Gramática Grega [2ª Edição de 1997, 2ª Tiragem de 2001] 8533606181


153 42 9MB

Portuguese Pages [295] Year 2001

Report DMCA / Copyright

DOWNLOAD PDF FILE

Table of contents :
GRAMÁTICA GREGA
ÍNDICE
MORFOLOGIA
Noções preliminares
Declinações
Declinação dos adjetivos
Comparativos e superlativos
Pronomes
Numerais
Verbos
Adjetivos verbais
Advérbios
Preposições1
Conjunções
Interjeições
MODIFICAÇÕES FONÉTICAS
APÊNDICE À MORFOLOGIA
SINTAXE
Sujeito
Regras de concordância
Emprego do artigo
Complementos circunstanciais
Construção dos adjetivos
Partitivo
Comparativo e superlativo
Construção dos verbos transitivos
Construção dos advérbios
Preposições
Interjeições
Tempos e modos na oração principal
Uso dos modos nas orações subordinadas
Particípio
Adjetivo verbal
DIALETOS GREGOS
APÊNDICES
ÍNDICE ALFABÉTICO
Recommend Papers

Gramática Grega [2ª Edição de 1997, 2ª Tiragem de 2001]
 8533606181

  • 0 0 0
  • Like this paper and download? You can publish your own PDF file online for free in a few minutes! Sign Up
File loading please wait...
Citation preview

GRAMÁTICA GREGA Antônio Freire, S .J

Martins Fontes Sõo Paulo 2001

Ct>p\n(hr C /«Λ7. Ln rana \taivns Fonivs Εώη>ια Lhi>i. S./11 Paulo, pura a ptcwnic Ctl\ào

I*edição ahnl de /Wf7

2* edição nhiiu de /V97

2* tiragem iimho de 2001

Adaptação para a edição brasileira e acompanhamento da produção gráfica

Gilum Ccuir Cardoso de S*>u:a Produção gráfica

GeralJu Alves Composição

Osssaldo l oívihIív Arte-final

Mouvir Kuisiimi Matsnsali Capa

Kalia Hanoiit Tcrauiku

Dados lnlernadonafa de Catalogação na PubBcaçáo (O P) teim ara Braòkira do L íit u , SP, Brasfl)

Freire. Antônio Gramática grega / Antônio Freire. - São Paulo : Martins Fon­ tes. 1997. ISBN 85-336-0618-1 I. Gramática comparada c geral 2. Grego - Gramática I. Titulo. II Série. 97-1452

CDD-485 Índices para catálogo sistemático:

I. Gramática : Grego : Lingüísika 485

Tinias o s direitos desta edição resen udos. conforme acordo com Livraria Apostolado de Imprensa - Porto, à Livraria Martins Fontes Editora Ltda.

Riu Conselheiro Ranudho. 3MV340 01325-000 Sào Paulo SP Brasil Tcl. til) 2393Λ77 F a x tlh 3I05.6H67 c-inail: infiel nuriinsftmrcs.nnn.hr http:/ h m u j m i h tinsfonlcs.cum.hr

ÍNDICE

Prefácio....................................................................................................... Abreviaturas de autores e obras citadas................................................... XIH

PRIMEIRA PARTE

FONÉTICA Alfabeto ..................................................................................................... Escrita ........................................................................................................ Pronúncia ............................................................................................... Vogais......................................................................................................... Consoantes ............................................................... jl............................... Espíritos ..................................................................................................... Acentos.......................................................................................................

3 4 4 6

7 7 9

SEGUNDA PARTE

MORFOLOGIA Noções preliminares.................................................................................. Raiz, tema, desinência............................................................................... Gênero, número e caso........................................

15 15 15

Capitulo I — Declinações.......................................................................... Declinação do artigo................................................................................. Primeira declinação.................................................................................... Segunda declinação.................................................................................... Declinação ática......................................................................................... Terceira declinação.................................................................................... Irregularidades principais nas declinações dos substantivos..................

17 17 17

Capítulo II — Declinação dos adjetivos................................................ Adjetivos de tema em vogal......................................................................

35 35

22

23 25 32

Adjcmos de tema em consoante.............................................................. Adjetivos em consoante e em vogal........................................................ Adjetivos irregulares...................................................................................

37 39 41

Capitulo 111 — Comparativos c superlativos........................................... Comparativos e superlativosirregulares.................................................... Comparativo c superlativo dos advérbios................................................ Capitulo IV — Pronom es.......................................................................... Pronomes pessoais....................................................................................... Pronomes possessivos.................................................................................. Pronomes demonstrativos............................................................................. Pronomes reflexivos..................................................................................... Pronomes relativos....................................................................................... Pronomes interrogativos e indefinidos..................................................... Pronome reciproco.................................................................................... Pronomes correlativos..................................................................................

43 44 45 47 47 48 48 49 50 50 52 52

Capitulo V — Numerais.............................................................................. Declinação dos num erais.............................................................................

55 56

Capitulo VI — V erbos................................................................................ Aumento e redobro....................................................................................... Conjugação de είμί, s e r .............................................................................. Conjugação de λύω, desligar...................................................................... Verbos contratos............................................................................................ Conjugação de τιμάω, honrar..................................................................... Conjugação de φιλέω, a m ar........................................................................ Conjugação de δηλόω, m ostrar.................................................................. Verbos em oclusiva....................................................................................... Verbos em liquida...................................................................................... Conjugação de άγγέλλω, anunciar............................................................ Tempos segundos (ou fortes)....................................................................... Verbos em - μ ι ................................................................................................ Conjugação de Ιστημι, colocar................................................................... Conjugação de τίθημι, p ô r .......................................................................... Conjugação de Τημι, lançar.............................................................. Conjugação de δίδωμι, d a r ........................................................................ Conjugação de ψημί, d izer......................................................................... Conjugação de είμι, ire i.............................................................................. Conjugação de δείκνυμι, m ostrar.............................................................. Conjugação de οίδα, saber......................................................................... Conjugação de δέδοικα. tem er..................................................................

59 61 68 70 81 83 89 95 98 100 104 106 H0 112 118 *22 124 129 130 134 Π9 139

Capítulo Vil — Adjetivos verbais...........................................................

141

Capítulo VIII — Advérbios.....................................................................

143

Capítulo IX — Preposições.....................................................................

147

Capítulo X — Conjunções.......................................................................

149

Capítulo XI — Interjeições.......................................................................

151

Apêndice à morfologia............................................................................. Proclíticos ou átonos................................................................................. Enclíticas .................................................................................................... Modificações fonéticas.............................................................................. Modificações das vogais............................................................................ Alongamento.............................................................................................. Metátesc quantitativa................................................................................. Síncope ...................................................................................................... Contração.................................................................................................. C rase.......................................................................................................... Elisão ......................................................................................................... Modificações das consoantes....................................................................

153 153 153 156 156 156 156 156 156 158 158 159

TERCEIRA PARTE

SINTAXE Capítulo I — Sujeito.................................................................................

163

Capítulo II — Regras de concordância................................................... A tração.......................................................................................................

165 168

Capítulo 111 — Emprego do artigo.......................................................... Omissão do artigo..................................................................................... Colocação do artigo..................................................................................

171 172 173

Capítulo IV - Complementos circunstanciais........................................ 175 L ugar........................................................................................................... 175 Tempo ........................................................................................................ 176 Matéria ....................................................................................................... 179 P reço........................................................................................................... 180 Causa .......................................................................................................... 180 Meio ou instrumento.................................................................................. 181 M odo........................................................................................................... 181 Companhia ................................................................................................. 182 Fim .............................................................................................................. 182

Parte .......................................................................................................... 182 Limitação ................................................................................................... I33 Distância ....................................................................................................... 134 Agente da passiva........................................................................................ 184 Capítulo V — Construção dos adjetivos................................................ 185 Genitivo ..................................................................................................... 185 D ativo............................................................................................................ 186 Genitivo ou Capítulo VI — Partitivo............................................................................ Capítulo VII — Comparativo e superlativo...........................................

189 191

Capítulo VIII — Construção dos verbos transitivos............................. 195 Acusativo.................................................................................................... 195 Genitivo além de acusativo........................................................................ 196 Dativo além de acusativo........................................................................... 197 Dois acusativos...................................................................................,.,.Γ 198 Capítulo IX — Construção dos verbos intransitivos............................... 201 Genitivo ..................................................................................................... 201 D ativo......................................................................................................... 203 Acusativo................................................................................................... 204 Capítulo X — Construção dos advérbios...............................................

205

Capítulo XI — Preposições....................................................................

207

Capítulo XII — Interjeições....................................................................

215

Capítulo XIII — Tempos e modos naoração principal........................ Emprego de alguns tem pos...................................................................... Emprego dos m odos................................................................................ Orações interrogativas diretas..................................................................

217 217 218 220

Capítulo XIV — Uso dos modos nas orações subordinadas................ 223 Orações completivas................................................................................. 223 Infinitivas .................................................................................................. 223 Completivas com infinitivo ou com modo finito.................................. 225 Completivas com δπως (ώς) ou μ ή ........................................................ 227 Interrogativas indiretas............................................................................ 229 Orações subordinadas circunstanciais..................................................... 230 Causais ...................................................................................................... Finais.......................................................................................................... ^ Consecutivas.............................................................................................. 231 Condicionais...............................................................................................

Concessivas ................................................................................................. Comparativas ............................................................................................. Temporais................................................................................................... Relativas....................................................................................................

234 234 235 236

Capítulo XV — Partidpio........................................................................ Partidpio circunstancial............................................................................ Particípio absoluto.....................................................................................

239 240 241

Capítulo XVI — Adjetivo verbal.............................................................

243

QUARTA PARTE

DIALETOS GREGOS Dialeto Dialeto Dialeto Dialeto Dialeto

eólico............................................................................................ dórico............................................................................................ homérico (ou jónico antigo)........................................................ ático............................................................................................... do Novo Testamento...................................................................

247 248 250 255 255

Apêndices ................................................................................................... Derivação das palavras............................................................................. Composição das palavras.......................................................................... Composição e derivação nos helenismos portugueses............................. Lista dos principais verbos irregulares..................................................... Abreviaturas principais.............................................................................. índice alfabético.........................................................................................

261 263 265 266 272 285 287

Prefácio Sem pretenderpublicar uma Gramática Grega esf\\'ializada, pn>pus tnc elabotar um compêndio didático c\ quanto /xissivel, completo no estudo integral dos princípios gramaticais mais necessários /\tra o conhecimento do idioma he­ lénica Mais do que vãos pruridos de erudição ou alarde de noções filológicas, preocupou-me a exatidão da doutrina e a exi*osição metódica, clara e prática da mesma. Procurei, além dissa sobretudo nas últinurs λ lições, aproveitar algu­ mas das mais recentes conclusões dos lingiiistas motiermvs. Não obstante a elevada tiragem de exemplares, em contraste com o escasso mimem de alunos que em Portugal estudam grega e apesar de não ser "livro único” e de haver outras gramáticas gregas publicadtis em fwrtuguès, as ciiiçòes anteriores esgotaram-se rapidamente. A s palavras de franco aplauso e de caloroso estímulo com que abalizados helenistas nacionais e estrangeiros acolheram esta rmxlestíssima obra, a aprova­ ção oficial outorgada pelo Governo Brasileinx citja Sulxxnnissão de Língua Por­ tuguesa e Línguas Antigas, depois de "exame acurado do texto”, não hesitou em qualificá-la de uma "das melhores no gèneio até hoje publicadas” , são pro­ va inequívoca de que a sua publicação algo concorreu fkiru facilitar o estudo do idioma helénico em Portugal e Brasil. Muito mais do que na segunda e terceira etHções, intnxiuzi, já na quarta edição* aditamentos e modificações, sobretudo na Morfologia. 7bis moil(ficações mantêm-se inalteráveis nesta sétima edição, com fwjuenas correções aqui e além. Na Sintaxe que, segundo impressões transmitidas /K>r intermédio do .Minis­ tério da Educação Nacional, fo i reconhecida por crítico competente como “modelarmente apresentada e com boa exemplificado de autores gregos” , pntferi de novo nada alterar. Dos Dialetos, desenvolvi, como nas edições anteriores, aftetuts os dois mais importantes: o Dialeto Homérico e o do Novo Tfcstamcnto. Neste último, julguei mais ütil deter-me no aspecto prático das questões em que se tornam mais fla ­ grantes as diferenças entre o grego clássico e a linguagem da Κοινή. Nos restan­ tes dialetos contentei-me com esboçar rxipidas noções.

Resolvi não inserir nenhum aditamento sobre “Grego Moderno ”, visto que professores e alunos interessados encontrarão elementos mais que suficientes no meu livro intitulado “Grego Moderno” . Por motivos pedagógicos, inseri de novo em Apêndice à Morfologia o estu­ do das enclíticas e proclíticas e das Modificações fonéticas que, logicamente, deveriam tratar-se na Primeira Parte, como faz a maioria dos autores. É que só depois de certo treino de tradução e de flexões o aluno se encontra apto para compreender e assimilar regras tão importantes. Nada obsta, porém, que outros professores que discordem do meu ponto de vista estudem estas e outras ques­ tões no lugar que lhes parecer mais apropriado. Sempre que prudentemente julguei poder adaptar a terminologia à nomen­ clatura adotada nas nossas Universidades e em outros estabelecimentos de ensi­ no oflcial ou particular, fi-lo de bom grudo. Procurei, no entanto, salvaguardar acima de tudo a clareza e os processos que reputo mais didáticos numa Gramática elementar da língua grega. Tanto na Morfologia, como na Sintaxe, salientei com tipo maior o que con­ sidero mais importante. Para não alterar o texto e facilitar a fotocomposição, não modifiquei a or­ tografia segundo normas mais recentes. Professores e alunos relevarão compreen­ sivamente esta lacuna em boa parte justificada. Braga, 2 de abriI de 1985. A. F.

ABREVIATURAS DE AUTORES E OBRAS CITADAS Aristóf. =Aristófanes Demóst. = Demóstenes Eurfp. =Eurípides: l/ig. em Ául.=Ifigênia em Àulis; El. -Eletra. Hom. = Homero Isócr. = Isócrates Jo. =S. João Lis. = Lísias Lc. = S. Lucas Mc. = S. Marcos Mt. = S. Mateus Men. =Menandro. P. = Platão: A icib. Ap. Càrm. Cràt. Cr(t. Eutid. Eutífr.

G. H.M . Laq. L. Menéx. Fil. Prot. R. B. Teet. Ti.

= Górgias =Hfpias Maior = Laques = Leis = Menéxeno = Filebo = Protágoras = República = Banquete = Teeteto = Timeu

Sóf. = Sófocles: Antfg. -A ntigona R. Éd. - R e i Édipo Fil. - Filoctetes

= A leibíades I =Apologia de Sócrates

= Cármides = Crátilo = Críton = Eutidemo -E utifrone

X. = Xenofonte: A. Ages. Banq. C. M.

= A nábase = A gesilau = Banquete = Ciropedia = Memórias

PRIMEIRA PARTE

FONÉTICA

1. Alfabeto1. — O alfabeto grego consta de vinte e quatro letras: Maius­ culas

Minús­ culas

Nome clássico

A B Γ Δ E Z H Θ I K A

α β Y δ ε ζ η 3, θ ι κ λ μ V ξ ο π Ρ σ, ς τ υ

alfa beta gama delta èpsilón dzeta eta theta12 iota capa lambda rnü2 nii2 xi (csi) òmicrón

M N Ξ O Π P Σ T Y

Φ X

Ψ Ω

Φ X Ψ ω

Pi ró sigma tau üpsilón2

fi khi2 psi omega

Designação em grego άλφα βήτα γάμμα δέλτα § Πηλόν ζήτα ήτα θήτα Ιώτα κάηκα λάμβδα μϋ νϋ ξϊ δ μικρόν η\ βώ σίγμα ταυ ύ ψιλόν φΐ

χΐ ψΐ ώ μέγα

Pronún­ cia

Nome moderno

α b g d ê dz ê th

alfa vita gama delta épsilon zita ita thita iota capa landa mi ni xi (csi) ómicron Pi ró sigma taf ipsilon

I

k 1 m n x (cs) õ P rh s t ü ph kh ps õ

fi khi psi omega

1. A palavra Alfabeto deriva das duas primeiras letras gregas: alfa e beta. 2. Veja-se a pronúncia no N? 3.

3

FONÉTICA

4

Observações 2. A) Escrita1 1) A letra β (beta) costuma ser escrita no princípio (ou no meio) das pala­ vras, e 6 no meio (ou no fim, em vocábulos estrangeiros). Ex.: βάρβαρος ou βάρβαρος, bárbaro. 2) A letra Θ (theta) também pode ser grafada Θ. Ex.: παρθένος ou παρθένος, virgem. 3) A letra σ (sigma) éusada no princípio e no meio das palavras; ς escreve-se no fim (e, às vezes, também no meio dos compostos). Ex.: σοφιστής, sofista; σεισμός, abalo; προς-βάλλω (ou προσ-βάλλω), lançar contra.

B) Pronúncia 3. a) Pronúncia clássica 1) γ tem valor gutural: γεωργός (pron. gueorgóss), lavrador. Antes de γ, κ, ξ, χ, pronuncia-se como v. Ex.: άγγελος (pron. ánngueloss), mensageiro; έγκώμιον (p. enncómionri), elogio; σάλπιγξ (p. sálpincs), άγχειν (p. ánnkheinn) sufocar. 2) Θ pronuncia-se como th forte em inglês (em think). 3) Em μ, v, υ, o w, segundo é representado nas notações fonéticas interna­ cionais, pronuncia-se como u francês ou ü alemão. μ e v pronunciam-se distintamente, e não com som nasal. Ex.: μέμφομαι (p. mémmfomai), censurar; ένδον (p. énndonn), dentro. 4) Nos grupos γν e λλ pronunciam-se ambas as letras. Ex.: γιγνώσκω (p. guignóssco e não guinhósco), conhecer. 1. N o p o n d e n te a o n o ss o m e d e digama v e m d e s ta le tr a e x p lic a

g r e g o p r i m i t i v o e x i s t i a m m a i s t r ê s l e t r a s : q ' copa, s i t u a d o e n t r e ο π e o p , e c o r r e s ­ q ; F, F, digama o u vau; f i c a v a e n t r e ο ε e ο ζ , e c o r r e s p o n d e a o n o s s o v . O n o ­ - lh e d o f a t o d e r e p r e s e n t a r d o is g a m a s m a iú s c u lo s ( Γ ) s o b r e p o s to s . A e x is tê n c ia v á r i o s f e n ô m e n o s f o n é t i c o s : δ Λ ς , ovis, ovelha; F o I k o ç , vicus, casa, povoação.

Q * , sampi, s i t u a d o d e p o i s d o ω e e q u i v a l e n t e a sp. A l g u n s g r a m á t i c o s a c r e s c e n t a m o Yod (Y, \), q u e r e p r e s e n t a m , à s v e z e s , p o r J, j. T a l l e t r a n u n c a e x is tiu n o a lf a b e t o g r e g o , e m b o r a a e v o lu ç ã o d a lín g u a p o s t u le a s u a p r o n ú n c ia e m v á r ia s é p o c a s . D e s t a s le tr a s , s u b s is te m 9 b '= 9 0 0 .

n a n u m e r a ç ã o : ς ' , sti ( e q u i v a l e n t e a o a n t i g o digama)= 6 ; q ' = 9 0 ;

FONÉTICA

5

5) σ, ς é sempre sibilante (s, ç) e não z. Ex.: Ίησοϋς (p. Iessús), Jesus; γνώσις (p. gnásrâs), conhecimento. 6) χ tem a pronúncia de κ aspirado como a de c/t alemão (em buch, machen), ou a de j espanhol (em mujer). Contudo, há autores que pronunciam esta letra como simples k: χαϊρε (p. Kairè), Sa/ve. 7) TVoj ditongos: αι pron. ai; ει pron. ei; oi pron. oi; ui ” ui; αυ ” au; ευ ” eu; ου ” u; ηυ ” eu. 4. b) Pronúncia moderna 1) γ antes d e o e i pronuncia-se como j. Antes de γ, κ, ζ, χ tem ο som de v, como na pronúncia clássica. 2) π depois de μ pronuncia-se como b: άμπελος (p. ámbeloss), vinha. 3) σ antes de vogal tem o valor de ç; antes de β, γ, δ, e das líquidas λ, μ, v, p, pronuncia-se como z. Ex.: μούσα (p. muça), musa; mas άσμενος (p. ázmenoss), contente. 4) Ditongos: αι= é; ει=/; οι=/; υι=/; ου = u; αυ= a f ou αν; ευ= e f ou ev; ηυ = if ou /v. N. B. — Nos ditongos terminados em υ (à exceção de ου), ο υ pronuncia-se v antes de vogal e das consoantes β, γ, δ, λ, μ, ν, ρ. Pronuncia-se / antes das consoantes π, κ, ξ, τ, φ, χ, θ. Ex.: εύαγγέλιον (ρ. evanguélion), boa nova; εΰνοια (ρ. évnia), bene­ volência; mas: ηΰξατο (p. ifcsato), pediu, ταϋτα (p. taftá), estas coisas.

C) Sistemas de pronúncia 5. 1? — Pronúncia clássica e Pronúncia moderna A pronúncia clássica, defendida por Erasmo e admitida hoje pela maior parte dos filólogos, é a mais seguida nas escolas e a que mais se aproxima da pronúncia dos gregos do período clássico. A pronúncia moderna, já propugnada no Renascimento pelo professor ale­ mão Reuchlin, é denominada também iotacista, pela predominância do i (jota), ao contrário da erasmiana em que predomina ο η (eta) e é designada, por isso, com o nome de etacista. N. B. — Em algumas escolas costuma-se dar ao η som fechado (ê).

6

FONÉTICA

Parece preferível o som aberto (é), É conhecido o verso de Cratino (séc. V a.C.):ô δ'ήλίθιος ώσπερ πρόβατον βή βή λέγων βαδίζει, ο insensato cami­ nha dizendo bé bé, como uma ovelhal, Neste verso representa-se o balir das ovelhas por βή, em que ο η não parece ter som tão fechado como o nosso ê\ muito menos pode ser vi vi, como quer a pronúncia moderna. Tanto originariamente, como na língua da Κοινή, ο η ε ο ω tiveram som aberto. É este o som que lhes atribuem também eminentes filólogos modernos. Em certas escolas, porém, incluindo as nossas Faculdades de Letras Clássi­ cas, costumam pronunciá-los convencionalmente como e e o fechados, 6. 2? — Pronúncia segundo a acentuação e segundo a quantidade Há dois modos de pronunciar as palavras: a) Segundo a quantidade: εϊδωλον (p. eidólon), imagem; β) Segundo a acentuação: εϊδωλον (p. éidolon), ” Dado o restabelecimento universal dos acentos na escrita, a pronúncia se­ gundo a acentuação oferece maior comodidade e tende a generalizar-se cada vez mais, embora não tenha ainda conseguido implantar-se em algumas escolas da França, Bélgica, Inglaterra e Holanda. 7. Vogais. — As vogais são sete: α, ε, η, ι, ο, υ, ω. Dividem-se: a) quanto à duração, em: breves12: ε, o; longas34: η, ω; comuns?: α, ι, υ. b) em: ásperas: α, ε, η, ο, ω. brandas (ou semivogais): ι, υ. Obs. — Para indicar que uma vogal é breve, longa ou comum, empregamse, como no latim didático, os sinais (u ), (—), (W), os quais se colocam sobre a respectiva vogal, por baixo dos acentos ou dos espíritos, se houver. 8. Ditongos. — Os ditongos podem ser: 1. 2. 3. 4.

C ratino, fra g . 43 K och. Igual mente em Aristófanes (frag. 642 K.) e em Hesíquio. As breves pronunciam -se mais rapidam ente. As longas levam, na pronúncia, o dobro do tempo das breves. As com uns sào as que podem ser longas ou breves.

7

FONÉTICA

a) Próprios: cn, ει, οι, υι, αυ, ευ, ου (pron. μ) , ηυ1. b) Impróprios: São formados por uma vogal áspera e longa (ã, η, ω) e por um i mudo: çt η ω. Obs. — O i escrito por baixo destas vogais chama-se iota subscrito, e não se pronuncia. Ex.: $δειν (p. ádeiri), cantar, φδή (p. òdê), ode. Se essas vogais são maiusculas, ο i costuma ser escrito à direita — Ai, Hi, Ωι — e denomina-se iota adscrito; também não se pronuncia. Ex.: "Αιδης (p. Hádess), Hades. 9. Consoantes. — Classificam-se do modo seguinte: Orais

Oclusivas

Espirantes

Nasais

sonoras

surdas

aspiradas

labiais

p

η

Φ

μ

dentais

δ

τ

θ

ν

“guturais”

Ύ

κ

X

γ antes de gutural

sonoras

surda

sibilantes

ς

σ

líquidas

λ, p

aspiração

*

Consoantes compostas ou mistas: ξ, ψ.

10. Espíritos. — Em grego, todas as palavras que começam por vogal ou ditongo são marcadas com um sinal diacrítico chamado espírito. Há duas espé­ cies de espíritos: a) Espírito brando (’), que nenhuma influência exerce na pronúncia. Ex.: άνήρ (p. anér\ homem. 1. O ditongo ηυ é raro, e mais raro ainda o seu correspondente ωυ.

FO N ÉTIC A

8

b) Espírito áspero O , que equivale a uma aspiração e é, por isso, represen­ tado em latim pelo h l. Ex.: άρμονία (p. harmonia), harmonia. 11.

Regras dos Espíritos

1) Todas as palavras que começam por vogal levam espírito (brando ou áspero) sobre a vogal inicial. Ex.: άνθρωπος, hom em ; ήρως, herói. 2) As palavras que principiam por ditongo têm o espírito sobre a segunda vogal. Ex.: ούρανός, céu; οίνος, vinho; αίμα, sangue. 3) As palavras que principiam por p e por υ levam espírito áspero. Ex.: ί>ήτωρ, orador; ύμνος, hino. 4) Quando no meio de uma palavra se encontram dois rós (pp), ou ficam ambos sem espírito, ou coloca-se o espírito brando sobre o primeiro, e o espíri­ to áspero sobre o segundo. Ex.: Πύρρος ou Tlúfrpoq, Pirro. 5) Nas letras maiusculas, o espírito é colocado ordinariamente ao lado da primeira letra, se é vogal, ou sobre a segunda vogal, se é ditongo. Ex.: "Α λλος, outro; Αίμων, H émon. Obs. — Nos ditongos impróprios, espírito e acento incidem sobre a primei­ ra vogal, se esta é maiúscula. Ex.: "Αιδης, Hades; "Αιδειν, cantar. N . JB. — Também se escreve em poesia 'Αιδης. 6) Se uma vogal tem espírito e acento, o espírito é colocado à esquerda do acento, se este é agudo ou grave; debaixo, se é circunflexo. Ex.: άριστος, ótim o; οίνος, vinho. Obs. — Quais os vocábulos que têm espírito brando ou áspero, só o co­ nhecimento da língua ou o uso do dicionário o poderão indicar. Excetuam-se, como se disse, as palavras principiadas por o ou por p, que levam sempre espírito áspero no dialeto ático.

1. E m

p o r tu g u ê s e s c r e v e -s e ig u a lm e n te o h n a s p a la v r a s p r in c ip ia d a s p o r v o g a l, d e r iv a d a s d e

v o c á b u lo s c o m E x .:

e s p ír ito á s p e r o .

ώρα,

l a t . hora , p o r t . hora;

Αρμονία,

l a t . harm onia, p o r t . harm onia.

FO N ÉTIC A

9

12. Sinais de pontuação 1) O ponto fin a l e a vírgula são escritos como em português. Ex.: πάντα γάρ άφείκα, ώς όρςις: Tudo deixei, como vês. 2) O ponto de interrogação tem a forma do ponto e vírgula português (;) Ex.: σύ δέ τίς εί; quem és tu? 3) O ponto de exclamação encontra-se em alguns livros como o ponto de exclamação português (!). 4) Dois pontos e ponto e vírgula têm a forma de um ponto no alto da linha (*). Ex.: ού προίκα, ώ βέλτιστε* και γάρ... — de graça não, meu amigo; com efeito... 5) O trema (·*), sinal da diérese, indica que duas vogais juntas não for­ mam ditongo. Ex.: προΐημι, envio. Obs. — Às vezes, a distinção das sílabas já é indicada pela colocação do acento. Ex.: δις, forma poética que se distingue da forma ordinária οις, ovelha. 13. Acentos1. — Os acentos são três: agudo ('), grave ( ') e circunflexo (-)ou(-). Regras gerais da acentuação 1) O acento agudo pode ser colocado numa das três últimas sílabas. Ex.: πόλεμος, guerra; λόγος, discurso; άγαθός, bom. a) Só pode recair sobre a antepenúltima sílaba quando a última é breve por natureza. Ex.: στέφανος, coroa; mas στεφάνου, da coroa. b) Quando o acento agudo recai sobre a última sílaba e não se lhe segue sinal de pontuação, muda-se para grave, exceto antes de enclíticas. Ex.: άγαθός ήν, era bom ; mas άνήρ τις, certo homem. Obs. — Antes de vírgula, também se encontra em alguns editores o acento grave e, em outros, o agudo segundo a regra.

1 . S ó n o fim d o s é c u lo I I I ( a .C .) é q u e s e o r g a n iz o u , e m A le x a n d r ia , a G r a m á t ic a G r e g a . A r is tó fa n e s d e B iz â n c io f o i , a o q u e p a r e c e , o in v e n t o r d o s e s p ír ito s e d o s a c e n to s .

10

FO S ÉTIC A

Ex.: Και μην, ώ κάκιστοι, na verdade, d malvados. — Ti δε, ώ Σω κρατες; Ο que, Sócrates? 2) Ο acento grave só pode ser colocado na última sílaba. Ex.: καλή κεφαλή, linda cabeça. O acento circunflexo é colocado na última ou penúltima sílaba, se estas são longas por natureza. Ex.: δωρον. dom ; τιμώ, honrar. S. B. — O acento circunflexo só pode ser posto na penúltima sílaba quan­ do esta é longa por natureza e a última breve também por natureza. Ex.: δούλος. escravo; σώμα, corpo; πνεύμα, espírito; mas δούλου, λόγος. Exceção: O pronom e οστις, qualquer, composto do relativo ός e do pro­ nom e indefinido τις, conserva na antepenúltima o acento circunflexo do relati­ vo: ούτινος, ήσ τινος, φ τινι, ήτινι, ώντινων, etc. (cf. n? 101). O mesmo se diga da form a poética τοΐσδεσι e ταισδεσι.

14. Nome das palavras quanto ao acento á) O xítona é a palavra que tem acento agudo na última sílaba: άρετή, virtude. b) P aroxítona é a palavra que tem acento agudo na penúltima sílaba: παρθένος, virgem . c) P roparoxítona é a palavra que tem acento agudo na antepenúltima síla­ ba: ά νεμ ος, vento. d ) Perispôm ena é a palavra que tem acento circunflexo na última sílaba: δουλω , escravizar, θυρων, das portas. e) Properispôm ena é a palavra que tem acento circunflexo na penúltima sílaba: δούλος, escravo. f ) B arítono é a palavra que não tem acento na última sílaba: νίκη, vitória; δήμ ος, povo; δίκα ιος, ju s to .

15. Terminação das palavras — As palavras gregas só podem terminar em vogal ou em v, p, σ, (ψ, ξ); outras consoantes, se houver, ou desaparecem, ou sofrem modificação. Exceção: A preposição έκ , de, e a negação ούκ (ούχ), não. Obs. — 1? Έ κ usa-se antes de consoante, e έξ antes de vogal.

FONÉTICA

11

Ex.: έκ κεφαλής, desde a cabeça; έκ-βάλλω, expulsar; έξ-οικέω, emigrar. 2.* A negação ούκ escreve-se antes de vogal; ού, antes de consoante; ούχ. antes de vogal com espírito áspero; ούχί indiferentemente. Ex.: ούκ εστιν, não é; ού ταϋτα λέγω, não digo isso; ούχ ούτος. este nâo; ούχί τούτο, isso não. 16. N eufônico. — Costuma-se juntar um v móvel às formas seguintes: a) Aos dat. p i em -σι, -ξι, -ιμι: βήτορσι(ν), φύλαξι(ν), φλεψί(ν). b) Às 3°5pessoas dos verbos terminadas em -ε e em -σι: £λυε(ν), δίδωσι(ν), λύσουσι(ν). c) Α έστΐ(ν) e a εΐκοσι(ν), vinte. O emprego deste v é obrigatório antes de vogal, ou antes de um sinal de pontuação importante; é facultativo antes de consoante. Ex.: "Εστιν άγαθός, é bom; Πασιν έδωκεν έκεινα, deu a todos aque­ las coisas; Πασι δίδωσι ταύτα ou πασιν δίδωσιν ταϋτα, dá a todos estas coisas. Obs. — Ούτως, assim, escreve-se geralmente οΰτω antes de consoante. Ex.: ούτως δχει, assim é; mas οΰτω δοκεΐ, assim parece. 16-a. Divisão das sílabas: a) A translineação, ou passagem para nova li­ nha, faz-se passando à linha seguinte a consoante que segue a vogal e forma nova sílaba: μνή/μη, memória. b) Passam igualmente para a linha seguinte as consoantes que podem co­ meçar palavras gregas: άπι/στέϊν, desconfiar. c) Duas consoantes diversas ou duplicadas (exceto no caso de oclusiva seguida de líquida) separam-se passando a segunda à linha seguinte: έλ/θεΐν, ter ido; μαλ/λον, mais. M as: Φιλο/κράτης, Filócrates. d) Nas palavras compostas a translineação faz-se depois da preposição ou prevérbio: έκ/βαίνω, sair; συλ/λεγω, reunir; εύ/τρεφής, nutrido.

SEGUNDA PARTE

M ORFOLOGIA

N oções preliminares

Na estrutura das palavras podem ser distinguidos os seguintes elementos: 17. 1) Raiz. — É o elemento simples que indica o sentido geral numa série de palavras a que dá origem. Assim: a raiz. τι, pagar, honrar, deu origem a: τίνυμι, τίνω, τίω, eu pago, eu honro; τίσις, pagamento; τιμή, honra; τιμάω, eu honro; τίμιος, precioso; τιμητής, apreciador. 18. 2) Tema. — É a parte mais ou menos invariável da palavra separada da desinência, que exprime uma modalidade da idéia fundamental. Pode ser a própria raiz, ou esta com vários afixos. Ex.: λόγος, discurso: raiz λεγ-, tema λογο-; em λύω, desligar, λυ- é ao mesmo tempo raiz e tema. 19. 3) Desinência. — É constituída por sufixos que se colocam no fim das palavras variáveis, para indicar o caso e o número nas declinações, e o número e pessoas nos verbos. Ex.: λόγος: raiz λεγ-, tema λογο-, desinência ς. Em λύ-ο-μεν, desliga­ mos, a desinência é μεν. Obs. — 1) Não se confunda desinência com terminação. Esta aplica-se às letras móveis da palavra e difere, não poucas vezes, da desinência. Assim: em ί>ήτορ-ος, ος é simultaneamente desinência e terminação; mas em δούλο-ς a desinência é ς e a terminação é -ος, que compreende a vogal o do tema e a desinência ς. 2) Chama-se vogal temática a vogal que se encontra, por vezes, entre o tema e a desinência. Ex.: λύ-ο-μεν: tema λυ, desinência μεν, vogal temática o. Gênero, Número e Caso 20. Gênero. — H á três gêneros em grego: masculino, fem inino e neutro.

15 U F M G - Faculdade de Letras Biblioteca

M ORFOLOGIA

16

Regras gerais dos Gêneros a) Sào masculinos: òs nomes de seres masculinos, os nomes de rios, ven­ tos e meses. Ex.: ó Σωκράτης, Sócrates; ô Βορέας, o vento Bóreas. Exceções: Entre outras: ή Λήθη, o rio Lete\ ή Στύξ, o rio ou lago Estígio; ή όδός, o caminho; ή βίβλος, ο livro; ή δρόσος, ο orvalho. b) São fem ininos: os nomes de seres femininos, os nomes de ilhas, países, cidades e a maior parte dos nomes de árvores. Ex.: ή Κόρινθος, Corinto; ή Αίγυπτος, o Egito; ή Σάμος, a ilha de Samos; ή άμπελος, a vinha; ή κέδρος, ο cedro; ή φηγός, a faia. Exceções: Entre outras: ό κάλαμος, α cana; ό κισσίς, a hera; os nomes de cidades em -oi; oi Φίλιπποι, a cidade de Filipos. c) São neutros: Os nomes das letras do Alfabeto, os nomes terminados em -ov, e todos os diminutivos em -iov, embora designem seres masculinos ou fe­ mininos, e os nomes em -a (gen. -ατος). Ex.: TÒ άλφα, το βήτα; τό τέκνον, ο filh o ; τό δπλον, a arma; τό γερόντιον, ο velhinho; τό παιδίον, a criança; τό οωμα (-ατος), ο corpo. Obs. — Certos nomes de pessoas e animais são comuns: Ex.: ό, ή θεός, o deus, a deusa; ό, ή παΐς, ο menino, a menina; ό, ή ίππος, ο cavalo, a égua; ό, ή βοϋς, ο boi, a vaca. 21. Núm ero. — H á, em grego, três números: singular, plural e dual O d u a l1 designa duas pessoas ou duas coisas. Substitui-se, muitas vezes, pelo plural. 22. Caso. — H á, em grego, cinco casos12: N om inativo, Genitivo, Dativo, A cusativo e Vocativo. N ão existe ablativo, que é suprido pelo genitivo ou pelo dativo. O vocativo é muitas vezes precedido da interjeição ώ: ώ άνθρωπε, ó homem.

1. Ο

dual é u s a d o m a i s f r e q ü e n t e m e n t e p o r H o m e r o e p e l o s p o e t a s ; m a i s r a r o n o s p r o s a ­

d o r e s á tic o s . 2 . H á v e s tíg io s d e m a is tr ê s c a s o s p r im itiv o s q u e d e s a p a r e c e r a m o lo ca tivo e o in stru m en ta l

d a d e c l i n a ç ã o : o a b la tivo ,

Capítulo I

Declinações

23.

Declinação do artigo SINGULAR Masculino Nom. Gen. Dat. Acus.

ó τοϋ τω τόν

Neutro

Feminino ή τής τή τήν

τό τοϋ τφ τό

— ο, α — do, da — ao, à — ο, α

τά τών τοις τά

— os, as — dos, das — aos, às — os, as

PLURAL αί τών ταϊς τά ς

Nom. Gen. Dat. Acus.

οί των τοις τούς

Nom., Acus. Gen., Dat.

τώ 1 _ \ para os tres generos τοιν )

DUAL — os dois — dos dois, aos dois

Obs. — 1? O artigo não tem vocativo. 2.® Consideram-se incorretas as formas τά e ταΐν no dual feminino. Primeira declinação 24.

A primeira declinação compreende os temas em -a:

a) dos substantivos femininos terminados em α puro1, em α misto e em η. Ex.: ή χώρα, o país; ή τιμή, α honra. b) dos substantivos masculinos que terminam em ας e em ης. Ex.: ό νεανίας, o jovem ; ό πολίτης, ο cidadão. 1 . V e j a - s e n o N ? 2 6 a d i s t i n ç ã o e n t r e α pu ro e α m isto.

17 /

18

MORFOLOGIA

25.

Substantivos femininos cm -a t -fi, -η

Substantivos: em -a puro; em -a misto; em -η. ή χώρα, o país; ή θάλαττα, ο mar; ή τιμή, a honra.

Temas: χωρά-

θαλαττά-

τιμά-

SINGULAR N. G. D. A. V.

ή τής τή τήν ώ

χώρα, o país χίόρας, do país Χώρςι, ao país χώραν, ο país χώρα, ό pais

ή θάλαττα, ο mar θαλάττης θαλάττη θάλατταν θάλαττα

ή τιμή, a honra τιμής τιμή τιμήν τιμή

PLURAL N. G. D. A. V.

αΐ των ταΐς τάς ώ

χώραι, os países χωρών, dos países χώραις, aos países χίόρας, os países χώραι, ô países

θάλατται θαλαττών θαλάτταις θαλάττας θάλατται

τιμαί τιμών τιμαΐς τιμάς τιμαί

DUAL N. A. G. D. V.

τώ χώρα τοίν χώραιν — χώρα

θαλάττα θαλάτταιν θαλάττα

τιμά τιμαΐν τιμά

Exemplos em α puro

em α misto

ή ήμέρα, ο dia ή μέλιττα, a abelha άμιλλα, ο combate θύρα, a porta γλώττα, a língua γέφυρα, a ponte δίψα, a sede άγορά, a praça pública φιλία, a amizade πείνα, a fo m e

em η ή κεφαλή, a cabeça φωνή, α νοζ άρετή, a virtude ψυχή, a alma σελήνη, a lua

Ν . Β. — Os nomes θάλαττα, μέλιΐτα, γλώττα e outros com dois ττ são mais próprios do dialeto ático. Na linguagem comum costuma-se escrever θάλασσα, μέλισσα, etc., sendo os dois ττ substituídos por dois σσ.

DECLINAÇÕES

19

Observações 26. 1) Distinção entre a puro e α misto a) Substantivos em α puro são aqueles em que o a final do nominativo é precedido de ε, i, p. Nestes substantivos ο α conserva-se em todos os casos do singular (Cf. n? 25). b) Substantivos em α misto são aqueles em que ο α final do nominativo é precedido de uma consoante que não seja p. Nestes, o Genit. e o Dat. do sin­ gular terminam em -ης e em j), e não em -ας, e em ç (Cf. n? 25). 27. 2) Acentuação a) O acento mantém-se na sílaba que o tem no N om in., enquanto as re­ gras da acentuação o permitem. b) As sílabas finais, longas e acentuadas têm sempre acento circunflexo no Genit. e Dat. de todos os números: στρατιά, exército: Genit. στρατιάς — στρατιών. Dat. στρατιφ — στρατιαΐς. c) Nas palavras que no Nom. do sing. têm acento na antepenúltima sílaba (proparoxítonas), o acento recai sobre a penúltima no Gen. e Dat. do sing., e no Dat. e Acus. do p l.: γέφυρα: γεφύρας, γεφύρςι, γεφύρας. d) No Gen. do plural, todos os substantivos femininos (e masculinos) da 1? Declinação têm acento circunflexo na última sílaba, devido à contração do α do tema com a terminação -ων: γεφυρών, γλωττών, etc.28 28. 3) Quantidade a) Ο α fin a l é longo: 1?) Em grande parte dos substantivos e adjetivos femininos em α puro: χώρα, país; ήμέρά, dia; oIkíõ, casa; έλευθέρά, livre. 2?) No dual: τώ θαλάττά. Exceções: α) Os substantivos γέφυρα, ponte; άλήθεια, verdade; μοίρα, destino; εΰνοια, benevolência; άσφάλεια, segurança; ύγίεια, saúde; άσθένεια, fraque­ za, etc. P) Os adjetivos em -υς, -εια, -υ: ήδύς, agradável; -fem . ήδεια. γ) Os participios em -υια: πεπαιδευκυΐα (παιδεύω, educar). b) A terminação -αν do Acus. sing. é breve, exceto nos substantivos em que ο α ou ας (para os masculinos) do N om . é longo: θάλατταν, γέφυραν, γλώτταν. Mas οίκίάν, χώραν, νεανίαν.

M ORFOLOGIA

20

c) A terminação -ou do N om . e Voc. do pl. dos substantivos femininos (c masculinos) é breve·, χώραι, μέλιτται, πολΐται. d) A terminação -ας do Gen. do sing. e do Acus. do p l. é longa: χώρας, θαλάττας, μούσας, γέφυρας. 29.

Substantivos masculinos em -ας e em -ης. ó νεανίας, o jovem ; ó πολίτης, o cidadão; ó δικαστής, o ju iz.

Temas: νεανία-

πολιτα-

δικαστα-

SINGULAR Ν. G. D. A. V.

ó νεανίας, ο jovem τοϋ νεανίου, do jovem τφ νεανία, ao jovem τόν νεανίαν, ο jovem ώ νεανία, ό jovem

ό πολίτης, ο cidadão ό δικαστής, ο juiz δικαστοϋ πολίτου δικαστή πολίτη δικαστήν πολίτην δικαστά πολΐτα PLURAL

N. G. D. A. V.

οί των τοις τούς ώ

νεανίαι, os jovens νεανιών, dos jovens νεανίαις, aos jovens νεανίας, os jovens νεανίαι, ó jo ven s

πολΐται πολιτών πολίταις πολίτας πολΐται

δικασταί δικαστών δικασταΐς δικά στάς δικασταί

DUAL N. A. G. D. V.

τώ νεανία τοΐν νεανίαιν — νεανία

.

πολίτα πολίταιν πολίτα

δικαστά δικασταΐν δικαστά

Exemplos__________________________________________________________ Com o νεανίας

com o πολίτης

com o δικαστής

ó ταμίας, o intendente ò στρατιώτης, o soldado 6 κριτής, o ju iz μονίας, o solitário τεχνίτης, o artista ποιητής, o poeta ΑΙνείας, Enéias οΐκέτης, o criado μαθητής, ο discípulo

D EC LIN AÇ Õ ES

21

Observações 30. 1) O vocativo dos nomes próprios de homens (antropônimos) em -ης termina em -η. Ex.: Ά τρείδης,/ι/Λ ο deA treu : V. Ά τρείδη. Ευριπίδης, Eurípides, V. Εύριπίδη. 2) Os nomes de povos (etnônimos) terminados em -ης formam o Voc. em -a. Ex.: σκύθης, cita: V. σκύθα; πέρσης, persa: V. πέρσα. N. B. — Mas Πέρσης, Perseu: V. Πέρση (porque é nome de um homem). 3) Todos os nomes em -της formam o Voc. em -a. Ex.: Πολΐτα, στρατιώ τα, προφήτα. N. B. — Δεσπότης, senhor, tem o Voc. δέσποτα. 31. 4) Genitivos irregulares: a) Alguns substantivos em -ης têm no Gen. sing. a terminação jónica -εω, em vez de -ου. Ex.: Καμβύσης, Cambises: G. sing. Καμβύσεω. b) Alguns substantivos em -ας têm no Gen. sing. a terminação dórica -a, em vez de ου. Ex.: πατραλοίας, a , parricida; μητραλοίας, a , matricida; *Αννίβας, a, Aníbal; Σύλλας, a , Sila. 32. Substantivos contratos da l í Declinação Contração: -õã contrai-se em -ã. -έα, depois de p, em -ã; depois de qualquer outra letra, em -ή. São poucos os nomes contratos da l í Declinação. Eis os principais: μνα (μνάα), mina; Ά θη να (Ά θηνάα), A tena (Minerva); γη (γέα), terra; συκή (συκέα), figueira; Έ ρ μ η ς (Έ ρμ έας), Herm es (M ercúrio). Paradigma Temas: μνα- (μναα-)

συκη- (συκεα-)

Έ ρμη- (Έ ρμεα-)

____________________________ SINGULAR_____________________________ Ν. ή μνα (μνάα), a mina ή συκή (συκέα), a figueira ô Έρμης (Έρμέας), Hermes G. μνας (μνάας) Έρμοϋ (Έρμέου) συκης (συκέας) συκή (συκέςι) Ερμή (ΈρμέςΟ D. μνςί (μνάςΟ Έρμήν (Έρμέαν) συκήν (συκέαν) Α. μναν (μνάαν) Ερμή (Έρμέα) συκή (συκέα) V. μνα (μνάα)

22

M ORFOLOGIA

PLURAL N. G. D. Α. V.

μναί (μνάαι) μνών (μναών) μναΐς (μνάαις) μνας (μνάας) μναΐ (μνάαι)

συκαΐ (συκέαι) συκών (συκεών) συκαΐς (συκέαις) συκάς (συκέας) συκαΐ (συκέαι)

Έρμαΐ (Έρμέαι) Έρμων (Έρμεών) Έρμαΐς (Έρμέαις) Έρμας (Έρμέας) Έρμαΐ (Έρμέαι)

DUAL Ν. A. V. μνά (μνάα) G. D. μναΐν (μνάαιν)

συκα.(συκέα) συκαΐν (συκέαιν)

Έρμα (Έρμέα) Έρμαΐν (Έρμέαιν)

Obs. — 1? γη, terra, não tem plural. 25 oi Έ ρ μ α ΐ (no pl.) significa: A s estátuas de Hermes. Segunda Declinação 33. A segunda declinação compreende os temas em -o e alguns em -ω, dos três gêneros. Feminino

Masculino ό πόλεμος, α guerra Temas: πόλεμό-

ή όδός, ο caminho όδο-

Neutro τό δώρον, ο dom δώρο-

SINGULAR Ν. G. D. Α. V.

ό πόλεμος, α guerra πολέμου πολέμφ πόλεμον πόλεμε

ή όδός, ο caminho όδου όδω δδόν όδέ

τό δώρον, ο dom δώρου δώρφ δώρον δώρον

PLURAL Ν. G. D. Α. V.

oi πόλεμοι πολέμων πολέμοις πολέμους πόλεμοι

αί όδοί όδών όδοΐς όδους όδοί

τα δώρα δώρων δώροις δώρα δώρα

DUAL Ν. Α. V. G. D.

πολέμω πολέμοιν

όδω όδοΐν

δώρω δώροιν

23

DECLINAÇÕES

Exemplos Como πόλεμος ó άνθρωπος, o homem ô άγγελος, o mensageiro ή άμπελος, a vinha ô άνεμος, o vento ó λόγος, a palavra ô όνος, o burro ó νόμος, a lei ó δήμος, o povo ή παρθένος, a virgem

como δώρον

como όδός

τό ζωον, ο animal τό δένδρον, a árvore τό μήλον, a maçã τό δόδον, α rosa τό δεΐπνον, ο jantar τό δάκρυον, a lágrima τό δίκτυον, a rede τό έλαιον, ο azeite τό άγκιστρον, ο anzol

ô ούρανός, o céu ό άγρός, o campo ό ποταμός, o rio 6 Ιατρός, ο médico 6 νεκρός, ο defunto Ô καρπός, ο fruto ό όφθαλμός, ο olho ό χρυσός, ο ouro 6 λιμός, a fom e

Obs. — Os nomes neutros acentuados na antepenúltima sílaba, como δάκρυον, seguem a acentuação de πόλεμος.

Declinação Ática 34. Dá-se este nome à declinação de alguns substantivos e adjetivos cujo nominativo termina em -ως em vez de -ος, e que são usados sobretudo pelos escritores áticos. ô νεώς, o templo; Ιλεως, clemente. Temas: νεω-

ΐλεω SINGULAR

N. G. D. A. V.

ô νεώς, o templo νεώ νεφ νεών νεώς

Masc. e Feminino

Neutro

Ιλεως, clemente ϊλεω ϊλεφ ϊλεων Ιλεως

ϊλεων ϊλεω ϊλεω ϊλεων ϊλεων

PLURAL N. G. D. A. V.

ol νεφ νεών νεφς νεώς νεφ

ϊλεφ ϊλεων ϊλεφς Ιλεως ϊλεφ DUAL

ϊλεα ϊλεων ϊλεφς ϊλεα ϊλεα

M O R FO LO G IA

24 Exemplos

como ιλεως

como νεώς

εϋγεως, εΟγεων, fé rtil έκπλεως, έκπλεων, cheio

ó λαγώ ς, a lebre; 6 λεώς, o povo b ταώ ς, o pavão; ή έως, a aurora

Obs. — 1) Έ ω ς , aurora, tem o A cus. δω e não 6ων. Outros nomes, como λαγώ ς, formam o Acus. em ων ou em -ω: λαγών ou λαγώ 2) Q uantidade e acento: Nas proparoxítonas (Cf. n? 14), como ιλεως, έκπλεω ς, a letra ω é considerada breve, porque originariamente tais palavras escreviam-se ϊληος, δκπληος. 3) Os adjetivos formam o N. A. V. do pl. neutro em -α: ϊλεα, έκπλεα, εΰγεα.

35. Substantivos contratos da 25 Declinação Contração: -εο e -oo contraem-se em -οϋ; -ε& em -õ: ô νους (νόος), a in­ teligência; τό όστοϋν (όστέον), o osso. Temas: νου- (voo-)

όστου- (όστεο-) SINGULAR

N. G. D. A. V.

ό νοϋς (νόος), a inteligência νοϋ (νόου) νφ (vótp) νουν (νόον) νοϋ (νόε)

το όστοϋν (όστέον), ο osso όστοΰ (όστέου) όστφ (όστέφ) όστοϋν (όστέον) όστοϋν (όστέον)

PLURAL N. G. D. A. V.

νοΐ νών νοΐς νοϋς νοΐ

(νόοι) (νόων) (νόοις) (νόους) (νόοι)

όστά όστών όστοίς όσ τδ όστά

(όστέα) (όστέα) (όστέΐς) (όστέα) (όστέα)

DUAL N. A. V. νώ (νόω) G. D. νοΐν (νόοιν)

όστώ (όστέω) όστοΐν (όστέοιν)

25

D EC LIN AÇ Õ ES

Terceira Declinação 36. A terceira declinação compreende os nomes masculinos, femininos e neutros de tema: a) b) c) d) e) f) g)

Em Em Em Em Em Em Em

consoante: £>ήτωρ (t. ί>ητορ·), orador; -ος e -ες (neutros): άνθος (t. άνθος e άνθεσ-), flo r; -t e -υ (genit. ε-ως): πόλις (t. πολι-), cidade; πήχυς (t. πηχυ-), braço; -υ (genit. υ-ος): ιχθύς (t. ιχθύ), peixe; -o e em -ο: ήρως (t. ή ρω-), herói; πειθώ (t. πειθο-), persuasão; ditongo: βασιλεύς (t. βασιλεύ-), rei; p sincopado: πατήρ (t. πατερ-), p a i. Observações gerais

37.1) Tema: Para encontrar o tem a dos nomes da 3? declinação, basta ge­ ralmente cortar a desinência -ος do genitivo do singular. Ex.: βήτωρ, orador: G. βήτορ-ος (t. βητορ-); φύλαξ, guarda: G. φύλακ-ος (t. φυλακ-). 38. 2) Quantidade: d) As desinências -a e -ας do A cus. sing. e pl. são breves: φύλακα, φύλακας. b) As desinências -i e -σι(ν) do D at. sing. e pl. são breves: βήτορι, £>ήτορσι(ν). 39. 3) Acentuação: Os m onossílabos têm o acento sobre a últim a sílaba no Genit. e Dat. do sing. e do plural. Ex.: φώρ, ladrão: G. φωρός — φωρών D. φωρί — φωρσί(ν) Exceções: Acentuam-se na penúltim a: a) No Genit. pl.: ó παΐς, a criança: G. παιδός — παίδων; D. παιδί — παισί (v) xò ούς, a orelha: G. ώ τός — ώτων; D. ώτί — ώσί (v) DUAL: G. D. ώτοιν b) O Genit. e D at. p l. da forma masculina e neutra do adjetivo Π ας, πάσα, πάν, todo, toda: G. παντός — πάντω ν; D. παντί — πάσι (v) c) Os particípios m onossilábicos ών (part. de ειμί, ser): G. δντος — δντων; D. δντι — όύσι (v) θείς (part. de τίθημι, colocar): G. θέντος — θέντων D. θέντι — θεΐσι (v) d) τό ήρ (έαρ), a prim avera: G. sing. ήρος — D. sing. ήρι.

M O R FO LO G l

26

40.

A) Temas em Consoante 1) Labial

2) Gutural

3) Dental

ó γύψ, o abutre; ó φύλαξ, o guarda; fy έλπίς, a esperança; τό σώμα, o corpo 1 Temas: Sing. Ν. G. D. Α. V.

γυπ-

φυλακ-

έλπίδ-

σωματ-

ό γύψ γυπ-ός γυπ-ί γϋπ-α γύψ

ό φύλαξ φύλακ-ος φύλακ-ι φύλακ-ι φύλαξ

ή έλπίς έλπίδ-ος έλπίδ-ι έλπίδ-α έλπί

τό σώμα σώματ-ος σώματ-ι σώμα σώμα

Plur. Ν. G. D. Α. V

γϋπ-ες γυπ-ών γυψ-ί(ν) γϋπ-α ς γϋπ-ες

φύλακ-ες φυλάκ-ων φύλαξι(ν) φύλακ-ας φύλακ-ες

έλπίδ-ες έλπίδ-ων έλπί-σι(ν) έλπίδ-ας έλπίδ-ες

σώματ-α σωμάτ-ων σώμα-σι(ν) σώματ-α σώματ-α

D ual Ν. Α. V. G. D.

γϋπ-ε γυπ-οΐν

φύλακ-ε φυλάκ-οιν

έλπίδ-ε έλπίδ-οιν

σώματ-ε σωμάτ-οιν

1) Em labial ή φλέψ, φλεβός, a veia 2) Em gutural ό ό ό ή ό ή ή

κόραξ, -κ ο ς, ο corvo κόλαξ, -κ ο ς, ο adulador κήρυξ, -κ ο ς, ο arauto άλώ πηξ, -εκος, a raposa τέττιξ, -ιγος, a cigarra σάλπιγξ, -ιγγος, ο trom beta αϊξ, αίγός, a cabra

3) Em dental ή πατρίς, -ίδος, a pátria ή φροντίς, -ίδος, ο cuidado ή λ α μ πά ς, -άδος, a lâmpada τό πνεύμα, -ατος, ο espírito τό στόμα, -ατος, a boca τό βήμα, -ατος, a palavra τό όνομα, -ατος, ο nom e

27

DECLINAÇÕ ES

4)

Líquida (λ, p)

5) Em v- e ντ-

ó δλς, o sal; ó φήτωρ, o orador; ó ποιμήν, o pastor; 6 γέρων, o velho άλ-

φητορ-

ποιμεν-

γεροντ-

ό δλ-ς άλ-ός άλ-ί δλ-α δλ-ς

ό £ητωρ Μ τορ-ος £>ήτορ-ι £>ήτορ-α φήτορ

ό ποιμήν ποιμέν-ος ποιμέν-ι ποιμέν-α ποιμέν

6 γέρων γέροντ-ος γέροντ-ι γέροντ-α γέρον

δλ-ες άλ-ων άλ-σί(ν) δλ-ας δλ-ες

όήτορ-ες ί»ήτορ-ων δήτορ-σι(ν) φήτορ-ας φήτορ-ες

ποιμέν-ες ποιμέν-ων ποιμέ-σι(ν) ποιμέν-ας ποιμέν-ες

γέροντ-ες γέροντ-ων γέρου-σι(ν) γέροντ-ας γέροντ-ες

δλ-ε άλ-οΐν

φήτορ-ε φητόρ-οιν

ποιμέν-ε ποιμέν-οιν

γέροντ-ε γερόντ-οιν

4)

Em líquida

ó θήρ, θηρός, a fera ô φώρ, φωρός, o ladrão

5) Em -v e -ντ 6 λιμήν, -ένος, o p o rto ό χειμών, -ω νος, ο inverno ή χελιδώ ν, -όνος, a andorinha ό λέων, -οντος, ο leão ό γίγα ς, -α ντος, ο gigante ό όδούς, ό δόντος, ο dente

28

MORFOLOGIA

Observações sobre os nomes de tema em consoante 41. 1) O A cus. sing. das palavras barítonos (N. 14) em -ις e em -υς dé tema em dental é em -iv e em -υν. Exemplos: ή χάρις, a graça: ή έρις, a disputa: ή κόρυς, o capacete:

G. χάριτος, G. δριδος, G. κόρυθος,

A. χάριν, V. χάρι A. Êpiv, V. êpi A. χόρυν (ou κόρυθα)

N . B. — Mas έλπίς, esperança: A. έλπίδα, porque não é barítona. 42. 2) O Voc. sing. dos substantivos de tema em -v e em -p (líquida) é igual ao nominativo, se a palavra tem o acento na última *flaba. Ex.: ήγεμών, -όνος, chefe: V. ήγεμών. θήρ, θηρός, fera: V. θήρ. Mas se o acento não recair sobre a última sílaba, o Voc. será semelhante ao tema. Ex.: δαίμω ν, -ονος, divindade: t. δαιμον-: V. δαίμον. βήτωρ, -ορος, orador: t. βήτορ: V. βήτορ 43. 3) Com σ: a) As labiais (β, π, φ) dão ψ: γυψί(ν) por γυπσί(ν). b) As guturais (γ, κ, χ) dão ξ: φύλαξι(ν) por φύλακσι(ν). c) As dentais (δ, θ, τ) caem: έλπίσι(ν) por έλπίδσι(ν). •44. 4) Regra prática para form ar o Dativo do plural dos temas em consoante. Basta tom ar o dativo do singular e substituir: por tf »»

) por ' »» *» ►ξι >»

Ex.: φλεβί (ή φλέψ, a veia) γυπί (ô γύψ, o abutre)

— D. pl. φλεψί(ν) — ” γυψί(ν)

Ex.: σάλπιγγι (ή σάλπιγξ, a trombeta) κόρακι (6 κόραξ, ο corvo) τριχί (ή θρίξ, ο cabelo) νυκτί (ή νύξ, a noite)

— D. pl. — ” — ” — ”

σάλπιγξι(ν) κόραξι(ν) θριζί(ν)1 νυξί(ν)

1. Diz-se τριχί e não θριχί para evitar que na mesma palavra haja duas sílabas seguidas come­ çadas por aspirada. (Cf. N. 265)

DECLINAÇÕES

δι θι τι VI

por'

ρι αντί εντι οντι

por ρσι ” ασι ” εισι1 ” ουσι

Μ

► σι

»»

»>

υντι ” υσι

29

Êx.: λαμπάδι (ή λαμπάς, a lâmpada) δρνιθι (ή άρνις, a ave) χάριτι (ή χάρις, a graça) χιτώνι (6 χιτών, a túnica)

— — — —

: φήτορι (6 £>ήτωρ, ο orador) : γίγαντι (6 γίγας, ο gigante) : λυθέντι (part. de λύω, desatar) : λέοντι (ό λέων, ο leão) όδόντι (6 όδούς, ο dente) : δεικνύντι (part. de δείκνυμι, mostrar)

— — — — — —

B) 45.

II II

λαμπάσι(ν) δρνισι(ν) 11 χάρισι(ν) 11 χιτώσι(ν) ” £ήτορσι(ν) II γίγασι(ν) >1 λυθεΐσι(ν) II λέουσι(ν) II όδοϋσι(ν) II δεικνϋσι(ν)

Temas em ς

1) Temas em -ος e -εσ: τό άνθος, a flo r\ ó Σωκράτης, Sócrates. Temas: άνθος e άνθεσ-

ΣωκρατεσSINGULAR

Ν. G. D. Α. V.

τό άνθος, α flor άνθους (άνθε-ος) άνθει (άνθε-ι) άνθος άνθος

Ν. G. D. Α. V.

άνθη (άνθε-α) άνθων (άνθέ-ων) άνθεσι(ν) άνθη (άνθ-εα) άνθη (άνθε-α)

ό Σωκράτης, Sócrates Σωκράτους (Σωκράτε-ος) Σωκράτει Σωκράτην ou Σωκράτη Σώκρατες

PLURAL Σωκράται Σωκρατών Σωκράταις Σωκράτας Σωκράται DUAL Ν. Α. V. G. D.

άνθη (άνθε-ε) άνθοΐν (άνθέοιν)

Σωκράτα Σωκράταιν

Exemplos como άνθος τό τείχος, -ους, α muralha τό γένος, -ους, α raça τό έτος, -ους, ο αηο

com o Σωκράτης ό Διογένης-ους, Diógenes ό Δημοσθένης-ους, Demóstenes ό Κράτης -ους, Crates

1. Exceção: χαρίεντι (χαρίεις, gracioso ), D. p i. χαρίεσι(ν).

M ORFOLOGIA

30

46. Obs. — Os nomes próprios terminados em -ης, como Διογένης, ora formam o Voc. em ες: ώ Δίογενες, ora o têm igual ao N o m i n como em Κράτης: ώ Κράτης. N . B. — Περικλής, Péricles: G. Περικλέους, D. Περικλεΐ, A. Περικλέα, V. Περίκλεις. 47. 2) Temas em ασ-: 1. Plur.: 2. Plur.:

το N. το Ν.

γήρας, a velhice: G. γήρως (γήρα-ος), D. γήρςι (γήρα-ι). A. V. γήρα (γήρα-α), G. γηρών (γηρά-ων), D. γήρασι(ν). γέρας, ο prêm io: G. γέρως, D. γέρςι. A. V. γέρα, G. γερών, D. γέρασι(ν)

3. τό κρέας, a carne: G. κρέως, D. κρέςι. Plur.: Ν. A. V. κρέα, G. κρεών, D. κρέασι(ν).

C) 48.

Temas em vogal

1) Temas em -ι, -υ (genit. em -εως) e -υ (genit. em -υος).

ή πόλις, a cidade; ó πήχυς, o braço; ό Ιχθύς, o peixe Temas: πολι-

πηχυ-

ιχθύ*

SINGULAR Ν. G. D. A. V.

ή πόλις, a cidade πόλε-ως πόλε-ι πόλι-ν πόλι

ό πήχυ-ς, ο braço πήχε-ως πήχε-ι πήχυ-ν πήχυ

ί 6 Ιχθύς, ο peixe ί ίχθύ-ος Ι Ιχθύ-ϊ Ιχθύ-ν Ιχθύ

PLURAL N. G. D. A. V.

πόλε-ις (πόλεες) πόλε-ων πόλε-σι(ν) πόλε-ις πόλε-ις (πόλεες)

πήχε-ις (πήχεες) πήχε-ων πήχε-σι(ν) πήχε-ις πήχε-ις (πήχεες)

Ιχθύ-ες ou Ιχθύς ίχθύ-ων Ιχθύ-σι(ν) Ιχθύς (Ιχθύας) 1%θύ-ες ou ΙχθΟς

DUAL N. A. V. πόλε-ι (πόλεε) G. D. πολέ-οιν

πήχε-ι (πήχεε) πηχέ-οιν

Ιχθύ-ε ou Ιχθδ ΐχθύ-οιν

:

31

DECLINAÇÕES

Exemplos com o ιχθύς

como πόλις e πήχυς ή πίστις, -εως, a f é ή φύσις, -εως, a natureza ό δφις, -εως, a serpente τό &στυ, -εως, a cidade (capital) ό πέλεκυς, -εως, ο machado

ή ό ό ή ή

Ισχύς, -ύος, a fo rça σΰς, συός, ο porco μυς, μυός, ο rato χέλυς, χέλυος, a tartaruga πίτυς, -υος, ο pinheiro

Obs. — Nas desinências -ως e -ων ο ω é considerado breve; por isso o acento pode ser colocado na antepenúltima- πόλεως. Esta acentuação de πόλεως explica-se por um a metátese quantitativa, pro­ veniente de πόληος (que subsiste em Homero). Do mesmo modo πήχεω ς pro­ vém de πήχεος (existente em Heródoto). 49. 2) Temas em -ω e -o: 1) ô ήρως, o herói (t. ήρω): G. ήρωος, D. ήρωι (ήρω), A. ήρωα (ήρω). Plur.: N. V. ήρωες (ήρως). G. ήρώων, D. ήρωσι(ν)', A. ήρω ας (ήρως). 2) ή πειθώ, a persuasão (t. πειθο-): G. πειθοΰς (πειθόος), D. πειθοΐ (πειθόι), Α. πειθώ (πειθόα). Ν. Β. — Como πειθώ: ή ήχώ, ο eco; Πυθώ, D elfos; Καλυψώ, Calipso.

D)

Temas em ditongo e temas em p sincopados

50. ô βασιλεύς, o rei; ό πατήρ, o pai. Temas: βασιλεύ-

πατερSINGULAR

Ν. G. D. Α. V.

6 βασιλεύ-ς, ο rei βασιλέ-ως βασιλει βασιλέ-α βασιλεύ

ò πατήρ, ο pai πατρ-ός πατρ-ί πατέρ-α πάτερ PLURAL

Ν. G. D. Α. V.

βασιλείς (βασιλής) βασιλέ-ων βασιλεϋ-σι(ν) βασιλέ-ας (βασιλείς) βασιλείς (βασιλής)

πατέρ-ες πατέρ-ων πατρά-σι(ν) πατέρ-ας πατέρ-ες

32

M ORFOLOGIA

DUAL Ν. A. V. G. D.

βασιλή βασιλέ-οιν

πατέρ-ε πατέρ-οιν

Exemplos com o βασιλεύς

com o πατήρ

ό ίππεύς, -έως, ο cavaleiro ό ίερεύς, -έως, ο sacerdote ό φονεύς, -έως, ο assassino

ή γαστήρ, -ρός, ο estômago ή μήτηρ, -ρός, a mãe (V. μήτερ) ή θυγάτηρ, -ρός, a filh a (V. θύγατερ)

Observações 51. 1) ó άνήρ, o hom em : G. άνδρός, D. άνδρί, A. άνδρα, V. άνερ. Plur: N. V. άνδρες, G. άνδρω ν, D. άνδράσι(ν), A. δνδρας. Δημήτηρ, Deméter: G. Δήμητρος, D. Δήμητρι, A. Δήμητρα, V. Δήμητερ. 52. 2) O utros substantivos de tem a em ditongo: 1. ó, ή βοϋς, o boi, a vaca (t. βου-): G. βοός, D. βοΐ, A. βουν, V. βοΰ. Plur: N. V. βόες, G. βοών, D. βουσί(ν), A. βοΰς (βόας). 2. δ, ή οϊς, ο carneiro, a ovelha (t. oi-): G. οίός, D. oií, A. olv, V. oi. P lur.: N. V. οΐες, G. διώ ν, D. oloí(v), A. οϊς. 3. ή γρ α ϋς, a velha (t. γραυ-): G. γραός, D. γραΐ, A. γραδν, V. γραϋ. P lur.: N. V. γ ρ δ ε ς, G. γραώ ν, D. γραυσί(ν), A. γραϋς. 53

53. Irregularidades prindpais nas declinações dos substantivos Prim eira Declinação ô δ εσ π ό τη ς, o senhor: V. ώ δέσ ποτα . Segunda Declinação δ δ ό ό ό δ ό

Θ εός, D eus: V. ώ Θ εός. Ί η σ ο ϋ ς, Jesus: G. D. V. Ίη σ ο ΰ , Α. Ίησ οΰν. ά δελφ ός, ο irm ão: V. ώ δδελφ ε (melhor do que άδελφέ). φ ίλος, ο am igo: V. & φίλε ou ώ φίλος. ζυγός, ο ju g o : Ρ1.: τά ζυγά. σ ίτο ς, ο trigo: Ρ1.: τ ά σ ΐτα. δεσ μ ό ς, ο laço: Ρ1.: τά δεσ μ ά ou oi δεσμοί.

DECLINAÇÕES

33

ό σταθμός, a jornada: Pl.: τά σταθμά ou oí σταθμοί, τό στάδιον, ο estádio: Pl.: ol στάδιοι ou τα στάδια, ό υίός, ο filh o : G. υίοϋ ou υΐέος, D. υίφ ou υΐεΐ, Α. υίόν, V. uté. Pl.: Ν. V. υίοί ou υίεΐς, G. υίών ou υίέων, D. υίοϊς ou υίέσι(ν), Α. υΙούς ou υϊεΐς. τό δάκρυον, α lágrima: D. pl.: δακρύοις ou δάκρυσι(ν). τό δένδρον, α árvore: D. pl.: δένδροις ou δένδρεσι(ν). Terceira Declinação ò ό ό ό ό

Ζευς, Zeus (Júpiter): V. ώ Ζεϋ, G. Διός, D. Διί, A. Δ ία1, Α πόλλω ν, A poio: V. ώ "Α πολλον, Α. Α π όλλω να ou Ά πόλλω . σωτήρ, ο Salvador. G. σω τήρος, V. ώ σώτερ. άστήρ, ο astro: G. άστέρος, D. ρΐ.: άστράσι(ν). κύων, ο cão: G. κυνός, D. κυνί, Α. κύνα, V. κύον. Ρ1.: Ν. V. κύνες, G. κυνών, D. κυσί(ν), Α. κύνας. ή γυνή, α mulher: G. γυναικός, D. γυναικί, Α. γυναίκα. V. γύναι. Pl.: Ν. V. γυναίκες, G. γυναικών, D. γυναιξί(ν). Α. γυναίκας. ή χείρ, α mão: G. χειρός, D. ρΐ.: χερσί(ν). ή ναϋς, ο navio: G. νεώς, D. νηϊ, Α. ναΰν, Pl.: Ν. νήες, G. νεών, D. ναυσί(ν), Α. ναϋς. τό δναρ, ο sonho: G. όνείρατος, etc. τό δδωρ, α água: G. ϋδατος, etc. τό πϋρ, ο fogo: G. πυρός, D. ρΐ.: πυροΐς. τό δόρυ, α lança: G. δόρα τος, D. δορί. τό γόνυ, ο joelho: G. γό να το ς, etc. τό γάλα, ο leite: G. γά λ α κ το ς, etc. τό φως, α luz: G. φ ω τός, etc. τό φρέαρ, ο poço: G. φ ρέατος, etc. ό μάρτυς, ο mártir: G. μάρτυρος, D. ρΐ. μάρτυσι(ν). ό πούς, ο pé: G. πο δό ς, D. ρΐ. ποσί(ν). ό άναξ, ο rei: G. ά να κ το ς, etc. ή θρίξ, ο cabelo: G. τρ ιχό ς, D. ρΐ. θριξί(ν). ή νύξ, α noite·' G. νυκ τός, D. ρΐ. νυξί(ν). ή κλείς, α chave: G. κλειδός, D. κλειδί, Α. κλεΐν (κλείδα). Pl.: Ν. κλείδες, G. κλειδών, D. κλεισί(ν), Α. κλείς.

1. Ζηνός, Ζηνί, Ζήνα são formas jónicas e poéticas.

C apítulo II

D eclinação dos adjetivos

54. Classificação geral dos Adjetivos: a) Adjetivos de tema em -a, -o

não-contratos contratos

b) Adjetivos de tema em consoante

não-contratos contratos

c) Adjetivos de tema em consoante e vogal

não-contratos contratos

d) Adjetivos irregulares.

I. — Adjetivos de tema em -o, -a A) Não-contratos 55. καλός, καλή, καλόν, lindo; δίκαιος, δικαία, δίκαιον, ju sto . Temas: καλό-, καλα-, καλό-

δίκαιο-, δίκαια-, δικαιο-

SINGULAR Masc. Ν. G. D. Α. V.

καλός καλοϋ καλώ καλόν καλέ

Fem. καλή καλής καλή καλήν καλή

Neutro

Masc.

Fem.

Neutro

καλόν καλού καλώ καλόν καλόν

δίκαιος δικαίου δικαίφ δίκαιον δίκαιε

δικαία δικαίας δικαίςι δικαίαν δικαία

δίκαιον δικαίου δικαίφ δίκαιον δίκαιον

35

M ORFOLOGIA

36

PLURAL N. G. D. A. V.

καλοί καλών καλοΐς καλούς καλοί

καλαί καλών καλαΐς καλάς καλαί

καλά καλών καλοΐς καλά καλά

δίκαιοι δικαίων δικαίοις δικαίους δίκαιοι

δίκαιαι δικαίων δικαίαις δικαίας δίκαιαι

δίκαια δικαίων δικαίοις δίκαια δίκαια

δικαίω δικαίοιν

δικαία δικαίαιν

δικαίω δικαίοιν

DUAL N. A. V. G. D.

καλώ καλοΐν

καλά καλαΐν

καλώ καλοΐν

Exemplos

como καλός 'α γαθός, ή, όν, bom κ α κ ό ς, ή, όν, mau άγνός, ή, όν, puro λευκός, ή, όν, branco

como δίκαιος δγιος, άγία, δγιον, santo δξιος, άξία, δξιον, digno δάδιος, φςιδία, όόδιον, fácil έλεύθερός, έλευθέρα, έλεόθερον,

livre

Observações 56. 1) Estes adjetivos declinam-se, no masc. e no neutro, como όδός, πόλεμ ος e δώ ρον da 2? declinação; a terminação do feminino em -ή segue a 1? declinação, como τιμή. 57. 2) Os adjetivos terminados em -ρος, -εος, -ιος têm o feminino em puro, o qual se conserva em todo o singular, como em χώρα. Ex.: έλεύθερος, α, ον; νέος, α, ον,

a

ηονο; δξιος, α, ον.

58. 3) Ο Nominat. e ο Genit. do plural feminino dos adjetivos em -ος, -η (ou -α), ον, que têm o acento na penúltimaou na antepenúltimasílaba (baríto­ nos), acentuam-se como no masculino.

digno: N. pl. m. δξιοι — G. pl. m. άξιων N. pl. f. δξιαι — G. pl. / . άξίων θείος, divino: N. pl. m. θείοι — G. pl. m. θείων

Ex.: άξιος,

N. pl. / .

θέϊαι — G. pl. / . θείων

59.4) Declinam-se como estes adjetivos: oscomparativostm -τερος, -τέρα, -τερον, os superlativos em -τατος, -τάτη, -τατον e em -ιστός, -ίστη, -ιστόν, os particípiospassivosdos verbos (ex.: λυόμενος, η, ον) e os adjetivosverbais, como λυτέος, α, ον. 60. 5) Em geral os adjetivos compostos ou formas: -ος para o masc. e fem., e -ov para o

derivados apresentam só duas neutro.

D ECLIN AÇÃ O DOS A D JE TIV O S

37

Ex.: άθάνατος, ον, imortal; βασίλειος, ον, real έντιμος, ον, honrado; βάρβαρος, ον, estrangeiro άδικος, ον, injusto; φρόνιμος, ον, prudente Ν. Β. — Há outros que admitem duas ou três terminações. Ex.: τίμιος, α, ον ou τίμιος, ον, precioso βέβαιος, α, ον ou βέβαιος, ον, seguro ώφέλιμος, η, ον ou ώφέλιμος, ον, útil. Β) Contratos 61. χρύσοϋς (χρύσεος), χρυσή (χρυσέα), χρυσοϋν (χρύσεον), de ouro. PLURAL

SINGULAR N. G. D. A.

χρυσοϋς χρυσοΟ χρυσφ χρυσοϋν

χρυσή χρυσής χρυσή χρυσήν

χρυσοϋν χρυσού χρυσφ χρυσοϋν

χρυσοί χρυσών χρυσοϊς χρυσοϋς

χρυσαι χρυσών χρυσαΐς χρυσάς

χρυσά χρυσών χρυσοις χρυσά

εϋνουν άνουν,

bondoso insensato

Exemplos άπλοϋς (άπλόος), ή, οϋν, sim ples άργυρους, ά, οϋν, de prata1

έθνους, όνους,

II. — Adjetivos de tema em consoante A) N ão-contratos 62. εύδαίμων, εύδαίμων, εύδαιμον, feliz. Tema: εύδαιμονSINGULAR Ν. G. D. Α. V.

Μ. eF . εύδαίμων εύδαίμον-ος εύδαίμον-ι εύδαίμον-α εύδαιμον

Ν. Α. V.

Ν. εύδαιμον 1 3 gêneros εύδαιμον εύδαιμον

PLURAL Μ. e F . εύδαίμον-ες εύδαιμόν-ων εύδαίμοσ-ι(ν) εύδαίμον-ας εύδαίμον-ες

Ν. εύδαίμον-α 1 ]

DUAL εύδαίμον-ε (3 g.) — G. D. εύδαιμόν-οιν (3 g.)

1. No fem . sing. conserva ο α puro.

3 gêneros εύδαίμον-α εύδαίμον-α

38

M O R FO LO G IA

Exemplos σώφρων, ον, prudente άφρων, ον, insensato

έπιστήμων, ον, sábio άγνώμων, ον, ingrato

Obs. — Estes adjetivos seguem a decl. dos subst. de tema em -v (N? 40). 63. 2) No Voc. sing. dos 3 gêneros, bem como no Nom. e Acus. sing. neutro, o acento recua o mais que lhe permitem as regras da acentuação. Ex.: άγνώ μω ν, ingrato: V. (3 g.): άγνωμον. N. A. (neutro): άγνωμον. 64. 3) Os adjetivos εϋχαρις, i, grato, ά χαρις, i, ingrato, άπολις, t, sempátria, form am o acusativo sing. em -iv, como χά ρις, G. χάριτος, A. χάριν (N? 41).

Contratos 65. άληθής, άληθής, άληθές, verdadeiro. Tema: άληθεσB)

PLURAL

SINGU LAR Μ . e F. N. G. D. Α. V.

Ν.

Μ. e F.

N.

άληθεϊς (έ-ες) άληθών (έ-ων) άληθέσι(ν) άληθεϊς άληθεϊς (έ-ες)

άληθής άληθές άληθοϋς (έ-ος) ) , „ άληθει (έ-ι) J άληθή (έ-α) άληθές άληθές άληθές

άληθή (έ-α)

3 gêneros άληθή (έ-α) άληθή (έ-α)

DUAL Ν. A . V.

άληθεϊ (έ-ε) (3 g.) — G. D. άληθοϊν (έ-οιν) (3 g.)

Exemplos εύγενής, ές, εύσεβής, ές,

nobre piedoso

άσθενής, ές, ά κριβής, ές,

fraco exato

N. B. — άληθες significa: é verdade? Obs. — 1) Estes adjetivos declinam-se como Π ερικλής (N? 46) e Σωκράτης (N? 45). 66. 2) Os adjetivos, cuja term inação é precedida de um a vogal, contraem, geralmente, no Acus. masc. efem. do sing. e no Nom. neutro do pl. -έα em -ã. Ex.: ύγιής, são: ύγιδ (ύγιέα). ένδεής, necessitado: ένδεά (ένδεέα).

39

D ECLIN AÇÃ O DOS A D JE TIV O S

67. 3) Os adjetivos paroxíionos (que levam acento agudo na penúltima) têm no N. A. V. neutro do sing. o acento na antepenúltim a. Ex.: εύήθης, morigerado: εϋηθες. συνήθης, habituado: σύνηθες. N. B. Excetuam-se os adjetivos em -ώδης, -ώρης, -ήρης, -ώλης. Εχ.: εύώδης, odorífero: εύώδες. — ποδήρης, que desce até os pés: ποδήρες.

III.

— Adjetivos em consoante e enr vogal A)

68.

N ão-contratos

1. πας, πάσα, παν, todo. Temas: παντ-, πασα-, παντPLURAL

SINGULAR Ν. G. D. A. V.

πας παντ-ός παντ-ί πάντ-α πας

πάσα πάσης πόση πάσαν πάσα

πάντ-ες πάντ-ων πά-σι(ν) πάντ-ας πάντ-ες

παν παντ-ός παντ-ί παν παν

πάσαι πασώ ν πάσ αις πάσας πάσαι

πάντ-α πάντ-ων πά-σι(ν) πάντ-α πάντ-α

DUAL N. A. V. G. D.

πάντ-ε πάντ-οιν

πάσα πάσαιν

πάντ-ε πάντ-οιν

2. μέλας, μέλαινα, μέλαν, negro. Temas: μελαν-, μέλαινα-, μελανSINGULAR N. G; D. A. V.

Μ. μέλας μέλανος μέλανι μέλανα μέλαν

N. A. V. G. D.

F. μέλαινα μελαίνης μελαίνη μέλαιναν μέλαινα μέλανε μελάνοιν

PLURAL Ν. μέλαν μέλανος μέλανι μέλαν μέλαν DUAL μελαίνα μελαίναιν

Μ. μέλανες μελάνων μέλασι(ν) μέλανας μέλανες

F. μέλαιναι μελαινών μελαίναις μελαίνας μέλαιναι μέλανε μελάνοιν

Ν. μέλανα μελάνων μέλασι(ν) μέλανα μέλανα

M ORFOLOGIA

40

Exemplos___________________________ •άλας, τάλαινα, τάλαν, desgraçado μάκαρ, μάκαιρα, μάκαρ, feliz. 3.

Declinação de λύων, λύουσα, λυον (partic. pres. de λύω, desatar). SINGULAR

Ν. G. D. Α. V.

λύ-ων λύ-οντος jjü-ο ν τι

λύ-οντα λΰ-ων

λύ-ουσα λυ-ούσης λυ-ούση λύ-ουσαν λύ-ουσα

------------ I1 λύ-ον λ ύ -ο \το ς λ ύ -ο \τι λύ-ον λύ-ον

1I ί1 1

PLU R A L λυ-οντες λυ-όντων λύ-ουσι λύ-οντας λύ-ο\αες

λύ-ουσαι λυ-ουσών λυ-ούσαις λυ-ούσας λύ-ουσαι

λύ-οντα λυ-όντων λύ-ουσι λύ-οντα λύ-οντα

DUAL Ν . A . V. G. D.

λυ-ούσα λυ-ούσαιν

λ ύ -ο ν τ ζ

λι>-ό\τοιν

λύ-οντε λυ-όντοιν

Exemplos έκών, έκούσα, έκόν, de boa vontade: G. έκόντος, έκούσης, έκόντος άκων, ακόυσα, άκον, contrariado: G. άκοντος, άκούσης, άκοντος άπας, άπασα, άπαν, todo: G. άπαντος, άπάσης, άπαντος χαρίεις, χαρίεσσα, χαρίεν, gracioso: G. χαρίεντος, χαριέσσης, χαρίεντος *6970 Ν . Β. — χαρίεις forma irregularmente ο Dat. pl. masc. e χαρίεσι(ν) (cf. N. 44); Voc. χαρίεν, χαρίεσσα, χαρίεν.

neutro em

69. Obs. — Declinam-se como πας muitos particípios ativos e passivos dos verbos. Ex.: ών, ούσα, δν (είμί, ser): G. δντος, οϋσης, δντος λύσας, -ασα, -αν (λύω, desatar): G. λύσαντος, -όσης, -αντος λυθείς, -εϊσα, -έν (part. aor. ρ.): G. λυθέντος, -είσης -έντος λείπων, -ουσα, -ον (λείπω, deixar):G. λείποντος, -ούσης, -οντος τιθείς -εϊσα, -έν (τίθημι, colocar): G. τιθέντος, -είσης, -έντος δοϋς, δουσα, δόν (δίδωμι, dar): G. δόντος, δούσης, δόντος δεικνύς, -Οσα, -ύν (δείκνυμι, mostrar): G. δεικνύντος, -ύσης, -ύντος λελυκώς, -υια-ός (part. perf. at.): G. λελυκότος, -υίας, -ότος ίστάς, -ασα, -άν (Τστημι, pôr): G. ίστάντος, -άσης, -άντος.

Contratos 70. ήδύς, ήδεϊα, ήδύ, agradável. Β)

41

D ECLIN AÇÃ O DOS A D JE T IV O S

Temas: ήδυ-, ήδεια-, ήδυΝ. G. D. A. V.

SINGULAR ήδύ-ς ήδεια ήδέ-ος ήδείας ήδεϊ (ήδέι) ήδείςι ήδύ-ν ήδείαν ήδύ ήδεια

ήδύ ήδέ-ος ήδεϊ (ήδέι) ήδύ ήδύ

PLURAL ήδεϊς (ήδέες) ήδέϊαι ήδέ-ων ήδειών ήδείαις ήδέ-σι(ν) ήδεϊς ήδείας ήδεϊς (ήδέες) ήδεϊαι

ήδέ-α ήδέ-ων ήδέ-σι(ν) ήδέ-α ήδέ-α

DUAL Ν. V. Α. G. D.

ήδεία ήδείαιν

ήδεϊ (ήδέε) ήδέ-οιν

ήδεϊ (ήδέε) ήδέ-οιν

Exemplos γλυκύς, -εΐα, -ύ, βαρύς, -εΐα, -ύ, όξύς, -εΐα, -ύ,

doce pesado agudo

βαθύς, τα χύς, ήμισυς,

-εΐα, -ύ, profundo -εΐα, -ύ, veloz ήμίσεια, ήμισυ, meio

IV — Adjetivos irregulares

muito. Temas: πολύ-, πολλο-

71. πολύς, πολλή, πολύ,

Ν. G. D. Α.

SINGULAR πολλή πολύς πολλου πολλής πολλω πολλή πολύν πολλήν

πολύ πολλου πολλω πολύ

πολλοί πολλών πολλοΐς πολλούς

PLURAL πολλαί πολλών πολλαΐς πολλάς

πολλά πολλών πολλοΐς πολλά

Obs. — 1) πολλοί, muitos; oi πολλοί, α maior parte (plerique). ο mais das vezes. geralmente. 72. μέγας, μεγάλη, μέγα, grande. Temas: μεγα-, μεγάλο-

2) έπι τό πολύ e τά πολλά significam:

Ν. G: D. Α. V.

μέγας μεγάλου μεγάλφ μέγαν μεγάλε

Ν. Α. V. G. D.

SINGULAR μεγάλη μέγα μεγάλης μεγάλου μεγάλη μεγάλω μεγάλην μέγα μεγάλη μέγα μεγάλω μεγάλοιν

μεγάλοι μεγάλων μεγάλοις μεγάλους μεγάλοι DUAL μεγάλα μεγάλαιν

PLURAL μεγάλαι μεγάλων μεγάλαις μεγάλας μεγάλαι μεγάλω μεγάλοιν

μεγάλα μεγάλων μεγάλοις μεγάλα μεγάλα

Capítulo III

C om parativos e superlativos

73. 1? — Os adjetivos terminados em -ος formam o Com parativo m udan­ do a terminação -ος em -ότερος ou -ώτερος, e o Superlativo m udando -ος em -ότατος ou -ώτατος. N. B. — Escreve-se -ότερος e -ότατος, se a penúltim a sílaba do adjetivo é longa; escreve-se -ώτερος e -ώτατος, se é breve1: δίκαιος, ju sto : έντιμος, honrado: Mas: δξιος, digno: σοφός, sábio:

Comp. 99 99 ”

δικαιότερος, έντϊμότερος, άξιώτερος, σοφώτερος,

α, α, α, α,

Superl. *' ” ”

ον — ον — ον — ον —

δικαιότατος, η, ον έντϊμότατος, η, ον άξιώτατος, η, ον σοφώτατος, η, ον

74. 2? — Os adjetivos terminados em -ων formam o com parativo e su­ perlativo juntando ao neutro -έστερος e -έστατος. εύδαίμων, feliz: σώφρων, prudente:

Comp. εύδαιμον-έστερος 99 σωφρον-έστερος

Superl. εύδαιμον-έστατος ” σωφρον-έστατος

75. 3? — Os adjetivos terminados em -ης, -ας, -υς formam o com parativo e superlativo juntando ao neutro -τερος e -τατος: άληθής, verdadeiro: μέλας, negro: βραχύς, curto: 76. em -ιστός.

Comp. άληθέσ-τερος — 99 μελάν-τερος — 99 βραχύ-τερος —

Superl. άληθέσ-τατος ” μελάν-τατος ” βραχύ-τατος

4? — Alguns adjetivos formam o com parativo em -ιων e o superlativo

N. B. — O superlativo declina-se como δίκαιος, e o com parativo declinase do modo seguinte: Ex.: κ α κός, mau: Comp. κακίω ν — Superl. κ άκ ισ τος.

1. Exceção: στενός, estreito, κενός, vazio têm o Comp. στενότερος, κενότερος, e o Superl. στενότατος, κενότατος, embora a penúltima sílaba seja breve.

43

44

M O R FO LO G IA

PLURAL

SINGULAR M. e F. N. G. D. A.

M. e F.

Ν.

κακιών κάκιον κακίονος 3 gêneros κακίονι κακίω (κακίονα) κάκιον

Ν.

κακίους (κακίονες) κακίω (κακίονα)1 κακιόνων 3 gêneros κακίοσι(ν) κακίους (κακίονας) κακίω (κακίονα) DUAL κακίονε κακιόνοιν

Ν. A. V. G. D.

3 gêneros

77. Comparativos e Superlativos irregulares M. e. F.

AvnfíAr U f U U U ^

κ α κός,

/)/ί μ ι U Uffl

mau

καλός, belo αίσχρός, feio ήδός, agradável τα χύς, rápido βφδιος, fácil έχθρός, inimigo φίλος,

amigo

á

άμείνων, mais excelente βελτίων, mais honesto κρείττων, maisforte λωων, mais vantajoso

άμεινον βέλτιον κρεΐττον2 λφον

κάκιον 1Γ κακιών, pior \ χείρων, inferior (deterior) χείρον \[ ήττων, inferior (inferior) ήττον3 καλλιών αισχίων ήδίων θάττων βςιων έχθίων ( φιλώτερος (raro) \ φίλτερος (poético) φιλαίτερος (raro)

κάλλιον αίσχιον ήδιον θάττον4 βςίον δχθιον

1

μείζων μέγας, grande μικρός, pequeno μικρότερος5 πλείων πολύς, muito 1. 2. 3. 4. 5.

Ν. άριστος βέλτιστος κράτιστος λφ στος κάκιστος χείριστος ήκιστος κάλλιστος αΐσχιστος ήδιστος τάχιστος βαστος έχθιστος φιλτατος φιλαίτατος (raro) μειζον

πλέον

Ή δίω e ήδίους provêm das contrações de ήδίο(σ)α, ήδ(ο(σ)ες. Οθ κρείσσων, κρεΐσσον. Ou ήσσων, ήσσον. Ou θάσσων, θασσον. Alguns gramáticos dão também a forma μείων e έλάττων.

μέγιστος μικρότατος πλεΐστος

45

COM PARATIVOS E S U P E R LA TIV O S

όλίγος,

pouco

μαχρός,

έλαττον1 έλάχιστος μειον όλίγιστος

{ έ^άττω ν | μείων

μακρότατος μήκιστος

μακρότερος μάσσων

longo

Comparativo e Superlativo dos advérbios 78. 1? — Os advérbios derivados dos adjetivos formam-se substituindo a terminação -cov do genitivo do plural por -ως. — Adv. δικαίω ς Ex.: δίκαιος, justo: G .‘ p l. δικαίω ν ” σοφώς ” σοφών — σοφός, sábio: ” εύδαιμόνως ” εύδαιμόνων — εΰδαίμων, feliz: 99 σαφώς ” σαφών — σαφής, claro: ” πάντω ς ” πάντω ν — πας, todo: ” ήδέως — ήδύς, agradável: ” ήδέω ν

Obs. — A forma neutra de alguns adjetivos faz as vezes de advérbio: ταχύ, depressa; πολύ, muito; μικρόν, pouco; όλίγον pouco; άγαθός, bom (tem o adv. εύ, bem). 79. 2? — O comparativo dos advérbios tom a a forma do Acus. sing. neutro do comparativo do adjetivo respectivo. 0 superlativo recebe a form a do Acus. pl. neutro do superlativo corres­ pondente: σοφώς, sabiamente: εύδαιμόνως, felizmente: σαφώς, claramente: ήδέως, agradavelmente: καλώς, belamente: 80.

Comp. ” ” ” ”

σοφώτερον εύδαιμονέστερον σαφέστερον12 ήδιον κάλλιον2

Superl. ” ” ” ”

σοφώτατα εύδαιμονέστατα σαφέστατα ήδιστα κάλλιστα

3? — Comparativos e Superlativos irregulares de alguns advérbios εύ, bem μάλα, muito έγγύς,

perto

πό^ω ,

longe

άμεινον μάλλον έγγύτερον έγγυτέρω πο^ω τέρω

άριστα μάλιστα έγγύτατα έγγυτάτω ποφφωτάτω

1. Ou έλάσσων, έλασσον. 2. Também se encontra, embora raramente, σαφεστέρως, καλλιόνως, bem como μειζόνως, ao lado de μέϊζον.

46

M ORFOLOGIA

81.

Comparativos e Superlativos derivados de preposições

πρό,

diante

πρότερος

ύπέρ,

sobre

ύπέρτερος

ύπό,

debaixo, depois

ΰστερος

(prior) (superior)

(posterior)

πρώτος (primus) ύπέρτατος (supremus) ϋπατος (summus) ύστατος (postremus)

Observações pelo

82. 1) O segundo termo de comparação pode, geralmente, ser expresso genitivo ou por ή. Ex.: Oi φίλοι πιστότατοι βεβαιότεροι είσι των τιμιωτάτων θησαυρών ou ή oi τιμιώτατοι θησαυροί, os amigos maisfiéissão mais se­ guros que os mais preciosos tesouros.

83. 2) Se o adjetivo não tem comparativo ou superlativo, emprega-se μάλλον para o comparativo e μάλιστα para o superlativo antes do adjetivo no grau positivo. Ex.: μάλλον φίλος,

mais amigo.

Para exprimir o grau de inferioridade, usa-se ήττον, Ex.: ήττον σοφός,

menos.

menos sábio.

84. 3) P ara exprimir o grau mais elevado possível, usa-se ordinariamente ώ ς e ότι antes do superlativo. Ex.: Ώ ς τάχιστα, o mais depressapossível (lat. quam citissimé).

Capítulo IV

Pronom es

I. 85.

— Pronomes pessoais

l.aPessoa: έγώ, eu; 2? Pessoa: σύ, tu; 3? Pessoa: (pr. refl.): ού, de si, dele, dela. SINGULAR

Ν. G. D. Α.

έγώ, eu έμοϋ, μου, de mim έμοί, μοι, α mim έμέ, με, me

σύ, tu σου, σου, de ti σοί, σοι, α ti σέ, σε, te

ού, dele, dela οί, α ele, α ela ê, lhe, ο, α

PLURAL Ν. G. D. Α.

ήμεΐς, ήμών ήμϊν ήμάς

nós

ύμεΐς, vás ύμών νμΐν ύμ δς

σφεΐς σφών σφίσι(ν) σφας

DUAL Ν. Α. G. D.

νώ νφν

86. empregam-se:

σφώ σφφν

σφώ σφωΐν

Obs. — 1) As formas acentuadas έμοϋ, έμοί, έμέ, σου, σοΐ, σέ,

a) No princípio de uma frase: έμοι πείθου, crê em mim. b) Depois das preposições: πρός σέ, contra,ti. c) Quando se quer dar maior relevo ao pronome: έμοι ού σοι τούτο άρέσκει, istoagrada-me a mim, não a ti. N. B. — Nos outros casos, empregam-se as formas enclíticas μου, μοι, σου, σοι, σε: δοκεΐ μοι, parece-me. 47

48

MORFOLOGIA

87. 2) Para dar mais ênfase ao pronome pessoal, junta-se-lhe, algumas ve­ zes, a partícula γε: έγωγε, eu mesmo (egomet, ego quidem), έμοιγε, σύγε, etc. 88. 3) Para substituir o pronome da 3? pessoa (dele, a ele), emprega-se no Nom in. ούτος ou έκεΐνος (N? 94 e 93), e nos outros casos αύτός (N? 91). O reflexivo simples só se usa em orações subordinadas (refl. indireto). II. — Pronomes possessivos 89. έμός, έμή, έμόν, meu σός, σή, σόν, teu

ήμέτερος, -α, -ον, nosso ύμέτερος, -α, -ον, vosso

90. Obs. — Em vez do pronome possessivo da 3.a Pessoa, emprega-se έαυτοϋ, -ής, έαυτών, ou αυτού, -ής, αυτών. Ν . Β. — Com έαυτοϋ, -ής, έαυτων, ο artigo é colocado antes do pronome; com αύτοϋ, -ής, αυτών, o artigo é colocado antes do substantivo. Ex.: Στέργει τόν έαυτοϋ φίλον, ele ama o seu amigo; στέργει τόν φίλον αύτοϋ ou αύτοϋ τόν φίλον. λ

ΠΙ. — Pronomes demonstrativos 91. 1? Αύτός, αύτή, αύτό, ele, ela (ipse); ο mesmo; ο, α... PLURAL

SINGULAR N. G. D. A.

αύτός αύτοϋ αύτφ αύτόν

αύτή αύτής αύτη αύτήν

αύτοί αύτών αύτοΐς αύτούς

αύτό αύτοϋ αύτφ αύτό

αύταί αύτών αύταΐς αύτάς

αύτά αύτών αύτοΐς αύτά

DUAL Ν. Α. G. D.

αύτώ αύτοίν

3 gêneros

Ν . Β. — As formas femininas αύτά e αύταιν do dual são pouco corretas. 92. Obs. — αύτός ó υΙός ou ó υΙός αύτός, o próprio filh o ; ó αύτός υΙός ou ύιός ô αύτός, o mçsm o filh o . Notem-se as crases seguintes: ταύτοϋ, ταύτφ , ταύτή, ταύτό, ταύτά por: τοϋ αύτοϋ, τφ αύτφ , τή αύτή, τό αύτό, τά αύτά. 93. 2? Ε κ ε ίν ο ς, έκεϊνη, έκείνο, aquele, aquela (ele), declina-se como: αύτός (N.° 91).

PRONOMES

49

94. 3? Οΰτος, αϋτη, τούτο, este, esta, isto (hic). SINGULAR αΰτη ούτος τούτου ταύτης τούτφ ταύτη τούτον ταύτην

Ν. G. D. A.

PLURAL οΰτοι ταϋτα αΰται τούτων τούτων τούτων τούτοις ταύταις τούτοις τούτους ταύτας ταϋτα

τούτο τούτοι τούτω τούτο DUAL τούτω τούτοιν

N. A.

G. D.

3 gêneros

N. B. — Muitas vezes, para dar realce ao pronome, junta-se um i aos dife­ rentes casos: ούτοσί, αύτηί, τουτί (neutro), τουτονί, ούτοιί, αύτανί, ταυτί. Ούτος tem, por vezes, sentido exclamativo: Ό οΰτος, τί ποιείς, (Aristóf., Rõs, 198), Tu por aqui! Que fazes? 95. 4? δδε, ήδε, τόδε, este (hicce): é o artigo seguido da partícula δε: declina-se como o artigo (N? 23). N. B. — δδε refere-se à pessoa ou coisa de que se vai falar: οΰτος refere-se à pessoa ou coisa de que se acaba de falar. Ex.: τεκμήριον δέ τούτου και τόδε (Xen. An. 1, 9, 29), Prova disto (que acabo de dizer) é o seguinte. Algumas vezes junta-se também a este pronome um i de realce, como em οΰτος: ήδί, τοδί. IV. — Pronomes reflexivos 96. έμαυτοϋ, de mim mesmo; σεαυτοϋ, de ti mesmo; έαυτού, de si mesmo. SINGULAR G. D. Α.

έμαυτού, -ής, -οΰ έμαυτφ, -ή, -ω έμαυτόν, -ήν, -ό

σεαυτοϋ, -ής, -ού σεαυτώ, -ή, -ω σεαυτόν, -ήν, -ό

έαυτού, -ής έαυτώ, -ή έαυτόν, -ήν

PLURA L G. D. Α.

ήμών αύτώ ν ήμϊν αύτοϊς, -α ΐς ή μά ς αύτούς, -ά ς

ύμών αύτών ύμΐν αύτοϊς, -αϊς ύμ α ς αύτούς -άς

έαυτών έαυτοϊς -αϊς έαυτούς, -άς

TV. B. — Em vez de σεαυτοϋ..., έαυτού..., έαυτών..., pode-se dizer: σαυτοϋ..., αΰτοϋ..., αύτών... .

MORFOLOGIA

50

V — Pronomes relativos 97. "Ος, ή, δ, que, o qual, a qual; este, esta, isto.

N. G. D. A.

SINGULAR δ ή βς ού ή ς ού Φ

ή

PLURAL οΐ αί & ών ών ών οίς αϊς οίς οϋς & ς &

Φ

δν ήν δ

DUAL Ν. Α. «δ ) G .D .olv t 3gênems

N . B. — Para dar mais relevo a este pronome, junta-se-lhe por vezes a par­ tícula περ: δσπερ, ήπερ, δπερ, ούπερ...

VI — Pronomes interrogativos e indefinidos 98. τίς, que, quem, qual (quis)? τις, alguém, algum, um (aliquis). Interrogativos

Indefinidos SINGULAR

Ν. G. D. A.

M. e F.

Ν.

Μ. eF .

Ν.

τίς τίνος, τοϋ τίνι, τφ τίνα

τί

τίς τινός, τού τινί, τω τινά

τΐ

3 gêneros τί

3 gêneros τί

PLURAL N. G. D. A.

τίνες τίνων τίσι(ν) τίνας

τίνα 3 gêneros τίνα

τινά (άττα)

τινές τινών τισί(ν) τινάς

3 gêneros

τινέ τινοΐν

3 gêneros

τινά (άττα)

DUAL N. A. τίνε G. D. τίνοιν

1 3 gêneros ί

Observações 99. 1) τίς, τί, pronome άνθρωπος; que homem?

interrogativo, leva sempre acento agudo: τίς

100.2) τις, τι, pronome indefinido, éenclítica e só leva acento quando tem duas sílabas e as regras das enclíticas o permitem (N? 255).

51

PRONOMES

Ex.: άνθρωπός τις, certo hom em . Mas: λόγοι τινές, alguns discursos. 101. "Οστις, qualquer (que) (quicumque). SINGULAR N. G. D. A.

δστις δτου (ούτινος) δτω (φτινι) δντινα

δ τι δτου (ούτινος) δτψ (φτινι) δ τι

ήτις ήστινος ήτινι ήντινα PLURAL

N. G. D. A.

οϊτινες ώντινων οίστισι(ν) οϋστινας

άττα (άτινα) ώντινων οϊστισι(ν) άττα (άτινα)

αϊτινες ώντινων αΐστισι(ν) άστινας DUAL

N. A. G. D.

ώτινε οίντινοιν

3 gêneros

Obs. — 1) Escreve-se "Ο τι (N. A . neutro sing. de "Οστις), para se distinguir da conjunção "Οτι, que, porque. 2) A "Οστις juntam-se, por vezes, partículas como περ, δή, ούν: δστισπερ, quem quer que; όστισδή ou όστισδήποτε, qualquer que; δστισοϋν, qualquer que; declinase só "Οστις, ficando a partícula invariável: δστισοϋν, ήτισοϋν, δτιοϋν, etc. Outros pronomes 102. 1. "Αλλος, άλλη, άλλο, outro (como αύτός). Obs. — 1. άλλος com artigo (δ άλλος) significa: o resto (lat. reliquus). Ex.: δ άλλος δήμος, o resto do povo. 2) άλλοι sem artigo quer dizer: outros (lat. alii); ol άλλοι significa: os outros (lat. ceteri). 3) Frases como esta, άλλοι άλλα (φέρουσιν), traduzem-se: uns (levam) uma coisa, outros outra (lat. alii alia ferunt). 4) Note-se a expressão τά τε άλλα, e entre outras coisas. 103. 2. "Εκαστος, έκάστη, έκαστον, cada um, cada uma. Declina-se como δίκαιος (N? 55). N. B. — Note-se a expressão καθ’ έκάστην ήμέραν, todos os dias.

52

MORFOLOGIA

104. 3. Έ κ ά τερ ο ς, έκατέρα, έκάτερον, u m e outro (lat. uterque). De­ clina-se como δίκα ιος. 105. 4. "Ε τερος, έτέρα, έτερον, ο outro, ο segundo (lat. alter). Declina-se como δίκα ιος.

Obs. — 1) As crases: άτερος, θάτερον, θάτέρου, θάτέρω, θάτερα1 cor­ respondem a: έτερος, τό έτερον, τοϋ έτέρου, τφ έτέρω, τά έτερα, e resultam da forma mais antiga άτερος. 2) A frase δυοΐν θάτερον ή... ή... traduz-se: de duas uma: ou... ou. 106. 5. Ούδέτερος, ούδετέρα, ούδέτερον, 107. 6. Pronome recíproco: άλλήλων,

nem um nem outro(lat. neuter).

uns dos outros.

PLURA L G. D. A.

άλλήλω ν ά λλή λοις ά λλήλους

άλλήλω ν ά λλή λα ις ά λλή λα ς

DUAL άλλήλω ν άλλήλοις άλληλα

108. 7. O pronome ό (ή, τό) δείνα, é indeclinável, outras declinável.

G. D. Α.

um tal, um qualquer, umas vezes PLURAL

SINGULAR Ν. G. D. Α.

δείνα 1 δεινός ►3 δέϊνι δείνα .

gêneros

άλλήλοιν άλλήλω

δείνες ϊ δείνων I . _

..

> M asculino

δείνας J

VIL — Pronomes correlativos 109. Dá-se o nome de forma, quer pela significação. Tais são:

Correlativosaos pronomes relacionados quer pela

1. Também se pode escrever: θάτερον, θατέρου, θάτερα, etc.

PRONOMES

53

Interrogativos Diretos

τίς; quem (quis)? ποιος; qual (qualis)? πόσος; quão grande? (quantus) πόσοι; quantos (quot)?

Indefinidos

Relativos

Demonstrativos

δς, que, o qual (qui) οίος, qual (qualis) δσος, quanto (quantus)

δδε, ούτος, este (is) τοιόσδε, τοιοϋτος, tal (talis) τοσόσδε, τοσοϋτος, tão grande (tantus) τοσουτοι, tantos (tot) ó Ετερος, um dos dois

Indiretos

δστις, quem τίς, algum (quis) (aliquis) όποιος, qual ποιός, de certa (qualis) qualidade όπόσος, quão ποσός, de certa grande grandeza (aliquantus) (quantus) όπόσοι, quantos, todos os que (quot) όπότερος, aquele πότερος; qual dos dois que dos dois (uter)? πηλίκος; de que όπηλ(κος, de que tamanho, de tamanho, de que idade? que idade

δσοι, quantos (quot)

ήλίκος, quão grande

τηλικόσδε, τηλικοϋτος, tão grande, tão idoso

110. Obs. — O pronome relativo οίος seguido da partícula τε tem o senti­ do de “capaz”. A frase olóv τέ έστιν traduz-se por “é possível

Capítulo V

Num erais

111.

Cardinais

Ordinais

Advérbios

1 2 3 4 5 6 7 8 9

α' β' γ' 6' ε' ς' ζ' η' θ'

είς, μία, έν δύο τρεις, τρία τέτταρες, τέτταρα1 πέντε έξ έπτά δκτώ έννέα

πρώτος δεύτερος τρίτος τέταρτος πέμπτος έκτος έβδομος δγδοος ένατος (έννατος)

άπαξ, uma vez δίς, duas vezes τρίς τετράκις πεντάκις έξάκις έπτάκις όκτάκις ένάκις (έννάκις)

10 11 12 13 14 15 16 17 18 19

ι' ια' ιβ' ιγ' ιδ' ιε' ις' ιζ' ιη' ιθ'

δέκα ένδεκα δώδεκα τρεις καί δέκα2 τέτταρες καί δέκα3 πεντεκαίδεκα έκκαίδεκα έπτακαίδεκα όκτωκαίδεκα έννεακαίδεκα

δέκατος ένδέκατος δωδέκατος τρίτος καί δέκατος τέταρτος καί δέκατος πεντεκαιδέκατος έκκαιδέκατος έρτακαιδέκατος όκτωκαιδέκατος έννεακαιδέκατος

δεκάκις ένδεκάκις δωδεκάκις τρισκαιδεκάκις τετταρακαιδεκάκις πεντεκαιδεκάκις έκκαιδεκάκις έπτακαιδεκάκις όκτωκαιδεκάκις έννεακαιδεκάκις

20 30 40 50 60 70 80 90

κ' λ' μ' ν' ξ' ο' π' q'

εικοσι(ν) τριάκοντα τετταράκοντα πεντήκοντα έξήκοντα έβδομήκοντα όγδοήκοντα ένενήκοντά

είκοστός τριακοστός τετταρακοστός πεντηκοστός έξηκοστός έβδομηκοστός όγδοηκοστός ένενηκοστός

εικοσάκις τριακοντάκις τετταρακοντάκις πεντηκοντάκις έξηκοητάκις έβδομηκοντάκις όγδοηκοντάκις ένενηκοντάκις

1. Ou τέσσαρες, τέσσαρα. 2. τρεισκαίδεκα. 3. τετταρεσκαίδεκα.

55

56

M O R FO LO G IA

Cardinais 100 ρ' 200 σ ' 300 τ ' 400 υ ' 500 ψ' 600 χ ' 700 ψ ' 800 ω ' 900 "V

έκατόν διακόσιοι, -αι, -α τριακόσιοι τετρακόσιοι πεντακόσιοι έξακόσιοι έπτακόσιοι όκτακόσιοι ένακόσιοι

1.000 ό χίλιοι, -αι, -α 2.000 /β δισχίλιοι 3.000 Ύ τρισχίλιοι 4.000 'δ τετράκισχίλιοι 10.000 ί μύριοι, -αι, -α 20.000 'Κ δισμύριοι 100.000 'Ρ δεκακισμϋριοι

Ordinais

Advérbios

έκατοστός διακοσιοστός τριακοσιοστός τετρακοσιοστός πεντακοσιοστός έξακοσιοστός έπτακοσιοστός όκτακοσιοστός ένακοσιοστός

έκατοντάκις διακοσιάκις τριακοσιάκις τετρακοσιάκις πεντακοσιάκις έξακοσιάκις έπτακοσιάκις όκτακοσιάκις ένακοσιάκις

χιλιοστός δισχιλιοστός τρισχιλιοστός τετρά κισχιλιοστός μυριοστός δισμυριοστός δεκακισμυριοστός

χιλιάκις δισχιλιάκις τρισχιλιάκις τετρακισχιλιάκις μυριάκις δισμυριάκις δεκακισμυριάκις

Declinação dos numerais 112. Declinam -se com o os adjetivos em -ος, -η, ον, os ordinais; como os adjetivos em -ο ς, -α , -ον, os cardinais a partir de 200 (διακόσιοι). Os outros números cardinais são indeclináveis, à exceção dos quatro primeiros: Ν. 1. εις G. ένός ένί D. Α. ένα

έν μία μιας ένός ένί μι$ μίαν έν

2. δύο δυοιν δυοΐν δύο

3. τρεις τρία τριών J τρισί(ν) J τρεις τρία

4. τέτταρες τέτταρα τεττάρων J ^ τέτταρσι(ν) j τέτταρας τέτταρα

N. B. — Com o είς, declinam-se ούδείς e μηδείς, nenhum; como δύο, άμφω, ambos (ambo).

declina-se

113. 1) Em vez de δμφω emprega-se mais frequentemente άμφότεροι, -αι, -α. Δ ύο pode construir-se com ο plural ou com o dual. Ex.: δυο πόλεις ou δύο πόλει,

duas cidades.

M as, se quiserm os dizer: as duas cidades em conjunto, empregamos ou άμφότεραι αί π όλεις (no plur.), ou άμφω τώ πόλει (no dual). 114. 2) Para números superiores a 10.000 pode-se também usar o substan­ tivo μυριάς (ή), miríade (10.000).

NUMERAIS

57

Ex.: δύο μυριάδες, 20.000; τρεις μυριάδες, 30.000. 115. 3) Construções:

a) De 20 a 10Ó podem usar-se três construções. Assim 25 pode exprimir-se: Cardinal πέντε καί εΐκοσι(ν) είκοσι πέντε είκοσι καί πέντε

Ordinal πέμπτος καί είκοστός είκοστός πέμπτος είκοστός καί πέμπτος

b) Para números superiores a 100 podem empregar-se quatro construções. Assim 165: πέντε και έξήκοντα καί έκατόν (melhor), έκατόν και έξήκοντα πέντε έκατόν πέντε καί έξήκοντα, έκατόν έξήκοντα πέντε Ν. Β. — Do mesmo modo se procede nos ordinais. c) Os números 18, 28, etc., 19, 29, etc., podem também exprimir-se do modo seguinte: δυοΐν δέοντες είκοσι, τριάκοντα... 18, 28... ένός δέοντες εϊκοσι, τριάκοντα (ένός δέοντα, μιας δέουσαι...) 19, 291. 116. 4) Os distributivoslatinos singuli, bini, terni... exprimem-se em grego pelas preposições κατά ou άνά com o acusativo dos números cardinais.

cada um (singuli), κατά δύο, cada dois (bini). N. B. — Algumas vezes emprega-se a preposição σύν (com) ligada aos nu­ Ex.: κ α θ 'έν α ,

merais para traduzir a idéia de distribuição.

dois a dois\ σύντρεις, σύντρια, três a três; σύμπεντε, cinco a cinco, etc. 117. 5) Os multiplicativosformam-se pospondo -πλους, -ή, -οϋν ao radical dos cardinais ou dos advérbios respectivos: ά-πλοϋς, simples; δι-πλοϋς, dúpli­ ce; τρι-πλοϋς, tríplice. Ex.: σύνδυο,

118. 6) Os proporcionais formam-se juntando ao radical dos cardinais ou dos advérbios respectivos -πλάσιος, -α, -ον: δι-πλάσιος, duplo\ τρι-πλάσιος, etc. 119. 7) Quando se seguem vários números, só se coloca o acento superior na última letra que os representa. 1. Cf. lat.: undeviginti, undetriginta (19, 29), duodeviginti, duodetriginta (18, 28)...

58

MORFOLOGIA

Ex.: π η ', 88; /α ω ο ε ', 1875; 'α ^ ν ζ ', 1957. 120. 8) Não se confunda μυρίος, infinito e μυρίοι. inumeráveis (lat. sexcenti), com μύριοι, -αι, -α, 10.000 121. 9) Usam-se também alguns substantivos numerais: ή μονάς, -άδος (ένας), unidade: ή τριάς, trindade; ή δεκάς, dezena; ή δεκάς, milhar; ή μυριάς, miríade (10.000).

Capítulo VI

V erbos

I. — Vozes verbais 122. Há na conjugação grega três vozes: ativa, passiva e média. A voz médiacorresponde à nossa reflexiva diretaquando a ação é exercida pelo sujeito sobre si mesmo; ou indireta, quando o sujeito pratica a ação para si mesmo, em seu proveito. Ex.: λύομαι, desligo-meou desligopara mim mesmo; λούομαι, me γυμνάζομαι, exercito-me.

II.

lavo-

— Modos

Modos, em grego, são seis: quatro principais — indicativo, sub­ juntivo, optativo, imperativo — e dois secundários — infinitivo e participio. 123. Os

Observações 124. 1) Não há futuro do pretérito. Este traduz-se, em grego, ou pelo

im­

perfeito com a partícula &v, ou pelo aoristo com a mesma partícula. Ex.: Έ λεγο ν άν, eu diria; είπον άν, eu teriadito. 125. 2) O optativo exprime geralmente desejo e, embora não tenha modo perfeitamente correspondente nas línguas românicas, equivale a diversas formas do nosso subjuntivo e potencial. Ex.: λύοιμι,

oxalá que eu desligue, que eu possa desligar.I . III. — Tempos verbais

126. Há, em grego, setetempos verbais: quatro principais e três secundá­ rios ou históricos. São principais: o presente, ofuturo, o perfeitoe ofuturoperfeito(oufutu­ ro anterior); são secundários: o imperfeito, o aoristo e o mais-que-perfeito.

59

MORFOLOGIA

60

N. B. — Alguns verbos têm fufuros,aoristos,perfeitose mais-que-perfeitos primeiros ou fracos, e futuros, aoristos,perfeitose mais-que-perfeitossegundos ou fortes. 127. Enunciação do verbo grego. — O verbo grego enuncia-se dizendo o

presente,futuro, aoristoe perfeitodo indicativo, na primeira pessoa do singular. Ex.: λύω, desligar: λύσω, έλυσα, λέλυκα. Observações

indicativocorresponde geralmente ao perfeito latino. Ex.: έλυσα, desliguei (lat. solvi),

128. 1) O aoristo do

129. 2) Entre o aoristo e o perfeito gregos, nota-se a diferença seguinte: O aoristoexprime uma ação passada, sem idéia alguma de duração: έλυσα, desliguei. O perfeito, que se pode chamar, de algum modo, tempo presente, exprime o resultado atualmentepresente de uma ação já concluída. Ex.: λέλυκα,

acabei (agora) de desligar. IV. — Números e Pessoas

130. Os Números são três: singular, plural e dual. O dual, pouco usado em prosa, não tem a primeira pessoa, que é substituí­ da pelo plural. As Pessoas são três, como em português.V .

V. — Temas verbais 131. Além do tema verbalgeral, há os temas verbais temporais, que são comuns a todos os modos de um tempo e se formam pela aposição de afixos temáticos. Assim: Em λύω, o tema verbal geral é λυ-, o tema verbal temporal é, por exemplo no futuro, λυσ- comum a todos os modos do futuro ativo e médio, e λυθησ- comum a todos os modos do futuro passivo. 132. Desinências e Terminações

a) As desinências indicam as pessoas. Ex.: λύ-ο-μαι e λύ-ο-μεν: -μαι e -μεν são as desinências, e designam: uma, a 1? p. sing. da voz passiva, e a outra, a 1? p. pl. da voz ativa.

VERBOS

61

b) A terminação é o conjunto de letras móveis que se juntam ao tema verbal temporal para formar os modos e as pessoas. Consta, por vezes, de desinência e de uma vogal temátical. Ex.: Em λύ-ο-μεν e λύ-ο-μαι: a terminação é ο-μεν e ο-μαι formada pelas desinências -μεν e -μαι e pela voga/ temática o.

Obs. — A vogaltemática, que liga as desinências ao tema, consiste em o para a l.a pessoa do sing. e do plur. e para a 3? pessoa do plur., e em ε para as restantes. Ex.: λύ-ο-μεν, λυ-ό-μεθα, λύ-ο-νται, λύ-ε-τε. Estes verbos chamam-se temáticos. Há, porém, outros verbos chamados atemáticos. São aqueles em que as desinências se unem diretamente ao tema, sem inter­ posição da vogal temática. Ex.: τίθη-μι, φα-μέν.

VI. — Aumento e Redobro A) Aumento 133. Dá-se o nome de aumento à sílaba inicial que caracteriza os tempos secundários do indicativo. Há duas espécies de aumentos: silábico e temporal. N. B. — O aumento é essericialmente silábico; o aumento temporal é um aspecto (fonético) do aumento silábico, ou uma conseqüência analógica desse aspecto. 134. a) Aumento silábico: consiste na sílaba ε que se antepõe aos verbos começados por consoante. Ex.: λύω:

imperf. έλυον, aor. έλυσα, m.-q.-perf. έλελύκειν. Observações

135. 1) Os verbos que principiam por consoante p duplicam o p depois do aumento. Ex.: £>ίπτω,

atirar, imperf. έρριπτον.

1. Os gramáticos chamam-lhe geralmente vogal de ligação ou vogal conjuntiva, mas erradamente.

62

MORFOLOGIA

136. 2) Os verbos βούλομαι, querer, δύναμαι, poder, μέλλω, estar a pon­ to de, dever, têm por vezes o aumento em η em vez de ε. Assim: ήβουλόμην, ήδυνήθην, ή μέλλον.

137. b) Aumento temporal: consiste no alongamento da vogal inicial dos verbos que principiam por vogal ou ditongo. Assim: α muda-se em η: άγω, conduzir, 99 ε η: έγείρω, despertar, 99 99 ι ι: ικετεύω, suplicar, 99 99 ο ω: όνειδίζω, insultar, 99 99 υ 0: ύβρίζω, insultar, 99 99 αι η: αισθάνομαι, sentir, 99 99 tj: $δω, cantar, 9 99 99 αυ ηυ: αύξάνω, aumentar, 99 99 οι ω: οίκίζω, edificar, η

imperf. ήγ ον >1 ήγειρον 99 Ικέτευον 99 ώνείδιζον 99 ϋβριζον 99 ήσθανόμην 99 ήδον 99 ηύξανον 99 φκιζον

Observações 131. 1) Os verbos começados peio ditongo ευ têm o aumento em ηυ, ou conservam o mesmo ditongo ευ. Ex.: εύρίσκω, encontrar, imperf. ηϋρισκον ou εύρισκον εύχομαι, pedir, 99 ηύχόμην ou εύχόμην 139. 2) Os verbos que principiam por η, I, ου, ω e, por vezes, ει não têm aumento. Ex.: ούτάζω, ferir imperf. οϋταζον εικάζω, supor ” εΐκαζον (e ήκαζον) 140. 3) Os nove verbos seguintes alongam em ει a vogal inicial ε: έχω, ter, έάω, permitir, έργάζομαι, trabalhar, έπομαι, seguir, έθίζω, acostumar, έλκω, arrastar, έρπω, arrastar-se, έλ(ττω, rodar, έστιάω, banquetear,

imperf. είχον 99 εΙων(εΙ«ον) 99 εΐργαζόμην 99 είπόμην 99 εΐθιζον 99 είλκον 99 εΐρπον 99 εϊλιττον 99 είσΐίω ν

63

VERBOS

141. 4) Alguns verbos que primitivamente começavam por digama (F), e hoje principiam por vogal, têm aumento silábico. Ex.: ώθέω, impelir imperf. έώθεον ώνέομαι, comprar, ” έωνεόμην 142. 5) Outros têm ao mesmo tempo aumento silábico e temporal: Éx.: όράω, ver, imperf. έώρων άν-οίγω, abrir, ” άν-έωγον.

B)

Redobro

143. Redobro é a repetição da consoante inicial do verbo antes da vogal ε. Ex.: λύω, perf. λέλυκα. Encontra-se no perfeito, no mais-que-perfeito e no fu tu ro perfeito de to­ dos os modos. O mais-que-perfeito leva aumento antes do redobro. 144. a) Têm redobro: 1? — Os verbos que principiam por uma consoante que não seja p. Ex.: παιδεύω, educar, perf. πεπαίδευκα. N. B. — Se a consoante inicial do verbo for aspirada, substitui-se, no redo­ bro, pela surda correspondente. (Cf. N? 9.) Ex.: χορεύω, dançar, perf. κεχόρευκα θύω, sacrificar, ” τέθυκα φυτεύω, plantar, ” πεφύτευκα 2? — A maior parte dos verbos que começam por oclusiva seguida de liquida. Ex.: κλείω , fich a r, perf. κέκλεικα. 145 b) Têm redobro igual

m

aumento:

1? — Os verbos que principiam por vogal ou ditongo. Ex.: έλπίζω, esperar, ' imperf. ήλπιζον, αυξάνω, aumentar, ” ηδξανον,

perf. ήλπικα ” ηϋξηκα

2? — Os verbos começados por duas consoantes, exceto se for oclusiva se­ guida de líquida. Ex.: οκευάζω, preparar, imperf. έσκεύαζον, p. έσκεύακα.

64

MORFOLOGIA

3? — Os verbos que principiam por p ou por uma das letras compostas, ζ, ξ, Ex.: βίπτω, atirar, ζητέω, procurar, ψαύω, tocar

aor. έρριψα 99 έζήτησα, 99 έψαυσα,

perf. êppupa ” έζήτηκα ” έψαυκα

146. Obs. — Os verbos seguintes, começados por consoante líquida, têm o redobro do perfeito em ει: λαμβάνω, tomar, λέγω, dizer, λαγχάνω, obter em sorte,

perf. ειληφα 99 εϊρηκα 99 εΐληχα

147. c) Redobro ático. — Consiste em repetir as duas primeiras letras do verbo antes do aumento temporal. Verifica-se em alguns verbos que principiam por uma das vogais breves α, ε, o, seguidas de consoante. Ex.: άκούω, ouvir, έγείρω, despertar, όρύττω, cavar, άλείφω, ungir,

C)

perf. >> 1» tt

άκ-ήκοα έγ-ήγερκα όρ-ώρυχα άλ-ήλιφα

Aumento e redobro nos verbos compostos

148.1) Nos verbos compostos de preposição o aumento e o redobro colocamse, geralmente, entre a preposição e o verbo. Exemplos: προσ-βάλλω, lançar contra, imperf. προσ-έβαλλον, pf. προσ-βέβληκμ συλ-λέγω, reunir, imperf. συν-έλεγον, perf. συν-είλοχα. 149. 2. As preposições terminadas em vogal perdem-na antes do aumento, à exceção de περί e πρό. A preposição πρό contrai-se, por vezes, com o aumento, formando a síla­ ba πρού (crase). Ex.:

παρ-ακούω, obedecer, έπι-βάλλω, lançar (sobre) παρα-βάλλω, lançar (ao lado de), δια-λύω, dissolver, Mas: περι-βάλλω, lançar (à volta de),

imperf. παρ-ήκουον Μ έπ-έβαλλον ' »» παρ-έβαλλον »» δι-έλυον ft περι-έβαλλον

VERBOS

65

π ρ ο - β ά λ λ ω , lançar ( d i a n t e )



π ρ ο -έβ α λ λο ν o u π ρ ο ύ β α λλο ν

π ρ ο - β α ί ν ω , avan çar



π ρ ο - έ β α ιν ο ν o u π ρ ο υ β α ιν ο ν

150. 3) As preposições έν e σύν, embora sofram as devidas modificações diante de certas consoantes (N. 267), conservam a sua forma diante do aumento. Ex.: έμ-βάλλω, lançar (em), imperf. έν-έβαλλον έγ-γράφω, gravar em, ” εν-έγραφον ” συν-έστελλον συ-στέλλω, enviar em conjunto, ” συν-έλεγον συλ-λέγω, reunir, ” συν-έββαπτον συβ-βάπτω, coser em conjunto, ” συν-εκάλουν συγ-καλέω, convocar, ” συν-έπιπτον συμ-πίπτω, coincidir, 151. do aumento.

4) A preposição έκ toma a forma έξ antes de vogal e, portanto, antes

Ex.: έκ-λέγω, escolher, imperf. έξ-έλεγον. Observações 152. 1) Alguns verbos compostos de preposição recebem o aumento antes da preposição. São geralmente os verbos aos quais a preposição não altera o sentido da forma simples. Ex.: καθ-ίζομαι (ιζω), sentar-se, έναντιοϋμαι, opor-se, καθ-εύδω (εϋδω), dormir,

imperf. έκαθ-ιζόμην ” ήν-αντιούμην ” έκάθ-ευδον

153. 2) Há verbos compostos de preposição que admitem dois aumentos: um antes da preposição e outro depois dela. Ex.: άν-ορθόω, restaurar, έν-οχλέω, perturbar, άν-έχομαι (méd.), suportar,

imperf. ήν-ώρθουν(-οον) ” ήν-ώχλουν(-εον) M ήν-ειχόμην

154. 3) Os verbos compostos de advérbios e de α privativo têm o aumento e redobro no princípio. Ex.: όμο-λογέω, confessar, ά-τυχέω, ser infeliz,

imperf. ώμολόγουν(-εον) ” ήτύχουν(-εον)

155.4) Os verbos compostos dos prefixos δυς e εύ têm aumento e redobro no princípio, se os prefixos não estão antes de vogal ou ditongo; depois do pre­ fixo, se este for seguido de vogal.

MORFOLOGIA

E x .:

δ υ σ -τ υ χ έ ω , s e r i n fe liz

ε ύ -τ υ χ έ ω , s e r f e l i z

im p e rf. έ δ υ σ τ ύ χ ο υ ν p e rf. δεδυσ τύχηκα im p e rf. ε ύ τ ύ χ ο υ ν (o u η ύ τύ χ ο υ ν ), p e rf. εύτύχηκα

M a s : δ υ σ -α ρ ε σ τ έ ω , e s ta r d e m a u h u m o r , im p e rf. δ υ σ -η ρ έ σ τ ο υ ν

ε ύ -ε ρ γ ε τ έ ω , f a z e r h e m ,



ε ύ -η ρ γ έτο υ ν

VERBOS

67

Quadro Geral dos Verbos Não-contratos: υ — λύω, desligar Tema em vogal

Em ω 1 < Tema em consoante

Tema em vogal Em μι2
τιμησάμην

τιμησοίμην τιμήσωμαι

τιμησαίμην

1. Também tem sentido passivo: eu serei honrado (por τιμηθήσομαι).

VERBOS

85

Conjugação de τιμάω. — Voz passiva

Imperativo

Infinitivo

Particípio

Sê honrado

Ser honrado

Sendo honrado

τιμάσθαι άεσθαι τιμ ώ τιμ άσθω

άου αέσθω

τιμ άσθε τιμ άσθων1 τιμάσθον τιμ άσθων

άεσθε αέσθων άεσθον αέσθων

Μ. τιμ ώμενος αόμενος τιμ ωμένου αομένου F. τιμ ωμένη αομένη τιμ ωμένης αομένης Ν. τιμ ώμενον αόμενον τιμ ωμένου αομένου

τιμηθήσεσθαι

τιμηθησόμενος, -μένη, -μενον

τιμήθητι

τιμηθήναι

τιμηθείς, -θεΐσα, -θέν

τετίμησο

τετιμήσθαι

τετιμημένος, -μένη, -μένον

τετιμήσεσθαι

τετιμησόμενος, -μένη, -μενον

τιμήσεσθαι

τιμησόμενος, -μένη, -μενον

τιμήσασθαι

τιμησάμενος, -μένη, -μενον

média

τίμησαι

. Melhor que τιμάσθωσαν.

MORFOLOGIA

86

Observações sobre os verbos contratos em -άω 1) Gomo τιμάω, conjugam-se: τολμώ (τολμάω), ousar; έρωτώ (έρωτάω), interrogar νικώ (νικάω), vencer; άγαπώ (άγαπάω), amar. 165. Tais são:

2) Alguns verbos em -άω têm as contrações em η em vez de a.

ζώ (ζάω)1 χρώμαι (χράομαι), διψώ (διψάω), πεινώ (πεινάω),

infín. 99 ” 99

ζην, viver χρήσθαι, usar (dat.) διψήν, ter sede πεινην, ter fo m e

Conjugam-se do modo seguinte: Indicativo presente ζώ, eu vivo

Im perfeito δζων, eu vivia

ζη ς

ε ζη ς

CO

δζη

ζώμεν ζήτε ζώσι(ν)

έζώμεν έζήτε δζων, etc.

1. O verbo primitivo era ζηω, que os gramáticos converteram em ζάω.

VERBOS

87

166. 3) Os verbos em -εάω, -ιάω, -ράω têm o futuro, aoristo, perfeito e mais tempos que destes derivam, em a em vez de η. Ex.: έάω, permitir: f. έάσω, a. εΐασα, p. ειακα δράω, fazer: ” δράσω, ” έδρασα, ” δέδρακα άνιάω, afligir: ” άνιάσω, ” ήνίασα, ” ήνίακα Exceção: ο verbo χρώμαι (χράομαι), usar, forma ο futuro χρήσομαι, aor. έχρησάμην, p e rf κέχρημαι. 167. 4) Os verbos κλάω (κλαίω), chorar, e κάω (καίω), queimar, não so­ frem contração. 168. Alguns verbos em -άω conservam ο α breve no futuro, aoristo, perfei­ to e formas que deste derivam. Ex.: γελώ (γελάω), rir-se, f. γελάσομαι, a. έγέλασα. σπώ (σπάω), puxar, f. σπάσω, a. έσπασα, ρ. έσπακα. Ν . Β. — Estes verbos têm geralmente o fu t. em -σθήσομαι, o aor. em -σθην e o p e rf em -σμαι. Ex.: σπασθήσομαι, έγελάσθην, έσπασμαι.

88

MORFOLOGIA

169.

Verbos contratos em -έω

Indicativo

Subjuntivo

Optativo

Pres. S 1 p. 2p. 3 p. P. 1 p. 2 p. 3 PD. 2 p. 3p.

Eu amo φιλ ώ έω φιλ εις έεις φιλ εΐ έει φιλ oOpfev έομεν φιλ είτε έετε φιλ οϋσι(ν) έουσι φιλ εΐτον έετον φιλ εΐτον έετον

Que eu ame φιλ ώ έω φΛής έΐ)ς φίλη έη φιλ ώμεν έωμεν φιλ ήτε έητε φιλ ώσι(ν) έωσι φιλ ήτον έητον φιλ ήτον έητον

Que eu possa amar φιλ οίην εοίην12 φιλ οίης εοίης φιλ οίη εοίη φιλ οίμεν έοιμεν φιλ οϊτε έοιτε φιλ οΐεν έοιεν φιλ οίτην εοίτην3 φιλ οίτην εοίτην

Imperf. S. 1 p. 2p. 3 p. P. 1 p. 2 p. 3 p. D. 2 p. 3 p.

Eu amava έφίλ ουν εον έφίλ εις εες έφίλ ει εε έφιλ οΟμεν έομεν έφιλ είτε έετε έφ(λ ουν εον έφιλ είτην εέτην1 έφιλ είτην εέτην

Futuro

φιλήσω

Aoristo

έφίλησα

φιλήσω

φιλήσαιμι

Per/.

πεφίληκα

πεφιλήκω

πεφιλήκοιμι

φιλήσοιμι

M.-Q.-P. iέπεφιλήκειν (έπεφιλήκη)

1. Ou έφιλεΐτον (έφιλέετον). 2. Melhor que φιλοίμι (φιλέοιμι), φιλοις, φίλοι. 3. Ou φιλοίτον (φιλέοιτον).

VERBOS

89 Conjugação de φιλέω, am ar — Voz ativa

Imperativo

Infinitivo

Ama φίλ εΐν φίλ ει . φιλ είτω

εε εέτω

φιλ φιλ φιλ φιλ

έετε εόντων έετον εέτων

είτε ούντων είτον είτων

φίλησον

Amar έεν

Participio Amando Μ. φιλ ών έων φιλ οϋντος έοντος F. φιλ ουσα φιλ ούσης

έουσα εούσης

Ν. φιλ οϋν φιλ οϋντος

έον έοντος

φιλήσειν

φιλήσων, φιλήσουσα, φιλήσον

φιλήσαι

φιλήσας, φιλήσασα, φίλησαν

πεφιληκέναι

πεφιληκώ ς, -κυΐα, -κός

90

MORFOLOGIA

170.

Verbos contratos em -έω

Indicativo Pres. S.

P.

D.

1 p. 2p. 3 p. 1 p. 2 p. 3p. 2 p. 3 p.

Subjuntivo

Eu sou amado φιλ οϋμαι φιλ εΐ1 «"' "~αι φιλ ουμεθα Φίλ είσθε φιλ ουνται φιλ εΓσθον φιλ εΐσθον

έομαι έει έεται εόμεθα έεσθε έονται έσθον έεσθον

Optativo

Que eu seja amado

Que eu possa ser amado φιλ ώμαι έωμαι φιλ οίμην εοίμην φιλ ή έη φιλ όΐο έοιο φιλ ήται έηται φιλ οιτο έοιτο φιλ ώμεθα εώμεθα φιλ οίμεθα εοίμεθα φιλ ήσθε έησθε φιλ οΐσθε έοισθε φιλ ώνται έωνται φιλ οίντο έοιντο φιλ ήσθον έησθον φιλ οίσθην εοΐσθην4 φιλ ήσθον έησθον φιλ οΐσθην εοίσθην

Imperf. S. 1 p. έφιλ ουμην εόμην 2p. έφιλ οϋ έου 3 p. έφιλ εϊτο έετο P. 1 p. εψιλ ουμεθα εόμεθα 2 p. έφιλ είσθε έεσθε 3p. έφιλ oGvro έοντο D. 2p. έφιλ είσθην εέσθην2 3p. έφιλ είσθην εέσθην Futuro

φίληθησομαι

φιληθησοίμην

Aoristo

έφιλήθην

φιληθώ

φιληθείην

Perf.

πεφίλημαι

πεφίλημένος ώ

πεφίλημένος ειην

M.-Q.-P.

έπεφιλήμην

F. Ant.

πεφιλήσομαι

πεφιλησοίμην Voz

Futuro Aoristo

φιλησοίμην

φιλήσομαι3 έφιλησάμην

φιλήσωμαι

φιλησαίμην

1. Ou φιλή. 2. Ou έφιλεΐσθον (έφιλέεσθον). 3. Tem também sentido passivo: eu serei amado. 4. Ou φιλοΐσθον (φίλέοισθον).

91

VERBOS

Conjugação de φιλέω — Voz passiva Imperativo

Infinitivo

Partidpio

Sê amado

Ser amado

Sendo amado

φιλ εΐσθαι έεσθαι φιλ oG éou φιλ είσθω εέσθω

Μ. φιλ ούμενος εόμενος φιλ ουμένου εομένου F. φιλ ουμένη εομένη φιλ θυμένης εομένης

φιλ είσθε έεσθε φιλ είσθων1εέσθων φιλ έίσθον έεσθον φιλ είσθων εέσθων

Ν. φιλ ούμενον εόμενον φιλ ουμένου εομένου

φιληθήσεσθαι

φιληθησόμενος, -μένη, -μενον

φιλήθητι

φιληθηναι

φιληθείς, -θεΐσα, -θέν

πεφίλησο

πεφιλήσθαι

πεφιλημένος, -μένη, -μένον

πεφιλήσεσθαι

πεφιλησόμενος, -μένη, -μενον

φιλήσεσθαι

φιλησόμενος, -μένη, -μενον

φιλήσασθαι

φιλησάμενος, -μένη, -μενον

média

φίλησαι

1. Ou φιλείσθωσαν (φιλεέσθωσαν).

92

MORFOLOGIA

O bservações sobre os verbos contratos em -έω

1) Conjugam-se como φιλώ: ποιώ (ποιέω), fazer; οικώ (οΐκέω), habitar φορώ (φορέω), levar; άσκώ (άσκέω), exercitar 171. 2) Os verbos em -έω, que têm apenas duas sílabas, como πλέω, nave­ gar, χέω, derramar, admitem, de ordinário, só as contrações em ει. Assim:

Pres. πλέω, eu navego πλεΐς πλεΐ πλέομεν πλεΐτε πλέουσι(ν)

Im p erf έπλεον έπλεις έπλει έπλέομεν έπλειτε έπλεον

Subj. πλέω πλέης πλέη etc.

Optat. πλέοιμι etc.

Infln. πλεϊν

Part. πλέων

VERBOS

93

Exceção: δέω (δώ), ligar (não δέω, necessitar) tem todas as contrações dos verbos em -έω. 172. 3) Alguns verbos em -έω conservam ο ε breve no futuro, aoristo, per­ feito e mais formas que deles derivam. Ex.: έπαινώ (έπαινέω), louvar: f. έπαινέσομαι, a. έπηνεσα. τελέω, realizar: f. irreg. τελώ, a. έτέλεσα, p. τετέλεκα. N. B. — A maior parte destes verbos forma o perfeito passivo em -σμαι. Ex.: τελέω: τετέλεσμαι ζέω, ferver: f. ζέσω, a. έζεσα, p. pass. έζεσμαι. 173. 4) Os verbos πλέω, navegar, νέω, nadar, πνέω, soprar, conservam sob a forma de υ, a partir do futuro, o digama (F), que desapareceu entre duas vogais no presente e no imperfeito; o futuro é em -εύσομαι. Assim: πλέω, f. πλεύσομαι, a. έπλευσα, p. πέπλευκα νέω, ” νεύσομαι, ” ένευσα, ” νένευκα πνέω, ” πνεύσομαι, ” έπνευσα, ” πέπνευκα

94

MORFOLOGIA

*74·

Verbos contratos em -όω Indicativo

Subjuntivo

Optativo

1 Pres*

S

P.

D.

Eu mostro

1 p. J δηλ ί δηλ 1 δηλ 1 δηλ 1 δηλ 1 δηλ δηλ δηλ

ip . 3P1 p. 2 p. 3 p. 2 p. 3 p.

ώ οϊς οί ουμεν ούτε ουσι(ν) ουτον ουτον

όω όεις όει όομεν όετε όουσι όετον όετον

Que eu mostre δηλ δηλ δηλ δηλ δηλ δηλ δηλ δηλ

ώ οϊς οΐ ώμεν ώτε ώσι(ν) ώτον ώτον

όω άν

όωμεν όητε όωσι όητον όητον

Que cu possa mostrar δηλ ο(ην οοίην2 δηλ οίης οοίης δηλ οίη οο(η δηλ οΤμεν όοιμεν δηλ οΤτε όοιτε δηλ οΤεν όοιεν δηλ οίτην οοίτην* δηλ οίτην οοίτην

Irnperf.

S.

P.

D.

Eu mostrava 1 p. έδήλ ουν οον 2 p. 1 έδήλ ους οες 3 p. έδήλ ου οε 1 p. έδηλ ουμεν όομεν 2p. έδηλ οϋτε όετε 3p. έδήλ ουν οον 2 p. έδηλ θύτην οέτην1 3p. ; έδηλ θύτην οέτην

F uturo

δηλώσω

A o risto

έδήλωσα

δηλώσω

δηλώσαιμι

P e r /;

δεδήλω κα

δεδηλώ κω

δεδηλώκοιμι

M .-Q .-P .

δηλώσοιμι

έδεδηλώ κειν ou έδεδηλώ κη

1. O u έ δ η λ ο ϋ τ ο ν (έ δ η λ ό ε τ ο ν ). 2 . M e lh o r q u e δ η λ ο ΐμ ι ( δ η λ ό ο ιμ ι) , δ η λ ο ίς , δ η λ ο ΐ. 3 . O u δ η λ ο ίτ ο ν ( δ η λ ό ο ιτ ο ν ) .

95

VERBOS

Conjugação de δηλόω, mostrar. — Voz ativa Imperativo

Ir\finitivo

P artidpio

Mostra

Mostrar

Mostrando

δηλ οΰν δήλ ου δηλ ούτω

οε oéxto

δηλ δηλ δηλ δηλ

όεχε οόνχων όετον οέτων

οϋτε ούντων οϋτον ούτων

δήλωσον

όεν

Μ. δηλ ών δηλ οϋντος

όων όοντος

F. δηλ οΰσα δηλ ούσης

όουσα οούσης

Ν. δηλ οΟν δηλ οϋντος

όον όοντος

δηλώσειν

δηλώσων, δηλώσουσα, δηλώσον

δηλώσαι

δηλώσας, δηλώσααα» δηλώσαν

δεδηλωκέναι

δεδηλω κώς, -κυΐα, -κός

.

96

MORFOLOGIA

175.

Verbos contratos em -όω S u b ju n tivo

O ptativo

Que eu seja mostrado δηλ ώμαι όωμαι δηλ οΤ όη δηλ ώται όηται δηλ ώμεθα οώμεθα δηλ ώσθε όησθε δηλ ώνται όωνται δηλ ώσθον όησθον δηλ ώσθον όησθον

Que eu possa ser mostrado δηλ οιμην οοίμην δηλ οΐο όοιο δηλ οΐτο όοιτο δηλ ο(μεθα οοίμεθα δηλ οΐσθε όοισθε δηλ οΐντο όοιντο δηλ οίσθην οοίσθην3 δηλ οίσθην οοίσθην

Indicativo Pres.

S.

P.

D.

1 p. 2 p. 3 p. 1 p. 2 p. 3 p. 2 p. 3p.

Im p e rf.

S.

P.

D.

1 p. 2p. 3 P1 p. 2 p. 3 p. 2 p. 3 p.

Sou mostrado δηλ οΟμαι όομαι δηλ οΐ όει δηλ οΟται όεται δηλ ούμεθα οόμεθα δηλ ουσθε όεσθε δηλ οϋνται όονται δηλ οϋσθον όεσθον δηλ οϋσθον όεσθον

Eu era mostrado έδηλ ούμην οόμην έδηλ οϋ όου έδηλ ουτο όετο έδηλ ούμεθα οόμεθα έδηλ οϋσθε όεσθε έδηλ οϋντο όοντο έδηλ ούσθην οέσθην1 έδηλ ούσθην οέσθην δηλωθησοίμην

F u tu ro

δηλωθησομαι

A o risto

έδηλώθην

δηλωθώ

δηλωθείην

P erf.

δεδήλωμαι

δεδηλωμένος ώ

δεδηλωμένος εϊην

A/-Q.-P. F. A n L

έδεδηλώμην δεδηλωσοίμην

δεδηλώσομαι

Voz F u tu ro

δηλώσομαι123

A o risto

έδηλωσάμην

δηλωσοίμην δηλώσωμαι

1. Ou έδηλοϋοθον (έδηλόεσθον).

2. Também se emprega com sentido passivo: eu serei mostrado. 3. Ou δηλοΐσθον (δηλόοιοθον).

δηλωσαίμην

97

VERBOS

Conjugação de δηλόω — Voz passiva Imperativo

Infinitivo

Particípio

1

Sê mostrado

Ser mostrado

Sendo mostrado

1

δηλοΰσθαι δηλ ου όου δηλ ούσθω οέσθω δηλ οϋσθε όεσθε δηλ ούσθων1 οέσθων δηλ ούσθον όεσθον δηλ ούσθων οέσθων

Μ. δηλ ούμενος οόμενος δηλ ουμένου οομένου

I 1

F. δηλ ουμένη οομένη δηλ θυμένης οομένης

1 1

Ν. δηλ ούμενον οόμενον δηλ ουμένου οομένου

1 1

δηλωθήσεσθαι

δηλωθησόμενος, -μένη, -μενον

δηλώθητι

δηλωθηναι

δηλωθείς, -θεΐσα, -θέν

δεδήλωσο

δεδηλώσθαι

δεδηλωμένος, -μένη, -μένον

δεδηλώσεσθαι

δεδηλωσόμενος, -μένη, -μενον

δηλώσεσθαι

δηλωσόμενος, -μένη, -μενον

δηλώσασθαι

δηλωσάμενος, -μένη, -μενον

média

δήλωσαι

1. Ou δηλούσθωσαν.

98

MORFOLOGIA

Verbos em ω de tema em consoante A)

Verbos em oclusiva

176. Verbos em oclusiva são aqueles cujo tema termina em consoante o clu siv a.

Dividem-se em: labiais, guturais e dentais. 177. Modificações de consoantes: 1) C om σ as labiais β, π , φ, dão ψ: τρίβω , esmagar, f. τρίψω ( = τρφιβ-σω) C om σ as guturais γ, κ, χ, dão ξ: ά γω , conduzir, f. &ξω ( = άγ-σω) C om σ as dentais δ, τ, θ, caem: πείθω , persuadir, f. πείσω ( = πειθ-σω) 2) A ntes de μ as labiais m udam -se em μ: τρίβω , perf. pas. τέτριμμαι (= τετριβ-μ αι) A ntes de μ as guturais m udam -se em γ: ά ρ χω , governar, p. p. ήργμαι (= ή β χ-μ α ι) A ntes de μ as dentais m udam -se em σ: πείθω, perf. pas. πέπεισμαι ( = πεπειθ-μαι) 3) D ental seguida de o u tra dental m uda-se em σ. E x.: ψ εύδω , enganar, fu t. pas. ψ ευσθήσομαι ( = ψευδ-θήσομαι)

Formação dos tempos nos verbos em oclusiva 1) Verbos de tema em labial 178. Os verbos terminados em -βω, -πω, φω, -πτω (proveniente de -njco), formam na voz ativa o fu tu ro prim eiro (ou fraco) em ψω, o aoristo primeiro (se o têm) em -ψα, e o perfeito (se existe e é regular) em -φα; na voz passiva têm o fu tu ro l? em -φθήσομαι, o aoristo l.° em -φθην e o perfeito em -μμαι. fu t.

τ ρ ί β ω , esm agar ,

τ ρ ίψ ω ,

a o r. ίτ ρ ιψ α ,

p e r f.

τ έ τ ρ ιφ α

τ ρ ί β ο μ α ι , se r esm agado,



τ ρ ιφ θ ή σ ο μ α ι,



( έ τ ρ ίφ θ η ν ) ,

Μ

τ έ τ ρ ιμ μ α ι

γ ρ ά φ ω , escrever,



γ ρ ά ψ ω ,



έγρ α ψ α ,

Μ

γέγρα φ α

γ ρ ά φ ο μ α ι , se r escrito,



( γ ρ α φ θ ή σ ο μ α ι) ,



(έγ ρ ά φ θ η ν ),

Μ

γέγρ α μ μ α ι

β ί π τ ω , atirar,



β ίψ ω ,



έ ρ ρ ιψ α ,

Μ

έ ρ ρ ιφ α

β ί π τ ο μ α ι , ser atirado,



β ιφ θ ή σ ο μ α ι,



έ ρ ρ ίφ θ η ν ,

»»

έ ρ ρ ιμ μ α ι

Obs. — Muitos destes verbos têm, na voz passiva, o fu tu ro e aoristo segun­ dos (ou fortes), de preferência aos prim eiros. Ex.: τρίβομαι, fut. 2. τριβήσομαι, aor. 2 έτρίβην γράφομαι, ” γραφήσομαι, ” έγράφην.2 2) Verbos de tem a em gutural 179. Os verbos terminados em -γω, -κω, -χω e a maior parte dos termina­ dos em -ττω (σσω) (proveniente de -icjsim; πάνυ μέν ούν J

245. oú

παντάπασι(ν), inteiramente; πάνυ, completamente; μάλα, muito; μάλλον, mais; μάλιστα, muito, sobretudo;

μ*

όλίγον, pouco ήττον, /neraos ήκιστα, muito pouco μόνον, somente

V. — Advérbios de afirmação ή, certamente; μάλαγε ] και μάλα \ certamente; μάλιστα J

άρα όά (enclít., poét.) } certamente τοί (enclít.) νή τόν Δία, srm, por Zeus/

VI. — Advérbios de negação

(antes de consoante) (antes de vogal) ούχ (antes de vogal com espírito áspero) ^ noo; ουχί (ática) oúk

άρτι, há pouco τάχα, dentro em pouco εύθύς, imediatamente πάλιν, de novo αύθις, de novo τέλος, τελευταΐον, por fim

IV. — Advérbios de quantidade

j muito, demasiado; λίαν J άλις, bastante; πολύ, muito; πλέον, mais;

244.

νυκτωρ, de noite; άεί, sempre; έτι, ainda; πρώτον, primeiro; dxa, έπειτα, em seguida; πολλάκις, muitas vezes;

οόδαμώς I ^ moí/o nenhum μηδαμώς ] ουδέ, μηδέ, nem (nec) ούτε... ούτε \ nem... nem μήτε... μήτε

ού μά τόν Δία, não, por Zeus!

145

ADVÉRBIOS

246.

VII. — Advérbios interrogativos

ή, άρα; porventura? (ne) — quando não se espera afirmação nem negação, άρ’ού; não é verdade que? (nonne) — quando se espera afirmação, μή, άρα μή, μών, porventura? (num) — quando se espera negação.

Capítulo IX

Preposições1

247. Das dezenove preposições gregas» nove pedem um só caso, quatro regem dois, e seis constroem-se com três casos: 1) Preposições com um só caso a) Com genitivo: άντί, em vez de (pro); έκ, έξ, de, de dentro de, depois de (ex); άπό, de, desde, de junto de (ab); πρό, ante, diante, antes de, em nome de (pro) b) Com dativo: èv, em, entre, dentro de (in); σύν, ξύν, com (cum) c) Com acusativo: είς, ές, a, para (in, ac); άνά, por, através de (per) ώς (só com nomes de pessoas), para, para casa de

2)

Preposições com dois casos: Genitivo e Acusativo

grá

j G. através de (per) l A. p o r causa de (propter)

κατά Ia contra> debaixo de [A. segundo (secundum) ύπέρ {

50^ re· a f avor de μ 1 A. para além de (ultra)

μετά12!G' com (cum)

l A. depois de (post)

1. Reservamos para a Sintaxe (Nf* 376-379) o estudo mais desenvolvido das preposições. 2. Μετά com dativo significa “entre”, e encontra-se nos poetas. 147

148

MORFOLOGIA

3) Preposições com três casos: Genitivo, Dativo, Acusativo G . so b r e (super)

I I I I I I

D . p o r causa d e (propter) A . p a ra , co n tra G . de, d e ju n to d e (ab) D . ju n to d e (apu d)

A . p a ra ju n to d e (ad) G . de, d e ju n to d e (ab)

D . j u n to de, além de A . p a ra , co n tra G . so b , d e b a ix o de, p o r ( a g . d a p a s s . ) D . d e b a ix o d e (su b)

A . p a r a d eb a ix o d e G . acerca d e (de)

D . à v o lta d e (circum ) A . acerca de, à vo lta d e G . acerca de, à vo lta d e D . à v o lta d e

A . à v o lta de, cerca d e 1

1. ’Αμφί com genit. c dat. é usada pdos poetas.

Capítulo X

Conjunções

248.

A) Conjunções coordenativas

1) Copulativas: καί, τέ1, e; ούτε, μήτε, ούδέ, μηδέ, nem, e não. 2) Disjuntivas: ή... ή, ou... ou; είτε... είτε, quer... quer. 3) Adversativas: άλλά, mas; δέ12, porém; δμως, contudo; άλλ* δμως, todavia; μέντοι, contudo; ού μόνον... άλλά καί, não só... mas também; άλλά μήν, καί μήν, por outro lado. 4) Conclusivas: γάρ2, com efeito; καί γάρ, com efeito; τοιγαροϋν, τοιγάρτοι, pois, portanto; διό, δι* δ, portanto, por isso; άρα, portanto (ergo); ούν, portanto (igitur); γοϋν, portanto (itaque).

249.

B) Conjunções subordinativas

1) Causais: δτι, διότι, έπεί, porque (quia); έπειδή, άτε, porque (cum). 2) Finais: Ινα, ώς, δπως, para que, a fim de que; μή, Iva μή, δπως μή, para que não. 3) Consecutivas: ώστε, ώς, de tal maneira que. 4) Condicionais: εΐ, άν, έάν, ήν, se; εΐ μή, πλήν εί μή, se não, a não ser que. 5) Concessivas: εί καί, κάν, καίπερ, ainda que. 6) Temporais: δτε, δταν, ήνίκα, quando; πρίν ή, antes que; έπεί, έπειδάν, depois que; έως, até que; μέχρι, enquanto. 7) Comparativas: ώς, ώσπερ, como.

1. τέ (enclít.) coloca-se sempre depois de uma palavra, e muitas vezes junta-se a καί: τε καί, e. 2. Sempre depois de uma palavra. 149

C apítulo X I

Interjeições

250. ά, ah! ώ, ó (vocat.) ώ, oh! (dor ou surpresa) Ico, oh! οι, οΐμοι, ai de mim! Ιού, ai! (dor) φεϋ, ai! αίαϊ, ai! ούαί, ai de (vae) βαβαί, oh!

Ιδού, eis δεύρο, aqui! εΐεν, seja, bem! άγαγε, fora! rua! παπαί, ui! εΐα φέρε, φέρε δή vamos! άγε, άγε δή

ΐθι εύγε, bravo!

151

A P Ê N D IC E À M O RFO LO G IA

I.

— Proclíticas ou Átonas

251. Proclíticas (de προκλίνω, inclinar-se para diante) são palavras des­ providas de acento, que se apóiam sobre à palavra seguinte. 1) A s proclíticas são dez: á) b) c) d)

Quatro formas do artigo: ô, ή, oi, aí. Três preposições: έκ (έξ), είς (ές), έν. Duas conjunções: ώς, εΐ. A negação οό (ούκ, ούχ).

252. 2) Levam acento: a) A negação ού antes de um sinal de pontuação. Ex.: Σύ μέν οίσθα, έγώ δέ ού. Tu sabes, eu não. — Πώς γάρ οΰ; Por que não? — Ούχ, ώς φησιν. Não, ao menos como ele diz. b) A conjunção ώς, quando significa "assim”; equivale a ούτως. Ex.: ώ ς ειπεν, assim disse. c) As proclíticas antes de enclíticas. Ex.: εί τις, se alguém; — ξΐ φησιν, se diz; — οΰ μοι, não a mim; — εις τινα, contra alguém; — ούτε, δγε, ήγε, etc. Obs. — ώ ς e algumas vezes έξ e είς, quando em poesia se pospõem à pala­ vra que determinam, têm acento agudo. Ex.: Θεός ώς, como um deus; — κακών έξ, de entre os males.

Π. — Enclíticas 253. Enclíticas(de έγκλίνω, apoiar-seem) são palavras que perdem ordi­ nariamente o seu acento, apoiando-se sobre a palavra precedente.

153

154

M ORFOLOGIA

1)

As enclfticassão:

a) As formas do pronome pessoal: μοΟ, μοί, μέ — σοϋ, σοί, σέ — ού, οί, 6. b) Ο pronome indefinido τΙς1 em todos os casos, à exceção da forma άττα (nom. e ac. pl. neutro).

c) Os advérbios indefinidos: πού, ποί, ποθέν, πή, πώ, πώς, ποτέ12. d) Ο indicativo presente dos verbos είμί e φημί, exceto na segunda pessoa do singular: εί e è) As j

rfc.

cicutas γέ, τέ, τοί, πέρ, νύν, νύ, £ά, κέ(ν) (por &ν).

J) Ο sufixo inseparável δε (não δέ, mas). 2) Regras da acentuação das enclfticas 254. a) As enclfticasperdem o acento: 1? — Depois de uma oxftona; esta leva acento agudo e não grave. Ex.: Έ γώ είμι, sou eu; — Θεός σου, o teu Deus; —* σοφοί τινες, alguns sábios. 2? — Depois de uma paroxftona, se a enclítica tiver uma sílaba; se tiver duas, a enclítica conserva o acento. Ex.: λόγος μου, o meu discurso; — λέγει τις, diz alguém. Mas: φίλος έστίν, é amigo; — λόγος τινών, discurso de alguns. 3? — Depois de uma proparoxítonaou de uma properispômena;estas, além do seu acento próprio, têm acento agudo na última sílaba. Ex.: άνθρω πός τις, certo homem; — δίκαιός έστιν, éjusto; δουλός σου, teu escravo; ούτός φησιν, diz este; — τοϋτό έστιν, é isto; — είναί που, estar em alguma parte.

perispômena. Ex.: φιλώ σε, amo-te; — όρώ τινα, vejo alguém.

4? — Depois de uma

5? — Depois de um a proclftica: οϋ μοι, ει τις, ώ ς φησιν. Exceção: ούκ είμί, ούκ εΐσίν, ούκ έστέ3.

Obs. — Ainda que a enclítica se elida, a palavra anterior leva o acento pe­ dido pela regra Ex.: οίός τ ’ είμί,

sou capaz; —- oíoí τ ’ ήσαν, eram capazes.

1. O pronome interrogativo τίς nunca é enclítica e conserva sempre o acento agudo. 2. Distingam-se estes advérbios dos interrogativos: που, ποΤ, πόθεν, π$, πώ, πώς, πότε. 3. Também há quem acentue ούκ, segundo a regra geral: ούκ είσιν.

APÊN D IC E λ M ORFOLOGIA

255.

155

b) A s enclfticas levam acento:

1? — Depois de uma paroxítona, se a enclítica tiver duas sílabas. Ex.: τέκνα τινά, certas crianças; — λόγοι τινές, certos discursos. 2? — Quando se lhes quer dar maior relevo. Ex.: Διά σέ, por tua causa; — ένεκα μοϋ, por minha causa. 3? — Quando sc seguem várias enclfticas. Neste caso todas levam acento agudo, exceto a última1. Ex.: El τίς τί σοί φησιν, se alguém te diz alguma coisa — φαμέν πού τι, dizemos, sem dúvida, alguma coisa. 4? — Quando a palavra anterior se elide, perdendo o acento da última síla­ ba, exceto em άλλ’ (άλλά) e τοϋτ’ (τοϋτο) quando se segue έστ(ν. Ex.: Α γαθός δ* έστίν (por άγαθός δέ έστιν), πράγμ 'έστίν (por πράγμά έστιν), οίός τ' είμί, άλλ' εΐσίν. Mas: άλλ* έστιν, τοϋτ’ έστιν. 5? — As formas de ε1μ( e φημί no princípio de uma frase. Ex.: ΕΙμΙ έγώ, sou eu; — φησίν ó Λόγος, diz o Verbo. Obs. — Por sua natureza, as enclíticas não podem começar uma frase. Excetuam-se είμί e φημί. 6? — Έ στι(ν) tem acento na primeira sílaba: a)

Quando significa “é possível” ou “existe”. Ex.: El έστιν, se é possível; — Θεός έστιν, Deus existe.

β) No começo de uma frase. γ) Depois de: εΐ, καί, ούκ, μή, μέν, δτι, που, ώ ς, τοϋτ' (por τοϋτο) e άλλ* (por άλλά). Εχ.: Ούκ έστι τοϋτο, não é isso; — άλλ’ έστι τόδε, mas é isto; — εΐ μή έστι τοϋτο, se não é isto.

1. Outros autores preferem a colocação alternada do acento, como se as enclíticas fossem in­ dependentes umas das outras. Assim, no ex. acima apontado, seria: εΐ τις τί σοι φησίν.

156

M ORFOLOGIA

MODIFICAÇÕES FONÉTICAS A) Modificações das vogais 256.

1) Alternativas vocálicas

1. Dá-se esta designação às várias alterações que podem sofrer as vogais nas palavras. Tais alterações podem ser: d) de natureza qualitativa (alternativas de vogais ou ditongos diferentes). Distinguem-se três graus: grau e, quando as consoantes constitutivas da raiz se ligam a uma vogal de som e: πατέρες, λέγω, λείπω, έγερω. grau ο, quando a vogal é de som ο: εύπάτορες, λόγος, λοιπός, έγρήγορα. grau zero, quando a raiz é formada somente por consoantes ou por uma vogal diferente de e ou de ο: πατρός, έλιπον, ήγρόμην. b) de natureza quantitativa (alternativas de vogal longa e de vogal breve): δαίμω ν, δαίμονος — ποιμήν, ποιμένος — φημί, φαμέν. 256-a. 2. Alongamento. — É a mudança de uma vogal breve para uma lon­ ga ou para um ditongo. Pode ser: a) alongam ento orgânico: o que resulta da flexão ou formação das pala­ vras: γλώ ττα , γλώ ττης, — τιμάω, τιμήσω — ποιέω, έποίησα. b) alongam ento com pensatório: é o alongamento de uma vogal para com­ pensar o desaparecimento de consoantes: π α ς, em vez de παντς — λυθείς, em vez de λυθεντς — έψηνα, em vez de έφανσα. 256-b. 3. Quando duas vogais longas se encontram juntas, a primeira abrevia-se: βασιλέων, em vez de βασιλήων — έως, em vez de ήώς — τεθνεώς, em vez de τεθνηώς. 256-c. 4. Metátese quantitativa: é a transposição de uma vogal longa para o u tra vogal breve contígua: πόλεω ς, em vez de πόληος — ΐλεως, em vez de ίλη ος. N. B. — A colocação do acento, contrariamente às regras gerais em π ό λεω ς, ΐλεω ς e outras form as análogas, explica-se pela metátese quantitativa. Os poetas consideravam freqüentemente o grupo εω como monossílabo. 256-d. 5. Síncope: é a queda de vogais breves em posição interconsonântica: γίγνομαι, em vez de γιγενομαι. 256-e. 2) Contração. — ou em um ditongo.

É a fusão de duas ou mais vogais em uma só vogal

APÊND ICE À M ORFOLOGIA

157

Regras de contração a)

Vogais de som idêntico

1? — Quando duas vogais têm o mesmo som fundamental, contraem-se na longa correspondente. ε+ η η+ε

α + α = α: μνα (μνά-α) ο + ω = ω: δηλω (δηλό-ω)

=η: φιλήτε (φιλέ-ητε)

Exceção: ε + ε = ει: φίλει (φίλε-ε); — ο + ο = ου: νοϋς (νό-ος) 2? — Uma vogal igual à primeira do ditongo seguinte desaparece. ε + ει = ει: φιλεΐ (φιλέ-ει) ο + οι = οι: δηλοΐ (δηλό-οι) ο + ου = ου: δηλοϋ (δηλό-ου) 257.

b) Vogais de som distinto

1? — No encontro dos sons a e e, prevalece o primeiro, que se alonga; se o segundo componente tem i, este subscreve-se (iota subscrito). α+ε α+η α + ει α+η

] _ : τίμα (τίμα-ε) ί : τιμάτε (τιμά-ητε) 1 _ : τιμςΐ (τιμά-ει) 1 ^ : τιμςΐ (τιμά-η)

ε + α = η : άνθη (άνθε-α) η + αι= η: λύη (λύη-αι)

2? — Quando nas vogais componentes se encontra o som o, a contrata é sempre ω; se houver i, subscreve-se. α + ο = ω: τιμώμεν (τιμά-ομεν) ο + η = ω : δηλχοτε (δηλό-ητε) α + ο ι= φ : τιμφμι (τιμά-οιμι) Exceções: ε+ ο Ι : άνθους (άνθε-ος) ε + υ > =ου: φιλοϋ (φιλέ-ου) ο+ε J : νοϋ (νό-ε) 258.

ε + ιο 1 : φίλοι (φιλέ-οι) ο + ει I 01 : δηλοΐ (δηλό-ει)

Acentuação

a) Quando nenhuma das vogais contraídas tem acento, a sílaba resultante da contração também não o leva. Ex.: έφίλε-ε dá έφίλει. — τίμα-ε dá τίμα. — τείχε-α dá τείχη. b) Se a contração se faz no fim da palavra e uma das vogais contraídas tem acento, o acento da sílaba contraída será:

158

MORFOLOGIA

Agudo, se era a segunda que tinha o acento; Circunflexo, se era a primeira. Ex.: έστώς (de έστα-ώς). — τιμών (de τιμά-ων). — νους (de νό-ος). 259. 3) Crase (χράσις, mistura). — É a contração de uma vogal ou de um ditongo que se encontra no fim de uma palavra com a vogal inicial da palavra seguinte. Ex.: τοϋνομα (de τό όνομα), o nome. Regras da crase a) O sinal que indica a crase chama-se corônide (’) (κορωνίς, ίδος). b) A crase faz-se principalmente com o artigo, com o pronome relativo, com καί, πρό, ώ: Ex.: ó άνήρ dá άνήρ, ο homem και έγώ ” κάγώ, e eu και άν ” καν, e se ώ άγαθέ ” ώγαθέ, ό meu amigo ” ώνθρωπε, ό homem ώ άνθρωπε προ-έβαλλον ” προϋβαλλον, eu lançavaΚ 260. Acentuação: A segunda palavra conserva geralmente o acento, ao passo que a primeira o perde. O i, se pertence à primeira palavra, desaparece entre duas vogais; se à se­ gunda, subscreve-se. Ex.: και άν dá κάν; — έγώ οϊμαι dá έγφμαι, eu julgo; — έγώ οίδα dá έγφδα, eu sei. Obs. — Quando a crase forma um troqueu12, nem todos os gramáticos são uniformes na acentuação. Ex.: τάλλα e τάλλα (τά άλλα), τάρα e τάρα (τοι άρα), κούτε e κοΰτε (και ούτε). 261. 4) Elisão. — É a supressão de uma vogal final breve3 antes de outra palavra começada por vogal.

1. Outros exemplos de crase: τουναντίον (τό έναντίον), τάνδρί (τφ άνδρί), ώριστε (ώ άριστε), τάν (τοι άν), κάστι (και έστι), κει (καί εί), χοί (καί οί), χαί (καί αί). 2. Troqueu é a palavra formada por duas sílabas, a primeira das quais é longa e a segunda breve (— u ). 3. Os poetas elidem, por vezes, ditongos: βούλομ’ έγώ (por βούλομαι έγώ), eu quero.

159

APÊNDICE À M ORFOLOGIA

Ex.: δΤ έμοϋ (por διά έμοϋ), por mim; άλλ’ έγώ (por άλλά έγώ), mas eu. Regras da elisão a) A elisão é indicada pelo apóstrofo (’). 262. b) Acentuação: l.° — O acento desaparece nas preposições e nas conjunções que têm acen­ to agudo na última sílaba. Ex.: έπ’ έμοϋ (έπΐ έμοϋ), άλλ’ έγώ (άλλα έγώ). 2? — Todas as outras oxítonas elididas levam acento agudo na penúltima. Ex.: δείν’ έπαθον (δεινά έπαθον), sofri coisas espantosas; φήμ’ έγώ (φημι έγώ), digo eu. 3? — Nas barítonos o acento não se altera. Ex.: οΰτ’ έγώ (οΰτε έγώ), nem eu. 263. c) Não se elidem: 1? — As preposições πρό e περί1. 2? — A conjunção δτι, bem como άχρι, μέχρι. 3? — Os monossílabos τί, τι e os terminados em o e α breves como τό, &, õ. 4? — O dativo do singular -i da 3? declinação e o dat. plural -σι, exceto em poesia épica. 5? — As palavras terminadas em υ breve. 264. Obs. — Algumas vezes, sobretudo em verso, desaparece a primeira sílaba da palavra seguinte, se a última da palavra anterior é longa. Dá-se a Aférese. Ex.: ώ ’γαθέ (por ώ άγαθέ), ó meu caro; — ποϋ ’στιν (por ποϋ έστιν), onde está? — έγώ ’φάνην (por έγώ έφάνην). Β) Modificações das consoantes Além do que já observamos nos n?s 43 e 177, bastará acrescentar o se­ guinte: 265. 1) Quando duas sílabas seguidas começam por uma aspirada, geral­ mente uma das aspiradas (a primeira e também, às vezes, a segunda) é substituí­ da pela surda correspondente: 1. περί elide-se no dialeto eólico.

MORFOLOGIA

160

Ex.: πεφίληκα (por φεφιληκα), amei (primeira) ταχύς (por θαχυς), rápido (primeira) τίθημι (por θιθημι), pôr (primeira) παιδεύθητι (por παιδευθηθι), sê educado (segunda) Obs. — Por vezes ambas as aspiradas ficam intactas. Ex.: έφάνθην, πεφάνθαι, φάθι, etc. 266. 2) As oclusivas surdas, antes de espírito áspero, são substituídas pela aspirada correspondente: Ex.: ούχ ούτος (por ούκ ούτος) άφ* ού (por άπ’ ού) έφίστημι (por έπ* ϊστημι) άνθ* ών (por άντ* ών) 267. 3) Ο ν antes das labiais muda-se em μ, antes das guturais em γ, antes das dentais fica invariável; antes de uma líquida, assimila-se; antes de σ, cai: Ex.: συμφέρω (por συνφέρω), ser útil συγκαλώ (por συνκαλω), convocar σύνταξις, disposição συλλέγω (por συνλέγω), reunir συρράπτω (por συνράπτω), coser juntamente μέλας (por μέλανς), negro

TER C E IR A PA R T E

SINTAXE

1/

Capítulo I

Sujeito

268.1) O sujeito pode ser um substantivo, ou parte da oração substantiva­ da, ou até uma oração inteira com valor de substantivo. Ex.: Ό Θεός έστιν άγαθός, Deus é bom. — Tò ζην καλόν έστιν, a vida (lit. o viver) é bela. Oí παρά Κόρου έλεγον, os (que vi­ nham) de junto de Ciro diziam. 269. 2) O sujeito de uma oração de modo pessoal põe-se no nom inativo; se o verbo está no infinitivo, o sujeito vai para acusativo. Ex.: Άναβαίνει ò Κόρος (X., A . 1 , 1 , 2), Ciro marcha para o interior. — Πάντες νομίζουσιν είναι θεούς (Ρ., L . 886 a), Todos crêem que há deuses. 270. 3) O sujeito indeterminado exprime-se ou pela terceira pessoa do sin­ gular da voz passiva, ou pela terceira do plural da voz ativa. Ex.: Καί τόν άποκρίνασθαι λέγεται (X., C. 4, 2, 13), Diz-se que ele respondeu. — Και έφασαν αύτόν λεγειν, e afirmava-se que ele disse.

163

C apítulo II

Regras de concordância

A) Concordância do predicado com o sujeito 271. 1) Regra gerai. — O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Ex.: Ό Θεός ύπήγεν αύτόν (Lis., 6, 19), Deus conduzia-o. — Η μ είς τοϋτο σκοποϋμεν (P., Laq. 179 d), Nós observamos isto. 272. 2) Com o sujeito do plural neutro. — Se o sujeito é um plural neutro, o verbo vai ordinariamente para o singular (a não ser que represente pessoa, ou se queira fazer sobressair a idéia de pluralidade). Ex.: T à ζφα τρέχει, Os animais correm. Πάντα τά δίκαια καλά έστιν (Ρ., A lcib. 115 a), Todas as coisas justas são belas. Ταυτα έδόκει ώφέλιμα είναι (X., A ., 1,6, 2,), Estas coisas pa­ reciam ser úteis. Mas também: Φανερά ήσαν καί ίππων καί άνθρώπων ίχνη πολλά ( Χ . , Α . 1,7, 17), Viam-se muitas pegadas de cavalos e de homens. 273. 3) Com vários sujeitos. — Quando o verbo se refere a vários sujeitos, coloca-se, geralmente, no plural. Mas pode também concordar com o sujeito mais próximo, embora este esteja no singular. Ex.: Μαχούμεθα κοινή έγώ τε καί σύ (Ρ., R. 335 e), Eu e tu com­ batemos juntos. Σύ τε Έ λ λ η ν εί καί ήμεΐς (X., Α . 2, 1, 16), Tu és grego e nós também.

Observações 274. a) Se o sujeito é um nom e coletivo do singular (πλήθος, multidão, όχλος, turba, στρατός, exército), o verbo pode ir para o plural. Ex.: Tò πλήθος έψηφίσαντο πολεμεΐν (Tucíd., 1, 125), A maioria votou pela guerra. 165

166

S IN TAXE

275. b) Encontram-se no singular as formas verbais έστι, ήν, γίγνεται, con­ cordando com sujeito do plural. Ex.: Έ σ τ ι μέν που καί έν άλλαις πόλεσιν άρχοντες τε και δήμος; (Ρ., R. 462 e), Há também nas outras cidades magistrados epovo? 276. 4) Com sujeito dual. — Quando o verbo se refere a dois sujeitos no singular, ou a um sujeito no dual, pode empregar-se o plural ou o dual Ex.: Πρόξενος και Μένων είσιν ύμέτεροι εύεργέται (X., Α . 2, 5, 41), Próxeno e Mênon são vossos benfeitores. Έ στόν αύτφ δύο ύει (Ρ., Ερ. 20 a), Ele tem dois filhos (lit. são para ele dois filhos). B) Concordância do predicativo com o sujeito 277. 1) Regra geral. — O predicativo do sujeito, bem como o particípio, concorda com o sujeito em gênero, número e caso. Ex.: Ή πενία χαλεπή έστιν, a pobreza é penosa. 278. 2) Se o predicativo é um adjetivo substantivado, coloca-se no neutro, embora se refira a sujeito masculino ou feminino. Ex.: Έ σ τ ι ψυχή άθάνατον (P., Fédon 88 b), A alma é imortal. Ή άρετή ώφέλιμόν έστιν (Ρ., Mênon 87 e), A virtude é útil (é coisa útil). 279. 3) Com vários sujeitos: a) Quando o predicativo se refere a dois ou mais sujeitos, concorda com um só sujeito (geralmente o mais próximo), se os sujeitos se consideram se­ paradamente. Ex.: Και νόμος και φόβος Ικανός (έστιν) έρωτα κωλύειν (X. C. 5, 50, 1), A lei e ο tem or são suficientes para refrear a paixão amorosa. b) Pode também concordar com os vários sujeitos, do modo seguinte: 280. 1? — Se os sujeitos são nomes de pessoas de gênero diferente, o pre­ dicativo vai para o plural masculino. Ex.: Ό έμός πατήρ και ή έμή μήτηρ όλβιοί είσιν, Ο meu pai e a m inha mãe são felizes. 281. 2? — Se os sujeitos são nomes de coisas de gênero diferente, o predi­ cativo põe-se no plural neutro. Ex.: Λίθοι τε καί πλίνθοι καί ξύλα, καί κέραμος άτάκτω έρριμμένα ούδέν χρήσιμα έστιν (X., Μ 3, 1, 7), Pedras, tijolos, madeira e barro, lançados sem ordem, não servem para nada.

REGRAS D E CONCORDÂNCIA

167

282. 3? — Se os sujeitos são nomes de pessoas· juntos com nomes de coisas, o predicativo concordará com o substantivo cuja idéia domina na frase. Ex.: Ή τύχη καί ó Φίλιππος ήσαν £ργων κύριοι (Ésquines, 12, 118), A fortuna e Filipe eram senhores dos acontecimentos. 283. Obs. — Se o sujeito for um infinitivo ou uma oração inteira, o predi­ cativo toma o gênero neutro, no singular ou no plural. Ex.: Δίκαιον άπόλλυσθαι τούς έπιορκοϋντας (X. Λ . 2, 5, 41), É ju s­ to que morram os perjuros. C) Concordância do atributo 284. 1) Regra geral. — O atributo concorda com o substantivo, a que se refere, em gênero, número e caso. Ex.: Παράδεισος μέγας καί καλός (X., A . 1, 4, 10), Um jardim grande e lindo. — Κόσμιος άνήρ (P., Mênon 90 a), Um homem modesto. 285. 2) Com vários substantivos. — Quando o atributo se aplica a vários substantivos, vai sempre para o singular, observando-se as regras seguintes: a) O atributo concorda com o substantivo mais próximo. Ex.: Tòv καλόν κάγαθόν άνδρα καί γυναίκα εύδαίμονα είναι φημι (Ρ., G. 470 e), Digo que ο homem e a mulher honestos são felizes. b) O atributo repete-se, algumas vezes, antes de cada substantivo, para maior ênfase ou clareza. Ex.: Ή καλλίστη πολιτεία καί ό κάλλιστος άνήρ (Ρ.,), Ο melhor governo e ο melhor chefe. 286. Obs. — Entre os poetas e, por vezes, também em prosa, dá-se a con­ cordância segundo o sentido e não gramatical. Ex.: Φίλε τέκνον (por φίλον τέκνον) (Hom., Iliad. XXII, 86) Meu querido filho. D) Concordância do aposto 287. 1) Regra geral. — O aposto concorda em caso com o substantivo a que se junta. Ex.: Δαρεΐος ό βασιλεύς, O rei Dario. Άθήναι, μεγάλη πόλις, Atenas, grande cidade. 288. 2) Com vários substantivos. — Se o aposto se junta a dois ou mais substantivos, vai geralmente para o plural (ou dual).

SIN TAXE

168

Ex.: "Υπνος πόνος τε, κύριοι ξυνωμόται (Ésquilo, Eum. 127), Sono e trabalho, conspiradores dominantes. Θάρρος καί φόβον, άφρονε συμβούλω (Ρ., Timeu 69 d), Cora­ gem e medo, dois conselheiros estultos. 289. Obs. — Os nomes próprios geográficos, se são do mesmo gênero, podem colocar-se entre o artigo e o aposto. Ex.: Ή ‘Ρώμη πόλις, A cidade de Roma (lat. wrfes Roma), Έ π ι τόν Εύφράτην ποταμόν (X., A . 1, 4, 11), A té ao rio Eufrates. Mas: Ό Παρνασός τό όρος, O monte Parnaso (não são do mes­ mo gênero). E) Concordância do relativo com o seu antecedente 290. 1) Regra geral. — O relativo concorda com o seu antecedente em gênero e número. Ex.: Ε κείνη τή ήμέρα, ή άν ό άνθρωπος άποθνήσκη (Ρ., Fédon 70 a), N o dia em que o homem morrer. 291. Obs. — O antecedente omite-se muitas vezes. Ex.: "A μή οίδα ουδέ οΐομαι είδέναι (Ρ., Α ρ. 21 d), Aquilo que não sei, não julgo sabê-lo. Έ γώ και ών έγώ κρατώ μενουμεν παρά σοί (X., Α . 5, 1, 26), Eu e aqueles sobre os quais tenho poder ficaremos contigo. 292. 2) Entre dois substantivos. — Quando o relativo se encontra entre dois substantivos, pode concordar com qualquer deles. Ex.: Φίλος δ (em vez de ôv) μέγιστον άγαθόν φασιν είναι (X., Aí. 2, 4, 2), Um amigo que dizem ser o maior bem. — Λόγοι μήν είσιν έν έκάστοις ήμών, άς (por οϋς) έλπίδας όνομάζομεν (Ρ., Fil. 40 a), H á em cada um de nós aspirações a que chamamos esperanças. 3) Atração. 293. a) O antecedente pode algumas vezes passar para a oração do relativo; neste caso o relativo δ ς, ή, δ precede o antecedente, o qual assume o gênero, número e caso do relativo. Ex.: ΕΙς rjv άφίκοντο κώμην, μεγάλη ήν (X., A . 4, 4, 2), A aldeia, a que chegaram, era grande (por ή κώμη είς ήν...). 294. b) Quando o antecedente está no genitivo ou no dativo, o relativo, que devia ir para acusativo, como complemento direto, coloca-se também, ge-

REGRAS DE CONCORDÂNCIA

169

ralmente, no genitivo ou no dativo. Se o antecedente é um pronome demonstra­ tivo, omite-se ordinariamente. Ex.: "Οπως ούν έσεσθε άνδρες άξιοι τής έλευθερίας, ής (por ήν) κέκτησθε (X., Α . 1,7, 3). Sede dignos da liberdade que possuís. Σύν οίς (por σύν τούτοις οϋς) μάλιστα φιλεΐς (X., Α. 1,9, 25), Com aqueles que mais amas. 295. Obs. — A atração inversa, que é mais rara, consiste em pôr o ante­ cedente no mesmo caso do relativo, sem contudo o fazer passar para a oração deste. Ex.: Την ούσίαν (por ή ούσία) ήν κατέλιπεν ού πλείονος άξια έστίν (Lis., 19, 47), A fortuna, que deixou, não vale mais. 296.4) Se o antecedente é um pronome demonstrativo ou relativo do gêne­ ro neutro, pode ou não concordar com o substantivo seguinte, por uma espécie de atração. Ex.: Τούτο πρόφασίς έστιν ou αΰτη πρόφασίς έστιν, Isto é um pre­ texto. — Αϋτη έστίν άρετή (Ρ., Mênon 71 e), A virtude é isto. Obs. — Nas definições encontra-se muitas vezes o neutro: Tí έστι νόμος; (X., Μ. 2, 1, 43), Que é a lei?

Capítulo III

Em prego do artigo

297.

A) Usa-se o artigo

1? — Com nomes de pessoas ilustres ou geralmente conhecidas. Ex.: Λέγει τήν μαντείαν τφ Σωκράτει (X., Α . 3, 1, 7), Comunica α Sócrates α resposta do oráculo. 2? — Com sentido possessivo e, algumas vezes, com sentido distributivo. Ex.: Έ ρ χετα ι αύτή τε ή Μανδάνη πρός πατέρα (X., C. 1, 3, 1), Mandana dirige-se à casa de seu p ai. — Κύρος άναβάς έπι τόν ίππον (X., Α . 1,8, 3), M ontando Ciro no seu cavalo. — Ύπισχνεΐται δωσειν τρία ήμιδαρεικά τοϋ μηνός τφ στρατιώτη (X., Α . 1, 3, 21), Promete dar α cada soldado três m eios dáricos p o r mês. 3? — Com os substantivos acompanhados de um pronome possessivo, se designam um objeto determinado. Ex.: Ό έμός πατήρ, ó πατήρ μου, o meu pai. Ό έμαυτοϋ πατήρ, ο meu próprio p a i. 4? — Com adjetivos, particípios, advérbios de tempo e de lugar, e com preposições, dando-lhes valor de substantivos. Assim: ot άγαθοί, os bons; ό λέγων, o orador; oi νϋν, os atuais; oi πάλαι, as antigos; oi άπό τίνος, os descendentes de alguém; oi έφ’ ήμών, oi καθ’ ήμάς, os homens do nosso tem po. Ex.: Oi παρά τήν θάλατταν οίκοϋντες (X., Α . 1, 2, 24), Os que ha­ bitam perto do mar. Ό νϋν βασιλεύς (X., C. 4, 6, 3), O rei atual. Των νϋν oi τότε διέφερον (P., Polít. 272 c), Os de então eram diferentes dos de hoje. Obs. — O artigo junto às preposições άμφί e περί (com acus.), μετά (com genit.) e σύν (dat.) indica a pessoa com a sua comitiva, ou a própria comitiva. Ex.: Oi άμφι "Ανυτον (P., A . 28 b), Â n ito e os seus partidários. — Ot περί τόν Ξενοφωντα ένδον ήσαν (X., Α . 7, 4, 16), X enofonte e os seus estavam no interior.

171

SINTAXE

172

5.° — O artigo junta-se também a infinitivos e a orações completas. Ex.: Σοί τό μή σιγησαι λοιπόν ήν (D., 18, 23), Restava-te a ti ο não te calares. — Έ τ ι Εν λείπεται, τό ή πείσωμεν ύμας (Ρ., R. 327 c), Resta-nos ainda um expediente, o persuadir-vos. 6? — O artigo faz as vezes de pronome demonstrativo, nas expressões se­ guintes: ó μέν — ó δε1 (em todos os casos), um — outro, este — aquele. τα μέν τα δέ (jnVariável), parte — parte, não só — mas também. τό μέν — τό δέ τό καί τό, isto e aquilo. τόν καί τόν, este e aquele. Ex.: Οί μέν έτόξευον, οί δ* έσφενδόνων (X., Λ . 3, 3, 7), Uns lança­ vam dardos, outros pedras. Έ δ ε ι τό καί τό ποιήσαι (D., 9, 68), Era preciso fazer isto e aquilo. Καί τόν άποκρίνασθαι λέγεται (X, C. 4, 2, 13), Diz-se que ele respondeu. B) Omissão do artigo 298. Omite-se o artigo: 1? — Com o predicativo do sujeito. Ex.: Ούτος έμός έταιρος ήν (Ρ., Ερ. 21 a), Este era meu companheiro. Obs. — Se o predicativo for um particípio empregado como substantivo, leva artigo. Ex.: Eloi δ* ούτοι οί είδότες τάληθές; (Ρ., Η. Μ. 284 e), Ε são estes os que conhecem a verdade? 2? — Em muitos substantivos comuns, como θάλαττα, o mar; ούρανός, o céu; πόλις, a cidade; ήμέρα, o dia; ήλιος, o sol, e principalmente em senten­ ças ou pensamentos gerais, é freqüente omitir-se o artigo. Ex.: Π άντω ν μέτρον άνθρωπός έστιν (Ρ., Teet. 178 b), Ο homem é a medida de todas as coisas. Α νθρώ που ή ψυχή του θείου μετέχει (X., Μ . 4, 3, 14), Λ alma hum ana participa da natureza divina. 299. Obs. — O emprego ou omissão do artigo modifica o sentido de cer­ tas expressões:

1 . A lg u n s g r a m á tic o s a c e n tu a m

0 μ έν —

õ δέ.

EMPREGO DO ARTIGO

173

Ex.: πολλοί, muitos; ot πολλοί, a maior parte όλίγοι, poucos; oí όλίγοι, os oligarcas πλείονες, vários; oí πλείονες, a maioria πλειστοι, grande número; oi πλεΐστοι, a maior parte / Αλλοι, outros; oí Αλλοι, os restantes. Notem-se as expressões sem artigo: Έ κ παιδός, desde a infância; Αμ’ δω, ao romper da aurora; έπι δεΐπνον ίέναι, ir à ceia. C) Colocação do artigo 300. 1) Com o aposto. — O aposto coloca-se, em geral, depois do nome ou pronome que determina, precedido quase sempre do artigo. Ex.: Ά στυάγης ó Μήδων βασιλεύς (X., C. 1, 2, 1), Astíages, rei dos medos. Η μ είς oí στρατηγοί (X., A . 5, 7, 20), Nós, os generais. 301. 2) Com os adjetivos. — Alguns adjetivos mudam de sentido, confor­ me a colocação do artigo. Tais são: Ακρος, μέσος, ήμισυς, έσχατος, πας, σύμπας, Απας, όλος, μόνος e αύτός. Assim: τό Ακρον δρος, ο alto m onte — Ακρον το δρος, ο alto do monte ή μέση χώρα, a região central — μέση ή χώρα, ο centro da região ή έσχατη νήσος, a última ilha — έσχατη ή νήσος, a extremidade da ilha ή πάσα πόλις, ο conjunto da cidade — πάσα ή πόλις, toda a cidade αί πασαι πόλεις, todas as cidades em conjunto — πασαι αί πόλεις, todas as cidades ó μόνος παΐς, o filh o único — μόνος ό παΐς, só ο filho 6 αύτός βασιλεύς, ο mesmo rei — αυτός ό βασιλεύς, ο próprio rei 302. 3) Com os pronomes. 1? — Com os pronomes possessivos, com o genitivo dos pronomes reflexi­ vo e demonstrativo empregados em vez de possessivos, o artigo coloca-se antes do pronome. Ex.: Ό έμός πατήρ, ό πατήρ ό έμός, πατήρ ό έμός, ο meu pai. — Ό έμαυτοϋ πατήρ, ο meu pau Ή τούτων πόλις (e não ή πόλις τούτων), a cidade destes, a sua cidade. 2? — Com o genitivo dos pronomes pessoais, com o genitivo de αύτός e com os demonstrativos ούτος, δδε, έκεΐνος, έκαστος, etc., ο artigo coloca-se antes do substantivo, e não antes do pronome.

174

SINTAXE

Ex.: Ό πατήρ μου, o meu pai. — Αύτοϋ τήν μητέρα φιλώ, amo α sua (dele) mãe (ou τήν μητέρα αύτοϋ). — Η μ ώ ν ή πόλις ou ή πόλις ήμών (e não ή ήμών πόλις), a nossa cidade. — Ούτος ό άνήρ, este homem. 303. Obs. — Em grego, é freqüente omitir, depois do artigo, certos subs­ tantivos que facilmente se subentendem. Ex.: Α λέξα νδ ρ ο ς ό Φιλίππου (υιός), Alexandre, filh o de Filipe. — Τή υστεραία (ήμέρςΟ, no dia seguinte. Τήν τάχιστηv (όδόν), ο mais depressa possível.

Capítulo IV

C om plem entos circunstanciais / 1. LUGAR A) Lugar onde (ποϋ, ubi) 304. O lugar onde exprime-se pelo dativo com a preposição έν; com os nomes de pessoas emprega-se o dativo com παρά. Ex.: Έ ν τηδε τη πόλει (Ρ., G. 517 a), N esta cidade. Έ τύγκανε παρά Τισσαφέρνει ών (X., Α . 2, 1, 7), Encontrava-se ju n to (ou em casa de) de Tissafernes.

Observações a) Alguns nomes próprios que designam localidades da Ática usam-se no dativo sem preposição: Μαραθώνα, Σαλαμίνα, etc. Efc.: Τά τρόπαια τά τε Μαραθώνα και Σαλαμίνα κ α ι Π λαταιαΐς (Ρ., Menéx. 245 a), Os triunfos alcançados em M aratona, em Salamina e em Platéia. b) Empregam-se também as antigas formas do locativo. Ex.: οίκοι, em casa (domi); χαμαί, em terra (humi); Ά θήνησιν, em Atenas; Μεγαροΐ, em Mégara; Πυθοΐ, em D elfos. N . B. — A expressão “ em casa” diz-se οίκοι ou έν τφ οΐκω. Mas “em tua casa” diz-se: έν τη ση oíkíql. — έν τη· οίχίςι Σ ω κράτους, em casa de Sócrates. c) Entre os poetas é freqüente o emprego do dativo sem preposição, para exprimir o lugar onde: δόμω, em casa; άγρώ, no campo; χθονί, em terra; πόντω, no mar; οΰρανφ, no céu, etc. Ex.: Νυν δ ’ άγροΐσι τυγχάνει (Sóf., El. 313), Agora encontra-se nos campos. N . B. — Note-se a locução: έν "Αιδου (οΐκω), nas moradas de Hades (no inferno). 175

UFM G - Faculdade de leiras Bibiicteca

SINTAXE

176

B) Lugar donde (πόθεν, unde) 305. O lugar donde exprime-se pelo genitivo precedido da preposição έκ (έξ); com os nomes de pessoas emprega-se o genitivo com παρά. Ex.: Ξέρξης δτε έκ τής Ε λλά δος άπεχώρει (X., Α . 1, 2, 9), Quando Xerxes voltava da Grécia. "Ερχονται παρά βασιλέως κήρυκες Chegam mensageiros da parte do rei. Obs. — Também se empregam as formas adverbiais em — θεν. Ex.: Άθηνηθεν (ou έξ *Αθηνών), de Atenas; Μεγαρόθεν, de Mégara; οϊκοθεν, de casa; άλλοθεν, de outra parte. C) Lugar para onde (ποΐ, quó) 306. O lugar para onde exprime-se pelo acusatiyo com είς, πρός, έπί. Com os nomes de pessoas usa-se παρά, πρός e ώ ς com acusativo. Ex.: ΕΙς Π έρσας έπορεύετο (X., C. 8, 5, 20), Partiu para a Pérsia (lit. para os persas). Ά φικνοϋνται έπί τόν Τίγρητα ποταμόν (X., Α . 2,4,13), Chega­ ram ao rio Tigre. Ειήμεν παρά τόν Σωκράτη (Ρ., Fédon 59 d), Dirigimo-nos para ju n to de Sócrates. Πορεύεται ώς βασιλέα (X., A . 1, 2, 4)%Dirige-se para junto do rei. Obs. — Com alguns nomes de cidades empregam-se as formas adverbiais. Ex.: Ά θηναζε, para Atenas; Μ εγαράδε, para Mégara; οΐκαδε, para casa. D) Lugar por onde (πή, qua) 307. O lugar p o r onde exprime-se pelo genitivo com δίά. Ex.: Κύρος έξελαόνει διά της Λυδίας (X., Α . 1,2, 5), Ciro avança através da Lídia. Obs. — Com όδός, caminho, emprega-se o dativo. Ex.: Έ πορεύετο τή ό δ φ ήν αύτός έποιήσατο, Passava pelo caminho que ele m esm o fizera. 2. TEM PO A) Tempo quando (πότε, quando) 308. O tempo quando expressa-se pelo dativo com ou sem έν (e número ordinal, se o há), ou pelo genitivo.

COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS

177

Ex.: Έ ν τφ χειμφνι (X., Econ. 17, 3), No inverno. Τρίτω έτει (Lis., 7, 10), N o terceiro ano. Χειμώνος, de inverno.

I Observações 309. 1) O dativo com έν significa em, durante. Ex.: Έ ν τφ βίω (P., Fédon 81 e), Durante a vida. Έ ν χειμώνι, durante o inverno. Έ ν τη εΙρήνη καί έν τφ πολέμφ (Lis., 7, 7), Να paz e na guerra. 310. 2) As palavras χρόνος, tempo, e καιρός, ocasião, levam quase sempre έν. Ex.: Έ ν τούτφ τφ χρόνφ, neste tempo. Έ ν τούτω τφ καιρφ, nesta ocasião. Exceção: ήμίσει χρόνφ, em metade do tempo. 311. 3) O dativo sem preposição emprega-se: a) Com os nomes de dias (ήμέρα), meses (μήν) e anos (έτος), acompanha­ dos de um adjetivo. Ex.: Ε κείνη τη ήμέρςι (P., Fédon 70 a), Naquele dia. Τφ έπιόντι μηνί (P., L . 767), N o mês seguinte. Τετάρτφ έτει (Tuc., 1, 103, 1), N o quarto ano. N .B . — A palavra ήμέρα omite-se muitas vezes: Τη προτεραία, na véspe­ ra; τη δευτέρςι, no dia seguinte. b) Com os nomes que designam festas. Ex.: Θεσμοφορίοις νηστεύομεν (Aristóf., Aves 1519), Jejuamos nas Tesmofórias. 312.4) O genitivo emprega-se em expressões gerais, como: ήμέρας, de dia; νυκτός, de noite; χειμώνος, de inverno; θέρους, de verão; ήρος, na prima­ vera. N . B. — Estas expressões acompanhadas de artigo têm sentido distributivo. Ex.: Δραχμήν έλάμβανε τής ήμέρας (Tuc., 3. 17, 2), Recebia uma dracma por dia. 313. 5) Com os nomes de pessoas emprega-se έπί com genitivo. Κατά com acusativo significa tem po incerto. Ex.: Έ π Ι Κόρου (X., C. 8, 8,15), N o tempo de Ciro. — Κατ’ έκεινον τόν χρόνον (Tuc., 1, 139, 4), Por aquele tempo.

SINTAXE

178

N . B. — Cada dia diz-se: έκάστης ήμέρας, καθ’ ήμέραν, καθ’ έκάστην ήμέραν. — Cada ano: έκαστου έτους, κ α τ’ ένιαυτόν. — Λ ο romper do dia: άμα τη ήμερα. 314. 6) Tempo futuro (Dentro de quanto tempo). Se o tempo quando se relaciona com o futuro, emprega-se ou genitivo, ou a preposição èv, com dativo. Ex.: βασιλεύς ού μαχεΐται δέκα ήμερων (X., Α . 1,7, 18), Ο rei não combaterá dentro de dez dias. Έ ν έτεσιν έβδομήκοντα (P., Crit. 52 e), Dentro de setenta anos. 315. 7) Se se compara o tempo de qualquer fato com outro, usa-se πρό (πρότερον), antes de, com genitivo, ou έκ, άπό, depois de, com genitivo, ou ύστερον, depois. Ex.: Δέκα έτεσιν (ou δεκάτω έτει) πρό (ou πρότερον) τής έν Σαλαμίνα ναυμαχίας άφίκετο (Ρ., L. 698), Chegou dez anos antes do combate naval em Salamina. Γίγνεται ού πολλοΐς έτεσιν ύστερον τά προερημένα (Tuc., 1, 118, 1), N ão m uitos dias depois, realiza-se o que fo ra predito. B) Em quanto tempo 316. Esta circunstância exprime-se pelo dativo com έν. Ex.: Ταύτην την όδόν έν μηνι κατήνυσεν ό Α γη σίλα ος (X., Ages. 2, 1), Este mesmo cam inho percorreu-o Agesilau em um mês. Obs. — Ε ν τ ό ς com genitivo significa “em menos d e”. Ex.: Ε ν τ ό ς εϊκοσιν ήμερων ήγαγε τούς δνδρας (Tuc., 4, 39, 3), Conduziu os hom ens em m enos de vinte dias. C) Durante quanto tempo (πόσον χρόνον, quamdiu) 317. Para indicar durante quanto tem po dura uma ação, emprega-se o acusativo e o número cardinal, se o há. Ex.: Ό Κύρος χρόνον μέν τινα κατεδάκρυσεν (X., C. 7, 3, 11), Ciro chorou durante algum tem po. Ε ντα ύ θα έμειναν ήμέρας τρεις (X., A . 2, 5, 1), A q u i permane­ ceram durante três dias. Observações 1) Se se quer exprimir um a duração ininterrupta, emprega-se διά com genitivo ou παρά com acusativo.

COMPLEMENTOS CIRCUNSTANCIAIS

179

Ex.: Δια παντός του βίου (X., Μ . 1, 2, 61), Durante toda a vida. — Παρά πάντα τόν βίον (Ρ., R. 412 d), Durante toda a vida. 2) A duração exprime-se também por meio das preposições έπί e άνά com acusativo. . Ex.: Έ π ί τρεις ήμέρας (X., A . 6, 6, 36), Durante três dias. Ά ν ά τόν πόλεμον (Heród., 8, 123), Durante a guerra. D) Há quanto tempo (έκ πόσου χρόνου, a quo tempore) 318. 1? — Se a ação dura ainda atualmente, usa-se o acusativo e o número ordinal, podendo acrescentar-se o pronome demonstrativo ούτος. Ex.: Πρωταγόρας έπιδεδήμηκε; τρίτην ήδη ήμέραν (Ρ., P rot. 309 d), Protágoras está p o r aqui? H á já três dias que está aqui. Έ ν Βαβυλώνα κείμαι τρίτην ταύτην ήμέραν (Luciano), H á já três dias que ja zo em Babilônia. Obs. — Com γεγονώς, nascido, emprega-se o cardinal. Ex.: Είκοσιν έτη γεγονώς (X., Μ . 3, 6, 1), De vinte anos de idade (viginti annos natus). 2? — Para indicar há quanto tem po um fato se passou, emprega-se o acusativo com ούτος (sem artigo) e o número ordinall. Obs. — Para exprimir há quanto tem po uma coisa dura, emprega-se tam ­ bém έκ ou άπό com genitivo ou somente o genitivo. Ex.: Έ κ νεότητος, desde a juventude; έκ τούτου, desde então; ά π 9 άρχής, desde o princípio. Ούδείς μέ πω ήρώτηκε καινόν ούδέν πολλών έτών (Ρ., G. 448 a). H á já m uitos anos que ninguém m e propõe questão nova para mim. 3. MATÉRIA 319. A matéria de que um a coisa é feita exprime-se pelo genitivo e algumas vezes com έκ. Ex.: Νόμισμα άργϋρου και χρυσού (Ρ., L . 705 a), M oeda de prata e de ouro. Έ ποιοϋντο διαβάσεις έκ τω ν φοινίκων (X., Α . 2, 3,10), Faziam pontes de palmeiras.

1. O número cardinal com ούτος usa-se raramente: τέθνηκε ταϋτα τρία £τη (Lísias), M or­ reu há três anos.

SINTAXE

180

4. PREÇO 320. O preço por que se compra, ou vende, ou faz uma coisa, bem como o valor de um objeto, exprime-se pelo genitivo. Ex.: Πόσου διδάσκει; — Πέντε μνων (Ρ., Λ ρ. 20 b), Quanto ganha ele pelo ensino? — Cinco minas. Δόξα χρημάτων ούκ ώνητή (Isócr., 2, 31), A glória não se pode comprar p or dinheiro. Observações 1) Emprega-se também algumas vezes άντί com genitivo. Ex.: Ά π ό δ ο ς άνθ’ ών σε διεπόρθμευσα (Luciano), Paga a despesa da passagem (lit. aquilo por que te passei). 2) Notem-se as expressões: τιμάσθαι πολλοϋ, estimar muito; πολλοϋ ποιεισθαι, apreciar m uito; περί πολλοϋ, περί πλείονος ποιεισθαι, estimar mui­ to, mais; περί έλαχίστου ποιεισθαι, estimar m uito pouco.

5. CAUSA 32Í. A causa exprime-se pelo dativo. Ex.: Ού γάρ κακονοίςι τούτο ποιεί, άλλ* άγνοίςι (X., C. 3, 1, 38), N ão fa z isso p o r maldade, mas p o r ignorância. — Φόβφ μειζόνων κ ακώ ν ύπομένουσι τόν θάνατον (Ρ., Fédon, 68 d), Com receio de m aiores males, sofrem a morte. 322. Outros modos de exprimir a causa: a) Com genitivo. Ex.: Τούτους οίκτείρω τη ς νόσου (X., Banq., 4, 37), Tenho pena deles p o r causa da doença. b) Com διά e acusativo1. Ex.: Δ ιά καύμα ού δύνανται οίκείν άνθρωποι (X., A . 1, 7, 6), Por causa do calor, os hom ens não podem habitar. — Διά τήν των χρη μά τω ν κτησιν (Ρ., Fédon 66 c), Por causa da posse das ri­ quezas. c) Com genitivo, precedido das preposições ύπό, έκ, άπό.

1. E m s ig n ific a

g e r a l, δ ιά c o m

acusativo d

e c o i s a s i g n i f i c a “p o r

causa d e ”;

δ ι ά c o m gen itivo d e c o i s a

“p o r m eio d e ” ( i n s t r u m e n t o ) . M a s , p o r v e z e s , é d ifícil n otar esta d i f e r e n ç a .

181

Εχ.: Ού δυνάμενοι καθεύδειν ύπό λύπης και πόθου πατρίδων (X., Α . 3, 1, 3), Não podendo dormir por causa da tristeza e da sau­ dade da pátria. Τούς μέν έκ διαβολής, τούς δέ έξ ύποψίας (X., 2, 5, 5), Uns por medo, outros por desconfiança. — *Από ξυμμαχίας αύτόνομοι (Tuc., 7, 57), Autônom os em virtude da aliança. d) Com dativo precedido de έπί. Ex.: Έ πΙ τοίς άγαθοΐς των φίλων χαίρεις (X., Μ. 2, 6, 35), Alegras­ te com os bens dos amigos. e) Com o genitivo precedido ou seguido de ένεκα ou χάριν (lat. causa, gratia). Ex.: Των χρημάτων ένεκα (Lis., 11, 2), Por causa do dinheiro. — Τούτου χάριν (X., Μ . 1,2, 54), Por causa disto. Mas: Τήν σήν χάριν, por tua causa: Την σήν δ* ήκω χάριν (Sóf., Fil. 1413), Venho por tua causa. 6. MEIO OU INSTRUMENTO 323. O meio ou instrum ento exprime-se pelo dativo. Ex.: Βάλλοντες τοΐς λίθοις (Tuc., 4, 43, 3), Ferindo com pedras. — Τη αύτου σοφίςι κτησάμενος (χρήματα) καί έπιμελείςι (Ρ., M ênon 90 a), Alcançando riquezas com a sua ciência e atividade. Obs. — Também se emprega, sobretudo com os nomes de pessoas, o geni­ tivo precedido de διά. Ex.: "Ελεγε Τισσαφέρνης δι* έρμηνέως τοιάδε (X., Α . 2, 3, 17), Tissqfernes disse, p o r meio do intérprete, o seguinte.7 7. MODO 324. O m odo exprime-se pelo dativo. Ex.: ΠαντΙ τρόπφ (P., Fédon 69 d), De todos os modos. — Κραυγή πολλή έπίασιν (X., A . 1, 7, 4), Avançam com grande gritaria. Observações 1)

O dativo de m odo usa-se em muitas locuções:

βíç, à força; σπουδή, às pressas; σιγή, σιωπή, ?m silêncio; ήσυχή, sosse­ gadamente; άνάγκη, p o r necessidade; tSty» em particular; δημοσίφ, κοινή, em público, etc.

SINTAXE

182

2) O modo pode também exprimir-se pelo genitivo precedido de μετά, ou com dativo precedido de συν. Ex.: Ίκέτευσε μετά πολλών δακρύων (Ρ., Apol. 34 c), Pediu com muitas lágrimas. Oi "Ελληνες συν γέλωτι έπΐ τάς σκηνάς ήλθον (X., Α . 1,2, 18), Os gregos voltaram para as tendas a rir.

8. COMPANHIA 325. A companhia exprime-se pelo dativo. Ex.: Έπορεύοντο τρισχιλίοις όπλίταις (Tuc., 1, 61), Puseram-se a ca­ minho com três m il hoplitas. "Ιπποις και άνδράσι πορευώμεθα (X., C. 5, 3, 35), Marchemos com cavalos e hom ens. Obs. — O complemento de companhia pode também colocar-se em geniti­ vo com μετά, ou em dativo com συν. Ex.: Έ παιδεύετο σύν τφ άδελφω (X., A . 1,9, 2), Era educado em companhia do irmão.

9. FIM 326. O complemento de fim põe-se no dativo. Ex.: Έ κέλευε στεφανοϋσθαι πάντας τω θεω (X., / / . 4, 3, 21), Orde­ nou que todos se coroassem em honra do deus.

10. PARTE 327. O complemento de parte exprime-se pelo acusativo. Ex.: ’Αλγεΐν τον πόδα (X., Λ/. 1,6, 6), Sofrer de um p é. — Βέλτιόν έστι σώμα γ* ή ψυχήν νοσείν (Men., frag. 75), M ais vale estar doente do corpo, do que da alma. Obs. — 1) O complemento de parte pode também colocar-se no dativo. Ex.: Τσχϋειν τοις σώμασι (X., Μ . 2, 7, 7), Ser robusto de corpo. — Έ γώ ούτε ποσίν είμι ταχύς ούτε χερσίν Ισχυρός (X., C. 2, 3, 6), Eu não sou ligeiro de pés, nem fo rte de mãos. 2) genitivo.

Para designar a parte pela qual se toma um objeto, emprega-se o

COM PLEM ENTOS C IR CU N S TAN CIA IS

183

Ex.: Έ λ α β ο ν της ζώνης τόν Ό ρ ό ν τα ν (X., Λ . 1 , 6 , 10), Pegaram em Oronta pela cintura.

11. LIMITAÇÃO 328.. A limitação exprime-se pelo acusativo. Este acusativo, muito usado em grego, é também denominado acusativo de relação. A limitação usa-se principalmente: a) Com os acusativos seguintes: ψυχήν, quanto à alma; δνομα, de nome; γένος, de raça; είδος, de aspecto; κάλλος, quanto à form osura; άρετήν, quan­ to à virtude; μέγεθος, de tam anho. Ex.: Πόλις δνομα Καιναί (X., A . 2, 4, 28), Uma cidade de nom e Cenas. — Φϋναι δ Κϋρος λέγεται είδος μέν κ άλλισ τος, ψυχήν δέ φιλανθρωπότατος (X., C. 1 , 2 , 1), D iz-se que Ciro era de form osíssim o aspecto e de coração boníssim o. N. B. — Com a palavra φύσις, natureza, emprega-se freqüentemente o dativo. Ex.: Φύσει, άγαθοι γίγνονται (P., M ênon 89 b), Tornam -se bons p o r natureza. b ) Com o acusativo de uma série de adjetivos e pronom es neutros: τί, τούτο, ταϋτα, ούδέν, πολλά, πάντα, μέγα, μέγιστα, etc.

Ex.: Τί αύτω χρήση; (X., C. 1, 4, 13), Que fa rá s dele? (lit. em que usarás dele) 329. c) Com os seguintes acusativos de dimensão: μήκος, de com prim ento; εύρος, de largura; ύψος, de altura; π ά χος, de espessura. O número da dimensão põe-se em genitivo, ou em acusativo se se usa o verbo έχω. Ex.: Ά φ ικνοϋνται έπΐ τόν Ζ α πάτα ν ποτα μ όν το εύρος τεττάρω ν πλέθρων (X., Α . 2, 5, 1), Chegam ao rio Zapata que tinha qua­ tro pletros1 de largura. d) Com certos acusativos determinativos, que se empregam com o expres­ sões adverbiais. Ex.: Τούτον τόν τρόπον, deste m odo; την τα χίσ την (όδόν), ο m ais depressa possível; την πρώτην (άρχήν), no princípio; τό έμόν, pela m inha parte.

. Ο pletro equivalia a 30,83 m.

184

SINTAXE

12. DISTÂNCIA 330. A distância e o espaço percorrido exprimem-se pelo acusativo. O lu­ gar donde se dista põe-se no genitivo. Ex.: *Απέχει ή Πλάταια των Θηβών σταδίους έβδομήκοντα (Tuc., 6, 49, 3), Platéia dista de Tebas setenta estádios. — Έξελαύνει σταθμούς δύο παρασάγγας δέκα (X., Λ . 1,2, 10), Avança duas jornadas de dez parassangas1.

13. AGENTE DA PASSIVA 331. O agente da passiva coloca-se em genitivo com ύπό. Ex.: Λέγεται ύπό των βαρβάρων (X., C. 1, 2, 1), É dito pelos bár­ baros. — Πολλά λέγεται ύπό των ποιητών (Ρ., Eutífr. 6 b), M uitas coisas são ditas pelos poetas. Obs. — Também pode exprimir-se pelo dativo, ou pelo genitivo com έκ ou παρά. Ex.: "A πέπρακταί μοι' (D., Coroa, N? 58), A s coisas que foram feita s p or mim. — Aí πόλεις έκ βασιλέως δεδομέναι (X., A . 1, 1, 6), A s cidades dadas pelo rei. — Tá παρά σοϋ λεγάμενα (Xenof.), A s coisas ditas por ti.

1. Parassanga (medida persa) equivalia a 30 estádios; o estádio equivalia a 180 m.

Capítulo V

Construção dos adjetivos

I· — Genitivo 332. Pedem genitivo os adjetivos que significam propriedade, participação, dignidade e indignidade, cuidado e descuido, conhecimento e ignorância, abun­ dância e carência. Tais são: ίδιος, próprio μέτοιχος, participante αίτιος, responsável άξιος, digno άνάξιος, indigno έπιμελής, cuidadoso άμελής, negligente

έπιθυμητής, desejoso φιλομαθής, amigo de saber έμπειρος, perito άπειρος, imperito έπιστήμων, douto άνεπιστήμων, ignorante άμνήμων, esquecido

μεστός, cheio πλέως, cheio σύμπλεως, cheio πλήρης, cheio κενός, vazio ένδεής, necessitado έρημος, privado

Ex.: Μέτοιχος σοφίας (P., L. 689 d), Participante da sabedoria. — Ανάξιον ύμών (Demóst., 10,25), Indigno de vós. — Έπιμελής των φίλων εϊ (X., Μ. 26, 35), Andas solícito pelos teus amigos. — Ό δώ ν έμπειρος (X., C. 5, 3, 35), Perito nos caminhos. — Ό γραμμάτων άπειρος ού βλέπει βλέπων (Men., frag. 438), Ο que ignora as letras, vendo, não vê. Observações 1) Os adjetivos em -ικός derivados de verbos transitivos, que significam aptidão, constroem-se com genitivo. Ex.: Παρασκευαστικόν των είς τόν πόλεμον τόν στρατηγόν είναι χρή (X., Μ. 3, 1, 6), É preciso que ο general seja capaz de pre­ parar o necessário para a guerra. 2) Muitos adjetivos que indicam relação regem igualmente genitivo. Ex.: Έ σ τ ι μοι θυγάτηρ γάμου ήδη ώραία (X., C. 4, 6, 9), Tenho uma filha já em idade de se casar. 3) Note-se a expressão: ούδέν άξιον λόγου, nada que valha. 185

SINTAXE

186

4) Ao contrário do que se verifica em latim, o adjetivo dependente de um pronom e não se coloca em genitivo, mas concorda com esse pronome. Ex.: Tí καινόν; (Demóst.), Que há de novo? (quid novi?). Mas: είς τοσοϋτον αίσχύνης έληλύθατον (Ρ., G. 487 b), Chegaram a tanta vergonha. II.

— Dativo

333. Rc^ciii dativo os adjetivos que significam utilidade, benevolência, sub­ missão, semelhança, igualdade, proximidade e seus contrários. Tais são: χρήσιμος, útil βλαβερός, nocivo κοινός, comum ώγέλιμος, útil εΰνους, benévolo όμοιος, semelhante σύμφορος, útil συγγενής, parente άνόμοιος, dissemelhante Ex.: Χρήσιμοι ταις πόλεσιν (Ρ., Mênon 89 b), Úteis ao Estado (às cidades). — oi έμοι εύνοι (X., Λ ρ. 17), Os que são benévolos para comigo. Observações 1) Regem igualmente dativo os adjetivos compostos de σύν, μετά e όμοϋ. Ex.: Συνήθης μοί έστιν (Ρ., Crít. 43 a), É-me familiar. 2) De modo análogo a όμοιος, constrói-se com dativo a expressão ó αύτός, o mesmo que. Ex.: ΕΙς τό αύτό ήμΐν σπεύδετε (X., C. 1, 3, 4). Pretendeis ο mesmo que nós. III.

— Genitivo ou Dativo

334. Alguns adjetivos podem construir-se Tais são: ίδιος, próprio ένοχος, réu οικείος, próprio φίλος, amigo άλλότριος, alheio έχθρός, inimigo

com genitivo ou com dativo. πιστός, fie l πολέμιος, inimigo κοινός, comum

Observações 335. 1) Os adjetivos que indicam propensão, aptidão, admitem acusativo com as preposições είς, έπί, πρός. Ex.: Σω κράτης (ήν) πρός πάντας πόνους καρτερικώτατος (X., Μ. 1, 2, 1), Sócrates era capaz de suportar qualquer trabalho.

CONSTRUÇÃO DOS AD JETIVOS

187

336. 2) Os adjetivos que regem genitivo ou dativo podem construir-se com o infinitivo precedido do artigo em genitivo ou dativo, segundo o caso do adjetivo. Ex.: "Αξιος έδόκεις είναι τοϋ τοιαϋτα άκούειν (Demóst., 21, 134), Parecias ser digno de ouvir estas coisas. "Ομοιόν έστι τω όνειδίζειν (Demóst. 18, 269), É semelhante a um insulto. 337.3) Os adjetivos que significam aptidão, facilidade, gosto, podem tam­ bém construir-se com infinitivo sem artigo. Ex.: Tò κελευόμενον Ικανός ποιεΐν (X., Μ. 2, 10, 13), Capaz de fazer o que se manda. — Έ γώ έτοιμός είμι έπαινειν (Ρ., G. 510 a), Estou disposto a louvar.

Capítulo VI

Partitivo

338. O genitivo partitivo emprega-se: 1? — Depois dos nomes que indicam idéia de divisão, isto é, que signifi­ cam número, parte, etc. Ex.: "Ανδρα οίδα του δήμου (X., C. 2, 2, 22), Conheço um homem do povo. — Έβοήθει Ά ρίσταρχος και των Ιππέων νεανίσκοι (Tuc., 8, 92, 7), Prestavam auxílio Aristarco e os jovens de ca­ valaria. 2? — Depois de adjetivos e particípios acompanhados de artigo. Ex.: Oí φιλότιμοι των άνθρώπων (Isócr., Evág. 3), Os homens amantes de honras. — Ό βουλόμενος Αθηναίων (Demóst. 21,47), Aquele de entre os atenienses que quiser. 3? — Depois dos superlativos. Ex.: Τών έπτά σοφών σοφώτατος ήν Σόλων (Ρ., Tim. 20 d), Sólon era o mais sábio dos sete sábios. 4? — Com os numerais. Ex.: Θρασύλος, είς τών στρατηγών (X.), Trasilo, um dos generais. 5? — Com os pronomes. Ex.: Tòv μέν γιγνώσκων ύμών, τόν δέ μή γιγνώσκων (Ρ., Teet. 193 a), Conhecendo um de vós, mas não conhecendo o outro. ΟΙ μέν èv τούτφ παρασκευής ήσαν (Tuc., 2,17, 5), Eles estavam neste ponto de preparativos.

189

Capítulo VII

C om parativo e superlativo

A) Comparativo 339. Regra geral. — O segundo termo de com paração pode ser colocado em genitivo, ou no mesmo caso que o primeiro com a partícula ή, ou ainda em nominativo precedido da mesma partícula. Ex.: Μ ητρός τε καί πατρός τιμιώ τερόν έστιν ή πατρ ίς (Ρ., 0 7 /. 51 a), A pátria é mais digna de honra do que a mãe e o pai. Εΐ τισι μάλλον άπιστοϋσιν ή ήμϊν (Demóst., 8, 15), Se descon­ fia m mais de alguns, do que de nós. 340. a) Uso do genitivo. — O genitivo emprega-se geralmente quando o primeiro termo está em nom inativo ou em acusativo. Ex.: Πολλών χρημάτων κρείττω ν 6 παρ ά του πλήθους έπαινος (Isócr., 1, 37), Ο louvor que vem da m ultidão é m elhor que muitas riquezas. Νέοις τό σιγάν κρεΐττόν έστιν τοϋ λαλεϊν (M en., Sent. 387), Para os jovens é m elhor estar calado do que fa la r. Obs. — O genitivo usa-se também em certos casos, nos quais parece que se devia empregar ή. Ex.: Προσήκει μοι μάλλον έτέρων (por ή έτέροις) άρχειν, mais me com pete a m im governar do que aos outros. 341. b) Emprego da partícula ή. — Esta partícula usa-se: 1? — Quando o primeiro termo não está em nom inativo nem em acusativo. Ex.: Μάλλον πιστεύετε τοις ύμετέροις αύτών όφθαλμοίς ή τοις τούτου λόγοις (Lis., 24, 14), A creditai m ais nos vossos próprios olhos, do que nas palavras deste. 2? — Quando se comparam dois adjetivos. Neste caso, am bos os adjetivos se põem no comparativo. Ex.: Oí όξεϊς μανικώτεροι ή άνδρειότεροι φύονται (Ρ ., Teet. 144 a), Os que têm agudeza de espírito são naturalm ente m ais exaltados do que corajosos. 191

SINTAXE

192

3? — Nas expressões ή κατά e ή ώστε, demasiado para. Quando se quer indicar que uma coisa é desproporcionadamente superior a outra, emprega-se depois do comparativo ή κατά (mais raramente ή πρός) e acusativo com os subs­ tantivos (lat. quam pró), e fl ώστε ou ή ώς antes dos verbos, com infinitivo Oat. quam ut, quam quí). Ex.: Μεΐζον ή καθ’ ήμάς (Ρ., Tim. 40 d), Demasiado grande para nós. — Μεΐζον ή ώστε φέρειν δύνασθαι κακόν (X., Μ. 3, 5, 17), Desgraça demasiado grande para se poder suportar. 342. O comparativo sem termo de comparação traduz-se por "algum tan­ to ", "bastante", "demasiado". Ex.: Ή ν μέν (Κύρος) πολυλογώτερος (X., C. 1,4, 3), Ciro era bas­ tante loquaz. 343. Os advérbios πλέον, mais, έλαττον, menos, μεΐον, menos e os adjeti­ vos πλείους, πλείω, έλάττους, έλάττω juntam-se, com ou sem ή, aos subs­ tantivos que indicam grandeza, sem lhes alterarem o caso. Ex.: Έ τ η γεγονώς πλείω έβδομήκοντα (Ρ., Αρ. 17 d), Tendo mais de setenta anos de idade. 344. Antes de um comparativo, ainda mais traduz-se por έτι (lat. etiam); m uito por πολύ ou πολλφ Oat. multo); pouco por όλίγω Oat. pauló); quanto por δσφ (quanto); tanto por τοσούτφ, τόσω (tanto). Ex.: Πολύ άμεινον (P., Fédon 63 c), M uito melhor. Πολύ κάλλιον (X., C. 1, 3, 4), M uito mais belo. Ό λ ίγφ πλειον (X., C. 1, 3, 1), Pouco mais.

B) Superlativo 345. O superlativo admite genitivo para designar o grau mais elevado. Ex.: Μήδων ó έμός πάππος κάλλιστος (X., C. 1, 3, 3), Meu avô é o mais form oso dos medos. Νομίζοντες τόν Δία τών θεών άριστον καί δικαιότατον (Ρ. E utífr. 5 e), Julgando que Zeus é o melhor e o mais justo dos deuses. 346. Para dar mais ênfase ao superlativo, usam-se as partículas δτι (δ τι) ώ ς e, mais raramente, δσον, δπω ς e fj. Ex.: Προθύμου δ τι κάλλιστος είναι (Ρ., Alcib. 131 D), Procura ser ο melhor que puderes. — Ώ ς τάχιστα (Xen., An. 3, 1, 38), O mais depressa possível. — "Ινα ώς δικαιότατη ή κρίσις ή (Ρ., G. 524 a), Para que ο julgam ento seja o mais justo possível.

COMPARA TIVO E SUPERLA TIVO

193

"Οσον τάχιστα (Sóf., Ant. 1103), O mais depressa possível. — "Οπως άριστα (Ésq., Agam. 600), O melhor possível. Obs. — Com ώς e ή (raramente com δπη), pode-se empregar o verbo δύναμαι ou uma expressão sinônima, como οίός τέ είμι, sou capaz de. Ex.: *Ως άν δύνηται κάλλιστον (Ρ., Banq. 177 d), ο melhor que pu­ der. — Πάντα ήμΐν δίελθε ώς δύνασαι Ακριβέστατα (Ρ., Fédon 88 e), Narra-nos tudo com a maior exatidão possível. — Πειράσομαι διδάσκειν ύμάς ώς άν οίός τε ώ σαφέστατα (Demóst., 43, 2), Procurarei informar-vos ο mais claramente possível. 347. Podem também empregar-se os advérbios πολύ, πολλφ ou μακρφ (lat. longe)t para dar mais ênfase ao superlativo. Ex.: Περσών μέν πολύ κάλλιστος 6 έμός πατήρ (X., C. 1, 3, 2), Meu pai é o mais belo dos persas.

Capítulo VIII

C onstrução d os verbos transitivos

I. — Acusativo 348. Objeto direto. — Os verbos transitivos têm o objeto direto em acusativo. Obs. — Só a leitura dos autores permitirá distinguir facilmente os verbos gregos transitivos dos intransitivos. Assim, φιλέω, amar, é transitivo e pede acusativo; mas èpáco, amar, é intransitivo e constrói-se com genitivo. 349. Alguns verbos que em latim ou em português são intransitivos, em grego são transitivos e regem acusativo. Tais são: ώφελειν, ser útil a, ajudar βλάπτειν, prejudicar όνίνημι, ser útil a, ajudar άδικεΐν, com eter injustiças contra εύεργετείν, fazer bem a alguém, lesar ευ ou καλώς ποιειν, fa zer bem a κ α κ ώ ς λέγειν, dizer m al de καλώς λέγειν, dizer bem de λανθάνειν, passar despercebido a αίσχύνεσθαι, envergonhar-se de δμνυμι, jura r p or Ex.: Φίλους ώφελειν (X., C. 1, 4, 25), Ser útil aos amigos. — Τούς φίλους ευ ποιειν, τούς δ9 έχθρούς κ α κ ώ ς (Ρ., M ênon 71 e), Fazer bem aos amigos e m al aos inimigos. — Ο ύδεις ποιων πονηρά λανθάνει Θεόν (Men., frag. 582), N inguém , que prati­ que o mal, se esconde de Deus. N . B. — Muitos verbos intransitivos tornam-se transitivos quando entram em composição com preposições, principalmente com διά, μετά, ύπέρ, παρά, περί, ύπό. Ex.: Διαπλεϋσαι τόν βίον (Ρ., Fédon 85 d), Fazer a travessia da vida. — Μετιέναι τήν σοφίαν (X, Af. 4, 2, 9), Procurar a sabedoria. — Τούς όρκους ύπερβάς (Demóst., 11, 3), Tendo violado os juram entos. — Τήν Ε λ λ ά δ α περιήει (X., Λ . 7, 1, 33), Percorria a Grécia. 195

Ύ ·* ·*

SiSTAXE

Εχ,: Της τελεστής τ ν γ χ β ^ ν νΧ-. -4. 3. 2. 7), Conseguir a marre. — Oi τάντες δοκούσι σοα τών άγαμων έπιθυμεϊν; (Ρ., λίέηοη ~~ cK S ã o :e parece que iodos desejam o que é bom? — Του λόγον 5ε ήρχετο ώδε (X-, Α . 3, 2, 7), Começou assim ο discur­ se — Βία γάρ έρωτος ούχ άχτεται (Ρ., Banq. 196 c). Com efeito, j violência não annge o amor. — 'Ο ταν τούτων τίνος Αγος (X.. C. 1, 2, 5), Quando rocas em alguma desias coisas. 364. A) Pedem igualmenie gem m o os verbos que significam abundar, pred scr. àisiar. cessar, abster-se, errar, como: γέμω. esiar cheio δέομαι, precisar δει. é preciso

στέρομαν. estar privado άχέχω. disiar άπέχομαι, absier-se

παύομαι, cessar λήγω, cessar άμαρτάνω, errar

Ex.: Αϊσχρότητος γέμουσαν την ψυχήν εϊδεν (Ρ., G. 525 a), Viu a alma cheia de fealdade. — Λήγουσι τών κακών (P., Fédon 114 b), Cessam de sofrer. Observações 1) O verbo impessoal δει corresponde ao latim opus est: δει μοί τίνος, preciso de alguma coisa. Notem-se as locuções πολλοϋ δει, falta muito, όλίγου δει, falta pouco. 2) Δέομαι seguido de um pronome ou adjetivo neutro requer esse prono­ me ou adjetivo no acusativo: δέομαι τι, preciso de alguma coisa; δέομαι ούδέν, não preciso de nada. Δέομαι com genitivo de pessoa significa, geralmente, pedir: δέομαι σου, πεό-τε. 365. 5) Pedem genitivo os verbos que significam recordar-se, cuidar de, des­ prezar, governar e sobressair, como: μιμνησκω, lembrar-se μνημονεύω, recordar-se άμνημονέω, esquecer-se

έπιμελέομαι, cuidar de άρχω, governar άμελέω, descuidar ήγέομαι, guiar καταφρονέω, desprezar διαφέρω, sobressair

Ex.: Τών άπόντων φίλων μέμνησο (Isócr., 1, 47), Lembra-te dos amigos ausentes. — Ούδέν αύτών χρή φροντίζειν (Ρ., Eutífr. 3 c.), Não se deve fazer caso deles. — Tò άνθρωπον άρχειν (X., C. 1, 1, 3), O governar os homens.

Observações 1) O verbo μνημονεύω constrói-se mais cpmumente com acusativo, prin­ cipalmente se o seu complemento é nome de coisa.

COSSTRLÇÃO DOS \TRBOS IS T R A S S im OS

Ex.: Έ άν τα παρεληλυθότα μνημονεύης (Isócr., 2, 25), Se ie lembrares do passado. 2) Os restantes verbos que significam lembrar, esquecer, adrnrem, n::±Z5 vezes, acusativo de coisa, em vez de genirivo, sobretudo quando significam re­ ter ou não reter na memória. Ex.: Tò αυτό μεμνησθαι (P., Teet. 166 a), Recordar a mesma coisa. — Ούδ’ άμνημονα τους /-άγους (DemósL 6, 12), .Vem esquece as suas palavras. 3) Ή γεομαι rege dativo quando significa servir de guia. Έχ.: Κέλευε σοι τούς ηγεμόνας ήγεϊσθαι (X., C. 2, 4, 27), Manda aos guias que te dirijam.

Π. — Dativo 366. 1) Os verbos ειμί, γίγνομαι, υπάρχει, com dativo, significam ter (lai. sum com um dat.). Ex.: Τούτω ήσαν έραστα'ι πολλοί (Ρ., Fedro 237 b), Este tinha mui­ tos amigos. — Τφ δικαίω παρά θεών τε και άνθρώπων δώρα γίγνεται (Ρ., R. 614 a), Ο homem justo recebe (tem) dons dos deuses e dos homens. 367. 2) Constroem-se com dativo os verbos que significam parecer, auxi­ liar, ser útil, obedecer, injuriar, repreender, usar, seguir, alegrar-se, afligir-se, como: δοκέω, parecer φαίνομαι, parecer βοηθέω, socorrer λυσιτελέω, ser útil συμφέρω, ser útil

ύπακούω, obedecer πείθομαι, obedecer πιστεύω, acreditar όνειδίζω, insultar χράομαι, usar

έπομαι, seguir άκολουθέω, seguir χαίρω, alegrar-se ήδομαι, alegrar-se άλγύνομαι, sofrer

Ex.: Βοηθήσατ* ούν κάκείνφ κ&μοί (Lis., 11, 12), Socorrei-o a ele e a mim. — Πείσομαι μάλλον τώ Θεώ ή ύμίν (Ρ., Αρ. 29 d), Obedecerei antes a Deus do que a vos. — Tò μέλλον συνοίσειν τη πόλει (Demóst., 1, 1), Ο que há-de ser útil ao Estado. — Χρήσθαι ούδενι αυτών (X., Ec. 9, 16), Não usar nenhum deles. — Ό Κρίτων ειπετο αύτφ (P., Fédon 116 a), Critão seguiu-o. — Ό Κύρος ήδετο τη στολή (X., C. 1,3, 3), Ciro sentia-se ra­ diante com o seu vestido. Obs. — 1) Alguns verbos que significam ser útil como ώφελειν, prejudi­ car, como βλάπτω, etc., regem acusativo e não dativo (Cf. N? 349).

SINTAXE

204

368. 2) O verbo πολεμέω constrói-se com dativo, ou com acusativo com πρός e έπί. 369. 3) Constroem-se também com dativo alguns verbos impessoais: δοκεΐ μοι, parece-me; προσήκει μοι, compete-me; δει μοι, preciso; μέλει μοι τούτου, tenho a meu cuidado isto; μέτεστί μοι τούτου, tenho parte nisto; πρέπει μοι, fica-m e bem. III. — Acusativo 370. 1) Pedem acusativo muitos verbos intransitivos que significam senti­ m ento, como: θρηνέω, lamentar; όδύρομαι, lamentar; δακρύω, chorar. Ex.: Δακρύειν τόν τετελευτηκότα (P., L. 960 a), Chorar o defunto. 371. 2) Vários verbos intransitivos admitem acusativo de significação aná­ loga à do próprio verbo. Tais são: ζάω, viver άσθενέω, adoecer

κινδυνεύω, correr perigo δουλεύω, servir

ήδομαι, alegrar-se αμαρτάνω, errar

Assim: βίον βιοϋν, βίον ζην, viver; κινδύνους κινδυνεύειν, arriscar-se; μάχην μάχεσθαι, πόλεμον πολεμειν, combater; ύπνον καθεύδειν, dormir. Ex.: Βίον άπορον έζων (Luciano), Vivia vida difícil. — Πάντας κινδύνους κινδυνεύειν (Ρ., L. 814 b), Correr todos os perigos. — Ή δόμενος ήδονάς τάς μεγίστας (Ρ., FU. 21 a), Experimen­ tando as maiores alegrias.

Capítulo X

Construção dos advérbios

372. a) Advérbios derivados. — Os advérbios derivados de adjetivos regem o mesmo caso que esses adjetivos. Ex.: Ά ξίω ς των καλώς πεποιημένων (X. C. 5, 4, 14), De modo condigno das suas belas ações. Πάντες όμοίως σοι (P., Teet. 169 a), Todos como tu. 373. b) Genitivo partitívo. — Alguns advérbios de tempo, lugar e quanti­ dade constroem-se com genitivo partitivo. Ex.: Οόκ οίσθα όπου γης εί (Platão), Não sabes em que terra estás. — Πηνίκα (έστιν) τής ήμέρας; (Aristóf., Aves, 1948), Que ho­ ras são? — Επειδή ένταϋθα λόγου γεγόναμεν (Ρ., R. 588 b), Quando chegamos a este ponto do discurso. — Τούτων ήδη άλις (X., C. 7, 7, 25), Disto já basta. — Ποϋ γής; em que ter­ ra? (ubinam terrarum?). — Δις τής ήμέρας, duas vezes por dia. 374. c) Muitos advérbios regem genitivo à maneira das preposições. Tais são:

πόρρω, longe de εύθύ(ς), direito a έναντίον1 diante de δχρι, μέχρι, até έμπροσθεν, diante de ένδον, no interior de έντός, dentro de έκτός, fo ra de

εΐσω, para dentro de έξω, para fo ra de &μα, όμοϋ (dat.) juntam ente com

ένεκα2, por causa de χάριν ^ ° r amor por causa de δίκην, à maneira de πλήν, exceto

1. έναντίον com dativo significa contra. 2. Ou ένεκεν, εΐνεκα, είνεκεν.

205

206

SINTAXE

375. Obs. — Certos advérbios como εύ, καλώς, κακώς, etc., juntos a alguns verbos formam locuções próprias. Assim: εύ, καλώς λέγειν... ποιεΐν, dizer bem... fazer bem. — εύ, καλώς άκούειν, receber elogios (lat. bene audiré). κακώς, φλαύρως άκούειν, ser desonrado, ser censurado. — καλώς έχω, estou bem; κακώς έχω, estou mal; πώς έχεις; como estás? ούτως έχει, assim é; έχ’ ήρέμα, έχ* ήσυχη, sossega, acalma.

Capítulo XI

Preposições

I. 376.

— Preposições com um só caso Genitivo

1. Αντί: diante de: (pouco freqüente). em vez de: βασιλεύσει άντ* έκείνου, reinará vem vez dele. preferência: αίρεΐσθαι τό χείρον άντι τοϋ βελτίονος, preferir ο pior ao melhor. por: άποδος άνθ* ών σε διεπόρθμευσα, paga por te ter passado. Em composição: oposição, em troca de: άντι-λέγω, contradizer; άντιδίδωμι, recompensar. 2. Άπό: de, de junto de, desde: άφ#ίππου, de cima do cavalo; άπό ταύτης τής ήμέρας, desde este dia. meio: άπό τούτων χρημάτων, com este dinheiro. causa: άπό τούτου τολμήματος, por causa desta ousadia. Em composição: afastamento, restituição, acabamento: άπ-έρχομαι, afastarse; άπο-δίδωμι, devolver; άπο-τελέω, completar. 3. Έ κ, έξ: desde: έκ παιδός, desde criança; έκ παίδων, desde crianças. depois de: έκ τοϋ άρίστου, depois do jantar. de dentro de: έκ της πόλεως φεύγειν, fugir da cidade. meio: έκ τούτου ζην, viver disso. causa: έκ τούτου, por causa disso. modo: άσπάσασθαι έκ τής ψυχής, abraçar de coração. Em composição: fora de, acabamento: έκ-βαίνω, sair; έκ-πονέω, elaborar. 4. Πρό: diante de: πρό των πυλών, diante das portas, antes de: πρό της μάχης, antes do combate. 207

SINTAXE

208

em favor de: μάχεσθαι πρό τής πατρίδος, combater pela pátria. em vez de: έρώ πρό τώνδε, falarei em nome destes. preferência: αίρεϊσθαι πρό δουλείας θάνατον, preferir a morte à escravidão. em nome de: πρό τώνδε, em nome destes. Em composição: antes, vantagem, a favor de: προ-γιγνώσκω, conhecer antes; προ -έχω, avantajar-se; προ-κινδυνεύω, arriscar-se por. 377.

Dativo

5. Έ ν: em: έν τή Έ λλάδι, na Grécia; έν οικφ, em casa. em, durante: έν χειμώνι, durante ο inverno. diante de, entre: έν τοΐς δικασταΐς, diante dos juízes. advérbio: έν τούτφ, entretanto; έν τάχει, rapidamente. Em composição: cm, conformidade, aumento: έν-οικέω, habitar em; έν-δικος, segundo a justiça; έν-τείνω, estender. 6. Σύν, ξύν: com, em companhia de: σύν τω άδελφφ com o seu irmão, com o auxílio de: σύν τοΐς θεοΐς, com o auxílio dos deuses. conform e a: σύν τοΐς νόμοις, segundo as leis. m odo: σύν κραυγή, com gritaria. Em composição: juntam ente, com: συλ-λέγω, reunir; συν-τίθημι, compor. Acusativo 1. Ά ν ά 1: através de (subindo): άνά τά δρη, através dos montes. ao longo de: άνά τόν ποταμόν, ao longo do rio. durante: άνά πάσαν τήν ήμέραν, durante todo o dia. sentido distributivo: άνά έκατόν άνδρας, de cem homens cada. modo: άνά κράτος, com toda a força; άνά μέρος, alternadamente. Em composição: elevação, repetição, retrocesso, aumento: άνα-βαίνω, su­ bir; άνα-τρέχω, correr de novo; άνα-βάλλω, atirar para trás: άνα-πείθειν, persuadir. 8. ΕΙς, ές: para: είς τήν πόλιν, para a cidade. contra: εις πολεμίους Ιέναι, ir contra os inimigos.

1. *Avá com dativo encontra-se em poesia e significa sobre. Quando se pospõe, escreve-se õva.

PREPOSIÇÕES

209

em honra de, em favor (ou contra): ϋμνος εις Α πόλλω να, hino em honra de Apoio. Em composição: para dentro: είσ-άγω, introduzir. 9. Ώ ς 1: (só com nomes de pessoas), para, para casa de: ώς βασιλέα, para casa do rei.

II. 378.

— Preposições com dois casos Genitivo e Acusativo

10. Διά: a) Genitivo: através de: διά τής Αγοράς, através da praça pública, por meio de: δι’ έρμηνέως, por meio de intérprete, durante: διά βίου, durante a vida. sentido distributivo: δι* έτους πέμπτου, cada cinco anos. b) Acusativo:

por causa de: διά τούτο, por causa disso; διά καύμα, p o r causa do calor, com o auxílio de: διά τούς θεούς, com o auxílio dos deuses. Em composição: através, distribuição: δι-έρχομαι, atravessar: δια-τάττω, distribuir. 11. Κατά (κάτα, quando se pospõe): a) Genitivo: do alto de: κατά τής πέτρας, do alto do rochedo, sobre: κατά όρων, sobre os montes, debaixo: κατά γής, debaixo da terra, contra: καθ’ ήμων, contra nós. b ) Acusativo:

ao longo de: κατά τόν ποταμόν, ao longo do rio. por, através de: κατά γήν καί κατά θάλατταν, p or terra e por mar. conforme a: κατά τόν νόμον, segundo a lei. durante: κατ’ έκεΐνον τόν χρόνον, por aquele tempo. sentido distributivo: κατ’ ένιαυτόν, κ ατ’ έτος, cada ano. modo: κατά κράτος, com toda a força.

1. Não é propriamente preposição.

SINTAXE

210

Em composição: descida, contra, intensidade: καταβαίνω, descer; καταγιγνώσκω, condenar; κατα-καίω, abrasar. 12. ‘Υπέρ (ύπερ, quando se pospõe): a) Genitivo: acima de: ύπέρ τής κώμης, por cima da aldeia. além de: ύπέρ ποταμού οίκεΐν, habitar do outro lado do rio. em fa vo r de: μάχεσθαι ύπέρ τής πατρίδος, combater pela pátria. em nome de: έγώ ύπέρ σοϋ άποκρινοϋμαι, eu responderei por ti. b) Acusa ti vo:

para além de: ύπέρ τύν Ελλήσποντον οίκεΐν, habitar para além do Helesponto; ύπέρ τόν καιρόν, fora da ocasião. excesso: ύπέρ δύναμιν, superior às forças. Em composição: superioridade, desprezo, em favor de, veemência: ύπερέχω, sobrepujar; ύπερ-οράω, desprezar; ύπερ-μάχομαι, lutar por; ύπεραγαπάω, amar com veemência. 13. Μετά (μέτα, quando se pospõe)1: a) Genitivo: com: μετά των νόμων, segundo as leis; μετά καιρού, segundo a ocasião. modo: μετά κινδύνων, entre perigos. b ) Acusa ti vo:

depois de: μετά τούτο, μετά ταύτα, depois disto; μετά χρόνον, algum tempo depois. durante: μετά βίον, durante a vida; μεθ’ ήμέραν, durante o dia. Em composição: participação, modificação: μετ-έχω, participar; μεθίστημι, m udar de lugar. III. — Preposições com três casos 379. 14.

Genitivo, D ativo, Acusativo Έ π ί12:

a) Genitivo: sobre: έπι τής γής, sobre a terra. em direção a: έπι Σάμου πλειν, navegar com rumo a Samos.

1. μετά com dativo encontra-se, geralmente, entre os poetas e significa entre. 2. Escreve-se έπι quando vem depois do complemento: πύργους έπι, para as torres.

PREPOSIÇÕES

211

no tempo de: έπΐ Κόρου, no tempo de Ciro. modo: έπΐ σπουδής, com ardor. sentido distributivo: έπΐ τεττάρων πορεύεσθαι, marchar quatro a quatro. b) Dativo: sobre: ènl τή κεφαλή, em cima da cabeça. junto a: έπΐ τή θαλάττη, junto ao mar. por causa de: χαίρειν έπ* αίσχραις ήδοναΐς, alegrar-se com prazeres ver­ gonhosos. diante de: έπΐ τοΐς δικασταις, diante dos juízes, em poder de: ènl βασιλει γίγνεσθαι, cair em poder do rei. para (fim): έπΐ θανάτφ, conduzir à morte, depois de: άλλοι έπ* άλλοις, uns depois dos outros, contanto que: έφ* ώ, contanto que. c) Acusativo: para: έπΐ τόν γήλοφον, para a colina. contra: έπΐ τούς πολεμίους Ιέναι, ir contra os inimigos. durante: έπΐ τρεις ήμέρας, durante três dias. pelo que toca a: τό έπΐ σέ, pelo que te diz respeito. Em composição: sobre, além de, contra, aumento: έπι-τίθημι, impor; έπι-δίδωμι, dar a mais; έπι-στρατεύω, fazer uma expedição contra; έπι-τελέω, concluir. 15. Παρά (Πάρα, quando se pospõe): a) Genitivo: de, de junto de: παρά βασιλέως, de junto do rei. por: (ag. da pass.): παρά πάντων όμολογειται, é confessado por todos. b) Dativo: jun to de: παρά τω πατρί, em casa do pai. em, entre: παρά Πλάτωνι, em Platão; παρ’ ήμίν, entre nós. c) Acusativo: para junto de: παρά Φίλιππον, para junto de Filipe, ao longo de: παρά τόν ποταμόν, ao longo do rio. durante: παρά πάντα τόν βίον, durante toda a vida. contra: παρά τούς νόμους, contra as leis. em comparação: παρά τά άλλα ζωα, em comparação dos outros animais. Em composição: violação, proximidade: παρά-νομος, que procede con­ tra as leis; παρα-βάλλω, comparar.

SINTAXE

212

16.

Πρός:

a) Genitivo: de: πρός Θεού τάγαθά, os bens (vêm) de Deus. do lado de: έστάναι πρός του ποταμού, colocar-se do lado do rio. em nom e de: πρός θεών, pelos deuses. diante de: πρός Θεού και πρός άνθρώπων, diante de Deus e dos homens, por: (ag. da pass.): όμολογεΐται πρός πάντων, é confessado por todos. b) D ativo: ju n to de: πρός τα ΐς πηγαΐς, ju n to das fo n tes, além de: πρός δέ τούτω, πρός δέ τούτοις, além disso. c) A cusativo: para: έρχομαι πρός σε, vou ter contigo, contra: πρός τούς πολεμίους, contra os inimigos, conform e: π ρός τήν δύναμιν, segundo as forças, em comparação: π ρ ός τον πατέρα, em comparação com o pai. respeito a: τα πρός τόν πόλεμον, ο que diz respeito à guerra. Em composição: para, aum ento: προσ-άγω, conduzir; προσ-τίθημι, acrescentar. 17.

'Υ πό (ϋπο, quando se pospõe):

a) G enitivo: sob, debaixo de: ύπό γης, debaixo da terra, p o r causa de: ύπό λύπης, p o r causa da tristeza. p o r (ag. da pass.): νικάσθαι ύπό τώ ν Ε λλή νω ν, ser vencido pelos gregos. b ) D ativo:

debaixo de: ύπό τ φ ίματίω , debaixo do m anto. em p o d er de: oí ύπό βασιλεΐ δντες, os que estão em poder do rei. c) A cusativo: para debaixo de: άπήλθον ύπό τά δένδρα, afastaram -se para debaixo das árvores. em p o d er de: ύπό βασιλέα γίγνεσθαι, cair em po d er do rei. p o r (tempo): ύπό τούς αύτούς χρόνους, pela m esm a época. Em composição: inferioridade, às ocultas: ύπο-τάττω , subordinar; ύφαρπάζω , roubar às ocultas. 18.

Π ερί1

1. Escreve-se πέρι quando se pospõe ao complemento.

PREPOSIÇÕES

213

a) Genitivo: acerca de: περί της ψυχής, acerca da alma. superioridade: περί πάντων, sobre todos. b) Dativo: por: δεδιέναι περί πάση τή πόλει, tem er p o r toda a cidade, à volta de: περί τή χειρί, à volta da mão. c) Acusativo: à volta de: ot περί Σωκράτην, os discípulos de Sócrates (os que rodeavam Sócrates). nas cercanias de: περί τό δρος, nas cercanias do m onte, cerca de: περί μέσος νύκτας, p o r volta da m eia noite, para com: εΰσεβεΐν περί θεούς, ser piedoso para com os deuses, respeito a: τά περί τήν γεωργίαν, ο que se refere à agricultura. Em composição: à volta, superioridade, desprezo, aum ento: περι-άγω, conduzir à volta; περί-ειμι, ser superior; περι-οράω, desprezar; περί-φοβος, cheio de medo. 19. Άμφί* a) Genitivo: à volta de: άμφΐ τής πόλεως, à volta da cidade, acerca de: άμφΐ άστέρων, acerca dos astros. b) Dativo: à volta de: άμφΐ μάχη, à volta da peleja, acerca de: άμφΐ γυναικί, acerca de um a m ulher. c) Acusativo: à volta de: ol άμφΐ Π ρωταγόραν, os discípulos de Protágoras. cerca de: άμφΐ τούτον τόν χρόνον, p o r esse tem po. aproximadamente: άμφΐ τά ς δώ δεκα μυριάδας, um as doze m iríades (120.000). Em composição: à volta, dúvida: άμφι-βάλλω, lançar à volta; άμφί-βολος, duvidoso.1

1. Ά μφ ί com genitivo i rara; com da tivo é usada pelos poetas.

Capítulo XII

Interjeições

380. As interjeições admitem algumas vezes genitivo. Ex.: Φεϋ τοϋ άνδρός (X., C. 3, 1, 39), Pobre homem! "Ω τής άναισχυντίας (Luc., Pise. 5), Oh! que pouca vergonha! Obs. — 1) Parecido com o genitivo de interjeição é o genitivo exclamativo. Ex.: ΤΩ Πόσειδον, δεινών λόγων (Ρ., Eutid. 303 a), Ó Netuno, que terríveis palavras! 2) Podem incluir-se no número das interjeições as palavras μά ε νή, por, que se constroem com acusativo: μά usa-se depois de vai, sim, ou ού, não; νή emprega-se nos juramentos afirmativos. Ex.: Ναι μά τόν Δία, sim, por Zeus! Οό μά τόν Δία, não, por Zeus! Νή τόν Δία, sim, por Zeus!

215

U FM G

- F a c u ld a d e d e L e tra s

Biblioteca

Capítulo XIII

Tem pos e m odos na oração principal

A) EMPREGO DE ALGUNS TEMPOS 381. Presente e imperfeito. — Empregam-se por vezes: 1? — Para exprimir uma ação que se repete, um hábito. Ex.: Ή πρύμνα τοϋ πλοίου δ είς Δήλον Α θηναίοι πέμπουσι (Ρ., Fédon 58 a), A popa do navio que os atenienses enviam (cada ano) a Delos. —Σωκράτης διά παντός τοϋ βίου πάντας ώφέλει (X., Μ. 1,2, 61), Durante toda a sua vida Sócrates costum ava socorrer a todos. 2? — Para exprimir a idéia de tentativa. Ex.: Νϋν 8è έξελαύνετε ήμάς έκ τήσδε τής χώ ρα ς (X., Α . 7, 7, 7), Ε agora pretendeis expulsar-nos desta região. — (Φίλιππος) Ά λλόνησον έδίδου (Ésquines, Ctesif. 83), Filipe queria dar Haloneso. 3? — Também existe em grego o presente histórico. Ex.: Ε νταύθα δή Κύρου άποτέμνεται ή κεφαλή (X., A . 1, 10, 1), Então corta-se (por cortou-se) a cabeça a Ciro. 4? — Muitas vezes na narração histórica emprega-se o im perfeito como equivalente do aoristo grego e do nosso perfeito. Ex.: Τή δ ’ ύστεραίςι πρφ Κύρος μέν έθύετο, ό δ ’ ά λλος στρατός έξωπλίζετο (X. C. 6, 4, 1), N o dia seguinte, de m anhã cedo, Ciro ofereceu um sacrifício, e o resto do exército tom ou as armas. Obs. — Alguns presentes e imperfeitos empregam-se com sentido do per­ fe ito ou do m ais-que-perfeito. Tais são: ήκω , vim , ήκον, eu tinha vindo; οΐχομαι, parti, φ χόμην, eu tinha partido; άκούω , ouço, ouvi; πυνθάνομαι, observo, observei; ήττώ μαι, fu i vencido. 382. Aoristo. — Indica um fato passado sem idéia de duração. Emprego: 1? — É o tempo, por excelência, da narração histórica. Ex.: Κϋρος τούτη τή παιδείςι έπαιδεύθη (X., C. 1 ,3 , 1), Ciro teve esta educação.

217

SINTAXE

218

2? — Em máximas e pensamentos gerais o aoristo equivale, às vezes, ao presente (é o chamado aoristo gnômico). Ex.: Ούδεις έπλούτησε ταχέως δίκαιος ών (Men./rag. 290), Nenhum ju sto enriquece depressa. Obs. — Em alguns verbos que indicam estado ou condição, o aoristo exprime, além desse estado, o seu começo. Ex.: Έβασίλευσα, fu i rei ou comecei a ser rei; έσχον, possuí ou ; έπλούτησα, fu i rico, ou fiz-m e rico; ένόσησα, estive doente, ou caí doente. 383. Perfeito. 1? — Indica uma ação já completa, mas cujo efeito perdura. Ex.: Έ κ πένητος* πλούσιος γεγένησαι (X., C. 8, 3, 39), De pobre tornaste-te rico. 2? — Muitos verbos têm no perfeito significação de presente, como: έστηκα, estou de pé; δέδοικα, temo; μέμνημαι, lembro-me; τέθνηκα, estou m orto; άπόλωλα, estou perdido; κέκτημαι, possuo; κέκμηκα, estou cansa­ do; etc. 384. Imperfeito e Aoristo com ôv. — Empregam-se: 1? — Para exprimir um fa to não-realizado (modo irreal). Podem também exprimir um fato possível, no passado (potencial do passado). Em ambos os casos traduzem-se pelo nosso futuro do pretérito simples ou composto. Ex.: Έβουλόμην ôv όμοίως έμοι γιγνώσκειν αυτόν (Isócr., 18, 51), Quereria que vós o conhecêsseis como eu. — Αυτοί μέν ôv έπορεύθησαν ήπερ oí άλλοι (X., A . 4, 2, 10), Teriam seguido pelo mesmo caminho que os outros. 2? — Com o sentido de costumar. Ex.: Ei τις αύτφ δοκοίη βλακεύειν, δπαισεν ôv (X., Α . 2, 3, 11), Se alguém lhe parecia mostrar-se indolente, costumava castigá-lo.

B) EMPREGO DOS MODOS I. — Imperativo Emprega-se: 385. a) Para exprimir uma ordem. Se o verbo está na segunda ou na terceira pessoa, a ordem exprime-se pelo imperativo (presente ou aoristo).

TEMPOS E MODOS NA ORAÇÃO PRINCIPAL

219

Ex.: Ααβέ τό βιβλίον καί λέγε (Ρ., Teet. 143 c), Toma ο livro e lê. —Κέλευσον τόν Σάκαν έμοΐ δούναι τό έκπωμα (X., C. 1, 3, 9), Ordena a Sacas que me dê a taça. N. B. — Na primeira pessoa do plural emprega-se, como em latim, o sub­ juntivo (presente ou aoristo) que pode também ser precedido de άγε, φέρε, ϊθι e έα. Ex.: "Αγε σκοπώμεν τα έμοί πεπραγμένα (X., C. 5, 5, 15), Vamos, examinemos as minhas ações. 386. b) Para exprimir uma proibição. Para exprimir uma proibição, emprega-se a negação μή com o imperativo ou com o subjuntivo. 1? — Usa-se o imperativo presente ou o subjuntivo aoristo, quando a proi­ bição se formula na segunda ou na terceira pessoa. Ex.: Μή θορυβείτε (Ρ., A p. 21 a), Não façais barulho. Μή κατά τούς νόμους δικάσητε (Demóst., 21, 211), Não ju l­ gueis segundo as leis. Obs. — Com a terceira pessoa emprega-se algumas vezes o imperativo aoristo. Ex.: Καί μηδείς ύμων νομισάτω άλλότρια έχειν (X., C. 7, 5, 73), Ε nenhum de vós pense em possuir coisas alheias. 2? — Quando a proibição se formula na primeira pessoa do plural, usa-se o subjuntivo (presente ou aoristo). Ex.: Μή πειθώμεθα (P., Fedro 217 c), Não obedeçamos. Καί νϋν μή μέλλωμεν (X., A . 3, 1, 46), Eagora não demoremos. Obs. — A ordem e a proibição podem exprimir-se ainda pelo futuro do indicativo (ou pelo subjuntivo)1 com όπως, όπως μή, ou pelo infinitivo. Ex.: "Οπως ούν έσεσθε άξιοι (X., A . 1, 7, 3), Sede dignos. Τούς Θράκας άπιέναι (Aristóf., Acarn. 172), Afastem-se os trácios.

II. — Optativo 387. a) Optativo sem άν. — Emprega-se para exprimir um desejo realizá­ vel; pode ser precedido das partículas είθε, εί γάρ. Negação μή.

1. Subentende-se um verbo que signifique tomar cuidado.

SINTAXE

220

Ex.: Δοΐτέ μοι καλώ γενέσθαι (Ρ., Fedro 279 b), Oxalá que me per­ m itais ser fo rm o so . Είθε σύ φίλος ήμΐν γένοιο (X., HeL 4, 1, 38), Oxalá que tu sejas nosso am igo. Obs. — Se o desejo não é realizável, emprega-se είθε, εί γάρ com o imper­ fe ito do indicativo sem &v se se trata de um tempo presente ou futuro, ou com o aoristo do indicativo sem &v quando se refere ao passado. Ex.: Ei γάρ τοσαύτην δύναμιν είχον (Euríp., A lc. 1072), Oxalá que eu tivesse tanta fo rça . Είθε σοι συνεγενόμην (X., Μ. 1,2,46), Oxalá que eu tivesse con­ vivido contigo. O desejo irrealizável tam bém pode exprimir-se por ώφελον, ώφελες, ώφελε, etc.1, com infinitivo. Ex.: Ά λ λ ’ ώφελε Κύρος ζην (X., A . 2, 1 4), Oxalá que Ciro vivesse. 388. b) O ptativo com &v. — Emprega-se para exprimir um fato simples­ m ente possível. Negação ου. Ex.: Ε ΐποι τις fiv (X., C. 5, 1, 35), Poderá alguém dizer. Δ ίς ές τον αύτόν ποταμόν ούκ όν έμβαίης (Ρ., Crátilo 402 a), N ão entrarás duas vezes no mesm o rio. III. — Subjuntivo 389. M odo deliberativo. — P ara exprimir uma dúvida, ou para formular um a pergunta sobre o que se há de fazer, emprega-se o subjuntivo. Nega­ ção μή. Ex.: Ε ϊπω μεν η σιγώμεν; (Euríp., fo n 758), Devemos fa lar ou calarnos? — Tí πάθω , τί δε δρω; (Ésquilo, Supl. 1049), Que vai acontecer-m e? Q ue hei de fa zer? Obs. — Algum as vezes usa-se o fu tu ro do indicativo. Ex.: Tí oõv ποιήσομεν; (P ., G. 505 c), Que farem os? ORAÇÕES INTERROGATIVAS DIRETAS 390. As orações interrogativas diretas podem ser sim ples ou compostas, segundo constam de um ou dois membros. Podem ser introduzidas pelos pronomes e pelos advérbios interrogativos τις, πού, π ότε, etc., e po r partículas. 1. A o r. 2 de όφείλω, dever.

TEMPOS E MODOS NA ORAÇÃO PRINCIPAL

221

Partículas: a) Na interrogação simples emprega-se: 1) ού,. άρ* ού, ούκουν, não é verdade (nonne), se se espera resposta afirmativa. Ex.: Ούκοϋν σοι δοκεΐ σύμφορον είναι; (X., C. 2, 4, 15), Não te parece ser vantajoso? 2) μή, άρα μή, μών, porventura (num), quando se espera resposta negativa. Ex.: Μών τί σε άδικεΐ Πρωταγόρας; (Ρ., Prot., 310 d), Porventura Protágoras prejudica-te em alguma coisa? 3) ή, άρα, é verdade que (ne), quando não se prevê a resposta. Ex.: Ή μνημονεύεις & σοι παρήνεσα; (Sóf., Filoct. 122), Lembras­ te dos meus avisos? b) As orações interrogativas diretas compostas podem ser disjuntivas ou contraditórias. 1) Nas disjuntivas, emprega-se no primeiro membro πότερον (πότερα), e no segundo ή, ou (an). Ex.: Πότερον έ$ς άρχειν, fl άλλον καθίστης άντ’ αύτοϋ; (X., C. 3, 1, 12), Permites que governe, ou pões outro em seu lugar? 2) Nas contraditórias emprega-se ή οΰ, ή μή, ou não (annon). Ex.: Πότερον έχρήν ή μή; era preciso ou não?

Capítulo XIV

U so dos m odos nas orações subordinadas

A) ORAÇÕES COMPLETTVAS 1. Infinitivas Constroem-se só com infinitivo: 391. 1? — Os verbos impessoais e locuções análogas: χρή, δει, épreciso; έστιν, épossível; έξεστιν, é lícito; δίκαιόν έστιν, é justo; άναγκαΐον έστιν, é preciso; καλόν έστιν, é belo; αίσχρόν έστιν, é vergonhoso, etc. Ex.: Χρή με άπολογήσασθαι (P., Fédon 63 b), Épreciso que eu me defenda. — Δίκαιόν έστιν ύμάς διαφέρειν τι τούτων (X., Α. 3, 1, 37), É justo que vós vos distingais destes em alguma coisa. 392. 2? — Igualmente se constroem os verbos e locuções impessoais que significam acontecer: συμβαίνει, acontece; δυνατόν έστιν, é possível. Ex.: Συνέβη τούς Αθηναίους θορυβηθήναι (Tuc., 5, 10, 7), Suce­ deu que os atenienses se perturbaram. Obs. — Alguns destes verbos admitem também infinitivo com ώστε. Ex.: Πολλάκις γέγονεν ώστε καί τούς μείζω δύναμιν έχοντας ύπό τών άσθενεστέρων χρατηθήναι (Isócr., 6, 124), Sucede muitas vezes que até os que têm maiores forças são vencidos petos mais fracos. 393.3? — Os verbos que exprimem vontade ou esforço, como: βούλομαι, querer; έπιθυμέω, desejar; αίτέω, pedir; κελεύω, mandar; συμβουλεύω, acon­ selhar; πειράομαι, procurar; etc. Negação: μή (que não). Ex.: Πειρώ εύρεΐν καί είπείν τό όνομα (Ρ., G. 504 c), Procura en­ contrar e dizer o nome. Κελεύει αύτούς μή λόγοις παράγεσθαι (Tuc, 1, 91,1), Ordenalhes que não se deixem levar por palavras. N. B. — Note-se a construção de βούλομαι com o subjuntivo, sem par­ tícula, na frase: βούλει σοι εΐπω; (P., G. 521 d), Queres que te diga? (vis tibi dicam?). 223

SINTAXE

2 24

394. 4? — Os verbos que significam proibir, impedir, como: άπαγορεύω, proibir; κωλύω, im pedir, etc. N. B. — O infinitivo destes verbos é sempre precedido da partícula μή, se a oração principal não tiver negação; μή ού, se tiver negação. Ex.: Άπαγορεύω σοι μή κινείσθαι (X., C. 1, 4, 13), Proíbo-te de te moveres. Obs. — Omite-se a negação depois das locuções ούκ έάω, proibir (não deixar); ούκ έθέλω, recusar (não consentir) e, por analogia, κωλύω, proibir Ex.: Oi θεών ήμδς όρκοι κωλύουσι πολεμίους είναι δλλήλους (X., Λ . 2, 5, 7), Os juram entos feito s em nome dos deuses proíbemnos de sermos inimigos uns dos outros. 395. 5? — Os verbos que significam poder, dever, dar, eleger, como: δύναμαι, poder; δίδωμι, dar, perm itir; αίρέομαι, eleger, etc. Ex.: Δός μοι τρεις ήμέρας δρξαι αύτοϋ (X., C. 1, 3, 11), Permitem e ser senhor dele durante três dias. Oi άρχοντες οϋς εΐλεσθε δρχειν μου (Ρ., Λ ρ. 28 e), Os chefes que escolhestes para m e governar 396.

Observações

1) Έ χ ω (ter) com infinitivo significa saber, p o d er Ex.: Ούκ έχω σοι είπεΐν (Ρ., G. 503 b), Não te sei dizer 2) Notem-se as expressões: έδν χαίρειν (com acus.) e χαίρειν είπεΐν ou φράζειν (com dat.), mandar passear (sentido irônico). 3) As expressões πολλου, μικρού δει (com infin.) significam está longe de, pouco fa lta que. Ex.: Πολλου δει ούτως έχειν (Ρ., Λ ρ . 35 d), Está longe de ser assim. 4) Note-se o sentido do verbo κινδυνεύω (correr perigo) em frases como esta: κινδυνεύεις άληθή λέγειν (P., A lcib. 120 a), Talvez fa les verdade. 397. 6? — Os verbos έλπίζω, esperar; προσδοκάω, aguardar; ύπισχνέομαι, prom eter, constroem-se com o infinitivo fu tu ro ou com o infi­ nitivo presente. Ex.: Π α ρ’ δνδρας έλπίζω άφίξεσθαι άγαθούς (Ρ., Fédon 63 b), Espero ir para ju n to dos hom ens bons. 398. 7? — O verbo μέλλω constrói-se com infinitivo fu tu ro ou presente e significa:

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

225

a) Estar a ponto de. Ex.: Μέλλουσι παρά τόν Θεόν άπιέναι (Ρ., Fédon 85 a), Estão pres­ tes a partir para ju n to de Deus. b) Ter intenção de. Ex.: Ό τι μέλλετε (πράττειν) εύθύς πράττετε (Tuc., 7, 15), Ο que tendes intenção de fazer, fazei-o depressa. c) Estar destinado a. Ex.: Μέλλω ύμάς διδάξειν (Ρ., Α ρ . 21 b), Vou informar-vos. Obs. — Μέλλω precedido de εΐ (se) traduz-se, às vezes, por “se queres”: εΐ μέλλω σοι έπεσθαι (Ρ., Prot. 334 d), Se queres que te siga. Traduz-se algumas vezes por poder: Ό τι μέλλει χαριείσθαι τφ δχλφ (Ρ., G. 501 e), Aquilo que pode dar prazer à m ultidão. 2. Completivas com infinitivo ou com modo finito (δτι e ώς) 399. Os verbos que significam declarar, ver, conhecer, podem construirse com infinitivo ou com a partícula δτι ou ώ ς seguida de: a) Indicativo, depois de um tempo principall. b) Indicativo ou optativo, depois de um tempo secundário. Negação ού de preferência a μή. Ex.: Oi ήγεμόνες οϋ φασιν είναι άλλην δδόν (X., Α . 4, 1, 21), Os guias dizem que não há outro caminho. — Λέγει ώ ς ούδέν έστιν άδικώτερον φήμης (Ésquines, 1, 125), D iz que nada há mais injusto do que a fam a. — Εύ τοίνυν έπίστασθε δτι ύμεΐς μέγιστον έχετε καιρόν (X., Α . 3, 1, 36), Bem sabeis que tendes ótima ocasião. — Έ λ εγο ν δτι Κϋρος τέθνηκεν (X., Α . 2, 1, 3), Diziam que Ciro tinha morrido. — Π ρός με έλεγεν δτι άσθενοΐ (Ρ., Cárm. 155b), Dizia-me que estava doente. Obs. 1) φημί, afirmar, só admite oração infinitiva. Ex.: Ου φημι12 ποιεΐν αύτούς δ βούλονται (Ρ., G. 467 b), A firm o que eles não fazem o que querem.

1. Os tem pos principais são os que se referem ao presente ou ao futuro. Tais são: presente , fu tu ro , perfeito do indicativo, todos os tempos do imperativo e subjuntivo, optativo potencial

e optativo de desejo, e os tempos do infinitivo e do particípio. Os tem pos secundários são os que se referem ao passado: aoristo, im perfeito e mais-queperfeito do indicativo, presente histórico e o optativo subordinado a um tempo passado. 2. Note-se a negação ού que precede o verbo φημ( (na oração principal), quando em portu­ guês se põe na oração subordinada.

SINTAXE

226

2) Depois de um verbo declarativo emprega-se, por vezes, a partícula δτι, mas citam-se as palavras como foram pronunciadas. Neste caso δτι equi­ vale a dois pontos seguidos de aspas. Ex.: Πρόξενος είπεν δτι αύτός είμι, δν ζητείς, Próxeno disse: “sou eu quem procuras 400. Os verbos que significam saber (οίδα), ver (όράω), conhecer (γιγνώσκω), ouvir (àκούω), aprender (μανθάνω) podem também construir-se com o particípio. Ex.: Οίδά σε λέγοντα άεί (X., C. 1, 6, 6), Sei que dizes sempre. — Tà τοϋ πολέμου τοιαϋτα έγίγνωσκον δντα (X., C. 7, 5,46), Eu sabia que eram tais as coisas da guerra. Obs. — As diversas construções de άκούω, ouvir, dão ensejo a várias significações. Assim: άκούω σε άδειν, ouço dizer que cantas. άκούω σε άδοντα, ouço dizer que cantas. άκούω σου άδοντος, ouço-te cantar. 401. Os verbos que significam crer (νομίζω), julgar (ήγέομαι, οϊομαι ou οιμαι) constroem-se geralmente com infinitivo, raramente com ώς e quase nunca com δτι. Ex.: Νομίζω ύμάς έμοι είναι φίλους (X., Α . 1,3, 6), Creio que sois meus amigos. — Σωκράτης ήγεΐτο θεούς πάντα ειδέναι (X., Μ. 1, 1, 19), Sócrates julgava que os deuses sabem tudo. 402. Os verbos que significam sentimento, como χαίρω, alegrar-se, θαυμάζω, admirar-se, άγανακτέω, indignar-se, etc., constroem-se com δτι ou εί e indicativo (lat. quod e conj.). Ex.: Χαίρω δτι εύδοκιμεΐς (P. Laq. 181), Alegro-me de que sejas apreciado. — Θαυμάζω δ* έγωγε εί μηδεις ύμών μήτ* ένθυμεΐται, ^ μήτ9 όργίζεται (Demóst., 4, 43), Admiro-me de que nenhum de vós reflita nem se indigne. Obs. — Pode-se também usar o particípio, ou έπί com infinitivo. Ex.: Ό Κύρος ύπερέχαιρεν αύτοϊς χαριζόμενος (X., C. 1, 3, 12), Ciro sentia-se fe liz por lhes agradar. OBSERVAÇÕES SOBRE AS ORAÇÕES INFINITIVAS I. — Emprego do sujeito Em geral, quando o sujeito do infinitivo é o mesmo que o sujeito da ora­ ção principal, quase nunca se exprime; se não é o mesmo, vai para acusativo.

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

227

Ex.: Έγώ ήγούμαι όμόδουλος είναι των κύκνων (Ρ., Fédon 85 b), Eu julgo que sou companheiro dos cisnes na servidão. — Οίμαι, ώ Γοργία, και σέ έμπειρον είναι πολλών λόγων (Ρ., G. 457 c), Penso que também tu, ó Górgias, tens experiência de muitas discussões. II. — Emprego do predicativo O predicativo e o particípio vão para o mesmo caso em que está o sujeito. Se este estiver em genitivo ou em dativo, o predicativo poderá concordar com ele ou colocar-se no acusativo. Ex.: Έρωτώμενος ποδαπός ειη, Πέρσης έφη είναι (X., Α. 4,4,17), Interrogado de que país era, respondeu que era persa. — Κύρου έδέοντο ώς προθυμότατου γενέσθαι (X., Hei. 1, 5, 2), Pediam a Ciro que fosse o mais corajoso possível. — Ύμίν εύδαίμοσιν έξεστι γενέσθαι (Demóst., 3, 23), Podeis ser felizes. — Εϊ σοι ήδομένω έστίν (Ρ., Fédon 78 b)., Se te agrada. — Έ ξεστί σοι μηδένα προσκυνοϋντα (X., Hei. 4, 1, 35), Podes não adorar ninguém. III. — Construção pessoal 403. A construção pessoal substitui muitas vezes a construção impessoal, sobretudo com os verbos que significam dizer, crer, e com locuções como: δίκαιός είμι, é justo que eu, δηλός είμι, é evidente que eu, e δοκέω, (cf. lat. videor). Ex.: Έπύαξα έλέγετο Κύρφ δούναι χρήματα (X., A . 1,2,12), Diziase que Epiaxa dera dinheiro a Ciro. — Τάς άποδείξεις δίκαιός είμι ποιεΐσθαι (Demóst., 18,245), É justo que eu faça a demons­ tração. — Δίκαιος εϊ βοηεΐν τφ άνδρί (Ρ., Prot. 399 e), É justo que socorras esse homem. — Δήλος ήν άνιώμενος, (X., A. 1, 2, 11), Era evidente que ele sofria. Δοκώ γέ μοι μανθάνειν (Ρ., Mênon 72 d), Parece-me que compreendo. — Καλώς μοι δοκεις λέγειν (Ρ., Crit. 48 d), Parece-me que dizes bem. 3. Completivas com όπως (ώς) ou μή A) "Οπως (ώς) Os verbos que significam ter cuidado (έπιμελέομαι ou έπιμέλομαι, ter cuidado; σκοπέω, φροντίζω, olhar por que; παρασκευάζομαι, preparar-se, etc.) constroem-se:

SINTAXE

228 404. a) Com δπω ς e fu tu ro do indicativo. Negação: μή.

Ex.: "Οπως δ ’ άμυνούμεθα ούδείς έπιμελεΐται (X., Α . 3, 1, 14), Ninguém se preocupa com que nos defendamos. — Φρόντιζ’ δπω ς μηδέν άνάξιον τής τιμής ταύτης πράξεις (Isócr., 2, 37), Procura não fa zer nada que seja indigno de tal honra. 405. b) Com δπω ς ou δπω ς fiv e subjuntivo, depois de um tempo princi­ pal; com δπω ς e optativo ou subjuntivo, depois de um tempo secundário. Negação: μή. Ex.: "Η άλλου του άρα έπιμελήσει, ή δπω ς δ τι βέλτιστοι πολΐται ώμεν; (Ρ., G. 515 b), Terás porventura outra preocupação que não seja a de nos tornarmos cidadãos o mais perfeitos possível? Έ πεμελεΐτο δπω ς μή άσιτοί ποτέ έσοιντο (X., C. 8, 1, 43), Procurava que nunca ficassem sem alimento. Obs. — Os verbos φυλάττομαι, tomar cuidado, εύλαβέομαι, evitar que, podem construir-se com μή e infinitivo, com μή e subjuntivo, com δπως μή e fu tu ro do indicativo, ou com subjuntivo. Assim: acautela-te de cair: εύλαβού μή πεσεΐν, ou μή πέσης, ou δπως μή πεσεΐ, ou δπω ς μή πέσης. Β) Μή ou μή ού 406. Os verbos que significam temer (φοβέομαι, δέδοικα), suspeitar (ύποπτεύω) constroem-se: a) Com μή, quando se receia que uma coisa aconteça (Iat. ne). b) Com μή ού, quando se receia que uma coisa não aconteça (lat. ne non, ut). M odos: Depois de um tempo principal: subjuntivo. Depois de um tempo secundário: subjuntivo ou optativo. Ex.: Φοβούμαι ούν μή με ύπολάβης (Ρ., G. 457 e), Temo que me tenhas na conta de... — Έφοβούντο μή τι πάθη (X., Banq. 2, 11), Temiam que ele sofresse alguma coisa. — 'Εφοβούντο μή έπιθόϊντο αύτοΐς ol πολέμιοι (X., Α . 3, 4, 4, 1), Temiam que os inimigos os atacassem. — Δέδοικα μή ού θάνη, Temo que ele não morra. Observações 407. 1) Estes verbos também admitem, por vezes, δπω ς μή e fu tu ro do indicativo, ou δπω ς μή e subjuntivo ou optativo.

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

229

Ex.: Δέδοιχ* δπως μή τεύξομαι (Aristóf., C avai, 112), Receio que venha a conseguir. — Oò φοβεΐ δπως μή άνόσιον πράγμα τυγχάνης πράττων; (Ρ., Eutífr. 4 c), Não tens medo de cometer uma ação sacrílega? 408. 2) Quándo estes verbos significam não se atrever, têm infinitivo. Ex.: Ό κνεΐς άποκρίνασθα (P., G. 515 b), Receias responder. 409. 3) A expressão ού μή equivale a οό δεινόν έστιν μή, não há perigo de que, e constrói-se com o subjuntivo, e mais raramente com o futuro do indicativo. Ex.: Oi Αρμένιοι ού μή δέξωνται τούς πολεμίους (X., C. 3, 2, 8), Os armênios não sustentarão o ímpeto dos inimigos. Οΰκ έτι μή δύνηται βασιλεύς ύμάς καταλαβεΐν (X., Λ . 2,2,12), Não há perigo de que o rei nos possa surpreender. 4.. Interrogativas indiretas 410. As orações interrogativas indiretas são introduzidas pelos pronomes e advérbios interrogativos, e pelas partículas: a) Interrogação indireta simples: άρα, se porventura, e mais freqüentemente εΐ, se, que se usa sobretudo depois dos verbos que significam perguntar, saber, informar-se, ignorar, etc. b) Interrogação indireta composta. Disjuntiva: πότερον — ή, εΐ — ή se — ou se (utrum — an). πότερα —- ή, είτε — είτε Contraditória: πότερον, εΐ — ή ού, ή μή, se — ou não (utrum — necne). Modos: Depois de um tempo principal, emprega-se o indicativo. Depois de um tempo secundário, emprega-se o optativo ou o indicativo. A negação pode ser ού ou μή. Ex.: Έ ρω τας εΐ ού καλή μοι δοκεΐ είναι (ή βητορική) (Ρ., G. 462 d), Perguntas-me se não me parece bela (a retórica). — Ούκ έχω είπεΐν πώς μοι τότε έδοξεν (Ρ., Mênon 71 c), Não sei dizer o que (como) então me pareceu. — Ή μήτηρ διηρωτα τόν Κυρον πότερον βούλοιτο μένειν ή άπιέναι (X., C. 1, 3, 15), Λ mãe perguntou a Ciro se queria ficar ou partir. — Σκοπώμεν εΐ ήμιν πρέπει ή ού (Ρ., R . 451 d), Examinemos se nos convém ou não.

SINTAXE

230

411. Obs. — Em uma interrogativa que exprime dúvida emprega-se o sub­ juntivo depois de um tempo principal; o optativo ou o subjuntivo depois de um tempo secundário. Negação: μή. Ex.: Ούκ έχω εγφγε πώς εΐπω (Ρ., G. 503 d), Não sei como hei de dizer. — Έβουλεύετο ει πέμποιέν τινας (X., Λ . 1 , 10, 5), De­ liberou se havia de mandar alguns. N B. — Pode-se também usar o futuro do indicativo. Ex.: Ούχ έξει δ τι χρήσεται αύτοΐς (Ρ., G. 521 b), Não saberá em que há de empregá-los.

B) ORAÇÕES SUBORDINADAS CIRCUNSTANCIAIS 1. Causais 412. Partículas: δτι, διότι, ώς, porque (quod); έπεί, como (cum); έπειδή, já que (quoniam); δτε, δπότε, visto que (quandoquidem). M odos: Depois de um tempo principal, emprega-se o indicativo. Depois de um tempo secundário, emprega-se o indicativo ou o optativo. Negação: oò. Ex.: Ε πειδή συ βούλει, άποκρίνου (Ρ., G. 448 b), Já que queres, responde. — Ίδεΐν έπεθύμει, δτι ήκουεν αύτδν καλόν είναι (X., C. 1 , 3 , 1), Desejava ver (ο menino), porque ouvia dizer que era form oso. Tòv Περικλέα έκάκιζον, δτι ούκ έπεξάγοι (Tuc., 2, 21, 3), Injuriavam Péricles, porque não os levava para a guerra. 413. Outros modos de exprimir as orações causais: 1? — Particípio, geralmente com άτε, otov, ola, dado que, pois que, ou ώς, sob pretexto de. Ex.: Ό Κύρος άτε παις ών ήδετο τη στολή (X., C. 1, 3, 3), Ciro, com o criança que era, sentia-se radiante com o seu vestido. — ΟΙα δή παΐς φιλόστοργος ών (X., C. 1, 3, 1), Como crian­ ça terna que era. 2? — Infinitivo com διά τό, p or causa de; έκ τοϋ, devido a; έπΐ τφ, pelo fa to de. Ex.: Διά τό έπιθυμεΐν άκοΟσαι (Ρ., Fédon 84 d), Por desejar ouvir. — Έ κ τοϋ πρότερος λέγειν (Demóst., 18, 7), Em razão de falar em prim eiro lugar.

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

231

2. Finais 414. Partículas: ινα, δπως e (raramente) ώς, para que (em poesia δφρα), a fim de que (ut); μή, para que não (ne); ίνα μή, δπως μή, ώς μή, para que não (ut ne). Modos: Depois de um tempo principal, emprega-se o subjuntivo. Depois de um tempo secundário, emprega-se o optativo ou, mais raramen­ te, o subjuntivo. Ex.: Δίδαξον έμέ ϊνα σοφώτερος γένωμαι (P., Eutífr. 9 a), Ensiname para que eu me torne mais sábio. — ΠαρακαλεΤς ιατρούς, δπως μή άποθάνη (X., Μ. 2, 10, 2), Chamas os médicos para que ele não morra. — Φίλος έβούλετο είναι, ϊνα μή διδοίη δίκην (X., Α . 2, 6, 21), Queria ser amigo, para não ser castigado. Observações 1) A δπως e ώς com o subjuntivo, junta-se às vezes &v sem alterar o sentido. Ex.: 'Ως δ#άν μάθης (X., A . 2, 5, 16), Para que aprendas. 2) Pode-se também usar um tempo secundário do indicativo precedido de ϊνα, quando a oração principal é irreal e se quer indicar que o fim se frustrou. Ex.: "Αξιόν ήν άκοϋσαι, ϊνα ήκουσας άνδρών (Ρ., Eutid. 394 e), Valia a pena ouvir, para escutares os homens. 415. Outros modos de exprimir as orações finais: 1? — Particípio futuro acompanhado muitas vezes de ώς, a fim de. Ex.: "Ερχεται κατηγορήσων μου (P., Eutíf. 2 c), Vem para me acusar. — Άνίστατο ώς λουσόμενος (P., Fédon 116 a), Levantou-se para se lavar. 2? — Infinitivo com του ou ένεκα τοϋ, ou com έπι τό, προς τό. Ex.: Πάντα κίνδυνον ύπομεΐναι τοϋ έπαινεΐσθαι ένεκα (X., C. 1, 2, 3), Suportar toda a espécie de perigos para ser louvado. N. B. — Notem-se as locuções: ώς (έπος) εϊπεϊν, para assim dizer (ut ita dicam); ώς συνελόντι εϊπεϊν, numa palavra, de uma maneira geral.

3. Consecutivas 416. Partículas: ώστε (ou ώς), que, de tal maneira que.

SINTAXE

232

M odos. а) Se a conseqüência é real, emprega-se o indicativo. Negação: ού. б) Se a conseqüência é possível ou intencional, emprega-se o infinitivo. Negação: μή. Ex.: Οΰτως άγνωμόνως έχετε ώστε έλπίζετε αύτά χρηστά γενήσεσθαι (Demóst., 2, 25), Sois tão inconsiderados, que esperais que essas coisas se tornem prósperas. — Παν ποιοϋσιν ώστε δίκην μή διδόναι (Ρ., G. 479 c), Fazem tudo de modo que não venham a ser castigados. N B . — O infinitivo com fiv equivale ao modo potencial ou ao irreal. Ex.: Καί μοι oí θεοί οΰτως έσήμηναν ώστε καί Ιδιώτην όν γνώναι (X., Α , 6, 1, 31), De tal maneira os deuses mo deram a entender, que qualquer idiota o teria compreendido. Obs. — Depois dos pronomes τοιουτος e τοσουτος emprega-se geralmen­ te οίος e δσος em vez de ώστε, com infinitivo. Ex.: Δούλος τοιουτος, οίος μηδενί δεσπότη λυσιτελεΐν (X., Μ. 2, 1, 15), Escravo tal, que a nenhum senhor aproveita. 4. Condicionais 417. Partículas: εί, έάν, ήν, fiv, se

A negação é μή na oração condicional: εΐ μή, se não; εί δέ μή, mas se não; εί μή... άλλα γε, se não... pelo menos. M odos: Distinguem-se quatro modos: real, eventual, potencial e irreal. 418. a) Modo real. — A condição é apresentada como certa. Emprega-se, na oração condicional, εί com indicativo; e na principal: indi­ cativo ou imperativo. Ex.: Εί σοι ήδιόν έστιν, έγώ έρω (Ρ., G. 504 c), Se te é mais agra­ dável, eu direi. — Ά λ λ α σι), εί βούλει, έρου αύτόν (Ρ., G. 448 d), Se queres, interroga-o. Obs. — Também se encontra εί com indicativo na oração condicional, e na principal optativo com &v. N B. — Note-se a locução είτε... είτε com indicativo. Ex.: Είτε βούλονται είτε μή (Ρ., Rep. VIII), Quer queiram quer não.

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

233

419. b) Modo eventual. — A condição é apresentada como realizável no futuro. Emprega-se, na oração condicional, έάν (άν, ήν) com o subjuntivo e, algu­ mas vezes, el com o futuro do indicativo; na principal usa-se o futuro do indica­ tivo ou o imperativo. Ex.: Ή ν δέ πάλιν έλθη, πώς ποιήσεις; (X. C. 1, 4, 13), Se voltar de novo, que farás? Tò σαφές εΐσόμεθα, ftv Θεός έθέλη (P., Fédon 69 d), Sabere­ mos a certeza, se Deus quiser. N. B. — Também se encontra èáv com o subjuntivo na oração condicio­ nal, e indicativo presente ou optativo com &v na principal. Note-se a construção de έάν τε — έάν τε, quer-quer, com subjuntivo. Ex.: Έ άν τε πένης έάν τε πλούσιος ή (Ρ., Alcib. 107 b), Quer seja pobre, quer seja rico. 420. Obs. — Quando a condicional exprime uma repetição (todas as vezes que), emprega-se έάν (ήν) com o subjuntivo depois de um tempo principal, ou εΐ com optativo depois de um tempo secundário. É uma variante do modo real. Ex.: ΔιατελεΙ μισών, έάν τινα ύποπτεύση βελτίονα έαυτοϋ είναι (X., C. 5, 4, 35), Todas as vezes que desconfia que há alguém melhor do que ele, odeia-o. Eí τις άντείποι, εύθύς τεθνήκει (Tuc., 8, 66), Todas as vezes que alguém o contradizia, era condenado à m orte. 421. c) Modo potencial. — A condição é apresentada como possível no pre­ sente ou no futuro. Emprega-se, na oração condicional, εί com optativo; e, na principal, opta­ tivo com άν. Ex.: Ού πολλή άν άλογία εΐη, εί φοβοίτο τόν θάνατον ό τοιοϋτος; (Ρ., Fédon 68 b), Não seria uma sem-razão, se tal homem te­ messe a morte? 422. d) Modo irreal. — A condição é apresentada como não-realizada no passado, ou que não se realiza no presente. Emprega-se, na oração condicional, εί com um tempo secundário do indi­ cativo (imperfeito, aoristo ou mais-que-perfeito); e, na principal, um tempo secundário do indicativo (imperfeito ou aoristo) com άν. Ex.: El ήσαν άνδρες άγαθοί, ούκ άν ποτέ ταϋτα έπασχον (Ρ., G. 516 e), Se eles fossem homens bons, não teriam sofrido isso. — Ei μή ύμεΐς ήλθετε, έπορευόμεθα άν έπι βασιλέα (X., Α . 2, 1, 4), Se vós não tivésseis vindo, marcharíamos contra o rei.

SINTAXE

234

— Ei ούν ούτως είπες, ίσως άν έθαύμασεν (Ρ., Mênon 75 a), Se assim respondesses, talvez ele se admirasse. Obs. — Omite-se a partícula άν na oração principal, com os seguintes im­ perfeitos: έδει, έχρήν (ou χρην), era ou seria preciso; έξην, era ou seria lícito; παρήν, estava ou estaria presente; προσήκε, convinha ou conviria; άξιον ήν, era ou seria digno; δίκαιον ήν, era ou seria justo; εΐκός ήν, era ou seria natural Ex.: Ei έβούλετο δίκαιος είναι, έξην αύτφ μισθώσαι τόν οίκον (Lis,, 32, 23), Se ele quisesse ser justo, poderia alugar a casa. N. B. — Também se encontra εί com um tempo secundário do indicativo na oração condicional, e o presente do indicativo na principal. 5. Concessivas 423. Partículas: ει καί, και εί, κεί, ainda que; έάν καί, και έάν, κάν, ούδ’ ει (έάν), ainda mesmo que. Negação: μη. Modos: São os mesmos que nas condicionais. Ex.: Γελά δ* ó μωρός, κάν τι μή γελοίον ή (Men., frag. 19), Ο tolo ri-se, ainda que não haja motivo de riso. 424. Obs. — Pode também fazer as vezes de concessiva o particípio com και, καίπερ. Ex.: Καίπερ ειδώς Αίσχίνης (Demóst., 18, 243), Embora Esquines soubesse. — Καί πρώτος άναστάς (Demóst., 4, 40), Embora tenha sido o primeiro a levantar-me. 6. Comparativas 425. Partículas: ώς, ώσπερ, δπςω, como; ώσπερ άν εί, como se. Modos: As orações precedidas de ώς, ώσπερ, δπως, constroem-se como as condi­ cionais de modo real e eventual·, as precedidas de ώσπερ Αν εί, constroem-se como as condicionais de modo potencial e irreal. Ex.: Ταύτα δ* ύμεΐς ούτως ώς βούλεσθε λαμβάνετε (Demóst., 1,19), Tomais isto como quereis. — Tò πέρας ώς άν ô δαίμων βουληθη, πάντων γίγνεται (Demóst., 18, 192), Ο fim de todas as coisas acontece como o quiser a divindade. — "Ωσπερ άν εί τις πάλαι φιλών άσπάζοιτο (X., C. 1, 3, 1), Como se alguém abraçasse um velho amigo. — Λέγε δή μοι, ώσπερ Αν εί έξ άρχής σε

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

235

ήρώτων (P., G. 474 c), Responde-me como seu eu te interrogas­ se desde o princípio. 426. Obs. — As orações comparativas exprimem-se também pelas locuções: τόν αύτόν πρόπον ώσπερ, do mesmo modo que; ô αυτός — δς (ou καί), o mesmo — que. ■ N. B. — Em vez de δς (καί) com αύτός, pode-se empregar o dativo. Ex.: Πειράσομαι καί σέ ποιήσαι ταύτά έμοι λέγειν (Ρ., G. 473 a), Tentarei fazer com que digas o mesmo que eu.

7. Temporais 427. Partículas: δτε, όπότε, ήνίκα, ώς, quando; έπεί, έπειδή, como, de­ pois que; πρίν, πρό τοϋ (inf.), antes que; ώς τάχιστα, έπειδή τάχιστα, έπει πρώτον, logo que; έως, έστε, μέχρι, άχρι, enquanto, até que; άφ* ού, έξ ού, desde que; έν φ, enquanto que; όσάκις, όποσάκις, todas as vezes que. Modos: É preciso distinguir o modo real, o modo eventual e a idéia de repetição. 428. a) Modo real. — Se o fato é apresentado como real, emprega-se o indicativo na oração temporal. Negação: oò. Ex.: *Ότε δέ ταϋτα ήν, σχεδόν μέσαι ήσαν νύκτες (X., Α . 3, 1, 33), Quando isto se passava, era quase meia noite. — Έπει ταϋτα είπεν 6 Άστυάγης, ή μήτηρ διηώτα τόν Κϋρον (X., C. 1,3, 14), Depois de Astíages ter dito isto, a mãe interrogou Ciro. 429. b) Modo eventual. — Quando o fato é apresentado como possível, emprega-se o subjuntivo com &v na oração temporal. Negação: μή. N. B. — A partícula &v forma uma só palavra com certas conjunções: δταν, όπόταν, έπάν (por έπει &v), έπειδάν. Coloca-se depois das outras: έως άν, ήνίκ* &v, μέχρι άν. Ex.: *Όταν μέν έν Πέρσαις ώ, οίμαι νικήσειν (X., C. 1, 3, 51), Quando estiver entre os persas, julgo que hei de vencer. — Έπειδάν πάντα άκούσητε, κρίνατε (Demóst., 4, 14), Depois de terdes ouvido tudo, julgai. 430. c) Repetição. — Quando na oração temporal se exprime a idéia de repetição (todas as vezes que) no presente ou no futuro, usa-se o subjuntivo com &v, depois de um tempo principal, e o optativo sem &v, depois de um tempo secundário. A negação é μή em ambos os casos.

SINTAXE

236

Ex.: Ό τ α ν τούτων τινός θίγης, εύθύς άποκαθαίρη τήν χεΐρα είς τά χειρόμακτρα (X., C. 1, 3, 5), Todas as vezes que tocas em algu­ ma coisa, limpas as mãos no guardanapo. —- Ό π ό τ ’ εδ πράσσοι πόλις, έχα ψ ε (Euríp., Supl. 867), Alegrava-se sempre que o Es­ tado prosperava. 431. Com πριν, antes que, pode-se empregar sempre o infinitivo (oração infinitiva). Mas geralmente emprega-se o infinitivo quando a oração principal é afir­ mativa·, quando, porém, a oração principal é negativa, πρίν pode construir-se como as outras conjunções temporais. Ex.: Α ποθνήσ κει πριν τόν άγγελον άφικέσθαι (Ρ., Eutífr. 4 d), Mor­ re antes de chegar a mensageiro. Ού χρή με άπελθεϊν πριν άν δώ δίκην (X., Α . 5, 7, 5), Não devo afastar-m e antes de ser punido. 432. Obs. — Podem empregar-se também como partículas temporais as expressões: πρό του (com infin.), antes de; άμα, μεταξύ, εύθύς (com particípio), logo que. Ex.: Πρό του πολιτεύεσθαι έμε (Demóst., 18, 245), A ntes de eu exer­ cer as funções públicas. — Εύθύς γενόμενοι (P., Fédon 75 c), A penas nascemos.

8. Relativas 433. As orações relativas são introduzidas por pronomes e advérbios. Podem ser sim ples ou exprimir idéia de causa, fim , consequência, con­ dição. M odos: A) Relativas simples Constroem-se como as orações independentes. Ex.: Έ σ τ ιν δίκης όφθαλμός δ ς τά πανθ’ ôpçi (Men., Sent. 179), Existe o olhar da justiça, o qual tudo vê. Ούκ είπον δ μοι δοκεΐ (Ρ., Fédon, 85 d), Não disse o que me parecia. B) Relativas circunstanciais Empregam-se geralmente os pronomes δ ς ou δστις. 434. 1) Causais. — Constroem-se com indicativo. Negação: ού.

USO DOS MODOS NAS ORAÇÕES SUBORDINADAS

237

Ex.: Θαυμαστόν ποιείς, δς ήμίν ούδέν δίδως (X., Μ. 2, 7, 13), É para admirar ο que fazes, pois que nada nos dás. 435. 2) Finais. Constroem-se com o futu ro do indicativo. Negação: μή. Ex.: Έ δο ξε τφ δήμφ δήμφ τριάκοντα δνδρας έλέσθαι, οΐ τούς πατρίους νόμους ξυγγράψουσι (X., H ei 2, 3, 2), Pareceu bem ao povo nomear trinta homens para redigir as leis da nação. 436. 3) Consecutivas. — Constroem-se com o indicativo e, geralmente, fu ­ turo. A negação é oò e, por vezes, μή. Ex.: Τίς ούτως εύήθης έστίν ύμών, δστις άγνοεΐ τόν έκειθεν πόλεμον δεϋρ’ ήξοντα; (Demóst., 1, 13), Quem de vós é tão louco que ignore que a guerra passará de lá para cá?

Observações 437. a) Έ φ ’ φ ou è