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Portugese Pages [7] Year 2015
eventualidades: um abordagem do tempo real1 eventualities: approaching real time Marcus Bastos2 (Doutor – PUC/SP) Resumo: A sociedade contemporânea é definida por acontecimentos que transmitem a sensação de tempo real. Sistemas de auto-publicação que permitem comentário e compartilhamento automático estimulam processos de comunicação em que a atualização coletiva, a customização contextual e as reações imediatas geram ambientes que mudam o tempo todo. Como na famosa frase de Heráclito, cabe sugerir que não é possível navegar na mesma rede duas vezes. Palavras-chave: audiovisual, eventualidades, linguagem, tempo real, rede Abstract: Contemporary society is defined by occurencies that transmit a sensation of real time. Auto-publishing system that allow automatic comenting and sharing stimulate communication processes in which collective updating, contextual customization and immediate reaction generate envorinments that change all the time. As the in famous Heraclitus quote, it can be said that it is not possible to navigate the same network twice. Keywords: audiovisual, eventualities, language, network, real time
Não há como pensar sobre tempo sem considerar espaço. Buckminster Fuller mudou a compreensão do espaço com proposições simples, mas contudentes. Seu mapa Dynamaxion permite enxergar as relações entre os continentes de um jeito diferente da forma predominante por séculos. Ao solucionar um problema técnico de representação, Fuller inventa uma maneira nova de observar o posicionamento dos continentes e países. A extensão ideológica de sua proposta (que não contempla olhar o Globo em termos de centro e periferia) é de longe mais importante que a precisão obtida. Seu mapa, uma dodecaedro desfeito, que gera um mosaico de formas triangulares, elimina as distorções necessárias para obter a representação do planeta na forma de Globo. Os mapas modelados a partir de círculos, por assim dizer, desenrolados, geram imprecisões de tamanho e distância. A terra é uma esfera irregular. Torná-la circular implica distorcer seu desenho, para acomodar suas protuberências, como se fosse possível fazer uma cirurgia plástica para deixar o planeta mais curvilíneo. Se tivesse vaidades, talvez este fosse o desejo da Terra. Numa especulação quase delirante, não seria impossível imaginar que os séculos que representaram um planeta de curvas perfeitas só poderiam mesmo levar a uma época em que o número de cirurgias plástica tornou-se enorme. 1
Trabalho apresentado no XVIII Encontro Socine de Estudos de Cinema e Audiovisual na sessão: CINEMA COMO ARTE, E VICE-VERSA. 2 Doutor em Comunicação e Semiótica (PUC/SP), é autor de Limiares das Redes (Intermeios, 2014) e um dos editores de Mediações, Tecnologia, Espaço Público (Conrad, 2010).
A despeito dos avanços que a cartografia digital permite (como criar mapas em que o usuário começa a experiência a partir do lugar em que se encontra, mudando a percepção de centralidade forma ainda mais radical que a proposta por Fuller), a negociação entre as rugosidades do mundo e a precisão dos dispositivos de mapeamento persiste 3. A inserção automática de cada imagem em uma localização específica gera desencontros, desencaixes, fraturas, supressões. Toda forma, enfim, de evidência de que juntar pedaços de planeta recortados através da janela euclidiana da perspectiva fotográfica produz imagens diferentes do mundo que elas representam. Não cabe estender o tema, no recorte proposto neste artigo, mas vale apontar as conseqüências desta desconexão para as teorias da imagem, especialmente aquelas que ainda se apegam aos modelos que supõe ser o paradigma fotográfico de ordem indexical — apesar das desconstruções deste pressuposto feita por pensadores como Serguei Eisentein, Philippe Dubois ou Arlindo Machado, entre outros. Este olhar outro aparece de forma ainda mais radical no título do livro mais importante de Fuller. O texto foi publicado numa época de fascínio com os tripulantes dos primeiros vôos espaciais, que fizeram com que finalmente fosse possível pousar na Lua. Neste contexto, o arquiteto parece encontrar uma forma de abrigar democraticamente todo e qualquer ser vivo na aventura sideral que os anos 1960 fizeram acontecer através da disputa acirrada entre os departamentos militares das duas potências rivais engajadas na Guerra Fria, EUA e URSS. Para ele, a terra é uma enorme espaçonave flutando no Universo. Uma estrutura geodésica como as que ele ajudou a forjar no campo da arquitetura, mas milhares de vezes maior. Esfera feita de terra unida por uma pressão impossível de conceber, e acomodada em eixos de rotação e translação cuja órbita estabelece o ritmo dos acontecimento e, neste sentido, dita o andamento do tempo. Deste ponto de vista, a terra é o espaço que faz girar o tempo humano. Fuller sugere outro modo de ver fenômenos que os astrônomos interpretaram a partir da prática de, como diria Olavo Bilac, ouvir estrelas. Já com instrumentos ancestrais, e sem dúvida com os inúmeros aperfeiçoamentos técnicos que surgem como resultado do desejo de tocar de alguma forma os cantos mais remotos do Universo, a astronomia encontra métodos de prever com precisão estupenda o funcionamento deste enorme campo em que os corpos celestes traçam suas órbitas. O pulso das estrelas e planetas produz ritmos de regularidade jamais sonhada pelo mais reiterativo dos compositores minimalistas. Tempo preciso, como se estivesse evidente que sua métrica é responsável por evitar colisões e outros acidentes siderais. Esta regularidade fica evidente com um exercício simples: basta imaginar um vídeo que mostra as estrelas no céu, de um ponto-de-vista fixo. Seja na ordem normal, ou reversa, a órbita exibida fará sentido. Só um especialista treinado seria capaz de dizer qual das seqüências foi invertida. Norbert Wiener relaciona, em seu livro Cibernética, este percurso linear das estrelas em suas órbitas com o tempo newtoniano — que é previsível, simétrico, 3
Um bom artigo sobre o tema esta disponível na versão online do jornal Daily Mail, no endereço http://dailym.ai/1q3x04E (acessado em 30 de novembro de 2014).
regular e reversível. Wiener explica que a ciência, há muito tempo, é capaz de converter em números as trajetórias, distâncias, colisões e desaparecimentos celestes. Ele também afirma que o conjunto de dados resultante é coerente e pode ser lido sem muita dificuldade através de modelos astronômicos formulados durante durante a gênese deste campo de conhecimento4. Aplicar o mesmo princípio ao registro de um tsunami leva a um resultado completamente diferente. As cenas de ventos e águas agressivos descolando árvores, ruas e casas, em um balneário vítima de catástrofe natural, quando vistas em ordem reversa, assumem as feições de um exercício impossível em que um mundo devastado aos poucos recupera sua configuração original. Rebobinar o mundo a um estado anterior, como quem busca uma cena anterior de um filme sendo assistido, é outro sonho delirante que certamente muitas mentes humanas tiveram. E qualquer uma destas inúmeras mentes poderia perceber facilmente qual das seqüências deste tsunami hipotécico corresponde ao modo como se desenrolaram os fatos e qual apresenta a ordem invertida. Wiener também tratou (ainda no livro Cibernética) deste outro tipo de tempo, bergsoniano — que é imprevisível, assimétrico, irregular e irreversível5. A distância entre astronomia e metereologia revela-se, portanto, importante para o entendimento do tempo. Se é possível modelar com precisão suficiente o tempo longíquo mas regular que separa estrelas e organiza o movimento de planetas, é bem mais complicado prever o tempo próximo mas instável que faz precipitar chuvas ou movimentar correntes de ar. É muito mais fácil determinar em que ano o cometa Halley retornará à órbita da terra que o horário em que começará a chover sobre determinada plantação que espera água para ser fertilizada. Isto sugere uma concretude pouco óbvia do tempo. Fenômenos como a órbita dos astros ou a freqüência das chuvas permite supor tempos diferentes para além das experiências subjetivas. Se o tempo acontece de maneiras diferentes num mesmo espaço (nos exemplos apresentados por Wiener, o céu que reflete o brilho das estrelas e o movimento das nuvens) é porque existe mais de um tipo de tempo. Existe mais de um tipo de tempo, nas diferentes maneiras com que o conhecimento organiza ou representa seus ritmos e durações: o tempo pode ser regular, preciso, contínuo, mesmo que sujeito a desvios ocasionais (da mesma forma que uma estrela pulsa com regularidade, precisão, continuidade e ocasialmente desvia em rota de colisão); o tempo pode ser irregular, impreciso, descontínuo (da mesma forma que um tsunami se precipita disforme, vago, turbulento. O tempo acontece de maneiras diferentes, no mesmo espaço. No imaginário astral que alimenta o pensamento de Fuller (e de muitos outros pensadores que discutiram as formas como o mundo mudava nos idos dos anos 1960, como Gene Youngblood e Stewart Brand) seria inclusive possível dizer que trata-se “do” espaço propriamente dito, algo presente tanto na frase cotidiana de quem afirma que o astronauta foi para “o” espaço quanto na suposição 4
Wiener, Norbert. “Tempo newtoniano e bergsoniano”, in: Cibernética. São Paulo: Polígono / Edusp, 1970. 5 Idem, ibidem.
abstrata de que há um campo visível cuja geometria pode ser descrita e decomposta — como Martin Grossman descreve em Do ponto de vista à dimensionalidade, artigo que discute a transformação do espaço visual nos período pré-modernista, modernista e pós-modernista. Um exemplo contundente é apresentado por George Woodcock, quando mostra que o relógio mecânico fez o corpo humano pulsar de forma completamente diferente. Vale a pena recuperar um trecho de A ditadura do relógio: Não há nada que diferencie tanto a sociedade ocidental de nossos dias das sociedades mais antigas da Europa e do Oriente do que o conceito de tempo. Tanto para os antigos gregos e chineses quanto para os nômades árabes ou para o peão mexicano de hoje, o tempo é representado pelos processos cíclicos da natureza, pela sucessão dos dias e das noites, pela passagem das estações. Os nômades e os fazendeiros costumavam medir — e ainda hoje o fazem — seu dia do amanhecer até o crepúsculo e os anos em termos de tempo de plantar e de colher, das folhas que caem e do gelo derretendo nos lagos e rios. O homem do campo trabalhava em harmonia com os elementos, como um artesão, durante tanto tempo quanto julgasse necessário. O tempo era visto como um processo natural de mudança e os homens não se preocupavam em medi-lo com exatidão. Por essa razão, civilizações que eram altamente desenvolvidas sob outros aspectos dispunham de meios bastante primitivos para medir o tempo: a ampulheta cheia que escorria, o relógio de sol inútil num dia sombrio, a vela ou lâmpada onde o resto de óleo ou cera que permanecia sem queimar indicava as horas. O homem ocidental civilizado, entretanto, vive num mundo que gira de acordo com os símbolos mecânicos e matemáticos das horas marcadas pelo relógio. É ele que vai determinar seus movimentos e dificultar suas ações. O relógio transformou o tempo, transformando-o de um processo natural em uma mercadoria que pode ser comprada, vendida e medida como um sabonete ou um punhado de passas de uvas. E, pelo simples fato de que, se não houvesse um meio para marcar as horas com exatidão, o capitalismo industrial nunca poderia ter se desenvolvido, nem teria continuado a explorar os trabalhadores, o relógio representa um elemento de ditadura mecânica na vida do homem moderno, mais poderoso do que qualquer outro explorador isolado ou do que qualquer outra máquina6. Este processo de introjeção do tempo parece ser evidente na importância que os relógios tem, no espaço público. Em The Waste Land, T. S. Eliot revela o protagonismo dos relógios na Inglaterra do século XIX, num trecho em que descreve uma multidão cruzando a London Bridge: Unreal City, Under the brown fog of a winter dawn, A crowd flowed over London Bridge, so many, I had not thought death had undone so many. Sighs, short and infrequent, were exhaled, And each man fixed his eyes before his feet. Flowed up the hill and down King William Street, 6
Cf. Woodcock, George. A ditadura do relógio, in: http://www.laparola.com.br/a-ditadura-do-relogio (acessado em 30 de novembro de 2014).
To where Saint Mary Woolnoth kept the hours With a dead sound on the final stroke of nine." (T. S. Eliot, em The Waste Land) O relógio vitoriano que emitia o som surdo da última badalada de nove horas parece ter uma importância muito maior que os relógios mais tímidos (tanto que numerosos) como os que ficam espetados em quase toda esquina das grandes avenidades nas megalópoles do século XXI. A descentralização das cidades parece ser também visível no espalhamento dos relógios. Ao invés de uma torre central que dita um tempo audível por todos os moradores, agora há tempos locais repetidos em cada canto de uma cidade em que, para lembrar a descrição de Philippe Sollers para Nova Iorque, “outro lugar também é o centro” 7. Esta pulverização do tempo é ainda mais radical quando se considera a sobreposição de fusos horários produzida pela aceleração das tecnologias em rede e seus efeitos de instantaneidade e aproximação. Não cabe na extensão deste artigo cobrir o período de transição que leva ao momento atual definido por acontecimentos que transmitem a sensação de tempo real. O objetivo, por ora, é apresentar alguns dos seus efeitos e esboçar um discurso crítico capaz de ler as obras produzidas a partir dos efeitos de tempo real comuns na sociedade em rede. Acontecimentos em tempo real podem ser associadas com a noção de imediaticidade. A palavra sugere tanto a ideia de instantâneo quanto o conceito de não-mediação, o que parece óbvio mas precisa se apontado, em favor do argumento que será desenvolvido a seguir. As dificuldades de definir tempo real não serão discutidas neste artigo, tendo em vista a extensão do tema 8. A existência razoavelmente consensual de um presente compartilhado, mútuo, em rede, que se desdobra conforme as pessoas interagem, será tomada como justificativa suficiente para discutir as possibilidades de design dos dispositivos e interfaces que colhem e manipulam dados em tempo real. Conforme Douglas Rushkoff, em Present Shock, nossa “sociedade se reorientou para o momento presente. Tudo é ao vivo, em tempo real, e sempre ativo. Não é uma mera aceleração, ainda que muito de nossos estilos de vida e tecnologias tenham acelerado a 7
Sollers, Philippe. Mulheres. São Paulo: Siciliano, 1995. Cf. “Mundo em Tempo Real” (BASTOS, 2011) e “Sincronias entre Acontecimento e Narrativa” (BASTOS, 2014), artigos em que o autor revisa ideias de teóricos como Bachelard, Bazin, Deleuze, e outros, para discutir conceitos de tempo. Nossa relação com o contexto que nos cerca é resultado de um entrelaçamento de inputs e impulsos já bastante sofisticado, sem a existência das tecnologias mais recentes de mediação, em que o intervalo entre ação e resposta é mais próximo de como acontecem as interações corpóreas. A pesquisa em que este artigo se insere, pretende discutir de que forma tecnologias recentes vem tornando este emaranhado ainda mais complexo. 8
medida com que procuramos fazer as coisas. É mais uma diminuição [da importância] de qualquer coisa que não estiver acontecendo agora mesmo — e o sequestro do cotidiano por tudo que supostamente esta”9. Esta sensação é resultado de um ambiente super-mediatizado, apesar da existência de formas menos e mais recentes de transmissão que também mediam linguagens em tempo real. Nada acontece fora da bolha do presente, portanto há um paradoxo a ser considerado quando enfatizamos a sensação de tempo real nos processos recentes de mediação. Os instrumentos acústicos são um exemplo, não necessariamente óbvio, de transmissão em tempo real. Eles amplificam o som e o transmitem na forma de vibrações no ar. O satélite é outro exemplo, já mais explícito. Ele codifica sinais audiovisuais e os transmite (de novo, na forma de ondas aéreas) para um aparelho de TV. Em ambas as situações, o momento em que o elemento mediado é gerado quase coincide com o momento em que ele é percebido pelo receptor. Então, quais são as diferenças nos processos de mediação, que permitem endossar esta valorização da instantaneidade e dos fenômenos em tempo real? As tecnologias contemporâneas são percebidas mais explicitamente como mediações em tempo real porque elas dependem do agenciamento de seus usuários. A simultaneidade parece ser mais facilmente identificada em processos que acontecem por meio de ações compartilhadas, onde a posição passiva não existe. Isto acontece porque a ideia de presença é culturalmente associada com a participação do corpo: alguém esta presente quando seu corpo certifica um acontecimento ou interfere nele. Conforme Gumbrecht, “uma coisa presente deve ser tangível por mãos humanas — o que implica, inversamente, que pode ter impacto imediato em corpor humanos”10. As ações corpóreas são, geralmente, tidas como distintas de ações operadas por dispositivos: o corpo é percebido como imediato; dispositivos, como mediadores. Este entendimento da presença como um posicionamento do corpo perdura, apesar de experiências como a do telefonema. As pessoas interagem à distância, pelo menos desde o século XIX. Mas, as diferentes formas de telepresença conhecidas através da história não mudaram 9
Rushkoff, Douglas. Present Shock. When Everything Happens Right Now. New York: Penguin, 2013 (trecho traduzido pelo autor, para o presente artigo). 10 Gumbrecht, Hans Ulrich. Produção de Presença — O que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto / Editora PUC-Rio, 2010. p. 13.
radicalmente o pressuposto da presença como um atributo da presença corpórea, até muito recentemente11. O efeito de proximidade aumentada produzido pela sobreposição de corpo, arquitetura e tecnologia é aprimorado pela experiência de usar interfaces que mudam, conforme o contexto e o perfil do usuário. Ambientes que comportam-se conforme parâmetros contextuais se parecem com organismos, em sua capacidade de se ajustar às situações. Tecnologias como VOIP e redes sociais ampliam o efeito de um corpo que está, ao mesmo tempo, remoto e presente. Este modos de presença mediados reconfiguram formatos das culturas baseadas na comunicação oral, espelhando recursivamente efeitos tecnológicos de compartilhamento de experiência que remetem, por exemplo, a práticas que persistem aos efeitos do longo predomínio da cultura impressa no ocidente. Quando tocar uma tela torna-se tão pessoal quanto falar com alguém, pessoas do outro lado do Globo podem compartilhar a mesma intimidade que um vizinho. Com ajuda de telas que transportam fragmentos (visuais e sonoros) de uma sala de estar distante, lá longe pode ser tornar mais perto que logo ali.
Referências BASTOS, Marcus. “Mundo em Tempo Real”, in: MORAN, Patrícia e PATROCINIO, Janaina. Machinima. São Paulo: Cinusp, 2001. ______________. “Sincronias entre acontecimento e narrativa”, in: Limiares das Redes: escritos sobre arte e cultura contemporânea. São Paulo: Intermeios, 2014. GUMBRECHT, Hans Ulrich. Produção de Presença — O que o sentido não consegue transmitir. Rio de Janeiro: Contraponto / Editora PUC-Rio, 2010. GROSSMANN, Martin. “Do ponto de vista à dimensionalidade”. In: ITEM, Revista de Arte, n.3, Rio de Janeiro, fevereiro 1996, p. 29–37. RUSHKOFF, Douglas. Present Shock. When Everything Happens Right Now. New York: Penguin, 2013. SOLLERS, Philippe. Mulheres. São Paulo: Siciliano, 1995. WIENER, Norbert. “Tempo newtoniano e bergsoniano”, in: Cibernética. São Paulo: Polígono / Edusp, 1970. WOODCOCK, George. A ditadura do relógio, in: http://www.laparola.com.br/a-ditadura-do-relogio (acessado em 30 de novembro de 2014).
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Não há espaço para desenvolver o tema neste texto, mas também há estudos que indicam experiências de presença remota feitas com espelhos desde o século XVI. Um texto que permite conhecer melhor o assunto é O Telescópio na Magia Natural de Giambattista Della Porta, de Fumikazu Saito (São Paulo: Livraria da Física Editora, 2011)