Os Grandes Exploradores

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Alex Vieira Libris

OS GRANDES EXPLORADORES

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J. LESLIE MITCHELL

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OS G -R ANDES

EXPLORADORES A SUA VIDA E AS SUAS REALIZAÇOES

TRADUÇAO DE

BRENNO SILVEIRA

EDIÇÕES MELHORAMENTOS

(Tíluln do original americano: -

« Thc Lircs a11d Achievemcnts o{ lhe Great Explorcrs

>)

Todos os direitos reserL'aclos pela Com71. Melhoramentos de São Paulo, Indústrias de Papel Cai:ra Postal 120 B - São Paulo

iNDICE

CAPÍTULO I

O fascínio do ouro e. dos doadores de vida

9

CAPÍTULO II

A herança de Leif Ericsson na boa terra do vinho

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18

CAPÍTULO III

«Ser» Marco Pólo viaja para as ilhas de Cathay

49

CAPÍTULO IV

Dom Cristóvão Colombo e o Paraíso Terrestre

88

CAPÍTULO V

Cabeza de Vaca em busca da Cidade de Deus

130

CAPÍTULO VI

Fernão de MagalhãJes e as Ilhas da Fortuna

174

CAPÍTULO VII

Vitus Bering à procura .da América e da Terra de Ouro do Gama

207

CAPÍTULO VIII

Mungo Park atinge o Níger e passa Timbuctu

239

CAPÍTULO IX

Richard Burton e as Cidades Proibidas .......................

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278

CAPÍTULO X .Yos pedúlos telegrá{iro• 1>s do missionário foram coroados de êxito singular - talvez apoiados pela mão forte e pelas encarecidas recomendaçõ~s. de Leif. ~or tôda parte, o Cristo Branco foi aoeito, sendo supnmidas as anb~as f_estas com os antigos sacrifícios aos deuses noruegueses. TJodhlld, mie de Leif foi uma das primeiras convertidas, tornando-se figura de primeira' plana na construção da prim_eira i~reja, na Colonização Oriental. Os antigos deuses e os antigos ntos foram abandonados com singular unanimidade, o que sugere, com grande fôrça de co~vicção, a fraca raiz que os credos de sangue _e de guerra tinham, de fato, no espírito dos nórdicos: - êles ~nsiavam, como todo o resto da humanidade, quando não endemonmhado, por adquirir uma fé mais delicada e uma superstição _mais. sã. r Houve uma exoeçoo. A exceção foi o própno Er_Ic, o \ ermelho, idoso e velhaco. Não quis saber das novas doutnnas, ~em do glabro hipócrita - o «camarada» - que as prpunha. Vm, nelas sem dúvida o enfraquecimento da sua autondade, o levantame'nto de uma ~ombria muralha moral d'e desaprovação contra os atos sanguinários e de rapina g:ue _havia~ animado os. ~édios da sua árida existência. E isto havia Sido mais do que venfJcado. A sua persistente recusa, mesmo a ouvir o novo cred_o, p_roduziu, ao seu redor, a inesperada reação de sua espôsa, TJodt:_Ild. Eles se haviam, com efeito, casado na presença de deuses pagaos, e tinham trazido a êste mundo três filhos; agora, entretanto, ela era cristã, e não se mostrava disposta a compartilhar o leito, nem a mesa, com um pagoo. A esta 1_10tícia, e aos atos que a acompanharam, dizem as narrativas, Enc mostrou-se «grandemente desagradado». Naquelas terras além do Cabo Farewell, o ano passava-se lentamente e sem aoontecimentos de monta, ao que podemos supor, muito e'mbora as mudanças e as alterações de sentimentos e _de crenças agora nos pareçam um episódio dramático. Quando o mverno voltou, levou consigo, a Eiriksfjord, um som novo para ag:uelas paragens subárticas - o canto das massas, modu~ando hi~os em solidões desérticas, para onde pDucos ~euses, e amd~ ~ssnn, estranhos, tinham ido. Requer-se, com efeito, agudeza subü~ de visão para se peroeberem as voltas e r-eviravoltas, estranhas e mesperadas, da fortuna e dos costumes, que difundiram amplamente o antigo credo e o antigo costume, d~ um por.tto remoto a _outro. Na Groenlândia, havia-se adorado, mais de mil anos depois de sua morte, um profeta judeu, que vivera e mo~rera nos calores e ao rebrilhar do sol de um Levante desconhecido. Nem os planos, nem a fé, poderiam conseguir êsse resultad?, que procedeu do jôgo de vaivém das marés de mudanças e mms mudanças.

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OS GRANDES

EXPLORADORES

Agora, quando a primavera voltou a Brattalid, quando todos os telhados de casas e de currais, abarrotados de neve, começaram a degelar lentamente, e quando a grama repontou suas fôlhas por entre os pe~ascos, chegaram notícias de como aquelas marés de mudança havw:n levado, aos olhos dos homens, a visão de uma terra de maravilha e de lenda, nos mares do sul desconhecido. 5. Um dos colonizadores, na Gmenlândia, era um tal Heriulf procedente da Islândia. Tendo chegado, da primeira vez, à nov~ terra, pelo oeste, par,ece que deixou alguma parte dos seus petre~hos e da sua faf!lília atrás de si ... A narrativa é insegura, no mais 1.~1segur? dos h~nzontes. Contudo, logo na primavera de 1002, um filho deste Henulf, chamado Biarni Heriulfsson armou as velas partindo da Islândia, no seu longo barco, com o' intuito de visita; seu :pa~, :r:_a C~lônia .Oriental. A?mite-se que haja sido um jovem de dtsb.nçaJo nao mmto pronunciada, e de pouco ca.ráter como os acontec~mentos subseqüentes d>. Ao qu~ Helgi relrucou: - «Nós, seus irmãos, não queremos rivalizar com você, na falta de palavra». Assim dizendo, os innãos de Freydis levaram suas bagagens para fora dali, e construíram uma cabana, acima do nível do mar, à margem do lago; e dentro dela guardaram as suas coisas, pondo tudo em ordem. Entrementes, Freydis mandou que se oorLassem árvores, oom o que pretendia carregar seu navio. O inverno chegou, e os irmãos sug,eriram que poderiam entreter-se junbos, jogando. Jogaram durante algum tempo, até que o povo começou a discordar; as dissensões surgiram entre os expedicionários; os jogos foram suspensos, as visitas, entre os habitantes das diferentes casas, cessaram. E assim as coisas prosseguiram até ao inverno bem entrado. Certa manhã, bem cedo, Freydis saiu de sua cama, vestiu-se, mas não calçou os sapatos, nem as meias. Um on'alho espêsso tinha caído dur~nte a n~ite; ela tomou o capote de seu marido, envolvendo-se ~1ele; depois,_ ~aminhou rumo à casa de seus irmãos. Em chegando a porta, venficou que ela estava fechada apenas a meio, assim deixada por um dos homens que tinham saído pouco tempo antes. EmpLnro~l a po~·ta, e parou, em silêncio, à soleira, durante algum tempo. Fmnbogi, que se encontrava deitado no canto mais distante do _quarto, _estava acorJado, e disse: «Que é que você deseja, aq:':n, Fre;'d LS? ». Ela respondeu: - «Desejo \'e r você levantar-se e san· comigo, porque pretendo falar-lhe». O irmão fêz o que ela.

disse. Os dois caminharam para uma árvore, que ficava deitada, perto do muro da casa, e sôbre ela se sentaram. « Agradalhe ficar por aqui?» - perguntou ela. Ele respondeu: - «Estou muito satisfeibo com a fertilidade da terra, mas estou muito mal atisfeito com a dissensão que surgiu entre nós, visto que, acredite, não houve causa para tanto». «E' e:x,atamente como você diz esclar,eceu ela - e é assim que paDece também a mim; mas a minha proposta, para você, é a seguinte: - desejo trocar de navio com vocês, meus irmãos, visto que vocês possuem um navio maior do que o meu, e eu desejo zarpar daqui». «A isto devo aceder - disse êle - se é da sua vontade». A seguir, os dois se separaram. Ela voltou para a sua casa. Finnbogi voltou à sua cama. Ela subiu à sua cama, e despertou Thorvald, com os seus pés frios; e Thorvald lhe perguntou a razão pela qual ela estava tão fria e molhada. Ela respondeu, com grande entusiasmo: « Estiv,e oom os meus irmãos - disse ela - procurando comprar o navio dêl mcursores, ao nascer e ao pôr do sol, eram os « de~ ex machtna ». Os Pólos aproximaram-se de Ormuz. Mas os Karaunas mantinham-se em atividade, realizando incursões para capturar ~scra­ vos e para roubar gado, nas planícies que ficavam alé~ da cidadAe, onde os mercadores de Ormuz prusciam suas montanas. Os tres Pólos se viram colhidos em meio a uma incursão - P