a la r io c o n t r a in g r e s o

La e c o n o m í a l i b e r t a r i a a n i v e l r e g i o n a l e i n t e r n a c i o n a l El p r e c io de c o s t o y s u s v e n ta ja s ¿ C ó m o s e d e t e c t a r ía l o r e n t a b l e d e l o c a r o e n u n a s o c i e d a d c o l e c t iv is t a ?

La c o n t a b i l i d a d l i b e r t a r i a a n i v e l n a c i o n a l e i n t e r n a c i o n a l C o l e c t i v i d a d y m u n i c i p i o libre

L o s E N E M IG O S DE LA R EVO LU C IÓ N : LEC CIÓ N A APRENDER ¿ H a c i a d o n d e l l e v a b a e ste s i s t e m a d e c o l e c t i v i s m o l ib e r t a r io ? OTRAS PARTICULARIDADES DE LA SO C IEDAD AN A R Q U IS TA :

El o c i o La e s c u e l a C ie n c ia y t é c n ic a A m o r y s e x o , a m o r lib r e , f a m i l i a N u e s t r a e s p e c ie y el p l a n e t a P u e b l o s , c u l t u r a s , d iv e r s id a d M e d io s d e c o a c c i ó n R e l ig ió n I m p l a n t a c i ó n d e l a a n a r q u í a , l a u t o p ía

Las objeciones al program a anarquista...............................................................................................141 1. La c o n d i c i ó n h u m a n a es f u n d a m e n t a l m e n t e m a l a . . . C O N C E PT O DE CULTURA 2 . E l a n a r q u i s m o i m p e d ir ía el p r o g r e s o ... 3 . E l a n a r q u i s m o q u i t a r í a l o s i n c e n t i v o s d e l a v id a . . .

4. "Y

S I..."

El anarquismo y otras ideologías contem poráneas ............................................................. 145 Liberales y libertarios........................................................................................................................ 145 El anarquismo y las ideologías horizontales............................................................................... 147

Anarquism o y contracultura........................................................................................... 148 LO S HIPPIES La s r e v u e l t a s d e 1 9 6 8

La d e c a d e n c i a d e l a c o n t r a c u l t u r a T r ib u s u r b a n a s

El m o v im ie n t o p u n k O kupas A n a r q u is m o y p o s m o d e r n id a d

El socialismo y el Comunismo de Estado..................................................................... 153 La v a n g u a r d i a C a p it a lis m o de e s ta d o

El s o c ia lis m o d e m o c r á t ic o El c o m u n is m o t o t a l i t a r i o h o y El p o d e r c o r r o m p e E l m é t o d o d e l a l ib e r t a d O tra

de p r o g r e s o

El f u t u r o ¿ P u e d e n lle v a r s e b ie n c o m u n i s t a s y a n a r q u i s t a s ?

El Reformismo y la socialdem ocracia............................................................................ 161 Po s ib il is m o T ip o d e r e f o r m a s q u e q u i e r e n l o s a n a r q u i s t a s V o l u n t a r ia d o , o n g s D e s t r u c c ió n d e d ig n id a d A c c i ó n r e v o l u c i o n a r i a , d ir e c t a y a p o y o m u t u o

Anarquismo, nacionalismo y diferencias étnicas y raciales...................................... 164 M a y o r ía s y m in o r ía s

E l a n a r q u i s m o , e n e m i g o d e l n a c i o n a l i s m o e s t a t is t a Ra z a s Et n ia s

La i d e n t i d a d U s o DEL S EN TIM IEN TO DE IDENTIDAD POR EL ESTADO S e n t i m i e n t o d e id e n t i d a d y a n a r q u i s m o ¿ C ó m o c o n s t r u y e v u e s t r a i d e n t i d a d el e s t a d o ? C o n s t r u c c i ó n d e s u p r a id e n t id a d e s E t iq u e t a j e y p o d e r d e d e f i n i c i ó n I d io m a s I d io m a s de c la s e

La e t n i c i d a d y l a s a b s t r a c c i o n e s c o l e c t i v a s R esum en

Contra el fascismo

y

el totalitarism o ...................................................................................................................................................... 1 8 2

EL REVIVAL TOTALITARIO

A narquía y A rte ..............................................................................................................

184

A narquía y Educación....................................................................................................

192

T eoría......................................................................................................................................................

192

R A C IO N A L IS M O E D U C A C IÓ N INTEGRAL A U T O G E S T IÓ N EDUCATIVA PAID O C EN TR IS M O N O A LA ESCUELA EDUCAR PARA SER REBELDE A N T IP E D A G O G ÍA N O ES M ERAM ENTE DESESCOLARIZACIÓN

Práctica.................................................................................................................................................... . 197 ESCUELAS LIBERTARIAS TRABAJADORES LIBERTARIOS EN LA ESCUELA O B JE C IÓ N ESCOLAR C R IA N Z A A C C IÓ N CULTURAL M ILIT A N C IA

Los distintos tipos de anarquism o................................................................................ 203 El anarquismo individualista: la base filosófica del anarquism o................................................. 203 N O HAY N A D A FUERA DEL IN D IV ID U O LA O R G A N IZ A C IÓ N DE LOS INDIVIDUALISTAS E G O ÍS M O DESAPEGO LIBERTAD TOTAL Y ABSOLUTA

El anarquismo no vio le n to ................................................................................................................... 2 0 8 LA U TO PÍA. SU NECESIDAD NEXO S DE U N IÓ N ENTRE EL A N A R Q U IS M O Y LA N O V IO L E N C IA P E N S AM IE N T O Y A C C IÓ N DEFENSA Y N O V IO L E N C IA

El anarquismo mutualista.....................................................................................................................

211

LA PROPIEDAD ES EL R O BO LA PROPUESTA MUTUALISTA

El anarquismo colectivista...................................................................................................................

214

SI T A N T O SE PARECEN LOS C O M U N IS T A S Y LOS COLECTIVISTAS, ¿POR Q U É SE LES C O N SID ER A POR SEPARADO?

El anarcocom unism o............................................................................................................................ ¿ A Q U IE N PERTENECEN LAS C O S A S ? ¿ C U Á N T O VALEN LAS C O S A S ? A C A D A CUAL S E G Ú N SUS NECESIDADES

217

IN D IV ID U A L IS M O Y C O M U N IS M O H A C IA LA A N A R Q U ÍA O R G A N IZ A C IÓ N Y A C C IÓ N COLECTIVA

El anarcosindicalismo: la razón no basta. Es necesaria la fuerza EL s i n d i c a t o : o r g a n i z a c i ó n n a t u r a l d e l o s t r a b a j a d o r e s ESTRUCTURA IN TER N A FEDERAL A P O Y O M U T U O , A C C IÓ N DIRECTA IN T E R N A C IO N A L IS M O O R G A N IZ A C IÓ N DE TRABAJADORES: EL T A M A Ñ O , S Í IMPORTA LOS M Á S PRÁCTICOS DE LOS A N AR Q U ISTAS ETAPA DE T R A N S IC IÓ N RESUMEN LA C N T Y OTRAS A N A R C O SIN D IC ALES C O N T R A D IC C IO N E S LA D ESIG UALDAD N O ES SÓ LO E C O N Ó M IC A

El anarquismo primitivista.................................................................. ¿ P o r Q u é A parece? A l g u n o s C o n c e p t o s S o b r e P r im it iv is m o ¿ Q u é P r e t e n d e n ? C iv il iz a c ió n

Y

S is t e m a T e c n o i n d u s t r i a l .

La T e c n o l o g í a S u P r o p u e s t a P r á c t ic a La C r ít ic a A l P r i m i t i v i s m o L ib e r t a r io

El insurreccionalismo.......................................................................... IN FLU EN C IAS Q U E RECIBEN IDEAS Y ACTITUDES ACTIVIDADES O R G A N IZ A C IO N CRITICA DE OTROS A N A R Q U IS TA S AL IN S U R R E C C IO N A LIS M O LA AC TU ALID AD INSURRECCIONALISTA

El anarquismo feminista..................................................................... ¿ES NEC ESAR IO EL A N A R C O F E M IN IS M O ? EL F E M IN IS M O Y EL A N A R Q U IS M O EL F E M IN IS M O O FICIAL MUJERES LIBRES CRÍTICA AL A N A R C O F E M IN IS M O

El anarcoindependentismo................................................................ PLAN TEA M IEN TO d e l p r o b l e m a ¿ Q U IÉ N CO NSTITUYE LA N A C IÓ N ? ¿ C Ó M O SE DIVIDE LA CULTURA DE LA N A C IÓ N ? EL PUEBLO Y LA N A C IÓ N PROPUESTA O R G A N IZ A T IV A PLAN TEAM IEN TO S ACULTURALES

La o r g a n i z a c i ó n

d e l o s a n a r c o in d e p e n d e n t is t a s

E s t r a t e g ia d e l p l a n t e a m i e n t o i n d e p e n d e n t i s t a l ib e r t a r io C r ít ic a y d e b a t e s e n t o r n o a l t é r m i n o

Veganos y anarquistas............................................................................................................................. 245 El anarquismo sin adjetivos.....................................................................................................................2 46 El anarquismo cristiano............................................................................................................................2 4 7 Los anarquistas que no saben que lo son........................................................................................... 2 4 7 Anarquistas, comunas y experimentos cooperativos m odernos.....................................................2 48 El anarquismo estético............................................................................................................................. 2 49 A n a r q u i s t a s d e d e r e c h a s y el a n a r q u i s m o c o m o a d j e t iv o

P arte

te r c e r a : l a p r á c t ic a del a n a r q u i s m o

..................................................................... 253

¿Organización Anarquista o Anarquistas sin organización? ..........................................255 Las organizaciones inform ales...............................................................................................................255 El p o d e r e n lo s g r u p o s in fo r m a le s La e s t r e l l a

Las estructuras y grupos anarquistas.......................................................................................... 259 O r g a n iz a c ió n a n a r q u is t a f o r m a l

El G rupo de a fin id a d ...............................................................................................................................2 6 0 O rganización a sa m b le a ria ..................................................................................................................... 261 La c o n v o c a t o r i a y e l o r d e n d e l d ía La d o c u m e n t a c i ó n El lo c a l La d u r a c i ó n La m e s a El acta

La r u e d a P r e p a r a c i ó n d e l a s a s a m b le a s R e v e n t a r l a a s a m b le a La v o ta c ió n L íd e re s a s a m b le a r io s La p lu r a liz a c ió n La v io le n c ia s im b ó lic a

El a r g u m e n to de a u to r id a d La r e ite r a c ió n

La d i n á m i c a p r e g u n t a / r e s p u e s t a La c o m u n i c a c i ó n n o v e r b a l El c a m b io de o p in ió n La ú l t i m a p a la b r a

Anarquistas ante las asambleas m ultitudinarias.............................................................................. 2 67 I n f o r m a c i ó n p r e v ia B arreras U n c a s o p r á c t i c o : el c o n g r e s o d e s a n s d e

j u n io

de

1918

La d i s c u s i ó n e n el c o n g r e s o La s s e s i o n e s d e l c o n g r e s o

Comités y órganos de representación entre anarquistas........................................... 271 S im p l e s p o r t a v o c e s R e v o c a b il id a d del c o m it é

Personas con iniciativa entre los anarquistas..................................................................................... 273 La aparición del culto a la personalidad en los grupos insurgentes.............................................274 Y o SOY VUESTRA VO LU NTAD Y o SOY VUESTRO DESTINO Y o SOY SAG RADA

La enfermedad del Poder en las estructuras asam blearias............................................................. 276 M e c a n is m o s d e d o m in a c ió n

Las luchas internas entre anarquistas................................................................................................... 278 La e s t r a t e g i a y l a t á c t i c a O r ig e n y e v o lu c ió n R e s o l u c i ó n id e a l d e c o n f l i c t o s

Los medios de acción anarquistas ...............................................................................................2 8 0 Coherencia. M edios y fines................................................................................................................... 2 8 0 C o h e r e n c i a c o l e c t iv a C o h e r e n c ia in d iv id u a l M eter l a p a t a p o r r o m p e r l o s p r i n c i p i o s . C o n v ic c ió n R e s p o n s a b il id a d

La propaganda y la cultura ............................................................................................................ 283 P r o p a g a n d a p o r el h e c h o

La acción d ire c ta ..................................................................................................................................285 La violencia y el anarquism o .......................................................................................................... 2 86 S u b l e v a r s e es l e g í t i m o

L o QU E CARACTERIZA AL ESTADO ES LA V IO LE N C IA ¿ P o n e r l a o t r a m e j il l a ?

¿ E s LA DEFENSA U N A FO R M A DE V IO LE N C IA ?

¿Por qué no triunfa el anarquism o?........

291

E l p o d e r es e l q u e t i e n e e l m a n g o d e l a s a r t é n La d e b ilid a d d e l a s o r g a n i z a c i o n e s a n a r q u i s t a s El c o m u n is m o a u t o r it a r io I n t e g r a c i ó n d e la d is id e n c ia p o r e l p o d e r

El aislamiento

293

¿Qué podemos hacer?

295

Aprender

2 96

O c u p a tu pu e s to A ctuar D e f in e t u o b j e t iv o B u s c a lo s m e d io s D is c r e c c ió n y m o d e s t ia T o d a a c c i ó n s u p o n e u n a r e a c c ió n O r g a n iz a r s e C r it ic a r n o es s u f ic ie n t e

La r e v o l u c i ó n es p o s ib le

Para te rm in a r..................................................................................................................... 301

Presentación

a Fundación de estudios libertarios Anselm o Lorenzo es un órg a n o de la CNT,

L

d e d icad o al ám bito cultural. Sus motivaciones principales se centran en:

- S er el a r c h i v o ADEMÁS, C O N

h is t ó r ic o

de

la

CNT

y

c en tr o

de

d o c u m e n t a c ió n

l ib e r t a r io

, c o n tan d o ,

U N A IM P O R T A N T E B IB L IO T E C A , F O N D O S A U D IO V IS U A L E S , P R E N S A H IS T Ó R IC A , ETC.

-L a d i f u s i ó n c u l t u r a l l i b e r t a r i a , a t e n d i e n d o a l a e d i c i ó n y d i s t r i b u c i ó n

de lib r o s , m o n ta je

DE E X P O S IC IO N E S , P A R T IC IP A C IÓ N E N C O N F E R E N C IA S Y O T R O S E N C U E N T R O S , ETC.

Desde esta segunda faceta se publican diversas obras sobre la historia, el estudio y la a ctualidad del anarquism o y las ideas libertarias. A q u í surge la reedición de este "Anarquism o básico" que revisa, actualiza y am plia los contenidos de la anterior obra, cuya primera edición fue publicada hace ya doce años. Se presenta en estas líneas un texto que ha de ser tom ado com o punto de partida en el conocim iento de las ideas anarquistas, un acerca­ miento a éstas, nunca com o un com pendio definitivo. Es "la A n a rq u ía " quien nos habla en primera persona, nos explica el ori­ gen del Poder, del sistema capitalista, de los entes que lo resguardan y reafir­ man (leyes, policía, políticos, religiones...); y se nos presenta, y así es, como la única salida posible al caos social en que nos hallamos inmersos. De igual manera, la A narquía nos expone los modos de entenderla y llevarla a la prác­ tica que han tenido los que tras conocerla nunca han p o d id o a b a n d o n a r la pasión por la libertad que infunda. "Anarquism o básico" es una invitación a la participación del que lo lee en la lucha po r un mundo de hombres y mujeres libres e iguales. 20 1 0 , año en que se reedita este texto, se conmem ora el Centenario de la fun­ dación de la CNT, organización anarcosindicalista a la que se refiere la Anarquía en el libro y po r la que lleva luchando en su centenar de años de existencia.

Pa r t e

p r im e r a

El Poder

Poder y Fuerza H ola ¿Qué tal? Soy el Poder. M e hice con el control de la especie humana hace 5 .0 0 0 años aproxim adam ente, cuando creé el prim er Estado. ¿No os ha­ béis preguntado nunca quién soy yo en realidad? Pues el Poder es la ca p a cida d que tengo de o b lig a r a los demás a que hagan lo que yo quiero, a pe sa r de la resistencia que puedan oponerm e. Tener Poder significa, que poseo la facultad de imponerme, anular, castigar, o elim inar disidentes... Para ello puedo valerm e de la violencia física, de la emboscada, de la am enaza, del miedo, de la injuria, de la burla, de la calumnia, de la coacción religiosa, síquica o moral, del aislamiento... Todos estos medios de represión buscan la destrucción de la resistencia, que pier­ de así, respeto, medios económicos, autoestima, bienestar, seguridad y libertad principalm ente. Con ello consigo el sometimiento a mi voluntad, de la persona o grupo reprim ido. Si no sucede esto, procedo a la exclusión, a la m arginación o al aniquilam iento de quien disienta. Ello elimina a quien se me opone, y da una lec­

ción a los que contem plan pasivos, m odificando así su com portam iento. La lección te explica que someterte te permite sobrevivir o prosperar, y que la desobediencia lleva a la destrucción. Por lo tanto, prem io y castigo son mis armas. M is métodos pueden ser muy dest-ructivos y causar mucho dolor. Pero no soy tan desagradable com o pudiera parecer. Antes de em plear la violencia, procuro que la gente se someta por medio de la autoridad.

Autoridad La a uto rid a d es la c a p a c id a d que tengo de que mis m andatos sean o b e d e ­ cidos, sin necesidad de e m plear la violencia. La a uto rid a d puede basarse en la costumbre y la tradición: se me o b edece porque siempre fue así y así se os incul­ có. O en la b urocracia y sus normas: se hace lo que dig o , porque así está dis­ puesto y escrito. O en mi carisma, que me muestra com o a un ser e xtra o rd ina rio que merece acatam iento. O en mi saber indiscutible... Pero sobre to d o funciona gracias a un conjunto de instituciones de control del pen-samiento, que hace que mis decisiones sean asumidas p o r el género humano com o indiscutibles, ra cio n a ­ les, norm ales y sagradas, en base a mi su p erioridad, conocim iento y cla rivid e n ­ cia. También empleo, —¿por qué no?—, el control de los sentimientos y del amor, y mi ca p a c id a d de persuasión. Sólo uso la violencia, —que es lo que realmente me sostiene al fin a l—, si lo considero im prescindible. Jamás p o dría mantenerme a la larga sólo con ella. Porque Yo preciso de vuestro consentimiento. N ecesito inocularos lenta, insensible, inconscientem ente, la idea de mi necesidad, hasta que llega el momento en que no me sentís, en que paso de sa p e rcib id o . Porque cuando me muestro en to d o mi esplendor y con to d a mi fuerza es cuando podéis sublevaros contra mí, ya que la vio le n cia siempre a ca b a p o r p ro d u cir la resisten­ cia de los dom inados.

Finalidad del Poder Yo no rea lizo estas actividades porque sí. Lo que busco en último extremo es con tro lar las fuentes de energía, humanas o naturales, con vistas a conseguir privilegios, prestigio, más Poder, o acum ulación de riqueza. Es a lg o que me e m briaga.

N o creáis que vivo solamente en los fusiles y bayonetas. Estoy en el dinero. Estoy en la idea de Dios o de Patria. Estoy en el despacho del D irector de una empresa. Estoy en lugares insignificantes. C a d a vez que alguien se relaciona con otra persona puede existir Poder, intención de o b lig a r a otra persona a que haga lo que Yo quiero a pesar de que no le apetezca. Pero eso es poca cosa, no me satisface si la relación se da entre iguales, la m ayor parte de las veces hay d iá lo g o y libre acuerdo..., o bien se me ignora. Y eso es un asco. Yo necesito jerarquía, m ando, medios de represión, d e sig ua ld ad . Si la situación de Poder, si la relación desigual fundam entada en la fuerza se hace perm anente, se apoya en una institución, en leyes, en la vio le n cia legítim a (la que se percibe com o con derecho a ser llevada a cabo), entonces es cuando realmente me encuentro a gusto y crezco. Desde que organicé el prim er Estado hace cinco milenios en Sumeria —que mi tra b a jo me costó— nadie ha p o d id o conm igo. Hasta entonces estaba reparti­ d o p o r toda la sociedad, tam bién existía, pero con mucho m enor potencia que ahora, ya que don d e todos tienen más o menos la misma fuerza, nadie puede prevalecer sobre otro. En ese caso, el p o d e r significa c a p a c id a d p a ra hacer alg o, po sib ilid a d de... C ualquiera puede. C u a n do ese p o d e r entendido como c a p a c id a d se a g ru p a en manos de unos cuantos poderosos, es cuando nace el Poder con c a p a cid a d coactiva. Por eso me gusta tanto el Estado, porque donde él im pera, hay una sociedad d iv id id a entre quienes mandan y quienes o b e d e ­ cen, entre quienes g o b iernan y quienes son gobernados. A h o ra

nadie se me enfrenta

seriamente, todos ven norm al que unos

manden y otros o bedezcan... Salvo la anarquía, pero la ve rd a d , de momen­ to no me preocupa. A h o ra está d ébil. Y además, Yo no p o dría existir sin ella. D onde existe Poder tiene necesariam ente que existir anarquía y resistencia. Esa es mi condena: que siempre, más tarde o más tem prano, levanto a los insurrectos.

La an arq u ía contra el Poder Yo soy la anarquía. Os d o y mi bienvenida a este libro. Voy a intentar explica­ ros muy esquemáticamente que la vida que lleváis puede ser o rg a n iza d a de otra manera. Para ello me vo y a va le r de un conjunto de ideas denom inadas anar­ quismo. El anarquism o cuestiona y niega al Poder y a la A u to rid a d . A firm a rotun­ damente que es posible la vid a sin esas abstracciones. La única acepción válida para el anarquism o de a u to rid a d es la que emplea esa pa la bra com o sinónimo de tener com petencia, experiencia o h a b ilid a d . Y también puedo a ce p ta r el poder com o sinónimo de posibilidad de llevar a ca b o a lg o al margen del sometimiento de otras personas. Para que com prendáis que podéis intentar prescindir del Poder, renunciar a la dom inación, o rg a n iza r la sociedad sin necesidad de que exista coacción ni violencia... O al menos que sería posible reducir mucho tales factores, y que yo, la

anarquía, puedo ser vuestra musa, vuestra inspiración, vamos a remontarnos a los tiempos previos a la aparición de los primeros Estados. La reconstrucción de cómo vivíamos nos lleva hasta hace más de 5 0 .0 0 0 años, y se realiza m ediante estu­ dios que dan po r buena la suposición de que las actuales sociedades que viven a niveles de bandas reproducen aproxim adam ente lo que sucedía en aquellas épocas. N o quiero idealizaros la vida de estos pueblos. Sus costumbres son muy diferentes según de quién se trate, y algunas veces muy cuestionables. Tampoco os estoy proponiendo volver a aquellos tiempos que ya pasaron. Pero creo que si desvelamos qué fue lo que ocurrió y de qué manera el Poder se instaura y os dom ina, podréis libraros de él y o rg a n iza r la vid a b ajo el signo de la libertad y la utopía. A hora voy a mostraros muy brevemente la estructura política de uno de los llam ados pueblos no estatales.

La vida sin Estado Somos una banda aestatal form ada por unas 2 0 ó 4 0 personas, sin asenta­ miento fijo, sin jefatura, sin p ro p ie d a d privada. Aún quedam os algunas bandas m anteniendo la vida forrajera en esta sociedad moderna, tal vez condenadas a desaparecer. Vivimos de la recolección de alimentos silvestres y de la caza. Nues­ tra sociedad es de las llam adas igualitarias. Las razones son simples: no podemos tener propiedades, pues hemos de car­ g a r con ellas en nuestros hombros. Nuestros utensilios son de los materiales que ofrece el terreno. De ellos (m adera, piedras, fibras vegetales) sacamos todos los enseres que precisamos. N o necesitamos almacenes, ya que vivimos más o menos al día. La totalida d del g rupo conoce lo necesario para sobrevivir y sólo hemos de tom arlo de la naturaleza. Las herramientas están a disposición de cualquiera. La p oblación es pequeña y la tierra grande. Hombres y mujeres tenemos similares derechos, aunque realicemos tareas diferentes. N o hay jefatura, porque nadie en su sano juicio obedece a quien no dispone de Poder. El a p o yo mutuo y la recipro­ cidad son la base de nuestros intercambios, y nuestro seguro de vida en los malos tiempos. Si aparece alguien con ganas de mandar, para evitar reclutamientos, impuestos y opresión, lo ignoram os o lo matamos. Y si quien aspira a la jefatura es dem asiado fuerte o hábil, nos vamos y formamos otra banda.

Cabecillas Así estaban las cosas. ¿Qué fue lo que hizo que unas personas dominasen a otras? N o se sabe con exactitud, pero más o menos esto fue lo que pasó. Entre los pueblos forrajeros, los liderazgos son llevados adelante p o r cabeci­ llas que no tienen Poder de coacción, y que para sacar sus planes adelante han de convencer al resto de sus acompañantes. Se considera que estas personas son las portavoces de sus pueblos, y para mantenerse en esa posición deben interpre­ ta r fielmente los deseos de la gente. En el momento que em piezan a d a r órdenes son, o sustituidas, o abandonadas, o asesinadas. Q uien aspira a cabecilla es persona activa y trabajadora. N o se trata de un cargo hereditario ni inmutable. De surgir situaciones en las que otra persona sea más competente, ésta sustituye al cabecilla. Durante miles de años así se sucedió la vida, y en lo que se refiere a libertad, las sociedades cazadoras-recolectoras de baja densidad de población gozaron de niveles de libertad política, de indepen­ dencia y de ocio superiores a los que disfruta hoy día, cualquier obrero en una so­ ciedad dem ocrática del mundo capitalista. Entonces, ¿por qué se saltó al Estado? A p a r e c e n l o s e x c e d e n t e s y l o s e s p e c ia l is t a s

El Estado ap areció porque el aumento de población y el agotam iento de re­ cursos hicieron que algunas culturas humanas desarrollasen nuevas tecnologías tendentes a aum entar la producción, como la agricultura y la cría de animales. Se acumularon excedentes alimenticios en las buenas tem poradas, y se crearon asentamientos permanentes. Se pudo así mantener a especialistas que podían de­ dicarse a re alizar una sola función sin preocuparse de la subsistencia cotidiana. En algunas sociedades igualitarias que todo lo com parten, los excedentes de producción son entregados por propia voluntad a quien ejerce de cabecilla, para que los guarde y se encargue de su distribución en épocas malas, o para o rg a ­ nizar fiestas y banquetes. Q uien redistribuye adquiere fam a a base de o rg a n iza r grandes guateques colectivos y re a liza r regalos, g u a rd a n d o para sí lo peor. ¿Cuál es la causa de esta actitud? El prem io de ca b e cilla s y redistribuidores es el prestigio. Esta gente tiene un gran ansia de a p ro b a c ió n social, determ i­ nada parece ser p o r la herencia genética y p o r exp e rie n cia s y frustraciones infantiles, y no tienen re p a ro en tra b a ja r duro para re c ib ir el respeto de la

p o b la ció n . Es una e xp lica ció n b io ló g ic a y sicoan alítica muy discutible, pero a h í queda dicha. El problem a para la gente normal, surge cuando quien redistribuye pasa a obtener Poder. Los redistribuidores no son sólo personas activas, generosas, elocuentes, o rg anizadoras y laboriosas. Suelen ser también

personas muy

agresivas que usan su c a p a cid a d oratoria para o rg a n iz a r guerras, raptos de mujeres y saqueos contra poblaciones vecinas. La base de la desigualdad entre humanos, y el dom inio de hombres sobre mujeres, tienen un posible origen en la guerra. A m ayor número de incursiones bélicas se valoran más los varones agresivos y se menosprecia a la mujer. A este respecto, las escasas mujeres que ejercen Poder adoptan siempre los valores que se consideran normales en un varón coactivo, y se com portan como se esperaría de un hombre. De lo que en ningún caso tenemos pruebas de ningún tipo, es que haya habido sociedades matriarcales en las que las mujeres como gé­ nero oprimiesen a los hombres y en las que los hombres tuviesen menos derechos que las mujeres. J efaturas

Así, po r m edio de la guerra, cabecillas que en un principio no g o za b a n de ca p a cida d coercitiva, acumulan alimentos no perecederos con los que pre­ mian en prim er lugar a sus secuaces por su fid e lid a d y va lo r en combate. A d ­ quieren Poder. Viven de form a suntuosa y com plicada, en la mejor vivienda, con los mejores manjares, rodeados de esposas y guardaespaldas. Han a p are­ cido los jefes, gente que manda y es ob e d e cid a de mala gana. ¡Atención a los jefecillos secundarios! Suelen ser peores que el mismo jefe: mueven hilos en la sombra, conspiran, traicionan, roban, asesinan, se enriquecen y emplean com o pantalla de sus manejos al m andatario, al que ensalzan y hacen la pe­ lota, pero sirviendo a sus propios intereses. Total, que se ha o rg a n iz a d o una jefatura, y lo que antes se entregaba de form a voluntaria para su distribución colectiva, se convierte en tributo o b lig a to rio . Pero aún no se ha form ado el Estado, que es a lg o más estable, am plio y represivo.

La aparición del Estado El paso de jefatura a Estado se p roducirá —parece ser—, cuando se dan tres circunstancias: la prim era es que la p o b la ció n aum enta mucho más (unos treinta mil habitantes parecen ser suficientes); la segunda es que la jefatura cuenta con un excedente alim enticio no perecedero (cereales, tubérculos...) en sus alm ace­ nes con el que puede alim entar a una fuerza p o licíaca y a una burocracia; la ter­ cera condición es que la p o b lació n ha de estar lim itada p o r desiertos, montañas, mares..., que im pidan que pueda huir la gente. Porque hubo muchas jefaturas que intentaron convertirse en Estados, que fueron destr-uidas p o r la ciu d a da n ía en revueltas en las que se invocaba la libertad, o se quedaron sin personal al que d om in a r por huidas y exilios masivos. Es decir, que el Estado es a lg o que se im pone finalm ente a la gente en contra de su voluntad. Estas condiciones p ara la a p a ric ió n del Estado Prim igenio se dieron p o r p ri­ mera vez en O rie n te Próximo hace unos 5 .0 0 0 años, en Sumeria, actualm ente Irak. Los cam pesinos sumerios habían d e s a rro lla d o una co m p le ja te cn o lo g ía de canales y cam pos de cultivos. C u a n do lle g ó el m inisterio de H a cie n d a re­ c a u d a n d o el gra n o y sus so ld a do s o fre c ie n d o p ro te cció n contra los ba n d id o s, fueron incapaces de huir a las m ontañas a seguir un estilo de v id a para el que no tenían costum bre, y no pudieron cargarse a los hom bros los cam pos y canales. La a p a ric ió n del Estado es, entre otras, cosas un fenóm eno mafioso. La ban d a de b an do le ro s más v io le n ta y eficaz, fun d ó la prim era dinastía de gobernantes.

Con el Estado se institucionaliza la estratificación social, gobernantes y go­ bernados, el Poder y la dom inación, la m arginación de la mujer, la desigualdad económ ica, la ley y la p ro p ie d a d privada entre otros muchos desastres. Porque esos saqueadores, esos padrinos, una vez se hacen con el p o d e r y eliminan la com petencia, se vuelven de inm ediato legalistas, filántropos, moralistas, nego­ ciantes honrados, hacen ca ridad, caminos, censos, obras públicas, y em piezan a im partir Justicia. En realidad, el jefe b a n dolero compr-ueba que es m ejor negocio extorsionar de manera legal, m anteniendo el m onopolio de la represión. Es más laborioso, menos estético, más peligroso y menos rentable asaltar una hacienda, matar a sus moradores, incendiarla y v io la r a sus mujeres, que enviar a un recau­ d a d o r a llevarse el impuesto y com prar así trescientas esposas. Y

—como ya he dicho antes—, los lacayos secundarios suelen salir muy benefi­

ciados. Porque a la que se descuida, el jefe es destituido, desterrado, invadido, en­ venenado, ap uñalado, saeteado, o asesinado por cualquier procedim iento junto con sus esposas e hijos si se tercia. H ay siempre sustitutos ambiciosos em pujando desde abajo. Y los funcionarios y visires se enquistan en sus sillones y no les arran­ can de a llí ni con agua caliente. Por eso capataces, manijeros, encargados, capos, lugartenientes, supervisores, administradores..., son una verdadera peste, mierda incrustada que no hay quien quite. Por ejemplo: Pensad en un d icta d o r muy malo. ¿Qué podría hacer un individuo solo sin sus ordenanzas, subordinados de general a sargento, secretarios, ministros, curas y verdugos? M u y poco. N o pasaría de ser —en el peor de los casos— un simple asesino en serie. Lo normal sería que se con­ formase con atorm entar a su pobre fam ilia. Pero a su a lre d e d o r se movieron una serie de individuos que aprovecharon directam ente el p o d e r que él ejercía, que aprovechaban la jugada para favorecer sus intereses, y que iban a seguir apro­ vechando mientras él mandase, y p o r eso le impulsaron más y más lejos. C uando muere el tirano, caen con él los más fanáticos, los que se lo creen, los que están más adheridos a la doctrina oficial..., pero los actores secundarios que se adaptan a la nueva situación, siguen m andando, y pasan a ocupar otros cargos. Una vez se organizan los primeros Estados, intentan dom inar a las p o b la ­ ciones adyacentes. Los únicos medios para oponerse a esta violencia org a n i­ za d a que se les ocurrieron a estos pueblos, llevados de las manos de sus jefes,

fueron la construcción de nuevas organizaciones estatales, y la edificación de la opresión generalizada. En resumen: nos invaden los vecinos con un ejérci­ to impresionante, ¿qué hacemos? Formemos otro Estado. E l E s t a d o t o t a l it a r io

Los E

s t a d o s t o t a l it a r io s s u e l e n

id e n t if ic a r s e p o r l a c o n c u r r e n c i a d e t o d a s o

alg u n as

de

LAS S IG U IE N T E S C A R ACTERÍSTIC AS: 1 . E x is t e n c ia

d e u n a id e o l o g ía o f ic ia l , q u e

c o n t i e n e u n a c o n c e p c i ó n id e a l d e l

Es t a d o ,

es im p u e s t a a t o d a l a s o c i e d a d

c o m o

u n t o d o

,

c o m o

. E sta

id e o l o g ía

f o r m a d e e s t r u c t u r a c ió n de

LA S O C IE D A D . 2 . S

e c o n c ib e l a s o c ie d a d c o m o

,

u n o r g a n is m o v iv o

d e o r d e n s u p e r io r , s ó l o c o n

respecto

A L C U A L T IE N E N S IG N IF IC A C IÓ N LOS IN D IV ID U O S , Q U E H A N DE CUM PLIR U N A F U N C IÓ N D E T E R M IN A D A : N O H A Y LUG AR PARA LA LIBERTAD IN D IV ID U A L , N I PARA LA IG U A L D A D ENTRE LOS IN D IV ID U O S . 3 . E x is t e

u n a f a c c ió n

l a s é l it e s d i r i g e n t e s .

dran

4.

S

5.

M

p a r t id o

S

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o n o p o l io

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No

8 . Se

,

ig l e s ia

estar a

e h i p e r t r o f i a el p r i n c i p i o

6 . C 7.

,

. S

,

se t o l e r a l a d is id e n c ia

d e la s v ía s

. P e r s e c u c ió

Se

busca u n

c h iv o

e x p ia t o r io

,

f ig u r a t r a d ic io n a l o

e e x a lta l a o b e d ie n c ia c ie g a

.

Se

crea

u n

de c o m u n ic a c ió n

p o t e n c ia n v a lo r e s a b s t r a c t o s , c o m o

r a c i s t a s , s e x is t a s , x e n ó f o b a s

b u r o c r á t ic a y j e r a r q u iz a d a

u n a

estatal de la f u e r z a , la s a r m a s

de la e c o n o m ía

E s t a d o ...

9 . C

,

ú n ic a

frente

d e a u t o r id a d

posturas

c ió n

...,

su

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in t e r io r o

e x t e r io r .

D

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en

la q u e m e

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de

la s

io s

,

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.

.

c u e r p o t e r r o r is t a d e

fuentes

r e p r e s ió n y a n i q u i l a m i e n t o

el p a t r io t is m o

,

m e s iá n ic a

p o l ic ía

d e e n e r g ía

.

.

.

l a t r a d ic ió n

,

la le altad a l

e a h í q u e s e a s u m a p o r el

Esta d o

etc.

o n t r o l d e l p e n s a m ie n t o a t r a v é s d e l a r e l ig ió n

,

d e l a p o l ic ía , d e m e d io s

de c o m u n ic a

­

.

1 0 . Pr

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d e c a d e n c ia

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d e v a l o r e s e in d iv id u o s

.

NECESARIO EL ESTADO?

Durante mucho más de 5 0 .0 0 0 años antes del Estado, la gente vivió de forma igualitaria, y hombres y mujeres tenían derechos semejantes. En los últimos 5 .0 0 0 años la Humanidad ha sido d irigida por gobernantes. En el actual nivel de desa­ rrollo podemos preguntarnos si esta gente es o no necesaria. La jefatura del Estado responderá siempre a esta pregunta de forma afirmativa. Ella asegura que propor­ ciona grandes ventajas a la com unidad, porque organiza, reparte, controla, garan­

tiza que no nos matemos entre nosotros, acomete obras públicas, ofrece importantes servicios... Es todo mentira. Es cierto que en un principio la gente se organiza para mejorar sus condiciones de vida, y que las personas especializadas en tareas téc­ nicas o políticas pueden tener buenas ideas. Pero el precio que acaba p a gando el pueblo es desmesurado.

El Estado M oderno. ¿Q ué es el Estado? Pero... ¿Qué es eso del Estado? Un Estado es una organización. Com o pue­ de serlo una peña futbolística, una mafia, una iglesia o un sindicato. Es muy im­ portante entender esto. Un Estado es una organización política y administrativa, com pleja, centralizada y permanente. Es a lg o artificial, que no siempre existió, y que puede v o lv e rá desaparecer. Esta organización dom ina a la población de un territorio p or m edio del m onopolio institucionalizado de la violencia. Todo Estado reclama para sí la exclusividad de la violencia legítima. Esta organización dispone de un organigram a en form a de pirám ide esca­ lonada. En esa pirám ide se pueden ver los cargos que la ocupan. C a d a cargo tiene unas funciones, un puesto en la cadena de m ando y, en el caso del Estado, ejecuta las órdenes que le llegan de arrib a . El m odelo de ordenación del p o der es

de arriba a abajo, es decir, las personas del escalón superior mandan sus órdenes al que está abajo, y así sucesivamente, hasta que la orden es cumplida. Las personas que dirigen el apa ra to del Estado se denom inan

g o ber­

nantes, y disponen de medios letales de coacción, con los que recaudan im­ puestos, imponen leyes y o b ligan a prestar servicios a la gente, multan a los transgresores, los encarcelan... También matan p o r razones de Estado. En el planeta Tierra hay más de doscientos Estados de todos los tam años que in­ tentan ejercer el control de toda su superficie, aire, mares y subsuelo. Todo Estado pretende que es legítimo, y que tiene derecho a ejercer la dom inación po r vuestro bien. Su fin alidad es controlaros, servir los intereses de la élite dominante, ex­ plotaros de la form a más efectiva, y en la m edida de lo posible acrecentar sus fronteras y absorber otros Estados, bien por guerras o destruyendo sus economías. En este libro voy a h a b la r principalm ente del Estado dem ocrático. El Es­ ta d o dem ocrático no es otra cosa que el disfraz que da aspecto am able al Estado totalitario.

Sistema Democrático. Gobierno, Parlamento y Ley La pro pa g a n d a del sistema difunde continuamente la idea de que este mundo es el mejor de los posibles, que el Poder descansa en el pueblo, y que los go­ biernos son meros garantes de la soberanía popular. Os aseguran que vivís en una dem ocracia, pero no es así. La pa la bra dem ocracia (G obierno del Pueblo) encierra en sí una contradicción insalvable. Si existe un G obierno, no es el pueblo el que gobierna, sino una minoría: la del G obierno. Si es el pueblo el que arregla sus asuntos colectivamente, no existe G obierno que d irija. N o puede haber jamás un G obierno del pueblo. Por eso se considera en la actualidad a la dem ocracia com o un método p a ra d e s ig n a ra un G obierno. Es decir, que el pueblo no g o b ier­ na, sino que es gobernado. En las dem ocracias capitalistas esta c a p a cid a d de decisión que dicen que po­ seéis para designar a los m andatarios se produce cada cuatro años a p ro xim a d a ­ mente, en que se vota a las personas que van a cubrir los puestos del Parlamento,

del Senado y de los Ayuntamientos. Se os cuenta que esta votación representa los deseos de la mayoría. Es falso. ¿ M a y o r ía ?

Una votación dem ocrática no representa jamás la voluntad de la m ayo­ ría. En el m ejor de los casos un p a rtid o representa a tres o cuatro de cada diez votantes. Lo norm al es un porcentaje menor. Además, los partidos no son homogéneos. Dentro de ellos existen facciones internas, y dentro de la facción dominante, personas de peso, gobernantes. Por ello es siempre una ínfima minoría la que toma las decisiones según sus propios intereses. Las elecciones pueden determ inar algunos liderazgos. Pero en la práctica del car­ go tienen que preservar los intereses del Sistema. Los diversos grupos que se reparten el Poder establecen compromisos y llegan a acuerdos previos y posteriores que nada tienen que ver con las elecciones y con las promesas que realizan a los electores. ¿ Q u ié n t ie n e el p o d e r ?

Una vez se vota, no se vuelve a pe d ir la opinión de la ciudadanía para nada. El Poder ejecutivo pasa a manos del G o b ie rn o , que hará y deshará a su antojo. En las elecciones ni siquiera se tiene opción a elegirlo. Se determina solamente la com posición del Parlamento. Es decir, que quién va a m andar en el ministerio del Interior, o de Economía, queda al criterio de la Presidencia del G obierno, que es nom brada p o r el Parlamento. La cohorte de altos mandos es designada a dedo: G o b ie rn o Civil, Secretaría de Estado, jefaturas de las fuerzas de orden y de empresas públicas, Consejo G eneral del Poder Judicial, Tribunal Supremo, Diputaciones, decenas de miles de cargos políticos..., no se someten al llam ado control dem ocrático. El Parlamento sólo ejerce una función de mero trámite, y es muy poco im portante en com paración con el lejano e incontrolable G obierno. A unque quisiera, un d iputado es in ca p az de a b a rc a r el cúmulo de leyes, informes, órdenes, dictámenes y normas que cruzan ante sus narices. Es norm al que los diputados no asistan a las sesiones o se duerm an durante los debates, o discutan anim adam ente en la cafetería. La mayoría pasa la legislatura sin tener ni idea de los proyectos de ley que vota, y su m ayor preocupación consiste en ap re ta r el bo­ tón de sí o de no, según le indiquen durante los recuentos. Esto no quiere decir que

sean incompetentes. Al contrario: son expertos de diplom a en intriga y puñalada. Quien llega arriba es porque tiene escuela. Además, hay que darse cuenta de que los Estados ejercen cada vez más el papel de gestores de la política de organismos más importantes, como el Fondo M one ta rio Internacional, en Banco M u n d ia l, la O M C , la Comisión Euro­ pea de la UE... Organism os con mucho p o der cuyos funcionarios y políticos no son elegidos democráticam ente. En definitiva, puedes vo ta r a A en vez de a B, pero su política económ ica va a ser muy parecida, siempre para salvar el C apitalism o, porque en el cam ino del p o der se va uno haciendo duro, olvida los principios y se ciñe a lo real, a lo posible. Q ue es lo que ya tenemos. ¿ A QUIÉN Y QUÉ SE VOTA?

A quién designa la jefatura de un partido. En tiem po de elecciones no se eligen personas, sino partidos, o mejor dicho, listas e laboradas por jefes de partidos en m edio de cien mil cuchilladas. Poca dem ocracia puede haber cuando se votan organizaciones con una estructura fuertemente jerárquica y autoritaria, y a gente a la que no se conoce. En otro aspecto, la gente no tiene ni idea de qué es lo que está votando. De ello se encargan los aparatos de p ro p a g a n d a de los partidos, y los medios de com unicación, que realizan cam pañas totalm ente falaces, en las que se promete cualquier cosa que luego no se cumplirá. ¿Sabe la población qué es lo que hace cuando vota al PSOE o a IU? ¿Se leen los program as reales? ¿Se sigue la actividad del p a rtid o votado? ¿Se conoce a las personas a las que se vota? ¿Existen medios de control? La respuesta es que no. En cuanto a quienes son conscientes de lo que hacen ¿votan lo que realmente quieren? Pues no. Com o la ley electoral prem ia a los partidos potentes, mucha gente elige el mal menor, p o r ejem plo vo ta r al PSOE para evitar que llegue la derecha al Poder; aunque si les valiera, votarían p o r opciones más radicales de izquierda. Pero com o saben que eligiendo a las opciones minoritarias, su voto no es conta bilizado, prefieren vo ta r útil. Tampoco existe refrendo a posteriori. Lo que se votó hace treinta años sigue inam ovible. La Constitución Española fue a p ro b a d a en 1978, y lo que decidieron aquellas personas hipotecaba el futuro de los no nacidos. Hoy día a nadie se le

ocurre pensar que millones de personas con derecho a voto que la padecen, no tienen oportunid ad de decir si la quieren o no, o si la desearían de otro modo. E s t a d o d e e x c e p c ió n

Para más INRI, en toda dem ocracia existe el llam ado Estado de Excepción, que faculta al G o bie rn o a suspender los derechos constitucionales, si considera que corre peligro la continuidad del sistema capitalista. Si p o r un m ilagro un hipo­ tético p a rtid o anticapitalista ganara las elecciones con intención de a b o lir el C a­ pitalismo, el G o bie rn o saliente establecería de inm ediato el Estado de Excepción, anularía las elecciones y establecería la dictadura. ¿ S u f r a g i o u n iv e r s a l ?

Tampoco el sufragio es universal. Q uien tenga menos de 18 años no vota. N o sabemos porqué, cuando un menor con dieciséis años tiene el derecho de ir a la cárcel, a la guerra, al trabajo, etc. T ecnócratas

El Poder no emana sólo del G obierno. El peso de la tecnoburocracia en la toma de decisiones es importante, y condiciona la política, tanto o más que el g rado de acidez del estómago de quien gobierna. La burocracia profesional sobrevive a los cambios, gracias a su condición de profesionales y especialistas. Y esta gente tiene un interés fundamental, que es mantenerse en sus puestos. P r iv il e g io s

La alta jerarquía separa sus personas de las del p opulacho con una serie de privilegios. N o puede ser ju zg a da , y las excepciones confirm an la regla. Perciben grandes salarios. Viajan gratis co b rando buenas dietas. N o tienen control de jor­ nada. N o deben responder ante nadie de sus gestiones, decisiones y proyectos en caso de fracaso. Llevan un estilo de vida ostentoso, con grandes coches, gua rd a ­ espaldas, fiestas, despachos suntuosos, trajes de corte, edificios con lo último en tecnología y com odidades, tarjetas de crédito ilim itado... C ualquiera que llame a esto voluntad p op u la r, si realmente lo cree debe estar mal de la cabeza. Toda esta parafernalia no tiene otro objeto que el de decirnos "¡M ira d n o s! ¡Somos seres extraordinarios! ¡N os lo merecemos to d o !" R e p r e s e n t a c ió n d e m i n o r í a s

El sistema electoral hace que las opciones minoritarias no se vean represen­

tadas proporcionalm ente en el Parlamento, de form a que sólo acceden a él los partidos más importantes, que son los que tienen m ayor número de funcionarios, mayores subvenciones estatales y empresariales, y m ayor acceso a los medios de com unicación. Es decir, los partidos capitalistas. Un p a rtid o pequeño no tie­ ne acceso a medios de p ro p a g a n d a , no dispone de inform ación, no llega a la gente, y p o r ello, po r bonito que sea su program a, no es votado. Es curiosa la fa cilid a d con que la gente que carece de poder, se decanta en su voto p o r la gente aparentemente culta e im portante que no ha tra b a ja d o en su vida. Así que para llega r al poder, hay que hacer carrera. Y en la carrera, o se convierte uno en un bicharraco, o te pegan la pa ta d a y te sacan del camino. Pasó con los socialdem ócratas, con los verdes, con los comunistas: para lle g a r al poder, hay que olvidarse de todo. A b s t e n c i ó n y a p a t ía

Todo esto lleva al desinterés popular. Es curioso porque en un sistema en el que se afirm a que el pueblo es soberano, no solo hay mucho ámbitos en los que no se pregunta al pueblo qué quiere, sino que incluso a llí donde puede decir alg o por una vez hay que hacer grandes cam pañas de p ublicidad para que más del 50% del electorado vote. La abstención siempre ronda cifras entre el 3 0 y 40% . N a d ie se cuestiona que este aburrim iento p o r la política ha de tener alguna causa corre­ gible, ya que quienes mandan no desean un pueblo participativo. Y p o r otra parte la gente entiende que es inútil actuar, y con espíritu fatalista asume que todo está escrito y hágase lo que se haga, nada cam bia. A sí que o se abstienen, o votan a quienes hacen más p ro p a g a n d a . ¿ P a r a q u é s ir v e el v o t o ?

El acto de vota r sirve fundam entalmente para que el Estado obtenga legiti­ m idad. N o existe participación real del pueblo en la política, sino una ilusión de participación que se consigue poniendo a toda la población en contacto con los símbolos centrales de la política estatal (corona, ejército, patria, deporte, festejos, religión, obras públicas... y elecciones). A continuación se ponen estos símbolos frente a los del im perio del mal: delincuentes, narcos y terroristas cuyas caracterís­ ticas son el desprecio de la ley, el orden, la vida humana, contrarios a la libertad y a la salud y partidarios de la violencia. Y de esta manera se favorece el senti­

miento de identidad e integración en el sistema, que crea la impresión de que se toma partido p o r alg o a lo que perteneces. Así, puede haber decisiones injustas, pero como se piensa que el G o b ie rn o representa la voluntad p o p u la r, hay que aguantarse, porque lo ha decidido la mayoría. Para construir esa mayoría hay que realizar un acto de fe. H ay que creerse que somos individuos cuyas voluntades pueden ser sumadas, y que esa suma es la voluntad general de la N ación. Lo que en realidad sucede es que el Estado ex­ propia la responsabilidad a las personas, y se autofaculta para tom ar decisiones en nombre de la gente. Se desposee al pueblo —a ti— de su voluntad, pues sólo cada cuatro años existe la posibilidad anecdótica de recibir de nuevo una mínima ca p a cida d política. Una persona sólo puede elegir cuando es consciente de su situación de dependencia y tra b a ja para recuperar su voluntad, manifestándose, protestando, actuando, y en definitiva, decidiendo en todo momento que desee sobre aquello que le atañe, y no sólo cuando está reglam entado.

¿Y

POR QUÉ EN LAS ELECCIONES LA GENTE VOTA EN CONTRA DE SUS INTERESES?

Porque siempre ganan las elecciones los partidos que poseen más dinero para com prar la opinión pública, a la que conquistan a través de periódicos, radios, televisiones. G anan los que dan favores a sus adeptos (contratos de tra b a jo en épocas cruciales, pequeñas subidas de pensiones...). G anan las elecciones los partidos que consiguen más clientes dispuestos a chupar del bote. En cuanto a ti, pobre votante solitario, carente de cualquier defensa colectiva, piensa que las elecciones están hechas para que votes a políticos. Por eso, cuando estás solo, ante la urna, tienes muy pocas opciones. Sabes que los políticos incumplirán sus promesas, romperán su program a, defenderán los intereses de los ricos, no alte­ rarán el funcionam iento de la sociedad, seguirán co b ra n d o impuestos, fa v o re ­ ciendo a sus enchufados, y co brando por ello. Sabes que el p a rtid o honrado a m edida que crezca y se asiente en el poder, se volverá com o aquéllos a los que ha desplazado. A sí que la mayoría de votantes siempre aca b a op ta n d o p o r los partidos que se supone que dejarán las cosas como están. ¿ H ay

d e m o c r a c ia e n la e c o n o m í a ?

Por último, hay un ám bito m ágico que escapa a cu a lq uie r intento de con­ trol dem ocrático. El Estado tiene la sagrada misión de g a ra n tiz a r que las élites

capitalistas puedan hacer con su dinero lo que les dé la gana. Invertir, espe­ cular, gastar, o d e ja r que se pudra en un agujero. En lo realmente im portante, las pelas, esa gentuza tiene g a ra n tiz a d o que puede tom ar decisiones privadas incuestionables, p o r lo tanto no sujetas a la presunta ley de m ayorías de la dem ocracia. Tenéis tan asumidas estas cosas que ya no os dais ni cuenta.

Un

centro de p o d e r e influencia indiscutible es el em presarial. Directivos de bancos, consorcios, m ultinacionales y empresas múltiples de diversa im p o rta n cia econó­ mica y social, actúan según las normas que emanan —eso dicen— del M e rc a d o C apitalista, sufriendo muy escasos controles en su a ctivid a d, teniendo en cuenta los fondos que m anejan, la influencia que desarrollan sobre los políticos y las poblaciones, y las consecuencias sociales y e cológicas de sus actos. El voto para ellos es irrelevante. Si al presidente de una gran empresa se le diera a e le g ir entre su derecho al voto, y la c a p a c id a d de m aniobra que le o torga su capital, ¿cuál sería su decisión?, ¿renunciaría a su riqueza o se aferraría a su derecho político al voto? ¿Qué es más im portante a la hora de conseguir algo? ¿Tener dinero o tener un voto anecdótico? Conste que al señalar estos defectos de la dem ocracia yo no sugiero ni que se mejore el sistema electoral y dem ocrático ni que elijáis a los mejores mandamases. Eso sería como pe d ir al verdugo que se perfume y vaya contando chistes a su víctima para que se distraiga antes de achicharrarla. Porque resulta, p o r si no lo sabéis, que la estructura de un Estado fascista y la estructura de un Estado dem ocrático son básicamente las mismas. Se puede pasar de uno a otro sin tener que cam biar nada sustancial.

Poder Judicial El Poder judicial interpreta y a plica a casos prácticos las leyes que impone el G o b ie rn o y el Parlamento. En general defiende la p ro p ie d a d privada de los medios productivos, el enriquecim iento y el em pobrecim iento individual, la des­ igu alda d social y el apa ra to del Estado. E s t a d o de d e r e c h o

Las Constituciones democráticas, situadas en la cúspide de la pirám ide norm a­ tiva, establecen la dom inación de la población m ediante Estados Democráticos

y Sociales de Derecho. Dicen los ideólogos del Estado de Derecho que puesto que el ser humano está sujeto a sus pasiones, es conveniente que por encima de cualquier persona se sitúe la ley: un conjunto de normas objetivas que establecen quién y cóm o se ejercerá la autoridad dentro de la sociedad, y los límites de la misma. Desde este punto de vista, siempre que existan leyes que regulen el funciona­ miento del Estado, estaremos ante un Estado de Derecho: una Dem ocracia Parla­ mentaria, una Dem ocracia Popular de corte marxista, o una D ictadura Fascista, son Estados de Derecho. De ahí que a los occidentales les añadan los adjetivos de dem ocrático y social. Pero habría que preguntarse más allá de estas palabras ¿Quién hace las leyes? ¿Qué intereses protegen o benefician? ¿Cómo se estructu­ ran? ¿Quién y cómo las aplican?, y en definitiva... ¿Son justas? O r ig e n d e l a ley e n d e m o c r a c i a

Si las personas son falibles, y en pa rticu la r las que detentan la autoridad, y esto es lo que hace necesaria la ley, ¿no podría decirse lo mismo respecto a los legisladores que las aprueban, o respecto a los gobernantes que las aplican o ejecutan, o respecto a los jueces que las interpretan? Los ideólogos de la dem o­ cracia dicen que los individuos pueden fallar, pero no así el pueblo soberano, que mediante elecciones periódicas elige a sus representantes para que legislen y g o ­ biernen. Siendo —en consecuencia—, el pueblo el punto de origen de la ley. Esto, en mi opinión, es falso. La ley no la escribe el pueblo, que ignora sus pormenores, sino el legislador. C a n t i d a d d e leyes

Si observam os lo que se denom ina el cuerpo d e l derecho, lo prim ero que llam aría la atención de un o b s e rv a d o r o b je tivo es su volum en y co m p le jid a d . La m etáfora que se p lantea es la de una gran b ib lio te c a llena de estanterías o cu p a d a s p o r todas las normas posibles. C a d a día ese volum en de norm as va crecie ndo inexorablem ente, y ca d a día, unas norm as van sustituyendo a otras, m o d ifica n d o el con te n id o de esas estanterías. C a b ría incluso la p o s ib ilid a d teórica de que una sola línea del legislador las dejase vacías, d e ro g a n d o todo lo anterior. Así ocurrió —en parte— durante la Revolución Francesa de 1789, que eli­ minó los derechos feudales b ajo la cuchilla de la guillotina, dan d o paso al M u n d o

Contem poráneo. Y surge la pregunta: ¿cómo podrá a b a rc a r alguien ese inmenso volumen norm ativo en perpetuo cam bio? La respuesta es que nadie puede. I n in t e l i g i b i l i d a d d e l a ley

M ás aún: la ley es com plicada. Se requieren años de estudio solo para obte­ ner los rudimentos del lenguaje jurídico. ¿Qué persona, p o r muy culta que se ten­ ga, puede leer una ley y estar segura de haberla entendido? De verdad... N a d ie . Pero no es sólo eso, sino que la propia ley se o rganiza en base a unos supuestos com plejos y superpuestos criterios de jerarquía, te rritorialidad, especificidad, com­ petencia, supletoriedad, integración, etc..., en lo que algunos llaman la Ciencia del Derecho, en cuya aplicación práctica ni los más expertos juristas llegan a po­ nerse de acuerdo. El Derecho y la Ley son interpretables, difícil y equívocam ente interpretables. De ahí la necesidad de miles de expertos de materias cada vez más específicas y reducidas, que se dedican a la creación, el asesoramiento, a la aplicación o al mero estudio de la ley. Y a co b ra r mucho dinero p o r ello. Esta ignorancia p o p u la r de la ley, sin em bargo no nos exime de su cumpli­ miento. Hagam os esta reflexión: si la ley es un conjunto de normas que regulan las relaciones humanas, y la ley necesaria para el normal desenvolvimiento de la sociedad, ¿no sería im prescindible que sus destinatarios la conociesen para que les fuese aplicada? Pero es un hecho que esto no es así. Tendríamos que rem ontar­ nos a sociedades de hace miles de años, para encontrarnos con que la gente era conocedora de las leyes que se les podían aplicar. C laro, que entonces las leyes eran pocas e inteligibles, y siendo conocidas p o r sus destinatarios, no necesitaban form a escrita. C ualquiera podía ser juez y jurado. A hora, en cam bio, ¿quién po­ dría estar seguro de no estar infringiendo alguna ley que desconozca? D e s ig u a l d a d a n t e l a ley

En este contexto, la ig u a ld a d de todos ante la ley, no es sino la institucionalización de la desigualdad. En efecto, si la ley regula de form a general —sin alusiones directas a personas concretas— las relaciones interpersonales y las instituciones de la sociedad y del Estado, y ésta es una sociedad desigual (en la que —p o r ejem­ plo— hay ricos y pobres), la conclusión es que la ley protege y mantiene la des­ igua ld ad , los privilegios de unos cuantos. C o lo ca n d o la ley a todas las personas individuales en idéntica posición de som-etimiento, en realidad está im poniendo a

esas personas el p rivilegio de los que en cada momento, y abstracción hecha de quiénes sean, detentan una posición social y económ ica de poder. En cualquier caso, la pretendida ig u a ld a d ante la ley es una falacia. Es bien sabido que no a todos se les a p lica de idéntica forma. Basta pensar que el dinero es fundam ental a la hora de crear una sentencia. Dinero com pra, dice el refrán. El rico siempre está bien protegido, y el pobre si pisa un ju zg a do es para temblar. El mejor ejem plo que se me ocurre en este instante para ilustrar esta diferencia de criterio es el del llam ado Caso M a d o f, m ultim illonario que fue acusado en 2 0 0 8 del fraude y esta­ fa por v a lo r de 3 7 .0 0 0 millones de euros, una cantidad respetable. A la hora de escribir estas líneas, ese señor está recluido b ajo arresto d o m icilia rio en su lujoso piso de Nueva York, esperando plácidam ente la lle g a d a del juicio asistido por mayordomos, criados, recibiendo visitas, sin que le falte un detalle y durm iendo en su cama con su mujer. C ualquier persona de ingresos normales que hubiese estafado seis mil euros falsificando firmas por ejem plo, sería recluida en una maz­ morra y podría pasarse un p a r de años com o preso preventivo, sin mayordom o, sin cocinero y sin teléfono móvil. S e l e c t iv id a d d e l a ley e n s u a p l i c a c i ó n

Existen leyes que se aplican generalmente, otras que sólo se aplican de forma selectiva, y otras que no se aplican. Y esto no es producto de la casualidad, ni de las exigencias y condiciones de la realidad, sino que es a lg o totalm ente prem edi­ tado. Piénsese p or ejem plo, que cualquier Constitución establece el derecho a la libertad, al trabajo, a una vivienda, y al mismo tiem po establece el derecho a la pro pie da d privada y a los poderes y potestades del Estado, antepuestos a todo lo demás. La aplicación de estos derechos constitucionales, es bien diferente en cada caso. Una persona puede estar sin trabajo, pero un m illonario ha de tener su dinero; un policía puede g o lp ea rte y dispararte, y la Constitución afirm ar que eres libre. Eso es a lg o d e liberado. Y es que la práctica del derecho, esto es, la aplicación de la ley, es ante todo, una cuestión de fuerza, de poder, a fia n za d a en última instancia, en la c a p a cida d de em pleo de la violencia legítima por parte del Estado, en form a de multas, sanciones y presidios. Y de sus primeros pasos, es bra­ zo ejecutor ese ente trem ebundo que llamamos La Adm inistración, un estómago insaciable y rutinario a cuyo servicio están millones de funcionarios.

J u e c e s y t r ib u n a l e s

En cuanto a jueces y tribunales —y todo el a p a ra to de adm inistrar justició­ los ideólogos del Derecho nos los presentan como los garantes a la postre del Estado de Derecho. Podríamos preguntarnos... ¿Quién los eligió? El Estado; ¿quié­ nes son? M andatario s; ¿cómo han lle g a d o a ser lo que son? Con tiem po y dine­ ro; ¿qué superioridad moral tienen sobre las demás personas para enjuiciarlas? N inguna; ¿imparten justicia o aplican la ley? Dictan sentencias; ¿cuánto tarda y cuánto cuesta la ley? M ucho; ¿cómo juzgan? C om o mejor les conviene; ¿cuántos errores judiciales hay? M ontones; ¿cómo se reparan? De ninguna manera; ¿se cumplen todas las sentencias? Sólo las que les im portan; ¿sirven realmente a la sociedad? Sirven a los ricos. La ley v a p o r d e l a n t e d e l p u e b l o

Pero hay alg o cierto en esto: que la Justicia —con mayúscula— emana del pue­ blo. N o podría ser de otra forma. La Justicia es un concepto moral y como tal se mostrará en cada momento de la Historia y en cada lugar del mundo, dependien­ do de la cultura, desarrollo, condición socioeconóm ica y distinta sensibilidad de las personas. Y resplandecería si eliminásemos las manipulaciones y esclavitudes a que se ven sometidas. Una sociedad en la que todos tuviésemos un asiento d ig ­ no en el banquete de la vida, igual para todos, sería una sociedad justa. Y en ella, probablem ente, no sería necesaria la ley. Esta form a de pensar es precisam ente la contraria de la que defienden todos los a ficionado s al Derecho, que afirm an a p lic a r de manera técnica y aséptica la ley, perm itiendo que unos coman mientras otros mueren de ham bre. A eso llam an bien común. Los defectos, los fallos in a ca ba b le s —dicen— son siempre corregibles con tiem po, en el futuro. Con lo cual, los técnicos del D erecho —cre­ yéndose gente práctica y realista— nos meten en unos líos de los que luego no saben salir: hemos p a rtic ip a d o y particip a m o s en esta d é c a d a en una guerra legal a va la d a po r subterfugios jurídicos. Pero..., ¿existe acaso una guerra que sea Justa? ¿Q uería el Pueblo la guerra? La respuesta de la minoría a la que conviene la guerra, es que el p u e b lo no piensa lo correcto. Q u e el p ueblo no sabe m anejar sus asuntos individuales y colectivos. Q u e el p u e b lo no está m adu­ ro y tiene que ser llevado de la mano. En consecuencia, la opinión p o p u la r de

personas corrientes sin distinción de sexo, etnia y o ficio , —aunque sea justa— no merece la pena ser te n id a en cuenta, o ha de ser te n id a en cuenta p a ra que sea m o d ifica d a y to d o el m undo a c a b e a p ro b a n d o a q u e llo con lo que no está de acuerdo. La

le y c o m o

m e d id a

d e l a j u s t ic ia

Es decir, que en el M u n d o M oderno, hace tiempo ya que la justicia dejó de ser la m edida de la ley. Ahora es la Ley la m edida de la justicia. Al menos eso es lo que se nos quiere hacer creer, y en gran m edida lo están consiguiendo. M ucha gente argumenta ya en cualquier discusión que a lg o es justo o correcto porque lo dice la ley, sin plantearse la m oralidad de su planteamiento, como si el hecho de que una ley lo diga, fuera prueba incontestable de su justicia. E l a n a r q u i s m o c o n t r a l a ley

Y

la respuesta es que esto no es así. Q ue el Estado de Derecho es más bien,

el Derecho del Estado a a p lic a r la ley, sin que eso im plique que prevalezca la justicia. Q ue cuando se invoca la ley para legitim ar una posición de p o d e r y de fuerza, que beneficia a unos y excluye a otros, debemos reflexionar, por­ que existen buenas razones para pensar que donde existen muchas leyes, se m achaca a los dom inados, no hay libertad y se carece de justicia. Y por eso, la desobediencia a la ley ha sido y será defendida siempre por los anarquistas.

La burocracia y la administración del Estado El Estado dispone de un cuerpo de burócratas, que está d ivid id o en dos gru­ pos: políticos, que cubren cargos designados por el G obierno, y pueden perder­ los si cae, y técnicos de oposición o contrato. El grupo político que toma las decisiones no tiene ni idea de cuáles son los problem as de su cargo, y se limita a d a r órdenes que indican líneas de actuación al fu ncionariado técnico-administrativo, que es el que conoce a la perfección los tejemanejes de su especialidad. Por ejem plo, un a lcalde tiene la idea de elim inar la venta ambulante. En un Estado D em ocrático y de Derecho todo debe hacerse según ley, y por ello encar­ ga a un funcionario político un informe sobre el tema. C om o éste no tiene ni idea, ordena a la oficina técnica superior de función administrativa su realización. Esta

emite el estudio con todas las pegas jurídicas del asunto. Del inform e sólo se leen las conclusiones. Según ellas, se e n ca rg a a otros técnicos la re a liza ció n de una o rd e n a n za m unicipal jurídicam ente irre p ro c h a b le , que regule el asunto. D ictámenes, contrainform es y miles de papeles que no se leen p o r sus desti­ natarios, circulan de un la d o p ara otro durante meses o años. La O rd e n a n z a d efinitiva se a p ru e b a finalm ente en el Pleno del A yuntam iento p o r los políticos. Las normas son siempre d e s a rro lla d a s p o r el fu n c io n a ria d o adm inistrativo, pero quienes deciden, firm an y tienen la re sp o n sa b ilid a d son los cargos políticos. De lo que se firm a no se tiene ni p a jo te ra id e a en muchas ocasiones, o nada más que a niveles generales (para a n u n cia r la noticia a la prensa). Sólo se sabe que el m ágico acto de firm a r hará que la p o licía m unicipal pueda perseguir la venta am bulante. La burocracia administrativa funciona sin compasión y sin odio. Sin ira y con conocim iento. Cumple lo que le ordena el G obie rn o . O b e d e ce a rajatabla la N orm a Escrita Burocrática. N o le im porta que sea el A rcángel San G a briel o el mismísimo Satanás el que se siente en la poltrona. N o le interesa que el Poder se haya log ra d o p o r elecciones, g o lpe de Estado o revolución bolchevi­ que. N o le im porta que sean fascistas, liberales o comunistas los que manden. Podrá haber murmuraciones, descontento, mala leche... Pero en general, se acata al G obiern o, porque la disidencia es siempre elim inada. Esta adhesión de la burocracia al Poder, la obtiene el Estado de tres for­ mas: la prim era es la nómina. M ientras se cobre todos los meses, el funciona­ rio perm anecerá en su puesto obedeciendo órdenes. Por ello el Estado cuida minuciosamente los derechos laborales de sus servidores. La segunda es el honor del cargo y la voluntad de poder. N o es lo mismo ser general de divi­ sión, catedrático de universidad o secretario del ministerio (todos son buró­ cratas) que cam arera de hotel. La tercera son las propinas, sobornos, m ordi­ das, latrocinios y cohechos, más o menos legales y tolerados. La burocracia administrativa es fundam ental para el Estado. Le sirve de pantalla protectora. Si te bajan la pensión, recorres mil ventanillas, rellenas mil impresos, guardas horas y horas de cola..., y quieres p e g a r voces, ¿a quién se las das? ¿Al funcionario que sólo hace lo que le dictan desde arriba? La

burocracia permite además controlar a la población, recogiendo la inform a­ ción y difundiendo sólo los datos que interesan al Poder. Saben así el número de habitantes, los recursos disponibles, y lo que pueden hacer con ellos. Se recaudan impuestos y se dictan las leyes. Por último, en el entram ado burocrá-tico, el Estado coloca a sus cargos políticos de confianza. Todo este tinglado muy esquemáticamente descrito de la organización del Esta­ do, G obierno, Parlamento, leyes, burocracia... ¿A quién sirve realmente?

El Capitalism o El Estado dem ocrático funciona en defensa del Capitalism o. Está prohibido cuestionarlo seriamente. Han existido en estos 5 .0 0 0 años Estados que han defen­ d id o otros intereses de los que no vamos a hablar. El C apitalism o es un sistema de o rganización económ ica basado en el benefi­ cio p rivado com o m otor de funcionam iento. Son, p or tanto, la codicia, la avaricia,

la usura y la acumulación de riqueza en manos de particulares los valores que promueve el sistema capitalista El C apitalism o divide a las personas en dos grandes grupos: el de los capita­ listas poseedores de medios de producción (campos, fábricas, empresas), y el de trabajadores que sirven p o r un sueldo a los capitalistas. El g rupo de los capitalis­ tas controla los M e d io s de Producción excluyendo de ellos a los trabajadores, y así explotan y roban a la mayoría que trabaja, a la que sólo le cabe o b edecer las órdenes, o ser despedida o m arginada o destruida. La econom ía queda de esta manera estratificada: unos tienen mucho, y otros tienen poco. La distribución de riqueza es siempre desigual en un sistema capitalista. Los capitalistas (a veces se llaman a sí mismos emprendedores, empresarios, industriales, comerciantes, banqueros...) manejan el mundo a través de sus em­ presas, m ultinacionales y corporaciones, cuya estructura interna es jerárquica y autoritaria. El jefe manda. La fin a lid a d del C apitalism o es am ontonar fortunas en las manos de los capitalistas que em plean y derrochan en lo que m ejor les parece. Con ello obtienen prestigio, p o d e r y bienestar para ellos. Los mecanismos de que se valen para lograrlo, sus caracte-rísticas y consecuencias, son descritos breve­ mente a continuación. La

a c u m u l a c ió n

p r im it iv a , r ic o s y p o b r e s .

E x p r o p i a c i ó n d e l a r i q u e z a c o l e c t iv a

Si en un principio todos éramos iguales, ¿cómo lograron enriquecerse una minoría de personas? A través de la fuerza y la guerra. Destruyendo oponentes. Tiranizando poblaciones. Las primeras fortunas se lograron a través del robo, la esclavitud y el asesinato. Los primeros gobernantes y sus servidores secundarios, fueron cabecillas, em prendedores ricos gracias a sus empresas de extorsión (re­ caudadores, sicarios, soldados). La acum ulación de riqueza en manos particula­ res continuó su curso entre guerras, imperios y avances tecnológicos. En el siglo XVIII se inicia la Revolución A grícola, que incrementaría la produc­ ción de alimentos aum entando así la población europea. En p a ralelo se dictan una serie de reformas legales destinadas a quitar la tierra a los campesinos, a la pa r que com ienza la industrialización que da paso a la Revolución Industrial. El resultado fue una em igración masiva de obreros a las ciudades, millones de perso-

ñas hacinadas en chabolas, m ano de obra barata para las industrias, promiscui­ dad, epidem ias, alta n atalidad y corta esperanza de vida para los trabajadores, que morían como chinches a los treinta o cuarenta años: paludismo, carbunco, tu­ berculosis, sífilis... Todo esto tuvo lugar b ajo coacción. Los motines obreros fueron aplastados por las bayonetas del ejército. La Revolución Industrial del C apitalism o fue una masacre como nunca la hubo hasta entonces. Jamás había muerto tanta gente en toda la historia de la H um anidad. C uando los capitalistas hablan de los costes y sacrificios necesarios de la industrialización, se refieren a esa m atanza de obreros. Toda la fabulosa riqueza que produjeron esas personas, les fue e xp ro p ia ­ da y esa expropiación continúa hoy día. C l a s e s s o c ia l e s

El C apitalism o y el Estado generan de form a inevitable desigualdades, estrati­ fican la sociedad y la dividen en clases, como mínimo la de quienes gobiernan y la de quienes soportan el G ob ie rn o . La de quienes poseen medios de producción, y la de quienes trabajan para los poseedores y emprendedores. Esta división es totalm ente artificial, arbitraria. N o es efecto del destino ni de lo inevitable. Puede cam biar. Tú, que lees este libro, probablem ente pertenecerás a la clase tra b a ja ­ dora. Eso quiere decir que te vendes, o que te tendrás que vender p o r un salario (el precio de tu trabajo) para p o d e r vivir. Tendrás que tra b a ja r, y se te p a g a rá un salario. La pala bra tra b a jo deriva del latín, de la pa la bra tripalium , que era un ins­ trumento de tortura. Esa tortura es el destino de la clase tra b a ja d o ra , para m ayor g lo ria del Capitalism o. Antes del Estado, la gente no tra b a ja b a , ni estaba dividida en clases, y se d e dicab a simplemente a producir para satisfacer sus necesidades, es decir: a vivir. P r o p ie d a d p r iv a d a

Principio sagrado del capital es la p ro p ie d a d privada, a la que dicen que tie­ nes derecho. Pero tu p ro p ie d a d se reduce a una serie de objetos de consumo de los que tienes más o menos necesidad. Poca cosa, en realidad, es lo que puedes poseer. Porque propietarios a lo grande, capitalistas muy ricos, sólo pueden ser un puñado de personas, una minoría. Para que algunos sean ricos, muchos han de ser pobres, porque la riqueza sólo puede provenir del esfuerzo de los traba­ jadores que la producen..., y a continuación se quedan sin ella porque los ricos

se la quitan. Adem ás la riqueza se mira en el contraste: donde todos son iguales o parecidos, no hay ni ricos ni pobres. El principio de p ro p ie d a d privada lo que en realidad legitima es tu miseria y tu esclavitud en dos pasos: prim ero porque te excluye, te deja fuera de la riqueza acum ulada durante generaciones p o r los trabajadores que te precedieron; segundo porque te constriñe, te limita a lo poco (o mucho) que puedes poseer. H ubo otros tiempos en que no existía ni el concep­ to mismo de propieda d , que a p areció en el momento que hubo acum ulación de riqueza en bolsillos particulares. D in e r o y d i n e r o i m a g i n a r i o

El C apital usa como medio de intercam bio y acum ulación el dinero. Este sím­ bolo puede presentarse en estos tiempos en form a de objeto en el que se marca un precio, como las monedas o los billetes, o bien, de form a menos tangible, como anotaciones en cuentas electrónicas en las que se marca un número que fluctúa en función de diversos factores, com o p o r ejem plo las compras y ventas de productos financieros. En la sociedad capitalista no tiene sentido para el C apital gu a rd a r garbanzos, sino dinero intercam biable p o r mercancías (pisos, botes de mermela­ da, hipotecas, deudas) en función de su precio. El dinero es em itido por un Banco Central (estatal), que lo presta a otros ban­ cos privados con un interés (el precio del dinero). Los bancos a su vez lo ponen en circulación prestando a capitalistas y trabajadores y aum entando el interés por m edio de esas anotaciones en cuenta, en la confianza de que la gente no irá a retirar sus fondos todos a la vez. Lo único que se les exige a los bancos (por parte del Estado) es que tengan siempre disponible un reducido porcentaje de ese dine­ ro que prestan (en torno a un 2%). Es decir, que prestan dinero que no tienen, con lo cual la cantidad de dinero im aginado que circula p o r el mundo, es muchísimo m ayor de la del que existe de una manera material en form a de billetes. Por otra parte, hay que devolver al banco el interés, ha y que hacer retornar al prestamista más dinero del que te presta, más dinero del que se pone en circulación, tenga éste respaldo o no, que norm alm ente no lo tiene más que en ese pequeño porcentaje m encionado. En definitiva, has de p a g a r ese interés del dinero, su precio. ¿Cómo lograrás p ro d u cir ese dinero? ¿De dónde sale la pasta del interés si to d o el dinero circulante lo lanza el banco? Date cuenta de

que to d o dinero (que represente a lg o tan g ib le ) procede en definitiva de lo que producen los tra ba ja d o re s, pues el tra b a jo es la única fuente de riqueza. Por eso, el dinero de los intereses solamente puede provenir de la ruina de los que lo pierden, de escatim ar al p ro d u cto r no p a g á n d o le p o r lo que produce, de p a g a r solam ente intereses y de nuevas emisiones de dinero que a su ve z es prestado con interés..., con lo cual la deuda del receptor de dinero se hace eterna y cada vez más grande. Hay, po r lo tanto, dos tipos de dinero. Uno es el que tú empleas para sobrevi­ vir, que podríam os llam ar dinerillo, las cuatro perras para p a g a r el pan. O tro es El Dinero con mayúsculas, un Dinero que es tan im aginario como los duendes y los ángeles. Es un dinero que circula a través de ordenadores y órdenes de teléfono y fax. Q ue crece y desaparece según los oscuros mecanismos de la bolsa, la infla­ ción y la especulación financiera. Este Dinero abstracto e intangible (tanto como Dios), es el realmente im portante. El dinero tiene otra dimensión: la de separar nítidamente a los que lo tienen, de los que nunca lo podrán tener. Porque para que haya unos cuantos ricos, recuér­ d a lo siempre, ha de haber muchos pobres. V a l o r y p r e c io

A dem ás, hay que d istin g uir entre v a lo r y precio. Una cosa es lo que vale a lg o que ni siquiera tiene que ser v e n d id o . Las cosas tienen v a lo r p o r el uso que le dam os (un m a rtillo para c la v a r un clavo) o p o r a q u e llo que obtenem os al in te rca m b ia rlo p o r otro o b je to (el mismo m a rtillo c a m b iá n d o lo p o r un des­ to rn illa d o r). Es decir, las cosas tienen v a lo r incluso aunque no tengan precio. Por tanto, el precio va p o r otro la d o , y se pone en función de diversos factores, com o la escasez, el deseo, la a nsiedad, la necesidad, el ham bre, la especula­ ción..., y siempre te n ie n d o com o fin a lid a d el lucro del ve n d e d o r... Por ejem plo, h a b la n d o en térm inos g e o ló g ico s, el p e tró le o ha necesitado para form arse una ca n tid a d de energía enorm e a lo la rg o de m illones de años. D epósitos de m ateria o rg á n ica cubiertos p o r inmensos m ovimientos de tierra, océanos que los cubren y mares que d esaparecen... El v a lo r del p e tró le o es fab u lo so . H a­ b la n d o en térm inos m ercantiles un b a rril de pe tró le o representa miles de horas de tra b a jo de una persona (si labras un ca m p o con una a z a d a sin e m plear

gasolina, ta rd a ría s muchísimo más). Pero su p re cio es muy e conóm ico aunque sea no renovable. Una ve z se gasta, no se volverá a p ro d u c ir más hasta dentro de m illones de años. En el capitalism o no se p aga el va lo r del objeto (que podría ser a lg o fijo y objetivo, como la energía o el tra b a jo necesarios para producirlo), sino el precio (que es varia ble según las circunstancias). Los capitalistas hacen a lg o de lo que acusan a los comunistas: la toma del montón. N o tienen en cuenta el v a lo r real de algo. Para un capitalista consumir un recurso o un bien escaso e irrem plazable es alg o que carece de im portancia. Van al montón, lo cogen y cuando se acabe se acabó. El que venga detrás, que apechugue. N o se valoran las consecuencias por graves que sean (crisis energética, cam bio clim ático, guerras, ham bre...). Se toma mientras haya, caiga quien caiga, y después ya se verá. T r a b a j o a s a l a r ia d o

Tu tra b a jo es com prado p o r el C apitalism o a través del salario, pero siempre te es p a g a d o en dinero a un precio muy inferior de lo que realmente es el va lo r de lo que produces. Por d ecirlo en palabras llanas: produces un kilo de patatas, y te pagan medio. Por si fuera eso poco, el salario se devalúa con el tiempo. Si lo guardas en tu casa, al ca b o del año valdrá aún menos de lo que valía cuando te lo pagaron. ¿Por qué se acepta todo esto? P l u s v a l ía

Los capitalistas aseguran que sus contratos son voluntarios y basados en la libertad de las partes. Pero ya me dirás tú por qué aceptas que te paguen menos de lo que produces, y con un objeto sim bólico e im aginario que se devalúa cada día. Si tú produces dos unidades de lo que sea, en términos capitalistas esas dos unidades deberían ser tu pago, y no menos. Si te pagan uno, alguien te está ro­ bando. Esa es mi opinión, y eso pensando en términos mercantiles con un poquillo de justicia y de equidad. Este robo, esta extorsión, se denom ina plusvalía, y repre­ senta la ganancia-beneficio del capital: el botín del a tra c a d o r de traje y corbata, m ultiplicado p o r tantos trabajadores como explote, da como resultado su fortuna. Lo mismo que si te prestan dos, deberías devolver dos, y no dos y medio, que es lo que se llama tipo de interés o usura, la riqueza del banquero. Total, que siempre das más producto del que recibes, es así de simple.

TUS INTERESES Y LOS DE LOS CAPITALISTAS

Por medio del salario el capitalista garantiza tu presencia en el puesto de tra­ bajo, pero no tu colaboración, porque tu interés objetivo de miembro de la clase trab a jado ra es cob ra r todo lo que produces, y eso siempre será antagónico y opuesto al interés del capitalista, que es que cobres mientras menos mejor, ya que el lucro del capitalista se extrae de ese latrocinio. Por eso te rebelarás cuando trabajes de múltiples formas: escaqueo, pasividad, pequeños sabotajes y hurtos, cum plir y pasar el día..., es normal: te están estafando... También puede pasar lo contrario: que se aprovechen de tu creatividad, de la satisfacción que puedes sentir cuando haces alg o útil o tangible. N o desprecies el placer del trabajo bien hecho como fuente de explotación; hay trabajos que te gustan, que parece que te hagan un favor dándote un em pleo y que por eso no deberían ni pagarte; también se aprovechan de tu faceta creativa, de tu entusiasmo..., para sacarte la pringue hasta que te acaban am argando. Ante el conflicto se hace necesario para el capital un sistema de represión, me­ dios de control, estímulo e incentivo, y una producción de id e o lo g ía con vistas a conseguir tu consentimiento y entusiasmo ante la injusticia y la locura. Porque, ¿de qué sirve una fá brica con buena planificación y m ercado si a la semana estalla una huelga? M

ercado

El lu g a r donde se com pran y se venden los objetos es el M e rc a d o Capitalista. N o se debe o lvid a r tam poco que en el sistema capitalista el tra b a jo a salariado es también una mercancía, un objeto que se com pra y se vende en un m ercado especial, el m ercado de trabajo. Te dicen que el M e rc a d o funciona b ajo unas leyes infalibles basadas en la oferta y la dem anda. Te aseguran que si hay mucha oferta de mano de obra, baja el precio del trabajo, y viceversa. Es falso, ya que eso no es ninguna ley natural. Para que lo entiendas: ley científica es —por ejem plo— la de la G ravitación Universal, que dice que dos cuerpos se atraen con una fuerza que es directam ente proporcional al producto de sus masas, e inversamente proporcional al cuadrado de la distancia que los separa, todo ello m ultiplicado por una constante G. Esa ley puede simbolizarse en una fórm ula matemática, y explica el fenóm eno de la

gravedad y la caída de los cuerpos al suelo cuando los soltamos, el movimiento de los astros o la trayectoria de un misil. En cam bio lo de la oferta y la dem anda no es más que una generalización, tan científica como la afirm ación de que si te pegan con un m artillo en la cabeza te dolerá mucho, o la de que si te caes llegarás al suelo a no ser que a lg o lo im­ pida. A firm ar que las cosas caen si se las suelta, no es una ley. Esas afirmaciones, am igos y amigas, no son leyes científicas, porque a la vista está que la Luna está suelta en el cielo, y no cae sobre la Tierra. N o hay ley de oferta y dem anda. Llamar a eso ley no es más que una impos­ tura intelectual, un fraude. Los capitalistas llaman leyes a lo que ellos establecen com o normas útiles a sus intereses. En cuanto al funcionam iento id e a l del m ercado que p ro p u g n a n los c a p ita ­ listas, es aquel que les hace g a n a r dinero. Si se les estropean sus beneficios, ya no les gusta el M e rc a d o . Los tra b a ja d o re s pod ría n b a ja r de g o lp e la oferta de m ano de o b ra p o r el simple p ro ce d im ie n to de sindicarse e ir a la huelga. Pero eso lo ven com o injusto los capitalistas, y p o r eso lim itan ese d erecho a asociarse y a no tra b a ja r basándose en los derechos de los consumidores. En cam b io presentan el fenóm eno del p aro, la escasez de recursos y la angustia que genera esa situación com o a lg o muy justo y natural. O ven muy norm al destruir alim entos para dism inuir la ofe rta . O ce rra r un hospital si no ganan dinero. O perseguir a los vendedores callejeros. A h í los consum idores pueden pudrirse sin problem as. ¿Quieren subir el precio de una vivie n d a y ve n d e r p o r treinta y cinco lo que realm ente va le tres? Lo suben, dan créditos baratos y la gente com pra. Y a continuación, te suben el interés y pa g a s aún más caro lo que ya va lía más de la cuenta... ¿Que la gente se niega a tra b a ja r p o r cuatro perras? A la calle y se trae a otro tra b a ja d o r en p a ro que lo acepte o a inm i­ grantes en patera. Del mismo m odo te dicen que el M e rc a d o ha de ser libre, que no debe de intervenirse en él, que la planificación colectiva es a lgo nefasto... Eso lo dicen los mismos que planifican cuidadosam ente todas sus jugadas, los que deciden sobre las vidas y el bienestar de miles de personas poniendo, quitando, despidiendo, contratando, produciendo, destruyendo la producción... Esos que claman contra

la intervención de los trabajadores en econom ía son los mismos que cuando quie­ bran sus negocios piden que se nacionalicen. Resulta sorprendente la cantidad de contradicciones e incongruencias que pueden soltar por la boca los economistas sin siquiera pestañear, y lanzando sus discursos desde la Universidad con bonetes ridículos, haciendo profecías con menos acierto que un vidente de la tele a las tres de la m adrugada, y recibiendo sus N o b e l correspondientes... mientras los guardias controlan a la chusma. Te explican que el m ejor M e rc a d o de los posibles es éste. Un M e rc a d o en el que el más fuerte y mejor arm ado prevalece. Predicen que una com unidad de personas libres que planifiquen su necesidad de ca lza d o y produzcan en base a ella de manera cooperativa serán pobres que irán descalzos. Eso, dicen los capitalistas, es planificación comunista, es una abom inación, eso es lo que lleva a la miseria. Lo suyo es que varios individuos pongan varias zapaterías, compitan, luchen, gasten recursos en la pelea, se arruinen unos y se enriquezcan otros escla­ vizan do a los más... A eso le llaman libertad. Esa liber-tad capitalista es la im por­ tante, y puede coexistir tan tranquilam ente con una dictadura militar que lance a los disidentes al mar metidos en sacos, con una cárcel llena de pobres,o con

una

Iglesia que pida paciencia, obediencia y p a z a los obreros. En fin. Date cuenta de que quien pone el precio del tra b a jo es siempre el C a p i­ tal, gracias a sus medios de control social. Tu interés objetivo es que se te pague el precio total de tu trabajo, y que el capitalista obtenga el mínimo beneficio posible, es decir: ninguno. Para evitarlo, el capitalista se vale de los medios de represión del Estado y del p o d e r de su dinero. C o n s u m o y c r is is

El C apitalism o vende también sus productos en el M e rcado. Precisan que tú compres para seguir produciendo. Con su sistema de adoctrinam iento id e o ló g ico (publicidad, televisión, emulación de ricos, escuela), te crean deseos, te obligan a tra b a ja r y a endeudarte para que consumas. De nada sirve tener los almacenes llenos de mercancías si tú no compras. Y una vez endeudado y metido

en una

espiral consumista, tu principal interés será tra b a ja r para otro. Por otro lado, el mismo sistema presenta una contradicción im portante, pues para po d e r consumir hace falta que te paguen un salario lo suficientemente eleva­

do, y eso no es com patible con el objetivo de los empresarios de obtener cada vez mayores beneficios. En consecuencia recurres al endeudam iento, pero eso tiene también un límite porque puede lle g a r un momento en que no puedas devolver lo que debes. Y eso puede provocar que dejes de consumir y que el sistema entre en crisis... Cosa que sucede cíclicamente. E v o l u c i ó n , d e f e n s a y a d a p t a c i ó n d e l c a p it a l is m o

Este sistema absurdo no ha perm anecido fijo a lo largo de los siglos. Se ha ido perfeccionando desde que existe el salario. Su desarrollo se dispara a raíz de la G ran Revolución de 1789, y del desmantelamiento del A ntiguo Régimen feudal po r la burguesía capitalista. C uando os digan que la revolución es una locura, recordad que esta burguesía ha re a liza d o una revolución muy violenta, exitosa, planetaria y duradera, basándose, eso sí, en el pueblo como carne de cañón. La burguesía se a pod e ró del apa ra to del Estado vertiendo ríos de sangre, y lo puso a funcionar en su beneficio sin ninguna compasión. E s t a d o d e l b ie n e s t a r o e s t a d o d e l m a l e s t a r

Pero los capitalistas se dieron cuenta en el siglo XIX de que estaban asesinan­ do a sus poblaciones trabajadoras. N o se podían conquistar imperios, ni manu­ facturar telas, con un pueblo tuberculoso, sifilítico, desnutrido y fam élico. Para ello a finales del siglo XIX em piezan a surgir en Europa prestaciones sociales com o los subsidios p o r enferm edad o los seguros po r accidentes de trabajo. El prim er país donde se pusieron en marcha fue A lem ania hacia 1880, y a p artir de ahí surgieron en el resto de países del continente hasta form ar gradualm ente lo que hoy llamamos Estados de Bienestar. Incluso pasaron a Estados Unidos en los años treinta con el N e w Deal y la Ley de S eguridad Social, aunque no será hasta después de la II G uerra M u n d ia l cuando estas políticas se generalicen y amplíen. Pero ya las clases acom odadas habían protestado violentam ente p o r la pretensión de los gobiernos conservadores de recaudar impuestos para subsidios y pensiones. Y hay que reconocer que fueron reaccionarios com o Bismarck, Lloyd G e orge y Roosevelt los que impusieron las leyes progresistas, si bien es cierto que actuaron ba jo la am enaza constante de los sindicatos obreros que nacieron justo al mismo tiem po que las primeras prestaciones sociales, lo que muestra que ambas cosas estaban relacionadas. De no haber sido p o r la seguridad social, los

subsidios de desempleo y las pensiones de invalidez y jubilación, probablem ente el C apitalism o hubiera desaparecido en una violenta revolución. M é t o d o s c ie n t íf ic o s d e e x t o r s ió n , f o r d is m o

Los capitalistas dedican una gran parte de su tiempo a pensar cómo g a nar dine­ ro. Ford a principios del siglo XX, impuso en su fábrica una nueva forma de tra b a ja r que aum entaba mucho la productividad p o r medio de la cadena de montaje. La idea consistía en divid ir el proceso de tra b a jo en partes. Por ejemplo, fa b rica r un mueble era a lgo que realizaban obreros especializados, que conocían todos los pormenores del asunto. En una cadena de montaje, cada cual realiza una sola función en la que se especializa. Así disminuyen los tiempos muertos, los cambios de herramientas, los paseos en busca de materiales... Tienes que quedarte quieto en tu puesto haciendo siempre lo mismo, te controlan mejor y te pueden sustituir por cualquiera. Con ello el capital expropió los conocimientos de los trabajadores. Ex p r o p ia c ió n de c o n o c i m i e n t o

La burguesía capitalista había reducido a la esclavitud a salariada a la clase tra b a ja d o ra . Con el fordism o les quitan tam bién sus saberes. Eran los tra b a ja d o ­ res quienes sabían hacer las cosas, quienes disponían del conocim iento, quienes sabían tejer, fa b rica r muebles o hacer cazuelas. El fordism o y sistemas de o rg a n i­ zación del tra b a jo similares robaron esos conocimientos, y los pusieron p o r escrito en las manos de la dirección de las empresas sin p a g a r ni un céntimo por ello. Los trabajadores se convirtieron en meros engranajes de la cadena de montaje, aptos para a pretar tornillos. E x p r o p i a c i ó n d e r e s p o n s a b il id a d

Así, en la fábrica, los trabajadores ya no eran responsables del fruto de su trabajo. Antes una persona podía sentir orgullo ante su obra final. Después del fordism o, la responsabilidad, el prestigio de la obra bien hecha, pasó a la Direc­ ción. Si has tra b a ja d o alguna vez en una cadena de montaje, habrás sentido en más de una ocasión el aburrim iento, el desinterés p o r tu trabajo, que parece una m aldición, alg o sin sentido que realizas para seguir viviendo. El

asunto

d e l a s u p e r p r o d u c c ió n

O tro problem a que superó el C apitalism o hasta el momento provenía de su pro pio funcionam iento. Este sistema se ve sometido a crisis periódicas de exceso

de producción, porque las empresas se ponían a producir com o locas. H ay mu­ chas mercancías en la calle pero no hay con qué com prarlas. El capitalista gana menos dinero, y decide p a ra r la producción hasta que venda lo que tiene en los almacenes. Con lo que sobreviene la crisis, se cierran empresas, aumenta el desempleo y la miseria. Fue el economista Keynes el que propuso que el aparato del Estado interviniese. El Estado al disminuir los impuestos aum entaba el nivel de dinero circulante y los ánimos inversores de los capitalistas porque los tra b a ja d o ­ res podían consumir un poco más. A l aum entar los gastos acom -etiendo obras públicas, creación de infraestructuras, subvencionando empresas y asumiendo sectores en crisis, podía calentar la econom ía, aum entar la producción y elevar los niveles de em pleo y consumo. El Estado a rre g lab a la situación favoreciendo que los beneficios fueran a p a ra r a manos privadas, ofreciendo a los trabajadores sólo las migajas. El Estado se convertía así en el garante de que al C apitalism o liberal y salvaje no se le iba a ir la mano y destruir de go lp e la econom ía. Lo cual estuvo de hecho a punto de ocurrir durante la Gran Depresión de los años veinte. G racias a esta política, sumada a las guerras, al mantenimiento en la miseria del Tercer M undo, a su poderío militar, etc., el C apitalism o subsiste. La u t o p ía c a p it a l is t a

A l economista Keynes se le debe una profecía muy interesante, en la que pre­ decía que más o menos para el año 2 0 3 0 , todos nadaríam os en la abundancia: "no está muy lejos el día en que todos seremos ricos. Entonces nosotros valorare­ mos otra vez los fines más que los medios y preferirem os lo bueno a lo útil. Pero, ¡cuidado!, la hora p a ra todo esto no ha llegado todavía. Por lo menos durante otros cien años debemos sim ular ante nosotros mismos y ante cada uno que lo bello es sucio y lo sucio es bello, porq u e lo sucio es útil y lo bello no lo es. La avaricia, la usura y la precaución deben ser nuestros dioses p o r un po co más de tiempo todavía. Porque solo ellos pueden guiarnos fuera del túnel de la necesidad económica a la cla rid a d del día". En fin, todavía andan los discí-pulos de Keynes (y de otras escuelas económicas) buscando a tientas el interruptor de la luz del túnel para intentar lle g a r a la luz del día. P l a n i f i c a c i ó n c a p it a l is t a y e l i m i n a c i ó n d e e x c e d e n t e s

Actualmente, además, no existen grandes cantidades de mercancías en alm a­

cenes, porque los capitalistas planifican muy bien la producción, y tienen exclusiva­ mente aquello que pueden vender en días inmediatos, con lo cual, ante cualquier crisis sobreviene la escasez... Ya no hay superproducción, sino producción al día. El C apitalism o es muy adaptativo. N o obstante, sigue existiendo la p a ra d o ja de un mundo con abundancia de alimentos y gente muriendo de hambre. M ás de mil millones de personas (por ser m oderada) se levantan cada día pensando en el qué comeremos hoy. Los economistas resue-lven la p a ra d o ja afirm ando que los alimen­ tos son bienes escasos. La Economía es a lg o así como el arte de asignar recursos escasos a fines alternativos. Es decir, la abundante com ida se dedica a otros fines, com o alm acenarla, d ejarla pudrir, alim entar g anado, o producir combustible, y la gente se muere porque la com ida escasea. Fabuloso. Y aun así, de vez en cuando se les va la mano, com o sucedió tras el estallido de la burbuja inm obiliaria y la crisis financiera de 2 0 0 8 , que todos los economistas y políticos decían que no iba a producirse, que no habría recesión, que todo iría bien... D ejando a un lado a las personas que perdieron sus empleos, millones de pisos de primera mano que­ daron sin vender, existiendo la p a ra d o ja de carísimas casas vacías, y millones de personas sin vivienda. Porque —según los economistas— la vivienda es un bien es­ caso aunque abunde. Y eso lo afirman sin que se les caiga la cara de vergüenza. Dicen que la economía es una Ciencia..., ¿y entonces por qué no dan ni una? Los economistas son especialistas no en predecir el futuro, sino en postdecir el pasado. C uando la catástrofe llega, es cuando explican p o r qué ha llegado. ¿ Q u ié n m a n d a e n l a e m p r e s a ?

O tra metamorfosis que sufrió el C apitalism o hizo que las grandes empresas fueran cam biando de dueños. Durante la etapa prim igenia había una figura clara que era gerente y propietaria a la vez. Poco a poco este personaje ha sido susti­ tuido p or equipos ejecutivos, managers, tiburones y accionistas que hacen que no se sepa bien a quién pertenece la empresa y contra quién se puede luchar. Trusts, holdings y m ultinacionales disponen de riquezas y medios inconcebibles para re­ sistir cualquier tipo de ataque. El proceso de acum ulación de riquezas se ha desa­ rrolla do de tal m odo que el dinero ha perdido totalm ente su significado. Se puede pasar de la abundancia a la ruina en cuestión de horas. Jugando al m onopoly, los capitalistas han creado un sistema demente en el que palabras espectrales como

inflación, crisis de exceso de producción, desempleo, déficit público..., son una verdad incuestionable objeto del sesudo análisis de especialistas. D iv is ió n in t e r n a c io n a l del t r a b a j o , p o s t f o r d is m o

En la actualidad, los capitalistas para obtener mayores beneficios, y aprove­ chando el desarrollo de las redes de transporte y com unicación, han g lo b aliza do muchos mercados. El M e rc a d o de Trabajo no está tan g lo b a liz a d o , como lo demuestran las crecientes dificultades que tienen los trabajadores del Tercer M u n d o para conseguir tra b a ja r en los países ricos. Pero sí que esa g lo b aliza ció n ha creado relaciones entre los M ercados de Trabajo de todo el mundo. Así, la clase tra b a ja d o ra de Indonesia, China, Taiwan, M éxico, etc, es usada en jornadas extenuantes mal pagadas, para producir objetos que son consumidos en Europa O ccidental. El C apital traslada sus empresas a esos países, les oculta celosamente la tecnología dificultando su desarrollo, y manda al paro a millones de tra b a ja ­ dores de Europa, Estados Unidos, etc... En la a ctualidad ha la n za do una ofensiva en toda regla, para fom entar la precariedad e inseguridad de los trabajadores, y conseguir así su com pleta sumisión. Se ha pasado del fordism o —que d a b a al menos alguna seguridad en el puesto de tra b a jo — a una situación de C apitalism o lib e ra l en la que interesan trabajadores totalm ente precarios y baratos. T o y o t is m o

M ientras que en Europa y EEUU el capital apuesta p o r el despido libre, el con­ trato basura y la desregulación del m ercado de trabajo, en Japón se im plantó otro m odelo de relaciones laborales, que producía una estrecha vinculación de los tra­ bajadores a su empresa: garantizaban el empleo de por vida, incentivos salariales de antigüedad, un sindicalismo de empresa no conflictivo, oportunidades de pro­ moción interna... Todo ello con una ideología que te une a tu empresa a través de un sentimiento de honor personal y de lealtad. Eso de la lealtad a la empresa y al jefe, la idea de que todos vamos en el mismo barco, es un canto que encanta a los capitalistas. Pero ocultaba además que esas relaciones un poco más ventajosas se daban sólo en menos de la mitad de la economía japonesa. El toyotismo se basaba en buena m edida en las relaciones de las grandes empresas (en las que se daban esas relaciones laborales) con proveedores que para cum plir las rígidas condicio­ nes que les imponían recurrían a condiciones de tra b ajo notablemente peores.

C a p i t a l i s m o f in a n c i e r o

Las actividades financieras son las que están vinculadas directam ente al mer­ cado de dinero y de capitales. A unque en teoría no pueden funcionar de manera autónom a respecto al capital productivo, lo cierto es que desde los años 7 0 aque­ llas se han em ancipado. Si originalm ente se acudía al m ercado de capitales, tanto a los bancos como a las bolsas de valores, para conseguir financiación para las inversiones (o, por el lado de la dem anda, al menos desde la II G uerra M undial, créditos para consumir), tras los procesos de desregulación que permiten malabarismos de to d o tip o el resultado es que la actividad financiera se convierte más y más en un fin en sí misma, creciendo a un ritmo mucho m ayor que la actividad pro­ ductiva que, teóricam ente, da lugar a la necesidad de esa actividad financiera. Es sorprendente la de parásitos que hay en todo el mundo especulando con productos que no son más que apuestas: todos los mercados de derivados, las opciones, los futuros, están vinculados en realidad a productos realmente exis­ tentes al inicio, pero luego no son más que especulaciones vinculadas a cómo esperamos que evolucionen los precios de esos productos. Todos estos productos no valen nada en sí mismos (aunque cuesten dinero), son literalmente papel, pero com o te dije más arriba, si observas el crecimiento de la actividad financiera des­ de 1 99 0 po r ejem plo, ves que ha crecido hasta ocho veces más (en el caso de las acciones; cuatro veces en el caso, p o r ejem plo de los deriv-ados mencionados) que el producto mundial, es decir, que lo que se ha producido en todo el mundo. Si no hay vínculo con la actividad productiva, pues efectivamente todo crecía so­ bre la nada. Y sí, se puede g a n a r dinero así, no sólo eso, sino mucho dinero: ahí tienes a Soros, aunque en su caso especuló con divisas, pero bueno hay muchos ricos que son menos conocidos pero que se han enriquecido de igual forma. A r g u m e n t o s d e l o s c a p it a l is t a s

Este es el Capitalism o: una locura de tom o y lomo. Una insensatez que fun­ ciona en base a la creencia, a la im aginación y a la confianza que suscita. Pero am igos y am igas anarquistas: no hay disparate en el mundo, no hay insensatez, ni m am arrachada, ni hay b a rb a rid a d oceánica, p o r grande que sea, que no tenga discurso que la sustente. Todo puede ser justificado. Los capitalistas suelen em­ p le a r los más retorcidos argumentos para justificar sus delirios. Te pueden decir

que su capital es arriesgado, cuando podría perm anecer inmóvil; que su capital ha de ser increm entado porque si no, no invertirían, y que eso te beneficia a ti; que ellos se abstienen de consumir invirtiendo y eso ha de ser recom pensado; que ellos compiten limpiamente, y gana el mejor; que todo ese lucro que obtienen se basa en su inteligencia, en sus saberes, en leyes económicas, en la naturaleza humana que busca máximo beneficio... Todo eso son gilipolleces. N o te explican de dónde salieron sus capitales, ¿de la Luna?, ni cómo ellos, sus padres o sus abuelos explo­ taron a personas para obtenerlos; sus supuestos riesgos, en el caso de las grandes fortunas, están muy calculados y planificados; sus conocimientos se basan en el entrenamiento, en sus buenas universidades, y en la inform ación p rivile g ia d a que manejan, escapando así a la com petitividad, porque com petir es cosa de iguales; su supuesta abstención de consumo durante la inversión es falsa, porque consu­ men tu trabajo, y lo pagan a mes vencido —no antes— si todo les va bien, que si les va mal te darás con un canto en los dientes; y si todo en los humanos se reduce po r Ley N atural a m axim izar beneficios personales, ¿por qué miles de millones de personas aceptan tra b a ja r para un jefe por una miseria? Sus leyes económ icas no son más que trampas de tahúres, reglas de jugadores ventajistas. Ellos, que tanto presumen de leyes, olvidan las leyes naturales que anuncian la crisis energética, clim ática y alim enticia que se avecina. Ellos invierten no para beneficiarte a ti, sino para lucrarse, y ese lucro sale de ti: te exprimen, te chupan, te extraen la energía, peores que Drácula. Y su riqueza es la condición de tu pobreza, de tu esclavitud asalariada, de tu frustración. Y ese tesoro acum ulado no proviene de méritos indi­ viduales sino del Poder del que ya disfrutaban sus dueños, en forma, p o r ejemplo, de pro piedad privada de los medios de producción. Y encima esa misma rique­ za es transform ada en nuevo Poder, en Dominación, en Tiranía. Con ese dinero pueden com prar esbirros, gobiernos o ser ellos mismos G obierno, cosa que sabe cualquier cacique. Ese es el C apitalism o, que en nombre de la am bición, la usura, la codicia y la avaricia, ha producido guerras, pillajes sin cuento, y

muertes y

d o lo r incalculable a lo largo de su historia. Resu m en

El Capitalism o: es un sistema cuya base es la desigualdad económ ica; dicha desigualdad fundam enta una jerarquía y clases sociales; establece que el precio

de un producto es independiente de lo que vale y tam bién de lo que ha costado producirlo, aunque esto suponga un robo; considera que el precio debe fijarse, aun elevándose de form a abusiva, en función de la ansiedad deficitaria de los consumidores; propugna la especulación del precio aunque p o r medio de dicha práctica se esté sacando beneficio de crisis de subsistencias producidas p o r pla­ gas, sequías, etc.; afirm a que el ofertante puede ejercer a u toridad sobre la vida de la gente, pues inflam ando el precio de productos necesarios los aleja de la ca­ pacid ad de adquisición económ ica de los obreros, determ inando el consu-mo, res­ tringiéndolo, racionándolo, o im pidiéndolo; establece el lucro sobre el com ercio y toda suerte de intercam bio, justificando la existencia del interés sobre el préstamo; legitima el interés po r encima del pro p io va lo r del préstamo, ga ra n tiza n d o así una ganancia no proveniente del pro p io trabajo; por tal procedim iento p ro p a g a una form a directa de robo, mediante la cual puede exigirse y reclamarse mucho más de lo que se adeuda; desestima la equidad com o m edida de toda transacción recíproca; postula que la justicia en las interrelaciones mutuas debe suprimirse si entra en contradicción con el pro p io afán de codicia; manifiesta que la p ro piedad puede fundamentarse de form a absoluta aun no siendo o rig in a d a p o r el propio traba jo; garantiza que un individuo puede llam ar suyo a más de lo que es c a p a z de ocupar, más de lo que puede consumir y más de lo que su esfuerzo puede pro­ ducir; a dop ta n d o dicha idea posibilita la esclavitud de miles de millones de obre­ ros que tendrán que acceder a un tra b a jo que sólo reportará beneficios ajenos; el concepto de p ropietario desvirtúa y desnaturaliza la producción haciendo que el obrero conceptúe el tra b a jo com o un privilegio, una suerte o un premio, con­ denando a los menos afortunados al hambre, la miseria y la genuflexión; decreta la dictadura de la minoría p rivile g ia d a , pues sólo los sanos y productivos tienen cab id a en esa distopía económ ica; el derecho a la libertad, a la ig u a ld a d y las condiciones básicas de vida le son denegadas, prohibidas y aniquiladas a todos aquellos individuos im posibilitados para la producción, ofreciendo ca rid a d donde sólo se puede exigir justicia; está dispuesto a apercollar, reprim ir y co a ccio na r a todos aquellos a los que el hambre les haga perder el respeto a la prop ie d a d , y a todos aquellos refractarios decididos a desobedecer las leyes; lejos de im pedir las desigualdades económ icas y sociales que engendran el lógico estallido de las

violencias sociales, sólo sabe dictar, ejecutar, mandar, ordenar que la burocracia legalista, que las mesnadas de la judicatura y los tribunales, las huestes de la legis­ lación, los grilletes, la violencia autoritaria y el hacha del verdugo, se encarguen de oprim ir a los infractores; su sistema económ ico se fundam enta en la explotación del productor-consumidor, del obrero convertido en mercancía, constituyéndose en un sistema C apitalista que sólo se ahorra la semántica, para seguir mantenien­ do, orgullosam ente alto, el estandarte de la A u to rid a d y del Poder. A lg o horroroso. De locos. De criminal de película de miedo, o mucho peor, por­ que al menos un criminal sociópata sólo puede comerse a una persona cada vez.

La represión Para defender los intereses de la clase dom inante y evitar que la chusma se su­ bleve, el C apitalism o se vale de la o rganización policíaco-m ilitar y de control del pensamiento del Estado, y de otros medios de control social. Los ricos se defien­ den de peticiones, de exigencias y de expropiaciones de los pobres mediante el Estado. El aspecto económ ico del sistema capitalista no va a ser estudiado más en este tra b a jo porque lo a la rg a ría dem asiado. Basta saber por el momento que lo que se llama soberanía nacional no es más que un camelo, porque el mundo está dom inado en estos momentos en buena parte p o r org-anismos supranacionales com o el Banco M und ia l, el GATT, el Fondo M o n e ta rio Internacional, la Trilateral, el G ru po de los Siete, etc., que marcan en gran m edida la política de los Estados. Y, en general, el conjunto es una inmensa m aquinaria en la que las personas cuen­ tan más bien poco. C ada cual (gobernante, banquero o plutócrata) ocupa una posición, y obra conform e requiere el sistema. Y si desaparece X, inmediatamente Y lo sustituye y todo sigue igual. Es decir, que aunque en este libro vamos a hablar mucho del Estado, no penséis que es él el que ejerce en solitario la dom inación. El Estado es sólo un fa cto r muy im portante de un juego muy com plejo. Es él quien dispone del aparato de control de pensamiento, y de destrucción de disidencias. Y se apoya en muchos otros factores.

Los m edios de control social La religión La religión, la escuela y los medios de com unicación forman parte del aparataje de control de pensamiento del Estado. A pesar de que en última instancia el Estado dem ocrático dispone de medios de coacción física capaces de aplastar sublevaciones y revueltas de sus súbditos, sólo acude a ellos en último extremo, y prefiere ado ctrina r o desm oralizar a la disidencia antes de a cojonarla, perseguir­ la, multarla, encarcelarla, ejecutarla o mutilarla. O r ig e n d e l a r e l ig ió n

El hecho religioso es universal. Todas las culturas y pueblos desde el nivel de bandas a Estados en general, practican algún tipo de culto a espíritus o antepasados. Las creencias religiosas tienen su origen en el animismo o culto a los espíritus practicado p o r los pueblos cazadores recolectores. El animis­ mo deriva de las experiencias que ocasionan los sueños, y el trance inducido po r drogas, así com o la experiencia de la muerte ajena. Los humanos sueñan mientras duermen. Pueden hablar, v ia ja r a sitios lejanos, comer, cazar, charlar

con parientes muertos... M ientras el cuerpo reposa sin moverse. Igualmente, la costumbre de ing e rir todo tipo de sustancias capaces de alterar el estado de conciencia p o r m edio de hongos alucinógenos, semillas de plantas, lico­ res, hojas, etc., hizo que nuestros antepasados dispusieran de una interesante farm acopea destinada a d a r emoción a sus vidas. Suponer que la muerte era el momento de la liberación de la vid a interior o alma fue muy sencillo. N a d ie quiere morir, y en el sueño de la muerte el alma se libera e inm ortaliza. La religión tiene también su origen en la necesidad de d a r explicación a los fenómenos naturales. A m edida que los conocimientos científicos han avanzado, los mitos se han ido desm oronando. La religión se a d a p ta como puede a la ciencia. A n im is m o

El animismo es el culto a las personas muertas. Ha tenido multitud de curiosas variantes, desde quienes intentan por todos los medios ahuyentar al alma en pena, hasta quienes le piden favores y protección. Las personas más soñadoras, ilumina­ das y románticas de las sociedades igualitarias, o las de jeta más dura, eran capa­ ces —o al menos eso creían o eso aseguraban— de tom ar contacto con los espíritus, atraer la caza, hacer que lloviera, curar enfermedades, tener buena suerte y cosas así. Aunque las prácticas religiosas en las sociedades igualitarias estaban más o menos al alcance de cualquiera, los chamanes en su tiempo libre —y recordemos que en las bandas y aldeas hay mucho ocio— hacían la función de contadores de historias, sanaban, e interm ediaban con los elementos. H ablaban con los tótems, normalmente espíritus animales... Iniciaban a los niños y niñas en la edad adulta con duros rituales. C uando te llega el turno vas al lugar designado, te pones a ayunar, a purificarte, a cantar, a tom ar drogas, a meditar e incluso a torturarte físicamente, a la espera de la visión de tu tótem. Y al final tienes una visión. ¡Vaya que si la tienes! Esto reafirm aba la verdad de la creencia, y la pertenencia a la banda y al pueblo. P r im e r a s r e l ig io n e s

A m edida que evolucionaron las sociedades cazadoras recolectoras para con­ vertirse en jefaturas, y finalmente en Estados, evolucionaron las creencias religio­ sas. Los chamanes se convirtieron en curas al servicio de los jefes, reyes y em pera­ dores. M em orizab an sus genealogías, o las inventaban hasta que hacían al jefe

descendiente del Sol o del chacal, aseguraban su inm ortalidad con mom ificación y tumbas suntuosas y garantizaban la tra nquilidad del pueblo asegurándoles que cualquier movimiento fuera de lo común sería castigado con alguna p laga. Al lado del Jefe-Dios iba siempre el ministro de cultura: el brujo-sacerdote, que mono­ po lizó durante siglos el mundo de la cultura, la técnica, el arte y el pronóstico del tiempo. Liberados del tra b a jo pudieron investigar, re co p ila r las observaciones de otras gentes y lle g a r a conclusiones. Las predicciones acerca de eclipses, crecidas de ríos, cambios de estaciones, tratamientos médicos, y el a p o yo d a d o a las clases dirigentes, les proporcionaron p o d e r y riqueza. Las primeras religiones conocidas y mejor estudiadas com o la egipcia, no dejan dudas al respecto. Egipto perm aneció inalterado durante miles de años gracias a la alianza entre Estado y religión, y sólo la llegada de otros Estados más organizados m ilitar y culturalmente como el romano, cam biaron

sus costumbres. Poste­

riormente durante mil años la Tierra estuvo en el centro del Universo p o r la estupidez de las sectas cristianas. Igualmente es lam entable co m p ro b ar que la inmensa m ayoría de las manifestaciones artísticas que nos han llegado hasta hoy provienen de cultos religiosos y políticos. M o n o t e ís m o y a n t r o p o c e n t r is m o

Las extravagancias religiosas tienen su exponente más horripilante y abom ina­ ble en las sectas monoteístas occidentales que han pervivido hasta nuestros días: el judaism o y sus derivaciones, que son el Cristianismo y el Islam. Estas religiones dan pie al principio antropocentrista, tan g e n e ra lizad o en la actual civilización. La especie humana, según este principio, puede hacer lo que le dé la gana. El mundo está a sus pies. Es lícito em plear todos los recursos del planeta hasta exprim irlo. Lo cual traducido a la práctica significa que las élites dominantes pueden disponer a su antojo de mares, animales, plantas, minerales, y p o r supuesto, de los seres humanos inferiores que deben ser dirigidos como rebaños. El judeocristianismo lanza el grito de do m inad la tierra y todo está perm itido. Esta política ha supuesto el agotam iento de recursos, la deforestación de am plias zonas planetarias, y todo lo que se os ocurra. Sus normas morales son puras insensateces al servicio de los poderosos: ama a tu enem igo..., ¿por qué? Si el mal, si la dom inación se recompensa con amor,

si no distinguimos al am igo del enemigo, si amas p o r igual a quien te quiere y a quien te atormenta, a quien te ayuda y a quien te pisotea, a quien mata a tu veci­ no..., ¿para qué sirve la ética? Por otro lado, relatar los crímenes y desastres oca ­ sionados nada más que p o r estas tres civilizadas (y amorosas) religiones, excede este trabajo. Para los españoles y latinos que sientan curiosidad os recom iendo la lectura atenta de la Biblia. Las burocracias de estas iglesias forman parte del Estado, al estar mantenidas y subvencionadas p o r él. R e l ig io n e s m o d e r n a s

M uchas de ellas son denom inadas sectas. Tened en cuenta que no hay ninguna diferencia objetiva entre la Iglesia C atólica, y el Haré Krisna. Am bas son sectas o iglesias, según seáis miembros de ellas o no. Am bas reclaman el m onopolio del prem io y castigo espiritual y sobrenatural. Sólo varía el g rado de control que ejerce la burocracia religiosa sobre los creyentes. M ás religiones han lle g a d o de Oriente, com o el budismo, el zen y otras a p a ­ rentemente más tolerantes. Sus predicaciones sobrenaturales no son mejores que las de las sectas cristianas. Por todas partes veréis a sus curas y popes viviendo del cuento. Son religiones que aseguran que no son religiones, que no tienen id e olog ía tras ellas, que son sólo prácticas, experiencias interiores, que no hacen proselitismo, que buscan an iq uila r el "y o " o cualquier estupidez parecida que se le ocurrió a algún tipo mientras cagaba, com o si no fuera suficiente aniquilación la que se sufre muriendo-... Esas religiones tien-en maestros escribiendo tochos a todo vapor, o rg aniza n d o encuentros, d a n d o conferencias... Y co b rando buenos dineros po r ello. En la actualidad se han difundido gran número de creencias religiosas, que promueven la religión a la carta. Puedes creer lo que te dé la gana. N o im porta lo que pienses —más o menos- mientras pagues al gurú, o a la sa­ cerdotisa por sus bendiciones y cursillos, compres sus libros y pases tus va ca ­ ciones en sus lugares de retiro. Todas estas creencias defienden la idea de salvación individual, en el in­ terio r del sistema capitalista. Poseen un discurso que habla de fraternidad, cariño, etc. Realizan ejercicios de autosugestión, relajación, visualización po­ sitiva, vuelos astrales... Con los que se puede a d q u irir salud, riqueza, ascensos

en el trabajo, predecir el futuro, a d e lg a z a r y lig a r mucho, encontrar a p a rca ­ miento... Es cierto que si dejas de fum ar y de beber alcohol m ejorará tu estado físi­ co y mental, pero eso no tiene nada que ver con las creencias de ultratumba, ni con creer las pam plinas de un listillo. N o confundáis los beneficios de la relajación, de comer mucha verdura y del cultivo de la autoestima, con la existencia del Kharma y la reencarnación. Y

recuerda cuál es la base de toda religión: que estás haciendo a lg o mal, que

tú tienes la culpa de alg o ; que esa culpa es la que te hace ser infeliz; y que si haces la cabra siete veces, te sentirás m ejor en vida y después de muerto verás qué bien. Pero yo, cuando veo tanto ejercicio retorcido, tanta cara de éxtasis, tanta medita­ ción, tanta oración y tanto yoga, tanto estigma sangrante y tanta hostia bendita, sólo veo a un contorsionista de circo. Y no muy bueno. La

r e l i g i ó n te h a c e m e j o r a r

Es a lg o que te dirán en a lg u na circunstancia: concéntrate en tu yo; obser­ va tu respiración; mira tu a h o ra tal com o es, reza o m edita mucho... Puedes superarte interiorm ente, ser m ejor ca d a día, asum ir el control de tus actos, la con ciencia de lo que haces, re cita n d o salmos, ejercicios respiratorios, ayunos, mantras, estiram ientos, visualizaciones... ¡C ielo santo! ¡Q ué com edura de coco! Eso tam bién lo puedes conseguir ju g a n d o al a je d re z con los ojos vendados, co rrie n d o descalzo, a p re n d ie n d o a ca n ta r flam enco o pescando sin anzue­ lo. C u a lq u ie r eje rcicio o a c tiv id a d que te o b lig u e a concentrarte, te hará una persona más co ncentrada, nos han jo d id o con el descubrim iento. Pero ha y un aspecto realm ente siniestro de ese tim o: que tam bién puedes ser m ejor persona ca d a día re la cio n á n d o te con la gente, exp re sa n d o tus pensam ientos, resistien­ do y enfrentándote al p o liz o n te que te persigue, al jefe que te e xp lo ta , al sa­ cerdote que te em bauca, al maestro que te a d o ctrin a , al p a d re que te somete o a cu a lq u ie r figu ra que te humille, anule, fa stid ie o m altrate. Esa vertiente de resistencia a la injusticia, de re ch a zo a la tiranía, de a m o r a la lib e rta d , sí que te hará m ejor persona. Y ninguna re ligión te p ro p o n d rá eso. Lo que la religión te dice, es que después de m uerto se a ca b a rá n tus penas y tendrás un prem io. A n d a la osa tiene cojones la cosa.

El

f u n d a m e n t a l is m o

r e l ig io s o

Hace unos miles de años, alguien que había tom ado dem asiado el sol y co­ mido y beb ido muy poco, entró en trance. Y un tiem po después, alguien bien co­ mido y bebido, que sabía escribir y leer, pasó a tinta esos delirios inspirados por la deshidratación. Y esos textos sagrados, fueron convertidos en todo cuanto era necesario saber. Rabinos, monjes, clérigos, budas, qué sé yo, guardaron los libros en conventos y se los aprendieron de memoria. Y hoy, pasados siglos, hay quien se los cree. Cristianos, musulmanes, judíos, hindúes... Q uieren que sean el libro de texto del co/e, el có d ig o de justicia, la base de la moral y el banderín de enganche para el ejército o para m orir destripado. Com o si no tuviésemos suficiente con el Es­ tado, propugnan su fusión con la Iglesia correspondiente. Consideran a la ciencia com o al mismísimo dem onio, ya que sus descubrimientos han puesto en ridículo a textos que se dicen revelados por Dios. Desprecian a la mujer, origen del pecado. O d ia n la libertad de pensamiento y expresión, pues no soportan contradicciones. Establecen sistemas de castas y reducen a la esclavitud a los impuros. Expulsión de infieles, creencias irracionales, intolerancia, fanatismo, censura, represión, gue­ rra y castigos atroces para los disidentes, nada es bastante para su Dios de fauces sangrantes. Exigen obediencia ciega a dogm as y recetas arcaicas, encarnados en personajes carismáticos o en jueces tradicionalistas. Predican la insignificancia de la vida com parado con los placeres de más allá de la muerte. Al igual que los fascistas se remiten a un pasado que nunca existió. Q uieren la anulación com pleta del individuo y su sometimiento a las autoridades político /re lig io sa s, a cam bio de darles la verdad verdadera y la respuesta a toda pregunta, lo cual lleva a no tener que preguntar. A salvo de la Razón, caminan por el mundo sin que nada les desvíe de su camino, esperando el A pocalipsis y la llegada del Reino. Son una verdadera peste, fanáticos intransigentes, fuente de sufrimi-ento p o r siglos. La

r e l i g i ó n y el a n a r q u i s m o

El anarquism o respeta las opiniones filosóficas particulares. N o tiene incon­ veniente en que la gente busque explicaciones religiosas al sentido de sus vidas. Toda persona ha sufrido alguna vez un escalofrío al pensar en la muerte. H ay quienes precisan la creencia en otra existencia para sobrellevar m ejor la pena de perder la que tienen. Es norm al que la im aginación cree mitos y rituales. La religión

es fruto de la ignorancia, el dolor, el m iedo y la esperanza, y en todo caso hay que elevar la autoconfianza de las personas y desdram atizar la muerte, para aca­ ba r con las supersticiones. La ciencia a pesar de sus avances es in ca p az de d a r respuestas a muchas preguntas... ¡Pero es que la religión no ha d a d o respuesta a nada! ¡Tanto viaje astral, tanta revelación, y ningún místico vio que la Tierra era una esfera! ¡Ningún cura católico o budista fue c a p a z de describir un agujero ne­ gro, o una estrella de neutrones, o un jo d id o m icrobio! Tan sólo describieron dispa­ rates, paraísos en los que un coro celestial cantaba a todas horas, ¡qué espanto! La ciencia com o método, con sus limitaciones, con la crítica que se le puede hacer, es el camino del conocimiento, amigos y amigas anarquistas. C ada vez que se adelanta a lgo en el camino surge un nuevo porqué. Ignoramos mucho, hay que reconocerlo. Responder con un mito no arregla nada, pero no tiene porqué ser dañino, en fin, si está d espojado de coacción y se circunscribe a una creencia individual que no pretenda su imposición a otras personas (sean niños o adultos). Si quieres creer en a lg o que salga de ti o en a lg o a lo que te adscribas de manera voluntaria, es tu potestad. ¿Qué me dices? ¿Que quieres hacer un viaje de intros­ pección para descubrir tu "y o " com iendo hongos o drogas enteógenas o escu­ chando discos tibetanos? Es decir: ¿quieres cogerte un ciego chunguísimo que te dure hasta el fin de tus días? Bueno, es tu vida, es tu decisión, pero escucha: Frente a la religión, cualquiera que sea, aunque alce a la divinidad a la Razón, a la Libertad, al Estado, a la Patria, a la Ciencia, al M e rca d o ..., o a la A narquía o a cualquier abstracción impuesta, siempre estará mi escepticismo carente de esperanza. La única verdad de la que tenemos absoluta certeza de momento, es que moriremos. Y después, lo razonable parece que es la nada. ¿Que esa visión de la vida es desesperanzada, desgarrada, fría, sin sentido...? Pues sí. ¿Y qué si lo es? M e jo r así. Perder la esperanza, desesperar y saber que tienes una vida que vivir, puede ser el prim er paso para que empieces a no deja r que otros vivan tu vida.

La familia A unque la fam ilia no pertenece al apa ra to del Estado, sino que es una forma de organización social, voy a m encionarla porque ha sido y es uno de los colcho­

nes usados por el Estado para asentarse. La fam ilia ha tenido muchas variaciones a lo largo de la historia. Por ejemplo: — P o lig in ia .

Un hombre y varias mujeres.

— P o lia n d r ia .

Una mujer y varios hombres.

— F a m ilia p a t r i a r c a l. — M

a

T R IL IN E ID A D .

En

Un montón de parientes dirigidos p o r un patriarca. ESTE S IS T E M A , TU S PARIENTES S O N LOS DE TU M A D R E .

El

PADRE N O P IN T A

NADA.

En la actualidad, las sociedades occidentales mantienen la fam ilia nuclear, patriarcal, m onógam a y el control de la descendencia en manos de los pro­ genitores. La religión católica, el fascismo, y en general los Estados y g o b ier­ nos, la consideran com o la célula social. En la fam ilia se realiza el control de los hijos e hijas. El padre tiene —en general- obligació n de manutención económ ica, de llevar una determ inada conducta sexual y personal, y es el jefe del grupo. El otro miembro cofundador, la mujer, es la responsable del cu idado físico del m arido y la descen­ dencia, de las tareas domésticas, y se espera de ella otro tipo de conducta sexual y moral. A los hijos e hijas se les exige un determ inado umbral de éxito, obediencia y un com portam iento según la clase social a la que pertenezca la fam ilia y sexo que se tenga. Esto es así incluso en estos tiempos, en los que la mujer se ha incorpora d o en m ayor número al mundo laboral. La fam ilia es, en definitiva, el lugar donde se forja la sociedad y el Poder. La creación de este esquema fa m ilia r engendra un tipo especial de insolid a rid a d con el resto de la población. Se entiende que la gente de nuestro parentesco tiene mucho más derecho a determ inadas atenciones, sin im por­ ta r mucho si el pariente es menos digno de ellas que otro cualquiera. N o en vano las mafias, y los Estados prim igenios se articulan en torno a familias, y se denom inan com o tales. Y también las fam ilias reales y aristocráticas, cuando en realidad no les une más que el nombre y las fechorías que realizan en pos de elevar su nombre. A ju zg a r p o r el número de divorcios, violencias, adulterios y tensiones que generan las relaciones de pareja no parece que esta institución tenga mucho futuro en un mundo anarquista tal com o existe hoy día. Las cada vez más in-

solidarias personas de las sociedades occidentales se encierran en sus casas atem orizadas p or un exterior hostil en el que medra según la prop a g a n d a , indeseables arm ados de jeringuillas. Sin em bargo donde mujeres y menores sufren mayores agresiones, violaciones y malos tratos es precisamente en el dom icilio fam iliar, no en la calle. Por todo ello el anarquism o rechaza la fa­ milia patriarcal. La

p a r e ja y el c o m p o r t a m i e n t o

sexual

M ientras más igualitarias y respetuosas son las relaciones entre hombres y mujeres, m ayor número de aventuras de cama tienden a tener las mujeres y los hombres. El que la mujer en esta sociedad sea más conservadora —en general- en el tema sexual se debe a que tiene que soportar las consecuen­ cias del em barazo, el parto y la lactancia, a que culturalmente se enseña a las mujeres que deben ser pasivas y los hombres activos, a que el castigo del adulterio y la infidelidad se carga sobre la mujer, y a que la mujer está des­ preciada, discrim inada y confinada en el hogar. N o existen com portam ientos innatos masculinos o femeninos. Si bien la institución de la pareja está bastante extendida actualmente, tam bién lo está el adulterio. Por ello os aseguro que en una sociedad libre, sin tabúes religiosos, igualitaria y anarquista, con fácil acceso a medios anti­ conceptivos, y en la que prevalezcan las relaciones amistosas, la pareja será menos posesiva, y la fam ilia más abierta. N o habrá hombres y mujeres, sino personas libres. F a m i l i a y p r o le

Tampoco la fam ilia nuclear occidental es el lu g a r más adecuado en el que crezcan los hijos e hijas. Un núcleo cerrado e insolidario con el resto de la socie­ dad, en el que dependiendo la suerte que se tenga, la prole será tratada de una manera o de otra. Porque hay que tener en cuenta que mientras que en la escuela se enseñan multitud de asignaturas inútiles para la vida, nadie os enseña a ser padres o madres. El que haya amor, no quiere decir que se sea competente, ni que el am or vaya a ser eterno. Por otro lado los castigos corporales, la violencia, las violaciones, los traumas síquicos e incluso el suici-dio, inducido p o r la falta de éxito en la escuela, suceden con frecuencia entre la prole.

Eliminando de la fam ilia

los componentes represivos, su conservaduris­

mo, su papel como fuente p rivile g ia d a de asociación para los seres humanos, quitándole toda su im portancia legal, su com ponente religioso y su carácter oblig a to rio , nos quedaría a lg o menos pretencioso, y más libre. La h e r e n c ia

Dentro de las instituciones fam iliares os quiero destacar también la de la he­ rencia, que es una de las bases de la perpetuación de la miseria. Si se preguntara a progenitores que ganen cuatro perras y no tengan donde caerse muertos qué querrían hacer con lo que posean a su muerte, no dudarían en afirm ar que sería para su prole, y sentirían indignación si se les preguntara qué les parecería si fuera para la com unidad. N o se pararían a pensar que su propia miseria se debe a que la clase dom inante im pone la p ro piedad privada. Para d e ja r las herencias, y para recibirlas, se han com etido y cometen grandes tropelías y desmanes en virtud del "p a n de la prole y del patrim onio de la fam ilia ". A lguna gente se permite despreciar y e xp lo ta r la vida de otros seres que simplemente han com etido el error de pertenecer a otra fam ilia. Pasarse la vida acum ulando bienes y riquezas es a lg o enfermizo, porque este atesoramiento se realiza a través de la explotación de las personas tra­ bajadoras, que sólo tienen derecho a pasar necesidades. También sangrantes son los casos de acum ulaciones de herencias por casamientos y mecanismos que tienden a concentrarlos cada vez más. La herencia, para el anarquismo, no es adm isible com o medio de concen­ tración de riqueza al hilo de la sangre de sus poseedores. Si somos capaces de crear una sociedad en la que los humanos no estén determ inados p o r lo que tiene su fam ilia al nacer, y por el lugar de su nacimiento, no tendrán ne­ cesidad de recibir aquello que no es suyo. La m ejor herencia es la libertad, y además no se guarda en los bancos. La

f a m il i a y l a e c o n o m í a c a p it a l is t a

Los capitalistas afirm an que en este mundo las mercancías tienen que ser com pradas y vendidas p o r un precio. Sin em bargo, el tra bajador, que es el principal m edio de producción (en términos económicos), no es nunca p a g a ­ do a la fam ilia. En el seno de la fam ilia se crían los hijos y las hijas, se educan,

se forman, se pone a punto tras décadas de gastos y trabajos p o r parte del padre y de la madre, a un ciudadano, a un tra b a ja d o r, a un técnico, a un peón o a una enfermera... N a d a de ese tra b a jo previo es p a g a d o . El capitalista lo toma gratis com o si tal cosa. Las tareas domésticas de la madre, sin las cuales sería im posible la reproducción cotidiana del sistema capitalista, no entran en el mercado. Esta idea es interesante y no han sido capaces de explicarla debidam ente los sabios economistas. Si un hombre, p o r ejem plo un inge­ niero, tiene una criada y la tiene d a d a de alta en la S eguridad Social pag á n ­ dole un sueldo, esas tareas computan com o actividad económ ica y entran en la co nta bilida d del Estado. Pero si ese ingeniero se casa con la criada, y la ahora su esposa continúa realizando las mismas actividades en la fam ilia (ya sin sueldo), e incluso tra b a ja más criando niños..., tal actividad no se con­ sidera con tabilizab le y nadie tiene que p a g a rla ... Es para pensarlo. Piensa que si fundas o tienes una fam ilia en el sistema capitalista, realizarás tareas de reproducción social gratuitas que no son de tu incumbencia, y adquirirás compromisos y deberes hasta el fin de tus días. Tanto es así, que mucha gente manifiesta que peor que el trabajo, que peor que la escuela, que peor que una enferm edad..., mucho peor es la fam ilia.

La escuela Tras la fam ilia la escuela es otro medio de control de pensamiento. La escuela continúa el adoctrinam iento político del niño. Por medio de un sistema de exá­ menes, premios y castigos, se les divide en aventajados, normales y torpes. O tro tipo de selección lo realiza la fam ilia. La que tiene recursos económ icos manda a la prole a colegios de p ago religiosos o laicos, para así perpetuar las clases sociales. La que acude a colegios privados, aunque estén subvencionados, tienen menores tasas de fracaso escolar, y acceden con m ayor fa cilid a d a estudios supe­ riores, que la que va a los colegios del Estado. Sucesivas cribas os van p re p arando para este mundo jerárquico. Quien fracasa en el bachillerato engrasa las largas filas de trabajadores sin cualificación. La siguiente purga de la selectividad elimina a otra tanda que apren­ de oficios, o intenta ingresar en la administración del Estado. Por último ni

siquiera quienes acaban sus estudios en la universidad tienen ga ra n tiza d o un puesto de trabajo. Sólo quienes se abren paso a codazos y están bien re­ lacionados form arán parte de la élite. El sistema de exámenes no es más que una oposición a plazos para humillar, someter y finalmente seleccionar a las personas más disciplinadas y sumisas. C oM P E TIT IV ID A D

Se nos dice que podem os ascender según nuestros méritos si demostra­ mos com petitividad. Pero la com petitividad es una construcción id e ológica, una mentira que vela para que la desigualdad impere. La com petitividad es alg o que se da entre iguales. El punto de partida ha de ser el mismo. El peso, la edad y el entrenamiento similares. Pero en educación sucede justamente lo contrario: quien tiene una buena situación de partida escapa a la com­ petitividad. Q uien puede pagarse un título en una universidad am ericana o inglesa es quien tiene un buen tra b a jo asegurado. Sólo con tiem po y dinero puede comprarse un título válido. Y eso significa desigualdad y barreras so­ ciales, no com petitividad. A la postre, la com petitividad capitalista especifica que el ventajista que llega p-rimero a la meta, se apro p ia de lo que no puede consumir ni con die z mil estómagos. A d o c t r in a m ie n t o

Las escuelas preparan los cuadros técnicos que el C apitalism o necesita para su supervivencia, pero también enseñan sin excepción, la superioridad política, económ ica e id eológ ica del Estado. Los profesionales del sistema educativo oc­ cidental son reacios a adm itir que la escuela o b lig a to ria es un sistema de ad o c­ trinam iento político, pero está muy claro. En p e d a g o g ía a este adoctrinam iento institucionalizado se le conoce con el eufemismo de currículum oculto, que sirve para asegurar la transmisión de la id e o lo g ía dom inante. A los niños y niñas se les estimula en el cam po de las ciencias naturales a que empleen el método científico y sean exactos, meticulosos, lógicos e inquisitivos. En el cam po social sin em bargo se eluden los temas conflictivos, com o la acum ulación de riqueza, la p ro piedad privada, las alternativas al Capitalism o... Y p o r el contrario se ensalza con diver­ sos ardides y subterfugios el nacionalismo, la patria, la constitución, la bandera, cuando no directam ente valores com o el miedo y la ignorancia. M ie d o al fracaso,

envidia del éxito, ignorancia del funcionam iento real de la sociedad. Se enseña al proletaria do que puede a lca n za r riqueza y Poder si pone el empeño suficiente en ello, y que si no lo consigue es porque es tonto. ¿Eres cajera de supermercado? Ponte a com petir con la duquesa de A lb a , anda. Con ello se intenta que la gente se frustre y resienta, no contra el C apitalism o y el Estado, que son en re alidad los responsables de las situaciones de desigualdad, sino contra ellos mismos.

Los medios de comunicación Prensa y TV cumplen un papel de adoctrinam iento y form ación de la opinión pública de las masas, sumamente im portantes para el a p a ra to de control de pen­ samiento del moderno Estado Capitalista. Por un lado por medio de culebrones, series, concursos, deporte... Os eli­ minan el tiem po de reflexión y relación con vuestros iguales. Hace 100 años la gente para distraerse tenía que hablar, ir a un baile, hacer una obra de tea­ tro, to car un instrumento musical, leer... La tele no sólo reduce el descontento por p ro porcion ar distracción, sino que además os mantiene en casa. Los pe­ riodistas asustan y am enazan a la población con noticias escabrosas, e inten­ tan que la gente del común se identifique con los privilegiados por medio de reportajes sobre desfiles militares y de m oda, coronaciones, bodas, bautizos, entierros, victorias deportivas, acontecimientos grandiosos... También

m ode­

lan el lenguaje y trasmiten un idiom a norm alizado. Por otro, los m edia deform an la re a lid a d y crean los estados de opinión púb lica . Lo que no es in fo rm a d o no existe. En 1975 C am boya estaba en ma­ nos de la dicta dura comunista de los Khemer Rojos. A lre d e d o r de un millón de personas fueron asesinadas. La prensa in te rn a cio na l capitalista se hizo eco del asunto, los tele diario s dab a n noticias continuam ente, se re a liza ro n películas... C u a lq u ie r occidental sabía qué estaba o cu rrie n d o en C am boya. A l mismo tiem­ po el ejército Indonesio, a lia d o de Estados Unidos, invadía con el b e n e p lá cito de ese país la antigua c o lo n ia portuguesa de Tim or O rie n ta l. Las atro cid a d e s fueron las mismas, el número de muertos, sim ilar y el g e n o c id io p la n ific a d o y sistemático, la p o b la c ió n autóctona d e sp la za d a y sustituida p o r indonesios. N o se d ijo una pa la bra .

Del mismo modo, la prensa y televisión prepararon el ambiente para la guerra civil yugoslava, para invadir Afganistán o Irak. O para crear miedo a cuenta de algunos brutales y morbosos crímenes, para vender más C oca cola, o para inculcar el am or por el Betis o el Sevilla, por los coches veloces, por los yogures desnatados o por determ inada marca de ropa interior. Además descalifican a la disidencia anti­ capitalista, que es pintada como anacrónica, antimoderna, violenta y obsoleta. Son los grandes poderes los que ejercen el m onopolio de la com unicación y los que pueden educar a las masas. La oposición apenas si puede hacer ridículos esfuerzos. ¿Qué suponen los 1 0 .0 0 0 ejemplares de este libro com parados con cientos de miles de ejemplares diarios de la prensa burguesa, de sus cadenas de televisión y de sus emisoras de radio?

Los partidos políticos Los partidos nacidos a raíz de la Revolución Francesa, sean de izquierdas o derechas, son organizaciones que desde m ediados del siglo XIX, disponen de un fuerte ap ara to burocrático centralizado, o rg a n iz a d o militarmente con el objetivo de tom ar el Poder. Estos organism os indispensables para el funcionam iento del Estado dem o­ crático m antienen, com o no p o d ía ser menos, estructuras altam ente antidem o­ cráticas. Los partidos son d irig id o s p o r ejecutivas en las que poca o nula c a p a c i­ da d de disidencia se adm ite. Sus direcciones marcan la política del momento y las estrategias, tanto p ara d e rrib a r al g o b ie rn o si se está en la oposición, com o para m antenerlo si el que m anda es de la misma cuerda. En el Estado dem ocrático la independencia de los partidos es un mito. En cada cam paña electoral se ven o b lig a d o s a gastar miles de millones, mucho más de lo presupuestado por cotizaciones y subvenciones gubernamentales. Por ello están o b lig ados a solicitar créditos bancarios que arruinan a medio p la zo al partido que no obtenga buenos resultados. En la práctica, estos créditos acaban siendo subvencionados po r los bancos a cam bio de determ inados beneficios en exencio­ nes fiscales o de proseguir políticas financieras beneficiosas para esas institucio­ nes. Los partidos m ayoritarios acaban convirtiéndose en rehenes de la banca y las empresas capitalistas.

Porque otra vía de financiación proviene de las donaciones empresariales. Es sabido que todos los partidos con a lg o de m ando o con posibilidades de tenerlo, reciben propinas y mordidas de los diversos grupos em presariales a cam bios de favores, privilegios, subvenciones, etc. La razón última de existir de un p a rtid o es la de constituir un apa ra to de Estado. Los partidos copian sus estructuras de las del Estado: centralización, ejecutivismo, disciplina, burocracia, decisiones desde arriba, culto al líder, etc. Q uien milita en el p a rtid o asume este apara to de Estado. El p a rtid o le saca de los problem as de su vida y le somete a disciplina. Le convence de la necesidad de experiencia, organización, división del tra b a jo y de que haya unas personas que tomen las decisiones ya que así se aumenta la eficacia. Esto llega a convertirse en cultura política. Los miembros de los comités reali­ zan propuestas que jamás son derribadas, salvo excepción, por la militancia. Los comités disponen de la inform ación, el dinero y los datos necesarios para tom ar las decisiones. La m ilitancia ejecuta lo que determina la directiva. Esta situación es asumida por la base, que se habitúa a la situación de depen­ dencia, e interioriza y da por buenas las decisiones y propuestas de la ejecutiva. A quien milita en la base del p a rtid o le llegan no los datos con los que puede tom ar decisiones, sino a lg o que ha sido ya discutido y masticado en los niveles superiores de la jerarquía, que ya se ha o cu p a do de elim inar el debate y los caminos alternativos. La m ilitancia asume una misión histórica, y salirse de ella, disentir, le reporta coacción síquica, angustia, en la m edida que se a p a rta de su deber. Y a veces, peores coacciones en form a de pérdida de em pleo..., de pali­ zas, asesinatos. La c a p a cid a d real de decisión descansa en un reducido número de res­ ponsables y barones, que dom inan el a p a ra to je rárquico e institucional del pa rtid o , po r m edio de comités ejecutivos, comité central, com isarios de cé­ lula, juntas directivas, etc... La m ilitancia que p o r sus dotes organizativas, dedicación, relaciones per­ sonales y fid e lid a d al partido, es prom ocionada p o r la jefatura del organism o inm ediatam ente superior, puede ir escalando puestos en el escalafón, d a r el siguiente paso, co b ra r un sueldo p o r hacer política y entrar en la élite.

Los sindicatos y el Sindicalismo de Estado Las prim eras a gru p a cio n e s de tra b a ja d o re s que intentaron resistir de form a o rg a n iz a d a las terribles condiciones del C a p ita lism o p rim ig e n io industrial a p a ­ recieron a p rincipios del siglo XIX. Los sindicatos tuvieron casi desde el p rin cip io dos vertientes. Por un la d o m ejorar las condiciones de v id a de sus miembros, consiguiendo subidas de salario, contratos, lim itación de la jo rn a d a la b o ra l, etc. Por otra, transform ar la sociedad haciéndose eco de las ideas socialistas y anarquistas. Esta lucha heroica no fue nada fácil, y trabajadores y trabajadoras pagaron su tributo de sangre, hambre, cárcel y muerte. Los sindicatos se prohibieron y fueron represaliados. Los códigos penales castigaban con la pena de muerte la incitación al absentismo, la huelga, el asociacionismo, el sabotaje... La testarudez de la clase obrera hizo que a m edida que corría el siglo XIX los gobiernos se vieran o b lig a ­ dos a suavizar el tratam iento d a d o al sindicalismo para evitar graves disturbios, y tener que ejecutar a la mayoría de la población tra b aja d o ra . Las huelgas y protestas llevadas adelante por los sindicatos hasta principios del siglo XX, y en España hasta 1939, consiguieron grandes mejoras, y plantearon una auténtica guerra social que el C apitalism o estuvo a punto de perder en varias ocasiones. Y hay que recordar que los relativos niveles de bienestar de que se dis­ fruta en la actualidad en algunas capas de la población tra b a ja d o ra occidental se lograron hace muchos años a costa de bastante sufrimiento. El C apitalism o nunca ha da d o nada de buen grado. Todo le fue a rra n ca do siempre a la fuerza. Los Estados tras la Segunda G uerra M u n d ia l cam biaron de política respecto a los sindicatos. Sencillamente, los com praron. Se dieron cuenta, por un lado, de que era bastante más sensato d e d ica r parte de sus beneficios a mantener en el límite de la satisfacción al pueblo, y p o r otro, que la confrontación directa con el sindicalismo era muy costosa en cuanto a represión y pérdida de prestigio. Así que se dedicaron a subvencionar los sindicatos y a liberar del tra b a jo a los líderes sindicales. De esta form a en la a ctualidad los sindicatos no son más que oficinas apéndices del G o b ie rn o encargadas de d a r legitim idad a la subida salarial anual —si es que existe— y a los planes económ icos de la patronal. Es el Sindicalismo de Estado. Para que se vea que esto no es ninguna exageración, y aunque casos

se pueden citar infinitos, damos como ejem plo que los sindicatos aparecen en la co n tabilid ad general del Estado incluidos dentro del sector de servicios. Los sindicatos de Estado son los modernos bomberos del Capitalism o. Se encargan de que las cosas discurran p o r cauces reglam entados y de gestio­ nar parte de la miseria del Estado C apitalista. En situaciones de ruptura y re­ vuelta suavizan las crisis. Los sindicatos no descansan ya com o antaño en la cotización y actividad de sus miembros. Estos organismos no subsistirían de no ser po r la subvención estatal y sus funcionarios a sueldo. M antenidos por el Estado y el Capitalism o, no pueden oponerse a él. Los sindicatos en muchas empresas tienen colocados a sus representan­ tes en los Consejos de Adm inistración, y a llí se encuentran en la privile g ia d a situación de no tener que trabajar. C orrom pidos, los liberados sindicales pier­ den de vista los problem as de la gente que representan, y asumen y com­ prenden las dificultades en que se debate el Capitalism o. Los convenios se firman año tras año p o r personas que no aparecen por su puesto de trabajo. La estructura de las sindicales es tan antidem ocrática com o la de los par­ tidos. Propone, dirige y decide la burocracia, la élite selecta aferrada a la pol­ trona. Los cientos de miles de afiliados son moneda de cam bio, combatientes en los piquetes de huelgas generales decididas desde arriba. Huelgas simbó­ licas de las que no se obtiene ningún resultado pues no hay atrevimiento ni osadía para llevarlas hasta sus últimos extremos. La corrupción es g eneraliza­ da. En España, si UGT y C C O O no se unen es p o r un problem a de puestos de trabajo, pues de hacerse tal cosa sobrarían liberados, y claro, la burocracia se resiste a perder el chollo. Perdida su c a p a cid a d transform adora, esos sindica­ tos no merecen ser llam ados con ese nombre.

La tecnocracia Voy a m encionar p o r último a la tecnocracia. Por m edio de esta pa la bra que im plica gobierno p o r medio de la técnica, los Estados intentan convenceros de que sus decisiones son impersonales, objetivas, y que en todo momento sólo se hace aquel/o que se puede hacer. Hacen falta especialistas que estudien el com­ portam iento de la econom ía, cada vez más com pleja e incomprensible. Pero lo

esencial del Estado Tecnocrático C apitalista es que intenta ocultar el carácter a rb i­ trario de sus mandatos. El Estado puede elegir celebrar las O lim p ia d a s en M a d rid o construir nuevos hospitales, aum entar los subsidios p o r desempleo o ta p a r las pérdidas de los empresarios de la construcción: es decir, toma decisiones políticas (arbitrarias) ante las diversas situaciones que se le presentan, pero os las muestran com o alg o inexorable. La política aparece com o una fuerza impersonal avalada po r la Ciencia y la Técnica. Se anuncian las llegadas de la crisis com o quien anuncia la llegada de King-Kong, o de un ca lam ar gigante. Se pretende así que las m edidas im populares son necesarias para el Bien Común, y que el especialista lo único que hace es ser intérprete de las fuerzas de la N aturaleza. Alguien asép­ tico com o un condón, que toma decisiones en virtud de sus conocimientos y de la racio n alidad tecnoeconóm ica. Pero resulta que esos técnicos, son incapaces de prevenir sus desmanes. Lo que sí se les da bien es h a b la r a toro pasao y justificar po r qué hacen tan mal las cosas. La c i e n c i a y el p o d e r

Pero la Ciencia no es neutral, pues sólo se encuentra a q uello que se busca, y sólo se ve lo que se desea mirar. Especialistas políticos, millones de cien­ tíficos y economistas no son más que sacerdotes y pitonisas al servicio del C apital, que escudriñan las entrañas de un pollo e intentan interm ediar con un más allá que no dom inan. Esta adopción del lenguaje tecnócrata hace que todos los partidos mantengan el mismo discurso, que todos pretendan ser los mejores adivinos del porvenir, y auguren a la sociedad, la peste, el hambre, la guerra y la muerte si no se les hace caso. Así se os expropia de res­ ponsabilidad, se os roba vuestra c a p a cid a d política de tom ar decisiones, y se os infantiliza para que no os quede otra que considerar al Estado com o alg o necesario que administra la hacienda común para el bienestar general. Y de esta form a se obtiene vuestro consentimiento al haceros creer que no existen alternativas. La id eo lo g ía estatal-capitalista no es más que religión disfrazada de Ciencia para ejercer la dom inación. Q u e te quede claro: tú puedes tom ar decisiones tan buenas o tan malas com o las de cualquiera en a q uello que te afecte. Y es muy pro b a b le que la decisión de un científico que piense p o r ti, te joda pero que a base de bien.

LA REPRESIÓN DIRECTA Y DURA La policía Es el cuerpo enca rg a d o de defender p o r medio de la violencia el p rivilegio de la clase dom inante, que es la que define qué cosa es delito. Robar una manzana es un delito, pero ejecutar un desahucio no. Según lo que se defina com o delito, habrá delincuentes. Por ello la policía está encargada del tra b a jo sucio cotidiano en defensa del C apitalism o y del Estado. Persigue, detiene y elimina a quien sub­ vierte, transgrede, cuestiona o com bate el orden y normas establecidas que permi­ ten ese privilegio. Existe policía donde hay desigualdad, y p o r tanto injusticia. Se dice que la policía cumple una función de persecución del delito. A ello hay que responder que la policía no es eficaz para e rra d ica r ni para resolver el delito. La creencia en su eficacia es d e b ida —en gran m edida— a la p ro p a g a n d a y a series televisivas fantásticas en las que mediante sicólogos, videntes, técnicos de lab oratorio y pistoleros certeros, son capaces de determ inar en un 100% de los casos la identidad de un culpable que acaba delante de un juez p a g a n d o sus malas acciones. Es pura ficción.

Escasa eficacia de la policía En la sociedad se producen un número de delitos muy superior al de los que son conocidos p o r la policía, ya que la m ayoría de los pequeños delitos (y algu­ nos grandes) no son denunciados. De los delitos conocidos mediante denuncia, muchos no son investigados y se archivan. De los que son investigados, tan solo entre el 30% o el 3 5% —según estadística del M inisterio del Interior dependiendo del año—, son esclarecidos, es decir, que se designa a un culpable. De ellos habría que descontar los que son mal resueltos cu lp a b iliza n d o a inocentes con buena o mala fe, los que se dan p o r resueltos sin haberlo sido, o los esclarecidos en los que no se castiga al culpable p o r fuga. En el año 2 0 0 8 la policía reconocía que tan solo interceptaba un 2 0 % del hachís que entraba en el Estado español, vién­ dose in ca paz de m ejorar el rendimiento en las capturas. Poniéndolo en cifras más amplias, en el Estado español, en el año 2 0 0 6 según el anuario estadístico del M inisterio del Interior, los cuerpos de seguridad del Estado (central y autonómi-

eos) tuvieron conocim iento de 8 4 8 .8 8 1 delitos, esclareciendo de ellos 3 0 6 .5 2 4 , es decir, el 36.11% . Poniéndolo en cifras gruesas, de cien delitos se esclarecen treinta y seis. Fue un año muy bueno para la poli. De esos (según datos de 2 0 0 2 ) unos d ie z culpables huyen. De los veinte y pico que quedan, unos seis son errores judiciales. Es decir, que según esta optimista estadística, de cien delitos se resuel­ ven con éxito catorce. La policía sólo podría ser eficaz cuando hubiese pocos delitos. En una socie­ dad com o la nuestra, en la que se cometen delitos continuamente, sólo es eficaz en aquellos casos especialmente relevantes a los que miran o que interesan. Por ejem plo, antes de 2 0 0 4 en España las fuerzas de seguridad controlaban la ETA con bastante eficacia, pero no se preocuparon de los islamistas que correteaban ante sus mismas narices y que en 2 0 0 4 volaron los trenes de A tocha. O pueden perseguir a un pederasta sin compasión hasta que lo cogen, pero solo cuando el perseguido mata a la niña y los padres montan un ese-ándalo de dimensiones nacionales... Si hay suerte. La conclusión es que ser delincuente trae cuenta, pues es difícil que te pesquen. R e l a c i ó n c o s t e / e f e c t iv id a d d e l a p o l ic ía

Por lo tanto, la policía es un lujo muy caro. En el Estado español (central y autonóm ico) se gasta en el presupuesto de 2 0 0 8 la cantidad de 5 .7 2 0 .5 7 9 .5 0 0 euros en materia de seguridad ciudadana, sin incluir seguridad vial, ni actuacio­ nes policiales en materia de droga. Investigar delitos más faltas (las faltas no se suelen investigar) cuesta de media unos 3 .0 0 0 euros. Es decir, que aunque no sea una imagen exacta de lo que ocurre ni mucho menos, si alguien roba una bicicleta de 100 euros y su dueño lo denuncia, el gasto que llevaría a ca b o la policía de investigar ese delito es mucho más grande. Es una metáfora del despilfarro que im plica mantener un cuerpo de seguridad de ese tam año. A p a rte va el presupues­ to de Instituciones Penitenciarias, estimado en 2 0 0 8 en 1 .0 7 6 .6 8 2 .8 0 0 euros, más 3 1 .9 4 0 .8 0 0 euros en form ación y tra b a jo p a ra los presos. Es decir, que cada detenido p or la policía que a ca b a en la cárcel, cuesta unos 17.000 euros. La

f u n c ió n

o b j e t iv a y r e a l d e l a p o l ic ía

Si com batir el delito fuese el objetivo de la policía, se la debería ver en los barrios marginales, controlando los puntos de venta de droga, el tráfico de armas,

los vehículos robados... Sin em bargo, en estos barrios no sólo no hay comisaría, sino que es muy raro que entren en ellos unidades policiales, a no ser que vayan arm adas hasta los dientes y apoyadas con vehículos blindados. Por el contrario la policía a quien se dedica a controlar concienzudam ente, es a ciudadanos normales. Q uien está correctamente identificado, trabaja, posee dom icilio, no va arm ado, carece de instintos agresivos..., ese es el objetivo a con­ trolar. La policía no sirve tanto para reprim ir al delincuente, com o para evitar que la gente de ley y orden deje de p a g a r tributos y de cum plir las normas. Piénsese en la cantidad de medios antidisturbios que posee la policía, y la ve lo cid a d con la que com parece una furgoneta con policías para controlar una pequeña concen­ tración de ciudadanos. E f e c t o s s e c u n d a r i o s d e l o s r e m e d io s p o l ic ia l e s

La policía no sólo es ineficaz para elim inar el delito, sino que más a menudo de lo que parece, pasa ante sus narices sin que se percaten p o r pura dejadez. La trama de confidentes tolerados que traficaban con armas, explosivos y drogas en torno al 11-M de 2 0 0 4 de M a d rid puede servir de ejemplo. Es norma habitual infiltrar las mafias y organizaciones, y desde ellas dirigir, instigar y controlar los pasos de los infiltrados, de los que acaban siendo ellos en ocasiones los propios dirigentes. H ay que mencionar, además, los propios delitos que realiza la policía en el ejer­ cicio de sus funciones: desde negligencias hasta abusos, cobro de sobornos, cohe­ chos, chantajes, torturas, robos, asesinatos para cobro de recompensas... Depen­ diendo del país pueden ir de esporádicos a crimen institucionalizado. De hecho hay países en los que la policía es la organización que provoca más crímenes y delitos. En el desarrollo y ejercicio de sus funciones, a la policía se debe la invención de refinadas torturas: el aislamiento, los interrogatorios p o r turnos, la desorienta­ ción espacio tem poral, la privación de sueño, de com ida, ropa y agua, presiones físicas, sevicias y vejaciones sexuales, am enazas de muerte contra fam iliares de la víctima, chantajes, palizas, desapariciones... En caso necesario pueden recurrir a otros métodos más drásticos de un día para otro que no son olvidados: aparatos de corrientes, submarinos, picanas, torturas de todo tipo forman parte del acerbo cultural de esos funcionarios.

M uchos policías son simples zoquetes que entran en el cuerpo con la intención de tener un tra b a jo fijo y unos ingresos regulares sin dem asiado esfuerzo (la s¡niestralidad laboral de los policías es escasa com parada con albañiles y mineros). Pero hay otros que son verdaderos perturbados mentales, narcisistas convencidos de que su violencia no es criminal, sino que es necesaria, justificada y moralmente aceptable ya que favorece al bien común y salvaguarda la seguridad de la m ayo­ ría. Poco a poco el policía se insensibiliza, y llega a ser c a p a z de no im porta qué crueldad para conseguir sus fines. N o tortura, sino que interroga, realiza pesqui­ sas. La realidad es transfigurada y no se habla de ella. Su entrenamiento, unifor­ me, insignias, armamento, su manera de moverse, la form a de m irar a la gente, le preparan para sentirse superior. Por si no fuera suficiente, la pa la bra de un policía frente a un particular en un juicio tiene el carácter de prueba. A sí que entre los que son malos ya cuando entran, los que se vuelven malos en ese am biente y los que miran a otro lado para no buscarse problemas, no hay uno que se salve. O b j e t iv o s r e a le s d e l a p o l ic ía

En consecuencia lo que pretende la policía no es e rra d ica r la delincuencia, sino mantenerla dentro de unos límites. Es decir, que exista delincuencia sirve —se­ gún este razonam iento— primero para justificar el gasto en un ap a ra to represivo; segundo, para que el ciu d a da n o honrado se sienta unido con el Estado y defen­ d id o p o r él cuando en re alidad está siendo controlado. De esta manera la víctima a caba pag a n d o a su pro p io verdugo. M e d io s m o d e r n o s d e c o n t r o l d e l a p o b l a c i ó n

En defensa de los intereses del capitalism o, el Poder se ha servido de modelos duros (dictaduras) y blandos, (dem ocracias parlam entarias). En la dictadura la represión se ejerce con m ayor utilización de la violencia y con total im punidad. En la dem ocracia existen vías en las que la confrontación social es menor, y la dom inación se ejerce de manera más sibilina. A p a rtir de finales de los 6 0 y en los 7 0 , las revueltas populares ocurridas en Italia, Francia y EEUU fueron decisivas para que las élites dem ocráticas vieran con preocupación que los medios de dom inación con los que contaban no eran suficientes. Por ello se emplean actualmente mayores medios de control, p o r medio de la inform atización de los datos de la gente, circuitos televisivos, intervención de

cuentas corrientes, y procurando que sectores cada vez más am plios de la p o b la ­ ción asuman funciones de espionaje y delación. En resumen, existe delincuencia porque existe ley e injusticia, y existe la p oli­ cía porque su función es proteger la injusticia, ejercer la represión y la violencia. N o existe Estado que no tenga su a p a ra to de seguridad y violencia cotidiana. Puede cam biar el G obierno, pasar del fascismo a la derecha, de la derecha al socialismo, y del socialismo al comunismo. Pero la policía perm anece inalterable. Siempre al servicio del Estado.

El ejército El origen de la guerra se ha intentado explicar de muchas formas. Se continúa discutiendo sobre el asunto y probablem ente no se sepa nunca toda la verdad. De lo que estamos seguros es que la guerra no está en nuestros genes. Los seres hu­ manos pueden librar batallas, saquear, violar, torturar y disfrutar con ello. Pero esa capacida d de ejercer violencia no es innata. N o se encuentra escrita en la naturale­ za. La guerra, como muchas otras manifestaciones humanas, es cultural, aprendida, y en un principio pudo servir para solucionar a las sociedades no estatales —junto con el infanticidio femenino, los periodos de abstinencia sexual y la lactancia pro­ lon gad a— los problemas de superpobla-ción y disminución de alimentos. Fue la guerra la que produjo el dom inio del hombre sobre la mujer y de unos humanos sobre otros. El hombre no tiene im portancia en el aspecto reproductivo. Mientras se encuentren mujeres disponibles, aunque haya muy pocos hombres, la tasa de crecimiento de la población se mantiene estable. En ausencia de métodos anticonceptivos y de a b o rto seguro, se op ta b a por el infanticidio femenino, y en situación de guerra, se tiende a cria r varones agresivos, con lo cual se mata a las niñas y se desprecia a la mujer que no p a rticipa en incursiones bélicas. El Poder premia a los más valientes en combate, a los que derriban más gente y a los que raptan y violan más mujeres, pues paradójicam ente, la abundancia de varones y escasez de hembras, que además m onopolizan los líderes y jefes polígam os en sus harenes, aumenta la agresividad de los jóvenes y los deseos de guerra para capturar mujeres fértiles. Los raptos y los asesinatos piden venganza y el conflicto se eterniza.

De no haber sido por la guerra, los líderes, y la violencia intergrupal impulsa­ da po r las jefaturas y Estados, la desigualdad no se hubiera d a d o en el género humano. La

guerra m o d e r n a

El problem a de la guerra en los Estados adquiere otra dimensión. La guerra es un arma política de las clases dominantes. El Capitalism o intenta proteger sus privilegios sociales y económicos, destruyendo y anexionando las jefaturas y Esta­ dos vecinos, convirtiendo a sus poblaciones en parias, gravándolas con impues­ tos, prohibiendo la religión que practican y su lengua materna... Existen multitud de guerras modernas y ocupaciones que siguen este esquema, p o r ejem plo Tíbet, Timor O riental, Yugoslavia, Irak, Afganistán, G eorgia, Palestina... Hoy, casi en el si­ glo XXI, la responsabilidad de la guerra recae excl-usivamente sobre los gobiernos estatales. Las élites dirigentes organizan sus aventuras bélicas según sus intereses. La guerra capitalista adquiere un desarrollo aún más m acabro. Sujeto como está este sistema económ ico a sucesivas crisis de exceso de producción, se ve o b lig a d o periódicam ente a destruir sus excedentes de arm am ento y de infraes­ tructuras. Uno de los procedim ientos habituales es la guerra, con la que los ca p i­ talistas devastan naciones, ciudades y pueblos completos, que luego se dedican a reconstruir (época de crecimiento). El Estado necesita un ejército, unas fuerzas arm adas para enfrentarse a otros Estados, destruir riqueza y controlar a la p oblación dom inada si fa lla la policía. En el caso español, se reproducen y aumentan los vicios policiales: es incompetente, es caro, es corrupto y es muy peligroso. Actualm ente el go b iern o se esfuerza p o r d a r una imagen am able del ejército. Este organism o ya no se encarga de llevar adelante la guerra, sino de actuar en misiones hum anitarias y de preservar la paz. Por ejem plo en A fganistán, en Iraq o en la antigua Yugoslavia. En mi opinión la fuerza multinacional auspiciada p o r la O N U en los territorios de la antigua Yugoslavia lo que hizo fue alentar la guerra y m irar hacia otro la d o mientras las masacres se sucedían. Las oligarquías del Estado yugoslavo debían de recom poner sus posiciones en el organigram a del Poder tras la caída del comunismo soviético. Las poten­ cias occidentales, el Vaticano, A lem ania, Francia, Rusia y G ran Bretaña echaron

leña al fuego. Las élites yugoslavas bom bardearon a la p oblación con mensajes militaristas. Se separó con la eficaz ayuda de la prensa y la televisión a las per­ sonas en serbios, croatas, y musulmanes, cuando en realidad las diferencias que existían entre ellos son las que puede haber entre alguien de M urcia y alguien de C órdoba. Se realizaron asesinatos masivos. Se hicieron llamamientos a defender a la Patria y se inició la guerra. N a d ie p id ió opinión a la población, no se hizo un referéndum preguntando si se quería una aventura militar. De una semana para otra las operaciones bélicas com enzaron. Una estrategia de violaciones sistemáticas de miles de mujeres, campos de concentración, asesinatos de menores, han hecho que cientos de miles de perso­ nas se desplacen de sus hogares, que miles de no combatientes hayan perecido. Las brutalidades y torturas fueron llevadas a delante por las fuerzas arm adas y param ilitares serbias, croatas o bosnias, dependiendo de la o portunidad del momento. O dios irreconciliables se han despertado para décadas entre los que han perdido a fam iliares o amistades en una guerra de dementes. Todo esto fue plan eado con absoluta alevosía p o r los Estados y el Pod-er. Luego m andaron a los Cascos Azules y a las O N G s . Pues no se ap rendió la lección y nunca parecem os tener bastante. Dos nuevas guerras, la de Irak y la de Afganistán, en nombre de la libertad, y en realidad para controlar petróleo, gas y recursos estratégicos, han reproducido todos los horrores de pasados conflictos: millones de muertos, heridos, mutilados, exiliados... Todo para m ayor gloria del sistema capitalista. La lección de lo ocurrido es que puede pasar en cualquier parte. A quí, en España. N o es una locura lo que decimos. El ejército, si recibe las órdenes o insinuaciones oportunas, no tendrá ningún problem a en v io la r mujeres y poner menores ba jo las ruedas de los tanques, para desplazar a las poblaciones. Si al Estado capitalista le interesa la guerra, la hará con el a p o yo de los medios de com unicación, de los curas, de los tecnócratas... Una guerra m oderna es una gran oportunidad para destruir riqueza, m atar a la clase obrera y lucrar al puñado de plutócratas. La conciencia militarista es estimulada en todos los órdenes de la vida social. Uniformes en los trabajos, órdenes, voces de m ando y jerarquías e im posibilidad

para d ecidir sobre los problem as habituales de la vida. Eso es militarismo. Es suficiente un pequeño porcentaje de población concienciada, patriótica, violenta, para o rg a n iza r una guerra con el ap o yo de los medios de com unicación. Los cientos de miles de desertores que huyen del reclutamiento forzoso, no son nunca suficientes. Los actuales ejércitos tecnificados pueden nutrirse con un pequeño nú­ mero de profesionales. Sexismo, nacionalismo, religión, racismo, machismo y militarismo van siempre cogidos de la mano. Los hombres son los guerreros y las mujeres las madres. Los soldados violan no sólo a las mujeres del enemigo, sino a sus propias mujeres cuando vuelven de permiso. Se estimula a la mujer de la nación elegida, a la pro­ creación y a criar varones. Los crímenes sicopáticos aumentan espectacularmente y se crea un clima tenebroso y retorcido en el que cualquier horror es posible. M iles de agresiones tienen la fin a lid a d de disuadir a la disidencia, y d a r placer al agresor. M ira d los Balcanes. Están a un rato de España. N o se trata de Ruanda, Burundi, Somalia, A ze rb a iyán , G uatem ala, Palestina, C am boya, Afganis­ tán, Timor, Irak, Kurdistán, Tíbet, El Salvador, A n g o la, Ecuador, Perú, C olom bia, G eorg ia , Palestina o cualquier conflicto con los que nos adorm ece la prensa y la televisión. Yugoslavia es Europa, pasó a quí al lado. N o existe ejército para la paz. Todos los ejércitos se hacen para la guerra, para m atar personas. Y detrás de ellos están los lagers, los gulags modernos, ya se llamen G uantánam o o A bu G hraib. Hemos aprend ido con d o lo r y sufrimiento durante 5 .0 0 0 años para qué sirve una burocracia militar. Los seres humanos podemos vivir sin la guerra, podemos aprender a od ia rla de la misma form a que ahora se os enseña a quererla p o r me­ dio de películas, documentales, discursos patrióticos, y argumentos sensatos. Los seres humanos podem os prescindir de la guerra. N o la llevamos en la sangre.

La cárcel La cárcel es el mecanismo donde termina el circuito represivo del Estado, en aquellos países donde no es legal la pena de muerte. Es a las personas que rom­ pen con las reglas de juego vigentes, a las que se destina la cárcel. Es el lugar donde se establece la venganza, y donde a través del terror, el sufrimiento y el

castigo, se pretende conseguir el sometimiento, o en el caso de no ceder, la ani­ quilación. Es un espectáculo que pretende conseguir tu sometimiento. Esta es su filosofía, su fin y su razón de ser, y p o r tanto, las humillaciones, los malos tratos, la violación de los derechos humanos, han sido, son y serán una constante que va im plícita en la propia existencia de la cárcel. C ualquier otro planteam iento que os den u os vendan es mentira, es hipocresía donde palabras como reinserción sirven para lavar y justificar la imagen de estos reinos de destrucción de las personas. F u n c io n a m ie n t o

En la a ctualidad existen diversos tipos de cárceles. Desde centros de internamiento de inmigrantes, cárceles de menores de edad, macroprisiones, siquiátricos penitenciarios... Pero todas siguen los mismos principios: todo el funcionam iento de la cárcel está pensado para conseguir el sometimiento, la sumisión y la obediencia del preso. Esto se facilita en prim er lugar p o r el sentimiento de c u lp a b ilid a d que se os crea y que os hace asumir el castigo y hasta justificarlo. C reer que es justo el castigo es fundam ental para conseguir evitar el choque con la im posición de reglas y normas carcelarias. La moral jude-ocristiana de ca stig o /su frim ie n to /re ­ dención se im pone así sin grandes obstáculos. A llí se entra en un mundo donde todo está determ inado, m arcado y dirig id o . La reglam entación interna os deja en indefensión ante la carta blanca para hu­ millaciones, castigos y arbitrariedades que surgen de las normas. Aspectos mili­ tares com o recuentos de pie, firmes, individualizados o en g rupo en form ación, elevaciones de voz, órdenes de mando, actos intim idatorios, cacheos arbitrarios, desnudos integrales... Pretenden reduciros a la obediencia autóm ata, a través del miedo al castigo y la violencia que conlleva. La división de la población reclusa en grados ( I 2, 2 2, 3 2, preventivos penados, mayores-menores) consigue deshom ogeneizarla y producir intereses distintos. Y esta división es utilizada com o am enaza perm anente de regresión de g ra d o a una situación más dura. Así se sufre un chantaje permanente. Para p o der recibir llam adas de teléfono, visitas, tener mejor lugar en la celda o acceder a un menor g ra d o hay que entrar en una vía de servilismo, colaboración, chivateo y otras degradaciones. C hantaje que se produce sobre todo en el vis a vis, p o r lo que supone el po der a b ra z a r a seres queridos, o tener una relación sexual frustrante

en la m edida de que ellos determinan el día y la hora en que, como si de animales de granja se tratase, dejan que se produzca el apareo, y porque des-de m ediados de los años ochenta, el vis a vis es una de las vías de introducción de drogas. Se os convierte de esta manera en robots también p o r la repetitividad de ho­ rarios, los recuentos de seis, ocho, d iez veces al día según el grado, obediencia a órdenes de m ando y limitación de movimientos por reducciones de espacio condicionadas p or los horarios. La opinión pública respetable tiene la idea de que las cárceles poco menos que en hoteles de lujo, mantenidos de form a gratuita p o r los impuestos de la ciu­ dadanía. La re alidad es muy distinta. Los casos del Fichero de Internos de Especial Seguimiento (FIES) son extremos en cuanto a desprecio de los derechos humanos. En este régimen se clasifican les internes peligrosos. Os aíslan veintidós horas al día en una celda de seis metros cuadrados, sin contacto alguno. C uando la guar­ dia de tuno lo indica, os debéis c o lo ca r firmes delante de la puerta, no im porta a qué hora, para mostrar qué estáis haciendo. La mínima trasgresión es castigada violentam ente o con esposas. El m obiliario consiste en un camastro sin sábanas ni mantas, que pueden ser llevadas p o r la fam ilia. N o se dispone de lavabo. La sa­ lida hasta el paseo solitario al patio se realiza con esposas. H ay gente que se va deteriorando física y síquicamente que renuncian al paseo en estas condiciones. Las palizas y lesiones son solucionadas con partes médicos de erosiones leves. Las vejaciones, humillaciones y amenazas en form a de "te vamos a m atar", "te vas a pu drir ahí dentro", "d e a quí se sale con los pies p o r delante" son continuas. Los vis a vis no están permitidos. La visita se reduce a cinco minutos al mes. La correspon­ dencia es vio la d a sistemáticamente o se extravía. Las revisiones en aparatos de RX en busca de objetos punzantes se hacen sistemáticamente, veinte, treinta, afec­ tando las radiaciones a la salud. N o puedes negarte a ser ra d ia d o aún cuando se padezca SIDA, tuberculosis u otras enfermedades. Este tratamiento reinsertivo hace que los FIES desarrollen esquizofrenia, lumbalgias, degeneraciones óseas, episodios sicóticos, suicidios... Las autoagresiones en form a de cabezazos contra la pared e ingestión de objetos producto de la desesperación son perm itidas sin problemas. O btener la calificación de FIES depende sólo de la voluntad del equi­ po de turno, y con una larga condena y poco que perder estaréis a un solo paso

de la locura. (N o hay datos objetivos que definan la p elig ro sid a d . Para la burocra­ cia de prisiones, la peligrosidad puede manifestarse en ser descortés, denunciar malos tratos, mostrar solidaridad, negarse a comer o negarse a salir al patio). Los recursos a los juzgados de vigilancia penitenciaria son sistemáticamente deses­ timados. En las cárceles de mujeres la prole cumple condena con sus madres... Estos hechos suceden en prisiones españolas, no marcianas. Finalmente los delitos de todo tipo llevados a ca b o p o r parte de funcionarios de prisiones sobre presos, suelen que d a r impunes. En f e r m o s m entales

Dentro del Estado español, la directora de prisiones M ercedes G a lliz o confir­ mó en 2 0 0 8 que un 2 5 % de los reclusos eran enfermos mentales que deberían tener acceso a tratamientos y atención sanitaria, y no a ser recluidos privados de libertad. El segundo aspecto de este problem a, es el de los reclusos que entran normales en prisión, y desarrollan paranoias, esquizofrenias, depresiones, ansie­ dad, ideas autolíticas..., que en la m ayor parte de los casos no son diagnostica­ das. Las asociaciones de derechos humanos llegan a cifrar en un 4 0 % los presos que padecen enferm edades de tipo siquiátrico. De ellos apenas unos cuantos están internados en los siquiátricos de Sevilla y Alicante, tras haber sido declarados inim putables p o r los jueces, o condenados en firme. Por ejem plo el siquiátrico de Sevilla tiene plazas para 7 2 enfermos, pero puede lle gar a tener a cerca de 2 0 0 habitualm ente. La situación de estas personas llega a ser muy dura. Un esquizofrénico puede lle g a r a a g o ta r el límite de cumplim iento de 2 5 años o más sin haber pisado un solo día la calle, aunque en esos 2 5 años haya desarrollado el com portam iento de un m ayordom o inglés. De resultas de este etiquetaje selectivo, esquizofrénicos, paranoicos, sicóticos que en un momento d a d o de sus vidas atentaron contra la existencia o la integridad sexual de otras personas son condenados a una pena de privación indefinida de libertad, en la que siquiatras, médicos y enfermeros penitenciarios realizarán un seguimiento estricto del preso. El tratam iento se lleva a ca b o mediante la adm inistración de sicofármacos. M e diante la ciencia médica se encadena a la víctima a una camisa de fuerza química. Ya no se em plean sistemáticamente las correas, grilletes, duchas frías y

camisas de fuerza. A hora basta adm inistrar cócteles farm acológicos para que el demente esté tranquilo, sentado en una silla, dorm itando, vertiendo baba sobre los pantalones y controlando a duras penas sus esfínteres. El éxito de estas tera­ pias a la hora de destruir a una persona, ha hecho que cada vez más se trasladen estas técnicas de la cárcel «extraordinaria» de los «locos» a la cárcel «normal». M é t o d o s d e c o n t r o l p s iq u iá t r ic o e n p r e s o s n o r m a l e s

La cárcel es una institución en la que se secuestra a una persona y se la saca de la sociedad, para introducirla en un mundo minuciosamente reglam entado. Un mundo en el que la iniciativa, la responsabilidad, las facultades, el control de la propia vida queda elim inado. Se altera gravemente o se anula o se aniquila la vida sexual y fam iliar, se introducen relaciones jerarquizadas en las que se afirman los com portam ientos de dominio-sumisión, se destruye la afectividad ante la situación de desam paro. En este estado de ausencia perpetua, de obsesiones kafkianas, ind ivid u a liza d o y solitario, el preso tiende a la apatía, a la resignación, a la respuesta agresiva, al automatismo, al encierro sobre sí mismo. Un am biente hostil hace que el preso sea pasto fácil de una serie de enferm edades síquicas, bien porque se le ocasionen, bien porque se le intensifiquen otras que ya padecía y que en libertad pasaban desapercibidas: ansiedad, depresión, tendencias suici­ das, sicosis, trastornos de la p o la rid a d , problem as sensoriales, alteraciones de la imagen corporal, im posibilidad para reconocer el prop io cuerpo... A ellas se unen enferm edades orgánicas: trastornos músculo-esqueléticos, enferm edades respira­ torias, cardiacas, infecciosas... En este terreno es donde actúa el siquiatra. En los años 8 0 se em pezó a em plear con éxito para asegurar la p a z en las prisiones la administración de diversas drogas legales. La m etadona una de ellas. Por m edio de este de rivado del opio, y con la excusa de curar la adicción a la heroína, se consigue hacer adicto al toxicóm ano a una d roga más adictiva aún. La m etadona se convierte en un instrumento de control, am enaza o sometimiento por parte del funcionariado, dispensándose de form a a rbitraria si es preciso. En estas condiciones y, dependiendo el suministro del estupefaciente de los funcionarios de prisiones, el preso es in ca p a z de tom ar nin-guna medida, no ya de rebelión, sino de mera reivindicación de los derechos que la ley estipula. Un adicto a la m etadona es incapaz de huir de la prisión en la que vive.

A p lica n d o esta técnica la población reclusa, es posible convertir en adictos a determ inados sicofárm acos a los presos que manifiestan síntomas de ansiedad, depresión y diversas sicosis producidas p o r un encierro prolo n g a d o . Nom bres comerciales y principios activos se mezclan cada mañana en los sobres de medi­ cación con que desayunan, alm uerzan, meriendan y cenan miles de presidiarios adictos a los sicofármacos. Las drogas hacen que el preso se evada de la no-existencia a la que se ve sometido. Y acentúa el proceso de prisionización, de institucionalización de la vid a del recluso, que sentirá cóm o sus estímulos personales se ven sustituidos po r el reglamento, las normas, las rutinas inscritas en el cuerpo a fuego, con hierro de marcar. A m edida que avancen los años, incluso los presos más refractarios a los tra­ tamientos, los que a pesar de todo denuncian, no callan, no muestran com porta­ mientos serviles y sumisos, se institucionalizan. Individualizados, privados de toda posibilidad de organización colectiva, sienten tam balearse cualquier defensa ide ológ ica . M ientras que los anarquistas del pasado siglo se sentían protagonis­ tas de una gesta épica y mantenían sus lazos solidarios y afectivos intactos dentro de las prisiones, con su red organizativa, con su superioridad moral e intelectual frente a carceleros analfabetos, con una salida de prisión en la que se les recibía com o a héroes, en la a ctualidad la cárcel llena la vida de los presos modernos que son institucionalizados. Para los presos rebeldes se tornan cotidianos los cacheos, registros, castigos, aislamientos, palizas y torturas. A continuación reciben la visita de siquiatras y médicos (y curas, asistentes sociales, sicólogos, educadores...) que refuerzan su adicción a una institución a la que odian, que les destruye, pero sin la que no pueden vivir pues es la que le suministra los sicofárm acos y la rutina despersonalizadora y reglam entaria que hace que un día se suceda a otro. Es un proceso lento, insidioso, horrible por lo desapercibido, ya que p o r el hecho de no ser consciente no hay defensa posible contra él. Un preso de este tipo una vez sale a la calle en libertad, se siente in ca p az de a frontar la existencia en sociedad. Vivimos una época tremenda, vergonzosa, que pasará a la historia com o el tiem po de un ge no cid io científico. El control de la conducta es llevado adelante en el ám bito de la represión p o r miles de funcionarios de bata blanca y d octora­ dos universitarios en crim inología, derecho, m edicina y siquiatría. Ellos saben a la

perfección que la cárcel es el lugar donde se destruye al preso. Ellos saben que a la par que envilecen al presidiario se destruyen moralmente a sí mismos a cam bio de la nómina y el cargo. Ellos saben que la cárcel no está para reinsertar al preso, sino para educar a quienes vivimos fuera de sus muros en el conformismo, la su­ misión, el acatam iento y la comprensión de que la obe-diencia es recom pensada po r el poder, no habiendo piedad ni cuartel con la disidencia. Ellos saben que la cárcel no restituye el daño a la víctima, ni previene el delito, ni garantiza la liber­ tad de la sociedad. Ellos lo saben y nosotros debem os saberlo. O t r o s a s p e c t o s d e d o m i n a c i ó n c a r c e l a r ia

C om o ya he explicado, a p artir de los años 8 0 se em plean las drogas para controlar a la población carcelaria, a p arte de los tratamientos con metadona, se hace la vista gorda con la heroína. Las cárceles del Estado alojan a un gran núme­ ro de drogodependientes. M ás del 80% de los delitos contra la p ro p ie d a d tienen su relación con las drogas. La dependencia es fundam entalmente síquica. Impide respuestas anti-cárcel y evita vías reivindicativas. Así, quien sea drogodependiente no se jugará jamás el vis a vis o cualquier otro mecanismo de entrada de sus estu­ pefacientes. Será respetuoso y sumiso con las normas. Esta es un arm a básica que conoce la cárcel y que lógicam ente utiliza. A dem ás de la heroína, la televisión es otro medio ideal para fom entar la pa­ sividad y de ja r desgranar el tiempo. La caja tonta ha supuesto la reducción del tiem po de lectura, inculca valores consumistas, denigrantes, sexistas y violentos que están a la orden del día. Esto se complementa con el colchón de los nuevos departam entos burocráti­ cos. Toda petición se canaliza a través del departam ento correspondiente, y como burócratas se dedican a d a r largas y a m andarte de un lu g a r a otro en un juego de oca constante. En esta función entra la pléyade de asistentes sociales, educa­ dores y equipos varios. En estos tiempos las cárceles se están desbordando por el aumento de la po­ breza, la injusticia social y la penalización de las drogas, y esto lleva a que se esté vulnerando la propia legislación carcelaria vigente, y ahí es donde se cierra el círculo perfecto de las estructuras democráticas. En los tribunales de vigilancia penitenciaria que en la práctica legitiman la vulneración de derechos y archivan

tus denuncias, en los cuerpos de intervención interna con medios antidisturbios que evitan el contacto exterior con la realidad de la cárcel, en los sindicatos que dan cobertura a practicantes de malos tratos y torturas, en los equipos médicos y sus colegios profesionales que legitiman el exterm inio vía SIDA, que no distri­ buyen jeringuillas, que aceptan la m asificación, el hacinam iento, las deficiencias dietéticas en la com ida que son también problem as de salud, en los abogados, curas y pastores penitenciarios que miran para otro lado, ocultando así la terrible realidad... Y com o guinda, Defensores del Pueblo que con su función de recoge­ dores de datos y archivo descongestionan la cadena de represión. Un sistema casi perfecto de im punidad e hipocresía. Las cárceles cumplen una tarea de asesinato sistemático. Un 18% de los in­ ternos portan el virus del SIDA (unos 1 2 .0 0 0 presos en 2 0 0 6 ); un 4% padecen la enferm edad del SIDA en sus diversas fases (en torno a 3 .0 0 0 ); un 41% sufren de hepatitis (sobre 3 0 .0 0 0 ); un 5% tienen tuberculosis... Y el 2 5 % del total tie­ nen enferm edades mentales. Es un panoram a sanitario desolador. M uchos presos morirán en los próximos años de enferm edades infecciosas producto del hacina­ miento y las malas condiciones sanitarias. Q uienes ya están cayendo sólo salen, o cadáveres, o para fallecer pocos días más tarde y no engrosar la estadística de difuntos entre rejas. Estos contagios se producen en el interior de las propias prisio­ nes. O tras enferm edades com o neumonías, bronquitis produ-cen sus estragos en la salud del habitante de la prisión, que debe com partir la celda con tres o cuatro personas. Sin exagerar lo más mínimo se puede ha b la r de la cárcel com o de la nueva leprosería del siglo XXI. N o hay más que ver los informes de asociaciones de Derechos Humanos sobre causas de muertes b a jo custodia en el Estado español. Las causas que se repiten una y otra vez son el ahorcam iento y la sobredosis. Leyendo los informes de las asociaciones de derechos humanos puedes leer casos tan curiosos com o este del año 2 0 0 1 , que se considera un suicidio: L G .M . que cumplía prisión preventiva en la prisión de V illabona (Asturias) murió el 15 de a b ril de 2 0 0 1 , como consecuen­ cia de las lesiones sufridas en el incendio de su celda. C uando falleció, L.G.M . se encontraba esposado p o r las dos manos a l catre de la celda: En el informe de la Policía Judicial, efectuado tras el levantamiento del cadáver o rdenado p o r el

Juzgado, se indica: "el cuerpo se encuentra en el suelo del habitáculo. Las dos manos van sujetas p o r esposas a las que se ha enganchado otro juego de esposas p o r el centro. Unas sujetando las que van a la mano y la otra puesta en el barrote vertical de la cama-litera". L.G .M . había intentado quitarse la vida el día a nterior p o r ahorcam iento, razón a le g a d a p o r la prisión p a ra justificar el que estuviese esposado. Bueno, sobran comentarios y m aravilla que alguien esposado a su cama pue­ da incendiar la celda. También habría que entrar de una vez en el tema de los costes policiales, judiciales y sanitarios, alimenticios, de instituciones penitenciarias y de construcción de nuevas macrocárceles. M illones de euros son engullidos por la vo ra cida d del sistema en vuestra presunta defensa. El tratam iento de un pacien­ te de SIDA, mientras está asintomático es muy superior al v a lo r de la jeringuilla para poner cada dosis que evitaría la transmisión de la epidem ia. La hipocresía, la locura, el idiotismo, la venganza, el despilfarro, la m oralina de vía estrecha, la m ezquindad, la crueldad, el o d io son los valores que guían la mano del Poder. N o es ya que te quiten la libertad, sino que te hacinan en una celda con tres o cuatro personas donde a duras penas caben dos, te trasmiten enferm edades infecciosas, te trata un m édico generalista si enfermas, te dificultan mucho la asistencia a los especialistas sanitarios, te inducen a p adecer enferm edades mentales, te suminis­ tran sicofármacos, te trasladan de centro sin previo aviso m andándote a mil qu­ ilómetros si les parece oportuno, castigan a tu fam ilia (que se gastará una fortuna en viajes, abogados, p a g o de responsabilidad civil...). Y

la corrupción. N o se tienen datos concretos, pero os aseguro p o r lo que

cuentan los propios presos que en las cárceles se produce un verdadero pillaje. Se com pra com ida de peor c a lid a d de la estipulada. Despojos destinados a ali­ mentar animales domésticos acaban en los estofados penitenciarios. Se especula con los economatos. Se com pran los grados, los informes médicos, el paso de drogas legales e ilegales. Se explota a les internos en los talleres donde trabajan po r sueldos de miseria, de unos 2 5 0 euros mensuales, sin derechos sindicales. La cárcel o m azm orra antigua no tenía otros límites que los de los muros. En la actualidad, el depósito no sólo se dedica a alm acenar gente en naves perfecta­ mente diseñadas, en donde cada mercancía tiene su lugar y estantería. Los cierres

y controles impiden la m ovilidad. Todo está reglam entado, v ig ila d o y cerrado. N o hay espacios en la cárcel, sino cárcel dentro de la cárcel. Los módulos aislados aumentan la eficacia de la dom inación. La población reclusa también ha va riado. Se ha p e rd id o la profesionalidad y no quedan apenas especialistas (piqueros, espadistas, falsificadores, atracadores, etc). Actualmente los presos y presas en su m ayor parte lo son p o r pequeños delitos con planteamientos primitivos de violencia y fuerza (sirias, desparramos...) que generalmente atacan a los sectores más indefensos y débiles produciendo la alarm a social que el Poder alienta y utiliza para aum entar su dom inación sobre el conjunto de la sociedad. La delincuencia form a así parte del pro p io sistema autoritario, pues favorece el cierre de espacios y el aumento de niveles jerárquicos. Se tiende a crear la sociedad-cárcel, con altos niveles de sometimiento y dom inación. El ideal del Poder, su utopía, es la construcción de una gigantesca prisión en la que esté encerrada toda la ciudadanía, donde cada cual cumpla el papel asignado según las necesidades sin desviarse ni un milímetro, donde estén dom inadas las voluntades, pensamien­ tos y sueños. M u y im portante, recuerda esto: la cárcel no sirve para controlar al preso, sino p a ra controlarte a ti, que estás fuera de ella. Por último afirm o que aunque el a p a ra to de control de pensamiento es em plea­ do p o r el Estado en prim er lugar para mantener a la chusma a raya, no hay que o lv id a r que los privilegios se asientan en el a p a ra to de violencia y coacción. Q u e ­ da esperanza y rebeldía. Los apagones en Nueva York y Los Angeles seguidos de saqueos masivos —que no son sino formas de redistribuir la riqueza— demuestran que am plias capas de la sociedad no están identificadas con el sistema capitalis­ ta, y que lo único que im pide que gobernantes y capitalistas acaben c o lg a nd o de una farola, es el m onopolio y dom inio que ejercen sobre la tecnología armamentística y medios de represión.

Pa r t e

seg u n d a

El anarquismo

A n arqu istas, anarquism o y an arq u ía A narquistas son aq u e lla s personas que no quieren ni d o m in a r ni ser d o m in a ­ das. Son in dividuos que no quieren asumir jam ás ni el p a pel de o p re so r ni el de o p rim id o , ni el de víctim a, ni el de verdugo. Pretenden no sólo la lib e rta d p ara uno, sino p ara el conjunto de la hum ani­ d a d , pues consideran que la m áxim a lib e rta d in d ivid u a l sólo puede conseguir­ se en un m arco de lib e rta d e ig u a ld a d g e n e ra liz a d a . Luchan contra la actual o rg a n iz a c ió n social, contra su fu ncionam iento eco­ nóm ico y su id e o lo g ía , contra la d e s ig u a ld a d tanto económ ica com o de sexo o de otros tipos, contra to d o p o d e r y a u to rid a d , y procuran traerm e a mí, la A n a rq u ía , al m undo, pues yo soy la ausencia de dom inación, yo soy un sím bolo que existo en la mente y en el co ra zó n de quienes me desean. Y del mismo m odo que el dinero y el c a p ita l producen opresión y tiranía, la a n a rq u ía os da rá la lib ertad. El m étodo que em plean mis anarquistas para conseguir esa so cie d ad libre —el id e a l de un m undo sin G o b ie rn o —, es el anarquism o. Pero hay más puntos de vista a la hora de de fin irlo . El anarquism o no es solo un m étodo p ara lle g a r a mí. Es tam bién un m odo de vid a in d ivid u a l y social a re a liz a r en el a h ora p ara el m a yo r bien de todos, y no solo un sistema, una ciencia, o una filo so fía más. El anarquism o es tam bién, p o r d e c irlo de otro m odo, una filosofía social y personal basada en la lib e rta d d e l ser hum ano, en el p a c to o lib re acuerdo de éste con sus semejantes y en la o rg a n iz a c ió n de una so cie d ad en la que no deben existir clases, ni intereses p rivados dañinos, ni leyes coercitivas de ninguna especie. La base del anarquism o es el in d ivid u o , sus derechos in a lie n a b le s, el pacto libre con los demás in dividuos y la o rg a n iz a c ió n de una so cie d ad do n d e esos derechos estén g a ra n tiz a d o s p o r el conjunto arm onioso de todos. A diferencia de otras id e o lo g ía s, no existe una fig u ra central a lre d e d o r de cuyas ideas se haya a rtic u la d o el anarquism o.

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O rigen del anarquism o El anarquism o contem poráneo nace en Europa O ccidental a finales del siglo XVIII, y continúa su desarrollo teórico y práctico durante el siglo XIX. Antes de que en esas fechas se emplease la pa la bra anarquista para designar una persona partid a ria de una sociedad libre de Poder y A utoridad, hubo ácratas, libertarios desde la más remota antigüedad. Y revoluciones que sacudieron los cimientos del Estado. Los pueblos, las personas que intentaron repetidamente liberarse, y que cuestionaron cualquier autoridad política o moral fueron en muchos casos anarquistas sin saberlo. La rebelión existe desde siempre, y el anarquism o late bajo ella. El anarquismo, el socialismo y el capitalism o liberal modernos, germinan gracias a la Ilustración Francesa del siglo XVIII. Las ideas burguesas de Liber­ tad, Igualdad, Fraternidad y U nidad de la especie humana, conm ocionaron el mundo en 1789. Ese año estalló la Revolución Francesa. El pueblo se lanzó a destruir el Régimen Feudal y lo consiguió. Pero com o en otras ocasiones no supo a c a b a r con el Estado. La burguesía ocupó el Poder, pervirtió la fin a lid a d de la Ilustración y pisoteó sus principios, instaurando el C apitalism o liberal

y la defensa de la p ro p ie d a d privada. En p a ralelo con estos hechos, evolu­ cionan socialismo, comunismo y anarquism o en sus diferentes m odalidades da n d o lug ar a diversas corrientes políticas.

Ideologías y anarquismo Una id eolo gía es un conjunto de ideas que producen un discurso coherente y excluyente, que pretende legitim ar una situación social, ocultando los conflictos y contradicciones que existen en ella. En resumen, la id e o lo g ía sirve para justificar robos, esclavitud, asesinatos, m aldades y puñaladas traidoras. C ualquier cosa, por sucia y horrible que sea, puede ser justificada con la id eología, con razona­ mientos y bellas palabras. Por ejem plo, decir que "los empresarios son los creado­ res de puestos de tra b a jo " es un argum ento id e o lóg ico que oculta la re alidad y justifica la injusticia, pues al capitalista le mueve en prim er lugar el ansia de g a nar dinero, em pleando (como efecto secundario) a mientras menos gente mejor. ¿Por qué no decir —p or lo tanto— que los trabajadores son los creadores de la riqueza del empresario? En el aspecto id e o ló g ico , el anarquism o no pretende ofrecer discursos incues­ tionables, ni d ar solución a todos los problem as de la Hum anidad, ni es tam poco una descripción más de la vida perfecta, ni responde a todas las preguntas, ni es lo más objetivo del mundo. El anarquism o es una filosofía de la libertad, que pretende que la solución (m ejor o peor) a los problem as que te afectan la tomes tú sin coacción de ningún tipo. También es un conjunto de ideas a b igarradas, di­ versas, que interpretan el mundo desde diversas perspectivas libertarias. Q ue esas interpretaciones no acaben siendo pura id e o lo g ía insensata y fanática c a p a z de justificar cualquier disparate, depende de ti. Por eso el anarquism o es a lg o que los viejos anarquistas llamaron La bella acracia, la Idea.

La Idea La descripción que os he hecho del Poder es para e xp lica r p o r qué creo ne­ cesario elim inarlo. Pero cam biar, ¿hacia dónde? Durante 5 .0 0 0 años se han su­ cedido las revueltas y la injusticia ha prevalecido. ¿Por qué? Porque los opresores están muy bien organizados. C uando construyeron el prim er Estado, la gente no

sabía lo que se le venía encima, y cuando estuvieron sometidos, no supieron o rg a ­ nizarse más que im itándolo. Crearon nuevos Estados. Y

así lo único que cam bian son las personas que mandan, pero la opresión

sigue siendo permanente. C onquistar el Estado no sirve para lo g ra r la libera­ ción. Eso lo sabéis ya, y es una ventaja con la que no contaban vuestros an­ tepasados. Sabéis que la p ro p ie d a d privada y la desigualdad son sostenidas po r el Estado y el m onopolio letal que ejerce de la violencia institucional. Sa­ béis que el Estado siempre beneficia los intereses de la oligarquía dominante. Sabéis que el Estado surge p o r un acto violento, y que tras una dinastía de gobernantes siempre hay actos de piratería. Para que esta situación acabe no hay que hacer com o en anteriores intentos, en los que simplemente se m odificaron las caras y uniformes del gobierno. H ay que construir un nuevo mundo sin pod e r ni autor-idad. H ay que destruir el Estado. ¿Pero destruir, para construir qué?

Los principios básicos del orden anarquista La l ib e r t a d

D ejando aparte lo que nos impone la b iología (enfermamos, no podemos tener plumas y volar...) y la econom ía (si no hay com ida, hay que buscarla), tenemos el derecho a ser libres. Este concepto de libertad no es un concepto burgués, que ve en la libertad la posibilidad de elegir entre refrescos de cola, o que defiende el libre albedrío individual y asegura que en esta sociedad podem os desarrollarnos todo lo que queramos. Por el contrario, sabemos que estamos determ inados por la naturaleza, p or nuestros cuerpos, p o r nuestras necesidades inmediatas. Y de­ ja ndo aparte estas cuestiones que de momento no pueden ser evitadas, estamos sometidos a a lg o artificial: el form id a b le apa ra to represivo del Estado-Capital. El concepto de libertad anarquista intenta elim inar al máximo el a p a ra to de coac­ ción existente, y evita construir otro nuevo. Lo que queda después de elim inar la coerción, es la libertad. La libertad es lo mejor. Siglos se lleva intentando definir qué es la libertad sin que haya acuerdo al respecto. ¿Qué es entonces para ti un acto libre, sim plificándolo un poco? A quello que harías de no m ed ia r ni prem io ni de castigo, es lo que te es voluntario, lo que

surge de ti. A qu e llo que haces p o r encima de cualquier tipo de coacción externa positiva o negativa, es tu voluntad. Esa voluntad, la tuya, la que se sobrepone a obstáculos, barreras y adulaciones, la que se lleva a ca b o a pesar de castigos y de premios, es la que defiende el anarquismo. Puede que —como aseguran algunas tendencias filosóficas— esa libertad sea falsa, inexistente, y que en realidad sólo actuemos movidos p o r nuestros genes. Pero eso... ¿Quién lo sabe? Y aún cuando estuvieses determ inado p o r la naturale­ za, p o r la biología, ¿qué más da?, ¿qué im portancia tiene?, ¿eres lo que tu determinismo te empuja a ser?, ¿o eres más bien un buey de carga al servicio de unos tunantes? Porque el buey estará determ inado p o r sus genes, de acuerdo. Pero un buey uncido a un a ra d o no responde a su determ inación, sino a la voluntad de un amo. A sí que lo que quiere el anarquism o es que rompas tu yugo, que te quites las riendas, que dejes de servir a otros, que descubras los límites de tu libertad. Sea com o sea, lo cierto es que tenemos la impresión de p o d e r ser libres, y por lo tanto, derecho a conquistar esa presunta ilusión, que será un espejismo, o será un oasis, o un desierto. Ya veremos. Para saberlo, habrá que lle g a r allí. Y para llegar, solo hay que em pezar a a n d a r en la dirección adecuada. Un paso, otro paso... Es posible. La i g u a l d a d

N o puede haber libertad colectiva ni individual si no hay igu a ld a d , reco­ nocimiento entre iguales, porque donde unos dan órdenes, tienen y acumu­ lan lo que no necesitan, y otros obedecen, sufren y carecen lo que precisan, hay p od er y dom inación. Es la acum ulación la que permite que los menos (y sus guardaespaldas) dominen a los más. N o habrá ig u a ld a d mientras que una pequeña élite controle la p ro p ie d a d de las tierras, las industrias, los transpor­ tes y los capitales. Las clases sociales deben desaparecer, así como la propie­ dad privada. El C apitalism o y la id e o lo g ía que lo mueve (el lucro y la codicia) ha de ser de rribado. La ig uald ad y la libertad, a p arte de en lo económ ico, han de ser basadas en la elim inación de otros tipos de despotismos, com o el de hombres sobre mujeres, ma­ yores sobre menores, o una etnia sobre otra. Donde quiera que exista una relación de Poder, el anarquism o la cuestiona. Induce a que nos preguntemos ¿ por qué?

N o hay ningún motivo genético para que la desigualdad exista. Biológicam ente sois iguales. Socialmente debéis serlo también. El

apoyo

m utuo

Los seres humanos son seres sociales, interdependientes. El A p o yo M utuo anar­ quista implica relaciones sin coacción entre individuos iguales que se ayudan. El A poyo M utuo es radicalm ente distinto de la caridad o la s o lid a rid a d capitalista, que suponen relaciones de superioridad y de fuerza. La solidaridad para el capitalista significa desigualdad. Su discurso sería más o menos: "Yo, que todo lo tengo, y que soy muy bueno, ayudo a los pobres, ¡qué lástima me dan!, que nada tienen". El A p oyo Mutuo, anarquista y S olidario dice: "Yo siento, percibo los problemas de los demás como los míos propios". Porque ten en cuenta que la dom inación que sufra otra persona, la estás padeciendo tú. El terror que sufren los demás, pretende m odificar tu comportamiento, es una lección que aprendes. N o lo olvides. En consecuencia el anarquism o no es solo no ser dom inado y no dominar, sino no estar dispuesto a que una persona dom ine o someta a otra am parán­ dose en la necesidad económ ica, o aprovechando situaciones de inferioridad que provengan de ser mujer, de tener la piel más oscura, o de ser más joven o más viejo. El anarquista se defiende de la opresión, evita oprim ir, y com bate a todos los opresores, ya sean económicos, religiosos, raciales o de cualquier otro tipo. El

f e d e r a l is m o

¿Cómo organizarse pues? Ah amigos, a quí hay que reflexionar un poco más. H ay dos formas de plantear el problem a. Una es mediante la centralización y el unitarismo. O tra es mediante la descentralización y la federación. La primera o p ­ ción administra y somete de manera rígida las relaciones humanas a una voluntad superior (poder y a utoridad). Para el centralismo, un individuo es sacrificable en aras de intereses superiores (de la patria, del partido, de la sociedad, del bien común...). El unitarismo procura meter en el mismo saco al rom ántico y al mate­ rialista, al inquieto y al pasivo, al excéntrico y al solitario, al creyente y al ateo, al pacífico y al violento... La base del Federalismo es otra bien distinta: para un federalista son los indi­ viduos (tú) los que deben tom ar las decisiones sobre el conglom erado, y no éste

sobre ellos. La esencia insacrificable del Federalismo, es la autonom ía integral del Individuo. En palabras de un clásico anarcosindicalista: El federalismo necesita previamente, como condición esencial de existencia, la autonom ía de los indivi­ duos, la de los grupos de individuos y la de las federaciones de grupos, sin cuyas autonomías vivas, conscientes y activas no hay más que centralización y dom inio sobre masas abúlicas. Y en reflexión de otro de la misma onda: El federalismo, es la libre correlación establecida de a b a jo a rrib a , poniendo p o r encima de todo el derecho de autodeterm inación de cada miembro, y reconociendo tan sólo el acuerdo orgánico entre todos basándose en intereses semejantes y de conviccio­ nes comunes. Es decir, no hay más potestad que la del individuo de ser cuanto quiera ser, de unirse con quien quiera o alejarse de quien le desagrade, de establecer alianzas sin más requerim iento que la apetencia y la a finidad. El Federalismo se basa por tanto en los libres pactos entre personas libres para hacer obras comunes y o rg a ­ nizarse como prefieran. M e preguntaréis quizás..., entonces, ¿qué será el "colectivo"?, ¿no tendrá "ca­ rácter p ro p io "? El colectivo será lo que nunca se le ha d e ja d o ser: nada más y nada menos que el reflejo de la m ultiplicidad de preferencias y deseos de los indi­ viduos que lo componen. El colectivo, como arcilla fresca, será la representación de lo que sus miembros quieran, si todos se tiñen de un co lo r de ése se tintará; si cada uno mantiene una gam a distinta, tendrá que vestirse de lunares y mostrar su riqueza crom ática, pues el colectivo no será nada más que lo que las personas que le dan vida quieren que sea. Así, cuando p o r fin se com prenda que el indi­ viduo no debe plegarse ante el colectivo, ni este último estar sujeto a la voluntad autocrática de un jefe, cuando se le vea como la manifestación de todos los que acepten integrarlo, la confrontación autoritaria entre lo común y lo pa rticu la r, no tendrá razón de ser. Q u e d a n d o claro que es el individuo el que dota de carácter al colectivo, se concluye que la form ación de éste solo puede formarse por el establecim iento de pactos libres y voluntarios, siempre susceptibles de ser rotos p o r cualquiera de ambas partes, pues un acuerdo irrom pible no es más que una carta o to rg a d a de esclavitud. La idea es d a r vid a a una Federación cuando haya suficiente gente

dispuesta a seguir adelante, a mantener el pacto a co rd a d o , pues de lo contrario crear una Federación sin el empuje de los contratantes sería intentar d o ta r de vida a lo que siempre fue un cadáver. Se me objetará: ¿y cómo p o d rá subsistir entonces una Federación en esa di­ versidad de deseos y opiniones? Pues intentando ser tan atractiva y útil para los federados que el interés de los mismos sea el de g a ra n tiza r su supervivencia. La intención debe ser crear una Federación que no sea lesiva para los contratantes, que suponga un beneficio para cada uno de sus componentes, que avenga y des­ em boque en el bien de todos los que se han com prom etido a form ar parte de ella, y esto sólo se consigue m axim izando la libertad de los afectados y g a rantizando su igu ald ad material. Recapitulando: La Federación, en su núcleo, no es más que el libre acuer­ do entre dos o más personas que conservan su independencia, autonom ía e individualida d, pero que deciden —en base a la a finidad, simpatía, afecto, preferencias, o los más diversos motivos— la b o ra r en conjunto con un fin tem poral, de aspiración indeterm inada o incluso perenne, en pos de un o b ­ jetivo. Los motivos que crean las Federaciones me son indiferentes. Tú como anar­ quista tienes el auto o to rg a d o derecho de ser y definirte com o quieras, y todo conjunto de individuos que, voluntaria, libre y conscientemente, com partan dichas cosas en común, tam bién. El individuo debe ser lo que desee, creerse lo que se le antoje, engañarse como prefiera, descubrir las verdades que le dé la gana, debe de pod e r tener fe o ser descreído, de p o der usurpar una historia ajena o crearse la propia, de hacer germ inar en sí una cultura, beber de todas, a d o p ta r una co­ nocida o desecharlas todas, de h a b la r como le apetezca, mantenga una lengua m inoritaria entre las muchedumbres de otro idiom a, se adapte al son que oye, o se decida a tirar p o r el desagüe todo idiom a conocido y se dedique a crear el suyo. Si esto es v á lid o para ti, también es extensible para todas las personas que com partan dichos elementos de form a electiva y voluntaria. Entendiendo que si la libertad da vida al grupo que componen, es la misma libertad la que puede hacer que los individuos que engendraron dicho g rupo sean los mismos que lo disuelvan y le den muerte.

Se me preguntará ante lo dicho: ¿pero en tales sociedades los Dioses y las N a ­ ciones desaparecerán? N o. Sencillamente se individualizarán o se com partirán y se pondrán en común cuando guste o se considere pertinente. C a d a uno podrá tener su Dios en sí mismo y su Patria sobre las suelas de sus zapatos, uniéndose o desconectándose a antojo. Si quiere trasmitir su creencia, que predique, que emplee el recurso del proselitismo, nada habrá de malo en ello cuando libres de estructuras opresoras (policía, Estado), podáis repeler la compulsión del creyente con la misma fa cilid a d con que podéis desoír su sermón. Por eso decía uno de los primeros anarquistas mutualistas: nada cabría temer p o r pa rte de la p ro p a g a n d a religiosa, de la agitación clerical, de las repulsiones del misticismo, del contagio de las sectas. Q ue las Iglesias sean libres, del mismo m odo que las opiniones y la fe el pacto les garantiza la lib e rta d s in tem or a las consecuencias de la misma. La C onfederación las envuelve y la lib e rta d las equili­ bra: aun suponiendo que los ciudadanos se vieran unidos p o r la misma creencia, anim ados p o r un mismo a rd o r, su fe jamás se p o d ría volver contra su derecho, ni su fervor prevalecer contra su voluntad. Pero ¿Cómo se organizarían las Federaciones? La fórm ula tradicional es esta: de lo individual a lo colectivo, o en otras palabras: Individuo, G rupo, Federación de barrio, Local, C om arcal, Federación Regional, C onfederación M undial... Los términos pueden ser caprichosos, y hablarse también de federaciones nacionales e internacionales en sentido territorial. Pero esa es la idea. Igual que un individuo puede aliarse con otro o con miles y así d a r vida a una Federación; dos Federa­ ciones —o más— pueden aliarse y d a r con ello vid a a un conjunto de Federaciones más am plio, hasta a lca n za r un nivel planetario. Igual que los Individuos se alian por diferentes simpatías e intereses, las Federaciones harán lo propio, con fines sociales, económ icos —productivos, distributivos—, m edioambientales, etc. Las Fe­ deraciones pueden ser a su vez de distintas características —dependiendo del carácter que quieran infundirle los afectados y de las propias características per­ sonales de los asociados. Las habrá productivas, gremiales, sociales, culturales, de tendencia integral..., siendo potestad cada cual d e cid ir donde quiere o no prestar su concurso, o si quiere ser eremita en su propia caverna. Esto no devendrá en m enoscabo ni de uno ni de otros, pues tal y com o decía uno de mis anarquistas:

los anarquistas se oponen enérgicamente a l espíritu autoritario y centralista de los pa rtid o s de gobierno y de todas las concepciones políticas estatales, centralistas p o r naturaleza. Por tanto, conciben la futura vida social sobre bases federalistas, del individuo a la corporación, a la comuna, a la región, a la nación, a lo interna­ cional, sobre la base de la s o lid a rid a d y del libre acuerdo. Y es natural que este id e a l se refleje también sobre la organización de la producción, haciendo p re fe rir un tipo, en cuanto sea posible, de organización descentralizada. El Federalismo no es, p o r tanto, más que un ga ra n te de la autonom ía in d iv i­ dual y un p o te n c ia d o r y fa c ilita d o r de los libres y volu n ta rio s acuerdos tom ados entre seres iguales m aterialm ente, pero únicos en d ive rsid a d y sin g u la rid a d . El federalism o es la tom a de co n cie ncia del in d iv id u o que le lleva a buscar una form a de aliarse con sus semejantes sin convertirse en la c a y o de estos, y sin que estos se subordinen a sus designios. El in d ivid u o federalista era, en p a la b ra s de un prín cip e anarq u ista : el p a rtid a rio de lib re iniciativa, de lib re inteligencia, de uniones queridas y librem ente consentidas, veía en sí mismo el punto de p a rtid a de to d a sociedad. N o buscaba rem edios en la o b e diencia, no p e d ía un s a lv a d o r en la sociedad. Erale desconocida la id e a de d isciplina cristiana y rom ana. De esta manera la sociedad se convierte en una lig a de com unidades libres que ordenan sus asuntos de a cuerdo con las necesidades, p o r sí mismas, o aso­ ciadas a otras, y en las cuales la lib e rta d del hombre no tiene una lim itación en la libertad igual de los demás, sino su seguridad y confirm ación. C uanto más libre, independiente y em p re n de d o r sea el in d ivid u o en una sociedad, tanto m ejor para ésta. El Federalismo ha sido una de las piedras maestras del edificio anarquista. Son ellos quienes lo inventan y proclam an. N a ce cuando dicho sentimiento se revela com o una efectiva teoría de organización popular. Emerge de los conflictos del XIX, se fragua y refulge, ardiente, de las chispas que desprendidas del choque de estoques entre arquistas y anarquistas que se produjo en la segunda mitad del citado siglo. A los anarquistas se les denom inaba, no sólo antiautoritarios y socialistas revolucionarios, sino también autonomistas y federalistas. Era esa una de las vitales confrontaciones entre M arxism o y Anarquism o: p o r un lado la idea

de reglam entación central, de disciplina unitaria de cuartel, de quiste orgánico, de patrioterism o estrecho, de Consejo G eneral; por el otro la Individualidad, la libre cooperación, la autonom ía de hombres y grupos, el Internacionalism o am plio, sin horizontes restrictivos, el espíritu de las Federaciones afines a la A lia n za . Así lo veían ellos: El conflicto entre los p a rtid a rio s de M a rx y los de Bakunin no tenía un carácter personal; era el resultado inevitable del antagonism o entre los principios federales y los centralizadores; el municipio libre y la p a te rn a l tutela del Estado; la acción espontánea de las masas y el mejoramiento de las condiciones capitalistas existentes p o r medio de la legislación. En resumen, quien dice lib e rta d dice federación, o no dice nada; quien dice socialismo dice federación, o no dice nada.

La sociedad anarquista. La bella acracia Para log ra r estos objetivos libertarios, de cam bio de m entalidad, de nueva estructura social, el anarquism o se o rganiza de otra forma: la toma de decisiones mediante el libre acuerdo, el intento de que por m edio del consenso no haya mayorías y minorías, el uso de la Acción Directa (acción sin interm ediarios), y de la p ro p a g a n d a p o r el hecho, (llevar nuestras ideas a la práctica como mejor prop agan da), en la actividad cotidiana son características de lo libertario. Si hay alg o que depende de ti, decide tú y no esperes a que te den una orden. Toma tus decisiones. V alora las alternativas. Evita siempre la jer-arquía. C om bate las imposiciones. C o n t r a t o d o p o d e r y c o n t r a t o d a a u t o r id a d

El anarquism o se declara enem igo de toda coacción: ni premio, ni castigo. N o hay que co la b o ra r en form a alguna con el Poder. H ay que rechazar su form a organizativa y no imitarlo. Por ejem plo: no puede existir un ejército po p u la r ni un go b iern o del pueblo ni una dictadura del proletariado. N o pue­ de haber un contrato voluntario mediante el que un tra b a ja d o r pueda ser explotado. N o puede haber una mujer liberada atendiendo a un m arido ni un m arido em ancipado que necesite una sierva. Esas situaciones muestran siempre imposiciones, adoctrinam ientos y barreras sociales. Por lo tanto ni Poder, ni A utoridad.

La

r e v o l u c i ó n s o c i a l y el p r o g r a m a a n a r q u i s t a

Los anarquistas explicaban que la H um anidad se liberaría de sus cadenas gracias a un proceso evolutivo de preparación cultural e insurreccional, que nos llevaría hacia la anarquía, hoy, mañana, siempre. Todo culm inaría en la Revolu­ ción Social, un perio d o de cam bios bruscos universales, que trastocarían p o r com­ pleto el mundo. Esta Revolución no es la revolución de la sangre y el asesinato, no es la revolución del nuevo Poder que toma al Estado. Es un momento hermoso de liberación, en el que sentimos abrirse nuestros corazones, nos expandim os, acabam os con nuestras represiones... Las personas que han vivido revoluciones libertarias cuentan la alegría que les supuso el hacerse con la dirección de sus vidas. A unque les vencieran, quedaron m arcados para el resto de sus existencias. Beber la fuente de la libertad, contem plar un mundo fraterno, es una experiencia inenarrable. C uando estalla la Revolución Social anarquista las cosas suceden más o menos así: La Revolución hace que el Sistema entre en b a n ca rro ta e conóm ica. Su id e o ­ lo g ía se ve d e va lu a d a . Las fuerzas de represión, desm o ra liza d a s, no se o p o ­ nen, o en otros casos se unen francam ente a la revolución. Q uienes resisten a la Revolución Social son d e sb o rd a d o s p o r la pasión y el entusiasmo universal. Las instituciones del Estado son a b o lid a s. Se abren las cárceles. Se h a b la, se habla mucho. Se suprime el dinero. El C a p ita lism o es e x p ro p ia d o p o r los sindicatos y tra b a ja d o re s. Los registros de p ro p ie d a d , quem ados. Las riquezas, de todos, y con un pequeño im pulso final, se derrum ban los últimos puntales carcom idos de esta socie dad inicua y cruel. Esto no a c a b a aquí, po rq u e en este momento las fuerzas de la reacción se re o rg a n iza n , p a sa do el m om ento de sorpresa, para destruir la an arq u ía . Pero mientras lo consiguen o no, un m undo nuevo se pone en marcha. Lo que escribo a continuación es una exposición didáctica, que pretende por un lado explicaros de form a ideal cóm o han funcionado las revoluciones liberta­ rias, y por otro, estimularos la im aginación. N o se trata de que creáis en un futuro mundo anarquista, y que hagáis lo mismo que la gente creyente, que pone sus esperanzas en otra vid a m ejor que esta. Tened espíritu crítico cuando a lo largo del texto se hable del mundo anarquista.

Economía Libertaria A hora, durante y tras la Revolución Social es necesario ponerse en marcha para o rg a n iza r la producción, el reparto y el consumo de bienes y servicios. N o porque sigamos estando influidos p o r la sociedad capitalista, sino porque es ne­ cesario que toda la población tenga para alimentarse, y sabemos que sólo se destruye lo que se sustituye. Por lo cual hemos de o rg a n iz a r esa producción de acuerdo con las características que conlleva la Idea. En ese sentido el sistema e legido será el de la economía autogestionaria. Una econom ía libertaria sólo puede ser autogestionaria, pues la autogestión no es más que la o rganización de los medios de producción (fábricas, talleres, oficinas, etc.) de form a estrictamente h orizontal (llevada a ca b o p o r los propios interesados), de manera que las decisiones manen de a b a jo hacia a rrib a y que la fin a lid a d de la producción sea satisfacer las necesidades de toda la sociedad en su conjunto, y no las de los dueños de esos medios de producción, pues habrán d e ja d o de existir com o tales. Los sindicatos, ateneos, comunas, colectividades, consejos, o cualquiera de los organismos que designan a una asam blea de personas libres, organizan la producción partiendo del individuo que se asocia con sus iguales en el ám bito territorial (el barrio, el pueblo, la com una...) y en el ám bito de la producción (cooperativas, colectividades, federaciones y confederaciones industriales, agrí­ colas y de servicios). Las personas recuperan las riquezas, los conocimientos y la responsabilidad, que estaban en manos de los capitalistas, y las ponen en manos del pueblo insurrecto. Sus representantes son meros gestores revocables, sin poder de coacción. El Poder es elim inado. En su lugar se establece la administración común de las cosas, según la com petencia y c a p a cid a d que tenga cada cual en diferentes situaciones. La producción se dirige no a acum ular beneficios, no a am ontonar riqueza particular, sino a cubrir y satisfacer necesidades colectivas. C ada cual recibe lo que precisa. Las fábricas, talleres, minas y obras son seguras, limpias, bien venti­ ladas. A nadie le im porta tra b a ja r en estas condiciones. Una reconversión laboral gigantesca elimina multitud de empleos inútiles, dañinos, improductivos y parasi­ tarios. Esto hace que sólo queden trabajos productivos, que además se reparten

entre todas las personas que pueden tra b a ja r de form a que las jornadas quedan reducidas al mínimo, a pesar de lo cual se produce en abundancia como para alim entar a todo el mundo (esto ya ocurre hoy en día pero la riqueza se distribuye de manera injusta). N o se pagan más salarios ni se usa el dinero. Se emplean formas de relaciones económ icas solidarias y amistosas. N o se comercia, sino que se intercam bia de form a equitativa; no se compite sino que se coopera. Das porque sabes que recibirás, y recibes porque sabes que das. Por lo tanto, no hay M e rc a d o C apitalista, sino producción, intercam bio y bienestar para todos. Los avances técnicos con los que ya hoy contamos pueden favorecer estos cambios, pero además, en un contexto tan saludable para la libertad com o el descrito, es fácil pensar que se puede a vanzar más en esa línea. ¿Qué no será po­ sible cuando la población defina cuáles son sus intereses, y la investigación vaya destinada a satisfacer necesidades, a p ro d u c ir bienestar, y no a aum entar los beneficios de los plutócratas, el sueldo de los ejecutivos o el p o d e r de los Estados y de las burocracias em presariales y comunistas de Estado? Una investigación de­ dica da a m ejorar nuestras vidas o a hacer el tra b a jo más placentero ofrece unas posibilidades amplísimas para nuestro deleite. D iv e r s id a d d e o p c i o n e s e c o n ó m i c a s l ib e r t a r ia s

Dentro del anarquism o existen diferentes corrientes que defienden mas distintas de o rg a n iz a r la

for­

producción: mutualismo, colectivismo, comu­

nismo, cooperativism o, individualism o..., y vamos a h a b lar de todas ellas. Pero esa diversidad no es un problem a cuando todas las decisiones se toman en asam blea y hay libertad. M ás bien al contrario: cuantas más opciones me­ jo r para que todo el mundo pueda e le g ir y así, p o r m edio de la experim en­ tación, podam os ver qué m odo es más eficaz y satisfactorio desde nuestro pro pio punto de vista, pues nadie decide ya por nosotros. Siguiendo estas ideas los anarquistas reunidos en su congreso de C arrara del 3 0 de agosto al 8 de septiembre de 1968, lúcidamente afirm aron en su moción sobre «La organización de la econom ía en una sociedad anarquista, o durante la etapa de transición revolucionaria hacia la anarquía: ...Por las mismas razones nuestra concepción del socialismo integral, del socialismo ácrata es am plia y no exhaustiva, ni unilateral ni uniforme en sus posibilidades y m odalidades de a p lica ­

ción práctica. Y si nuestras preferencias van hacia el comunismo lib e rta rio , como régimen económico a b ie rto y perfectible no rechazamos sistemáticamente, a p arte las burguesas y autoritarias, otras m odalidades de organización social, ya sean de tipo mutualista, colectivista, cooperativista, etc., siempre que de ellas quede exclui­ da toda raíz de explotación del hombre p o r el hombre. La lib e rta d de experimenta­ ción de m odalidades económicas las más justas y adecuadas p a ra d a r satisfacción a las necesidades humanas y asegurar a l hombre el máximo de lib e rta d y el m ayor bienestar, deberán tener vía a b ie rta en la sociedad an-arquista, tratando, natural­ mente, de que marchen de común concierto con la convivencia del conjunto y del sistema general cim entado en la asociación federativa de los productores libres y de consumidores solidarios. La experimentación y coexistencia de m odalidades de tipo socializador, mutualistas, colectivistas, comunistas libertarias, cooperativistas (no com ercializadas), etc., a la escala local, comarcal, regional o nacional, puede ser posible, dentro del sistema libertario, salvaguardado el p rin cip io anárquico esencialmente antiautoritario, fundam entalmente autónom o y federalista. Y máxi­ me si se entiende, como es lógico libertariam ente, que la evolución humana y la de las formas sociales no se estanca y que ninguna estructura económica p o d ría considerarse definitiva e inmutable. C re a r siempre más libertad, más bienestar, más abundancia de todo, m ayor perfección, y las más óptimas condiciones p a ra el pleno desarrollo del individuo, del grupo social, del conjunto humano, tal debe ser la orientación y el fin de la sociedad anarquista, de la organización social y económica libertaria». E c o n o m í a del d o n

Puedes pensar que esto es un cuento de hadas, puedes preguntarte si al no haber un cálculo entre lo que se da y lo que se recibe, no habrá abusos o desequilibrios y estallará la escasez. Y desde ya te d ig o que no. Piensa que buena parte de la econom ía mundial (y de tu propia vida) descan­ sa en el principio de d a r sin esperar inmediatamente nada a cambio, o sin g a ran­ tías de co b ra r alg o p o r lo dado, p o r ejem plo en las relaciones que se dan entre padres e hijos, los regalos, favores a amigos, el am or entre personas... Piensa en las donaciones de sangre y de órganos, en la hospitalidad con desconocidos, en la ayuda voluntaria a fam ilias menos favorecidas, en los trabajos comunitarios no

remunerados, en las tareas domésticas de las mujeres que se hacen sin co b ra r un sueldo... M uchas manifestaciones de la economía no monetaria en la actualidad están en recesión debido a la fuerte influencia del capitalismo. Pero elim inado éste y el incentivo del lucro y la codicia, la confianza y la ayuda mutua se convierten en la norma general. Los antropólogos describen este circuito económ ico en términos de Economía del Don: dar, recibir y devolver. Eso crea unos vínculos muy fuertes entre individuos y comunidades, más allá de lo que pueda im poner una ley o un policía. P o s i b il i d a d d e l a o r g a n i z a c i ó n

Y

e c o n ó m ic a a u t o g e s t io n a r ia

aún así puedes seguir creyendo que será im posible que toda la economía

pase de un día para otro a llevarse a ca b o en estos términos de intercam bio que no establece el momento de restitución del don. Tal vez insistas en que eso puede hacerse entre tres o cuatro colegas, o en un pueblito muy pequeño, o en que lle­ varía a una econom ía de subsistencia y pobreza. Es norm al que todo esto que lees te resulte extraño, porque uno de los efectos que tiene el adoctrinam iento a que se te somete es el cerrarte la im aginación a cualquier otra opción alternativa al capitalism o. Y p o r eso vo y a intentar ponértelo más claro proponiéndote como ejemplo qué fue lo que hicieron los anarquistas en economía colectivista, a p lica d a a millones de personas, cuando tuvieron la o p o r­ tunidad revolucionaria de llevar a ca b o sus ideas. Pero antes vamos a refrescar de nuevo las ideas sobre lo que es e im plica la econom ía capitalista y así com pararla con una propuesta anarquista. M e r c a d o c a p it a l is t a c o n t r a i n t e r c a m b i o l ib e r t a r io

Tienes que tener en cuenta que lo que ahora se llama mercado no es más que un sistema regulado en el que entran unos estímulos (dem anda de objetos, recur­ sos, servicios...) que producen una respuesta (producción, distribución, intercam­ bio, consumo), y así sucesivamente. Este flujo de energía es una actividad real que existe en cualquier m odo de producción, ya sea forrajero, campesino, esclavista, feudal, capitalista de Estado o de empresa privada, y seguirá existiendo en la so­ ciedad libertaria con reglas diferentes a las actuales. Puedes llam arlo intercam bio liberta rio, economía anarquista o de otra form a que se te ocurra, pero se reduce a producir cosas que la gente necesita y a distribuirlas.

En la actualidad a ese flujo se le llama M e rca d o y está intervenido por la acción del Estado y de diversos m onopolios que hacen que funcione de una manera determ inada. Porque has de tener en cuenta que dependiendo de las condiciones que le im pongas a esos intercambios, funcionarán de un m odo o de otro. Si les impones valores com o el lucro y el enriquecim iento privado, conseguirás com petitividad,

lucha, depredación,

ruina

de muchos

y enriquecim iento de unos pocos poderosos. Si planteas com o objetivo sa­ tisfacción de necesidades colectivas y bienestar para todos tendrás co o p e ra ­ ción, inter-cambio e intereses comunes. Por eso las leyes económ icas no son más que tendencias de actuación que se dan en un momento concreto de la historia. Si recuerdas, cuando hablam os del capitalism o vimos que necesitaba (en resu­ men) de trabajadores asalariados a los que trataba como mercancías. N ecesita­ ba parados para mantener bajos los salarios (teniendo de este m odo una fuerza de tra b a jo inutilizada). N ecesitaba escasez para que los precios estuviesen altos, no dudando en destruir mercancías lle g a d o el caso. N ecesitaba que los tra b a ja ­ dores no tuviesen medios de producción y cam bio. En la a ctualidad el capitalism o emplea para determ inar los precios dinero carente de respaldo material (oro, mer­ cancías) para po d e r emitir el Estado todo el que le convenga a los capitalistas. En el capitalism o privado al com petir las empresas entre ellas se form an monopolios, cárteles, trusts, holdings y multinacionales que imponen la dictadura económ ica sobre trabajadores y sobre consumidores, y el colonialismo económico sobre los países más pobres. El consum idor a través de la p ro p a g a n d a es im pulsado a tra b a ja r más y más para ad q u irir aquellos productos que convienen al empresario. El consumo se convierte en la dom inación del hombre b ajo el interés del m o n o p o lio : sólo se pro­ duce aquello que proporciona dinero a los ricos, y aunque a veces la mercancía pueda responder a necesidades reales de los pobres, siempre te lo dan más caro de lo que realmente vale, ya que el objetivo es el lucro y tú lo tienes que p a g a r al empresario, que siempre tiene tendencia a encarecer el precio. En otros casos la industria de creación de necesidades, te procura convencer para que adquieras objetos que sin pu blicidad no comprarías. Así que el capitalism o te reduce a la

condición de consumidor, y afirm a que tu actividad electiva fund-amental es la com pra de mercancías... ¿Es esto satisfactorio para ti? Piensa que cuando una persona manifiesta que es a lg o ante las demás personas m ediante la posesión de un coche grande, de un móvil caro o de ropa de marca, en cierto m odo deja de ser un sujeto d o ta d o de conciencia y de personalidad propia, para convertirse en el coche, el móvil y la marca: has sido alienad o económicamente, tanto como pue­ de serlo un incauto en manos de una secta religiosa para la que se ve o b lig a d o a trabajar. M erced a ello eres desposeído, explotado, reducido a la condición de tra b a ja d o r productor de plusvalía de la que se adueña el patrón y el Estado en el capitalism o de gestión privada, o el burócrata en el capitalism o de Estado comunista. Siempre en el capitalism o una m inoritaria casta de poseedores improducti-vos y avariciosos, se a p ropian de la riqueza social y la d ila p id a n en unos casos, en otros la contienen, en otros la destruyen mediante la com petencia. Ello lleva a este sistema al endeudam iento, a las crisis periódicas, a procesos de inflación y deflación, y a una carrera en pos del crecimiento sin límites que más pronto que tarde culm inará en un monumental y terrible batacazo mundial. LOS ECONOMISTAS DOCTRINARIOS Y SUS PROGRAMAS

¿Y qué dicen los sabios economistas de la economía? Los economistas comunistas autoritarios propugnan un C apitalism o de Estado, en el que una burocracia de tecnócratas dirija la econom ía en base a la raciona­ lidad científica y a la planificación centralizada. Convierten así el supuesto saber en p oder indiscutible. De esta manera, unos cuantos millares de dirigentes dom i­ nan a millones de trabajadores a los que dan órdenes que han de obedecer. El Estado en la práctica actúa como patrón único, emplea a toda la p oblación, y se adueña del excedente im poniendo los precios de los productos y de los salarios. C om pra barato a los campesinos y obreros y les vende caros los productos manu­ facturados estableciendo una relación colonial entre la ciudad y el cam po, entre el obrero y el Estado. Con el excedente la burocracia comunista financia sus industrias de arm amen­ to y los privilegios de sus tecnócratas y cuadros superiores (directores, asesores,

responsables, miembros del partido, informantes, suplentes y vocales im producti­ vos) que cobraban en la URSS salarios entre cinco y treinta veces más altos que los del pueblo llano. Ello conduce a la subproducción, a que los trabajadores se desinteresen por sus tareas y no produzcan, a que no inviertan en m ejorar las empresas que quedan obsoletas. Sin contar con que un p la n ific a d o r omnisciente, que conozca en cada momento los flujos económ icos y sepa regularlos según el Plan Q uinquenal determ inando los precios de un millón de productos, sería un personaje similar a Dios. Por ponerlo en cifras, en la d écada de los setenta cuatro millones de agricultores norteam ericanos producían el do b le de cantidad de cereales panificables y forrajeros que treinta y dos millones de agricultores soviéticos en la misma superficie cultivada (2 3 0 millones de hectáreas de A m érica del N orte y C anadá contra 2 2 5 millones de hectáreas de la URSS). Esto o b lig a b a anualm ente a la URSS a im p o rta r del o d ia d o enem igo yankee de veinte a treinta millones de toneladas de grano. Los defectos de la Economía Planificada y C entralizada de los comunistas au­ toritarios, con sus crisis de subproducción, largas colas, escasez de productos, e inversión masiva en armamentos condujeron a economistas marxistas com o Liberman a proponer en 1965 que los directores de las empresas estatales fuesen res­ ponsables de la contratación de la mano de obra, del salario de sus trabajadores, del mejoramiento de sus viviendas, que tuviesen c a p a cid a d para re a liza r pedidos a otras empresas fuera del g o splan (el plan de econom ía del Estado), y que los excedentes de las empresas (fuera de los exigidos por el Estado) pudieran ser reinvertidos de manera autónom a p o r ellos, cosa que intentaron llevar a ca b o los reformistas de G o rb a ch o v en los años ochenta (a plicar m edidas de capitalism o de mercado), sólo que antes se les hundió la URSS y todavía se andan preguntando los sabios qué les pasó. Los keynesianos de occidente a su v e z son tam bién p a rtid a rio s de una eco ­ nomía d irig id a , pero con ca p ita lism o p riva d o . El Estado debe em itir m oneda insolvente para ca le n ta r la econom ía a costa de la inflación m onetaria y de e levar el déficit presupuestario. También deb e salvar sectores en crisis (bancos arru inad os, empresas en q u ie bra ) p a ra levantar la c o n fia n za de los inversores, b a ja r la tasa de interés para estim ular la inversión, a com eter obras públicas...

Y perm itir que los em presarios se a p ro p ie n de la plusvalía g e n e ra d a p o r los tra b a ja d o re s. En este sentido otros economistas de la escuela de G albraith sostienen que hay que fortalecer al Estado para que regule la dem anda y ello con el concurso de los tecnócratas y economistas capitalistas que p o r encima del pueblo determinan en qué sentido ha de ir la econom ía. En definitiva, la propuesta culmina en un despo­ tismo tecnocrático y en la dictadura económ ica que hoy día soportamos, y desde esta posición totalitaria el anarquismo económico es a lg o inconcebible. En oposición am able a los intervencionistas de derechas y de izquierdas están los llam ados neoliberales derechistas como M ilton Friedman. Para ellos el Estado no ha de meter las narices en los asuntos económicos, y ha de quedar como un mero garante del cumplimiento de los contratos. Todo ha de ser privatizado, de­ jando que la competencia mercantil entre empresarios y el m ercado libre regule la economía. Para Friedman las subidas de impuestos, los gastos sociales en pensio­ nes, sanidad, enseñanza y desempleo, la emisión de moneda inflacionaria, el au­ mento del déficit..., son medidas contraproducentes ya que financian aberraciones económicas y despilfarran recursos que podrían gestionar empresarios privados g anando dinero. Estos neoliberales son también dirigistas al im poner unas reglas económicas concretas que bajo la bandera de la Ciencia, lo que hacen es ocultar los intereses de unas clases parásitas, de unos usurpadores de riqueza colectiva sin d a r a los trabajadores vo z ni p o der de decisión en la gestión de la economía más que como consumidores. Llaman así Ciencia a lo que no es más que el interés parti­ cular de los ricos y de los lacayos que mantienen en la cadena de mando (directo­ res, subdirectores, gerentes, secretarios, vicesecretarios, técnicos de gestión...). Los más ultraliberales com o Friedrich H ayek postulan la vuelta a un capitalism o salvaje pro pio del siglo XIX, ob via nd o que en esa época tam poco estuvieron las sociedades a salvo ni del paro, ni de las crisis, ni de las guerras, ni de los levan­ tamientos sociales producto de la desesperación y la pobreza. Junto con él en la m inoritaria Escuela Austríaca de Economía se encuentra Ludwig Von Mises, un p a rtid a rio de la no intervención del Estado que hizo la crítica a la planificación centralizada soviética al afirm ar que a ningún factor de producción que quede fuera del libre intercam bio económ ico y de la comp-etencia se le podrá determ inar

su va lo r m onetario. El dinero nunca podrá desem peñar en un Estado socialista la función que cumple en una sociedad id eal capitalista (tan inexistente como ideal) en la que la com petencia pone los precios, y el cálculo económ ico racional será im posible en el comunismo. Por eso dice que en los Estados comunistas la pro­ ducción no es d irig id a en base a la econom ía, sino en base a consideraciones políticas que conducen a la ruina económ ica. Lo que ocurre es que Mises no toma en consideración la posibilidad de una econom ía de planificación descentraliza­ da, de libre concurrencia de productos, de cálculo objetivo en base al tra b a jo y de excedente gestionado directam ente p o r el p ro d u c to r tal como proponen los anarquistas. Por otro lado, afia n za n d o a los anteriores pro-capitalistas, están los economis­ tas llam ados marginalistas. Los economistas clásicos com o A dam Smith, Ricardo y otros definieron al tra b a jo como m edida del valor. Pero a m edida que el capita­ lismo se desarrollaba surgieron otros economistas críticos como Proudhon, como M a rx y otros que señalaron que de ser así, el pro p ie ta rio ro b a b a a los tra b a ja d o ­ res pagándoles menos de lo producido. Para contradecir esta idea y para justifi­ car éticamente al capitalism o, los marginalistas afirman desde un punto de vista psicológico que no es el tra b a jo el que crea la riqueza, que no guarda el v a lo r de un objeto relación con el tra b a jo necesario para conseguirlo. Ellos dicen que el va lo r lo otorga el deseo, la u tilid a d subjetiva. Por ejem plo, el agua en el desierto para un viajero sediento es de m ayor va lo r que el oro dada su escasez y su necesidad para la vida. Pero olvidan los economistas que lo que hace abundante a un producto es que cueste poco tra b a jo obtenerlo de la N a ­ turaleza, com o ocurre con el aire. Si mediante canales, conducciones y pozos se llevase agua a través del Sáhara, el agua escasa se haría abundante gracias al tra b a jo realiza do p o r los obreros, y a las tareas secundarias de mantenimiento, y objetivam ente el tra b a jo sería la m edida de su valor. O dicho de otra manera: por mucho que desees una cosa, no va a a p a re ce r ante ti si no tra-bajas. Así que el m arginalism o es una enorme paja mental de los señores doctores. Subjetivamente tú puedes estar dispuesto a m orir p o r tu colección de teteras, pero si se le quiere d a r un va lo r objetivo a a lg o con algún tipo de criterio racional, el tra b a jo parece una buena manera de m edirlo en bastantes ocasiones.

En definitiva, todos estos economistas y muchos más que no voy a mencio­ nar, son conscientes de que en m ayor o menor m edida el Estado es necesario para que el capitalism o sobreviva. El capitalism o, sin la regulación e intervención del Estado, sería la guerra de corporaciones, de trusts, de m onopolios por la supremacía económ ica y finalmente la econom ía sería d irig id a p o r los grupos em presariales más poderosos, por mafias y piratas emergentes que destruirían toda com petencia. Todos estos economistas son vanguardistas y autoritarios, pues de una o de otra manera afirm an que un grupo de vanguardia (funcionarios del partido, eco­ nomistas, doctores, técnicos, gestores, burocracias empresariales, empresarios or­ g anizados de form a piram idal) ha de d irig ir la econom ía de manera dictatorial y quedarse con los beneficios que proporcionan los trabajadores para hacer con ellos lo que quieran. Y afirm an que ese atraco es conocimiento científico. Sea en nombre del bien común, de p re m ia r a los em prendedores de más talento o de cualquier idea de ese tipo, el pueblo tiene que tra b a ja r y entregar su exceso de producción a un directivo, a un m andatario, a un dirigente, a un jefe, igual que antiguamente se entregaba a un faraón, a un cura o a un conde. Las enormes empresas tienen así una casta infame de tecnoburócratas que ordenan el mundo de acuerdo con sus intereses y al pueblo sumiso y com placiente le queda el papel de horm iga. En una econom ía de ese tipo se premia al obrero sumiso que acata las órde­ nes perm itiéndole la supervivencia y objetos de consumo, y se castiga al obrero em prendedor, exigente, reivindicativo con el despido, el exilio de la em igración y la ruina económ ica si controlan la situación..., o con palizas, chantajes, multas, cárcel y ejecuciones si se les em pieza a ir el negocio de las manos. Un sistema de premios y castigos de esa especie solo puede convertir a la población en im béci­ les, conformistas, cobardes pasivos y vagos. A la vista está. A todos economistas burgueses y comunistas estatistas, a la tecnoburocracia em presarial y estatal, al g rupo de parásitos les planteáis una econom ía de tipo libertario, con individuos asociados de manera federativa y autogestionaria que administran el producto de su trabajo, y ni la toman en cuenta. La consideran im­ posible (aunque se haya llevado a la práctica). Para ellos una econom ía libertaria

sería nefasta al no poderles extraer la plusvalía a los trabajadores: no podrían mantener sus altos ingresos, su prestigio asociado de sabios científicos y su tren a lo ca d o de vida lleno de congresos, hoteles, viajes, conferencias, p o d e r y dinero. Por ello ponen todo su empeño y conocim iento en afirm ar que una economía libertaria estaría condenada a la miseria, a la mera subsistencia y al colapso eco­ nómico. Entonces, a ver, ¿en qué consiste esa econom ía libertaria? La e c o n o m í a a l s e r v ic io d e l in d iv id u o y n o EL INDIVIDUO AL SERVICIO DE LA ECONOM ÍA

C om o ya os mencioné, vamos a h a b lar en este capítulo principalm ente del colectivismo p o r haberse llevado a la práctica en varias ocasiones. La economía libertaria colectivista pone al individuo soberano como punto de partida de los procesos de intercam bio, producción, distribución y consumo. El individuo se or­ ganiza con sus iguales en empresas de p ro p ie d a d social que gestiona de manera directa y solidaria, sin necesidad de tecnócratas, especialistas, economistas, buró­ cratas marxistas o directivos parasitarios. H ay un cam bio de valores en los que se rechaza el lucro individual com o m otor de la econom ía. Por eso en los momentos en que los anarquistas han llevado a ca b o experimentos reales de producción que han afectado a cientos de miles de personas, las llam adas leyes del mercado capitalista han deja do de funcionar. D esgraciadam ente estas experiencias han sido destruidas en guerras en las que fuimos derrotados, pero muestran que esas personas pobres y humildes en dinero, pero ricas en ideas e iniciativa, personas valientes que los académ icos y graduados llaman ignorantes, son capaces de resolver sus problem as sin necesidad de com plicadas fórmulas matemáticas (que al final no hacen más que equivocarse), em pleando sólo la razón y el sentido común. La f ó r m u l a de la e c o n o m í a c o le c t iv iz a d a Es muy simple. Parte del hecho de que un tra b a ja d o r siempre produce más de lo que es ca paz de consumir, y ese sobrante sería un excedente. Esta fórmula afirm a que el excedente de una empresa es lo que queda de re s ta ra los ingresos los costos. A sí de simple. En la colectividad de Xátiva (4 0 8 carnés de colectivistas) durante la guerra civil española, el com pañero adm inistrador reflejó de esta ma­ nera la gestión económ ica del año de 1 9 3 7 traducida a pesetas.

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R e n d im ie n t o

p o r h e c tá re a de n a r a n ja l

R e n d im ie n t o

p o r h e c tá re a de a r r o z a l

R e n d im ie n t o

p o r h e c tá re a de r e g a d ío

R e n d im ie n t o

p o r h e c tá re a de s e c a n o

1 .0 2 0 .0 0 0 ... 2 5 2 .0 0 0 1 .6 8 0 .0 0 0 ... 3 0 0 .0 0 0 3 .2 5 2 .0 0 0 1 .1 9 9 .2 4 7 .2 .0 5 2 .7 5 2 3 .0 0 0

PESETAS. PESETAS. PESETAS. PESETAS. p e s e ta s . PESETAS. p e s e ta s PESETAS.

....3 5 0 6 .0 0 0

PESETAS.

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PESETAS.

PESETAS.

Con esta sencilla adm inistración, quedó dem ostrado el enorme excedente eco­ nómico que produce una gestión colectiva de la producción, de tal manera que los colectivistas quedaron dueños del producto de su trabajo, sin tener que p a g a r arrendam ientos, tributos, intereses, precios añadidos, comisiones y plusvalías a los burócratas estatales, señoritos, banqueros, interm ediarios, listillos, sátrapas, man­ darines y caciques. El ahorro fue enorme porque nadie más que ellos se a p ro p ió de la plusvalía. Supieron además qué era lo más rentable a la hora de producir. Con ese excedente se permitieron hacer obras de regadío, mejoras en las tierras, inversiones en m aquinaria m oderna, educación y sanidad, com pra de mue­ bles (en la cooperativa de la madera) para todas las parejas de recién casados, abonarles el precio de los alquileres, pagos de operaciones, partos, dentista, g a ­ fas, financiación de viajes, cobertura a las viudas huérfanos y ancianos. Y aparte contribuyeron al esfuerzo de guerra con soldados y alimentos. Y

todo eso lo supieron hacer sin necesidad de expertos y sin que se les viniese

el mundo abajo. Ellos trabajaron, ellos produjeron y ellos decidieron: esa es la idea de la economía libertaria. Vivieron mucho mejor de lo que habían vivido nunca. N o hubo comisarios, ni dirigentes, ni centros planificadores marxistas llenos de obtusos burócratas improductivos dando órdenes y fijando precios. N o llegaron camiones de las ciudades con soldados republicanos a requisar alimentos o a comprarlos por nada. N a die les ordenó plantar más trigo y menos arroz. Hicieron lo que quisieron, y lo que quisieron benefició a todo el mundo, porque la libertad es lo más grande, ser autónom o e independiente es lo que garantiza la prosperidad y la abundancia.

Y esto mismo pasó en cientos de poblaciones de Levante, de Cataluña, de Castilla, de Extremadura, Andalucía, País Vasco... Demostraron así lo que ya sabéis: que hay una enorme riqueza que se os está quitando de la boca, y que los trabajadores no necesitan que nadie les dé órdenes para producir bienestar. El

excedente en

la a c t u a l id a d

Yendo al día de hoy, si se observan las cuentas de las grandes empresas es­ pañolas, las que se agrupan en el Ibex 3 5 y en el Ibex M édium C ap y en las que trabajan en torno a un millón y medio de trabajadores, ganaron en 2 0 0 8 —el año de la crisis económ ica—, la cantidad

de 5 7 .9 9 4 millones de euros oficialmente

(sin echar un vistazo a la co n ta b ilid a d real), de los que transfirieron al Estado 1 4 .9 2 6 millones de euros en impuestos. Esto fue pu b lica d o en m arzo de 2 0 0 9 . Es decir, que cada tra b a ja d o r produjo de media aproxim adam ente a esas empresas un excedente de unos 3 9 .0 0 0 euros p o r año que no cobró ni pudo gestionar. Y eso ocurrió a pesar de la crisis, a pesar de los impuestos indirectos que se pagan al Estado con cada operación de com pra venta, a pesar de los sueldos m ultimillonarios que se tragan los vientres siempre insatisfechos de los ejecutivos m ediante el reparto de bonos, planes de pensiones, seguros, acciones, premios extraordinarios, finiquitos de lujo... Los d ie z ejecutivos m ejor pagados de grandes empresas españolas (Iberdrola, BBVA, Santander, Banesto, Endesa, Repsol YPF, Telefónica, Telecinco y Unión Fenosa), ganaron en diversos maletines una cifra de 2 9 0 millones de euros, tanto com o veinte mil trabajadores mileuristas. Todo esto visto muy por encima lo único que demuestra es la enorme productividad que tiene el tra b a jo hoy día, y que la colectivización de llevarse a ca b o pondría en manos de los trabajadores una fortuna como nunca han soñado. ¿ C ó m o se e f e c t ú a n l a s r e t r ib u c io n e s e n u n p r i n c ip i o ?

En la econom ía libertaria colectivizada, cada cual es retribuido de manera equitativa e igualitaria. Las diferencias de ingresos entre un peón y un maestro en una sociedad anarquista son muy escasas, porque se pretende elim inar la di­ ferencia entre trab a jo manual y tra b a jo intelectual. La colectivización española demostró que puede haber remuneración ig u a lita ria sin que baje la productividad ni falte la iniciativa individual. Los economistas burgueses y comunistas autorita­ rios afirman que ha de haber grandes diferencias salariales para que los mejores

trabajadores (ingenieros, académ icos, técnicos de g ra d o superior) se esfuercen en pos del lucro individual. Pero los libertarios afirman que lo que desaliena al tra baja dor, es que le pertenezca el producto del trabajo, que pueda gestionar el excedente económ ico colectivo, que es lo que le hace realmente rico. Es evidente que una persona no puede obtener el mismo resultado actuando en solitario que si aúna esfuerzos con muchas más. Siendo el esfuerzo com unita­ rio, y ya que el producto procede de ese esfuerzo, la retribución ha de ser también colectiva. N o sucede igual en el capitalism o, que produce con fuerzas colectivas pero da un salario individual siempre inferior a lo que ha lo g ra d o el tra b a ja d o r con sus com pañeros. En los casos libertarios que os estoy m encionando de 1 9 3 6 -1 9 3 9 , los colecti­ vistas recibían un ingreso en M o n e d a H ora de Trabajo que entraba en el capítulo de gastos de la colectividad. La Hora Trabajo se cuantificaba en base a lo pro­ ducido en la colectividad y se entregaba al productor para su gestión personal. Este ingreso podía ser individual, y otras veces ser fam iliar, dándose una cantidad superior a una fam ilia de siete miembros que a una de cuatro. Este ingreso se hacía con la emisión local de vales y bonos que eran apuntados a la ca rtilla de p ro d u cto r y que tenían v a lid e z en el ám bito local de la colectividad. C om o no se había conseguido el paso a la anarquía y seguía existiendo el Estado, las colec­ tividades suministraban moneda capitalista a las personas que querían v ia ja r o establecerse en otra parte para que realizaran sus transacciones. Todo ello fue siempre voluntario. Y funcionaba tan bien que hasta los antiguos empresarios ca­ pitalistas se apuntaban a la colectividad. H ubo muchas variantes. N o fue hom ogéneo porque en cada lo ca lid a d daban una solución a sus necesidades y no dio tiem po a buscar una fórmula unitaria. Por ejem plo, la C olectividad Libertaria de A lcorisa pro p o rcio n a b a una cartilla fa m ilia r la b o ra l en la que se inscribían los puntos de los productores según sus Hora-Trabajo (valoradas según la cantidad de productos colectivos), y que funcionaba de manera similar a las actuales tarjetas de crédito, pero sin fin a n ciar a un banco usurero. Así, dependiendo de tus gustos, podías ir a los almacenes colectivos y retirar productos valorados también en puntos equivalentes. C uando la actividad económ ica local no conseguía todos los productos que les dem andaban sus miem­

bros, procedía a través de su Consejo Económico a llevar a ca b o un intercam bio equitativo con otras colectividades a las que estaban federados para cubrir la dem anda no satisfecha. Si el colectivista necesitaba a lg o de lo que no disponía la colectividad, lo encargaba al adm inistrador, que era un tra b a ja d o r más. Estos vales y bonos de uso local y sello sindical, no eran a cumulables. Eran un simple ingreso destinado a satisfacer las necesidades del colectivista que mostra­ ba con su tarjeta que era un individuo productivo. La riqueza real se encontraba en el excedente, ahí estaba también la retribución, y al no haber nadie que pu­ diera acum ular dinero con el que p o d e r e xp lo ta r a los demás, todo el excedente era destinado de manera racional y colectiva a m ejorar los servicios sanitarios y transportes, a asegurar el consumo, a tener reservas, a invertir y m ejorar la productividad mediante la m ecanización y equipos técnicos, a crear bancos de semillas, a cualificar e instruir y a p ro p o rcio n a r bienestar... De esta manera la pro­ ductividad de la Hora-Trabajo aum entaba de manera lineal. Y todo ello hubiera llevado a una gran disminución de la jornada de tra b a jo de haber dura d o la expe­ riencia. A m ayor productividad p o r Hora-Trabajo en la sociedad libertaria, menos necesidad de tra b a ja r y menos precio tienen las cosas (abundan más con menos esfuerzo). En cam bio en la sociedad capitalista aunque aumente la productividad, eso no se traduce en una disminución proporcional de los precios y en un reparto del trabajo, sino que se traduce en despidos, en paro y en crecimiento de sectores im productivos parasitarios. M ira n d o al día de hoy, una retribución igualitaria, en manos de personas due­ ñas de la riqueza que producen en empresas autogestionadas, evitaría la locura de los directivos capitalistas que se mueven en función de objetivos que planifi­ can los presidentes y consejos de adm inistración de las empresas. Para cubrir su objetivo (y co b ra r así su prem io extraordinario y su bono de productividad), se ha visto com o el origen de la crisis de 2 0 0 8 se encuentra (entre otros muchos factores) en la actividad especulativa de estos tiburones, que se lanzaron a reali­ z a r operaciones económ icas carentes de base que aca-baron con un desastre de nivel planetario: elevaron el precio de la vivienda en España entre 1 9 9 7 y 2 0 0 7 un 118%, y en octubre de 2 0 0 8 , arrastrados p o r una lejana y misteriosa tormen­ ta financiera (manera piadosa de decir que no tenían ni idea de cóm o estaban

perdiendo billones de dólares) que se producía en EE.UU., el mundo capitalista entraba en crisis supuestamente porque unos miles de personas indeterm inadas a miles de kilómetros no podían hacer frente al p a g o de unas hipotecas denom ina­ das basura. Ignorantes, imbéciles y mentirosos hasta el final, los ricachones, los académ icos y sabios que habían afirm ado que no habría crisis en mayo, los que decían que los mecanismos del M e rc a d o C apitalista y la com petencia se basta­ ban para solucionarlo todo, en octubre de 2 0 0 8 pedían la intervención de sus Estados y tiraban po r la borda sus discursos liberales y pedían el salvamento de los ricos y grandes clientes que de un día para otro perdían grandes porcentajes de beneficios... Un lío impresionante que no lo entiende ni el que lo ha creado, en el que los principales perjudicados son los trabajadores, que reciben un ataque id e o ló g ico sin cuartel en el que se les dice que perderán sus pensiones, que han de sacrificarse, desbaratar la seguridad social, a ce p ta r el despido libre y demás recetas reaccionarias p o r el bien común que es como se llama en política a la prosperidad de los empresarios. N a d a de eso sería posible en una econom ía autogestionaria. Eliminada la prop ied ad privada y el lucro, la retribución igualitaria m ediante un ingreso en horas de tra b a jo (m edida colectivista) permitiría un incremento g e n e ra liza d o de los sueldos de los trabajadores (al evitar también el salario im productivo), una mejora de su ca p a cid a d de consumo, una disminución de la jo rn a d a laboral, y ello poniendo además el excedente de su tra b a jo en manos de la colectividad autogestionada para determ inar de qué manera hacer el presupuesto de cara a investigar, m ejorar las instalaciones o crear servicios. La

e l im in a c ió n

d e la b u r o c r a c ia im p r o d u c t iv a e n

l a s o c i e d a d l ib e r t a r ia

En los Estados comunistas una casta burocrática im productiva se adueña de la plusvalía so pretexto de p la n ifica r la econom ía, y en las sociedades de C a p i­ talismo privado los patrones, directivos, economistas, y jefes hacen lo mismo. Por ello miles de cuadros técnicos y em presariales inflan sus sueldos y beneficios de manera increíble de d ican d o ese dinero a consumir mercancías de lujo, de manera que mil ricos pueden gastar tanto diariam ente como mil millones de pobres. En cam bio en la colectivización anarquista no hay burocracia, porque la plani­ ficación se realiza po r parte de todos y de manera descentralizada. Si se nombra

en las colectividades comités, cuadros técnicos, presidentes o delegados, esas per­ sonas siempre tienen que tra b a ja r en las tareas de su oficio, de d ican d o un tiempo a cum plir el m andato asam bleario sin d e ja r de ser p o r ello productivos. Por poner un ejem plo, la C olectividad Libertaria de Binéfar form ó un colectivo autogestionario de 32 pueblos con decenas de miles de habitantes: Balcarca, A lcam pel, Peralta de la Sal, A lg a yó n ... En 1 9 3 6 tom aron posesión pacífica de los medios de producción: tierras, fábricas del ramo del vestido, alim entación, construcción, ca lza d o y cuero, fundición, almacenes, transportes... Se comunalizó el tra b a jo y se crearon equipos de d ie z personas para o rg a n iza r el trabajo. C ada equipo nombró a un dele ga d o . Ese dele gad o , que tra b a ja b a también en el oficio, al ca bo del día hacía un parte resumido de la actividad llevada a cabo que pasaba a la Comisión de O ficio , que registraba las incidencias, altas y bajas y entradas y salidas. Los delegados hacían las operaciones económ icas de me­ nor cuantía, precisando para las de m ayor im porte del visto bueno de la Junta Económica integrada p o r representantes de todos los oficios. Para el intercam bio con otras colectividades o con empresas capitalistas había nom brada una A dm i­ nistración Comunal. N inguno de esos administradores tenía dedicación exclusiva y cada mañana estaba integrado en su equipo de trabajo, ya fuera podando, m oliendo, lavando ropa o poniendo ladrillos. Todos eran designados p o r asam­ bleas de trabajadores, podían ser destituidos en cualquier momento. Y también se emplearon para elegir a quienes debían de llevar a ca b o la coordinación de las colectividades el sorteo y la rotación. N a d ie podía perm anecer más de seis meses en un cargo y todos podían pasar por esos puestos. Los diferentes oficios estaban a su vez agrupados en una Federación Local y C om arcal. Se reunían en asam blea para d e cid ir las cuestiones propias del oficio y las que afectaban a toda la colectividad. De esta manera agruparon pequeños talleres en grandes centros, incrementaron la productividad al disminuir los gas­ tos de transporte y almacenam iento, fundaron almacenes específicos, crearon un Centro C om ercial de Intercambios que realizaba las compensaciones de uso de unos productos por otros sin abusos... Levantaron un hospital com arcal, un servicio médico, una casa cuna (m aternidad), casas del niño (guarderías)... Y todo ello sin necesidad de un solo político o gestor profesional. Y dentro de esta sociedad en

la que no había intelectuales ni proletarios porque todos eran sabios, en donde no había división entre cam po y ciudad, cuando llegaba la época de emergencia económ ica de la cosecha, todos los trabajadores sin im portar el oficio respondían a la tarea común y echaban mano a lo que hiciera falta, tra b a ja n d o mucho menos y produciendo mucho más que con patrones, manijeros, listeros y latigueros. N o había paro, tra b a ja r productivam ente era un derecho y un deber desde los quince a los sesenta años salvo causa m ayor o voluntad del jubilado, y eso fue un gran avance para personas que tra b a ja b a n desde los seis años hasta que morían. Se seguía el principio básico del colectivismo: no soportam os parásitos, curas, burócratas, directivos y jefes. Q uien no tra b a ja pudiendo trabajar, no come de la colectividad. La

é t ic a d e l a e c o n o m í a

l ib e r t a r ia

Conviene también intentar ver un poco quienes fueron aquellos héroes de la colectivización española de 1936: eran personas sobrias, frugales, valientes, con iniciativa, que tenían abundancia de ética, solidaridad, generosidad y altruismo, y que despreciaban el derroche económ ico de lo que se ha llam ado luego socie­ dad de consumo. Ellos y ellas tenían lo que llam aban m oral obrera. Y es im portan­ te saberlo porque el consumo en el sistema capitalista conduce a la dom inación del individuo, al desequilibrio, al despilfarro, a la miseria de unos y la degenera­ ción moral de otros, y a la d e gradación del planeta al que es c a p a z de destruir po r procedim ientos muy diversos: guerra, contam inación, crisis... Estos colectivistas querían progresar, querían vivir mejor, gestionar sus vidas y recibir el fruto de sus esfuerzos. Pero tam bién querían calidad, que era entendida como un producto útil, justo, rentable y bueno que no agotase los recursos finitos del ecosistema. Q uerían una econom ía de costos decrecientes integrada con el entorno. Ellos que­ rían recip ro cida d y equidad. N o querían aprovecharse de los demás colectivistas. Los revolucionarios anarquistas sabían distinguir entre el símbolo de la riqueza (el oro o el dinero), con la riqueza misma (bienes y servicios concretos). C onocían el mito de M idas, que al convertir todo lo que tocaba en oro destruyó la vida de sus semejantes y se puso en trance de morir. Por eso estos economistas p ro le ta ­ rios, estos obreros iletrados se negaban a recibir un salario. H abían d e ja d o de tra b a ja r para realizar tareas productivas, habían d e ja d o de ser trabajadores para

ser colectivistas. N o tenían un sueldo esquilm ado p o r un propietario. Ellos y ellas conseguían ingresos. S a l a r io c o n t r a in g r e s o

En el capitalism o el salario se pag a en dinero. Actualm ente el dinero es impre­ so po r el Banco Central, y tal vez ni lo veas porque es ya electrónico. En la actual crisis de 2 0 0 8 podéis co m p ro b ar que los Estados están poniendo en circulación todo el dinero que les da la gana: según la prensa cuatro billones de euros mun­ diales (que antes no existían) emitidos para afrontar la crisis en m arzo de 2 0 0 9 y un billón más del plan del G -2 0 anunciado en abril del mismo año. C antidades im aginarias fabulosas que se entregan a los bancos para que las presten a los empresarios. Dinero que se lanza creando un déficit público que no es más que una deuda terrible que te impone sobre tu tra b a jo futuro: un enorme e inmenso tributo sobre los trabajadores, ya que el Estado se cobrará esa deuda a través de los futuros impuestos que te extraerá, pues solo tu tra b a jo crea riqueza. El Estado y la empresa capitalista están así cubriendo su déficit con moneda im aginada que carece de solvencia. N o tiene ningún valor, sólo la respalda tu tra b a jo futuro de las próxim as décadas, y solo circula porque aún tienes confianza en ella. Y estas crisis y emisiones de dinero se seguirán produciendo hasta un más que posible colapso económ ico que no lo arregle más que una revolución social. V olviendo al ejem plo de la econom ía libertaria en 1936, los bonos impresos p o r las colectividades tenían el respaldo de los bienes y servicios que producía la colectividad. Esos bonos tenían un va lo r real, representaban tra b a jo productivo en función de lo obtenido m ediante la actividad colectiva, no perdían riqueza con la inflación. Así se veía que en la econom ía capitalista republicana que coexistía con la colectivizada, los precios se triplicaban entre julio de 193 6 y agosto de 193 7 mientras que los salarios sólo se duplicaban, con el consiguiente em pobrecim iento de los trabajadores. Podías com prar con pesetas republicanas, pero los precios estaban disparatados. En cam bio en las colectividades libertarias, los precios de los productos se mantenían estables y los bonos basados en la Hora-Trabajo y registrados en las tarjetas de productores mantenían su precio y lo m ejoraban. Y ello a pesar del sabotaje continuo que efectuaba el Estado contra esa economía a la que no podían robar. El Estado republicano y los comunistas autoritarios no

querían la colectivización, porque la plusvalía escapaba a su control. Resumien­ do, los bonos se consumían en el proceso de cam bio y tenían com o garantía el tra b a jo productivo de cada cual, que se concretaba en un producto real, ya fuese trigo, zanahorias, herraduras o muebles. Los bonos tenían su límite en que no eran acum ulables de manera individual ni podían transferirse a otras personas (para evitar que alguien pudiera hacerse rico). Y, por supuesto, la colectividad sabía que no podía im prim ir los bonos que le diese la gana, porque tenían que tener un respaldo material para ser válidos y aceptados de manera voluntaria p o r la gente. Tenéis que tener en cuenta que cualquier retribución que se haga con papel m ojado, ha recibido históricamente una respuesta feroz p o r la gente que los ha rechazado de manera sistemática cuando ha percibido la estafa. Han em pleado entonces cualquier cosa, sal, tabaco, oro..., para re a liza r sus compras y ventas. En cam bio los bonos colectivizados nunca sufrieron rechazo en las economías locales. Si la asam blea percibía a través de los informes económ icos que la pro­ ductividad había subido gracias a una mejora técnica un 5%, si querían mantener los precios más o menos estables se lim itaban a poner en circulación hasta un 5% de bonos subiendo los ingresos, lo cual se traducía además en una b a ja d a de precios al haber más oferta de productos. H abía más c a p a cid a d de intercam bio, más productos disponibles y más baratos. La deflación en el colectivismo anar­ quista es positiva y de b ida a la abundancia, a diferencia de la deflación negativa anunciada en 2 0 0 8 , en donde la b a ja d a de los precios (o el que no suban tanto com o desean los empresarios), es d e b ida a la abstención de los consumidores que disponen de menos dinero, y p o r lo tanto se ven o b lig a d o s a no consumir. La

e c o n o m ía

l ib e r t a r ia a

n iv e l r e g i o n a l e i n t e r n a c i o n a l

Pero aunque no consiguieron poner el te ja d o de su organism o económ ico, los colectivistas de 1936 tuvieron tiem po de echar los cimientos y levantar la estructu­ ra del edificio que tenían en construcción. Las colectividades se federaron, y crea­ ron centros de adm inistración dedicados al intercam bio equitativo. Por ejem plo, la Federación Regional de C olectividades de A ragón realizaba las compensaciones po r intercam bios a las diversas colectividades, y a b rió a cada una de ellas una cuenta corriente (sin emitir dinero). En esas cuentas se veía la circulación de re­ cursos, de entradas, salidas y dem andas de productos a nivel regional. El flujo

de recursos igualitario, sin especuladores, ventajistas, parásitos, comisionistas y estafadores de por medio, hacía que el precio del producto estuviese siempre muy cercano al del costo de producción. C om o se pretendía un desarrollo arm ónico de manera que todos tuviesen satisfechas sus necesidades, las colectividades próspe­ ras suministraban recursos a las deficitarias para que mejorasen sus infraestructu­ ras. Estos recursos no eran gratuitos, sino que se prestaban sin interés, y esperando la devolución más adelante, cuando la colectividad pudiese generar excedentes que restituyesen lo recibido. H abría así reciprocidad, simbiosis, reconocimiento, m utualidad. N a d ie podría enriquecerse a costa de otros. N a d ie ganaría lo que otro perdiese. A nivel de comercio internacional y nacional, por ejemplo el Consejo de Aragón se encargaba de las ventas de productos en Francia o en ámbitos capitalistas ya que no se había suprimido ni el Estado ni la economía capitalista, redistribuyendo posteriormente a las diversas colectividades el producto de esas ventas. Y siempre fue ventajoso para la colectividad y para el consumidor, porque mientras que en la sociedad capitalista a una tonelada de patatas se le va añadiendo un precio adicional cada vez que pasa por un int-ermediario (de manera que cuando llega al minorista puede haber subido de precio de uno a diez), en la sociedad libertaria una tonelada de patatas solo tiene una traducción económica en horas de trabajo. En resumen: creación de centros de distribución e intercam bio a los que se llevan los excedentes, flujos voluntarios e intercam bios equitativos de las diversas colectividades federadas, planificación descentralizada desde cada unidad de producción, asam blea y dem ocracia directa, federalism o y reciprocidad económ i­ ca, autorregulación y autogestión del intercam bio sin burocracias comunistas pla­ nificadoras y sin burgueses improductivos, ingresos basados en el Trabajo-Hora, precios de costo determ inados por los flujos de las necesidades existentes (defini­ das po r los trabajadores) y de la existencia real de productos. Todo ello lleva a una economía de abundancia y oferta sostenida, y no de dem anda insatisfecha y escasez, que es lo que ocurre ahora con el capitalism o y con el Comunismo de Estado. Una economía de este tip o actualmente levantaría a los países pobres de su ruina, a ca b a ría con la deuda artificial, finiquitaría el co­ lonialism o económ ico y produciría un mundo ig u a lita rio y sin escasez producto de

intereses particulares. Las guerras, los conflictos arm ados, los estallidos terroristas carecerían de sentido, y la fraternidad universal sería un hecho. El

p r e c io d e c o s t o y s u s v e n t a j a s

Es el coste de las materias prim as que intervienen en la elaboración, más el ingreso del tra baja do r, más la am ortización p a ra volver a p ro d u cir, más las in­ versiones colectivas, la que da el costo de producción g lo b al. H ay que entender que al precio de costo (gastos de producción, gastos de inversiones e ingresos de los trabajadores) no se llega p o r decreto del politburó, del tecnócrata o del científico. En la econom ía colectivista no hay un centro p la n ifica d o r que im ponga el precio de los productos, ya que la planificación es descentralizada. Tú, desde tu centro de producción decides qué produces, cóm o lo obtienes y a qué dedicas el excedente colectivo. Pero en una econom ía libertaria, cooperativa y no egoísta, al incrementarse la productividad elim inando parásitos, creando bienes sociales mediante el ex­ cedente, elim inados burgueses, interm ediarios y banqueros, haciendo que todo el mundo esté ocupa d o y sea productivo, mediante cooperación y emulación se llegaría a una econom ía de la abundancia, y al comunismo libertario. Si miráis el ejem plo propuesto p o r la C olectividad de Xátiva, podéis im aginar que el cultivo de mil hectáreas de secano podía ser llevado a cabo por un grupo muy reducido de personas, mediante un tractor, una segadora-trilladora y otras máquinas. Eso haría que el v a lo r de costo de producción del trigo fuese irrisorio, con muy pocas Horas-Trabajo podrían producirse toneladas de grano, y al ofer­ tarse esta cantidad de cereal a los sindicatos de alim entación, bajaría su precio de manera espectacular. Esto, que sería ruinoso en una sociedad capitalista, que generaría paro y ba ja d a de beneficios a los magnates, sería una bendición en una sociedad libertaria, ya que perm itiría a los colectivistas el p o der dedicarse a otras tareas más rentables que detectarían de inm ediato al surgir nuevas dem an­ das, y a realizar inversiones en vivienda, sanidad e higiene, transporte, form ación, tecnología y otros sectores. ¿ C ó m o se c a l c u l a n l o s c o s t e s e n u n a s o c i e d a d c o l e c t iv is t a ?

Los ejemplos de colectivización de la Revolución Española muestran que el em­ pleo de la Hora-Trabajo permite una co n ta b ilid a d racional de la econom ía sin que

se caiga en la escasez y perm itiendo circular en la dirección de la abundancia. En el Congreso de Z a ra g o za de 1936, la gran central obrera anarcosindicalista C N T establecía que la C arta de Productor sería un signo de intercam bio que tendría como características: ser intransferible; registrar el tra b a jo individual p o r unidades de jorn a d a (la Hora-Trabajo o la Jornada-Trabajo); ca ducar a l cabo de un año si esas horas no eran consumidas p o r el productor. Los elementos pasivos (jubilados, inválidos, enfermos...) dispondrían de una C arta de Consumo. Trasladada esta idea a este siglo, puede ser calculado el coste de producción en Horas-Trabajo com o sustituto del dinero capitalista. Una empresa tendría un gasto de m aquinaria, otro de materias primas y energía, otro de horas trabajadas en el proceso, que darían un resultado de Horas-Trabajo necesarias para lo grar un número de unidades producidas. D ividiendo las unidades-trabajo gastadas en­ tre las unidades producidas, saldría el coste final de producción que p ro p o rcio ­ naría el v a lo r del producto ofertado. Una vez el producto llegase a los centros de intercam bio, se form aría el precio en base a la oferta del mismo y de la dem anda existente. Si otros colectivistas consiguiesen un producto más económ ico y de me­ jo r calidad introduciendo mejoras en la productividad gracias al avance tecnoló­ gico o a una m ejor gestión, los otros productores menos rentables em pezarían de inm ediato a a d o p ta r las mejoras detectadas, a la n za r otras nuevas en c a lid a d y /o cantidad, o a buscar sectores de m ayor rentabilidad provocando así la diversidad de productos. Y todo sin generar ni paro, ni ruina (como sucede en el capitalism o de empresa) ni subproducción (como ocurre en el comunismo de planificación centralizada y autoritaria, donde campesinos y obreros no producen ya que tie­ nen que entregar su excedente al patrón-Estado al precio que les im ponga). Este proceso de intercam bio os permitiría re a liza r inversiones razonables, ob­ teniendo la m ejor relación entre c a lid a d y precio. Y al ser tú el centro de la pla­ nificación, procurarías obtener el excedente que m ejor cuadrase con tus propios objetivos, ya que tienes derecho a la independencia y a la secesión. Si tu colecti­ vid a d te parece muy flo ja podrías irte a otra más industriosa. O si caes en una de gente hiperproductiva y te a g obias podrías em igrar a lugares más tranquilos. Si el trigo te desborda y ya no sabes dónde meterlo, o si cien kilómetros más allá lo producen po r la mitad que tú, puedes innovar y plantar aguacates...

Y

luego podrías hacer lo que quisieras: sabrías si te trae más cuenta vivir en un

hotel con com edor y lavandería colectiva o en una vivienda propia, o si prefieres invertir en salud o en distracciones o en cualquier posibilidad que se te ocurra. En las poblaciones dejaría de tener sentido la división entre tra b a jo manual e inte­ lectual. Todas las decisiones que afectasen al colectivo se tom arían en asamblea teniendo en cuenta la inform ación real disponible. Y tus rarezas, incluyendo lujos y caprichos que quedarían dentro de los márgenes de tu voluntad y la de tus iguales, podrías satisfacerlos aliándote y federándote con otros con tus mismas inquietudes, al disponer de tiem po libre y tener las necesidades cubiertas. La c o n t a b i l i d a d l ib e r t a r ia a n iv e l n a c i o n a l e i n t e r n a c i o n a l

La econom ía capitalista en la a ctualidad falsea sus cuentas. M ete en ellas lo que le conviene, y elimina lo que no. Por ejem plo excluye del PIB (la suma de acti­ vidades económ icas de un país) el tra b a jo doméstico (productivo) de las mujeres, e introduce en el PIB a todo el sector de servicios, incluyendo policías, juristas, militares, burócratas y actividades improductivas, haciendo ver de esta manera que de un año para otro crece la econom ía un 3% cuando la actividad produc­ tiva real (agricultura, ganadería, pesca, industria, servicios de transporte, tareas domésticas, sanidad, higiene, alim entación, educación, investigación...) puede no haber crecido e incluso disminuido. En la econom ía lib e rta ria las cuentas son diáfanas, sin trampas, se mide en unidades objetivas y estables la producción concreta, se le añaden los servi­ cios productivos (transporte, sanidad, form ación, investigación...) y se elim ina la burocracia al máximo. Y to d o ello es determ inado de manera directa p o r los afectados que deciden qué producen, cuánto y cóm o, gracias a que disponen de un cuadro real y o b jetivo de la a ctivid a d económ ica y de las necesidades que les constriñen. La C N T en su m encionado C ongreso de Z a ra g o z a de 193 6 establecía que: la revolución debe organizarse sobre una base estrictamente equitativa. La revolución no puede cimentarse ni sobre la s o lid a rid a d , ni sobre el apoyo mutuo, ni sobre ese arcaico tópico de la caridad... Debemos d a r a cada ser humano lo que exijan sus necesidades, sin que la satisfacción de las mismas tenga otra lim itación que las impuestas p o r las necesidades de la nueva econo­ mía creada. Como ya hemos dicho nuestra o rg a n iza ció n es de tipo federalista

y asegura la lib e rta d d e l individuo dentro de la a g ru p a ció n y de la comuna, la de las comunas dentro de las federaciones, y la de éstas en las confederaciones. Vamos pues de l individuo a la c o le c tiv id a d a s e g u ra n d o sus derechos p a ra con­ servar intan gible el p rin c ip io de lib e rta d . Todas las colectividades que se organizaron con estos principios transparen­ tes, en Graus, en Barcelona, en Fraga, en A lcorisa, en Xátiva, en C alanda, en V illajoyosa, en A lcoy, en A ra g ó n y en miles de localidades..., a g ru p a n d o a cientos de colectivistas unas veces, a cientos de miles otras, y a millones de individuos en total, org a n iza n d o en unas ocasiones colectividades meramente agrícolas, y en otras a todos los sectores productivos de grandes ciudades, presentaron siempre las cuentas claras. N a d ie les pudo a ch a ca r fraudes, ruinas, déficit y deudas. N o hubo corrupción urbanística ni nuevos ricos. Y todo lo lograron siempre sin ayuda, sin subvenciones, sin ficciones monetarias, tom ando com o punto de partida el capital en form a de tra b a jo obrero y el capital e xpro p ia d o a los terratenientes y empresarios fascistas, capital este último que no era más que tra b a jo previo acu­ m ulado en form a de máquinas, tierras y materia primas. Porque recordad siempre que todo lo que es riqueza proviene del trabajo. Esos ejemplos de autogobierno y de dem ocracia económica no fueron locuras salidas de la mente de cuatro utopistas, sino realizaciones prácticas de gente con los pies en la tierra que poniendo manos a la obra pasaron de ser pobres y dom i­ nados, a ser ricos, autónomos e independientes. C o l e c t iv id a d y m u n i c i p i o libre

Todo este sistema se a rtic u la b a en dos frentes: p o r una parte el tra b a ja d o r fo rm a b a parte de una co le c tiv id a d económ ica com o m iem bro de un oficio, y a h í d e cid ía sobre las cuestiones que le atañían com o tra b a ja d o r: jo rn a d a la b o ra l, o rg a n iza c ió n de las tareas d iarias, seg u rid a d en el tra b a jo ...; p o r otra parte la misma persona fo rm a b a parte de un m unicipio lib e rta rio en d o n d e de manera a sam blearia d e cid ía en qué quería g a sta r el excedente económ ico, si en construir un puente, una casa cuna, una red eléctrica o un cam ino. De esta form a el in d ivid u o soberano d e cid ía sobre todos los aspectos que le interesa­ ban en el seno de una com unidad in d e pe n d ie n te p o r una parte, y so lid a ria y fed er-ada p o r otra.

Q uienes vivieron en ese m undo, afirm an que a q u e llo les p a re ció mientras duró el paraíso. Se dieron cuenta —en d e fin itiva — de que la fe lic id a d es un esta­ do vital perm anente que se encuentra a llí don d e uno es libre y autónom o. LOS ENEMIGOS DE LA REVOLUCIÓN: LECCIÓN A APRENDER

La econom ía libertaria no ha sido nunca d errotada en el plano económ ico. Siempre se la ha destruido en el plano militar, y ha tenido que resistir a muchos enemigos. N o penséis solo en militares, policías, fascistas y derechistas. En la Es­ paña de 1936 los anarquistas tuvieron que a guantar que sus aliados antifascistas (y destacándose entre ellos a la hora de la traición el PCE), atacaran las colecti­ vidades po r muy diversos procedimientos: la cam paña publicitaria en la prensa estaba llena de calumnias y acusaciones sin funda-mento: incom petencia, desas­ tre, vagancia, ruina... Económicamente el asedio fue continuo: les hacían pedidos y luego no se los pag a b a n ; si los colectivistas rechazaban nuevos pedidos de los morosos, les acusaban de sabotear el esfuerzo de guerra o de robar; les nega­ ban a las colectividades materias primas o energía; en épocas de fuerte tra b a jo reclutaban a los hombres para mandarlos al ejército d e ja nd o en la colectividad solo a niños, mujeres y viejos; si los viejos mujeres y niños que quedaban no eran capaces de recoger toda la cosecha les acusaban de im productivos aunque se hubiesen reventado a trabajar; les atacaban militarmente, como ocurrió en Le­ vante en febrero m arzo de 1937, en C ataluña en m ayo de 1 9 3 7 o en A ra g ó n en 1938 ; detenían, encarcelaban, torturaban a los mejores militantes p o r cientos, les acusaban de ladrones, corruptos y co la b ora ció n con los fascistas; colocaban a los anarquistas en las peores zonas del frente, les m andaban a re a liza r ataques locos o a defender posiciones suicidas; les negaban arm amento y luego les acusaban de cobardía si retrocedían aunque hubieran tenido bajas p o r miles; y otras veces les secuestraban y ponían directam ente al pie del muro... Im aginad el im pacto de estas medidas sobre la moral de lucha de los anarquistas, o b lig a d o s a enfrentarse no solo a los derechistas, sino también a sus com pañeros de viaje. Por eso, cuando llegue el momento del salto, hay que actuar sin contem placio­ nes destruyendo hasta el último vestigio del Estado, y procediendo a una expro­ piación masiva sin temores ni complejos. Tenéis que saber que a q uello que dejéis sin demoler, se os aca b a rá volviendo en contra ya que nunca el p o d e r descansará

hasta veros sometidos por la fuerza de las armas. Los arquistas no os dejarán en paz. Si dejáis que comunistas, socialistas o dem ocratacristianos tomen el Estado y lo pongan a funcionar en su beneficio, si pecáis de ingenuos y de bienintenciona­ dos, os masacrarán en cuanto puedan. Esos tipos no son vuestros amigos, solo os soportarán po r conveniencia o p o r miedo. Así que, cuando llegue la oportunidad, sed contundentes sin ser crueles, desarm ad al enemigo, m achacad sus estructuras, destruid su administración, su dinero, sus recursos y quedarán indefensos. N o per­ mitáis que el Estado quede en pie y sed generosos con los vencidos. ¿ H a c i a d o n d e l l e v a b a este s is t e m a d e c o l e c t i v i s m o libe - r t a r io ?

Tened en cuenta que todo lo dicho anteriormente no es más que un esbozo, un esquema de economía colectivista. A la hora de la práctica hay que buscar siempre la m ejor solución, la que más se ad a p ta a los intereses comunes, la más satisfactoria para ti (comunismo, colectivismo, mutualismo, individualism o, coope­ rativismo...), y eso no se encuentra en los libros, sino en la acción de personas que definen sus intereses, sus prioridades, sus necesidades y deciden como resolver sus problem as tom ando decisiones colectivas (algo a lo que debéis acostumbraros para no pasaros las horas discutiendo). La idea que tenían en mente los colectivistas de 1936 era el comunismo anar­ quista. Su planteamiento era el siguiente: si progresivamente aumentamos la pro­ ductividad por medio de una mejor gestión y p o r la inversión tecnológica y cien­ tífica, el valor de la Hora-Trabajo se irá revaluando más y más y en el comercio internacional se convertirá en una moneda fuerte hasta la llegada de la revolución mundial, la ansiada Liquidación Social. A nivel nacional la abundancia de produc­ tos hará innecesario el em pleo de moneda, ya que la abundancia en la sociedad libertaria conduce a que las mercancías dejen de serlo, pierdan su va lo r de cambio y solo se empleen como va lo r de uso, como pasa con el aire. Entonces cada cual recibirá según su necesidad y aportará según su capacidad, y podremos prescindir totalmente del dinero llegando al comunismo libertario... Lástima que no les diera lugar a demostrar esta hipótesis, aunque esbozaron que era posible lle g a r a algo así: miles de toneladas de alimentos fueron entregadas p o r los colectivistas para ali­ mentar a refugiados y a milicianos de manera gratuita y muchos productos básicos (aceite, pan) se entregaban a los trabajadores sin necesidad de pago.

En la actualidad, con el incremento de productividad lo g ra d o gracias a la me­ canización, a la inform ática y a las redes de com unicación, muchísimos productos de primera necesidad (ropa, casa, com ida) podrían convertirse en v a lo r de uso. La colectivización anarquista permitiría a lim e n ta ra toda la humanidad, acabaría con los desequilibrios, con la miseria, con los brotes de desesperación y terrorismo y con la guerra. Y com o otros efectos destacables del program a económ ico anar­ quista, del au togobierno y de la autogestión que conlleva tendríamos: T

r a b a jo

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c íc l ic a s

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producto

de

l a e s p e c u l a c ió n

,

de

la

S U P E R P R O D U C C IÓ N O DE LA S U B P R O D U C C IÓ N C A P ITA LIS TA .

O t r a s p a r t ic u l a r id a d e s d e l a s o c i e d a d a n a r q u i s t a : el o c i o

D ejando ya el tema de la econom ía, el ocio deja de existir en la sociedad li­ bertaria al desaparecer el tra b a jo asalariado, porque..., piénsalo: para que haya ocio, ha de haber trabajo. En el anarquism o no trabajarás, sino que tendrás múlti­ ples ocupaciones, tareas no alienadas, aquellas que tú quieras ir realizando según tu voluntad. Ya no tienes que pasar el día tra b a ja n d o o buscando em pleo para otras personas. El anarquism o pone tu vid a en tus manos. La literatura, la música, la pintura y la escultura, la decoración, la m oda, el deporte, las fiestas, la charla,

el teatro, la cam aradería, el placer en definitiva, sustituyen a la taberna. La cultura física, el deporte, la salud para todos, la higiene física y mental, y la buena alimen­ tación alargan nuestras vidas. La e s c u e l a

Las escuelas pierden su función educacional, en el sentido de manipular, amaestrar, a doctrin a r y dirigir. N a cie n d o libres aprendem os y desarrollam os las funciones sociales de co la b ora ció n , solidaridad, responsabilidad, espíritu crítico, lucha contra lo injusto y búsqueda de lo mejor, tanto en la calle, com o en casa, com o en la escuela. Las escuelas no trasmiten ninguna id eología. En cuanto a las matemáticas, la lectura y la escritura, las ciencias naturales, la geografía, etc., se enseñan cuando el alum nado lo siente necesario. La persona tendría libertad para elegir sus asignaturas, horarios y lle g a r hasta el límite de sus gustos y necesidades. Se suprimen los premios y castigos, los recintos cerrados, la o b lig a to rie d a d , la figura del maestro que evalúa y adoctrina... C ie n c ia y t é c n ic a

El conocim iento deja de estar en manos de los capitalistas y se expande a gran velocidad. Ya no se investiga para g a n a r dinero. Los motores de la ciencia pasan a ser la curiosidad, el anhelo de saber y de mejorar, el afán de lle g a r a lg o más allá. Y todo ello para increm entar nuestro bienestar. A m o r y s e x o , a m o r u b r e , f a m il ia

El am or no está reglam entado p o r códigos civiles o religiosos. C ada cual pue­ de vivir su sexualidad con quien le apetece, y unirse y separarse sin otro límite que la propia voluntad y el p ro p io gusto. Las personas establecen relaciones amistosas e igualitarias. La dom inación de hombres sobre mujeres, las divisiones de trabajos y tareas en razón del sexo y aspecto son eliminadas. Los métodos anticonceptivos y el a b orto ayudan a controlar la población en número que favorezca el bienestar general. Los niños y niñas son tratados com o personas desde un prim er momento, y no pertenecen a los progenitores. N u e s t r a e s p e c ie y el p l a n e t a

La especie humana es considerada com o una más de las que pueblan el pla­ neta, que es la casa común en la que animales, plantas, tierras y mares forman parte de un todo, un patrim onio que no pertenece a nadie. Se rechaza el principio

antropocentrista. Se a ca b a con la planetofagia. La hum anidad no es el centro de nada. Es solamente una especie más. P u e b l o s , c u l t u r a s , d iv e r s id a d

Los pueblos, ciudades, barrios, individuos, pueden federarse como les sea con­ veniente. N o hay más fronteras. C ada cultura, idiom a o costumbre es respetada. La diversidad estimulada por el ambiente de libertad. Todos los oprim idos adquie­ ren su independencia. Todos los municipios, regiones, provincias, ciudades, aldeas, barrios, calles e individuos se organizan libremente, nunca sujetos a Poder central alguno. C ada cual emplea su lengua materna con el vecindario, y formas de comu­ nicación universales cuando se relaciona con otras personas de distinto idiom a. La anarquía no entiende de raza, nación, género o etnia. Para mí sólo existe la gente. La humanidad es una unidad indivisible. Lo que le sucede a otra persona, me está sucediendo a mí. La aparente contradicción entre la defensa de lo particular étnico y el universalismo se supera por medio del respeto a lo diferente y por el igualitarismo. Esta concepción de las diferencias es muy distinta de la nacionalista de Estado. M e d io s d e c o a c c i ó n

Un mundo con una nueva moral, libre, solidario, federalista, ig u a lita rio y comu­ nista no tiene necesidad de ejércitos, fuerzas de policía ni prisiones. N o hay más guerras po r conflictos fronterizos ni intereses capitalistas. La disidencia que choca frontalmente con el anarquism o no es reprim ida. Puede organizarse según sus gustos. La única fuente de coacción adm isible es en el peor de los casos, la que genera la opinión pública: la coacción moral. Es decir, que si te com portas como un indeseable, nadie querrá cuentas contigo. R e l ig ió n

M ientras más conocimientos adquiere la hum anidad, menos religiones y dioses inventa. La especie humana, segura de sí misma, sale de la infancia, adquiere m adurez y acaba o lvid a n d o a Dios. I m p l a n t a c i ó n d e l a a n a r q u í a , l a u t o p ía

Esta sociedad no es definitiva. La conquista de la utopía en el momento presen­ te y el am or a la libertad, que es la reivindicación fundam ental del anarquismo, será siempre una tarea in a ca ba d a . Es imposible, pues, que la anarquía pueda ser im plantada de form a definitiva y perfecta.

Este es el program a anarquista, que se resume en un camino, en la ciencia que perm itirá que todas las personas vivan ¡untas, satisfechas, diversas, libres e iguales.

Las objeciones al programa anarquista Se dice que este program a es una utopía irrealizable. N o es cierto. La utopía anarquista ha sido desarrollada en diversos momentos históricos, y para destruirla se han em pleado fuerzas gigantescas de violencia y represión. N o se han usado argumentos para desm oralizar a los anarquistas. Pero hay varias objeciones id e o ­ lógicas que os voy a comentar. 1.

La

c o n d ic ió n

h u m a n a es f u n d a m e n t a l m e n t e m a l a .. .

La naturaleza humana es perversa, ruin y violenta. La gente, si no sufre coac­ ción, es brutal, no se baña y huele mal... Hace falta un p o d e r superior que evite que os matéis. El p o d e r garantiza la paz... Eso se dice. Pero..., ¿es que acaso gracias a este poder, en la actualidad vivís en arm onía? Es absurdo. Bajo el po­ der de los Estados y sus leyes, la hum anidad vive b ajo una situación de guerra y miseria perpetua. Debéis intentar ver las cosas desde otro punto de vista. Estáis adoctrinados ideológicam ente p o r el Estado. Es una losa muy pesada. Vuestros valores cotidia­ nos son los del Capitalism o: la codicia, la caridad, la violencia... Eso hace que tengáis una impresión falsa, de que este mundo es el único posible, porque el sistema os cierra las puertas a otros tipos de sociedad. A fortunadam ente, los seres humanos no tienen ninguna condición natural. N a ­ die es ca p a z de definir qué cosa es esa de la naturaleza humana. Yo os d ig o que no sois ni buenos ni malos, porque vuestra especie tiene cultura. C

o n c epto

de

c u ltu ra

Tener cultura no es saber mucho, ni ir a la ópera. Cultura significa que podéis hacer cosas, que no dependen de vuestra herencia genética. La cultura es todo aq uello que haces, que no está escrito en tus genes. De los caballos, hormigas o delfines, de los animales de la misma especie (por sim plificar este asunto), puede esperarse que tengan siempre el mismo com portam iento, sin im p o rta r que sean observados en España, Francia o M arruecos. Un cam aleón, cuando sale de su

huevo, está solo. N o hay ni un padre ni una madre que le expliquen qué tiene que hacer. Y sin problemas, de inm ediato, se pone en funcionam iento. Con la es­ pecie humana no sucede lo mismo. C uando un bebé humano nace, y la madre le aproxim a su pecho, de manera inm ediata lo coge con la boca y succiona. N a d ie le ha enseñado a chupar, porque posee en sus genes un program a llam ado reflejo de succión. Esa es una c a p a cid a d natural, que se dispara inmediatamente, igual que la de respirar, o la de llorar. En cam bio las costumbres, idiomas y formas de organización social varían muchísimo de un lu g a r a otro. Unos se ponen vainas peneales, y otros calzoncillos; unas mujeres llevan velo, otras un pañuelo en el pelo y otras nada: eso es cultural. Los humanos disponéis de muchas, muchísimas culturas, y desde este punto de vista, tanta cultura tiene una persona en el mundo civiliza do como un pueblo que continúe en la Edad Piedra. Por eso los a n tropólo­ gos intentan responder a esta pregunta tan misteriosa: ¿Por qué diablos somos tan diferentes, tan raros? N o se sabe. Pues bien, la especie humana ha experim entado a lo largo de su historia mu­ chas formas de organizarse. Desde hace más de 5 0 .0 0 0 años hay gente como tú que tuvieron

y que tienen otras inquietudes. Sus sociedades eran y son muy

complejas. Disponían de una tecnología y unos valores que les permitían cubrir todas sus necesidades materiales y espirituales. N o eran pueblos atrasados. Eran hospitalarios, viajeros, igualitarios, tenían sus problem as y conflictos... Vivían. N o eran ni mejores ni peores que vosotros. C uando apareció, el Estado era mucho más débil que ahora. La gente con­ tinuó sus existencias con los valores antiguos durante siglos. Vuestra percepción actual de la supuesta naturaleza m alvada de los humanos depende de un momen­ to histórico que puede cam biar, porque sois seres culturales, podéis adaptaros a nuevas situaciones, ya que no existe ninguna naturaleza humana establecida, sólo hay costumbres históricas que van y que vienen. El anarquismo, la Bella A cracia, La Idea —com o toda U topía— es realizable si tú quieres. Depende de ti. 2.

El

a n a r q u is m o

i m p e d ir ía el p r o g r e s o . ..

Según esto, volveríais a la Edad de Piedra, porque la hum anidad cuenta ahora con mucha población, y la organización económ ica y social es muy com plicada. El anarquism o es una teoría a p lica b le sólo a pequeños grupos de organización

sencilla. Eso te cuentan. También es mentira, porque donde el anarquism o se ha a p lica d o con más éxito ha sido a grandes poblaciones industriales y campesinas, no a pequeñas comunas de escaso número. El progreso capitalista vende la idea de que hay un proceso continuo de cam­ bio que va de lo p eor a lo mejor, de lo simple a lo com plejo, y no es cierto. Ha cam bia do la form a de aprovechar los recursos naturales y la tecnología, pero en otros aspectos lo que hay es regresión: libertad política, ig u a ld a d de sexos, clases sociales, guerras, miseria... El Estado os inculca la idea de que estáis mejor, de que hay progreso, de que vamos a algún sitio... Pero a dónde vamos, eso no lo sabe nadie. El progreso anarquista im plica otra percepción del mundo. Im plica cam bio permanente, pero sobre los fundam entos de la Libertad, la Igualdad, la Equidad y el A p o yo M utuo. Un mundo anarquista desarrollaría otra tecnología, otra forma de conseguir el conocim iento y de a d q u irir riqueza para la colectividad. Porque el mundo anarquista es el mundo de la abundancia. C uando mis anarquistas han o rg a n iza d o la producción no ha h a b ido miseria. Han puesto a funcionar los recur­ sos que esconde el Capitalism o, para lo g ra r beneficios: En la España Libertaria, en la Comuna Anarquista Ucraniana, en el M é xico Insurgente... El anarquismo levantó hospitales y escuelas, construyó caminos, produjo zapatos, ropa, tranvías, tractores, alim entó a la población por millones de personas... El anarquism o es el sistema de las necesidades satisfechas, de la libertad y la felicidad. El C apitalism o y el Estado son los sostenedores de la miseria, el odio, la avaricia y la violencia. 3.

El

a n a r q u i s m o q u it a r ía l o s i n c e n t iv o s de l a v i d a

. ..

Este argum ento del Poder se une con el anterior. Cuentan que el mundo anar­ quista, al elim inar la com petitividad, y la posibilidad de enriquecim iento, quitaría interés por el trabajo. La gente se volvería pasiva. N o cuidaría la producción, todo sería de mala calidad... Parece mentira que esto lo digan los capitalistas. El Capitalism o, al e xp ro p ia r a la inmensa mayoría de la hum anidad riquezas, conocimientos y responsabilidad, es precisamente quien precisa de un gigantesco a p a ra to represivo para que la gente trabaje. Aún así no pueden evitar el escaqueo. ¿Cuántas veces has sentido que lo que estás haciendo no tiene objeto, es absurdo y no va contigo? ¿Cuántas veces has pensado que lo que estudias no

sirve para nada, que tu tra b a jo sólo enriquece a parásitos, y que estarías mejor en otra parte? En cam bio, en el mundo anarquista, al ser responsable de tus actos, al no tener que vivir para trabajar, al no sufrir la opresión, amarás tus obras, actuarás po r placer o por sentido del d e ber hacia la com unidad, o p o r egoísmo e interés individual o porque te dé la real gana. H abrá otras motivaciones. Puede que algún tiem po desees estar b ajo un á rbol sin hacer nada, pero eso aburre pronto, y nuestra especie es tam bién activa, inquieta y curiosa. Actuarás en libertad, y eso no tiene nada que ver con el sistema de valores del C apitalism o, el Estado y el Poder. Por supuesto que en la anarquía no habrá que trabajar, porque ese concepto habrá desaparecido. El tra b a jo capitalista no tiene nada que ver con la actividad anarquista.

4. " Y si..." "Y si"... Esa objeción sale mucho en las discusiones entre arquistas y anarquis­ tas. "¿Y si un asesino sicópata v io la d o r actuase m atando a decenas de personas? ¿Cómo lo cogeríais sin policía? ¿Qué haríais con él? ¿No estaríais atentando contra su libertad echándolo de la colectividad? ¿Y si él no quisiese hacer no sé qué? ¿No es antianarquista im ponerle no sé cuanto? ¿Y si yo no quiero ser solidario qué me haréis? ¿Y si alguien voluntariam ente quiere que yo le explote? ¿Y po r qué no puedo yo ser rico sin trabajar, qué daño hago? Yo me meteré en tu cuarto de baño y no saldré de él. ¿Qué harás?" En fin. H ay veces que la pregunta es sincera y hay que polem izar porque se puede lle g a r a algún sitio o solucionar o crear más dudas. Pero es bastante seguro que quien hace esas preg­ untas no se contentará con la respuesta que le deis. Podréis asegurar que al no haber propiedad no habrá robo; podréis a rgüir que actualmente nos dirigen los peores asesinos y que causan millones de víctimas y que com parados con ellos los sicópatas son angelitos; podéis suponer que en una sociedad anarquista, libre de violencia, habrá menos perturbados mentales (violentos) que ahora; podéis proponer que se detecte a ese asesino mediante técnicas epidem iológicas, igual que se detecta al germen causante de cualquier epidem ia; podéis decirle que lo capturarán los bomberos; podéis asegurarle que se le mantendrá dentro de la so­ ciedad, porque habrá colectividades y voluntarios dispuestos a vivir con personas

así y a meterlo en vereda; podéis m andarlo a la Luna..., que le va a d a r lo mismo, porque po r racional que sea la respuesta, al final se quedará con que sin policía y sin cárceles no se puede vivir. Y a ser posible con condenas más duras y en celdas más pequeñas... Para los demás. Son preguntas etnocéntricas realizadas desde la form a de pensar, de esta sociedad. Y no miran más allá de ella, porque no se dan cuenta de que formas de o rganización social muy com plejas han existido durante siglos, agru p a n d o a cientos de miles de personas, que han vivido sin cárceles ni policías. Y que podríam os experim entar posibilidades tal vez mejores. A veces son preguntas sorprendentes: "¿Y si un ejército de moros invadiese nuestro país y violase nuestras mujeres, qué haríais los anarquistas?" Pues los anarquistas, evi­ dentemente, se opondrían con toda su fuerza a la guerra. Los " y si..." solo pueden ser respondidos desde la m entalidad anarquista.

El anarcjuism o y otras id e o lo gías contem poráneas Liberales y libertarios El liberalism o ha sido la ide o lo g ía del C apitalism o burgués. Los Estados C a­ pitalistas, con sus dem ocracias parlam entarias, y sus potentes burocracias, hacen

profesión de fe liberal. Parece increíble que hace 2 0 0 años fueran los libera­ les quienes asumieran la lucha contra el p o d e r absoluto de monarcas y Estados, contra los privilegios hereditarios de la aristocracia, contra el oscurantismo de la religión, y todo ello en nombre de la Libertad del Hombre, la Razón y la Ciencia. El lema de libertad , ig u a ld a d y fra te rn id a d de la Revolución Francesa de 1789, convertido en el program a de la m odernidad, es de cuño liberal. N o olvidemos que fue en los círculos de liberales radicales (nada tienen que ver con los actuales) donde nació la form ulación del anarquism o occidental del siglo XIX. Pero la libertad de los burgueses liberales es una libertad de individuos des­ iguales, que coloca a cada uno en su lu g a r de la escala social según su p o der económ ico. La igua ld a d burguesa es ig u a ld a d sólo ante la ley, y la ley está hecha po r y para los poderosos. Y la fraternidad liberal se pierde en la libre com petencia y la lucha por la vida que justifica la supremacía de los más violentos y despia­ dados. La idea liberal de reducir al mínimo la intervención y el p o d e r del Estado, limitándose éste a labores de policía para g a ra n tiza r la reglas del juego (libre com petencia), ha qu e d a d o convertida en un descarado intervencionismo estatal en fa vor del capital, extendiéndose las funciones policiales y de control del Esta­ do a ámbitos de intim idad personal, de libertad de conciencia, de actuación y de regulación de relaciones interpersonales jamás sospechados. Por su parte, el proyecto evolutivo del positivismo científico, que habría de conducir a la mejora gen eralizada de las condiciones de vida de toda la humanidad, no es sino la constatación de que la ciencia y la técnica están al servicio del Poder, en este caso del Capitalism o. Una vez que el C apitalism o fue im plantado a escala mundial p o r burgueses liberales, ya no existen diferencias entre liberales y conservadores, y el viejo lema de lib e rta d ig u a ld a d y fra te rn id a d con que se obtuvo el a p o yo del pueblo sirve ahora com o instrumento de represión, y en su nombre perpetran los Estados mo­ dernos las mayores atrocidades. N o tienen ningún reparo los liberales en contra­ decir sus propios principios si suena la bolsa. Frente a ello, para el anarquismo, la libertad va más allá, y se entiende como liberación de toda coerción y esclavitud, y es libertad de iguales, no ante la ley

sino de verdad. Igualdad individual, social y económ ica: estas son las condiciones para que pueda haber una verdadera fraternidad o solidaridad. La libertad, a p o ­ yo mutuo e igualda d han de ser conquistadas, arrebatadas al poder, desterrando para siempre el Estado y la dom inación económ ica del Capitalism o, y colocadas com o pilares básicos de la sociedad. Por ello mis anarquistas se han llam ado libertarios y no liberales. Y por ello los liberales radicales emplean tam bién para diferenciarse de los anarquistas la pa la bra libertarían os. H ay liberales que pro­ mueven un Estado mínimo que sólo se ocuparía de la represión (sin pensiones, seguros sociales...) tam bién llam ados miniarquistas. Y hay unos cuantos liberales antiestatistas que querrían la elim inación total del Estado m anteniendo un sistema capitalista defendido p o r agencias privadas (mercenarios), que a veces se autodenominan anarcocapitalistas, pero que de anarco no tienen nada. En definitiva, el libe-ralismo a veces em plea una palabrería radical que puede sonar remotamente a anarquism o porque se llenan la pa la bra de libertad, pero m anteniendo la com­ petencia, el salario, el dinero, el robo, la a u toridad em presarial y el enriquecim ien­ to pa rticular com o bandera.

El anarquismo y las ideologías horizontales Se conocen com o ideologías horizontales aquellos grupos de ideas que no com prenden una visión g lo b a l de todo el sistema de organización social, sino que se centran en un aspecto concreto, y com o tales pueden ser ada p ta d o s a cualquier id eolog ía . Las principales son el feminismo, el ecologism o, el pacifismo y el humanitarismo. Se constata que hay feministas, ecologistas, etc., que pueden ser conservadores, liberales, socialistas, comunistas... Las ideologías horizontales son un fenóm eno típicam ente reformista, y son una muestra de la desideologización o despolitización de la sociedad. Estos movimientos, que surgen por necesidades concretas, en un momento dad o , han sido prom ovidos y alentados desde el Poder. Le es preferible que cual­ quier tipo de rebeldía o insatisfacción se canalice en estos movimientos y no en otros que puedan plantearse la v a lid e z del sistema social en su conjunto. Por otra parte, sus contenidos son susceptibles, no sin contradicciones, de ser integrados en cualquier program a político, sirviendo de gancho d e m agógico y de instrumento

propagandístico. De hecho, todos los partidos y sindicatos oficiales en este país tienen sus departam entos de la mujer, de medio ambiente y de actividades huma­ nitarias o po r la paz.

M uchos partidos y sindicatos utilizan además estos movi­

mientos com o medios de captación de militantes y afiliados, como lugares en los que hacer p rop aga nd a , y com o puntos donde adscribir cargos a sus militantes. El anarquismo, desde sus orígenes, ha tenido vinculaciones evidentes con el feminismo, el pacifismo, el humanitarismo y el ecologism o, pero lo que nunca ha hecho es desvincular este tipo de planteamientos de su p a rticular y com pleta for­ ma de entender la sociedad, y de su program a de Revolución Social.

A narquism o y contracultura Por contracultura se entienden aquellos conjuntos de formas de pensar y ac­ tuar realizadas al margen, si no en contra, del sistema social establecido y de la id eolo gía dominante. H oy día se prefiere la expresión, menos com prom etida de alternativos. El anarquism o es p o r definición una id e o lo g ía contracultural. N o solo pre­ tende la a b o lició n del Estado y del C apitalism o, sino que desde el p rin c ip io ha o p ta d o por re a liza rlo al margen de los mecanismos estatales, en una clara iden­ tid a d de medios y fines, y u tiliza n d o p ara e llo com o v a lo r instrumental esencial

la educación y la creación y difusión de una nueva cultura. Lo que diferencia al anarquism o de otros movimientos contraculturales es que no p ropugna un aislam iento o a parta m ien to de la sociedad en que vivimos, sino que busca pre­ cisamente actu ar sobre ella a fin de lo g ra r su transform ación ra d ica l mediante la Revolución Social. En un sentido más restringido se llama contracultura a una serie de movimien­ tos culturales, nacidos al margen del sistema, desde m ediados de este siglo XX:

Los

HIPPIES

A finales de la d écada de los 5 0 , y durante los 6 0 , en los países capitalistas de occidente, se fue extendiendo de form a espontánea entre la juventud (sin organi­ zación que no sin causa), un sentimiento de rebeldía contra el sistema imperante, y una actitud de vivir de form a diferente. N a ce una nueva ética y una nueva estética. Se rompe con los convencionalismos. N o se trata de un movimiento uniforme, sino que en él se mezclan personas e ideas de lo más variadas. En lo cotidiano el lema sería: "vive y deja vivir", o " p a z y am or". Se valora la amistad, la libertad y el placer. Hasta nuestros días ha pervivido la propuesta de liberación sexual. Se vive en comuna, es frecuente el uso de drogas alucinógenas expansivas para la conciencia. Se pretende un retorno a la naturaleza y una bús­ queda interior de la verdad, de ahí que sean normales experiencias religiosas de corte oriental. Se rechaza todo tipo de violencia: "h a z el am or y no la guerra", especialmente la guerra im perialista (Vietnam). En lo estético, ropas sueltas y de colores, y pelos largos, y una música rebelde angl-osajona, el rock, se oponen a las costumbres adultas. En lo político, se hacía patente la tram pa del sistema capitalista de m ercado y consumo, y ya no se fia b a de las experiencias socialistas autoritarias de los Países del Este. En el Berlín d ivid id o p o r el M uro, cuando se increpaba a la juventud descontenta: "Si abom ináis del Capitalism o, si queréis socialismo, iros al otro lado del M u ro ", se les contestaba: "Si tanto os gusta el orden, iros allí". Por contra, se ponían las esperanzas románticas en los movimientos de liberación de los pueblos com o Cuba. En cuanto a organización, lo característico es precisamente la falta y rechazo a cualquier tipo de organización. Se trata de un movimiento que a b o g a p o r la

espontaneidad, y se piensa así que los cambios de actitudes individuales provoca­ rán p or sí solos el cam bio de la sociedad. En el cam po de las ideas, se incide en la psicología individual, en los meca­ nismos que llevan a la alienación y al consumismo. Se estudia al p o d e r en las relaciones interpersonales hasta los más pequeños niveles. (Un filósofo lo llam aba microfísica del poder). En general, se rechaza el poder. El anarquism o influyó mucho en el movimiento hippie y a su vez recibió nuevas ideas, algunas perdurables como el análisis del consumismo, la alienación, las relaciones domésticas y cotidianas de poder... También a p o rtó una importante lección histórica. L a s r e v u e lt a s de

1968

Las revueltas que de form a independiente se produjeron en EEUU, París o Pra­ ga, son ejem plo de lo mucho que puede d a r de sí un movimiento espontáneo e inform al, así com o de sus deficiencias. N a d ie podía im aginar que un movimiento no o rg a n iz a d o e n cabezado por estudiantes provocara revoluciones que oblig a ra n a la intervención arm ada de las dos superpotencias, EEUU en su Costa Oeste, y la URSS en uno de sus satélites, en Praga. Era inexplicable que durante unos días quedara desm oronado el Estado francés, se derrocara al g o b iern o del héroe De G aulle. En el resto del mundo hubo agitaciones de menor alcance, y el Estado se tam baleó. La juventud se rebeló contra el Estado y la sociedad de sus mayores, y lo hizo de form a espontánea, desem polvando las viejas banderas negras de la autoges­ tión, porque de b a jo de los adoquines se encontraba la playa. El fracaso del 6 8 , puso por otro la d o en evidencia, la gran c a p a cid a d de res­ puesta del Estado capitalista, y su h a b ilid a d para integrar en él todo a quello que se le opone. Nos mostró lo necesaria que es la acción revolucionaria o rganizada, así com o la im plicación del mundo del trabajo, que puede hacerse ca rg o del a p a ­ rato productivo. A pesar de su fracaso, el 6 8 ha d e ja d o su huella en la sociedad más allá de la generación que lo protagonizó. La d e c a d e n c i a d e l a c o n t r a c u l t u r a

Durante la década de los 7 0 , se produce una paulatina decadencia del hippismo y la contracultura. C om enzó la crisis económica, que prosigue cíclicamente

y que puso y pone en peligro una serie de conquistas de la clase obrera. También se inició, a la vista de los acontecimientos de los 6 0 , una ingente la b o r p ropa­ gandística y represiva por parte de los Estados. Lo que realmente a ca b ó con la revolución contracultural fue precisamente aquello contra lo que más luchó: la alienación y el consumismo de los sistemas capitalistas. Lo hippie se convirtió en negocio, en m oda, en bienes de consumo para la juventud, y com o tales, fueron sustituidos po r productos más novedosos. T r ib u s u r b a n a s

Durante los años 7 0 y 80, aparecen diversos movimientos, com o modelos de com portam iento ético y estético im portados de países anglosajones, que se o p o ­ nen y sustituyen a los hippies, y a través de los cuales se canaliza la rebeldía e inadaptación juvenil. Suelen ser de m ayor agresividad. Poseen tam bién un carác­ ter estético, y una m ayor a d a p ta b ilid a d al sistema: en general no se pretende la revolución, ni siquiera individual, sino la adquisición de una identidad grupal en una sociedad hostil. Estos movimientos se suceden y superponen unos a otros, dan d o lugar a lo que el Poder ha definido como tribus urbanas, que en realidad ni son tribus, ni son urbanas. El

m o v im ie n t o

punk

De todos estos movimientos, el más interesante es el punk. En su origen supone un rechazo frontal y directo de la sociedad de consumo. Pretende ser una antimo­ da y antim oral, viviendo de los desechos de esta sociedad. Vuelven a adoptarse algunos postulados anarquistas. C om o los demás, el punk aca b a siendo absorbi­ do en el Sistema. O kupas

Q uizás la última manifestación de im portancia de la contracultura sea la pervivencia de los okupas. N o se limitan a la mera ocupación de viviendas, sino que realizan actividades de carácter social y comunitario, mediante talleres ar­ tesanales y actividades culturales. Funcionan de form a asam blearia, colectiva y autogestionaria, de inspiración anarquista, y cuentan con redes organizativas de inform ación y solidaridad. A N A R Q U IS M O Y P O SM O DERN ID AD En los últimos años, en los círculos intelectuales se ha propuesto la teoría

de que la m odernidad, con sus ideologías, su proyecto científico de m ejorar a la hum anidad, sus valores e ideales, son a lg o que ha lle g a d o a su fin, y que está surgiendo una nueva era cultural y tecnológica. La caída del M u ro de Berlín, junto a la crisis del Estado del Bienestar, son muestras de esta agonía de la m odernidad. Sus intelectuales producen escritos de escasa in te lig ib ilid a d . En ellos ponen una cantidad de tonterías tal, que compiten duramente con las dichas anteriorm en­ te a lo largo de miles de años, y mira que se han soltado estupideces en épocas anteriores. Resumiendo: dice esta gente que ya no existen ideologías. En la Nueva Era en la que estamos, ya no hay lugar para ideas de transform ar o m ejorar la so­ ciedad. Sólo queda econom ía y adm inistración como ciencias puras y neutrales. Los últimos avances científicos y tecnológicos de carácter m ultidisciplinar (en infor­ mática, telecom unicación, genética, sicología de masas...) darán lugar a nuevos valores, ajenos al viejo program a de "Libertad, igu ald a d , fra te rn id a d ". El mundo va a queda r d esid eo lo g iza d o según esto. Para el anarquismo, la m odernidad no ha term inado. Es que ni siquiera ha com enzado. N o se puede h a b la r de nueva era cuando perm anece estable el mismo sistema capitalista, y los mismos problem as sociales. La posm odernidad no es sino una evolución del C apitalism o y el Estado, profundam ente conservadora y conformista, con la que se pretende hacer realidad una total dom inación científica de la población. Es una am enaza muy seria que debe ser firmemente com batida. Esperamos, y luchamos p o r ello, que la nueva era que sustituya a la m odernidad, o jalá que sea pronto, sea la A cracia. Pero para ello es necesaria voluntad.

El socialism o y el Com unism o de Estado También el socialismo, com o id e o lo g ía , dice que busca d e rrib a r al sistema capitalista y al Estado. El anarquism o tiene una diferencia fundam ental con otras escuelas socialistas y comunistas. Es el rechazo rotundo del Poder de la A u to rid a d y de la Dominación de cualquier tipo. H ay que mantenerse al margen del Estado y no a ce p ta r sus beneficios ni subvenciones. H ay que evitar los liderazgos, los comités ejecutivos, el centralismo... Preparar una dictadura con la m ejor de las intenciones en nom­ bre de la eficacia es p re p a rar una nueva opresión, que para funcionar precisará de verdugo y cam po de concentración. El anarquista niega que sea necesaria una vanguardia dirigente y consciente para cam biar el mundo. Yo creo que para actuar no es necesario saber latín. C ualquiera puede darse cuenta de que a lgo no anda bien en este planeta, y las soluciones pueden ser muy sencillas. Eso no quiere decir que no haya nada que aprender —todo lo contrario— sino que no debemos d e le g a r nuestras responsabilidades en otras personas que sean aparen­ temente muy cultas y activas. La v a n g u a r d i a

Los socialistas y comunistas autoritarios opinan por el contrario, que el paso previo para lle gar a esta sociedad sin Estado pasa p o r la toma del Poder de un partid o d irig id o por una serie de líderes. Para extinguir al Estado hay que conquis­ tarlo en prim er lugar. Para los comunistas autoritarios, la revolución llegaba de form a inevitable p o r la propia evolución del sistema capitalista. A l desarrollarse la producción en grandes fábricas, con un gran número de trabajadores, se edifica una determ inada estructura social, política e ideológica.

Según esto, el C apitalism o genera cada vez m ayor número de contradiccio­ nes y conflictos. Q uien sea pudiente y tenga dinero, cada vez obtendrá más, y viceversa. El proletaria d o adquiere en este proceso conciencia de clase, se cons­ tituye en Partido, y g u ia d o p o r la vanguardia culta y revolucionaria del partido, derriba al Capitalism o, bien p o r m edio de una revolución o, más modernamente, po r el juego parlam entario. Las poltronas y sillones de m ando son ocupados por socialistas que organizan la producción, y será la dictadura del proletariado, o el gob ierno socialista, el que nos llevará hacia el comunismo y la anarquía. La otra manera de llegar al p o d e r es la del juego parlam entario y electoral: presentarse a las elecciones con un program a, y desde a llí a fuerza de leyes llevar la sociedad al socialismo. Desde este punto de vista aristocrático lo im portante es co lo ca r a buena gente en el aparato del Estado, para que desde a llí lo desmantelen. Todos sabemos ya que este esquema, que os ofrezco a quí muy sim plificado, no ha funcionado, y que la crítica anarquista a estas especulaciones se ha cum plido punto p o r punto. Tanto el socialismo dem ocrático y su Estado Providencia, com o el comunismo autoritario y su Estado Científico, han sido la continuidad del Capitalismo. C a p it a l is m o de e s t a d o

Lo que ocurre en realidad es que los nuevos gobernantes comunistas, se adue­ ñan del Estado, y desde a llí se a p ropian de la plusvalía que generan los tra b a ja ­ dores. Esa plusvalía la tiran a la basura p a g a n d o a una tecnoburocracia im pro­ ductiva, que se hace cada vez más y más numerosa. Al invertir además ese dinero en industria de armamentos para a fia n za r al Estado y provocar su expansión, descuidan la investigación en otros sectores, no buscan la ca lid a d , no valoran lo im portante de cuidar el ecosistema y despilfarran el dinero. La estructura de la economía capitalista queda intacta. Las clases sociales per­ sisten. Por un lado están los productores de riqueza, los trabajadores; p o r el otro los funcionarios del Estado, la burocracia del partido, que ganan sueldos muy superiores a los de los obreros y que forman la nueva clase social de magnates. La élite del pa rtid o disfruta de coches caros, segundas residencias, objetos de lujo que pueden com prar con divisas en tiendas especiales, da órdenes indiscutibles porque son poderosos..., mientras que el tra b a ja d o r sigue constreñido a un sueldo

de mera subsistencia y a no p o d e r d e cid ir sobre cómo em plear el excedente que produce. Este tipo de econom ía en la que el Estado se convierte en una gran empre­ sa única, es una economía capitalista más. La planificación de tipo centralizado por parte de una tecnocracia p rivile g ia d a que da órdenes, prohíbe la huelga e im pone precios, salarios, condiciones laborales, horarios de tra b a jo y cuotas de producción, lleva a una econom ía en la que los desequilibrios entre el cam po y la ciudad se acentúan. Los campesinos no ven ventajas en un sistema que les com pra el trigo barato y les vende caro los servicios. Y, en consecuencia, dejan de producir. Lo mismo les ocurre al resto de trabajadores industriales. La gente se limita al ir tirando sin interés p o r la producción, ya que saben que lo que hagan se lo a p ropiará a continuación la burocracia del Estado. En los países com-unistas de Estado las crisis suelen ser de subproducción. El fracaso de los científicos a la hora de p lan ificar la econom ía en países con población abundante, recursos técnicos y materias primas abundantes, es evidente. El

s o c ia l is m o

d e m o c r á t ic o

En el caso de los socialismos dem ocráticos con econom ía de capitalism o pri­ vado, vives en un país en el que el Estado se queda (dependiendo del país) con entre el 4 5 % - 6 5% de tus ingresos en impuestos directos e indirectos, con los que paga a sus funcionarios, sus gobernantes, sus empresas públicas y sus tecnócratas. Y además garantiza a los empresarios particulares la extracción de plusvalía a los trabajadores. Con lo cual te encuentras con una especie de despotismo ilustrado (llam ado Estado de Bienestar) en donde la opinión del tra b a ja d o r (productor de riqueza) no cuenta más que como consumidor, q u edando a merced de las arbitra­ riedades de empresarios y banqueros, de sus crisis cíclicas y reconversiones y de un Estado para el que trabajas seis meses de doce a cam bio (sobre todo) de la seguridad social y de una dudosa pensión de jubilación..., si sobrevives. El

c o m u n is m o

t o t a l it a r io h o y

Tras lo dicho, no resulta sorprendente como ha evolucionado el comunismo en China. En lugar de haber d a d o más libertad a los trabajadores y de permitirles gestionar sus excedentes, el p a rtid o comunista mantiene una dictadura política y controla el aparato del Estado de manera férrea. Ese p a rtid o permite la existencia

del capitalism o de gestión pa rticu la r similar al de los países de capitalism o dem o­ crático, y garantiza que los obreros se tienen que contentar con tra b a ja r p o r un salario escaso sin protestar. En resumen: estado policial; im perialism o sobre otros países; carrera de armamentos; desigualdad de desarrollo entre cam po y ciudad; dictadura política y dictadura económ ica que no garantiza ni el tra b a jo para to­ dos ni el bienestar colectivo; alienación política con endiosam iento de un partido totalitario; moral conformista y pasiva p o r parte de los dom inados que no ven otra salida a sus vidas que la de la obediencia, ya que la disidencia conduce a la cárcel, al psiquiátrico, al paro o a la horca; creación de una nueva plutocracia que hace prevalecer sus intereses sobre los del pueblo al que aseguran beneficiar; clases sociales, plusvalía... Se com prueba de este m odo cóm o la burocracia co­ munista jamás renuncia a sus privilegios, y cómo coexiste sin problem as un Estado nominalmente d irig id o por comunistas, con una econom ía de M e rc a d o capitalista d edicada a exprim ir trabajadores. El

poder c o r r o m pe

Yo defiendo la teoría de que el p o d e r corrom pe. Una persona que llega a un puesto de Poder tiende a mantener su privilegio, y a sostener el sistema social im­ perante. Todo lo que vive quiere no morir. Busca desesperadamente reproducirse y perpetuarse. La organización social, determina también una ide o lo g ía concreta. Es decir, una organización centralista, com petitiva, autoritaria y generadora de desigualdades, producirá personas centralistas y autoritarias que defenderán su posición. Esto es norma social, c o rro b o ra d a y docum entada con montañas de documentos, al menos desde la Revolución Francesa de 1789. Sólo tiene carácter de ley lo que es observado, experim entado y verificado. Y lo demás es palabrería aunque se adorne con el manto augusto de la ciencia. La ciencia no es sagrada, ni es la verdad. Es sólo la interpretación que hacemos en un momento d a d o de la verdad, y siempre desde una id e o lo g ía concreta. El socialismo científico, que me descalificó con insultos del tipo de idealista, acientífica, utópica, y que vendía como hecho indiscutible que lo económ ico determ inaba en última instancia, el tipo de organización social y la ide o lo g ía dom inante, metió pero que bien la pata. La Unión Soviética es un claro ejem plo. En la Unión Sovié­ tica fue una id eología autoritaria, la bolchevique, la que determ inó la estructura

social y el m odo de producción socialista con p ro pie d a d estatal lleno de presidios y campos de concentración. Tras setenta años, no se generó ni una id e o lo g ía ni una sociedad socialista, sino una dictadura horrorosa: cárceles, campos de concentración, siquiátricos para disidentes, invasión de Hungría, Checoslovaquia y A fganistán, represión de huelguistas, carrera de armamentos, im perialism o y co­ lonialismo... Y el experimento, que tantos ríos de sangre vertió, ha a c a b a d o como ya sabemos: disolviéndose. La propuesta que os hago es que observéis, planteéis hipótesis de trabajo, verifiquéis los hechos y obtengáis conclusiones. Si nos cerramos en banda en torno a una ideo log ía , y nos dedicam os a repetir com o loros las citas, consignas e instrucciones de los graneles del socialismo, cuando surjan situaciones nuevas no sabremos cómo reaccionar y reincidiremos en pasados errores. Y no es que yo niegue las aportaciones teóricas de los pensadores materialistas de los siglos XIX y XX, a quienes tanto debemos, ya sean socialistas o anarquistas. Igual que los colectivistas del 3 6 y sus creaciones prácticas, nos sirven de inspiración. Unos describieron sus mundos, los otros lo transform aron, y vosotros debéis describir y transform ar el vuestro. Y mientras no se demuestre que no es el cam ino adecuado, hay que prom over el desarrollo de la cultura libertaria de rechazo al Poder, y la creación de estructuras sociales y formas económ icas de producción autogestionarias, com o método de tra b a jo para transform ar la sociedad. A unque os llamen idealistas. N o esperéis a que se den circunstancias teóricas dentro de mil años para intentar cam biar el mundo, porque vuestras vidas son cortas, ni confiéis en las vanguardias que se sitúan p o r encima del pueblo al que dicen servir. Atrévete a cometer tus propios errores.

El m é t o d o

d e l a li b e r t a d

La m etodología es tam bién im portante. Fines y medios han de ir siempre uni­ dos. Los anarquistas respetan la libertad de cada cual, los comunistas autoritarios no respetan la libertad ajena a sus planes. Por ejem plo los comunistas autoritarios piensan que para pasar del C apitalism o al socialismo hay que esperar a que las condiciones económ icas estén maduras. Sería inútil —decían— im poner al cam pe­ sinado aferra do a sus tierras, y que las trabajan individualm ente con medios rudi­ mentarios, una form a de producción colectiva, ya que la rechazarían de plano. Sin

em bargo, son múltiples los países en los que la colectivización estatal fue impuesta a sangre y fuego po r la burocracia comunista y su cultura de poder. En la Unión Soviética la colectivización forzosa costó millones de vidas y deportaciones. C om parad esta actitud con la de mis anarquistas peninsulares. C uando intro­ dujeron la colectivización de la tierra en A ra g ó n , C ataluña, Levante, A ndalucía, Castilla, Extremadura..., emplearon el método de la libertad. Quien quiso apun­ tarse a la colectividad, lo hizo, y quien no, pudo cultivar sus tierras p o r su cuenta. N o hubo imposición. Se esperaba a que el pequeño pro p ie ta rio fuese ingresando en la colectividad, cuando viese las ventajas de tra b a ja r en común. En cam bio los líderes comunistas españoles repetían como cotorras que en España había que im plantar un sistema burgués como paso previo a la Revolución Social, porque sus manuales de escolares y sus mandos afirm aban que así tenía que ser. El que esta revolución ya estuviese en marcha no les im portaba, ya que com o no la controla­ ban (y encima contradecía sus teorías), preferían destruirla. O t r a de p r o g r e s o

Una diferencia del anarquism o con otras escuelas, no sólo socialistas, sino tam­ bién capitalistas, se centra en torno a la idea de progreso. El progreso es entendi­ do po r esta gente com o un paso de lo simple a lo com plejo, com o un fenóm eno de evolución positiva, que en lo económ ico se verifica en que las sociedades que se hallan en la cabeza de la carrera del progreso y la civilización, son las que más energía y combustibles gastan, pues ellos son los que aumentan los niveles de consumo y bienestar. Yo entiendo que el progreso no discurre p o r etapas fijas de form a inevitable de lo simple a lo com plejo. También puede recorrer otros caminos que están por desbrozar. Por ello en las reivindicaciones prácticas e históricas del anarquismo se pone el acento en aspectos tales com o el derecho al ocio, al bienestar, a la dig n id a d personal y al control de la propia vida, aunque ello nos pudiera llevar (que no se sabe) a menores niveles de consumo energético. Por eso ha de quedar claro que entre menos energía y más libertad, el anarquista elige la libertad, ya que la lib e rta d es lo mejor; la lib e rta d es la p rin c ip a l p ro d u cto ra de riqueza y de bienestar espiritual y m aterial, la lib e rta d es lo que hace a la vida dig n a de ser vivida. Y por ello los anarquistas no dudan en afirm ar que la revolución anarquista

se hace siempre para generar más abundancia, más ca lid a d , más eficacia y más necesidades satisfechas que la existente en el sistema que destruye. El progreso llevado adelante p o r comunistas, tecnócratas y capitalistas está ag o ta n d o los recursos del planeta, cam biando el clima, desarrollando nuevas en­ ferm edades y plagas, generando residuos tóxicos, aum entando la miseria... A un­ que ¡amás se haya gastado tal cantidad de energía com o hoy día se hace, no se puede llam ar a eso progreso. Una sociedad anarquista im plica otra idea de sa­ tisfacción, placer y bienestar. Si asaltáis la locom otora del progreso, ved com o os esclavizan mediante el consumo, reducid la presión, disminuid la velocidad, con­ tem plad el paisaje con tranquilidad, y después tom ad el cam ino que os plazca. El

futuro

También hay que m irar la concepción del Futuro. C apitalism o y socialismo autoritario en cierto m odo son religiones laicas. M ientras que el fascismo añora un pasado luminoso que nunca existió, los mensajes proféticos y religiosos tanto de capitalistas com o de socialistas, piden que sacrifiquemos el presente para llegar al Futuro que nunca existirá. Para el anarquism o resulta absurdo perder el A hora esperando un hipotético M á s A llá. Los clérigos capitalistas y socialistas entran en trance tras escrutar los últimos informes socioeconóm icos, y os anuncian la llegada del reino de Dios al final de los tiempos, o que en el 2011 tal vez acabe la crisis y luego ya veremos. Os piden que seáis un rebaño obediente, y así seréis conducidos a verdes prados donde manan fuentes de leche y miel sin descanso, la tem peratura es siempre a g ra d a b le , el subsidio de desempleo dura todo el año y la cuenta corriente siempre está bien nutrida. Pero ¿se puede a n d a r el pedregoso e inhóspito cam ino al Paraíso Perdido sin ni siquiera un p a r de botas? Si existe un buen momento para crear el mundo ideal es precisamente este instante. N o espe­ res a mañana para llevar a ca b o tus ideas. El Futuro no existe. ¿ P u e d e n lle v a r s e b ie n c o m u n i s t a s y a n a r q u i s t a s ?

En el ám bito de la teoría, los comunistas autoritarios suelen invocar a M a rx (un científico social muy im portante del siglo XIX que casi nadie ha leído aunque hablen de él) para justificar sus planes, ya que lo consideran su referente científico (si pocos son los que leen a M a rx , entenderlo menos aún. Y de los pocos que se enteran de lo que leyeron cada cual lo interpreta a su modo).

Los anarquistas entienden que M a rx es un autor más que hace una buena descripción del C apitalism o y de la sociedad de su época, que tiene cosas muy aprovechables en el ám bito de la teoría económ ica. Pero que sus análisis carecen —no obstante— de muchos datos que son conocidos en la actualidad y que hay que v a lo ra r su obra (y la de cualquier pensador sea o no marxista) de manera crítica, a d a p ta n d o la teoría a la práctica y no la práctica a la teoría. Además, hay muchas escuelas políticas comunistas, la mayoría de ellas autodefinidas como marxistas a las que se añade un a p e llid o (leninistas, estalinistas, trotskistas, luxemburguistas, consejistas, maoístas, bordiguistas...), con las que sue­ le haber grandes desencuentros. Porque en el cam po político, las diferencias entre comunistas autoritarios y anarquistas son notorias. Los anarquistas no se ciñen al método establecido por un señor con a p e llid o (Lenin, Trotski, Stalin, M a o ...). Los comunistas autoritarios insisten en la a utoridad, en el sometimiento individual a lo colectivo, en la centralización, en la toma del poder. Los anarquistas tienen sus propios conceptos de análisis: acción directa, autogestión, individuo, liber­ tad, federalism o, intercam bio, necesidades, adm inistración, reciprocidad, apoyo mutuo, planificación descentralizada, disolución del poder. Los métodos de unos y otros (parlamentarismo, partido, vanguardia proletaria e intelectual, dictadura, estatismo, planificación centralizada...) difieren y los choques de comunistas con anarquistas son habituales, y a veces muy duros. Jamás los llam ados marxistas han condenado a la a u toridad y por eso no se han denom inado ni antiautoritarios ni anarquistas. Jamás los anarquistas aceptarán la autoridad, y p o r eso no se denom inan marxistas.

El Reform ism o y la socialdem ocracia M is anarquistas consideran reformistas a las personas que pretenden conse­ guir mejoras reconociendo legitim idad a las instituciones del Estado, tra b a ja n d o o c o la b o ra n d o con ellas, y recibiendo sus ayudas y beneficios. El reformismo viene a decir que es posible la amistad sincera entre opresores y oprim idos, que mediante esta co la b ora ció n bienintencionada es posible lo g ra r la p a z y la abundancia g eneralizada. Sólo es cuestión de tiempo. Q uienes opinan de esta form a se olvidan de lo que es el sentimiento de d igni­ dad. Los anarquistas no creen que haya que reform ar la esclavitud, es decir, pedir que en la plantación no se empleen látigos y que los esclavos sean bien alimen­ tados. Es cierto que una a u toridad benevolente es más llevadera que un Poder sanguinario, pero se vive en esclavitud tanto con una com o con el otro. Además, el Poder sólo es bueno mientras no se le pone en peligro. Si no se le reconoce, si no se le legitima, em plea la violencia. Tanta com o sea necesaria para sus fines. Mientras la sociedad esté d ivid id a en clases, mientras haya dom inación, mien­ tras la violencia esté presente en las instituciones, mientras el privilegio, el afán de lucro y la acum ulación de riqueza sean los valores de nuestro mundo, no será posible ni la p a z ni el bienestar para toda la hum anidad. N o . Los resultados de dos siglos de C apitalism o industrial están a la vista. El reformismo pretende, en resumen, corregir mediante leyes, normas y decre­ tos los males sociales sin a ta ca r las causas que los producen.

P o s i b il i s m o

H ay que lograr lo posible, os dicen. Es cierto que en determinadas circunstan­ cias, colocar a X en el ayuntamiento en lugar de a Z, puede tener consecuencias po­ sitivas. Pero aún en este caso los anarquistas no deberían renunciar a sus métodos de lucha. Ya que no se puede hacer todo en la vida, hay que elegir cuál va a ser nuestra conducta, hay que defender el terreno que se pisa, y hay que d a r ejemplo. Existen demasiados reformistas para que hagamos el trabajo práctico con sus méto­ dos, porque renunciaríamos a los nuestros. Podemos hacer miles de cosas mediante la acción directa y la p ropaganda por el hecho... Dejar a un lado a nuestros mé­ todos, confiar en un líder, tener funcionarios liberados en el ayuntamiento o en el sindicato, pedir una subvención... Fortalece al Estado y debilita a los anarquistas. T ip o d e r e f o r m a s q u e q u ie r e n l o s a n a r q u i s t a s

El anarquismo, claro está, también intenta conseguir reformas. N o se puede pasar del Estado a la anarquía de un día para otro. Pero la diferencia está en qué tipo de reformas buscan los anarquistas, y cóm o las van a conseguir. C uando persiguen una reforma lo hacen con el espíritu del que conquista terreno al ene­ migo, con la finalid ad de lle g a r siempre más allá, para lo g ra r ir más lejos. Al usar la Acción Directa (acción libre de interm ediarios) muestran al pueblo una forma diferente de hacer las cosas. Es una actividad educativa que pretende quitar el m iedo y enseñar a actuar p o r cuenta propia. Para ello, los anarquistas intentan ser un grupo lo más numeroso de personas, convencer m-ediante la práctica (p ropa­ gan da por el hecho), y pelear con sus propias fuerzas. Pero jamás buscan conquistar a las instituciones del Estado para im poner refor­ mas. Y siempre están en la oposición a cualquier tipo de gobierno. V o l u n t a r ia d o , o n g s

En la actualidad mucha gente presta su concurso a determinadas actividades re­ formistas, y dan de esta forma su apoyo a los Estados, pues suavizan sus desastres. Los cantantes se unen para g ra b a r un disco, la canción sale en las listas de música comercial, miles de personas van a los conciertos, y el dinero se emplea en com prar suero y medicamentos para Ruanda. O para las focas. O para lo que sea. La gente acalla su conciencia dan d o dinero. Los más sensibles acuden de voluntarios a alguna O rg a n iza ció n N o G ubernam ental, en donde trabajan gratis

o meten cabeza para crearse un empleo. Se suceden actos de heroísmo de este nuevo tipo de misionero blanco, en la lucha contra las epidem ias de cólera o paludismo. O contra el SIDA. Pero la esclavitud, la guerra, y las epidem ias son hechos cotidianos. N o pueden cam biar, porque vivimos en una sociedad que provoca que tales cosas sucedan. Desde esta perspectiva, se acude a alivia r miles de fuegos dispersos, pero no se atacan las causas del incendio. D e s t r u c c ió n d e d i g n i d a d

Bien alim entados gracias al e xp o lio que realizan un puñado de capitalistas que ceden sus limosnas y donativos, acuden los voluntarios a salvar con caridad a los pobres del mundo. Demuestran su superioridad, destruyen sus culturas, des­ estructuran sus mundos, y crean nuevos puestos de trabajo, los de cooperantes, intentando p a lia r la miseria que el C apitalism o provoca. De paso acaban con su dig n id a d y les dicen que vienen de un mundo m aravilloso. Por su parte el donante pasivo en la inmensa mayoría de los casos no se toma la molestia de averiguar cóm o se ha em pleado su dinero. N o cuestiona que la propia O N G reproduce en sus estructuras la autoridad, la burocracia, el p rivilegio y el Poder. Cierra los ojos ante el hecho de que muchas O N G 's gastan miles de millones de subvenciones, en sueldos y mantenimiento de la propia O N G , que en la práctica funciona como una subcontrata o como un fra n q u icia d o del Estado. A c c ió n

r e v o l u c i o n a r i a , d ir e c t a y a p o y o

m utuo

Por supuesto que nos alegram os cuando la actividad reformista evita que al­ guien muera de hambre. Eso está muy bien, es estupendo, y hay que hacerlo si se puede. N o vamos en contra de una persona sensible que intenta echar una mano a su prójim o. Pero los anarquistas opinan que hay que cam biar la sociedad de form a revolucionaria, que sólo de esta manera se evitarán los males sociales, y que se debe transform ar el mundo desarrollado en prim er lugar, en vez de ofrecer limosna. El A p o yo M utuo anarquista im plica fraternidad e ig u a ld a d entre todas las culturas... Y enfrentamiento con el Estado p o r lo tanto. El A p o y o M utuo no espera palm aditas en el hom bro de la banca. Q uien es anarq-uista presiona para conseguir las reformas p ro p a g a n d o la revolución en el lugar que le ha to ca d o en suerte. El anarquism o ha de ser siempre revolucionario.

A narquism o, nacionalism o y diferencias étnicas y raciales C uando un grupo o rg a n iz a d o de personas reivindica derechos políticos so­ bre un país y su población, basándose en elementos culturales com partidos, con intención de mantener un Estado o construir uno nuevo, se está produciendo un fenóm eno nacionalista. El Estado-Nación reclama un territorio en el que dicen que habita un pueblo que posee un destino colectivo, una historia común, una cultura similar (idiom a, costumbres) que com parten. Este es el significado que voy a darle a la pa la bra N a ció n , y a sus derivacio­ nes: nacionalismo, liberación nacional, etc., porque es el sentido que se le da en general, ya que hasta ahora todas las naciones que se han in d e pe n d iza d o lo han hecho creando un nuevo Estado. Si alguien emplea la pa la bra nación para designar un territorio ge o g rá fico sin más im plicaciones, o en otro sentido que se le ocurra, no tiene que darse por alud ido con lo que se dice a continuación. Ha de q u e dar muy claro: aunque en O ccidente Estado y N a ció n se confunden, no es lo mismo N ación que Estado. El Estado es una organización centralizada; la N ació n es una manera de designar a una población que ocupa un territorio con una cultura com partida. A la N a ció n la puede reivindicar un Estado o personas que quieren un Estado, porque hay naciones sin Estado. Q ue exista una N ación o no, es un tema que genera muchas polémicas, pues los nacionalistas tienen ten­

dencia creer que unas naciones son verdaderas y otras son falsas. ¿Qué nación es verdadera? La que uno considera propia. ¿Qué nación es falsa? La que cuestiona la verdad de la nación propia. M a y o r ía s y m i n o r í a s

Los grupos que reivindican una N a c ió n pueden ser una m inoría respecto a la p o b la ció n total del Estado. Por ejem plo, Euskadi respecto a España. Pero tam bién se da lo co n tra rio : Pretensiones de un gran Estado de a g ru p a r te rrito ­ rios que contienen personas que reclam an la misma n a c io n a lid a d , p o r ejem plo, A le m a n ia anexion á n d o se a A ustria. Y tam bién se encuentran p o b la cio n e s de diversos tam años y diferentes culturas a g ru p a d o s en un solo E stado-N ación, com o Suiza. Pero si os fijáis bien, estamos hab lan d o de mayorías y minorías que no existen. Los vascos en Euzkadi son m ayoría, y es en el contexto del Estado español donde se convierten en minoría. La em igración rusa en Lituania era mayoría en el con­ texto de la antigua Unión Soviética. Dentro del actual Estado Lituano es minoría, aunque sean mayoría en Rusia. Es decir, que para que haya mayoría y minoría en la población, debe existir Estado, o al menos territorio de referencia. E l a n a r q u i s m o , e n e m i g o d e l n a c i o n a l i s m o e s t a t is t a

D ado que el anarquism o se ha d e cla ra d o acérrim o enem igo del Estado, lo es tam bién de los nacionalistas de Estado. Rechaza el Estado-Nación que ya exis­ ta, y rechaza los grupos nacionalistas que pretendan la independencia nacional para crear un nuevo Estado. Los anarquistas piensan que p o r encima de la inde­ pendencia de los pueblos, está tu p ro p ia independencia. Q ue es de tu voluntad de la que ha de pa rtir tu deseo de unirte con otras personas con las que te sientas afín. ¿Es tu paisano el que pide que metan en la cárcel a los inmigrantes? ¿Es tu costumbre esa de ir a la procesión del santo? ¿Qué tienes tú que ver con el patrón, con el policía, con el m alvado, que son tam bién de tu nacio-nalidad? ¿Qué te im­ portan a ti los que murieron p o r el rey de hace cien años? ¿Qué destino te une al de la Duquesa Fulana con su latifundio, o al del tra b a ja d o r Zutano con sus ideas machistas? ¿Es tuyo un sitio que no sabes ni poner en el mapa? ¿Qué clase de liberación nacional es esa que mañana te dirá que te levantes y trabajes para tus nuevos señoritos? ¿Por qué vas a darle tu fuerza a alguien que quiera mantener

o edificar una nueva tiranía en nombre de tu destino, tu historia, tu territorio o tu idioma?... Entonces el nacionalista X te hará la pregunta: "¿Así que no quieres la independencia de la N ación O p rim id a X? Eres p o r lo tanto un a lia d o de la N a ­ ción O presora Y". Y el nacionalista Y te dirá: "Así que no te im porta la ruptura de la N ación Y? Eres un separatista de la N a ció n X". Pues la verdad, que una N ación se rom pa en pedazos no es a lg o que quite el sueño a un anarquista. Y, p o r supuesto: queremos la independencia de X; pero también queremos la independencia de Y; queremos la independencia de cual­ quier nación, de cualquier pueblo, de cualquier ciudad, de cualquier barrio, de cualquier calle, de cualquier colectivo y de cualquier persona. La independencia es lo que hace respirar al anarquismo. ¿Cómo podríam os oponernos a la indepen­ dencia de nadie? Pero ha de qu e d a r claro que una cosa es a p o y a r tu indepen­ dencia, y otra a p o ya r la creación de un Estado. Si quieres identificarte con una nación de manera voluntaria, es tu potestad hacerlo. Si quieres ver a esa nación tuya y de tus libres deseos independiente, libre, soberana, me tienes a tu lado. Si quieres fundar un Estado o a p o y a r a alguien que lo vaya a fundar, no estoy por la labor, porque donde hay Estado, se carece de independencia. Y si quieres que una persona po r el hecho de nacer en un sitio haya de tener unas características concretas, no estoy de tu parte. Ra z a s

Durante siglos se pensó que existían razas humanas, y aún hoy está muy ex­ tendida esa creencia. Una raza se separaría de otra p o r poseer claras diferencias físicas objetivas, trasmisibles a los hijos, medibles y permanentes. Estas diferencias físicas estarían definidas por los genes que son los que proporcionan el plano de lo que es una persona concreta. H abía mucha incertidum bre sobre cóm o definir a una raza de manera cien­ tífica, ya que era más que discutible que existiera la raza de los rubios, la de los morenos o la de los pelirrojos; o la raza de los narizotas, de los orejas de soplillo o de mentón saliente... ¿Qué era ser negro? C ualquiera puede ver que lo que existía era piel de distinto tono, del rosado al marrón muy oscuro. Un hindú o un australiano podía ser más negro que un africano, un esquimal más moreno que un francés y un apache muy diferente de un mongol... Pero a su vez parecido.

Para colmo, había gente que consideraba negro a cualquiera que tuviera entre sus ancestros a alguien de piel negra, aunque el sujeto fuera más claro que un finlandés. ¿Dónde em pezaba y dónde a ca b a b a una raza entonces? El debate era muy enconado porque hay racistas que defienden que la inteligencia de una persona puede deducirse por el co lo r de la piel, p o r ejemplo. M ientras más claro el tono de tu piel, más listo se es —decían sin pudor. Je. En realidad se usaba la clasificación racial para justificar la explotación, persecución o m arginación de determ inados grupos p o r otros. En el año 2 0 0 3 se a ca b ó de secuenciar el genom a humano, es decir, las instrucciones que permiten construir a un ser humano. Una de las sorprendentes y espectaculares conclusiones a las que se llegó tras la secuenciación, es la de que las razas humanas no existen. Los diferentes tonos de piel, de pelo, pliegues oculares y demás, son adaptaciones superficiales al m edio que ocultan que los genes de los humanos están tan mezclados, que uno puede tener más similitudes genéticas con alguien de la otra punta del g lo b o de piel oscura, que con su vecino de la misma acera más rosado. Todos los humanos poseen similares cualidades. Nuestro antepasado común femenino más reciente fue una mujer a p o d a d a Eva M ito co n d ria l, que vivió en A frica hace a lg o más de ciento cincuenta mil años y que form aba parte de una agrupación humana de muy pocos miembros. Entonces había solo unos miles de humanos y el resto de estirpes se quedaron en el camino sin d eja r descendencia. En el caso de los varones se considera que hace unos (más o menos) setenta mil años hubo un varón africano del que descienden todos los cromosomas Y de nuestros días. Ese antepasado común masculino más recien­ te es el llam ado A dán cromosómico. Por esas fechas la especie humana seguía estando restringida a un escaso número de individuos africanos (dicen algunos investigadores que en torno a mil) que por efecto de la sequía em igraron en di­ versas oleadas po r el mundo cubriendo todos los ecosistemas. El rastro de estas migraciones se ha seguido m ediante análisis genético y afirm a que, en resumen, no existen razas humanas de ningún tipo. N i más o menos inteligentes, ni más o menos capacitadas para la escalada o para to ca r el piano, porque estamos muy mezclados. H ay diferencias individuales en resistencia a las enfermedades, o pe­ culiaridades que permiten saber quién es tu padre mediante las pruebas de A D N ,

porque la huella genética de cada uno es tan única como la huella dactilar, tan peculiar com o la form a del iris. Pero no hay diferencias significativas que permitan clasificar a un grupo am plio de personas com o de una raza específica humana. Puedes encontrar personas que posean más similitudes genéticas contigo a la hora de un trasp-lante entre los indios mayas, que en tu propia fam ilia. Fue una buena noticia para los anarquistas, que habían proclam ado la unidad de la especie humana p o r encima de co lo r de piel, de ojos o de pelo. ¿Qué todo esto de los genes es un lío? Para que intentes visualizar esto de otra manera menos científica y con menos genes de p o r medio: un perro setter marrón, y otro setter negro, son ambos de la misma raza, aunque uno sea marrón y otro negro. Un humano de piel oscura, y un humano de piel más clara, pertenecen a la misma raza: la raza humana. Por supuesto, sigue habiendo racistas científicos que intentan clasificar a las personas por razas, pero sus intentos no han tenido éxito hasta ahora. Por eso probaron con otras palabras. Etnias En la actualidad el término raza está en desuso, y se prefiere el de etnia para clasificar a la gente. M ientras que la raza hace referencia a las similitudes físicas, biológicas, genéticas, que unen a unas personas separándolas de otras, la palabra etnia designa a grupos de personas que están unidos p o r similares costumbres, al margen de la herencia genética. Por ejem plo, una población que siga una regla cultural de m atrimonio p o liándrica (en la que una m ujeres com partida p o r varios maridos), puede considerarse de diferente etnia que otra que siga una regla de m atrim onio poligínica (en la que un m arido posee varias mujeres). Religión, idiom a, ley, transmisión de herencias, tabúes sexuales o alimenticios, m odo de vida preferente, posición social de la mujer, sistema educativo..., marcan la existencia de diferentes etnias. M ientras que la pa la bra genocidio hace referen­ cia a la elim inación física (m atándolos) de una etnia, la pa la bra etnocidio hace referencia a la destrucción de su cultura y al o lvido de lo que fueron, sin necesidad de aniquilar totalm ente a sus miembros. La etnicidad no tiene nada que ver con los genes, es decir, con que uno nazca y tenga en sus genes la irresistible necesidad de construir casas de adobe. Debe

quedar claro. La construcción de casas y refugios, tiene que ver con la cultura, con lo aprendido. Aún así es discutible y polém ico el em pleo del término, porque no se suele hacer referencia a la etnia francesa, o a la etnia portuguesa. Ese término queda asociado a grupos etiquetados com o primitivos, atrasados... M in o rita rio s. D eterm inar qué es una etnia es d ifícil..., tanto que algunos dudan que existan en re a lid a d . N o existe un crite rio objetivo de cla sifica ció n étnico. N o hay unos rasgos que perm itan d ife re n c ia r claram ente qué es y qué no es una etnia. ¿En qué fijarse?, ¿en lo que dice la gente?, ¿en lo que hace?, ¿en cosas im p o rta n ­ tes?, ¿o c u a lq u ie r rasgo sirve? Es c o m p le jo d e fin ir p o r el id io m a a las etnias, ya que bosnios, croatas y serbios hablan el serb o cro ata . C e le b ra b a n m atrim onios mixtos y convivían pacíficam ente... Lo cual no les im p id ió enzarzarse en una guerra horrib le en los años noventa, con telón de fo n d o pat-riótico-nacionalista. Tuvieron que m arcar las d iferencias m ediante la re ligión (o rto d o x a , ca tó lica , musulmana), o m ediante el a lfa b e to (cirílico o latino), y form an actualm ente tres etnias diferentes, ca d a una con su Estado, que se entienden tanto com o un asturiano entiende a un g ra n a d in o . Igual pasó con hutus y tutsis de Ruanda, que tenían el mismo id io m a , el mismo aspecto, las mismas casas, las mismas ropas, los mismos tejados de ch a p a , vecinos de calle, ju g a b a n al fútbol, iban a cole g io s cristianos, bebían la misma cerveza... Salvo que los humus eran pre­ ferentem ente cam pesinos, y los tutsis preferentem ente g anaderos, sólo podías saber quién era tutsi o quién hutu p re g u n tá n d o se lo o m irá n d o lo en su carnet de id e n tida d . Y aún así los hutus llevaron a c a b o un g e n o c id io contra los tutsis que a día de hoy carece de e xp lica ció n ra cio n a l. Las etnias, existan o no (que se lo dig a n a judíos, a palestinos o a gitanos), funcionan cu a n d o la gente cree en ellas. Por ello los anarquistas procuran quitar im portancia a las diferencias étnicas, culturales, y marcan con decisión las diferencias de p o der y de riqueza. Los anar­ quistas consideran los nacionalismos y cualquier ley de segregación, racista o identitaria, que cree diferencias políticas, divisiones o conflictos con otros grupos sean llam ados étnicos o de cualquier otro modo, com o opiniones nefastas y peli­ grosísimas, base de terribles horrores.

Resiste siempre a que te etiqueten. Si tienes que establecer diferencias, clasi­ ficaciones, jerarquías entre las personas, ponte siempre del lado de las que son buenas, de las que luchan y defienden sus derechos, con independencia de su nacionalidad, de su clase, de su género o de su aspecto. A p o ya sin d u d a r a los dom inados, a los estigmatizados. O ponte siempre al racismo, no cedas ni un cen­ tímetro ante el que afirme que "existen diferencias físicas innegables entre grupos de personas. A ce p ta r que existen las razas no significa ser racista. H ay razas, pero no im portan esas diferencias"... Pues sí es muy im portante, porque de lo que no im porta no se habla. Y ellos hablan y hablan. Esas diferencias insignificantes, racistas o étnicas, fundam entan ideológicam ente el racismo, el patriotismo, el im­ perialismo, el capitalism o, y tu p ro p ia opresión p o r pa rte del Estado. La

id e n t id a d

Cuestión aparte son los sentimientos de identidad y pertenencia. Las personas tienen tendencia a constituir grupos, que se perciben como distintos de otros gru­ pos. Somos una especie que ha vivido siempre en rebaños, y a la que le gusta clasificar y com parar. Para que te sientas diferente, debes com pararte. Sólo con el contraste se reflexiona sobre las diferencias. Esa reflexión es la que produce una clasificación, una escala, una jerarquía, el nosotros/ellos. Es difícil im aginar a día de hoy que pueda lle g a r a darse un mundo p o b la d o po r humanos, que hagan las mismas cosas en todo el planeta. En un mundo anar­ quista seguramente habrá diferentes idiomas, variantes dialectales, estilos de vestir, varied a d en la preparación de la com ida, diferencias culturales, ritmos diversos de vig ilia/sueñ o... Las personas de un g rupo considerarán —tal vez— sus costumbres com o buenas, y las de los demás com o extravagancias y excentricidades. A este fenóm eno se le denom ina egocentrism o: m irar a otras personas desde los ojos de tu cultura. Pero estoy segura de que estas peculiaridades, y la form a de vivirlas, lo serán de una form a completam ente distinta en la sociedad anarquista (sin poder) a com o lo son ahora, que existe el Estado. U S O DEL SENTIMIENTO DE IDENTIDAD POR EL ESTADO

El Estado occidental, capitalista, (o quien aspira a serlo), para m ejor ejercer la dom inación, procura hacer homogénea a la p oblación sobre la que im pera en unos puntos a los que dota de fundam ento nacional. El sabe que los sentimientos

de identidad y pertenencia son a lg o muy fuerte. Funcionan com o fuerzas que sustentan la sociedad, y le dan un sentido de com unidad. Las personas, cuando estáis motivadas y amáis algo, sois capaces de m orir y de m atar p o r ello. Es un sentimiento muy útil para un m andatario. La identidad se crea en torno a unos m arcadores de id e n tida d . Los m arcado­ res son los aspectos de la cultura que se proclam an fundam entales, intocables, sagrados, separan a dos etnias, y siempre son pocos. Puede ser el territorio (desde este río a esta m ontaña), el idiom a (el castellano y el catalán), la religión (el cristianism o y el islam), el a lfa b e to (latino o a rá b ig o ), una form a de expresión cantada (el fa d o o el tango), el oficio predom inante (ganaderos y agricultores)... Los m arcadores de id e n tida d varían mucho de unos lugares a otros. El m arca­ d o r de iden tidad hace que dos personas que lo com partan, p o r diferentes que puedan ser, pertenezcan autom áticam ente a la misma etnia. Y viceversa: esos m arcadores de ide n tida d diferenciadores permiten e ch a r a un la d o todas las similitudes entre dos etnias diferentes, que suelen ser muchísimas. Dentro de esos m arcadores, hay signos de id e n tida d . Por ejem plo, un pañuelo cu b riendo el pelo de una mujer puede in d ica r que es una buena musulmana (religión), modesta y respetuosa (reglas morales). Q u ita rle ese pañuelo p a ra lib e ra rla , puede ser una falta de respeto tan horrible para ella com o d e ja r a un occidental desnudo en el m edio de la pla za pública. Una vez construido este sentimiento de identidad, se vive de una form a jerár­ quica. Ellos y Nosotros. Os dicen, escucharéis, que los otros pueblos están form a­ dos p o r gente b árbara e inculta. De A frica viene la m orralla a quitaros puestos de trabajo. De Estados Unidos, ignorantes y catetos. Y quién no ha o ído h a b la r de los hijos e hijas de la Gran Bretaña, de la caradura italiana y argentina... Y del pueblo calé ni te cuento. Exactamente los mismos o peores comentarios se hacen de vuestras personas. S e n t i m ie n t o d e id e n t i d a d y a n a r q u i s m o

Pero la identidad no tiene por qué ser vivida desde la jerarquía del yo soy mejor. También funciona en sentido horizontal e igualitario. Si algo ha caracterizado a la especie humana durante milenios fue la hospitalidad. Se puede pensar que los demás son gente rara, que hacen cosas extrañas, y respetarlos como a iguales.

También debéis diferenciar entre respeto y tolerancia. La tolerancia im plica a lg o así como resignación. C om o no podéis convertir a los demás en lo que que­ réis, debéis aguantaros y tener paciencia. Pues no. El anarquism o im plica igual­ dad, y la ig ualda d, respeto a lo diverso. Lo cual no im plica respeto a todo lo diver­ so. El anarquism o es no dominar, y no ser dom inado, y p o r ello rechaza todas las costumbres que conlleven dom inio, explotación, sumisión, p o d e r y autoridad. Ten en cuenta que la religión, el machismo o el dinero, form a parte de la cul­ tura com partida, tanto como el idiom a o los toros en la fiesta del santo. Porque cultura es todo lo que hacen los humanos que no está escrito en los genes, todo cuanto no es determinismo biológico, todo lo que p a rte de su a rb itra rie d a d . Por eso el anarquism o no respeta la to ta lid a d de la cultura, sino que quiere cam biar la cultura en sus aspectos más rechazables, la de cada uno en prim er lugar, de cara a crear una sociedad sin p o d e r ni autoridad. ¿ C ó m o c o n s t r u y e v u e s t r a id e n t i d a d el e s t a d o ?

A través de la m anipulación de vuestros símbolos culturales y de la histo­ ria. El p o d e r crea una fantasm agoría, y os dice que existe una cosa, llam ada N a ció n , que es vuestra Patria. Diseña símbolos: banderas, uniformes, escudos, eventos deportivos, inventa tradiciones... M a n ip u la la historia inventando el mito del origen común del pueblo, de su destino, re co rda nd o las ofensas recibidas siglos atrás... Os hacen creer que form áis parte de a lg o grande y colectivo y que vuestra posición en el esquema de p o d e r es a lg o natural, porque hay a lg o que desde el nacim iento a la tum ba, une al m ilitar y al pacifista, al cura y al ateo, al rico y al pobre.... Debéis tener en cuenta que la historia que se os cuenta no es la verdad, sino un relato inventado que sirve para controlar vuestro com portam iento presente. Lo que os venden es la historia del Poder, de sus guerras, masacres, bodas, intrigas... La historia de la gente está p o r hacer, porque quienes realmente movemos la historia no sabemos o no podem os escribir. Este relato mítico es transmitido por los medios de com unicación y por el sis­ tema educativo. Os hacen estudiar una literatura nacional, os hacen servir en el ejército nacional, os convierten en ciudadanos de la N a ció n , os proporcionan un carnet de identidad... Jugáis en N a v id a d a la Lotería N acional...

C o n s t r u c c i ó n d e s u p r a id e n t id a d e s

Por ejem plo, ahora se está construyendo p o r los Estados, la identidad euro­ pea. Se busca un mito de origen común, por ejem plo, G recia y Roma. Se o rg a n i­ zan fuerzas arm adas conjuntas, instituciones políticas, se id e a liza la dem ocracia, se estudia una legislación común, se promueve el inglés com o segunda lengua... Todo ese tinglado identitario se articula en torno a los Estados. Y la televisión y los periódicos os m achacan con la idea de Europa y el id ilio de sus naciones. Pero la historia de Europa es la historia de las culturas más violentas del planeta. Es la historia de sus guerras desde hace 2 .0 0 0 años. Los pueblos de Europa han sido los más belicosos del mundo. Para creer en Europa hay que hacer acto de fe. E t iq u e t a j e y p o d e r d e d e f i n i c i ó n

Eres etiquetado p o r los grupos que tienen p o d e r de definición. Ser judío a lo largo de los siglos, era ser avaro, sanguinario, malo en el peor de los sentidos. Llevar la etiqueta de judío, era uno de los peores estigmas posibles. Uno de los mayores poderes que existen es el de p o d e r etiquetar a la gente, definir sus com­ portam ientos y convertirlos en cosas raras que hay que estudiar, ayudar, expulsar o aniquilar. El Poder puede así predecir com portam ientos y ejercer la dom inación con más fa cilid ad. Las identidades personales existen, y las culturas. Es cierto. Pero eso no tiene nada que ver con los procesos de etiquetaje que emplea el Estado y sus aspiran­ tes para discriminar, segregar, hom ogeneizar y destruir las culturas humanas, con vistas a obtener dom inio y sumisión. Tanto da que esos procesos los ocasione un Estado ya constituido, com o grupos políticos que estén creando uno nuevo. C ual­ quier pod e r siempre intentará definir a los diversos colectivos im poniéndoles una visión única de su identidad y de su unidad. I d io m a s

Los Estados pueden tener un idiom a oficial en territorios que em piezan siendo plurilingües, o determ inar idiom as oficiales para diversas partes de su territorio. Para que el Estado nacionalista im ponga un idiom a común, ha de elim inar poco a poco los llam ados dialectos y los idiom as minoritarios. Es decir, los múltiples id io ­ mas que existen en el territorio que dom ina el Estado son minusvalorados, despre­ ciados o incluso prohibidos. El proceso de inculcación sistemático de este idiom a

oficial (idiom a norm alizado) se realiza a través de la escuela y de un sistema de premios y castigos, que hacen que quienes hablan bien la lengua oficial —lo que excluye al proletariad o y al cam pesinado sin estudios— tengan acceso a buenos cargos y mejores empleos. I d io m a s de c la s e

H ay que tener en cuenta que no sólo existen variaciones dialectales p o r co­ marcas en un mismo idiom a, sino que tam bién existen variantes de clase social: no habla igual la aristocracia que la plebe. La élite dom inante desvaloraliza siempre el habla del pueblo, y extiende la idea de que es un habla grosera, zafia, sin vo­ c ab ulario ni sintaxis, e in ca p az de expresar elevados conceptos y pensamientos. Es mentira. La persona con menos estudios del mundo, y más aislada del planeta, puede expresar en su idiom a cualquier tipo de inquietud, y puede traducir su dis­ curso a otras lenguas, y a su vez entender las traducciones que se le presenten: todos los idiom as tienen la misma base. Pero la estrategia del Estado hace que la gente común, que sabe h a b la r y comunicarse por natura, deba a prender un idiom a oficial que ha de em plear para buscar tra b a jo o ir a la universidad, aba n ­ d o nand o su habla materna. Desde el Estado y el Poder nacionalista se le dice a la gente lo que es a p ro p ia d o hablar, lo que hay que h a b lar y cóm o hay que hablar, para de esta manera hacer hom ogéneo lo que es heterogéneo, y crear así un sentimiento de U nidad en el que se identifique la población dom inada. Llegado a este punto, me siento m elancólica, entro en trance, y os vo y a hacer una reflexión sentimental sobre esto de la etnicidad desde un punto de vista liber­ tario. Esperad que ponga la voz de docum ental... Ya está. La e t n i c i d a d y l a s a b s t r a c c i o n e s c o l e c t iv a s

Surgió la llam ada criatura humana, descendiente del árb o l y emergente del lodo. El homínido, animal industrioso, se diferenciaba de sus com pañeros de g a ­ rras y rabos por una mera cuestión: la sofisticación a la hora de reflexionar sobre lo que sentía. Decía Unamuno que lo que diferenciaba al hombre de los animales era su ca p a cida d sentimental más que su racio n a lid a d . Yo, con modestia, afirm o que todos los animales sentimos y —a nuestra manera— pensamos. La facultad humana para em brollar dichos fenómenos y convertirlos en un elemento abstrac­ to, es lo que le confiere una gradación que antojadizam ente ha establecido la

separación. Es posible que el Homo sensible y pensante necesite de esta abstrac­ ción. De ella pueden florecer las más bellas obras de ingeniería fantástica, pero tam bién puede ocurrir que sus sueños produzcan monstruos. Los monstruos indivi­ duales causan poco temor, atormentan a su víctima, angustian a su d am nificado y después lo suelen a b a n d o n a r d e já n d o lo más sabio, fuerte y con fia d o que antes. Es un proceso que puede resultar útil. Pero... ¡Ay de quienes rodean a aquellos que no se conform an con p u rgar a sus demonios personales! Pues aquellos que colectivizan fanta-smas reposan en el lecho del tirano. Las abstracciones humanas pueden mover a un sujeto a retrotraerse, a mirar incluso a épocas pretéritas, y el Homo nostálgico, puede m irar con a g ra d o el tiem­ po en que se colum piaba en los árboles, cuando reptaba p o r el fango, o nadaba en la charca. Otros se envalentonan, miran a un futuro incierto, y com poniendo al Homo positivista se dedican a embarcarse en el culto al progreso continuo, a una civilización cuyos cimientos se fraguan con sangre y huesos. Este sujeto cree que el mundo que im agina es el m ejor posible, y desde luego para él es a lg o com pleta­ mente cierto. Hace entonces a co p io de orgullo y se declara ve la d o r de su charca, de su lodo o de su árbol, tanto com o el otro lo hace con su quimera, su expectativa y su industria. El problem a le llega al hombre cuando no está contento con ser crea dor de su pro p io mundo, de sus fantasías y sus pesadillas; no conform e con eso, trata de que los demás com partan sus seguridades y sus miedos. Pero, ¿tiene esto a lgo de malo? Desde luego que no, todos queremos com­ pa rtir nuestras conclusiones, confrontarlas con los demás y ver cuánto aguantan con el contacto exterior... El problem a surge cuando este proceso no se realiza de form a voluntaria, y existen muchas form a de que la voluntariedad se vea eclip­ sada o sojuzgada. H ablaré a q u í solo de tres. Una de ellas es la clásica, es decir, mediante la fuerza bruta: el estacazo en la cabeza, la bayoneta en las tripas o la bom ba atóm ica sobre las cabezas... Todo esto mueve a la gente a tom ar decisio­ nes que voluntariam ente, libre de presiones externas, no tom aría. O tro método es del ahogam iento material: córtale a un individuo todo m edio de proporcionarse unas lentejas y te habrás g a n a d o un fiel perro faldero; sumin-ístrale un sueldo, exi­ guo pero regular, y te tom ará por un dios; a p rópiate de la riqueza que él produce y será tu esclavo. La opresión económ ica o b lig a a la gente a com portarse y a ac­

tuar contrariam ente a lo que sus libres disposiciones le dictan. El tercer método es el engaño —esto se produce aun sin tener que utilizar mentiras específicas. Surge cuando a un individuo o grupo de individuos se le convence de que es aquello que voluntariam ente no ha d e cid id o ni escogido ser. C uando a un individuo se le confirm a que de form a connatural, endémica, innata, es esto o aquello otro, cuan­ do en su mente virgen de niño se le inocula unas creencias, unas tradiciones, una fe, el culto a una ley, oficiosa u oficial, pero siempre sacra, cuando el individuo es abso rbido p or las creencias de otro sujeto, e rig id o en colectivo p o r la fuerza del número, y se le inculca el acatam iento a toda una sarta de elucubraciones perso­ nales trasmutadas en generales, debemos contem plar, indiferentes o com pungi­ dos, el sacrificio de un ser m utilado en el a ltar de la abstracción colectiva. Es este el proceso que ha m ovido al anarquista a rechazar toda abstracción mayestática que haya tratado de ceñirse sobre el individuo sin su consentimiento explícito. Esta es la postura consecuente del anarquista —comúnmente— antiteologista en religión, nihilista en filosofía, herético en las doctrinas, iconoclasta tem­ peram ental, asocial cuando el rebaño le o b lig a , antipolítico ante el p o der que se cierne sobre la polis, austero que abom ina del rey-oro, socialista que aborrece al capital constituido en dios, y ap á trid a que gusta reírse del nacionalism o aún en tiempos de tormenta y lluvia de banderas. Yo diría en consecuencia, que existen dos dimensiones dentro de las abstrac­ ciones: las individuales, ante las que nada tenemos que objetar; y las colectivas, solo inválidas cuando el átom o individuo es o b lig a d o a unirse al recetario de dicha com posición química. Un buen ejem plo de abstracción que se desenvuelve p o r ambos campos es el de la creencia en dios. ¿Alguien puede aducir a lg o en contra de dicha creencia cuando la fe en la misma, su verdad o su mentira, solo afecta al sujeto sostenedor de dicho planteamiento? C ualquiera que se negara a que yo creyera en lo que quisiera sería un déspota em boscado, pues nadie puede hacerme com ulgar en contra de mi concurso y mi Voluntad... Y esto es a lg o completam ente v á lid o aún si se vivieran tiempos de un ateísmo g eneralizado. A hora bien, si el individuo cre­ yente no puede ser o b lig a d o por una com unidad atea a a b a n d o n a r sus creencias, ¿puede o b lig a r una com unidad creyente a convertirse a un individuo ateo? El caso

es exactam ente igual, no obstante, presenciamos a todas horas como tal proceso se produce a cada instante, tanto con los aspectos religiosos, com o los que a b a r­ can a las modas, los usos y costumbres, las identidades y las ideas. El m étodo es sencillo, no bastan las e v a n g e liza cio n e s y las persecucio­ nes, cru cifijo en m ano, que se creen re le g a d a s al pasado... La p e o r form a de a d o ctrin a m ie n to es la que se p roduce nada más n a ce r y la que se reproduce cuan do el niño, co n ve rtid o ya en a d u lto díscolo, se ha resistido a los influjos de la e ducación y se convierte a h o ra en un escéptico recalcitrante. El p ro b le m a de la religión no se produce, p o r tanto, cu a n d o es un asunto personal que, mayorita ria o m inoritariam ente, puede ser c o m p a rtid o y c e le b ra d o . El gran conflicto, inevitable, entre In d ivid uo y C olectivo, es cu a n d o la m ayoría religiosa d eter­ mina que: "este p u e b lo tiene, p e r se, tal confesión", "to d o s los nacidos a q u í tenem os tales creencias", "esta nación es autóctonam ente ca tó lica , a p o stó lica y ro m an a", "a q u í se b a ila la jota y se ha b la caste lla n o ". El niño es entonces am aestrado en la o b se rva n cia cie g a de este credo, y si su mente consigue desinfectarse del veneno o b lig a to rio , to d a su v id a a d u lta tendrá que pasarla sabiéndose un m a rg in a d o de sus p ro p ia s incertidum bres, de sus personales dudas, de su deseo, siempre a m e n a z a d o de castración, de cuestionarse la v a lid e z del mensaje externo. Toda idea, toda fe, toda creencia, todo razonamiento, es un mortal enemigo cuando subvierte su carácter personal y gravita de forma obligatoria sobre todos los que han tenido la desgracia de ser paridos, o plantar sus pies, sobre un terreno determinado. Si se entiende tal cosa, si puede comprendérseme cuando hago referencia a la religión, ¿se volverán las mentes obtusas cuando hable de las distintas abstrac­ ciones nacionales, raciales, étnicas, culturales, genéricas, patrióticas, sexuales, tra­ dicionales e históricas? Poco me im porta el v a lo r científico de las mismas. De igual m odo que no he discutido la inexistencia o existencia de dios, tam poco perderé el tiem po en cuestionarme la porción de re a lid a d que tengan los planteamientos colectivos. Solo me interesa a n a liza r nuestra potestad para afirm arlos o negarlos personalmente y la invalidez de todo concepto que se pondere y postule como intrínsecamente colectivo.

C om o ahora me interesa más el tema de la etnicidad que el de las llam adas "p a tria s" y "naciones", me centraré más en ese punto, aunque personalmente creo que todas las ideas supuestamente innatas son intercam biables. Se puede d e fin ir—laxam ente— a la etnicidad com o la creencia de determ ina­ dos sujetos de estar atados por unos lazos comunes bien definidos. Estos lazos pueden ser territoriales, religiosos, históricos, lingüísticos, o más comúnmente cultu­ rales (término que a veces suele a b a rc a r a algunos de los anteriormente mencio­ nados). En resumidas cuentas es la idea de diferenciación colectiva que mueve a un individuo concreto a sentirse identificado con un grupo determ inado en función de unas costumbres. ¿Qué tendría esto de malo? Absolutam ente nada. Las ideas no pueden anularse en función de lo estrechas o am plias que sean, no existen parám etros de generosidad o de endogam ia, tal y como un dios monoteísta no es superior a un panteón de diversas deidades, ni un dios vengativo y cruel se con­ vierte en una abstracción de distinta categoría que uno sonriente y rechoncho. Las ideas podrán resultarnos más o menos simpáticas, pero mientras solo repercutan en quién ha d ecidido form ularlas o adoptarlas, mientras el creyente sea el único afectado, a nadie le im porta con qué quiera uno revelarse o engañarse. A hora bien, es a lg o evidente que la abstracción dios pueden mantenerse en solitario, pero... ¿Puede uno perpetuar la abstracción etnicidad sin el concurso colectivo de otros? Uno, personalmente, puede inventarse o incrustarse en tal o cual pueblo, puede sentirse perteneciente a una etnia de las antípodas o a la que descubrió al d o b la r la esquina, puede llam ar su nación a un am plio espectro ce­ lestial o reducirla a su casa, puede b rin d a r p o r su Patria en un balcón o coronando una montaña, pero no puede diseñar su concepto colectivo sin contar con un terri­ torio al que regalarle unas hum anizadas características especiales que subyacen de la propia orografía y, aún cuando pudiera prescindir de esto, le es imposible fija r su abstracción personal en el espectro que le corresponde sin contar con la incorporación de otros sujetos a los que sentirse lig a d o , ni de un colectivo a l que a d judicarle un poso cultural colectivo que pue d a lla m a r suyo. El individuo que defiende la abstracción étnica no puede contentarse, como el creyente religioso, con serlo en soledad, de form a íntima. Por el contrario, nece­ sita sentirse identificado con un grupo concreto y e n ta b la r lazos con el mismo. Por

tanto, mientras que el cristiano convencido seguiría siendo cristiano aún cuando nadie com partiera su fe, y el Anarquista seguiría siéndolo aún en un mundo so­ ju zg a d o por el autoritarism o, al patriota le hace falta una patria, que no es más que la elucubración de un g rupo de patriotas; al nacionalista una nación que es la obra del artificio de un g rupo de nacionalis-as; y al etnicista un g rupo étnico que sea el resultado de las form ulaciones culturales-folclóricas de un grupo de etnicistas. A l etnicista le resulta entonces im perativo encontrar a un g rupo de personas —comúnmente llam ado p u e b lo — al que o torgarle un b a g a je cultural arquetípico, de corte tradicionalista y costumbrista. El Homo nacional, con o ce d o r de que no puede subsistir —no sus ideas p o r lo menos— sin un colectivo, y sin un territorio común a dicho colectivo, tratará, p o r un lado, de determ inar que los nacidos en dicho colectivo, y los componentes del mismo, tanto com o los engendrados sobre dicho territorio, sean poseedores de unas características especiales, diferenciales, que justifiquen su carácter exclusivo —a fin de v a lid a r la existencia de esos lazos específicos. A sí se atribuye a l clima, a la orografía, a l m odo de ganarse la vida de los habitantes la creación de un carácter común. Por el otro lado se afirm a que esas características no puedan ser rehuidas o ignoradas p o r los componentes de dicho colectivo, ni p o r los habitantes de dicho territorio, pues si eso pasara el invento nacional se extinguiría. En consecuencia el Homo patriota tiene que establecer la constricción de miles de niños a unos valores perfectamente estipulados, son sus mentes silvestres ahogadas en conceptos que les son ajenos, pues para los niños, com o para los animales, no existen las abstracciones ni diferencian bo n d a d o m aldad en función del co lo r de la piel. Por tanto no conciben ni la abstracción etnia, ni la de nación, ni la de patria, y se observará a pléyades de muñequitos rotos d á ndole vivas a una idea que desconocen, vitoreando un supuesto sentimiento que no son ca p a ­ ces de sentir y levantando algún bracito o alguna bandera para g ritar que tal o cual porción de tierra ha de situarse arriba. El etnicista está o b lig a d o a circunscribir a los lugareños de tal o cual páram o a unas ideas, rutinas y costumbres limitados, obligándoles a d o ta r de una natu­ raleza diferente a lo que hacían de una form a arm ónica, bella y sin artificios, sin

necesidad de concretarla com o un patrim onio nacional. Son, sin paliativos, todos los individuos constreñidos a una tónica que no han e legido p o r sí mismos, con­ denados a un lecho de Procusto que nunca im aginaron, presionados para que se am olden al la moral, los criterios y valores del pro-común, son mirados con recelo si se atreven a disentir y en tiempos de guerras intestinas, de purgas interinas o de luchas externas, im periales e invasivas, corren la suerte de los traidores, y con mala suerte pasan de la m arginación a co lg a r de un farol. La raza necesita de individuos que se sientan identificados con ella, que ten­ gan una facultad discrim inadora para sentirse diferentes, que le achaquen a su pigm ento una condición de exclusividad, no solo en el sentido elitista del término, sino simplemente en el de único en su especie. Y así com probam os una de las más grandes ironías sociales: si el individuo pretende considerarse único, y a le ja r de su piel to d o concepto racial, de su mente todo patrón cultural, de sus ojos toda venda de etnicidad, de sus pies todo concepto de nación, y de su espalda toda g abela co brada po r la patria, se convierte entonces en un despreciable hereje, un egoísta que viola los sagrados principios del pueblo que lo crió, a co g ió y amansó, pues solo el pueblo, la raza, la etnia, la nación y la patria, pueden declararse únicas. En definitiva, no existe patriota sin país, ni nacionalista sin un o b lig a to rio pro­ yecto colectivo, ni etnicista que pueda prescindir de endosarle a un g rupo de gen­ te la abstracción que solo él ha d ecidido, aún a despecho de la voluntad ajena, de la autonom ía del individuo com pleto en su particu la rid a d , y de la inocencia del niño sin color, sin costumbres, ni tradiciones, ni pendones ondeantes, ni más lazos que aquellos afectos que no entienden de suelos, de culturas, de idiomas, de historias, ni de nada ajeno al pro p io amor, aquel am or que se fundam enta en sí mismo, y para sí mismo. Por tanto, he de concluir que parece que no existe una abstracción colectiva, llámesele com o guste (racial, nacional, étnica), que no pueda establecerse sin mi colaboración, fo rza d a o convencida, y que en consecuencia no pueda jamás d e ja r al individuo a sus anchas. Puede existir un dios en el interior de un individuo, puede existir muchas abstracciones sin necesidad de o b lig a r a los demás a limitar­ se a las fronteras y lindes que solo uno ha fijado, pueden existir sentimientos que no vallen las sensibilidades ajenas, puede existir un proyecto que no constriña a

un determ inado número de individuos a ratificar más que lo que individualm ente deseen en su fuero interno; pero no podemos establecer que los nacidos en tal territorio son así, sin am putar las singularidades de los mismos, no podemos esta­ blecer que los naturales de tal pueblo son, a go lp e de costumbre, de una manera determ inada, sin anular las peculiaridades de los aludidos, no se pueden fija r las cualidades de un g rupo de personas concreto sin o bligarles a fuerza de tradición a contentarse con ser lo que otros quieren, en contra de las diversas y múltiples formas que nacen de las fibras particulares de todo Individuo. Para mí la identidad es a lg o que germ ina en uno mismo y que solo uno mismo puede cultivar. Los demás, pueden com partir nuestros intereses, c o la b o ra r y a p o ­ yarnos mutuamente. Si se quiere, podemos expandirnos y florecer a la vez, pero no puede nuestra identidad ser el producto de lo determ inado por otros hacen décadas, quizás siglos o milenios, ni tam poco el resultado de una a lam bicada obra de albañilería política. Entonces el individuo es absorbido, neutralizado, y sus hacedores pretenderán convertirse en sus ejecutores... ellos dictam inarán al canon colectivo sobre lo lícito o lo ilícito, sobre lo socialmente beneficioso y lo socialmente punible, y el individuo libre, am o de sus propios pasos, se convertirá en la alienada m arioneta del imperante dogm a general, en la víctima y a la vez ve la d o r y salvaguarda de los fundam entos de la patria y los principios de los hom­ bres constituidos en masa y reducidos a raza, etnia o nación ¿No es esto acaso lo que padecem os hoy? En conclusión, el día que se presente un etnicista que no necesite de otros, más que de sí mismo, para crear y establecer su etnia, ni un nacionalista, ni un patriota, que reclamen la circunscripción connatural a una abstracción colectiva, ese día, libres de cuestiones congénitas y de deberes ancestrales, lo que ellos dicen se entenderá como una simple, más acertada para algunos o más errada para otros, abstracción personal, y el conflicto entre el individuo a p á trid a y el colectivo panaglutin ador habrá desaparecido... Solo existirá entonces un pequeño problem a: si el factor que fija unos límites sobre el colectivo desapareciera, entonces los géne­ ros, el hombre y la mujer, las razas, las etnias, las naciones y las patrias, también habrán em pezado a desaparecer, y quizás ese día, podrem os em pezar a hablar en clave personal, un d iá lo g o libre entre Tú y Yo.

Resum en

En resumen, y volviendo a la norm alidad: la cultura es a lg o dinám ico. C am bia. N o es lo mismo vivir hoy a quí que hace 5 0 años, cuando no había ni televisión ni bolsas de plástico. La identidad étnica de tus abuelos, su form a de ser y pensar, es distinta de la tuya hoy día. N i es lo mismo habitar en un cortijo como bracero, que en una ciudad com o estudiante universitario. Las personas poseen sentimien­ tos de identidad. Vuestra identidad étnica varía, se debe a un proceso histórico, a un contexto económ ico y social, y a la interacción con otros grupos humanos, en el que actualmente es fundam ental el Estado. El Estado es el G ran A rquitecto de identidades colectivas, bien porque las diseñe, bien porque las com bata. De todo ello, de cóm o os veis y de cóm o os etiquetan, surge una nebulosa idea de lo que sois como colectivo. El Estado emplea estos sentimientos para ejercer la dom inación. En un mundo anarquista, sin Estado ni coerción, viviríais las diferencias de otra form a totalm ente distinta, no jerárquica. M ira a quien tienes a tu lado y v a ló ra lo po r cóm o es, por lo que hace. Y haz lo mismo contigo mismo. Y con quien viva en la otra punta del glo b o. Todos somos diferentes, pero también somos iguales. Si queremos respetar la diversidad individual y colectiva, hay que com batir siempre al Estado.

Contra el fascismo y el totalitarismo Por último en este a p a rta d o de relación del anarquism o con otras ideologías, vamos a referirnos al fascismo y a los totalitarismos más aberrantes: el nazismo, el fascio italiano, y el estalinismo soviético y chino, sin o lv id a r al totalitarism o es­ pañol. H ay muchos otros totalitarismos, pero en general estos los representan. En ellos el Estado em pleó medios de represión contra la población que hasta enton­ ces no se habían conocido. En estos y otros Estados totalitarios se han re a lizado pruebas experimentales a gran escala del uso científico de la p ro p a g a n d a , el genocidio, la tortura... Psicólo­ gos de masas, politólogos y otros científicos han p o d id o sacar sus conclusiones y ponerlas al servicio de todos los Estados del mundo. Especialmente de las dem o­ cracias capitalistas.

La oposición de los anarquistas a to d o tipo de fascismo y totalitarism o les ha costado muy cara, p a g a n d o con sus vidas p o r millares. E l r e v iv a l t o t a l it a r io

El resurgir pe rió d ico de grupos e ideas fascistas, racistas, xenófobas, etc., en los países de occidente, no es sino un síntoma de la crisis del Estado capitalista, que manipula a las masas y evita así el nacimiento de una conciencia colectiva revolucionaria. El peligro real no es ahora mismo la vuelta al fascismo, sino la aparición de un nuevo Estado ultra totalitario, ca ra cte riza do p o r el uso científico de los medios de control del pensamiento, la alienación sicológica de los individuos, ocultamiento de los auténticos líderes y relaciones de p o d e r de alto nivel, la internacionalización de la econom ía, la introducción del p o der en los ámbitos de la vida cotidia­ na, y la consecución del sometimiento id e o ló g ico y emocional. En cualquier caso, interesa al anarquism o poner en evidencia y com batir cual­ quier manifestación de totalitarism o en cualquier Estado. Pensad en lo poco que se diferencia la dem ocracia occidental de un sistema de p a rtid o único, o en los últimos y más sutiles sistemas de control de pensamiento.

A n a rq u ía y Arte Vamos a echarle ahora un vistazo a la aportación del anarquism o a la expre­ sión artística sobre todo desde el punto de vista pictórico (por no hacer muy larga la exposición e ng lob a n d o arquitectura, escultura, fotografía...). Desde sus comien­ zos la ide olog ía anarquista muestra un gran interés en la cuestión del arte. Y lo hace, coherentemente con sus principios antiautoritarios, rechazando la existencia del arte dominante, el que sobrevive b ajo los auspicios del p o d e r falseando o im­ poniendo sus verdades. Un arte que hasta los comienzos del realismo ni siquiera se tom aba la molestia de considerar o mostrar la existencia del pueblo. Y en este rechazo va incluido el rechazo del mito del artista com o genio, como creador absoluto, puesto que nada surge de la nada, y todo aquel que se dedica a hacer arte es heredero de una larga tradición que se remonta a los mágicos trazados sobre las paredes de una cueva milenaria. Y esto es así tanto si se deja arrastrar po r dicha tradición como si se empeña en destruirla. Al mismo tiem po el anarquism o prevé la posib ilid a d de un arte distinto, basa­ do en la espontaneidad y la im aginación, un arte lib e ra d o r de cuanto artista late

en cada ser humano. Una de sus más interesantes aportaciones pues, está en la consideración de que todo ser humano es potencialm ente un artista. C ada uno de nosotros es c a p a z de disfrutar de la belleza, descubrir figuras entre las manchas de humedad o las nubes, o estremecerse ante una obra literaria, teatral, musical o plástica. Por tanto también cualquiera, en el entorno y con los estímulos adecua­ dos a sus capacidades innatas es c a p a z de hacer arte. C onsiderando al hombre en su dimensión glo b al, el anarquism o intuye que el arte es una de las formas más notables del pensamiento y la expresión, un símbolo de la energía creadora de la persona y de la sociedad. El pensamiento artístico ácrata se desarrolla en torno a las relaciones entre el hombre y la realidad social. El arte posee una cualidad inestimable, su ca p a ­ cidad de contribuir al conocim iento y desarrollo del ser humano. Partiendo de este parám etro, los anarquistas se plantearon com o principal objetivo del arte su contribución a la evolución, al perfeccionam iento del hombre y de la colectividad. El tipo de arte c a p a z de o rig in a r esa transform ación humana habría de ser un arte revolucionario. Sin em bargo los razonam ientos en cuanto al concepto "revolucio­ n ario " a p lica d o al arte han d a d o lugar a una controversia, quizá no tanto en el fon do com o en la forma, pues la manera en que se puede ser revolucionario es tanto una cuestión de ética com o de estética. El sentimiento antiautoritario que im pregna la ide o lo g ía libertaria da lugar a una b ip o la rid a d de extremos aparentemente irreconciliables: de un lado la orien­ tación hacia el individualism o que se apoya en la necesaria libertad para creativi­ dad humana; de otro la idea de que la estética libertaria ha de ser expresión de la sensibilidad colectiva. Durante el realismo, el arte podía considerarse revolucionario con sólo desve­ lar determ inados temas como la miseria, la opresión, las injusticias que pesaban sobre el pueblo o los devastadores efectos de la sociedad industrial, ya que estas imágenes hablaban p o r sí mismas, induciendo a recapacitar e intentar m odificar esta situación. Sin em bargo el realismo pronto se manifestó insuficiente para co­ rresponder a la nueva idea revolucionaria que el arte dem andaba. A lgunas voces, desde el anarquismo, invitaron a los artistas a descubrir nuevos movimientos antiacadém icos que se adaptaran social y formalmente a las teorías

subversivas. La mayoría de los anarquistas mantenían la necesidad de respetar la libertad en la creación artística com o en cualquier otra faceta del ser huma­ no, más aún si se pretendía que el arte fuera enriquecedor y perfectible para el hombre. A lgunos incluso proclam aron que el arte debía ser, además de libre, an­ tidogm ático. Pero otra visión, derivada de la función social del arte, insistía en la ob lig ación moral del mismo, en el a b a n d o n o de la valoración de la personalidad individual en pro de la valoración colectiva. Determ inados artistas, entre ellos los neoimpresionistas, com prom etidos po­ líticamente con el movimiento anarquista, se plantearon esa otra manera de ser revolucionarios a través de la form a de expresión (el estilo). Presionados p o r las exigencias sistemáticas de algunos, en cuanto a la tem ática social, intentaron ha­ cer ver que el tema en una obra pictórica no es más que una parte de la misma. Igualmente im portantes son la com posición, el co lo r o los trazos. A firm ando tam­ bién que un pintor anarquista es aquel que, sin ánimo de recompensa, lucha con todas sus fuerzas de individuo libre contra las convenciones burguesas y oficiales. Estos artistas realizaban su propia revolución desde dentro del ám bito del arte, es decir luchando contra las normas y cánones que el arte dom inante pretendía imponer. Asumían las entonces recientes investigaciones sobre la teoría del co lo r y la percepción y las ap lica b a n en su lenguaje plástico, obteniendo com o resultado lo que comúnmente se conoce com o puntillismo. A l mismo tiem po el simbolismo se constituía como movimiento de negación del orden imperante, que desde la literatura producía escritos de carácter social y revolucionario, y en el cam po pictórico superaba lo puramente visual para aden­ trarse en una faceta más profunda y trascendental del individuo, revalorizando lo irracional, lo invisible, el sueño y lo im aginario. Este espíritu individualista paradójicam ente no es contrario a lo colectivo, sino que plantea una revolución de la estética de la sociedad desde un punto de vista pluralista del arte. La convergencia hacia las normas, que manifiesta el p o der de cualquier tipo, es aniq uila d o ra para la función creativa porque tiende a la unifor­ m idad com o va lo r y por tanto a la mutilación del arte. La creatividad en libertad o rigina y muestra la m ultiplicidad de formas en que la sociedad se expresa. Es este aspecto el que hizo tan atractivo el anarquism o para todos los artistas de vanguar-

día de finales del siglo XIX y constituye el principal argum ento de las corrientes contem poráneas que se reclaman del le g a do ana-rquista. A finales del ochocientos se desarrollaba el ideal libertario del teatro libre, buscando la p articipación del espectador en la ejecución de la obra, de manera que su satisfacción intelectual se viera increm entada. Principio que constituye una de las bases principales de los teatros de vanguardia y que, aún hoy, resulta tan innovador para muchos. También en estas fechas surgieron, en el seno de los artículos anarquistas sobre arte, las primeras consideraciones sobre ecología. Se hizo hincapié en la vinculación entre naturaleza y arte, cuestionándose los efectos de la m ano del hombre sobre la tierra y alentando a los arquitectos a respetar el medio natural. Fomentaron la tendencia a la integración entre naturaleza y hum anidad para la consecución de una reconfortante arm onía entre ambos. Numerosos artistas de los movimientos más vanguardistas tuvieron estrechos vínculos con las ideas ácratas, y muchas de las aportaciones de estos movimientos nunca hubieran tenido lugar sin el germen de autonom ía para la creatividad que p ro p a g ó el movimiento libertario. El prim er g ru p o expresionista será una com una lib e rta ria El puente (1 9 0 5 ), que se centra el la exp re sivid a d crom ática y la distorsión p ara conseguir la m áxim a e xperie ncia e m ocional. Hacen una reconstrucción caústica y crítica de la re a lid a d social re va lu a n d o los m étodos expresivos más prim itivos. Las prim e­ ras v a n g u a rd ia s del siglo XX hicieron una auténtica revolución de lo fo rm a l en el arte, Desde el impresionism o, los sucesivos m ovim ientos juegan con la form a e vo lu cio n a n d o hacia una

progresiva descom posición de las im ágenes que

desem bocará en la abstracción. En muchas de las obras de estos m ovimientos podem os encontrar la expresión de inquietudes y re ivin d ica cio n e s sociales, ex­ presadas de m aneras tan diferentes com o requería ca d a tendencia estética. Los artistas lib e rta rio s están im p lica d o s en to d o este d e s a rro llo del le n guaje plás­ tico, junto con artistas de to d a tendencia. De m anera que podem os encontrar, p o r e jem plo, en el m ovim iento futurista, obras de ca rá c te r lib e rta rio y tam bién obras que exaltaron sentimientos nacionalistas cuyos autores se inclinaron ha­ cia el fascismo.

Esto nos muestra una nueva form a de disensión entre form a y contenido en el arte. Si bien, desde un punto de vista creativo, toda esta va riedad de expresión que descubren las primeras vanguardias posee un gran va lo r estético, un enrique­ cimiento en cuanto a técnicas y herramientas para el hacedor de arte así como para el espectador interesado, desde el punto de vista de la conciencia social algunas de estas obras carecen en absoluto de intención revolucionaria. Algunos movimientos incluso llegan a convertirse en nuevas escuelas con los mismos defec­ tos elitistas y autoritarios de las academ ias que pretendieron superar. H abría que plantearse a quí el problem a del espectador de a pie ante la com­ prensión del mensaje que emiten estas imágenes. La com plejidad de algunas for­ mas dificulta la lectura de las obras para los que desconocen estos lenguajes, originándose una ruptura del vínculo preciso entre el emisor y el receptor. Posi­ blemente si la evolución en los lenguajes artísticos hubiera ido a co m pañada de una evolución educativa a nivel p o p u la r esto ya no sería un problem a, más aún cuando la base de la iconografía em pleada en el arte y la p u b licid a d de nuestra época se instala sobre las invenciones formales de esas vanguardias. Tras el estallido de la Primera G uerra M undial surge el máximo intento nihilista de negación de la cultura y la sociedad de las primeras décadas del siglo XX, el mo­ vimiento Dada. La crítica dadaísta azotó a una sociedad responsable de ocasionar los horrores de la guerra, propugnando su desaparición absoluta.

La incesante

voluntad de destrucción de los dadaístas se expresaba en una continua provoca­ ción. Fue un feroz intento de transformar en acción la poesía y la plástica, de fundir el arte y la vida. N o escaparon a sus críticas ni los movimientos precedentes ni las propias vanguardias artísticas que le eran contemporáneas, tanto p o r o riginar nue­ vas academias, como en el caso del cubismo, como por la producción de objetos artísticos para el disfrute burgués. D ada es antiarte, antisistema, es negación total, está contra lo eterno, contra la inm ovilización del pensamiento, contra el racionalis­ mo. Está por la anarquía contra el orden, a favor de la desenfrenada libertad del individuo, del juego, de la espontaneidad y la liberación de un espíritu en continuo movimiento de sí mismo, en continua invención de su propia existencia. Coherentemente con sus principios D ada había de destruir a D ada, el movi­ miento se disuelve voluntariam ente. Sin em bargo su espíritu perm anecerá en mu­

chas de las manifestaciones artísticas de todo el siglo XX y de nuestros días. Hasta tal punto llegó la trascendencia de este movimiento que la propia historia oficial del arte m odificaba sus concepciones sobre el artista y la obra de arte, m arcando con el D ada un punto de inflexión y el nacimiento del arte contem poráneo. C ontinuando con los propósitos profanadores del dadaísm o, algunos de sus miembros se unen en la experiencia del surrealismo. Este, sin em bargo, imprime una intención program ática a sus exigencias de libertad individual y social. Pro­ pone una investigación experim ental, basándose en las teorías del psicoanálisis, parten de la exploración del inconsciente, la actividad onírica y la escritura au­ tom ática, em pleando en sus obras tanto las técnicas pictóricas más tradicionales com o otros medios expresivos ya utilizados p o r los dadaístas como el collage fotográfico o los textos. Intentan sacar a la luz el pensamiento puro en ausencia de cualquier control ejercido p o r la razón y más allá de preoc-upaciones estéticas o morales. El surrealismo rechaza la autoridad, la jerarquía y la violencia, su proyec­ to revolucionario se afirm a sobre la defensa de la libertad y el conocim iento psí­ quico del ser humano encam inado a su transform ación individual y social. Estuvo influido en sus comienzos p o r las teorías marxistas, sin em bargo las concepciones surrealistas sobre la intervención en lo social estaban más cerca del anarquismo com o más tarde pudieron com probar. Si p o r una parte se va lo ra b a positivamente el arte, vié-ndolo como una de las expresiones esenciales de la in d ividualidad humana, por otro, en sintonía con gran parte del pensamiento de izquierda, se tendía a utilizarlo com o potente medio al servicio del pro p io proyecto político. Esta última premisa más cercana a la estética de concepción marxista derivaría muy pronto en las típicas degeneraciones del realismo socialista y del arte de pro­ pag anda , sometiendo cada vez más a los artistas que se habían acercado a la dirección y al control de los partidos comunistas. En última instancia los surrealistas reconocen que fue la idea de eficacia la que los acercó a las tendencias marxistas (la consideraron superior al anarquism o gracias al triunfo marxista en la URSS), asumiendo al mismo tiem po su identificación id e o ló g ica con el anarquismo. En la década de los 6 0 , los procesos de descolonización, los conflictos con las potencias coloniales, la guerra de Vietnam y la confrontación Este-Oeste desper­ taban el rechazo de una gran parte de la población, obligándose a cuestionar

los valores y el sentido de la sociedad de consumo. Esta época será propicia para revelar que el germen dadaísta y surrealista aún perm anecía vivo entre los practicantes del arte. Con el nombre de Internacional Situacionista surge un gru­ po que se ve a sí mismo como herederos de los dadaístas, los surrealistas, los revolucionarios de principios de siglo, los miembros de la comuna de París, los herejes medievales... Se consideraban com o parte de una lucha que venía librán­ dose desde tiempos muy remotos. Sus ideas revolucionarias estuvieron detrás de los acontecimientos del mayo del 68, en París. Para ellos la ciudad, entendida com o entorno urbano, era el escenario —un nuevo teatro de operaciones cultura­ les— para la consecución del cam bio social y la conquista de la libertad. La suya fue una crítica a la sociedad de consumo, la reacción contra una realidad definida com o sociedad del espectáculo. El capitalism o pasaba de la necesidad al deseo, de hacer hincapié en la producción a hacerlo en el consumo. En algunos de los textos redactados p o r los situacionistas se refleja la influencia de las teorías marxistas, sin em bargo los situacionistas se proclam aban a sí mismos com o revolucionarios interesados solamente en la libertad. Su intención era definir una propuesta más que la definición de una id e o lo gía , pues consideraban todas las ideologías com o alienaciones que atacaban el territorio de lo subjetivo. Un aspecto fundam ental del proyecto situacionista y de otras corrientes con­ testatarias com o Fluxus en EEUU, fue la disolución de las barreras existentes entre arte y vida cotidiana. Fluxus reacciona frente a la institucionalización y el mercan­ tilismo del arte d ejando fluir obras que nacen y mueren en el mismo momento y lug ar en que se crean. Utilizan todas las formas de expresión desde la música o la poesía hasta las artes plásticas, aspira a h ib rid a r lo culto y lo popular, resultando una actuación interactiva que requiere participación del espectador y cuyo va lo r mercantil es prácticam ente inexistente. Pretenden desacralizar el objeto del arte y hacer arte con la propia vida, panfletos, carteles y otras herramientas del mundo publicitario son casi siempre parte del espectáculo. C om o D ada, se proclam ó a sí mismo antiarte. El lenguaje que se em plea no es más que el m edio para una noción renovada del arte, entendido com o arte total. C om o vemos la tendencia liberadora del arte revolucionario ha venido a des­ em bocar en una búsqueda de continuas vías de escape al mercantilismo y al

control institucional, al tiem po que procura la im plicación en los aspectos sociales y cotidianos de la vida. Esto mismo es lo que encontramos en numerosos artistas transgresores que ponen en tela de juicio a la sociedad de form a tan efímera com o es el uso de los soportes que ofrece la calle: muros, señales, anuncios publi­ citarios, etc., son pintados o intervenidos con intención subversiva. Sin em bargo, el sistema capitalista, com o buen d e p re d a d o r que es, tiene la h abilidad de sustraer y m anipular cuanta idea u objeto sea susceptible de conver­ tirse en mercancía. C a p a z de desvirtuar la intencionalidad crítica de los movimien­ tos artísticos más revolucionarios, usurpa y absorbe sus componentes estéticos, sus medios y formas, dotándolos de nuevas etiquetas de las que cuelgan precios exor­ bitantes y lo siguen llam ando arte. Llegando al máximo de la desfachatez otorgan premios y ponen precio a la o rig in a lid a d de mostrar la nada. N a d a sorprendente p o r otra parte, este tipo de cosas en una sociedad com o la que habitamos, donde el control y la alienación de los individuos llega hasta el punto de v a cia r las men­ tes de pensamientos propios. Los medios de m anipulación y control de masas, al servicio de los gobiernos y grandes grupos empresariales, son potentes y eficaces a la hora de diseñar una realidad a su medida, donde lo que no se muestra no existe para la mayoría de la gente. Prensa, televisión e internet se encargan de fa b ric a r nuestras necesi­ dades, encauzar nuestra form a de vida, nuestros pensamientos, incluso nuestros sentimientos. Se afanan en la producción de nuestras pseudovidas. A hora bien, este monstruo y su desm edida producción y desarrollo tecnoló­ gico tam bién pone a nuestro alcance una serie de medios a utilizar desde los márgenes. Las posibilidades de subvertir el orden se am pliaron también con la aparición de internet, donde todo se puede mostrar. Vídeo, música, fotografía, pintura, palabras, o todo junto, ¿qué im porta la forma?, siempre que se nutra de la vida y surja para a b rir las conciencias y mantenernos libres de pensamiento y acción, será arte.

A n a rq u ía y Educación Si el socialismo en general ha dad o gran importancia a la educación, para el anarquismo en particular ha sido siempre uno de sus grandes ejes de actuación. Ya he señalado la labor de mantenimiento del orden social y de represión directa que ejerce la escuela. Si a esto le añadimos que el anarquismo pretende que la sociedad funcione en base a valores como libertad, solidaridad, responsabilidad..., nos encon­ tramos ante la necesidad de un tipo de persona nuevo, que por mucha impresión que en él cause el periodo revolucionario, se debe gestar con anterioridad al mismo.

Teoría Teóricamente el anarquism o no ha planteado p e d a g o g ía s —entendidas como teorías de la educación— originales, pero siempre ha estado al corriente de las novedades en la materia y ha sabido tom ar como propias aquellas que le eran más afines, adap tánd o la s a su carácter particular. Ra c i o n a l i s m o

Sobre todo en los inicios del movimiento, cuando las religiones m arcaban la moral de la sociedad y nada se hacía sin su visto bueno, se enarbola la bandera del racionalismo. El anarquism o es heredero de los ideales de la Ilustración con los que se acuñó la consigna libertad, ig u a ld a d y fraternidad. Se considera que la ciencia es el único instrumento para lle g a r a la verdad, y que pone en evidencia

que la religión y el patriotism o no son sino engaños, cuyo fin es justificar la des­ igu alda d en las sociedades y la guerra entre pueblos. H oy en día el anarquism o ha pe rd id o el optimismo respecto a la ciencia. Por motivos que ya he reseñado, es muy difícil creer que la ciencia se desarrolla neu­ tralmente g uia da de form a exclusiva p o r su propia lógica interna y que su evo­ lución necesariamente mejora la sociedad. Pero no renegamos de ella, lo que queremos —frente a que esté a manos de unos pocos sacerdotes al servicio de los poderosos— es que pueda ser com prendida, am p lia d a y a p lica d a p o r todos. E d u c a c i ó n in t e g r a l

Este deseo nos lleva a otra de las bases de la p e d a g o g ía anarquista, la edu­ cación integral. Es contrapuesta a una preparación selectiva, y a un m odelo que tiene com o horizonte de justicia y equidad la ig u a ld a d de oportunidades; es decir, cuya máxima aspiración es que se perpetúen las desigualdades, pero que todos tengam os la misma p ro b a b ilid a d de estar en una u otra posición. Frente a ello el anarquism o señala que la división social se sirve de la existencia de dos enseñan­ zas: una orientada al tra b a jo intelectual (y que prepara a las clases dirigentes) y otra más básica de tipo fundam entalmente técnico y de asimilación del orden establecido (y que lleva a ser un tra b a ja d o r de a pie). El anarquism o propugna un desarrollo de todas las capacidades del individuo, que posibilite tanto p a rtic ip a r directam ente en la producción, com o d irig irla , que permita tanto discutir los aspectos filosóficos de una cuestión, com o no echarse para atrás porque hay que d o b la r la espalda, tirar de paleta o a za d a . Y ello con vistas a una sociedad en que se combinen los trabajos físico e intelectual, de pro­ ducción pura y de toma de decisiones y gestión. Ante una educación eminentemente memorística, que consiste en repetir los conceptos y esquemas establecidos, se reivindica una basada en la práctica y la reflexión crítica. La educación es entonces un proceso, que además no debe cir­ cunscribirse a la niñez y la juventud, sino fo rm a r parte de la propia vida en todas sus etapas (lo que los p edagogos denominan educación permanente). A u t o g e s t i ó n e d u c a t iv a

A dem ás de que su p rio rid a d es que las personas seamos libres, el anarquismo propone que a la libertad sólo se puede acceder por medios coherentes, es decir,

po r caminos de libertad. Por ello se entiende que debe ser el pro p io alumno el responsable en última instancia de d e cid ir qué quiere aprender y cómo y cuándo hacerlo. También el que evalúe el proceso de enseñanza-aprendizaje. Por ello y porque no se educa para com petir en el m ercado de trabajo, se rechazan los premios y los castigos en general, y las notas en particular. Pa i d o c e n t r i s m o

En esa línea, está difundida la idea de que la educación es más una tarea de elim inar condicionantes que rodean al niño para que pueda desarrollar sus ca­ pacidades libremente —especialmente el principio de a u toridad que suele regir la relación niño-adulto— que de introducir en él desde fuera conceptos y valores. Este concepto se denom ina educación centrada en el niño (paidocentrismo). Esta postura, que no es nueva (de hecho su gran teórico moderno es Rous­ seau), se ha visto ap o ya d a hasta la a ctualidad p o r teorías psicológicas que en­ cuentran la causa de la auto-represión y violencia que rigen la vid a de los adultos, en la represión y violencia que se han ejercido en ellos cuando niños. Las teorías que giran en torno a este paradigm a, se denominan en el ám bito académ ico como pedagogías libertarias.

No

A LA ESCUELA

La escuela es un instrumento de adoctrinam iento que no solo uniform iza e inculca valores directamente, sino que justifica el hecho de que existan dirigentes y dirigidos, dependiendo del éxito que se haya tenido en ella. Adem ás está esta­ dísticamente dem ostrado que lo bien que nos vaya en la escuela depende princi­ palmente de nuestro entorno (sobre to d o del nivel cultural y económ ico de nuestra fam ilia). Pero aunque fuera una criba en ig u a ld a d de condiciones, no dejaríam os de estar menos en contra de la misma. Es la sociedad estratificada la que es injusta, no los métodos p o r los que se nos ubica en una u otra posición. Además la escuela generaliza la idea de que ella es el único medio educativo válido. De que si tras un aprendizaje no hay un título con un sello oficial, de poco nos puede valer. Lo interiorizamos a pesar de que casi todos hemos a p robado asignatu­ ras sin haber aprendido nada, pero habiendo perdido un tiempo precioso, y también asimilado enseñanzas vitales para nosotros sin necesidad de colegio ninguno.

Siendo rigurosos con los principios expuestos anteriormente, es difícil aceptar la escuela. Lo que se aprende en un recinto cerrado, que nos separa de lo cotidia­ no, mediante simulaciones, a través de personas que no se dedican a lo que nos enseñan —sino únicamente a enseñarlo—, es muy difícil de integrar en la propia vida. En la práctica se diferencia entre el día a día y lo escolar, no se consigue así la educación integral. Y

si lo que queremos es fom entar la autonom ía, no parece muy coherente que

la asistencia sea o b lig a to ria , ni que existan program aciones de estudios, ni profe­ sionales de la enseñanza, que de una form a u otra dirigen a los escolares. Pero claro, una escuela sin recinto, sin asistencia o b lig a to ria , sin currículo y sin docentes, no es una escuela. ¿Cómo se propone entonces que los niños y jóvenes aprendan lo que necesi­ tan para la vida? V iviendo. La com unidad debe concienciarse de que es el gran instrumento educativo y actual com o tal. Para quien tenga interés existirán recursos variados: talleres abiertos, museos, grupos de aprendizaje, expertos en distintos oficios y materias... E d u c a r p a r a ser r e b e ld e

Desde una perspectiva muy distinta al paidocentrism o, hay quienes rem ar­ can que la e ducación básicam ente es integrarse en el seno de una sociedad, sin la que, desde un punto de vista del anarquism o social, el in d iv id u o no tiene sentido. Esa integ ra ció n se hace de form a inconsciente; aprendem os p rin c ip a l­ mente p o r im itación, absorbem os com o esponjas de nuestro entorno, sin darnos cuenta de ello. Desde este punto de vista llegam os a la conclusión de que si no educamos en la crítica al sistema, y si no ponemos en práctica esa crítica, el sistema absorbe a los individuos sin que lleguen a darse cuenta. Podríamos creer que una persona que se ha d esarrollado en un medio en que era responsable de sí misma, p a rticip a b a en las decisiones que le afectaban, no se le im ponía nada que rechazara..., al integrarse en la sociedad —p o r ejemplo, en el mundo lab o ra l—, debe experim entar una reacción de rechazo a la misma, convertirse po r lo tanto en un rebelde y un enem igo del sistema. Desgraciadam en­ te esto no es así. Parece que tienen menos miedos e inseguridades que el resto

de las personas, que son más desenvueltas, pero suelen encontrar acom odo en la sociedad sin grandes crisis vitales. Y nos topam os con el gran debate, el gran tira y afloja en el que se encuentran los anarquistas que intervienen en el ám bito de la educación: ¿Dejamos que el sistema im ponga sus principios o imponemos nosotros el rechazo a los mismos? En un extremo tenemos un oasis que resguarda a los niños de la sociedad, en el otro, un lab o ra to rio donde se la diseccione previniéndoles de los peligros que les acechan. M e perm ito una nota personal a modo de hipótesis. M e parece que el que los jóvenes opten por una actitud crítica con el sistema y esa actitud cristalice en su vida futura, es influido si en su entorno inm ediato exista un movimiento de lucha fuerte, donde se vivan los valores que queremos transmitir. Un joven, al que no se le ha educado explícitam ente en las ideas anarquistas, pero que se ha form ado en un ambiente militante (no reducido exclusivamente al ám bito fam iliar), tal vez tenga más p ro babilid a d e s de asim ilar esos valores, que otro p o r mucho que se le ha abierto los ojos en una escuela anarquista, pero que no tiene otro referente. Vamos, que la m ejor enseñanza, en cuanto a transmisión de valores, costumbres y actitudes, es el ejem plo en el día a día. A n t i p e d a g o g í a n o es m e r a m e n t e d e s e s c o l a r i z a c i ó n

Y p o r últim o la posición más rigurosa, la que afirm a que lo m alo de los buenos profesores, es que son los peores. Una Escuela sin profesores no está tan mal: deviene alm acén de abastos culturales sesgados. Sigue, p o r supuesto, h a ciend o daño, pues sus m ateriales han sido p o lítica e id e o ló g ic a m e n te selec­ cionados, re spondiendo a un tra b a jo p o lic ia l de exclusión. Pero, con Escuela o sin Escuela, b a jo las redes de la A dm inistración o en las arenas m ovedizas de la Familia, la figura ético-filosófica del "P rofesor" (entendida no com o ca te g o ­ ría socio-labo ral, sino com o p osición de a u to rid a d m oral e intelectual, asum ible entonces lo mismo p o r un "fu n c io n a rio " re clu ta d o p o r la o rg a n iz a c ió n estatal para lleva r ade lan te su p ro g ra m a de re-fundación de la sub je tivid a d juvenil, de "re fo rm a m o ra l" de los e sco la riza d o s, en suma, que p o r un "p a d re " disidente co m prom etid o con la "e d u c a c ió n en fa m ilia ", asum iendo el p a p e l a u to rita rio de super-profesor, super-corrector d e l carácter, super-dem iurgo) estraga hoy

día la p o s ib ilid a d misma de la in te lig e n cia , de la cre a tivid a d , de la fantasía y de la crítica. La anti-pedagogía somete la figura del "Profesor" a una crítica radical, de índole filosófica y arqu e o ló g ica , teórica y empírica, histórica y socio-psicológica. Y denuncia el conservadurismo de las propuestas educativas libertarias, que se es­ calonan desde las muy patéticas "Escuelas Libres" hasta las experiencias anestési­ cas de la "Educación p o r la Familia" y otros engendros pseudo-informales. Simpa­ tiza con las m odalidades históricas de "educación com unitaria" (indígena, gitana, po r ejem plo), educación sin escuelas, sin profesores y sin alumnos, educación que, en luga r de "im ponerse", sencillamente se "respira". Sim patiza asimismo con el "ludism o" estudiantil, con las prácticas difusas de "resistencia" inm oral (toda con­ testación verdadera es inmoral) a la agresión de la Escuela y de sus educadores mercenarios —destrucción de los instrumentos de tortura, mesas, sillas, pizarras, etc., intim idación y acoso a los evaluadores, fraude, sabotaje, disrupciones múlti­ ples, absentismo... A p la u d e también el gesto, digno de soñar, de un anti-profesor que desem barcara en las aulas, disfrazado de "enseñante", para conquistar, por la vía de una perseverancia en el Crimen, la m edalla de la Expulsión. C om o se habrá advertido, en la crítica anti-pedagógica hay, p o r utilizar expre­ siones ajenas, un elemento de lucidez, otro de d elirio y un tercero de co m p lo t Luci­ dez, d elirio y com plot contra el idiotism o racional del profesor contem poráneo.

Práctica E s c u e l a s l ib e r t a r ia s

Una escuela —o un proyecto educativo a le ja d o del típico c o le g io — es el sueño y proyecto de muchos com pañeros, pocas se fundan y menos todavía tienen con­ tinuidad. Ha habido y hay una gran va rie d a d de propuestas, que a su vez han evolucionado con la práctica. Desde escuelas muy militantes donde se incide en las iniquidades del sistema a escuelas que se reclaman neutras. Desde unas donde los alumnos tienen un horario que cumplir, hasta otras donde se les deja absoluta libertad para hacer lo que quieran —incluido n ada— Desde las que se declaran anarquistas, hasta otras que se preocupan únicamente del bienestar del niño y no se plantean ningún cam bio en las bases de la sociedad.

Se puede reseñar, que según ha a va n za d o el tiempo, en los distintos experi­ mentos llevados a ca b o cada vez se han a m p lia d o más los espacios de libertad de los alumnos. Se busca que todos los miembros de la com unidad educativa ten­ gan las mismas oportunidades de expresión y c a p a cida d de decisión y se fomenta su autonom ía personal y colectiva. T r a b a j a d o r e s l ib e r t a r io s e n l a e s c u e l a

H ay que partir de que la escuela estatal (y privada) es siempre un instrumento represivo, nunca de liberación. Los que sí que pueden ser liberadores son deter­ minadas luchas y movimientos que se desarrollan en su seno. La idea general es que cobre sentido su nombre: escuela pública. La lucha es por una escuela en manos de sus miembros y de la com unidad en que está inserta, del pueblo. Q uiero rem arcar que este program a no se puede com pletar sin un cam bio profundo de la sociedad, pero él mismo puede a yu d a r a ese cam bio. Os causará sorpresa, pero muchos de los planteamientos teóricos que defen­ demos han sido asumidos por los legisladores educativos. La ciencia se considera la principal fuente del saber, tenemos talleres en los institutos donde se aprende carpintería, electricidad..., (educación integral), se promueven pedagogías activas donde el alumno es el protagonista, se considera que se debe p a rtir de sus intere­ ses, que debe estar m otivado (cierto paidocentrism o), se le dan vías de p a rticip a ­ ción en el centro (autogestión)... Los tecnócratas han escuchado nuestra canción y han asumido la letra, pero no lo música. El espíritu se pierde totalmente cuando se intenta im poner desde a rriba —en ocasiones, con aparente buena voluntad— y las escuelas siguen siendo una institución donde prácticam ente todo le viene impues­ to. Donde el alumno está sujeto a un rígido control. Donde se dice que se le deja pensar, pero no se le permite lle g a r a sus propias conclusiones. Donde el libro de texto —a lg o tan cerrado y a rtificia l— y la asimilación de sus contenidos son la base del aprendizaje... Sin cuestionarse ese contexto, sin plantearse la transform ación social, el proponer o im poner ciertas m etodologías (trabajo en grupo, a p re n d iza ­ je po r investigación...), o bien no se pueden llevar a la práctica, o es un tecnicismo sin m ayor relevancia. C om o estudiantes, directos sufridores del sistema educativo, los anarquistas han lu chado y luchan prim ero p o r tener v o z en una institución que no les suele

to m a r en cuenta, que dice q u e re r fo rm a r personas responsables pero no les da ninguna c a p a c id a d de decisión real. Luchan p o r re fo rm a r los contenidos, las m e tod ologías —mem orísticas en su m ayor p a rte —, e xig ie n d o a p re n d e r lo que les interesa de una form a prá ctica , y p o d e r marcarse y eva lu ar sus propios objetivos. Dada la función de la escuela en la sociedad, se puede asim ilar al maestro, al policía y al carcelero. Sin em bargo, históricamente, es una profesión querida por los anarquistas. Si bien no suele haber en su seno movimientos pedagógicos propiam ente anarquistas, no significa que los docentes libertarios se hayan que­ d a d o de brazos cruzados. Individualm ente han intentado desarrollar su tra b a jo de la form a lo menos incoherente que les ha sido posible. Adem ás de p a rticip a r en los movimientos de reforma p e d a g ó g ica que son un espacio de reflexión sobre la práctica educativo y pretenden transform ar la escuela desde a b a jo, desde la propia experiencia de los maestros. Entre estas experiencias y las de las escuelas libertarias hay una relación de d iá lo g o . Las prácticas de unas se pueden desarrollar en otras y viceversa. Por ejem plo, el uso de la imprenta p o r parte de los alumnos parece que surgió en una escuela libertaria del siglo XIX, es asumido p o r movimientos en la escuela estatal a principios del siglo XX, lo que ayuda a su difusión también en otras escuelas libertarias. También hay que mencionar, cómo no, a los libertarios que consideran que la única lucha digna en el ám bito escolar es la que procura la destrucción de la escuela, y que el único profesor digno es el que dimite. O b j e c ió n e s c o l a r

En la segunda mitad del siglo XX surgió este movimiento, que consiste en no escolarizar a los niños. Por lo general es la fam ilia la que cuida de ellos, aunque tam bién hay experiencias más colectivas. Las razones que llevan a unos padres a tom ar esta decisión pueden ser va ria ­ das: desde religiosas —integristas cristianos que no quieren que se eduque a sus hi­ jos en teorías com o la de la evolución de las especies— afectivas —que no soportan ver cóm o su hijo sufre en una escuela a la que no se ha a d a p ta d o — pedagógicas -consideran que ellos pueden hacer una m ejor form ación. Por lo tanto, es una vía

de actuación desde una postura anti-escuela, pero no todos los que la practican com parten las mismas ideas. A esta práctica se le suele achacar que las familias deben de tener niveles cul­ turales y de ingresos altos para permitirse que al menos uno de ellos se dedique en exclusiva a la formación de los hijos. Es cierto que hoy en día quizá no pueda ser asumida por cualquiera, pero no significa que debamos criticar o de ja r de apoyar a quienes lo hagan. También se le afea el que los niños son privados de la socializa­ ción con sus iguales. En este punto hay que señalar que estas familias suelen preocu­ parse por ello e inscriben a sus hijos en actividades extraescolares, además de hacer reuniones periódicas entre ellas, pasan tem poradas conviviendo una en casa de otra para intercam biar conocimientos y propiciar nuevas experiencias... Y se puede añadir que se acaba sustituyendo al profesor profesional por el profesor padre. C r ia n z a

Ya he señalado el papel represivo de la fam ilia en esta sociedad. Conscientes de ello, algunos anarquistas intentan no perpetuar el sistema patriarcal. De nuevo, la teoría no es propiam ente anarquista. M ás difundida en países anglosajones donde se la conoce com o attachment parenting, en castellano estas ideas se co­ nocen com o crianza natural. Fuertemente influidas p o r el feminismo y basadas en psicologías a las que ya me he referido como centradas en el niño, plantean que los vínculos afectivos entre el niño —dan d o gran im portancia al parto y los primeros meses y años de v id a — y el resto de las personas —muy especialmente la madre— están muy dete­ riorados en la sociedad occidental, siendo esto causa de posteriores limitaciones de la personalidad. En la prá ctica se a b o g a p o r el p a rto natural, menos traum ático tanto p a ra el niño com o p ara la m adre —sin renunciar a los avances m édicos en caso de p ro ­ blemas, que se reducen al d e sm e d ic a liz a r el proceso—, el m ayor contacto físico con el bebé, particula rm e n te con la m adre -m e d ia n te la la cta n cia, d o rm ir jun­ tos, c o g e rlo en brazos, lle va rlo a cuestas en una m ochila o pañuelo, p ro d ig a rse en besos y ca ricia s—..., y el respeto ab so luto p o r los deseos del niño, sin p o ner­ le más límites que los que ya existen, sin prem ios ni castigos y a p o y á n d o le con a m o r in c o n dicio n a l —cuya re tira d a es una form a de ca stig o —. Eso sí, sin que la

m adre u otros adultos se conviertan en esclavos de los niños, la relación debe de ser de enriquecim iento mutuo, sin que unos anulen la p e rso n a lid a d de los otros. Por supuesto esto no es fá cil, la so cie d ad en la que vivim os, y sobre tod o , to d o lo que hemos in te rio riz a d o de ella, hacen de la tarea una lucha difícil. A c c ió n c ultural

M ás allá de la escuela, nos encontramos otro tipo de organismos culturales anim ados por anarquistas: ateneos, centros sociales, librerías..., donde se reali­ zan charlas, debates, conciertos, pases de vídeo..., muchas veces integrados en ¡ornadas temáticas. En ocasiones se llegan a crear grupos de estudio sobre un tema concreto. Esta labor, más que com o p ro p a g a n d a , se entiende com o una alternativa al ocio m ercantilizado. Se pretende la autogestión del mal llam ado tiem po libre, integrando la lucha social, lo lúdico y lo form ativo. La intención es que no seamos meros espectadores: se anima a p a rticip a r activamente en los actos, en su diseño, en p roponer actividades, en responsabilizarse de alguna. H ay otras diferencias en esta actividad con la escuela: el individuo participa po r propia iniciativa, no hay una distinción a lu m n o /p ro fe so r/p e rso n a l de servi­ cios, el objetivo no es la posesión de un título, se integra con la realidad... Es decir, son perfectos laboratorios de educación anarquista, com unitaria o colectiva. O tro cam po en que se vuelca el anarquism o es en el de la pa la bra escrita: pe­ riódicos, folletos, revistas, libros, bibliotecas, librerías... Típico es referirse al libro com o un arma. La form ación propia es una responsabilidad personal, y también lo es divu lgar el conocim iento y sostener a quienes lo hacen. M i LITAN CIA

Si una sociedad más cercana a nuestros valores anarquistas necesita que las personas estén form adas para que puedan tom ar sus propias decisiones, lo mismo le pasa al movimiento anarquista. Al intentar que la división de tareas sea la míni­ ma —pues la especialización tiende a convertirse en una form a de poder— surge la necesidad de que los militantes desarrollemos unas capacidades que no nos requiere la sociedad en el día a día. A n a liz a r la inform ación que nos llega de cualquier form a —escrita, oral, como imágenes—, y a su vez expresarnos con distintos medios es a lg o que la escuela

está intentando integrar hoy en día a marchas forzadas (haz una exposición sobre esto, haced un debate sobre lo otro). Nosotros aprendem os a comunicarnos y a com prender los problem as en prim er momento discutiéndolos con nuestros com­ pañeros, pero antes o después tenemos que escribir un panfleto o un artículo, d a r un mitin o una conferencia, hacer un cartel o un mural, llevar las cuentas de una organización o de cla ra r en comisaría —y entonces quizá convenga saber a lg o de legislación. Y queremos hacerlo lo m ejor posible y no porque un docente nos vaya a poner una calificación sino porque es nuestra apo rta ció n a la lucha. Tengo que rem arcar que no nos podem os que d a r en un análisis superfi­ cial. Eso es para sistemas en los que hay separación de funciones: los que saben dirigen, y a los que ejecutan les vale un pensamiento esquemático basado en con­ signas. Debemos aprender para com prender y com prender para saber construir, transform ar o destruir y d e cid ir qué es lo que toca hacer en cada situación. Por lo tanto, no está de más que haya quienes ahonden en un cam po en particular, para po der hacer frente a muchas mentiras que nos sirven vestidas de verdades científicas, y para tra za r nuestra propia senda. Pero también es necesario que en el día a día todos nos vayam os haciendo con una sólida cultura general; para com prender el mundo, para transform arlo pero también para no que d a r en manos de nuestros propios especialistas.

Los distintos tipos de anarquism o El prefijo anarco, seguido de cualquier p alabra, ha sido abundantem ente em­ pleado para los cócteles más extraños. Sin querer pontificar, tengo que deciros que no existen cosas tales com o el anarcocapitalism o, el anarconacionalism o o el anarcofascism o que merezcan el nombre de anarquismo. Esos términos que con­ vierten en adjetivo al anarquism o no encierran más que grandes contradicciones, y quienes se reclaman de ellos no saben de qué están hab lan d o en el mejor de los casos. El anarquism o es un sustantivo, a lg o sin determinar, sin definir claramente, sin dogmas, en el que caben muchas interpretaciones filosóficas sobre la vida futura y actual. N o obstante os voy a e xp lica r brevemente algunas formas clásicas y modernas que ad o p tó y ad o p ta el anarquismo.

El anarquismo individualista: la base filosófica del anarquismo Am igos y amigas, esta es la piedra maestra de la bóveda del mundo libertario: la posición anarcoindividualista es un anhelo de libertad para ti, individuo concre­ to y real. La libertad es la ausencia de trabas, de prohibiciones, de leyes. La liber-

tad y la independencia es la condición deseable, necesaria, para vivir una vida que merezca la pena. La libertad es actuar sin o b ligación ni sanción, sin prem io ni castigo. Esa libertad existe, y sólo te está pidiendo a gritos que tú la hagas vencer. M ientras que la gente se d o b le g a ante el m edio y las miles de normas sociales, el anarquista eres Tú: es el refractario, el disidente a toda form a de dom inación, el que se determina a sí mismo, el dueño de su voluntad. El anarcoindividualism o niega la idea de que los humanos tengáis un destino y hayáis venido al mundo para en el futuro ser libres y ser felices. N o existe un m odelo de vida que tengáis que perseguir para estar contentos, más que el que surja de vuestra voluntad y libertad. N o estáis predestinados a nada. La vid a que se está viviendo en el momento actual es la única que merece la pena ser vivida, y es la única que en re alidad tenéis.

No

HAY NADA FUERA DEL INDIVIDUO

El anarcoindividualism o estima que para que la gente desarrolle su libertad no hace falta que triunfen revoluciones ni se efectúen cambios de sistema. Si viene la revolución social, la libertaria, será bien recibida porque es la deseada. Pero mientras tanto, el a q u í y el a hora es lo que im porta. La verdadera revolución, la revolución inm ediata y posible, se encuentra dentro de ti, en la destrucción de las murallas, las barreras, los condicionam ientos y las constricciones culturales, tanto com o de la elim inación de la opresión que provenga de un Estado o de un patrón. Es de esa destrucción que parte del individuo de la que depende la llegada de la revolución, y no de un proceso histórico colectivo inevitable. El v erdadero paraíso está a llí donde tú reinas sobre tu p ro p io albedrío. A pesar del dolor. A pesar de la dificultad. M ientras que los comunistas afirman que la Sociedad lo es todo, y los capita­ listas que el Dinero lo es todo, los anarcoindividualistas, afirm an que el individuo es todo, lo previo, es la célula básica cuya autonom ía hay que defender contra toda autoridad. Eso es lo único que im porta: tú, el otro, el de más allá, la gente concreta que vive, ama, sufre y muere. N o existe el cuerpo de la Sociedad, sino tu cuerpo. Tú eres el individuo real, el Yo, el Unico; la Sociedad y el Dinero son abstracciones sin cuerpo que actúan de la misma manera que la idea de Dios. N o es la Sociedad la que hace al hombre, sino la que lo limita, condiciona, educa y

oprim e. N o es el dinero el que te libera, sino que te constriñe a lo que tienes. Y en esa sociedad, vemos que hay una una casta infame, un g rupo org-nizado de po­ derosos criminales, que se valen de las grandes ideas para ejercer la dom inación, para crear un espíritu de rebaño y ponerte de rodillas. N o es la sociedad la que nos hace libres, sino la que nos esclaviza. Y es el individuo el que rompe las ca­ denas con que le cargan los gerifaltes de todas las épocas. Los hechos muestran que en una sociedad de espíritus débiles, corrom pidos, conformistas, gregarios, borreguiles, imbéciles, sumisos ante el poder, duros con el débil y abyectos ante el poderoso, verdugos voluntarios a veces, brillan siempre los individuos que me­ diante su d ig n id a d y su voluntad destruyen las normas morales, pisotean las leyes, se burlan de dioses y m andatarios, desp-recian la riqueza, se cagan en lo más sagrado y hacen resplandecer la libertad en las condiciones más difíciles. La

o r g a n iz a c ió n

d e l o s i n d iv id u a l is t a s

Porque la Sociedad que padecem os puede ser tan o más tiránica que el Es­ tado. Sobre los com portam ientos, la estética, los modales, las obligaciones, los deberes, las creencias, las reglas de m oralidad... En esta Sociedad se nos re­ glam enta trabajo, aprendizaje, consumo, retribución, ocio, premio, castigo..., y lleg ado el caso, ni podemos pensar con independencia, y sólo se nos deja repetir la consigna. Y así trabajas en lo que no quieres, consumes lo que no precisas, aprendes lo que no te interesa, te roban lo que te corresponde, impiden que te expreses, que ames o que busques el placer, y convierten tu descanso en un deber pro gram ado más. Desde el nacimiento nos vemos encorsetados p o r una fam ilia, una nación, una patria, una cultura, un género, una etnia, una raza, una clase, una religión, una historia, una escuela, un salario, un destino de esclavos oprim idos po r otros esclavos. A lg o horrible en definitiva. La Sociedad despótica en la que vivimos dispone de longevidad, de fuerza, de experiencia acum ulada, se constitu­ ye com o natural, eterna, ineludible, invencible, y convierte la coacción en inculca­ ción, la fuerza en acatam iento, la violencia en servidumbre voluntaria... Y lo peor de todo: nos convierte a nosotros en la garantía de su perpetuación. Por eso, los sacerdotes, los burócratas, los lacayos, los amos de la sociedad, sus despreciables sicarios, los que han a p re n d id o a m anejarla en su beneficio y los que la sufren con entusiasmo, han de ser com batidos. Tanto o más que el Estado.

La mayoría de los anarcoindividualistas no es que estén en contra de la socie­ dad, o de la organización. Están en contra de organizaciones e instituciones que etiquetan, anulan, amaestran, tiranizan y eliminan la p a rticu la rid a d individual. Los anarcoindividualistas quieren una sociedad de individuos, porque esa sociedad carece de espíritu unitario. Esa sociedad de individuos es un conglom erado de emociones, sentimientos, actuaciones, deseos, pasiones, movimientos, particulari­ dades, matices, iniciativas, diferencias..., que se desenvuelven sin posibilidad de que alguien las administre, controle o encauce. Se sigue de todo lo anterior, que cualquier tip o de asociación entre anarco­ individualistas ha de estar basada en la voluntariedad, la simpatía, el interés de todos los que la forman, y ha de p o d e r ser rota en cualquier momento. Esa sería la A sociación de los Egoístas, el Verein, el grupo que salvaguarda siempre la propia personalidad y la autonom ía de criterio de cada cual. Eg o ís m o

N o confundáis la actitud filosófica individualista-egoísta con el egoísm o al uso. Q uien es egoísta busca atesorar para sí bienes m ateriales o espirituales. Desea amor, sexo, p o d e r o dinero, y em plea los medios que su ego estima o p o r­ tunos para conseguirlos. A sí sufre y cifra su bienestar en lo que le es extraño. Es esta am bición la que crea el conflicto, la exp lo ta ció n , la guerra. Eso es lo que se llam a individualism o en esta sociedad, y que no es más que aristocratismo, elitismo. Es lo que defiende el in d ivid u o aristocrático, que ve a los demás como sacrificables, com o objetos, y que ch illará si algún disidente le toca sus p rivile­ gios. Debe q u e d a r claro, que al a n a rcoindividualism o le repugna el aristocratis­ mo. El a n a rco in d ivid u o no puede to le ra r que otro sea superior a él, que otro le im ponga su suprem acía valiéndose de argucias económ icas, políticas, militares, religiosas, nacionales, de género, de e dad o de otro tipo. El a n a rco in d ivid u o , recordad, no basa su bienestar en la explo ta ció n o en la sumisión de otra per­ sona. Su lib e rta d no necesita de otro sustento que de E l/E lla. La condición de su libe rta d es su Independencia. N o vive a costa de otro Yo al que explota, humilla o somete. E xplotar a otro no es individualism o: eso es solo poder, tiranía, o p re ­ sión. Y esto es lo que define al egoísm o ana rco in d ivid u a lista , lo que le diferencia de un banquero, de un gobernante, de un parásito o de un aristócrata: que él no

sacrificará nunca a los demás en su p ro p io beneficio, ya que eso iría en contra de su pro pia autonom ía e independencia. El a n a rco in d ivid u a lista es un egoísta solidario. Porque anarquistas son, quienes no quieren ni d o m in a r ni ser dom ina­ dos. Tú no tienes p o r qué o b e d e ce r a nadie, y nadie tiene p o r qué obedecerte a ti. Los demás, que sean com o quieran y que se satisfagan com o deseen. ¡Pero que no cuenten contigo si no m edia tu libre voluntad! Por eso A narquism o e indi­ vidualism o son, en buena m edida, la misma cosa. Todo parte de tu naturaleza interior, a lg o que nadie sabe qué es y que sólo tú puedes descubrir. Por supuesto lo exterior al anarquista individualista le afecta. A ctuará para evitar una molestia o generar una situación que le sea más a g ra d a ­ ble. O tal vez no, tal vez actúe para generarse molestias que a ti te resultarían insoportables. Se aceptará a sí mismo en cualquier situación por difícil y penosa que sea, y mientras Ella/El exista, encontrará la vid a digna de ser vivida, pues hará prevalecer su libertad. D esapego

El lema filo só fico del a n a rco in d ivid u a lism o sería el de "vive tu v id a con lib e rta d , actúa p o r tu p ro p ia vo lu n ta d , no te preocupes p o r el m añana que aún no ha lle g a d o , no tengas m iedo, d e sa p é g a te ". La co n cie ncia egoísta del a n a rc o in d iv id u o pretende que todos sus actos surgen de su natu ra le za interior, y que ha de aceptarse tal com o es, sin adecuarse a ningún m odelo preesta­ b le cid o . Si hace p ro p a g a n d a de sus ideas anarquistas, o p ractica el A p o y o M utuo, es p o r sentido p rá ctico o p o r entusiasmo, ya que mientras más gente se a d h iera a su form a de v id a , m a yo r bienestar fo rm a l existirá en g eneral, y eso tam bién red unda rá en su beneficio. O tal ve z actúe porq u e le sale de las tripas y no puede asistir im p á v id o al espectáculo del o p re so r h u m illando a su vecino. Q uién sabe. Esta conciencia egoísta le lleva a rechazar todas las falsedades exteriores: Estado, sociedad, patria, nación, prop ie d a d , fam ilia, dios, partido, sindicato, etc., no son más que instrumentos para convertiros en masas obedientes, en seres de­ pendientes de cosas ajenas, faltos de confianza en vuestras propias naturalezas. Prestigio, posición, Poder, am biciones materiales y espirituales no son nada. Lo que sucede dentro de vosotros, lo que parte de ti, es todo.

L ib e r t a d t o t a l y a b s o l u t a

El anarcoindividualism o proclam a la libertad com pleta del individuo; pretende que tenga una existencia plena, un desarrollo dentro de los límites de su soberana voluntad y de su real gana. N o quiere para él ninguna imposición, ningún premio ni castigo que limite sus pasiones, ya que en un mundo libre no habrá ningún peli­ gro para los demás en ellas. Rechazad el "in d iv id u a lis m o " del ca p ita lista, del a p ro ve ch a d o , del señorito: eso es aristocratism o, elitismo, tiranía. Es el in d ivid u a lism o de quienes necesi­ tan a mucha gente a su servicio y carecen de in d e pe n d e n cia . A lg o que, en el fondo , no es más que d e b ilid a d y d ependencia. Por lo tanto, ¡descubre tus constricciones y haz surgir tu fu e rza ! Es vie n d o lo que te lim ita, com o puedes conqu istar y d e fin ir los contornos de tu lib e rta d . Rechaza eso que llam an hoy día "in d iv id u a lis m o ", y que no es más que m iedo, aislam iento, ato m iza ció n y co b a rd ía . ¡Sed independientes! ¡Sed libres! ¡Reconoceos a vosotros mismos!, ¡recono­ ceos tal cual sois!, ¡abandonad vuestros afanes hipócritas, vuestra tonta manía de ser lo que no sois!

El anarquismo no violento A principios del siglo XXI, en plena crisis de las ideologías y con el referente del socialismo de Estado descartado, hay dos propuestas de opción g lo b a l vá li­ das y aún sin descubrir en gran medida: noviolencia y anarquismo. A l h a b la r de opciones válidas me refiero a lo actual de su necesidad y a que son a propiad as a los problem as humanos. Y no obviam ente a lo boyante y mayo ritario de sus ideas (ojalá), que quedan al margen de los pensamientos de la m ayor parte de los habitantes del planeta. Un punto de a rra n q ue de este b in o m io de ideas deb e ser la consideración del c a rá cte r utópico de am bos planteam ientos. A l d e cir utópico, me refiero a la utopía com o meta a lc a n z a b le , deseable p o r necesaria. La ecuación utopía = necesidad, ha de ser vista com o real, puesto que parte del presupuesto de que la re a lid a d m aterial, desnuda de to d o disfra z metafísico, exige soluciones que vayan más a llá de lo que os pone el Poder delante de vuestras narices.

La u t o p í a , s u n e c e s id a d

Q u e d a p o r tan to e lim in a d o to d o m atiz p e yo rativo de la p a la b ra utopía, que en el leng ua je común viene a ser a lg o así com o sueño irre a liz a b le . S ig n ifica d o que es fruto de la m a n ip u la ció n que hace la id e o lo g ía dom inante, tal com o m anipula la p a la b ra a n a rq u ía qu e rié n d o o s hacer creer que significa caos o desorden, cu ando en re a lid a d soy la m áxim a expresión del orden. La pare ja n o vio le n cia - a narquism o es utó p ica , es decir, necesaria. N e c e ­ saria pues se ciñe a dem andas tan p ro fundam ente humanas com o lo son la autonom ía personal y colectiva, y la convivencia p a cífica entre personas y entre gru pos humanos. La p a z y la lib e rta d son básicas p a ra el d e s a rro llo de la v id a . Si os p lanteáis pues estas dos ideas, no a b o rd é is el p ro b le m a com o una simple adhesión a p rin c ip io s hermosos. H a b la d de ellas com o posibles, com o opciones que es preciso p o n e r en m archa. Pero veam os las conexiones que tienen el anarquism o y la n o vio le n cia , a p a rte de ser utopías, y com o tales, re a lizab les. Desde luego en lo que coinciden a m enudo es en el análisis que hacen de las relaciones y conflictos. El análisis está hecho desde m icroscopios distintos: uno con una lente que busca el orig e n de la vio le n cia , y otro con una ó p tica que in d a g a los obstáculos que se oponen a la lib e rta d . N e x o s de u n ió n

e n t r e el a n a r q u i s m o

y la n o v io l e n c ia

El anarquism o ve en el Estado uno de los p rin cip a le s escollos a las ansias de lib e rta d , y la novio le n cia ve en la fuerza, en la im posición, en el Poder, el orig e n de la vio le n c ia . Si seguimos con honestidad la flecha del análisis a n a r­ quista, criticarem os el autoritarism o, es decir, la im posición o d o m in a ció n p o r ser con tra ria al libre a cuerdo, tal com o he re p e tid o mil veces. En últim o térm ino, un anarquism o ra d ica l (que va a la raíz) nos d iría que cu a lq u ie r tip o de im posi­ ción, cu a lq uie r tip o de fuerza, cu a lq u ie r tip o de v io le n c ia , deb e ser re ch a za d a . El anarquism o ra d ica l es, p o r tanto, no violento. Si p o r otro la d o p rofundizam os en el origen de la v io le n c ia , hallam os una serie perm anente de estructuras de opresión, de Poder, que son las que ejercen la vio le n cia , y entre ellas destaca con e videncia el Estado. La novio le n cia ra d i­ cal d e be ría ser, pues, anarquista.

O tro nexo de unión entre lo libertario con lo noviolento es el hincapié que se hace en el camino. El anarquism o se ha destacado p o r su énfasis en ir constru­ yendo ya aquella sociedad que se propone. Se trata de ir poniendo en marcha el nuevo mundo porque en él está su propia realización: así, la construcción de una organización social federalista, descentralizada, se va experim entando ya en los colectivos anarquistas, o rganizados en confederaciones y federaciones libre­ mente asociadas. En esto es en lo que consiste la p ro p a g a n d a p o r el hecho y la acción directa. La toma de decisiones no se delega en organismos que centralizan el Poder, sino que se lleva a ca b o cotidianam ente a través de la asamblea. P e n s a m ie n t o y a c c ió n

Lo interesante es entonces que vayáis tra b a ja n d o con sistemas no autoritarios y solidarios que contengan el germen de la sociedad futura. Principio éste que coincide en su tota lid a d con el de coherencia entre fines y medios que asume la noviolencia, y que determ ina que el fin está en los medios como el árbol en la semilla. La puesta en funcionam iento del método de resolución noviolenta de los conflictos por m edio de la negociación, denuncia, desobediencia civil, boicot, sa­ botaje... es la solución que ofrece la noviolencia, pues im porta más desencadenar el proceso de resolución, que obtener el producto o la solución estática. El dicho de que se hace cam ino al a n d a r se manifiesta pues en el centro de la noviolencia y el libertarismo. De ahí la enorme im portancia que para ambos planteamientos tiene la educación. Am bos se interesan mucho más p o r el proceso de concienciación p o p u la r que p o r los estallidos ocasionales y aislados ante determ inadas situaciones que son fácilm ente m anipulables p o r la parte opresora. N o se trata de asaltar el p a la cio de Invierno y tom ar el Poder, sino de ir ca la n d o po co a po co en la socie­ da d para que vaya descubriendo sus propias necesidades. Y en cuestiones de program a educativo, tanto lo lib e rta rio com o lo noviolento fom entan un método no directivo, adem ás de trascender los límites de la institución escolar hacia una p e d a g o g ía social. D e f e n s a y n o v io l e n c ia

Finalmente os recuerdo también las influencias y coincidencias mutuas que en materia de defensa existen desde el ángulo de la noviolencia y la anarquía.

El anarquism o y la noviolencia han a yu d a d o a a b rir el cam po de la defensa a lo popular, de ja ndo claro que la defensa clásica p o r medio de un ejército no nos defiende porque está al servicio del C apital y del Estado, y obvia la im portancia de que el pueblo se defienda p o r sí mismo. Pero no contra ese hipotético enemigo que hoy puede ser M arruecos, y mañana Francia, G ran Bretaña o C anadá, sino contra todos los factores de opresión, Poder y violencia que actúan sobre los pue­ blos po r encima de las fronteras de los Estados. Estas son sólo algunas de las intensas relaciones entre anarquism o y noviolen­ cia. La lista podría am pliarse mucho más, sobre to d o si tomamos el asunto desde la confluencia en algunas prácticas. Lo más interesante es el descubrimiento de la com plem entariedad y de las zonas en común del análisis noviolento y libertario. Por ello ambas aspiraciones vienen a ser lo mismo y caminan o deberían cam inar hacia una integración en un mismo cuerpo, porque defienden los mismos valores con prácticas similares. Y lo más importa-nte, ambas se centran en el ser humano com o m otor de sí mismo, com o persona autónom a que se expresa y busca liberar­ se de las ataduras que le impiden vivir dignam ente, sin servidumbres. N oviolencia y anarquía son un mismo humanismo que ayuda a las personas a ser dioses y diosas de sí mismas. Dentro del anarquism o no vio le n to se e n cuadra la corriente anarcocristiana, fo rm a d a p o r personas que interpretan el e v a ng e lio de C risto en un sentido lib e rta rio .

El anarquismo mutualista El mutualismo es una de las primeras tendencias anarquistas que hizo su a p a ri­ ción en el panoram a europeo y am ericano, y tiene como sinónimos reciprocidad, equivalencia y simbiosis. El mutualismo, junto con el federalismo, la acción directa, el apoyo mutuo, la plusvalía o el nihilismo (he fundado mi causa en nada, escribía un anarquista en 1845), son términos inventados, desarrollados y defendidos de manera endémica p o r los libertarios. ¿Qué es pues el mutualismo? Los y las anarquistas del siglo XIX se encontraron con el problem a de cómo lo g ra r el cam bio social. ¿Qué podemos hacer para conseguir que los pobres, los humildes, los explotados, salgamos de esta triste situación de miseria material y

moral? Esa era la pregunta que se hacían muchos, entre ellos los mutualistas, que observaban lo siguiente: en un teatro común a todos, cada uno llama suyo al lugar que ocupa; lo que equivale a d e cir que cada sitio se tiene en posesión, no en pro­ piedad. Puedes ocup a r un asiento, pero no ser pro pie ta rio —si somos justos— de todos los asientos. Sin em bargo hay personas que se dicen propietarias de todos los asientos. Y los no propietarios trabajan para los propietarios. Limpian sus cam­ pos, recogen sus cosechas, y al final, quien tra b a ja sólo tiene un salario, mientras que el propietario go za de una hacienda increm entada, limpia, productiva... Y todo ello protegido p o r el Estado, por sus gendarmes, guardias y soldados, que defienden tres monstruos: el lucro, el interés y la renta. ¿Qué podemos hacer para a c a b a r con este sistema sin tener que lle g a r a una guerra colosal que sólo traerá desastres? Esta tendencia anarquista va a re alizar una propuesta sorprendente: mediante la prop ied ad, la com petencia, el m ercado y la libre circulación de capitales, va­ mos a destruir al Estado y a aplastar a los trusts capitalistas. Los anarcom utualistas definieron el problem a en estos términos: el único salario justo, es el producto íntegro del trabajo. Si yo hago un p a r de zapatos, esos zapatos son mi posesión, y quien me los quite o me dé menos que ellos, me está robando. M i salario es ese pa r de zapatos, y su precio ha de ser m edido en base a su costo exacto: m ateria­ les y horas de tra b a jo em pleadas en producirlos. Por lo tanto, el precio de costo es el único precio justo que se debería p a g a r por algo, y ni un céntimo más. Los capitalistas producen sustrayendo al obrero parte de su salario natural (la plusva­ lía), y vendiendo p or encima del precio de costo. Es decir, que me están sacando la manteca. Por eso la p ro p ie d a d capitalista es el robo y la posesión es lo justo. La p r o p ie d a d es el r o b o

C u a lq u ie r acum ulación de riqueza proviene de un robo. En un clásico ejem ­ plo se e xp lica cóm o en un ta lle r de z a p a te ría una persona tra b a ja n d o sola ja ­ más se puede hacer rica. Para acu m u la r din e ro el z a p a te ro deb e to m a r jóvenes con contratos de a p re n d iz a je , a los que p a g a rá siempre menos del v a lo r de lo que p rodu zcan . N a d ie en su sano ju icio a ce p ta ría esta situación de esclavitud, que es el tra b a jo a s a la ria d o y la extorsión de la plusvalía, si no existiese la co acció n y la vio le n c ia letal del Estado C a p ita lista . Lo mismo puede decirse de

los préstamos: si tú me prestas diez, lo ¡usto es que yo te devuelva diez, y ni un céntim o más. La

p r o p u e s t a m u t u a l is t a

Por lo tanto, la solución pacífica a este expolio, es la siguiente: crearemos cooperativas en la que cada cual reciba de manera equitativa el precio de lo que produce; pondremos al alcance de cualquiera los medios de producción que serán poseídos p or los trabajadores de manera individual; para ello fundaremos bancos que presten sin interés a los trabajadores que quieran emanciparse de los capitalistas para que compren tierras, máquinas, locales; estableceremos centros de cam bio donde los productores llevarán sus mercancías para distribuirse por su v a lo r real; cumpliremos este plan con honestidad, sin intentar enriquecernos; com petiremos con los capitalistas y les arruinaremos, porque pondremos en cir­ culación mercancías mucho más baratas, con lo cual todo el mundo tendrá que ba ja r los precios hasta a lca n za r el precio de costo. Y de esa manera se hundirán los m onopolios. Los experimentos mutualistas no tuvieron buen fin. M uchos no llegaron a po­ nerse en práctica, y otros se vieron incapaces de sostenerse frente a fortunas que impedían cualquier tip o de com petencia. El anarcom utualism o es una propuesta económ ica, pacifista, no comunista y no revolucionaria, que en una primera etapa adm ite el salario, el dinero, la propieda d, con la fin a lid a d de instaurar un sistema en el que los productores individualm ente sean los poseedores de todo aquello que producen. Los comunis­ tas libertarios han re a liza d o muchas críticas a sus propuestas. Señalan que una persona más capa cita d a , más entrenada, más sana, más fuerte, puede producir diez a llí donde otro a duras penas conseguiría cinco, y que esa sería una base para reiniciar la acum ulación capitalista. ¿Y qué pasaría con los débiles, con los enfermos, con quienes no pudieran producir? ¿N o tendrían salario?, ¿recurrirían a la caridad...? Los mutualistas proponen sistemas de seguros; los comunistas socie­ dades sin propieda d ni posesión... Es un debate muy apasionado. A todo esto añadiría que el mutualismo com o aspirante a corriente hegemónica dentro del anarquism o desapareció, pero su influencia sigue presente, im­ pregna a otras tendencias anarquistas y se incorpora a proyectos que promueven

bancas sociales y éticas que procuran créditos a un interés b ajo que sólo cubre los gastos de mantenimiento para proyectos alternativos (cooperativas, economatos). En el entorno de estos deseos han surgido capitalistas que han tom ado las ideas mutualistas y han pervertido el sentido o riginal que les dieron sus pensa­ dores, que buscaban la ig u a ld a d económ ica y la desaparición del lucro. Son los libertarianos, anarcocapitalistas, miniarquistas, mutualistas de otras escuelas procapitalistas, que piden la abolición del Estado pero reclaman com petencia, ca­ pital, prop ied ad privada, lucro, egoísm o..., siguiendo postulados de la economía capitalista. C om o ya he dicho, el anarquista es el que no quiere ser dom inado, y el que no quiere dominar. Y podem os a ñ a d ir que es el que no quiere la dom inación en form a alguna. Una persona que se aprovecha de la necesidad de otra para ofrecerle un salario que no le a p o rta el total de lo producido, o que usa su ventaja para vender p or encima del precio de costo, o que emplea la com petencia para acum ular más de lo que puede comer en mil años, y que da más v a lo r a un kilo de oro que a una vida humana, no merece el nombre de anarquista. Ese no es más que un liberal.

El anarquismo colectivista Los anarcocolectivistas son la evolución del mutualismo. Una tendencia pareci­ da a la comunista libertaria, solo que en lugar de la fórmula "a cada cual según sus necesidades, de cada uno según sus ca p a cida d e s", emplean el "a cada cual según su tra b a jo ". Es decir, que cada uno ha de ser retribuido por lo que haga, según determinen las asambleas colectivas, en base a horas de tra b a jo o a otros criterios que definan el va lo r de lo que cada uno produce, gestionando el traba­ ja d o r el producto íntegro de su tarea. En este sentido la remuneración económ ica coincide con la de los mutualistas, pero difieren de estos en que los colectivistas rechazan la posesión privada de medios de producción (la proponen colectiva), el Capitalism o, el Estado, y desean la creación de una confederación de pueblos y colectividades autónom as a la que se llega mediante una Revolución Social. M uchas de las ideas colectivistas son parecidas a las comunistas, y son matices los que separan a una tendencia de otra. Hasta tal punto es así, que los anarco­ colectivistas encarnaron con su surgimiento un proceso de com unitarización en la

econom ía anarquista con respecto a los mutualistas que les precedieron. Frente al sistema de bancos del pueblo y de intercam bio de mercancías en base a bonos que proponían estos últimos, los colectivistas dieron un im portante paso hacia la solidaridad universal, entendiendo que todo cuanto em plean los hombres para tra b a ja r debe ser común, y que únicamente los resultados del esfuerzo de cada uno le podrán pertenecer al individuo. En su práctica cotidiana, los colectivistas suelen coincidir con los comunistas: defienden com o ellos la participación en grupos, ateneos y sindicatos, y buscan p o r todos los medios potenciar el sentimiento de clase en el obrero, su com pren­ sión del lugar que ocupa en la sociedad com o productor y explotado. Esto es así porque entienden la revolución como un proceso de expropiación a los propieta­ rios por parte de los desheredados, lo cual diferencia a comunistas y colectivistas p o r un lado y a mutualistas p o r el otro, quienes tuvieron su principal momento de influencia en las décadas de los 6 0 y los 7 0 del siglo XIX. Para comienzos del siglo XX, sin em bargo, los mutualistas habían desaparecido prácticam ente de Europa, y sólo quedaban algunas experiencias agrícolas en EEUU, donde estas teorías aún prevalecieron un tiem po. A diferencia de los colectivistas y los comunis­ tas, los mutualistas piensan que los productores deben tra b a ja r ya en las circuns­ tancias actuales en fa vo r de la futura organización del trabajo, mediante la cons­ titución de cooperativas de iguales que poco a poco suplanten al capitalism o y a la p ro pie dad privada. Lo que aducen tanto comunistas com o colectivistas a este respecto es que éste no plantea ninguna confrontación con el orden económ ico vigente, de m odo que no produce ningún avance en la situación de los tra b a ja d o ­ res que se suman a él, pues aunque no tengan un jefe tangible, se ven ob lig a d o s a com petir con el m ercado si quieren sobrevivir, sufriendo penurias perfectamente com parables con las del asalariado. S i t a n t o se p a r e c e n l o s c o m u n i s t a s y l o s c o l e c t iv is t a s , ¿ p o r q u é s e les c o n s id e r a po r s e p a r a d o ?

Com o veis la diferencia principal entre ambas tendencias radica en cóm o se deben distribuir los productos del trabajo. Llegados a este punto, es importante tener en cuenta que en el anarquism o no existen dogm as monolíticos, sino pautas teóricas que deben ser refrendadas p o r la re a lidad y la práctica. D ado que tanto

unos com o otros son enemigos irreconciliables del parasitismo, y por lo tanto de beneficiar en m odo alguno a quien no trabaje, cabe suponer que a la hora de lleg ar a un entendimiento en una asam blea, sus posicionamientos coincidirían en muchas ocasiones. Para algunos, los primeros colectivistas fueron en realidad comunistas en espíri­ tu, puesto que com o hemos in d ica d o lo que hicieron fue a va n za r en el comunitarismo respecto a la propuesta mutualista. Sin em bargo, es im portante tener en cuenta que estos colectivistas fueron coetáneos de M a rx y los socialistas autoritarios, y que coincidieron con ellos en el seno de la gran A sociación Internacional de los Trabajadores del siglo XIX. C om o anarquistas que eran, los colectivistas com ba­ tieron con gran pasión las posturas autoritarias, y tal vez por ello, por m arcar una diferenciación clara, eligieron una posición económ ica distinta de la de aquéllos, que eran comunistas. Esto encaja con el hecho de que en la generación siguiente, los pensadores más brillantes no fuesen ya col-ectivistas, sino comunistas a todos los efectos. N o debe pensarse que por ser los colectivistas partidarios de que cada uno re­ ciba según sus méritos productivos, defiendan que sólo coma quien haya tra bajado lo suficiente. Al contrario, y como iba diciendo, estos comunistas en espíritu conside­ raban que la com unidad productora debía garantizar a todos sus integrantes una serie de garantías básicas de salud, higiene, educación y medios de subsistencia. También hablaban los colectivistas de cuestiones como la fraternidad universal, la propiedad como robo (idea mutualista) o el apoyo mutuo, y de que el ser humano sólo se desarrolla en la medida en que es sociable, teorías que serían completamen­ te desarrolladas más adelante por los comunistas que los sucedieron. A sí y todo, a finales del siglo XIX se produjo un choque generacional muy virulento entre los nuevos comunistas y los veteranos colectivistas, que am enazó con m inar seriamente la cohesión de las organizaciones obreras y libertarias. Esta división momentánea fue superada por hábiles pensadores que se dieron cuenta de lo que se señala en este texto: que lo que diferencia a comunistas y colectivistas es muchísimo menos de lo que les une. Para solventar aquella crisis, estos pensa­ dores hablaron de "a n a rq u ía sin adjetivos económ icos", recordando a todos que instaurada la anarquía, cada com unidad se org a n iza rá como mejor entienda, con

mutualismo, colectivismo, comunismo o individualism o, y que p o r lo tanto no tiene sentido hacer sangre de divergencias tan nimias. Si miramos el desarrollo histórico de las organizaciones obreras en España, resulta que las que en la época de la Primera Internacional proclam aban com o objetivo económ ico el colectivismo, son antecesoras directas de las que en 1910 se confederaron en la CNT, que hizo de su finalida d el Comunismo Libertario. También este hecho permite pensar que los colectivistas del siglo XIX eran "comunistas en espíritu" que por las circunstancias que les tocó vivir hubieron de separarse claramente de las tendencias autoritarias de los comunistas marxistas.

El anarcocomunismo ¿ A QUIEN PERTENECEN LAS COSAS?

Esta tendencia niega totalmente el derecho a la p ro p ie d a d privada. Salvo algunos objetos personales de carácter sentimental, toda la p ro p ie d a d ha de ser colectiva. N i siquiera la ropa escapa al rig o r anarcocom unista. Unos calzoncillos —explican— han sido fabricados por equipos de personas aunando esfuerzos. Se necesitan fuentes de energía, medios de transporte, diseñadores, fábricas, ideas... A su vez todas esas cosas precisaron en su momento para existir de otros traba­ jadores..., que basaron su tra b a jo en los anteriores y así sucesivamente. H acer un calzo ncillo es a lg o muy com plejo, obra del tra b a jo de muchas generaciones, un montón de gente. Un ca lzo n cillo es un producto social. ¿Quién puede atreverse pues a decir que esa prenda le pertenece? ¿Quién puede determ inar cuánto vale? La gente aislada es in c a p a z de hacer nada de cuanto nos rodea por sí misma. La sociedad lo es todo. Somos personas sólo viviendo en com unidad. O tras escuelas socialistas piensan que hay que elim inar la p ro p ie d a d privada de los medios de producción, es decir, tractores, fábricas, tierras, etc., pero no la prop ied ad privada de los productos. El anarcocom unism o por el contrario estima que medios productivos y productos son la misma cosa y no deben sujetarse al derecho de propie d a d . ¿Cómo calcular el v a lo r de la hora de tra b a jo en una tarea relacionada con la física de partículas?, ¿y con la filosofía?, ¿cómo saber el va lo r de lo que produce un servicio de limpieza?, ¿cuáles son los salarios que deben recibir unos y otros?

¿ C uánto

v a l e n la s c o s a s ?

El cmarcocomunismo resuelve con fa cilid a d el problem a. Estima que el tra b a jo tal com o está estructurado hoy día no es más que una m aldición, una form a de es­ clavitud asalariada que permite que una minoría se ap ro p ie de las riquezas comu­ nes. Todos los trabajos son importantes y tienen el mismo valor. En la universidad no se podría especular con los átomos sin la ayuda del servicio de lim pieza. Los conocimientos físicos abren interesantes perspectivas, y pueden m ejorar el bienes­ ta r del pueblo. N o puede haber conocim iento, sin servicio de mantenimiento. N o puede haber un N ew ton, sin una madre que lo m antenga. Un m édico no puede pasar un día sin los productos de un campesino, y seguramente el campesino puede pasar muchos días sin necesitar a un médico. Si un obrero produce gracias a una m áquina (que no ha inventado ni fa b rica d o ) dos millones de un producto... ¿Tiene derecho a reclam ar la p ro p ie d a d de ese desmesurado producto que él individualm ente no puede lo g ra r jamás? En opinión de un anarcomunista, no tiene derecho. Si Juan que tiene una enferm edad produce un objeto en siete horas, y Pedro que está perfectamente en una hora hace ese objeto, ¿ha de g a n a r Pedro siete veces más que Juan, o Juan ganará siete veces más que Pedro? Si M a ría que es cam arera atiende un una hora a treinta personas, y A na atiende a cuarenta, ¿vale lo mismo la hora de tra b a jo de A na que la de M aría? Este tipo de problem as hacen que los anarcocomunistas piensen que no se puede calcular el v a lo r de lo que producim os individualm ente, cuando toda la riqueza que circula p o r el mun­ do tiene una base colectiva. Por lo tanto el producto del tra b a jo ha de ser colectivo y no estar sujeto a salario alguno. A CADA CUAL SEGÚN SUS NECESIDADES

El lema anarcocom unista es que cada cual tenga lo que necesite, y dé lo que buenamente pueda: de cada uno según sus posibilidades; a cada uno según sus necesidades. La consecuencia lógica es que el anarcocom unism o prescinde total­ mente del dinero como medio de intercam bio y de pa g o de salarios. La igu a ld a d es indispensable para que la libertad sea real. N o tienes que trabajar. N o tienes que co b ra r un salario. Tienes derecho a satisfacer todas tus necesidades, porque ha sido proclam ado el derecho a l bienestar p a ra todos. Por eso los anarcocom u­ nistas rechazan las formas de retribución mutualistas y colectivistas.

I n d iv id u a l is m o y c o m u n is m o

Esto no quiere decir que el anarcocom unism o quiera que todo el mundo lleve uniforme o coma las mismas cosas. Al contrario, deja am plias libertades para que cada cual elija de acuerdo con sus preferencias entre los productos disponibles. N o se pretende que la sociedad ejerza un p o d e r tiránico sobre las personas que la componen. En lo que insiste esta escuela es en que es preciso que quien coma tenga una razonable seguridad de que todo el mundo tiene com ida ese día. Así la solidaridad prevalece. Por eso todos los anarquistas son en buena m edida anarcoindividualistas, y los comunistas anárquicos tam bién lo son. Son, p o r raro que suene, comunistas individualistas. H a c ia la a n a r q u ía

Para el anarcocom unism o, el cam ino hacia la a n a rq u ía se hace día a día. La a n a rquía se construye cotid ia na m e n te en nuestras vid a s y en la sociedad. El aum ento del nivel de co n cie ncia p o r m edio de la p e d a g o g ía social, de la resistencia al Poder, de la cultura lib e rta ria , de creación de o rg a n iz a c io n e s co­ munales, lleva a la Revolución S ocial, un ca m b io brusco en la estructura social re a liz a d o p o r el pueblo, en la cual se p ro ce d e a la e x p ro p ia c ió n de los c a p ita ­ listas, se destruyen sus instituciones y se a va n za lo m áxim o que se pueda hacia la lib e rta d , el a p o yo mutuo y la ig u a ld a d . La revolución surge cu a n d o la gente pierd e la pacie ncia y p ercibe com o in s o p o rta b le la vid a que le ha to c a d o vivir. N o es el resultado de un proceso histórico in e lu d ib le , sino fruto de la voluntad de las personas que se lanzan a la insurrección. Este ca m b io no se produce en un día, sino en un p e rio d o de tiem po más o menos la rg o . La misión de los anarcocom unistas durante la Revolución es, p o r un la d o , im pulsar la lucha, y p o r otro, resistir y m antener las conquistas obte n id a s cu a n d o lle g a la inevitable contrarre volución. O r g a n i z a c i ó n y a c c i ó n c o l e c t iv a

Los anarco-comunistas no pretenden crear una organización única. M ás bien proponen que diversas organizaciones anarquistas, en form a de grupos, colec­ tivos, ateneos o de cualquier tipo, deben involucrarse fuertemente en las luchas sociales, creándolas, apoyándolas o desarrollándolas, sin pretender dirigirlas y sin d eja r que los políticos autoritarios las mediaticen. N o se trata de tener un pro­

gram a y una dirección, sino de que los participantes decidan cuál es su program a, su objetivo, y las tácticas y estrategias a emplear. La o rganización anarcocom unista ha de crear redes de com unicación y de­ bate, p lanificar objetivos comunes, prom over la unidad de cuantos actúen en las luchas, sean cuales sean, como m edio de lle g a r a la victoria. Los anarcocomunistas son, además, partidarios de la insurrección p o p u la r. Es­ tán dispuestos a pa rticip a r en cualquier movimiento social que, p o r los motivos que sean, se produzca con efectos perturbadores para el orden vigente. Piensan que no hay etapas que cumplir, y que em pleando la razón, y a p lica n d o tácticas y estrategias al momento concreto, es posible pasar del capitalism o al comunismo libertario sin etapas de transición. Para term inar decir que buena parte de los anarquistas se consideran a sí mismos comunistas libertarios.

El anarcosindicalismo: la razón no basta. Es necesaria la fuerza A finales del siglo XIX algunos anarquistas estaban muy quemados. M u y bien —decían—, las ideas son preciosas, todo eso de la libertad, el individuo y el comu­ nismo está muy bien, el proyecto es magnífico, tenemos la razón de nuestro lado y estamos dispuestos a lo que haga falta. Pero no podemos con ellos. Los capitalistas y los Estados son muy fuertes. Los trabajadores no nos podemos enfrentar a los cañones del ejército con ideas y razonamientos. N o disponemos de los medios de adoctrinam iento que tienen ellos para hacer contrapropaganda. N i podemos com petir con nuestros explotadores m ontando empresas. Quienes han form ado cooperativas, o se han arruinado, o se han transform ado en esclavistas. Los pro­ yectos comunales no cuajan d e b ido a discusiones interminables, rencillas y peleas. Vivimos al día, carecemos de recursos, no tenemos dinero, ni armas, ni preparación militar, ni gente suficiente, ni entendemos de negocios, ni poseemos periódicos de gran tirada... En cuanto levantamos la cabeza nos meten en la cárcel, o nos ejecu­ tan. En fin, que esto es un desastre, tan solo somos trabajadores. Pero no vamos a rendirnos. N i hablar de retroceder. Queremos la anarquía pero, ¿cómo traerla? El

s in d ic a t o

: o r g a n iz a c ió n n a t u r a l de lo s t r a b a ja d o r e s

La respuesta que dieron fue la siguiente: reconocemos la lucha de clases. H ay

de un lado burgueses que tienen unos intereses, y de otro estamos los obreros con otros intereses. Son los intereses comunes los que nos o b ligan a organizam os para com batir a los burgueses. Ellos se asocian en sus corporaciones, clubs y organizaciones, y nosotros tam bién vamos a hacerlo en un sindicato, el nuestro, distinto de todos los demás. Estamos decididos a asociarnos y a luchar. De esta lucha se deduce que hay que destruir el Estado, p or estar de manera evidente al servicio del C apital que queremos abolir. Luego queremos un sistema económ ico comunista y libertario. Por ello, para conseguir estos objetivos, entraremos en los sindicatos existentes o formarem os otros si no existen; fomentaremos el asociacionismo obrero, atacarem os al C apital a llí donde más le duele: en la cartera. Siendo muchos y estando organizados tendremos la razón y la fuerza de nuestro lado. M ejorarem os nuestras vidas, comeremos mejor, trabajarem os menos, podrem os estudiar y form arnos y acostum braremos a la gente a tom ar decisiones colecti­ vas. Vendrán a los sindicatos p o r millones. Y entonces, seremos invencibles. Los ejércitos se verán impotentes, porque no podrán abastecerse, ni desplazarse, ni pu blicar una orden, porque controlarem os con nuestros sindicatos los caminos, los trenes, las imprentas, las fábricas, los telégrafos, los depósitos de combustibles... Ese va a ser nuestro plan. Y así se pusieron manos a la obra. E s t r u c t u r a in t e r n a federal

Un sindicato es una a grupación de trabajadores que defienden sus intereses com o productores. La base de operaciones de los anarcosindicalistas es el Sin­ d icato de Ramo. En cada uno de ellos se agrupan todos los trabajadores de un mismo ramo productivo. La idea es fom entar la S olid a rid a d O b re ra desde una base territorial, que supere las diferencias de categoría profesional. Todos los obreros de la construcción de una lo ca lid a d , desde los peones a los maestros de obra, estarán federados en un solo Sindicato de la Construcción, cuyo lema será la Unión y la S olidaridad. Todas las obreras del textil, tejedoras, planchadoras, hiladoras..., estarán afiliadas al Sindicato del Textil... y así sucesivamente. Todos esos sindicatos form arán una Federación Local; todas las Federaciones Locales form arán una C onfederación Regional. Y todas las C onfederaciones Regionales crearán la C onfederación N a c io n a l del Trabajo. C ada una de esas organiza-

dones será independiente en todos los aspectos. N o se aceptarán prebendas, dineros ni donaciones del Estado ni de los burgueses. La base de todo será la asam blea del sindicato, donde confluirán todos los trabajadores con sus propues­ tas, y donde se tom arán las decisiones pertinentes. La actividad del sindicato será económ ica: actuará por lo tanto en el terreno de las empresas y de los problem as de los trabajadores. El sindicato no pierde el tiem po hablando del sexo de los ángeles. Esto de la revolución es la guerra amigos, es a lg o muy serio com o para ponernos a hab lar de tonterías. A p o y o m u t u o , a c c i ó n d ir e c t a

El sindicalism o para los anarcosindicalistas es p ra ctica r la so lid a rid a d coti­ diana. C uando surge un problem a, no im porta dónde, to d o el sindicato se pone en marcha, y to d o el mundo se concentra. El anarcosindicalism o no confía en las leyes. Las leyes —dicen los anarcosindicalistas— las hacen quienes m andan. Por eso en sus sindicatos se practica la A cción Directa, o sea, el sindicato presiona al patrón directam ente, sin interm ediarios, sin comités de empresa, sin profesio­ nales de la política ni del sindicalism o: quien m ejor ca p a c ita d o está para d e c id ir sobre un asunto, es el afecta d o . La A cción Directa lleva a ca b o una po lítica prefig urativa, es decir, hace que en este mundo se funcione tal com o querem os que se haga en el futuro. La A cción Directa p re fig u ra a q u í y ahora lo que que­ remos para el m añana. Por eso los anarcosindicalistas se muestran contrarios a la táctica de base múltiple, que procura el juego p a rla m e n ta rio y el a p o yo a los políticos... Para los anarcosindicalistas los tra b a ja d o re s tienen que ser pro­ tagonistas de su destino, y eso se consigue en el terreno de la lucha, que es la fragua dond e se forja n los militantes. La lucha no es solo acción, sino tam bién form ación, cultura, a p re n d iza je , a c tivid a d constructiva y destructiva tom adas de la mano. Por ese protagonism o que dan a los tra b a ja d o re s, y que im plica que cad a cual ha de tom ar sus propias decisiones, los anarcosindicalistas insisten en la autonom ía y lib erta d individuales, de las que se sigue la autonom ía y lib e r­ tad de las organizacio n e s que form an esos individuos. Si el in d ivid u o no tiene libe rtad, la o rg a n iza c ió n no es libre. Los anarcosindicalistas son comunistas en econom ía (aceptand o tam bién form as org a n iza tiva s mutualistas y colectivistas), pero tam bién son individualistas libertarios.

I n t e r n a c io n a l is m o

El anarcosindicalism o recoge en la actualidad el testigo d e ja do p o r las pri­ meras asociaciones obreras. Los productores asociados desde finales del siglo XVIII percibieron muy claram ente cuál era su enemigo: el C apital y el Estado. Asumieron muy pronto, antes de que ningún intelectual se lo dijera, la idea de que los trabajadores no tienen más nacio na lid a d que la que nace de sus manos, de su trabajo, y que si luchan debe ser p o r su clase, la obrera, jamás p o r su país o por una nación. Por ello, para los anarcosindicalistas, la patria es el mundo, la fam ilia la hum anidad. N o im porta co lo r de piel, ni aspecto externo, ni si se es hombre o mujer, ni si nació a quí o allí, ni cuáles son sus costumbres. Lo que im porta es que esa persona tenga d ig n id a d y trabaje si está activa, o pueda tra b a ja r si está parada, o que trabajase si ya se jubiló o quedó inútil, porque el sindicato es una organización de trabajadores que supera los marcos nacionales y fronteras esta­ tales mediante una asociación internacional de trabajadores. O r g a n i z a c i ó n d e t r a b a j a d o r e s : el t a m a ñ o , s í i m p o r t a

Para llevar a ca b o estos planes de unidad de todos los obreros, no se exige ninguna id e o lo g ía com o requisito p ara fo rm a r parte de la A n a rc o s in d ic a l: basta con ser tra b a ja d o r, y lo que piense ca d a cual, es problem a de ca d a uno. N o im porta si el a filia d o va a misa, o si vota a la derecha. Eso es secundario. Lo im­ portante es que se integre en el sindicato, que luche p o r sus derechos con v a lo r y que acepte el Estatuto. El Estatuto convierte al sindicato en una o rg a n iza ció n form al, con funcionam iento de fin ido , en don d e to d o el m undo sabe a qué ate­ nerse: hay que estar a filia d o ; hay que p a g a r la cuota; hay que ace-ptar cargos cuando te nom bren; hay que ir a la asam blea; hay que cum plir los acuerdos a ra ja ta b la ... Si se da el toque de b a ta lla , sólo se puede p a ra r con la victo ria o con el agotam iento. El Estatuto define que el sindicato ha de ser absolutam ente independiente. N o puede convertirse en el vocero de un p a rtid o político, de una Iglesia o de un g ru p o económ ico. A sí que los anarquistas están atentos a cu a lq uie r intento de penetración o de m anipulación p o r parte de esos intereses ajenos a los de los tra b a ja d o re s, y defienden el cará cte r p e cu lia r del sindicato: a m or p o r el activism o; ind e pe n d e n cia desde el in d ivid u o a la confederación; decisiones tom adas en la asam blea sindical, a la que van todos los a filia d o s sin

distinciones; antipoliticism o; acción directa. Y ello, sin p e rd e r nunca de vista los problem as prácticos. LOS MÁS PRÁCTICOS DE LOS ANARQUISTAS

Así han sido llam ados los anarcosindicalistas, p o r ser quienes más se han es­ fo rza d o por presentar los deberes hechos. Son personas que miran el problem a concreto de los trabajadores (jornada, salario, condiciones de trabajo, contra­ tos...), y buscan darle solución dentro de los márgenes de sus tácticas y estrate­ gias. Planifican sus acciones, estudian las empresas, sus suministros, sus finanzas, sus debilidades... N o se lanzan al ataque com o locos, no. Por eso se atreven a plantear batallas muy desiguales, en las que la fuerza parece estar del lado de los opresores y, sin em bargo, vencen a llí donde otros ni lo intentaron. Usan todo lo que tienen a mano: la p alabra, la persuasión, la expresión en carteles, periódicos, actos..., la fuerza en form a de coacción: huelga, b oicot y sabotaje. Son gente muy seria. Ellos se llaman a sí mismos militantes: son los que hablan, los que luchan, los que hacen p ro p a g a n d a p o r el hecho, los desacom plejados, los que devuel­ ven los golpes, los que toman decisiones, los que caen mil veces y se vuelven a levantar mientras tienen aliento, los que derriban al enemigo, los que no esperan nada de nadie, los que piensan y trabajan, los que no miran atrás, los que si hace falta atravesarán el infierno solos, los que nunca son derrotados. Porque amigos y am igas anarquistas, la derrota, el fracaso, está en no hacer nada. M anteniéndote pasivo no te equivocas, claro. M ira n d o hacia otro lado, criticando a todas horas, sintiéndote impotente o c o la b o ra n d o con el poder, no buscas la solución, sino que formas parte del problem a. E ta p a

de t r a n s ic ió n

El sindicato es la Razón y la Fuerza. Es el b ra zo y la mente. Es la Teoría y la Práctica. Es la Estrategia y la Táctica obrera hecha carne. N o es solamente, una sociedad de resistencia, ni un medio de educación del p roletariado, sino la m áqui­ na de dem olición de la sociedad presente, y de reconstrucción de la sociedad fu­ tura. Educa a sus miembros en la lucha, en la acción colectiva, en el protagonism o personal y en la S olid a rid a d O b re ra . Sus secciones económ icas y de estadística permiten saber las necesidades colectivas y la form a de satisfacerlas. Conocen las redes de producción, distribución y consumo. Para el anarcosindicalism o, el

sindicato se basta tanto para destruir el sistema económ ico imperante, com o para construir y o rg a n iza r uno nuevo. C uando el burgués pregunta a los anarcosindica­ listas que cóm o van a o rg a n iza r el mundo si destruyen el Estado y les expropian, ellos responden secamente: "con el S indicato". Y si les preguntan que cómo darán el salto del capitalism o al comunismo, que cóm o harán la transición, afirm an: "ésta es la etapa de transición. Aquí. A hora. Destruimos, construimos y educamos con nuestra acción". Re su m en

En definitiva, el anarcosindicalism o despliega un sindicalismo federalista basa­ do en la participación de los trabajadores, en la acción directa, en la solidaridad y el ap oyo mutuo. Rechazan líderes, liberados, y profesionales sindicalistas. N o aceptan apoyos y fondos estatales. N o participan en instituciones y comicios que quiten ca p a cid a d de decisión a los trabajadores. Su estructura interna es fuerte­ mente dem ocrática. Funcionan y deciden sólo por medio de asambleas, y limitan a sus delegados y miembros de comités para evitar la aparición de jefaturas. El anarcosindicalism o hace hincapié en que lo que les interesa cuando ha­ blan de la cuestión social, no es el dinero, sino tiem po libre, ocio, c a p a cid a d de reflexión y de decisión y desarrollo de la responsabilidad, aunque ello lleve a un menor nivel de consumo. A los anarcosindicalistas no les im porta el decrecim ien­ to económ ico, sino el crecimiento de la libertad. Tienen una fin a lid a d que es la transform ación de la sociedad. Denominan a esta sociedad futura Comunismo Libertario, y en ella no existiría el Estado. Definen una vía hacia la anarquía en la que una vez queda desm antelado el Capitalism o, la prod-ucción y la distribución de productos son adm inistradas p o r colectividades agrícolas e industriales descen­ tralizadas que toman com o base la estructura del sindicato. De esa form a —dicen los anarcosindicalistas— sería posible pasar de una socie­ dad autoritaria a otra libertaria de un día para otro. LA CNT Y OTRAS ANARCOSINDICALES

Los anarcosindicalistas tienen símbolos e historia en España y en otros países. Esta gran organización obrera fundada en 1910 (la C onfederación N a cio n a l del Trabajo, nacional en sentido territorial) llevó adelante la revolución más profunda de la historia de la hum anidad durante la guerra social española de 1 9 3 6 /1 9 3 9 .

Sus sindicatos organizaron la industria y la agricultura en C ataluña, A ragón, am­ plias zonas de Levante, Castilla, Extremadura y A ndalucía, hasta que fue destrui­ da po r el fascismo. Demostraron que la eco-nomía libertaria funciona. Las zonas controladas po r cenetistas no conocieron la inflación, la especulación, el alza de precios y el paro durante una situación difícil de guerra. Las colectividades lib e rta ­ rias abastecieron a la p oblación y al frente. Sus milicias confederales se opusieron al ejército profesional fascista con éxito. De hecho las únicas victorias frente al Ejército N a cio n a l las lograron las desarrapadas y mal arm adas milicias populares. Q uienes detuvieron el g o lpe franquista en más de media España, quienes recon­ quistaron A ragón, no fue la policía ni el ejército republicano, sino el anarquismo español o rg a n iza d o en la CNT. C uando el Estado volvió a tom ar las riendas entre m ediados de 193 7 y 1938, la inflación, el contrabando, el paro, las subidas de precios, los desastres militares del ejército regular republicano a pesar de sus fla­ mantes uniformes y su disciplina cuartelera, y el miedo de las dem ocracias y del Partido Comunista de España a la Revolución Española, acabaron con la utopía libertaria. Pero ahí quedó el ejem plo: durante un breve lapso de tiem po imperó una nueva moral y todas las miradas se clavaron en la Península Ibérica. También los anarcosindicalistas makhnovistas tuvieron una destacada actua­ ción en la revolución rusa en Ucrania. Formaron comunas económicas, dom inaron am plios territorios dan d o independencia a pueblos y ciudades, derrotaron a los contrarrevolucionarios... Y fueron vencidos finalmente en el terreno militar por el Ejército Rojo, por los comunistas. Tanto en un caso com o en otro, el anarquismo fue b a rrid o por fuerzas militares; no porque se instaurase el hambre o la miseria en la población, y fuese rechazado por ésta. C o n t r a d ic c io n e s

El anarcosindicalism o, p o r otra parte, incurre en numerosas contradicciones. Su deseo de ser práctico le hace aceptar las leyes del Estado contra el que lucha, aunque afirme mantenerse a su margen. Vulnera en ocasiones la táctica de acción directa aunque sea la única que asume. Tiende a la creación de líderes aunque les intente mantener a raya. La disciplina y sacrificio que exige a sus miembros elimina la espontaneidad... Su actividad es habitualm ente reform adora. Vive en el difícil límite de la eficacia y la utopía.

Por supuesto que los trabajadores tienen el derecho de exigir mejores salarios, capataces justos y reparto de beneficios... conseguir mejoras está bien. Pero lo que los anarquistas cuestionan es precisamente el tra b a jo asalariado, los jefes y jefas y la acum ulación de riquezas. Q uieren que estas cosas desaparezcan ahora, en este momento, y no dentro de algunos milenios. Y piensan en definitiva que el m ejor camino para conquistar las reformas es difundir el anarquismo. A hora bien, las contradicciones no dan miedo a los anarcosindicalistas. Están acostum brados a vérselas con problem as difíciles y a buscar salida a sus a to lla de ­ ros. Saben que las cosas que parecen perfectas sobre el papel no cuadran en el día a día. Eso les hace tener la piel dura. Q uienes se les enfrentan les han dicho de todo: autoritarios, contrarrevolucionarios, agentes de la reacción, m anipuladores, burócratas, chantajistas, terroristas, reformistas, traidores, asesinos, burgueses, bol­ cheviques, etapistas, estatalistas, ignorantes... Los marxistas de todas las corrientes se ponen frenéticos con ellos. Los empresarios les detestan y odian. Y también muy diversos anarquistas hacen severas críticas al anarcosindicalism o. Bueno, pues que sepas que sumamente excitado puedes hacerles ver que hi­ cieron mal esto o lo otro, o reprocharles mil cosas, que te mirarán con seriedad, y pasarán tranquilam ente al siguiente punto del orden del día. Un o una anarcosin­ dicalista no pierde el tiem po en discusiones bizantinas, ni en criticar a los demás. Lo que pretende sobre todas las cosas, es llevar a cabo sus planes y dem ostrar que lo que dice lo hace. N o quiere mostrar lo mal que hacen los demás las cosas, sino lo bien que él las lleva a cabo. Eso, es la p ro p a g a n d a p o r el hecho. La

d e s ig u a l d a d n o

es s ó l o

e c o n ó m ic a

Una última reflexión. En el cam po anarcosindicalista existe la opinión más o menos extendida de que basta con realizar una revolución que destruya al Estado y expropie al Capitalism o, para que reine la ig u a ld a d en el mundo. Y no es así. Los criterios de desigualdad social se explican brevemente de la siguiente forma. Actualm ente no tenemos las mismas posibilidades de acceso a la riqueza. Unas personas sólo disponen de su trabajo, y otras son propietarias de los medios de producción. El anarcosindicalism o incide con más fuerza en este campo. O tro factor que contribuye a la desigualdad es el sexo. Las mujeres han sido históricamente subordinadas de los hombres. También mantener opciones sexua­

les diferentes de la heterosexual pesan a la hora de sufrir un estigma social. Cree­ mos que solamente la libertad y el placer de los individuos que juegan con su sexualidad han de definir los criterios de lo que es normal o no. En tercer lugar según a que etnia se pertenezca, se sufre m ayor o menor g ra d o de discrim inación. Para el anarquism o las diferencias en las costumbres se aprenden según la cultura a que se pertenezca. G enéticam ente la especie humana es una. Podemos cruzarnos sin problemas, no im porta de dónde seamos, y tener descendencia mestiza, que a su vez no es estéril. Las diferencias étnicas se explican, porque aprendem os a com portarnos según la sociedad en que na­ cemos. El co lo r de la piel o el tam año de la nariz no tienen ninguna im portancia. Por eso el anarquism o com bate las discrim inaciones económicas, laborales, terri­ toriales o de cualquier tipo p o r razón de etnia, nación, pueblo, o com o p o r m oda se las llame. La edad es otro criterio de subordinación, que hace que la gente m ayor dom i­ ne a la menor. H ay que tener cu idado en este aspecto, porque todo despotismo se im pone teóricam ente p o r el bien de quienes sufren la dom inación. Existen otro tipo de factores com o tener incapacidades físicas o síquicas, de­ term inadas enferm edades com o el SIDA, mal aspecto externo, olores, lenguaje in­ culto, g rado de vagancia, profesiones ignominiosas, títulos académ icos, elección de sexualidad, creencias espiritualistas, opciones dietéticas... En general cualquier fenóm eno que defina a un colectivo frente a otro puede establecer jerarquías sociales. Por ello os h ago ver que desde el anarquism o ha y que cuestionar no sólo la acum ulación de riqu e za en manos privadas, pues pu d iera lle g a r la situación de una sociedad ig u a lita ria económ icam ente y que m antuviera otras estructuras de Poder.

El anarquismo primitivista La tendencia primitivista tiene pocos años de existencia. A unque ya desde su aparición en el siglo XIX el anarquism o realizó propuestas anti-industriales, desde 19 8 0 se ha ido elabora n d o una propuesta más radical, que se enm arcaría dentro de lo que se ha llam ado "anarcoprim itivism o".

¿Po r q u é aparece?

El deterioro ecológico sufrido por el planeta, y la nefasta vida en la civilización moderna, les ha llam ado la atención y han propuesto un cambio radical que va más allá de los postulados ecologistas. Vienen a decir sus partidarios, que la Humanidad está llegando a unas cotas de consumo energético que van a provocar una crisis mundial sin precedentes. El petróleo está llegando a su cénit, es decir, al punto de máxima extracción posible. En pocos años, décadas, habrá una demanda de petró­ leo que no podrá ser cubierta ni intensificando el ritmo de explotación, ni buscando nuevos yacimientos, porque, sencillamente, se habrá agotado. Y mientras más rápido se extraiga y más siga aumentando la demanda, más pronto se producirá el agota­ miento. Dado que toda la economía mundial descansa en el petróleo barato, y que no existe energía de repuesto de momento, ni se prevee encontrarla para las próxi­ mas décadas, se producirá una crisis sin parangón en la historia de la Humanidad: crisis económica, energética, alimenticia y climática. Va a ser una catástrofe acojonante, con extinción masiva incluida. La producción de alimentos caerá en picado, ya que insecticidas, fertilizantes, frigoríficos, transportes, plásticos..., descansan sobre el petróleo. Habrá cam bio climático, tremendas hambrunas, guerras y disminuirá la población en picado. El tipo de sociedad que se ha ido creando en estos siglos, ha llevado a una dominación bestial, sin parangón con ningún otro, que ha de ser supe­ rado. M adre mía, qué panorama. H ay que prepararse para esos acontecimientos. A l g u n o s c o n c e p t o s s o b r e p r im it iv is m o

¿ Q ué

pretenden?

Su objetivo final es elim inar todo sistema de dom inación, tanto entre las per­ sonas com o con el m edio para obtener la com pleta libertad individual. Para ello consideran im prescindible a c a b a r con lo que llaman sistema Tecno-lndustrial y con toda form a de C ivilización. Dentro de ella los primitivistas no consideran nin­ gún sistema político, social o económ ico com o positivo o negativo en sí mismo, y estarían también en contra de una anarquía tecnoindustrial. Sólo ven positivo a q uello que lleve a su fin a la C ivilización. C iv i l i z a c i ó n y s is t e m a t e c n o i n d u s t r i a l

El Sistema Tecno-lndustrial afirman que produce una cultura. Se trata de una cultura expansionista, que busca el crecimiento sin límites, y que tras ingerir otras

culturas (primitivas), las desprovee de todo excepto de sus elementos más super­ ficiales, mero espectáculo o folklore para los poderosos. Elimina sus identidades, acaba con sus vidas autosuficientes, los asimila y los fuerza a a b a n d o n a r sus maneras, actividades y costumbres. Les convierte en mendigos o les elimina, des­ trucción de la que a veces sus víctimas no son plenam ente conscientes. Por eso consideran al Sistema Tecno-lndustrial com o la organización de un cam po de concentración o de una cárcel absorbente. Es im posible la Anarquía mientras exista dicho Sistema, pues siempre habrá en él un p o d e r que o rg a n iza r para que funcione. En cuanto a la C ivilización, dicen que es necesariamente perniciosa, ya que im plica relaciones de p o d e r para con el planeta y sus habitantes. Todo producto elabora do, distribuido y consumido en su seno, se hace en base a la m encionada estructura de po der y dom inación que im plica. Los anarcoprim itivistas quieren que los individuos tengan relación con el medio sin dom inación, que el ser humano se reconozca como un anim al más y que se adap te al ecosistema, en lugar de a d a p ta r el ecosistema al hombre. Consideran que los cam bios de ecosistema constituyen un acto despótico de dom inación que repercute sobre animales, plantas u otros seres humanos. La t e c n o l o g í a

Por ello proponen un uso muy cuidadoso de la tecnología. La tecnología la forman los medios materiales fab rica d o s p o r el ser humano para obtener la mayor productividad con el menor coste y esfuerzo posible. Los primitivistas mantienen que la tecnología no es neutral, pues los procesos de producción que precisa mar­ ca con su im pronta a las personas haciéndoles pensar de determ inada manera, y esas ideas producen más tecnología similar a la existente. La actitud que mantie­ nen respecto a ella, depende del tipo del que se hable, existiendo dos grupos: Tecnología sencilla: son partidarios de ella. Es aquella que cualquiera puede producir sin em plear grandes cantidades de materia prima y energía, de mane­ ra que la com unidad (pequeña) es c a p a z de autoabastecerse. Supone manipu­ lación, relación e incidencia en el entorno, pero no afecta al funcionam iento y tendencia general de los ecosistemas. Esta tecnología responde a un m odelo de sociedad sencilla: org a n iza d a en pequeñas c-omunidades, con personas que se

conocen directamente, integrada en el medio natural, no tendente al crecimiento y la expansión. Tecnología com pleja: requiere de grandes cantidades de energía para ser pro­ ducida, distribuida, usada e incluso desechada y / o reciclada. También se hace necesaria la obtención de materia prima en grandes cantidades que con frecuen­ cia es traída de lugares lejanos ya que no se encuentra en el entorno más cercano. Fomenta una que busca artefactos tecnológicos cada vez más complejos. Dicha sociedad se caracteriza por: especialización, jerarquías, desigualdades, sedentarismo, burocracia. Esta tecnología interfiere en los mecanismos de regulación de los ecosistemas, alterando su funcionam iento irreversiblemente en la mayoría de los casos. Un cam po cultivado, es tecnología com pleja.

Su

PROPUESTA PRÁCTICA

La propuesta anarcoprim itivista consiste en a d q u irir saberes que permitan so­ brevivir y tener autonom ía personal en esas circunstancias, poniendo en práctica la vida de los pueblos cazadores recolectores. N o se trata de volver al paleolítico, para nada, ni de im itar a esas sociedades, sino de crearlas nuevas y mejores. Los primitivistas entienden que las formas de vida de las sociedades forrajeras tienden a ser igualitarias, dificultan la acum ulación de p o d e r y proporcionan libertad polí­ tica. Ellos sienten que la C ivilización separa a los individuos de su entorno natural, anula sus capacidades de supervivencia individual y, en definitiva, os convierte en unos inútiles, inermes y esclavos. Tienen varias actitudes con respecto a la revo­ lución que os resumo: unos proponen a ta ca r al Sistema Tecno-lndustrial a modo de guerra de guerrillas; otros dicen de esperar la caída de la C ivilización por un colapso económ ico g lo b a l; otros simplemente pretenden vivir de la form a que les gusta en el presente, al m odo forrajero —más o menos— en zonas rurales, viendo im posible lo g ra r un cam bio positivo im portante a día de hoy. La

c r ít ic a a l p r im it iv is m o lib er tario

M uchos anarquistas ven en este ecologism o radical una ida de pinza muy gorda, y en buena parte porque hay primitivistas de diversas ideologías. N o hay un discurso articula d o colectivo en torno a este tema, y te puedes encontrar entre los autores primitivistas propuestas sorprendentes, com o la de rechazar el pensa­ miento simbólico, y otros a los que alguna vez se les escapa que sería positivo

cualquier desastre que acabase con buena parte de la Hum anidad. Los primitivis­ tas libertarios explican que hay que diferenciar lo que es la propuesta ecológica y radical de su propuesta anarquista, de las elucubraciones de personajes que no tienen nada de libertarios. La otra crítica más común, es que una sociedad primi­ tivista no podría sostener la actual población humana, y que es un plan que da solución en to d o caso a individuos muy concretos e ingeniosos que pueden llevar una vida rural como cazadores, pero que no puede a rticular la respuesta colecti­ va de los oprim idos para conseguir la libertad de todos. Y p o r último, sus críticos constatan que en la actualidad muy pocas personas que se digan primitivistas libertarias (por no decir ninguna) llevan a ca b o el m odo de vid a que proponen de caza-recolección, p o r lo que tienden a verlo com o una mera teoría sin proyección práctica. Afirm an que esta tendencia es —en todo caso— una mera derivación radi­ cal de las ideas naturalistas y ecologi-stas del anarquism o del XIX.

El insurreccionalismo El anarquism o insurreccionalista hizo su aparición en los años ochenta del pasado siglo. H ubo personas que consideraron que las organizaciones anarquis­ tas clásicas (organizaciones formales, con estatutos y normativa como partidos, federaciones, ateneos, sindicatos...), habían to ca d o techo y eran inoperantes, quem ando energías en tareas inútiles que no servían para provocar el cam bio revolucionario. Tras el descenso de activismo que se produjo después del M a y o del 6 8 , viendo la apatía de la p oblación y la desarticu-lación de luchas populares, es cuando realizan sus propuestas. I n f l u e n c i a s q u e r e c ib e n

Se le puede considerar la continuación de una corriente anarquista de matiz más ilegal e individualista (el anarquism o ilegalista), refractario del sindicalismo y de las grandes estructuras que a d o p ta d o p o r anarquistas anti-organización (ha­ blaré más adelante del inform alism o) en el siglo XIX, ha estado desde entonces siempre presente dentro del anarquismo. ¿Quienes fueron los anarquistas ¡legalistas? Fueron personas que decidieron d a r su vida para cam biar el mundo. Es preciso que entiendas el estado de des­ esperanza y angustia existencial, la miseria material, las penurias de aquellos

modernos hombres da g a , para com prender la presión social que hacia hervir la caldera de la violencia de los de a b a jo. N o eran fanáticos amantes de la brutali­ dad y la fuerza. Es necesario entender esto porque de lo contrario se disvirtúan los hechos, y solo se destaca el aspecto m orboso de los actos de aquellos hombres y mujeres abandonados, llenos de so lidaridad con los miserables de su tiempo. La prensa presentaba a los anarquistas ¡legalistas y expropiadores com o simples figuras negras con bom bas de odio. Pero fueron personas de gran sensibilidad su­ mergidas en un m edio hostil que sólo vieron como salida a su d o lo r el convertirse en los vengadores del pueblo. El insureccionalismo m oderno ha evolucionado y no se ha qu e d a d o ahí, sino que ha ido incorpo ra n d o nuevas ideas, p o r ejem plo de diversas corrientes mar­ xistas (consejismo, autonom ía obrera, situacionistas...), y del anarquism o verde (veganismo, anti-industrialismo, primitivismo...). I d e a s y a c t it u d e s

C om o todos los anarquistas, rechazan cu a lq u ie r tip o de d o m in a ció n , rei­ v in d ic a n d o especialm ente el m om ento presente y de su p o s ib ilid a d de cam bio revo lu cio n a rio . La insurrección, la negación de la a u to rid a d cre a n d o form as de relación to m an do com o base la s o lid a rid a d , es la expresión de la a n a rq u ía en sí y se puede lle va r a c a b o a q u í y a h o ra (frente a quienes sólo piensan en las rebeliones de otras épocas o de lugares lejanos). Para lo g ra r ese o b je tivo no se puede esperar a u tiliz a r tácticas reform istas hasta lle g a r a un número que perm ita d a r el salto (visión etapista), pues ese cam ino lleva a ser asim ilados p o r el sistema. Su propuesta es re a liza r un ataque directo y permanente a las estructuras del poder, hasta su destrucción. A unque estos ataques sean aparentem ente testimo­ niales, cualitativam ente señalan la táctica a seguir. El ataque im plica evitar cual­ quier intento de negociación, de pacificación o de acom odo. Es un ataque de contenido social, que se pretende sea asumido por los oprim idos. Son contrarios a cualquier tipo de vanguardia que intente d irig ir a una multitud. Los insurreccionalistas se limitan a form ar parte de la lucha, a p o rtán d o le su actividad y actitudes. También rechazan la figura del o rg a n iz a d o r o de la figura representativa o más activa, po r ser germen de dirigentes.

Pero además, la negación de la autoridad también se reivindica a nivel perso­ nal, intentando vivir la vida de la form a más coherente que sea posible, fundiéndo­ la con la actividad revolucionaria. Esta visión es diferente de la del militante anar­ quista clásico, que dedica ciertas horas de su ocio en tra b a ja r (a través del deber y del sufrimiento en que se desarrolla su lucha) p o r la llegada de la anarquía. Para el insurreccionalista, las actividades del revolucionario han de ser una forma de vivenciar la anarquía misma, estar basadas en el deseo de llevarlas a ca b o y no en el sometimiento a una idea o a una o rganización. Por lo antes m encionado rechazan el tra bajo com o actividad o b lig a to ria . N o sólo el tra b a jo asalariado, sino cualquier actividad que conlleve a una especie de relación masoquista con la tarea, ya que para obtener resultados m ediante el trabajo, hay que sufrir, hay que a b d ic a r de la vida. Por lo tanto oponen al tra b a jo la actividad libremente elegida, com o form a de satisfacer necesidades. También ven en las actividades delictivas o marginales un m odo de enfrenta­ miento al sistema, aunque sea a nivel individual. Por ello en ocasiones se hace ap o lo g ía del vandalism o y se ve en el delincuente profesional un rebelde social instintivo. Esta es una de las razones p o r las que el insurreccionalismo se centra en a la lucha de los presos, sin o lv id a r que asumen que su táctica conduce a la inevitable represión po r parte del poder: hay que estar pre p a rad o para eludirla y asumirla. El apoyo a los com pañeros caídos se realiza sin reivindicar su inocencia (al mar­ gen de cual sea la estrategia legal), lo que supondría una hipocresía p o r parte de unos revolucionarios A c t iv id a d e s

Las principales son: participan en centros sociales para relacionarse y llevar a cabo sus propuestas; intervienen en las luchas sociales que surjan (del tipo que sean) procurando que sean autónom as (al margen de intereses políticos y sin cen­ tro directivo) y que lleguen al enfrentamiento directo con las estructuras autorita­ rias (estatales, sindicatos, iglesias...); en ausencia de luchas sociales, en épocas de m ayor pasividad y legitim idad del sistema, tanto como en época de efervescencia, practican sabotajes, ataques a símbolos del poder, expropiaciones,...; como ya hemos señalado, el a p o yo a los presos en sus rei-vindicaciones y contra la cárcel,

sin de ja r de o lvid a r que la vida cotidiana es un cam po de lucha (esquivar el traba­ jo, el robo, la ocupación, el veganismo...). O r g a n iz a c ió n

Es su gran p ila r junto al ataque directo. Los insurreccionalistas realizan una severa crítica a las organizaciones form ales anarquistas, es decir, organizaciones en las que se debe lle g a r a acuerdos asumidos p o r todos sus miembros, dando com o alternativa la organización inform al. Los motivos son los que siguen: A) El tener que lle g a r a un acuerdo (ya sea p o r votación o p o r consenso) hace que generalmente la mayoría se im ponga a la mayoría. Frente a ello proponen que tras discutir las propuestas se adhieran a ellas únicamente quienes están de acuerdo con las mismas. La dinám ica formalista im pone una hom ogeneización de com portam ientos contraria a la diversidad y autonom ía que deben regir entre los anarquistas, buscando además la cantidad de adherentes, más que la c a lid a d de los mismos. B) Crea una jerarquía y una burocracia paralizante. La burocracia convierte a la organización en un fin en sí misma, la vuelven conservadora, al poner p o r de­ lante de la lucha, el de la supervivencia y la posición relativa de la organización. C) N o es apta para la actividad insurreccional. En prim er lugar es fácilmente identificable y d e s a rtic u la re . En segundo lugar, como no se quiere negociar con el sistema, sino a c a b a r con él, no se necesita una organización a la que éste se pueda dirigir. D) Por no ser garantía de que aceleren ni provoquen la revolución. A lo lar­ go de la historia pueden verse revoluciones que se iniciaron sin organización de ningún tipo, mediante una insurrección popular. Lo que sucede es lo contrario, las burocracias hacen lo posible p o r volver a la situación en la que se crearon. Las revoluciones se han re a liza d o a pesar de estos modos de organización y estrate­ gia, no gracias a ellos. Por lo expuesto, la organización inform al es preferible. Su base es el grupo de afinidad, el conocim iento directo y profundo de los participantes en el grupo. De esta amistad y conocimiento, surge la sintonía y la posibilidad de la acción común. Estos grupos no precisan ninguna reglam entación, más que la a co rd a d a para cada cuestión concreta. N o tienen porqué necesitar canales de inform ación

norm alizados, ni reuniones periódicas. C ada cual se relaciona con quien quiere, y cuando quiere. Las relaciones se establecen a través de canales propios (donde se expone teoría y práctica) y en encuentros convocados sobre temáticas concretas. Adem ás se conciben organizaciones más populares (no únicamente de mi­ litantes anarquistas) en torno a conflictos concretos y que desaparecen tras el término de los mismos y donde los grupos de a finidad harían de catalizadores en la rad icaliza ció n de la lucha. C r it ic a d e o t r o s a n a r q u i s t a s a l i n s u r r e c c i o n a l i s m o

Desde la simpatía con el insurrecionalismo se han re a liza d o autocríticas como la que apunta a que se suele m edir la ra d ica lid a d de una lucha p o r el g ra d o de violencia que alcanza y no p o r la concienciación de quienes participan en ella. También que la participación en luchas parciales no se hace con un interés genuino en las mismas, sino buscando el enfrentamiento directo. Esto hace que de alguna form a se m anipule a los participantes en la misma. La crítica de otras tendencias libertarias se ha d irig id o a señalar que las pro­ puestas insurreccionalistas en el ám bito de la organización y de la acción, son las mismas o muy parecidas a las de los anarquistas anti-organización de finales del siglo XIX y principios del XX, que se mostraron inefectivas en su día (para llevar a cab o la revolución) tanto o más que las de los anarquistas formalistas (que crea­ ban organizaciones con normas y estatutos). La actividad insurreccional conduce a infiltraciones policiales, detenciones, caí­ das, presos en la cárcel. Todo ello desm oraliza a mucha gente, y los que quedan se ven obligado s a hacer de la defensa de los presos su tarea principal. Los grupos insurreccionalistas no son inmunes a las discusiones bizantinas, a los liderazgos y a las peleas entre militantes, que acaban com o el rosario de la aurora. La insistencia en la c a lid a d del militante puede llevar con fa cilid a d al lenguaje oscuro sólo apto para iniciados, al elitismo y al vanguardism o, y siendo la revolución cosa de todos no se ha de desdeñar crecer en número, cosa tan im portante como la calidad. El ataque al tra b a jo es cosa de todos los anarquistas, porque se trata de una reivindicación muy antigua. N o obstante —señalan estos críticos—, hay que estar muy loco para suponer que una lucha radical contra el Estado vaya a estar llena

de momentos placenteros y en ocasiones se toma el discurso de este tipo como excusa para la falta de compromiso. Adem ás la organización inform al no es apta para aquellas personas que no tienen mucho tiem po o c a p a cid a d para relacionarse socialmente. Las o rg a n iza ­ ciones formales dan derechos de inform ación y facilitan la participación. El insurreccionalismo y el inform alismo —finalizan afirm ando (por no hacer esto interm inable)—son tácticas que pueden ser útiles en momentos concretos, o válidas a nivel individual para personas hábiles y escurridizas, pero no generalizables a la totalidad de los anarquistas, que han de evaluar cada situación y las tácticas adecuadas a ella. La a c t u a l i d a d in s u r r e c c i o n a l i s t a

Al margen de toda esta com edura de coco teórica, el anarquism o insurreccio­ nalista estalla como tendencia en muchas protestas espontáneas masivas, com o la Rebelión G rie g a de diciem bre de 2 0 0 8 , acaecida tras el asesinato a manos de la policía del ¡oven anarquista A lexandros G rigoropoulos... Con todas las limita­ ciones que puedan tener estos movimientos, es más que posible que si algún día estalla la Social, la Libertaria, la Revolución Em ancipadora, comience con un le­ vantam iento masivo de este tipo (que defienden todas las tendencias anarquistas), al que se una el control obrero de la producción.

El anarquismo feminista A y amigos y amigas, si duro es ser humano, más duro es ser mujer toda una vida. Una se acostumbra a todo, claro. Pero hay que contarlo. Ser mujer es aguan­ ta r lo que no está en los escritos. N o tiene una bastante con la im posición b io ló g i­ ca, que ha d a d o lugar a dos especialidades médicas específicas: ginecología y obstetricia... Q ue si regla todos los meses, que si dolores de parto, que si sofocos menopáusicos, que si la hostia en verso... N o tiene una bastante con los hijos y los trastornos hormonales. Encima te cargan con un estigma social que es una m aldición: cuidado de personas, tareas domésticas, tra b a jo no rem unerado, ser suegra, aguantar a los hombres... Encima viene un cura, o tu hermano, o tu madre, y te dice que durante la menstruación eres impura, que si tocas no sé qué lo dejas inmundo y no funciona, o que cortas la mayonesa, que si eres muy alegre eres

una puta... O te zurran y te matan si van mal las cosas. Es para desternillarse. Por eso, en la búsqueda de una sociedad libre para todos, para las mujeres y para los hombres, tiene su razón de ser el anarcofeminismo. El anarcofeminismo lucha contra la subordinación y opresión cultural de las mujeres, prom oviendo relaciones no jerárquicas entre las personas. El horizonte utópico es la ig uald ad sin distinción de sexos; el enem igo el Patriarcado: el p o der de los machos. M uchas conductas que producen hábitos autoritarios, se fundam entan y per­ petúan en el contexto de la sociedad patriarcal. El pa tria rca do ha sido identifica­ do com o un tipo de sociedad que pone en lo alto de la pirám ide social al varón. En ella, poder, autoridad, dom inación, agresividad, ser un espabila o..., son rasgos asociados a lo masculino y altamente valorados. Lo femenino, vinculado a valores com o ca p a cida d de cuidado, em patia, sensibilidad, sim plicidad, etc., es devalua­ do. La esfera de lo público y político, (la calle, el trabajo, los estudios, el comer­ cio...), ha sido reservada al hombre; la esfera de lo privado (la fam ilia, la casa, el cuidado de los hijos, la lactancia, lo asociado a su presunta naturaleza ) a la mujer. El papel a d ju d ica d o a las mujeres ha p ro p icia d o que el tener iniciativa, tom ar la palabra, decir lo que se piensa, poseer seguridad en una misma y p in ta r a lgo sea difícil de conseguir para ellas. Romper con ese papel de femenino y masculino, conseguir un marco de convivencia equivalente, sin dom inio, en el que ser hombre o ser m ujer no im porte a efectos prácticos, pasa p o r conseguir una sociedad anar­ quista. La em ancipación de las clases oprim idas, la destrucción de la sociedad de clases ha de venir de la mano de la em ancipación del género o p rim ido y de la destrucción de los géneros, en cuanto concepto que te asigna papeles y roles en el teatro de la vida, —tiene cojones la cosa—, p o r no tener pilila. ¿E S NECESARIO EL ANARCOFEMINISMO?

Pero, se preguntarán algunos, ¿por qué crear una o rganización exclusiva de mujeres dentro del movimiento anarquista? ¿Acaso los anarquistas no somos igua­ les, cam aradas, tanto hombres com o mujeres? Pues no es así como lo perciben algunas mujeres anarquistas. La opresión específica sufrida p o r las mujeres, d ebi­ do a los vicios arraig a d o s en las relaciones sociales p o r milenios de patriarcado, también se nota entre anarquistas. Es decir, que hasta entre los anarquistas hay

tíos muy pesaos. Eso hace que un movimiento específico de em ancipación femeni­ na —en opinión de las anarcofeministas— sea necesario. El poder corrom pe, y hace que uno se acom ode a según qué privilegios, y muchos hombres, libertarios o no, se encuentran con la dificultad de identificar la explotación específica de la mujer com o tal, porque basan su bienestar en la servidumbre de otra persona. Es decir, que se encuentran tan a gusto siendo unos cabronazos. El cam ino a la revolución social ha de andarse juntos, vale. Pero sin la actuación de cidid a de las mujeres en este terreno, será difícil a c a b a r con una dictadura que se lleva ejerciendo desde la noche de los tiempos y que se ha nor­ m alizado de tal manera que, o se señala, se evidencia y se a ca b a con ella, o se perpetuará. La peor de las tiranías, joder, es la que no se percibe. La em ancipación de las mujeres ha de ser o bra de las mujeres mismas o no será —aseguran las anarcofem inistas. Recordad que la acción directa, la auto­ gestión, el d e cid ir sobre lo que a una le afecta, prim a en la lucha anarquista. Ello reafirm a la id o n e id a d de un m ovim iento de em ancipación exclusivo de mu­ jeres, p or ser éstas las afectadas primeras de la opresión y subordinación por cuestiones de sexo. Y es im portante esta lucha, porque sin la d esaparición de todos los tipos de opresión existentes (económ icos, étnicos, clasistas, sexistas...) la anarquía no llegará. ¿Qué papel jugarían en este sentido los hombres anarquistas? Para ellos que­ da la concienciación y revisión de sus propias actuaciones, además del necesario análisis sobre cóm o el p a tria rca do les afecta y condiciona sus actitudes y papeles adscritos (cuestionamiento del tradicional "yo-m asculino"), que ser hom bre es tam­ bién un rollo m acabeo, ¿eh? Ellos han de d e ja r de ser hombres para transformarse en hombres libres, o sea, en personas. E l f e m i n i s m o y el a n a r q u i s m o

Los movimientos feministas, en algunos casos, se han d a d o cuenta de que —sin haberlo a c o rd a d o — han lle g a d o a formas de organización no jerárquicas, sin relaciones de autoridad, en donde la in d ivid u a lid a d de cada cual es respetada al máximo así com o sus opiniones y acciones. O eso es lo que se ha intuido. A sí el nexo entre anarquism o y feminismo ha sido puesto de relieve en muchas ocasio­ nes. Por ello, la conform ación de personalidades autónomas es el antídoto para

esta sociedad jerárquica y autoritaria. La potenciación de esta característica —la autonom ía, la independencia— que elimina la resignación e inocula el germen de la rebeldía, es inherente a los movimientos em ancipadores feministas. Así el anarcofeminismo es revolucionario: es la extensión de la lucha p o r la em ancipación llevada a cabo po r las anarquistas, a p lica d a al ám bito de las relaciones humanas m ediatizadas por la sexualidad. Toma castaña. El

f e m in is m o

o f ic ia l

El anarcofem inism o no pretende sustituir un p o der p o r otro p o der (encum brar generalas donde había generales, ejecutivas donde encontrábam os ejecutivos, presidentas donde presidentes...), que se ve que las mujeres m andando no son mejores que los hombres. Las cuotas de poder, las reformas legales, la p a rid a d en cargos públicos, etc., no im portan al movimiento anarquista de mujeres, com o es obvio. Tendrá su repercusión en sus vidas, no lo pongo en duda. Pero eso es cosa del feminismo oficial, del feminismo que confía en el Estado. El anarcofem inism o desempeña su acción en lo cotidiano: cam biando men­ talidades, com batiendo convencionalismos, luchando p o r la equivalencia entre sexos mediante la pa la bra y la acción. M o d ific a n d o leyes poco se va a conseguir; transform ando mentes y actitudes, las leyes serán innecesarias. Esa es la tarea que acometen las mujeres anarquistas. M u je r e s u b r e s

En España el anarcofeminismo no es cosa de hace cuatro días. Tiene mucha tradición, mucha historia y muchas mujeres luchadoras. Estos esfuerzos y energías se concretaron en la organización Mujeres Libres durante la G uerra Civil Española, que se dedicó a difundir la cultura libertaria entre las mujeres mediante revistas y exposiciones, darles salida laboral en talleres y empresas colectivas, y pa rticip a r en la guerra desde posiciones de retaguardia (comida, ropa, fábricas de armas) en su m ayor parte. Mujeres Libres nunca fue reconocida en pie de igualdad por el resto de organizaciones libertarias español-as, a pesar del enorme esfuerzo que realiza­ ron. Las trataron como a hermanas pequeñas. Tras la guerra se disolvió esa organi­ zación, y aunque ha intentado resurgir varias veces, no ha term inado de cuajar. N o obstante, existen algunos grupos específicos de mujeres anarquistas, reali­ za n d o sus propias actividades o p a rticip a n d o con otros grupos feministas.

C r ít ic a a l a n a r c o f e m i n i s m o

H ay anarquistas (tanto hombres com o mujeres), que consideran que el crear organizaciones específicas de mujeres anarquistas, conduce a crear una división inaceptable. D ado que los anarquistas han de ser compañeros, ambos han de ac­ tuar al unísono, barriendo de sus organizaciones y actividades cualquier atisbo de segregación de género o de cualquier tipo. Las anarcofeministas responden, que sin negar que eso sea cierto no se puede o b via r la crítica feminista, más cuando en supuestos espacios liberados sigue habiendo discrim inación, acoso, baboseo, violencia física y simbólica, silencio ante agresiones de diversa intensidad..., que padecen las mujeres compañeras.

El anarcoindependentismo Los anarcoindependentistas son anarquistas que tienen especial sensibilidad ante el tema de la "lib e ra ció n nacional de los pueblos". P l a n t e a m ie n t o del p r o b l e m a

Ellos parten de la idea de que el Estado oprim e a una p o b lació n dentro de un territorio. C om o buenos anarquistas, afirm an que hay que elim inar esa opre­ sión em pezando p o r los individuos, que son previos a todo. La estrategia que siguen para ello es la de crear zonas de insumisión a ese Estado que consigan independizarse de él, com o m edio de o btener la lib e rta d in d ivid u a l. Esas zonas serían estructuras de co n tra p o d e r (asam bleas de pueblo, de ba rrio , centros so­ ciales ocupados, ateneos...), que se convierten en puntos de encuentro que al federarse entre ellos, posibiliten el hacer la vid a im posible a los Estados y perm i­ tan separarse de ellos a rra n ca nd o territorios a su dom inio. Luego, o b tenida esa independencia ind ivid u a l (elim inando el Estado del te rrito rio in d e pe n d iza d o ), los individuos se o rg a n iza rá n en base a la experiencia previa y al deseo, por barrios, ciudades, pueblos, com arcas..., confederándose ca d a cual con quien quiera, (sin planes preestablecidos p o r p o d e r de ningún tipo), para lo g ra ra así una lib e rta d colectiva. Tiene que haber tanto derecho a form ar p a rte de algo, como derecho a no for­ m ar parte. Es decir, que si tú no quieres "ser de ...", inm ediatam ente puedes salirte de esa organización. Las confederaciones resultantes establecerían sus pactos

com o m ejor les conviniese, por proxim idad geográfica, por red de com unicacio­ nes com partida, p or afin id ad cultural... Así, por ejem plo, la ciudad de LA Iger (Cerdeña) podría form ar parte de una hipotética confederación cultural de territorios de habla catalana, d a d o que en ella hay presencia de hablantes de esa lengua. Y si no la ciudad, quienes lo deseasen de ella. ¿ Q u ié n c o n s t it u y e l a n a c i ó n ?

A hora bien, la población (siempre heterogénea, con diversidad de plantea­ mientos y costumbres) que dom ina el Estado, posee algunas características colec­ tivas comunes que la convierten en nación (o en varias naciones deferentes): —Se trata de gente que se identifica con un territorio que le es cercano y cono­ cido, ese territorio le genera sentimientos de identidad y pertenencia, y no im porta para a d o p ta r esa identificación haber nacido allí, o haber venido de fuera. Los anarcoindependentistas no establecen distinción entre forastero y foráneo. —La identificación también se hace entre personas que se reconocen como aliados, como iguales, d e b id o al contacto, a la convivencia, y a que poseen una cultura com partida. Todo ello (identificación, reconocim iento mutuo, cultura com­ partida), form aría la N ación. —De esa cultura com partida, señalan los anarcoindependentistas com o rasgo carac-terístico el idiom a, que es lo que permite entenderse a la gente de esa na­ ción. El idiom a es muchas veces el m arcador de identidad principal. Un m arcador es un rasgo de la cultura que produce identidad común, sentimiento de pertenen­ cia. Pero puede haber otros símbolos que produzcan identidad colectiva dentro de una misma nación al margen del idiom a: banderas, reivindicaciones (la tierra, el territorio, el río), costumbres... —Igualmente puede haber otros marcadores en el caso de que dos naciones diferentes tengan el mismo idiom a, com o sistemas jurídicos, de enseñanza, modos de gobierno, formas de distracción, religiones, símbolos... —Todos estos m arcadores producen una sim ilitud, una p e rso n a lid a d co le c­ tiva real, d o ta d a de una cultura p ro p ia . Un co le ctivo así sería una a g ru p a c ió n cultural de in dividuos que com parten características p ro p ia s y d ife re n cia d o ra s con respecto a otros grupos (con los que tam bién pueden c o m p a rtir muchas cosas). Estas características ni son inm utables, ni im perm eables, ni mejores o

peores que las del vecino. En el le n guaje de las ciencias sociales (sociología, a n tro p o lo g ía ...), a estos colectivos se les denom ina etnias, y ya hemos h a b la d o de ellas. ¿ C ó m o se d iv id e l a c u l t u r a d e l a n a c i ó n ?

Siguiendo este razonam iento los anarcoindependentistas ven que dentro de la cultura de esa nación (grupo de individuos que se reconocen, que se identifican, que com parten cultura), hay elementos que perm itirían diferenciar esa cultura en: —Cultura p o p u la r o social, que sería la cultura "libre, espontánea, creativa". —Cultura étnica, que es la definida p o r el idiom a y los elementos que la dife­ rencian de otras naciones. —H abría una subdivisión que hacer en la cultura étnica, que sería la cultura étnica conservadora, que sería la form ada por elementos que habría que de ja r olvidados, com o podría ser la religión, normas morales, a u toridad fam iliar, machismo... Esos elementos pueden form ar parte de la cultura étnica durante siglos, pero tienen que ser eliminados. —Por último, habría una cultura estatal, que sería la im pulsada por el Estado para crear un sentimiento de unidad en la población dom inada. El Estado, que suele dom inar a varias poblaciones nacionales, favorece a unos elementos cultura­ les en detrim ento de otros. Y da lu g a r a un tipo de nacionalismo: el nacionalism o estatal, que confunde N a ció n con Estado. H ay veces que un Estado dom ina a una sola N a ció n, lo cual es tam bién rechazable, porque es la incidencia del Estado sobre la N ación, intentando sustituirla, lo que crea la opresión nacional, y lo que da luga r a los movimientos de liberación nacional. El

pu e blo y la n a c ió n

D ad o el rechazo que p roduce el térm ino N a c ió n entre los anarquistas, y los equívocos a que suele llevar p o r la existencia de nacionalism os de Estado (estatales o con deseo de serlo), los a n a rco in d e p e n d e n tista s suelen h a b la r tam ­ bién del concepto Pueblo. Intentan así que un P ueblo-N ación se in d e pe n d ice del Estado que le oprim e. N o se trata de crear un nuevo Estado —en esto insisten mucho—. El Pueblo estaría definido a través de un territorio sin fronteras definidas (ya que en las z o ­ nas de transición fronterizas las poblaciones pueden com partir rasgos de ambas

culturas), una historia, una cultura (idiom a, costumbres), una actividad colectiva y un reconocim iento de pertenencia. H abría un Pueblo de este tipo (excluyendo de él a los individuos opresores) for­ m ado de manera natural, p o r las condiciones m encionadas de lengua, territorio, redes de com unicación, costumbres, econom ía... Y otras poblaciones que serían producto de la im posición (invasiones estatales), que han a su vez de independi­ zarse y encontrar su posición natural. Los anarcoindependentistas se decantan por esas com unidades creadas sin im posición p o r la dinám ica de la vida (condiciones de vida colectiva...). Los anarcoindependentistas, p o r lo tanto, buscan hacer confluir la cultura po­ pular libre, espontánea y creativa, la que surge del pro p io devenir de las cosas, con la cultura étnica nacional (idiom a muchas veces, aunque pueden emplearse otros rasgos). Rechazan rotundamente la cultura oficial im pulsada por el Estado y la cultura conservadora (religión, moral, machismo). Tienen dos frentes de lucha: el de la liberación nacional (contra la cultura estatal impuesta), y el de la superación de la cultura étnica conservadora (que se manifiesta en costumbres de siglos muy arra ig a d a a veces, pero que choca frontalmente con la cultura p o p u la r social). Ello se consigue redescubriendo la id e n tida d nacional, haciendo confluir cul­ tura étnica y cultura popular, y elim inando el Estado como elemento perturbador. H ay que tener en cuenta que mucha gente en la nación oprim ida, no tiene con­ ciencia de su identidad. M ostrarles su cultura en sus elementos positivos (libres, espontáneos, creadores), permite ese redescubrimiento. Lo cual dará nuevas cos­ tumbres y nuevas identidades personales y colectivas. P r o p u e s t a o r g a n iz a t iv a

La propuesta anarcoindependentista, que creará esa nueva identidad y esa nueva nación, se basa: en el comunismo libertario; en el ecologism o radical; en la libertad sexual; en el rechazo a todo tip o de im posición y autoridad; en la libre confederación y secesión. Se trata, p o r lo tanto, de una propuesta multicultural e intem acionalista, muy a le ja d a del patriotism o y del chovinismo de los grupos nacionalistas estatales. P l a n t e a m ie n t o s a c u lt u r a le s

Y aún dicho todo lo anterior, hay independentistas libertarios que simplemente

reivindican la independencia de los Estados, en base a planteamientos más políti­ cos que culturales, ya que prefieren no em plear términos com o N a ció n o Etnia por las connotaciones negativas que pueden arrastrar esas palabras. La reivindica­ ción de independencia no sería más que el buscar d e b ilita r al Estado desgajando partes de él. Para estos compañeros, la N a ció n no es más que un sitio, y el pueblo la gente que vive allí, sin con-notaciones culturales ni históricas. La

o r g a n iz a c ió n

de lo s a n a r c o in d e p e n d e n t is t a s

Los anarcoindependentistas están a veces organizados en grupos, asambleas, colectivos, centros sociales..., a veces van por libre. Hacen p ro p a g a n d a de sus ideas, participan en actividades expresivas, concurren con otros movimientos so­ ciales en diversas luchas, promueven el idiom a m inorizado en todas sus formas y variantes (hablas, dialectos)... E s t r a t e g ia d e l p l a n t e a m ie n t o in d e p e n d e n t is t a l ib e r t a r io

Y

todo ello sin o lv id a r el aspecto estratégico de todo este plan: el anarcoinde-

pendentismo es el federalism o libertario de toda la vida pero con otra etiqueta. Sus partidarios opinan que si se defiende sin com plejos todo lo explicado, la inci­ dencia social del anarquism o sería m ayor ya que las poblaciones suelen ser muy sensibles a la defensa de sus identidades culturales. C r ít ic a y d e b a t e s e n t o r n o a l t é r m i n o

El anarcoindependentism o y anarquistas más apátridas o menos sensibles a la liberación nacional, mantienen a veces agrios debates. Los anarcoindependen­ tistas les achacan que con su postura cosm opolita y antinacionalista, lo que en realidad hacen es tom ar como referencia el marco del Estado opresor. Los otros responden que toda esa teorización de la liberación nacional, es parecida a la de cualquier nacionalism o que exalta un idiom a y unas costumbres, y que puede d ivid ir a la población en varias identidades más que unirlas frente al Estado. Así está la cosa, en resumen.

Veganos y anarquistas He a quí un grupo de anarquistas que rechazan la dom inación en cualquier plano, y lo extienden al rechazo de la explotación animal y el em pleo de animales y sus productos derivados com o fuentes de alimentos, vestido o fuerza de trabajo.

La explotación, el p o d e r—dicen—, no se lleva a ca b o sólo sobre las personas, sino también sobre los animales, y p o r ello un anarquista consciente ha de ser vegano. Eso significa no comer ningún tipo de producto que tenga trazas animales en la m edida de lo posible. N i carne, ni pescado, ni leche, ni huevos, ni miel, ni nada que provenga de un animal. Es una postura ética muy controvertida y que genera fuertes discusiones a veces. Por ejem plo: los veganos toman suplementos farm a­ céuticos de vitam ina B12, de la que carecen los alimentos vegetales. Cosa que no haría nunca un primitivista, que afirm a que ca za r y comerse un conejo no es más que relacionarse con el ecosistema, mientras que tom ar un medicam ento es a p o ya r al Sistema Tecno-lndustrial. Cielos. La polém ica podría d urar días. En general todos los anarquistas cuestionan el m odo de producción de ali­ mentos animales po r la crueldad que encierra, la contam inación que produce, los beneficios que da a unos tunantes, y la porquería que llega a la mesa. La posición vegana es la más extrema en este aspecto. Sus actividades según los casos: siguen la dieta, atacan granjas, liberan anim a­ les y difunden sus ideas mediante actos culturales. O tras opciones dietéticas son la del vegetariano que toma leche y / o huevos, la del que lo come todo crudo, la del que respeta a las plantas y solo come fru­ tos..., y cuantas m odalidades ha d a d o lu g a r la fértil im aginación humana.

El anarquismo sin adjetivos H ay otro tipo de anarquista: el que no toma p a rtid o por una m odalidad, y se declara anarquista a secas. Esta opción afirm a que todos los tipos de anarquismo son compatibles, y que lo que habría que hacer es c o la b o ra r unos con otros en donde se pueda, reconociéndonos com o buenos compañeros, y no poniéndonos obstáculos en las actividades de cada cual. Los anarquistas sin adjetivos a p a ­ recieron en el siglo XIX, un poco hartos de las polémicas entre individualistas, comunistas, colectivistas y mutualistas. Decían que no se sabía cuál sería el mejor método de lleg ada a la anarquía, y que no querían im poner ninguno a p rio ri. Po­ dían tener más o menos simpatía p o r opciones concretas, pero lo verdaderam ente urgente era ir a lo práctico, a establecer procedim ientos que permitieran llegar a la revolución cuanto antes. Proponían entrar en los sindicatos, en los centros

sociales, en los grupos progresistas, en las cooperativas, en cu a lq uie r pelea que surgiese, com o táctica para d ifu n d ir las ideas. Ello les perm itía darse a conocer, mostrar su amistad al pueblo, y salir del reino de las ideas donde personas con grandes pensamientos debatían conceptos totalm ente ajenos a la masa obrera. Los anarquistas debían d e fin ir bien sus ideas y defenderlas a muerte, cierto. Pero..., ¿debían perm anecer im pasibles ante el insulto al obrero, la explotación del menor, la vio la ció n de mujeres p o r sus jefes, la difusión de supersticiones en­ tre la p o b la ció n , mientras los poderosos se o rg a n iza b a n para la guerra y para m o n o p o liza r violencia, ciencia, conocim iento...? N o , respondían. H ay que estar con la gente, hay que mostrar el cam ino, porque esa gente que no es anarquista, es la que com pra la prensa, cotiza p o r nuestros presos, acude a nuestras confe­ rencias..., y hará la Revolución Social. En la actualidad, hay anarquistas sin adjetivos. Son los que sin ningún tipo de com plejos se llaman a sí mismos anarquistas, sin entrar en críticas a com pañeros po r ser esto, lo otro o lo de más allá. Se fijan —sobre to d o —, en si el com pañero lucha, si es a u d a z y solidario, si arriesga y razona y mantiene altos los principios e ideas en su conducta cotidiana.

El anarquismo cristiano Pues sí, también hay un anarquism o cristiano. Es el de creyentes que hacen una lectura de los evangelios y del mensaje de Jesucristo, radicalm ente no violenta, antiautoritaria y desapegada, p ropugnando una A narquía en la que todos los hu­ manos sean hermanos. Separan lo que es el mensaje de Cristo (lo que ellos inter­ pretan de ese mensaje), de las doctrinas de las diversas Iglesias cristianas. Poseen un Dios personal, que no intentan que deba ser el de otras personas (no realizan proselitismo religioso, no im ponen a sus hijos la religión p o r nacimiento...), y llevan adelante su pa rticu la r creencia sobrenatural discretamente, co la b o ra n d o en pro­ yectos no violentos de transform ación social.

Los anarquistas que no saben que lo son H ay un tipo de anarquista que es muy peculiar, y yo los he visto así: puede que algún día te persiga la policía. C orriendo y corriendo te pierden de vista

un momento..., le preguntan a un señor de orden, bien vestido, con chaqueta, sombrero y corbata...: "¿ p o r dónde se fue?", y él señale: " p o r a llí". Justamente po r la dirección opuesta a la que tú corrías. Y esto es verídico, ¿eh? Esos son los com pañeros y com pañeras anarquistas, que no saben que lo son. Tal vez nunca oyeron ha blar de la anarquía, más que como sinónimo de caos o de violencia. Pero me llevan en sus corazones día a día, porque son capaces de arriesgarse cuando llega el momento, y no saben e xp lica r bien por qué. N o quieren dominar, ni quieren ser dom inados, y portan con ellos una sorda inquietud que les dice que a lg o no va bien en este mundo. Son los que han p ro p a g a d o sin querer ideas de liberación sexual, de rechazo al poder, de ecología, de p e d a g o g ía , de mil pe­ queñas cosas que hacen que esta sociedad haya m ejorado mucho y no sea más mala de lo que ya es. Son los que cuando ven la a rb itra rie d a d y el abuso, no se pueden aguantar y saltan com o resortes. Y te los puedes encontrar en los lugares más insospechados, en serio. Por eso fíjate siempre bien en lo que hace la gente, y no en su aspecto convencional, o en que repita discursos de la tele, o en que lleve un crucifijo al cuello o los pelos tiesos com o alam bres p o r hacerse la cresta con jabón. Porque los anarquistas están por todas partes si sabes m irar bien.

Anarquistas, comunas y experimentos cooperativos modernos Han existido y existen una serie de movimientos de carácter libertario que ante la dificultad de transform ar la sociedad se apartan de ella. Las personas que los com ponen intentan crear formas de convivencia libertaria sin necesidad de destruir el Capitalism o, y se lanzan a la form ación de comunas, colectivos, coo­ perativas... Rechazan el tra b a jo a sa la ria d o y subsisten con la venta de productos artesanales y actividades artísticas y agrícolas sobre todo. Sin negar el v a lo r que han tenido com o p ro pagadores de una serie de ideas, y asumiendo que hay que a p laudirlas en muchísimos casos, tengo que decir que vivimos dentro de la sociedad capitalista y no podemos escapar de ella. Emplea­ mos sus servicios sociales, sus redes de distribución, su dinero, su sistema de mer­ cado, sus fuentes de energía, su lógica, sufrimos sus represiones y pagam os sus tributos. Por eso el anarquism o no puede buscar a com odo dentro de este mundo, sino que quiere destruir las instituciones del Sistema.

El cam ino de la comuna está además lleno de peligros. En dem asiadas oca­ siones he visto cóm o gente estupenda que se lanza a crear cooperativas, talleres, distribuidoras sin interm ediarios, y a p roducir productos agrícolas ecológicos, se revientan en ¡ornadas extenuantes, se arruinan, o acaban m ontando empresas capitalistas. He visto cómo grupos de personas con una gran base ideológica se desintegran en escabrosas y violentas discusiones motivadas p o r los celos y problem as de índole de posesión sexual. He contem plado cóm o gente que pre­ dica la iguald ad, trata de distinta form a a quien llega a la comuna con dinero, que a quien acude con su buena voluntad y sus manos limpias. Y tam bién cómo inteligentes parásitos visitan la colectividad agrícola, se rascan la ba rrig a todo el día dedicados a la m editación intrascendental, comen como pirañas, y cuando se marchan dejan de recuerdo una gonorrea colectiva o un sarnazo. N o es muy rom ántico ver cóm o a ca b a la utopía, por problem as de cuernos y pelas. La m ayor parte de estos experimentos no tiene larga vida, porque insisto que vivimos inmersos en los vicios y en la lógica del sistema capitalista. M ucha gente se harta y vuelve a modos de vid a más convencionales, y eso cuando no se pasa directam ente al enemigo. Si la construcción de la utopía fuera posible dentro del C apitalism o, no cabe duda que hace ya muchos años se hubiera edificado. Si la utopía existiese en algún lugar ahora, la gente huiría a ella. Es muy bueno tener iniciativa y buscarse la vid a p o r otro camino. C ooperati­ vas, colectivos, mutualidades, empresas autogestionadas, comunas..., son bienve­ nidas. Pero teniendo claro que el anarquism o tiene tres vertientes que han que ir de la mano: educativa, destructiva y constructiva. Basta que falte una de ellas para que las otras dos no se produzcan o fracasen.

El anarquismo estético Con este nombre denominamos al anarquism o que se queda en la apariencia. Las personas que lo secundan pueden llevar p o r m oda pañuelos negros al cuello, largas barbas, insignias a porrillo, pins con la a circulada, aspectos de terroristas... Pueden ha b lar con lenguaje incendiario y estar en contra de todo, pero norm al­ mente desde la barra de un b a r o desde la mesa cam illa, calentitos con el brasero. C harlan de vida alternativa mientras edifican una empresa capitalista. Am an la l¡-

bertad, pero en sus casas y vidas cotidianas se com portan com o aristócratas. Van a las reuniones poniendo pegas a todo, exper-tos en poner el d edo en la llaga de los defectos ajenos. Detestan el Poder, pero dirigen con mano de hierro el ateneo o al sindicato para que haga... N a d a . Estas personas poseen un anarquism o inte­ lectual —si es que llegan a tener algún nivel teórico, que normalmente ni eso— pero no tienen una concepción vital del anarquismo, no lo experimentan, no arriesgan po r él. M uchas veces son gente elitista que siente que tiene una superioridad de pensamiento, que les permite ju zg a r con total clarividencia al resto del mundo. La persona que es anarquista no se queda en la apariencia, sino que pone en práctica sus ideas. El elitismo y el anarquismo estético, devalúan, desacreditan y dañan a las ideas libertarias A n a r q u is t a s d e d e r e c h a s y el a n a r q u i s m o c o m o a d j e t iv o

Otros especímenes de estos se declaran anarquistas por cuestiones políticas. Por ejemplo, representantes de partidos de izquierdas que no tienen ningún problema de vez en cuando en asegurar que son anarquistas y que quieren la destrucción del Estado, cuando lo que en realidad quiere es conquistar la presidencia del gobierno. O capitalistas y banqueros, partidarios del Capitalismo más salvaje, que piden que desaparezca el Estado, y que quede únicamente para cumplir funciones policíacas, como reventar al proletariado insumiso a garrotazos cuando ponga en peligro sus cuentas corrientes. O el pre-sidente de la patronal, aconsejando la Acción Directa del patronariado al margen del Estado. O intelectuales que hacen de la provocación su modo de vida y su fuente de suculentos ingresos, y que han de alimentar sus leyen­ das de niños terribles, y que no hacen ascos en tomar vinitos con el presidente del G obierno de turno. O nacionalistas que intentan recuperar la historia forjada por los luchadores de la libertad para obtener gruesa cosecha devotos... Estas m odalidades de capitalism o libertario, nacionalism o sin Estado, marxis­ mo sin Partido y religión sin Iglesia son nocivas para la anarquía, porque el princi­ pio de a utoridad vive en esas elucubraciones. El marxismo jamás ha rechazado la a utoridad, y si no te ordena lo que has de hacer vía ley, decreto y ukase (edicto), lo hará po r la fuerza de los listillos eméritos, de los guardianes del dogm a, y de los politicastros que inundan los comités salvadores llenos de borregos. El nacio­ nalismo es nocivo porque le dice a átom o individual que pertenece a tal o cual

tradición, que debe teñirse de tal o cual costumbre y sentirse de a quí o allá en contraposición a los otros, p o r el hecho de pisar un suelo concreto lleno de mierda de perro. El capitalism o es nocivo porque cercena tu voluntad, determina lo que puedes hacer y consumir, y extrae tu tra b a jo para a rro g a rlo a las manos de los más listos y los menos necesitados, sometiéndote a la voluntad de los ricos, que si no se llaman go bierno siguen haciendo sus funciones, un número de individuos con po d e r que deciden si puedes o no comer, qué has de hacer a cam bio, y por tanto como debes vivir o morir. La idea de Dios no ha entrado en trom ba en los medios anarquistas porque los anarcocristianos han tenido siempre un dios uni­ personal, propio. El día que cuatro listos cojan el le g a do de Tolstoi, los D jubori y Kurt Gustave W ilckens, y libren al Dios católico de la Iglesia, de la Conferencia Episcopal, etc., tendremos a unos neocristianos de base que nos intentarán con­ vencer de que sin Iglesia y sin Estado es lícito b autizar a los niños e inculcarles que pertenecen a tal o cual tradición religiosa, perseguir a los apóstatas y condenar a los descreídos, pues sin g o b iern o estatal no hay coacción alguna. El anarquism o sólo puede fijarse como puntal de de rrib o contra la autoridad. Lo demás es mera música de acom pañam iento... Q uizás se deberían escuchar las ridiculas palabras del individualista Hynan Croiset y repetir: "¡Volvam os a la pureza de nuestros Ideales!"..., pero yo soy la A narquía, yo no quiero ni pureza, ni ideales, ni mucho menos regresar a nada, sólo quiero negar la A u to rid a d , pisotear el Poder, destruir sus símbolos y reducirlos a polvo para que prevalezca la libertad y la igua ldad . Y hoy los que han colm ado el sustantivo Anarquista, hasta reducirlo a adjetivo, desarman la A narquía y se niegan a rebelarse contra el entorno que les oprim e porque en él se dotan de identidad, aún quedando idiotizados. Sólo puedo afirm ar que todo lo que provenga de la Anarquía, de mi inspiración, sea canción, obra plástica, acto, palabra o idea, no puede de ja r de ser un virulento crimen contra todos los elementos de esta sociedad actual, contra lo que muestra y lo que encubre, contra lo que dice y lo que calla... Lo contrario es entregaros y ven­ der, como vulgares chivatos, a la Anarquía, atada de pies y manos, para que sea un juguete en manos ociosas y una víctima vapuleada en la plaza enemiga. Este es mi discurso, fanático y rabioso, para term inar esta segunda parte, que no admite com ponendas con autoridad de ningún tipo. N i dios, ni amo.

Pa r t e

tercera

La práctica del anarquismo

¿O rga n iza ció n A narqu ista o A narqu istas sin o rga n izació n ? Las organizaciones informales Os he expuesto los defectos y desastres que ocasionan los dirigentes, y que esta plaga se sostiene porque el Estado posee una organización coactiva y una serie de organismos, como partidos, sindicatos, organizaciones no gubernam en­ tales, etc. que permiten que crezcan los liderazgos. Esto llevó a que algunos movimientos sociales, como rechazo a todo este edi­ ficio autoritario, creasen lo que se llaman grupos sin estructura, form ados por reuniones de personas que se ¡untan de manera inform al y relajada, sin cargos ni comités. De esta form a los miembros del g rupo intercam bian ideas e inquietudes de una form a mucho más personal, abierta y dinám ica al no estar sometidos a regla escrita alguna. A lg o p a re cid o sucedió a p rin cip io s del siglo XX. Un g ru p o de anarquistas recha za ban la creación de cu a lq u ie r form a de o rg a n iz a c ió n , ya que p roducía Poder y jerarquía. Los anarquistas tenían que v iv ir sus vidas librem ente, a ctu a r en conjunción para problem as concretos, pero no m ontar grupos, sindicatos o ateneos. En el de b a te te ó ric o y puesta en p rá ctica de las ideas, los p a rtid a rio s de la o rg a n iz a ció n a narquista fo rm a l lo fueron p o r una serie de motivos.

El

p o d e r e n l o s g r u p o s in f o r m a l e s

El problem a del Poder en los grupos informales sin estructura surge cuando crecen y cuando hay que pasar de la mera discusión a la acción, es decir, a tom ar decisiones sobre determ inados temas, y a d ifundir la inform ación. Porque quien tie­ ne la inform ación que permite tom ar las decisiones, puede hacer planes, diseñar estrategias y en la práctica tiene la dirección del g rupo y muchas posibilidades de hacer que sus ideas prevalezcan. Esto es muy im portante com prenderlo. Sin inform ación no se puede ni d e cid ir ni actuar. El que no exista una estructura form al (estructura hay siempre de una u otra manera), es decir, estatutos, descripciones de cómo se funciona, cómo se convoca una asamblea y cómo se difunde la información, va a favorecer a los cabecillas más activos, más antiguos y de mayores conocimientos de forma inevitable, ya que consciente o inconscientemente van a crear una estructura informal. Sólo hay posibi­ lidad de acción sin estructura cuando el grupo está form ado por una sola persona actuando en solitario. Son precisamente los cabecillas los que más defienden —a veces— el que no existan estructuras, pues las normas informales son conocidas por pocas personas y eso les beneficia. Esta estructura inform al se forma a partir de amistades y afinidades que se organizan al margen de la totalidad del grupo. La élite de los grupos sin estructura está constituida por un pequeño grupo de gente que dom ina a otro m ayor sin su conocimiento o consentimiento. Los miem­ bros de la élite, cabecilla y ayudantes, se apoyan unos a otros en las reuniones, llevan posturas comunes que han h a b lad o previamente, forman equipo, mantie­ nen buenas relaciones, se escuchan con atención, repiten argumentos, ceden con fa cilid a d ante quien es afín, pero luchan contra la opinión adversa, se transmiten rápidam ente la inform ación... Adem ás difunden con más o menos conciencia e intención, rumores, cotilleos y calumnias referidos a las personas disidentes con lo que puede ser llam ado p ro p a g a n d a de guerra. De esta form a los miembros del g rupo que no pertenecen a ese círculo de personas influyentes tienen muchas más dificultades para sacar adelante sus puntos de vista. O se rinden, o se van con la música a otra parte. También los grupos sin estructura tienden a favorecer a un determ inado tipo de persona. Los estudios realizados p o r feministas sobre el movimiento de liberación

de la mujer en Estados Unidos en los años sesenta, determ inaban que las mujeres pertenecientes a la clase media, casadas, jóvenes, universitarias o de cierto nivel cultural, que no trab a ja b a n y de aspecto a g ra d a b le y m oderno, tenían m ayor po­ sibilidad de pertenecer a la élite de los grupos feministas que las solteras de edad madura que tenían un horario de tra b a jo de 8 o más horas, ya que su tra b a jo les im pedía asistir a las reuniones y cultivar las amistades necesarias para introducirse en el grupo dirigente, mientras que las primeras sí disponían de ese tiempo. El as­ pecto es también im portante porque parece ser que tenemos tendencia a dejarnos g u ia r por la apariencia, y porque nos caigan bien las personas, con independen­ cia de que lo que digan tenga m ayor o menor coherencia. En resumen: si eres un tra b a ja d o r un o una tra b a ja d o ra con cargas, de aspecto desaliñado y tímido a la hora de hablar, vas a pintar más bien poco. El grupo sin estructura tiene también la desventaja de que a la hora de llevar adelante los acuerdos que se tomen, nadie está o b lig a d o a responder ante el g rupo en general. N o se pueden p edir responsabilidades, p o r la sencilla razón de que no está dicho en ninguna parte cóm o se han de tom ar las decisiones y teó­ ricamente no hay Poder y cada cual puede hace lo que quiera. En resumen, quien lleva la iniciativa hace lo que le da la gana, aunque el resto del g rupo pueda no estar de acuerdo. La e s tr e lla

O tro problem a sale de la necesidad que tienen los medios de com unicación de buscar la cara conocida, la Estrella. C uando el movimiento se extiende, por ejem plo, en la revolución sin estructuras de M a y o del 6 8 , la prensa y la televisión buscan una Estrella que hable bien y sea fotogénica, y la lanzan al público. Pero la Estrella no rinde cuentas a nadie, habla p o r sí misma en nombre de los demás, que son a veces miles de personas, y se erige en p o rta vo z de gente a la que no pid ió opinión, sin conocer cuáles son realmente las ideas del movimiento. O tro ejem plo lo tuvimos en las movilizaciones y acam padas realizadas para p edir el 0,7% del presupuesto para ayuda a los pobres, en los años noventa del pasado siglo en el Estado español. Los dirigentes que controlaban los mecanismos de p o der del movimiento inform al, dirigentes que sí estaban o rganizados de manera form al en su propia O N G , habló y negoció en nombre de miles de personas que

no podían d ecidir porque no sabían cóm o hacerlo, y a las que desconvocaron cuando mejor les convino con un simple com unicado de fax. Esta falta de estructura que favorece la aparición de liderazgos, dificulta tam­ bién grandem ente que a m edida que se extiende el movimiento actúe, en el sen­ tido de posibilitar que todos los miembros del mismo puedan d e cid ir en cada momento, im pugnar lo que no les guste, pe d ir responsabilidades, etc. Los partidos políticos y grupos religiosos son conocedores de todas estas circunstancias, y procuran favorecer la existencia de grupos independientes sin estructura, para dom inarlos y desarrollar la política del partido. La jefatura de pa rtid o se reúne, diseña la cam paña que sea, decide a espaldas del g rupo y a continuación, o mandan a sus submarinos y espías a controlar las asambleas para que cuelen lo ya a c o rd a d o en el partido, o simplemente ponen en marcha el acuerdo sin necesidad siquiera de asam blea. Todo parece dem ocrático y participativo, pero en realidad no lo es. Y si los m anipuladores ven que no controlan al movimiento, lo destruyen. Lo ideal para los intrigantes es un reducido número de adeptos muy bien o rg anizados y obedientes trasmitiendo consignas, y millones de personas sin o rg a n iza r cum pliendo sus directrices.

Las estructuras y grup o s an arq uistas Volvemos a recordar que en los grupos de nuestras sociedades occidentales, quien dispone de la inform ación y quien conoce la form a de tom ar acuerdos, dis­ pone de m ayor ca p a cid a d de decisión en el grupo. N o vamos a engañar a nadie. En el seno del anarquism o existen cabecillas y personas dispuestas a llevarse el gato al agua com o sea. Esto sucede por la propia estructura de la sociedad en la que vivimos, que nos enseña unas pautas de com portam iento autoritarias. Pero pasaría en mucho menor g ra d o en una sociedad libertaria que enseñase a sus miembros otras formas de resolver sus problemas. O r g a n iz a c ió n a n a r q u is t a f o r m a l

Es la que tiene reglas de funcionamiento conocido. Ser conscientes de que el m onopolio de la pureza no evita dirigentes —p o r mucha id e o lo g ía anarquista que tengan— ha llevado a los anarquistas a crear reglas sencillas que tienden a evitar la aparición de pod e r coactivo y a lim itar la actividad de los cabecillas. Las estruc­ turas anarquistas son diferentes a las autoritarias. Se intenta que to d o miembro del grupo, con independencia de horario de trabajo, aspecto físico o nivel intelectual, pueda p a rticip a r en la vida social de la organización anarquista en ig u a ld a d de condiciones desde un prim er momento. La hipótesis de tra b a jo es en este caso que la estructura antiautoritaria va a prom over una id e o lo g ía libertaria. Esto es a lgo muy im portante y característico del anarquismo, y viene a d e cir que una persona

co lo ca da en un puesto de Poder ejercerá la coacción. Por el contrario una serie de personas que trabajen en el interior de una organización igualitaria, desarrollarán com portam ientos igualitarios y cooperativos. Esa es la hipótesis ideal de trabajo. Las norm as de o rg a n iz a c ió n anarquista fo rm a l cum plen tam bién la función de evitar el entrism o. Esta p a la b ra designa el conjunto de o p e ra cio n e s que re alizan personas de p a rtid o s políticos a utoritarios, p a ra dom inar, v a m p iriz a r o destruir sindicatos, grupos sin estructura y o rg a n iz a c io n e s independientes. El entrista es la persona que busca situarse en una posición influyente en una o rg a n iza ció n , para desde ella im pulsar los acuerdos que se tom an desde otra (más pequeña o más g ra n d e ). Para e llo siguen un plan en que com ienzan siendo cooperativos, am ables y activos, para ir p o co a p o co d e p u ra n d o y eli­ m inando adversarios, p ro m o c io n a n d o a sus am igos y cre a n d o conflictos sin fin que destruyan a sus enem igos. Por último ten en cuenta que lo mismo que en la organización inform al puede haber grupos que funcionen formalmente, en las organizaciones con estructura form al gran p a rte de las actividades se realizan informalmente, en base a a fin id a ­ des y amistades, y al margen del funcionam iento teórico que describan los esta­ tutos. Dentro de todas las organizaciones formales funcionan redes más o menos informales, y a su vez las inform ales acaban instituyendo procedim ientos de actua­ ción que por repetirse se institucionalizan. Formalismo e inform alismo coexisten en la práctica de una manera dinám ica. En resumen, no olvides cuáles son las fuentes de influencia en una o rg a n iza ­ ción anarquista (y en cualquier tipo de organización): la com unicación, la posi­ ción, la antigüedad, la actividad y el conocimiento.

El Grupo de afinidad Los anarquistas se organizan normalmente en grupos pequeños, llam ados gru­ pos de afinidad, porque las personas que los com ponen se sienten identificadas unas con otras, y piensan más o menos de la misma forma. Pueden ser formales e informales. Estos grupos se com ponen de dos a d iez personas más o menos. Si el g rupo se hace dem asiado numeroso, o hay enfrentamientos irresolubles, se divide y se form a otro. El grupo de afin id ad es la célula básica de la organización anar­

quista. Si quieres form ar uno, no necesitas más que a gente que esté de acuerdo contigo, ¡y adelante! En la reunión del grupo, si hay que discutir un tema, opinan todos los miembros del grupo por igual, se buscan soluciones p o r consenso y no se vota. C uando se em pieza a votar, es que a lg o no está funcionando como debiera. Esto no quiere decir que todo tenga que ser arm onioso, sino que los conflictos, que siempre exis­ tirán, han de ser resueltos hablando, procurando no imponernos a los demás. C uando se reúnen varios grupos anarquistas para realizar una acción común, tam bién buscan consensuar las opiniones y no vo ta r nunca. A sí se evita que haya una mayoría y una minoría. Si las opiniones son irreconciliables, cada grupo que­ da libre para hacer lo que le parezca. Los posibles liderazgos quedan de esta manera muy limitados y reducidos. O tro procedim iento em pleado en las organizaciones anarquistas para blo­ q u ear dirigentismos, es el de separar a los organizadores de los portavoces, es decir, que las personas susceptibles de ser convertidas en estrellas no sean los que se relacionen con medios de com unicación, p o r ejem plo. A sí el que lee los com unicados y habla p o r todos, no es más que un mero p o rta vo z al que todo el mundo ve, mientras que los militantes más activos y carismáticos perm anecen en m ayor anonim ato. Rotar en las tareas o sortearlas, no cobrar sueldos, tener que hacer las propues­ tas con tiempo suficiente para que la gente lleve su opinión form ada a la asamblea, permitir que cualquiera pueda hacer propuestas, mostrar las cuentas mes a mes, o im pedir que una persona con cargos pueda hacer propuestas desde su cargo..., son procedimientos habituales de funcionamiento en organizaciones anarquistas.

Organización asamblearia La diferencia entre una asam blea y una reunión de grupo es que la asamblea está compuesta po r m ayor número de personas (entre 10 y miles). En la asamblea no opinan todos los participantes, p o r timidez, mala oratoria o falta de tiempo. Los asistentes votan "sí" o "n o " sobre un tema, que les es expuesto por la minoría de gente que habla. H ay m ayoría y minoría, y la minoría está o b lig a d a en diverso g ra d o a ace ptar la decisión m ayoritaria.

D ado que hay muchos líderes asam blearios de ideo lo g ía autoritaria, comunis­ tas, socialistas, dem agogos populistas, charlatanes religiosos, e incluso fascistas, derechistas y empresarios que usan sus dotes para sacar sus puntos de vista ade­ lante en diversos tipos de asambleas (asambleas de centro de trabajo, p la ta fo r­ mas, reuniones de vecinos...), os hago una exposición crítica de a q uello negativo que os podéis encontrar en ellas. La

c o n v o c a t o r i a y el o r d e n

d e l d ía

Las asambleas van precedidas de un orden del día, una serie de temas que van a ser tratados en ella. D ependiendo de quién tenga potestad de convocarla (el día, la hora y el lu g a r son muy importantes) el resultado será diferente. En gene­ ral hay que procurar que haya tiem po entre la convocatoria y la realización de la asam blea. El orden del día ha de ser claro, para que los participantes sepan a qué atenerse. H ay gente muy cuca que procura convocar en lugares de difícil acceso, en horas de trabajo, que cam bia en el último momento el horario o que elabora puntos abstractos... Para g a ra n tiza r que sus adversarios no acudirán a ella o que si acuden no sabrán qué decir. La

d o c u m e n t a c ió n

Es el material de debate. D ependiendo de quién tenga la potestad de ela b o ­ rarlo, habrá un resultado u otro, ya que es la inform ación la que acota aquello de lo que se puede hablar. Los líderes asamblearios suelen invocar razones de oportunidad, y de eficacia para limitar el debate a aquello que a ellos les interesa. Es buena idea que cualquiera pueda plantear temas de discusión, proporcionar material de debate (documentos, informes, pruebas), incluir puntos de debate y —en resumen—, que cualquiera pueda a p o rta r lo que considere conveniente garan­ tizándose su difusión igualitaria. Porque no es lo mismo co lg a r tu manifiesto en un tablón de anuncios del sótano, que m andar cartas a todo el mundo, p o r ejemplo. El lo cal

Las asambleas se hacen en algún sitio, que puede ser una habitación, un salón de actos, un teatro, un estadio o un lugar al aire libre. Se sabe que la disposición de los asientos (en filas, en mesa, en corro), la colocación de personas en lugares preeminentes o más visibles, el em pleo de micrófonos..., hace que unas personas puedan tener más protagonism o que otras. Lo más distendido es un círculo, y lo

más impositivo una tarim a o estrado con m icrófono. Igualmente gente sentada en filas escuchando a alguien con m icrófono que se mueve p o r un salón de actos en plan predicador, hace que se dé mucho va lo r a la pa la bra de ese sujeto. La d u r a c i ó n

Las asambleas tienen un principio y un fin. Se suelen iniciar evaluando lo su­ cedido desde la asam blea anterior (si la hubo), leyendo el acta y va lo ra n d o sus resultados, y se suelen a c a b a r con la última votación o con la exposición de un punto de asuntos varios. En ese tiem po se ha de discutir el orden del día, y llegar a los acuerdos oportunos. Una asam blea que dura horas infinitas, en la que de­ term inados sujetos hablan sin p a ra r d á ndole vueltas y vueltas a un asunto sin que el m oderador les pare, repitiendo, soltando largos discursos..., es una asamblea inoperante. La asam blea se hace para lle g a r a un acuerdo, para tom ar una deci­ sión. Si la decisión se vota al final por pura desesperación y angustia para irse a casa, no habrá servido más que a quienes se han lucido en ella. Poner límite a las intervenciones de manera igualitaria puede ser una buena idea. D ejar que unos puedan ha b lar mucho (en base a su sabiduría, a su antigüedad o a que represen­ tan a mucha gente), puede ser una mala idea. La m e s a

En la asam blea se nombra a la persona que preside la mesa, a la que toma las actas y a la que da la p alabra. Estas figuras forman la mesa. La mesa acumula mucha ca p a cida d de m aniobra, porque presidencia d irig e el debate, actas puede m odificar los acuerdos, escribirlos a su antojo o hacer simples resúmenes de los acuerdos, y pa la bra s puede cam biar el orden de las intervenciones. Por eso los jugadores de dom inó siempre dicen: vigila con esmero a quien tiene el lapicero. Si la mesa favorece a alguien al que da la p a la bra cada vez que interviene alguien, convirtiendo la asam blea en un d iá lo g o entre uno y los demás, seguramente se acabará votando lo que esa persona quiera. El acta

Es el docum ento que recoge la crónica de la asam blea. Puede reflejar sólo los acuerdos y el horario, o puede a ñ a d ir el resumen de las diversas intervenciones y el nombre de quien las defiende así com o los incidentes habidos. En otras ocasio­ nes son g ra badas y transcritas cuando es de mucha im portancia lo tratado.

La r u e d a

Es un procedim iento de exposición mediante el cual se da un tiem po breve a todos los participantes para que expresen su opinión, tras lo cual se puede consensuar un acuerdo o votar. La rueda sirve para rom per el silencio inicial, o para favorecer a las personas más tímidas que de esta manera hablan, se sienten escuchadas y adquieren hábito asam bleario. P r e p a r a c ió n d e l a s a s a m b l e a s

Las asambleas pueden ser dirigidas, y de hecho lo son, por grupos más peque­ ños de personas, que toman sus decisiones uno o dos días antes de que se celebre la asamblea (preparan la asam blea). Una vez definen sus objetivos y lo que harán para lograrlos, se sitúan estratégicamente entre el público, piden la palabra uno detrás de otro, y cada vez que la solicita alguien hostil, tengan o no a lg o que decir. Mantienen una estrategia para momentos cruciales (aplauso o claque, tensión, rup­ tura, interrupción, provocación, aburrimiento, espantada...), y terminan la interven­ ción en un punto da d o tras el cual piden una votación. Esto es llevar la asamblea. También pueden org a n iza r un desembarco, es decir, ante a lg o muy importante se afilia a gente hasta pagá n d o le la cuota y se lleva a la asamblea a votar a toda la parentela, amistades y afiliación pasiva. N o confundas esa situación, con que aparezcan afiliados que habitualmente no van a todas las asambleas a discutir un tema de mucha im portancia: están en todo su derecho. Está dem ostrado que un pequeño grupo o rgan iza d o casi siempre saca adelante sus puntos de vista en una asamblea en la que el resto de personas estén "sin org a n iza r". Si además tiene la mesa, es imposible batirlo. Y cuando surge la controversia en la asamblea es por­ que otro grupo o rg an iza d o lleva una postura contraria y luchan. Quien esté aisla­ do contra un grupo tiene que ser muy c a p a z para tener posibilidades de vencerlo. O estar también organizado, aunque sólo sea consigo, preparando la asamblea. R e v e n t a r la a s a m b l e a

H ay personas que si ven que una asam blea no va a a d o p ta r su punto de vista, procuran reventarla m ediante técnicas de provocación (griteríos, portazos, peleas, insultos...), de alargam iento (repetiré mil veces lo que quiera y nadie p o d rá callarm e)... C uando los participantes se levantan con la sensación de horroroso, si lo sé no vengo se puede considerar la asam blea reventada. C laro, que reventar

una asam blea también puede ser todo un espectáculo si te lo ves venir. O si el reventador eres tú. La v o t a c i ó n

El público asistente a una asamblea tiene tendencia a votar más a quien dice la última palabra (de ahí el empeño en decirla). También se sabe que en una votación a mano alzada la gente suele votar posturas más radicales que si lo hace con voto se­ creto (se siente más vergüenza en público a la hora de votar de manera cobarde). C uando se vota y se acuerda algo, la asam blea ha de d e ja r claro cuál es el acuerdo y quién se responsabiliza de llevarlo a cabo. L íd e r e s a s a m b l e a r i o s

Existen cabecillas muy hábiles, con grandes recursos oratorios que pueden dom inar sistemáticamente una asam blea, concentrando en su persona la mesa: elaboran el orden del día o lo ocultan hasta el último momento, dan la palabra, toman las actas, responden intervención tras intervención sin respetar orden de palabras, pulverizan a quien se les o p o n g a gracias a su carisma (acumulación personal de prestigio por su abnegación, generosidad, la b o riosidad a toda prue­ ba, in c o rru p tib ilid a d ...), coaccionan am enazando con la dimisión (suelen llevar adelante muchas actividades)... N o son abundantes, pero son horribles, pues se convierten en seres insustituibles, en profesionales de los procesos asam blearios. H ay que decir que a veces no son conscientes de que mantienen a la gente bajo un p od e r férreo. Esta es también gente a batir p o r el anarquismo, para que sean colocadas en puestos no dañinos. Las técnicas que se describen a continuación pueden ser em pleadas por cualquiera, pero surten diferente efecto si las emplea el líder carismático a un simple desconocido. La p l u r a l iz a c ió n

Es una técnica que suelen em plear estas personas, cuando dejan de hablar en su nombre para e n g lo b a r a un colectivo. Así pueden decir nosotros cuando en realidad dicen yo. La

v io l e n c ia s im b ó l ic a

Se produce cuando el interlocutor señala defectos, estigmas, o califica a su a d ­ versario con adjetivos socialmente reprobables (sin relación con los argumentos), o corta el discurso de alguien al que le cuesta h a b lar con comentarios, risitas, bur­

las... El ataque a una persona en lugar de responder a un argumento, se denom ina argum entación a d hominem y es muy frecuente. El

arg um ento

de a u t o r id a d

C uando en el medio de una perorata el o ra d o r te suelta un como d ijo Durruti, te está colo cand o un argum ento de autoridad para d a r fuerza a su propuesta, venga o no a cuento. La r e it e r a c ió n

Repetir lo mismo una y otra vez en diversas m odalidades, intentando que los participantes lo asuman, suele ser habitual igualmente. La

d in á m ic a

p r e g u n t a / respuesta

Se produce cuando el líder se limita a responder a las preguntas que sucesi­ vamente le hacen otros participantes, que si son de su cuerda le harán preguntas de respuestas evidentes o no com prom etedoras. De esta manera él es siempre el que más habla. La

c o m u n ic a c ió n

n o

verbal

Empleada p o r estos sujetos, que pueden a d o p ta r una estética concreta de­ pendiendo del lugar en que estén, y se te presentan en una asam blea obrera en vaqueros, y luego van al ayuntam iento con corbata. O al revés, que también se puede hacer. Los líderes asam blearios suelen ser personas muy creativas, capaces de cog er una técnica y de darle la vuelta si les conviene. Se quedan de pie mien­ tras todos los demás se sientan, colocan caras de profunda reflexión, juguetean con las gafas... O te sueltan un discurso de un cuarto de hora y cuando les vas a responder se van al bate y tiran con ostentación de la cadena. De to d o hay. El

c a m b io

de o p in ió n

Si el líder ve que a pesar de todo su opinión no va a salir victoriosa, no es ex­ traño que cam bie de repente de actitud, se suba al carro de la opción vencedora y pase de la noche a l día. La c a p a cida d de estas personas de asumir cualquier para d o ja sin rubor ni pudor, se debe a que lo que defienden no es una idea, sino su propia persona. La

ú l t im a p a l a b r a

El líder siempre procura decirla, resumiendo las intervenciones, explicando todo lo ocurrido, o incluso pidiendo un aplauso a los participantes p o r haberse

p o rtad o tan bien, o una propuesta inm ediata de acción colectiva. C ualquier cosa que les permita apuntarse el tanto.

Anarquistas ante las asambleas multitudinarias C uando anarquistas acuden a una asam blea de fábrica, de pueblo, de barrio, en la que hay mucha gente, lo deben hacer con un espíritu diferente al de los gru­ pos autoritarios org anizados en torno a la idea de partido. Evitan convertirse en la vanguardia de la asam blea, en el g rupo que guía y dirige. Sus intervenciones tienden a informar, a impulsar a la gente a tom ar la p a la bra y a d e cid ir y actuar po r sí misma con la inform ación recibida. De lo contrario también serán un grupo m anipulador. Es decir, que hay que intentar que el resultado de la asam blea sea siempre el que hubiera salido de no estar presentes actuando grupos o rg a n iza ­ dos coactivos. C laro que una inform ación aséptica es imposible, pues todos los humanos hablan desde una determ inada manera de ver el mundo, pero es muy diferente intentar convencer a toda costa favoreciendo la p luralidad y respetando el resultado colectivo, que im p o n e ra toda costa nuestro criterio m ediante la menti­ ra, el engaño, la promesa que no se va a cumplir..., que no hacen más que ocultar intereses inconfesables particulares. I n f o r m a c i ó n p r e v ia

Antes de celebrar la asam blea m ultitudinaria es preciso que los asuntos hayan sido tratados en asambleas más pequeñas, (barrios, secciones, grupos...), para que los individuos, puedan formarse una opinión propia. A c u d ir a una asamblea sin opinión previa es d e ja r que te manejen. La asam blea se convierte así en el colofón de un proceso previo de debate a diversos niveles. Por ejem plo, una asam­ blea m ultitudinaria de un pueblo puede debatirse previamente en casa de cada cual, en los lugares de encuentro, en los centros de trabajo, en las pausas del bo­ cadillo, en las asociaciones de vecinos... De manera que cada cual acude ya con su propia opinión y con la idea hecha de lo que va a decir cada cual. B arreras

Los anarquistas, cuando actúan en asambleas, ponen lo que llaman barreras para preservar la libertad del colectivo frente a los dirigentes o colectivos de ma­ nipuladores. M ientras más grande es una asam blea, más opciones hay para la

infiltración de grupos organizados. Y para quien hable bien y domine la voz, es siempre más fácil convencer a mil personas sin opinión (espíritu de masa) que a diez. Las barreras son las ya descritas: perm itir que los órdenes del día sean ab ie r­ tos, exigir y ofrecer la inform ación para que llegue a todas las personas interesa­ das previamente, rea liza r los debates con transparencia y con las cartas sobre la mesa, procurar que intervenga mientras más gente mejor, evitar que los miembros de vanguardias tomen las mesas, neutralizar las estrategias m anipuladoras, batir y anular a los revientasambleas, controlar las mesas... Una asam blea multitudinaria es una sorda, científica y civiliza d a guerra. Mientras más conciencia adquiera la población de sus habilidades oratorias, de sus opiniones y de sus derechos, más se convertirá una asam blea en un ins­ trumento de participación política. De lo contrario una asam blea puede ser sim­ plemente el procedim iento mediante el cual un líder legitima la imposición de sus propias opiniones. U n c a s o p r á c t ic o : el c o n g r e s o d e s a n s d e j u n i o d e 1 9 1 8

Para que veáis un caso de asam blea de una organización form al, os voy a mostrar brevemente la organización del C ongreso de la C onfederación Regio­ nal del Trabajo de C ataluña (CRT). Esta organización era en 1918 una de las confederaciones autónom as de la CNT, representaba a unos 7 2 .0 0 0 federados que debían tom ar una serie de decisiones trascendentales. El procedim iento de discusión fue el siguiente. Los asuntos propuestos fueron elaborados p o r los afiliados de los sindicatos en sus respectivas asambleas, y tenían que ver con cuestiones técnicas y prácticas, con problem as con los que se habían to p a d o en sus quehaceres sindicales. Las cuestiones se planteaban mediante preguntas breves, de las que realizaron cincuenta y cinco que llam aron temas. Para fa cilita r la a g ilid a d del Congreso, antes del mismo se reunieron los delegados de los diferentes sindicatos, y a g ru p a ­ ron los cincuenta y cinco temas en ocho agrupam ientos que o rganizaban todas las preguntas que se referían más o menos a los mismos asuntos, aunque luego se trataran los temas uno por uno. El agrupam iento fue acep ta d o y pu b lica d o en S olid a ridad O brera, pe rió d ico d ia rio de la CRT para que todo el mundo se diera po r enterado.

En el proceso de d iá lo g o y exposición de motivos previos al Congreso, fue de gran im portancia el m encionado p e rió d ico S o lid a rid a d O brera. La Soli era en ese momento el pe riód ico obrero más im portante del país. Con salida d iaria, en sus páginas se dieron cita todas las tendencias de la CRT antes del congreso, expo­ niendo sus motivos los diversos militantes. A su vez cada a filia d o dio su opinión en la asam blea de su sindicato. El proceso de asambleas sindicales y artículos de prensa, continuó hasta la fecha de celebración del Congreso. Una vez realizadas las asambleas y tom ados los acuerdos, las diversas sociedades obreras nom bra­ ron a sus delegados y les m andataron para ser sus portavoces en el Congreso. La d i s c u s i ó n e n el C o n g r e s o

Para discutir los ocho agrupam ientos que o rganizaban las preguntas plantea­ das, el C ongreso asignó a diversos delegados la tarea de emitir un dictamen so­ bre cada uno de los temas. Se esperaba que a una pregunta breve, siguiese una respuesta breve, concisa y con poco margen de interpretación. Una vez emitido el dictamen, era a continuación discutido en el Congreso, con intervenciones en contra y a favor. Si no se a p ro b a b a el dictamen se encargaba una nueva redac­ ción a los delegados. Una vez se a p ro b a b a el dictamen se consideraba tom ado el acuerdo de manera vinculante. Los congresistas —en resumen— tom aron acuerdos de tip o orgánico (nuevos estatutos, organización de los sindicatos de ramo, potestad de comités, sindica­ ción femenina, cuotas...), reivindicativos (¡ornada de trabajo, salarios, menores de edad, carestía...), e ideológicos (acción directa, relación con políticos, unidad con UGT, propa g a n d a , enseñanza racionalista, actitud ante la guerra...) La s s e s io n e s d e l C o n g r e s o

El acto duró cuatro días, uno más de lo previsto, p o r lo denso del orden del día para realizar un acto público. A p a rte de la participación de los delegados, hubo abundantes espectadores contem plando las sesiones, y algún presidente de M esa llamó al orden pidiendo que sólo interviniesen en los debates los delegados debidam ente acreditados. C ada día se celebraban tres sesiones de las que se hicieron un total de diez. Los debates com enzaban a las 9 :3 0 haciendo pausa para comer; se reanudaban a las 15 :3 0 hasta la pausa de la cena; y se seguía a las 2 1 :3 0 hasta que se a g otaban los asistentes y se iban a dormir. El Congreso

finalizó con un mitin que estuvo a punto de ser suspendido en dos ocasiones por el D elegado del G obierno, d a d a la contundencia de los oradores. C om o podéis ver, es posible tom ar acuerdos que afecten a miles de personas, de manera participativa, distantes entre sí, en un tiem po relativamente breve y de manera operativa y form al. Puede haber muchas más opciones, y es cuestión de experim entar y aprender. Recuerda las ideas básicas para ir a una asam blea: te­ ner alg o que decir; decirlo cuando te toque; callarte y escuchar a los demás; tom ar tu p ro p ia decisión. En definitiva, prepara la reunión; ten una actitud activa; acepta responsabilidades; no tengas m iedo a hablar, porque lo que tú piensas es im por­ tante. Si tú no piensas, si no te informas, si no hablas, si no te responsabilizas, si no tomas el m icrófono, si no aceptas tareas, si no asumes cargos, verás como todos los movimientos sociales en los que participes serán devorados por los arquistas, que se ocuparán de tom ar posiciones, de h a b la r en la televisión o en la radio y de decidir p o r todos. Recuerda que a pesar de todo lo que puedas encontrarte de negativo en las asambleas en las que participen autoritarios, la asam blea —para quien es anarquista— es el lug a r a donde concurren individuos libres, iguales, soberanos, independientes, federados voluntariam ente, que tratan un problem a y exponen su opinión para llega r a la mejor solución colectiva.

Comités y ó rga n o s de representación entre an arq uistas Ya he e xp licado que, en general, los anarquistas son partidarios de o rg a n iza ­ ciones con estructura form al o inform al en las que se determina la form a de funcio­ namiento, manera de tom ar las decisiones, y cauces para d ifundir la inform ación. S im p l e s p o r t a v o c e s

Los anarquistas que militan en estas estructuras pueden nom brar comités para relacionarse entre ellos, sobre todo cuando sobrepasan un número de miembros o una lejanía que no perm ita la decisión p o r consenso puro y a finidad. La función de estos comités es casi en exclusiva la recepción y difusión de la inform ación, y la de d a r la cara en determ inadas circunstancias. Estos cargos son rotatorios y ocupados p or personas voluntarias, a las que se las puede hacer dim itir en cada asam blea, que tienen mandatos limitados, y que cuando son portavoces, no pue­ den hacer propuestas desde sus cargos y no reflejan sus opiniones personales, sino las de la generalidad del movimiento. Tampoco cobran salarios. Se intenta que la ca p acida d de decisión la detente el grupo.

Tener una estructura form al y una form a de funcionam iento determ inada tiene la ventaja de que cualquier persona puede incorporarse de form a inm ediata a los mecanismos de decisión. Todos pueden acudir a las asambleas y reuniones, y o p in a r y discutir en igu a ld a d . M ás o menos, como ya he explicado. R e v o c a b il id a d del c o m it é

H ay que re c o n o c e r—sin em bargo—, que donde quiera que haya una junta de más de una persona, sea de manera form al o inform al, con estructura o sin ella, existen inconvenientes. Por ejem plo, uno de los principios básicos de los comités anarquistas es que son revocables en cualquier reunión. Esto quiere decir que si alguien que pertenezca al comité de una organización anarquista em pieza a actuar de form a ejecutiva (es decir, yo he d e cid id o tal cosa y esto se hace), esa persona puede ser inm ediatam ente depuesta por el organism o que la nombró. Así, un grupo o ateneo que quiera deponer a su p o rta vo z sólo tiene que esperar a una reunión para quitarle del medio. Pero si la o rg a n iz a c ió n es más co m p le ja y a b a rc a a grupos de una lo c a ­ lid a d , p rovincia, región, Estado o Estados, tienen que ponerse a discutir los grupos y esperar a que se celebren los plenos o reuniones locales, provinciales, regionales, nacionales e internacionales. En este proceso pueden pa sa r varios meses hasta que se tom a la d eterm inación que sea, se d e p o n e al com ité y se nom bra uno nuevo. Si las personas que son im p ugnadas ponen resistencia se suscitan muchos problem as, se crean facciones y en el p e rio d o de discusión pueden seguir a ctua n d o a su a ntojo. Esto quiere d e c ir que a m edida que la o rg a n iz a c ió n es más g ra n d e puede d a r respuesta a m ayor ca n tid a d de p ro b le ­ mas, pero sus estructuras de representación corren m ayores riesgos de em pe­ z a r a a ctu a r p o r cuenta p ro p ia . El anarquism o intenta que estas cotas de p o d e r sean siempre las menores posibles, y que cada vez que aparece la a u to rid a d en nuestras filas, ésta sea neu­ tralizad a de la form a más inm ediata y elegante posible. Los cabecillas parecen ser inevitables, y d a d o que suelen ser inofensivos mientras no ejercen coacción, pueden ser tolerados. Personas voluntariosas y con espíritu de trabajo, desinterés y sacrificio no son necesariamente negativas, pero pueden serlo, y hay que tener muy en cuenta que esta gente es la antesala del Poder.

Personas con iniciativa entre los anarquistas Creemos que están claros cuáles son los motivos p o r los que el anarquismo rechaza todo tipo de p o d e r y auto rid a d : el p o d e r se basa en la violencia, en la coacción, en el engaño, en el ocultam iento de la inform ación, en la acción clan­ destina al margen de la asamblea... El Estado no promueve el bien común, sino el p rivilegio del grupo dominante, y los líderes se corrom pen y atienden sobre todo la satisfacción de sus neurosis. Los cabecillas y líderes son siempre un peligro para la libertad colectiva. C om o no todos tenemos las mismas aptitudes para todas las tareas, ni los mis­ mos conocimientos, ni el mismo carácter, ni la misma actividad, os pro p o n g o que la iniciativa parta siempre de la persona más competente en cada situación. Por ejem plo, en un accidente, es necesaria una dirección. Es decir, una perso­ na, que dé la señal al resto del e quipo para mover a la víctima, que indique la secuencia de m edicaciones, y que controle las constantes vitales, que sería un es­ pecialista en m edicina o enfermería. Pero una vez en la am bulancia, quien ejerce el lid erazgo es quien conduce, y sabe si puede saltarse un semáforo o a qué velo­ cidad atravesar un cruce. N o existe dom inación, ni coacción y cada cual cumple con un papel que tiene asignado en ese instante. Existe organización y estructura. H ay autoridad, em pleada como sinónimo de ca p a c id a d o competencia. N o hay A u to rid a d basada en la coacción, sino acuerdo mutuo. Si se le buscan mucho las vueltas, puede decirse que existen relaciones de po de r, porque en cada momento una persona d irig e a las demás. Es decir, hay órdenes y acatam iento voluntario para pod e r llega r a un destino común. Probablemente contra este tipo de p o d e r chiquitito (en sentido de poseer ca p a c id a d p a ra hacer a lg o ) se pueda hacer más bien poco. O tal vez el p o d e r entendido como p o sib ilid a d , com o c a pacidad, sea positivo. Siempre existirán contradicciones, pero intentaremos que sean las meno­ res posibles. Pero hay que detenerse a quí un momento, porque los intelectuales al servicio del Poder grande, con mayúsculas, afirman cuando hablan del anarquismo, que la Idea es im posible p o r lo que aca b o de mencionar. Un filósofo, de esos que se citan a todas horas, lo resumió en esta frase: los mejores tienen que m andar; los peores tienen que o b edecer p a ra que el mundo tenga arm onía. A unque la A utori­

dad pueda llevar al exceso del gobernante —dicen—, es preferible a que no haya A utorida d, porque cualquier empresa colectiva —por mínima que sea—, precisa de A uto rid a d para llevarse a cabo. Así que gracias a la A u to rid a d vivimos. O ye, pues muchas gracias por haberlo descubierto. H ay gente que cobra por decir eso, ¿eh? La cuestión es que los bergantes de este tip o e q u iparan al m ilitar con su pistola am ena zan do a los soldados, o al que tiró la bom ba atóm ica, con una discusión dom éstica y amistosa sobre si com er patatas o arroz. Es la misma cosa para ellos, porque to d o es poder. Bueno, a mí me parece que lo que hay en el segundo caso es discusión, d iá lo g o , para lle g a r a un acuerdo libre... A lgunos in­ telectuales (lo d ig o bajito), llaman a esas discusiones a veces amistosas, a veces furibundas, "relaciones estratégicas". Es muy diferente ir a escuchar a un com­ pañero que tiene a lg o que d e cir en una conferencia, que escuchar a un maestro que te puede suspender porque posee un título a v a la d o p o r la vio le n cia del Estado. En el prim er caso hay v o lu n ta rie d a d ; en el segundo a u to rid a d . Recuerda que un concepto com o p o d e r, cuando se le a p lic a a cu a lq uie r situación, d eja de ser vá lido, porque en ese caso quedarían ig u a la d as una b o fe ta d a en un b a r el día de N ochevieja, con un b o m b a rde o a una ciudad indefensa. Y eso no es más que filosofía de b a ra tillo para justificar y d e fender los intereses previos creados p o r plutócratas y magnates. El anarquism o propone, en suma, la organización de equipos de personas con papeles intercam biables en los que la ca p a cida d , la com petencia, la decisión final resida en el grupo. Y si alguien no quiere hacer algo, con salirse del grupo lo tiene a rreg lado . Porque recuerda que el anarquism o lo que quiere y defiende es tu lib e rta d y tu independencia. En realidad gran parte del funcionam iento de la sociedad y del trato entre personas, descansa sobre este principio de acción sin coacción.

La aparición del culto a la personalidad en los grupos insurgentes C uando un grupo de personas constituyen un colectivo político, necesitan en muchas ocasiones que alguien haga de portavoz, pues el g rupo no puede hablar

al no poseer una única boca ni una sola cabeza. En ese instante los individuos pierden parte de su control del grupo, pues consienten en que alguien hable en nombre de la tota lid a d . Hasta este momento sigue siendo via b le una estructura descentralizada y pluralista. Pero si esta delegación se hace permanente, y la persona p ortavoz se va con­ virtiendo en insustituible para ese menester, puede ocurrir que llegue a considerar que esa ca p a cida d de h a b la r lo que acuerda la m ayoría le pertenece, es una cualidad innata. C uando en realidad no es suya, sino que le ha sido concedida po r el grupo. Esto puede pasar porque esa persona hable muy bien, tenga mu­ chos estudios, sea muy generosa, honesta, valiente, de d icad a , etc. Así se le mira com o un ser extraordinario, p o r encima de la media, alguien que merece que se le haga más caso. Y O SOY VUESTRA VOLUNTAD

En la m edida que esta id e o lo g ía se consolida, la Estrella deja de ser p ortavoz para convertirse en intérprete, hace juicios y decide lo que al colectivo le convie­ ne. Se produce entonces un proceso de desintegración personal. La Estrella se im agina que se anula en el colectivo, y deja de ser ella misma para convertirse en la voluntad del grupo, una voluntad que pretende no tener otra misión que la de servir a los intereses del colectivo. La Estrella en la inmensa m ayoría de los casos cree sinceramente que está sacrificando su vid a por el pueblo o por el colectivo a quien asegura servir. Y O SOY VUESTRO DESTINO

A p a rtir de a q u í la Estrella se convierte en el destino del g ru p o . Invoca una misión trascendente p a ra el colectivo, y hace que se someta a una norm a de v id a id e a d a p o r ella. Tened en cuenta que el Poder siempre ha b la del más allá p a ra justificar disciplinas, sufrimientos, y recurrirá a térm inos com o Futuro, Progreso, Eficacia... Y desde esta ló g ica , los acontecim ientos co tid ia no s se vuel­ ven trascendentes, el incum plim iento de la norm a se convierte en p e ca d o , y la m ilitancia siente la culpa que d ebe ser la va d a con el castigo físico o síquico, tras el cual ap a re ce resplandeciente la redención. Esto es pura y simple religión jud e ocristiana, p o r más la ica que se p retenda la id e o lo g ía . A sí la persona que ejerce la d o m inació n lanza reproches a quienes no son conscientes, d iv id e el

m undo en tres bloques: el de m ilitantes y sim patizantes que deben ser someti­ dos a v ig ila n c ia para que no se desvíen del buen cam ino, el de personas ig n o ­ rantes e indiferentes que han de ser c a p ta d a s y proselitizadas, y p o r último, el blo q ue de herejes y disidentes que deb e ser co m b a tid o y destruido. Y O SOY SAGRADA

La Estrella se convierte en a lg o sa g ra d o , pues se considera p o r la m ilitancia que ella es la prim era en el cum plim iento, en el sacrificio, en la d iscip lin a , la guía hacia la socie d ad futura que em ergerá de este m undo co rru p to en el ma­ ñana. Por eso el cua d ro de acó lito s cuida m inuciosam ente el ca rá cte r d ivin o y e je m p la r del m andón o la m andona, pues se ve en su persona a la encarnación de la id e o lo g ía . De p o rta v o z se pasa a ser a q u e llo que es indiscutible. Y es p o r este proceso que se hace efectiva una nueva d o m in a ció n , y personas que se unieron para buscar su lib e rta d se ven atadas p o r nuevas cadenas, no p o r invi­ sibles menos reales. Este proceso p o r el que los colectivos a ca b a n ca ye n d o en las garras del Poder y de la re ligión la ica es bastante común y debéis co n o ce r­ lo para e vitarlo. C ua n do delegues tu c a p a c id a d política , que sea siempre p o r tiem po lim itado , porq u e si alguien es insustituible, el resto de la gente tenderá a la p asividad. La elocuencia y la buena vo luntad de una Estrella no g a ra n tiza n ni su in teligencia ni su in fa lib ilid a d , y tú puedes to m a r siempre decisiones tan buenas o tan m alas com o las de cu alquiera.

La enfermedad del Poder en las estructuras asamblearios ¿Qué ocurre cuando observam os que se está creando, o que ya se ha form a­ do, una estructura de p o d e r en un colectivo de personas organizadas? ¿Cómo podemos saber que tal cosa sucede? N orm alm ente vamos a identificar a una Estrella y a sus secuaces. Estas perso­ nas pueden disponer de: M

e c a n is m o s de d o m i n a c i ó n

—Mecanismos ejecutivos p o r parte de una o varias personas, para d e cid ir al margen de la totalida d del g rupo o asamblea, y que consiguen llevar al grupo a un destino previamente fija d o por ellas. —A paratos de desinform ación y ocultamiento, y de represión y coacción síqui­

ca o física, que evitan que la disidencia pueda oponerse, o d e ja r de cumplir, con las normas impuestas. El a p a ra to represivo usa normalmente una jerga científica, calumniosa o descalificadora de la disidencia. —Una liturgia, un ritual, o una m oralina que sacralizan al Poder. —Un discurso id e o ló g ico que justifica lógica y científicamente al Poder, y que busca el consentimiento de la to ta lid a d del grupo. —Culto a la personalidad de la Estrella en m ayor o menor grado. Sus reflexio­ nes y decisiones adquieren el peso de lo divino e indiscutible. Si localizam os al cabecilla y su grupo, que preparan las asambleas, que do­ minan los comités, que pueden a b rir el vacío a lre d e d o r de la disidencia, que dan un sentido religioso a ideas incuestionables porque lleven el sello de lo sagrado, y que justifiquen sus acciones por m edio de un discurso descalificador, hay Poder y A u to rid ad , aunque formalmente haya mucha asam blea y mucha decisión desde la base. En estos casos las decisiones que se toman siempre favorecen a la figura carismática y mesiánica, elim inando la descentralización, el pluralismo y la trans­ parencia interna de la organización autogestionaria. O tras muchas veces los líderes pedirán participación en torno a temas secun­ darios, sobre todo si hace falta carne de cañón. Incluso se quejarán de la falta de co la b oració n del resto del colectivo (pasividad que ellos mismos provocan al no deja r que nada escape a su control). Pero ante a lg o verdaderam ente g o rdo se buscará el consentimiento sin discusión, y la neutralización de la disidencia. Este ha sido el final de muchos m ovimientos que tienen en su o rig e n unas características revolucionarias. Una ve z el líd e r se instala en el Poder, la id e o ­ lo g ía se endurece, crea mecanismos para a se g u ra r su supervivencia, genera un dogm a, hace ru tin a rio al carism a, y se a le ja del mom ento in icia l en que el entusiasmo hacía posible cu a lq u ie r desenlace. El anarquism o, com o organism o vivo que está o p rim id o p o r la cultura de una so cie d ad lib e rtic id a , corre los mismos riesgos. Por e llo es preciso que los anarquistas lo ca lice n las relaciones de Poder en todas partes, las cuestionen y las neutralicen en la m edida de lo posible, pues es la única puerta a b ie rta a la esperanza p ara que algún día un m ovim iento colectivo insurgente perm ita el paso de la sociedad ca p ita lista a la lib e rta ria .

Las luchas internas entre anarquistas Entre mi gente también hay conflictos fraticidas. Y hay que h a b lar de ellos, por un lado para evitar que quien se acerca al anarquism o venga con la equivocada idea de que aquí todo funciona como una seda, y p o r otro lado para que los anarquistas aprendan a lim itar los conflictos internos. La e s t r a t e g ia y l a t á c t ic a

Vamos a de ja r a un lado los problem as ya m encionados sobre mandones, que tam bién pueden darse entre anarquistas. Otros problem as entre libertarios se suelen d a r en el terreno de la estrategia y la táctica, es decir: qué es lo que vamos a hacer ahora y cóm o lo vamos a hacer. Un autor clásico apuntaba una solución muy simple: hay que a prender a respetarse. T rabajar juntos cuando se está de acuerdo, y cuando no, d e ja r que cada cual haga lo que le parezca sin obstaculizarse, porque en realidad, si se toman en cuenta todos los factores, nadie tiene la razón. O r ig e n y e v o l u c i ó n

Las luchas internas provienen siempre de la egolatría, del egotismo, del deseo de im ponernos a los demás no im porta a qué precio. Del Poder. Estas peleas se dan en todos los colectivos humanos sin excepción. Lo que com ienza siendo una discusión en torno a un tema concreto, con el tiem po se va com plicando. A p a re ­ cen los enfrentamientos personales, el insulto, la conspiración... y el motivo primero de la polém ica queda o lvid a d o . Si se rompe la com unicación, y se deja de hablar, sobreviene el desastre. Se forman facciones que luchan por dom inar los canales po r los que discurre la inform ación. Se crean grupos que de manera consciente o inconsciente se organizan para a c a p a ra r el Poder de decisión. Se lanzan calum­ nias, rumores y p rop a g a n d a de guerra. Es una absoluta in co n gru e n cia que esto se p ro d u zca entre anarquistas. C u a ndo se oca siona una lucha entre anarquistas es una lucha insensata p o r el control puro, po rqu e en los m edios lib e rta rio s no existe com o en el resto de las o rga n iza cio n e s, dinero, salarios y p rivile g io s en juego. N i hay ta m p o co una posición personal que defender, ya que quienes intentan ser líderes anarquistas sufren lim itaciones y d esconfianza. Y de hecho ocurre muchas veces que quien más interés tiene en fo m e n ta r y m antener estas polém icas es gente e x h ib ic io ­

nista, que com o no se atreve a d a r voces en el tra b a jo , se van al ateneo o al sindicato a d e sca rg a r sus frustraciones. Porque ciertam ente es más a g ra d a b le para estas personas sostener un co n flicto interno que transform ar la sociedad. La guerra intestina siempre está latente, siempre puede desarrollarse. Pero si el g ru p o , ateneo o colectivo re a liza a ctivid a d e s hacia el e xte rio r y se enfrenta a los problem as reales, es más d ifícil que surja. Porque cu a n d o se tiene claro quién es el enem igo, y se está en contacto con la sociedad, las diferencias de o pin ión en el g ru p o se o lvid a n . R e s o l u c i ó n id e a l d e c o n f l i c t o s

Los anarquistas, si realmente quieren serlo, han de evitar la dom inación y el deseo de controlar. Han de rechazar el Poder. C uando se piensa en colectivo, cuando se tiene la certeza de que es más im portante co m partir que decir la úl­ tima palabra, cuando hay alteza de miras, cuando se respeta y se quiere a los com pañeros y com pañeras, la vida adquiere una nueva dimensión, más plena y satisfactoria. N o existen salvadores ni iluminados, que nos muestren el largo cam ino que hemos de recorrer juntos, que en re a lidad está p o r hacer y que nadie conoce. Un cam ino que además es áspero y am argo sin necesidad de que nos lo hagamos aún más difícil. El enem igo a b atir es siempre el Estado y el Poder. Y nuestra mano siempre ha de estar abierta con franqueza a los am igos y amigas que creamos en error. Si de alg o nos ha servido la experiencia es para tener la seguridad de que el futuro del anarquism o está en prom over valores como el respeto a las distintas concepciones libertarias, a la propia idiosincrasia y a la in d ivid u a lid a d , fom entar el apoyo mutuo, la so lidaridad y la inform ación a todos los niveles, evitar los dogmas, las sectas y las vanguardias, y prom over la diversidad de opiniones y la cooperación, con todas las personas que luchan con desinterés y corazón por un mundo mejor. De a h í que la o rg a n iz a c ió n anarquista no pueda d a r c a b id a ni al secta­ rismo ni al fanatism o. La m ejor p ro p a g a n d a , es la p ro p a g a n d a p o r el hecho: dem uestra tus razones lle va n d o a c a b o tus proyectos, a ce p ta que los demás no tienen p o r qué secundarte, y no pierdas el tiem po en discusiones que p ro d u z ­ can m ala leche.

Los m edios de acción an arq uistas Coherencia. Medios y fines La coherencia absoluta es imposible. En el momento que se entra en el circuito com ercial del Estado C apitalista, encendiendo la luz, usando gasolina, ropa o com ida, le estamos p a g a n d o tributos. La coherencia absoluta sólo podría darse en una persona aislada del resto de la hum anidad y subsistiendo por sus propios medios. Aún así esa persona estaría c o la b o ra n d o por pasiva en el sostenimiento de esta sociedad injusta, inicua e infame, y p o r tanto en que el sufrimiento se siga perpetuando. Podemos im aginar a una banda de anarquistas trogloditas b a jando en cueros del monte p o r la noche, protegiéndose de la fresca con hojas de higue­ ra, a co rta r con hachas de sílex las líneas telefónicas de un cuartel del ejército. Q ue sepamos, personas con tan alto g ra d o de convencim iento no existen. A lo más que podemos lle g a r es a incurrir en el menor número de contradicciones, y a enfrentarnos con la m ayor coherencia posible al Estado. Una cosa es que la mierda nos salpique, y otra adm inistrarla. C o h e r e n c i a c o l e c t iv a

Existe mucha relación entre lo que se desea y cóm o se consigue. Una sociedad libertaria no puede lle g a r a través de una dictadura ni por m edio de una org a n i­

zación centralizada y jerárquica. Si se com bate al Estado y a la autoridad, sería absurdo plantearse c o la b o ra r con sus organismos, recibir sus subvenciones, acep­ ta r una dirección ejecutiva, etc. De lo que se trata es de funcionar más o menos com o pensamos que debería hacerse en la sociedad futura. Es decir: si consideramos la dem ocracia parlam entaria y el juego de parti­ dos como una farsa, no participarem os en elecciones. Si rechazam os el Estado no aceptarem os sus prebendas... Haremos una política p refigurativa m ediante la acción directa, intentando que las cosas sean ahora, com o queremos que sean mañana. C o h e r e n c ia in d iv id u a l

En el aspecto personal, los anarquistas también se marcan unos cam bios míni­ mos a cumplir, y en general suponen m odificar las actitudes personales en aque­ llos casos en que esa m odificación no dependa más que de la voluntad propia. C om o en la elim inación del sexismo, del afán de consumo, del autoritarismo, etc. Pero no hay un có d ig o de com portam iento del verdadero anarquista. Los mínimos éticos los organiza cada cual según su sensibilidad: com iendo verdura, realizando las tareas domésticas, respetando la libertad de la pareja y del resto de las perso­ nas, evitando ser autoritario, etc... Sin em bargo no podem os ig n o ra r el hecho de que vivimos en la sociedad capi­ talista. Llevamos a cuestas la carga de sus com plejos y vicios. Liberarse no es tarea fácil, pero cuando un anarquista com prende que alg o que esté haciendo no está bien, m odifica su actitud. O al menos eso debiera intentar. Y esto ha de hacerse sin convertir la propia vida en un m artirio en el que la culpa y el p e ca d o sean el motor de los cambios. El anarqusmo no tiene ni infierno ni paraíso, p o r eso el anarquista que cam bia su com portam iento haciendo a lgo que realmente no le apetece ni le convence, acaba d e jando esa actitud con el tiempo. H ay que mejorar, pero que sea con convencim iento y con gusto p o r ello. M eter l a p a t a p o r r o m p e r l o s p r i n c ip i o s .

"El fin no justifica los medios", es uno de los lemas del anarquism o desde siem­ pre. Pero se ha roto con esta idea en múltiples ocasiones. El ejem plo que se ha puesto una y otra vez es el de la co la b ora ció n del movimiento libertario español con el g obierno republicano durante la guerra social española de 1 9 3 6 -1 9 3 9 . La

valoración g lo b al que se hizo de esta participación de anarquistas en las institu­ ciones del Estado ha sido ca lifica d a por sus protagonistas de negativa. El Estado se hizo más fuerte y los anarquistas más débiles. La revolución se p a ra lizó y se perdieron parte de las conquistas sociales obtenidas de ¡ulio a di­ ciembre de 1936. Esta participación de anarquistas en el G o b ie rn o aumentó la burocracia, creó organismos ejecutivos, quitó p o d e r de decisión a la afiliación, corrom pió a com pañeros y estableció distinciones entre líderes y gente normal. Y lo que fue peor, creó una cultura colaboracionista con el Estado que desem bocó en la derrota libertaria y en la destrucción de la Revolución. Las personas que se introdujeron en el a p a ra to del Estado pudieron ser anar­ quistas con sanas intenciones (o no), pero no emplearon métodos anarquistas. N o quiero ser dura. El mundo libertario español se enfrentó a una situación histórica muy difícil. Las alternativas que se plantearon eran im poner la dictadura y exter­ minar la disidencia, o c o la b o ra r con el resto de fuerzas republicanas, socialistas y comunistas, que seguían existiendo. N o supieron ver otras soluciones al problem a de la guerra, y se optó p o r la segunda. H ubo una tercera vía, llevada adelante p o r las personas, que con carnet de la C N T o sin él, se lanzaron a e xp ro p ia r tierras y fábricas y a crear las colectividades. Fue la gente que puso en marcha los transportes, la sanidad, la tierra, las escuelas, y la que marchó en milicias hasta las puertas de Z a ra g o za , la que demostró que el anarquism o no es una utopía irrealizable. Eso es lo que ha perdurado como ejem plo para nuestro recuerdo. Frente al Estado, prevaleció durante un tiem po la anarquía. N o fue un sueño, sino a lg o em ocionante que funcionó. Esto quiere decir que a lo que tenemos que aspirar es a ser todo lo coherentes que podam os según las circunstancias, y a que cuando encontremos la contradic­ ción, busquemos inm ediatam ente el cam ino anarquista, p o r áspero y am argo que pueda parecer. Veréis que en realidad ni es tan difícil, y obtiene resultados. C o n v ic c ió n

El anarquism o parte de una profunda convicción racional, que no tiene nada que ver con el romanticismo y los sueños febriles. El p eligro de este tipo de ética estriba en que la persona convencida puede caer en el fanatismo, y desde ese punto de vista, una vez se toma una decisión, no im portan las consecuencias de

los actos. Si alg o sale mal, se echará la culpa de lo sucedido a la naturaleza hu­ mana, a Dios, al destino, o a la m aldad de los otros. R e s p o n s a b il id a d

Por eso el anarquism o debe complementarse con la ética. M id e siempre las consecuencias de tus acciones, y sé consciente de que no debes buscar respon­ sabilidades fuera de ti mismo. Actúa, recoge, asume y reivindica los frutos de tus éxitos..., y de tus fracasos, derrotas y errores.

La p ro p a g a n d a y la cultura Para llega r a 1936, hizo falta una preparación previa. La gente no salió a la calle a com batir al fascismo partiendo del vacío. La la b o r cultural del anarquismo español fue inmensa, y siempre se desarrolló con medios propios. C a d a sindi­ cato disponía de una escuela racionalista. La prensa libertaria llegaba a todos los rincones. Los ateneos producían obras de teatro, org a n iza b a n excursiones, fundaban bibliotecas, la juventud acudía tras el tra b a jo a sus ateneos, y a llí se for­

maban, discutían, se practicaba de form a g e n e ralizada el A p o y o Mutuo... Todas estas actividades crearon una nueva cultura, una nueva id e n tida d distinta de la burguesa, que im pregnó toda la sociedad. Mientras los anarquistas no consigan crear un tejido social que actúe al mar­ gen de la vida oficial no habrá cambios de m entalidad, no se podrá o p ta r por otras formas de organización, y no se llegará a la anarquía. Y eso tiene que ser una obra propia, de cómplices, que salga de vuestra voluntad y sentimientos. N o se puede e dificar esa cultura siendo concejal de un Ayuntam iento. La tarea es difícil, porque el Estado dispone de medios de adoctrinam iento, escuelas, periódicos, televisiones..., que no existían hace un siglo. Pero no hay otro remedio. La ideolo g ía de esta sociedad es la id e o lo g ía del Poder, y mientras prevalezca serán imposibles los cambios. Pr

o pa g an d a

por

el h e c h o

Por eso es precisa la p ro p a g a n d a , que no es sólo repartir panfletos, sino tener una actitud en la vida, unos valores y unos sentimientos, diferentes de lo que fun­ cionan en la red estatal, que muevan vuestras acciones hacia la anarquía.

c.

fe

m

La acción directa A lo largo del texto he h a b lad o de ella varias veces. A cción directa significa acción sin interm ediarios. Es la acción prefigurativa, la que prefigura la sociedad libertaria. Hace que el mundo nuevo surja del cascarón del viejo. La acción di­ recta im plica que, tú y tus iguales, tomáis una decisión, la lleváis adelante según vuestras posibilidades, decidís cuándo empezáis, cómo desarrolláis vuestra idea, y cuándo termináis. N o aceptáis órdenes, mandatos, intérpretes ni interm ediarios entre vosotros y las otras fuerzas en conflicto. Por ejem plo, el Ayuntam iento de tu p ueblo va a c o rta r los árboles de vuestra calle. Os reunís en asam blea, decidís vuestras acciones y las lleváis adelante. N e g o ciá is directam ente con el responsable del asunto. N o vais al ju z g a d o a poner una dem anda, ni permitís que los partidos políticos se pongan a vuestra cabeza. A ca b á is el conflicto cuando ganéis, o cuando hayáis lle g a d o al límite de las fuerzas. El Poder siempre intentará que vuestra acción esté m ediada, se haga según sus normas, y a través de los cauces que él te permite según ley: esa es la llam ada do­

minación burocrática. Así la rebelión se convierte en un ritual, que sólo pretende salir en la tele o en los periódicos, para de esta form a crear un estado de opinión pública. La burocracia política que esté en el Poder en ese momento valorará el coste de imagen de su acción. Si piensa que puede perder terreno, cam biará de táctica y en vez de hacer lo que se proponía enseguida, lo hará más tarde, o de otra form a cuando se calmen los ánimos. Pero esas batallas las gana siempre el Poder, que no es cuestionado, y se mantiene y acrecienta. Emplea siempre, por tanto, la acción directa, que es la acción que ataca las raíces estructurales de los problem as sociales, y que muestra en el ahora lo que será el futuro.

La violencia y el anarquism o La imagen de mis anarquistas con una bom ba b ajo el brazo ha sido principal­ mente p ro p a g a d a p o r el apa ra to del Estado. El anarquism o es pacifista y contra­ rio al em pleo de la violencia. Es cierto que algunos anarquistas ¡legalistas del pasado siglo realizaron aten­ tados letales, en los que se llevaron p o r delante a reyes y reinas, primeros minis­ tros, presidentes, policías, confidentes, etc. Junto con estos especímenes también

cayeron a veces quienes les aplaudían o quienes simplemente pasaban por allí. Estos ataques fueron realizados en una época en la que el día a día de las cla­ ses populares valía más bien poco. En estas condiciones algunos compañeros aprendieron a despreciar la vida, tanto la propia com o la ajena, y llevados p o r su sensibilidad ante el espectáculo de los obreros y sus fam ilias muriendo de enferme­ dades y necesidad en un mundo de abundancia, viendo que m ediante la cultura y la p rop a g a n d a sólo obtenían cárcel y represión, decidieron g o lp e a r duramente a los poderosos... M atándolos. Fueron anarquistas que les gritaron: "sois culpa­ bles, merecéis m orir". Sin em bargo, aún juntando todas las bombas y atentados realizados por anarquistas en los siglos XIX y XX, suman sólo unas decenas de víctimas. N o tenían los anarquistas el torvo espíritu de los generales y banqueros, verdaderos verdugos del pueblo. Las bombas y la dinam ita no las inventaron los anarquistas. Han sido profusa­ mente usadas por los Estados y p o r todos los movimientos políticos de la extrema derecha a la izquierda y p o r todas las religiones con una eficacia infinitamente superior a la olla rellena de clavos y pólvora. N o tenéis que pensar más que en el resultado de las guerras de los dos últimos siglos, todas p o r motivos absurdos. A los anarquistas siempre les ha repugnado la idea de a c a b a r con la vida de nadie prem editadam ente, porque para que haya víctima hace falta un juez y un verdu­ go, y esos papeles no cuadran con la m entalidad libertaria. La a ctividad anarquista en nuestros días es fundam entalm ente cultural, insu­ rreccional y constructiva. Es decir, que intentamos que el p ueblo a d q u ie ra una cultura lib e rta ria , que provoque conflictos que debiliten el Poder, y que sustituya con organism os propios a las instituciones del Estado. O p o r otro orden, o al mismo tiem po, da lo mismo. Evidentemente, al d esa rro lla r esta a ctivid a d, habrá encontronazos con las fuerzas de represión, habrá vio le n cia . Pero no violencia anarquista. Tal cosa no existe. La vio le n cia , el Poder de coacción es m onopolio institucional y legal del Estado, y el pueblo en el m ejor de los casos lo que hace es defenderse. S u b l e v a r s e es l e g í t im o

El esclavo que se subleva, siempre está en estado de legítima defensa. El dom i­ nado que resiste a la dom inación, no lleva a ca b o violencia. A l vivir en la arqu/'a,

estamos en situación de resistencia perpetua ante los ataques del Estado, y los anarquistas pueden re a liza r actos delictivos y todo tipo de sabotajes que no perju­ diquen los intereses del pueblo. Estos actos delictivos se desenvuelven sobre todo en el terreno de la desobediencia e incum plim iento de leyes ilegítimas e injustas com o la de servicio militar, leyes laborales, discrim inatorias... Y en el ataque a los intereses económ icos de los capitalistas, p o r m edio principalm ente de tres armas: Huelga, Boicot y Sabotaje. N o estamos jugando. Esto es muy serio. La mayoría de los anarquistas consideran actos legítimos las actividades in­ surreccionales con todas sus consecuencias. Q ue las realicen o no, no depende de otra cosa que de sus conciencias. Es com prensible que en los enfrentamientos inevitables que se dan con la gendarm ería haya de vez en cuando algún desca­ labro entre las fuerzas de represión. Pero más albañiles mueren en accidente de trabajo. En cualquier caso quien soporta la represión es siempre quien resiste. Los polis que reciben un pedruscazo o un cohete en los morros, al fin y al cabo no ha­ cen más que sufrir con los riesgos inherentes a su puesto de trabajo. Los anarquis­ tas no consideran que eso sea violencia. Son lamentables accidentes laborales, producto de una ubicación espacio tem poral incorrecta. En nuestras acciones, procuram os parecem os lo menos posible al Poder. Es decir, los anarquistas no montamos e institucionalizam os a paratos de represión. N o cream os ejércitos, no realizam os operaciones militares, no ejercemos de ver­ dugos, ni disponem os de cárceles, ni torturam os, ni tenemos m ando central. N o existen ni la ETA ni el GRAPO anarquistas. Jamás los ha h a bido. Las acciones libertarias se dirigen principalm ente contra cosas inertes, y no hay nada que haga perder más los papeles al C apitalism o que el que le toquen la cartera y cuestionen su Poder. N o existe entre los anarquistas la pretensión de d e rro ta r militarm ente al Estado, porque para b atir a su ejército tendríam os que crear otro p e or que el suyo. Empleamos los métodos de resistencia pacífica. Participar en manifestaciones, encadenamientos, ayunos, sentadas, ro d e a r bases militares con juguetes y ropa de niños, cortar el paso de vehículos policiales o militares, provocar autodetenciones, no p a g a r impuestos, hacer p ro p a g a n d a , huelgas, controlar la producción, d a r conferencias, editar libros, m ontar emisoras, periódicos... Pero los anarquistas

tam bién rompen cosas, también promueven la insurrección. Los anarquistas son partidarios de cualquier método que paralice la actividad estatal, aumente el ni­ vel de conciencia del pueblo, desarrolle la cultura y las estructuras libertarias, y siendo eficaz, cause el menor sufrimiento posible. A ningún anarquista se le ocurre montarse en un coche ca rg a d o de explosivos, y lanzarse contra un cuartel o un autobús. El ejercicio de la violencia se lo dejan a los efectivos del Estado y a quie­ nes aspiran a serlo. LO QUE CARACTERIZA AL ESTADO ES LA VIOLENCIA

También es cierto que si llegaran tiempos en que el tin g la do del Poder capita­ lista pudiera venirse a bajo, el Estado y sus fuerzas repetirán lo que han hecho en los últimos 5 .0 0 0 años. Es una lección de la Historia: cada vez que el pueblo ha tenido al alcance de la mano un cam bio de tipo social que cuestionase el reparto de p oder y riqueza, el Estado ha la nzado a sus fuerzas al ataque sin escatimar medios, m atando, secuestrando, torturando. Por eso es im posible que se llegue a un cam bio evolutivo pacífico. Por eso es seguro que habrá una cruel violencia institucional para la que hay que mentalizarse. Y son precisamente quienes ejer­ cen el m onopolio de la violencia, quienes dom inan el a p a ra to de represión más brutal y form idab le de la historia de la H um anidad, quienes más sangre vierten, los Estados Democráticos y gobiernos, los que promueven la no violencia en forma de pasividad y sumisión. Es esta gente dem ocrática la que ha llevado a la Humani­ dad a una situación de crisis sin parangón en ninguna otra época de la historia. Es en la actualidad cuando los ejércitos son más poderosos, las guerras más crueles, las torturas más refinadas y la locura más activa. Y el futuro del planeta no está nada claro a corto plazo. ¿Po n e r

la o t r a m e j il l a ?

N o ponemos la otra mejilla. Sabemos quienes son nuestros enemigos, y no les tenemos amor. Intentaremos que la violencia sea la mínima posible. Si la resisten­ cia no violenta da resultado, la emplearemos en prim er lu g a r com o la m ejor de las armas. Pero si no nos queda otro remedio, cuando el Poder nos hiera, no nos quejarem os ni nos sorprenderemos, sino que devolveremos go lp e p o r golpe, por­ que aguantar la violencia del Estado también ocasiona sufrimiento. El anarquismo usa la defensa, cuando de no emplearse se produce un d año mayor. Los ejemplos

clásicos que justifican su em pleo legítim o se refieren a situaciones del tipo de evitar una vio la ció n , un asesinato, una b ru ta lid a d a menores, etc. O ponerse de­ cididam ente a esos actos (y a la dom inación en general) no es vio le n cia . Debe q u e d a r claro. ¿E S LA DEFENSA UNA FORMA DE VIOLENCIA?

Este es uno de los discursos sobre las relaciones entre el anarquism o y la vio­ lencia. O tro de los muchos posibles, considera que el em pleo de la pa la bra de­ fensa no es más que un eufemismo. A la violencia defensiva es preciso designarla con su nombre, que no es otro que violencia. Toda violencia intenta siempre ser legítima, pretende que se ejerce siempre p o r el bien común, y la violencia que emana de los anarquistas no iba a ser menos. Este tipo de moral que condena la coacción del Poder y justifica la propia puede considerarse com o la m oral del m al menor, pero no deja de ser una contradicción. Lo cierto es que un anarquismo radical, como ya se dijo, ha de ser noviolento. De la misma manera que existen grados de Poder, también los hay de violencia, y es también posible que la erradi­ cación com pleta de la violencia sea imposible. Pero desde este punto de vista, el em pleo de la violencia muestra siempre el fracaso del anarquismo. O no. Porque, contra el enem igo que nos cierra el paso, no hay que tener contem placiones, y le apartarem os por la fuerza sin compasión y sin odio. Por eso somos partidarios de la insurrección popular: donde esté el jaleo, estarán los anarquistas. Os dejo con este interesante problem a teórico que tantos quebraderos de cabeza ha d a d o a las mentes pensantes.

¿Por qué no triunfa el anarquism o? El

p o d e r es el q u e t ie n e el m a n g o

de la sa r té n

Ha ha bido una gran regresión mundial, principalm ente p o r el desarrollo de una cultura del egoísmo (traducido en atom ización, soledad y d e b ilid a d ), que ha em pequeñecido a la cultura libertaria. El C apitalism o y el comunismo autoritario lo consiguió asesinando a decenas, a cientos de miles de anarquistas en la primera mitad del siglo XX. A sí el C apitalism o liberal ha triunfado e impuesto su hegemonía ide ológ ica . Este es uno de los motivos p o r el que nuestro pensamiento no arrastra a más gente. La sociedad actual genera una gran inseguridad. M uchas personas necesitan identificarse con algo, tener un sistema filosófico que les dé solución a sus preguntas a base de consignas, seguir a una Estrella, o b edecer instrucciones y órdenes en lugar de pensar p o r sí mismas... Esa form a de pensar es producto del Estado y del C apital, que os han e xp ro p ia d o vuestra responsabilidad y vo­ luntad, y es p o r ello que las sectas autoritarias y religiosas más raras consiguen sus adeptos. El anarquism o exige responsabilidad individual, actividad indepen­ diente, ca p a cida d de elección, y que reconozcas que la solución a tus problem as

reside en tus manos. El anarquism o no promete un sueldo, ni una carrera política, ni la salvación, ni el paraíso, ni la felicidad, ni la perfección, que no es otra cosa que la no existencia. La d e b il id a d d e l a s o r g a n i z a c i o n e s a n a r q u i s t a s

Por eso en este momento el anarquism o es débil, y para tener fuerza hay que estar organiza do . O rg a n iza ció n significa aunar voluntades, elegir objetivos y g o lp e a r en el punto elegido. N o te quedes p o r tanto en tu casa pensando que es inútil todo cuanto hagas, porque esa es precisamente una idea inculcada por el Poder, que pretende tu resignación, tu depresión y tu pasividad. Busca a tus iguales y únete. Y mientras los encuentras, tú solo puedes también actuar. Y verás que enseguida te llegan aliados. Y dificultades. El

c o m u n is m o

a u t o r it a r io

También la invisibilidad anarquista deriva de la nefasta com petencia del co­ munismo de Estado. El comunismo autoritario se im plantó en varios países usando métodos de terror y supresión de libertades. Y aplastó sin contem placiones lo li­ bertario, con una perseverancia bastante superior a la del Capitalism o. La eficacia del comunismo de Estado cegó a personas de to d o tipo. La idea de vanguardia, el dogmatism o, el culto a la personalidad, el hecho de que durante décadas el comunismo de Estado intentó com petir económicamente con el Capitalism o, el te­ rror, la corrupción, los privilegios... desvirtuaron las ideas. En la actualidad hablar de transform ación social es recordar a mucha gente lo que ocurrió en la URSS, en China, en A lb a n ia , en Cuba... y eso lo identifican también con el anarquismo, y con cualquier intento de cam bio. Por eso mientras antes pasen al baúl de los recuerdos los partidos comunistas, m ejor para la H um anidad. Yo quiero pe d ir a la rama socialista autoritaria que reflexione. C om parte muchos análisis económicos con los anarquistas y no hay tantas diferencias com o se pudiera pensar. Lo que realmente separa a anarquistas y a comunistas —y que no es en absoluto irrele­ vante— es el análisis del Poder y de sus relaciones, la form a de funcionam iento, la insistencia que tenemos en no aprovechar las estructuras del Sistema... En definiti­ va las ideas de libertad, autonom ía, acción directa, descentralización, pluralismo y respeto desde la ig u a ld a d , despreciadas tradicionalm ente por el comunismo científico. Los anarquistas son libertarios. Los comunistas de las ramas marxistas

son autoritarios. Los libertarios desprecian la autoridad, y a la luz de los hechos históricos tuvieron razón desde el principio: de la imposición, de la dictadura, de la represión, de los especialistas, sólo se saca sufrimiento. A hora, con la lección aprendida, sigue siendo irrenunciable intentar transform ar la sociedad. Unios y em plead el método anarquista. I n t e g r a c i ó n d e l a d i s i d e n c i a p o r el p o d e r

Un gran éxito del Estado ha consistido en com prar las conciencias y volun­ tades de la disidencia, y fragm entar sus actividades. N o hay inquietud que no pueda ser absorbida p o r un sindicato, un partido, una O N G , una secta..., en la que se puede medrar, hacer carrera política y co b ra r un sueldo. El ecologismo, el pacifismo, el voluntariado, se convierten en mercancías que se integran en el circuito económ ico del sistema capitalista. Y

a la gente menos sumisa el Estado les prepara un ghetto. A llí van a p a ra r y

son toleradas mientras no creen problemas, las que se han venido a llam ar tribus urbanas. Quien no se integra es así m arginado, etiquetado y definido por el Po­ der, que de esta form a controla sus gustos, apetencias, estética y m odo de vida. El Poder intenta siempre controlar el com portam iento, y lo consigue eficazmente.

El aislamiento D ejando a un la d o a cobardes, liantes, vagos y flojos que solo se sienten a gusto entre ellos cuando no hacen nada de cara al exterior, otro motivo p o r el cual el anarquism o no ha crecido deriva de los propios pecados de mis a n a r­ quistas. En una sociedad hostil hay ácratas que tienen tendencia progresiva ante los reveses de la fortuna, a cerrarse en banda, aislarse de los problem as de su entorno, y convertirse en personajes regruñientes que consideran globalm ente a la gente de otros grupos com o revisionistas, reformistas que no merecen tratos ni relaciones de ningún tipo. Es cierto que esto pasa porque muchas veces hemos id o por lana y salido trasquilados. En el fondo, todas las utopías serían válidas p o r igual para contentar a la gente si tuviésemos los mismos deseos, las mismas opiniones y las mismas condiciones de vid a . Pero esta unanim idad de pensa­ miento es im posible, y a d e cir ve rd a d no es ni siquiera deseable. Por eso en nuestra conducta actual y en nuestros deseos para el p o rve n ir debem os tener en

cuenta que no vivim os y no vivirem os mañana en un mundo p o b la d o únicamente de anarquistas. Somos y seremos, de momento, una minoría relativamente reducida. Aislarse no es generalmente posible y, aunque lo fuera, perjudicaría la misión que nos he­ mos asignado y nuestro bienestar personal. H ay que encontrar pues el medio de vivir entre no anarquistas del m odo más anárquico posible, y con la m ayor ventaja posible para la prop a g a n d a y la expansión de nuestras ideas. Tendremos pues que secundar a quien quiera actuar para m ejorar las cosas, incluso si corremos el riesgo de sufrir ab a n d o n o y traición. Pero al utilizar las fuerzas de los demás y aprovechar todas las posibilidades de acción, debemos perm anecer siempre nosotros mismos, y capacitarnos para ejercer nuestra influencia al menos en la pro­ porción de nuestra fuerza: no regales tu energía; obtén contrapartidas; recuerda que en las alianzas siempre hay traiciones. Es posible; pero nosotros preferimos arriesgar la traición de los demás a traicionarnos nosotros mismos cayendo en la inacción. Y estas traiciones demostrarán siempre quiénes son realmente les que quieren hacer la Revolución. Esto no quiere decir que os mezcléis en sopas de letras, ni que renunciéis a em plear vuestras fuerzas en solitario, preferentemente y sin ningún tipo de com­ plejos, pues en ello reside precisamente la fuerza de la p ro p a g a n d a por el hecho. Dependerá de vuestra visión del momento y de vuestra visión estratégica y táctica, el que aceptéis posibles fuerzas aliadas o no. Es un problem a a resolver por voso­ tros según las circunstancias. La prepotencia de creernos libres de pecado puede darnos muchas sorpresas. N unca hemos estado exentos de fallos, y hemos de ser los primeros en someter­ nos a revisión continuamente, ver qué es lo que vale y qué no en cada situación práctica, y de ese análisis sacar las tácticas y estrategias a emplear. Por ello el im properio y el reproche d irig id o a la gente que no nos secunda es desaconseja­ ble, porque fiemos de dem ostrar en p rim e r lugar, que lo que decimos lo hacemos, que nuestra energía está d e d icad a no a criticar a los demás, sino a conquistar nuestra lib e r ta d q u e queremos mostrar lo bien que lo hacemos nosotros, y no lo m al que lo hacen los demás. Si quieres convencer y atraer gente a tu cam po, el insulto y el desprecio no es el cam ino adecuado. El cam ino es mostrar resultados.

Las cosas pueden decirse de muchas maneras, y la crítica ra zonada y basada en hechos y argumentos —que son muy duros si se exponen bien— siempre tiene más fuerza, que el lanza r voces a lza n do los brazos al cielo, enseñando dos olorosos sobacos peludos. C om bate las jefaturas y relaciónate con la gente m ostrando que tu acción libertaria es más vá lid a que la de los autoritarios

¿Q ué podem os hacer? Este libro es muy incom pleto y limitado. N o es ningún catecismo que deba aprenderse de memoria. Es decir: esto no es un jo d id o libro de autoayuda para hacerte consciente de tu "y o " y del "m om ento presente" mirando tu respiración desde un punto luminoso de tu mente... N o por favor. M i pretensión ha sido tradu­ cirte al lenguaje común una serie de temas ocultos b ajo la id e o lo g ía política de la Ciencia Social, y darte material para pensar y tra b a ja r intelectualmente sobre conceptos com plejos, para que investigues y te formes tu opinión. Es imposible llega r a ha b lar de todo en profundidad en este pequeño libro. El único camino para lle g a r a com prender el anarquism o es relacionarse con anarquistas, que son quienes en realidad definen continuamente qué es la A narquía.

Aprender Te anim o a enfrentarte con el mundo que te rodea. Para ello hay que m ovilizar­ se y organizarse, com prender qué es lo que está ocurriendo a nuestro alrededor. Es muy im portante conseguir conocimientos sobre cóm o funciona el sistema en sus aspectos económ ico, social e id eológico, y eso se logra adq u irie n d o hábitos de lectura, reflexión y d iá lo g o . Ser radical no significa p e g a r voces que despierten al vecindario a las cinco de la m adrugada, o beber mucha cerveza. Eso tam­ bién puedes hacerlo, si p o r desgracia te apetece. Pero que sepas que cuando encendemos la tele o bebemos alcohol p o r sistema, no hacemos más que lo que se nos im pone desde el Poder. N o pierdas de vista la cuestión fundam ental: una persona form ada, con los sentidos alerta, espíritu crítico y consciente, es menos m anipulable que otra borracha echando una pota a p o ya d a en un contenedor de basuras, o viendo todos los partidos de baloncesto del canal de pago. Si no tienes inform ación no puedes d e cid ir libremente. Conocer, saber, tener datos es lo que puede llevarte a p od e r elegir con libertad. Es el paso previo para tener c a p a cida d transform adora y de ja r de ser autómatas. Tam poco hace falta tener una cátedra para oponerse al Estado. Puedes sa­ ber mucho y no hacer absolutam ente nada. O estar al la d o del Poder, que es lo que le pasa a to d a la peste m ercenaria, venenosa y p o d rid a de científicos sociales, naturales y tecnócratas que venden entre otras cosas, historia, a n tro p o ­ logía, so ciología, sicología, p e d a g o g ía , econom ía, m edicina, física, bio lo g ía ... al Poder y al C apital. Por ello a p re n d e r y a ctu a r en consecuencia son dos partes del mismo proceso. O c u p a tu puesto

Si eres joven y no has de fin ido tu vocación, o si eres m ayor y nunca lo habías pensado, busca el m odo de ser útil en los próxim os años poniendo en marcha las ideas. Q ue no te coman las moscas, carajo. El anarquism o necesita gente for­ m ada en biología, agrícola, derecho, p e d a g o g ía , historia, econom ía, ingeniería, periodism o, oficios técnicos... Porque si queréis form ar cooperativas mutualistas, o bibliotecas, o escuelas, o talleres, o sindicatos, o comunas... Si queréis refutar a los historiadores arquistas, si queréis plantear alternativas económicas, o si precisáis de un a b o g a d o eficaz, hacen falta personas con conocimientos que desarrollen

sus dones al máximo. Hasta para prescindir de la civilización com o un anarcoprimitivista y encender fuego con un arco de fricción necesitas conocimientos, muchos conocimientos para al menos saber diferenciar el a p io de la cicuta. Por lo tanto, averigua qué es lo que quieres, define tu objetivo y com ienza a transitar por el cam ino de tus deseos. N o hay nada de indigno en ser peón si quieres serlo, pero entonces procura ser un peón en algún cam po desde el que puedas d a r cobertura y a p o yo a los proyectos de los anarquistas. A tus propios proyectos. N o tengas m iedo en coger responsabilidades y en tom ar decisiones. A ctuar

Y

hay que pasar a la acción: crear medios de com unicación, a b rir locales y

centros de reunión, fundar bibliotecas, radios, p roducir vídeos, m andar cartas a los periódicos, sostener debates, editar libros, exigir empleos dignos y mejorarlos, buscar formas de vida ajenas al salario, o cu p a r viviendas o construirlas, defender y o cu par bosques o industrias, prom over la insumisión a las leyes, d a r la murga, re alizar sabotajes y acciones directas, desvelar los conflictos, fom entar la moral anarquista... C uando surja un problem a concreto, démosle una respuesta anar­ quista y comuniquémosla al m ayor número posible de personas. Si la empresa te explota no escribas instancias a la dirección. Eso ya lo harán otras personas. H az lo que puedas según tus fuerzas p o r medio de la A cción Directa y el A p o yo M utuo. Las soluciones pueden ser múltiples. N o te ciegues en una sola: distribuye octavillas, promueve protestas y huelgas, sabotea y destruye las máquinas, nego­ cia si lega el momento, defiende firme tu terreno. A tu gusto, según tus ca p a c id a ­ des. Pero actúa sin com plejos. Si estás solo, si te sientes impotente, em pieza por alg o sencillo que sea viable. Es tan simple como repartir una octavilla sobre un asunto, o poner carteles por tu entorno p roponiendo una reunión en tu com arca para conoceros los potenciales disidentes y establecer un plan. N o hacer nada y perm anecer en la pasividad conduce a que todo siga igual. M ira n d o hacia otro lado, formas parte del problem a. D e f in e t u o b j e t iv o

C uando te vayas a poner en movimiento, tienes que saber en prim er lu g a r qué es lo que quieres. Busca un objetivo asequible: reunirme con otros anarquistas;

lo ca liza r a posibles simpatizantes; actuar contra la d e p u radora que están cons­ truyendo; reclam ar tierras comunales; form ar un sindicato y actuar en el terreno laboral... Incluso estando solo, puedes d e cid ir qué hacer. B u s c a lo s m e d io s

Una vez sabes qué es lo que quieres (que saber eso es más difícil de lo que pa­ rece), has de conseguir los medios para lle g a r al fin. Has de e la b o ra r un plan en el que haya una estrategia y una táctica. Por ejem plo, vamos a pensar que te ha da d o po r el anarcoprim itivism o, y que has de fin ido como objetivo conseguir ser autosuficiente en el cam po. ¿Empezarías aprendiendo a curtir pieles de animales? N o, porque la vestimenta la tienes g a rantizada. La estrategia sería conseguir la suficiencia alim entaria; la táctica, com enzar aprendiendo a reconocer las plantas silvestres comestibles y venenosas de la zona; las técnicas el paseo por el cam po y el estudio de manuales de reconocim iento..., o el estudio de la carrera de bio lo g ía o la de agrícola. Es solo un ejem plo. O bjetivo: ¿Quieres sensibilizar a la gente de tu pueblo para que no ingresen en los cuerpos represivos? Plantea una estrategia: desacreditar a los funcionarios policiales. Táctica: lo c a liz a r al más bruto y bestia. Técnicas: p egar un cartel con su foto leyendo un libro y mostrando extrañeza por el hecho. Recuerda hacer las fotocopias en otra parte para que no te puedan lo­ ca liza r (los funcionarios suelen tener un pésimo sentido del humor, y la discreción siempre es buena). O a lo mejor quieres señalarte de manera clara para servir de referencia contra una refinería..., eso depende de los planes que tengas. Son solo posibilidades de las muchas que puedes urdir. D is c r e c c i ó n y m o d e s t i a

Ah, y no hables nunca de lo que no se pueda hablar, si no quieres a c a b a r tú o que otro acabe en alguna celda siniestra. Lo que hagas, no lo hagas para presumir y ser adm irado, sino porque creas que has de hacerlo. Siempre evitando los personalismos. T o d a a c c ió n s u p o n e u n a r e a c c ió n

N o nos engañemos. Reaccionar ante la re a lid a d es d e sagradable muchas veces y precisa energía, sobre todo si se pretende ser coherente. Echarle un pulso a la a utoridad tiene siempre costes personales, tiem po y dinero... Pero ganas d ig ­ nidad e integridad. Y es im portante que cuando se vaya a actuar tengam os claro

que las decisiones colectivas hemos de llevarlas adelante no co la b ora n d o con el Sistema y sus instituciones, y teniendo efectividad, causando el menor sufrimiento posible en general. Y si p o r mala suerte nos detienen, nos despiden, o nos dan una paliza, o vamos una tem porada al maco, o a lg o peor, pues qué se le va a hacer. Eso hay que asumir que puede ocurrir. Pueden ser sucesos inevitables p o r más cuida do que se ponga, pues el Poder sólo tolera lo que no le causa problemas. Si se le cuestiona seriamente y es d añado, com ienza a em plear la violencia, y en la m edida que precisa de más terror para mantenerse y se le hace menos caso, se vuelve visible, pierde legitim idad y es entonces, sólo entonces, cuando puede ser d e rrib ado. C uando tal cosa suceda, cuando hayas obtenido una pequeña victoria reformista, arrancada con tu acción y la de tus iguales, cuando eso ocurra, sentirás la emoción que supone el beber la fuente de la libertad. Eso no tiene precio. Es revolucionario. N unca lo olvidarás. O r g a n iz a r s e

Tanto si te organizas con anarquistas, como si lo estás con gente que no se sienten com o tales, intenta darle siempre a la organización el aire más libertario posible. Critica los órganos ejecutivos, las juntas directivas y las élites: es posible la vida sin ellos. Intenta lib e rtiza r al sindicato, a la asociación de vecinos, a tu escuela o a lo que sea. Promueve la participación de la gente, procura que la inform ación llegue a todas partes, y no seas vanguardia de nada ni de nadie. El conócete a ti mismo se com plem enta con el actúa p o r ti mismo. C r it ic a r n o es s u f ic ie n t e

Pero ten en cuenta que hay mucha diferencia entre ser crítico y ser un criticón. C riticar es sencillísimo. Llamar tra id o r a alguien es muy fácil. Echar la culpa de todo a los demás desde la tertulia no cansa. Ponerte tú en funcionam iento es otro cantar. Así que evita convertirte en un insoportable cura sabelotodo que ni hace ni deja hacer. Tienes que estar dispuesto no solo a señalar los fallos de los demás, sino que has de estar d e cid id o —sobre to d o — a llevar a cabo tus iniciativas, a mostrar cómo quieres hacer las cosas sin timidez, a cometer tus propios errores, a vencer, a ser de rro ta d o y a levantarte de nuevo cuando te tumben. Es actuando com o se avanza. Es metiendo la pata como se dan los pasos hacia el objetivo y com o se aprende. Si te critican p o r ello, pues que te critiquen.

Recuerda además que en la acción no sólo hay que ser racional: el anarquis­ mo no es sólo materialista, activo e intelectual. Es una filosofía vital que tiene un arranque muy im portante de eso que llamamos el corazón, los sentimientos, la voluntad, la Idea. Sé cóm plice del mundo libertario y arriesga aún cuando el enem igo parezca invencible, con la cabeza y con las tripas, con la razón y la em oción, con la pasión y la fuerza, com o un héroe. Porque es peleando con va lo r e inteligencia com o se abren las puertas y se derriban las murallas. Si haces eso, te enfrentarás a fracasados y resentidos que acabarán envidiándote, porque tú les mostrarás lo que podrían ser y no son. Tú les estarás diciendo que son hombres vientre, vendidos p o r cuatro céntimos, pequeños, insignificantes, despreciables, rastreros, mezquinos que defienden un sistema que es un fracaso: el capitalism o liberal y el comunismo autoritario prometieron prosperidad y felicidad para toda la Hum anidad, y solo pueden mostrar a la postre la brutalidad de un monstruo. La

r e v o l u c ió n

es p o s ib l e

En la m edida en que el método anarquista de libertad, cultura e insurrección vaya siendo cada vez más popular, y seamos capaces de influir en la opinión pú­ blica, los cambios y reformas serán mayores y más rápidos, y el Estado, la econo­ mía capitalista y su ide o lo g ía se harán cada vez más débiles. Nuestro control de la sociedad se hará más fuerte. Las discrim inaciones p o r clase social, sexo, edad o etnia se irán diluyendo. Vendrán los periodos de cam bio, las élites perderán el control del mundo y el salto revolucionario estará al alcance de la mano. La Revo­ lución Social, llevada adelante p o r los pueblos, transform ará la Tierra. Pues nada, con que hagas to d o lo anterior ya tienes tarea. M anos a la obra.

Para term inar La sociedad que nos ha to ca d o es un hueso duro de roer. Os he descrito un sistema d esa gradable y demente que go za de unos medios de represión y control form idables. Pero sed optimistas. El mundo cam biará. Los anarquistas han regala­ do a la H um anidad un valioso ejem plo: la prueba de que la utopía funciona. En España, de 1936 a 1939, en M é xico en 1910, en Ucrania en 1919, contra viento y marea, con muchísimas dificultades y contradicciones, millones de personas vi­ vieron en una sociedad libertaria que tuvo que ser destruida militarmente para que dejara de existir. Q uienes dicen que es im posible la anarquía, mienten. Quisieran borrar ese recuerdo. A pesar de todas las acusaciones de ineficacia, infantilismo, a pesar de la losa de silencio que pesa sobre mí, fue el anarquism o el que hizo la Revolución Social más grande de la historia. Es vuestro patrim onio, de todos y todas. N o olvidéis jamás. N o renunciéis nunca a él. En G recia, en Francia, en Bolivia, en cualquier parte puede estallar la insu­ rrección de los dom inados que barra las estructuras del sistema. M ientras más pre­ parados estéis para ello, más sencillo será que no acabe todo en otra derrota o en una dictadura espantosa. Si la especie humana quiere sobrevivir a los cambios ecológicos, políticos y económ icos que se avecinan, si no queréis que el capitalis-

mo salga fo rtalecido tras cada crisis, tendréis que ed ifica r relaciones sociales que no estén basadas en el Poder, en la com petitividad y la violencia. La naturaleza nos lo dice: tenemos el mismo origen. Las partículas ele­ mentales que com ponen nuestros cuerpos son las mismas que las de las estrellas. Todos y todas, animales, plantas, piedras y personas somos parientes salidos del mismo crisol. Y basta con m irar al cielo para darse cuenta que antes que de Espa­ ña o de Francia, de co lo r blanco o negro, de clase burguesa o proletaria, antes que hombres o mujeres, o menores y mayores, somos personas, y viajam os p o r un universo que a duras penas empezam os a comprender.