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Portuguese Pages [161] Year 2002
ntropologos
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final, a cultura e assunto exclusivo dq Etnologia ou deve ser abordada Por uma ciencia cultural? Este livro apresenta tanto um levantamento das diversas defini~oes e conceitua~oes propostas nas Ciencias Humanas ao longo de decadas (especialmente depois da Segunda Grande Guerra), como discussoes e estudos criticos cle seus respectivos conteudos, propastas e implica~oes. Nos tLltimos anos, o estudo de culturas vern se Cqracterizando muito m(Jis par uma "desconstru~ao'; que par uma continuidade hist6rica linear, e a analise desta mudan~a constitui um dos pontos centrais desta obra. A Antropologia social inglesa, francesa e alema e passada em revista e, em dais den sos capitulos, o autor investe cogni~iio em estudiosos e conceitos consagrados, olhando criticamente os chamados estudos culturais - vertente que acabou consagrando o multicultura[ismo e, em consequencia, o relativismo cultural do hoje classico Herskowitz.
A
Cultura a vis ao dos ant ropologos
~ Adam - Kuper
I
CoordenafiiO Editorial
Irma Jacinta Turolo Garcia Assessoria Administraliva
Irma Teresa Ana Sofiatti
Cultura .
Coordenafiio da Colefiio Ciencias Sociais_
Luiz Eugenio Vescio
a visao dos antropologos
Tradus:~o
Mir~es
Prange de Oliveira Pinheiros
~
EDI:JSC Edlton da
Univer~idade•do Sagrndo~Cora-;lio
sumario
K9678c Ku per, A d a m Culttwa a v1sao dos antrop6logos I Adam Kuper ; tra.dw;:ao Mirtes Fra nge de O liveira Pinheiros. -- I3auru, SP : EDUSC, 2002. 324 Pi ; 21 em. -- (Col~s;:ao Cie n cias Sociais) ISB'N 85-/4M-146-2 Traduc;:ao de:· Cultu re : the a nthropologist's accou nt. 1. Cultura. 2. Etnologia. 3 . Civiliza~;ao Sociologia. I. Titulo . II. Serie.
7
Prefacio ~~ edi~ao brasileira
9 19
Prefacio
Parte 1. Genealogias -----------------43 Capitulo 1. Cu ltura e civilizac;:ao: intelectuais franceses, alemaes e ingleses, 1930-1958
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(original)
Copyri!ght © Ada;11 Kuper, 1999 Copyright© (tracl~IS::ao) EDUSC, 2002
Tradu~ao realizada a partir da edis;:ao de 1999 Direitos exclusivos de p u blicas;:ao em lingua portuguesa para ,a Brasil aclquiriclos pela EDITORA DA UNIVERSIDAD E DO SAGRADO CORA\=AO Rua Irma Arminda, 10-50 CEP 17011-160 - Bauru - SP Fone Cl4) 3235-7111 - Fax (14) ·3235-7219 e-mail: [email protected]
Capitulo' 2. A v isao d as ciencias socia i~: Talcott Parsons e os a·ntrop6 logos americanos
______
.;;...;...;
103
CDD , 306
ISBN '0-674-00417-5
Introduyao: guerras culturais
Parte 2. Experimentos Capitulo 3. Clifford Geertz: cultura como religiao e como 'grande opera
159 . 205 257 285
Capitulo 4. Davicl ·Schn eicler: biologia como cultura
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Leituras adicionais
315
Agraclecimentos
317
fnclice onomastico
Capitulo 5. Marshall Sah lins : hist6ria como cultura Capitulo 6. Ad miravel munclo novo Cap itulo 7. Cultura,
di feren~ a,
iclenticlacle
prefacio
Para Jessica
a edins o escolheu·para mtegrar um peque no grupo de catedraticos que leram e comentaram o manuscrito Tbe Structure of Social Action . Kluckhohn tambem p articipou desde o prindpio do pla?_o _.am~i~ioso ~: Parsons para criar um departamento m~erdlsC1plr?a' .de .crenC1a~ ~ociais en1 Harvard, q ue representana a base .ms~tuc10nal da sua teoria geral da ae,:ao, exemplificando a d rv1sao de ;rabalho que a nova eiencia social exigia . juntamente co1;; tres outros colegas, Parsons e Kluckhohn orgamzaram ·u~11 club~, cl~ trabalho" em Harvard, com o nome nacla ausp1C1oso de NJveladores" . "Faziam os reunioes em nossas casas", re lembrou Parsons "e discutiamos toda a gama de proble mas que acabaram fazendo parte da experiencia cia organizae,:ao do Departamento de Relae,:oes Sociais"." Pat:sons e K.luck~oh? ha_via m preparado o terreno juntos a? mm1st;ar_um cutso mtetdi.s ciplinar que levou diretamente a e laborae,:ao de um d~cu-
20 . Id., iqid., p. 554. . 21. PARSONS, Talcott. Clyde Kluckhohn and the Integrallon of t.l~e Social Sciences. ln: TAYLOR, W. W. e t al. (Eds.). Culture and Llje: Essays in Memory of Clyde K.luckhohn. Carbondale, Ill.: Southern Illino is University Press, 1973. p. 32
capitulo 2
llll'nlo,
"Towa rd ·a Common Language for tbe Area of Social
Science" . ('·Por que nao o ingles'" perguntou "um gozador in-
corrigfvel",'" segundo Clifford Geertz.) Entretanto, embora Kluckhohn participasse dessa 111JCiativa clescle o inicio, ele tinha as suas criticas. Na verclade, ele foi a Cmica voz clissidente quando a equipe de Parsons (ampliada e incluindo Edward Shils como uma figura de clestaque) recligiu a "Decla ra~ao Geral" que apresentava o m anifesto dos Pa;·sonianos, Towa.Td a Geneml Theory of Action (1951). Kluckhohn achav.a q ue a estrutura social deveria ·ser tratacla, pelo menos em parte, como um elemento cia cultura: "A estrutura social faz parte do mapa cultural, o sistema social e erguiclo sobre vigas fornecidas pela cultura explfdta e impHcita."l.l Segundo Parsons, Kluckhohn era humanista dema is para aceitar que a estrutura social pudesse ser separada da cultura como "um nivel autenticamente inclepenclente dos componentes cia a~ao dentro cia organ iza~ao" . " Sob um ponto de vista mais amplo, Kro'eber e Kluckhohn achavam que Parsons tinha escrito sobre cultura "num sentido muito mais restrito do que o seu uso antropo16gico"'i (embora notassem que mais recentemente e le "tinha caminhaclo na dire~ao antropol6gica").M Eles pareciam, contudo, ter , clificulctacle de identificar as razoes exatas de suas divergencias, ate que, finalmente, admitiram claramente que a definit;ao de ,Par~ons· exigi ~ia . que a propria antropologia se redefinisse e, no processo, abanclonasse partes do seu imperio. 'I
Nossa insatisfa