Clima urbano
 9788572442398

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2003 Francisco Mendonça e Carlos Augusto de Figueiredo Monteiro Todos os direitos desta edição reservados à Editora Contexto (Editora Pinsky Ltda.)

Projeto gráfico Denis Fracalossi

Diagramação Denis Fracalossi/Texto

& Arte Serviços Editoriais

Revisão Maitê Carvalho Casacchi/Texto & Arte Serviços Editoriais

Capa Antonio Kehl

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

(CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ( :li11111 urbano/ Francisco Mendonça, Carlos Augusto de Figueiredo Monlciro, { o rga n izadores ) ; Inês Moresco Danni-Oliveira, Ana Maria . d' l'oiva Macedo Brandão, Neyde Maria Santos Gonçalves,

( ·ol11bora lores). - 2. ed. - São Paulo: Contexto,

2011.

ll1hliografia. ISllN

978-85-7244-239-8

1. :lima1ologia urbana - Brasil.!. Mendonça, Francisco. II. �111111 •iro, Carlos Augusto de Figueiredo. III. Danni-Oliveira, Inês �ln1 ·srn. IV. Brandão, Ana Maria de Paiva Macedo. V. Gonçalves, Neyde Maria il•1N S11111os. li

li

CD D-55 1 . 65 1732

1

índice para catálogo sistemático:

1.

:limo urbano: Trata111ento geográfico: Ciências da terra

EDITORA CONTEXTO Jaime Pinsky

Diretor editorial: Rua Dr. José E l ia s ,

520 - Alto da Lapa 05083-030 - São Paulo - SP i'AIJX: ( 1. J) 3832 5838

con tcxl o@cditoracon lcxto.co 111.br www.ccliLoracontcxto.co111.br

Pro1l1idn o

lOltil c111 porciol. ·�s11dm 1111 fo111111 do I -1.

rcpro1't1s,rn11/1y

(1968)

e

Social justice and the city (1973)

d11 11111 ortância do jogo ideológico.

1111. HllOH 11·llgo "I

on cpções geográficas sobre o planejamento, notadamente em seu i l b rate

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foi-me bastante revelador

O segundo foi-me muito útil, sobretudo

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hange in spatial systems" u

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(1972).

ap lo à Filosofia da Ciência, na época, este talvez tenha ar,

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itivi ta. Contudo, às normas rígidas de R.



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P, h•

C'mK.RP pp

r(1953,1963,1972).

(•rnlwnd ( 1c 7!i) Hl.'ri, 1 oslerior,

·

l'iaboração da referida tese, já que sua obra Against method foi editada no mes­ mo ano em que a produzia.

�a pro2osta deveu-se à Teo­

O encaminhamento teórico e técnico de m

ri, G ral dos Sistemas, de

L. von Bertalanffy (1950). seja por sua própria ar­

gumentação ligada à Biologia, seja pelos diversos analistas que a ele aderiram nos variados campos do conhecimento. Um precioso reforço proveria do es­

'ritor Arthur Koestler

(1969), pelo seu ensaio

"Beyond Atomism and Holism:

oncept of Holon", ajudado substancialmente pelo conjunto de comuni­

l'h'

çn õe do famoso Simpósio de Alpbach (Koestler

& Smithies, editores, 1972).

A proposta do modelo teórico, ou seja, a parte fundamental da tese,

rnmo já foi dito, encontra-se no Capítulo III da referida tese, da qual procura­ r

'i Apresentar uma versão abreviada a seguir.

UM ouAdRo dE REfERÊNciA TEÓRicA pARA ESTudos do cliMA URbANO o URbANO COMO UM TEMA diNÂMico AdJ\P.TAT0 A more complete understanding of natural processes and their

interactions must await the development of an ecological model of the metropolis. Such a model would identify the regional inventory of material in atmosphere, hydrosphere, lithosphere and biosphere, identify inputs and outputs, and both describe and quantify the cycling and recycling of material in the system. Such a model would facilitate recognition of the vital processes and their interdependency

-

which is denied today. Lacking such a model, we find it necessary to McHarg

proceed with available knowledge. The place of nature in the city of man.

AMINHAMENTO DA PROPOSTA E OS FINS ALMEJADOS

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,

tratam nto do clima urbano, como um dos componentes da qualid d 1int

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Do ponto de vista lógico, trata-se de uma tarefa bastante difícil, pois ousa tentar para o estudo do clima da cidade uma conduta de investigação que veja nela não um antagonismo entre o homem e a natureza, mas uma coparticipação. De modo mais direto, poderia dizer que a preocupação teórica desperta­ da pelo estudo do clima urbano, visando a encará-lo como um sistema singu­ lar, representaria uma tentativa, um esforço de colaborar em sua montagem, motivado pelo desafio lançado por McHarg

(1970)

através do trecho do seu

discurso sobre o lugar da natureza na cidade do homem, que serve de epígra­ fe a este capítulo. Popper explica que a geração de teorias não é um fato lógico. As gran-

·

des teorias são atos de criação, escapando àquele domínio. Os físicos geniais, como Einstein, comprovaram-no. Nada impede que as teorias consideradas válidas sejam transpostas para os diferentes domínios da investigação, o que é

)

um fato cada vez mais usado, principalmente por aqueles corpos disciplinares . não dotados de uma estrutura teórica abrangente. A segunda metade do século XX acrescentou ao pensamento humano duas contribuições, próximas e

�elas, que viriam

influenciar profunda­

mente a tecnologia, a ciência e o pensamento de modo geral: a

T�Gerã1

dos Sistemas e a Cibemetica.

f\mbas as ongens estiveram associadas às ciências biológicas (não obs­



tante Wiener ter sido academicamente um matemático), o que explica a

sistémica colocada sob a perspectiva organísmica, visando, sobretudo, a com­ preender funcionamento

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DESEMFENHO HUMANO

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SISTEMA CLIMA URBANO (S.C.U.)

ARTiculAçÃo dos sisTEMAs SEGUNdo os CANAis dE pERCEpçÃo 1 Termodinâmico

II Físico-Químico



Conforto Térmico

III Hidrometeórico

Qualidade do ar

Impacto meteórico

Atmosfera

Fonte

Atividade urbana

Radiação

Atmosfera

Veículos automotores

circulação horizontal

estados especiais

Indústrias obras-limpas

(desvios rítmicos)

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lrSnsito no Sistema

Mecanismo de ação

Intercâmbio de operador e operando

De operando ao operador

Transformação no

Difusão através

sistema

do sistema

Interação Projeção

Do núcleo ao

Núcleo

ambiente

Ambiente

D •·envolvimento

Observação

1-

orrelações

dls -

iplinares

tecnológicas

Contínuo (permanente)

Cumulativo (renovável)

Meteorológica especial

(T. de campo)

Sanitária e meteorológica especial

Bioclimatologia

Engenharia sanitária

Arquitetura Urbanismo "Ilhas de Calor"

1'1·0 lutos

Ventilação Aumento

Poluição do ar

de precipitação

I= Hf,1J1os

diretos

,_ l�1•1•ld11g '111 adaptativa

Problemas sanitários

Desconforto e redução

Doenças respiratórias,

do desempenho humano Controle de uso do solo Tecnologia de conforto

oftalmológicas etc.

operando

Concentração no sistema

Do ambiente ao núcleo

Episódio (eventual)

Meteorológica hidrológica

(T.

de campo)

Engenharia sanitária e infraestrutura urbana Ataque

à intregridade urbana

Problemas de circulação e comunicação urbana Aperfeiçoamento da

Vigilância e controle dos

infraestrutura urDana e

agentes de polttição

regularizaçã0 fluvial.

habitacional Rl'�l�Onsa b i 1 idade

Do operador ao

Uso do solo

Natureza e Homem

Homem

'./\. OE FIGUEIREDO MONTEIRO 1975.

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Natureza

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coNfoRTO TÉRMico

SubsiSTEMA TERModiNÂMico)

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CIRCULAÇÃO A MOSffRICA REGIONAL VARIAÇO[S ESPACIAIS

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CONSTRUÇÃO

REFLEXÃO (-1

PAVIMEN TACÃO



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PSICOLÓGICO

TECNOLOGIA MA81TAOIONAL

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PRESSÃO ATMO SrÉRICA LOCAL

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A pesquisa do clima da cidade implica obrigatoriamente em observação com­

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plementar fixa permanente, bem como trabalho de campo com observa móveis e episódicas.

As técrncas rÍÍÕdernas de sensoriamento remoto, principalmente pela aplicação do infravermelho, estão aí para subsidiar o mapeamento térmico das cidades, ponto de partida para outros fenômenos do clima urbano. No conjunto é um processo de ação intrassistêmica, e a revelação da es­ trutura térmica e da ventilação urbana é indispensável para compreender a ifusão da poluição do ar. Não apenas nesse aspecto se estabelece uma vinculação íntima entre am­ bos os canais, uma vez que os poluentes também aumentam a possibilidade de

ondensação da umidade, aumentando assim o potencial interno de precipi­ tações locais na cidade.

É

sabido, também, que a associação da temperatura à

u rnidade fornece o parâmetro básico para a temperatura sensível e para a noção d conforto. Nesse ponto, a climatologia urbana dirige suas informações à biolirnatologia, ou Geografia Médica, não só na caraterização quantitativa como volução rítmica do tempo. Do mesmo modo, a análise termodinâmica da

n

idade fornece a informação básica ao arquiteto e ao urbanista.

É

exatamente

1wsse nível de criação dos espaços habitacionais e urbanos que se estabelece os 1n

'

ani.smos de reciclagem e adaptação do sistema urbano ao clima em especial

q 1ali dade ambiente de modo mais abrangente.

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.

Já tive ocasião de referir-me, no capítulo anterior, às diferenças zonais e l'l'l)Íona·is que o processo termodinâmico e a noção do conforto térmico assu111v1n. No Brasil, pelas suas implicações intertropicais, o problema difere em lll

iiLo dos países de regiões temperadas ou frias. Nesse particular, é de lamen­

lnr profundamente que nossos arquitetos e urbanistas não possam ainda con1 n r orn informações e parâmetros climáticos úteis à criação dos nossos espaços

urbanos. Não só no que concerne à tecnologia do conforto térmico como em muitos outros aspectos técnicos de construção e conservação, eles são forçado

1 li ti 1 iza r normas estabelecidas para outros países de realidades bem diferent dos nossas. Por outro lado, há uma tendência estética e técnica indisfarçáv 1 1 igualar o mundo todo, em detrimento de suas diferenças naturais e sociais. Nt o há diferença arquitetônica entre o Quartier de la Défense, em Paris, mo1 ·1·110 ntro comercial de Estocolmo, certas áreas recentes de Nova Iorqu , ,·

io 1\ ulo, Brasília etc. De duas, uma: ou essas

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dificaçõ s dispô

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nforto tão especializada a ponto de anular ompl tom 'nl�'

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foi essa uma das conclusões a que se chegou no Congresso Internacional de Arquitetura e Urbanismo realizado em maio em Madrid

(1975), lamentando­

a falta de criatividade e adaptação às realidades sociais e ecológicas.

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Para São Paulo, quanto às áreas metropolitanas do Brasil Meridional, o problema não será grave nesse aspecto, mas é extremamente importante para , maior parte do país. �o momento em que se elaboram sistematicamente planos diretores ao crescimento urbano e há preocupações especiais com nos­ Hc s áreas metropolitanas, toma-se absolutamente necessário que os estudos

11õo se atenham apenas aos aspectos econômicos. Penso1sobretudq,na Amazônia em plena fase de ocupação e implantação

111 bana. Se criarmos cidades padronizadas universalmente, teremos que ter OH r rnrsos e as técnicas para anular a natureza ou pagaremos alto preço pelo d1•s onforto criado. Não seria razoável dar um salto da simples transposição do modo de v v 'r ibérico a que nos temos prendido até hoje, para um modo universal

!111 habitar, perdendo a oportunidade de criar um modo racional de viver, as­ tlll1indo nossa condição tropical (da qual parece que nos envergonhamos).

111•1n criatividade em resolver problemas de adaptação ao meio ambiente de-


llHI, n iL nn fa da Terra, vê-se acentuada a ponto de tornar-se per­ ' I• 111 11 /\111111 disHo, ll11'1a arga qll , partindo d certos pontos da cidade, l l1111il11 11 d1111l1'0 cl •ln!' l11ndp o f!l'r (' 1 twl, d. pOI TAANSICIOHAIS



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Aqui a diversificação global não se prende à latitude e aos insumos at­ mosféricos. Sendo expressão da atividade humana, ela se diferencia pelos graus de desenvolvimento econômico, constituindo o paradoxo urbano de que nos falam Harris & Ullmann

(1945).

Nos países desenvolvidos, a tomada de consciência do problema vai pro­ luzindo, lenta mas eficientemente, um conjunto de estratégias de combate.

l�m certas regiões em vias de desenvolvimento a poluição do ar, assim como

o asfalto e os arranha-céus, chega ao irracionalismo de ser saudada como um

inequívoco sinal e um ônus obrigatório ao progresso. No caso desses países, 1

·

r-se-ia pensar, antes, em aproveitar o retardamento para usufruir o exem-

atalho que evitasse tão 1110 do que aconteceu no primeiro e estabelecer um 1 \\':-lodo ônus.

Entre nós, o problema já se faz presente e atinge a grande metrópole na-

1 onal com especial intensidade. Estamos vivendo a fase de tomada de cons1

11 11 ·ia, onde não falta certa dose de deslumbramento e perplexidade. Não

1 dl,1m as opiniões dos donos do assunto, cujas explicações são, por vezes, bem

h as . Aqui em São Paulo, na imprensa e nos meios de comunicação de

l1

u 1n

111.i., .1, criou-se uma associação fatal entre poluição e

inversão térmica, passan-

111 1 •,·ta a responder por todo o mal envolvido na questão.

f\ ontece que esse fenômeno é um dos mais triviais e conspícuos na at-

111111 ll •ro sobre qualquer lugar. (De certa maneira, é um hábito arraigado pen-

omportamento atmosférico apenas no plano vertical.) As inversões

11 111>

111 n•rn d sde os habituais resfriamentos noturnos até fenômenos mais com­

111

i ol1 11!11

dns amadas de ar nos limites da troposfera,. passando pela termodinâ-

ttf

1•11p' ífica do organismo urbano, segundo demonstram muitos estudos

11

111111•

Ilho de calor urbana.

1

( >11


ssos primeiros ensaios. Embora fosse, sem dúvida, o ponto de partida mais 1t 1gi o, o problema requeria recursos acima do nosso alcance. A este propósito, 1•111 visita ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em São José dos l .1111pos, São Paulo, proferi uma palestra no dia

10 de dezembro de 1976, in­

lli 1d;1 da : "O Clima Urbano na perspectiva geográfica dos estudos ambientais: s interdisciplinares e estratégias de ação para um programa de pesqui-

11•l 1çl 11

11, Área Metropolitana de São Paulo". Nesta ocasião apontei as dificulda-

il1 •

l' li m i tações do nosso laboratório na Universidade e, diante do potencial

1 11111•1,1 instituição, encareci a necessidade da mesma vir a interessar-se, pois d1 Ji,1vin melhores perspectivas de conduzi-las, especialmente na área do con­ lt 11li1 1 �rmico.

' nossa parte, malgrado as limitações, tentamos levar a cabo um ex-

1

da cidade, entre o vale do 111 1 111H•nlo de um simples transecto pelo centro l '11il11 •lrm; o maciço da Cantareira. Mas as dificuldades foram, sob variados 1 111•1'1111-11 in uperáveis e o plano, organizado por um pós-graduando, resultou il 1111 l.1111 . 1 e vez que nosso projeto já dispunha de razoável conhecimento dos 1 1 111 111• l 'mpo em sucessão habitual- "normais" e "extremos" -na cidade de 11 1

J1,11ilo, tentamos experimentar relacioná-los com a qualidade

d.o ar. Mas

1111111l111111os m á vontade e mesmo sonegação declarada dos dados de quali­

l 1il1

do;\ 1·

111 1111 11

(n 1i s bem precários naquele final dos anos setenta), o que resultou frustra õcs. Embora com sérias dificuldades, já se obtivera algum

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