Além dos mapas: os monumentos no imaginário urbano contemporâneo
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cristina freire

além dos mapas os monumentos no

imaginário urbano contemporâneo

2=npEsp s

O

PAULO

Catalogaçáo na Fonte do Depaltamento Nacional do

Lirro

F866a

Freire, Cristila, 1961

Alóm clos maPas : os nìonùmentos no imaginário urbano contemporâneo ,/ (ìristina Freire. - São Paulo : SESC : Anlabltrme, 1

997.

acidadeearevela çao

320P.

do imaginário

rsBN 85-85596-88-0 Publicado en co-cdição com: FAPESP 1. Cidades e vilas - Aspcctos psicológicos. 2 Muscus Filosofia 3. Objetos de arte - Aspectos psicológicos. I. SESC. II FundaÇão de Anparo à Pcsquisa do Estado dc São Paulo. III. Título cDD-155.942

Além dosmapas: os monumentos rto imaginário urbano contemporâneo

CristinaFreire

Edição de Texto lç,[ara Ctuasco

Ilustração da capa: Mo'numenlo aFrancisco Mi,randa, Av. Paulista, SP L. Gonzales / Carmello Tabacco, 1978 Foto: Cristina Fre ire

-fao ^ virrcular-se

Cristina Freire, o SESC de São Paulo age num dos territórios de sua predileção e visa adicionar elementos de primeira qualidade ao campo de debates que tem por centro a interpretação do urbano. De fato, a cidade como imenso texto a ser problematizado, decomposto e reorganizado na perspectiva da produção de idéias, de conhecimentos e de instrumentos facilitadores de um entendimento rnais claro acerca de sua natureza, sempre ocupou lugar de destaque entre nossas preocupações. Preocupações, aliás, que sempre assumiram feição material, traduzindose sob a forma de intervenções no território neo, de

me

tropolitano. Assim, nosso inconformismo antc a vora-

cid¿rde autofágica da metrópole, que sob a prouressa do novo quase invariavelmente mantém-

sc jnsensível

@

Freire, Cristi,na

Annablume editora . comunicaçáo Rua Ferreira de

Alaujo, 359 - São Paulo - SP - CEP 05428-000 Tel. e Fax (07I) 212.6764

http: / / www.annablume.com.br

à publicação de Além do Maþas: Imaginário (Jrbano Con,temþorâ-

os Monumentos no

à destruição dos suportes da memória, deu origem, na década de 80, ao projeto que culurinou na restauração de uma velha lãbrica dos anos 30, hoje o SESC pompéia, importante rcferência cultural da cidade. A mcsma motivação, aliada ao desejo de t'cr,italizar, dando-lhe funções e vocação cultu_ rzrl, porções em nossos dias praticamente inanitu¿rclas clo ter-ritório urbano, decidiu a recente ac¡rrisição do imóvcl que outrora abrigou a Com_ lranìri:t S¿rntista de Tecidos, na Zoia Leste da

Capital. Nesse local, um moderno ccntro dc cultura passar/r zr oxigenar rìm pouco mais a esquálida vida associativa do paulistano, sentenciaclo a indefìnidamente transitar sem escala entre a vida de trabalho e o espaço doméstico. A pr-rblicação de Além dos McQas inscre-se, portanto, ordenada e coerentemente, num seg-mento de ação que tenciona dcstacar o peso do universo urbano na formação da sensibilidade e da intcligência contemporâneas. A decisáo de co-editar a obra de Cristina Freire decorreu muito facilmente do exame prévio dos originais. A partir de uma primeira leitura exploratória.já nos deixamos seduzir pelo instigante desafio proposto a si mesma pela pesquisadora: o dc articular os monumerì.tos públicos de São Paulo ao imaginário da metrópole. Pensar a relação dos habitantes clc uma cidade com os monumentos da mcsma, através da análise de conteúdo de seu discurso manifesto, pareceu-nos um empreendimento oportuno e bastante digno de admiração. Tanto mais se ele, ao fìnal, der mostras de ter sido conduzido com uma competência càpàz de fundir, ao rigor metodológico, o uso quase poético da palavra escrita. Esse é precisamente o caso. Razão de sobra para sentirmo-nos satisfèitos com a presente publicação. Danilo Santos de Nliranrla Diretor do Departamento Regional do SESC no Estado de Scio Pattlo

prólogo

e

agrad, ecimentos O

truro Alérn dos Mapcls: os Nlonttmentos no Imaginálio Urbano Contemþoríìneo foi realizado origi-

nalmcnte como tese de doutoramento, defendida no ano de 1995 r'ra Universidade de São Pattlo.

Os monumerttos tratados refererrt-sc ao imaginário da cidade de São Paulo mas podem colresponder, pelos seus aspectos simbólicos, a olrtr:os e Cistintos lugares. A cidade, assim, não corìta a sua história, mas a contém, num aceryo de objetos nem seÍìpre tansíveis. O lugar dos monumentos no imaginário urbano equaciona, dessa maneira, cotidiano e cstética. Tal relaçáo cnr.olve a articulação dc diferentes saberes além de distintos pontos de vista e tem, na minha experiência como pesquisadora clo Museu de Arte Contemporânca da LISP, ponto de partida e chesada. Se a definição da artc como campo absolutamcnte autônomo se pro\¡ou obsoleta e a equacão dc que a arte é vida c vice-yersa, como se cl