A coragem da verdade [1, 1 ed.]


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Table of contents :
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp1-83
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp84-85
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp86-175
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp176-177
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp178-267
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp268-269
Foucault, M - A Coragem da Verdade pp269-339
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A coragem da verdade [1, 1 ed.]

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Michel Foucault

A Coragen1 da Verdade O Governo de Si e dos Outros II Curso no College de France

( 1983- 1984) f:du;iio e«tll>e/l'rida!>Or Fróh'l'iC Gro.>

.wb a direçtio t/Ji\1/.\,ioitl ilol fi'JU\'.:/Iloi l!~ot-.''·

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I:V•In de estudam~'· prokswt c,, Jl\:squtS:.lla' IJUC tão aqui unM rellll';io de 31or ou de nnnhntn. r 11uando tcrmiuu de tàlor, uma sen>cnr" crollvado pcln relato que se construía :.crnrutn npós scumuu: ml11 lic.wa apcnu' scdu7ido pelo rigor da cxpusiçfiu: tnmbem cncoutr.t\11 ndc., uma IU7 sobre a muahdade. A arte de \olichcl Fnucauh cslii\A cm1hn~onnli7.nr :t atualidadc p.:lu históna. Ele podia lhlar de :\kttsch.: un de Ari,ft'ltdcs. da p.:rici;J p:.ÍtiiiiÚirÍ\:;'InO sêculo 'il'í ou da pa.tornl criMl mas" ouvinte sempre ur.rva duque ele di7ja uma luz s11brc n prcscmc r > c""os viulw .lcs~e sutil cruzamento de 11111J lina erudiçflu. UJJJ cng;tjumcntu pc,~nal c um u·nb:olho sobre o acontecimcnln,

Os auc" 1970 Vll;1m o de,envoh mwuw c o •tpcrlciçoamcmo elos pm'rc;. de fim cn,'lC~ mte•t~>mpul,ls

ind.Sp ussanulam que a glil\açiin ~ mnudi\\.·L Quundo ,, frase é ob.cura ll~urn entre cukhercs uma intcj,'f:!Çlio cOIIJunluml ou um lteres-

cilllo.

Um 11~1 crisco nn o·odapé indica as vurin11tcs •iguilicntovus dm, nmas ulilwtda,. pur Mkhel Fouenull cmn:lu eswdo da pal'resi::t: as prúti c:aY do di:er-a .. venlade .-.·ohre ,\·i IH(."!:JUO. (') iiU?Srte de ,existência 1w lrorl:tonw do cuidatlq dt..~ sl. - .''icw c artJCJf'l'i2 a ('t1o prindpal: a parresia.- Nt·nwJIH)J'açlio tla nrlgem po!lth:a da noçlio. l11/or duplo d(l pnrfesia. - Jir1ço...· e:•;lru.. tuf'ais: a verdtule. a eugt{jmwmto r t } risco. O pacto parresiástü~o. - Parrc~Í3 versus l'f?IÓrit.·a. , r parresi a Nmw IIWt/(t/ídm/t!',u l i~'•:-)., qut' diz a verdade. A tn~ qu~ ~tdente.m~ciça, fuciluna de idcntificnr na cuhurn nniÍl!ll, tod11 um JO{!O de prnltca.< uttphcandu o dizer-a., crdadc wbre si ""-"'mo. I ~-.~~ pníltcas não são ccrtomcnlc desconheciela> c ln3o wnhoJ em nl"ulutu 31l1Ctcns;ío de dizer que cu :h descobri, não ~ mmha intcn~~~ [tlatlollt.t dtt" .mm. - é o da de,;, roi . ;>;ãn é 1no fácil de analt>.tr. porque M: c \·crdade que conhecemos rcla1ivnmcn1c bem c:._c ou1ro tão necCM:inu ao di7cr-a-•erda.de

7

sobre e podemo~ identificar fuc•lmcme na cullui~J mcxlcrn11 es~c ou1ro. CUJO c>t.11Uiu c ~tüa> limçõc~ ~>eri;l !'ooCill dúvida ncct.·s~tiun unah~ar mais pH;ta~•m~..:nk f.!"S"\\! nutro iudisrx~n .. ,•h·cl 1>ara q11e cu ll""" dtLcr a •·crdudc s.mo. seja ele o médico. o p>llltttulm. o pstcóllll!o ou o l>>kanult>la , ~m compcnsac;ãu, nu culrunt un11gu. CllllJIIC nu culunto sua pt\::>c, no conminu, da unilliJ>e rl!lluamult> aos outrO!l. que não 5C ab>o"cm Un\ óiOS 01111"0;. llla.\ CUJ relaç(ICS sào consti!UiiWs Ulll.% dóis outra~. r.scs rn:, clemclllo> são· os sabere;,, cstudndl)j, na C>JX.'Citicidadc da ~un \cridtc.;üo; a~ rclaçõc, Uilcr 'u~tanICIIC~. Sohr.• 11 l'llll>aíwrla. i)ciiiÓ>tcne~ dielarcccr nncdiuunnentc 'Iuc n palavra fHI!Tesía pode s.:t empregada Cl>tC em dizer llrdo. no >cnticlt) de que se di7 qualquer coisa (qualquer cuísa que pa.'-'ie pela cablc f.110. pnra que ...: possa f;tlar de pam-sia. uo scntr~ posun:o elo 1 ~rmu d.:ÍI de l;tdo .tgor~ us valores ncgauvos - . sao neecssa· nus, além da regm do di7er melo e da 1C!ll'll da vcrdnclc, dun~ condi~óc> sup!enlCnlnrc~. t pr~"so não óiJICil.'b 'l"" c:.:.a \cnladc constitua efeu~-a­ mcnt.: a upmiiiu pô>Oal dlronamcmcl do \'Ínculu cmre li.> doo< imcrloculure~ (u I.JUC:: d11 u ,·c:rdadc: c: aquele u quem ~n, crdade é cndcr'7nda). Oc onde e~su no\pcnhnr " p;cpclctuc lhe pc'OtK>c o [MI rcsrasta diLcmlo-lhc u verdade, (tlcvcl n(t:ll:t lu. por mais ticlo-1J.!fn. p:arn us paaxilo ou os mt.:rcs>c~ tio l'rincipe. pam aognoran(oa ou a ccgucrm dt.• cntlodduo. O povo, o l'rincr~. 0 indi\'iduo tl.:\ ena o~crlor o jogo da fX"'''~'·'i" Ocwm eles prõpnos Jogá-lv e reconhecer c(UC llt(Uclc que ossuroo o rtl>Cll d~ 1hC» tliur a ,-~rdad~ dc~c ser c~curadu. e i: 11 """ que ~c cstabclcc.:cr:o o vculnclcaro jogo da parrosw. ,. p;ll'lir· de•~" cspóccc de Jl:Jcto que faz t.tuc, )C v pnnc~iasta mostra sm1 wmgcm dizendo u vcrdudc conlra tudo c contru lt! pockria chamnr de Jl.lgo par"""i:i~líco. A /H""'"" é. portnnlo, c111 duas palavra•. o coragem da vcrdadc naquele t(UC !:t1a c :o~•ume o rc..:o de duer, a dC:.(lCIIO de ludo, toda a 'ct1L1d~ 4 uc pcn. 113 III'KSO t:ullbclll. l'odcltltl~ tlcfinir. a partir du ADiiguidndc, cons 11 t.:rnndo "" cni"" JU'tameme "" clarcLa em que ela no.< deixou. qua· 1m m1ld:thdade. tunddmcnlals do tl11cr-n-lcrdade. p 11 mc1r11 • 0 d11ct·a·verdadc d;e profecia E ai n1u 1e.ntar fazer uma ,111io lisc n~o elo que H> profclt~s •li1iHIII (de certo modo. coln conto lliO lconpo. ele não dcsv-clu "':lll ser ol~scuro e não re1da sem ciiV(tlvcr o que dil ~m cena forma. que e a do emgm;1.

c.

• M..:hd tou ..11uh • M~UfltpiOO ......... WDJ Dl:u.sln rnr JWUO.~meult & OU\~· 11n dos ~tn nwm- pu11 o aplldho.

• \1 t-. dv nq~lc: que ui.~;

IS

M t- - Acho ql-..: ..,.~(- 'IC' cllt:.mou. .\u menos ~ MtÇtud J..-bon ' Az:tt_...

m1 fD\õ11dor

16

O que lcm JlOr con>equcncia que :t prnlecm, no fundo, nuucu 1hi uma prescrisinar Çf~1 r.tla. 'lkl JranqucGJ rem b. vcndn, [d11 quele] do profeta que 1>l' suuu no put11u cm lJUC ~ ntlkulu a linirudc humana c n CS· trurum do lcmtlO. Jõm lcn:eim lugat. ftntlcSJ;I-'Ia. 1amb.:m por d~fini~ão. nao fula por ent)!tll•h tltfcrememcmc du prolera fle diL ao comr:irio as cois.1~ do modo mnts dam. m~ i' dll'l:tu pu"lvcl, ~m nenhum disf, ;I~: >ullc que ~ll:l> puluvms podem rece~ ~•c•· unedtar3111CII Ic; um va lor prcs~tidvo. O 11111'o•csia>IU nilo tlcílla IlUda pam 1nrcrpretar. C'laro. ele dei''' ;1lgu p;~ru fh1co tlcixa àquele ;c ljtiCm ele se dtnge a rude lltrda d~ 1c1n c~mtgcm de n~ett.u c:»a 1-erdadc, dL• recol1hecé·la e dcln f.1b:r um pnncipiO de condlllll lktxa e.líbio. c mw1 •11uh clt: .c opc'oc an profera de que .tcabamos

17

de falAr fuln ~m scuuc•m~. ~III seu próprio num.: r. se.; \crdadeque C."-Curso sáb1o, ele esrá mmto m;m pm"mo do p;1rrc'IJ,Ia do que du protela Ma• o sábio-.! o que 0 c:m•t:lcri7ll, p.:lo ""'"''' :llnt~és de cenu número de traços q~ podemo.' le\'lllll.lr 11a lircralur:t .mll!:il m;uttem sua 'aheúona num reuro. ou pelo"'~'"" numn rc:.crva qul' i: CflOIHicu flOJ' lllll l'e liro Vt11tJniÓI'ÍO. Como os efésios puniram com u c~illo o melhor deles, pois bem. lli7 I lcràcli1o, todo~ os outros que vakm menos que ele dc\crinm ser monas. 1: corno MO são mono"- CU é ljUC \'OU cmht,lrd. f .1 p;lfllr ue então ele SC recusa, quando 8>SIIll lhe JlCI.hrom, ,1 dar lcll> à cideo Lm.,t'hyuum pt>líteuesthr~i: p301CIIle cala. só fu lu qu:mdnqucr c (MllllCulcj [lM.'U!'o•)\fi:Hoiro. o m!,tl'il lla. o ginasta), 11111it a~ vezes evocl1clt\~ por Platftl.l c111 seu:, di :I logos, so~·IÍIIÍCSetllnl. c QUC n:lr' mt.: dit..;.;·t ~mlJJtJPf>UC(), i! wu: .n sala 5 cm hrn Cal!tt ê a ll3nlrdt .,tt:(•r~•. Cotão os que- ~'d\'1!• n:m C:.lm..u.k'IS: de fk"3r C:nt t.C U\t $CD[;JdoS DO çl\j4U pt>ti~IU CIK'Omr~u· IIII J~.~..llt 5 Ulll J11g3r CJn qlh.1 pndc:nw ieiltilf. ler o Jnmal e h.tlcrpopo lranquilnnK"IUe. t.nlcndulu'' t t""'-'- tntiooông;uL, c n~e ~'U)j~tn. POrmnW, illll{UJ Jl.lfa :t f~nlt;. Q: L'fdCJk.h dsn:itO. «Jd:..s a-. ([\I:IJtilS ft SttJ;a 5 ~r::'t 1..:0)'!•... lia ~I C~.J.. Não \-':lO rnni, ~.: r Q ti ç n (i, m;,t.:; ít 8 c I, 5. 1! lSSO. peço ilt!M:"Ui pa~ rei() Cll:Unis a tod;\ unUI tn1dicumalu.lntk Ele lllC~IllU. c'sc homcou da téklwe. rnlo tcna podo do .:1 1dcntcmcntc :>>01', co;...: hnnlc!lll da lt-MIIIl' c1 c011111111, tlc hcm1u;a. de lll iu1:;l. [na medid~l enlim jcm que ele d1zj a venlade do 'l"c ~-verdade do que c na fomtol •mgula1 "'" 111 . .: nao verdade Ju ~r da n.1 rurc~;\ das COI'-''-. fiO" hcm. o p.rrrc"a't3 põt: cm togo o d1scu"o , enl1de1ro do quo: ''' grc~tU> dl;ulu•am ] tio dizer-u-l·.,rdndc. cs...:• diferentes modos de wmhcç:ln. rorquc. 113 Al111guid.1de. 00, "~ cncontmuhlS hem dtstmto:, c cncamadc•s. f''"tos em fomm. 11 un~c ms111UCitlllnhTõ~Ulls cm forma' difcr.:mcs Voei;:, tê1~1 _a função p~­ !Cticn, que era Jdluuln t msllhrCIOnalizmla com hn•tuntc 1111tdez. Ta.mb~lll u 11c 1·.on~gcm Jo ~f11l1o cru basl!mlc iwl~du (vcJnlll o retr.tlo de Hera~l~lo). O profCSS 11,1p.:i,. c mesmo que ~>e 'cretlicto. Qu.mdo lonuu lhe I'Cil:Unlar IJUal era o nt;tis ..:íbio do!> homcn) tW GreCill, de n.~ontl~u e S(ocnll~ I! IOI p01m honmr C.">ii rrofecl.l, p:tra honmr tumhcm n dn1s d.: D.:llos fornw lundo o principiO "conhc~c u ti mesmo", que Sócrutc> iniciou sun mis.,ào1 Sua funç:io de purresw.ta u;io é pununh) cslrnnha u ccrla rcln~:io cmu o:ssn função profctica. de que ele no cnl se dl>hn~uc. l!!Uólhncme, Sócral~~ tem uma relação com 11S.1bedorm. )lOr mais 11111rc>iU>Iu que ele seja. " "''relação c IIWrcacl:• flUI 1 :\rins c•u·nclcrislicH>. LfiiC dizem •cspeito à stw virtude pcss~.wl. ao ~cu d1be c CT\a c no ~•lcncm. contelll,mdo--.c com uueri'V'dnr. A unerrogaçànl: uma ma1tc:1rJ de, podcutos d1rcr, compor cum o tlc\'er de pcm'f'sia (is111 é. o dcve1· ele intcrpclm c de to I;~ r) u 1cscrva c~~cndal ao ~ü bm que. por >1!1.1 l~clo. se l'al:t SI) que 11 '-1b10 w caln porque S.JhC c lemo um:uo de não lli/C:r .eu -:tbc1. :111 fl3.''" IJUC S.:....r.n~~ '"' o;c calM d12endo que não s:allC e ultlu inlcrro~ilr, intcrrot!tlr lodo o mundo e qunlquer um :i uwneira d~ JIMrcsia~lu. I ugu. vc>ei:< e.~l:iu vendo. nqui ta•ntxlm o lrdço parrc";bucu "-' combma com . 1:....-~es qu; 11r11 1n0011' llc d11cr·il '""btle são. ,tmcu \er. ahsolutamem.: fundau tcnlm> pnno u nn.ll1sc dv dhcursn. na mcthtlu cm que,"" d1~~r~o. >c cou~utui pura" c 1.,.1rn th olllr. Pnrccc-mc cm 111110 c:~~•• hn o tJUC 1cu1c1 mostrar" vocês. am1ln que • r ; · 1 l!>tfiiCIII:IIICntllt!nlc IJIIC 113 cuhura grcJ!.it. IIII lim dt\ >'!CU~O \-11111'~11 C O ~éta dn IV. podcmu' ~tlcnt i lklll', hcm repnrht.lvs 1111111n espec1e de rct:mgn·

lu, c~scs tluni i'O grumks mutlos ck vcridiC\tio: u tk• JlrC'I ICin e do de:.tuw, o da ~1bcclnn;l c dn -cr ,, do L'nsum c tia tcl.lllll~1ía cb tilnsolia amiga ('cm dúv1lia ttunbt:nl da cultura anllga .:m gera l) e. cmr~ 0 modiCI d..- tiii•'NHCrtl.adc camclcrí,lt. \'"remo, se tsol;~r, ,10 u1e~< se tormar um dtzer·tS p.:rson,tgctb de lilo-.otO. tfUC 1fw:m a vcrda-a ,ts rel:u;õ.!> e,:,e dilCI·II·VC:rdndc P. A ltlowtia 1'1\.'CO·rom:ma "'" i•t .1pm\lmaoo n modahdadc pam:'''"''ic:;~ e ,, mod~llllild~ 1la •abcd~>na l'•u~ec·mc que, no cti,twnismo médk\ ai. \'ta-~ oulm llpo de .tgrullau~enlo o a)!rupamenlu da mtxl~lida­ Jt'llrolt!llcil c du mmlnhdudc pm•' humen, cn1 l'll>.hl dn Mm tnopnu flmttHl.: e da n~enWh ik IIUC:

e.stnuuru du lelllpu. ttnhr.: u f.JUt! \.'spcru o:-. homens..: a imménc1:s do ~tcon­ te~unculo umcln

•leu hv). c dcpHI> d11cr a v•·nJnuc ao> homem. ~ohrc o que snu. c"as lrfc"a~l.t. ()ucm tht a llltmc nCIII.IItleDÇatlllfll do nmunhà. do Rdno du ullnno dtt~ 1fu Juttolutal que roxnn:tr •.>:> dois omros modos de \Critl"çiin: a mod pria~ puhuco,, de.,.,_ · · . •

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. ··' ·' nlnu~n -~- I"... o tliscurso r~wlu(tOil3l UUIIIIJIII . '\;;\ .:llhil jll~l:ltllCill~ C"C JlilflClll:ll·rc~ta~II(U.

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i\ULA J)f:un f:thJ conl~sad;1 1·enl1 • podemos car,lo.:lenl;~-fa pot """ granck.o; tcnõmcnos.

I"" dcmocrôiiCns de >Cru lugu1· lf,o /llll'fl',lill assume tftliH 11~puc1os. l'rhncimmcnle. 1111 ok'mocmcia 11 Jllll'lt!Sia é f )~l·ip.oWI para a cí tlmlc, 1 lu c pcni.(OS.1 pnru u c1dudc pootJUC c 11 l1herillodc. tl:l\ltl a uxlog e a qualquer um. de tomar .tllill:o\fil. IJc falc i1 ""'\·~·~ade p;mkul.or. 0 •t•k! lhe pennnc ,alc:.I[IL~r ...:u~ tntcresses ou .uu> pa•xn.:-~- A decnot:r.Km. J'l>r cmhcp_umtc_ nãv é v luçar cm que a parn.·'w ,.lU c;e e-x~rcer comu um pm ilcgto·d~,·er. A dclllLICC.Kta.! n lugar cm que~ pllm'HII '3'. ..., exercer como a l.lltlude, ll ou tH'Il:l\iiS. tutlu "'o~ itu1apóe. se emrda,-a no Jogo d;t t'-:mocrau;\, \cmo' ponanto '1''-=· na tkmocrncia. a t> llul!lc-..; \l.r] o.eJa a \'Ós. seja a qualct·igos que voe~' l'IICulllntm CI'OCado~ s a .en tdâo, o: \'O "';~Creditam telizeo; f' dt>lnhucmthnhetro Jlam O> e>.petacul~ 1 . r tlcpots de di7cr. as~ÍIIl. uma wnl.ulc, dat1'l que )enna pam aquele' a quem ela se dirige, de-

'"'''III"

I"'""

pot~ de d11co "'"'' \'crd:tde coraJosa, logo acrcsccma· m:" sct bem que. dcpoos de I alar a.,.,jm c lhes dtzcr qu~ voolo ~~so3s que se satisfazem com o dinhcun que lloc' d;it• )>ilr.t u:. cspctttculus. pt•os bUrpi\:SU"" r~. \I ~-lu mal que 'ns lizer:un. A tmm111C1.1 [.1 fill>l fran~a. ,1/'J'CCIC de JCigo parreso~>ticv b;htmuc corrente nus oradores dessa cpo>ca c cm rkmo~tcnes. no qu;tl, \OCl-s CSl;KI \elidO. tCillll•SC COilm n ct:irlllns. Ohnt!:tlll·llO n acenar essu 'crdatlc fct '"" atin!,'lnclo-o pcln ..Cj!tllula '~' n•n1 uma 110\a c:ntll'il, t c'"' crittc:l coJ~s"te em dizer: ii.: CJII.d:mtagcm para qU.,;l tunMr :.cu htl!.tr O 'h"ttl'lo(• "·rdmlctru na democracMot;lnnp.m:cc 111, um ,.::culo dqxm 1l.: btn)Xxl.: n:spontk a ccnu numcrn llc wmliçõe.~. O discur'" wrdntlci1u tcm tlc passar por uma UJ~I'.I\';\n 11.! clesntin-dmlllngcm: vuulh~:• dít~:r 11 vcr.lade. cMro o risco de vocês me tli HII rcm, ossu provtovdmcntc ns 1111pcd1r:\ de me p11 nir c 111c ptll mitlnl d l~e• 11 vcrd JlflliCI com qu~ o JXW

38 ~squemúlicn, n mais crua ~ n ou;ns grosse1m. mas também a mnis Si!;llificath"rinclpio de que nDo IXItlc hawrCIII~ 'crdaclciro e di~curso li1lso na formulnd1• num 1exto por muito IC1npo n1ribuido n Xcnofomc. fuJasj que, na realid;~\Jc. 1em ourm origque é lllll n c•d•Hlc. é ao mc,mo tcmt)l), poo dcliniçiio. u que é bom, útil c \'itOmju'o para o> mdh.: '-llrlc que, IOCit:tndo a cidadt! a ton~o~r 11••-ci:.iics tfUC ....:Jlllll Iord' pant da. não f.tZem mai> que servir a seu pri•pritl mtereS>c, ~o mr~res.e ego1,ta deles. que são os melhores . Om, nu111.o tlcmocrac~;t. numa \Crdadclnt dcmocracta comn n democroc1~ ate mcii>C, o que acontc~~·' Tem-se um 1cv ímc no qual 11~0 '~o 11s mel "''rc~'• c si111 u~ 1110i' 1111111CI!1Sn~ l/mi'"'""; J que lomom n• dcci~õcs. Eu que bu~· cam'! N,lo bC suhmclco nn numcru:;o.> C/t()t po/lm' j 1 ttlt•ti.-ill~, mio servir" Nf•u wrvir a quê'! l:.k'll nílo querem l'ervor aos mtcn:sse> du ddudc nem tm1111nuco ao' interesses dos melhores. llcs C(IICn~m. pM si mesmos. rirkitcíu (cnmnndur) 1". Assim, vi\o buscar o que é (IIi I c bo1m llill'll clcs . .)ll que conullldlu' é I) qué'll~ SCI' copn7 ele decid ir' c de uup11t o melhore:.. puis u:. melhores por dcfim~:io !>fio>Oas de bem, sl' n~mts Ml de' c a panY!sio aos melhores. o que nclllcwna'? Scnoo tludu :t panv.1Üt '",'melhores. os melhores irbm querer 1111110r" bem da cioladc. isto é. seu pró11110 bem. E• .e unpiL=Ill seu (lrúrmo hem. n que lhe' é util. '~""' '" I>O•Ieroa ir cm hcneticío dei~. da) pc~•o.1.' de bem, c cm tk:tnmcnto tlu I' "'O mtcressames c unr~mantes. l'C f'.mlleto• um t;onh> c;mcato. r,o;e, princlf>lt>-., que wrrcm "'b es"' te\ tu e ntttlll'- uutro.. rodem ,..,, ro;sumodos da segumt,· n~;u~ ~'"mau,. É u IIUe flOd.:•wmc•s chamM w "~'" qmse.n:-m. de flllllcipoll t.ln "umorfismu étlco-quanhtati\'o (tlesc,ulil\!111 a ll.lrhnne da l'Xflrc''·'"'· fcrceiru p1·indr•io ílc tnr1nnl n. n~o hitsl.tr l:o tli /.cl' - comn pod iam l 11d i~nr· os ll i'Í onc ims te,, tos que citei e 'I"~ rctcunuva m os que lê1ram cv01cnd11s tmnhém no ~1111 passado - que u 11 hcnlatlc de palavra dada u llldvs cu o-re t•, oJc l'uvorcccr o~ hsllllJe.u.lur~s ~de expor a pctigos p.:~oilt> us que J'ulunt. lt~tlt• isw (: •~rdat.lc. mus tudo isso não pa~s:t

"" efeito tk 1111"1 llttll''''''"htlu,lc mmtu m;us fund,nncnt:tl. muilu maiS e-tnunr:tl. (: l"""'l"l compn:cmlcr que. [nc,-.:1 "I'" de nmili.c evocado ntm\o!S lfe,._\nl • •1 própna lmm:t d~ okmocmcia. ao submeter o melhor ao pior. I'CvCIICntlo a ordem ic.un~nle pela morte l '] ,\ partir dai. rod.: Ctllnprwndcr 11 •rue r> d•amar mmto CMIUCutatil'amnte lk:.culr.:. \IIO oo· ob;e1i,·o scupropno mtcrcssc 011 v dn ~1dude. lgualoncntc no caso do g•wcrno de oodos ou tfn~ mn i~ numcmso,, Ou scj.,, /\r"IÚ1clcs niill adm ilu 11 poinçipio de que u !!CIWroJ de alguns ~•'• Ilude :.cr o !!l'WIIlll do., melhores c que ~'Sse gm·erno do~ melhores. no ontcrcs.c õos mdhnov>.[signihcaml 11 mtcn·sse da cidade. \o comr.ino. ~I c d~• 11 a rmncopoo ljUC, qualquer 11 ue M:ja a forma de gm enoo. o~ se ou no interesse do cidnrlc. Vocês csulu vendo pnrt:onto que c'~C) to~, poiotcopios que cncontràvamos em ;o~Jo, omr>ficitamcntc admitodo:. c l!ru"-...:ommeute et,oborndos. 00 IC>.to do f'..cudo-Xcnotoouc, sJo que>.touna.lus. nilciTO'.;ados. mobdlhados por An>tO(clc). A j'l3nir d1i, temo~ de no.s dorcr que se.. iiO contrario de Pia-

':w

tfoo. t\ristc'uclcs não ~n11ch11 ol1sso tlllh> 'l"~ :.omente o discurso \'erdadciro dcv~ p 11dcr tundnr umA cidade c lP '~ essa codl!de, na pl'ópria met.litla c.m 411 ~ ,j lunflnda pelo do ~Co!IShnamem~ sc~:uro. l:m todo t:J>O. nessa pa:;,.t~cm.tmta-se de tli•r nme '" ohtcremc' tnrnl.b tk go>crtlll, c LAru.tótdo] opõe ou distmglll" a - 11u>n.tnt111~· d•> que c trJdwodo f' nu qo~oidO> u. _.,.,., lll t> tr..-, topo' de gmcrno - se e verdade que. no ca'o dn mtlnarquin, n mnn.1o-ca pode c~1a1 mlcres~ado em seu benefiC'io ou no 11n cotloclc; ~"· M nri~t ocr.1cia, lll1rlc hnvco· uma fhrono de ~ri ~tocracin CfUC vosc u onl~rc:.s" d~~ I"ÓiliiOS nri~o tlco n o ns c de nfp.too". 011 no imcrcssriu. mus o da cidade. 1: por que ~c 1•odc cnnccher isso'! l'oos bem. dt7 ele. f>Orque é f>OS.~ivel que um 1holotar e 8:ltnlltor t]lll: O l,!ti\Crllo ~cja para todo' 0>

46 Olllrus. Em compensac;ào, oiz ele. c muito diticil que uma 11uoioria úe homens "alcance a perfeição cm toda espécie de virwdc", Quer dizer ,1ue. 'llHmdn a geme se dirigi! o uma massa de JX.=as, mesmo que essns pcsSo;•~ governem a cidade, mio ê 11ossivel. ou é muitn dificil cm:omrar nelas c~~" difbrcociaç.'io ética. css

AULA DE 8 D.E FEVEREIRO DE 1984 Segundtrlmm

III. 13,Jo.2.1S•

.16. /loid.

A rerdoJe t'O tirrmu. - 0It>de Uii!m11. -0 lrnfu - A psykh.:

lug ouvidos: flUrquc niuguém se nrril'ta n censurar umrimno cm Mlll lli C~n..:u'. Ao que I h~JOtl rcs1>0ndc se quetMndu da •-ua sihHt\·ào rlc lm111n c cX I)Iic;mclo 1ftH1n tltii'O ê >ê-ln: "Cumo podes pen~a·· q 11u um 1imom se ro,i ubi Ic po1· n;m do pmo" Na' llr;&ntJ'>. "o' tfUC \'I\ em numa :1\lhantc la"?rhandad~ com o scnh111" c nJc;.ldnrc< f:..o;sa famihandadc com O llr.tllll "11Rd3 lllill> (' IJIIC UlllR hsonja em UIO ( ... j. ()~ llr3DOS SC COR!• prazem cum-.cr ha1ulad~. cmlunnro ele. o homem de c.,nitcr independtmlc. . cupill cIc Udr ·'· a c Ic t·~~ llrrtJcr..,. não ~ena _ :-.tu' '-'l'ICtal c tk certo modo ,...,lrulur.•l: t:ra a 1111JIs.lla~u ii dtiCrcnclaçiio cuca Em wmpcn)tõprw mcn inlrorlll tit.lu. Vlllvrilatla. Jlli,IH CIH ti>rma C Ial ue j11lia 111\ltlicaçiin cm lt~.,. lt•mpos. Pnmeiru, d11 ck.!lilij ~ Slctlt.t cmprecmkr a pcdagog"t de 01onísio, t) Moço, porque hana fc1to uma 11rtmcir;1 cxpcni:ncia fmor:ivel com ceno rndi' íduo. O um (I! o de Otnnb1u), que lwv1a mostrado por sua capacidade de aprende•· c tle t•'ildULir a lllosolia cm bon conduta que a JICtlagogia de Platão llOtli;~ ler eleitos numu 111tna. c llll alma lle alguém dc>tinado a govcntar. ~nlun. muito abcrltl a IOIL1> as co•~. CSJlt.'Cialmentc ao discurso que eu lhe cmkr.:ça•\) c n nda (/>ws) , " n,c r. • da' por Platão. tuclo ""' l'\ll>slilui;l 11111 ..cynndo ekmcnh> ,a,ora~e1 . cnJim, em ten:e•m luy.u, ha' 1J o prúpnv fui v de qu~ ?•ontslo. aco~lhaclo poocu 110 J) 11111 c ,-.,111 tda~ ;ts "'·" hna' dl· lulu. J' gnt~ns a c'sc puder JX!"""'· hl ser pos•ivcl. "''"': qne se tiVC>;-t: UCC,M> ii \llll alma, tct llCC-.'itl :i cidutJc. IIII f \l:ltiO. :i fi~ l~gi,lulívns fn texto g1 ~go dit ~,,ll nnlcntc : se qtttSCI'I".U:> empreender ,1fC,lliiaz de t:~cl..:1lu g;n ~ fJt/1'1' rttei'IC tkr ou a oulortdJde na cod~t.lc. c é OCS.Ôt.:rn1es-.: cmkn:.;~ .1 ele. \umcça c\OCando todas as~ tluc. con.:,.illl>, \~m tr'Mcr .to' ljtk' rcu~1m. a~ rets ''"" llfJJif cuida.la que os oulm, . .:onttmtam h!\nttlk> >uu vtda, desde que se in~lalam no poder. bCI11 rccehct nenhuma ntlw1101tdu:·•• Ot\1, c l'recil':lmcouc essa :u.IVCI'Iêncw 3•1 Princi1>c que I Mico ~ l ç~ 11u~r fitzet• r. Clt• di:.l lltJ!IIC bem esse piopcl tlc consclhoiw mm ai, lhnl wtlor mont l•l•l l' rfncipc. da funçiio que cnnsi~h.; •'111 clnnw l'rlnd p•• cnn~c III os precisns c ~onj unLUt'll is pum esta otl Mlllt'lll 'imnç~o. Ele di" ing1t1: tl papel dos con~clhciroq 'i''" mlervêm c cliiu seu conselho ·•cm cndu 111 1111 d:ts açõcs u crnpreetlllct· (l.nr/J'Itei.à.,tr•n mt'llmínrc;n pnh:in)''" c n lurcfu de I~Ocmlc~ como IMmuequêncins. Em rnmetr'o fugtrr (p:trci mui ln rupidntrrcmc ~0h1·~ cssJlt:Ciivn). pnrcce-mc tiUCa at~ílisc des.~parrc­ "!'.f'lode ~l~rrcc~r com ccr':' htt e ele ccn.t moncira u famr.ma questão - trad~~·tonal nn ht~tórra da Ak>s()hn g rego pdtt menos tlcsdc o fim do seculo XIX, (hgntllos tl~sdc Rhndc'". ~um n~ uhr·~ts de Sncll ''', de l'atockal 1 da lbrmat;ão du uoçào grcgu llc J».I•Aité. d\: tJccupa!(Cm r rvgrc,siva.: !lo tlcfinir;ilo dessa re~ponsr1brlidalle que ê u Jl~r~h,;, E. se~ VCI\Iatlc que houw multas vias c lrillws di vch;rs, tlluiw:. pl'.\l rctt~ diíercules 11uc lwaram. nn culcurtl grega do ~ulo V. u es:.a cu~rgéncm da alm;J corno problema central para a filosofia. a polr11ca.: a moral, ~e é wnlatlc que uurilo• cam inhos Jevnr.un ir cmerp,(:ncrn o :l tlcliu kilo du pwAh daj dtfcro:no:r;t(.lll .:llo:a que ahrc para u mdl\ ~duo u a~c»? a c~s:r "'·nl•ttlc. 1 ~c.1a lbre a \'t:rdadc c " li>rma de ace"u ;i 1crdadc < p ll' " llllio me :lllltlllt'IHIItrô~ t\lxlt>s. l'ttt~ dllcr-u-vcrdnde na cribuml, 11n flssttt nblcla. dianl~ Uu pnvn, üizl:tKit1 ~cm •llsliti'CCs o que pcnsn. S!ud.lr ,:,._..,, fimdaçào da pan« di: to da i lpolugw um que Súcr;ucs di~: mio "fi7 polhrcu". comt>quem diz. n~o suhr ;\ tnhunn porquç, w subt~se.tcriu morrido: e o úhamu tc'lto de Sócr.~­ tc~ ttcci tmtllo ;rlcw-cmeme morrer.: rctlmdn que pagaCill aos cku.~cs L'C lr.lla C\leque go,taria tle falar Primeiro. pois. n AfX>Iogm. C'omcçn1.:o•·om uma ul>~ct l".t~iio. que dei · ~arem"' de lado por or,t. ;\ cspern de uma futura utiliato;:io. Í; (a Jli'OI>Ó1>ilu tJa.,) prílltctt;c. linhas tia lfH>IO):ía. Como~ trnL1 de wn drscmso lle tipo JlhlicMI, Ps que f'I"I.:111U:> agrupa o Ct>llli1UI'-

• . • "") 0 CritI C.WI molllt l . -.. . qu-.:-.:. a u'I htHo\, . I :rr: do:int 1~>13\13 ele Sóer:Jt c g··on. Sot:r:ti.C' e'J11C3 como , (I :uuluu Jd·. c-a-.unuudo.• r-:·u"lt:u'Ctnl>5 n ""' -. ~om c • . . •lho"") t.lc cm· "" ,.. I d • .,c OU"'I •• e qu~. JUOthg;l 17JII tl .IS' nubloC3111CntC (c/< " ti um pouco cltlllNll • nao ,. IIL'lll.•r.: me lmoo;onn o . drngmJo a ck l-rmlti/J.un•"' • ' lli">Írll. nl••· ,., ' lll•h {13 CI. C\'illcutcmcnte. lleS$3 1!\0C.tÇ'dO ·'· ..o..lrbObre i\tetta:>. a cltcrccr o que ,-c clt.1mn C:\..:R"4.:r cnl )t!U ntHl\C a 'oberJma

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66 tira1ua. ooc~'C momcntu, o wlho Sól1m. quU cfc \Crdltfe a Asscrnhlda. critocaudn '" cottlrflrio, vIiltcn. O que ~tl:'lttfic:o ~·"· or , uc esse Mnal'! l'or que essa vo7 que o rel":ta dn fl da pttf'l'f!St são ao mc:.mo tempo refittaçoe:.. Jl IUostra 1n 111 b~m qnc ~lc afron· luu cfclív:m1emc llSSe per'Íp,t> c desempenhou o papel IÍptcn 1lo purresiast(l plllitico. 1: vei'{ladt: que a JHII'I'(!.fÍn é I>Crigosn , mn~ ~ ''crd!lrlc 1111nbém que Sflcru1cs teve a perigos que ele se alll'tc•-c. não por meôu da morte, ma.~ porque se tive~ se metido cm polhic.1 h:riu morrido. e 1endo mm rido nilolcriu pudido ~ o que ele dit. nu tc~lo >Cr úlil a si mesmo c no; Oléllicn>c>''· Não ê porUlulO o medo du nwrlc, niio é essa re l~ç;lo pcsso:1 l de Sócrates com a sua própria morte a mâ11 peln qual ele niio . Lo. 1utmdwiu um cone - . que turelh JXbotiva, lfUC lmcln l1lllt:la pt.:pum e protege"! Toda ;o Ap,>lngi(l, pdu me no~ a primeor..t pm te. ~ cun,;ajlnlll;o a tlclimr c a car;rctcrir.~r c=o lan:fa que.: illll c ti.:\ c ser rrul•'!l•da coutru a morte. l:sro~;u111 111liv inlmr o q ue o deus d bsc. O que St\cntlcs cnnt.1 a prop1hitu d1> 1111.: de fel nc;;sc momento é om1110 ionerc~c ram saber se o que foi dilo :.c ~outi1 mu 011 não. Ú. de ec1 10 mndtt. tlt>cut i-111. i\ssim. ele nilo vai inlcq>rl'lar n Ol.tculo. maq thwuu ln. ;ubmctc-lo a doo;cussào. ~11hmctê-lo à O[lOSi~ão pam s.1her d.i7.CI'-;1•VCI.'d allc (pOiitiCOj que tem seu perigo e ouu'!l f\l'~ticn do dizcr·C terna do CUIIIadu \! todas aspatnHt1~ ctlmn epilm•t.·uJ. L'/ÚIIrt.tlt.•l\tlwi. umelem. nu;lf·i mni - em:ontt.u J1dfl ulti111a \'C7. ll111ttnui"IHC o que acontc\lh h:rm t n\1 n':u. de faz•prc\,elc.::"r H mí1~.:;m ~11 1 1uu h~.:u,, h•~•Jif ~~~'lllll tmifhr), d e ~nsln;) outrpJ; ;; 11 rnt.cr éwuo (:)(• Owi Ú/:'1)!1,\' tO /ti{i t(rlllll d(J/.ü/wn)" v ·'·· I h. I'· l•ll: fl('il'j(IÇik!' j ;'l IIICIIt:HII"'d,e:l

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~"'l' SÓ\I'I\l~5ém 18h.p. l4 1t.

•.11), "'üh-rc a J)l ltJul'.•JiiJk".) tk,.,_ pb.l1u\r;Ji/l(, ..( t~T.C. \."(1 t.:IIJttLt, Jwro L~ 4'1, p. 9ti.

I (1 t'( llllt.a pt imcir.e nnóli~t..' d ei)" 11./..

2.!•·1'·

Lul'rll,lrnn· drc=. lut:Oft•, l'tui.;. Pl 'F, I96). .- 1 I'Lllilo, fpnlt:tg_:'t' dt: },,~~:l'tt:t•, 1W, J1 I•I ~

i! IJ.. 17.1, p 1•11 -IJ r "IJN'ti· n~ ~.

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i\ULA DE 15 DE fEVEREJRO DE 19R4 Segwtdti luHrJ

As rí/tfmaJ' palm·ras de Sácratcs. - As grandes ÍIIU/I'fJI'i?ltl('t)t•!\ f'lrissico5 . A inwui.\'· ,!ãçâo de Drtmé=.il. - .-1 \'1;1{1 n/in (! tlltltt dor~U('(I. As .wlll~:i)es de H1/wnoWlJ: t• Cumom. Críton, qrmtlo do tJpÍniàn geral. - A ji.tlsa opinüio cotm) dol'11ro dtt alma. -AN obit,·Ôes tlt• Cchrs i ' Simios crmlra a imorlalidmh~ tia ufnw. -...J sv/;dur1edmh~ fias ofn;as no rli~·cJWSoj - AiniJa não. - t\il1dn nàn'.1 lJmil coisa me Jiverte. a man~ira co1no o.s jornai:-:: 111 1am t.ldc. Primclru. voc~s pnder..·un n(.)tar que esse livro t~m duas pane~. Uma é consagntda a Nos!J'aJnrttltS, ~ ottl l"n n Plnt;1o. Clostari:J então de comemar um p(luco essa justaposiçfto c c:;sc ~ott lh1nto clt>S dtíis textos, mHs nàn vou fazer isso Jà. porque seria uma ruptura ôenmsia. Achn qtrc é melhor guurdar as cmtas na màu. Enlumézil faln de No:.t l'adanrll$, pat•ccc haver uma di ficuldade

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A coragem da verdade

maio r ainda cm admiti r que Dumézil fa le de P latão, ou (antes] o que e le disse c fc ti va mcnte sobre Platão. E, de fato - procurare i mais uma vez com e nta r isso quando fa larmos de Nostradam us -, é bem curioso ver que esse texto (essas últimas linhas do Fédon, mais exatame nte as últimas palavras de Sócrates relatadas por Platão) sempre foi uma espécie de mancha cega, de ponto enigmático, ao menos de p eque na lacuna na história da filosofia. De us sabe como todos os textos de P latão [foram] comentados em todos os sentidos; no entanto, o fato é que essas últimas palavras ele Sócrates, daque le que fundou afi nal de contas a filosofia ocidental , permaneceram sem ex pli cação, em sua estranha banalidade. Vocês conhecem o texto . Vou relê-lo mesmo assim : "Sócrates descobriu e ntão seu rosto - porque ele o havia cobe rto - e disse estas palavras, as de rrade iras (/ia de teleutaíon epllthégxato: são as clcrraclciras ele Sócrates; M.F.]: 'Críton, devemos um ga lo a Asclépio. Pague a minha dí vida, não se esqueça' [aliá apódote lwi me amelésete : pague a dív ida; a tradução diz minha d ívida ... Dumézil não gostaria nada; M.F.]." 2 Pague a dívida/ não se esqueça: a repetição positivo/negativo (faça tal coisa e não faça o contrário) é uma forma re tórica tradicional em g rego. Mas o fa to é que, como muitas vezes nos gregos e com muita frequência e m Platão, a utilização de uma forma retó rica corrente pode v ir carregada ele significados suplementares, e às vezes essenciais . Em todo caso, esse tex to é objeto da análise de Dumézil. Te mos, portanto, no mome nto em que Sócrates morre, essa recomendação fe ita a seus discípulos de sac rificar, de ofe rece r um ga lo a Esculll lrt~Uki\·O nu ull\:. d.:u...es". l'"'lJIIC 1,;mt'l.:iS no~ ~uicid:11·. Niao pode· mos c"~~(llll' IIJin dcs'a pro,(1n - dcs'a bcuc.;vo li:ncia c dessa solicitml deuses. Lugu. unil c llii>>ÍICI cnl::u' a ila pequena fmsc rmquejou. c seu SCJ!.redO ele n:H:hlll 110 dermucln> momento. u... uma pe~sva UU> "".~para nJu. acon~1~nh:: a' sugestões de 'IICI7SChc. rot WtlnlllOWtll". Wtlaut0\\'117. >:tnt pd.tt.ltlgclllc.' [cI d"sc se 11110 pockmo~ ,., olnr dc pcno,;tr que é de nma ~nça .que se trata. o:c>mu ~" idcntcmclllc nito ~ 1lubseo VIIIIIIC hll flt>l llllllo umn iutcrpelnç 1iv a C.itun. mas que. ~~~··depois.~ divul:~ n:1o ê tlcsi,:~nnt.la cnmv scndn tk Crhon. e sim tllllil d" 1ua que 110.1 tlcwnanul~ peln m~n~ Criton c Socrare>. e tnlv~-z ~r.: Crilon. S>e problem;J. Dumétd se lCJn cl:l. a qual >C rducoonam a JUstiça c u 11 ojusi1Çn~", c'"' llarlc n:io currc" •1sco de o;cr tlcrcriorncl:t, corromp11lu. d~muidn (dh·plttltw p~rle de uó:- mesrnu,., qu:~ltlucr que ~ju ela. a qual se rdadnunmn1usll~u cu ÍIIJUSIIç;( cu alma. cl;tro. É interc•· snmc 1cr que ui du n11u í: d~s1gn:u.la. S~u lugar c. de cerro modo. deixado \~7iu. \ ckmon~lru~Hn \k• tltiC a alma '-"~ l)h: \:UntO ~ub.·-.tància lnlorlal ~­ rar:i no r,:,fllll. p,,. Cllllllólllhl. ela cxi>le. é Ulllill~llle de nós mesmO>. Bem ,unes de a ulma 'c r mcl:lri>IC;uucnle hmdallu. c11 rclnçiio de si consigo •1•oc cq11.:,Honallillltjlll. hsa purtc tlc nil' mesmo• lJUC >C rctnciona ilJusttçlruida c cnrrom11idu. lltjlle devemus ~CJ!llll' 1 Ocvemos segUir n VCI'· Ilude. V\x:i:s \CCIII (IIII! l'IIClll1li'AillOS aqUI OS dclllCili O~ de que CU lhe• falaV'.t há potiC(l n l•rnptl!,illl d;o verirl1cÇàO ~ucrinica. rm todo caso. \: U>· ,1m, ~eguindt• a ~~rci.Jde. qu.: cvit"rcm•l< e.rcci>;uncrlin for cumdo quando. "" dtcla 011111i~o fl1ba, '' opiru3n de tudo~ c de 'JUlnd. E. 1111c Sõcnttc" nvnnça, v~es s.~hcm . ha 11 11 n~ obic:.;1ie~ fcitll~ pelos dl~dpulo~ de Sócn1t.:.; (d1sc1pulm amil· 11 u~ , .• s· · .... · . dM. querido,. piÚ'e> c outrn u~ nt11as. .>tmms c111. lll:l> 3 ,1hna não é "llll'>le"n.:nlc uma harmonia. como por cx:emplo a h;lr111011ra cJ.: umn lu, 1·• Oc >-Orl~ ,1• npô:. c-.-.~1 , ilndn hcm. u;lo t:>lilmos com hoa li pal"d 3 \ ub que \ ,io l..:r. eu ror Cõ'IU'>il da morte''. I tlue mtcrpclc ( rhonlcmbrando-lhc qnc houve umu doença. c uma lfvcn~a cm o;eu grupn. Ma• l!•sa doença, nlinnl

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uc conta,. se Criton houvc~s~ f.!llllhado, leria >tdn tanob.!m a . E, sendo lodn o muudo snhtl alude 1.\onL' WLcs no da' pr:itoc:~s em que ('IOiltl d~r.< médicos. cuod11r de um doente é o 'lUC 'C rham;o "epíml'leillhm" 1\ curu dc que Súcroc.::. uq111 fala faz parte de wllas essa.'> tii1Vitl1t.lcs pcl:" qu;u:. ..: cutd;l de .llj_!uélll. lr:11:1-se desse uljtuém quando c~c;c tlocnc,·. tt•la -...: ('leio M!U rel!nnc Jl:lnt que não fique denlc. prescrciCill·~c nl11nculch que ele elevo: ougcnr ou e\crdci. ilsa' I c" • lhe d'tZ tJIIC acnmccc mi cidmlc l .. rl t\s leis ~o Jll't'Cts:tcnou. I' l":l q ue n·1o l'l·'nl•' o 1\•wr .ln ,.,fmtl/,•w. 1:. us~olll comll ser:. ' otu no "011 . I • • • li1gio tln mundo ' tlcv.:mo> purt)lll! ~nmns ze1ati u~ rc·I 1~' deuses .. - · ( mO nu.xJo. "" ( ntm~ a rn.t.oo pc.a /11111 . • • I~ c tlatle ;llrl' I • . ,· .I . lio) c que tiS Lei' ;l;t cnl.tdc. como.,. dcu'c' l)llnl n mundo Intel~, •e cutllnm du" cllbtuU:. (/II//UI/1 cJII/till t•pinwlmiiiitfo (aso, qnaud,, lhe pcrgulliAIIl' o qwr que titçtmw~ r•u·a us scu.s tilhus c qw~ rccomcndnçl~cs vocé dá.Hus seus amigos:?. u últ jma p;1[uvru Jc Súcl'OItfwi), Iratar de -'' mesmo;, c111dar de si mesmos. ''thetVf>elitHn" (no sem ido de cuidar e cu r-~ r), como disso. no .;uidntln de si. Nàn se esqueçam lh; fi1zcr c> sacl'i rício uu tkus, a esse deus que nos ajurl;l a no:> curarmos quando cuidamos de m\s mesmo>. Pnrquc niio se d~vc esquecer que neste ponto !;Cria nccc=mo ren1~1cr aos difere111cs ICXI.OS evocado' sohre os deuses liUC cuidam (tM hm11~n~ se cuiôamos de nós mé~lll '' na mellit.la cm q 11c os dcus~s tanthém cuidaram de ll u cuidar de ~i 11 1\.'SiliOS, t11dn i ~s•l C1Jli$1Íi ui 111H ~olljllllltl denso ctyo.< 11os se; cnlrecruzam no longo úc tudu ;l s-:1 ie sobre a mo• h! ele Sócmll-s (. lpnlt~ia, rrilrm. Fhlon). Todos c''c> liO> pcrpa:;s;un crn JlCffil:méncin c~'CS Irés textos e \•êm ~ amamtr pela tillima vc1. nas dnns tkrmdcims recom~ndni;OC> dt.• Sõcr-Jies. Prime iro cJc umu fonna qu~ salta :1os nlho:, tluumlo ule diz: minhfl írlti rmovontade c qu~ voe~~ cuidem tlc si mesmos. n pela sCt!lmda veL de formn simbúli u A•clcpltt. l'odos esses fios vên1 se ;11t>uHar pe la úhim n vct no s;wrificio do go lo. roi essa mi~sfiu, re lativa ao Cll irl;tdo consigo mesmo, quç lvvou Sócn•tcs ii morte. I~ o princípio do "cu idar de si n tC~111o" \lllc de lega nos demat~. pnn1 lá tlu su" mune. E é no~ tlcllSC.>, benéficos 1xu·a c'S.C cuidmlo Ctlnsigo mesmo. que ele cntlcre~·a :;cu 1H11mo pcusumclllo. A monc de Sôcrnt~;, fund.btu+nl'll) c 'tOlo' dc'\~m·~ ~~~~~~cgJt ni..-."""' ,.-.v,1l"-'rn c rk»""' õlhlm ~"'"'""" ..:..•ntP.'II"r ~2tlumn:nh:, tu c«'> I"UII~

1~,s., .:m \ N.l .1 Hda ~'«de\ "C \tr. t1t h'n

AULA DE 22 DE f.EVERI-::IRO DE 19R4 Prhueiru hora

1-'e~quisos

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t.•tlmnlágica.\· e m turno do cpimêJe·ia. - O método

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e

11(1

urdem da f)rHV:l. C tiH

prova

n

visua l. dirc•a.

l:.m segundo lugar.[hàJ tamhcm [furam j ver. com próprio csp~lftcult), dia nte da pr6p1·iu coisa. f 11:\u disseram :1 ele• JlOI'lJlll' us haviam coow icie ti t:Ui(btl(t Cin ttual t• utc:->tu: uu •) pai g(wcrnmn ;1 alm:' ~ :\ eotu.lut'll \Idiclo que lheS Joi f~nderc~adol. Eles VÍÍO dar sua opinião sobre o cspctácu lo a que assis tiram." de Estcsil;n>tlando essa espécie de rç ucscntuçfio, de espetácult> sohr~ suu~ ttlitudcs como mestre tle armas. 1 Primcirn, opin ião d~ Nícias: depois. opinii>u tiC I.aques. E o que devemos snlicnror é qne esse con rronto opiniik~ p1-óprin,.l'or um lado, Nidas acha ilt~is as lições do mestre de armas. f'ss:ls li ~ilo úteis porque fornecem um hom exercício pam os combates. Pias fnrnct-cm um bom .:xcrcício tnmbém na medida em que [ele1é capat1lc inicinr o:. jovens na arte '1lf(Cm e ousatli~ :ll)s juw 11 ~ que mais tnrde terão de .refender a !)i>l>'Ía. Esse: .;x~rcicios são';"" pazc.~ de dnr qLwlidi>dcs fis icus. nflu só de lor~u c r~s >stencm, mas lambem Llltlil c~rta beleza de atllude. he leza dLJ gcslo, qu,· Nícins diz ser lllllito imporia ntc sob ~lutms as pectos'' . 1\m f:.cc d i.~f>. d ise urso de r-~que:~ qu.;. no contr:\ri•~. critica us exercício:. [... " 1- Eks mos1ram suas apt>does de mm~s somente nos cidmle> cm que justamcmc não hú suldn1ncst>'es tlos realmente bcn> u·einadus''. E. depois. ~cgundn razão ilqui é muito importante por opo.sição a Sócrates. como \'Cremo> clnqui a pouco-. ele \•iu, ele. Laqucs. como general, como~ componav-d esse mcsne de ann~s numa batalha. c esse mestre de armas se mo>tfil\':1 :10 mesmo tempo não muito corajoso e. sobretudo. muito dc"'aJcllado. a tal ponto que o~ comhotcmcs com os quais est;Ml rola\rdm de rir no ver como ele era incap;~l' de pôr cm prática :.uas própria:. lições". l)iscurso de Nícias, discurso úe J. aques: eles cominu1un, c se opilcm um no outl'o, cxntamente como >llllll pas~e de nnnas pi'Ópl'io ou num en fl'entmn~.>nLO t1sico.

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fhn r(ICCdimcnto lotaimente di li:rcnte na discuss!1o. Ou s~ria ;·csponsnis."" Voc0s c~llio vcnclo que passrmw> cln wridicção de 1i110 polt tiru (a c:c:n~. u111a JU,,..,n,blcia, um Conselho. uma hmrli:. opinii\cs que se enfr..:n1a111, um voto) a outro coisa. r:ssa outm cena c a verid•cc;ào 1êcnica de que cu rinha talado e qt~o; você• vcem é bc111 (lclinida aqut cottt(l haviamos vislo da itltima vez: ela se apoio es>cndalmctttc na tradiciunali trartlaqui o pouco. Ele havra tnr nsfommdo portanto o modelo político muna reterénciu iltccniea e à competênci~. Em segundo htj(nr. a propósito dessa tfliC~Iiln de competência. ele propôs c te7 ac.:itar a rcgm de que os dois interlocutores niio se valeriam din.::tamenk da su41 cf>l'>siM des.'ia hill(lt-cs~ de t~l'l\·.~c;ii,,. 1l1: unH! opro.:c.ittU'IÇÕO -muito c:kJ.,·idos:a"~ 2. A. llav.feld .,\. 1\ l).mn...,..,cter-. DtuirMIWtrt: ._...~,K~,.ut ,{,• lu /ungm• /imt(Ui:rc 1/u UNUAI«:htf.:Nli!Nl Ju .\ t H _ \ic"., /,·ti uuJ pntrt, l'ans. Oclgta\'f, IQM

122 l. O lhukt -:~npkolué; "l.t• nwrnt'JHHI'4.11 J:'"it tktknu lim•mN•-t'tVW. r s lll l l' c uma tàrsn 3::l1itiC.I. (r\. do 'l ,)j 4. Pl:'llÜo. L(Jdlt.~.,. 2k·2 l ~e 30a-IJ, lnt1.l M. ('ruisd. c~L t.:u.ultt, pp. I II.~-() c 15 7 S. Cl i:-l)lwe es~ l'\)111~' ~· nula de fJ tk J••nc1ro de- I•)S2, m l.'nw,mmPIIIirfiW du NUJC'I. c.>d. Clllttb. ,,,,, I$..20 1: 2'1~) L Ô.

f lU f~l, fotu:;mlt bor\l.J faladO do ''f11011K'Ol0 Cl0C'ti.11tn'' (úifacflh: Snno. Primeiro. os in~crloculorc:. estão perfciwmeme u pur, pelo menos um r!eles. tlc quem é Sócrates, do qul:! faL c (k• quf.\ tem de pnl'tlcular. Scgundt>, nüo tlpcnns um ~>I~ a par C UWÍI A seu jo~,;o. rllliLlesmcntc ele provar ou ele fonnar esse modo de vid'SC cuidado fundamental. Somente o desvelo. a aplicaçào, v Leio. a "l'imél