Gramática Metódica da Língua Portuguesa [44 ed.]

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GRAMÁTICA METÓDICA DA LÍNGUA PORTUGUES

~ N.Cham.

469.5

A447g

1999 - 44.ed.

Autor: Almeida, Napoleão Mendes de Título: Gramática metódica da lingua portuguesa . 1111111111111111IIIIIIIIIIIIIIII IIIII IIII IIII Ex.9 UCDB BC

'i~;~:560

UCDB Biblioteca Pe Félix Zuvnl IU I f'RtNC'IAS A TRABALHOS DO

PROF. NAPOLEÃO MENDES D

llllll llll liill lllll lllll lllll lllll lllll lll1

B1041860 C,HAMÁTICA METÓDICA DA LÍNGUA POR meu colega, disse-me que na universidade daqui, que ele freqüenta, foi indicada a sua gramática como a melhor do Brasil; eu me permito acrescentar que tal juízo pode abranger também Portugal (Caetano Oricchio, J.).

s:

(iRAMÁTICA LATINA: " ... do seu notável trabalho, que acabo de adotar no curso de Línguas Neolatinas e no de Línguas Anglo-Gennânicas da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro" (José Floren tino de Marques Leite). - "Sou professor em dois ginásios, já o foi em seminários, r nunca encontrei - este "nunca" é absolutamente exato - uma clareza tão grande de exposição nem uma tão singela apresentaç1111 do que é essencial na aprendizagem. Com inteira verdade, repito-Ih, que estou aprendendo latim pelo seuHvro, pelo qual tenho verdacl1•1 ra paixão de ensinar, notando, reciprocamente, que os meus al1111111 têm gosto em aprender" {Padre Manuel Albuquerque). CURSO DE PORTUGUES POR CORRESPONDENCIA {De um ex-aluno de Mário Barreto; começou o curso como major em Bagé, e o trrml nou como tenente-coronel em Campo Grande): "O que mais mo menda o Curso de Português por Correspondência é precisamr111 a honestidade de seu diretor, que coloca acima das vantagens ITllllO riais o dever profissional" (General Benjamim Cábelo Bidart). CURSO DE LATIM POR CORRESPONDENCIA: "Não há dinheiro que pague o serviço que o senhor está prestando com suas lições de lallm Sou advogado, conheço vários idiomas, mas, principalmente, sou ltU aluno gratíssimo" (Rui Otávio Domingues). ISBN

85 - 02-003 0 8-9

9 788 502 00 30 88

GRAMÁTICA METÓDICA DA L(NGUA PORTUGUESA 44ª edição

DE ALMEIDA

Esta é a gramática de mais longa vida em toda a história da literatura didática, assim brasileira como portuguesa. Com mais de quinhentos mil exemplares, demonstra a METÓDICA, edição a edição, contínuo empenho do autor •em vê-la sempre atualizada e melhoraâa. Em capítulos diversos, esta edição apresenta alterações que âemonstram o quanto o autor zela pelo aprimoramento do en::;ino ao vernáculo. · Esse esmero de magistério é que vale à METÓDICA o apreço m que é cada vez mais tida, coo demonstra esta referência de illiam H. Russel, professor de línuas da Boston University: "Tenho prazer de contar entre meus liros os mais queridos, um exemlar da sua Gramática Metódica a L. Portuguesa. Este livro já me em ajudado inúmeras vezes; até gora. nunca deixou de me forneer respostas e explicações claras satisfatórias".

PORTUGUESA - Curso completo ULAS - Mais de 5.000 di. Paulo bilíngüe no Brasil, impresso SPONDÊNCIA r. DÊNCIA r.

auto (Brasil)

A ÚNICA És, Napoleão, o mestre da Didática, da Língua Pátria és uma fortaleza. Sabes com segurança majestática casar a utilidade com a beleza. Sabedoria, inteligência e prática colocas com fartura em nossa mesa. É um compêndio sem par tua Gramática Metódica da Língua Portuguesa. Se ela no preço é moderada, é módica, é rica, é singular no conteúdo. As outras são a pinga, a tua a vodca. Gramáticas há muitas - não me iludo. Mas é unicamente na Metódica que acho sempre a resposta para tudo.

José Nogueira da Costa Pouso Alegre, MO

TUDO Gramática da Língua Portuguesa, que a Flor do Lácio acaricia e embala, revela-nos com método e clareza, a maneira escorreita de empregá-la. Resume no seu âmago a inteireza, dividida em capítulos, nos fala de erudição, com rara singeleza; feliz é o estudioso .ao compulsá-la! Do mestre Napoleão, perene e invicto, jamais será igualada em seu mister de inextinguível fôlego inaudito, é tudo o que o pesquisador requer: para solver problemas de linguagem, ou para usar melhor sua roupa�em. Norma de Lourdes R. G. Ribeiro Campinas, SP

TROCADILHANDO

Na GRAMÁTICA nossa ou na LATINA, Máxime em genial DICIONÁRIO, Encontramos lições e comentário: Num estilo tão fácil que fascina. Dissertando a matéria que domina, Ensina, do mais alto ao mais primário Seriado, com exemplo e com sumário, As regras dessa bela disciplina. Longe do circunlóquio trivial, Mostra ser BOM NA PARTE em seu manual. Enobrece o magistério com clareza. Inseriu, no verbete REDAÇÃO, Dedicando ao Ceará, sem restrição, Altíssimos encômios com beleza. João Mendes da Cunha Campina Grande, PB

A llngua é a mais viva expresstJo de nacionalidade. Saber escrever a própria 1/ngua faz parte dos deveres clvicos.

PREFÁCIO

3

PREFÁCIO Antes de mais nada. importa dizer que ensinar Gramútica não é ensinar História íicral. Entre o fato histórico e o fato lingüístico muita diferença há de objeto, de método de exposição e, principalmente, de maneira de aprender. O fato histórico é por si com­ pleto; o fato lingüístico necessita explicação, necessita justificação, necessita exemplos, necessita argüição. O fato histórico impõe-se; a regra gramatical expõe-se. O fato his­ túrico é ouvido. ao passo que no terreno da Gr.imúti,a os fatos são argüidos. são exem­ plificados. O fato histórico carece s (saudadis), Pedro (Pedru), e (i), Paulo (Paulu). O-.: 1.• - É estranho ao português falado no Brasil o a ftchado (â). Nio con• diundo com o nosso sistema de vocalizaçao, é jnjustiflcável exigir que no Brasil se pro• nundc m4r (conjunçio), pdra (prepodç.lo), cdda. 2.ª - A Nomenclatura Gramatical Brnsileir1 omi1iu o timbre ol(Ud,,, que é o de i e de u quando ll()CDluados.

44 - Quanto ao papel da boca e do nariz - É oral (ou p1Jra) a vogal cujo som, proveniente da vibração das cordas vocais, ressou todo nu boca.

Se, na emissão desses sons, desviarmos para as fossas nasais parte do ar expelido pelos pulmões, o que se consegue mediante abaixamento do véu do paladar. obteremos as l'O;:es nasais: an (à), en, in, on e un. Vogal nasal é, portanto, aquela em cuja emissão parle do ar é desviada para as fossas nasais.

45 - Quanto à Intensidade - Quer venha no fim, quer no meio, quer no principio da palavra, é Iônica a \'llgal de sílaba acentuada: pernambuCAno; são àtonas as outras. 46 - Do acima exposto, poderemos enfeixar as vogais no seguinte quadro:

FONmCA - FONEMAS - VOOAJS

(§ 49) 27

- já, airo - (tido exute no BrtUII)

- va~u, tola - irmd, ando

- P', c,u,ca - li. prtto

- saudadn - mtre

•su, durt!o, de três. Na poesia, po,~m. 1rrà o poeta liberdade de desdobrar em duas silabas o decr~nlc: (fenômeno de• nominado diitt!St!, que iignifica di1•is4o), e, vke-~e,sa, íazc:r do crescente uma só silaba (slnlnse - ~ontraçio), ma.s nunca poderá alterar o acc:1110 corrupondcncc ao grupo vo.:álico; c:ircuilo, quer o poeta considere palavra de ~ quer de ,4 silabas, sempre rerà o acrn!(l no 11, e: ruim, qua de 2, quer de 1, sempre oo i. J~ - Se o ditongo decttscente se considera uma únka diaba, o crescente constilui duas silabas; portamo, quando o crescente, que- finalila a palavra, não ê acentuado, com toda a cet1e1.a o a(emo recai na sllaba que o anta:edc, ou !leja, na antepemlllilllll, 1endo 11 p.alana acentuação proparoxítona; logo, ~la ortografia oficial, que manda se acentuem as pala nas proparoxítonas, a silaba que antecede o ditongo crescente átono dt!~•e ser acentuada: côdea, /g~.a. plrimbca, ní,·co, Jlória, ci/ncia. -4~ - Nlo confunda partição silábica(§ 140) com hifeniza,;Ao (§ 139) nem com métrica (§ 1003).

FO~ÉTICA -

FO'.'JEMAS -

VOGAIS

(§ 53) 29

51 - Trltongo é o grupo constituído de uma vogal, acentuada, ladeada de duas outras: fiéis, espic7o, espic,es, especiais, rituais, quais. Scr.i oral ou nas"/ o tri1tmgo conforme se processar sua pronúncia (~ 50).

52 - Hiato denomina-se a afluência seguida de vozes igualmente acentuadas: coone, mooc.a, álcool, caatinga, baú, aí, saída. 53 - O que acima ficou dito se baseia na nomenclatura brasileira. A verdade é que, enquanto em latim, em espanhol e em italiano só se pensa na distinção dos grupos vocálicos após a divisão das vogais em ásperas (esp. fuertes, it. dure) e brandas (csp. débiles, ít. mo//1), em nossa nomenclatura esta divisão quanto à natureza não aparece; dai a razão de fastidiosas listas de grupos vociilicos, terreno incerto, falso. É arti• ficial e forçada cm nosso idioma a aceitação de ditongo. Na realidade - como acontece em latim. cm grego. em alemão e cm outros idiomas, e como indica a etimologia da pala\'ra - o ditongo se constitui de duas vogais que se pronunciam como uma só. Desse artificialismo decorre a dificuldade e quase inutilidade de divisões de ~ruPOs vocálicos. QUESTIONÁRIO -- Quando podem as rngais ser reduiidas? 2 - Que dit da, pronúnd•, p,Ílu. m,i.," 3 - Como te pronunciam as tm vogais pifadas da frue: "PedrO E Paul0''?1• 1

Que é lrll/H) Vf)('ti/iço? S - Quantu esp6cie, h' de grupos vodli«K? Quais slo? 6 - Que t di1on,o? 7 - Que diferença exwe enlre ditongo craccnte e dilonao deCTetoenie? 8 - Que t diirtse'/ 9 - ~ é swrtsr? 10 - Quantas sUaba, há na palavra pitulta? 11 - Responda o mesmo quanto ao vocjbulo ciraiito e ex.plique a, razões do acento. 12 - Quantas silabas ht em pio, Jio e quantas em riu, riu1 Por que1 Pode dar-te o co11,4 -

tràrio? Onde? 13 - Que 6 1ri10ttgo?

14 - Que é hiaro? El.emplos.

(~ Uma letra, allaba ou palavra é pifada quando eterita cem tipos diferentea ou

sublinhada.

CAPÍTULO 1V

CONSOANTES

A) - CLASSIFICAÇÃO 55u 1 - Se, de um lado, as vogais se produzem mediante modificações da boca. as consoantes, por outro. são o produto da interrupção da correnteza de ar expelida pelos pulmões. Enquanto as vogais são produzidas Jfrremente, as consoantes são produzidas ou apertadamente ou explosimmente, isto é, encontram sempre um obstáculo, maior ou menor, à passagem do ar expelido dos pulmões. No ato de desobstruir a passagem do ar, ouve-se o ruido proveniente da sepamção das partes que estavam impedindo a salda do ar, e, logo a seguir, quase concomitantemente, o som de uma vogal, resultante dessa desobstrução. Dai o nome de consoante (com + soante), isto é, som acompanhado de vogal. 56 - As articulações de que resultam os fonemas consoantes podem ser ilimitadas. A mlnima modificação da boca irá alterar a natureza dos fonemas, e o número de tais modificações se multiplicará se os considerarmos produzidos por diversos individues, principalmente se de raças e línguas diferentes. Graficamente, costumam ser reduzidas tais consonãncias aos caracteres gráficos denominados consoantes.

(1) Os claros na numeração dos parigraf. falJo aproximar

por. para

x, dt :

16. XE

paro, ca~. arúcar

li

,

15. VB

bater, berro, bobo t"edo, parecido

p conaoantc) r • (antrc vogala)

(brando) 14. TE

18. LHE 19. NHE

Exe111pk,I

Repraealaçlo pirita

COlltOllbc:lu

J

(entre vopis)

:e

(em casos espcçiais)

rato, carne, carro, honra CITO,

morada

lodo, IQlro Y'OtO,

rista

xarope, cllarq..e ;ero

rosa enmplo

Ili

mo/ltado, oN,o

""

fC/rÂOr,

sonho

S8 - Fácil serâ, do quadro acima, deduzir os defeitos do nosso alfabeto (V. § 36): 1) Letras há que representam consonàncías diversas - r: roda (rroda); caro (caro); s: sol (çol), casa (caza); x: eixo (eirho), se.'(O (sekso). próximo (próssimo), 2) Outra existe que nenhuma consonânci11 represent.1, o/,. 3) Existência de mais de uma letra para representar um.t só consonância: Ih (fi/lro). nh fcunhado). 59 - As nossas consoantes classificam-se: a)

quanto ao modo de articulação, cm:

FON~TlCA. -

f(}'Nl!MAS -

CONSOANlrS -

CL~lFICA.ÇÃO

(§ 59) 33

oc/11.si,•as (duras, explosivas) - quando exigem um prévio fechamento total da correnteza de ar: p, b, t, d, e (duro), q, g (duro), m, n, nh;

constriti••as (continuas) - quando o fechamento não é total. Subdividem-se em:

fricati,•as, se o ar é expelido mediante atrito, íricção: /, (brando), ç, z, x, eh, j, g (brando);

11,

s, e

laterais, se o ar flui entre a llngua e as bochecha~: /, Ih; vibrantes, se concorre vibração da ponta da língua: r (brando), r (forte);

b) quanto ao ponto de articulação, em:

bilabiais - qunndo o íechamento do ar é feito pelos lábios: p, b, m; labi(J(/('lltais - quando feito pelos dentes superiores e labio inferior: /, v;

ling1wde111ais - quando feito pela ponta da língua, presa acima dos incisivos superiores: t, d; afrcolare.r - quando feito pela ponta dn língua ligeiramente encostada no alvéolo dos dentes superiores: n, e, z;

palt1tais - quando feito peta parte anterior da língua ligeiramente encostada no céu da boca: x, eh, g, ), nh, Ih; }'e/ares (guturais) - quando feito pela parte posterior da língua duramente encostada no véu do paladar: e (duro). q. x !duro): ,·) quanto ao papel das cordas vocais, em: .mrdas (fortes, ásperas) - quando as cordas vocais niio vibram: p, t, e (duro), q, s, e, x, eh, r; sa11orm; (brandas, doces) - quando as cordas vocais vibram: b, d. g, m, n. t1h, ,., :. j. /, 1/r;

d) quanto ao papel da hoca e do nariz. cm:

orais - quando o ar é expelido todo pela boca: p. ,. k:

11asais - quando parto do ar é expelida pelo nariz: m. "· nh. Em quodro, assim podemos apresentar as consoanlçs:

!

•oo

l

s

.g

1•

Velares

Palatai:;

Alveolares

Linguodentais

l.abiodc:otm

Bilabiais,

e (duro), q

-.

-

t

-

p

orais

Qaat.•,..elca"'-les._. e - .

i

surdas

1 (duro)

-

-

d

-

b

orais

-

nh

D

-

-

X. eh

s. c:,ç

-

f

-

-

j. '(brando)

-

-

-

-

-

-

orais

surdas

-

lb

1

-

-

-

orais

sonoras

Lltl!nlis

-

-

orais

surdas

-

-

-

r (bnmdo)

-

orais

Sil)OOl'U

v111r.-.

r (fone}. rr

CONSTR ITI\' AS

z. s (brando)

-

V

-

-

m

SODOl'U

orais

surdas

Friathas

oraís

.nasais

sonoras

OCLUSIVAS

eerâslvc:ais

Qaáaopapel._

~

Qlatoaoaodoü

CLASSIFICAÇÃO DAS CONSOANTES PORTUGUESAS

""' "°' ,§

o

~

1

1

1

1

3: ~

'!I

·ºi

~

1

-"' .....

FON'ÉTICA - PONBMAS -

CONSOANTES - OIUOl!M B PllONÔNCIA

(§ 62)

35

Nota - Outros nomes, que aqui são apresentados em ordem alfabética, poderão ser encontrados para indicar as consoantes, mormente cm gramáticas de outros idiomas:

apicais, assim chamados o t, o d, o s e o z; ásperas, que equivalem às surdas; brandas, que equivalem às sonoras; chiantes, assim chamados o j, o g brando, o eh (de palavras como chapéu) e o x (de palavras como xadrez); contínuas, que equivalem às constritivas; dentais. que equivalem às línguodentais; doces, que equivalem às sonoras; duras, que correspondem às oclusivas; explosfra.s, que equivalem às oclusivas; forres, que equivalem às surdas; geminadas, ou dobradas, quando repelidas e seguidas: aSSim, caRRo, faCÇão; g111urais, que equivalem às velares; heterorgânicas, quando não produzidas pelas mesmas partes da boca: o p e o t; homorgânicas, quando produzidas no mesmo lugar da boca: o p e o b; intervocálicas, quando entre vogais: ré-G-io, ltí-C-i-D-o, pe-G-a-D-a (a pronúncia desta palavra é pegáda, com acento tônico na silaba ga); labiais, que equivalem às bilabiais; 1/qüidas, assim chamados o r e o I;

molhadas, assim chamados o Ih e o nh; sibila111es, assim chamados o s, o z e o e brando. B) -

ORIGEM E PR0NúNOA B

62 - O b freqUentemcnte substitui outra bilabial ou uma labiodental, ou por uma delas se permuta em portuguas: suPerbum, soberbo; buBare, bufar; aFricum, ábrego; raPHanum, rábano; duBitare, duvidar; morBum, mormo.

36 (§ 63)

fON~,TICA -

~'ON1'MAS -

CONSOANTFS -

ORIGEM F, PRONÚNCIA

Quando intervocálico, o b latino freqüentes vezes desaparece na

formação popular do português: preBemlam > preenda > pre11da.< 11 O b é le~·emente pronunciado: a) no meio dos ,·ocábulos, quando em grupo com outras consoantes: s11bsld11cia, obcecar, objeto, ab,licllr, abstenção; b) no fim de palavras estrangeiras: Adih, Horeb, Joab; e) na preposição ,rnb.

e 63 - O e pode proceder: l) de outro e: lhro (k/) e quílómetro (km). O k nAo faz pane do abecedário ponugue,; 6 contudo cmprcpdo cm um ou outro vocábulo de nome próprio estrangeiro e cm palavras estrangeiras que

entraram na linJUagcm. Limita-se o 5CU emprego ;i kantismo, kantisra, lcaisui.sta, kainr, Kt'pkr, bp/,rÍOIH), ktplério, XirltJ, Xlel, x;,....., Kummtl, X111tt, Kartkc, BiJmarck, Kiant-Si, Shakt'JpNft . ••

FONÉTICA - FONEMAS - CONSOANTES -

OlllGDU PRONÚNCIA

(§ 73)

39

L

71 - Alem do l originário, outras letras deram l em portuguas: 1) o n: aNim'1m, alma; 2) o r: aRhitrium, a/vítrc; 3) o d: juDicare, julgar; 4) o m: Memorare, lembrar.

O I intervocálico geralmente cai na passagem do latim para o português, quando popularmente derivada a palavra: coelum, céu; saLire, sair; ,,eLum, l'éu. Diferente é o som do I conforme venha colocado antes ou depois · da vogal por ele modificada: /aga, algo. Por isso é que a palavra ma/estar (resultante da junção do advérbio mal ao verbo estar) se pronuncia e se separa silabicamente mul-e.Har e não ma-les-tar, uma vez que o l modific.a a vogal a a ele anteposta.

M

72 - O m só algumas vezes deixa de corresponder ao m originário. Isso acontece no final de certas palavras: soNum, som; boNum, bom; siC, sim; neC, nem. Quando posposto ;\ vogal que ele modifica, o m transforma-se em mero sinal de nasalização: embora ( = êbora), com ( = cõ), tempo (= têpo). Em emoldurar, o m conserva seu valor literal, por estar modificando a vogal que se lhe segue e não a anteposta : e-mol-du-rar; mas cm bem-aventurado o m constitui simples sinal de nasalização, por estar modificando a vogal que o antecede, o e, e não a que se lhe segue, o a; corretamente, assim se pronuncia essa palavra: be-m•enwrado. N 73 - Raríssimos são os casos em que o n deixa de corresponder a um n etimológico: Libellum, nivcl; Mespilum, nêspera. Acontece com o no mesmo que com o m quando modifica a vogal que o antecede: a11te.r ( = ã-tes), entre ( = ê'-tre), onze ( = iJ-ze). Em enumerar, por estar modificando a vogal a ele posposta e não a anteposta, o n conserva seu valor alfabético: e-nrm1erar. No final de certas palavras eruditas o som do n aproxima-se do som alfabético: cóloN, hifeN. Quando tais palavras passam a ser de uso generalizado, geralmente perdem o n final: cacófato em vez de cacó.futoN, léxico

40 (§ 74)

FOSÉTICA -

FONEMAS -

COSSOA!IITl!S -

ORIGEM E PROSÚNCIA

cm vez de léxicoN, germe em vez de gérmeN, espécime em vez de espécimeN, certame em vez de certâmeN. regime cm vez de regímeN, exame e não exámeN.

p

74 - O p tem origem noutro p, com exceção de poucos casos. como cm soprar, do latim suFfl.are. Quando nào pronum.:i.1do. o p inicial nào se t:5'::rcvc: .mimo. tisa,w (e não psalmo. JHiscuw); note-se yuc cm 1i.~a11a o p inicial não cr,1 eS\:rito nem na ortografia misl,1. O mesmo se diga do p medial: exceção, .serembro, ass11nçiio (e não excepção, septembro, assumpção). Escrcvcr-se-ã sempre que for sonoro: oPção, cqncePção, P11e11mo11ia.

Q 75 - É o q proveniente ou de um q (qual de qualem) ou de um e duro (quente de c-dlentem, queda de rnída). O q sempre se liga às vogais por intermédio de um u: este passa a fazer parte integrante do q e não entra na contagem das sílabas. Grande é a confusão que o grupo literal qu traz para a pronúncia de nossas palavras, pois o u ora é pronunciado. ora não, sem nenhuma regra nem critério, tornando-se solução única para cada caso a\'eriguar como a generalidade do povo pronuncia o vocãbulo.

R 76 - Quatro podem ser as origens do r português: 1) um r originário: mar de mare; rei de regem; 2) um l: rouxinol de /usciniolam (de lusrns e canere, que canta no crepúsculo); brando de b/andum; 3) um d: cigarrcl de cicad-c1m; 4) um s: Marselha (cidade da França) de Massiliam. 77 - L e r freqüentemente se permutam. Em certas palavras essa troca já se arraigou: armazém provém de ahnazêm (derivado árabe); alugue/ (pi. aluguéis) emprega-se hoje em vez de aluguer (mais certo e praticamente a única forma usada em Portugal; pi. alugueres); brando tem origem em b/andum.

f'OJ,íÉTICA -

FONEMAS -

OONSOANTf.5 -

OIOGF.M E PRONÚNCIA

(~ 79) 4\

Noutras palavras vemos. ora o r ora o 1: flauta testa é a melhor forma) e frauta; flecha (forma mais usada) e frecha. Em outras. essa troca constitui erro: dcf,uxo por defluxo, e assim endef,uxado, quando o certo é endef/u:11ado (pronuncie "deílusso", "endeílus~do"); ,tesfarcar em vez de desfalcar; muitos exemplos poderia oferecer de palavras que são erradamente pronunciadas pelas crianças, como esta: quê/o em ,·ez de quero.

Rotacismo (rô é o nome do r grego) é o erro que consiste em empregar r em vez de 1: o erro contrário, empregar I em lugar de r. chama-se lambdatismo (lambda é o nome do I grego).

s 78 - O mais das vezes, o s de nos~s palavras corresponde a um s de origem: vaso (latim vasum), peso llatim pen.mm). Sempre que o étimo de uma palavra nossa acusar s, esta consoante deverá ser conservada em português: por isso é que não se justificam certas grafias, como portuguez. inglez. pêzames. apezar etc.; dado o étimo. com s devem ser essas palavras escritas. Temos muitas outras: asa e não aza (do latim ansam); mês e não me: (do latim menseml: pais e não paiz tdo fr. pays); três e não tre: (do latim tres); gá,r (fluido) e não ga; (do lfamengo gces); atrús, atrasar e não atra:. atra:ar (do latim trans); quis e não qui; (do lat. quacsivi); pus. puseste, pôs, pu.,e• mos. puse-stes. pweram e não puz, pu:este etc. (do lat. posuí, posuisti. po.ruit etc.); através (de a + 1ransverse); revés (lat. reverse) e não rc\'e:; ao inver (lat. im·ersus) e n,lo ao im·c: ( 1·e: escrc\'C•se com z. mas nada· de comum tem com estas três últimas palavras). Algumas vezes o s provém de x: en~io (do latim c.uigium), ân.sia (de arufam); outras vezes é rcsuhado da as~imilação da primeira letra de um grupo consonantal: ges.so de gyp.sum; i.~ de ipsum (V.§ 119); pode ainda rcsuhar da alteração do d latino: pre.s.:, de praedm1, 79 - Dois sons tem o s: .sibikmte forte e sibilante /,rondo. A) Tem som sibilante forte, que é o seu som lí!eral, ou seja, correspondente ao que tem no alfabeto:

1) quando inicia palavra: sal, sapato, salto: 2) nas palavras compostas, quando a parte começada com s é usada isoladamente, e então a pala\-·ra se escre\-'e com dois ss: reSSoar (re + soar), reSSecar (re + secar) ;

42 (§ 80)

FONÉTICA - fO!'.'EMAS - OONSOANn:S - ORIGE.\f E PRONÚNCIA

3) quando, no meio de palavras, vem precedido ou seguido de con• soante: consolação, denso, frasco, haste, rapsódia.

B) Tem som 1lbll1nte brando, conseguintemente som acidental, correspondente ao do z: 1) quando se acha entre vogais: bondoso, ara, mesa, casa, pre.ru• mir, re.sumir etc.; 2) nas palavras cujo primeiro elemento ~ trans, visto constituir o n deste prefixo mero sinal de nasaliz:ação: trawoccinico ( = trãso• ceânico), traruigencia (.:: trlsigencia).

80 - Afora esses casos, outros há em que seu som varia; em obSj. quio tem som acidenta] de z, mas em subSfdio, subSistlncia tem som forte de e. O uso é o que nos deve, em tais casos, guiar; assim~ que os da palavra casino, nlo obstante vir entre vogais, tem o som sibilante forte. Quando explicações não houv1me dessa exceção (a pronúncia ca.uino expliC!l·SC pela pronúncia do espanhol, que nos serviu de intermedié.rio dessa palavra, tendo-a recebido do italiano), seria motivo bas• tante para justificá-la o seu uso generalizado; cassino, assim mesmo, com dois u, devem grafar os que seguem o sistema onogràfico oficial. Nota - 'l't,1\;mdo-sc de prefixo 1.crminildo em •• es1e. terá o som de z quAndo se lhe ,cgulr ~·oaal, 01111 valerá dois •• .u to é, terá som forte, quando o ele.mcoto poaposto ao prclixo tiver um a inicial ctimolópco. Em lrQIISoç/So 11011 • porque o segundo elemeo• to c;omcça por vogal; em lr011S1dma11CIIJçlJo IOI de maneira forte porque dois• exi.lltem etimolopcamentc, ou ,cja. porque o segundo elemento tem u.m • etimolóa:ioo, 1 cate que desápareoeu diante do já existente no prefixo (trao.r•.rubtuooaçlo). Outro, c:u:mplo, do primeiro e&10: trao.riajr, traantl!ntioo; do 9CJUndo; tran.rudar, transumír.

T 81 - O t origina-se de outro t: tanto de tantum, terra de ,erram. Conserva-se em certas palavras e locuções latinas usadas em português: deficit, superavit, habitat, occiput. - Etc., abreviação da locução latina et cetera, que quer dizer "e outras coisas", pronuncia-se êd cétera. Nota - Se antes da conjunção e so se emp1 cga vlrgula quando o e não esti I ligar os dois 1crrnos imediatamente contiguos (" Ele disse isso, e outras coisas poderia ter dilo"), ante~ de trc. nào cabe o emprego de vírgula nem de t . NAo hã Stalido em " ... peras, ma· ç;\s e étc." 11cm cm " ... peras, màçãs, etc.". i\~m de ...e outras i:-otsas", pode ,uc. signifkar "e o,nros da nll'-s ma cs~cie'', "e o resto". "e assim por Jian1e", ou seja, pode indicar que outras coisas (e.J(tensiva e a.busi• ,,amcnte out ras pe,soas) q11e podiam ~r mencionada~ devem ser subéntendidas: "Você" poderá encontrar cobras, lagar1os, aranhas etc.''. V. E:1 ai.no D. QVs.

FONÉTICA- FONEMAS- CONSOANTES-ORIGEM E PRONÚNCIA

(§ 83) 43

V

82 - O v pode originar-se: 1) de um v etimológico: vidro de vitrum, vida de vitam, severo de severum; 2) de um r (ou ph): trevo de trifolium ( = tr~ folhas), Cristóvão de Christophorum ("" que transporta Cristo); 3) de um b: governo de gubernum, lh·ro de librum; 4) de um p: escova de scopam (em latim significa vassoura). Há casos em que o v latino, quando intervocálico, desaparece: bovem deu boi. X 83 - O x representa cinco sons:

1) som alfabético, chiante: xadrez, xeque, xenxém, prue, baixo, graxo, vexar, som este que era desconhecido dos romanos. Nol• - Não se confunda a palavra x,que (derh·ado árabe), que indica um Jançc do jogo de udrcz, com ch,qut (derh·ado inslls), que especifica titulo bancârio, ordem de pa1amcn10.

2) som de sibilante forte (ss): sintaxe, trott'(e, axioma; 3) som de sibilante branda (z): exame, existir, execrar, êxul (êzul), cxangue (ezãngue): (V.

4) som de cs: se.\"O, nexo, complexo, intoxicar, sílex, tórax, índex nota do § 223): 5) som de s: texto (têsto), nux (tlus), exceção (esseçAo), fênix (fênis).

Obs. - Conser\'OiMC o x em todos os ci~o caso~ acima vistos; ningué111, pois, ~·à tirar o x de "exceção".

O x português pode provir:

a) dum x ou xs: enxugar de e.xucare ou exrucare ( = tirar o suco): h) da combinação se: mexer de miscere ( = misturar), faixa de fasdam; e) de ums: bexiga de ve.sicam, enxertar de in.sertare, puxar de pulrare, enxabido de insapidum, enxofre de sulphur; d) de dois ss: graxo de cramam ( = espesso, grosso), roxo de rus.reum ( = vermelho carregado); e) do dfgrafo inglas sh: xampu, Xangai, .xerardizar, xerife, xou.

44 (§ 84)

FONÉTICA ·- FONEMAS -

COSSOANTES -

ORIGEM E PRO!s:ÚSC'IA

z 84 - É grande a confusão existente entre o z e o s. Se o s quase sempre corresponde a um " originário. o z. além de r.-quivakr a um z ctimolôgko (zelador de zl!latorcm. zo1.lia1:o de ztx.li:..1.·um 1. pode ter mab 4uatro origem: 1) um e intervocálico: voz de varem, parll o composto tu.mil1-n11rr(i1•,1, cujo plural é guhu e pisa,M~, conquanto antigamente fossem empregados no singular ("Vossa senhoria me dá o JHmTM dos achaques com que \'Í\'O, e juntamente o parabim da enfermidade com que hei de morrer" - V11!1RA), hoje só se empregam no plural. V. D.QVs, Soudad~. Notu: 1~ - Outros substantlvos hà que, nlo obstante: ~·irem na forma plural, co!Llervam o valor SÍD1J1.ilar: AmazOIIIU, AtenaJ, BJJnt01 Airts, Burgos. O subl1aativo Estados Unídos tem forma e valor plural: "01 Estados Unidos fr· - • conslltwm, .uJo. .. " e nlo: "Os Estados Unidos forma, cónslit11i,

2. • - Certos substantivos e~stem que

,e

de mais de uma parte: alforjes, luwu, algmtas,

t ..."

u»rn no plural, por implicarem ld6ia

,·enras, 6culos, andas, bdfrs,

Em Portupl o mesmo fenómeno se opera com as uroulas, as calças e as tewtUas. E&aes substantivos nos faz.cm lembrar o ""'11 greso (§ 213, nota); exigem • concordAnda: Mnu ócvlo.1 sdo bons.

233 - PLURAL DOS NOMES PROPRIOS Em regra, isto é, pelos caraterísticos que os acompanham, os nomes próprios não de,·eriam flexionar-se; entretanto, aplicados como simples nomes comuns, para designar ora homens de qualidades semelhantes, ora pessoas da mesma família, perdem o caráter de nomes próprios, e podem, então, flexionar-se: o.'i Clceros, o.f Aristóteles, os Andrada.s, os Prados. Nota - Neste caso, a não !ledo dos nomn próprios con1titui galicismo, ou melhor, galicismo arcaico, porque o próprio francês já vai introduzindo o plural dos nomes próprios. Se houver a preposi~ão dt, éompona-~c tomo no § 229: o.t Vitiras- dr Con-aihu, sem íh, pode comidrrar-sc 11trn1 .só palavril: os Almeida Prados. Veua há, no entanto, em portuguf:s, em que o plural ee torna imposslvel, ou pela dificil llexio, ou pela defonnaçlo da palavra, ou por 1er o nome de cunho nitidamente eslran,eiro: os Vai, os Wi/Jon, os C/t,Nn imposto jogo miolo olho osso ovo

fosso

poço porco porto posto povo renovo rogo socorro

Note-se que em Portugal os substantivos almoço e pescoço móçoJ" e ~JCÓÇOJ.

tijolo tojo torno tremoço

r~

no plural

af-

oi..: 1.• - Quando tais nomes t~m o feminino aberto (o pôrto, a pórca), o plural do masculino pronuDrm.1I·

ma.sr:11/ino galo

masn1/ino cio

/tmlnino galinha

/tmirtino cadela

8." - Hi. fonnas normais em português provindas de diminutivos de outros idiomas:

ON/ha (de apiculam, dimin. de apis) ow:llia (de OYiculan,, dimin. de orls)

orelha (de a11rír:11Jam, dimin. de m,rls) jantla (de janueJJam, dimin. de jo111uz .. porta) crovtlha (de rlawiculam, dimin, de r:lawt1s = cra~·o, prego) 1°ál-tu/a (de ,altulam, dimin. de:. ,aJ-«i = porta de duas mclades) foln:ho (do espanhol foltd,o, dimin. de folt - bolha na pele; tufo; prega no ve5tido) pr. Por que então o artigo? Por abuw, por intromissão, muiLo frcqilc:ntc cm tai~ casos no nosso idioma e inexistente em outros, como no íng~s, que constrói "Housc of Cbarity", "Palacc uf Justice" (nunca "House of the Charíty·•. "PalllCC or the Justice").

Oi.temos "Palàcio da Justiça•·, sem com isso particularizar a significaç.lo do substantiw jmlir;a. que conserva. na frase. a significação ampla e genérica, a despeito do abu~i\·o arligo. Ainda que 11m.111h;l o uso impla(.-ávd \·enha a . V. DICIONÁRIO OE QUESTÕES VERNÁCU.AS. Ri-, 1ft.

2.• - O emp~go da i:rnsc antes de 411c ficou dito no § 118, R.

hlÍ)

nomes, quando feminino), ba:1eia-~ no

3 - Antes ele nomes que designam criações litcnirias. artísticas: o Guarani, a Vhms de ;\.filo, os Scr,it'J Gramatirni.~. 4 - Qunndo se designam embarcações: nc~tc caso. o gênero seni dado de acordo com o tipo de cmbarcaç:io: se se tratar de navio. scrú us.1do o artigo m.isculíno. se de fragata, o feminino: o P,-i11ccse1 Mafalda (navio), a Almira111e Barroso (fragma).

5 - Antes dos epítetos. agnomcs ou akunhus: José Bonifúcio.

n Moço; Maria, a Louca; Filipe. o Belo. 6 - Em função pronominal. para substituir nome anleriormcntc citado, sempre que se tornar necessário: "Entre a esquadra alemã e 11 ingks:1". A omissão do a grifado Iraria outro sentido :·, expressão. dando-nos a entender uma só csc1uadra. de navios alemães e ingle5es.

7 - Para substantivar palavra~ e fn1scs: o .sim, o começ,1r. o dá ai toma lá.

d,·.

n para.

11

8) É cdc• OMITIDO: 1 -· Em provérbios. máximas e orações scntenciosas: .. Amor com amor se paga•· {e não: " 0 amor ... ") - "Cortt•sia obriga a cortesia" te não: ".-1 cortc~ia .. ,") - ".\locülüde \'Uidosa não chegarú jamai~ à virilidade útil" (e nilo: "A mocidadr ... ") - .. Motnmeiro atento não converfk.1 em serviço.. (e mfo: ··o motorneiro ... ").

MORFOLOGIA -

Alt'flGO

{§ 244) 135

2 - Quando se define a coisa: ·· 801ci11ica é a parte da história natural que ..." - "Gramátirn é a ciência que .. ," (e não: "A botânica é ... " - ·· A gramatica é ..... ). Note-se que nas definições entra o verbo ser (razão por que é em filosofia chamado n~rho suhsta111iro, verbo que define as coisas); não havendo este verbo. não há definição e. portanco. o artigo deve aparecer: "A gramática dfridt•-se em !rê§ partes ..." - "A botânica trata de .. :·. 3 - Nos voca1ivos: "Que quer. lromm,T Se colocássemos o artigo. o sentido da oração ficaria alterado: ··Que quer o homem?" 4 - Antes dos pronomes de tratamento começados por possessivos: sua .re11horia, i·osst1 majestade etc, É isso sinal de que tais ex.pressões não podem vir precc.rtantivado1 Cons1rua uma oração com adjcitivo neuas rondições. 3 - Que 6 std,11an1iw, adfati-1o? Construa um■ ora~ com substantivo nessas condições. ◄ "Um perreiro moço" - "Um moço guerreiro": Nessas fnses, qual o 1ubstan• ti\'O e qual o adjetivo? S - Entre adjeth·o t!xpllcatiw e rtslritiw, qual a diferença? 6 - Que aio adjttiw,s pátrios? Exemplos.

-

142 (§ 251)

MORFOLOOIA -

ADJETIVO -

CLASSlflCAÇÃO

7 - Qual, llo o, adjeliV05 pAlriot de B,a,1/, ChlM, JwUla e l'o/6nla? 8 - Explique. com cicmplos .eus. o que f,cou eacrilo n1 nota J do§ 249. 9adj,tira? E>emplos. 10 - Quanlo i íormaçio, oomo pode ser o adjetivo? Exemplos,

Que~'°""""

• Caros na numeraçlo dos parqraros ihn por nm pouibililar em futuras edições alaum 1cr~lmo que se 1ome neaslArio.

CAPÍTULO XV

FLEXÃO DO ADJETIVO*

255 - Os adjetivos, assim como os substanti,·os, nexionam-se de três maneiras: a) quanto ao gênero b) quanto ao número e) quanto ao grau . Se em certas lfnguas, como, por exemplo, no i111lês, o adjetivo tem uma única íorma, invariável, quer o substantivo seja masculino ou feminino, quer singular ou plural, em português o adjetivo se ílex.iona de acordo com o gênero e com o número do substantivo a que se refere. Sobre as regras desses dois tipos de flexão do adjetivo pouco há que dizer, vis10 serem quase idfnticas às ttaru dos subslanllvos. Veremos, apenas, certas normas, ponderações e cuidados que esses dois tipos de llcxão requerem.

Flexão genirica 256 - Os adjetivos terminados em eu fazem o feminino em éia: maSt:ulino llcÍso fixar que os adjetivos slio modificados por adverbios. classe de palavras que nào varia; conseguintemente, quando a pal.1vm meio modifica adjetivo. nào pode variar nem cm gênero nem em número: "Ela c~til mC'ifJ doente•· - "As portas estão meio abertas" "Maria ficou meio tonta". ~ot•s: t.• - Quando mâ significa md,-.ie de u1t1, é numernl, e. então. dc~-er.i t."t111cordar com o 5U~tamivo a que se refere: --25 meio iram. indir p.1ra 1)

;.H.1r(.,, .. ··

330 - Antes de nomes que indicam parte.f ,Ju corpo ou faculdades

do e.vpírilO, omite-se comumente o possessivo. quando se trata de partes do corpo ou faculdades do espírito referentes ao próprio sujeito da oração: "Quebrei a perna .. - e nào "Quebrei a minha perna": ··Pedro machucou o pé" - e não "Pedro machucou o seu pé"; "Ele perdeu o juízo" - e não: --EJe perdeu o seu juízo". ~oi■

- Igual cuidado de\tmos ter com a paló!,-ra a,.,a n~ acepção de moradia.

/,ir. rc'sülén.-ia: "Vim de: casa .. - e: não: "Vim de minh.1 casa··; "Ele j:i l>aÍU de casa·· - e n:lo: " Ele jâ s.11u de .11,) pelas ,·a• riações pronominais obliquas com força possessi\·a (me, te, IM, nos, 1·0J). emprego esse que cooi.ülui um dos mais lindos ornamen1os e torneios plásticos do porcugue-s, cm que .i nos~ língua supre, com rara habilidade, a c.irência de pronome CtjUipolentc do tn fran~-ts 011 do ne italiano ( = dele, dela): "As làgrimas que corriam de st'Wr olhos" (Lcs l.irmes tjUi coulaicnt de us )'CUii.), cm Ye1. do correto: "As l.i1rimu que lhe corriam dos olho\" .. "Pedro abusou de minha confi•nça" \Pierre a abusé de nM confiancc), em \'CZ do correto; '"Pedro abusou-me da confiança" etc. ; (') for possivel subMituir o pos• S