Obras completas de Baltasar Gracián: El héroe; El político; El discreto; Oráculo manual y arte de prudencia; Agudeza y arte de ingenio; El comulgatorio; Escritos menores [2] 9788475063805, 8475063802


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Spanish; Castilian Pages [974] Year 1993

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Obras completas de Baltasar Gracián: El héroe; El político; El discreto; Oráculo manual y arte de prudencia; Agudeza y arte de ingenio; El comulgatorio; Escritos menores [2]
 9788475063805, 8475063802

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OBRAS COM PLETAS, II

OBRAS COMPLETAS DE

BALTASAR GRACIÁN Vol. I E l Criticón Vol. II E l Héroe. E l Político. E l Discreto. Oráculo manual. Agudeza y arte de ingenio. Comulgatorio. Escritos menores.

BALTASAR GRACIÁN El Héroe. E l Político. E l Discreto. Oráculo manual y arte de prudencia. Agudeza y arte de ingenio. El Comulgatorio. Escritos menores.

BIBLIOTECA CASTRO TURNER

BIBLIOTECA CASTRO Patrocinada por F

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I

O

N

JOSE ANTONIO DE CASTRO Presidente JU A N MANUEL URGOITI

Secretario SANTIAGO RODRÍGUEZ UAL.LESTER

Editor M A N U E L A R R O Y O S I E P I IE N S

Asesor DOMINGO YNDURAIN

© E D IC IÓ N : T U R N ER L IB R O S , S. A. G É N O V A , 3 - 2 8 0 0 4 - M AD RID ISBN : 84-7506-380-2

ÍNDICE

I n t r o d u c c ió n . .....................................................................................

x vii

E L H ÉR O E

L icencia............................................................................................... Suma de la tasa................................................................................ Fe del co rrecto r............................................................................... Dedicatoria de la prim era edición ( 1 6 3 7 ) ............................ Dedicatoria de la segunda edición (1 6 3 9 )............................ Al le c to r.............................................................................................. P rim o r p r im er o .— Que el héroe practique incomprensibi­ lidades de caudal........................................................................ P r im o r I I .— Cifrar la voluntad.................................................... P r im o r I I I .— La mayor prenda de un h é ro e ......................... P r im o r IV .— Corazón de rey........................................................ P r im o r V.— Gusto relevante......................................................... P r im o r V I .— Em inencia en lo m ejo r........................................ P r im o r VIL — Excelencia de p rim ero....................................... P r im o r V III .— Que el héroe prefiera los em peños plau­ sibles ................................................................................................ P r im o r I X .— Del quilate rey ........................................................ P r im o r X .— Que el héroe ha de tener tanteada su fortu­ na al em peñarse.......................................................................... P r im o r X I .— Que el héroe sepa dejarse, ganando con la fortuna............................................................................................ P r im o r X I I .— Gracia de las gentes............................................ P r im o r X III .— Del despejo........................................................... P r im o r X IV .— Del natural im p erio........................................... P r im o r X V .— De la simpatía sublime........................................

3 3 3 5 6 7 9 io 12 14 i6 18 20 22 23 25 27 28 30 31 33

Í NDI CE

VIII

P r im o r X V I .— Renovación

de gran d eza................................. P r im o r X V I I .— Toda prenda sin afectación........................... P r im o r X V I II .— Emulación de ideas......................................... P r im o r X IX .— Paradoja crítica.................................................... P r im o r ú ltim o y co ro na .— Vaya la mejor joya de la corona y fénix de las prendas de un h é ro e .....................................

34 36 37 38 39

E L PO LÍT IC O DON FERNANDO E L CATÓ LICO

Censura del doctor Pedro de Abella....................................... Licencia............................................................................................... Censura del doctor Juan Francisco A ndrés.......................... Suma del privilegio......................................................................... A l E x c e l e n t ís im o Se ñ o r D uque d e N o c h e r a .............................

45 45 46 47 49

EL DISCRETO

Al Príncipe Baltasar C arlos......................................................... Aprobación del doctor don Manuel de Salinas.................. Aprobación del doctor Juan Francisco A ndrés.................. A los lectores..................................................................................... Soneto acróstico al autor del d octor don Manuel de Sa­ linas.................................................................................................. Epigram a del d octor Ju an Francisco A ndrés....................... I. Ge n io e in g e n io .— Elogio........................................................... II. D e l seño río e n e l d ec ir y e n e l h a c e r .— Discurso aca­ d ém ico............................................................................................ III. H o m b r e d e e s p e r a .— Alegoría............................................... IV. D e l a g a ia n t e r ía .— Memorial a la discreción................ V. H o m b r e d e p l a u s ib l e s n o t ic ia s .— Razonamiento aca­ d ém ico............................................................................................ VI. N o sea d e sig u a l .— Crisis.......................................................... VII. E l h o m b r e d e todas h o r a s .— Carta a don Vincencio Juan de Lastanosa........................................................................ VIII. E l b u e n e n ten d ed o r .— Diálogo entre el doctor Juan Francisco Andrés y el au to r.................................................... IX . N o e s t a r siem pre : d e b u r la s .— Sátira..................................

93 94 95 97 99 99

101 104 i o8 111 114 118 120

12 3 12 6

í N I) I C F.

E n co m io .............................. X I. N o ser ma TJUA .— Sátira.......................................................... X I I. H o m b r e d e b u e n d e j o .— C arta al d o c to r d o n ju á n Orencio de Lastanosa, canónigo de la Santa Iglesia de Huesca, singular amigo del a u to r........................................ X III. H o m b r e d e o s t e n t a c ió n .— Apólogo................................. X N . N o r e n d ir s e a l h u m o r .— Invectiva..................................... XV. l'ENER b u en o s r e p e n t e s .— Problema.................................. XVT. C o n tr a la f ig u r e r ía .— Satiricón........................................ X V II. E l h o m b r e e n s u p u n t o .— Diálogo entre el d octor don Manuel Salinas y Lizana, canónigo de la Santa Igle­ sia de Huesca, y el au to r............................................................ X V m . D f. la c u ltu r a y a l iñ o .— Ficción h eroica.................... X IX . H o m b r e ju ic io so y n o t a n t e .— Apología........................... X X . C o n tr a i a h a z a ñ e r ía .— Sátira.............................................. X X I. D il ig e n t e e in t e l ig e n t e — Emblema................................. X X I I D e l m o d o y a g r a d o .— Carta al doctor don Bartolo­ mé de Morlanes, capellán del Rey Nuestro Señor en la Santa Iglesia de Nuestra Señora del Pilar de Zaragoza... X X III. A r t e para s e r d ic h o so .— Fábula..................................... X X IV . C orona df, i .a d isc r ec ió n .— Pancgiris............................. X X V. C ulta r e p a r t ic ió n d e l a vida d e u n d i s c r e t o ................ X. H

o m b r e d e bu en a e l e c c ió n .—

i 29 i 32

i 35 13 8 14 4 14 7 i 49

i 53 i 57 16 í 165 i 6s

i 71 i 74 i 76 i 79

O R Á C U LO MANUAL Y A RTE DE PRUD EN CIA

Aprobación del Padre M. FR. Gabriel H ern án d ez............ Aprobación del d octor Ju an Francisco A n d rés.................. Al Excelentísim o Señor don Luis Méndez de H a ro ......... Al le c to r.............................................................................................. M á x im a s ...............................................................................................

18 7 18 8 18 9 19 l 193

AG UD EZA Y A R T E DE IN G EN IO

Aprobación del P. M. FR. Gabriel H ern án d ez.................... Censura del d octor Ju an Francisco A ndrés.......................... Al Excelentísim o Señor Conde de A ran d a........................... Al le c to r.............................................................................................. D iscurso p r im er o -— Panigírico al arte y al objeto..................

307 309 31o 31l 3 13

X

D isc u r so II .— Esencia

Í N DI C E

de la agudeza ilustrada..................... de la agudeza.................................... D isc u r so IV .— De la prim era especie de conceptos, por correspondencia y p roporción............................................. D iscur so V.— De la agudeza de im proporción y disonan­ cia..................................................................................................... D iscurso VI .— De la agudeza por ponderación misteriosa D isc u r so V II .— De la agudeza por ponderación de difi­ cultad .............................................................................................. D isc u r so V III .— De las ponderaciones de contrariedad ... D isc u r so I X .— De la agudeza por sem ejanza........................ D isc u r so X .— De las semejanzas conceptuosas.................... D isc u r so X I .— De las semejanzas por ponderación miste­ riosa, dificultad y re p a ro ......................................................... D isc u r so X I I .— De las ponderaciones y argum entos por semejanza sentenciosa.............................................................. D isc u r so X III .— De los conceptos por desem ejanza.......... D isc u r so XTV .— De la agudeza por paridad conceptuosa D isc u r so X V .— Del careo condicional, fingido y ayudado D isc u r so X V I .— De los conceptos por disparidad............... D isc u r so X V II .— De las ingeniosas transposiciones............ D iscu r so X V I II .— De las prontas retorsiones......................... D isc u r so X I X .— De la agudeza por exageración ................. D isc u r so X X .— De los encarecim ientos conceptuosos..... D is c u r s o X X I .— De los en carecim ientos condicionales, fingidos y ayudados................................................................... D isc u r so X X II .— De las ponderaciones juiciosas, críticas y sentenciosas por exageración ............................................ D isc u r so X X III .— De la agudeza paradoja............................. D is c u r s o X X IV .— De los co n cep to s p or una p rop uesta extravagante, y la razón que se da de la p arad o ja........ D iscurso X X V .— De los conceptos en que se propone algún dicho o hecho disonante, y se da la equivalente y sutil razón................................................................................................ D isc u r so X X V I .— De la agudeza crítica y m aliciosa............ D isc u r so X X V II .— De las crisis irrisorias................................. D isc u r so X X V IIT .— De las crisis juiciosas................................ D isc u r so X X IX .— De la agudeza sentenciosa........................ D iscurso I I I .— Variedad

3i6 321 3 28 3 38 3 52 362 36 8 377 387 39 3 39 9 4o6 4 13 42 4

431 44 0

448

455

463 4 71 4 79 483 49 3

5 03 5 1o

521

533 547

Í N D I C E

D isc u r so X X X .— De

los dichos h eroicos................................. la agudeza nom inal.............................. D iscurso X X X II .— De la agudeza por paranomasia, retrué­ cano y ju gar del vocablo.......................................................... D isc u r so X X X I I I .— De los ingeniosos equívocos.................. D iscurso X X X ¡V .— De los conceptos por acom odación de verso antiguo, de algún texto o autoridad....................... D isc u r so X X X \r.— De los conceptos por ficció n .................. DISCURSO X X X V I .— De los argum entos con cep tu osos....... D iscurso X X X V II .— De otras maneras de argumentos con­ ceptuosos........................................................................................ D iscurso X X X V III .— De la agudeza por una rara ingeniosa ilación ............................................................................................. D íscurso X X X IX .— De los problemas conceptuosos y cues­ tiones ingeniosas......................................................................... D isc u r so X L .— De la agudeza enigm ática.............................. DISCURSO X L I .— De las respuestas prontas ingeniosas....... D iscurso X I I I .— De la agudeza por contradicción y repug­ nancia en los afectos y sentimientos del án im o............. D isc u r so X L I I I .— De las observaciones sublimes y de las máximas prudenciales.............................................................. D isc u r so XI, IV .— De las suspensiones, dubitaciones y re­ flexiones conceptuosas............................................................. D iscurso X LV .—De la agudeza por desempeño en el hecho D i s c u r s o X L V I .— De la agudeza p or d esem p eñ o en el dicho................................................................................................ D iscurso X L V H .— De las acciones ingeniosas por invención D isc u r so X L V II I .— De la agudeza en ap od os........................ D isc u r so X L I X .— De la agudeza por alusión......................... D isc u r so L .— De otras muchas diferencias de conceptos D isc u r so X X X I .— De

T r atad o

556 559 568 575 583 59o 6 01 609 6 14 6 18 625 629 6 31 63 7 64 4 65 o 65 5 65 7 66 1 666 673

seg u n d o d e l a a g u d eza c o m pu esta

D iscurso L I .— De

la composición de la agudeza en común prim er género de agudeza compuesta D isc u r so L U I — De los com puestos por m etáfora............... D isc u r so L T V — De la acolutia y trabazón de los discursos D iscurso LV .— De la agudeza compuesta, fingida en común D isc u r so L V I .— De la agudeza com puesta fingida en es­ pecial ............................................................................................... DISCURSO L I I .— Del

681 68 7 69 2 69 6 7 o3 711

I N I) I C E

X 1I D isc u r so L V 1L — De

otras especies de agudeza fingida ..... la docta erudición y de las fuentes de que se saca.............................................................................. DISCURSO L I X . — De la ingeniosa aplicación y uso de la erudición noticiosa................................................................... D iscurso L X . — De la perfección del estilo en com ún ...... D isc u r so L X I . — De la variedad de los estilos ........................ D isc u r so L X 1I. — Ideas de hablar b ie n ..................................... D isc u r so L X III. — De las cuatro causas de la agudeza.......

720

D isc u r so LVTJJ. — De

72 6 73 0 73 7 744 750 760

E L CO M U LG A TO RIO

Licencia ............................................................................................... 76 7 A la Excelentísima Señora doña Elvira Ponce de León.... 768 Al le cto r .............................................................................................. 769 p r im e r a . — De la plenitud de gracia con que la Madre de Dios fue prevenida para hospedar al Verbo E te rn o ............................................................................................. 77 1

M e d it a c ió n

M w i t a c i ó n I I . — Del

convite del hijo pródigo, aplicado a

la C om unión ................................................................................ M ed ita c ió n III. — Para comulgar con la intención del cen­ turión .............................................................................................. M e d it a c ió n IV . — Para com ulgar con la fe de la cananea M e d it a c ió n V.— Del Maná, representación de este Sacra­ m ento.............................................................................................. M e d it a c ió n VI. — Para com ulgar con la devoción de Za­ queo ................................................................................................. M e d it a c ió n V IL — Para com ulgar con la confianza de la mujer que tocó la orla de la vestidura deCristo .............. M e d it a c ió n V IH . — De la entrada del Arca del Testamen­ to en casa de O bededón, y cóm o la llenó de bendi­ ciones .............................................................................................. Me d it a c ió n I X . — Para llegar a com ulgar con el encogi­ miento de San P e d ro ................................................................ M e d it a c ió n X . — Para

774 776 778 78 0 782 78 4

787 789

recibir al Señor con las diligencias

de Marta y las finezas de M aría............................................ 79 2 banquete de José a susherm anos 79 4 M e d it a c ió n X II. — Para recibir al Señor con la humildad

M e d it a c ió n X I . — Del

í N D I C E

del publicarlo............................................................................... la m agnificencia con que edificó Salom ón el Tem plo, y el aparato con que le dedicó, aplicado a la C om unión.......................................................... M e d i t a c i ó n XI\?.— De la fuente de aguas vivas que abrió el Señor en el corazón de la samaritana, aplicada a la Sagrada C om unión................................................................... M e d it a c ió n XV. — Para com ulgar con la reverencia de los serafines del trono de Dios..................................................... M e d i t a c i ó n X V I. — Para com ulgar com o en convite des­ cubierto........................................................................................... M e d i t a c i ó n X V II. — Para recibir al Señor con el deseo y gozo del santo viejo Simeón.................................................. M e d it a c ió n XVIII.— Para recibir al Señor con las tres salas del alm a.......................................................................................... M e d it a c ió n X IX . — Del convite de los cinco panes, aplica­ do a la Sagrada C om unión..................................................... Meditación X X . — Del panal de Sansón aplicado al Sacra­ m en to.............................................................................................. M e d ita c ió n X X I. — Del convite de Simón leproso y peniten­ cia de la Magdalena, aplicado a la Sagrada Comunión M e d i t a c i ó n X X II. — De la oveja perdida y hallada, regala­ da con el Pan del Cielo............................................................ A I e d it a c ió n X X III . — De la mala preparación del que fue echado del convite..................................................................... M e d it a c ió n X X IV . — De la dicha de Misiboset, sentado a la mesa real, aplicado a la Com unión..................................... M e d i t a c i ó n X X V . — De cóm o dio gracias el amado discí­ pulo, recostado en el pecho de su Maestro..................... M e d i t a c i ó n X X V I. — Del convite del rey A su ero................... M e d h a c i ó n X X V II. — Para llegar a recibir al Señor adorán­ dole con los tres Reyes y ofreciéndole sus d o n es.......... M e d i t a c i ó n XXVIII.— C arean d o la grandeza del Señor con tu vileza.................................................................................. M e d h a c i ó n XXIX.— De la gran Cena, aplicada a la Sagrada C om un ión ..................................................................................... M e d i t a c i ó n X X X . — Para recibir al Señor com o tesoro es­ condido en el Sacram ento......................................................

XIII

79 7

M e d i t a c i ó n X I II. — De

79 9

80 1 804 806 8 08 811 8is 815 8i7 8 19 822 8 24 827 8 29 831 833 8 35 837

X I V

M e d it a c ió n

Í N DI C E

XXXI.— Para llegar a la Comunión con el fer­

vor de los dos ciegos que alumbró el S e ñ o r................... XXXII.— Para recibir al Señor del modo que fue hospedado en casa de Zacarías..................................... M e d i t a c i ó n XXXIII.— De cóm o 110 halló en Belén dónde ser hospedado el Niño Dios, aplicado a la Com unión M e d it a c ió n XXXIV.— Recibiendo el Santísimo Sacramento com o grano de trigo sembrado en tu p ech o .................. M e d h a c i ó n XXXV.— Para recibir el Niño Jesús, desterrado al Egipto de tu corazón ............................................................ M e d i t a c i ó n XXXVI.— Del convite de las bodas de Caná, aplicado a la C om u n ión..........................................................

8 39

M ed ita c ió n

M ed ita c ió n

8 44 8 47 8 49 8 51

XXXVII.— Para recibir al Niño Jesús perdido

y hallado en el tem plo.............................................................. M e d i t a c i ó n X X XV I I I . — Del convite en que sirvieron los ángeles al Señor en el desierto, aplicado al Sacramento M e d i t a c i ó n XXXIX.— Para recibir al Señor con el triunfo de las palmas................................................................................ M e d it a c ió n X I ,.— Caréase la buena disposición de Juan y la mala de Judas en la Cena del Señor.............................. M e d i t a c i ó n XLI.— Para comulgar en algún paso de la Sa­ grada Pasión................................................................................. M e d i t a c i ó n XLII.— Para comulgar con la licencia de san­ to Tomás, de tocar el costado de C risto............................ M e d i t a c i ó n X LIII .— Del convite de los dos discípulos de Emaús, para recibir al Señor como Peregrino ............... M e d i t a c i ó n XI,IV. — Para recibir al Señor con la M agda­ lena, com o a H ortelano de tu alm a.................................... M e d ít a c ió n

8 42

854 856 858 8 60 8 62 8 65 867 8 70

XLV.—Para recibir al Señor como Rey, Esposo,

Médico, Capitán, Juez, Pastor y M aestro........................... XLVl.— Para recibir al Señor com o a tu Cria­ dor, Redentor y Glorificador y único Bienhechor tuyo Meditación XLVII.— Para comulgar en todas las festivida­ des del S eñ or............................................................................... M e d i t a c i ó n XLVIII.— Para com ulgar en las festividades d elo sS a n to s.................................................................................

8 72

M ed ita c ió n

M ed ita c ió n

8 75 877 8 79

XLIX.— Recopilación de otras muchas medi­

taciones ..........................................................................................

881

Í N D I C E

XV

Meditación L .— Para recibir el Santísimo Sacramento por viático..............................................................................................

88 3

ESCRITO S M ENO RES

Cartas I .— A don Francisco Andrés de U ztarroz.............................. II .— Sin d irección ............................................................................ III .— Sin d ire cció n .......................................................................... TV.— A un jesuita de M adrid....................................................... V.— A un jesuita de M adrid......................................................... VI.— Sin dirección........................................................................... VII.— A don Francisco Andrés de U ztarroz.......................... VIII.— A un jesuita de M adrid.................................................... IX .— A don Francisco Andrés de Uztarroz.......................... X.— A don Francisco Andrés de U ztarroz............................ XI.— A don Francisco Andrés de U ztarroz............................ X II.— A don Francisco Andrés de U ztarroz.......................... X III.— A don Francisco Andrés de U ztarroz........................ XIV.— A don Francisco Andrés de U ztarroz......................... XV.— A Lastanosa........................................................................... XVI.— A Lastanosa........................................................................... XVII.— A Lastanosa......................................................................... XVIII.— Carta del canónigo don Manuel de Salinas a Gracián ....................................................................................................... Respuesta de G racián a don M anuel de Salinas desde Zaragoza......................................................................................... XIX.— A Lastanosa................................................................. XX.— A Lastanosa...................................... .................................... XXI.— A Lastanosa.......................................................................... XXII.— A don Francisco de la Torre y Sevil.......................... XXIII.— A don Francisco de la Torre y Sevil........................ XXIV.— A Lastanosa........................................................................

88 9 89 0 89 1 89 3 89 7 89 7 89 9 900 908 909 9io 9 11 9 12 9 13 9 13 914 9 14 9 15 920 924 924 924 92 5 929 932

Otros escritos D edicatoria de Baltasar Gracián, que figura al frente de la obra P redicación Fructuosa, del P. P ed ro Je ró n im o C ontinen te.................................................................................... 9 3 3 A probación de Baltasar G racián a la Corona eterna del

X V 1

Í N D I C E

P. Manuel Ortigas.................................................................... Aprobación de Lorenzo Gracián para el Entretenimiento de las Musas de Feniso de la T o rre..................................... Aprobación de Lorenzo Gracián para la Vida de Santa Isabel, Infanta de Hungría, de Fabio Clym ente................ Aprobación de Lorenzo Gracián a L a Perla. Proverbios mo­ rales de Alonso de Barros...................................................... Profesión de cuatro votos del P. Baltasar G racián ............. Anua de la Casa de Probación de la Compañía de Jesús de Tarragona............................................................................

934

934 935 936 937 938

INTRODUCCIÓN

Baltasar Gracián publica todas sus obras en la veintena de años que va de 1537 a 1557. Pasaba de los treinta y cinco, pues, cuan d o se d ecide a d ar su p rim er libro a estam pa. Quiérese decir con ello que no era el autor un joven cuando opta por dar trabajo a las prensas: el paso hubo de llegar tras larga meditación, y no era más que el com ienzo de una firme: voluntad de perm anecer en la literatura que le acom pañará hasta el final de su vida. Firmeza aragonesa que le ha de acarrear no pocos disgus­ tos, debidos casi siempre a lo que fue norm a en él: ignorar los trámites preceptivos para obtener las aprobaciones nece­ sarias de la Com pañía de Jesús para cualquier libro escrito por uno de sus miembros. Firm eza que se ve también en una concepción del tratado que le va acom pañar siempre: Gra­ cián sabe que algunos autores escriben los libros más para ejercitar los brazos que el ingenio, que más obran quintas esencias que fárragos. Quizá por ello, todos sus tratados son obras breves y se imprimen en pequeño tam año (excepto la segunda versión de la Agudeza): lo bueno, si breve, dos veces bueno. En esos veinte años, Gracián publica varios tratados m ora­ les y políticos ( El Héroe, El Político, El Discreto y el Oráculo ma­ nual y arte de prudencia), uno de estética literaria ( Agudeza y arte de ingenió), una novela (El Criticón) y un libro de devo­ ción (El Comulgatorio). Su actividad literaria no term ina ahí: cartas, necrologías y aprobaciones para libros ajenos consu­ m ieron parte de sus ocios. Hay ciertas obras sólo conocidas p or sus títulos: es el caso de El Galante y los Avisos al Varón Atenlo que Lastanosa anunció en los preliminares de EIDiscre-

XVI II

I N T R O D l) (.: C I Ó N

to; o de El Ministro Real del que da noticia Uztarroz en la cen­ sura de El Político y que se ha querido identificar con El Discre­ to. Tampoco se sabe si llegó a escribir otra obra de reflexión, De la preciosa muerte del justo, que prometía el mismo Gracián al dirigirse «Al lector» en E l Comulgatorio. Se le ha atribuido también algún que otro poema o prólogo, y cierta obrilla me­ nor sobre la conquista de Lérida, aunque no se ha podido demostrar con seguridad su autoría.

EL H ÉR O E

En ] 637 aparece en Huesca la primera edición de El Héroe, a nom bre de «Lorenzo Gracián, infanzón». Aunque quizá hubo dos ediciones ese mismo año, ninguna de ellas ha llega­ do hasta nosotros. El aragonés dedicó este su primer libro a su amigo y mecenas don Vincencio Ju an de Lastanosa, quien a su vez se lo ofreció al rey Felipe IV. El manuscrito autógrafo de Gracián también lleva una dedicatoria del autor al monar­ ca que desapareció en las ediciones, sin que podamos dar cuenta cabal de las razones que motivaron su supresión, so­ bre todo porque el ju icio regio sobre la obra no fue en abso­ luto peyorativo: «Es muy donoso este brinquiño; asegúraos que contiene cosas grandes.» El texto que conocemos de este libro es el de la edición de 1639 (Madrid, Diego Díaz), así como el de un manuscrito, autógrafo graciano, que se separa en bastantes casos de la versión impresa, pero cuyo estudio es útil por cuanto mues­ tra a las claras una voluntad de estilo y una conciencia crea­ dora decididas ya desde el prim er m om ento creativo del aragonés. No conviene entender que el modelo de héroe que propo­ ne Gracián es el que corresponde al sentido actual de esa pa­ labra. Quizá en su origen, el sacerdote pensó en ese carácter híbrido, mezcla de dios y hombre, que caracterizaba a este personaje en la literatura antigua. Pero es el mismo autor

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quien expone el programa completo de su personaje en la advertencia «Al lector»: Emprendo form ar con un libro enano un varón gigante, y con breves períodos, inmortales hechos: sacar un varón máximo, esto es, milagro en perfección. [...] una no política, ni aun económi­ ca, sino una razón de estado de ti mismo, una brújula de ma­ rear a la excelencia, una arle de ser ínclito con pocas reglas de discreción. El Héroe se divide en veinte «primores». Con esa denomina­ ción (primor e quivale a ‘excelencia’), Gracián evita la tradi­ cional división en capítulos y va exponiendo en cada uno de ellos las prendas o excelencias que deben acompañar al mo­ delo que presenta, ejemplificando con multitud de persona­ jes procedentes de los ámbitos más variados. De ser posible la distinción, las prendas más importantes tienen que ver con la eminencia, ser el primero (pr. VI y VII), la fortuna (X y X I), tres cualidades plausibles — despejo, imperio natural y sim­ patía— (XIII-XV) y las relacionadas con el alcance de la vir­ tud (X X ). Las fuentes son variadas, entre las que cabe destacar el Plu­ tarco de los Apotegmas y los Detti memorabili de personaggi illustri del Botero (Turín, 1608); pero el modelo más influyente en el diseño es sin duda la traducción de Francisco de Barreda de El Panegírico de Trajano de Plinio el Joven, que apareció en 1622 con el título de El mejor príncipe, Trajano Augusto. Que Plinio fue modelo estilístico de Gracián no admite discusión (véase Agudeza, VI, X I, XV...), y que Gracián imita de alguna manera a Barreda, tampoco, ya que los diez discursos de este último tocan cada uno de ellos dos valores políticos, lo que hace un total de veinte, que vienen a coincidir con los primo­ res gracianos. La diferencia estriba en que, frente al modelo único de Plinio y Barreda, Gracián multiplica los ejemplos imitables, como queda dicho. De la exposición de prendas se desgajan varias consecuen­ cias importantes: el ideal de héroe moderno propuesto por el jesuíta es en buena medida inalcanzable; quizá por ello,

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Gracián irá aquilatando ese héroe genérico en tratados pos­ teriores: el Político, el Discreto, el Agudo, el Ingenioso, el Juicioso, etc. Los temas que conform an la red conceptual graciana apuntan ya en su primer libro.

F.I. PO L ÍT IC O DON FERN AN DO E L C A TÓ LIC O

El Político don Fernando el Católico ve la luz por primera vez, a nom bre de Lorenzo Gracián, en las prensas zaragozanas de Diego Dormer en 1640, aunque el texto que se imprimía habitualmente era el de la segunda (ffuesca, Ju an Nogués, 1646), dado que no se conocían ejemplares de la primera hasta que en 1958 don Eugenio Asensio dio las primeras no­ ticias de uno de ellos. Gracián escribe ahora un panegírico, siguiendo el modelo de Plinio el Joven. Aunque lo presenta no tanto como cuerpo de la historia de Fernando «cuanto alma de su política; no narración de sus hazañas, discurso sí de sus aciertos», parece claro que El Político es una apología de la persona y obras del Rey Católico, cuya figura venía siendo reivindicada positiva­ mente desde los dos últimos tomos de los Anales de la Corona de Aragón de Je ró n im o Zurita: tanto el librito de Gracián como la Razón de estado e Idea de un príncipe político cristiano de Saavedra Fajardo son fruto de esa corriente vindicativa. Si se tiene en cuenta la situación del m om ento (subleva­ ción de Cataluña y de Portugal), la intencionalidad política es evidente: presentar al m onarca aragonés como modelo de excelencia frente a la aberrante política de los moder­ nos, especialmente la de Felipe IV y su valido el Conde-Du­ que de Olivares. Gracián se sirve aquí de un gran número de personajes históricos, antiguos (César, Rómulo, Semíramis, Trajano) o modernos (Carlos V, Francisco I de Francia, Felipe II), que sirven como crisol para engalanar la imagen del Fernando gracianesco, por contraste o por afirmación. De ahí que la sustancia narrativa sea escasa, especialmente

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si se tiene en cuenta que todo el contenido de la obra se anuncia desde el comienzo, sin que quede posibilidad de que el interés del lector pueda aumentar a medida que van corriendo las páginas. Esto ha llevado en algunos momen­ tos a infravalorar la apología del m onarca aragonés realiza­ da por el jesuita. No obstante, Gracián nunca dejó de apreciar su pequeña «Política», que así la llamará en el «Museo del Discreto» de El Criticón (II, iv). Allí mismo la sitúa a la estela de la República platónica y de otros tratados políticos modernos, como El príncipe de Maquiavelo o la Razón de Estado de Botero. Y es que El Político supone un paso más en la carrera literaria de Gracián: si en El Héroe había diseñado las prendas ideales que debían ornar ese modelo moral de carácter abstracto, ahora busca la concreción en la persona de Fernando el Católico. La «razón de estado de ti mismo» de su primera obra pasa a ser aquí la del monarca Católico: Opongo un rey a todos los pasados; propongo un rey a iodos los venideros: don Fernando el Católico, aquel gran maestro del arte de reinar, el oráculo mayor de la razón de estado. Esa continuidad con El Héroe se aprecia incluso en el plano tipográfico: los dos responden al mismo tamaño, incluso a la misma caja de edición, aunque el primer libro aparece dividi­ do en primores y el segundo no tiene más divisiones que el punto y aparte.

E L D ISCRETO

En 1646 Gracián vuelve a confiar a las prensas oscenses de Juan Nogués un nuevo tratadito, El Discreto, que se publicará una vez más a nombre de Lorenzo Gracián. A buen seguro no ha empleado seis años en este libro, ya que en 1642 publi­ caba la primera versión de la Agudeza (véase más abajo) y par­

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te de aquel trabajo se refleja en la redacción de su nueva obra. El Discreto continúa la serie de El Héroe y El Político, incluso en el tamaño y tipografía, pero con variaciones importantes. En cuanto al contenido, el protagonista ya no es un ente de excepción, como ocurría en la primera de sus obras, sino un caballero com pleto, inteligente, con buenos m odales: un prudente hombre de mundo, en definitiva. Diríase que es el héroe que ha cambiado la cour por el salón y precisa un co­ nocimiento profundo de reglas que le permitan evolucionar en él con soltura. Si las dos obras primeras tendían a ser mo­ delos político-morales abstractos o concretos, aquí se trata de ofrecer paradigmas personales del grande hombre, ya sea en sus variantes de hombre de estado, capitán o soberano. La estructura se asemeja más a la de El Héroe que a la de El Político. Si en su primer libro los capítulos recibían el nombre de «primores», aquí serán «realces». Es evidente que la deno­ minación viene impuesta por el gusto barroco de la época, pero no es solamente una concesión. Si los primores tenían que ver con la excelencia, los realces tienden a elevar la per­ sonalidad, a dar lustre, magnanimidad. Esto corresponde con los diferentes destinatarios de la obra: el rey en el primer caso (al menos al principio) y el príncipe Baltasar Carlos en este último. En el realce, además, el juego verbal y la semánti­ ca se alian, ya que «realce» indica elevación, pero también tiene que ver con «real», como corresponderá en un futuro al príncipe Baltasar. Si en E l Héroe eran veinte los primores, aquí son veinticinco los realces: elogio, discurso académico, alegoría, memorial, razonamiento, crisis, cartas (3), diálogos (2), sátiras (4), enco­ mio, apólogo, invectiva, problema, ficción heroica, apología, emblema, fábula y panegiris, más uno final titulado «Culta re­ partición de la vida de un discreto». Es precisamente esa va­ riedad la que ha llevado a plantear la falta de organización de la obra. Se ha supuesto que algunos de los realces correspon­ den a disertaciones leídas por el autor en distintos momentos en alguna de las Academias literarias de la época, y que la uni­ dad sólo viene asegurada por su inclusión en el mismo libro.

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Sin embargo, y en descargo de Gracián, conviene recordar que llevaba tiempo barajando una multitud de formas litera­ rias para su Agudeza y Arte de Ingenio, donde dirá: «una misma verdad puede vestirse de muchas maneras», y a ellas corres­ ponderían las múltiples formas de El Discreto. Por otra parte, y pese a la innegable heterogeneidad de los materiales, Gra­ cián incluye un último capítulo («Culta repartición de la vida de un discreto») que viene a ser una especie de resumen de todo lo anterior. No me es posible detenerme en los paradigmas de discre­ ción de la época áurea (en El Cortesano de Castiglione, los Gu­ íateos — el de Giovanni della Casa y la adaptación española de Lucas Gracián Dantisco— o el Diálogo de la discreción de Dainasio de Frías). Baste con decir que nuestro Gracián es deu­ dor sin duda de esa tradición, aunque abandona los rasgos externos de discreción en favor de otros internos: el buen na­ tural o genio, y el ingenio excelente, reglas ambas de pru­ dencia que configuran el «arte de entendidos» que es El, Discreto. Y si los realces y características de esta obra recuerdan otras anteriores de Gracián, también anticipan de forma cla­ ra El Criticón', la crisis aparece ya como título de uno de los ca­ pítulos; en el diálogo entre el autor y Uztarroz está el germen de algunas de las invenciones del relato (el zahori o adivino y la reforma de los proverbios); en el realce final aparece la di­ visión en cuatro estaciones que informa la estructura externa de E l Criticón.

O R Á C U LO MANUAL Y A RTE DE PRU D EN CIA

Como en la mayoría de los casos anteriores, Gracián otor­ ga su confianza de nuevo a Ju an Nogués, y en 1647 sale de aquellas prensas oscenses el Oráculo m anual y arte de pru ­ dencia, como «sacada de los aforismos que se discurren en las obras de Lorenzo Gracián». Si ya la firma con pseudónimo o

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identidad falsa fue siempre dificultosa, en este caso los pro­ blem as aum entan, porque ese encabezam iento ha hecho pensar que el propio Gracián no era el autor real de la obra. Puestos a buscar otro, nada más esperable que pensar en don Vincencio Ju an de Lastanosa, el mecenas y gran amigo del autor, a quien se debe además la dedicatoria del Oráculo a don Luis Méndez de Haro: a él se le atribuyó durante algún tiempo la labor de recogida y poda que supuestamente dio origen al texto graciano. Hoy se da por seguro que fue Gracián el padre del Oráculo, atendiendo sobre todo a los siguientes datos: el estilo es el típico de Gracián; en ninguna parte de la obra se dice que fuese Lastanosa el colector o redactor; el hecho de que lo pu­ blique el m ecenas 110 tiene mayor importancia, porque lo mismo había sucedido con El Político o El Discreto y nadie dudó de su autenticidad; en 1648, al frente de la Agudeza y Arte de Ingenio, Gracián reconoce haber escrito un «Arte de prudencia» que sólo puede ser el Oráculo-, y lo mismo sucede en 1655, en la Dedicatoria de El Comulgatorio, donde lo llama por su nombre sin rodeo alguno. Aún hay más: parece que ni la Dedicatoria ni el Prefacio del Oráculo son de Lastanosa, y que el colocarlos a su nombre no es más que un subterfugio para librarse de los molestos problemas con la Compañía, al igual que ya habían hecho antes. El nuevo libro consta de trescientos aforismos con comen­ tario que resisten todo intento de clasificación o sistematiza­ ción. Su único vínculo parece ser el del número redondo que los agrupa (3 X 100), y que contaba con una buena tradi­ ción en los tratados sobre números escritos por varios Padres de la Iglesia e incluso en la literatura romance (recuérdense Las trescientas de Juan de Mena). Se ha sugerido en más de una ocasión que la totalidad de los pequeños capítulos sentenciosos proceden de escritos an­ tiguos o en preparación de Gracián, impresión que aumenta al comprobar que algunos de los aforismos coinciden con tí­ tulos de primores o realces de obras anteriores. Tampoco es cierto, porque sólo setenta y dos encuentran allí su origen, de los cuales solamente es copia literal, y otros veintiuno tie­

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nen una redacción cercana. El resto hasta los setenta y dos agregan nuevos contenidos además de haber sido reescritos para el nuevo libro. Si a ello se añade que doscientos veintio­ cho son de origen desconocido, parece que no existe ningún inconveniente para ver en el Oráculo un nuevo libro del jesuí­ ta aragonés. En él, Gracián muda de género. Se acoge ahora a una tra­ dición antiquísima, que arranca de los Apotegmas de Plutarco, y que contará en los siglos xvi y xvn con cultivadores de la ta­ lla de Erasmo o Botero en Europa. En España, Melchor de Santa Cruz y Juan Rufo, por citar sólo otros dos casos, cultiva­ ron también este terreno (la obra de Rufo aparece citada con frecuencia en las de Gracián). No sólo ha variado el género: el destinatario también es nuevo. Aunque va dirigido en principio a don Luis Méndez de Haro, lo cierto es que sus máximas son de aplicación uni­ versal en la moral mundana. Habla el hombre experimenta­ do en la lucha del vivir, que dirige sus consejos tanto al soberano como al hom bre de bajo estado, recorriendo en cualquier caso toda la escala moral, desde el más anárquico y despreocupado hasta el hombre honesto dominado por una verdadera exigencia moral. De ahí, la segunda parte del título, Arte de prudencia, que transparenta el carácter normativo que pretende dar a sus aforismos. Y de ahí, también, la quiebra que se observa con respecto de los libros anteriores, ya por el fracaso áulico de Gracián, ya por evolución sincera de su línea de pensamien­ to, ya por ambos factores. Con todo, es posible observar una cierta hilazón con los tratados primeros, ya que aquí se expo­ ne en alguna manera un nuevo tipo de hombre (al igual que el héroe, el político o el discreto), el prudente, que además de ser hombre de prendas, como los anteriores, añade el des­ engaño, lo que lleva a incluir entre sus cualidades el aviso, la cautela (algo que, en cierto modo, es una deformación del concepto tradicional de la prudencia como virtud). Quizá por ello, el Oráculo es libro de lectura difícil. La quiebra en el pensamiento determinó también un cambio de estilo que notaron desde el mismo momento de su aparición

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los contemporáneos de Gracián: violentas elipsis, el empleo de todas las formas de agudeza e incluso de términos desusa­ dos o con un sentido diametralmente opuesto del usual con­ vierten al Oráculo en «el libro de prosa más conceptista en toda la literatura española».

AGUD EZA Y A RTE DE IN G EN IO

En 1642 se publica en Madrid un libro breve llamado Arte de ingenio, tratado de la agudeza, de nuevo a nombre de Loren­ zo Gracián. Iba dedicado al príncipe Baltasar Carlos y se ex­ plicaban allí «todos los modos y diferencias de conceptos». Seis años después, en 1648, aparece una segunda edición que lleva por título Agudeza y Arte de Ingenio (Huesca, Ju an Nogués). El pequeño libro ha pasado a ser un grueso tomo de casi cuatrocientas páginas y tamaño mayor. Hay, pues, dos redacciones distintas de esta obra del jesuí­ ta. Parece claro que Gracián reescribe en buena medida su obra, a petición de su amigo Lastanosa, para incluir en ella las traducciones romances que de los epigramas de Marcial hiciera el canónigo Salinas (algo de lo que se arrepentirá después, cuando la amistad se rom pa). Al reescribir, el jesuí­ ta aragonés no se limita a copiar sin más su tratadito ante­ rior, sino que am p lifica y glosa por lo g en eral el texto primigenio. Por lo que hace a los discursos, se aprecia que Gracián añade algunos nuevos que no estaban en la primera redacción (por ejemplo, los relativos a la agudeza enigmáti­ ca, a las observaciones sublimes y máximas prudenciales, a las suspensiones y dubitaciones; pero sobre todo los relativos a la erudición y las «Ideas de hablar bien» o teoría de los es­ tilos de la ép oca); coloca otros algo más racionalm ente que en la primera versión; y otros aparecen ahora divididos en dos, tres o cuatro, debido sobre todo al aumento de material (casi siempre, nuevas citas). En cuanto al contenido, puede verse también un crecim iento considerable de reglas y ob­

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servaciones, especialmente las relativas a artificios no anali­ zados en su primer ensayo. Por lo que hace al estilo, hay una cierta tendencia a la brevedad que se percibe incluso en el título, pero que se sacrifica en otros casos ante imperativos distintos, como la m ejor explanación del contenido lógico, la exactitud, o la creación de una figura ingeniosa, aunque esto último es menos frecuente. No resulta fácil entender este tratado de Gracián. La im­ presión general es que le falta la estructura clara que necesi­ ta este tipo de obras. Con todo, la Agudeza y Arte de Ingenio es uno de los textos fundamentales de Gracián y debe ser leído con atención, porque aborda de manera teórica toda una se­ rie de conceptos que vertebra el resto de la obra no religiosa del jesuíta: genio-ingenio, naturaleza-arte, variedad de esti­ los, etc. Por otra parte, la Agudeza tiene carácter de antología de la poesía antigua y moderna. Entre los primeros, y ju n to a Ho­ racio, Virgilio u Ovidio, cabe destacar la presencia de Marcial (al que el Gracián aplica los calificativos más elogiosos de toda su obra) y la lírica del Siglo de Oro: Garcilaso, Góngora, Carrillo Sotomayor, Camoens, Marino... 1.a prosa no está tan representada, aunque se pueden encontrar textos de don Ju an Manuel, Mateo Alemán, y sobre todo los procedentes de obras del tipo Las seiscientas apotegmas de Ju an Rufo. La Agudeza y Arte de Ingenio es entonces, en buena medida, una antología. Toda colección tiene algo de personal, y en ello reside parte de la gracia. Gracián ha escogido para su libro los poemas más marcadam ente religiosos de autores como Marino, Góngora o Lope de Vega, callando la vena amatoria y erótica que alienta en todos ellos. Lo mismo ocu­ rre en la prosa, donde los silencios son, si cabe, más signifi­ cativos: no se cita a Cervantes, pero tampoco EL Buscón de Quevedo, en donde el inmenso derroche de ingenio y agu­ dezas podría dar materia para escribir todo un tratado. Por el contrario, se sirve con cierta asiduidad de un libro de apólo­ gos medieval, El Conde Lucanor, y, entre los contemporáneos, es el Guzmán de Alfarache, con toda la digresión moral entre­ verada, el repertorio preferido por el jesuíta.

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